correio do planalto
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CORREIO DO PLANALTO QUINZENÁRIO - ANO XLl - N.o 693 - 15.MAIO.2015 w Director: Bento da Cruz - Editor: José Dias Baptista w Preço Avulso: E 0,70 - Assinatura Anual: Território Nacional E 15,00 / Estrangeiro E 45,00 Prolegómeno Há dias senti uma aflição de morrer. Aquilo a que o grande Afonso de Albuquerque, Vice-Rei da India, chamou “soluço de morte”, numa carta dirigida a D. Manuel I, rei de Portugal. Um “soluço de morte” a pesar-me no peito. A família levou-me ao hospital. Depois de uma noite em branco numa espécie de parque noturno de diversões onde me tivessem roubado a carteira, quando os médicos de serviço hesitavam entre mandar-me para casa ou para a enfermaria, fui súbita e traiçoeiramente atacado pela velha da foice. Defendi-me como pude, mas depressa fui ao tapete. Os familiares recuaram horrorizados e os clínicos olhavam para mim com um profissionalismo inútil. Nas vascas da morte, eu sentia o meu coração um palmo fora do peito, como o de um boneco de corda que se houvesse escangalhado, mas sempre a debater-se como um valente. Assim esteve por rápidos segundos. Depois foi acalmando e voltou ao lugar. Eu respirei fundo, qual náufrago que, por fim, alcança terra firme. Visivelmente aliviados, os médicos mandaram-me para a enfermaria, no oitavo piso. Enquanto aconchegava a roupa ao corpo por causa das correntes de ar dos infindáveis corredores, murmurei no mais íntimo do meu peito: “Dominus illuminatio mea, et salus mea, quem timebo?” Onde diabo teria eu ido buscar isto? Juro que não sou espiritista e que, afora a minha, nunca requeri a alma de ninguém. “Quem timebo?”, repetia eu, olhando, assustado, para quem me acompanhava. Por fim, chegámos. Era uma pequena enfermaria de três camas articuladas, pintada de claro muito doce e o ar mais tranquilo deste mundo. Deitaram-me numa das camas e correram o cortinado que deslisava numa calhe metálica suspensa do teto. As outras duas camas estavam ocupadas por duas senhoras na casa dos setenta, mais coisa menos coisa. Tagarelaram uma com a outra durante toda a tarde. Fiquei a saber tudo: lugar de nascimento e de morada, maridos, filhos, sobrinhos e netos, animais domésticos, vizinhança, isto, aquilo, mais aqueloutro. De política não falaram. (Continua na pág. 2) ATENÇÃO CORREIO DO PLANALTO já pode ser lido em versão digital Consulte o site: [email protected] Presidente da Câmara criticou ausência da maioria dos Presidentes de Junta de Freguesia Montalegre - 25 Abril (41 Anos) Foi com chuva que foi celebrada a “revolução dos cravos” em Montalegre. Mais de quatro décadas onde os valores de Abril não cansam. Uma singela cerimónia, realizada no interior do edifício da Câmara de Montalegre, onde houve o hino de Portugal - orquestrado pela Banda Musical de Parafita - e o tradicional cântico da “Grândola, Vila Morena” do lendário Zeca Afonso. No discurso, o presidente da Câmara, Orlando Alves, lamentou a fraca participação cívica dos presidentes de junta de freguesia. O mau tempo impediu a normal parada invocativa do 25 de Abril feita na praça do município de Montalegre. A cerimónia, transferida para o interior do edifício da autarquia, foi presenciada por um conjunto de resistentes que não desarmam no lembrar dos valores de Abril. A Banda Musical de Parafita deu cor e brilho com a interpretação do hino português e da música “Grândola, Vila Morena” do malogrado Zeca Afonso. Quando aceitaram serem candidatos às juntas de freguesia, sabiam que nessa candidatura estava implícito um conjunto de deveres. Não posso deixar de referir esta mágoa porque todos confirmaram que estavam presentes e, afinal, acabaram por não aparecer». Orlando Alves adverte que não preza «estas singularidades» e aponta o dedo: «se continuamos a ser um povo que não gosta de si próprio, isto é, se nós desvalorizamos os momentos mais simbólicos da nossa vida republicana e nacional...enfim...nós podemos não gostar deste ou daquele Governo, mas não deixaremos nunca de ser portugueses». A rematar disse: «Temos a obrigação de estar presentes...não basta exigir um feriado para estar em casa. É preciso vivê-lo!». ”PUXÃO DE ORELHAS” AOS PRESIDENTES DE JUNTA Finda a solenidade, o presidente da Câmara Municipal de Montalegre, Orlando Alves, lamentou as fracas condições climatéricas embora tenha reconhecido que a celebração teve «mais público do que havia o ano passado». Todavia, o foco do comentário do edil esteve centrado na ausência da maior parte dos presidentes de junta de freguesia. Um reparo feito com mágoa: «todos os senhores presidentes de junta foram convidados para estarem presentes e era obrigação deles estarem aqui. Mundial Rallycross Johan Kristoffersson triunfa em Montalegre O sueco Johan Kristoffersson venceu a primeira prova do Campeonato do Mundo de Rallycross realizada no circuito internacional de Montalegre. A vitória na “provarainha” (Supercars) foi alcançada por entre muita chuva levando a melhor sobre o lendário Petter Solberg (segundo) e o jovem Timmy Hansen (terceiro). Daremos todos os pormenores deste mega evento desportivo ao longo do dia. Foi entre muita chuva que o piloto sueco Johan Kristoffersson (4m33,888s), ao volante de um VW Polo Supercar, venceu a primeira jornada do Campeonato do Mundo de Rallycross disputada este fim de semana no circuito internacional de Montalegre. Kristoffersson bateu na final o campeão do mundo Petter Solberg (4m37,678s) Citroen DS3 Supercar - e o jovem Timmy Hansen (4m45,575s) em Peugeot 208 Supercar. Davy Jeanney (Team PeugeotHansen) e o líder do primeiro dia, Andreas Bakkerud (Ford Olsbergs MSE), foram quarto e quinto. O sexto classificado foi PG Andersson (Marklund Motorsport). No sétimo posto ficou o piloto do DTM Mattias Ekstrom (Audi S1 Supercar). Ainda nos 10 primeiros encontramos Topi Heikkinen (VW Polo), Timur Timerzyanov e Manfred Stohl.Nas outras categorias, dizer que o antigo campeão europeu de Autocross, Krisztian Szabo, venceu entre os Super1600 (Skoda Fabia), seguido pelo francês Andrea Dubourg, em Renault Clio. O último lugar do pódio foi ocupado por Janis Baumani, em Renault Twingo.Por fim, o campeão dos RX Lites (carros de 310 cv com chassis tubular) em 2014, Kevin Eriksson, dominou e venceu a categoria no circuito de Montalegre. Kevin Hansen – irmão mais novo de Timmy – foi segundo. Na terceira posição ficou Joachim Hvaal. «FIM DE SEMANA FANTÁSTICO» As fracas condições do tempo não criaram mossa no ânimo do presidente da Câmara de Montalegre. Orlando Alves prefere valorizar o impacto do evento: «apesar do mau tempo foi um fim de semana fantástico, animadíssimo e muito participado». (Continua na pág. 3) 2 – CORREIO DO PLANALTO Prolegómeno Empresas Familiares por: João Medeiros Pereira 7.2.1. A contribuição dada pelo desenvolvimento económico (Continuação da pág. 1) Pelas sete e meia trouxeram o jantar. Debiquei uma sopa de legumes, um biju e uma pera. O resto era peixe com troços de feijão verde e cenoura menina. Não tinha mau aspeto. Mas eu estava sem apetite. Às onze serviram aquilo a que eles chamam “ceia”: uma cevadinha com três bolachas maria. Souberam-me bem aquelas bolachas. À meia-noite apagaram as luzes. Mas eu não havia maneira de adormecer. Altas horas toquei à campainha. Apareceu uma senhora enfermeira com cara de quem acaba de ser arrancada ao primeiro sono: -Desculpe – disse eu - Mas não consigo dormir. Arranje-me um sonífero. -Não lhe dou sonífero nenhum. -Posso levantar-me? -Não senhor. Feche os olhos e durma. E voltou costas. Passei mais uma noite em claro, aos tombos na cama e a pensar: anda para aí tanta gente com insónias, a gastar dinheiro no médico e na farmácia, e, afinal, no dizer da senhora enfermeira, a receita é tão simples como isto: -Feche os olhos e durma. VIVA BARROSO! memorandum Maria Cristina Reis Santos, Chaves: 30,00; Amadeu Ferreira Martins: 15,00; Duarte P. A. Toscano:15,00; Jorge Correia Ribeiro, Leça da Palmeira: 15,00; Manuel Fernandes do Gago, Salto: 15,00; Manuel Pereira Sousa, Linharelhos: 15,00; Carlos Barroso Vieira, Salto: 15,00. Locais onde as ASSINATURAS do “Correio do Planalto” podem ser pagas: w Rádio Montalegre - Travessa do Polo Norte 5470-251 MONTALEGRE. w PISÕES - Restaurante Sol e Chuva. w SALTO - Papelaria Milénio - Rua Central, Ed. Igreja Nova, 77-A - Loja 3. w Do País: transferência bancária para a conta do BPI: NIB 0010 0000 1598 7370 0017 7. w Do estrangeiro: IBAN: PT50 0010 0000 1598 7370 0017 7. w Directamente para a Delegação do Porto: Rua Rodrigo Álvares, 61, 2º Dt. - 4350-278 PORTO (por cheque, vale de correio ou moeda corrente). Locais onde o “Correio do Planalto” está à venda: w MONTALEGRE: - Quiosque Estrela Norte. w SALTO: - Papelaria Milénio. (Continuação do número anterior) -Política de compensação da família, em termos de ordenados para os MF que trabalham assim como condições de trabalho e responsabilidades, bem como a distribuição de dividendos; · Processo de apoio a MF que possam precisar de ajuda em termos pessoais; · Planos de formação das gerações futuras. Planos de formação para os directivos da empresa. Processo de selecção e de avaliação de desempenho; -Relações com parentes por afinidade – testamentos, acordos pré-nupciais, ou trabalho; -Regras de transmissão de partes de capital; -Órgãos de governo e regras do seu funcionamento; -Mudanças no protocolo; -Saída dos MF como colaboradores; -Utilização dos recursos da família pelos MF; -Sanções; -Validade do protocolo; A maioria dos protocolos familiares que tivemos oportunidade de analisar continha na sua estrutura uma grande parte dos pontos enumerados em cima. Contudo apesar de considerado importante pelos consultores em empresas familiares existe uma limitação é que o protocolo é apenas um acordo baseado num conjunto de intenções acerca do futuro da empresa (Ussman, 2004: 100). A criação do PF deve ser não só um processo participativo é também importante que os MF mais influentes tenham determinadas atitudes. A sinceridade, o verdadeiro interesse no futuro da empresa e a maturidade nos MF parecem ser variáveis que condicionam favoravelmente ou negativamente o sucesso do PF (Panikkos Zata Poutziouris, 2006:315). CAPÍTULO VII – A LONGEVIDADE DAS EMPRESAS FAMILIARES. O CASO PARTICULAR DO JAPÃO A longevidade da EF dependerá muito das normas e directrizes que forem traçadas pela família e pela empresa. Em relação ao futuro existe a certeza que a família e a empresa vão evoluir. A capacidade de adaptação será a característica mais importante de uma EF e de uma família empresária de sucesso. 