Programas do 4º ano 2º semestre

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Programas do 4º ano 2º semestre
Escola de Arquitectura
4º ANO
ATELIER 2 A. – Território: Da Cidade ao Difuso 2º Semestre ano lectivo 2015-201
Docente: Marta Labastida, Arquitecta
PROGRAMA
O programa do Atelier 2A contempla um único exercício prático que tem como objectivo
principal ensaiar estratégias de intervenção/transformação no território contemporâneo.
Perante um padrão de urbanização diferente do modelo da cidade canónica, é necessário
questionar as oportunidades de intervenção e, em simultâneo, “descobrir” novas
aproximações ao lugar e ao projecto.
Numa área localizada na Quinta dos Peões adjacente ao Campus de Gualtar em Braga, é
proposto aos alunos questionar e especular a partir de um programa determinado pela
Câmara Municipal de Braga: a implantação de um novo centro tecnológico.
O processo de aproximação ao lugar e ao programa desenvolvido por cada grupo, definirá
uma posição crítica e enunciará a estratégia a desenvolver.
O atelier confrontará distintas problemáticas do território contemporáneo com o objectivo de
descobrir novas oportunidades de intervenção disciplinar (da paisagem, da arquitectura, do
urbanismo) que transcendam o desenho urbano tradicional, que assumam uma
transversalidade de escalas e de tempos, e que estimulem processos e relações (programáticas
e morfológicas); definindo assim um projecto expandido, ou um projecto estratégia.
Um projecto estratégia considera-se um processo aberto que cruza referências, explora
ferramentas, (re)conhece distintas escalas, questiona programas, articula permanências com
mutações, aproveita usos e materiais encontrados... Em definitiva, um projecto estratégia
determina um campo de relações e processos, ativando o preexistente e estimulando o
possível.
O exercício desenvolver-se-á em grupos de três alunos e dividir-se-á em duas fases:
1ª fase: A partir da exploração alargada do lugar, os alunos deverão construir uma
aproximação (crítica e selectiva) que sintetize e enuncie uma primeira ideia do projecto
estratégia.
2ª fase: A partir da exploração da ideia, os alunos deverão desenvolver a capacidade de
transformação que implica. Esta fase concluirá com o ensaio pormenorizado de uma o várias
intervenções propostas.
Cada fase implica a elaboração, a entrega e a apresentação pública do(s) documento que
registe o processo utilizando todo o material necessário para uma comunicação gráfica
eficiente (desenhos, diagramas, fotografias, cartografia própria, esquemas, vídeo, etc.).
RESULTADOS DE APRENDIZAGEM
Seleccionar ferramentas de investigação transversais no âmbito do território, a cidade e a sua
apropriação colectiva.
Desenvolver uma ideia de intervenção tendo em vista a realização de um exercício projectual
de síntese;
Resolver um exercício projectual e explorar a sua representação com peças desenhadas,
escritas e imagens.
Explicar e argumentar sobre o exercício projectual realizado.
BIBLIOGRAFIA
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Università Iuav Venezia. Quaderno del dottorato nº2. Giugno 2004.
MÉTODOS DE ENSINO
Prática Laboratorial
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação terá como base as sessões de acompanhamento dos trabalhos, a sua exposição
colectiva, assim como as entregas formais. Ao longo do período serão realizados
periodicamente exposições colectivas, que, para alem de marcar pontos de situação, serviram
para partilhar e comentar em grupo os distintos processos e objectivos de cada exercício.
As entregas formais pressupõem a apresentação oral e gráfica dos trabalhos realizados.
A Entrega fora de prazo ou a não apresentação oral e gráfica do trabalho, quando não forem
devidamente justificados, implica a classificação de reprovado à disciplina.
Serão atribuídas classificações no final de cada exercício.
Será obrigatória a assistência a 2/3 das aulas.
4º ANO
Atelier 2B – Inovação e Tecnologia 2015/2016
Paulo Mendonça
PROGRAMA
A unidade curricular de Atelier 2B pretende estimular a reflexão crítica e inovação sobre a relação entre materiais,
sistemas e construção. Serão exploradas as potencialidades, tanto dos materiais convencionais como dos novos
materiais e sistemas emergentes, que permitam soluções arquitectónicas e abordagens tectónicas inesperadas.
Entenda-se tecnologia, no âmbito da construção, como o processo através do qual um material é produzido ou
aplicado, e inovação como o resultado de um desejo de desenvolvimento com base no conhecimento. Pensar um
sistema construtivo exige uma profunda análise dos vários aspectos que o definem. Partindo das suas características
intrínsecas, interessa perceber o seu desempenho cruzando critérios que se interrelacionam. Com base numa
abordagem interdisciplinar, o desafio será questionar o conhecimento corrente dos materiais e sistemas de
construção, propondo novas formas de aplicação no projeto de arquitectura. Através de uma forte componente
experimental na convergência entre arquitectura, engenharia e design de produto, será estimulada a utilização de
sistemas simples mas inovadores. Através de exercícios sequenciais, vão-se desenvolvendo ao longo do semestre
alguns temas, cujos conceitos deverão ser aplicados no exercício de projeto, que consistirá na concepção dum
equipamento urbano, do qual um sistema construtivo deverá ser desenvolvido e representado em articulação com
as unidades curriculares Obrigatória 2B e Seminário 2B.
O exercício do presente ano lectivo consiste no projecto dum Palco multifuncional desmontável para festivais e
concertos de Verão. A estrutura do palco incluirá um bar/cafetaria, sanitários públicos e camarins de apoio com
sanitários/duches reservados. Este conjunto incluirá uma cobertura/fachada modular que deverá abrigar na
totalidade o conjunto do programa. A boca de cena deverá poder ser encerrada com um sistema móvel. A cobertura
poderá abrigar parcialmente a zona de público. Esta estrutura deverá ser facilmente desmontável e dessa forma
poder ser transportada para outro local, a definir pelos discentes na área urbana de Guimarães. No outro local a
instalar, este conjunto deverá albergar outro uso, um Centro de Apoio Comunitário.
Este equipamento será localizado sazonalmente no Campus de Azurém da Universidade do Minho, mas ser passível
de instalação noutro local a definir, na área urbana de Guimarães.
O 1º exercício consiste na localização da proposta, distribuição do programa, eventuais arranjos exteriores nas áreas
a intervir e definição da solução construtiva.
O 2º exercício consiste no projecto de execução do equipamento proposto.
Programa:
• Palco desmontável coberto + camarins + sanitários/duches reservados;
• Bar com esplanada;
• Sanitários públicos;
• Estrutura modular de cobertura total da área de palco e eventual cobertura parcial da área de público.
RESULTADOS DE APRENDIZAGEM
Seleccionar ferramentas de investigação específica em Inovação e Tecnologia;
Reconhecer, compreender e integrar os novos materiais e tecnologias construtivas emergentes no processo criativo
da arquitectura;
Representar e materializar um sistema construtivo inovador, desenvolvido de acordo com as especificidades do
objecto arquitectónico em que se insere;
Explicar e argumentar sobre o exercício projectual realizado.
BIBLIOGRAFIA
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HEGGER, Manfred; AUCH-SCHWELZ, Volker; FUCHS, Matthias; ROSENKRANZ, Thorsten; Construction Materials
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SCHMITT, Heinrich; HEENE, Andreas; Tratado de construcción 8ª Edição, GG, Barcelona, 2009.
MÉTODOS DE ENSINO
Teórica e Prática Laboratorial
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO
Contínua, ao longo do semestre, o discente deverá efectuar duas apresentações do trabalho, uma a meio e outra no
final, individuais:
1ª Fase (escalas 1:2000, 1:500, 1:200 e 1:5) – Estudo Prévio e Projeto Base. Definição da solução construtiva.
2ª Fase (escalas 1:100, 1:20 e 1:5) – Projecto de Execução.
A proposta final deverá incidir numa síntese que implica o trabalho simultâneo das diferentes escalas trabalhadas e
no rigor dos elementos de apresentação, questionando o entendimento do projecto como uma abordagem holística
onde convergem aspectos funcionais, construtivos e formais.
Deverá ser pormenorizado o sistema construtivo modular, incluindo o respectivo suporte vertical e a ligação ao solo
ou outras estruturas preexistentes. Os cortes de pormenor à escala 1:20 e 1:5 incidirão obrigatoriamente e, pelo
menos, sobre a solução de pavimento, fachada e cobertura propostas, camarins, sanitários, bem como sobre a
proposta de bar/esplanada.
Para além dos referidos, existirão outros tempos de avaliação intermédios, correspondentes a pontos de situação,
cuja avaliação será integrada na nota final. Constituirá também matéria de avaliação a assiduidade e participação,
sendo a frequência a pelo menos 2/3 das aulas, condição obrigatória para aprovação.
Atelier 2C – 4º ano MIARQ - 2016
Manifestos e Utopias
Docente: Pedro Bandeira
O Projecto Pedagógico que aqui se apresenta refere-se à Unidade Curricular
Atelier 2C - Manifestos e Utopias. Relativa à área científica de Projecto, é uma
disciplina semestral ministrada no 4º ano, no âmbito da área curricular ‘Cultura
Arquitetónica’. Estão-lhe atribuídos 10 créditos ECTS e o tempo de trabalho
total de 280h, das quais 160 de contacto direto (20h/Teórico-Prática,
140h/Prática Laboratorial).
De acordo com o Plano de Estudos do Mestrado Integrado em Arquitectura da
Universidade do Minho, as matérias locionadas no 2º ciclo do estruturam-se em
núcleos horizontais, não se encontrando sequenciadas longitudinalmente. O
Atelier 2C - Manifestos e Utopias articula-se, assim, de forma direta com as
unidades curriculares Seminário 2C - Manifestos e Utopias e Obrigatória 2C Pensamento Radical na Arquitectura.
Resultados de aprendizagem:
Selecionar ferramentas de investigação específica no âmbito dos "Manifestos e
Utopias";
Analisar sistemas escolhidos tendo em vista a realização de um exercício
projetual de síntese;
Resolver exercício projetual e especificar sob a forma de peças desenhadas,
escritas e maquete ou modelo virtual;
Explicar e argumentar sobre exercício projetual realizado.
Objetivos:
O Atelier 2C – Manifestos e Utopias, tem como objetivo o desenvolvimento de
metodologias de projeto e análise capazes de levar os alunos a questionar
imaginários preconcebidos da forma arquitetónica em favor dos sentidos de
“conforto” e “atmosfera”. Procura-se, deste modo, distanciar os alunos das mais
variadas tendências estilísticas tidas como a priori, propondo-se o
desenvolvimento de um projecto de arquitectura a partir de uma abordagem
individual e com legitimação numa “experiência” personalizada do espaço e da
sua relação com o seu uso mas também, e não menos importante, com o seu
significado. O Atelier 2C – Manifestos e Utopias, tem como objeto o
desenvolvimento de um projeto de uma casa, para o próprio, tentando tirar
partido da proximidade crítica que qualquer domesticidade inspira. Construído,
literalmente, a partir do interior, este projecto de casa procura também
encontrar novos programas de habitação, questionando a homogeneização
imposta pelo mercado das tipologias convencionais.
Um segundo objetivo deste Atelier 2C, assenta no aperfeiçoamento das
técnicas de representação e comunicação do projecto tendo em consideração a
especificidade do seu desenvolvimento. Numa primeira fase procura-se uma
abordagem mais conceptual do programa recorrendo a técnicas de colagem ou
fotomontagem, numa segunda fase, muito imediata, procura-se uma
representação estritamente focada no interior da casa, recorrendo a técnicas de
representação capazes de comunicar com rigor questões relacionadas com
materiais, texturas, ou luminosidade. Procurar-se-á deste modo desenvolver
uma representação que beneficie um sentido de apropriação e uso do espaço,
ultrapassando a frieza inerente à abstração geométrica das convencionais
plantas, cortes e alçados.
Programa detalhado:
Este exercício prático a que damos o título de “Daydream House” (um sonhar
acordado), é um exercício de 20 semanas (40 aulas) que está estruturado na
procura individual de formas de habitar e que tem como objetivo o
desenvolvimento das capacidades de pensar o projecto arquitetónico associado
a um sentido de especificidade, de apropriação e conforto. No âmbito do
módulo de Cultura Arquitetónica (opção C), entender-se-á como “manifesto” e
“utopia” a expressão do desejo ilimitado no projecto de casa própria.
