desafios na gestão da manutenção e conservação de

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desafios na gestão da manutenção e conservação de
ANAIS
DESAFIOS NA GESTÃO DA MANUTENÇÃO E CONSERVAÇÃO DE
INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR: UMA ANÁLISE A PARTIR DA
TEORIA DAS RESTRIÇÕES
LENON PINHEIRO DA SILVA ( [email protected] )
UNISINOS - UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS
CÁTIA FRÖHLICH ( [email protected] )
UNISINOS - UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS
Resumo
As Instituições de Ensino Superior necessitam prover serviços de manutenção e conservação
adequados às demandas de seus públicos. O baixo desempenho ou a ausência de atividades de
manutenção e conservação adequadas podem prejudicar as atividades acadêmicas, deixandoas vulneráveis perante o mercado. Este estudo identifica os principais problemas que afetam a
performance dessas atividades, com base na revisão da literatura. Para tanto, foi utilizado o
Processo de Pensamento da Teoria das Restrições para demonstrar as relações causa-efeitocausa dos problemas.
Palavras-chave: Manutenção e conservação. Instituições de Ensino Superior. Teoria das
Restrições.
1 INTRODUÇÃO
As estruturas e instalações (EI) são o suporte físico para a realização direta ou indireta
das atividades produtivas das organizações (ABNT 5674, 2012) e devem estar aptas para a
realização dessas atividades. (OLANREJAWU, 2012). Por isso os serviços de manutenção e
conservação (SMC) são pré-requisitos básicos para a evolução de uma organização.
(FITZSIMMONS; FITZSIMMONS, 2010; MINGUILLO; THELWALL, 2015).
Com a expansão do número de Instituições de Ensino Superior (IES), o mercado
educacional tem apresentado maior competitividade entre elas. (CHIZZOTTI, 2014;
ODEDIRAN; GBADEGESIN; BABALOLA, 2015). Esse cenário faz com que ocorra uma
disputa para atrair e reter alunos de diferentes maneiras, sendo que uma dessas são os SMC. O
atendimento adequado de SMC pode representar competitividade no mercado, principalmente
para aquelas organizações que fazem o bom uso dos recursos das EI. (DUFFUAA; RAOUF;
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CAMPBELL, 2010; GAMA, 2013). Em empresas de serviços destacam-se elementos
voltados para a segurança, saúde e conforto dos usuários das instalações. (ABNT 5674, 2012;
YAU, 2012).
Apesar de haver avanço nos últimos anos no que diz respeito ao reconhecimento da
necessidade da manutenção e conservação das instalações, ainda há diversos desafios na
gestão dessas atividades. Isso se deve ao fato de que os espaços acadêmicos das IES não estão
recebendo a devida atenção dos seus administradores, no que se refere às necessidades de
manutenção e conservação das instalações. (VIDALAKIS; SUN; PAPA, 2013). Por vezes,
são vistos como atividades supérfluas e geram despesas desnecessárias ou prejuízo. (GAMA,
2013). Um dos agravantes está relacionado com os gestores das IES que desconhecem o
planejamento da manutenção e conservação das EI dos campi. (ODEDIRAN;
GBADEGESIN; BABALOLA, 2015). Além disso, os gestores de manutenção e conservação
possuem dificuldades em encontrar as causas dos problemas desses serviços. (TALYULI,
2013).
Para Cox e Shleier (2013) agravam-se essas perspectivas quando é escassa a utilização
de técnicas adequadas de identificação e solução de problemas. Isso ocorre pelo fato de que os
gestores das IES não possuem uma visão geral da instituição. (ROSSI FILHO et al., 2012).
Entre as diversas ferramentas conhecidas, destacam-se aquelas que possuem como objetivo
fornecer a visão do todo, a partir de mapas da realidade, composto pela relação causa-efeitocausa dos problemas, permitindo aos gestores uma melhor compreensão. (BIVONA;
MONTEMAGGIORE, 2010). Nesse sentido, o Processo de Pensamento da Teoria das
Restrições (TOC) destaca-se por apresentar as relações de causa-efeito-causa dos problemas
em estruturas semelhantes a mapas ou árvores.