7.1. A longevidade das empresas familiares Japonesas Embora existindo factores diferentes que influenciam a longevidade das empresas familiares japonesas comparadas com as restantes empresas familiares no mundo. Contudo também há factores comuns que influenciam ambas as longevidades. O Confucionismo, como filosofia ética e como prescrição para relações familiares e empresariais, é reconhecido como tendo dado um contributo importante para a longevidade das empresas familiares japonesas. Também podem afirmar que as especificidades dos seus ensinamentos e a ética empresarial que incorporava são factores que têm contribuído similarmente para a longevidade de empresas familiares a nível mundial segundo Poutziouris et al, (2006, apud Toshio Goto). Esses factores são a união familiar, o compromisso em continuar o legado familiar como pedra de toque da sobrevivência, a empresa está primeiro que a família, uma obrigação para a comunidade e serviço ao cliente, e gestão de conflitos e sistema de governo. A natureza destes factores, as suas raízes na filosofia Confucionista e a forma como se manifesta na longevidade das empresas familiares foi examinada, pelo autor Toshio Goto no sentido de enfatizar o caso único da longevidade das empresas familiares japonesas. As empresas familiares japonesas foram objecto de pesquisa e investigação no estudo levado a cabo por Toshio Goto em 2005. Toshio Goto define empresas familiares como “aquelas em que membros da família do fundador estão envolvidos na gestão e na propriedade ao ponto de terem dois ou mais membros na gestão de topo ou como accionistas”. O autor Goto no ano de 2005 concluiu que a idade média das empresas familiares japonesas é de 52 anos. Portanto superior a média nos EUA, onde a média é de 24 anos (Lansberg, 1983). O´Hara (2004) considerou, num estudo pioneiro sobre a longevidade das empresas familiares a nível mundial, que a união familiar e o compromisso de continuar o legado são factores fundamentais na longevidade das empresas. Para compreender as razões da longevidade das empresas familiares japonesas existe uma circunstância de grande importância que é o facto da influência dos factores religiosos e filosóficos, e o seu contributo, diferirem significativamente do efeito desses mesmos factores em empresas familiares noutros países. 7.2. Factores que contribuem para a longevidade das empresas familiares japonesas Três factores principais que influenciam a longevidade das empresas familiares, com enfoque, no período Tokugawa de 1603 a 1867 (também conhecido como período Edo): - O desenvolvimento económico - que permitiu dotar as empresas de capacidade para sustentar o seu crescimento; - A existência de sistemas de gestão relativamente avançados – que contribuía significativamente para a longevidade e prosperidade das empresas familiares. - O cenário filosófico: – O Confucionismo, que aclamava a prioridade da empresa familiar em favor da família em si. O desenvolvimento económico é indispensável para potenciar a capacidade de novas empresas iniciarem e manterem o seu crescimento. O Japão sustentou um crescimento económico constante durante o período “Tokugawa”. Entre 1600 e 1872 a população cresceu de 12 milhões para 31,3 milhões verificou-se uma taxa de crescimento da população elevada. A cidade de Edo, com uma população superior a 1 milhão, era a maior cidade do mundo.O Japão não era mais desenvolvido do que os países do Ocidente. Posicionava-se muito atrás. O PIB, per capita, era apenas 25% do Inglês e 36% do dos EUA em 1870. O Japão tinha 72% da sua mão-de-obra na agricultura. A Inglaterra 19% e os EUA 51%. Apesar do seu atraso, ao nível do desenvolvimento económico, o Japão tinha boas condições para o nascimento e crescimento dos negócios. 7.2.2. A contribuição dada pelas competências de gestão Pode ser importante referir, não obstante o fraco desenvolvimento económico, que no século XVII o Japão era desenvolvido noutros domínios. As empresas familiares no Japão tinham desenvolvido sistemas de gestão avançados no século XVIII nos seguintes âmbitos: - Organização da empresa - Separação da propriedade da gestão - Contabilidade - Formação - Gestão do risco Estes sistemas eram necessários devido à grande actividade económica e comercial do século XVII e aos esforços das empresas para se salvaguardarem de possíveis calamidades. 7.2.2.1. A organização da empresa Uma característica única da casa comercia de Mitsui”, criada em 1673, e a mais abastada casa do comércio, do período “Edo” foi a criação de uma espécie de sociedade por quotas. Hachirobei, o fundador de “Mitsui”, uma das maiores empresas familiares, juntou as seis casas comerciais dos filhos numa unidade chamada “Mitsui-gumi”. Criando esta super casa comercial permitiu a formação de uma empresa com uma estrutura robusta e capitalista numa economia feudal. “Mitsui-gumi” era uma empresa, de certa forma, com quotas de capital limitado e uma parceria baseada na confiança e na corporação. Em 1710, “Mitsui-gumi” constituiu uma sede principal, o “Omotokata” na cidade de Kyoto para coordenar as funções administrativas. Era efectuada uma reunião duas vezes por mês, formalmente presenciada por três MF e por dois responsáveis dos recursos humanos. (Continua no Próximo número) CORREIO DO PLANALTO Nº Registo da D. G. C. S. 105438 Depósito Legal Nº 2163/83 Proprietário: Bento Gonçalves da Cruz Contribuinte Nº 108 805 239 Redacção e Administração: Travessa do Polo Norte • 5470-251 MONTALEGRE Tels. 276 511 048 / 276 518 280 • Fax 276 511 064 e-mail: [email protected] Fotocomposição: Deleg. Porto: Rua Rodrigo Álvares, 61-2º D.to 4350-278 PORTO - Tlf. 22 550 14 46 Impressão: LMF - Artes Gráficas. 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A falta de um estado que os apoiasse. Pegavam num realejo e faziam uma festa. Sabiam ultrapassar a fome e as dificuldades.» As Mulheres da Borralha O papel da família, da mulher na sociedade Barrosã é olhada com uma mística peculiar por Leonel: «Uma senhora disse: “O marido trabalhava nas minas, escombreiro, foi tendo debilidades físicas e teve um AVC aos 30 anos. Dois dias depois ela abortou, 15 dias depois as minas fecharam. Ficou com o homem em casa, com 11 filhos e desemprego. Teve que sobreviver a pedir esmola, a lavar roupa de outros, a buscar lenha aos montes e vendiam. Conseguiu que os filhos tirassem a 4ª classe e empregava-os aos dez anos. Uma das filhas foi para França com essa idade servir. O mais velho ia ajudando a mãe. Ia à aldeia onde o irmão guardava cabras, buscar o dinheiro para sustentar a família. Hoje, emigraram. Quando se fala dos filhos, ninguém está cá. Tive 8 raparigas e 1 rapaz. Ouvi depoimentos de pessoas que aos 25 anos ficaram viúvas. Borralha é uma terra de viúvas. Havia uma doença: “O mal da mina”. O seu homem morreu de quê? – “Era o mal da mina. Apanhavam, aquele pó, e vinham a falecer.” “Gente forte cá do Norte que nada teme afinal” diz o hino da sede do concelho que bem podia representar as mulheres da Borralha: «Andavam descalças, travessias diárias de 10, 20 quilómetros, porque não tinham transportes, não havia dinheiro para o burro. As mulheres tinham muitos filhos, encontrei uma pessoa na borralha que teve 17.» Se por um lado, esta taxa de natalidade faz inveja aos dias que correm (um país tendencialmente envelhecido), há um outro prisma, abordado por Leonel, no papel da mulher, a mulher enquanto ser, de vontades, de opiniões, de desejos: «Nunca li nada que abordasse o sexo, a importância que tem nestas histórias todas. Porque as pessoas não queriam ter tantos filhos. As pessoas TINHAM filhos. Que é completamente diferente. Chegavam a dar de mamar a crianças até os dois anos, porque pensavam que assim não engravidariam. Nunca ninguém falou, sobre a importância que tem o vício do sexo que domina a fome, as carências todas, que acabam por ter