Documento ADG - Attacker Defender Goalkeeper

Transcrição

Documento ADG - Attacker Defender Goalkeeper
ADG
ATACANTE DEFENSOR GOLEIRO
Uma Nova Alternativa à Disputa de Pênaltis
“... Eu gostaria de agradecê-lo não só por entrar em
contato com a FIFA mas também pela introdução
do intrigante conceito do ADG e pelo seu trabalho
concluído até hoje. O pacote de informações que
você enviou foi detalhado, bem formulado e
apresentado com um alto padrão.”
Marius Schneider
Ex-Chefe de Serviço de Gestão de Conteúdo da FIFA
“... muito detalhado... fortes argumentos ... pesquisa
compreensível... um texto excelente. Você é obviamente
alguém com grande amor pelo futebol e isto é
refletido em seu texto sobre o ADG.”
George Cumming
Ex-Chefe de Arbitrágem da FIFA
“… é sem dúvida muito bem pensado.”
Jérôme Valcke
Ex Secretário Geral da FIFA
23 abril 2016
Atacante Defensor Goleiro © Timothy Farrell 2008-2016
ÍNDICE
2. Introdução
3. Vantagens
4. Regras
6. Explicação das regras
8. Interpretação e implementação
9. Faltas, conduta antidesportiva e lesões
10. Hipotética final da Copa do Mundo da FIFA 2006
12. Hipotética final da UEFA Champions League 2008
14. Hipotética final da Copa do Mundo feminino da FIFA 2011
16. Hipotética semi-final da UEFA Champions League 2012
18. Hipotética semi-final da Copa do Mundo da FIFA 2014
20. Pergunta e resposta
27. Fatos e curiosidades
28. Registro de pênaltis da Copa do Mundo da FIFA
29. Frases famosas
31. Apêndice: Árbitros assistentes adicionais
32. Referências
INTRODUÇÃO
Atacante Defensor Goleiro (ADG) é uma nova e excitante alternativa à disputa
de pênaltis.* O ADG inclui uma série de dez disputas em que um atacante
tem trinta segundos para marcar um gol contra um defensor e um goleiro. Na
conclusão de dez disputas, o time com mais gols vence a partida. Você pode ler
uma breve explicação sobre o ADG na página 21.
A data 5 de agosto de 2010 marcou o quadragésimo aniversário da disputa de
pênaltis e se esta um dia já teve um lugar no jogo maravilhoso, ela definitivamente
chegou ao fim. Nenhum outro aspecto do futebol é tão desprezado universalmente
por jogadores, técnicos e torcedores. Vamos garantir que não se passem mais
quarenta anos antes que esta praga sobre o maravilhoso esporte seja erradicada.
ADG tem seis vantagens básicas sobre os pênaltis.
1.
Todos os jogadores participam
2.
Mostra habilidade e atletismo
3.
Disputa de natureza positiva
4.
Estratégia é vital
5.
Encoraja o jogo atacando
6.
Encoraja o fair-play
Quatro jogos da Copa do Mundo da FIFA de 2014 foram decididos em disputas
de pênaltis, o maior número da história da Copa do Mundo. A semifinal entre
a Holanda e a Argentina foi uma decepção com as duas equipes aparentemente
felizes com o jogo sendo decidido pelos pênaltis. E com tudo o que está em jogo
no futebol moderno, é inevitável que mais e mais jogos de destaque também
terminem em empates decepcionantes.
A disputa de pênaltis também é uma forma inerentemente injusta de desempate
com a equipe que chuta primeiro tendo uma chance de vencer superior a 60%.3
Surpreendentemente, nove disputas de pênaltis consecutivas foram vencidas
pelo time que chutou primeiro na Copa do Mundo da FIFA durante um período
entre Coréia/Japão 2002 e Brasil 2014. Veja a tabela de dados na página 28.
ADG é sobre a promoção e preservação da beleza do jogo. E o que seria melhor
para o jogo – um jogador cobrando um pênalti para vencer uma grande
competição, ou o mesmo jogador a toda velocidade, driblando o adversário
e curvando a bola para dentro da rede? Mas o ADG não é somente sobre os
atacantes, ele também dá aos defensores e goleiros uma oportunidade igual de
brilharem.
A beleza do ADG é a combinação da habilidade e atletismo do futebol moderno
com o drama e a tensão inerentes da disputa de pênaltis. E o mais importante,
o ADG providenciará a plataforma competitiva ideal para o time de futebol
superior clamar a vitória.
* Apesar de tiros desde o ponto penal ser o nome oficial, este documento utilizará a expressão mais
comum – disputa de pênaltis. E pênaltis serão usados para resumir.
2
VANTAGENS
1.
Diferente dos pênaltis, que exigem somente cinco jogadores de cada
time, todos os jogadores do time competirão no ADG.
2.
As grandes habilidades e o atletismo dos jogadores demonstrados no
tempo regulamentar# também serão exibidos no ADG. E com certeza a
habilidade e atletismo determinarão o vencedor da partida.
3.
Enquanto gols perdidos costumam ser o fator principal no resultado de
uma disputa de pênaltis, serão os gols em si que decidirão o ADG. Esta
distinção é crucial, pois ela troca uma disputa de natureza negativa por
uma disputa de natureza positiva. Sepp Blatter se referiu a isso quando ele
descreveu a disputa de pênaltis como “uma tragédia.” 2 Onde os pênaltis
criam vítimas e vilões, o ADG cria heróis.
4.
A estratégia terá um papel vital. O técnico não apenas será responsável
por designar os cinco atacantes do time, mas também terá que prever
quem serão os atacantes escolhidos pelo time adversário. O técnico então
instruirá seus cinco defensores contra quem eles terão que defender. Isto
proporciona uma grande oportunidade para um técnico utilizar seu
intelecto e conhecimento para influenciar o resultado do jogo. Compare
isto com a “loteria” dos pênaltis, onde o envolvimento do técnico se limita
à perguntar aos jogadores se eles estão dispostos à tentar o chute.
5.
Os times serão desencorajados a substituir atacantes criativos durante o
tempo regulamentar, pois suas habilidades serão essenciais se a partida
entrar no ADG. Isto aumenta a probabilidade de que o gol da vitória e a
conclusão da partida ocorram no tempo regulamentar. Veja o exemplo
na página 21.
O ADG também evita a possibilidade de os times joguem totalmente
na defensiva, na esperança de vencer a partida nos pênaltis. Isto é
especialmente provável quando um time tem um jogador expulso e é
frequentemente chamado de “jogar pelos pênaltis.”
E embora a probabilidade de receber cartões amarelos e vermelhos
durante as disputas de pênaltis é mínima, estes instantes serão
inquestionavelmente mais prováveis durante o ADG. Isto oferecerá um
incentivo adicional para os times tentarem vencer o jogo durante o tempo
regulamentar.
6.
Times que receberam cartões vermelhos e amarelos no tempo
regulamentar estarão em desvantagem durante o ADG. Isto torna o jogo
mais justo para os times que jogam de acordo com as regras e o espírito
do jogo. Veja um exemplo da Copa do Mundo 2010 na página 21.
O ADG é preferível a alternativas como tempo extra infinito ou a remoção
intermitente de jogadores, já que as duas alternativas apresentam um potencial
maior para partidas excessivamente longas e contusões. E diferente das
alternativas acima, o ADG não sacrifica a tensão e drama inerentes das disputas
por pênaltis. Você pode ler mais sobre isto na página 23.
# O termo tempo regulamentar se refere ao período padrão de noventa minutos e também irá incluir
a prorrogação de trinta minutos quando estiver incluído nas regras da competição.
3
REGRAS
1. O árbitro escolhe a metade do campo em que as disputas ocorrerão.
2. O árbitro tira Cara ou Coroa e o time vencedor decide se ataca ou defende na primeira
disputa.
3. O árbitro se comunica com cada equipe e registra quem serão os cinco atacantes, assim
como a ordem em que eles competirão.
4. Somente jogadores elegíveis e a arbitragem poderão permanecer no campo.
5. Com exceção do atacante, do defensor e dos dois goleiros, todos os jogadores devem
permanecer dentro da área penal que está fora de jogo, e serão supervisionados por um
árbitro assistente ou um árbitro assistente adicional.
6. O goleiro do time atacante deve manter uma distância segura atrás do árbitro assistente ou
do árbitro assistente adicional posicionado atrás da linha do gol.
7. Quando a identidade do atacante do time adversário for revelada, o time encarregado da
defesa deve colocar um defensor em campo.
8. Somente metade do campo estará em jogo.
9. O atacante do tiro de saÌda, com trinta segundos para tentar marcar um gol contra o
defensor e o goleiro do time adversrio.
10. O atacante pode tocar na bola um número infinito de vezes.
11. Se um gol for marcado, a disputa termina.
12. Se a bola sair do campo, a disputa termina.
13. Se o goleiro tomar a posse da bola, a disputa termina.
14. Se a bola ainda estiver em jogo quando trinta segundos se passarem, a disputa termina.
15. Se o atacante cometer falta, a disputa termina.
16. Se o defensor ou o goleiro cometer uma falta a qualquer momento no campo, um pênalti é
concedido ao atacante e o período de trinta segundos é ignorado pelo restante da disputa.
17. Se, antes do pênalti ser cobrado, o atacante violar as regras de jogo, o árbitro permite o
chute e se a bola não entrar no gol, a disputa termina.
18. Se, antes do pênalti ser cobrado, o atacante fizer contato com a bola (com qualquer parte
do corpo) antes que ela toque outro jogador, a disputa termina.
19. O árbitro mantém um registro das disputas.
20. Sujeitos às condições explicadas abaixo, os times revezam os papeis de time atacante e time
defensor por um total de dez disputas.
21. Se, antes da conclusão das dez disputas, um time marcar mais gols do que seria possível
para o adversário, mesmo que as disputas restantes não tenham sido concluídas, não
haverão mais disputas.