A partir da perspectiva de que o baixo desempenho ou a ausência de atividades de
manutenção e conservação podem prejudicar as atividades acadêmicas, logo deixando a IES
vulnerável perante o mercado (THEKDJI; LAMBERT, 2014), o objetivo deste artigo é
identificar os principais problemas que afetam a performance dessas atividades nas IES. Para
isso foi realizada uma revisão da literatura sobre manutenção e conservação de estruturas e
instalações de IES. O conteúdo dessa revisão foi categorizado e submetido à análise do
Processo de Pensamento da Teoria das Restrições (TOC), revelando os problemas, ou efeitos
indesejados na linguagem da TOC, e as relações de causa-efeito-causa desses.
Na seqüência do artigo, há uma revisão da literatura sobre manutenção e conservação
de IES e do Processo de Pensamento da TOC, sendo também apresentados os procedimentos
metodológicos, os resultados da pesquisa e as considerações finais.
2 MANUTENÇÃO E CONSERVAÇÃO DE INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR
2.1 Estratégia dos SMC nas IES
Um dos desafios dos gestores de SMC nas IES é acompanhar a evolução das
necessidades dos espaços de ensino e aprendizagem. Nos últimos anos, vem ocorrendo
avanços no método de ensino que forçam mudanças nos espaços tradicionais das instituições
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de ensino. Beckers, Voordt e Dewulf (2015) afirmam que essas mudanças são progressivas
em função das necessidades de adaptação aos novos contextos de aprendizagem. Os autores
defendem que é necessário acompanhar a evolução das necessidades das novas formas de
aprendizagem, sendo fundamental o planejamento do espaço do ensino superior.
Nesse novo contexto, as mesmas metodologias tradicionais de gestão das EI e dos
SMC não acompanham as necessidades atuais, logo, não acompanharão no futuro. Esse
aspecto influencia a qualidade dos SMC e, caso não esteja adequado, poderá influenciar nas
atividades da IES, o que irá refletir no mercado. Por isso, Vidalakis, Sun e Papa (2013)
defendem que o planejamento das EI e SMC deve fazer parte da estratégia da IES.
A integração dos propósitos dos serviços de manutenção e conservação deve estar no
objetivo geral da IES, porém muitas tendem a forçar um uso mais econômico de suas EI.
(ODEDIRAN; GBADEGESIN; BABALOLA, 2015). Isso pode resultar em falhas ou, até
mesmo, na falta de prestação de serviços. Nesses casos, não são raras as IES que enfrentam
problemas inesperados e urgentes, para os quais devem ter uma solução imediata. (COX;
SCHLEIER, 2013). Situações como essas revelam que a área de manutenção e conservação é
uma das mais negligenciadas no ensino superior. (OLANREJAWU; KHAMIDI; IDRUS,
2011). Além disso, quando ocorrem alguns avanços para melhorar a performance dos SMC, o
que pode representar mudanças para os demais setores da IES, não é incomum encontrar
resistências às mudanças. Nessa linha, Bisaso (2010) afirma que isso faz com que se tornem
difíceis as adequações necessárias para os SMC.
Os SMC normalmente estão sobrecarregados de demandas, sendo um agravante a
tentativa de buscar consenso entre as partes interessadas da IES. (YAU, 2012). A dificuldade
de interação entre as partes interessadas pode ocorrer em função do envolvimento das pessoas
nas atividades, pois as crenças e os valores não são convergentes. (REGINATO;
GUERREIRO, 2011). Para Rossi Filho et al. (2012), esta é uma característica de que falta
visão como um todo da IES. É importante promover um consenso entre as partes interessadas
sobre as ações de melhoria, contribuindo para a redução das vulnerabilidades das IES.
(THEKDJI; LAMBERT, 2014).
Essas perspectivas revelam que faltam orientações políticas para o desenvolvimento
adequado das estruturas e instalações nas IES. (ODEDIRAN; GBADEGESIN; BABALOLA,
2015). Bisaso (2010) defende que os SMC são adequados quando há integração entre
demanda e capacidade e, dessa forma, é necessário estabelecer constância do propósito dentro
da IES para a melhoria contínua dos serviços. (LAWTON; IVANOV, 2014). Para isso, é
necessário melhorar a alocação de recursos para os SMC, de forma que seja equivalente ao
crescimento físico e econômico da IES. (DEN HEIJER, 2012). Lawton e Ivanov (2014)
ponderam que para não ocorrer desperdícios de recursos, é importante priorizar ações de SMC
que possam agregar valor àqueles elementos que afetam a qualidade do ensino e
aprendizagem.