sexo, acabam por ter filhos, acabam por ter mais um problema em casa, mais uma boca para alimentar. A preocupação número um era a alimentação, e, tinham cada vez mais filhos...» Várias identidades formam uma: A identidade da Borralha A Borralha foi uma mescla de pequenas fusões de identidades. Culturas que deram lugar a uma outra cultura, característica da Borralha, onde Braga aparece sempre presente: «A Borralha não existia, gente que aparece em 1903 com a grande explosão da corrida ao volfrâmio, vem gente de toda a parte e fixa-se aqui. Sempre que vinha a propósito de qualquer assunto, um depoimento que recolhi, a senhora dizia: “Maré. Foi na maré do acidente, maré da fome…”. Falar de marés no interior era gente que vinha do litoral. Trouxeram as suas culturas locais. A fusão dessas culturas, deu lugar a uma própria. A gente de Salto, Borralha. Sabem que há uma terra longínqua onde nasceu o pai. A Borralha foi a primeira a fazer uma cultura nova e Salto a fazer o Salto, a saber que há um outro mundo que vai além da vaca, do lameiro. Ainda hoje é visível o que determinada a grandeza de uma casa, de uma terra. « -”Há aldeias que nem sequer uma vaca têm”. Não me dizem que não há velhos. Era uma terra onde se criava o gado barrosão e as pessoas mediam as fortunas pelas cabeças de gado.» Escola Profissional uma porta para o mundo Se por um lado tínhamos as dificuldades visíveis a olho nu, no outro lado do gume, oportunidades que ditaram o futuro de muita gente: «Esta terra tinha uma escola profissional, numa altura em que no país não havia quase nada. Havia os liceus obrigatórios em algumas cidades, e havia uma aldeia que tinha uma escola profissional. Não se pode apagar. Saiam dali pessoas que tiraram o seu curso ali, outros seguiram a vida universitária e são médicos, geólogos. E são, porque havia aquela escola que permitiu que essa gente fosse mais longe.» Qual a importância das estórias na História? Quando em 2003 a UNESCO falou de património imaterial, sabia a falha do mundo académico. Percebeu a importância do saber do povo, do saber fazer, das culturas que vinham de trás e que eram aprendidas na rua. «As casas eram pequenas e miseráveis. Isso é muito importante, as cartas, os documentos. Em casa as pessoas têm referências culturais extremamente importantes para sabermos ler hoje. E antigamente o que interessava saber eram as datas, o mundo académico, as batalhas, o grande intelectual e vamos descobrir num outro mundo paralelo, se calhar muito mais real, mais autêntico e que define melhor o ser transmontano, o ser barrosã, através das histórias dessa gente.» Leonel recolheu muitas histórias, 47 gravações que correspondem a 40 horas de registo, com uma monografia de quem é quem. Os temas falados poderão servir de estudos diversos na sociologia, antropologia, etc. A Borralha não morreu. Pode ter um futuro, ligado sempre ao seu passado. FUTEBOL por: Nuno Carvalho Campeonato Distrital A. F. Vila Real – 25ª Jornada - 19 - 04 - 2015 Campo das Barraças - ARBITRO: Hugo Araújo aux. por Sérgio Correia e Eugénio Guedes Cerva 1 - Montalegre 2 AO INTERVALO: 1 - 2 Golos : Jorge Campos na própria baliza (2) , Zack (31) e Cláudio (41) DISCIPLINA : AMARELOS A : Fábio (36), Gabi (88) , Roberto (93) e Rafa (94) Jogo mal disputado Mau espectáculo de futebol. O Montalegre venceu bem, o Cerva jogou bem na primeira parte mas acabaram as pilhas na etapa complementar onde não criou perigo. Entrou forte o conjunto barrosão que inaugura o marcador depois de canto -Veras tenta o cabeceamento, Campos corta de forma defeituosa e faz auto-golo. Animados com o golo, Bruno Madeira está perto de aumentar a vantagem mas Filipe opôs-se bem. A partir dos dez minutos equilibra o conjunto da casa e Pires obriga Vieira a grande intervenção…! Responde Veras que, de livre, obriga Filipe a boa intervenção. Aos 31 minutos Zack faz o 0-2 num disparo de pé esquerdo. Mas antes do intervalo reduz a equipa do Cerva numa grande jogada iniciada por Armando (passa por dois) que cruza para o remate forte e colocado de Cláudio. Ao intervalo 1-2. A segunda parte foi típica de final de época – futebol lento, mal jogado e com muitas faltas. As substituições não surtiram o efeito desejado no Cerva, já no Montalegre Gabi, Rafa e Marco entraram bem. Não houve muitas oportunidades na etapa decisiva mas Zack podia ter matado o encontro pois isolado não consegue bater Filipe, que realizou mais uma boa defesa. Depois Badará marca mas o juiz considera falta. O jogo termina com vitória pela margem mínima para a equipa barrosã. O melhor do Montalegre foi o capitão Chico, já no Cerva destaque para Fábio e o guarda-redes Filipe. 26ª Jornada - 26 - 04 - 2015 Estádio Dr. Diogo Vaz Pereira ARBITRO: Rui Silva auxiliado por Ruben Clemente e David Barbosa Montalegre 4 - Valpaços 2 AO INTERVALO: 2 - 0 Golos : Zack (4 , 27 e 55) , Leonel Fernandes (46) , Chala (67) e Tiago (86) Montalegre vice - campeão distrital O Montalegre voltou a sagrar-se vice – campeão ao bater o Valpaços por 4-2, num jogo em que o triunfo barrosão nunca esteve em causa… Entrou melhor o Montalegre com Badará perto do golo logo nos minutos iniciais. Depois Zack abre o marcador. Badará bem tentou, mas não era o seu dia – aos dezasseis minutos remata à barra e Chico obriga Bruno a defesa atenta. O Valpaços teve muitas dificuldades em termos ofensivos e a defender dava espaços que a equipa barrosã soube aproveitar bem. Badará obriga Bruno a nova boa intervenção e no minuto seguinte Zack marca de forma acrobática. Já a vencer por 2-0, Badará volta a obrigar Bruno a mais duas excelentes intervenções. Só criou uma vez perigo a equipa do Valpaços durante a primeira metade, num disparo de Tiago em que o guarda – redes barrosão estava fora da baliza. Ao intervalo 20. A etapa complementar começa com o golo cem do Montalegre no campeonato num bom disparo de Leonel Fernandes. Os barrosões chegavam com facilidade às imediações da área contrária e Gabi, um dos melhores, quase marca outra vez. O rapidíssimo Chala quase aproveita um erro do conjunto barrosão e no minuto seguinte Fidalgo não acerta na baliza contrária. Aos 55 minutos Zack consuma uma excelente exibição com um hat – trick. Badará continuava a procurar o golo, porém sem êxito. Já com o jogo resolvido o Valpaços procura dar outra imagem e Chala faz grande golo depois de cruzamento perfeito de Santinho. Aos 76 minutos Badará volta a proporcionar a Bruno mais uma grande defesa e Tiago com um remate certeiro volta a marcar para o Valpaços num remate forte e colocado. Animados com o segundo golo, Rui Lopes cria perigo. Vitória justa do Montalegre, excelentes golos e boa arbitragem. O Montalegre volta a ser vice – campeão, teve o melhor ataque, com 101(!) golos, a melhor defesa, o melhor marcador da prova, Badará, com 29 golos, e ainda o prémio fair – Play… Só faltou o mais importante, o título, que foi para o Mondinense! Taça Distrital A. F. Vila Real FINAL 03 - 05 - 2015 Estádio Monte da Forca - ARBITRO: Berta Tavares Montalegre 3 - Régua 1 AO INTERVALO: 0 - 1 Golos : João Nuno (44) (Zack 47) , Abreu (65) e Badará (69) Amarelos : Leonel Costa (17) , Diogo Jerónimo (20 e 39) , Veras (25), Valente (64) , Badará (69) , Patrick (72) , Fidalgo (74) , Leonel Fernandes (85), Chico (90) e André Silva (93) Vermelho a Diogo Jerónimo (39) Montalegre ganha a Taça da A.F.Vila Real Depois de muitas dificuldades durante o primeiro tempo, os barrosões superiorizaram-se na etapa complementar A primeira parte foi equilibrada com o Régua a anular bem o poder ofensivo barrosão. E a primeira grande oportunidade de golo pertenceu à equipa do Régua, com João Nuno atirar ao lado. Quatro minutos depois a equipa da região do Alto Douro Vinhateiro volta a criar muito perigo num cruzamento do lado esquerdo. O Montalegre tem uma soberana oportunidade, Zack , isolado, não consegue bater Luís que sai bem da baliza. Fidalgo atira à malha lateral e Diogo Jerónimo é expulso com duplo amarelo. A tarefa dos barrosões ficou facilitada com a saída prematura do melhor jogador do Régua. Mesmo com menos uma unidade os da Régua chegam ao golo num cruzamento perfeito de Márcio e conclusão perfeita de João Nuno. Ao intervalo 0-1. A segunda parte foi bem diferente. O Montalegre foi mais determinado e agressivo – conseguiu chegar mais vezes à baliza contrária e de forma mais perigosa. E logo no reatar da etapa complementar o Montalegre empata num remate de Leonel Fernandes desviado por Zack. Responde o conjunto Reguense em jogada individual de Márcio que só falhou na finalização… Mas era a equipa de Viage que dominava as operações e Veras dispara à barra. Abreu faz o 2-1 depois de grande penalidade e Badará aproveita um erro de Patrick para colocar o marcador nos 3-1, um resultado confortável para o Montalegre. No primeiro quarto de hora da segunda parte os barrosões decidiram o jogo. O Montalegre podia ter feito mais golos, com Badará e Gabi a criarem perigo. A fechar o jogo, o Régua cria muito perigo num remate de João Nuno e um outro de Patrick que obriga Vieira à defesa da tarde. O Montalegre reconquista a Taça que havia ganho o ano passado e volta assim à Taça de Portugal…! 