2 Tributo a Nelson Cavaquinho hoje e amanhã no
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2 Tributo a Nelson Cavaquinho hoje e amanhã no
6 2 SALVADOR SÁBADO 5/5/2012 Walter Ghelman / Folhapress / 01.01.1985 MÚSICA Jards Macalé e Cláudia Telles cantam clássicos do autor de Luz Negra Tributo a Nelson Cavaquinho hoje e amanhã no Pelourinho Glauker Bernardes / Divulgação dia em que conheceu Cavaquinho: “Eu o conheci pessoalmente já nos anos de 1970 num bar no Leblon. Naquela madrugada eu acabei na casa dele”. O sambista carioca foi uma das influências para Macalé e o poeta Waly Salomão na concepção da Morbeza Romântica. A ideia foi expressa em disco e tem a melancolia característica do autor de Luz Negra. Já Cláudia Telles lembra de um convite de Roberto Menescal para gravar um disco em homenagem a Nelson e Cartola. Foi assim que ela pôde se aprofundar no repertório do sambista. Para ela, o destaque do compositor são as melodias. “As melodias dele são lindas e as parcerias com Guilherme de Brito são maravilhosas também”, afirma. No repertório dos dois shows em homenagem a Nelson, canções do repertório do sambista carioca como A Flor e o Espinho, Palhaço e Coração Poeta. O centro cultural tem capacidade para 50 pessoas e as senhas começam a ser distribuídas às 18 horas no dia de cada show. MARCELO ARGÔLO Nascido em 29 de outubro de 1911, no bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro, Nelson Cavaquinho é reconhecido como um grande melodista. Autodidata, começou compondo choros, os primeiros são Gargalhada, Queda e Nair, para depois entrar no mundo do samba e se consagrar como um dos principais compositores do gênero. Neste fim de semana, às 19 horas, no Centro Cultural Correios do Pelourinho, Cláudia Telles (hoje) e Jardes Macalé (amanhã) homenageiam o sambista. Considerado pelo jornalista e crítico musical José Ramos Tinhorão como o “profeta do samba”, Nelson Antônio da Silva ganhou o apelido por causa do primeiro instrumento que tocou. O jornalista, radialista e pesquisador musical Perfilino Neto, um dos últimos a entrevistar o carioca em Salvador, nos anos de 1970, conta que o primeiro cavaquinho de Nelson foi feito por ele com uma caixa de charutos com arame. Perfilino lembra ainda o estilo próprio do sambista: “Como não tinha professor, ele tocava com o dedo indicador e o médio da mão direita”. Normalmente se usa os dedos polegar e indicador da mão direita. Jards Macalé ainda recorda o Jards Macalé traz no repertório as influências do sambista Marco Máximo / Divulgação QUANDO EU ME CHAMAR SAUDADE – HOMENAGEM A NELSON CAVAQUINHO / SÁB E DOM / 19 HORAS / CENTRO CULTURAL Claudia Telles promete cantar A Flor e o Espinho, entre outras CORREIOS / PRAÇA ANCHIETA, 20, PELOURINHO / ENTRADA FRANCA Rivaldo Gomes / Folhapress / 07.02.2009 LUTO Tinoco, um dos ícones da música sertaneja, morre aos 91 anos RICARDO VALOTA São Paulo, AE Morreu, aos 91 anos, à 1h40 da madrugada de ontem, no Hospital Municipal Doutor Ignácio Proença de Gouvêa, na Mooca, zona leste da capital paulista, o cantor sertanejo José Perez, mais conhecido como Tinoco, da dupla Tonico e Tinoco, que se desfez em 1994 com a morte de Tonico, seu irmão. Segundo José Carlos Perillo Perez, filho e empresário do cantor, o pai não vinha lutando contra alguma enfermidade considerada “gravíssima” e passou mal na tarde de quinta-feira, quando foi internado no hospital, onde deu entrada com crise respiratória por volta das 15 horas. Os médicos afirmaram aos familiares, segundo estes, que, pelos sinais apresentados pelo cantor, ele havia sofrido um en- Primeiro cavaquinho do sambista foi feito com uma caixa de charutos e arame Sátira ao Brasil, Novela Que Rei Sou Eu? ganha reprise no Viva farte dois dias atrás, apesar de não ter sentido sintoma algum em casa. Segundo José Carlos, o pai estava relativamente bem. “Inclusive na quarta-feira ele gravou para o programa da Inezita Barroso lá no Teatro Franco Zampari, na Avenida Tiradentes. A apresentação vai ao ar neste