Esta reflexão que, ironicamente, poderíamos denominar por “casa de sonho”,
tem como propósito desenvolver a construção de um projecto arquitetónico,
supostamente original, que procure expressar a especificidade identitária de
cada aluno no confronto, inevitável, com as convenções socioculturais. Começase o exercício com base numa análise de experiências empíricas e racionais de
espaços formais e informais que garantam um enquadramento crítico do aluno
à sua própria domesticidade (entendida num sentido lato: casa de família,
amigos, escola, etc…), para a partir daí estruturar um programa de
hospitalidades e hostilidades.
Procurar-se-á a menor distância entre o aluno “autor” e a “obra” projecto por
oposição a uma prática cada vez mais comprometida com a legislação e
regulamentação, a especulação económica e as tendências estéticas
mediatizadas pelo mercado imobiliário e editorial.
Adverte-se, no entanto, que este exercício não corrobora (na prática) a
possibilidade de uma liberdade criativa total definida pelo desejo, porque
sabemos que a liberdade estará à partida condicionada pelos argumentos e
linguagem da própria razão, que é também a razão socialmente herdada e
inadvertidamente comprometida. Vinculando o sentido de liberdade à vontade
e ao desejo (enquanto prática presciente e projetiva) defenderemos que o
melhor desejo deverá ser tomado de forma perene e não de modo efémero,
valorizando mais o sentido de quotidiano sobre o sentido de exceção.
Simultaneamente, esta casa “casa de sonho”, deverá procurar o equilíbrio
justo entre a intenção e a intuição, pressupondo que a arquitectura, assim como
outras artes, não é uma prática estritamente dedutiva. Procurar-se-á, também,
que este exercício seja construído a partir de um “interior”, assumindo nesta
palavra uma dupla significação: o “interior” literal da casa e o “interior”
metafórico do seu progenitor. A casa deverá ser um espelho do “ser”,
salvaguardando que este “ser” é também resultado de uma construção de
conhecimento, figurado enciclopedicamente (por Jean le Rond d’Alembert e
Denis Diderot), entre a memória (história), a razão (filosofia) e a imaginação
(poesia).
Simulando numa primeira fase um processo de dissecação do “corpo-casa”,
o projecto desenvolver-se-á por secções autónomas, fragmentos, que evocarão
uma espécie de hiper-funcionalismo, assente em verbos/ações, tentando
traduzir um programa base que revele uma “essência” que sabemos, à partida,
não existir. Nesta fase o aluno deverá construir uma análise de referências que
procurem a edificação de um corpo construído por retalhado à imagem do que
Rem Koolhas denominou por “casa Frankenstein”.
Paradoxalmente, esta hiper-funcionalidade simulada, traduzir-se-á,
necessariamente, numa disfuncionalidade que, numa segunda fase do projecto,
será o pretexto para evocar um “todo” que só terá “corpo” na conjugação entre
o interior descrito e um exterior a que chamaremos de “paisagem” (numa
vertente cultural e simultaneamente superficial). Defenderemos que a paisagem,
também resultado de um processo criativo, garantirá o distanciamento
necessário, à construção de uma narrativa que possa dar sentido e coerência ao
todo sem com isso abdicar da essência procurada em cada verbo/ação.
Entenda-se este todo não como mero somatório das partes mas como algo
mais complexo e capaz de produzir “sinergia” e “atmosfera” nas expressões,
respetivamente, de Buckminster Fuller e de Peter Zumthor. Por último o
exercício ambicionará uma aproximação a uma consciencialização construtiva,
procurando absorver a diversas condicionantes sem inquietar a vontade e o
desejo.
Métodos de Ensino:
A Unidade Curricular é estruturada essencialmente em aulas práticas que
terão como objetivo o acompanhamento de proximidade: acompanhamento
contínuo e individual do exercício proposto. Tendo em consideração a
maturidade e experiencia dos alunos do segundo semestre do 4º ano do curso,
o docente terá como metodologia de ensino induzir uma responsabilização do
aluno conquistada no dia-a-dia pela necessidade de resposta às
questões/inquietações que lhe vão sendo colocadas até à formulação de um
programa próprio.
Logo desde o início é aconselhado ao aluno um registo gráfico de todo
processo de trabalho que facilite a comunicação do projecto presumindo que a
metodologia do desenho (entendido de modo alargado: esquiço, colagens,
fotomontagens, cad) será também em si um processo de conceção e
experimentação do projecto. Simultaneamente, será solicitado ao aluno a
elaboração de um “atlas de parede” (cada aluno terá um espaço de próprio com
este fim) em que se possa, em modo de síntese, colecionar imagens ou projetos
que sirvam de referência ao seu trabalho, procurando deste modo contribuir
para uma legitimação das opções de projecto. Este atlas deverá ser entendido
de modo dinâmico e informal.
As sessões de acompanhamento individual do trabalho serão acompanhadas
semanalmente por sessões semanais coletivas em o docente procura um
esclarecimento de questões que se entendam transversais aos diferentes
trabalhos. Estas sessões poderão ser temáticas em função dos objetivos
específicos do exercício. Sensivelmente ao fim de cada oito aulas será proposto
um “ponto de situação” em que o aluno terá de apresentar à turma o
desenvolvimento do seu trabalho numa sessão que exige um esforço de síntese
e de comunicação. Do ponto de vista metodológico defende-se que estas
sessões têm como principal objetivo permitir ao aluno situar comparativamente
as suas opções de projecto, estimulando deste modo um sentido crítico e
autocrítico.
Como está implícito no programa do curso as aulas do Atelier 2C Manifestos e Utopias serão complementadas com as aulas teóricas do Seminário
2C - Manifestos e Utopias, que proporcionarão um enquadramento do tema do
“habitar” e do “espaço doméstico” a partir de uma bibliografia maias alargada,
mas também de referências a obras, projetos ou outros conteúdos de origem
multidisciplinar.
Métodos de Avaliação:
Critério gerais: Criatividade – capacidade de desenvolver um raciocínio
próprio e de estabelecer objetivos claros; capacidade de contornar e questionar
ideias preconcebidas; capacidade de procurar respostas cuja originalidade
afirme os objetivos do exercício; Experimentação – capacidade de análise,
síntese, comparação e interpretação de modelos; inconformismo perante
respostas fáceis; aquisição de confiança ou legitimação pela exclusão de partes;
Concretização – capacidade de desenvolver o trabalho perseguindo os objetivos
definidos; capacidade de resposta e adaptação às diversas condicionantes,
materialização das ideias em desenho; Comunicação – capacidade de
comunicação oral, escrita e gráfica dos trabalhos, participação nas sessões de
crítica coletiva; capacidade de síntese e cumprimento dos prazos estabelecidos
para apresentação formal das propostas; Autonomia – desenvolvimento da
capacidade crítica sobre o próprio trabalho tendo como referência o universo
da turma e o acompanhamento do docente; capacidade de antecipar e
diagnosticar problemas que vão surgindo com o desenvolvimento do trabalho,
desenvolvimento progressivo de uma autonomia em relação à crítica do
docente sem contudo ceder a um discurso hermético; Empenho – Capacidade
de trabalho na justa relação entre investimento e retorno, perseguindo o
“mínimo de esforço para um máximo de efeito”; Assiduidade – presença e
pontualidade na mesma proporção do empenho e interesse.
Critérios específicos: Sessões individuais de acompanhamento –
desenvolvimento do processo e “atlas de parede”, justificação e legitimação das
opções de projecto (30% da classificação final); Pontos de Situação –
capacidade de síntese, de comunicação e defesa do trabalho, tendo em
consideração os elementos gráficos solicitados (40% da classificação final);
Entrega final – capacidade de síntese, de comunicação e defesa do trabalho,
tendo em consideração os elementos gráficos solicitados (20% da classificação
final); Assiduidade – participação e empenhamento no desenvolvimento do
trabalho (10% da classificação final).
Bibliografía:
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TAFURI, Manfredo. Projecto e Utopia. Lisboa: Editorial Presença, 1985.
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WILD, David. Fragments of Utopia: Collage Reflections of Heroic Modernism. London:
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ZUMTHOR, Peter. Atmosferas. Barcelona: Editorial Gustavo Gili.2006.
e
Apartamento: an everyday life interiors magazine!
Cronograma*: sumários, tempos de avaliação, elemento de entrega:
*sujeito a coordenação horizontal do ano.
Fevereiro
Apresentação da Unidade Curricular; objetivos, metodologia, programa, bibliografia, critérios de
avaliação.
Métodos de análise; referência a “Arquitectura Analítica, ESBAP anos 60”
Março
Análise de espaços domésticos quotidianos, vivenciados pelo aluno.
Análise de espaços domésticos tendo como suporte a cultura arquitetónica
Desenvolvimento de uma síntese gráfica e esquemática da análise efetuada no âmbito do “atlas de
parede”
Ponto de Situação 01 (16 de Março): Apresentação e discussão em turma da análise efetuada (no
âmbito de uma avaliação alfabética de A a F)
Desenvolvimento de conceitos e princípios (texto) com base nos “verbos/ações” estruturantes.
Desenvolvimento de imagens síntese (colagens, fotomontagens, maquetas) dos conceitos e princípios
estruturantes. Apresentação e discussão em turma dos “verbos/ações” do projecto (no âmbito de uma
avaliação numérica de 0 a 20) com base em elementos gráficos num formato livre.
Abril
Desenvolvimento do projecto a partir do interior de espaços individuais ou fragmentados tendo como
referência a escala 1:50. Incidência sobre a relação entre funcionalidade e conforto. Questões de escala,
proporção, materiais, texturas, luminosidade ou mobiliário deverão começar a ter uma expressão gráfica
rigorosa.
Ponto de Situação 02 (21 Abril) : Apresentação e discussão em turma do projecto à escala 1:50 (no
âmbito de uma avaliação numérica de 0 a 20) tendo como objetivo a comunicação dos espaços
interiores individualizados.
Maio
Semana de exercício relâmpago: introdução de um espaço extra na habitação a definir pelo docente.
Introdução na habitação de um contexto específico, um terreno existente a definir pelo aluno.
Desenvolvimento do projecto tendo como referência a escala 1:50 (interior) e 1:2/1:200 (exterior) e a
necessidade de interligar os diferentes espaços desenvolvidos até ao momento, tendo em consideração
o terreno escolhido. Questões de circulação, hierarquia, sobreposição, ou separação de espaços deverão
estruturar a habitação no seu todo.
Ponto de Situação 03 (18 Maio): Apresentação e discussão em turma do projecto entre as escalas
1:200 e 1:50 (no âmbito de uma avaliação numérica de 0 a 20) tendo como objetivo a comunicação dos
espaços interiores agora estruturados num todo contextualizado por um terreno específico.
Junho
Desenvolvimento do projecto no seu todo (entre a escala 1:200 e 1:20) tendo em consideração uma
coerência estrutural, económica e construtiva. Desenvolvimento e definição de sistemas, materiais,
infraestruturas, vãos e outros detalhes capazes de expressar plausibilidade do projecto.
Entrega Final (23 de Junho): Apresentação do projecto em todas as suas escalas, tendo como
elementos de entrega: Plantas cortes e alçados entre a escala 1:200 e 1:20; Maqueta à escala 1:50;
Booklet tamanho A4 com memória justificativa e elementos gráficos de síntese (desenhos rigorosos,
esquiços, fotomontagens, elementos de análise, elementos relacionados com o processo, etc.)
Apresentação e discussão final dos trabalhos com crítico(s) convidado(s) (dia todo).
4º ANO
Seminário S2A - Território
António Cesário da Conceição Moreira
Rui António Rodrigues Ramos
PROGRAMA
Conceitos essenciais.
Conjugando os diferentes âmbitos de conhecimento envolvidos na UC, nesta primeira parte,
procura-se sistematizar e definir um conjunto de conceitos essenciais ligados ao
ordenamento do território, ao urbanismo, à cidade, ao desenvolvimento, ao planeamento, à
competitividade e ao marketing.
As cidades como agentes de competitividade de países e regiões.
Nesta primeira parte procurar-se expor, clarificar e comprovar o papel determinante das
cidades na geração das condições de competitividade de países e de regiões e por isso o
seu determinante papel na promoção do desenvolvimento desses espaços.
As problemáticas emergentes e as oportunidades mobilizadoras associadas à
competitividade das cidades.