4 – CORREIO DO PLANALTO Mundial Rallycross Promovido pelo Ecomuseu de Barroso Johan Kristoffersson triunfa em Montalegre Workshop de fotografia Primavera no Barroso (Continuação da pág. 1) Entre o leque de caras conhecidas que marcou presença no circuito internacional barrosão, o autarca destaca a presença de Emídio Guerreiro, Secretário de Estado do Desporto e Juventude: «tivemos a honra de ter aqui o Secretário de Estado do Desporto e Juventude...foi uma oportunidade para o confrontar com algumas falhas e deficiências que temos que suprir». Ainda sobre este assunto, o número um da edilidade opinou: «vai daqui com uma boa impressão sobre o nosso circuito e veio também aprender algo que irá transmitir em Lisboa». Em síntese, esclareceu Orlando Alves, «trata-se de um evento de grande impacto e de grande visibilidade para uma terra pequena como Montalegre que passa a ser falada em todo o Mundo, pelas transmissões televisivas e pelo facto de sermos parceiros de um campeonato desta dimensão que fica já muito perto daquilo que costumamos ver na Formula1». O Ecomuseu de Barroso, Montalegre, promoveu um workshop de fotografia à luz do título “Primavera no Barroso”. Um desafio orientado por António Sá, colaborador da National Geographic Portugal. Dois dias onde o profissional abordou «os ingredientes técnicos e estéticos das fotografias com impacto; ensinar a controlar as principais funções da câmara fotográfica pessoal (independentemente da marca e modelo) e conduzir os participantes numa inspiradora aula prática que fará despertar todos os sentidos». «PROVA FANTÁSTICA» Muito satisfeito pela atmosfera que observou, o Secretário de Estado do Desporto e Juventude corroborou com o discurso do presidente da Câmara ao mesmo tempo que sublinhou o “ano de ouro” que Portugal vive em matéria de desporto automóvel: «é a primeira vez que venho ver esta prova. É fantástica. Em 2015, Portugal é dos pouquíssimos países do Mundo que tem três provas a contar para mundiais da FIA (Federation Internationale de l’Automobile). Temos aqui o WRX (Campeonato do Mundo de Rallycross), vamos ter o WTCC (World Touring Car Championship) também em Trásos-Montes, em Vila Real, e o Rally de Portugal, também no Norte. É um ano em cheio para o automobilismo português e para os adeptos destas modalidades». «MONTALEGRE É EXEMPLO» Na mesma linha, Emídio Guerreiro lembrou que esta conjetura «é muito importante para as nossas economias locais». O desporto, adverte o governante, «é um fator económico muito importante para a recuperação do país», onde «Montalegre é um bom exemplo disso». O responsável governativo disse ainda que «o dinamismo e agitação, durante este fim de semana, representa muito dinheiro para a atividade local». A fechar, o Secretário de Estado do Desporto e Juventude elogiou a política seguida pela autarquia local: «estamos perante uma estratégia correta de uma terra pequena do Interior que consegue colocar-se no mapa mundial em várias atividades o que é extremamente importante», isto surge porque «o desporto pode ser um fator de diferenciação e Montalegre tem agarrado bem isso, tornando-se uma referência em diferentes modalidades o que é muito positivo...o caminho é este, trabalhar em rede e estabelecer parcerias». David Teixeira - (Vice-presidente Câmara Municipal de Montalegre) «A organização teve uma grande prova de resistência. As condições meteorológicas foram adversas e a existência de mais duas provas do Campeonato do Mundo de automobilismo no Norte também ajudaram um pouco ao ruído à volta da prova de Montalegre. Penso que foi um desafio ganho. O concelho foi, mais uma vez, dignificado e engrandecido pela forma como conseguimos trazer milhares de pessoas a Montalegre. Projetamos, através da transmissão televisiva, para 51 países. É um sentimento de orgulho porque na modalidade de rallycross representamos o nosso país. Uma palavra de agradecimento a toda a organização, aos funcionários da Câmara Municipal de Montalegre, aos Bombeiros, a todos os elementos do Clube Automóvel de Vila Real que, de forma gratuita, foram estoicos na organização e receção aos visitantes. A empresa de segurança prestou um serviço fantástico para que não acontecesse nenhum incidente e as equipas desportivas corresponderam da melhor maneira. Esta prova mundial pode ser, também, uma oportunidade de negócio para os empreendedores locais. Amanhã (hoje) começamos a organizar mais uma prova do Mundial de Rallycross para 2016». Jorge Fonseca - (Presidente Clube Automóvel de Vila Real) «Houve grandes provas e grandes despiques que são sempre agradáveis para quem assiste. À exceção do tempo, que não controlamos, tudo correu bem. Estamos de parabéns! Recebemos os melhores elogios da FIA (Federation Internationale de l’Automobile) porque há aqui um trabalho com muito valor. A realização de uma prova do Campeonato do Mundo de Rallycross em Montalegre está garantida, pelo menos, durante mais dois anos». Manuel de Melo Breyner - (Presidente da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting - FPAK) «Eu sou um fã do Rallycross. Estive cá no ano passado e fiz questão de vir este ano. Estive a falar com o promotor deste campeonato para trabalharmos em conjunto, de forma a tornarmos este evento ainda maior do que já é. Agrada-me ver a “afícion” do público que, apesar do mau tempo, não arreda pé e também a qualidade e o esforço que a Câmara Municipal de Montalegre fez para construir este circuito e mantê-lo como está. Todos temos que apoiar, principalmente a federação». Pedro Matos Chaves - (Ex-piloto Formula 1) «Foi um fim de semana muito animado. Estive cá no ano passado. O Campeonato do Mundo é muito interessante onde os carros andam muito rápido. Esta pista proporciona boas corridas, são pilotos de alto gabarito, com bons carros. O bailado na parte de terra é muito bonito. É muito bom o público poder ver a pista toda de cada bancada. Montalegre é uma visita obrigatória todos os anos». Rui Santos - (Presidente Câmara Municipal Vila Real) «É um evento magnífico, com projeção em todo o país e no Mundo. É uma aposta ganha da Câmara Municipal de Montalegre. Quero felicitar todos os envolvidos nesta realização. Não é por acaso que se organizam no distrito de Vila Real as duas provas a contar para o Campeonato do Mundo no automobilismo no mesmo ano. É um gosto partilhar esta alegria com Montalegre». Rui Vaz Alves - (Presidente Câmara Municipal Ribeira de Pena) «É um momento de descontração e desanuviamento de tensões depois de um magnífico feriado do 25 de Abril. Um domingo para descontrair com um espetáculo fantástico e aliciante. Estive cá no ano passado com um sol fantástico, este ano com um tempo menos bom mas com muito calor humano». Johan Kristroffersson - (Vencedor da prova de Montalegre 2015) «É fantástico! Estou muito feliz com o trabalho que fizeram os meus mecânicos durante todo o Inverno. Fizeram um trabalho muito duro e difícil para deixarem o carro o melhor possível. Foi um fim-de-semana perfeito. Muita gente acreditava em mim e agora tenho esta oportunidade de estar com os melhores do Mundo. O Petter Solberg é o campeão do Mundo! Ficar atrás de mim foi muito bom. foi um excelente início de temporada». Petter Solberg - (Atual Campeão do Mundo de Rallycross) «Montalegre é um lugar fantástico, com uma pista fantástica, mas o tempo esteve péssimo. As condições foram muito difíceis. Temos que agir de forma muito inteligente. Estou feliz por estar em Portugal». Joaquim Santos - (Campeão Nacional de Rallycross) «O balanço desta participação não é positivo. Tivemos problemas de afinação no carro por causa da chuva e depois, na última corrida de qualificação, tive um problema de travões. Não foi o que esperava mas aprendi coisas novas. Fiquei aquém dos meus objetivos iniciais. Estarei de regresso a Montalegre no dia 25 de julho mas num campeonato ao meu nível». Mário Barbosa - (Piloto nacional de Rallycross)«Atendendo ao facto de ser a segunda vez que conduzi o meu carro, o balanço é positivo. Foi uma honra estar aqui com os melhores do Mundo o que nos fez ver que ainda temos muito que desenvolver no carro». Durante dois dias, a dezena de participantes do workshop de fotografia - Primavera no Barroso - aprofundou conhecimentos sobre técnica fotográfica. O fim último foi potenciar cada equipamento tendo em conta a experiência prévia. O desafio foi lançado pelo Ecomuseu de Barroso. Nuno Rodrigues, em nome da coletividade, fala «em fim de semana proveitoso para quem gosta de fotografia». Na mesma linha, afirmou que «foi importante para os presentes perceberem as funcionalidades das máquinas e terem uma noção mais real da fotografia». «DAR ASAS À LIBERDADE CRIATIVA» A sessão iniciou com esclarecimentos sobre técnicas e funcionalidades básicas do equipamento que segundo o orientador «foi um dos objetivos apesar de se ter condensado muita informação em pouco tempo». Depois de ultrapassada a fase tecnológica, António Sá explicou que «basta dar asas à liberdade criativa». Nesta época do ano, o mentor quis dar destaque ao «período de floração da urze» e para isso realizou, anteriormente, uma prospeção no sentido de «descobrir manchas de urze mais fotografáveis». Nesta época primaveril os participantes foram conduzidos às mais belas paisagens do Barroso