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2.2 Custeio dos SMC
No atual cenário de mudanças do ensino superior, onde há necessidades de alteração e
melhorias das EI, alocar recursos para SMC torna-se ainda mais difícil. As mudanças vão
além da mudança do perfil dos alunos, que estão cada vez mais exigentes. Para Kamarazaly,
Mbachu e Phipps (2013), tomar decisões de investimento em SMC está cada vez mais
complexo devido às mudanças em tecnologia educacional, aprendizagem e expectativas dos
alunos.
Um agravante desse cenário é o aumento dos valores com SMC. (OLANREJAWU;
KHAMIDI; IDRUS, 2010; LI; GUO, 2012). Tanto os materiais quanto a mão-de-obra dos
SMC estão com custos altos em função do aquecimento do mercado da construção civil. Além
disso, os profissionais e materiais, por vezes, não estão dimensionados para as demandas das
IES. Segundo Lawton e Ivanov (2014), se faz necessário investir na ampliação do
conhecimento dos trabalhadores de SMC, bem como na qualidade dos materiais utilizados,
pois aumenta a produtividade e poupa recursos, ao mesmo tempo em que reduz a dependência
de fornecedores. Os autores afirmam que é muito comum a terceirização dos SMC em IES.
Os gestores de SMC enfrentam a “disputa” orçamentária entre os demais
departamentos da IES. (KAMARAZALY; MBACHU; PHIPPS, 2013). O orçamento de SMC
concorre com investimentos em mais membros do corpo docente, mais estudantes ou novo
programa de pesquisa, entre outros investimentos. (DEN HEIJER, 2012). Conforme DelPalacio, Sole e Berbegal (2011) o orçamento para os SMC é o que sobra da distribuição entre
os demais gastos das IES. Como consequência, os gestores dessa área acabam tendo que
utilizar o orçamento do período anterior ou usam alguma quota fixada arbitrariamente. (REIS;
COSTA; TEIXEIRA, 2013).
2.3 Gestão dos SMC
Mesmo com baixo orçamento e problemas de consenso entre os setores, é esperado
dos gestores de SMC formas criativas de alcançar valor agregado dos serviços e, ao mesmo
tempo, buscar que sejam de baixo custo para a IES. (KAMARAZALY; MBACHU; PHIPPS,
2013). Ou seja, independentemente das disponibilidades, a demanda por SMC não é
reavaliada pelas IES. Na busca em tentar atender as demandas, os gestores acabam tendo
dificuldades para estabelecer metas e acompanhar as operações de serviços (OLANREJAWU;
KHAMIDI; IDRUS, 2010), o que caracteriza as ações corretivas de SMC como
predominantes nas IES em comparação com ações preventivas. (BISASO, 2010).
A situação dos SMC se torna ainda mais complexa quando percebe-se a falta de
planejamento. Segundo Odediran, Gbadegesin e Babalola (2015), parte considerável dos
gestores de IES desconhecem o planejamento dos serviços de manutenção e conservação ou
têm dificuldades para realizar. Como resultado, nem todas as demandas dessa área estão
sendo entregues de forma adequada. (SAWYERR; YUSOF, 2013). Para Ni e Jin (2012), o
planejamento das atividades de SMC deve considerar a produtividade e a qualidade da
execução das atividades. Os autores também destacam que a complexidade é inerente às
atividades de SMC.
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Além da qualidade dos serviços, a velocidade na execução é um dos requisitos
importantes dos SMC. Assaf et al. (2011) defendem que aumentar a velocidade de execução
desses serviços melhora os requisitos de qualidade. Porém, a velocidade nas entregas de
SMC, por vezes, não é acompanhada de qualidade, o que ocasiona o aumento do número de
falhas por ações inadequadas. (TALYULI, 2013).