Nesta parte do programa, procura-se identificar, caracterizar e sistematizar de forma
estratégica e integrada, as mais recentes problemáticas e oportunidades que se colocam
hoje às cidades e que determinam o quadro de referência que se coloca hoje à
competitividade das mesmas.
Fundamentos e Metodologias de Planeamento Estratégico.
As metodologias de planeamento de base estratégica constituem hoje a base de referência
metodológica que melhor tem conseguido responder às problemáticas actuais colocadas nas
cidades. Nesta parte do programa, procura-se apresentar quer os fundamentos quer a
sequência metodológica subjacente a esta família de metodologias de planeamento.
Fundamentos e metodologia de City branding.
A realização de um processo de definição de Marca territorial, constitui um elemento chave
na construção de uma estratégia de competitividade de uma cidade ou região. Nesta parte
do programa abordam-se, quer os fundamentos, quer a sequência metodológica que
melhores resultados tem apresentado neste âmbito.
Cidade competitiva.
Nesta parte do programa tenta-se definir o perfil do que é hoje uma cidade competitiva.
Atributos preferidos para uma Cidade competitiva.
A cidade talentosa.
A cidade inovadora.
A cidade conectada.
A cidade diferenciada.
Marketing de Cidades.
A construção de uma marca territorial é um elemento chave na construção de uma estratégia
de competitividade de uma cidade ou região, mas esta, se não conseguir chegar aos
públicos-alvo, de pouco serve ao desenvolvimento da cidade ou região em causa. Nesta
parte do programa abordam-se, quer os fundamentos, quer a sequência metodológica que
melhores resultados tem apresentado no âmbito da programação e concretização de uma
estratégia de marketing de cidades.
RESULTADOS DE APRENDIZAGEM
- Reconhecer as problemáticas emergentes associadas à competitividade das cidades;
- Conceber abordagens metodológicas, modelos, técnicas e aplicações adaptadas às
problemáticas emergentes;
- Conceber e aplicar abordagens de gestão de cidades nos domínios da inovação, do
empreendedorismo, do conhecimento, da conectividade e da diferenciação;
- Reconhecer boas práticas internacionais na gestão estratégica de cidades.
BIBLIOGRAFIA
Ferreira, A.F. (2007) – Gestão Estratégica de Cidades e Regiões. Fundação Calouste
Gulbenkian, Lisboa.
Winfield-PfefferKorrn, J. (2005) – The branding of Cities. Graduate School of Syracuse
University. Master of Arts in Advertising Design Thesis.
Revistas diversos
Artigos diversos
MÉTODOS DE ENSINO
Exposição, discussão, aprendizagem baseada em problema/projecto, visitas de estudo.
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO
A aprovação nesta U.C. é função da satisfação do seguinte conjunto de regras:
1
2
3
Frequência nas aulas, obtida através da presença registada em pelo menos 2/3 das
aulas ministradas;
Classificação final do projecto com nota mínima de 9,50 valores (escala 1/20)
Nível e qualidade da participação e envolvimento individual no trabalho da UC.
A metodologia de avaliação desta U.C. é do tipo: por projecto.
A classificação final é obtida através da seguinte fórmula de cálculo:
Classificação final = (projecto de grupo_fase_1 X 0,40) + (projecto de grupo_fase_2 X
0,50) + (participação individual X 0,10)
4
5
6
Se não for satisfeito o referido em 1) – aluno considerado “Sem Frequência”.
Se não for satisfeito o referido em 2) – aluno considerado “Reprovado”.
U.C. de avaliação contínua e sem recurso.
Seminário 2B Inovação e Tecnologia MIARQ 4º ano - 2015/2016 Docente Paulo Lago de Carvalho ([email protected]) Programa
O Seminário 2B é estruturado em articulação com as demais unidades curriculares da área B de forma
a proporcionar suporte teórico, analítico ao tema da construção e tecnologia, elucidando o seu
contributo para a prática projectual. Pretende igualmente oferecer um espaço de debate e
experimentação através de uma aproximação efectiva às tecnologias de transformação e construção. O
programa é organizado em 3 momentos: 1º momento - “debate” (4 aulas) Exposição de textos de referência, seguido de debate a partir de casos de estudo. As temáticas
abordadas serão: •
“Cultura (a)tectónica” •
“Materialidades indefinidas: transparência, leveza, efemeridade” •
“O que é um detalhe?” •
“Tecnologia e Fabrico digital” As sessões ocorrerão em grupo resultando na entrega de uma reflexão escrita de carácter individual.
2º momento - “experimentação” (4 aulas) Exercício prático individual de concepção de um pequeno objecto arquitectónico através do qual se
pretende reflectir, do ponto de vista experimental, as temáticas discutidas no 1º momento. A partir do
desenvolvimento do detalhe construtivo do objecto, tendo como condicinante a utilização de um
material principal de carácter efémero, os alunos deverão produzir uma investigação autónoma em
torno da sua materialidade, demonstrando capacidades de articulação das componentes construtivas e
fenomenológicas.
3º momento - “concretização” (3 aulas) No terceiro momento pretende-se concretizar a construção de uma das propostas desenvolvidas no
momento anterior a uma escala relevante. Este exercício em grupo será desenvolvido utilizando os
meios disponíveis no laboratório de construção e tecnologia.
Resultados da Aprendizagem
Compreender a relevância operativa de contributos teóricos emergentes na temática da construção e
tecnologia;
Construir, através de debate e ensaio escrito, um pensamento autónomo e crítico sobre as temáticas
abordadas;
Desenvolver e avaliar experimentalmente questões tecnológicas e fenomenológicas do detalhe
construtivo;
Integrar métodos de desenho e fabrico digital na formalização de soluções construtivas.
Bibliografia
Atena, Rossana (2007) “Material & Technology Research, in “Emerging Technologies and Housing
Prototypes”, Salvador Pérez Arroyo, Rossana Atena e Igor Kleber, Berlage Institute, pp. 24-43.
Blau, Eve (2007) “Transparency and the Irreconcilable Contradictions of Modernity.” PRAXIS (9):
50–59.
Blau, Eve (2009) “Tensions in Transparency. Between Information and Experience: The Dialectical
Logic of SANAA’s Architecture.” Harvard Design Magazine (29): 29–37.
Both, Petra von (2012) “Industrialization vs Individualization - New Methods and Technologies”, in
The Future of Building: Perspectives. Methods, Objectives, Prospects. Detail Research, Munich, pp.2027.
Brownell, Blaine (2012) Material Strategies - Innovative applications in Architecture, Princeton
Architectural Press, New York.
Ford, Edward (2011) The Architectural Detail, Princeton Architectural Press.
Frampton, Kenneth (2001) Studies in Tectonic Culture: The poetics of Construction in Nineteenth and
Twentieth Century Architecture, Cambridge, MIT Press.
Sekler, Edward (1965) “Structure, Construction, Tectonics”, in Structure in Art and in Science, edited
by Gyorgy Kepes, George Braziller (New York), pp. 89-95.
Riley, Terence (1995) Light Construction. New York: The Museum of Modern Art.
Rowe, Colin, and Slutzky, Robert (1963) “Transparency: Literal and Phenomenal” eds. Todd Gannon
and Jeffrey Kipnis. Perspecta 8: 44–54.
Sheil, Bob (2012) Manufacturing the Bespoke: Making and Prototyping the Bespoke (AD Reader),
London, Wiley.
Sheil, Bob and Glynn, Ruairi (2012) Fabricate: Making Digital Architecture, Riverside Architectural
Press.
Vidler, Anthony (1992) “Transparency.” In The Architectural Uncanny: Essays in the Modern
Unhomely, The MIT Press, 217–26.
Métodos de ensino Seminários, aulas teórico-práticas, trabalho laboratorial. Métodos de avaliação A avaliação resulta do balanço entre a participação activa e crítica do aluno nas actividades
desenvolvidas nas aulas e a avaliação dos trabalhos individuais e de grupo correspondentes a cada um
dos momentos, de acordo com a seguinte ponderação: - Participação e assiduidade (25%) - 1º momento (individual) - reflexão crítica (25%) - 2º momento (individual) - proposta de concepção (25%) - 3º momento (grupo) - concepção do protótipo (25%) É obrigatória a presença em 2/3 das aulas. 4º ANO
Seminário 2C - Manifestos e Utopias 2015/2016
Joaquim Moreno
PROGRAMA
Seminário II propõe um trabalho sobre o processo criativo próprio a partir da radicalização de uma ou mais ideias
de modo que estas se aproximem de um Manifesto ou Utopia. Em consonância e articulação com a unidade
curricular de Atelier será dada ênfase ao sentido individual, autónomo e próprio dessa Utopia, de modo que esta
“expresse a especificidade identitária de cada aluno”. Desta articulação entre teoria e prática procura-se uma
teoria que não seja apenas reflexão sobre a realidade mas também, e essencialmente, motivo instigador
/impulsor de projecto.
Se em Atelier os alunos desenvolverão uma “Casa de Sonho”, em seminário dedicar-se-ão à construção de um
imaginário que informe o desenho do espaço doméstico. A formalização deste imaginário ocorrerá na criação de
um atlas que ilustre e identifique as ferramentas com que o aluno abordará os temas da habitação: dormir, lavar,
comer, comunicar, plantar, hospedar, criar, esperar e morrer.
A análise do conceito de Atlas, enquanto súmula de conhecimento gráfico e visual sobre o que nos rodeia e
também enquanto método iconográfico de investigação e descoberta, será o tema estruturante do curso.
RESULTADOS DE APRENDIZAGEM
- Identificar as componentes teóricas – multidisciplinares – subjacentes aos programas arquitectónicos propostos
no Atelier;
- Desenvolver e argumentar, em debates temáticos, a informação disponibilizada e recolhida no Atelier;
- Produzir informação através de análise comparativa, cronologia e taxonomia como suporte para a
esquematização, experimentação e critica de um corpo teórico;
- Construir, através de um ensaio escrito, um pensamento autónomo e critico sobre as temáticas abordadas.
PROGRAMA DETALHADO
123456789101112-
Atlas da Memória, Aby Warburg
Atlas: Levar o mundo as costas
Atlas: Ungers: Morfologia e Metáforas de Cidade
Atlas de Parede: imagens de método
Atlas: Autopia, Surfurbia, Sopé das Colinas e Planaltos do ID
Atlas: História anónima da técnica
Atlas: o bricoleur versus o colecionista
Atlas: a casa colectivizada e o existenz minimum
Atlas: Inquérito à Arquitectura Popular Portuguesa
Atlas: Architecture without architects
Atlas: Homo Movens
Atlas: Infografia.
Atlas: New Domestic Landscape
Atlas: Signs of Life versus Signs of Ocuppancy
BIBLIOGRAFIA
GIEDION, Siegfried; Mechanization Takes Command; Oxford University Press, Nova Iorque, 1948.
ALLEN, Stan; Practice: architecture, technique and representation; G+B Arts International,
Amsterdam, 2000.
DIDI-HUBERMAN, Georges; ATLAS. ¿Cómo llevar el mundo a cuestas?; Tf Editores/Museo Reina
Sofía, Madrid, 2010.
TEIGE, Karel; The Minimum Dwelling; MIT Press, Cambridge, Mass., 2002 (1932).
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
RAMIREZ, Juan António; Edificios y sueños: estudios sobre arquitectura y utopía; Editorial Nerea,
Madrid, 1991.
COLOMINA, Beatriz; Doble Exposición, Arquitectura a través del arte; Ediciones Akal, Madrid ,
2006.
AA files 45/46, Georges Perec; The Architectural Association; Winter 2001.
GIL, José; Metamorfoses do Corpo; Relógio d’Água, 1997.
PEREC, Georges; A Vida, Modo de Usar; Colecção Novos Continentes; Editorial Presença, 1989.
PEREC, Georges; Espèces d’Espaces; Éditions Galilée, 1974.
RAMÍREZ, Juan António; Edifícios-Cuerpo; Siruela, 2003.
BUCHLOH, Benjamin H.D.; “Gerhard Richter’s Atlas: The Anomic Archive”; Photography and
painiting in the work of Gerhard Richter, Four Essays on Atlas; Llibres de recerca, MACBA,
Barcelona, 1999, pp. 11-30.
BASAR, Shumon; TRUBY, Stephan; The World of Madelon Vriesendorp; AA Publications, Londres,
2008.