4
22. Com exceção do goleiro, um jogador não deve competir em uma nova disputa até que
todos os jogadores elegíveis de ambos os times tenham participado em uma disputa.
23. Cada time tem direito a duas substituições adicionais.
24. Se um time não puder colocar o atacante escolhido ou um substituto elegível em campo, o
time entrega a disputa.
25. A menos que seja dito o contrário e com exceção da regra de expulsão – “acabar com
uma oportunidade clara de gol de um adversário, que se movimenta em direção à meta
adversária, mediante uma infração punível com um tiro livre ou penal”, as Regras do Jogo
e as decisões da International Football Association Board (IFAB) ainda se aplicam.
26. Se, na conclusão das dez disputas, os dois times marcarem o mesmo número de gols, ou
não marcarem nenhum gol, as disputas continuarão com a mesma sequência de jogadores,
até que um time marque um gol a mais do que o outro em um número igual de disputas.
Árbitro assistente
Outros jogadores
Árbitro
Atacante
Defensor
Goleiro
Árbitro assistente
Goleiro da equipe atacante
Posições Iniciais do Jogador e do Árbitro
5
EXPLICAÇÃO DAS REGRAS
A Regra 1 é clara e similar à regra do
tiros desde o ponto penal, que exige que
o árbitro escolha o gol onde o lance será
cobrado.
A Regra 2 é clara e similar à regra do tiros
desde o ponto penal, em que o time que
vence o Cara ou Coroa pode escolher dar
o tiro de saída ou não.
A Regra 3 funciona em conjunto com a
Regra 24 e exige que cada time escolha
cinco atacantes com o árbitro antes do
início do ADG. Se um time perder um
ou mais jogadores durante o tempo
regulamentar, esta regra ajuda a garantir
que o time possa colocar um atacante em
campo nas cinco disputas.
A Regra 7 descreve que a decisão de
colocar um defensor específico em campo
deve ser feita somente quando o atacante
adversário for revelado.
A Regra 4 é similar à regra do tiros desde
o ponto penal, permitindo somente
aos jogadores elegíveis e a arbitragem
permanecer em campo.
A Regra 8 estabelece que somente metade
do campo estará em jogo. O perímetro é
definido pela linha do gol, as duas linhas
laterais e a linha central.
A Regra 5 é similar à regra do tiros desde
o ponto penal, que exige que os jogadores
que não estão competindo no momento
permaneçam no círculo central. Um árbitro
assistente ou árbitro assistente adicional
será responsável por supervisionar esses
jogadores.
A Regra 9 estabelece um período de trinta
segundos para uma disputa. A regra é
incluída para atenuar a possibilidade de
um impasse entre o atacante e o defensor.
O período de trinta segundos adiciona
um senso de urgência mas também
oferece tempo suficiente para disputas
imprevisíveis e empolgantes.
A Regra 6 é similar à regra do tiros desde
o ponto penal, que encarrega a posição de
goleiro ao companheiro do jogador atual.
A Regra 10 é incluída para evitar a regra
do Início e reinício de jogo que estabelece
que “o executante do pontapé de saída
não pode tocar a bola uma segunda vez
antes que esta tenha sido tocada por outro
jogador.”
A Regra 11 é clara.
A Regra 12 estabelece que uma disputa
terminará se a bola sair do campo. Se
a competição está utilizando árbitros
assistentes adicionais (AAAs), os árbitros
assistentes acompanharão o jogo pelas
linhas laterais. Isso será de grande ajuda
para as decisões ao árbitro e também para
determinar se a bola está dentro ou fora de
jogo.
6
A Regra 13 é clara.
A Regra 14 é clara.
A Regra 15 é clara e um exemplo é um
atacante que perde a posse da bola e em
sua tentativa de recuperá-la, comete falta
contra o defensor.
A Regra 16 concede um pênalti quando o
time defensor cometer uma falta. Como o
tempo de trinta segundos é ignorado pelo
restante da disputa, a disputa terminará
quando um destes casos ocorrer: (a) um
gol é marcado, (b) o goleiro toma posse da
bola, (c) a bola sai do campo, (d) o atacante
comete falta ou comete uma violação
definida pela Regra 17 ou pela Regra 18.
A Regra 17 é similar à regra do tiro penal,
que concede um tiro livre indireto para o
time adversário se uma falta for cometida
pelo jogador que cobra o pênalti e a bola
não entra no gol.
desde o ponto penal, em que cada lance é
cobrado por um jogador diferente e todos
os jogadores devem tentar um tiro antes
que qualquer jogador tenha direito a uma
segunda tentativa.
A Regra 18 adapta duas das regras do tiro
penal em uma única regra. Enquanto as
regras para cobranças de pênaltis fazem
distinção entre tocar novamente na bola
com as mãos e tocar na bola com qualquer
outra parte do corpo, a Regra 18 não tem
essa distinção e em ambos os casos, a
disputa termina.
A Regra 23 concede à cada time o direito
a duas substituições e foi estabelecida
para ajudar times que sofrem lesões. Mais
informações podem ser vistas na seção de
perguntas e respostas.
A Regra 24 estabelece que se um time
não puder colocar seu atacante escolhido
em campo (ex: o jogador foi expulso ou
ferido e não é possível fazer uma nova
substituição), o time entrega aquela
disputa.
A Regra 19 exige que o árbitro mantenha
um registro das disputas. Embora o
árbitro já tenha registrado os atacantes, ele
também irá registrar o seguinte em cada
disputa: quem são os defensores, se uma
disputa terminou em um gol ou não, e o
placar geral.
A Regra 25 é similar à regra do tiros desde
o ponto penal, que exige a aplicação das
regras de jogo e as decisões da IFAB.
A única exceção é a regra “acabar com
uma oportunidade clara de gol”. Com
somente três jogadores em campo, “uma
oportunidade clara de gol” com certeza
será um evento frequente e portanto deve
ser ignorada.
A Regra 20 é parecida com a regra do é
similar à regra do tiros desde o ponto
penal, que exige que cinco lances sejam
cobrados alternativamente. Os times
revezam os papeis de atacante e defensor
em um total de dez disputas.
A Regra 26 é similar à regra do tiros
desde o ponto penal, que descrevem o
procedimento de morte súbita se o placar
continuar empatado após dez tiros. O
atacante e o defensor da primeira disputa
competirão agora na primeira disputa de
morte súbita.
A Regra 21 é clara e similar à regra do tiros
desde o ponto penal, onde o jogo acaba
se um time conseguir uma vantagem
inalcançável.
A Regra 22 é clara e similar à regra do tiros
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INTERPRETAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO
TA metade do campo em que o ADG ocorre
pode ser trocada somente se o gol ou a
superfície de campo se tornar inutilizável.
Se no começo do ADG, um time tiver mais
jogadores em campo do que o outro, a
vantagem será mantida.
Cada time é responsável por selecionar seus
jogadores e a ordem na qual eles competirão.
Qualquer benefício acumulado pelos times
durante a partida, incluindo acréscimos
quando apropriado, será mantido no ADG.
Um atacante competirá somente na disputa
para a qual foi designado e não poderá jogar
como defensor em nenhum momento.
Um goleiro só pode competir como um
goleiro, sendo inelegível como atacante ou
defensor.
Se um time não puder colocar um defensor
em campo para uma disputa, a disputa será
de um contra um entre o atacante e o goleiro.
Com exceção do goleiro, um jogador só pode
ser substituído por um jogador substituto e
não pode ser substituído por outro jogador
em campo.
Se um time ainda não fez todas as
substituições permitidas, elas podem ser
feitas além das duas substituições permitidas
pelo ADG.
O árbitro não deve abandonar a partida
se um time for reduzido à menos de sete
jogadores durante o ADG.
Se ocorrer um incidente que normalmente
exige o reinício do jogo com a bola ao chão,
a disputa deve recomeçar.
Se um jogador sofrer uma lesão antes do
fim da disputa, o jogador tem direito à
atendimento médico em campo.
Se um jogador ferido estiver em tratamento
no campo e seu time ainda puder fazer
substituições, então no interesse de não
atrasar a partida, o árbitro deve estabelecer
um limite de tempo para o tratamento.
8
FALTAS, CONDUTA ANTIDESPORTIVA E LESÕES
As regras da International Football Association Board (IFAB) para infrações serão aplicadas durante
o ADG. Com exceção da regra – “acabar com uma oportunidade clara de gol de um adversário,
que se movimenta em direção à meta adversária, mediante uma infração punível com um tiro
livre ou penal”, as regras da IFAB sobre infrações puníveis com expulsão se aplicam. Como uma
oportunidade clara de gol será um evento recente, a regra acima deve ser ignorada. Nós usaremos a
final da Copa do Mundo de 2006 em um cenário ADG hipotético para fornecer exemplos de faltas,
conducta antidesportiva lesões.
Durante a primeira disputa do ADG, o
defensor francês Sagnol comete falta contra
o atacante italiano Del Piero e a infração é
considerada temerária o bastante para ser
punida com um cartão amarelo. Como é
o segundo cartão amarelo de Sagnol, ele é
expulso do campo e não participa mais do
jogo. Se o ADG entrar em morte súbita, a
primeira disputa fará Del Piero jogar mano
a mano contra Barthez.
que os franceses já utilizaram todas as suas
substituições, neste caso eles devem escolher
um jogador em campo como seu goleiro.
Por exemplo, neste exemplo hipotético, os
franceses muito provavelmente substituirão
o defensor atual Gallas com um goleiro
substituto. Ou se não houverem mais
substituições disponíveis, escolherão Gallas
como o goleiro. Isto permitirá que a equipe
francesa participe no número máximo de
disputas, antes de sofrer uma desvantagem
ainda maior com a expulsão de Barthez.
Durante a primeira disputa do ADG, Sagnol
comete falta contra Del Piero. Del Piero
sofreu uma lesão e é atendido em campo. De
acordo com a Regra 23, os italianos podem
utilizar uma de suas substituições adicionais.