As IES também sofrem deterioração e obsolescência (LI; GUO, 2012), por isso
quando ocorre ineficiência ou ausência dos SMC acaba por reduzir a durabilidade,
desempenho funcional e satisfação dos alunos e funcionários. (LAI, 2010). Além disso,
processos e sistemas ineficientes são frequentemente responsáveis por problemas nas entregas
de SMC, podendo ser agravados por falta de habilidades técnicas nas operações, gestão
inadequada e limitações de recursos. (ISA; USMEN, 2015).
2.4 Relação dos SMC com os alunos
As relações das IES com os alunos vêm mudando ao longo dos últimos anos. Há uma
crescente expectativa dos usuários das estruturas e instalações das instituições de ensino, que
estão mais exigentes em um ambiente que está em constante mudança. Isso explica o motivo
do aumento das críticas aos SMC por parte dos usuários das instalações de IES, que exigem
melhorias constantemente. (ISA; USMEN, 2015).
Atualmente, os alunos buscam mais do que aprendizado na IES. Eles buscam
ambientes que oferecem conforto e conveniência, considerando relevantes as EI e a
conservação dessas, quando da escolha pela IES. (ALCARAZ; MORALES, 2012). Por isso as
estruturas e instalações e, por consequência, os serviços de manutenção e conservação podem
ou não fornecer uma imagem positiva da IES (POLAT, 2011), o que também contribui para a
atração e retenção de alunos. (KÄRNÄ; JULIN, 2015).
Um SMC ineficiente ou ausente reduz a durabilidade e o desempenho funcional das
EI. (LAI, 2010). Situações como essas acabam gerando a insatisfação dos alunos e
funcionários.
Para Isa e Usmen (2015) a falta de ação de SMC em função dos altos custos de
serviços e materiais, bem como o desempenho abaixo da necessidade, podem prejudicar as
atividades acadêmicas e administrativas das IES. Diante dessas questões, é importante que os
SMC estejam em equilíbrio com as demandas das EI e usuários. Os SMC eficazes tornam
competitivas as organizações perante o mercado. (NI; JIN, 2012).
3 PROCESSO DE PENSAMENTO DA TOC
O Processo de Pensamento da TOC é um conjunto de ferramentas e técnicas que
permitem a resolução de problemas ou desenvolvimento de uma estratégia utilizando a lógica
de causa-efeito-causa. (COX; SPENCER, 2002). Além disso, fornece um plano de ação que
coordena as atividades dos envolvidos na solução. (GUPTA; BHARDWAJ; KANDA, 2010).
Os sintomas de um problema central são os efeitos indesejáveis e, por vezes, os efeitos
indesejáveis podem ser o próprio problema central (TAYLOR; NAYAK, 2012), sendo que
um único sintoma pode ter várias causas. (NOREEN; SMITH; MACKEY, 1996). Em um
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sistema complexo com vários efeitos indesejáveis interligados e que se reforçam, uma
pequena soma de causas básicas sustenta os problemas percebidos. (LIBRELATO et al.,
2014).
3.1 Árvore da Realidade Atual
Dentre as ferramentas do Processo de Pensamento, esta pesquisa utiliza a Árvore da
Realidade Atual (ARA). Essa ferramenta baseia-se na lógica para identificar e descrever as
relações por meio de um mapa de causa-efeito-causa, ajudando a determinar problemas
centrais que causam os efeitos indesejáveis. (NOREEN; SMITH; MACKEY, 1996; COX;
SPENCER, 2002).
A ARA ajuda a verbalizar pressupostos e sistematizar a necessidade de utilização do
pensamento criativo. (ALVAREZ, 2007). Nas organizações, um pressuposto é que quase
todos os efeitos indesejáveis têm uma única causa comum, estando ligados a algum problema
central. (NOREEN; SMITH; MACKEY, 1996). O Quadro 1 demonstra as etapas para
construção da ARA.
Quadro 1: Etapas para construção da Árvore da Realidade Atual
Etapa
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Ação
“Liste de 5 a 10 efeitos indesejáveis relacionados com a situação”.
“Teste a clareza de cada efeito indesejado. O efeito indesejado é uma afirmação clara e concisa?
Esse teste é chamado de ressalva de clareza”.
“Procure alguma relação causal entre quaisquer dos efeitos indesejáveis”.
Determine o que é causa e o que é efeito. “Leia como ‘SE causa, ENTÃO efeito’. Esse teste é
chamado de ressalva de causalidade. Ocasionalmente a causa e o efeito podem ser revertidos”.
