programa - Companhia Nacional de Bailado

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programa - Companhia Nacional de Bailado
DIREÇÃO ARTÍSTICA
LUÍSA TAVEIRA
DANCE BAILARINA
DANCE
ESTREIA ABSOLUTA
Coreografia e Direção Clara Andermatt
Música João Lucas
Cenografia Artur Pinheiro
Figurinos Aleksandar Protic
Desenho de luz Rui Horta
Criação de música electrónica
e software interativo Jonas Runa
Interpretação Musical Circular Ensemble
Direção Musical Pedro Moreira
Ensaiadores Cristina Maciel e Fátima Brito
Assistente de Clara Andermatt Madalena Brak-Lamy
TEATRO CAMÕES
26 ABRIL - 05 MAIO 2013
ABRIL dias 26, 27 e 29 às 21h; dia 28 às 16h
MAIO dias 03 e 04 às 21h; dia 05 às 16h
ESCOLAS dia 02 maio às 15h
A FUNDAÇÃO EDP
É MECENAS PRINCIPAL DA COMPANHIA NACIONAL DE BAILADO
E MECENAS EXCLUSIVO DA DIGRESSÃO NACIONAL
DANCE BAILARINA
DANCE
CLARA ANDERMATT
A proposta inicial foi lançada por Luisa Taveira quan-
aparecem sempre numa lógica
do me desafiou a partir dos filmes musicais america-
Escher.
de relação com
nos do pós guerra, pelo que representam de descompressão e alegria depois duma época trágica...
CLARA ANDERMATT
JOÃO LUCAS
COREOGRAFIA E DIREÇÃO
MÚSICA
Iniciou os seus estudos de dança com Luna Andermatt.
Nasce em Lisboa em 1964. Inicia os estudos musicais
Diplomada pelo London Studio Centre e pela Royal
aos 8 anos, na Academia dos Amadores de Música.
Academy of Dancing (1980-84, Londres); foi bailarina
Conclui com alta classificação o curso superior de
da Companhia de Dança de Lisboa, sob a orientação de
piano do Conservatório Nacional em 1989, na clas-
Rui Horta (1984-88), e da Companhia Metros de Ramón
se do professor Miguel Henriques, após vários anos
Oller (1989-91, Barcelona). Em 1991, cria a sua própria
de estudo com a pianista Tania Achot. Inicia os es-
companhia coreografando um vasto número de obras
tudos de composição com Fernando Lopes Graça,
regularmente apresentadas em Portugal e no es-
tendo posteriormente estudado com Constança
trangeiro. É em 1994 que inicia a sua colaboração com
Capdville, Cristopher Bochmann, Sérgio Azevedo,
Cabo Verde, organizando várias ações de formação e re-
Carlos Caíres e António Pinho Vargas, entre outros.
A equipa criativa entregou-se a esta viagem com a
alizando diversos espetáculos com bailarinos e músicos
Profissionalizou-se em 1982, tendo colaborado como
cumplicidade e o empenho que conheço e admiro.
daquele país, uma cooperação que se manteve durante
músico, produtor e diretor musical em numerosas
Comecei por mergulhar no universo desses filmes de
Um a um, apropriaram-se destas referências tecendo
7 anos. Clara Andermatt é regularmente convidada a
gravações e espetáculos ao vivo. A partir de 1989 de-
Hollywood dos anos 40 e 50, deixando-me absorver
de forma singular as suas linhas de trabalho criativo,
criar para outras companhias, a leccionar em diversas
dica-se igualmente à composição de música de cena
pelo seu léxico coreográfico, estético, dramatúrgico
adensando a complexidade e a coerência da peça.
escolas e a participar como coreógrafa em peças de
para teatro e dança. Neste âmbito, colaborou com
e musical. Logo nessa altura estabeleci uma relação
E os bailarinos são o corpo que dá vida a todas as
teatro e cinema. Ao longo da sua carreira, coreogra-
os encenadores Lúcia Sigalho, Fernanda Lapa, Mário
de necessidade, uma espécie de evidência pessoal,
ideias. Reviver, transformar, música, dança, tempos
fou quatro peças para o Ballet Gulbenkian. Em 2011,
Trigo, Isabel Medina, António Feio, Pedro Carmo,
com o trabalho do artista gráfico M. C. Escher, cuja
diferentes, tudo à luz de uma suspensão, juntando
coreografou uma peça para a Companhia Nacional de
Cristina Carvalhal, Lígia Soares, Andresa Soares, Dio-
obra se evidenciou na mesma época.
passado, presente e futuro num momento só.
Bailado integrada no espetáculo Uma Coisa em Forma
go Dória, João Garcia Miguel, e com os coreógrafos
de Assim. Ao longo da sua carreira, Clara Andermatt
Clara Andermatt, João Fiadeiro, Paulo Ribeiro, Rui
A associação a Escher tornou-se uma matriz estru-
Vivemos tempos conturbados e tristes e a alegria
tem sido distinguida com diversos prémios dos quais
Lopes Graça, Rui Horta. Amélia Bentes, Marta Lapa,
turante de todo o processo de criação orientando a
possível encontramo-la na poesia, nos afetos, na
destaca: 1982-83 Bolsa Bridget Espinosa – Londres; 1983
Aldara Bizarro e Olga Mesa, entre outros. Compôs e
arquitetura do espaço e a sua exploração ao nível do
esperança e na construção de um Espaço/Tempo
The Best Student Award do London Studio Centre e 2º
produziu música para cinema e filmes de animação.
desenvolvimento temporal e dos jogos de perceção.
maior.