TEORIA de la Deriva y otros textos situacionistas sobre la ciudad; Edição Macba/Actar, 1996
TUFTE, Edward; The Visual Display of Quantitative Information; Graphics Press, Chesire,
Connecticut, 1983.
VENTURI e RAUCH; Signs of life: symbols in the American city. [U.S.]: Aperture, 1976.
RUDOFSKY, Bernard, and Museum of Modern Art (New York N.Y.). Architecture without architects,
an introduction to nonpedigreed architecture. New York,: Museum of Modern Art; distributed by
Doubleday, Garden City, 1964.
EVANS, Robin. The projective cast : architecture and its three geometries. Cambridge, Mass.: MIT
Press, 1995.
EVANS, Robin. Translations from drawing to building, AA documents. Cambridge, Mass.: MIT Press,
1997.
MUSEUM of MODERN ART (New York N.Y.), and Emilio Ambasz. Italy: the new domestic
landscape; achievements and problems of Italian design. New York: Museum of Modern Art in
collaboration with Centro Di, Florence, distributed by New York Graphic Society, Greenwich, Conn.,
1972.
GINZBURG, Moisej; Saggi sull’Architettura Construttivista; Feltrinelli, Milano, 1977.
MÉTODOS DE ENSINO
As aulas de Seminário II seguem um modelo teórico-práctico, em que os conteúdos serão expostos por textos,
imagens, filmes, etc., que laçam os temas de cada aula, de modo a que o aluno elabore uma “reflexão crítica”
que complemente e impulsione o debate da temática em questão.
Ao longo do semestre serão lançados diferentes exercícios com diferentes tempos de execução.
O exercício Atlas de Domesticidade, ocorrerá ao longo de todo o semestre, e consistirá no desenvolvimento de um
arquivo que ilustre e mapeie significados e interpretações pessoais sobre o espaço doméstico. O Atlas de
Domesticidade deverá ser entendido como uma ferramenta operativa para o desenvolvimento do exercício de
atelier - “casa de sonho”.
Semanalmente, e em conformidade com as temáticas referidas anteriormente, serão pedidas análises de
objectos do quotidiano que auxiliem à interpretação do espaço doméstico.
Em paralelo, e com carácter pontual, serão lançados exercícios de projecto que complementem o sentido de
domesticidade e abrigo que a “Casa de Sonho” contem.
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO
Dado o carácter criativo e experimental que está subjacente à unidade curricular, a avaliação final resultará do
balanço entre a participação crítica e as apresentações dos alunos nas aulas, e a classificação dos exercícios
desenvolvidos ao longo do semestre.
Escola de Arquitectura
4º ANO
OBRIGATÓRIA 2 A – Território: Da Cidade ao Difuso 2º Semestre, 2015-2016
Docente: Nuno Travasso
PROGRAMA
A urbanização que se estende, de modo continuado, por vastas áreas do território do noroeste
nacional – resultado da acelerada expansão urbana das últimas décadas – oferece-nos uma
paisagem complexa e fragmentada que se afasta da imagem da cidade canónica e desafia a
nossa capacidade de compreensão. Aqui, os instrumentos de análise e intervenção correntes,
oferecidos pelas disciplinas de Arquitectura e Urbanismo, têm-se revelado pouco operativos.
Pensar, ler e transformar os contextos da urbanização extensiva contemporânea obriga a uma
actualização das grelhas conceptuais que enquadram tais acções.
A unidade curricular visa dotar os alunos de ferramentas que os ajudem a pensar, analisar,
compreender e intervir nestes contextos, dando, assim, suporte à prática de projecto a
desenvolver em Atelier 2A.
Para tal, parte-se de uma análise dos materiais e processos da urbanização contemporânea,
procurando perceber as suas lógicas próprias, e entendendo-os como matéria e instrumento
de projecto. Ao mesmo tempo, fomenta-se a reflexão e discussão sobre esses mesmos temas a
partir dos trabalhos em desenvolvimento em Atelier 2A, incitando os alunos a desenvolver
um modo de olhar próprio e devidamente fundamentado que se possa estabelecer como
base da sua acção projectual.
RESULTADOS DE APRENDIZAGEM
Reconhecer o fenómeno da urbanização extensiva contemporânea.
Desenvolver capacidades de leitura e interpretação crítica dos fenómenos urbanos, articulando
a análise das formas com o entendimento dos processos (sociais, económicos, políticos,
administrativos, projectuais) que estão na sua génese. Reconhecer a amplitude e
multidisciplinaridade de temas necessariamente envolvidos na análise de tais fenómenos.
Reconhecer o modo como os instrumentos disciplinares de desenho, projecto e planeamento
são desafiados pelos contextos da urbanização extensiva, assim como pelos processos de
urbanização actuais.
Desenvolver um discurso crítico e autónomo, assim como a capacidade de expressão e
argumentação sobre os temas abordados.
Construir um modo de olhar próprio, entendido enquanto acção projectual
BIBLIOGRAFIA
ASCHER, François – Metapolis: Acerca do futuro da cidade. Oeiras: Celta Editora, 1998 (ed.
original 1995).
ASCHER, François – Novos Princípios do Urbanismo seguido de Novos Compromissos Urbanos: Um
Léxico. Lisboa: Livros Horizonte, 2010 (ed. original 2001).
BOURDIN, Alain – O Urbanismo Depois da Crise. Lisboa: Livros Horizonte, 2011 (ed.
original 2010).
CORBOZ, André – “Le territoire comme palimpseste” in: Diogène, nº 121 (1-3), 1983, pp.1435.
CORBOZ, André – “La Suisse comme hyperville” in: Le visiteur: Ville, Territoire, Archi-tecture.
nº6. Paris: Société Française des Architectes, 2000.
CHOAY, Françoise – A Regra e o Modelo: Sobre a teoria da arquitectura e do urbanismo. Casal de
Cambra: Caleidoscópio, 2007 (ed. original 1980).
DE ROSSI, Antonio (ed.) – Grande Scala: Architecture Politic Form. Barcelona: LISt Lab, 2009.
DOMINGUES, Álvaro – “Transgénicos” in: TAVARES, André; OLIVEIRA, Ivo (ed.) –
Arquitectura em Lugares Comuns. Porto: Dafne Editora, 2008, pp.27-33.
DOMINGUES, Álvaro – A Rua da Estrada. Porto: Dafne Editora, 2009.
DOMINGUES, Álvaro – “Ocupação Dispersa: porque é que tudo é tão negativo quando se
fala disto?” in: Sociedade e Território: Revista de Estudos Sociais nº 42, Julho 2009, p. 30-41.
FERRÃO, João – O Ordenamento do Território como Política Pública. Lisboa: Fundação Calouste
Gulbenkian, 2011.
KOLB, David – Sprawling places. Athens, Georgia: University of Georgia Press, 2008
LEFEBVRE, Henri – La production de l’espace. Paris: Anthropos, 1974.
MANGIN, David – La ville franchisée : Formes et structures de la ville contemporaine. Paris: Éditions
de la Villette, 2004.
MARTIN, Angel (ed.) – Lo urbano en 20 autores contempoáneos. Barcelona: Edicions UPC, 2004.
PAVIA, Rosario – Le paure dell’urbanistica: Disagio e incertezza nel progetto della città contemporanea.
Roma: Meltemi editore, 2005.
PORTAS, Nuno – “Modelo territorial e intervenção no Médio Ave” in: Sociedade e Território, nº
5, 1986, pp.8-13.
PORTAS, Nuno; DOMINGUES, Álvaro; CABRAL, João (coord.) – Políticas Urbanas 1:
Tendências, Estratégias e Oportunidades. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2003.
PORTAS, Nuno; DOMINGUES, Álvaro; CABRAL, João (coord.) – Políticas Urbanas 2:
Transformações, Regulação e Projectos. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2011.
RÉMY, Jean; VOYÉ, Liliane – A Cidade: Rumo a uma nova definição? Porto: Edições
Afrontamento, 1994 (ed.original 1992).
SECCHI, Bernardo – “Urbanistica descrittiva” in: Casabella, nº 588, 1992, pp.22-23.
SIEVERTS, Thomas – Cities Without Cities: An Interpretation of the Zwischenstadt. London: Spon
Press, 2003 (ed. original 1997).
SOLÀ-MORALES, Manuel – “A cartography for the Catalan territory: A research of
Laboratorio de Urbanismo” in: Lotus international, nº23, 1979 p.10-33.
VIGANÒ, Paola – La città elementare. Milano: Skira, 1999.
MÉTODOS DE ENSINO
Trata-se de uma unidade curricular de carácter teórico/prático que se desenvolve em sessões
semanais de 3h. Cada sessão será dividida num primeiro tempo de exposição e discussão dos
conteúdos programáticos, e num segundo tempo de debate, no âmbito da turma, a partir dos
trabalhos práticos.
O trabalho prático desenvolve-se em estreita articulação com o trabalho de Atelier 2A e tem
por objectivo que os alunos demonstrem a capacidade de explicitar, justificar e enquadrar
teoricamente o modo de olhar que dá suporte tanto à análise que fazem da área em estudo
como à estratégia de intervenção por eles proposta, e que consigam apresentar o projecto
desenvolvido evidenciando a sua coerência com tais pressupostos.
O exercício desenvolve-se de modo contínuo ao longo do semestre e é composto por dois
elementos:
a). um texto explicitando e fundamentando o modo de olhar que dá suporte ao projecto;
b). um conjunto lógico de elementos gráficos, sem apoio de texto (para lá das necessárias
legendas) que torne claro o processo de análise-diagnóstico-estratégia-desenho proposto pelo
aluno.
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO
O regime da unidade curricular é de avaliação contínua. A classificação final resultará do
balanço entre a avaliação do trabalho final, as apresentações do trabalho ao longo do seu
desenvolvimento e a participação de cada aluno nos debates promovidos nas aulas.
4º ANO - ESTRUTURAS ESPECIAIS (Obrigatória 2B)
Nome docente: Paulo Cruz
4º ANO - ESTRUTURAS ESPECIAIS (Obrigatória 2B)
PROGRAMA
A unidade curricular de "Estruturas Especiais" pretende sensibilizar os alunos de arquitetura para esta importante área
do conhecimento, proporcionando um conhecimento avançado dos limites de integração de componentes
arquitetónicos e estruturais numa perspetiva háptica, holística e isenta de cálculo.
O programa é dividido em três partes e doze módulos correspondentes aos temas ilustrados na tabela 1.
Tabela 1 – Programa de Estruturas Especiais.
Módulos
Parte I Parte II Parte III Parte IV
Parte I
Parte II
Parte III
Estruturas
Materiais
Pontes
1
Estruturas e arquitetura
5
Papel e cartão
10
Conceitos base
2
Arte e técnica na arquitetura moderna
6
Madeira
11
Tendências e desafios
3
Tendências e desafios contemporâneos
7
Vidro
12
Casos de estudo
4
Estruturas recíprocas
8
Gelo
9
Improváveis
RESULTADOS DE APRENDIZAGEM
Capacidade de: analisar e criticar uma estrutura; articular os principais conceitos e fenómenos que influenciam o
espaço e forma estrutural; identificar o propósito e conveniência de uma solução estrutural, explorando a interação de
vários tipos de elementos estruturais e de ligações entre eles.
MÉTODOS DE ENSINO
A unidade curricular é baseada na exposição teórico-prática da matéria, precedida de sessões participativas de
apresentação pelos alunos e de discussão em grupo.
Os alunos serão estimulados à leitura e reflexão de textos disponibilizados na Blackboard e à execução de pequenos
trabalhos.
Os alunos terão a oportunidade de esclarecer dúvidas durante as aulas e no horário de atendimento.
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO
Os alunos serão avaliados com base:
− Numa apresentação oral sobre um tema à sua escolha, de que previamente foi disponibilizada bibliografia na
Blackboard;
− Na conclusão de um pequeno ensaio sobre qualquer tema abordado na unidade curricular (de no máximo 10
páginas);
− Na apresentação de um poster explicando o trabalho desenvolvido no workshop de estruturas recíprocas.
− Na apresentação de um modelo da solução proposta no workshop de materiais improváveis.
BIBLIOGRAFIA
Será previamente disponibilizado na Blackboard um vasto, atual e organizado conjunto de artigos sobre todas as
matérias abordadas na unidade curricular.