“Continue o processo de conexão dos efeitos indesejáveis utilizando a lógica SE-ENTÃO até que
todos os efeitos indesejáveis estejam conectados”.
“Frequentemente, a causalidade é forte para a pessoa que sente o problema, mas parece não existir
para os outros, pois geralmente faltam entidades entre a causa e o efeito”.
“Algumas vezes, a própria causa pode não ser suficiente para criar o efeito”. Se houver outras
causas incluir uma linha horizontal que corta os conectores entre o efeito e as causas.
Algumas vezes, o efeito é causado por muitas causas independentes e devem ser incluídas como
causas adicionais.
“Algumas vezes, um relacionamento SE-ENTÃO parece lógico, mas quando a causalidade não é
apropriada, utilizar palavras como ‘alguns’, ‘poucos’, ‘muitos’, ‘frequentemente’, ‘algumas vezes’
e outros modificadores podem fazer a causalidade se tornar mais forte”.
“A numeração dos efeitos indesejáveis na ARA serve apenas para facilitar a localização destes”.
Fonte: Cox; Spencer (2002, p. 253).
Para que a ARA esteja concisa e correta, é necessário que se façam algumas
consistências, que são utilizadas para validação e nivelamento do entendimento da ARA.
(LACERDA; RODRIGUES; SILVA, 2011). A Figura 1 apresenta as condições necessárias de
consistência de causa-efeito-causa para construção da ARA.
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Figura 1: Relações lógicas de causa-efeito-causa
Fonte: Adaptado de Scheinkopf (1999, p. 32, 33 e 34)
Os problemas principais estão localizados na parte inferior da ARA e devem ser lidos
a partir desses e prosseguindo para cima usando a lógica “se… então”. (TAYLOR; NAYAK,
2012). A Figura 2 demonstra a estrutura de uma ARA.
Figura 2: Árvore da Realidade Atual
Fonte: Adaptado de Cox e Shleier (2013, p. 774).
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A resolução de problemas em SMC, com base nas ferramentas tradicionais de gestão
de manutenção, acaba sendo insuficiente em função da complexidade dos SMC. (NI; JIN,
2012). Nesse sentido, o gerenciamento das restrições de SMC pode ser melhor explorado por
meio do Processo de Pensamento da TOC. (TALYULI, 2013).
4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Foram consultadas as bases de dados Academic Search Complete, Business Source
Complete, Academic Search Premier, Academic Search Elite, Educational Administration
Abstracts e Google Acadêmico, do período de 2010 a 2015, buscando publicações
relacionadas ao tema SMC em IES. Foram cruzadas as palavras-chaves maintenance,
facility(ies), maintenance management, facility management, building repair, building
maintenance e infrastructure maintenance com university(ies), college(s), campus(es) e
higher education, inclusive com os mesmos termos também em português. A busca retornou
77 publicações, das quais 28 foram consideradas alinhadas com o tema deste estudo.
As publicações foram analisadas através de análise de conteúdo. Para Bardin (1977),
essa técnica analisa os dados visando obter, através de procedimentos sistemáticos, o
conteúdo das informações. Os resultados das análises foram categorizados, de forma a
contribuir no processo de avaliação das informações, fundamentando a definição do
problema. (MORAES, 1999). A partir dessa pesquisa surgiram as seguintes categorias:
estratégia dos SMC nas IES, custeio dos SMC, gestão dos SMC e relação e resultado dos
SMC com os alunos.
Os efeitos indesejados, encontrados na revisão da literatura, foram distribuídos nas
categorias mencionadas. Após, foram submetidos à avaliação de consistência das relações
entre si com base na relação lógica “se… então”. Em seguida, os efeitos indesejados foram
estruturados em ARAs para cada categoria. Finalmente, foi possível estruturar uma única
ARA com todos os efeitos indesejados de todas as categorias.
5 RESULTADOS
A partir da revisão da literatura sobre SMC em IES, foram identificados os problemas,
ou efeitos indesejados, que podem afetar o desempenho dos serviços, bem como as
consequências desses. Os efeitos indesejados foram organizados e separados nas respectivas
categorias. O Quadro 2 apresenta as categorias, código (para orientação na ARA), os efeitos
indesejados e os respectivos autores.