Prémio de Coreografia do London Studio Centre com a
Colaborou com vários artistas plásticos em projetos
peça Cake Walk – Londres; 1989 1º Prémio do III Certa-
de instalação. Foi diretor musical e produtor de nu-
Os padrões geométricos, as perspetivas ascendentes e descendentes, as paisagens, as imagens em
... e esta Alegria dedico-a aos meus pais que têm sido
men Coreográfico de Madrid com a coreografia En-Fim;
merosos discos de música portuguesa. Editou em
espelho, a ordem e a simetria, as voltas estranhas
Mestres no seu acontecer. /
1992 Menção Honrosa do Prémio Acarte/Madalena Per-
nome próprio o CD Abstract Mechanics e Um Redondo
da recursividade infinita..... Escher abriu-me pistas
digão da Fundação Calouste Gulbenkian com a core-
Vocábulo em parceria com João Afonso. Apresenta-se
para representar em palco alguma da ilusão que só
ografia Mel; 1994 Em conjunto com o coreógrafo Paulo
regularmente como pianista em concertos de mú-
o cinema consegue criar.
Ribeiro, é distinguida com o Prémio Acarte/Madalena
sica improvisada, tendo atuado ao lado de nomes
Azeredo Perdigão da Fundação Calouste Gulbenkian
como Carlos Zingaro, Rodrigo Amado, Paulo Cura-
Existem muitas outras referências na construção
com a obra Dançar Cabo Verde; 1999 Prémio Almada,
do, Miguel Mira, Victor Rua e Nuno Rebelo entre
da obra. Cyd Charisse, Fred Astair, Esther Williams,
atribuído pelo Ministério da Cultura, pela obra Uma
outros. /
Fritz Lang, a Bauhaus ou Mary Wigman, são talvez
História da Dúvida, também eleita Espetáculo de Honra
os exemplos mais diretamente identificáveis, mas
do Festival Internacional de Almada. /
SOBRE A MÚSICA
INSTRUMENTOS
INVISÍVEIS
DE DANCE BAILARINA DANCE
JOÃO LUCAS
JONAS RUNA
O conceito mais recorrente neste processo criativo
alemão de Metropolis, as coreografias e os figurinos
Reunimos os músicos e demos-lhe o nome de
A arte reflete e é refletida pela sociedade, e
terá sido o de metamorfose. Um processo perma-
de Oskar Schlemmer, subindo e descendo as esca-
Circular Ensemble. Honra ao Circular Ensemble!
seus
nente de transformação de ideias que nos levou de
darias de Escher. E pensamos em Feldman pensando
um ponto de partida claro (o universo da tradição
em Rothko, pensamos em Reich, lembramos que
Alexandre Andrade (trompete), Andrew Swinnerton
Invisíveis (com iPhones), procurando unir bailarino
americana de produção de filmes musicais) a uma
foi para a América – onde escravos criaram os
(oboé), César Cardoso (saxofone tenor), Daniel
e músico na mesma pessoa: cada gesto tem um
multiplicidade de relações formais e conceptuais
Blues – que migraram Weill e Stravinski. Damos por
Frazão
(flauta),
resultado sonoro. Desta união resulta também a
com outras referências idiomáticas, com outras lati-
nós mergulhando em apneia infinita neste sonoro
Eduardo Raon (harpa), João Chaveiro (tuba), José
impossibilidade de distinguir compositor e coreó-
tudes estéticas e históricas, com a intuição de uma
oceano.
Castela (clarinete), Luís Cunha (trombone), Marco
grafo, o que significa um modelo não-hierárquico da
Fernandes (marimba e tímpanos), Marco Santos
criação artística. /
teia de relações latente no confronto da realidade do
(clarinete),
Dina
Hernandez
E então regressamos ao que nos trouxe aqui, procuran-
(marimba e bateria), Pedro Coutinho (trompete),
rogação contemporânea.
do o fôlego de uma dramaturgia que encontre um
Philippe Trovão (saxofone alto), Xavier Ribeiro
denominador comum no percurso dos personagens
(trombone).
de todos os musicais do mundo. Em cada etapa desse
dade, um discurso disruptivo que cita sem cerimó-
percurso ressoa uma referência primordial nítida, que
nias mas que formula um objecto longínquo, utópico
depois convoca uma miríade de extrapolações expres-
e pessoal. Que sugere mais do que mostra. Falamos
sivas, fazendo do tempo e do estilo uma matéria dúctil.
de Cole Porter e ocorrem Duke Ellington por um lado
e George Gershwin por outro. Amplificando o âmbi-
Um percurso que culmina na abstração da fantasia
to das associações tropeçamos na coincidência com
eletrónica de Jonas Runa, metáfora de uma dimen-
o ocaso do tonalismo na Europa, a coincidência com
são redentora para a busca imaginária dos nossos
as quatro últimas canções de Strauss, convivendo
laboriosos personagens.
com os primórdios do serialismo integral. Enquanto
na América Judy Garland caminhava pela estrada de
Um universo que resgata a ideia de Big Band mas
tijolos amarelos eclodia a segunda guerra mundial,
que a confronta com a secção de madeiras de uma
em que veio a servir o major Glenn Miller, que fez de
orquestra clássica europeia.