que fazem despertar todos os sentidos. Pitões das Júnias – 30 e 31 maio IV Jornadas das Letras Galego-Portuguesas A conhecida freguesia turística de Pitões das Júnias volta a colher mais dois dias de intercâmbio cultural com nova edição das “Jornadas das Letras GalegoPortuguesas”, evento que tem despertado, a cada ano que passa, maior curiosidade. Acontece no último fim de semana de maio. PROGRAMA - (Provisório) 30 Maio - Sábado- 10h00 - Mónica O’Reilly: “Myth and identity: Leabhar Gabhála Éireann: Construction and de-construction of irish, Galician and Portuguese Gaelic narrative” (Tradução simultânea: João Paredes)11h00 - João Paredes: “Sobrevivências da antiga religião galaica e concomitâncias na Europa atlântica” 12h00 - Marcial Tenreiro: “Mito, realidade e território; Para uma etno-arqueologia jurídica na céltica peninsular” 13h30 - Almoço 16h00 - Filme: “Cemraiost’abram” de Mónica Baptista 17h00 - Apresentação das Atas das Jornadas das Letras galego-portuguesas dos anos passados 18h00 - Livre 31 Maio - Domingo - 10h00 - Maria Dovigo: Lei estranha do herdo. Presença da avó na poesia galega contemporânea: As elegias de Joana Torres 11h00 - Hugo da Nóbrega: Identidade toponímica do Norte de Portugal e localização do nome da Gallaecia 12h00 - (Apresentação sem confirmar) 13h00 - Almoço 15h00 - Conclusões e posta em comum 16h00 - Visita turística por Pitões das Júnias. CORREIO DO PLANALTO – 5 No Auditório Municipal Segunda campanha de produção no terreno “Ary - O poeta das canções” Batata de Semente O auditório municipal de Montalegre recebeu o espetáculo “Ary - O poeta das canções”. Promovido pela Câmara Municipal e com entrada livre, este serão iniciou as comemorações do 25 de Abril. Orlando Alves, número um da edilidade, afirmou que foi «uma noite de cultura, cheia de emoção e muito sentimento». Últimos exemplares à venda A campanha de retoma da produção de batata de semente que o município de Montalegre levou a cabo ao longo do último ano foi «aposta ganha». Um investimento, assegura o vice-presidente David Teixeira, que «deve continuar» sendo «um exemplo da valorização do orgulho local». O sucesso desta aposta já deu lugar a uma nova campanha que apresenta um incremento «significativo» nos aderentes e na área de cultivo. Entretanto, há ainda alguns sacos de batata da primeira campanha que estão à venda nos locais abaixo descritos. Único concelho em Portugal com batata de semente certificada, Montalegre retomou este ano a produção do “ouro branco”, outrora fonte de avultados rendimentos e símbolo da região. Foi com esse propósito que o município de Montalegre voltou os olhos para a terra, foco bastante aplaudido e que, feitas as contas, deu saldo positivo, como adianta David Teixeira, vice-presidente da autarquia: «a Câmara de Montalegre ao fazer o balanço da primeira experiência, chegou à conclusão de que é uma aposta ganha e é um investimento que deve continuar», sendo «um exemplo da valorização do orgulho local que está a dar os seus frutos». «AGRILOJA VENDEU 90% DA PRODUÇÃO» O auditório municipal de Montalegre abriu portas para acolher mais um momento cultural. Em palco “Ary – O poeta das canções”, com o cantor Quim Zé Lourenço, com João Guerra Madeira ao piano, Naná Sousa Dias, em saxofones e flauta, Pedro Amendoeira, na guitarra portuguesa, e ainda a bailarina Catarina Gonçalves, que assina a coreografia. Durante quase duas horas, foram recriadas canções históricas como “Tourada”, “Canção de Madrugar”, “Estrela da Tarde”, “O Cacilheiro”, “Retalhos da Vida de um Médico”, com s novos arranjos e com recurso a diferentes linguagens, géneros e estéticas musicais, desde a música clássica e contemporânea, ao jazz, fado... Juventude e Cidadania no Ecomuseu de Barroso Perto de 20 juntas de freguesia e mais de 20 associações do concelho participaram numa uma sessão de formação/capacitação intitulada “Juventude e Cidadania”. A ideia foi esclarecer e formar dirigentes associativos para o novo programa “Erasmus + Juventude em Ação” e para a elaboração das respetivas candidaturas. Nesta ótica, David Teixeira adverte que já está no terreno «a fase inicial da segunda campanha de batata de semente», daí que seja lançado «este alerta a todos os agricultores» no sentido de «ser preciso valorizar os nossos produtos e as nossas terras». O autarca lembra que «ainda temos alguns sacos de batatas de semente que gostávamos que fossem plantadas de novo em Montalegre» ao mesmo tempo que invoca o «grande parceiro» associado a este projeto: «a Agriloja vendeu 90% da produção e está ainda a vender, assim como algumas lojas locais...é o momento de decisão e de voltar a querer que Montalegre fique conhecida por aquilo que produz com qualidade». No encalço, David Teixeira faz questão de acentuar as qualidades deste produto de excelência: «a batata de semente afirma Montalegre como local de eleição de produção de montanha, sem doenças e sem bactérias». «TEMOS UM CONSUMIDOR PARA O COMÉRCIO DE BATATA FRITA» Face ao contexto não surpreende a escolha do município de Montalegre em novas variedades de batata: «nesta segunda campanha vamos apostar na variedade “agria”, uma vez que temos um consumidor para o comércio de batata frita artesanal, com quem já temos acordo assinado». Um trunfo que faz sorrir David Teixeira: «em 2015 conseguimos um pleno - valorizar a batata de semente e, após a seleção, a de consumo com escoamento garantido. Uma «experiência de sucesso» que conquistou «mais agricultores», conclui o vice-presidente. APOSTA GANHA Responsável pelo acompanhamento, no terreno, deste desiderato, o técnico Nuno Reis esclarece que ainda existe produto para escoar na Cooperativa Agrícola do Barroso (Coop Barroso) ou através dos operadores económicos sediados em Montalegre: «a maioria da batata foi escoada para fora do concelho, para zonas tradicionais, onde já conhecem a qualidade do nosso produto. Nesta fase final estamos ainda a dar a possibilidade de adquirirem a nossa batata de semente. A compra pode ser feita através de alguns comerciantes, sediados em Montalegre, ou diretamente nas nossas instalações». Um desafio, diz o técnico, que foi «um sucesso» apesar de estarmos a falar de um produto sujeito «a muitas influências exteriores» e onde este ano, em termos climatéricos, «foi um ano terrível». Porém, a qualidade da batata ultrapassou tudo: «tenho a certeza que a nossa batata terá um bom comportamento em termos produtivos. Esperamos nos anos seguintes ganhar mais mercado, ganhar a confiança dos produtores de batata de consumo e mostrar que Montalegre, sendo a única produtora a nível nacional, pode e deve continuar a apostar nesta cultura e dar mais uma alternativa às explorações agrícolas e aos produtores». BATATA “AGRIA” GANHA TERRENO 17 juntas de freguesia e 24 associações do concelho de Montalegre participaram numa jornada de formação e esclarecimento vocacionada para o preenchimento dos formulários de candidatura ao novo programa “Erasmus +”. Os principais objetivos passam por «promover a cidadania ativa dos jovens, através de mobilidades individuais para fins de aprendizagem e de cooperação para inovação e boas práticas». Em relação ao financiamento, as despesas são pagas na totalidade. Gorete Carneiro, em nome do Ecomuseu de Barroso, referiu que «o elevado número de participantes foi muito gratificante para o Ecomuseu em parceria com o CLDS + Barroso». Recorde-se que já anteriormente foram feitas candidaturas de sucesso a este tipo de iniciativas. São exemplos «os projetos “Envolverde” e “Envolvarte” de intercâmbio de jovens e uma outra com artesãos, na Sardenha, em Itália, e por isso temos experiência para ajudar nas candidaturas» explicou Gorete Carneiro. Na mesma linha afirmou que «não há apenas financiamento para infraestruturas mas também para a valorização das pessoas, terem a oportunidade de se mobilizarem para outros países, para formação, aprendizagem e novos conhecimentos...isso é muito importante», concluiu. PROJETOS DA REGIÃO BENEFICIADOS José Costa, formador da Agência Nacional para a gestão do programa “Erasmus+ Juventude em Ação”, mostrou-se surpreendido com a adesão a esta sessão. Nesse sentido, referiu que «o tecido associativo da região esteve cá em força, pessoas muito interessadas em desenvolver projetos para os jovens». Acrescentou que «os projetos desta zona são favorecidos porque há poucas candidaturas e há vontade das entidades responsáveis em canalizar o financiamento para estas regiões». JOVENS ATÉ 30 ANOS Patrícia Amaro, formadora da Agência Nacional para a gestão do programa “Erasmus+ Juventude em Ação”, também presente nesta sessão, esclareceu que «foi possível incentivar os participantes a ter curiosidade pelo programa e de que é uma fonte de financiamento». Um programa, destinado a jovens entre os 13 e os 30 anos, que pode ser «uma possibilidade de aprendizagem e de desenvolvimento de competências também para desempregados», rematou. Nuno Reis conta que a segunda campanha apresenta «mais produtores, mais área representativa e mais variedades». A exemplificar, narra: «a “kennebec” e a “désirée” são espécies muito conhecidas em Trás-os-Montes mas vão perdendo espaço comercial em relação a novas variedades. A “agria” é uma variedade bastante produtiva e com muita procura para consumo e fins industriais. Os nossos vizinhos, no vale de Xinzo de Limia (Espanha), praticamente só produzem esta variedade. Era uma espécie protegida, ou seja, não se podia multiplicar, mas recentemente foi liberalizada e entrou no domínio público». A reboque desta argumentação, finaliza: «vamos apostar nessa variedade, um pouco em substituição da “désirée”, com a intenção de renovar, acompanhar o mercado e oferecer uma alternativa viável, em termos económicos aos produtores...a “kennebec” é aquela que o consumidor mais gosta e por isso mantém o seu mercado». Barroso - Comércio de Alimentos Para Animais, Lda CONTACTOS: Cooperativa Agrícola do Barroso - (Coop Barroso) - 276 009 132 Eng. Nuno Reis - 961 693 891 VARIEDADES DA BATATA (À VENDA): Kennebec (Calibre - 45/60) Desirée (Calibres - 28/45 e 45/60) LOCAIS DE VENDA: Coop Barroso (armazém instalado na aldeia do Barracão) Associação dos Agricultores do Barroso e Alto Tâmega (AATBAT) Prados Brancos, Lda Mérito Campestre, Lda Flor do Barroso - Comércio de Alimentos Para Animais, Lda 6 – CORREIO DO PLANALTO PUB CORREIO DO PLANALTO N.