Quadro 2: Efeitos indesejáveis em SMC das IES
Categoria
Código
Efeito indesejado
Autores
1
Mudanças constantes de necessidades
Beckers; Voordt; Dewulf (2015)
2
Uso elevado dos recursos de SCM disponíveis
Odediran; Gbadegesin; Babalola
(2015)
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3
Falha de planejamento das EI
Beckers; Voordt; Dewulf (2015)
4
Cox; Shleier (2013)
Olanrejawu; Khamidi; Idrus
(2011)
Bisaso (2010)
Yau (2012)
Yau (2012)
Reginato; Guerreiro (2011)
Rossi Filho et al. (2012)
16
17
Ocorrem demandas não planejadas
O SMC é uma das atividades mais negligenciadas em
IES
IES é resistente às melhorias em SMC
O setor de SMC está sobrecarregado
Não há consenso de priorização de SMC
Dificuldade de interação entre os setores da IES
Falta visão como um todo da IES
Falta integração entre demanda e capacidade dos
SMC
Falta de orientações políticas para desenvolvimento
das EI
Falta estabelecer os propósitos dos SMC
Crescimento físico e econômico da IES não é
equivalente aos SMC
Dificuldade de priorização de SMC que agregam
valor acadêmico
Decisões de investimentos em SMC são complexas
SMC estão com custos elevados
18
Disputa por orçamento entre setores da IES
19
Investir em SMC não é prioridade para a IES
20
Alocação de recursos não é adequada
21
Os SMC acabam ficando com sobras de orçamentos
22
23
Apenas SMC de baixo custo são executados
Alocação de recursos é arbitrária ou não planejada
24
As EI são afetadas pelo uso e tempo
25
Dificuldade para obter SMC ágil, de qualidade e
baixo custo
Karamazaly et al. (2013)
26
Não há tempo hábil para gerir os SMC
Olanrejawu; Khamidi; Idrus
(2010)
Estratégia dos SMC nas IES
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
Gestão dos SMC
Custeio dos SMC
15
27
28
29
30
31
32
33
SMC ineficiente reduz a durabilidade e desempenho
das EI
A velocidade de execução dos SMC é lenta
A qualidade dos SMC é insuficiente
Os SMC não são entregues de forma adequada
As IES também sofrem deterioração e obsolescência
Apenas velocidade acaba prejudicando a qualidade
dos SMC
Os SMC são naturalmente complexos
9/16
Bisaso (2010)
Odediran; Gbadegesin; Babalola
(2015)
Lawton; Ivanov (2014)
Den Heijer (2012)
Lawton; Ivanov (2014)
Vidalakis; Sun; Papa (2013)
Li; Guo (2012)
Kamarazaly; Mbachu; Phipps
(2013)
Den Heijer (2012)
Kamarazaly; Mbachu; Phipps
(2013)
Del-Palacio; Sole; Berbegal
(2011)
Lawton; Ivanov (2014)
Reis; Costa; Teixeira (2013)
Olanrejawu; Khamidi; Idrus
(2010)
Lai (2010)
Assaf et al. (2011)
Assaf et al. (2011)
Sawyerr; Yusof (2013)
Li; Guo (2012)
Talyuli (2013)
Ni; Jin (2012)
ANAIS
35
36
37
Os gestores de SMC desconhecem as necessidades
das EI
SMC corretivos são predominantes nas IES
Falta habilidade técnica para execução dos SMC
Processos ineficientes de SMC
38
Há dificuldade para realizar o planejamento do SMC
39
Há um aumento da expectativa dos usuários
40
Exigência de melhoria dos serviços e estruturas
Odediran; Gbadegesin; Babalola
(2015)
Bisaso (2010)
Isa; Usmen (2015)
Isa; Usmen (2015)
Odediran; Gbadegesin; Babalola
(2015)
Kamarazaly; Mbachu; Phipps
(2013)
Isa; Usmen (2015)
41
EI afetam as escolhas dos alunos pela IES
Alcaraz; Morales (2012)
42
EI e SMC ineficientes não retêm alunos
Kärnä; Julin (2015)
43
Aumento da vulnerabilidade da IES
Thekdji; Lambert (2014)
44
SMC ineficiente reduz a satisfação dos alunos
Lai (2010)
45
A falta de SMC prejudica as atividades acadêmicas
Baixo desempenho dos SMC prejudica as atividades
da IES
SMC ineficaz torna a IES menos competitiva no
mercado
Fonte: Dados da pesquisa.