Messian o autor do Quarteto para o fim dos tempos,
que não interrompeu a carreira de Piaff. Por arras-
O Pedro Moreira leu esta acidentada partitura e deu-
to espácio-temporal chega-nos o expressionismo
-lhe relevo e detalhe precisos. Honra ao Pedro!
organizacionais.
Inspirado
em
Stockhausen, inventei o software Instrumentos
cinema musical americano clássico com a sua inter-
Dessa interrogação resulta esta forma de intimi-
modelos
Muito obrigado a todos! /
À MARGEM
DE EUCLIDES
DANIEL TÉRCIO
evidente referência a tradições baléticas como a do
se lança sobre os braços dos rapazes. Nos movimen-
Ballet Suédois. Esta companhia fundada nos anos 20,
tos dos bailarinos poderá o espectador reconhecer a
andaria a par com uma das linhas estéticas que se
juventude de uma cidade que se vai desenhando a
manifestava também nos Ballets Russes de Diaghilev –
partir das suas próprias periferias.
a inscrição da coreografia numa composição plástica
cias que variavam entre o instantaneismo, o dada-
CENTROS DE GRAVIDADE
E METAMORFOSES
ísmo e o construtivismo, e favorecendo encontros
Se o bailado clássico incluía e vivia à custa de uma certa
esplêndidos entre artistas de disciplinas diferentes.
ilusão de leveza e parecia contrariar o império da gravi-
modernista – imprimindo na dança teatral tendên-
dade, Clara Andermatt com dance bailarina dance traça
ESCHER E AS ESTRELAS
Clara Andermatt, na coordenação de uma equipa de
Clara Andermatt também promove um encontro
no palco a tangente de uma outra ilusão: a desmultipli-
O que é que o artista gráfico holandês Maurits
criadores, parte da realidade tridimensional do palco
similar: Rui Horta no desenho de luz, João Lucas
cação dos centros de gravidade. Mais do que diferentes
Cornelis Escher e a atriz e nadadora norte-ameri-
para propor – ou dever-se-á dizer para fazer reen-
na música, interpretada por uma Big Band sob a
pontos de fuga capazes de desenhar volumetrias
cana Esther Williams têm a ver com dança? Na obra
contrar – a perspetiva cinematográfica do universo
direção de Pedro Moreira, Artur Pinheiro para os
díspares, o espectador é colocado finalmente peran-
da CNB dance bailarina dance, concebida e coreogra-
glamoroso dos anos 40. Neste sentido, o trabalho
cenários, Aleksandar Protic nos figurinos, e ainda
te diferentes eixos na verticalidade dos corpos. Além
fada por Clara Andermatt, será possível reconhecer
agora realizado para a CNB é também uma janela
a colaboração tecno-sonora de Jonas Runa. Ora, a
disto, em algumas das cenas existe uma pluralidade
elementos das litografias escherianas no cenário e
sobre outra dimensão, aquela que se organiza nos
partir deste encontro de criadores e de disciplinas,
de centros – na linha da composição coreográfica que
na evolução por vezes insólita dos bailarinos: esca-
processos de captura e de montagem cinematográ-
dance bailarina dance põe em ação um dispositivo
vem pelo menos desde Merce Cunningham.
das por onde se sobe e desce, unidas em arestas e
fica com os seus planos plongé e contra-plongé.
original, constituído materialmente pela combina-
rebatimentos bizarros. Em palco configura-se assim
ção de elementos cénicos distintos, que remetem
À maneira de Escher, desenham-se então em palco
um universo que já não obedece inteiramente à
Aliás, foi nesta temática que o trabalho se forjou,
para referências como aquelas que foram indicadas
linhas dos que vão e vêm, seguem entre muros,
geometria euclidiana. Ora, na obra de Escher exis-
num desafio que Luísa Taveira lançou à Clara: na
anteriormente. Ou seja, no palco está montado
desaparecem nas sombras, regressam às zonas
te uma recorrência a imagens que contêm outras
complexidade dos anos 40 – anos de convulsão social
um aparato complexo que conjuga diversas peças,
iluminadas. São porventura clones que caminham
imagens – aspeto que a coreógrafa recupera para
e política, considerando a Segunda Guerra Mundial e
semelhantes a rodas dentadas de uma máquina que
numa metrópole futurista. E em certos momentos
o palco. O artista holandês explorava no plano bidi-
a barbárie do nazismo, época também da configura-
marca o ritmo da cidade. No momento em que estas
corpos de répteis que ondulam sobre o plano hori-
mensional processos de pavimentação, aplicando
ção do “mundo livre” em oposição ao socialismo sovi-
peças são postas em movimento, no instante em
zontal, ou que trepam pelas escadarias, para logo se
aquilo que os geómetras designam como reflexos,
ético, anos de musicais e de uma certa joie de vivre, ou
que a máquina arranca enquanto quadro orgânico
transmutarem em outras criaturas, quase voadoras.