4º ANO
Obrigatória 2C - Pensamento Radical na Arquitectura 2015/2016
Joaquim Moreno
PROGRAMA
A Unidade Curricular “Pensamento Radical da Arquitectura”, tem como objecto de estudo o impacto das
convulsões sociais e artísticas no pensamento arquitectónico, centrando-se nos períodos que envolveram as duas
Grandes Guerras do século XX. Pretende-se expor um enquadramento analítico, programático e prospectivo dos
manifestos mais significativos das vanguardas arquitectónicas, com destaque para a compreensão da
complexidade social em que se inserem.
RESULTADOS DE APRENDIZAGEM
1. Identificar a história das vanguardas arquitectónicas do século XX;
2. Contrastar o pensamento arquitectónico radical das décadas de 60 e 70;
PROGRAMA DETALHADO
1: Manifesto do Partido Comunista, Karl Marx e Friedrich Engles
Manifesto da Sociedade para a Protecção de Edifícios Antigos, William Morris
Ornamento e Crime, Adolf Loos + Das Andere
O edifício em altura considerado artisticamente, Louis Sullivan
2: Téses e Antíteses da Werkbund, Hermann Muthesius e Henri Van de Velde
3: Manifesto Futurista, Fillipo Marinetti + Arquitectura Futurista, Antonio de Sant’Elia e Fillipo Marinetti
Arquitectura de Vidro, Paul Scheerbart + Um Programa para a Arquitectura, Bruno Taut + Frühlicht
4: Manifesto 1 + Exigências Criativas + Manifesto V, De Stijl
Téses de Trabalho, Mies van der Rohe + G
5: Programa da Bauhaus de Weimar, Walter Gropius
Princípios básicos do Constructivismo, Nuam Gabo Antoine Pevsner
6: Para uma Arquitectura + Cinco pontos para uma nova Arquitectura, Le Corbusier
Declaração de La Sarraz + Carta de Atenas
7: Nove Pontos sobre Monumentalidade, Sert, Léger, Giedion
Manifesto de Doorn, Bakema, van Eyck, van Ginkel, Hovens-Greve, Smithson e Voelker
8: Formulário para um novo urbanismo, Gilles Ivan
Definições Situacionistas, Guy Debord e Constant Nieuwenhuys + IS
9: Para uma forma de conjunto, Fumihiko Maki, Masato Ohtaka
O novo Brutalismo, Reyner Banham
Uma Casa não é um Lar, Reyner Banham
10: Manifesto Suave, Robert Venturi
11: De Outros Espaços, Michel Foucault
O Direito à Cidade, Henri Lefebvre
Moção de 15 de Maio, Comité de Greve, Escola de Belas Artes
12: Arquitectura Absoluta + Tudo é Arquitectura, Hans Hollein
Manifesto Retroactivo, Rem Koolhaas
BIBLIOGRAFIA
Conrads, Ulrich. Programs and manifestoes on 20th-century architecture. Cambridge, Mass.,: MIT
Press, 1970.
Danchev, Alex, 100 Artist’s Manifestos. London: Penguin Books, 2011.
Caws, Mary Ann, Manifesto: a Century of Isms, Lincoln: University of Nebraska Press, 2001.
Jencks, Charles, ed., Theories and Manifestos of Contemporary Architecture, London: Wiley and Sons,
2005.
Tafuri, Manfredo. La sfera e il labirinto : avanguardie e architettura da Piranesi agli anni '70, Saggi.
Torino: G. Einaudi, 1980.
MÉTODOS DE ENSINO
Trata – se uma unidade curricular de carácter Teórico/ Prático, que se desenvolve ao longo de 15 semanas de
aulas, em sessões semanais de 3h. A metodologia de ensino incidirá sobretudo em aulas expositivas dos
conteúdos programáticos, recorrendo ao uso de textos, filmes, imagens e desenhos. Durante o semestre o aluno
deverá realizar uma apresentação e um ensaio escrito que identifiquem e interpretem criticamente dois
momentos de pensamento arquitectónico de vanguarda do Século XX. Em todos os momentos lectivos da UC o
aluno será instigado a participar de forma crítica e especulativa.
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO
No final do semestre, a avaliação consistirá na média ponderada das classificações obtidas nos dois exercícios.
Serão admitidos a exame de recurso os aluno que tenham obtido a classificação final de Reprovado.
É obrigatória a presença do aluno no mínimo de dois terços do total de aulas.
4º ANO (2015/2016)
Economia Urbana
Docente:
João Cerejeira, Professor Auxiliar
Contacto: e-mail: [email protected];
Gabinete: EEG 2.07, Campus de Gualtar
Horário de atendimento: segunda-feira, 10h-11h (após marcação).
Web Page: http://joao.cerejeira.googlepages.com
PROGRAMA
Parte I: Forças de mercado e crescimento urbano
1.1. Cidades e urbanização: conceitos e evolução
1.2. Aspectos económicos do desenvolvimento urbano
1.3. O sistema urbano e a hierarquia urbana
Parte II: Padrões de ocupação do solo urbano.
2.1. Introdução: renda fundiária e uso do solo – o modelo de Von Thunen
2.2. A localização urbana das actividades económicas numa cidade monocêntrica
2.3. A localização residencial
2.4. O uso do solo urbano nas cidades modernas
Parte III: A análise económica de alguns problemas e mercados urbanos.
3.1. Conceitos básicos: oferta, procura e equilíbrio de mercado
3.2. O mercado fundiário
3.3. O mercado da habitação
3.4. Avaliação de projectos de desenvolvimento urbano e de bens imóveis
3.5. Os transportes em meio urbano e o ambiente urbano
RESULTADOS DE APRENDIZAGEM
Aplicar os instrumentos da análise económica para compreender a natureza e o papel das cidades no sistema
económico;
Explicar a formação do preço do solo em meio urbano e o seu papel no padrão de ocupação do solo;
Compreender a dimensão económica de alguns problemas urbanos;
Compreender a natureza e as características do mercado imobiliário;
Avaliar o impacto espacial das políticas públicas urbanas.
Aplicar técnicas de avaliação de bens imóveis a casos concretos.
BIBLIOGRAFIA
O'Sullivan, Arthur (2011), Urban Economics, 8th Ed., McGraw Hill Education.
Carvalho, Jorge, (2003), "Ordenar a cidade", Quarteto.
MÉTODOS DE ENSINO
Aulas de exposição teórica seguida de discussão e exercícios.
Jogo de simulação relativo à formação do preço do solo em meio urbano. Seminários temáticos com profissionais e/ou representantes de instituições ou organismos com
responsabilidade no domínio do planeamento urbano.
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO
2 Testes com ponderação de 35 % cada.
1 trabalho de aplicação com ponderação de 30%. O trabalho consiste na elaboração e apresentação de um
plano de negócio de um novo produto ou serviço que permita responder a uma carência/necessidade existente
numa cidade da região.
Nota: as penalizações associadas a práticas fraudulentas ou plágio, ficam sujeitas às regras definidas pelos
órgãos competentes da escola de Arquitectura.
4º ANO
Instrumentos de Ordenamento do Território (Opcional 2)
António Cesário da Conceição Moreira
Júlia Maria Brandão Barbosa Lourenço
PROGRAMA
- Conceitos gerais sobre: Território; Ordenamento e Instrumento.
- Do desenho da cidade ao ordenamento do território.
- Breve revisão histórica dos contextos, objectivos, conceitos, modelos e das práticas de ordenamento do
espaço urbano e do espaço territorial, desde a antiguidade até à Revolução Industrial.
- A correlação entre a conjugação dos sistemas politico-administrativo e sócio-económico e o estabelecimento
de específicos sistemas e instrumentos de ordenamento do território.
- Evolução e a situação actual das diferentes principais teorias em matéria de políticas de solos, de
planeamento e de desenvolvimento bem como de processos de decisão e inovação com repercussões no
ordenamento do território.
- A evolução recente e a situação presente nos níveis, europeu e nacional em matérias de planos, projectos e
programas com incidência no ordenamento do território.
- Os marcos legislativos na Europa e em Portugal
- O regime jurídico aplicável em Portugal em matéria de ordenamento do território e urbanismo e a tipificação e
conteúdos dos diferentes instrumentos de ordenamento do território ai previstos.
- Os instrumentos de escala municipal.
- Análise comparada dos sistemas, instrumentos e de planos concretos.
- Exemplos de boas práticas em matéria de elaboração de planos e no respeitante à institucionalização de
eficientes sistemas de planeamento urbanístico.
RESULTADOS DE APRENDIZAGEM
- Identificar vários tipos de planos, projectos e programas vigentes aos níveis, europeu e nacional, seus
elementos constituintes e pré-condições de aplicação;
- Identificar e correlacionar contextos político-administrativo e sócio-económico;
- Diferenciar teorias e políticas de solo, de planeamento e desenvolvimento, de processos de decisão e de
inovação;
- Contrastar marcos legislativos contemporâneos na Europa e em Portugal.
BIBLIOGRAFIA
Kaiser, Edward J.
Godschalk, David R. and
Chapin, F. Stuart, Jr. – Urban Land Use Planning.
University of Illinois Press - Fourth Edition
Legislação comunitária e de diversos países membros
MÉTODOS DE ENSINO
Exposição, discussão, aprendizagem baseada em problema/projecto, visitas de estudo.
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO
O método de avaliação utilizado nesta UC combina: i) avaliação da presença nas aulas; ii) avaliação da
aprendizagem através da realização de um trabalho prático em grupo; iii) nível e qualidade da assiduidade,
participação e envolvimento individual no trabalho da UC e, finalmente; iv) avaliação da aprendizagem através
de teste escrito individual.
Os elementos de avaliação e respectivas metas mínimas são:
1
presença mínima em 2/3 das aulas, avaliada pelas folhas de presença;
2
obtenção de nota mínima de 9.5 valores no trabalho de grupo que se desenvolverá ao longo do
semestre;
3
nível e qualidade da participação e envolvimento individual no trabalho da UC;
4
obtenção da nota mínima no teste escrito sumativo individual que se realizará no terço final do
semestre.
A satisfação do referido em 1 constitui exigência de cumprimento obrigatório para a obtenção de Frequência.
Os alunos que não atinjam o referido em 1 e/ou em 2 acima, não obterão a Aprovação na Unidade Curricular
no ano lectivo presente, pelo que terão que frequentar novamente a mesma.
Os alunos que não obtenham a classificação mínima constante no n.º 4 acima, poderão realizar Exame de
Recurso.
O Exame de Recurso substitui apenas a parte da classificação correspondente ao teste referido em 4.
A classificação final é obtida através da seguinte fórmula de cálculo:
Classificação final = (trabalho de grupo X 0,50) + (participação/assiduidade individual X 0,10) +
(teste individual X 0,40)
Onde:
trabalho de grupo = (trabalho prático_1 x 0,40) + (trabalho prático_2 x 0,60)
No caso de o aluno ter realizado Exame de Recurso, a classificação nele obtida apenas substitui a componente
do teste individual, pesando assim, na classificação final 0,40
Escola de Arquitectura
Ano lectivo: 015/016
Semestre: 2º
Unidade Curricular: Urbanismo de Emergência
Docente: Luís Guimarães
Programa:
Pretende-se, no contexto da disciplina, desenvolver análise crítica sobre
diversos tipos de intervenção e soluções referentes à supressão de condições
de precaridade em Assentamentos Humanos. O enfoque geográfico estará dirigido
ao Sul com incursões esporádicas no denominado Mundo Ocidental.
Sendo um curso de carácter introdutório e abordagem genérica, mais do que
dotar os alunos de instrumentos efectivos para responder às problemáticas
enumeradas, a unidade curricular centra-se na construção de uma perspectiva
histórica e geográfica da universalidade do fenómeno e das múltiplas vertentes
genealógicas, apontando casos de estudo relevantes quanto à forma de o mitigar
ou ultrapassar de forma plena.
É dada particular atenção ao auto-desenvolvimento dos povoadores, por via da
organização de ajuda mútua como alternativa à auto-construção espontânea. A
incidência é posta no potencial técnico da intervenção urbanística e
construtiva que permite encarar aquele que é sem dúvida, desde uma dimensão
social e humana, o primeiro problema que enfrentam as nossas disciplinas: uma
problemática que incide, pelo menos, em 25% (1,500 milhões de pessoas) da
população mundial actual.
No presente ano lectivo daremos particular atenção a aspectos relativos a
movimentos de refugiados no que concerne à regeneração das áreas de conflito,
e aos espaços de acolhimento transitório.
