História e Mistério: Ilha de Páscoa – Rapa Nui

Transcrição

História e Mistério: Ilha de Páscoa – Rapa Nui
Se os primeiros habitantes de Rapa
Nui (Ilha de Páscoa) chegaram em
500, 900 ou 1200 D.C. é discutível,
mas uma coisa é certa: eles vieram de
muito longe. O local habitado mais próximo está a 2.200 km a oeste na ilha
de Pitcairn, a qual é hoje a pátria dos
descendentes dos rebeldes do motim
no malfadado navio “Bounty”, da marinha britânica. Rapa Nui pertence ao
Chile, que está situado a 3.000 km ao
leste da ilha. Essas distâncias a torna
uma das ilhas mais isoladas do planeta
e a faz ser também chamada de “umbigo do mundo”. A ilha de Páscoa tem
despertado a curiosidade de pessoas
de todos os continentes. Isso, em grande parte, se deve ao seu passado, pois
ainda possui muitos mistérios não resolvidos. Aproximadamente 900 estátuas gigantes, ou Moai (não tem plural)
como são chamadas pelos nativos,
tem feito parte da paisagem da Ilha de
Páscoa há muitos séculos. O famoso
antropólogo norueguês Thor Heyerdahl, liderou a primeira expedição arqueológica para a ilha em 1955 e concluiu que os Moai foram feitos de
pedras vulcânicas, da cratera do vulcão Rano Raraku, e foram transporta-
Foto: Norberto Seebach/CPT Chile
Mais conhecida pelos “Moai”, as estátuas gigantes espalhadas pela costa, essa misteriosa ilha tem sido motivo de
curiosidade e especulação. Com o seu passado turbulento,
Rapa Nui está agora buscando um futuro tranqüilo com o
turismo e a Kaeser Compressores está ajudando a preservar as suas atrações principais.
A Maar Denkmalpflege GmbH, estabelecida em Berlim, tem se dedicado a preservação
e restauração de monumentos nacionais e internacionais há muitos anos. No dia 13 de
Outubro de 2003, a UNESCO reconhecendo essa incrível contribuição da empresa na
preservação dos patrimônios culturais do mundo, a premiou tornando-a sua parceira.
dos para as grandes plataformas de
pedras, os Ahu (altares cerimoniais).
Essa ilha era coberta por uma floresta
e a hipótese mais aceitável é que os
nativos a derrubaram para transportar
as estátuas utilizando os troncos das
árvores.
Esse desmatamento dramático levou a
uma séria escassez de alimentos e,
consequentemente, causou uma ampla crise ambiental, cultural e social.
Não é necessário dizer que a população declinou rapidamente. A ilha chegou a ter uns 15.000 habitantes, mas
quando o navegador holandês Jacob
Roggeveen a “descobriu”, em 5 de
abril de 1722, um domingo de Páscoa
(razão do nome da ilha), havia somente cerca de 2.000 habitantes. Após os
holandeses vieram os espanhóis 48
anos depois, em 1770. Felipe Gonzáles de Haedo tomou posse da ilha por
ordem do rei Carlos III da Espanha.
Depois da rápida visita do explorador
britânico James Cook em 1774, as visitas à ilha se tornaram mais freqüentes e cada vez mais desagradáveis aos
habitantes. Os rapanuis logo aprenderam as maneiras brutas do “mundo civilizado“ quando as tripulações de dois
História e Mistério: Ilha de Páscoa – Rapa Nui
Foto: George Mundo/CPT Chile
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Report 2/07 – www.kaeser.com
Foto: Maar
Foto: Alex Huber/CPT Chile
Preservação do patrimônio
navios americanos forçaram muitos
habitantes a trabalhar. Porém, as coisas pioraram muito depois de 1855
quando um terço da população de
4.500 habitantes, foi levada ao Peru
para trabalho escravo nas minas e somente após muitos protestos internacionais os escravos foram libertados.
Alguns nativos da ilha conseguiram retornar, mas as doenças fatais trazidas
pelos sobreviventes logo infestaram a
população remanescente matando
cerca de 1.000 habitantes.
Quando os primeiros missionários cristãos chegaram à ilha, em 1854, a velha
cultura havia desaparecido, e 23 anos
depois havia somente 111 habitantes
na Ilha. Rapa Nui passou a pertencer
ao Chile, em 1888 e até os anos 1960,
os descendentes dos rapanuis sobreviventes foram forçados a viver em um
alojamento, pois a ilha tinha sido alugada a uma empresa escocesa para a
criação de ovelhas.
Em 1965, Afonso Rapu liderou uma insurreição que forçou o governo chileno
a devolver os direitos à terra e seus
preciosos tesouros arqueológicos aos
nativos da ilha. Afonso Rapu também
se tornou o primeiro rapanui a ser eleito prefeito da ilha. Desde que receberam a cidadania chilena em 1966, os
nativos da ilha adotaram a sua antiga
cultura.
A população da Ilha de Páscoa agora é
de aproximadamente 4.000, sendo que
os nativos da ilha somam pouco mais
que a metade desse número. A pista
de vôo em Mataveri, foi construída em
1967 e ampliada em 1970. Consequentemente, um grande número de
aviões de passageiros tem aterrissado
na ilha que se tornou Patrimônio Mundial da UNESCO em 1995. A maioria
dos habitantes de Rapa Nui agora vive
do turismo.
Como a maioria dos visitantes da ilha
quer ver as maravilhas dos Moai e dos
Ahu para sentir as suas energias “mágicas”, esses monumentos sagrados
têm que ser devidamente preservados
e cuidados. Por essa razão, em 2003 a
UNESCO comissionou uma empresa
de Berlim, Alemanha, a Denkmalpflege GmbH especializada em restauração. A fase mais recente do “Projeto
Moai”, criado em fevereiro de 2007, foi
documentar os Moai e os Ahu. Esse
trabalho foi executado com a colaboração do Instituto Arqueológico da Alemanha e da Comissão Arqueológica
das Culturas não Européias. Utilizando
a mais avançada tecnologia, esses
monumentos são medidos em três dimensões e todas as informações são
enviadas para um banco de dados.
Essas informações são usadas para
determinar o método mais apropriado
para o trabalho de restauração e conservação. Previsto para terminar em
2009, esse trabalho está sendo realizado com a cooperação da Ilha de
Páscoa e da República do Chile.
O financiamento para esse projeto ambicioso, que foi concebido pelo CEO
Stefan Maar, está sendo oferecido por
várias empresas conhecidas através
de um programa de patrocínio cultural.
Esse projeto tem recebido uma grande
cobertura e muitos elogios da imprensa internacional.
Por ser um dos apoiadores do projeto,
a Kaeser Compressores forneceu o
compressor portátil Mobilair 26, que
pode ser usado em uma grande variedade de trabalhos em pedras e assim
ajudar na preservação desses maravilhosos trabalhos de arte.
Autor: Klaus Dieter Bätz
Contato: [email protected]
Report 2/07 – www.kaeser.com
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