º 693 - 30.ABRIL.2015 MUNICIPIO DE MONTALEGRE CÂMARA MUNICIPAL EDITAL EDITAL N.º 13/2015/DAGF Manuel Orlando Fernandes Alves, na qualidade de Presidente da Câmara Municipal de Montalegre, em cumprimento do disposto no n.º 2 do artigo 56.º, do anexo I, da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, que alterou a Lei n.º 169/99, de 18 de setembro, torna público que, na reunião ordinária do executivo municipal, realizada no dia seis de abril de 2015, foram tomadas as seguintes deliberações: 1 – Atribuição de Apoio a Estratos Sociais Desfavorecidos – Apoio à melhoria do alojamento – Manuel Barroso de Cruz. Deliberação: Aprovado por unanimidade. 2 – Atribuição de Apoio a Estratos Sociais Desfavorecidos – Fornecimento de refeições. Deliberação: Aprovado por unanimidade. 3 – Proposta de atribuição de apoios no âmbito do Apoio Financeiro à Família. Deliberação: Aprovado por unanimidade. 4 – Pedido de subsídio formulado pela CERCIMONT, com sede em Montalegre. Deliberação: Aprovado por unanimidade. 5 – Pedido de subsídio formulado pela CERCIMONT, com sede em Montalegre para celebração de contrato de cooperação Deliberação: Aprovado por unanimidade. 6– Proposta de Prestação de Serviços no apoio ao cumprimento do Regulamento Municipal de concessão de apoio financeiro destinado ao fomento da Produção de Batata de Semente. Deliberação: Aprovado por unanimidade. 7- Minuta de Protocolo de Cooperação entre o Município de Montalegre e Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Deliberação: Aprovado por unanimidade. 8 – Protocolo para Constituição de Agrupamento de Entidades Adjudicantes – Fornecimento de Energia Elétrica – AMAT. Deliberação: Aprovado por unanimidade. 9 – Ratificação de acordo de pagamento de dívida de água/saneamento/rsu n.º 062150300018, celebrado com a Sra. Elisa Maria Freitas Costa Ribeiro, residente na rua Eça de Queirós, n.º 10, Montalegre. Deliberação: Aprovado por unanimidade. 10 – Ratificação de acordo de pagamento de dívida de água/saneamento/rsu n.º 062150300019, celebrado com a Sra. Elisa Maria Freitas Costa Ribeiro, residente na rua Eça de Queirós, n.º 10, Montalegre. Deliberação: Aprovado por unanimidade. 11 – Ratificação de acordo de pagamento de dívida de água/saneamento/rsu n.º 062150300020, celebrado com a Sra. Elisa Maria Freitas Costa Ribeiro, residente na rua Eça de Queirós, n.º 10, Montalegre. Deliberação: Aprovado por unanimidade. 12 – Ratificação de acordo de pagamento de dívida de água/saneamento/rsu n.º 062150300021, celebrado com a Sr. António Magalhães, residente na rua do Avelar, n.º 449, Montalegre. Deliberação: Aprovado por unanimidade. 13 – Ratificação de acordo de pagamento de dívida de água/saneamento/rsu n.º 062150300022, celebrado com a Sr. António Magalhães, residente na rua do Avelar, n.º449, Montalegre. Deliberação: Aprovado por unanimidade. 14 – Ratificação de acordo de pagamento de dívida de água/saneamento/rsu n.º 062150300023, celebrado com o Sr. António Magalhães, residente na rua do Avelar, n.º449, Montalegre. Deliberação: Aprovado por unanimidade. 15 – Ratificação de acordo de pagamento de dívida de água/saneamento/rsu n.º 062150300010, celebrado com o Sr. José Luis Alves Costa, residente na rua Baixo, n.º17, Aldeia Nova, Chã. Deliberação: Aprovado por unanimidade. 16 – Ratificação de acordo de pagamento de dívida de água/saneamento/rsu n.º 062150300011, celebrado com o Sr. José Luis Alves Costa, residente na rua Baixo, n.º17, Aldeia Nova, Chã. Deliberação: Aprovado por unanimidade. 17 – Ratificação de acordo de pagamento de dívida de água/saneamento/rsu n.º 062150300012, celebrado com o Sr. José Luis Alves Costa, residente na rua Baixo, n.º17, Aldeia Nova, Chã. Deliberação: Aprovado por unanimidade. 18 – Ratificação de acordo de pagamento de dívida de água/saneamento/rsu n.º 062150300013, celebrado com a Sra. Ana Maria Pereira Oliveira, residente no Largo Penedo, n.º2, Parafita, Viade de Baixo. Deliberação: Aprovado por unanimidade. 19 – Ratificação de acordo de pagamento de dívida de água/saneamento/rsu n.º 062150300014, celebrado com a Sra. Ana Maria Pereira Oliveira, residente no Largo Penedo, n.º 2, Parafita, Viade de Baixo. Deliberação: Aprovado por unanimidade. 20 – Ratificação de acordo de pagamento de dívida de água/saneamento/rsu n.º 062150300015, celebrado com a Sra. Ana Maria Pereira Oliveira, residente no Largo Penedo, n.º 2, Parafita, Viade de Baixo. Deliberação: Aprovado por unanimidade. 21 – Ratificação de acordo de pagamento de dívida de água/saneamento/rsu n.º 062150300016, celebrado com o Sr. Jeffrey Hilario Fernandes, residente na rua Principal, n.º 27, r/c, Criande, Morgade. Deliberação: Aprovado por unanimidade. 22 – Ratificação de acordo de pagamento de dívida de água/saneamento/rsu n.º 062150300017, celebrado com o Sr. Jeffrey Hilario Fernandes, residente na rua Principal, n.º 27, r/c, Criande, Morgade. Deliberação: Aprovado por unanimidade. 23 – Ratificação de acordo de pagamento de dívida de água/saneamento/rsu n.º 062150300007, celebrado com a Sra., Lúcia Garcia Gil, residente na rua C1 1ºE TR, Montalegre. Deliberação: Aprovado por unanimidade. 24 – Ratificação de acordo de pagamento de dívida de água/saneamento/rsu n.º 062150300008, celebrado com a Sra. Lúcia Garcia Gil, residente na rua C1 1ºE TR, Montalegre. Deliberação: Aprovado por unanimidade. 25 – Ratificação de acordo de pagamento de dívida de água/saneamento/rsu n.º 062150300009, celebrado com a Sra. Lúcia Garcia Gil, residente na rua C1 1ºE TR, Montalegre. Deliberação: Aprovado por unanimidade. 26 – Ratificação de acordo de pagamento de dívida de água/saneamento/rsu n.º 062150300005, celebrado com o Sr. Vítor Manuel Fernandes Freitas, residente na rua Fundição, nº 8, Borralha, Salto. Deliberação: Aprovado por unanimidade. 27 – Ratificação de acordo de pagamento de dívida de água/saneamento/rsu n.º 062150300006, celebrado com o Sr. Vítor Manuel Fernandes Freitas, residente na rua Fundição, nº 8, Borralha, Salto. Deliberação: Aprovado por unanimidade. 28 – Empreitada “Saneamento da Vila da Ponte “Processo 2014/003) – Relatório Final de Análise das Propostas. Deliberação: Aprovado por unanimidade. 29 – Elaboração do Projeto de “Beneficiação da E.M.508 de Vilar de Perdizes aos limites do Concelho de Chaves, por Meixide” – Autorização Prévia. Deliberação: Aprovado por unanimidade. 30 – Elaboração do Projeto de “Saneamento e Abastecimento de Água a Vilarinho de Negrões – Autorização Prévia. Deliberação: Aprovado por unanimidade. 31 – Elaboração do Projeto de “Saneamento e Abastecimento de Água a Ormeche” – Autorização Prévia. Deliberação: Aprovado por unanimidade. 32 – Elaboração do Projeto do “Refeitório da Escola de Salto” – Autorização Prévia. Deliberação: Aprovado por unanimidade. 33 – Arranjo Urbanísticos em Salto – Área G – Aquisição de parcela de terreno. Deliberação: Aprovado por unanimidade. 34 – Parecer prévio vinculativo relativo à contratação de serviços de limpeza de diversos locais do domínio público do concelho de Montalegre. Deliberação: Aprovado por unanimidade. 35 – Parecer prévio vinculativo relativo à contratação de serviços de consultadoria na otimização do IVA. Deliberação: Aprovado por unanimidade. 