Programar-se-á sob a forma de aula aberta, se se confirmar a sua
possibilidade, a exposição de casos de estudo recentes por convidados,
especialistas nas temáticas abordadas. Poderemos também contar com a
visualização de vídeos específicos sobre a matéria (normalmente dois).
Programa de Teoria:
0. A urbanização global.
Considerações sobre a Génese da disciplina de Assentamentos Humanos, 1945-1970
1. A noção vaga de Assentamentos Humanos. Os protagonistas fundadores da
disciplina;
2. A cidade como matriz do Homem. UN Habitat, sustentabilidade e os
Assentamentos Humanos;
Projectos e Formulações sobre Assentamentos Humanos, 1960-1980
3. Planeamento formal e acção informal. Informalização de habitação
formal/formalização da habitação informal.
4. Estruturas e tecido. Instrumentos de mediação. Partilha de terra.
5. Modernidade/Tradição.
Recalibrando a acção sobre os Assentamentos Humanos, 1990-2010
6. Planeamento em sociedade de(pós-)conflito. Campos de refugiados.
7. Entre a reparação de danos e os grandes projectos.
8. Processos de melhoria urbana. Favela-Bairro reescrevendo a historia do
Rio de janeiro.
9. Reassentamento de comunidades.
Aproximação sectorial
10. Agua e saneamento o grau zero da urbanização.
11. Equipamentos comunitários – Boas práticas para a elaboração de Escolas.
12. Tecnologias construtivas apropriáveis.
Pré-requisitos: Nenhum.
Resultados de Aprendizagem:
No final da frequência o aluno deverá dispor de um conhecimento abrangente,
ainda que genérico, dos diversos níveis de actuação no campo de acções de
cooperação para o desenvolvimento de assentamentos humanos, no âmbito das
disciplinas de arquitectura e urbanismo. Deverá também saber identificar e
estar familiarizado com os instrumentos e recursos disponíveis, os agentes
presentes e os enquadramentos técnicos, legais, sociais e ambientais a
observar, consoante o contexto da actuação.
BIBLIOGRAFIA essencial:
ABRAMS, Charles. Man’s Struggle for Shelter in an urbanizing world,
The MIT Press, Cambridge, 1964
d’AURIA. Viviana; DE MAULDER, Bruno; SHANNON, Kelly (Eds.). Human Settlements.
Formulations and (re)Calibrations. SUN. Amsterdam. 2010
BUSQUETS, Joan: La Urbanización Marginal. Edit. Universidad
Politécnica de Cataluña, Barcelona, 1999
DAVIS, Mike. Planet of Slums. Verso. London. 2006
LORENZO GÁLLIGO, Pedro (cord.). Un techo para Vivir. Tecnologias para
viviendas de producción social en America Latina. Edicions UPC.
Barcelona. 2005
MASOTTI, Clara. Manuale di Architettura di emergenza e temporanea.
Esselibri. 2010. Napoli.
ONU. Documento final da II Conferencia das Nações Unidas - HÁBITAT II.
Istambul (Turquia), Junho de 1996.
SALAS, Julián (Cord.): Mejora de Barrios Precarios en Latinoamerica.
Elementos de Teoria y prática. Escala, Bogotá. 2005
SHANNON, Kelly; GOSSEYE, Janina (Ed.). Reclaiming (the Urbanism of)
Mombai. Sun Academia. Amsterdam. 2009
TURNER, John. Housing by people. Towards Autonomy in building
Environment. Marion Boyars. London. 1976.
BIBLIOGRAFIA complementar:
BERENSTEIN JACQUES, Paola. Estética da Ginga. Arquitectura das Favelas
através da obra de Hélio Oiticica. Casa da Palavra. São Paulo. 2001
FATHY, Hassan. Architecture for the poor. An experiment in Rural
Egypt. Chicago Press. Chicago. 1973.
GARCIA-HUIDOBRO, Fernando, et all. El tiempo Constryue! El proyecto
experimental de vivienda (previ) de Lima: Genesis y desenlace.
Gustavo-Gili. Barcelona. 2008
GEORGE, Susan: El Informe Lugano. Edit. Oxfam & Intermón. Madrid 2000.
HENKET, Hubert; HEINEN, Hilde. Back from Utopia. The Challenge of the
Modern Movement. 010 Publishers. Roterdam. 2002
LOECKX, André et al. Urban Trialogues. Localising Agenda 21.
Visions_Projects_co-productions. UN-Habitat, Nairobi and PGCHS.
Bruges. 2004
PORTAS, Nuno. Os tempos das Formas. Vol. I: A Cidade Feita e Refeita.
DAAUM. Guimarães. 2005
RUDOFSKY, Bernard. Architecture without architects. MoMA. New York.
1964
SEN, Amartya. Development as freedom. Oxford U. Press. Oxford. 1999.
ZALUAR, Alba; ALVITO, Marcos (orgs). Um século de Favela. FGV. Rio de
Janeiro. 2006 (1998)
Docente(s):
Luís Miguel Soares Guimarães
Carga Total de Trabalho: 120 h
T: 10 h
TP: 10 h
PL: 20 h
TI: 80 h
* T: Aulas Teóricas; TP: Aulas Teórico-práticas; PL: Aulas Laboratoriais; TC:
Trabalho de Campo Supervisionado; S: Seminário; OT: Aulas Tutoriais; E:
Estágios; TO: Trabalho de Orientação; O: Outros Trabalhos; TI: Trabalho
Independente e Avaliação; h: Horas.
Semestre/Ano: 2º Semestre/4º ano
Métodos de Ensino:
Teórico-prático.
Métodos de Avaliação:
O sistema de avaliação adoptado é contínuo. Serão realizados ao longo do
semestre dois exercícios de avaliação por frequência, um de grupo (EX_01) e
outro individual (EX_02). Contará também para a avaliação como ponderação da
classificação final: a assiduidade às aulas; a participação e a clareza de
exposição de matérias durante as aulas; a avaliação contínua dos conhecimentos
adquiridos e sua articulação com as matérias.
Relação percentual para a avaliação: Exercício 1 [Elemento 1 (20%) + Elemento
2 (20%) + Elemento 3 (20%)] + Exercício 2 (20%) + Ponderação (20%). Aprovação
à unidade curricular: nota superior ou igual a 9,5 valores.
EX_01: A análise de uma solução de habitabilidade mínima dirigida a
assentamentos humanos precários, consubstanciará a discussão e aplicação dos
conhecimentos a adquirir na unidade curricular.
EX_02: Haverá também lugar a um exercício individual referente à análise de
textos seleccionados da bibliografia ou em alternativa relativo à produção de
um caderno de viagem mediante a concretização de uma visita de estudo.
Língua de Instrução: Português
Créditos ECTS: 5
4º ANO
OPÇÃO B2.1 - CONSTRUÇÕES LEVES 2015/2016
Paulo Mendonça
PROGRAMA
As construções leves, de membrana, apresentam um peso próprio reduzido e características de flexibilidade que
permitem uma fácil adequação a diversos usos e formas, baixo custo de construção e transporte,
montagem/desmontagem e reutilização. Apresentam também propriedades térmicas e lumínicas que potenciam
soluções arquitectónicas com vantagens funcionais e abordagens totalmente diversas das permitidas com as
soluções convencionais pesadas.
Através de aulas teóricas e exercícios teórico-práticos, vão-se desenvolvendo ao longo do semestre os seguintes
temas: Análise do conceito de construção leve; Evolução das construções de membrana desde os primeiros abrigos
pré-históricos até à actualidade; Apresentação de construções leves tradicionais que subsistem até aos nossos dias;
Classificação das soluções de membrana quanto à sua forma e estrutura, como as formas de sela, tubulares, de
deformação, etc.. Apresentação de diferentes métodos de pesquisa formal, como maquetas ou CAAD; Cuidados
especiais a ter com as construções de membrana durante o projecto (modelação 3d, conversão de geometrias 3d
para 2d – definição dos moldes de corte, juntas, acessórios, pré-esforço) e após a conclusão da obra (manutenção);
Especificidades dos materiais de membrana utilizados em construção - as fibras, os tecidos, os revestimentos,
membranas simples, duplas, painéis; Propriedades estruturais e não estruturais dos diferentes tipos de membrana.
O exercício prático colectivo a realizar no final do semestre, que deverá aplicar conceitos explorados ao longo do ano
em pequenos exercícios individuais, consistirá na concepção/construção duma solução temporária, fácil de montar,
transportar e armazenar. Serão disponibilizados laboratórios na Escola de Arquitectura, contando igualmente com o
apoio de empresa(s) especializada(s) em construções leves de membrana ou estruturas leves de outros tipos, aos
quais serão realizadas visitas de estudo e de trabalho ao longo do semestre, explorando diferentes materiais e
técnicas construtivas para a construção dum pequeno protótipo que poderá chegar à escala real.
OBJETIVOS DE ENSINO
Esta Unidade Curricular pretende introduzir alguns conceitos relativamente a soluções construtivas não
convencionais, nomeadamente Construções de Membrana, que se caracterizam pelo baixo peso específico e
propriedades estruturais e não estruturais com diversas aplicações no campo da arquitectura.
RESULTADOS DE APRENDIZAGEM
Assinalar a especificidade das construções leves;
Explicar a evolução histórica das construções leves;
Especificar quais os tipos de construções leves e as aplicações mais comuns;
Especificar quais as vantagens e desvantagens das construções leves;
Projectar e produzir um protótipo duma construção leve de membrana.
BIBLIOGRAFIA
Architectural Design Profile; Nº117; “Tensile Structures”; Academy Editions; London, 1995.
Berger, H.; “Light Structures, Structures of Light”; The Art and Engineering of Tensile Architecture; Birkhäuser Verlag;
Basel, Boston, Berlin, 1996.
Davies, J. M.; “Lightweight sandwich construction”; Blackwell Science Ltd; Oxford, 2001.
Detail, Zeitschrift für Architektur+Baudetail nº 8 Serie 1996; “Temporäre Bauten”; Institut für internationale
Architektur-Dokumentation GmbH, München, 1996.
Doriez, M.; Blin, P.; “Architecture Textile”; A. Tempera Éditions, Paris 1990.
Glaeser, L.; “The work of Frei Otto and his teams 1955-1976”; Institut für Leiche Flächentragwerke (IL), University
Stuttgart;1977.
Horden, R.; “Light Tech, Towards a light Architecture”; Birkhäuser; Basel, Boston, Berlin, 1995.
Knippers, J., Cremers, J., Glaber, M. & Lienhard, J.; “Construction Manual for Polymers and membranes – Materials,
semi-finished products, form finding, design”; Alemanha: Edições Detail e Birkäuser, 2010.
Kronenburg, R.; “Houses in Motion, the Genesis, history and development of the Portable Building”; Academy
Editions; London,1995.
Krüger, S.; “Textile Architecture”; Jovis Verlag, Berlin, 2009.
Otto, F.; Rash, B.; “Finding Form”; Edition Axel Henges, 1995.
Robbin, Tony; “Engineering A New Architecture”; Yale University Press; New Haven and London, 1996.
Shaeffer, R. E; “Tensioned Fabric Structures, a Practical Introduction”; Task Committee on Tensioned Fabric
Structures; American Society of Civil Engineers; New York, 1996.
Vandenberg, Maritz; “Soft Canopies, Detail in Building”; Academy Editions; London, 1996.
MÉTODOS DE ENSINO
Aulas teórico-práticas. As aulas serão ministradas em blocos de 3 horas semanais, incluindo aulas teóricas de
exposição, pontuadas com momentos de debate e pequenos exercícios. Os temas abordados serão articulados com
os exercícios das aulas práticas, suportando e incentivando os trabalhos aí desenvolvidos. O exercício prático
colectivo a realizar no final do semestre, que deverá aplicar conceitos explorados ao longo do ano em pequenos
exercícios individuais, consistirá na concepção/construção dum pequeno protótipo em construção de membrana
leve, que poderá chegar à escala real.
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO
Contínua, ao longo do semestre o discente deverá realizar vários exercícios que irão fazer parte dum relatório
individual, com uma componente prática colectiva na fase final. A nota final resulta da média ponderada das notas
destes elementos de avaliação, contabilizando-se 70% para a nota do relatório individual e 20% para a componente
colectiva. Constituirá também matéria de avaliação, em 10%, a assiduidade e participação (comportamentos e
atitudes), sendo a frequência a pelo menos 2/3 das aulas, condição obrigatória para aprovação.