O substituto então cobrará o pênalti. Assim
que a substituição for feita, Del Piero não
poderá mais participar do jogo.
Durante a primeira disputa, o goleiro francês
Barthez é ferido e precisa se retirar de campo.
De acordo com a Regra 23, os franceses
podem utilizar uma de suas substituições
adicionais para colocar um goleiro substituto
em campo.
Durante o primeiro ADG, o atacante Del
Piero comete falta contra o defensor Sagnol
e a infração foi considerada força excessiva.
Del Piero é expulso e não participa mais
do jogo. Se o ADG entrar em morte súbita,
então de acordo com a Regra 24, a primeira
disputa de morte súbita será perdida pela
Itália, já que eles não poderão colocar seu
atacante designado em campo.
Durante a quinta disputa do ADG, o
goleiro francês Barthez comete falta
contra o atacante italiano Pirlo. A falta foi
considerada força excessiva e Barthez é
expulso. De acordo com as regras da IFAB,
um jogador de linha pode ser substituído
por um goleiro substituto. A menos, claro,
9
HIPOTÉTICA FINAL COPA DO MUNDO FIFA 2006
Vamos examinar ADG com a Final da Copa do Mundo de 2006 como um exemplo hipotético.
Os italianos têm onze jogadores e os franceses têm dez devido ao cartão vermelho de Zidane.
Os italianos têm Zambrotta com cartão amarelo, enquanto os franceses têm Makelele, Malouda
e Sagnol todos com cartões amarelos. As duas equipes receberam duas substituições adicionais.
Os italianos vencem no cara ou coroa e escolhem atacar na primeira disputa.
1
Buffon (G)
16
Barthez (G)
3
Grosso
3
Abidal
4
De Rossi
5
Gallas
5
Cannavaro
6
Makelele
7
Del Piero
7
Malouda
8
Gattuso
11
Wiltord
9
Toni
15
Thuram
15
Iaquinta
18
Diarra
19
Zambrotta
19
Sagnol
21
Pirlo
20
Trezeguet
23
Materazzi
A França escolhe Malouda como atacante e
a Itália escolhe Zambrotta como defensor.
Malouda sofre uma falta em uma disputa
acirrada e Zambrotta recebe seu segundo
cartão amarelo, sendo expulso do campo.
Malouda converte o pênalti.
A Itália escolhe Del Piero como seu
primeiro atacante. Ao ver a escolha de
Del Piero, os franceses escolhem Sagnol
como seu defensor. Barthez é o goleiro.
Os três jogadores assumem suas posições.
O árbitro apita e o relógio do estádio faz
a contagem de trinta segundos. Del Piero
dribla a bola em torno de Sagnol e dá um
poderoso chute. Gol!
A França escolhe Makalele como o seu
atacante, e a Itália escolhe Grosso como
seu defensor. Buffon é o goleiro. O árbitro
apita e o relógio do estádio faz a contagem
de trinta segundos. Grosso brilhantemente
toma a bola de Makalele e a chuta para fora
da lateral.
A Itália escolhe De Rossi como atacante e a
França escolhe Thuram como seu defensor.
De Rossi passa por Thuram e chuta a
distância. Barthez defende.
10
Os franceses precisam marcar para que a
partida entre em ADG de Morte Súbita.
A França terá Trezequet como atacante
enquanto a Itália terá Cannavaro como
defensor. Cannavaro faz uma investida
soberba em Trezequet e chuta a bola para
fora da lateral. A Itália vence a Copa do
Mundo de 2006!
A Itália escolhe Pirlo como atacante e
a França escolhe Gallas como defensor.
Gallas rouba a bola de Pirlo e a chuta além
da linha central.
A França escolhe Diarra como atacante e
a Itália escolhe Gattuso como defensor.
Diarra dribla a bola em torno de Gattuso e
chuta. Buffon defende.
A Itália escolhe Iaqunita como atacante e
a França opta por não usar um defensor.
Lembre-se de que os franceses perderam
um jogador devido ao cartão vermelho de
Zidane. Iaquinta dribla para dentro da área
do pênalti, finta Barthez com seu jogo de
pés e chuta a bola na rede.
A França escolhe Wiltord como atacante e
a Itália escolhe Materazzi como defensor.
Wiltord manages to get past Materazzi, but
his long range shot misses the goal.
A Itália escolhe Toni como atacante e a
França escolhe Abidal como defensor. Toni
hops past Abidal and gets a powerful shot
away. Barthez makes a diving save.
#
ATACANTE
DEFENSOR
RESULTADO
PLACAR ADG
1
Del Piero
Sagnol
Gol
Itália 1 França 0
2
Makelele
Grosso
-
Itália 1 França 0
3
De Rossi
Thuram
-
Itália 1 França 0
4
Malouda
Zambrotta
Gol
Itália 1 França 1
5
Pirlo
Gallas
-
Itália 1 França 1
6
Diarra
Gattuso
-
Itália 1 França 1
7
Iaquinta
-
Gol
Itália 2 França 1
8
Wiltord
Materazzi
-
Itália 2 França 1
9
Toni
Abidal
-
Itália 2 França 1
10
Trezeguet
Cannavaro
-
Itália 2 França 1
11
HIPOTÉTICA FINAL UEFA CHAMPIONS LEAGUE 2008
Vamos examinar o ADG com a Final da UEFA Champions League 2008 como um exemplo
hipotético. A Manchester United tem onze jogadores e a Chelsea tem dez devido ao cartão
vermelho de Drogba. A Manchester United tem Ferdinand, Vidić and Tévez com cartões
amarelos. Da mesma forma, a Chelsea tem Essien, Carvalho and Ballack com cartões amarelos.
As duas equipes receberam duas substituições adicionais. A Manchester United vence no cara
ou coroa e escolhe atacar na primeira disputa.
1
Van der Sar (G)
1
Čech (G)
3
Evra
3
A. Cole
4
Hargreaves
5
Essein
5
Ferdinand
6
Carvalho
7
Ronaldo
8
Lampard
8
Anderson
13
Ballack
11
Giggs
21
Kalou
15
Vidić
26
Terry
16
Carrick
35
Belletti
17
Nani
39
Anelka
32
Tévez
O Manchester United escolhe Ronaldo
como atacante, e o Chelsea escolhe Terry
como defensor. Čech é o goleiro. Os três
jogadores assumem posições. Ronaldo
finta Terry com um jogo de pés sublime.
Ele rapidamente dribla na direção do gol e
executa um chute trovejante. Gol!
O Chelsea escolhe Kalou como atacante e
o Manchester United escolhe Vidić como
defensor. Kalou passa por Vidić e chuta a
distância. Van der Sar faz uma ótima defesa
para negar o gol.
O Chelsea escolhe Ballack como atacante
e o Manchester United escolhe Ferdinand
como defensor. Van der Sar é o goleiro.
Ballack skips past Ferdinand and bends the
ball towards goal, but Van der Sar makes a
spectacular save.
O Manchester United escolhe Tévez como
atacante e o Chelsea escolhe Cole como
defensor. Cole dá um carrinho fantástico
em Tévez e chuta a bola para fora da lateral.
12
O Manchester United escolhe Nani como
atacante e o Chelsea escolhe Carvalho
como defensor. Nani ultrapassa Carvalho
quando recebe um carrinho por trás.
Carvalho recebe o seu segundo cartão
amarelo na partida e é expulso do campo.
Nani sofreu uma lesão e é socorrido do
campo. O Manchester United utiliza uma
das suas duas substituições adicionais
para colocar Fletcher em campo. Fletcher
converte o pênalti.
O Chelsea escolhe Essien como atacante e o
Manchester United escolhe Carrick como
defensor. Essien intimida Carrick e dá um chute
poderoso. Outra grande defesa de Van der Sar.
O Manchester United escolhe Giggs como
atacante e o Chelsea opta por não usar um
defensor. Lembre-se de que o Chelsea tem
um jogador a menos por causa do cartão
vermelho de Drogba. Giggs rapidamente
dribla o seu caminho para a área do pênalti
e chuta. Čech encosta a ponta do dedo na
bola, o que basta para empurrá-la acima do
travessão.
O Chelsea escolhe Lampard como atacante
e o Manchester United escolhe Anderson
como seu defensor. Lampard has to score
or United will be champions. Anderson
se atraca com Lampard antes de dar um
incrível carrinho e chutar a bola no outro
lado da linha central. O Manchester United
vence a UEFA Champions League 2008!
#
ATACANTE
DEFENSOR
RESULTADO
PLACAR ADG
1
Ronaldo
Terry
Gol
MU 1 Chelsea 0
2
Ballack
Ferdinand
-
MU 1 Chelsea 0
3
Tévez
A. Cole
-
MU 1 Chelsea 0
4
Kalou
Vidić
-
MU 1 Chelsea 0
5
Nani/Fletcher
Carvalho
Gol
MU 2 Chelsea 0
6
Essein
Carrick
-
MU 2 Chelsea 0
7
Giggs
-
-
MU 2 Chelsea 0
8
Lampard
Anderson
-
MU 2 Chelsea 0
13
HIPOTÉTICA FINAL COPA DO MUNDO FEMININO FIFA 2011
Vamos examinar o ADG com a final da Copa do Mundo de Futebol Feminino de 2011 como um
exemplo hipotético. As americanas têm onze jogadoras e as japonesas tem dez devido ao cartão
vermelho de Iwashimizu. As americanas não receberam advertências, mas entre as japonesas,
Miyama tem um cartão amarelo. As duas equipes ganham duas substituições adicionais e já que
as americanas só fizeram duas substituições no tempo regulamentar, elas têm um total de três
substituições disponíveis. As americanas utilizam uma de suas substituições trocando LePeilbet
por Sauerbrunn. As americanas vencem no Cara ou Coroa e escolhem atacar na primeira disputa.