domingo”, afirmou o filho do cantor. ALEX FRANCISCO Folhapress, São Paulo Milhões de cópias João Salvador Perez, o Tonico, faleceu no dia 13 de agosto de 1994 ao cair da escada do prédio onde morava. O último show da Dupla Tonico & Tinoco foi na cidade mato-grossense de Juína, em 7 de agosto de 1994. Em 60 anos de carreira, Tonico e Tinoco realizaram cerca de mil gravações, divididas em 83 discos que venderam mais de 150 milhões de cópias, realizando cerca de 40 mil apresentações em toda a carreira. TELEVISÃO Última aparição de Tinoco vai ao ar domingo, às 9h, na TV Cultura Tristeza do Jeca e Chico Mineiro são alguns dos maiores sucessos O último show da dupla foi na cidade de Juína (MT), em agosto de 1994 Reino governado por corruptos, bruxo arquitetando planos e um rebelde em busca de sua origem nobre. Todo esse arsenal foi usado por Cassiano Gabus Mendes (1927-1993) para criar uma das novelas mais lembradas pelo público, Que Rei Sou Eu? (Globo), que será reprisada a partir de segunda-feira, à 0h15, no canal Viva. Com direção de Jorge Fernando e exibida em 1989, a trama se passa no reino de Avilan. Antes de morrer, o rei Petrus 2º (Gianfrancesco Guarnieri) revela ao bruxo Ravengar (Antônio Abujamra) que teve um filho fora de seu casamento com a rainha Valentine (Tereza Rachel). O bastardo é o destemido Jean-Pierre (Edson Celulari), que cresceu pobre em meio ao povoado. De posse do segredo e sabendo a identidade do legítimo herdeiro, Ravengar arma para que um impostor se torne o novo rei de Avilan. Disputa Ao saber que é filho do rei, no entanto, Jean-Pierre se une aos rebeldes para tomar o trono, dando início a uma guerra de espada contra os tiranos. E, em meio a lutas, ele ficará dividido entre o amor da plebeia Aline (Giulia Gam), que trabalha como criada no palácio, e da dama Suzanne (Natália do Valle), mulher do conselheiro Bergeron (Daniel Filho). Que Rei Sou Eu? era uma sátira ao Brasil da época em que a trama foi exibida e contou com atuações inesquecíveis de Tereza Rachel, como a rainha histérica, e Antônio Abujamra, no papel do bruxo. QUE REI SOU EU? / ESTREIA SEGUNDA-FEIRA, 0H15/ CANAL VIVA EXCEPCIONALMENTE HOJE NÃO PUBLICAMOS A COLUNA ARMÁRIO DE LETRAS A Mão (Esquerda) de Deus marcou o ótimo pontapé inicial do Santo Antônio Jazz Festival Vaner Casaes / Ag. A TARDE Chico Castro Jr. Repórter Caderno 2+ [email protected] McCoy Tyner é um senhor de quase 80 anos e aparência frágil, que anda bem devagar, quase arrastando as solas do sapato no assoalho do portentoso palco do Teatro Castro Alves. Sua voz é praticamente um sussurro rouco, o que, aliado ao fato de falar uma língua estrangeira, torna bem difícil a tarefa de entender o que ele diz. Toda essa suposta fragilidade Com o Teatro Castro Alves razoavelmente cheio, McCoy Tyner, em diversas músicas, praticamente surrou as teclas mais graves do piano com sua canhota percussiva O pianista McCoy Tyner em apresentação no Teatro Castro Alves e dificuldade de comunicação, porém, desaparecem assim que ele toma seu lugar ao piano. Se Maradona é conhecido como La Mano de Dios (A Mão de Deus), Mr. Tyner bem que merecia um nessa linha, algo como “A Mão Esquerda de Deus”. Porque toda a música que sai do seu piano parece embasada no que sua mão esquerda é capaz de fazer – e não é pouca coisa. Com o TCA razoavelmente cheio, McCoy Tyner, em diversas músicas, praticamente surrou as teclas mais graves do piano com sua canhota percussiva – por vezes utilizando até a parte inferior da palma da mão, mais macia, para golpear as teclas, marcando tempos mais fortes. Mandando bem Quem viu o show do Branford Marsalis no mesmo TCA ano passado pôde perceber que uma comparação entre os dois seria extremamente injusta. A banda de Marsalis era claramente superior – exceção feita ao próprio McCoy Tyner, claro. Contudo, conferir uma lenda viva do jazz – mandando muito bem, obrigado – sem precisar pegar um avião foi um ótimo cartão de visitas para o Santo Antônio Jazz Festival. Que venham muitos outros shows.