4º ANO
Unidade Curricular
Economia da Construção e Gestão de Obra – 2015/2016
Nome docente
João Pedro Pereira Maia Couto
PROGRAMA
Seleção da equipa projetista. Métodos de consulta, avaliação e seleção de projetistas. Funções e
responsabilidades da equipa. Termos e condições contratuais correntes. Formas e documentos contratuais.
Procura de empresas de construção. Métodos de consulta, avaliação e seleção de empresas e
fornecedores. Termos e condições contratuais correntes. Documentos contratuais. Legislação aplicável à
contratação de obras privadas. Regime jurídico do contrato de empreitadas de obras públicas.
Gestão de contratos. Gestão dos custos prazos, qualidade, segurança e ambiente. Pagamentos. Alterações ao
contrato. Incumprimento do contrato. Reclamações e disputas. Procedimentos de resolução de conflitos.
Arbitragem.
Medições na construção. Procedimentos e normas de medição. Abordagem das medições ao longo do
desenvolvimento dos projectos de construção. Quantidades aproximadas e medições detalhadas. Organização
das medições e listas de quantidades de trabalho.
Orçamentação. Objectivos da orçamentação. Métodos de orçamentação ao longo do desenvolvimento dos
projectos de construção. Orçamentação sumária, aproximada por racios, operacional e analítica. Lista de preços
unitários como base dos contratos de construção.
Análise de estaleiros de construção. Estaleiros de construção de acordo com o tipo de obra. Análise do local
de implantação do estaleiro e recolha de informações. Componentes de um estaleiro.
RESULTADOS DE APRENDIZAGEM
- Especificar as regras de medição de trabalhos de construção;
- Aplicar os métodos de orçamentação utilizáveis ao longo do desenvolvimento dos projetos de construção;
- Aplicar o sistema de procura na indústria da construção;
- Aplicar a legislação aplicável às operações de construção;
- Aplicar as ferramentas de planeamento utilizáveis em projetos de construção;
- Explicar as funções básicas de gestão de projetos de construção.
BIBLIOGRAFIA
FONSECA, M., Regras de Medição na Construção, LNEC, Lisboa, 1999;
ASHWORTH, A., Cost Studies of Buildings, Logman Scientific and Techinical Books, London, 1992;
BEZELGA, Artur, Edifícios de Habitação - Caracterização e Estimação Técnico-Económica, Imprensa Nacional Casa da Moeda, Lisboa, 1984;
FERRY, D. And BRANDON, P., Cost Planning of Buildings, Blackwell Scientific Publication Ltd.,Oxford, 1993;
MANN, T., Building Economics for Architects, Van Nostrand Reinhold, New York, 1992;
Diversas referências legais aplicáveis aos conteúdos abordados.
MÉTODOS DE ENSINO
Aulas teórico-práticas dedicadas à exposição dos conteúdos e à solução de casos de estudo, cujo
desenvolvimento é realizado pelos alunos.
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO
Avaliação contínua durante as aulas (15%), 2 testes escritos sumativos (85%), nota mínima nos testes (7.5).
Controlo de presenças (mínimo 2/3 de presenças).
Nota: admite-se que as ponderações poderão sofrer ligeiros acertos após um processo de discussão e análise com os alunos
4º ANO
UNIDADE CURRICULAR
Opcional B 2.3 – Materiais não Estruturais
NOME DOCENTE
José Barroso de Aguiar
PROGRAMA
Componentes não estruturais da construção
Qualidade dos materiais não estruturais
Conservação e Manutenção dos materiais não estruturais
RESULTADOS DE APRENDIZAGEM
- Identificar as principais características tecnológicas e funcionais dos materiais não estruturais;
- Especificar materiais de construção não estruturais com base em critérios de selecção definidos tendo em conta
a sua aplicação, execução, utilização e manutenção;
- Identificar os requisitos de desempenho dos materiais não estruturais baseados na sua aplicação;
- Identificar as necessidades de conservação e manutenção de materiais não estruturais
- Combinar os conhecimentos num trabalho prático.
BIBLIOGRAFIA
Aguiar, J. B., Qualidade de Argamassas, Apontamentos, Universidade do Minho, 2011
Aguiar, J. B., Patologia e Reabilitação da Construção, Apontamentos, Universidade do Minho, 2014
Sampaio, J. – Patologia e reabilitação dos materiais, Universidade do Minho, 1998.
União Europeia, Regulamento dos Produtos de Construção, Regulamento EU nº 305/2011, Bruxelas.
Fernandes, A., Qualidade dos materiais e componentes da construção, Memórias do LNEC, 672, 1986.
LNEC, Curso de Especialização sobre Revestimento de Paredes, Lisboa, 2004.
Associação Portuguesa da Indústria Cerâmica, Manual de alvenaria de tijolo, Coimbra, 2000.
L. A. Barros, As Rochas dos Monumentos Portugueses – Tipologias e Patologias, 2000.
Ridout, B., Timber Decay in Buildings: The conservation approach to treatment, E & FN Spon,
London, 2000.
MÉTODOS DE ENSINO
Aulas teórico-práticas preparadas para lecionar os conceitos básicos e fundamentais, e para desenvolver
trabalhos específicos aplicando os princípios assimilados.
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO
Trabalho de grupo com aplicação dos princípios de qualidade e manutenção dos materiais não estruturais (40 %);
Teste (40 %);
Avaliação contínua (20 %).
Opção C2 – Arquitectura e Representação (2016)
Regente: Pedro Bandeira
Imagem: fragmento de fotonovela desenvolvida por de Ana Viana, para Arquitectura e Representação 2012/2013
Regime: 4º ano - C2
Tipo: Opcional
Carga Horária: semanal, 3 horas (das 9 ás 12h, terças-feiras)
Créditos ECTS: 5
Resultados de Aprendizagem:
Compreender a origem da introdução do desenho e das maquetas no projecto de arquitectura;
relacionar as técnicas fotográficas com a conceção e comunicação da arquitectura; relacionar o
desenvolvimento dos instrumentos de representação digital com a produção da forma
arquitetónica; avaliar o poder mediático das imagens arquitetónicas; desenvolver capacidades
de comunicação gráfica do projecto de arquitectura.
Programa Sucinto:
O programa tem como objetivo desenvolver as capacidades de comunicação gráfica do
projecto e da obra arquitetónica tendo como referência a receção de um público alargado na
era da mediatização e da arquitectura enquanto produção cultural.
Programa e objetivos:
O programa tem como objetivo desenvolver as capacidades de comunicação gráfica do
projecto e obra arquitetónica tendo como referência um público alargado ou um cliente
genérico.
O programa começará com uma história sucinta da representação gráfica na conceção e
comunicação da arquitectura desde o Renascimento aos nossos dias, dando especial atenção à
produção de desenhos e maquetas. Numa segunda fase abordar-se-á a fotografia de
arquitectura e em particular as técnicas de fotomontagem, como instrumento privilegiado de
comunicação e construção de plausibilidade. Esta última questão será o pretexto para abordar
as mais recentes tecnologias de representação digital. O reconhecimento da importância
inerente às formas gráficas de comunicação levar-nos-á também a uma abordagem, breve mas
incisiva, no âmbito do design gráfico. Por último, o programa da U.C. Arquitectura e
Representação, proporá uma reflexão sobre a mediatização e a receção pública das imagens de
arquitectura no âmbito, quer da promoção profissional, quer da produção cultural alargando o
campo da cultura visual arquitetónica e da teoria da imagem.
Exercício prático:
Desenvolver-se-á paralelamente ao programa de aulas teóricas um único exercício prático a que
chamamos “projecto” que, ao longo das quinze semanas, deverá explorar a construção de
“narrativas visuais” com base em temas sugeridos pelo docente ou pelos alunos desde que
devidamente enquadrados no âmbito do programa. Estas “narrativas” estruturadas por imagens
arquitetónicas (fotografias, desenhos, fotomontagens, colagens…) desenvolvidas pelo aluno
poderão ter diversos formatos: o “photo book”; a “fotonovela”; o “booklet de projecto”; ou o
“curriculum vitae”. O desenvolvimento deste trabalho implicará também uma versão digital
disponível on line num sítio público criado pelo aluno.
Métodos de Ensino:
A Unidade Curricular será estruturada em aulas teórico-práticas; com sessões coletivas de
reflexão crítica dos conteúdos programáticos associadas ao acompanhamento individual do
trabalho desenvolvido pelo aluno.
Métodos de Avaliação:
A avaliação será realizada com base no exercício prático (60%), num teste (30%), e na
participação do aluno (10%).
Pré-requisitos:
Língua de Instrução:
Português
Bibliografia:
ABRABEN, E. Point of View: The Art of Architectural Photography. New York: Van Nostrand
Reinhold, 1994.
ACKERMAN, James S. "On the Origins of Architecture Photography", This is Not Architecture (ed.
Kester Rattenbury). London/New York: Routledge, 2002, p. 26-36.
ADES, Dawn. Fotomontaje. Barcelona: Editorial Gustavo Gili, 2002.
BANDEIRA, Pedro. Arquitectura Como Imagem: Obra Como Representação. Universidade do
Minho, 2007. ( http://hdl.handle.net/1822/6878)
BAUDRILLARD, Jean. Simulacros e Simulação. Lisboa: Relógio d'Água, 1991.
BELTING, HANS. “A Transparência do Meio: A Imagem Fotográfica” in Antropologia da Imagem.
Lisboa KKYM; EAUM, 2014, p. 267-300.
BENJAMIN, Walter. “A Obra de Arte na Era da sua Reprodutibilidade Técnica” (1936-39), Sobre
Arte, Técnica, Linguagem e Política. Lisboa: Relógio d’Água, 1992, p. 71-113.
BERGER, John. Modos de Ver. Lisboa: Edições 70, 1982.
BOURDIEU, Pierre. Un Arte Medio: Ensayo Sobre los Usos Sociales de la Fotografia. Barcelona:
Editorial Gustavo Gili, 2003.
BRAYER, Marie-Ange. "Un Object «Modele»: La Maquette d'Architecture", Architectures
Experimentales 1950-2000 - Collection du FRAC Center. Paris: HYX, 2003.
CARPO, Mario. Architecture in the Age of Printing: Orality, Writing, Typography, and Printed
Images in the History of Architectural Theory. Cambridge, Massachusetts/London: MIT Press,
2001.
CHASLIN, François. "Pas Plus Grosse Qu' un Jouet, La Maquette d'Architecture", Monuments
Historiques #148, 1986, p. 65-72.
COLOMINA, Beatriz. “Faked Images”, Privacy and Publicity: Modern Architecture as Mass Media.
Cambridge, Massachusetts/London: MIT Press, 1996, p. 107-118.
CRARY, Jonathan. Techniques of the Observer: on Vision and Modernity in the Nineteenth Century.
Cambridge/London: Mit Press, 1992.
DEBORD, Guy. A Sociedade do Espectáculo. Lisboa: Mobilis In Mobile, 1991 (2ª ed.).
DEBRAY, Régis. Vida y Muerte de la Imagen: Historia de la Mirada en Occidente.
Barcelona/Buenos Aires/México: Paidós Comunicación, 1994.
DIDI-HUBERMAN, Georges. Imagens Apesar de Tudo. Lisboa: KKYM, 2012.
DIDI-HUBERMAN, Georges. Atlas ou a Gaia Ciência Inquieta. Lisboa: KKYM; EAUM, 2013.
DUBOIS, Philippe. O Acto Fotográfico. Lisboa: Vega, 1992.
ELWALL, Robert. Building With Light: The International History of Architectural Photography.
London/New York: Merrell Publishers Limited/RIBA, 2004.
FORTY, Adrian. "Language and Drawing", Words and Buildings: A Vocabulary of Modern
Architecture. London: Thames & Hudson, 2004, p. 28-41.
JUNGMANN, Jean-Paul. L'Image en Architecture de la Représentation et son Empreinte Utopique.
Paris: Editions de la Villette, 1996.
KEPES, Gyorgy. Language of Vision. New York: Dover Publications, INC, 1995 (1944).
KRAUSS, Rosalind. Lo Fotográfico: Por una teoría de los Desplazamientos. Barcelona: Editorial
Gustavo Gili, 2002.
MITCHELL, William J. The Reconfigured Eye: Visual Truth in the Post-Photographic Era.
Cambridge/London: MIT Press, 1998.
MOHOLY-NAGY, László. The New Vision. New York: George Wittenborn, Inc., 1961.
MORINEAU, Camille. "Images du Soupçon: Photographies de Maquettes", Art Press #264, 2001,
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PARE, Richard. Photography and Architecture: 1839-1939. Montréal: Centre Canadien
D'Architecture, 1982.
PÉREZ-GÓMEZ, Alberto; PELLETIER, Luise. Architectural Representation and the Perspective Hinge.
Cambridge, Massachusetts/London, England: MIT Press, 2000.
RANCIÈRE, Jaques. O Espectador Emancipado. Lisboa: Orfeu Negro, 2010.
RANCIÈRE, Jaques. Estética e Política: A Partilha do Sensível. Porto: Dafne Editora, 2011.
SICARD, Monique. A Fábrica do Olhar: Imagens de Ciência e Aparelhos de Visão (Séculos XV-XX).
Lisboa: Edições 70, 2006 (1998).
TISSERON, Serge. El Misterio de la Cámara Lúcida: Fotografía e Inconsciente. Salamanca:
Ediciones Universidad de Salamanca, 2000.
VIRILIO, Paul. La Maquina de Vision. Madrid: Ediciones Cátedra, 1989.
WALSH, Victoria. Nigel Henderson, Parallel of Life and Art. London: Times and Hudson, 1991.
WIGLEY, Mark. “Black Screens: The Architect’s Vision in a Digital Age” (acta de conferência)
Princeton
Cronograma, sumários, tempos de avaliação, elemento de entrega*:
*sujeito a coordenação horizontal do ano.
Fevereiro
Apresentação da U.C. Arquitetura e Representação
Março
Introdução à imagem, teoria da imagem, cultura visual arquitetónica
Maquetas e souvenirs, a arquitectura e a sua representação tridimensional.
Desenho e esquiços de arquitectura
Fotografia de arquitetura (1 de 2)
Abril
Fotografia de arquitetura (2 de 2)
Colagens e fotomontagens digitais
Fotonovelas, storyboards e outras narrativas visuais.
Design e edição de arquitectura.
Maio
Portfólios.
Teste.
Acompanhamento do trabalho prático
Acompanhamento do trabalho prático
Junho
02 Apresentação em turma do trabalho prático
Pedro Bandeira, 16 de Fevereiro de 2015
4º ANO
Unidade Curricular
Visões Arquitectónicas do Futuro na Ficção (Opc. C2.3)
Nome docente
João Rosmaninho
PROGRAMA
Seguindo as bases literária e cinematográfica, tanto de referência clássica ou marginal, o programa da UC procura
uma aproximação à Ficção Científica, como género e campo da experiência arquitectónica enquanto projecção de
futuro.
No corrente semestre, o programa estrutura-se em 14 aulas:
#1 (a primeira aula) corresponde à sessão de apresentação e organização dos exercícios;
#2 (a segunda aula) corresponde à projecção de um filme;
#3 à #13 (as restantes) correspondem a sessões inteiramente dedicadas às obras referenciadas e
respectiva avaliação contínua.
#14 (a última aula) corresponde ao termo das actividades.
Do século XIX ao século XXI, do conto ao romance, do género ao sub-género, de H. G. Wells a Brian Wood, de
territórios como Nova Iorque ou Londres, da utopia à distopia, o corpo da FC tem-se formado e construído
essencialmente ao longo dos últimos 150 anos. Preferencialmente, nesta UC, pretende-se reflectir sobre uma
condição de futuro, mais ou menos distante da época em que foi escrita. Pretende-se, pois, reflectir sobre uma visão
de futuro a partir de hipóteses (ou ficções!) de arquitectura.
Desta forma, o campo de trabalho e análise da UC virá, conjuntamente, de dois vectores:
das inúmeras vontades de representação (i.e. ficção) de futuro e sempre que estas revertam em
construção e escala arquitectónicas;
das obras que, com ou sem versões gráficas mais exaustivas (como são os casos do cinema e da banda
desenhada), procuram desenvolver e propor novas abordagens de sociedade e respectivos “espaços”
(sejam eles públicos, privados, ou mesmo proponentes de outras dicotomias);
RESULTADOS DE APRENDIZAGEM
1) identificar as obras de referência no domínio da Ficção Científica, em função da sua imagética arquitectónica;
2) comparar as visões arquitectónicas de futuro na ficção com a realidade construída e inferir sobre a sua
actualidade;
3) categorizar e combinar linguagens e significados das visões arquitectónicas de futuro na ficção, partindo de
hipóteses de projecto;
4) manipular e argumentar visões de futuro na arquitectura.
BIBLIOGRAFIA
TEORIA E CULTURA ARQUITECTÓNICAS
AA. VV.; “Revista de Comunicação e Linguagens, nº34/35 – Espaços”; Relógio d’Água, Lisboa; Junho de 2005.
AA. VV.; “OASE, nº66 - Virtually Here Space in Cyberfiction” [ed: SCHRIJVER, Lara & AVIDAR, Pnina]; NAi Publishers,
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L’Age d’Homme, Lausanne.
CONTOS/NOVELAS/ROMANCES
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AA. VV.; “The Oxford Book of Science Fiction Stories” [ed: SHIPPEY, Tom (1992)]; Oxford University Press, Oxford,
2003.
AA. VV.; “100 Must-Read Science Fiction Novels” [ed: ANDREWS, Stephen & RENNISON, Nick]; A & C Black,
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AA. VV.; “Reflexos do Futuro” [ed: STERLING, Bruce (1986)]; Editora Livros do Brasil, Lisboa.
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ABBOTT, Edwin A. (1884); “Flatland: uma Aventura em Muitas Dimensões”; Assírio & Alvim, Lisboa; 2006.
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AUSTER, Paul (1987); “No País das Últimas Coisas”; Edições Asa, Porto; 2010.
BACIGALUPI, Paolo (2009); “The Windup Girl”; Night Shade Books; 2009.
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BRADBURY, Ray (1953); “Fahrenheit 451”; Publicações Europa-América, Lisboa; 2002.
BURGESS, Anthony (1962); “A Clockwork Orange”; Penguin Books, Londres; 2010.
BUTLER, Octavia (1993); “Parable of the Sower”; Warner Books, Nova Iorque.
CLARKE, Arthur C. (1968); “2001: Odisseia No Espaço”; Publicações Europa-América, Mem Martins; 1988.
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FIALHO DE ALMEIDA, José (1906); “Lisboa Monumental", Parceria A. M. Pereira, Lisboa; 2011.
GIBSON, William (1984); “Neuromante”; Gradiva, Lisboa; 2004.
HAMILTON, Tim (2009); “Ray Bradbury’s Fahrenheit 451”; Hill and Wang, Nova Iorque; 2009.
HUXLEY, Aldous (1932); “Admirável Mundo Novo”; Antígona, Lisboa; Outubro de 2013.
MATHESON, Richard (1954); “Eu sou a Lenda”; Saída de Emergência, S. Pedro do Estoril; 2008.
MELLO DE MATOS, José (1906); “Lisboa no Ano 2000” in Passado Lisboa Presente Lisboa Futuro; Parceria A. M.
Pereira, Lisboa; 2001.
MIÉVILLE, China; “The City and the City”; Macmillan, Londres; 2009.
MOORE, Alan & LLOYD, David (1982-1988); “V for Vendetta”; DC Comics/Vertigo, Nova Iorque; 1990.
ORWELL, George (1949); “Mil Novecentos e Oitenta e Quatro”; Antígona, Lisboa; 2007.
PIERCY, Marge (1991); “He, She, It (Body of Glass)”; Random House, Nova Iorque.
ROBIDA, Albert (1890); “The Twentieth Century”; Wesleyan University Press, Middletown; 2004.
SHELLEY, Mary (1826); “The Last Man”; Wordsworth Editions Ltd; Londres; 2004.
SCHEERBART, Paul (1914); “The Gray Cloth: a Novel on Glass Architecture”; MIT Press, Cambridge; 2003.
SILVERBERG, Robert (1968-69); “Labirinto”; Publicações Europa-América, Mem Martins; 1988.
WOOD, Brian; BURCHIELLI, Ricardo (2005-2012); “DMZ”; DC Comics/Vertigo, Nova Iorque.
ZAMYATIN, Evgeni (1921/24); “Nós”; Antígona, Lisboa; 2004.
FILMES
ANDERSON, Michael (dir.); “Nineteen Eighty-Four”; Reino Unido; Columbia Pictures Corporation; 1956. 91min
2
BIGELOW, Kathryn (dir.); “Strange Days”; EUA; Lightstorm Entertainment; 1995. 145min
CARPENTER, John (dir.); “Escape from New York”. 1981. 95min
CUARÓN, Alfonso (dir.); “Children of Men”, 2006. 109min
FASSBINDER, Reiner Werner (dir.); “World on a Wire”, 1973. 205min
FERRARA, Abel (dir.); “New Rose Hotel”. 1998. 93min
GODARD, Jean Luc (dir.); “Alphaville”, 1965. 95min
KUBRICK, Stanley (dir.); “2001: A Space Odissey”, 1968. 160min
LANG, Fritz (dir.); “Metropolis”, 1927. 150min
LINKLATER, Richard (dir.); “A Scanner Darkly”; 2007.
LUCAS, George (dir.); “Electronic Labyrinth THX 1138 4EB”, 1967. 15min
___ (dir.); “THX 1138”, 1971. 85min
MARKER, Chris (dir.); “La Jetée”, 1962. 28min
McTEIGUE, James (dir.); “V for Vendetta”, 2006. 128min
MENZIES, William Cameron (dir.); “Things To Come”; 1936. 100min
NICCOL, Andrew (dir.); “Gattaca”; 1996. 106min
___ (dir.); “In Time”; 2011. 109min
NOLAN, Christopher (dir.); “The Prestige/ O Terceiro Passo”; 2006.
RADFORD, Michael (dir.); “Nineteen Eighty-Four”; Reino Unido; Umbrella-Rosenblum Film Production; 1984. 106min
SCOTT, Ridley (dir.); “Blade Runner”, 1981. 112min
TARKOVSKY, Andrei (dir.); “Solaris”. 1972, 165min
___ (dir.); “Stalker”, 1979. 163min
TRUFFAUT, François (dir.); “Fahrenheit 451”, 1966. 108min
MÉTODOS DE ENSINO
O programa será desenvolvido ao longo de 15 semanas lectivas, em sessões semanais de 3 horas, devendo cada
uma ser ocupada e compreendida por 3 momentos:
– um primeiro (aprox. 45 minutos), sob enquadramento do EXERCÍCIO A, de apresentação e exposição
gráfica de projecto desenvolvido pelo(s) aluno(s) da UC (na respectiva análise de uma obra literária
seleccionada).
– um segundo (aprox. 90 minutos), de comunicação dos conteúdos curriculares pelo docente da UC
(através da introdução, enquadramento e aprofundamento das obras/temáticas relativas ao programa) e
com a intervenção dos alunos;
– um terceiro (aprox. 45 minutos), sob enquadramento do EXERCÍCIO B, de discussão e arguição pelo(s)
aluno(s) da UC (na respectiva crítica de um texto de apoio referenciado).
No campo teórico procurar-se-á, permanentemente, fornecer e apontar leituras nas áreas da Ficção Científica e da
Cultura Arquitectónica, isto tendo como referência a literatura do género para, depois, reivindicá-la no domínio e
expressão arquitectónicos (gráficos e/ou construídos, portanto).
No campo prático (e por forma a informar o campo teórico) desenvolver-se-á um projecto, através de recensões
ilustradas de obras literárias de Ficção Científica.
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO
Segundo uma metodologia de avaliação contínua, o aluno deverá ser avaliado em duas fases:
– na primeira (EXERCÍCIO A), em grupo, produzindo e apresentando um projecto sobre uma das obras
seleccionadas na bibliografia (50%);
– na segunda (EXERCÍCIO B), individualmente, produzindo e expondo um artigo sobre um dos textos de
apoio referenciados (50%); demonstrando ou antecipando, assim, visões e competências formuladas ao
longo das sessões.
A média final resultará da ponderação das notas às duas fases de avaliação e de acordo com as percentagens
acima descritas.
A frequência na UC é dependente da concretização de todas as fases de avaliação (nota mínima de 8 valores a cada
Exercício) assim como da assiduidade a, pelo menos, 2/3 das sessões lectivas semanais.
As práticas fraudulentas sujeitam-se às regras desta instituição.
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