36 – Pagamento da quota anual e da comparticipação financeira, relativa ao ano de 2015 / Centro de Informação, mediação e Arbitragem do Consumo do Vale do Cávado (CIAB). Deliberação: Aprovado por unanimidade. Para constar e para os devidos efeitos legais, publica-se o presente edital e outros de igual teor, que vão ser afixados no átrio do município e demais lugares de estilo, bem como no sítio da internet:-http:/www.cm-montalegre. E eu (Nuno Vaz Ribeiro), Diretor do Departamento de Administração Geral e Finanças da Câmara Municipal de Montalegre o subscrevi. Montalegre e Paços do Município, 15 de abril de 2015. O Presidente da Câmara Municipal (Manuel Orlando Fernandes Alves) À CONSIDERAÇÃO DOS NOSSOS PREZADOS ASSINANTES Devido a problemas levantados no banco, a pretexto de que são normas da CEE, solicitamos aos nossos prezados assinantes e anunciantes que, sempre que nos passem cheques NÃO ENDOSSÁVEIS, o façam em nome do proprietário do jornal, Bento Gonçalves da Cruz. Muito obrigado. CORREIO DO PLANALTO – 6 Conversando... Conversando... O Papel dos Baldios nas economias locais por: António Chaves Finalmente a primavera chegou e todo à volta parece que renasceu. Árvores floridas, os campos verdes, os pássaros tontos de amor, fudo respira beleza e frescura, bendita seja a primavera e os sues dias luminosos. Nada melhor que estes dias assim, sem vento sem chuva, sem frio, sem calor, sem nada que irrite um homem e nos deixe andar na rua sem tino nem destino, cumprimentando as pessoas alegremente, sem ponta de rancor que um dia chuvoso e amargo pode proporcionar. Ai, dias assim passam depressa e logo vêm outros frios e chuvosos, ou então um calor destemperado quando as moscas zunem e gemem e nós não sabemos nos onde metermos. Altos desígnios da natureza e da providência que nos fazem lembrar que a vida não é só primavera e sorrisos, mas também inverno e inferno, e, por vezes, ranger de dentes. São seis meses de inverno duro e três meses de inferno, pelo que sobram tês meses sem queixumes de maior. É pouco, mas temos que viver com aquilo que a natureza nos dá, não temos ouro remédio senão aceitar alegremente os ditames do criador, embora, por vezes, seja padrasto e carrasco, mas ele lá sabe o que anda a fazer. Certos dias de inverno dificilmente se suportam, com o frio a estranhar-se por todo o corpo, mas há outros, em pleno verão, que são igualmente difíceis de suportar, quando o calor queima como brasas acesas de uma fogueira. Contrastes que não são próprios de um clima dito temperado como é o nosso, ou dizem que é, o que custa acreditar em face daquilo que se sofre ao longo de um ano. Temperado o caraças, isso era bom se fosse sempre abril ou maio com suas temperaturas amenas. Agora janeiros frios e agostos escaldantes nada têm de temperados, não me venham com conversas de lana caprina, como se tudo fosse de fácil compreensão. Eu, que sou de raciocínio lento, custa-me a compreender certas teorias que põem Trás-os-Montes e Alto Douro a par do Alentejo no rol dos climas temperados. Isso é que era bom, mas a verdade é outra coisa bem diferente. Temperados o tanas, eis a questão primordial da geografia portuguesa a entrar pelos olhos dentro de um cristão. Só não vê quem não quer ver, está à frete dos olhos, nota-se a léguas que isto nada tem de temperado, haja em vista o frio que penamos em Janeiro e Fevereiro do ano corrente, um frio do catano, com vossa licença. Temperado isto? Pois sim. Bem sei que em outros países a coisa fia mais fino, com grandes nevões de costa a costa e as temperaturas abaixo de zero muitos graus. Um taró de se tirar o chapéu, muito pior que o nosso que, mesmo assim, chega e sobra para as encomendas. Deus nos acuda e nos valha e as crianças cresçam em paz e em harmonia. Elas são o melhor do mundo, os livros falam disso, mas bem que nem é preciso ir aos livros, basta olhálas nos olhos e afagar-lhes os cabelos. Adoráveis crianças, elas são a alegria e a primavera da vida, abençoadas sejam, pena é que a gente cresça e deixe de ser criança a partir de certa altura. Custa a crer e não se acredita como é possível um pai esfaquear o próprio filho bebé e ter ainda a coragem de enviar à mãe um vídeo da criança esfaqueada. Grandezas e misérias da vida, ao que um homem pode chegar e ser capaz de matar o filho bebé, ainda tão pequenino, isto causa arrepios não dá para entender. Mundo louco este, mundo cão, onde tais coias acontecem, a tal ponto chega a degradação humana, incapaz de compreender os meandros complicados de certas vidas. Mundo cão, com licença dos cães, que são ternos e compreensivos, incapazes de matar um bebé de seis meses. Que vai dizer este pai à justiça quando for julgado? Ataque de loucura ou efeitos de drogas e vinho à mistura? Tudo junto temos um homem perdido, sem salvação, com a memória atravessada na garganta e os remorsos corroendo o coração que teima em bater. Pobre homem, pobre pai, não há compaixão que perdoe um crime destes. F.M. DESPORTO Encontro de Traquinas e Petizes em Chaves PAPELARIA PAPELARIA MILÉNIO MILÉNIO JORNAIS e REVISTAS LIVRARIA – MATERIAL ESCOLAR R. Central, Edifício Igreja Nova, nº 77 - A, Loja 3 SALTO Oitenta por cento da matéria-prima requerida pela economia rural das nossas aldeias vem do monte, como afirmou um dia Bento da Cruz. Esta constitui uma variável essencial na atividade local, infelizmente frequentemente esquecida. O monte fornece o princípio fundamental que suporta a vida – o humos. O humos é o princípio de toda a vida na terra. Um grama de humos pode conter milhões de micro organismos e é a substância diretamente assimilada pelas plantas. Por isso, um incêndio não destrói apenas as árvores e os matos. A falta de cobertura do solo e a ação da chuva removem o humos e acidificam o terreno. Aumenta a erosão que leva ao empobrecimento da matéria orgânica, prejudicando a sua capacidade de regeneração. A sabedoria dos povos sempre alcançou que defender os montes dos incêndios era o mesmo que defender a sobrevivência económica e social das comunidades locais. Hoje perdeu-se essa ligação umbilical com o monte, sendo uma das principais razões da fragilidade atual da economia rural de montanha, em Barroso. Foi o ataque sistemático por parte do Estado aos direitos comunais que conduziu à situação atual, dando também cobertura a interesses particulares que ao longo do tempo capturaram grandes extensões de bens comuns, em benefício dos privados, que delas se apropriaram. Em livro que brevemente vai ser publicado, temos a oportunidade de analisar em mais profundidade este fenómeno e as suas consequências para as populações. Nas pesquisas para elaboração do livro encontramos informações de grande importância e nteresse, como foi o caso de um estudo um estudo que vamos passar a transcrever, ao longo dos próximos números deste jornal. Trata-se de um trabalho efetuado por NEMÉSIO BARXA da Academia Galega de Jurisprudência, sob o título DIREITOS COMUNAIS AMEAÇADOS NA GALLAECIA, MONTES VIZINHAIS E BALDIOS, no qual desenvolve uma análise sistemática e comparada da abordagem em Portugal e na Galiza ao tema em questão. Começa o autor por referir na introdução: «Os dados físicos sobre os montes são diversos e inclusivamente contraditórios, razão pela qual as cifras que expressamos a seguir são simplesmente indicativas, sem mais valia para este tema dos montes que destacar a importância que a nível económico tem o monte na Galiza e em Portugal, muito especialmente a norte do Porto. Na Galiza a superfície ocupada por terrenos destinados a monte é superior a um milhão e novecentos mil hectares. (Falamos de destino e não de terrenos incultos ou abandonados) que se supõe mais de 60% do seu território nacional. Em Portugal, pelo início do século XX atingiam os quatrocentos mil hectares, cerca de 45% do território nacional, embora com predomínio no norte de Portugal (Vila Real, Viseu, Viana do Castelo e Bragança, que no seu conjunto detêm perto de 60% do total baldio do país). É de realçar que entre 1880 e 1960, tanto na Galiza como especialmente em Portugal, perdeu-se uma notável extensão destes montes que a Junta de Colonização Interna de Portugal contabilizava nos anos cinquenta em 5%. O processo de alienação ou de apropriação dos montes regista menos incidência nas zonas de economia de montanha e foi levado a cabo, muito particularmente pela Administração municipal e estatal. É também de salientar que nestas terras de montanha os aproveitamentos não se reduzem à madeira mas também à exploração mineira (designadamente as pedreiras e pastagens, sendo todavia a madeira a superar qualquer outro tipo de exploração do monte. I. BREVE NOTÍCIA SBRE A ORIGEM DOS BALDIOS Comum a Galiza e Portugal, como relíquia de tempos quase ignotos sobrevive um tipo de copropriedade diferente da tradicional, baseada no direito romano, que tem a sua origem no direito e costumes dos povos germânicos; possivelmente chegou até aos nossos dias por se situar em terras de montanha, sem valor específico em si, complementares da exploração agrícola; com o andar dos tempos estes montes chegaram a ter notória utilidade e valor de “per si”, constituindo fonte de rendimento para os compartes e para a economia nacional. Trata-se do que nós chamamos na Galiza “montes vizinhais” ou “em mão comum” e que em Portugal são chamados “baldios”; são montes de vizinhos, de exploração comunitária do lugar dos quais obtinham fundamentalmente lenhas, pastos e estrume. Queremos salientar desde já que só chegaram aos nossos dias dentro do território do reino da Galiza e em todo o Portugal embora mais evidentes nas regiões acima do rio Douro. Na Galiza situa-se a sua origem em diversos quadrantes: nos povos celtas e nas sociedades primitivas para as quais a propriedade da terra constituía uma instituição com autêntico valor social, pertencente ao grupo, não aos indivíduos, onde cada indivíduo tem direitos e deveres em relação ao bem comum, derivado do seu vínculo coletivo, mas sem nenhum direito individualizado; nas invasões dos Suevos e na divisão que fizeram das terras, excluindo os montes e