translações e rotações utilizados para obter uma
da absoluta necessidade de a recuperar – a star afir-
e elástico, enquanto corpo único – com o seu corpo
Na verdade, como nas gravuras do artista holandês,
grande variedade de padrões. Nos anos quarenta
mava-se magnífica. E, com ela (e nela), a bailarina. Já
musical e plástico, com os seus corpos que dançam,
nas arestas do corpo deste animal desenha-se o
do século passado, o seu trabalho favoreceria assim
não necessariamente a bailarina romântica, mas sim
com as suas escadarias a perder de vista – a máquina
corpo de um outro, no movimento deste que sobe
uma pesquisa geométrica conducente à representa-
a mulher que era capaz de dançar ao som de uma jazz
passa à condição de dispositivo.
está a forma daquele que desce. Exercício curioso
ção de uma tridimensionalidade ilusionista. Neste
band ou de mergulhar de uma prancha de piscina.
ponto Escher seria herdeiro dos jogos de perspetiva
Enfim, a mulher que a câmara de filmar amava.
renascentista, transportados agora para as escalas
este, em que os bailarinos da CNB são envolvidos, e
Dispositivo plástico certamente, dispositivo sonoro
que subitamente faz com que o espectador veja cria-
obviamente – e sobretudo dispositivo urbano, com
turas rastejantes que se erguem à condição huma-
portáteis da gravura e do desenho, o que permi-
O DISPOSITIVO URBANO
as suas esquinas, janelas e escadarias, plataformas e
na. Noutros momentos, revelam-se extraordinários
tiria que o consumo da arte fosse mais fácil para o
Clara Andermatt consegue uma síntese inesperada
terraços, zonas de desaparecimento, de obscurida-
quadros de natação sincronizada, ou simplesmente
comum dos mortais, abrindo ao mesmo tempo
entre justamente a obra do artista holandês Escher,
de, que tanto podem ser planos que desafiam o lega-
de ginástica magnífica em ambientes de fluidos com
micro-janelas sobre um outro mundo.
o star system de Hollywood e uma porventura menos
do de Euclides, como varandas de onde uma jovem
diferentes densidades. /
ARTUR PINHEIRO
ALEKSANDAR PROTIC
RUI HORTA
PEDRO MOREIRA
CENÁRIO
FIGURINOS
DESENHO DE LUZ
DIREÇÃO MUSICAL
Nasceu em Lisboa no ano de 1972. Em 1990 concluiu
Aleksandar Protic nasceu em Belgrado, Sérvia. Em
Nascido em Lisboa, Rui Horta começou a dançar aos
Saxofonista, compositor, maestro e pedagogo,
o Curso Técnico-Profissional de Artes Gráficas na
1998, licenciou-se na Academia das Belas-Artes em
17 anos nos cursos de bailado do Ballet Gulbenkian,
tem uma Licenciatura em Jazz e um Mestrado em
Escola António Arroio. Em 1993 terminou o Bachare-
Belgrado, no departamento de Design de Moda e
tendo posteriormente vivido vários anos em Nova
Composição pelo Mannes College of Music, de Nova
lato em Realização Plástica do Espetáculo, na Escola
Figurinos. No mesmo ano, frequenta a Academia
Iorque, cidade onde completou a sua formação e
Iorque. Atuou com o seu grupo nas principais salas e
Superior de Teatro e Cinema do IPL. Rapidamente
Real de Belas-Artes de Antuérpia, Bélgica, no Depar-
desenvolveu o seu percurso de intérprete e profes-
festivais portugueses, assim como em vários países,
começou a trabalhar no teatro, opera e cinema,
tamento de Design de Moda. Ainda em Belgrado, os
sor. Em 84 regressa a Lisboa onde continua a sua
na Europa, América e África. É atualmente o diretor
deixando para trás as artes gráficas. Os primeiros
prémios Belgrade Fashion Statue concederam-lhe o
atividade pedagógica e artística, sendo um dos mais
da Escola Superior de Música de Lisboa, onde coor-
anos depois da ESTC foram de aprendizagem práti-
galardão de O Mais Promissor Designer de Moda.
importantes impulsionadores de uma nova geração
denou desde 2008 a variante de jazz da Licenciatura
ca, começando como pintor e carpinteiro, evoluindo
Em 1999 mudou-se para Lisboa, onde em 2000 abriu
de bailarinos e coreógrafos portugueses. Durante
em Música. Foi diretor da Escola Luiz Villas-Boas
para assistente de decoração e aderecista de cena.
a sua própria loja e deu início à marca Aleksandar
a década de 90 viveu na Alemanha onde dirigiu o
e maestro da Big Band do Hot Clube de Portugal.
Finalmente em 2001 aceitou fazer a Direção Artística
Protic. Desde 2001 exibe regularmente as suas
Soap Dance Theatre Frankfurt, sendo o seu trabalho
Trabalhou com a Orquestra Sinfónica Portuguesa,
de um telefilme para a SIC, Anjo Caído de Jorge Costa.