Isa; Usmen (2015)
Relação e resultado dos SMC com
os alunos
34
46
47
Isa; Usmen (2015)
Ni; Jin (2012)
A partir da análise, constata-se que algumas das causas principais dos efeitos
indesejados são: (9) dificuldade de interação entre os setores da IES, (5) SMC é uma das
atividades mais negligenciadas em IES e (36) falta habilidade técnica para execução dos
SMC. Como resultados principais desses: (29) a qualidade dos SMC é insuficiente, (16)
decisões de investimentos em SMC são complexas, (42) EI e SMC ineficientes não retêm
alunos e (43) aumento da vulnerabilidade da IES.
5.1 Árvore da Realidade Atual dos SMC em IES
A partir da lógica “se... então”, a ARA foi construída da parte inferior para a parte
superior, onde constam em extremidades opostas as causas principais (base) e os efeitos
indesejados principais (topo). A Figura 2 apresenta a ARA.
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Figura 2: ARA dos SMC em IES
Fonte: Dados da pesquisa.
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Quando observados os problemas de SMC em IES no capítulo da revisão da literatura,
ou mesmo, quando já categorizados neste capítulo, ainda não eram claras as relações causaefeito-causa que poderiam haver entre os problemas e as diferentes categorias. Fica explícito
com a ARA o quanto o entendimento integral do contexto problemático é importante para a
resolução dos problemas com efetividade. A compreensão do que vem antes do problema
estudado (causa), bem como quais outros possíveis problemas que são desencadeados a partir
desse (efeito), torna-se fundamental para solução definitiva.
Se, por exemplo, fossem aplicadas soluções para resolver o problema de (38)
dificuldade para realizar o planejamento dos SMC, sem considerar os outros problemas que o
geram (causas), não traria uma solução definitiva.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O objetivo desta pesquisa foi identificar as principais dificuldades que afetam a
performance dos serviços de manutenção e conservação (SMC) nas Instituições de Ensino
Superior (IES). Foi possível verificar que, apesar dos problemas serem apresentados em
diferentes contextos e autores da literatura, há conexões desses problemas entre si. Os
problemas dão suporte um ao outro, o que gera uma extensa estrutura problemática dos SMC,
com resultados (efeitos indesejados) prejudiciais às IES. A contribuição do estudo é
justamente apresentar de maneira estruturada os problemas de gestão dos SMC que, por
muitas vezes, são negligenciados, apesar de serem fundamentais para a existência das IES.
Além disso, o estudo esclarece que as ações isoladas para resolução de problemas
pontuais podem ser falhas ou pouco eficientes, quando não visualizadas todas as outras
dificuldades que podem vir antes ou depois do problema que se busca solucionar. Por isso,
antes de tomar providências isoladas para a solução de problemas, é importante compreender
todo o contexto em que pode estar envolvido e, assim, dedicar-se em problemas centrais.
Segundo Alvarez (1996), é necessário conhecer mais profundamente as dificuldades propondo
ações específicas para cada caso.
Torna-se relevante que as IES conheçam suas dificuldades buscando um equilíbrio
entre demanda e capacidade dos SMC, a fim de garantir o atendimento das necessidades dos
alunos e das estruturas e instalações (EI). Kamarazaly, Mbachu e Phipps (2013) defendem que
as IES devem tomar medidas para que os SMC tenham um papel relevante junto às estratégias
corporativas.
Este estudo está delimitado ao levantamento dos problemas (efeitos indesejados) de
serviços de manutenção e conservação em instituições de ensino superior encontrados na
literatura e as relações entre si. Para avanço em futuros estudos é relevante buscar outros
efeitos indesejados que reforçam ou caracterizam ainda mais as relações dos efeitos
indesejados apresentados neste estudo. Além disso, recomenda-se o uso das demais
ferramentas do Processo de Pensamento da TOC, além da ARA, para propor resolução dos
problemas apresentados.
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REFERÊNCIAS
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