fragas de aproveitamento comum; e nas “marcas germânicas”; na Idade Média, na Reconquista para repovoar as zonas próximas às fronteiras ou que consideravam básicas para futuras ações guerreiras, onde o Senhor, laico ou eclesiástico concedia terras que seriam disfrutadas em comum pelas famílias que nelas assentassem, atribuindo-as aos moradores do lugar que fundavam, tanto para eles como para os que posteriormente se integrassem no assentamento ou comunidade de vizinhos criada. Os baldios tiveram origem semelhante nas terras ao sul do rio Minho. Rogério E. Sares assinala que que a sua origem se perde na noite dos tempos; e Manuel Rodrigues (no seu importante livro “Os Baldios” afirma que “são uma realidade jurídica, económica e social de remotas origens no quadro da sociedade agrária portuguesa”, terrenos que ficaram pertencendo aos moradores do termo e no seu domínio em comum, elemento importante na época da reconquista e reorganização do território português; no medievo, os reis, em muitos casos, para afiançar ou dilatar as suas conquistais aos mouros e estimular o povoamento outorgavam forais aos povoadores onde incluíam os terrenos do logradouro comum além daqueles sobre os quais já tinham um direito instituído por usos e costumes muito antigos ou terras reguengas das que em parte – as incultas – eram destinadas ao logradouro comum de todos os vizinhos; outras vezes por transformação de terras inicialmente reguengas ou bens “maninhos”. No século XIII e posteriores, no seguimento da influência do Direito Romano que negava a estas agrupações pessoalidade jurídica, as comunidades de vizinhos enfrentam o perigo de ver suplantada a sua titularidade sobre os montes por uma pessoa jurídica que poderia vir a ocupar o seu posto e, para iludi-lo, estas comunidades de tipo germânico tiveram que acolher-se numa instituição procedente do direito romano: o censo enfitêutico; deste jeito, e por derivação, chegaram ao “foro” a favor dos vizinhos da paróquia ou lugar; o reconhecimento escrito deste domínio útil tomaram a forma de “cartas de foral” que aparecem passada a Idade Média. (continua no próximo número) 8 – CORREIO DO PLANALTO Orlando Alves - Alterações aos baldios Presidente da Câmara envia carta à Ministra da Agricultura Orlando Alves, presidente da Câmara Municipal de Montalegre, está indignado com a recente decisão do IFAP (Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas I.P.) ao proceder a uma alteração em todos os baldios com base na interpretação da ocupação do solo. Desta operação resultou uma diminuição de área elegível que, em alguns casos, ultrapassa os 80% da área disponível dos baldios no concelho de Montalegre. Revoltado, Orlando Alves escreveu uma carta à Ministra da Agricultura e do Mar no sentido de inverter esta «monstruosidade política» que irá provocar, em definitivo, um «adeus ao mundo rural». A Câmara Municipal de Montalegre, através do presidente Orlando Alves, acaba de enviar uma carta à Ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, no sentido de travar a mais recente decisão, por parte do IFAP, em alterar todos os baldios com base na interpretação da ocupação do solo. Esta tomada de posição diminui drasticamente a área elegível que, em alguns casos, ultrapassa os 80% da área disponível dos baldios no concelho de Montalegre. A manter-se, todos os agricultores e entidades gestoras dos baldios, candidatos às várias ajudas comunitárias, vão ser fortemente penalizados nos próximos anos à luz da atual reforma da PAC 2014/20. As penalizações vão abranger «todos os agricultores que têm RPU, indemnizações compensatórias, medidas agroambientais, apoios associados para as vacas aleitantes, ovinos e caprinos», esclarece Lúcia Jorge, em nome do Secretariado dos Baldios de Trás-os-Montes e Alto Douro. Para além desta brutal quebra no rendimento dos agricultores, acrescenta, «esta medida pode por em causa os projetos dos “Jovens Agricultores” já instalados, assim como impede, no futuro, a instalação de mais jovens agricultores». N OT Í C I A S - AT U A L I D A D E - N OT Í C I AS por: Maria José Afonso VILA POUCA DE AGUIAR Marroquino detido Foi detido em vila Pouca de Aguiar, um cidadão de nacionalidade marroquina, maior de idade, pela prática do crime contrafacção. Na sequência da detenção foram apreendidos vários produtos contrafeitos, tais como: facas, CD´s, DVD´s, Óculos e Relógios. O visado foi constituído arguido, sujeito a TIR e foi notificado para comparecer Tribunal de V.P. de Aguiar . DESPORTO Seleção Feminina da AFVR empata em Coimbra - Três atletas de "A Colmeia" - Montalegre, compõem a Seleção Distrital Inserido na comemoração Dia do Futebol Feminino da AF Coimbra, a Seleção Feminina da AFVR empata 1-1 com a Seleção de Coimbra. Carina Luís, Eduarda Carvalho e Luísa Cruz, atletas do clube "A Colmeia" fazem parte deste plantel. «MONSTRUOSIDADE POLITICA» Face a este quadro, o presidente da Câmara Municipal de Montalegre acaba de enviar uma missiva dirigida a Assunção Cristas onde deixa o «lamento e inconformismo» a tal decisão. Orlando Alves justifica esta postura «pelas consequências nefastas que tal terá na fixação de pessoas à terra e pela monstruosidade política, perdoe-se-me a intensidade do desespero vertido nesta expressão, que a dita norma constitui». O autarca explica à Ministra da Agricultura que «não é desativando serviços, ou onerando o acesso a bens essenciais como a educação e a saúde, e subjugando pela cerviz quem teima e resiste em dar vida a um território onde as condições de vida são naturalmente de subsistência, que se constrói o país coeso e harmonioso de que tanto se fala mas que todos os dias se adia». Pelo contrário, o que o interior precisa, adianta Orlando Alves, é de «medidas singulares e audazes que o promovam e tornem atrativo». ÁREA BALDIA NO CONCELHO PASSA DE 64 MIL PARA...18 MIL HECTARES Angustiado pelo que tem escutado, o edil socorre-se de números que espelham bem a diminuição drástica da área baldia que passa a imperar no concelho: «A área baldia total do concelho de Montalegre é de 64.602 ha e a partir de 2015, e de acordo com a criminosa decisão ora anunciada, a área baldia elegível fixarse-á pelas 18.564 ha. É caso para dizer que não basta a desgraça de sermos pobres para nos quererem e nos tornar ainda mais pobres no Portugal profundo. Triste condição nascer-se». Um lamento que Orlando Alves reforça com esta interrogação dirigida à Ministra da Agricultura e do Mar: «considerando que o recurso ao baldio é o que mais determinante tem sido para a fixação dos apoios aos homens e mulheres de Barroso que através do amanho dos campos alindam o território e dão vida à nossa terra é caso para perguntar a V. Exa. se fez a contabilidade aos muitos que vão ter de emigrar e deixar-nos a todos mais pobres, indefesos e sem futuro?». A fechar, o responsável máximo pelo executivo municipal refere: «de nada valerá criarem-se Comissões sejam elas governamentais ou da Assembleia da República como agora se anuncia, para a promoção da natalidade quando ao mesmo tempo se deitam cá para fora normas e posturas que levam ao fechar de portas e à morte social deste malfadado País». Passa por Montalegre dia 24 de maio 1ª Volta ao Alto-Tâmega em Bicicleta apresentada em conferência de imprensa Foi apresentada à comunicação social a 1ª Volta ao Alto-Tâmega em Bicicleta que acontece nos seis concelhos: Chaves, Boticas, Montalegre, Valpaços, Ribeira de Pena e Vila Pouca de Aguiar, de 22 a 24 de maio e que conta com 16 equipas profissionais, entre elas duas estrangeiras: uma russa e outra espanhola, num percurso a chegar quase aos 200 kms (197kms). Terá inicio em Boticas e culminará em Montalegre, na Serra do Larouco. Os cinco municípios estiveram representados pelos seus presidentes de câmara. Acão que contou também com a presença de Delmino Pereira, presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo. "É uma prática aliada ao turismo, uma vez que se juntam o interesse paisagístico, o gastronómico e claro está o desportivo. Esta região terá, garantidamente, o retorno desta corrida." Garantiu. Rui Vaz Alves, edil de Ribeira de Pena e atual presidente da Comunidade Intermunicipal do Alto Tâmega e Barroso referiu que o objetivo deste evento é "promover os territórios que compõem a Comunidade Intermunicipal, a nível turístico, cultural e desportivo." Ideia corroborada por Orlando Alves, presidente da Câmara Municipal de Montalegre ao afirmar que "esta prova vai dar uma grande visibilidade ao território. Através do desporto vamos consolidar uma ideia de "região" que faz falta ser assumida por todos os agentes políticos e cidadãos do Alto Tâmega. " O edil abordou ainda, em entrevista à Rádio Montalegre, a aposta feito o ano passado pelo Município de Montalegre na Serra do Larouco, por ocasião da "Volta a Portugal em Bicicleta" evidenciando que "o investimento na serra do Larouco está justificado com este conjunto de provas que se realizam na capital do Barroso." Sob a alçada da Federação Portuguesa de Ciclismo, a Comunidade Intermunicipal do Alto Tâmega realiza pela primeira vez, a Volta ao Alto-Tâmega em Bicicleta a ter lugar de 22 a 24 de maio.
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