coleções na Moda Lisboa, no calendário da Semana
apresentado nos mais importantes teatros e festi-
Orquestra Metropolitana de Lisboa, Orquestrutó-
Seguiu-se a Decoração de uma série para a RTP,
de Moda de Lisboa. Além do seu trabalho enquanto
vais em todo o Mundo e considerado uma referência
pica, Orquestra do Algarve e conta com peças suas
Sociedade Anónima de Jorge Paixão da Costa. Depois
designer de moda, colabora como figurinista com
da dança europeia. Em 2000 regressou a Portugal,
tocadas por vários grupos de jazz e de música eru-
destas duas experiências optou pela Direção de Arte
diversos artistas de Dança e Teatro Contemporâ-
tendo fundado, em Montemor-o-Novo, o Espaço do
dita como Orquestra de Jazz de Matosinhos, Apollo
em filmes publicitários, colaborando estreitamente
neos. Em 2010 foi selecionado pela Maison de la
Tempo, um centro multidisciplinar de experimenta-
Saxophone Quartet, Grupo de Música Contemporâ-
com Marco Martins, e sua produtora Ministério dos
Création para representar Portugal no projeto Cité
ção artística. Para além do seu intenso trabalho de
nea de Lisboa, Drumming, Orquestrutópica. Escre-
Filmes, durante 3 anos. De 2004 para cá fez a Dire-
Euroméditerranéenne de la Mode que culminará em
criador independente, Rui Horta criou, como artista
veu música para as peças de teatro Quando o inverno
ção Artística de vários projetos dos quais destaca
julho de 2013 com a grande exposição na cidade de
convidado, um vasto repertório para companhias
Chegar, Mega Tarts, no Teatro São Luiz, e De Homem
Alice e Como Desenhar um Círculo Perfeito, ambos de
Marselha, Capital Europeia da Cultura. /
de renome tais como o Culberg Ballet, o Ballet
Para Homem, na Cornucópia./
Marco Martins, e República, uma minissérie his-
Gulbenkian, o Grand Ballet de l’Opera de Genéve, a
tórica de Jorge Paixão da Costa. Em publicidade,
Ópera de Maselha, o Netherlands Dance Theatre,
trabalha com realizadores estrangeiros de renome
Companhia Nacional de Bailado, entre outras. Ao
como Vaughan Arnell, Ivan Bird, Floria Sigismondi e
longo da sua carreira recebeu importantes prémios
Gerard de Thame. O ano de 2009 marca o regresso
e distinções tais como o Grand Prix de Bagnolet,
ao teatro, tendo assinado a Cenografia e Espaço
o Deutsche Produzent Preis, o Prémio Acarte, o
Cénico de vários projetos, de que se destacam Dança
Prémio Almada,o grau de Oficial da Ordem do Infan-
da Morte, encenado por Marco Martins, Durações de
te e, recentemente, o grau de Chevalier de l’Ordre
Um Minuto, uma criação de Clara Andermatt e Marco
des Arts et des Letres, pelo Ministério da Cultura
Martins, e Maior, uma coreografia de Clara Ander-
Francês. Nas artes performativas o seu trabalho de
matt com a Companhia Maior. /
encenador estende-se ao teatro, à ópera e à música
experimental, sendo igualmente desenhador de
luzes e investigador multimédia, universo que utiliza
frequentemente nas suas obras. /
A DANÇA QUE
NASCE DO CINEMA
CARLOS DE PONTES LEÇA
O cinema possibilitou a criação e o desenvolvimento
diferentes, em ambos os casos dando ao espec-
de uma arte coreográfica inteiramente nova. Com o
tador a não menos exaltante sensação de liber-
cinema, a dança passa a ser não apenas uma cons-
(A Midsummer’s Night Dream de Max Reinhardt-
maciça de elementos (tanto figuras humanas como
William Dieterle, 35), George Balanchine (The
adereços) e a sua disposição segundo um rigoroso
Goldwyn Follies de George Marshall, 38, On your Toes
geometrismo; mediante também a grandiosidade
de Ray Enright, 39), Robert Helpmann (The Red
do envolvimento cenográfico, com uma espectacu-
Shoes de Michael Powell e Emeric Pressburger, 49),
lar exploração da profundidade de campo.
Agnes de Mille (Oklahoma! de Fred Zinnemann, 55),
Roland Petit (Hans Christian Andersen de Charles
Recordo alguns exemplos cimeiros. São os gigan-
Vidor, 52, Daddy Long Legs de Jean Negulesco, 55,
tescos praticáveis em forma de carrocel ou de “bolo
Un deux trois quatre de Terence Young, 61), Jerome
de noiva”, povoados de miríades de raparigas-flores
Robbins (West Side Story) ou Twyla Tharp (Hair de
(Rosalie de W. S. Van Dyke, 38, The Great Ziegfeld de
Milos Forman, 79).
Robert Z. Leonard, 36, e Ziegfeld Follies de Vincente
Minnelli, 46, constituem exemplos inesquecíveis).
Mas sobretudo muitos outros que atingiram no
São os amplos espaços com chão e paredes espe-
trução do coreógrafo com os corpos dos bailarinos
Por outro lado, o cinema permite a total abolição de
cinema a afirmação máxima da sua personalidade
lhadas, multiplicando até ao inimaginável as figu-
mas também uma construção da própria câmara
barreiras pelo que se refere ao envolvimento plásti-
criativa, ou, ainda mais do que isso, contribuíram
ras dos bailarinos. São, em “The Shadow Waltz” de
ao mover-se no acto da filmagem (concepção domi-
co da dança. Tudo agora é possível neste domínio.