1
Solo (G)
21
3
Rampone
2
Kinga
4
Sauerbrunn
4
Kumagai
7
Boxx
6
Sakaguchi
9
O’Reilly
8
Miyama
10
Lloyd
9
Kawasumi
11
Krieger
10
Sawa
13
Morgan
15
Sameshima
17
Heath
17
Nagasoto
19
Buehler
20
Iwabuchi
20
Wambach
Os EUA têm Wambach como atacante,
enquanto o Japão escolhe Kumagai como
defensora. Kaihori é a goleira. Wambach se
afasta de sua defensora e entra na área penal
na hora do chute. O tiro é forte demais e a
goleira vê a bola voar por cima da trave.
Kaihori (G)
Japão nomeia Nagasoto como atacante
e os EUA escolhem Sauerbrunn
como defensora. Nagasoto passa por
Sauerbrunn e Solo rapidamente sai de sua
linha. Sauerbrunn attempts to chip the
goalkeeper, but the shot is too high and the
ball sails over the crossbar.
Japão escolhe Kawasumi como atacante
enquanto os EUA nomeiam Buehler como
defensora. Solo é a goleira. Buehler faz uma
investida desajeitada e Kawasumi ganha
um pênalti. A atacante dá um chute sólido
e Solo não consegue impedir o primeiro
gol japonês.
Os EUA colocaram Lloyd como atacante
e o Japão escolhe Kinga como defensora.
Lloyd sofre uma investida imprudente
de Kinga e a atacante ganha um pênalti.
Kaihori guesses correctly and makes a
scintillating save.
Os EUA nomeiam O’Reilly como atacante
e o Japão escolhe Sameshima como
defensora. Sameshima faz uma investida
decisiva na atacante e força a bola para fora
da lateral.
Japão tem Iwabuchi como atacante e os
EUA escolhem Rampone como defensora.
Iwabuchi passa por Rampone e chuta bem
perto da área penal. Solo faz uma defesa
brilhante para negar o gol
14
O Japão vencerá o jogo se marcar ponto nesta
disputa. Como na segunda disputa, o Japão
tem Kawasumi como atacante, enquanto
os EUA tem Buehler como defensora.
Kawasumi está longe de sua defensora e tenta
um tiro a distância. Solo consegue repelir a
bola, mas Kawasumi se aproxima para um
segundo tiro. É um esforço ardent e a bola
voa por cima da goleira e para o fundo da
rede. Gol! O Japão vence a Copa do Mundo
de Futebol Feminino de 2011!
Os EUA tem Heath como atacante e o Japão
optaram por não colocar uma defensora.
Lembrem-se de que os japoneses têm
uma jogadora a menos devido ao cartão
vermelho da Iwashimizu. Heath dribla
para dentro da área penal, finta Kaihori
com agilidade nos pés e calmamente guia
a bola para dentro do gol.
Japão tem Miyama como atacante e os EUA
tem Boxx como defensora. As jogadoras
entram em conflito até que Boxx chuta a
bola para fora do campo.
Os EUA tem Morgan como atacante e o
Japão tem Sawa como defensora. Sawa
toma a bola da atacante e chuta para fora da
lateral.
Japão tem Sakaguchi como atacante e os
EUA tem Krieger como defensora. Krieger
se atrapalha um pouco e Sakaguchi tem
uma rota direta para o gol. Solo sai de sua
linha e consegue tirar a posse da bola antes
que a atacante tente um chute.
Na décima primeira disputa, o ADG entra
em morte subida. Como na primeira
disputa, os EUA tem Wambach como
atacante e o Japão tem Kumagai como
defensora. Uma investida perfeita da
defensora força a bola para fora da lateral.
#
ATACANTE
DEFENSOR
RESULTADO
PLACAR ADG
1
Wambach
Kumagai
-
EUA 0 Japão 0
2
Kawasumi
Buehler
Gol
EUA 0 Japão 1
3
O’Reilly
Sameshima
-
EUA 0 Japão 1
4
Nagasoto
Sauerbrunn
-
EUA 0 Japão 1
5
Lloyd
Kinga
-
EUA 0 Japão 1
6
Iwabuchi
Rampone
-
EUA 0 Japão 1
7
Heath
-
Gol
EUA 1 Japão 1
8
Miyama
Boxx
-
EUA 1 Japão 1
9
Morgan
Sawa
-
EUA 1 Japão 1
10
Sakaguchi
Krieger
-
EUA 1 Japão 1
11
Wambach
Kumagai
-
EUA 1 Japão 1
12
Kawasumi
Buehler
Gol
EUA 1 Japão 2
15
HIPOTÉTICA SEMI-FINAL UEFA CHAMPIONS LEAGUE 2012
Vamos examinar o ADG com uma semi-final da UEFA Champions League 2012 como um
exemplo hipotético. Tanto o Real Madrid como o Bayern München têm onze jogadores.
Madrid recebeu cartões amarelos para Pepe, Granero e Arbeloa. Bayern também recebeu
cartões amarelos para Robben, Alaba, Badstuber e Gustavo. As duas equipes receberam duas
substituições adicionais e como Bayern só utilizou uma substituição no tempo regulamentar,
eles têm um total de quadro substituições disponíveis. Madrid vence no Cara ou Coroa e escolhe
atacar na primeira disputa.
1
Casillas (G)
1
3
Pepe
10
Robben
4
Ramos
17
Boateng
6
Khedira
21
Lahm
7
Ronaldo
25
Müller
8
Kaká
27
Alaba
11
Granero
28
Badstuber
12
Marcelo
30
Gustavo
14
Alonso
31
Schweinsteiger
17
Arbeloa
33
Gomez
20
Higuaín
39
Kroos
Real Madrid tem Ronaldo como atacante,
enquanto Bayern München tem Lahm
como defensor. Neuer é o goleiro. Lahm
marca Ronaldo até o limite da área penal,
mas Ronaldo consegue um bom tiro. Neuer
faz uma defesa difícil.
Neuer (G)
Bayern tem Müller como atacante enquanto
Madrid coloca Arbeloa como defensor.
Müller passa por Arbeloa e chuta de dentro
da área penal. A bola voa como uma bala e
Casillas não tem chance de alcançá-la. Gol!
Bayern tem Robben como atactante
enquanto Madrid escolhe Marcelo como
defensor. Casillas é o goleiro. Robben passa
por Marcelo e tenta um tiro a distância com
efeito. Mas a bola voa alto demais e Casillas
vê a bola passar por cima da trave.
Madrid coloca Kaká como atacante e
Bayern nomeia Alaba como defensor. Kaká
está aparentemente fora de alcance mas um
ótimo carrinho de Alaba força a bola para
fora da lateral.
16
Madrid tem Higuaín como atacante
enquanto Bayern escolhe Boateng como
defensor. Higuaín passa por Boateng
quando ele sofre uma falta em uma
disputa desajeitada próximo da área penal.
É pênalti para Higuaín. Neuer prevê
corretamente e até consegue tocar na bola
mas não consegue impedir o gol.
Madrid precisa marcar ponto nesta disputa ou
Bayern vencerá o jogo. Madrid tem Khedira
como atacante enquanto Bayern escolhe
Gustavo como defensor. Khedira passa por
Gustavo e dá um tiro poderoso de longe.
Neuer toca na bola com o dedo e a empurra
por cima do travessão. Bayern München vai
para a final da UEFA Champions League
2012!
Bayern München tem Schweinsteiger como
atacante enquanto Madrid escolhe Pepe
como defensor. Schweinsteiger entra em
disputa com Pepe mas consegue deixá-lo
para trás e tem uma rota direta para o gol.
Casillas se afasta da sua linha e chega no
limite da área penal. Schweinsteiger finta o
goleiro com um drible brilhante e coloca a
bola na rede.
Real Madrid tem Granero como atacante
enquanto Bayern escolhe Badstuber como
defensor. Granero passa pelo defensor e
está prestes a tentar o chute quando sofre
falta em uma investida imprudente de
Badstuber. Granero cobra o pênalti com
um chute preciso mas uma incrível defesa
de Neuer impede o gol.
Bayern tem Gomez como atacante
enquanto Madrid escolhe Ramos como
defensor. Ramos rouba a bola de Gomez e
na disputa que se segue, Ramos sofre uma
falta. A disputa termina.
#
ATACANTE
DEFENSOR
RESULTADO
PLACAR ADG
1
Ronaldo
Lahm
-
Madrid 0 BM 0
2
Robben
Marcelo
-
Madrid 0 BM 0
3
Kaká
Alaba
-
Madrid 0 BM 0
4
Müller
Arbeloa
Gol
Madrid 0 BM 1
5
Higuaín
Boateng
Gol
Madrid 1 BM 1
6
Schweinsteiger
Pepe
Gol
Madrid 1 BM 2
7
Granero
Badstuber
-
Madrid 1 BM 2
8
Gomez
Ramos
-
Madrid 1 BM 2
9
Khedira
Gustavo
-
Madrid 1 BM 2
17
HIPOTÉTICA SEMI-FINAL COPA DO MUNDO FIFA 2014
Vamos examinar o ADG com uma semi-final da Copa do Mundo da FIFA de 2014 como um
exemplo hipotético. Tanto a Holanda quanto a Argentina têm onze jogadores. A Holanda tem
Huntelaar com um cartão amarelo e a Argentina tem Demichelis também com um cartão
amarelo. As duas seleções receberam duas substituições adicionais. A Holanda vence no cara ou
coroa e escolhe atacar na primeira disputa.
1
Cillessen (G)
1
Romero (G)
2
Vlaar
2
Garay
3
De Vrij
4
Zabaleta
5
Blind
6
Biglia
7
Janmaat
10
Messi
10
Sneijder
11
Rodriguez
11
Robben
14
Mascherano
15
Kuyt
15
Demichelis
16
Clasie
16
Rojo
19
Huntelaar
18
Palacio
20
Wijnaldum
20
Aguero
A Argentina tem Messi como atacante e a
Holanda escolhe Vlaar como seu defensor.
Messi enfrenta Vlaar, mas eventualmente
consegue passar e avança em direção ao gol.
Cillessen está próximo a área de gol quando
Messi delicadamente chuta a bola sobre a
cabeça dele e para dentro do gol.
A Holanda tem Huntelaar como seu
atacante e a Argentina escolhe Zabaleta
como seu defensor. Romero é o goleiro.
Huntelaar passa por Zabaleta e dá seu tiro
de fora da área penal. Romero faz uma
defesa fantástica para impedir o gol.
A Argentina tem Aguero como atacante e a
Holanda escolhe Blind como seu defensor.
Cillessen é o goleiro. Aguero dribla Blind
e tenta um tiro à distância com efeito.
Cillessen get a fingertip to the ball and it’s
enough to push it over the crossbar.
A Holanda tem Sneijder como atacante e
a Argentina escolhe Garay como defensor.
Sneijder só consegue dar alguns passos
quando Garay faz uma investida brilhante
e chuta a bola além do meio de campo.
18
A Holanda tem Robben como atacante e a
Argentina escolhe Rojo como seu defensor.
Robben consegue passar por Rojo e dribla a
bola para dentro da área penal. Robben gets
a good shot off but Romero manages to palm
the ball around the goal post.
A Holanda precisa marcar na nona disputa
ou a Argentina vencerá a partida. A
Holanda tem Wijnaldum como atacante
enquanto a Argentina escolhe Biglia como
seu defensor. Wijnaldum está longe de
Biglia e se aproxima da área penal. Biglia
inicia a perseguição e quando o atacante
está prestes a chutar, o defensor faz uma
investida perfeitamente cronometrada
que força a bola por cima do travessão. A
Argentina segue para a final da Copa do
Mundo da FIFA de 2014!
A Argentina tem mascherano como
atacante, enquanto a Holanda escolhe
Clasie como defensor. Clasie se atrapalha
um pouco e mascherano tem uma rota livre
para o gol. Cillessen está fora de sua linha e
com um toque ruim, Mascherano permite
que o goleiro agarre a bola.
A Holanda tem Kuyt como atacante e a
Argentina escolhe Demichelis como seu
defensor. Kuyt sofre falta causada por um
lance imprudente de Demichelis e um
pênalti é concedido ao atacante. É uma boa
cobrança de Kuyt mas Romero faz uma
defesa brilhante e consegue espalmar a
bola por cima do travessão.
A Argentina tem Palacio como atacante e a
Holanda escolhe De Vrij como seu defensor.
De Vrij faz uma resistência brilhante e
consegue tomar a bola do atacante e chutála para fora da linha lateral.
#
ATACANTE
DEFENSOR
RESULTADO
PLACAR ADG
1
Huntelaar
Zabaleta
-
Holan 0 Arg 0
2
Aguero
Blind
-
Holan 0 Arg 0
3
Sneijder
Garay
-
Holan 0 Arg 0
4
Messi
Vlaar
Gol
Holan 0 Arg 1
5
Robben
Rojo
-
Holan 0 Arg 1
6
Mascherano
Clasie
-
Holan 0 Arg 1
7
Kuyt
Demichelis
-
Holan 0 Arg 1
8
Palacio
De Vrij
-
Holan 0 Arg 1
9
Wijnaldum
Biglia
-
Holan 0 Arg 1
19
PERGUNTA E RESPOSTA
A disputa de pênaltis não é uma solução
simples e justa para um problema difícil?
Simples – sim, justa – não. Professor Ignacio
Palacios-Huerta da The London School
of Economics and Political Science e coautor José Apesteguia, professor assistente
da Pompeu Fabra University in Barcelona
estudou 1343 pênaltis de 129 disputas durante
o período 1976-2003. O estudo envolveu
todas as grandes competições nacionais e
internacionais. Foi descoberto que o time
que dava o primeiro chute vencia 60.5% das
vezes.3 A pontuação geral registrada foi de
73.1%. Para o time que chutou primeiro, foi
de 76.3%, mas para o time que jogou depois,
foi só 69.7%.3
As disputas de pênaltis se tornaram mais
frequentes?
Cinco das quinze últimas finais da Liga dos
Campeões da UEFA chegaram aos pênaltis e
sete das últimas quinze Copas Libertadores
da CONMEBOL também chegaram aos
pênaltis. Duas finais de Copas do Mundo
tanto em competições masculinas e
femininas já foram decididas nos pênaltis.
Quatro jogos da Copa do Mundo da FIFA
de 2014 foram decididos em disputas de
pênaltis, o maior número da história da Copa
do Mundo. A semifinal entre a Holanda e a
Argentina foi uma decepção com as duas
equipes aparentemente felizes com o jogo
sendo decidido pelos pênaltis.
Se olharmos unicamente os dados para
as finais de Copas do Mundo, veremos
que a seleção que chutou primeiro venceu
15 de 26 disputas de pênaltis, que é 58%.
Surpreendentemente, nove disputas de
pênaltis consecutivas foram vencidas pela
seleção que chutou primeiro durante um
período entre Coréia/Japão 2002 e Brasil
2014. O motivo para essa disparidade é que
a equipe que chuta depois costuma jogar
para alcançar o oponente e portanto sofre
uma pressão cada vez maior com o chute
seguinte.
Qual foi a inspiração para o ADG?
Todo mundo fala sobre a final da Copa do
Mundo de 1994 e eu também me lembro
dela. De acordo com A.S. Byatt, “A pessoa
não se lembra dos vencedores. Mas continua
assombrada pelos perdedores.”4 Claro
que isto é uma verdade inegável no caso
de Baggio. Outras alternativas voltaram a
ganhar espaço junto ao público após a Copa
do Mundo de 2006, mas foi só depois da
Liga dos Campeões da UEFA de 2008 que eu
coloquei as idéias no papel e surgiu o ADG.
Qual foi a sua idéia central enquanto
desenvolvia o ADG?
Eu imaginei que o problema por trás dos
pênaltis é a facilidade que o jogador tem em
fazer o gol. Então eu disse “Como podemos
tornar isso mais difícil?” Foi então que eu
tive a idéia de incluir um defensor. O desafio
a partir daí foi transformar essa idéia central
em um formato de desempate que combina
a habilidade e atletismo do futebol moderno
com a inerente tensão dramática da disputa
de pênaltis.
Quais são algumas das vantagens do ADG
sobre a disputa de pênaltis?
ADG tem seis vantagens básicas sobre os
pênaltis. Todos os jogadores participam.
A habilidade dos jogadores determina
o vencedor da partida. Gols são
recompensados ao invés de gols perdidos
serem punidos. Estratégia é vital. Encoraja o
jogo justo, e encoraja a ofensiva.
20
Pode descrever rapidamente como o ADG
funciona?
O primeiro atacante recebe a bola no ponto
central. Só uma metade do campo será
utilizada. Ao ver o atacante, o adversário
escolhe seu defensor. O atacante do tiro
de saÌda e tem trinta segundos para tentar
marcar um gol. Se o atacante marcar, a
disputa acaba. Se a bola sair do campo, a
disputa acaba. Se o goleiro ganhar posse
da bola, a disputa acaba. Se o defensor ou
goleiro cometerem falta dentro do campo em
jogo, um pênalti é concedido ao atacante. Se
o atacante cometer falta, a disputa acaba. Os
dois times revezam as funções de atacante
e defensor em um total de dez disputas. Ao
fim das dez disputas, o time com mais gols
é o vencedor. Se houver um empate ao final
das dez disputas, o ADG entrará em morte
súbita.
Como o ADG encoraja o jogo justo?
Vamos usar a Quarta de Final da Copa
do Mundo de 2010 entre o Uruguai e a
Gana como exemplo. No ultimo minuto
da prorrogação, um jogador uruguaio
deliberadamente deu uma palmada na bola
e negou a Gana um gol que pudesse decidir
o jogo. Como todos nós sabemos, a Gana
falhou na cobrança do pênalti e acabou
perdendo na disputa de pênaltis. A questão
é que no momento em que a Gana falhou na
cobrança, o Uruguai não estava mais sujeito
a nenhuma desvantagem pelo restante do
jogo. De fato, nem importava mais quantos
jogadores do time fossem expulsos no
tempo regulamentar; se eles pudessem
chegar até a disputa de pênaltis, então eles
não teriam mais nenhuma desvantagem
contra o adversário.
Como o ADG encoraja a ofensiva?
Vamos usar a Final da Copa do Mundo
de 2006 como um exemplo. Após 100
minutos, os franceses substituíram Ribéry
por Trezeguet e após 107 minutos, Henry
por Wiltord. Será que Domenech teria feito
essas substituições se o ADG fosse iminente
e não os pênaltis? Ribéry e Henry são ambos
atacantes de talento sublime que seriam
imprescindíveis para o ADG. Mas sua
presença em campo durante a prorrogação
também aumentariam as chances de um gol
francês e o encerramento do jogo antes do
ADG.
No entanto, se o ADG ocorresse no lugar dos
pênaltis, o Uruguai estaria sem um jogador
durante uma das disputas. Isto daria a Gana
uma vantagem distinta, o que eu creio que a
maioria dos fãs de futebol no mundo inteiro
acredita que a Gana merecia. Este episódio
recente claramente ilustra o quanto o ADG
é muito mais efetivo do que a disputa de
pênaltis em punir os times culpados por
conduta antidesportiva e jogo ilegal.
Por que esse período de trinta segundos?
Para evitar um impasse entre o atacante e o
defensor. Isto poderia ser o atacante tentando
ludibriar o defensor para se mover em uma
certa direção. Ou, poderia simplesmente
ser o caso de jogadores cansados tentarem
ganhar tempo para recuperar o fôlego. Os
trinta segundos dão um senso de urgência
mas também fornecem um tempo amplo
para disputas imprevisíveis e excitantes. De
fato, será uma ocorrência rara que a bola
ainda esteja em campo depois de trinta
segundos.
21
E se o gol for marcado bem na marca dos
trinta segundos?
Uma possível estratégia que poderia ser
empregada para julgar gols controversos
seria que o árbitro e seus assistentes
recebessem um sinal auditivo ao fim dos
trinta segundos. O árbitro assistente ou o
árbitro assistente adicional com a sua visão
focada diretamente na linha do gol estará
na melhor posição para julgar se a bola
atravessou a linha antes da passagem dos
trinta segundos. Outra aproximação mais
sofisticada e precisa que pode ser utilizada
em grandes competições é a goal line
technology (GLT). Um sinal é transmitido
para o relógio do árbitro, que indica se a bola
cruzou a linha de fundo antes da passagem
dos trinta segundos.
Quais são os deveres dos árbitros assistentes
e onde eles se posicionam?
Um dos assistentes é responsável por
supervisionar os participantes fora de jogo
enquanto o outro se posiciona atrás da
linha do gol. O assistente atrás da linha do
gol auxiliará o árbitro em suas decisões de
forma parecida com os árbitros assistentes
adicionais (AAAs) da UEFA. Tanto o árbitro
quanto o assistente atrás da linha do gol
julgarão se a bola está em jogo ou não. Para
grandes competições, outra possibilidade é
modificar o GLT. Portanto, além de indicar
se um gol foi marcado, também indicará se
a bola está dentro ou for a de jogo. Por favor
veja aqui para informações sobre o uso dos
AAAs.
O ADG não colocará mais pressão no
árbitro?
Qualquer alternative à disputa de pênaltis
que ponha a ênfase de volta na habilidade do
jogador vai inevitavelmente colocar alguma
pressão de volta no árbitro. E duvido que
exista alguém envolvido com arbitragem
que esteja ansioso para ver uma mudança
na disputa de pênaltis. É um formato que
torna virtualmente impossível para o árbitro
cometer um erro que influencie o resultado
do jogo.
Qual o processo que determina quem será
o atacante e quem será o defensor?
Tais decisões claramente estão nas mãos
do técnico do time. No final do tempo
regulamentar, o técnico reunirá o seu time e
escolherá cinco atacantes e cinco defensores.
A ordem dos atacantes também será
finalizada. Quanto à ordem de defensores, é
um caso de prever quem serão os atacantes
da oposição e escolher um defensor para
competir com eles. Por exemplo, na Final
Hipotética da Copa do Mundo da FIFA de
2006, o técnico francês prevê que Del Piero
será um dos atacantes italianos e instrui
Sagnol para se defender contra ele.
Entretanto, sem o número de corpos
atrapalhando a visibilidade e com o
árbitro sempre próximo do jogo, erros de
arbitrágem durante o ADG devem ser uma
raridade. E como os participantes fora de
jogo devem permanecer na área penal da
metade do campo que não está em uso, é
impossível para um grupo de jogadores
cercar e intimidar um oficial.
E os custos de um pequeno aumento na
pressão sobre o árbitro não seriam superados
pelos benefícios? Simplesmente, o que o
ADG irá oferecer são gols espetaculares e
emocionantes. É graças à habilidade e graça
dos movimentos dos maiores jogadores do
mundo que nós podemos chamar o futebol
de “lindo jogo” e o que o torna o esporte
mais popular do mundo. Claro, também
é por isso que Messi, Ronaldo e Marta são
eleitos continuamente como os melhores
jogadores do mundo. Se você tem um ótimo
produto, então como o pessoal do marketing
diz, “deixe o produto falar por si”.
22
Como o ADG é diferente de alternativas
propostas anteriormente?
Eu pensei que qualquer alternativa viável
seria baseada em marcar gols. Eu nunca
fui fã de idéias como contar escanteios
ou advertências ou qualquer outra coisa
sugerida. Futebol se trata de marcar gols.
Nós queremos ver a bola entrar na rede,
simples assim. Eu acho que os americanos
estavam no caminho certo com a disputa
NASL que foi usada mais tarde na MLS.
A disputa começava à trinta e dois metros
do gol e o jogador tinha cinco segundos
para tentar um chute. Ninguém menos do
que Johan Cruyff disse “Isto é espetacular
e não tão brutal do que os pênaltis.” 5 Mais
recentemente, ele disse “Eu ainda acho que
deveriam tentar isso na Europa.” 6 Carlos
Alberto também disse na disputa NASL
“que isso torna o jogo mais emocionante.” 6
Alternativas como tempo extra infinito e
a remoção interminente de jogadores tem
seus méritos, mas sempre haverá o problema
de partidas excessivamente longas e a
probabilidade de lesões dos jogadores. Sem
mencionar o pesadelo com horários, porque
ninguém pode prever o quanto as partidas
vão durar. Compare isso com o ADG, que
seria concluído em aproximadamente
dez minutos. Também foi sugerido que se
outras alternativas fossem introduzidas, os
torcedores poderiam sentir falta da tensão
e drama dos pênaltis e eu acredito que isso
seja possível. A maravilha do ADG é que
ele combina a habilidade e atletismo do
tempo regulamentar com o drama e a tensão
inerentes dos pênaltis.
A natureza dinâmica da disputa americana
tornou a disputa de pênaltis uma competição
estática e clínica. A MLS descartou o seu
sistema em 1999, não porque não era
popular, mas porque eles queriam “tornar
o jogo da MLS mais fiel à forma como o
esporte é jogado no mundo.” 7 No entanto,
alguns argumentavam que a disputa
americana se tornou previsível demais já
que o goleiro costumava correr para o limite
da área penal, forçando o jogador a tentar
dar um chapéu no adversário. A inclusão
de um defensor ajudará a impedir esta
previsibilidade e garantir disputas únicas e
envolventes. Devo ressaltar que o ADG não
foi inspirado no sistema americano, pois
foi somente depois do desenvolvimento do
ADG que eu fiquei ciente dele.
Poderia explicar como o ADG lida com
jogadores lesionados?
De acordo com a Regra 23, cada time tem
direito a duas substituições adicionais e
esta regra foi deliberadamente criada para
auxiliar times que sofreram lesões durante o
ADG. Enquanto as regras da IFAB permitem
que um máximo de doze substitutos sejam
nomeados antes do início de um jogo, as
competições que utilizam o ADG exigem
um mínimo de sete. Três substituições
serão alocadas ao tempo regulamentar,
duas substituições ao ADG, enquanto dois
goleiros substitutos ainda poderão ser
alocados entre as substituições restantes.
Também houve a idéia de iniciar a disputa
de pênaltis antes da prorrogação. Se o jogo
continuasse empatado após a prorrogação,
então os vencedores dos pênaltis venceriam
o jogo. O princípio por trás desta idéia seria
obrigar o time que perdeu nos pênaltis
a tomar a iniciativa na prorrogação. Mas
com certeza é provável que isto também
encorajasse o outro time a fazer um jogo
mais cauteloso e defensivo. Além disso, a
única recompensa da disputa de pênaltis é
sua capacidade de criar drama e tensão, o
que é obviamente sacrificado se a disputa de
pênaltis precede a prorrogação.
23
E embora possa ser tentador para um
técnico trocar um jogador cansado ou com
um desempenho fraco durante o ADG, ele
também deve estar ciente da possibilidade de
um jogador sofrer uma lesão e ser removido
do campo. Se o time já tiver utilizado todas
as suas substituições, eles podem estar em
uma posição em que eles não possam enviar
um defensor para uma disputa. Ou, no caso
de um atacante lesionado, ter que entregar
uma disputa. Então, a decisão de utilizar
uma das substituições adicionais sempre
deve ser feita com extrema vigilância.
E quanto à preocupações sobre lesões
em jogadores em descanso enquanto
aguardam a vez de competir em uma
disputa do ADG?
Uma crítica que o ADG sempre atrai é que
conforme os jogadores descansam, eles
inevitavelmente sofrerão mais lesões. No
entanto, se isto fosse verdade, a maioria das
lesões em um jogo ocorreriam nos primeiros
minutes de cada tempo, já que os jogadores
se aquecem gradualmente conforme o
tempo progride. Mas dados coletados pela
English FA e publicados no jornal britânico,
British Journal of Sports Medicine em 20032004 sobre ocorrências de lesões no tendão
do jarrete8 e no tornozelo9 contradizem esta
teoria. Quase metade das lesões relatadas
ocorrem nos últimos 15 minutos de cada
tempo.8,9 Os primeiros 15 minutos e os 15
minutos da segunda metade da prorrogação
foram identificados como os períodos de
menor risco de lesões do jogo.8,9
séries talvez decidam utilizar gols marcados
fora de casa e descartar a prorrogação,
passando direto para o ADG. Ou talvez eles
decidam descartar os gols marcados fora de
casa, jogar a prorrogação e então passar para
o ADG.
Entretanto, no momento existe muita
conjectura sobre a relevância e certamente
o mérito da regra para gols fora de casa.
“Acredito que o peso tático do gol fora de
casa se tornou importante demais,”Arsène
Wenger disse em uma conferência em 2008.
“Os times conseguem um empate de 0 a 0
em casa e ficam felizes. Em vez de ter um
efeito positivo ele foi encorajado demais
taticamente no jogo moderno. Isso tem
o efeito oposto do que deveria ter tido no
início. Ele favorece uma boa defesa quando
se joga em casa.” 21
“É hora de repensar o sistema,” disse o
Presidente da FIFA Sepp Blatter. “O futebol
pregrediu desde a década de 1960, portanto
agora a regra para gols fora de casa pode ser
questionada. A regra para gols fora de casa
ainda faz sentido?” 22
Como o ADG seria implementado?
Existem atualmente três procedimentos
para determinar o resultado de um jogo
ou um dentro-fora de casa. Estes são: gols
marcados fora de casa, prorrogação e tiros
desde o ponto penal. O ADG poderia ser
incluído como um quarto procedimento e
as competições poderiam escolher entre os
pênaltis e o ADG. Para novas competições
ou jogadores amadores, a disputa de pênaltis
talvez continue sendo a melhor opção.
Jonathan Wilson escreveu “A regra para
gols fora de casa estreou no futebol europeu
durante a Cup Winners’ Cup em 1965,
primeiramente para eliminar a necessidade
de revanches, que eram custosas e difíceis
de organizar. Como a alternativa era decidir
no cara ou coroa, provavelmente pareceu o
menor de dois males e, além disso, fazia um
certo sentido na época. Somente 16% de todos
os jogos europeus fora de casa resultavam
Para competições que favoreçam o ADG,
será uma questão de decidir como ela será
integrada aos outros procedimentos. Por
exemplo, competições que ocorrem em duas
24
em vitória fora de casa. Viagens fora de casa
eram difíceis pois as jornadas eram duras e
equipes fora de casa costumavam enfrentar
condições desconhecidas e hostís. Como
consequência, a tendência era para que o
lado fora de casa sofresse a pressão e tentasse
manter o placar baixo.” 21
“Mas as circunstâncias mudaram. Em cada
um dos últimos cinco anos, entre 30 e 35%
dos jogos em torneios europeus foram
vencidos por equipes fora de casa; mesmo
se você quiser argumentar que a regra
para gols fora de casa funcionou, a lógica
original para a sua criação deixou de existir.
O transporte melhorou, existe uma grande
homogeneidade de condições enquanto as
diferenças entre, digamos, um lado alemão
e um lado europeu, ou um lado russo e um
lado francês são muito menores do que
antigamente. Equipes são cosmopolitanas,
estilos nacionais são menos distintos do
que já foram. Viagens fora de casa não são
mais tão assustadoras quanto antigamente e
portanto o gol fora de casa se tornou uma
distorção estranha.” 21
No entanto, muitas coisas que parecem
muito detalhadas e complicadas no papel,
se tornam compreensíveis e enganosamente
simples quando colocadas em jogo. Estou
certo de que este será o caso do ADG. De
fato, o único aspecto levemente complexo
do ADG é o cenário em que o goleiro é
expulso. Mas como a falta “acabar com uma
oportunidade clara de gol” é descartada
durante o ADG, a probabilidade de um
goleiro ser expulso será na realidade muito
baixa.
E quanto ao futebol ser “um jogo simples”
e mantê-lo assim?
A frase “um jogo simples” surgiu em
1862 quando um mestre da Uppingham
School na Inglaterra criou um conjunto
de dez regras intitulado The Simplest
Game (O Jogo Simples). Estas dez regras
também conhecidas como as Uppingham
Rules totalizam meras 253 palavras.10 Por
contraste, a edição de 2014/2015 das Regras
do Jogo da FIFA tem um total de 24.000
palavras. Isto é testamento do fato de que as
regras evoluíram a ponto de tornar o futebol
um esporte altamente complexo. O que um
dia foi “um jogo simples” se transformou em
um esporte sofisticado em que jogadores,
técnicos e árbitros dedicam décadas ao
aperfeiçoamento de suas habilidades. Nos
últimos 150 anos, as regras do jogo se
expandiram exponencialmente e o esporte
passou por transformações radicais.
Consequentemente, a idéia do futebol ser
“um jogo simples” é um anacronismo.
Portanto, embora o ADG possa parecer bem
complicado, também devemos reconhecer
que o livro de regras do jogo tem 140 páginas.
O pênalti existe há mais de 100 anos, isso
não é justificativa suficiente?
Para responder a esta pergunta, eu citarei Les
Murray que é um apresentador de televisão
da SBS-TV na Austrália. O Sr. Murray disse:
“Para começar os pênaltis foram inventados
como ferramenta de punição para infrações.
É inerentemente repugnante que ferramentas
de punição sejam usadas para decidir jogos.
Os proponentes dos pênaltis argumentam
que pênaltis são parte do futebol. Sim,
mas só quando alguém cometeu uma falta
dentro da área penal. Como forma legítima
de decidir o resultado de um jogo, eles não
são parte do jogo e nunca deveriam ter sido.
Os homens que criaram as Regras do Jogo
tantos anos atrás estariam revirando em seus
túmulos se soubessem que pênaltis agora
decidem finais de Copas do Mundo.” 11
25
Como você responde a aqueles que
chamam o ADG de artifício e dizem que
não é futebol de verdade?
Todos nós tememos mudança, mas também
sabemos que os pênaltis são uma solução
insatisfatória e é por isso que vemos coisas
como gol de ouro e gol de prata. Certo, então
eles não foram considerados um sucesso,
mas isto não deve impedir a criação de
novas alternativas. Eu sei que alguns dirão
que ADG não é futebol de verdade, mas eu
sempre responderei que ADG é mais fiel ao
futebol e a beleza dinâmica do jogo do que
a disputa de pênaltis poderá ser. Claro que
o ADG é uma alternativa audaz e radical,
mas a própria natureza de um problema
tão diabólico exige pensamento criativo,
inovação e evolução. E lembre-se de que
antes da disputa de pênaltis, partidas eram
desempatadas no cara ou coroa. Eu duvido
que mesmo os maiores críticos dos pênaltis
diriam que sua introdução não foi uma
melhora sobre o cara ou coroa e eu acredito
que o ADG deve ser visto como outro passo
a frente no processo de evolução.
Qual é o futuro do ADG?
Eu espero que o IFAB o examine novamente,
pois se trata de uma proposta radicalmente
melhorada do que foi discutido em 2009.
No entanto, para que as coisas mesmo
comecem a mudar, nós indubitavelmente
precisaremos esperar até que outra grande
final chegue aos pênaltis. E então eu me
pergunto que alternativas surgirão? Com
fundos limitados e recursos minúsculos, eu
desenvolvi sozinho uma alternativa completa
e verossímil que está pronta para ser testada.
Eu escrevi para o chefe do departamento
técnico da FIFA muitas vezes através dos
anos, mas nunca recebi nenhuma atenção.
continua a sua espiral ascendente com a
Copa do Mundo da FIFA de 2014 sendo o
exemplo mais recente.
Agora mais do que nunca, o esporte merece
um desempate que recompense e exponha
o imenso talento e atletismo do futebolista
moderno. As coisas precisam mudar e
rápido, senão iremos “celebrar” em 2020
cinquenta anos da disputa de pênaltis. Nos
anos que se seguirão, mais duas Copas
do Mundo e incontáveis outros torneios
continuarão a serem decididos na loteria
dos pênaltis.
Embora eu compreenda que seja
do interesse de árbitros e outros
departamentos
desconsiderarem
alternativas aos pênaltis, eu nunca
entenderei como um departamento
técnico pode fazê-lo. Quando a disputa
de pênaltis foi implementada em 1970, o
futebol era um esporte muito diferente.
Quatro anos antes, Pelé foi literalmente
chutado para fora da Copa do Mundo e até
mesmo pensou em desistir do jogo. Quatro
décadas depois, o nível dos jogadores
26
FATOS E CURIOSIDADES
Cinco das quinze UEFA Champions League
Finais anteriores foram decididas pelos
pênaltis.
Ocidental. O pênalti vitorioso foi convertido
por Panenka e daí nasceu o seu hipônimo
chute.
As finais de sete das últimas quinze Copas
Libertadores foram decididas pelos pênaltis.
A primeira disputa de pênaltis em uma Copa
do Mundo foi a famosa semifinal de 82 na
Espanha entre a Alemanha Ocidental e a
França
O israelense Yosef Dagan e o ex-árbitro alemão
Karl Wald ambos clamam serem os inventores
da disputa de pênaltis.
Roberto Baggio estava desfrutando um torneio
impressionante na Copa do Mundo de 1994.
Ele marcou cinco gols em três eliminatórias,
dois no final da partida, resgatando a Itália da
derrota pela Nigéria. A final entre a Itália e o
Brasil continuou sem gols por duas horas de
insipidez. A disputa de pênaltis começou com
o defensor italiano Franco Baresi chutando a
bola por cima do travessão. O goleiro italiano
Gianluca Pagliuca então defendeu um chute
de Márcio Santos para manter o equilíbrio.
Os próximos quatro pênaltis produziram
gols. O goleiro brasileiro Cláudio Taffarel
então defendeu o chute de Daniele Massaro.
O capitão brasileiro Dunga marcou, e só
restou Baggio para manter as esperanças da
Itália vivas. Em um momento que foi gravado
nas mentes de fãs em todo o mundo, Baggio
chutou a bola por cima do travessão e o seu
tormento começou.
Na Copa do Mundo de 2006, a Suíça se tornou
a primeira seleção a ser eliminada do torneio
sem admitindo um gol no tempo regulamentar.
Os Rankings Mundiais da FIFA calculam o
valor base de uma vitória com três pontos,
uma vitória por pênaltis com dois, um empate
e uma derrota por pênaltis com um e uma
derrota com zero.
Em 2005, um lugar na Copa do Mundo foi
determinado pelas disputas por pênaltis pela
primeira vez. A qualificação entre Austrália
e Uruguai terminou com um placar de 1-1.
John Aloisi converteu a penalidade vitoriosa,
que permitiu a Austrália se qualificar para a
sua primeira Copa do Mundo desde 1974 na
Alemanha.
A North American Soccer League (NASL)
da década de 1970 e a Major League Soccer
(MLS) da década de 1990 experimentou com
uma variação da disputa de pênaltis. A disputa
começou a trinta e cinco metros do gol e o
jogador tinha cinco segundos para tentar
um chute. Este formato é similar ao modelo
usado no hóquei no gelo. A MLS abandonou o
formato em 2000 e quaisquer pênaltis exigidos
agora seguem o procedimento padrão de
pênaltis da IFAB.
Peñarol venceu a Copa Uruguai de 1996
com um estilo de pênalti Americano onde os
jogadores começam do circulo central e tem
oito segundos para tentar marcar um gol.12
A primeira competição internacional decidida
por pênaltis foi a final da Eurocopa de 1976
entre a Tchecoslováquia e a Alemanha
27
REGISTRO PÊNALTIS COPA DO MUNDO DA FIFA
ANO
ETAPA
VENCEDOR
DERROTADO
PLACAR
RESULTADO
DE PÊNALTIS
VCP*
1982
SF
Alemanha Ocidental
França
3-3
5-4
N
1986
QF
Alemanha Ocidental
México
0-0
4-1
S
1986
QF
França
Brasil
1-1
4-3
N
1986
QF
Bélgica
Espanha
1-1
5-4
N
1990
Últimos 16
Rep. da Irlanda
Romênia
0-0
5-4
N
1990
QF
Argentina
Jugoslávia
0-0
3-2
S
1990
SF
Argentina
Itália
1-1
4-3
N
1990
SF
Alemanha Ocidental
Inglaterra
1-1
4-3
N
1994
Últimos 16
Bulgária
México
1-1
3-1
N
1994
QF
Suécia
Romênia
2-2
5-4
S
1994
Final
Brasil
Itália
0-0
3-2
N
1998
Últimos 16
Argentina
Inglaterra
2-2
4-3
S
1998
QF
França
Itália
0-0
4-3
S
1998
SF
Brasil
Holanda
1-1
4-2
S
2002
Últimos 16
Espanha
Rep. da Irlanda
1-1
3-2
N
2002
QF
Coréia do Sul
Espanha
0-0
5-3
S
2006
Últimos 16
Ucrânia
Suíça
0-0
3-0
S
2006
QF
Alemanha
Argentina
1-1
4-2
S
2006
QF
Portugal
Inglaterra
0-0
3-1
S
2006
Final
Itália
França
1-1
5-3
S
2010
Últimos 16
Paraguai
Japão
0-0
5-3
S
2010
QF
Uruguai
Gana
1-1
4-2
S
2014
Últimos 16
Brasil
Chile
1-1
3-2
S
2014
Últimos 16
Costa Rica
Grécia
1-1
5-3
S
2014
QF
Holanda
Costa Rica
0-0
4-3
N
2014
SF
Argentina
Holanda
0-0
4-2
N
* Vencedor chutou primeiro na disputa de pênaltis.
28
FRASES FAMOSAS
“Quando entramos na prorrogação, estamos falando de drama.
Mas quando entramos na disputa de pênaltis, é uma tragédia.”
2
Joseph S. Blatter
Presidente da FIFA
“É como colocar uma bala no revolver e pedir a todos para puxar o gatilho.
Alguém vai ser baleado, você sabe disso. E isso irá reduzi-los a nada.” 5
Christian Karembeu
Ex-jogador francês
“Estou feliz por termos pênaltis agora, é claro.
Todos estão entusiasmados e ninguém é contra.”
13
Karl Wald
Ex-árbitro alemão
“Não é justo nem certo decidir um jogo com pênaltis.”
14
Miguel Munoz
Ex-Técnico da Espanha
“A disputa de pênaltis sempre foi um assunto incerto por ter muita sorte envolvida.”
Franz Beckenbauer
Ex-Técnico da Alemanha Ocidental
“Ninguém se lembra dos vencedores.
Já os derrotados assombram a todos.”
4
A.S. Byatt
Trecho do The Observer
“Pênaltis colocam muita tensão sobre um jogador.
Podem arruinar sua carreira se ele não for uma pessoa forte.”
5
Terry Venables
Ex-Técnico da Inglaterra
“Todos sabem que é injusto decidir jogos com uma disputa de pênaltis.”
16
Gerardo Martino
Ex-Técnico do Paraguai
“Os pênaltis não significam necessariamente que o melhor time sai ganhando.”
Claudio Taffarel
Ex-Goleiro Brasileiro
29
16
15
““Todo técnico gostaria de decidir o jogo em 90 minutos.
Pois eu não acho que existe alguma forma de se preparar para os pênaltis.”
16
Joachim Loew
Técnico da Alemanha
“O fator principal em uma disputa de pênaltis é novamente sorte.
Você tem que permanecer calmo e focado mas a coisa que você mais precisa é sorte.”
17
Peter Shilton
Ex-Goleiro da Inglaterra
“Isto tem me afetado por anos. Foi o pior momento da minha carreira.
Eu ainda sonho com isso.
Se eu pudesse apagar um momento, seria aquele.” 18
Roberto Baggio
Ex-jogador italiano
“Pênaltis não tem nada a ver com futebol.
É como atirar em alvos num parque de diversões.”
5
Alex Smith
Ex-Técnico do Aberdeen
“Até agora, disputas por pênaltis tem sido feitas.
Quando ou se alguém inteligente pensar em algo mais interessante,
algo que os jogadores achem mais excitante ou psicologicamente mais exigente,
talvez possamos mudar o sistema atual.” 19
Antonín Panenka
Ex-jogador Tchecoslovaco
“Pênaltis não são futebol.
Eles nem mesmo são o que os comentaristas dizem ser, um grande drama.
Eles são um grande melodrama.” 5
Simon Barnes
Escritor do The Times
“Nós percebemos que não poderíamos vencer Marseille a menos que eles cometessem um erro,
então eu disse aos meus jogadores para serem pacientes e aguardarem os pênaltis.
Nós praticamos muito os pênaltis em nosso treinamento fechado na terça e valeu a pena.” 20
Ljupko Petrovic
Ex-técnico da Red Star Belgrade
“Pênaltis são horríveis, injustos, mas que opção nós temos?”
Laurent Blanc
Ex-Jogador Francês
30
5
Apêndice: Árbitros Assistentes Adicionais
Se a competição está utilizando árbitros assistentes adicionais (AAAs), um ficará posicionado
atrás da linha do gol enquanto o outro supervisionará os participantes fora de jogo na metade
não utilizada do campo. Com a implementação dos AAAs, quatro oficiais observarão apenas
três jogadores.
Apesar de não existir uma regra de impedimento durante o ADG, os árbitros assistentes
acompanharão o jogo pelas linhas laterais. Isso será de grande ajuda para as decisões ao árbitro
e também para determinar se a bola está dentro ou fora de jogo.
E embora seja inevitável que os oficiais sejam vigiados de perto durante o ADG, com menos
corpos atrapalhando a visibilidade e os árbitros sempre em proximidade do jogo, erros de
arbitragem durante o ADG devem ser raros.
Árbitro assistente adicional
Outros jogadores
Árbitro
assistente
Árbitro
Atacante
Árbitro
assistente
Defensor
Goleiro
Árbitro assistente adicional
Goleiro da equipe atacante
Posições Iniciais do Jogador e do Árbitro com Árbitros Assistentes Adicionais
31
REFERÊNCIAS
1. www.penaltyshootouts.co.uk, Prof. Jon Billsberry and Patrick Nelson, Coventry University, UK
2. Soccer: Blatter against shootout in final - Sports - International Herald Tribune, autor não citado,
The New York Times, 27 setembro 2006
3. Psychological Pressure in Competitive Environments: evidence from a randomized natural
experiment, Prof. Ignacio Palacios-Huerta - The London School of Economics, UK, and Jose
Apesteguia - Pompeu Fabra University, Spain, American Economic Review, dezembro 2010
4. Lie back and think of Europe, AS Byatt, The Observer, UK, 29 junho 2008
5. He Always Puts it to the Right, Clark Miller, Orion Books Ltd, UK, 1999
6. Once In a Lifetime: The Extraordinary Story of The New York Cosmos, Paul Crowder and John
Dower, Passion Pictures/Cactus Three/ESPN Original Entertainment/Greene Street Films, 2006
7. Shootout banned; TV lineup changed, teleconferência por Don Garber, CNN, 18 November 1999
8. The Football Association Medical Research Programme: an audit of injuries in professional football:
analysis of hamstring injuries, C Woods, R D Hawkins, S Maltby, M Hulse, A Thomas, A Hodson,
British Journal of Sports Medicine 2004; 38:36–41
9. The Football Association Medical Research Programme: an audit of injuries in professional football:
an analysis of ankle sprains, C Woods, R Hawkins, M Hulse, A Hodson, British Journal of Sports
Medicine 2003; 37:233–238
10. A History of the Laws of Association Football, Sir Stanley Rous and Donald Ford, Fédération
Internationale de Football Association (FIFA), Suíça, 1974
11. Sudden Death Romance, Les Murray, www.theworldgame.sbs.com.au, 13 fevereiro 2008
12. Ward’s Soccerpedia, Andrew Ward, Robson Books, UK, 2006
13. Father of shoot-outs puts Swiss, English on spot, Mike Atkins, The Times of Malta, 6 julho 2006
14. There Must Be A Better Way Than Penalty-kick System, Inquirer Wire Services, The Philadelphia
Inquirer, USA, 24 junho 1986
15. Argentina’s Maradona too much for England, Barry Wilner, The Deseret News, USA, 23 junho 1986
16. World Cup coaches kickin’ mad about shootouts, Kevin Baxter, The Los Angeles Times, 10 julho 2010
17. Peter Shilton: I wanted to be a goalkeeper from the moment someone put two coats down in the
playground, autor não citado, www.malehealth.co.uk, 8 junho 2006
18. Penalties will put World Cup players on the spot, Steve Slater, http://uk.reuters.com, 27 maio 2010
19. The art of taking a penalty, Chris Wyatt, http://news.bbc.co.uk, BBC Sport, 5 junho 2008
20. The joy of six: inspired tactical switches, autor não citado, www.guardian.co.uk, 10 julho 2007
21. The Question: is the away-goals rule counterproductive?, Jonathan Wilson, www.guardian.com,
13 março 2013
22. Away goals rule has become outdated, says Blatter, Mike Collett, www.in.reuters.com, 10 outubro
2014
32

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