decisivamente para conferir personalidade própria
Gold Diggers of 1933 (Mervyn Le Roy) as 60 raparigas
nante nos filmes de Busby Berkeley, Stanley Donen
Desde a ambiência realista da dança ao ar livre filma-
ao bailado cinematográfico: desde Hermes Pan e
“tocando” outros tantos violinos iluminados no
ou Gene Kelly), ou uma construção feita no acto da
da em exteriores naturais, quer sejam as ruas de uma
Fred Astaire até Bob Fosse, passando por Gene Kelly,
meio da escuridão e desenhando, no seu conjunto,
montagem (opção preferencial de Bob Fosse).
grande cidade (On the Town de Gene Kelly e Stanley
Stanley Donen, Michael Kidd, Eugene Loring, Robert
um único e imenso violino de luz. É, em “The Words
Donen, 49, West Side Story de Robert Wise, 61), quer
Alton ou Jack Cole. E com um lugar muito especial
are in my Heart” de Gold Diggers of 1935 (Berkeley),
Assim, por um lado, o cinema possibilita a multipli-
seja uma colina verdejante à beira-rio (sequência
para Busby Berkeley, que, mais do que um coreó-
a dança dos 56 pianos (que, de algum modo, nos
cação máxima do olhar do espectador, mediante
do piquenique em The Pajama Game de Stanley
grafo propriamente dito, foi um espantoso encena-
apareceu evocada, meio século volvido, pela grande
– a variação dos enquadramentos, dando lugar
Donen, 57). Até ao triunfo supremo da fantasia com
dor coreográfico. Com efeito, os filmes de Berkeley
apoteose da “Rhapsody in Blue” tocada em 48 pianos
ao isolamento, e consequente maior realce, dos
o recurso a efeitos especiais de diversos tipos: a
oferecem-nos exemplos preciosos, provavelmente
azuis no espectáculo inaugural das Olimpíadas de
elementos singulares integrantes do todo coreo-
sobreposição de imagens (dança de Gene Kelly com
inultrapassáveis, de construção coreográfica com
Los Angeles 1984). É a rampa serpenteante vinda do
gráfico, ou a jogos de alternância entre a parte e
o seu “alter ego” em Cover Girl de Charles Vidor, 44), a
a câmara. Conforme explica o próprio Berkeley:
“infinito” por onde desce Rita Hayworth no final do
o todo;
inversão da imagem permitindo-nos ver Fred Astaire
«Descobri (…) que me era possível criar coreografias
desfile de modelos de Cover Girl. São as escadarias a
– a diversificação dos próprios ângulos de visão
a dançar nas paredes e no tecto do seu quarto (Royal
apesar de nunca ter tido uma lição de dança. (…)
perder de vista (entre as mais celebradas contam-se
(desde o contra-plongé partindo do nível dos pés
Wedding de Stanley Donen, 51), a conjugação de figu-
Para mim, era (…) a câmara que devia dançar» em
em An American in Paris de Minnelli, 51, a escadaria de
dos bailarinos, que se tornou um modo clássico
ras humanas e desenhos animados (Anchors Aweigh
torno das figuras humanas que, mais do que dançar,
luz cor-de-rosa por onde Georges Guétary se deslo-
de mostrar a perfeição das “chorus lines”, até ao
de George Sidney, 45, Invitation to the Dance de Gene
muitas vezes se limitam a uma evolução rítmica,
ca cantando “I’ll build a Staircase to Paradise”, e em
ponto de vista supremo que é o famoso “top shot”
Kelly, 54, Mary Poppins de Robert Stevenson, 64), os
ou até a uma deslocação puramente passiva sobre
Ziegfeld Girl de Robert Z. Leonard, 41, a escadaria-
de Busby Berkeley), proporcionando ao especta-
efeitos literalmente caleidoscópicos (sequência final
praticáveis em movimento.
espiral de 60 degraus, dourada e prateada, que serve
dor uma exaltante sensação de omnipresença;
de The Gang’s All Here de Busby Berkeley, 43).
tação das limitações espaciais.
– o prolongamento artificial de um mesmo espa-
de cenário à canção “You stepped out of a Dream”).
Relacionada directa ou indirectamente com a dança
São os imensos salões de baile repletos de pares
ço cenográfico, ou, pelo contrário, a conjugação
À história do cinema musical ficam ligados alguns
se encontra a feérie tão característica do musical dos
rodopiantes nas operetas de figurino centro-euro-
da continuidade de um mesmo movimento core-
dos mais célebres coreógrafos não especificamente
anos 30 e 40. Procura-se, de modo quase obsessivo,
peu. É a conjugação de apoteose e mutações “mági-
ográfico com a descontinuidade de espaços
cinematográficos do século XX: Bronislava Nijinska
a grande apoteose visual mediante a acumulação
cas” de cenários e guarda-roupa em Die Frau
meiner Träume (George Jacoby, 44). São as inacreditá-
ÍNDICE DOS FILMES CITADOS
DIREÇÃO ARTÍSTICA Luísa Taveira
veis flores aquáticas desenhadas pelas coreografias
Por ordem alfabética dos títulos originais e com
BAILARINOS PRINCIPAIS Adeline Charpentier; Ana Lacerda; Barbora Hruskova; Filipa de Castro; Filomena Pinto; Inês Amaral;
natatórias dos filmes de Esther Williams. É finalmen-
indicação dos títulos com que foram distribuídos em
Peggy Konik; Solange Melo; Alexandre Fernandes; Carlos Pinillos; Fernando Duarte; Mário Franco; BAILARINOS SOLISTAS Fátima
te, o delírio onírico-caleidoscópico (jamais superado
Portugal. A falta desta indicação significa que se trata
Brito; Isabel Galriça; Mariana Paz; Paulina Santos; Leonor Távora; Yurina Miura; Brent Williamson; Luis d’Albergaria; Maxim Clefos;
ao longo da história do cinema) da sequência final de
de filmes inéditos no circuito comercial português.
The Gang’s All Here.
AN AMERICAN IN PARIS Um Americano em Paris
Mas também acontece que, pelo contrário, a dança
ANCHORS AWEIGH Paixão de Marinheiro
se desenvolva num imenso espaço vazio, com uma
BRIGADOON Brigadoon – A Lenda dos Beijos Perdidos
profundidade de campo que nos dá a sensação de
COVER GIRL Modelos
espaço “infinito”. É o caso paradigmático da sequên-
DADDY LONG LEGS O Papá das Pernas Altas
cia do pas-de-deux onírico de Gene Kelly e Cyd
The GANG’S ALL HERE Sinfonia de Estrelas
Charisse no contexto do bailado “Broadway Melody”
GOLD DIGGERS OF 1933 Orgia Dourada
em Singin’in the Rain (Kelly e Donen, 52).
GOLD DIGGERS OF 1935
Rui Lopes Graça BAILARINOS CORIFEUS Andreia Pinho; Annabel Barnes; Catarina Lourenço; Irina de Oliveira; Maria João Pinto;
Marta Sobreira; Seongwan Moon; Armando Maciel; Freek Damen; Miguel Ramalho; Pedro Mascarenhas; Tom Colin; Xavier Carmo
CORPO DE BAILE África Sobrino; Anabel Segura; Anna Blackwell; Carla Pereira; Catarina Grilo; Charmaine Du Mont; Elsa Madeira;
Filipa Pinhão; Florencia Siciliano; Helena Marques; Henriette Ventura; Inês Moura; Isabel Frederico; Margarida Pimenta; Maria Santos;
Marina Figueiredo; Mónica Garcia; Sílvia Santos; Susana Matos; Vera Alves; Victoria Monge; Christian Schwarm; Dominic Whitbrook;
Dukin Seo; Filipe Macedo; Frederico Gameiro; João Carlos Petrucci; José Carlos Oliveira; Kilian Souc; Mark Biocca; Nuno Fernandes;
Ricardo Limão; BAILARINOS ESTAGIÁRIOS Andréia Mota; Giorgina Hauser; Júlia Roca; Melissa Parsons; Lourenço Ferreira
MESTRES DE BAILADO Cristina Maciel (coordenadora); Maria Palmeirim ENSAIADOR Rui Alexandre ADJUNTO DA DIREÇÃO
ARTÍSTICA João Costa COORDENADORA MUSICAL Ana Paula Ferreira COORDENADORA ARTÍSTICA EXECUTIVA Filipa Rola
INSTRUTOR DE DANÇA NA PREVENÇÃO E RECUPERAÇÃO DE LESÕES Didier Chazeu PIANISTAS CONVIDADOS Humberto
Ruaz**; João Paulo Soares**; Viviena Tupikova**
The GOLDWYN FOLLIES A Revista de Goldwyn
Por tudo isto – e tanto é – não é hoje possível fazer
OPART E.P.E.
The GREAT ZIEGFELD O Grande Ziegfeld
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Vogal César Viana; Vogal João Villa-Lobos DIREÇÃO DE ESPETÁCULOS Diretora Margarida
uma história completa da dança sem ter em conta
HAIR Hair
o seu enquadramento no cinema. Trechos coreográ-
HANS CHRISTIAN ANDERSEN
ficos como “Lullaby of Broadway” em Gold Diggers of
Hans Christian Andersen
1935, a dança do “alter ego” em Cover Girl, os bailados
INVITATION TO THE DANCE Convite à Dança
titulares de An American in Paris e The Red Shoes, o
IT’S ALWAYS FAIR WEATHER Dançando nas Nuvens
pas-de-deux “The Heather on the Hill” em Brigadoon
MARY POPPINS Mary Poppins
Marco Jardim DIREÇÃO DE CENA Diretor Henrique Andrade; Vanda França (assistente / contrarregra) Conservação do Guarda-
(Minnelli, 54), o bailado “Broadway Melody” em
A MIDSUMMER NIGHT’S DREAM
Roupa Carla Cruz (coordenadora) DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO Cristina de Jesus (coordenadora); Laura Pinto (assistente)
Singin’ in the Rain, os “dream ballets” de Yolanda and the
Sonho de uma Noite de Verão
Canais Internet José Luís Costa Vídeo e Arquivo Digital Marco Arantes Design João Campos** Bilheteira Ana Rita Ferreira; Luísa
Thief (Minnelli, 45) e Oklahoma!, o “Barnraising Ballet”
OKLAHOMA! Oklahoma
Lourenço; Rita Martins RELAÇÕES EXTERNAS Paulo Veríssimo CENTRO HISTÓRICO Fernando Carvalho; Maria Luísa Carles;
de Seven Brides for Seven Brothers (Donen, 54), o baila-
ON THE TOWN Um Dia em Nova Iorque
Anabela Pires DIREÇÃO FINANCEIRA E ADMINISTRATIVA OPART Diretora Sónia Teixeira; António Pinheiro; Edna Narciso;
do inicial de It’s Always Fair Weather (Kelly e Donen, 54)
ON YOUR TOES A Dançarina Russa
Fátima Ramos; Marco Prezado (TOC) EXPEDIENTE E ARQUIVO Susana Santos; Carlos Pires; Miguel Vilhena; Artur Raposo
ou o solo intimista de Cyd Charisse em Silk Stockings
The PAJAMA GAME Negócio de Pijamas
(motorista) LIMPEZA E ECONOMATO Lurdes Mesquita; Maria Conceição Pereira; Maria de Lurdes Moura; Maria do Céu Cardoso;
(Rouben Mamoulian, 57) deverão figurar obrigato-
The RED SHOES Os Sapatos Vermelhos
riamente numa antologia dos momentos mais altos
da história da dança no século XX. /
ROSALIE Rosalie
ROYAL WEDDING Casamento Real
SILK SOCKINGS Meias de Seda
Adaptação de um excerto do texto O Musical ou o Cinema
Transfigurado publicado no catálogo do ciclo O Musical, vol. I, ed.
Cinemateca Portuguesa/Fundação Calouste Gulbenkian, 1987.
SINGIN’ IN THE RAIN Serenata à Chuva
Mendes; Carla Almeida (coordenadora); Bruno Silva (digressão e eventos); Natacha Fernandes (assistente); Lurdes Almeida
(assistente administrativa)* ATELIER DE COSTURA Paula Marinho (coordenadora); Adelaide Pedro Paulo; Cristina Fernandes;
Conceição Santos DIREÇÃO TÉCNICA Diretora Cristina Piedade; João Carlos Andrade (coordenador técnico) Sector de Maquinaria
Alves Forte (chefe de sector); Miguel Osório; Carlos Reis* Sector de Som e Audiovisuais Bruno Gonçalves (chefe de sector);
Paulo Fernandes Sector de Luz Vítor José (chefe de sector); Pedro Mendes Sector de Palco Ricardo Alegria*; Frederico Godinho;
Maria Isabel Sousa; Maria
Teresa Gonçalves DIREÇÃO DE RECURSOS HUMANOS OPART Sofia Teopisto; Vânia Guerreiro;
Zulmira Mendes GABINETE DE
GESTÃO DO PATRIMÓNIO Nuno Cassiano (coordenador); Daniel Lima; João Alegria; Manuel
Carvalho; Sandra Correia GABINETE JURÍDICO OPART Fernanda Rodrigues (coordenadora); Anabela Tavares; Inês Amaral;
Juliana Mimoso** Secretária do Conselho de Administração Regina Sutre PROCEDIMENTOS INSTITUCIONAIS Egídio
Heitor**; Raquel Maló CONSULTOR EM ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA Nuno Jorge da Silva Moura OSTEOPATA Vasco Lopes
da Silva** SERVIÇOS DE FISIOTERAPIA Fisiogaspar** SERVIÇOS DE INFORMÁTICA Infocut
UN DEUX TROIS QUATRE Um Dois Três Quatro
WEST SIDE STORY Amor sem Barreiras
YOLANDA AND THE THIEF Iolanda e o Vigarista
Por decisão pessoal, o autor do texto não escreve segundo o novo
Acordo Ortográfico.
ZIEGFELD GIRL Sonhos de Estrelas
ZIEGFELD FOLLIES As Mil Apoteoses de Ziegfeld
* Licença sem vencimento ** Prestadores de serviço
PRÓXIMOS ESPETÁCULOS
LA VALSE
A SAGRAÇÃO DA
PRIMAVERA
LISBOA , TEATRO CAMÕES
23 - 29 MAIO
BILHETEIRAS E RESERVAS
TEATRO CAMÕES Quarta a domingo 13h às 18h (01 NOV - 30 ABR); 14h às 19h (01 MAI - 31 OUT)
Dias de espetáculo até meia-hora após o início do mesmo // Telef. 218 923 4 77
TEATRO NACIONAL DE SÃO CARLOS Segunda a sexta 13h às 19h // Telef. 213 253 045
TICKETLINE www.ticketline.pt // Telef. 707 234 234; LOJAS ABREU, FNAC, WORTEN, EL CORTE INGLÉS, C.C. DOLCE VITA
CONTACTOS
TEATRO CAMÕES Passeio do Neptuno, Parque das Nações, 1990 - 193 Lisboa // Telef. 218 923 470
INFORMAÇÕES AO PÚBLICO
FOTOGRAFIAS © RODRIGO DE SOUZA
Não é permitida a entrada na plateia enquanto o espetáculo de bailado está a decorrer (dec. lei nº315/95 de 28 de Novembro);
É expressamente proibido filmar, fotografar ou gravar durante os espetáculos; É proibido fumar e comer/beber dentro da sala de
espetáculos; Não se esqueça de, antes de entrar no auditório, desligar o seu telemóvel; Os menores de 3 anos não poderão assistir ao
espetáculo nos termos do dec. lei nº116/83 de 24 de Fevereiro; O programa pode ser alterado por motivos imprevistos.
Espetáculo M/3
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www.cnb.pt // www.facebook.com/cnbportugal
Apoio ao alojamento: