DO ANO MELHORES - ElectronicsAndBooks
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JUST 3 E S CAU DEZEMBRO D EZEM EMBR BRO 2015 O E OUTROS à IÇ U R T S E D E D UIA SÃO NESSE R E IV D DICAS DE VOOA, G A U S R A IN URB TRUQUES PARAIST EXPLOSIVO DO QUE GTA V JOGO M FALLOUT 4I 10 coisas que vocêi precisa saber antes dei começar a exploraçãoi Ano 17 | Nº 214 4 BLOODBORNEI THE OLD HUNTERSI Testamos os novosi desafios da expansãoidessei incrível universo sombrioi MELHORES DO ANO R PÔSTSEIV O U L EXC R 3: CHE THE WIT UNT D IL W JUH ST CAUSE 3 OS OS LANÇAMENTOS LANÇAMEN QUE ENTRARAM MP PARA A HISTÓRIA DOS DO OS S GAMES PRÊMIOS E ESPECIAIS SP PECIAIS S + Melhor herói erói e vilão + Cena maiss marcante + Morte mais ais criativa criat + Melhor or final + Maior batalha alha do ano OVERWATCH EITR CALL OF DUTY: BLACK OPS III PONCHO STAR WARS BATTLEFRONT LEGO DIMENSIONS LIFE IS STRANGE DISGAEA 5 METAL GEAR ONLINE THE CREW WILD RUN Aydano Roriz Luiz Siqueira Tânia Roriz Editor e Diretor Responsável: Aydano Roriz Diretor-Executivo: Luiz Siqueira Diretor-Editorial e Jornalista Responsável: Roberto Araújo – MTb.10.766 – [email protected] REDAÇÃO Editor: Humberto Martinez Repórteres: Douglas Pereira, Gilsomar Livramento e Pedro Sciarotta Editor de Arte e Design de Capa: Alexandre Lima Revisão de Texto: Felipe Azevedo Colaborou: Felipe Azevedo, Eduardo Trivela e Pablo Raphael AO LEITOR 2015 rendeu Ter passado mais de 130 horas jogando The Witcher III certamente ajudou a criar essa impressão de que o ano rendeu bastante Diretor de Publicidade: Mauricio Dias (11) 3038-5093 SÃO PAULO E-mail: [email protected] Coordenador: Alessandro Donadio Executivos de negócios: Angela Taddeo, Elisângela Xavier, Ligia Caetano, Renato Peron e Roberta Barricelli Criação publicitária: Daniel Bordini (11) 3038-5103 Trafego: Thiago Tane OUTRAS REGIÕES Bahia e Sergipe: Aura Bahia – (71) 3345-5600 / 9965-8133 Brasília: New Business – (61) 3323-0205 Paraná: GRP Mídia – (41) 3023-8238 Rio Grande do Sul: Semente Associados – (51) 8146-1010 Santa Catarina: MC Representações – (48) 9983-2515 Outros estados: Mauricio Dias – (11) 3038-5093 EUA A e Canadá: Global Media – +1 (650) 306-0880 CIRCULAÇÃO E LIVRARIAS Gerente: Ézio Vicente ([email protected]) Equipe: Henrique Guerche, Paula Hanne e Pedro Nobre Assinaturas e Atendimento ao Leitor 4 Gerente: Fabiana Lopes ([email protected]) Coordenação:7DPDU%LIÚWDPDU#HXURSDQHWFRPEU Equipe: Carla Dias, Josi Montanari, Vanessa Araújo, Maylla Costa, Camila Brogio, Bia Moreira, Mila Arantes e Fabrine Macedo. EUROPA DIGITAL T E-mail: www.europanet.com.br Gerente: Marco Clivati ([email protected]) Equipe: Anderson Ribeiro, Anderson Cleiton, Adriano Severo e Karine Ferreira PRODUÇÃO E EVENTOS Gerente: Aida Lima ([email protected]) Equipe: Beth Macedo (produção) e Denise Sodré (propaganda) LOGÍSTICA Coordenação: Liliam Lemos ([email protected]) Equipe: Paulo Lobato, Gabriel Oliveira e Gustavo Souza ADMINISTRAÇÃO Gerente: Renata Kurosaki Equipe: Paula Orlandini, Vinicius Serpa e William Costa DESENVOLVIMENTO DE PESSOAL Tânia Roriz e Elisangela Harumi Rua MMDC, 121 São Paulo, SP CEP 05510-900 Telefone: 0800-8888-508 (ligação gratuita) São Paulo: (11) 3038-5050 Pela Internet: www.europanet.com.br E-mail: [email protected] $3OD\6WDWLRQ5HYLVWD2ÚFLDOs%UDVLOÂXPDSXEOLFDÀ¼RGD Editora Europa Ltda. (ISSN 0104-8732). A Editora Europa não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios de terceiros. As reportagens localizadas da PlayStation 2IÚFLDO0DJD]LQHV¼RSURSULHGDGHVGD Future Publishing, uma empresa do grupo Future Network, Reino Unido, 2006. Distribuidor Exclusivo para o Brasil: DINAP Ltda. Distribuidora Nacional de Publicações Rua Dr. Kenkiti Shimomoto, 1.678 CEP 06045-390 - Osasco, SP Impressão: /RJ3ULQW*UºÚFDH/RJÆVWLFD6$ 6RPRVÚOLDGRV¹ IVC - ,QVWLWXWR9HULÚFDGRUGH&LUFXODÀ¼R N ão sei como 2015 foi para você, mas eu tive a impressão de que o ano durou uns 25 meses. Não sei se foi por conta da quantidade de projetos incríveis que produzimos no núcleo de games da Editora Europa ou se foi por conta da avalanche de jogos gigantescos lançados ao longo do ano (talvez os dois juntos), mas esses 12 meses renderam como nunca. E pensar que 2016 promete ser ainda melhor, o ano dos peso-pesados, previsto para receber Uncharted 4, Final Fantasy XV, Street Fighter V, Horizon: Zero Dawn e, o que mais me deixa ansioso, o mundo da realidade virtual com o PlayStation VR – fora outros segredinhos fortes sobre o PlayStation 4 que ainda não posso contar, mas que certamente você vai saber primeiro aqui na PRO-BR. A parte mais gostosa de encerrar um ano e se preparar para começar um novo é a vontade extra de renovar os nossos desafios. A Revista PlayStation está sempre mudando seu estilo e experimentando novas ideias, muito por conta da participação dos leitores no desenvolvimento da revista. Por isso espero sua participação nas nossas redes sociais para contribuir com sua opinião, crítica e ideias para um novo ano de muitas revistas, livros e projetos especiais. Espero por você no Facebook. ^^ Humberto Martinez EDITOR [email protected] SE FOR O CASO, RECLAME. NOSSO OBJETIVO É A EXCELÊNCIA! REDAÇÃO Fone: (11) 3038-5050 Fax: (11) 3819-0538 E-mail: [email protected] CORRESPONDÊNCIA Rua MMDC, 121 CEP 05510-900 São Paulo – SP Site: www.europanet.com.br PUBLICIDADE Fone: (11) 3038-5098 Fax: (11) 3038-5093 E-mail: [email protected] ATENDIMENTO Fone: 0800-8888-508; São Paulo (11) 3038-5050 Fax: (11) 3819-0538 (8h às 20h, segunda a sexta) Email: [email protected] DIGITAL Site: www.europadigital.com.br E-mail: [email protected] Sistemas: Windows, iOS, Android, Mac e Linux Baixe na from Download Windows Store * PLAYSTATION é uma marca registrada da Sony Computer Entertainment Inc. facebook.com/PlayStationRevistaOficial E D I Ç Ã O C O M E M O R AT I VA DEZEMBRO 2015 MAFIA III SPOILER UNCHARTED A MAIOR MARCA DE VIDEOGAMES DO PLANETA COMEMORA P A DUAS DÉCADAS DE GRANDES SUCESSOS G S. REVIVA ESSA TRAJETÓRIA E SEUS M MELHORES MOMENTOS NOVEMBRO 2015 PÔSTER EXCLUSIVO STAR WARS BATTLEFRO STREET NT FIGHTER V Ano 17 | Nº 212 | R$ 12,50 NOVEMBRO 2015 PLAYSTATION PLAY PL L TION IO O BATTLEFRONT FOMOS ATÉ A SUÉCIA CONFERIR A GUERRA ENTRE REBELDES E O IMPÉRIO QUE VAI SURPREENDER ATÉ OS MAIS FANÁTICOS BÔNUS DE ANIVERSÁRIO GRANDES PERSONAGENS QUE MARCARAM A HISTÓRIA DO PLAYSTATION ROCK BAND 4 NEED FOR SPEED ASSASSIN’S CREED: SYNDICATE JUST DANCE 2016 DETROIT: BECOME HUMAN GRAN TURISMO SPORT WILD DRIVECLUB BIKES @PlayOficialBR 30 38 70 BATTLEBORN FOR HONOR CAVALEIROS DO ZODÍACO: ALMA DOS SOLDADOS SOMA DISNEY INFINITY 3.0 TRANSFORMERS: DEVASTATION THE WITCHER 3: HEARTS OF STONE facebook.com/PlayStationRevistaOficial 66 WWE 2K16 OVERWATCH STREET FIGHTER V Testamos as habilidades da brasileira Laura e dos outros novos lutadores A história das aventuras de Nathan Drake antes da jornada de Uncharted 4 20 ANOS DE Ano 17 | Nº 213 | R$ 12,50 SUMÁRIO Desta vez a máfia italiana é a sua inimiga em um novo e audacioso mundo aberto ‘95-’15 ‘9 95 ’115 nossa avaliação 10 Indispensável 9 Excelente 8 Ótimo 7 Muito Bom 6 Bom 5 Normal 4 Fraco 3 Muito Fraco 2 Ruim 1 Péssimo Perfeito ou muito perto disso Altamente recomendável Excelente em quase tudo Alugue antes de comprar Uma experiência decente Divertido e frustrante Muito problemático Total falta de atrativos Uma desgraça completa Se você vir um jogo assim aqui, estamos loucos LIFE IS STRANGE índice geral capa 14 OS MLEHORES DE 2015 seções JUSTA CAUSE 3 62 56 08 FALA GALERA 76 NETWORK 82 RETROSTATION (VALKYRIA CHRONICLES) 84 TOP 20 (JOGOS EXCLUSIVOS) 86 MELHORES MOMENTOS (TONY HAWK'S PRO SKATER 2) 90 DOUTOR PLAYSTATION 36 STYX: SHARDS OF DARKNESS 36 FIREWATCH 36 FUTUREGRIND 37 LIFE GOES ON: DONE TO DEATH 37 DRIVE! DRIVE! DRIVE! 37 GNOG 37 MOON HUNTERS 37 SOFT BODY 37 INVISIBLE, INC. especial 38 JUST CAUSE 3 previews STAR WARS BATTLEFRONT CALL OF DUTY BLACK OPS III O N D E T E S TA M O S O S J O G O S Os videogames exigem cada vez mais investimentos inteligentes em acessórios que aproveitem ao máximo os recursos dos jogos. Para os testes desta edição, a redação da PRO-BR usou a TV LED Smart 3D Philips 55PFL6007G/78, com 55", Full HD e Dual Gaming (tecnologia 3D que permite, em uma partida para dois jogadores, que cada jogador enxergue apenas o seu jogo). Para aproveitar cada detalhe dos efeitos sonoros e fazer uso das vantagens de efeitos surround, usamos os fones Turtle Beach PX5 e Sony Pulse Wireless 7.1 Headset - Elite Edition. 30 OVERWATCH 34 EITR 36 FURI análises 46 FALLOUT 4 56 CALL OF DUTY BLACK OPS III 62 STAR WARS BATTLEFRONT 64 LEGO DIMENSIONS 66 WWE 2K16 68 LIFE IS STRANGE 70 AMONG THE SLEEP 72 DISGAEA 5 ALLIANCE OF VENGEANCE 74 PONCHO 74 SWORD ART ONLINE: LOST SONG 74 KROMAIA OMEGA 5 Q U E M É O P O V O D E S S A TA L D E P R O - B R Humberto Martinez EDITOR Pedro Sciarotta REDAÇÃO Douglas Pereira REDAÇÃO Gilsomar (GIL) Livramento REDAÇÃO Alexandre Lima ARTE E O Q U E E L E S R E C O M E N D A M PA R A V O C Ê 6 Se você gosta de futuros distópicos, vai curtir o livro ou o filme O Doador de Memórias. Nessa história, apenas uma pequena fração da humanidade sobreviveu a uma grande guerra. Para impedir que essa tragédia pudesse ocorrer de novo, foi criada uma sociedade "ideal", com igualdade imposta, sentimentos reprimidos e nenhuma recordação do passado humano. Apenas uma pessoa tem o direito de portar as lembranças desse mundo que não existe mais: o guardião. Borbardeado pelos sentimentos dessas lembranças, o novo guardião questiona essa sociedade. Jessica Jones é a nova série da parceria Marvel e Netflix, situada no mesmo universo de Demolidor. No entanto, não pense que é apenas outra série de superherói. A temática é muito mais profunda e aborda o trauma de Jessica causado por Kilgrave, o supervilão capaz de controlar mentes. A personagem brilha na atuação de Krysten Ritter (a Jane de Breaking Bad) com seu humor cínico, jeito auto-destruitivo e incapacidade de demonstrar amor, ainda que queira proteger as pessoas a sua volta. Parasyte é um mangá clássico no Japão, publicado nos anos 1990, e agora está saindo aqui no Brasil. A história é de pequenos parasitas que apareceram na terra e se infiltram nas cabeças das pessoas e dominam o cérebro delas. Um desses se infiltra de um jeito errado e acaba se hospedando no braço direito do jovem Shinichi Izumi, agora ambos são obrigados viver em conjunto. Há cenas de terror gore, algumas lutas, diálogos ótimos e humor na medida certa. São apenas 10 edições mensais e, a julgar pelos dois primeiros volumes, vale muito. O anime da vez é Shirobako, que aborda a história de cinco amigas que sonham trabalhar na indústria da animação japonesa como roteiristas, produtoras e dubladoras. Em paralelo à luta das garotas, é mostrado o dia a dia de um estúdio de animação e loucura que é a produção de um anime ao lidar com prazos, ritmo de trabalho insano e diversos contratempos. Shirobako possui 24 episódios e um OVA (Original Video Animation). Pearl Jam não é nehuma novidade, inclusive é uma banda que se mantêm no mercado com a mesma proposta de fazer um rock 'n' roll honesto e sem mimimi. Minha dica fica para um projeto feito em 1991 que juntou Stone Gossard, Jeff Ament (Mother Love Bone) Mike McCready e Eddie Vedder (Pearl Jam) e Chris Cornell e Matt Cameron (Soundgarden), o Temple of the Dog. Essa superbanda conseguiu, no auge do movimento grunge, criar um dos maiores hits da época: Hunger Strike. Esse projeto nasceu em homenagem ao amigo Andrew Wood que faleceu em 1990. facebook.com/PlayStationRevistaOficial FALA,GALERA FACEBOOK facebook.com/PlayStationRevistaOficial E D I Ç Ã O C O M E M O R AT I VA NOVEMBRO 2015 ‘95-’15 ‘9 95 ’1 15 20 ANOS DE PLAYSTATION P LA ‘95-’15 ‘9 95 ’115 NOVEMBRO 2015 Ano 17 | Nº 213 | R$ 12,50 E D I Ç Ã O C O M E M O R AT I VA Ano 17 | Nº 213 | R$ 12,50 PLAYSTATION PL L Y TIION O BÔ BÔNUS ÔNU DE PPLA ANIVERSÁRIO GRAN NDES PERS A MAIOR MARCA DE VIDEOGAMES DO PPLANETA COMEMORA A DUAS DÉCADAS DE GRANDES SUCESSOS G S. REVIVA ESSA TRAJETÓRIAJUST E SEUS S DANCE MELHORES MOMENTO M S DRIVECLUB BIKES 2016 BÔNUS DE ANIVERSÁRIO GRANDES PERSONAGENS QUE MARCARAM A HISTÓRIA DO PLAYSTATION ROCK BAND 4 NEED FOR SPEED ASSASSIN’S CREED: SYNDICATE JUST DANCE 2016 DETROIT: BECOME HUMAN GRAN TURISMO SPORT WILD DRIVECLUB BIKES #213 Os vinte anos de PlayStation foram bem comemorados nessa edição 8 Jogo do Ano Este ano a disputa será pesada entre The Witcher 3 e Metal Gear Solid V como melhor jogo do ano, mas não podemos esquecer de Bloodborne! No entanto, apesar de eu ter amado MGSV e pensar que foi a série que mais evoluiu (sou suspeito para falar), acho que o 'Bruxeiro' leva este ano! Shion Carlos, via Facebook Chega de FPS Este ano foi muito bom. Vários jogos de peso foram lançados e fica difícil escolher o melhor de 2015. VIDA GAMER Pena que outros tantos jogos foram adiados, mas é bom saber que temos uma previsão para 2016 com ótimos lançamentos também. Minha única crítica é que ainda falta um pouco de variedade aos jogos. Entra ano e sai ano e temos aquela enxurrada de jogos de tiro. Precisamos de mais variedade! Rodrigo Furtado, via Facebook Phantom Pain 20 ANOS DE ROCK BAND 4 NEED FOR SPEED SPEED A DETROIT: BECOME HUMAN GRAN N TURISMO T SPORT TWITTER @PlayOficialBR Joguei todos os jogos que estão concorrendo a GOTY e gostaria que Metal Gear Solid V ganhasse, mas há um pequeno problema: após terminá-lo, a "dor fantasma" se torna real. Parece que, no final, a briga entre Kojima e Konami esquentou tanto que o que era "Liquid" evaporou. Por isso, acredito que o título não ganhará o prêmio de jogo do ano. Aposto minhas fichas em The Witcher 3, que é um jogo que já se encontra na minha lista de favoritos e veste com elegância a armadura da geração atual. Grégory Teixeira, via Facebook Cosmicismo Neste ano, curti muito Bloodborne. Como também sou apaixonado por livros, percebi a enorme influência do universo do autor H. P. Lovecraft no mundo do jogo, seja em um simples diálogo ou na ambientação do game propriamente dita. Ademais, Coleção PlayStation EMAIL [email protected] como fã da série Souls, constatei que, além de inovação enquanto nova propriedade intelectual, o game manteve o ótimo nível dos demais jogos da produtora. Wellington Pinto, via Facebook Animes no PS3 Este ano ainda trouxe bastante jogos interessantes para o PS3, principalmente de animes, como Dragon Ball Xenoverse, J-Star Victory Vs +, One Piece: Pirate Warriors 3 e Cavaleiros do Zodíaco: Alma dos Soldados. Para quem curte o gênero, foi bem bacana ter legendas e dublagens em português. Placido Martins, via Facebook Colecionando Comecei a colecionar a revista há mais ou menos um ano e meio e foi muito legal acompanhar as mudanças ao longo do tempo. Só tenho a parabeniza-los pelo ótimo trabalho e dizer que a revista dá de dez a zero em muitas por aí. Até mesmo alguns amigos meus que não gostavam muito de revistas começaram a ler e continuam até hoje. Paulo Eduardo, via Facebook Call of Lag Estou indignado com Call of Duty: Black Ops III. Como uma empresa do porte da Activision pode lançar um jogo cheio de lag e bugs a ponto de ser praticamente impossível jogar o modo multiplayer? Sou muito fã da franquia desde que a joguei pela primeira vez no PS2. Passo o ano inteiro esperando o mês de novembro, quando COD é lançado, para comprar logo no dia do lançamento. Porém, dessa vez fiquei frustrado por conta de tantos problemas. Gostaria de ver um pronunciamento da empresa sobre os esforços para solucionar o caso. Rodrigo Ribeiro, via e-mail Revista Jedi Adilso Andrade e o fillho Álvaro são grandes colecionadores de videogames – e da Revista PlayStation, claro! Quer mostrar sua coleção também? Mande uma foto em boa qualidade para o nosso e-mail ou página no Facebook. A matéria de Star Wars Battlefront, na edição #212 ficou incrível! Superou até mesmo aquela que vocês fizeram de The Witcher 3 (o que não era fácil). Continuem assim sempre! Luís Guilherme, via Facebook VALE UM RETUÍTE? Nós perguntamos: Quais foram os seus jogos preferidos de 2015 e por quê? E você respondeu: @lukssauro The Witcher III. Além da história ser muito boa, o jogo é cheio de detalhes e missões secundárias. @HuskySiBeRiaN0 Tivemos muitos jogos bons. Meus três preferidos foram Batman, Mad Max e Dying Light @jesseisfree MGSV! Foi especial pela mensagem de agradecimento do Kojima por nós, jogadores, termos ajudado a criar a franquia. @chicleteradio Batman: Arkham Knight pela ambientação e Mad Max pelo universo e pelo final furioso! (sem spoilers) @NoctisHikaru The Witcher III foi o melhor, pois não houve jogo melhor localizado para o Brasil como ele! Senhor Geraldão de Rivia arrebentou! @Schmitt_Wylde Ainda é cedo para falar Fallout 4, por isso fico com MGSV. Apesar de repetitivo, é ótimo! @Halph14 The Witcher III. Gráficos incríveis e história sensacional. Uma verdadeira obra-prima dos videogames! @Cyberdri Vou de Uncharted Collection pelo conjunto da obra: gráficos e dublagem. Que venha Uncharted 4! Queremos saber o que você pensa... @PlayOficialBR. facebook.com/PlayStationRevistaOficial DESAFIO PHOTO MODE Aperta o Share! É hora de compartilhar suas imagens do PS4 MOSTRE SEU OLHAR ÚNICO DO MUNDO DOS GAMES E MANDE SUA CAPTURA DE JOGO PARA [email protected] 10 Vinicius Matias capturou praticamente uma selfie de Joel em The Last of Us Remasterizado e batizou a imagem de "Vinte Anos de Sobrevivência" É Natal do mundo de Mad Max, como pode ser visto nesta captura feita pelo leitor Daniel Lavinscky O leitor Guilherme Teles encontrou uma ótima iluminação para capturar esta imagem em Metal Gear Solid V: Phantom Pain PS4 OUTUBRO OS MAIS VENDIDOS TÍTULO FIFA Soccer 16 Conheça os campeões de vendas das lojas brasileiras no mês de outubro. Baseado no painel de varejo da GfK, empresa que monitora mensalmente as vendas nos principais varejistas do Brasil - www.gfk.com/br PS3 STATUS ©2 (2) Pro Evolution Soccer 2016 –– (2) Metal Gear Solid V: The Phantom Pain ª2 (2) The Witcher III: Wild Hunt ©1 (6) Uncharted: Nathan Drake Collection () Batman: Arkham Knight ©3 (5) Mad Max ª3 (2) Destiny ª1 (3) Assassin's Creed Syndicate () Grand Theft Auto V () TÍTULO STATUS FIFA Soccer 16 Pro Evolution Soccer 2016 Pro Evolution Soccer 2013 Minecraft Gran Turismo 6 Destiny Batman: Arkham Asylum + Ark. City Grand Theft Auto V Pro Evolution Soccer 2015 LEGO Marvel: Super Heroes ©8 (2) ª1 (2) –– (2) ©4 (10) ª1 (10) () () ª3 (10) ª3 (10) () LEGENDA ª Posições que caiu | © Posições que subiu | (X) Frequência na lista, em edições | — — Manteve a posição | () Estreia ou retorno à lista facebook.com/PlayStationRevistaOficial ESPECIAL 14 OS MELHORES JOGOS DE 2015 Após mais um ano incrível de lançamentos no universo PlayStation, chegou a hora de escolher os gigantes que entrarão para a história dos videogames OS O S MELHORES DO ANO 15 ESPECIAL #10 16 A S S A S S I N ' S C R E E D : S Y N D I C AT E Voltando da segunda divisão com estilo omos surpreendidos. Syndicate não estava em nossas apostas para 2015 por conta do desgaste que a série sofreu nos últimos anos e, principalmente, pela decepção com Assassin's Creed Unity, lançado no ano passado. Porém, Syndicate trouxe renovação e qualidade suficientes para nos fazer voltar a acreditar... de novo. Os gêmeos Evie e Jacob Frye são os melhores protagonistas desde o italiano Ezio Auditore. Suas personalidades são contrastantes, carismáticas e criam uma relação interessante que afeta a mecânica de jogo de cada um deles. Evie é cuidadosa e prefere ser furtiva, enquanto Jacob gosta de apelar para a violência. Eles seguem por F caminhos diferentes para enfrentar os Templários, o que cria missões específicas de acordo com os objetivos de cada um. Se existe uma coisa que nunca falhou na série foi a ambientação. Syndicate mantém essa qualidade ao nos levar para Londres, a capital do mundo na era vitoriana. No ápice da Revolução Industrial, fábricas e trens a vapor compõem um cenário habitado por figuras históricas como Charles Darwin, Alexander Graham Bell, Karl Marx e Charles Dickens. Outro trunfo costumeiro é a trilha sonora, dessa vez criada por Austin Wintory, o compositor do inesquecível Journey. Syndicate poderia ser mais do mesmo se não fossem algumas mudanças cruciais. Os NPCs se dividem para oferecer missões de determinados tipos e os distritos do mapa são liberados ao cumprir tarefas variadas. O combate também passou por uma reformulação, com novos inimigos que possuem níveis de dificuldade que recompensam tentativas de furtividade (algo que nunca funcionou tão bem na série quanto agora). O gerenciamento das habilidades dos gêmeos e de sua gangue, os Rooks, é bacana e simples de administrar. E há ainda as carroças para dirigir e o gancho para se locomover pela cidade, boas novidades, mesmo que desviem o jogo de suas raízes no parkour. Console PS4 / Produtora Ubisoft Quebec PRÊMIOS ESPECIAIS VOTO POPUL AR MELHOR REMASTER THE WITCHER 3 O POVO AMA O BRUXO UNCHARTED: THE NATHAN DRAKE COLLECTION Por meio do nosso canal do Facebook, abrimos uma votação para os leitores escolherem os melhores jogos do ano. Em primeiro lugar, com 20,77% dos votos, ficou The Witcher 3, seguido pela disputa acirrada entre Bloodborne (14,79%) e MGSV: The Phantom Pain (13,38%). Com os três jogos principais da série em um único pacote, essa coleção imortaliza as aventuras de Nathan Drake com resolução em 1080p, rodando a 60fps, novos troféus e modo fotografia. O maior destaque do pacote é a evolução gráfica do primeiro jogo, Uncharted: Drake's Fortune. OS MELHORES DO ANO #9 DISGAEA 5 17 Mantendo a bandeira do RPG tático com orgulho m tempos dominados por jogos de ação, a Nippon Ichi continua firme e forte com seu RPG tático Disgaea, sempre refinando e expandindo seu divertido universo. Disgaea 5: Alliance of Vengeance combina elementos dessa franquia com mais de dez anos de estrada e a adequa aos novos tempos, porém sem perder sua identidade ou abrir mão do humor sarcástico com piadas sobre a cultura pop. O Netherworld, o mundo dos demônios, está em uma guerra cósmica em diferentes realidades e é atacado pelo temido Void Dark, o imperador dos demônios. Para combatê-lo você controla Killia, um demônio errante em busca de vingança. Embora seja um demônio que derrota monstros com apenas um golpe, E Killia deve viajar para reinos de outras realidades para se aliar a Overlords (poderosos líderes demoníacos): a princesa Seraphina, o tático Christo, a amaldiçoada Usalia, o brutamontes Red Mangus e o especialista em ninjutsu, Zeroken. A piada começa com Killia se colocando no lugar do jogador ao estranhar o comportamento dos personagens caricatos e sem sentido. É o primeiro Disgaea em que a dificuldade está mais baixa e a trama é mais direta, abrindo portas para novos fãs do gênero. Mas nem por isso os veteranos ficam de fora, já que em paralelo às mais de 20 horas de história há uma infinidade de conteúdos extras, com uma quantidade maior e mais diversificada de personagens secundários e monstros para recrutar e criar um exército. Alliance of Vengeance é um colírio para fãs de jogos 2D: o visual de todos os personagens foi redesenhado em alta definição e ganhou mais quadros de animações. Diálogos contam com dublagem excelente e textos divertidos pontuam os momentos principais. Além das atrações clássicas, como o Item World (entre no mundo do item para evolui-lo) e o Chara World (entre na mente do personagem que deseja evoluir), agora há mais lojas para equipar seus personagens e uma inédita barra de vingança que faz a sua equipe entrar no modo Overlord e desferir ataques devastadores que podem até cortar o planeta ao meio. Console PS4 / Produtora Nippon Ichi LOCALIZ AÇÃO M E L H O R E X PA N S à O THE WITCHER 3 FFXIV: HEAVENSWARD Mais de 90 profissionais foram contratados para dublar quase mil personagens. É o mais ousado trabalho de dublagem que já vimos em um jogo, e também o melhor. E todas as toneladas de textos de livros, descrições de itens, fichas de personagens, menus e afins estão 100% em português. Heavensward coroa o trabalho de sucesso que FFIXV: A Real Reborn vem desempenhando desde 2013. A expansão introduz classes, um continente, montarias voadoras e uma bela continuação da história principal. A meta de Heavesward não é consertar problemas, mas expandir um universo. ISSO SIM É BRUXARIA UM NOVO MUNDO ESPECIAL #8 JUST CAUSE 3 18 Embaixador da destruição ntre tantos jogos que se preocupam em oferecer alguma mensagem especial para a sociedade e entre tantas discussões que clamam por mais "amor e inteligência" nos videogames (seja lá o que isso quer dizer), Just Cause 3 só quer curtir de boa. É como o cara que senta no sofá e assiste ao futebol enquanto todos estão discutindo no Facebook. É um jogo simples de costumes simples. A maior prova disso é que a aventura começa do jeito mais direto possível. Rico está a bordo de um avião, já a caminho de se encontrar com um amigo para começar a libertar a ilha onde cresceu, dominada por um tirano. E é isso. A partir daí, só nos E lembramos de paraquedas, voos livres com a melhor wingsuit dos videogames e muito fogo e fumaça provenientes de explosões quase pornográficas de tão incríveis. A sensação de liberdade de Just Cause 3 é inigualável. Quem nunca sonhou em sair voando por aí a qualquer momento? Existe algo nos controles simples e agradáveis, e no fato de Rico não ter nenhum superpoder – ele só tem um gancho com física fora da realidade – que torna seu voo crível e até empolgante. Cruzar uma ilha tropical e passar por vários desafios para ganhar habilidades cada vez mais doidas, sem se preocupar com realismo ou com um monte de gerencialmente de sistemas e itens é libertador. Deveríamos inventar o prêmio "melhor jogo para aliviar o estresse" só para premiar o melhor atrativo de Just Cause 3. E no meio desses voos todos estão as explosões mais satisfatórias dos últimos anos nos videogames. De cidade em cidade, de base em base, você deixa um rastro de destruição enorme e é muito divertido fazer isso de novo e novo, com uma grande variedade de armas e bombas que incentivam sua criatividade e que transformam a simples ideia de destruir coisas em uma das ideias mais bem realizadas do ano. Afinal, esse é um dos motivos de termos novos videogames: para assistir a explosões melhores. Console PS4 / Produtora Avalanche Studios PRÊMIOS ESPECIAIS M U LT I P L AY E R MELHOR MUNDO ROCKET LEAGUE THE WITCHER 3 Nem Star Wars: Battlefront, tampouco CoD: Black Ops III: o multiplayer mais viciante do ano é o futebol com carros de Rocket League. Os controles são simples para que qualquer um posso jogar de imediato, mas é o talento de cada um que permite jogadas inacreditáveis. Reinos devastados pela guerra, ruínas élficas, cidades imponentes, pântanos sombrios... O mérito do mundo de The Witcher 3 não é só a beleza de inúmeros cenários, mas o fato dos que eles são habitados por seres, monstros e personagens que vivem em comunidades complexas e críveis. MELHOR FUTEBOL DO ANO UM MUNDO DE MARAVILHAS OS MELHORES DO ANO SURPRESA DO ANO #7 U N T I L D AW N 19 Eu sei o que você fez no checkpoint passado or ter sido anunciado originalmente como um jogo focado nas funções do PSMove, Until Dawn não criou o hype típico de uma exclusividade PlayStation. O fato de o projeto ter sumido por diversos meses para retornar com outro foco, sem ligações com o controle de movimentos, não ajudou. E é nessas situações, quando o público não tem grandes expectativas, que grandes supresas costumam acontecer. Until Dawn é um jogo de ação que caminha no vale dos filmes de terror de verão, aqueles que pipocam nos cinemas na época de férias escolares e que servem para dar uns sustos divertidos na galera. Sua missão é alternar o controle entre oito personagens adolescentes P para tentar sobreviver a todos os clichês possíveis e imagináveis dessa categoria do terror. Tem fantasmas, maldições indígenas, serial killers... e uma explicação até razoável para isso tudo, segredo que você descobre se conseguir sobreviver ao maior índice de tentativas de assassinatos por minuto que já vimos em um jogo. Tudo começa quando adolescentes babacas pregam uma peça e alguém acaba morto. Dois anos depois, esse bando de bestas se reúne em uma luxuosa casa na montanha para botar um ponto final no climão que ficou depois da tragédia. A confraternização com piadas sem graça típicas da idade e tensão sexual nas alturas logo vira uma luta pela sobrevivência quando a contagem de corpos começa e ninguém entende o que está acontecendo. O jogo simula com perfeição o clima desse tipo de filme: você acha os personagens bobos, as mortes bizarras e, ainda assim, se diverte e escolhe por quem torcer. E é muito legal passar medo junto com o personagem controlado, afinal você não pode fechar os olhos nas cenas tensas e deve controlá-lo rumo à salvação. A diferença do jogo para um filme é que você realmente pode agir para intervir nos rumos da história, tomando decisões que podem resultar em um final com todos os adolescentes vivos, todos mortos ou todas as variáveis entre essas duas. Console PS4 / Prod. Supermassive Games MELHOR FINAL MELHOR ROTEIRO BATMAN: THE WITCHER 3 A Rocksteady se despede de Batman com uma missão final delirante. Afetado pelas toxinas do Espantalho, Batman trava uma luta dentro de sua própria cabeça. O empolgante final "verdadeiro", o Protocolo Knighfall, ainda deixa um final aberto para teorias dos fãs. A busca por Siri, a ameaça da Caçada Selvagem, a guerra entre o sul e o norte, o extermínio de inumanos, as picuinhas dos vilarejos... Tanto os pequenos eventos secundários quantos os acontecimentos principais são ricos, apaixonantes e motivam a querer jogar cada vez mais. ARKHAM KNIGHT INÚMERAS HISTÓRIAS ESPECIAL MELHOR FINAL #6 B AT M A N : A R K H A M K N I G H T 20 Um encerramento digno para a série da Rocksteady Rocksteady revolucionou os jogos de super-herói. Antes de Batman: Arkham Asylum, o primeiro da trilogia, nunca um jogo do gênero conseguiu oferecer uma narrativa tão forte, com mecânicas consistentes e fidelidade aos quadrinhos. Batman: Arkham Knight oferece tudo o que a série inventou de melhor. Elementos como a visão de detetive e o combate corporal cheio de combos, contra-ataques e atordoamentos se tornaram um padrão nos jogos de ação. A Rocksteady também fez questão de respeitar o tempo investido nos jogos anteriores. Apesar de haver uma progressão de força em Batman, todos os A equipamentos e habilidades conquistados nos títulos prévios estão disponíveis logo de cara. O mundo aberto de Batman: Arkham City também foi expandido. Gotham City inteira era o palco da diversão, cheia de referências ao universo do personagem, missões para capturar grandes vilões e troféus do Charada. Muitos. Troféus. do. Charada. Além disso, o Batmóvel foi realmente a maior novidade dessa nova aventura. Misturando o poder de defesa de um tanque com a velocidade e o design de um carro esportivo, o veículo serve tanto para o combate como para solucionar certos quebra-cabeças. Batman: Arkham Knight se destaca pelo enredo e linhas de diálogo. O jogo conta com um novo vilão, o Cavaleiro de Arkham, e parte da trama envolve descobrir quem é esse personagem misterioso – não foi uma revelação das mais criativas, mas tudo bem. O ponto mais interessante, no entanto, é o Coringa. O palhaço icônico morreu ao final de Arkham City e retorna de forma memorável. Por conta de eventos bem amarrados à história, ele está sempre presente, comentando cada ação do herói de forma irônica e incrível. Parece mesmo que o Homem-Morcego e o Coringa não podem viver separados. Console PS4 / Produtora Rocksteady Studios PRÊMIOS ESPECIAIS MELHOR HERÓI MELHOR VIL ÃO GERALT DE RIVIA SKULL FACE Durão por profissão, mas capaz de ter compaixão. Uma espécie de pai protetor. Sincero e galante com as mulheres (mesmo amando uma em especial). E o melhor: é um dos raros personagens que falam o que queremos ouvir, então prefere ser grosso e sarcástico do que usar frases de efeito. Na falta de um Snake que fale muito, Skull Face fala pelos dois. Cada vez que ele aparece em cena em MGSV: The Phantom Pain é um momento de pura tensão, e a cada discurso sobre seu passado triste e sua ideia de vingança vamos vendo o louco doente em que ele se transformou. UM BRUXO DE MIL FACES FALA MUITO, CARA! OS MELHORES DO ANO #5 FALLOUT 4 21 Não é aquela Brastemp... allout 4 simboliza um fenômeno comum em 2015: jogos que decepcionam dentro de suas próprias franquias, mas que são ótimos em seu gênero. Você não vai achar fãs por aí dizendo que esse é o melhor Fallout, e vai ver muita gente criticando e comparando-o com o que Fallout 3, New Vegas e até mesmo os anteriores a esses fizeram melhor. Porém, esse Fallout mediano ainda é um jogo que não se vê todo dia, especial o suficiente para entrar em uma lista de melhores jogos do ano. Isso porque ainda não existem mundos como os criados pela Bethesda, que nos fazem deixar de lado vários problemas para investigar cada canto dessas terras pós-apocalípticas. E dessa vez dá para curtir melhor o passeio, pois é F possível se defender muito melhor das aberrações que surgiram da radioatividade, com controles de tiro mais refinados e um sistema de evolução de armas e armaduras muito mais completo. Sem falar na chance de construir a casinha no meio do nada que você sempre quis – no caso, o meio do nada é o jogo inteiro e pode ser divertido ter um lugar bem cuidado para retornar à noite. Talvez o que mais brilhe em Fallout 4 sejam os seus companheiros de jornada, os melhores da série (pelo menos nesse quesito, esse é o jogo superior). Eles deixam de ser o mordomo, o gladiador, o detetive, a jornalista, e passam a ser alguém com quem a gente se importa, que está sempre ao nosso lado dizendo as frases corretas durante todos os momentos. Uns são mais legais que outros – Codsworth, você mora aqui no lado esquerdo do peito –, mas todos eles são personagens bastante interessantes de modo geral. Quando estamos em uma missão principal e Fallout 4 nos faz esquecer que algum bug terrível pode acontecer a qualquer momento, tudo brilha com a força dos jogos anteriores da Bethesda, e é isso que o coloca neste Top 10. O fato de os defeitos surgirem constantemente para tirar a graça da experiência é o que mais impede esse lançamento tão esperado de galgar mais passos nessa ferrenha disputa pelos lugares mais importantes do ano. Console PS4 / Produtora Bethesda A B ATA L H A D O A N O " M O R T E C R I AT I VA" SAHELANTHROPUS FATALITY DA SELFIE O último chefe de MGSV (que não fica no final do jogo) compensa toda a falta de chefes durante a aventura normal. A luta contra o gigantesco Metal Gear que anda ereto passa uma sensação de puro terror. O chão treme, ele solta mísseis, sempre sabe onde você está e faz barulhos terríveis. A morte faz parte de todos os jogos, por isso é difícil encontrar aquela que se destaque. Não este ano. A filha de Johny Cage é uma jovem conectada e, ao executar seu inimigo em Mortal Kombat X, tira uma selfie com a vítima e posta a foto em uma rede social, o que rende mensagens hilárias. CORRE, SNAKE! CORRE! CASSIE CAGE E SEU LEGADO ESPECIAL MELHOR JOGO INDIE MELHOR MULTIPLAYER #4 ROCKET LEAGUE 22 Melhor. Futebol. Do. Ano. m um passado perdido e distante, existiam jogos que eram a essência pura da diversão. Não que os jogos atuais não sejam divertidos, mas esses lendários ofereciam aquele tipo de diversão que praticamente nos obrigava a chamar os amigos em casa para passar a tarde inteira rindo e brincando. Mario Kart era assim. Goldeneye 007 também. Agora, Rocket League entra para essa liga das lendas da pura diversão entre amigos, com a vantagem de ser igualmente empolgante para jogar com desconhecidos. Você participa de disputas de até quatro contra quatro jogadores em um campo de futebol especial em que cada um comanda E um veículo turbinado, capaz de usar arrancadas e saltos para alcançar a bola antes dos outros jogadores. O controle é uma delícia e permite que cada jogador explore limites diferentes de acordo com as suas capacidades. Jogadores menos habilidosos e pouco coordenados vão se divertir caçando a bola e arriscando "chutes" mais frontais e óbvios. Atletas mais ousados e criativos vão pilotar a toda velocidade pelas paredes da arena para pular e interceptar a bola no ar, muito antes que ela possa chegar ao chão. É impressionante o que é possível fazer com tão poucos comandos. Basicamente, é possível usar turbo, pular e girar no ar. Só isso. Mas combine os três em uma bela sequência e será possível virar o carro no ar para acertar a bola em um movimento que lembra a bicicleta do futebol normal. Não há posições fixas para jogar e a estratégia fica por conta de cada um. Todos podem correr atrás da bola como malucos, mas em partidas com mais pessoas é indicado que alguém fique na zaga para bancar o goleiro em caso de um contra-ataque, por exemplo. A popularidade de Rocket League foi arrasadora desde o lançamento e ele já é considerado um eSport, com campeonatos oficiais entre jogadores de PS4 e PC. Console PS4 / Produtora Psyonix PRÊMIOS ESPECIAIS MELHOR CENA MELHOR MISSÃO PRÓLOGO: MGSV BARÃO SANGRENTO O prólogo de The Phantom Pain é inesquecível. Você começa o jogo sem fazer ideia do que está acontecendo e termina fugindo em uma perseguição de cinema. Seja no ritmo ou na parte técnica (a cena quase não tem cortes), essa é uma verdadeira obra-prima do entretenimento eletrônico. A missão do Barão Sangrento em The Witcher 3 é primorosa. Mais do que um mistério que nos coloca em perigo, ela nos desafia a entender quem é esse homem de fama tão impetuosa. Ele é um vilão clássico ou é um bruto com problemas domésticos? Essa missão ensina como é difícil julgar as pessoas. JÁ PODEMOS RESPIRAR? 50 TONS DE VERMELHO ESPECIAL MELHOR JOGO EXCLUSIVO #3 BLOODBORNE Sangue novo para uma nova geração Sony começou o projeto de Bloodborne como uma maneira de se redimir pelo pouco apoio que deu a Demon’s Souls em 2009. Agora que a série da From Software é uma das mais importantes dos videogames, seria mais fácil pedir um "Demon’s Souls 2". Em vez disso, ganhamos Bloodborne, facilmente o melhor exclusivo do PS4 até agora. Vindo da mente do criador da série Souls, Hidetaka Miyazaki, Bloodborne vira vários conceitos do avesso e os transformam em um jogo familiar, porém bem distinto do que tínhamos visto até então. É mais rápido e bem mais acessível, mais fácil e agressivo, uma fórmula que agradou não apenas quem A A NOSSA ESCOLHA Os momentos que mais marcaram o coração da nossa equipe em 2015 já era fã da série, mas também um outro grupo de jogadores, que fizeram o jogo passar de um milhão de cópias vendidas sem muito esforço e em pouco tempo. Nisso, todo mundo ganhou alguma coisa. A Sony tem uma nova franquia. Os donos de PS4 finalmente ganharam um clássico exclusivo. E Miyazaki teve a oportunidade de criar um mundo totalmente diferente do que fez antes, com uma história que parece apenas um terror tradicional, mas, de repente, vira um horror cósmico inspirado nas obras de H.P. Lovecraft, cheio de pesadelos. A atmosfera é perfeita, as armas são criativas, o design de fases é magistral e as lutas contra os chefes o deixam tenso e empolgado de maneira única. Um jogo nada menos que excelente. Bloodborne ficou cabeça a cabeça com Metal Gear Solid V lutando pela segunda posição e até ficou na dianteira algumas vezes. O que acabou colocando Bloodborne em terceiro lugar foi a falta de conteúdo em comparação ao que estamos acostumados a ver na série. Coisa que foi, de certo modo, remediada com o excelente DLC The Old Hunters. Se tivesse alguns personagens e missões melhores, talvez o resultado fosse outro, mas isso não tira o brilho de um dos jogos mais bem feitos dos últimos anos. Console PS4 / Produtora From Software THE WITCHER 3 THE WITCHER 3 Acho que nunca vi uma cena tão divertida e sincera como a noite de bebedeira entre os bruxos. As brincadeiras, provocações e as ideias erradas regadas a álcool conseguiram mostrar o forte elo de amizades desses caras. Um momento marcante acontece quando Geralt pensa ter perdido uma pessoa querida. Sem perceber, acho que prendi a respiração junto com Geralt, enquanto ele tentava decidir o que fazer. BRUXOS BÊBADOS A DOR DA PERDA MELHOR TRILHA SONORA MELHOR VILÃO MELHOR CENA BATALHA DO ANO OS MELHORES DO ANO #2 MGSV: THE PHANTOM PAIN Entre altos e baixos, a obra mais marcante de 2015 he Phantom Pain é o Metal Gear Solid menos tradicional da série. A narrativa mudou completamente – quase não há cenas enormes de diálogos e Snake parece mudo. O mundo aberto não se parece com os ambientes pequenos e meticulosamente ajeitados de sempre. Ainda assim nunca foi tão divertido jogar qualquer coisa dessa franquia. O ponto é que TPP trouxe uma revolução para os jogos de mundo aberto. Muitas vezes, um mundo aberto significa apenas um lugar grande para ir do ponto A ao ponto B e então fazer exatamente o que pedirem no ponto B. MGSV se importa, acima de tudo, com essa parte final. O que você faz quando chega ao seu objetivo? É você que sabe. Há uma infinidade de T armas e bugigangas de espião para tornar sua missão em algo inesquecível para você e mais ninguém, porque foram as suas ações que a tornaram algo memorável. Essa ideia de um verdadeiro parque de diversões, que se ajusta ao que você quer fazer, é aumentada de forma exponencial ao se encontrar com as estranhezas de Metal Gear Solid. Se você pensa em fazer algo absurdo, a impressão é de que Kojima pensou nisso antes de você e tornou a sua ideia não apenas possível, como melhor que o esperado. O número de situações que ganham legítimas exclamações de "Sério que isso é possível?!" é fora do normal. Usar uma arma de água para estragar equipamentos elétricos, chamar uma caixa de munição para cair na cabeça de um chefe... o nível de atenção aos detalhes é maior do que nunca. A história tem problemas, sim. O jogo foi finalizado antes da hora e fica claro que faltou um terço inteiro dele. A Konami tem trabalhado forte para fazer as pessoas gastarem dinheiro com o modo das bases online, em patches com ideias ridículas que merecem nosso desgosto. Mas o que Hideo Kojima conseguiu fazer com o que tinha em mãos é um marco. Cada instante é marcante, seja para o bem ou para o mal, e isso é uma das coisas mais poderosas que um jogo pode fazer. Não é o melhor Metal Gear, mas é, inquestionavelmente, um jogo incrível. Consoles PS3/PS4 / Produtora Kojima Prod. SHOVELKNIGHT MGSV: TPP THE WITCHER 3 Terminar Shovel Knight no PS Vita, na dificuldade máxima e sem morrer, foi o meu ponto alto do ano. Esse jogo tem algo espetacular que não me deixou parar de jogá-lo até cumprir esse objetivo tenso. Uma tempestade de areia à noite, dois helicópteros me procurando e eu me escondendo junto com meu cachorro. Com pouca munição, cheguei na porta do objetivo e consegui entrar sem ser visto. Imagine uma punição tão severa e, diga-se de passagem, justa, que te faz pensar: Como eu gostaria que existissem fetulhos em nosso mundo para alguns sentirem na pele o que é maltratar uma criança. MELHOR PLATINA FOI POR POUCO O FETULHO 25 ESPECIAL 26 MELHOR LOCALIZAÇÃO MELHOR HERÓI MELHOR MUNDO MELHOR MISSÃO MELHOR ROTEIRO OS MELHORES DO ANO #1 MELHOR JOGO DE 2015 THE WITCHER 3: WILD HUNT Indiscutível. Insuperável. Inesquecível oucas vezes foi tão fácil escolher o melhor jogo do ano. The Witcher 3 é insuperável em tantos aspectos que nenhum membro do nosso júri precisou pensar duas vezes, mesmo quando gostos pessoais estavam em outros gêneros, representados por gigantes como Bloodborne e MGSV: The Phantom Pain. A aventura do bruxo Geralt de Rivia é especial, do tipo que nos deixa tristes por passar uma forte impressão de que nada será tão bom nessa geração. Afinal, a magia que emana de The Witcher 3 não vem só da excelência técnica, que pode ser superada com a evolução natural da tecnologia, mas de uma combinação de empenho, paixão e talento que a indústria não vê com frequência. Como Marcin Iwínski, cofundador da CD Projekt RED, nos disse: "The Witcher 3 é como se fosse 20 anos de nossas vidas colocados em uma caixinha". Uma caixinha mágica, com certeza. O maior desafio de um RPG é raptar o jogador da realidade e transportá-lo para um mundo de aventuras e experiências fantásticas. The Witcher 3 consegue nos arrebatar para dentro do jogo por conta da excelência em todas suas características, mas principalmente por conta de um roteiro genial e um mundo rico e pulsante. É fácil acreditar no mundo do jogo por conta da quantidade absurda de detalhes combinados P que contam sua história. Muitos RPGs abusam de arquivos de texto para situar o jogador dentro de uma mitologia ou de eventos em seu mundo. Há toneladas de textos em The Witcher 3, mas você conhece o mundo de verdade observando o que há à sua volta. A fauna composta por animais normais e por criaturas bizarras que vieram da Conjunção das Esferas, a intolerância religiosa crescendo junto com o medo e a raiva daqueles que perderam muito com a guerra, a diferença de personalidade dos nobres e miseráveis, soldados e herbalistas, inumanos e bruxos. Um mundo que muda conforme eventos acontecem, quando regiões são descobertas e revelam novas fontes culturais. E o jogador sente-se cada vez mais parte dessa sociedade conforme lê sobre ela, vê novas coisas e ouve diferentes conversas. Essa é uma grande lição que The Witcher 3 deixa para os jogos de mundo aberto. Não é o tamanho de um mapa e a quantidade de coisas para se fazer neles que realmente conta, mas a qualidade da experiência. A quantidade de descobertas, desafios e história que existem em torno das menor das tarefas. É fácil esconder 500 itens em um mapa. Difícil é criar uma história, mesmo que pequena, para justificar até a existência de um baú largado no fim de uma caverna, ao lado de um corpo. Console PS4 / Produtora CD Projekt RED BRUXO BRASILEIRO BR "Nó ficamos muito satisfeitos com a qualidade da localização para português brasileiro, e "Nós sabemos que toda a equipe de tradução e o estúdio no Brasil também estão muito orgulhosos sab do trabalho que fizeram. Mesmo assim, nós vamos continuar melhorando e procurando novas formas de ir além na localização. Esperamos que todos os jogadores brasileiros tenham for recebido o amor e a dedicação que colocamos nessa localização, e gostaríamos de agradecer rec por ficarem com a gente e por jogarem em português." Ainara Echaniz Olaizola Ain Ge Gerente Sênior de Localização 27 P PREVIEWS UMA PRÉVIA DE TUDO AQUILO QUE VAI ACONTECER CONSOLE PS4 / LANÇAMENTO JUNHO DE 2016 / PRODUTORA BLIZZARD / DISTRIBUIDORA BLIZZARD OVERWATCH A nova saga da Blizzard chega em 2016 para o PlayStation 4 Por Felipe Della Corte 30 O interesse da Blizzard no mundo dos consoles não é mais novidade. Conhecida por seus jogos de PC, a empresa lançou uma excelente versão de Diablo III para PlayStation 3 em 2013 (e para PS4 em 2014). Agora, Overwatch, próximo jogo da produtora, segue o mesmo caminho e vai chegar ao PlayStation 4 em 2016. Vamos lá: Overwatch é um jogo de tiro em primeira pessoa voltado para o multiplayer com partidas 6v6 em diversos mapas com objetivos distintos. Os jogadores devem montar seus times escolhendo um entre 21 heróis com habilidades e mecânicas de jogo completamente diferentes um do outro, mas catalogados dentro de quatro funções básicas na partida: Ofensivo, Defensivo, Tanque e Suporte. É possível trocar de personagem durante a partida, o que deixa a estratégia de jogo muito dinâmica. Títulos de FPS fazem sucesso nos consoles há um bom tempo, mas Overwatch traz algo a mais para a categoria: funcionalidade. Apesar da diversidade de comandos entre cada um dos personagens, nota-se que todos certamente funcionariam no DualShock 4. São movimentos pouco complexos, que não exigem uma sequência de botões ou todas as letras do teclado para opções de ajustes. Apenas a versão para PC teve seu beta disponibilizado até o fechamento desta edição, mas já é bem possível imaginar a jogabilidade transportada para o console. O JEITO BLIZZARD A filosofia da Blizzard sempre foi facilitar a vida dos iniciantes e, ao mesmo tempo, recompensar o esforço dos mais dedicados. Overwatch nasce em uma época em que isso já se tornou quase um mandamento dentro da empresa. Os jogadores novatos são guiados pela mão em um tutorial sobre os controles básicos e a forma de usar as habilidades de seus heróis. Em três ou quatro partidas você já se acostuma com os comandos principais e as possibilidades de interação com o ambiente. O jogo aconselha escolher uma das quatro classes de personagens e treinar com os heróis daquele estilo para encontrar o que mais lhe agrada. Esse processo é extremamente divertido e revelador. O destaque fica para os momentos em que você pensa ter dominado seu novo personagem favorito e presencia outro jogador usando as mesmas habilidades de uma maneira completamente nova. Esse fator também aparece na estratégia de equipe, não só na sinergia entre os jogadores, mas na definição de estratégias para cumprir os objetivos do mapa. O beta fechado provou que ideias inusitadas e bizarras podem dar certo, desde composições de time nada ortodoxas em comparação a jogos de gênero parecido até usos improváveis das mecânicas de jogo. UMA HISTÓRIA INCRÍVEL Não é à toa que as sagas criadas pela Blizzard têm fãs tão devotos e permanecem vivas por mais de uma década. A empresa tem um dos maiores departamentos de roteiro do mercado e uma preocupação genuína em contar grandes histórias. Overwatch foi revelado ao público depois de muitos anos guardado a sete chaves e, mesmo sendo um tiroteio multiplayer, veio munido de um pano de fundo bem construído, personagens carismáticos e histórias intrigantes que deixaram a maior parte dos jogadores com a cabeça explodindo de perguntas. OVERWATCH TRAZ 21 HERÓIS DIFERENTES DIVIDIDOS EM QUATRO CLASSES PRINCIPAIS: OFENSIVO, DEFENSIVO, TANQUE E SUPORTE facebook.com/PlayStationRevistaOficial PREVIEW QD.Va foi uma das últimas heroínas reveladas em Overwatch. Ela é piloto de Mecha sul-coreana e também ex-jogadora profissional de StarCraft 31 QNada é o que parece em Overwatch: D.VA é uma menina aparentemente frágil, mas cumpre muito bem a função de Tanque com seu MEKA. PREVIEW 32 Overwatch se passa em um futuro fictício do planeta Terra, quando o mundo viveu, por motivos ainda desconhecidos, uma guerra de humanos contra máquinas conscientes chamadas Omnicos. Para restaurar o equilíbrio, foi fundada uma força tarefa mundial que uniu seres com habilidades extraordinárias, a Overwatch. No entanto, o grupo acabou após acusações de corrupção e a morte de seu líder, Jack Morrison. O jogo se passa onze anos após o fim da organização, o que deixou inúmeras incógnitas e um mundo necessitado de heróis. Por se passar em um futuro na Terra, a Blizzard deu atenção a detalhes como herança cultural, verossimilhança geográfica e até a lingaguem dos personagens, que se baseia na nacionalidade de cada um. O ninja Hanzo, por exemplo, grita o nome de seu ataque principal em japonês como todo bom personagem de anime. As localidades, mesmo fictícias, receberam um tratamento estético cuidadoso para representar aspectos culturais e arquitetônicos com precisão. Apostando em sua excelência, a Blizzard anunciou que irá contar a história em fascículos espalhados por várias mídias. Além do jogo, Overwatch terá uma série de curtas animados e uma história em quadrinhos, publicados de maneira independente. Uma pequena amostra do que a equipe da Blizzard é capaz de fazer pôde ser vista no trailer de anúncio do jogo, que possuía uma qualidade digna de animação cinematográfica. desde teletransportes e sensores térmicos até coisas malucas como criar paredes de gelo para bloquear entradas e construir torretas automáticas, cada partida se torna uma experiência única, o que dá espaço para a criatividade e torna o fator replay bem divertido. Quem gosta de jogos estilo Team Fortress deve considerar esse um dos fatores mais interessantes de Overwatch. HÁ LUGAR PARA TODOS Alguns exemplos: na turma dos É comum ver jogos de tiro que Tanques, temos o icônico Reinhardt, atribuem classes para os seus uma espécie de cavaleiro medieval jogadores, mas não causam um cibernético especializado em combate impacto real na mecânica de jogo. corpo a corpo, munido de um enorme É lógico que um sniper, por exemplo, escudo de energia que serve como sempre será um personagem que uma barreira para proteger tanto a se mantém em um local seguro para si mesmo como seus companheiros. abater alvos à longas distâncias e seu estilo será diferente do famoso "soldado de assalto", que carrega armas automáticas e corre em direção à área de conflito. No entanto, Overwatch eleva a ideia de "estilos de jogo diferentes" a um nível mais alto. Sem exceção, cada um dos 21 heróis traz mecânicas únicas e cumprem as suas funções de maneiras distintas, quase como acontece nos MOBAs. Com tantas habilidades diferentes disponíveis, Na mesma função, temos a russa Zarya, equipada com um poderoso canhão de partículas capaz de gerar campos de força em volta de qualquer alvo, ela inclusa, ao mesmo tempo em que se mantém na linha de frente trocando disparos com o time adversário. Já na categoria dos heróis de Suporte, as coisas ficam mais complexas. Enquanto Mercy é um suporte clássico com habilidades de cura e ressuscitação, Symmetra deve controlar o campo de batalha espalhando máquinas de teletransporte e sentinelas protetoras. Como o jogo possui uma comunidade bem ativa, já existem teorias em torno de composições ideais e sobre quais heróis se dão Lúcio é um DJ brasileiro e um dos suportes mais divertidos de usar facebook.com/PlayStationRevistaOficial PREVIEW QGenji é único personagem capaz de realizar o pulo duplo melhor em determinadas situações, mas ainda há muito espaço para descobrir e criar. O próprio jogo dá sugestões de melhoria durante a partida. Se o seu time deve lutar para defender um objetivo em uma rodada, é melhor trazer mais heróis Tanques e Defensivos do que Ofensivos. É importante citar que, por enquanto, não há limite para personagens iguais no mesmo time, ou seja, é possível formar uma equipe com seis jogadores repetindo o mesmo herói, o que abre variáveis quase infinitas de combinações estratégicas. RÁPIDO, MUITO RÁPIDO É POSSÍVEL TROCAR DE PERSONAGEM NO MEIO DA PARTIDA, IDEAL PARA AJUSTAR AS ESTRATÉGIAS Dois modos de jogo estavam disponíveis no beta fechado: Captura de Ponto e Carga Útil. No primeiro, dois times lutam pelo controle do mapa, um na defesa e outro no ataque. O objetivo dos atacantes é capturar as áreas demarcadas do mapa, enquanto os defensores devem manter o controle desses pontos até o tempo acabar. O limite de tempo aumenta conforme se avança na captura dos objetivos. Já em Carga Útil, o objetivo do time atacante é transportar uma carga até um ponto de entrega, enquanto os defensores devem impedir o progresso deles até o tempo acabar. Funciona assim: a carga se movimenta sempre que o time atacante tiver a vantagem numérica ao redor, e a velocidade também aumenta de forma proporcional à essa vantagem. Em ambos os modos, o tempo de respawn (os segundos para um jogador abatido voltar à ativa) é extremamente curto, mas o jogador reaparece em um ponto específico do mapa, quase como uma base. Nesse local, é possível trocar de personagem de maneira ilimitada, com a única penalidade de ter a barra da sua habilidade suprema zerada. Ou seja, além de um ritmo frenético e dezenas de habilidades diferentes, o jogador ainda pode alternar seu estilo de jogo e função no decorrer da partida, afinando estratégias que não estejam funcionando bem ou contra-atacando uma tática inimiga que parece imbatível. Com essa adaptação fluída, Overwatch tem tudo para ser um dos FPSs mais dinâmicos dos últimos tempos. QGenji (esquerda) e Mei (direita) foram anunciados no palco da Blizzcon 2015 e completaram o elenco de 21 heróis do jogo 33 PREVIEW CONSOLES PS4 / LANÇAMENTO 2016 / PRODUTORA ENEME ENTERTAINMENT / DISTRIBUIDORA DEVOLVER DIGITAL EITR Um indie que mistura a série Souls com Diablo 34 Muitas vezes, os desenvolvedores de jogos preferem não discutir suas influências por receio de certas comparações desfavoráveis. "Uncharted? Nunca ouvi falar", eles diriam, enquanto o novo personagem Ethan Drak atravessa florestas atrás deles. Não é o caso de David Wright, designer de Eitr. "Demon’s Souls, Dark Souls, Bloodborne. Eu amo esses jogos de paixão", ele diz. "Não vou esconder o fato de que fui altamente inspirado por eles". Eitr é basicamente a série Souls misturada com Diablo: um RPG com visão isométrica e calabouços que se passa no universo da mitologia nórdica. O deus Loki, sempre um problema em Valhala (o "Salão dos Mortos" dos nórdicos), despejou uma maléfica substância mágica (chamada Eitr) no plano dos mortais, o que criou uma horda de ghouls, magos-esqueletos, ratos zumbis e outras entidades horripilantes. Você joga como a Shieldmaiden, uma guerreira inspirada na lendária heroína nórdica Lagertha. Além de ser uma lutadora obstinada, ela é imune à praga Eitr. O motivo? Cabe a você descobrir. "Queremos que o jogador encontre as pequenas peças do quebra-cabeça e encaixe-as sozinho, descobrindo qual será o destino da personagem", diz Wright. Ao longo do caminho, é preciso dominar um sistema de combate punitivo que exige leitura precisa do comportamento dos inimigos e gerenciamento cuidadoso da barra de vigor. Usando sua espada e seu escudo, a Shieldmaiden pode acertar combos, ataques com esquiva e bloquear ou aparar golpes adversários. Com a mira travada, ainda é possível andar lateralmente para se aproximar de um inimigo. Mesmo no estágio inicial de produção, já existe bastante requinte na ação – você pode colocar uma gema de gelo no seu escudo, o que congela um inimigo ao aparar um golpe, por exemplo. Também é possível se afastar um pouco da batalha para usar uma poção de cura, mas, assim como na série Souls, você está perdido se alguma criatura acertá-lo durante a animação. Para os mais corajosos, existe a opção de equipar uma arma secundária, como um machado, no lugar do escudo, o que abre um novo conjunto de movimentos. MORTO OU VELOZ QEsse é o Wanderer (Andarilho). Não está claro se ele é aliado ou inimigo… mas não gostamos do olhar daquela cabeça É preciso pensar (e agir) rápido para derrotar até mesmo os inimigos mais simples de Eitr. A maioria deles possui truques na manga, como um ladino que usa pílulas de invisibilidade ou um mago que enche um corredor com gás venenoso. E, claro, existem os chefes, como um titã esquelético que adora usar magias com efeito de área. Subir de nível e obter itens (como anéis encantados) ajuda a progredir, mas a sobrevivência é uma questão do quão rápido você consegue se mover – assim como em Dark Souls. Eitr parece ser um tributo de respeito. facebook.com/PlayStationRevistaOficial PREVIEW QA pixel art de Eitr é bonita e melancólica ao mesmo tempo. Um dos muitos pontos fortes do jogo 35 Os chefes mudam de tática ao perderem uma certa quantidade de vida. É preciso ter calma e estratégia para vencê-los Espadas, não palavras Está encrencado? Tente essas habilidades Carregar a espada em uma mão e o machado na outra permite eletrificar as lâminas por um curto período de tempo, aumentando o poder de ataque. Mas fique do olho na barra de vigor. 1 O arco e flecha pode ser disparado de forma rápida, assim como a pistola em Bloodborne. É mais difícil de mirar, então escolha bem o momento de tentar o disparo. 2 Esse golpe de fogo causa bastante dano em grupos de inimigos, mas deixa a guarda aberta. Reduzir a vida deles aos poucos pode ser mais seguro do que tentar o nocaute direto. 3 A esquiva pode ser melhorada para um curto teleporte ninja, lembrando outra mecânica de Bloodborne. Você é invencível durante a animação, então use sempre que necessário. 4 PREVIEW DIVERSOS Sombras, chefões, bicicletas futuristas, violência rítmica, incêndios florestais, cabeças de monstros, corridas com três pistas simultâneas... Essa mistureba de temas e gêneros traz as prévias de alguns jogos para ficar de olho em 2016. 36 FURI CONSOLE PS4/VR / LANÇAMENTO 2016 PRODUTORA THE GAME BREAKERS / DISTRIBUIDORA THE GAME BREAKERS Lutas contra chefes: elas podem ser responsáveis por destruir controles, mas também são capazes de produzir momentos que são guardados para toda a vida. Furi busca trazer essa sensação e foi definido como "um jogo de lutas frenéticas contra chefes" pelos seus desenvolvedores. Takashi Okazaki, criador de Afro Samurai, ajudou com o design dos grandes inimigos e o jogo deve chegar no ano que vem. STYX: SHARDS OF DARKNESS CONSOLE PS4/VR LANÇAMENTO 2016 PRODUTORA CYANIDE DISTRIBUIDORA FOCUS HOME INTERACTIVE Styx: Master of Shadows foi um dos jogos da PS Plus este ano, então é possível que você tenha adquirido um carinho especial por esse pequeno goblin. Se for o caso, boas notícias. Ele está de volta para mais assassinatos furtivos, com a Cyanide prometendo um mundo maior. A primeira imagem da nova aventura já mostra o que podemos esperar: Styx, abraçado pela escuridão, corta a garganta de um inimigo. Coloque a engine Unreal 4 entre as novidades e temos algo bacana em vista. FIREWATCH FUTUREGRIND Pegue a sua bússula, suas botas de escalada e um binóculos. Prepare-se para entrar na floresta de Wyoming. Ah, e não esqueça o DualShock 4! Essa aventura narrativa em primeira pessoa conta a história de Henry. Ele é um voluntário que cuida da preservação da floresta e se comunica por rádio com a sua supervisora Delilah, seu único contato com o mundo "exterior". No entanto, algo estranho acontece e Henry precisa investigar. O jogo caminha para os estágios finais de produção e chega no dia 9 de fevereiro. Tony Hawk's Pro Skater 5 ainda está nos causando pesadelos, então é hora de lembrar que FutureGrind chega no ano que vem e pode ser o jogo baseado em combos que sonhávamos. Como você pode imaginar, a parte "Grind" do nome exige que você deslize sobre os corrimãos das fases. Nesse caso, com a sua bicicleta futurista que possui uma roda rosa e a outra azul, as mesmas cores dos corrimões. Sim, usar as cores trocadas resulta em coisas horríveis. Quão horríveis? Tipo Tony Hawk’s Pro Skater 5, digamos... CONSOLE PS4 LANÇAMENTO 09 DE FEV. PRODUTORA CAMPO SANTO DISTRIBUIDORA PANIC CONSOLE PS4 LANÇAMENTO 2016 PRODUTORA MILKBAG GAMES DISTRIBUIDORA MILKBAG GAMES facebook.com/PlayStationRevistaOficial PREVIEW LIFE GOES ON: DONE TO DEATH CONSOLE PS4/VR LANÇAMENTO 2016 PRODUTORA FINITE MONKEYS ENTERTAINMENT DISTRIBUIDORA FINITE MONKEYS ENTERTAINMENT A gente espera que você não se apegue muito aos personagens quando joga videogame, porque em Life Goes On: Done To Death é necessário fazer com que mini-heróis avancem para a morte. Quando um morre, outro aparece para tomar seu lugar. As carcaças dos cavaleiros caídos são essenciais para resolver quebra-cabeças e vencer as fases, como se fosse uma mistura dos jogos Lemmings e Limbo. DRIVE!DRIVE!DRIVE! CONSOLES PS4/PS VITA / LANÇAMENTO 2016 PRODUTORA DIFFERENT CLOTH DISTRIBUIDORA CHOICE PUBLISHING Está cansado de disputar corridas em apenas uma pista? Saiba que Drive!Drive!Drive! promete acabar com isso: a competição acontece em três pistas. Ao mesmo tempo. Como essa bruxaria funciona? A ideia é que a Inteligência Artificial controla os carros que você não está usando no momento. Porém, ela não pode ser confiada por muito tempo, o que força o jogador a trocar de veículo para avançar nas três corridas de forma homogênea. Sabe como é, a única coisa melhor do que um primeiro lugar são três primeiros lugares. Também existe um criador de pistas, então os designers de plantão podem criar disputas em múltiplas camadas. A F1 agora parece um pouco chata em comparação. GNOG CONSOLE PS4/VR LANÇAMENTO 2016 PRODUTORA KO-OP MODE DISTRIBUIDORA DOUBLE FINE Cutucar coisas dentro da cabeça de um monstro não parece uma boa ideia, mas é isso que acontece em GNOG. Pelo menos, os monstros aqui são mais coloridos e fofinhos do que mortais e horripilantes. A aventura da produtora KO-OP é cheia de enigmas com o objetivo de descobrir como sair da cabeça dos monstros ao remexer nos locais certos. Também foi confirmado suporte ao PlayStation VR, o que nos deixou intrigados. Mais informações devem aparecer ano que vem. INVISIBLE, INC CONSOLE PS4 / LANÇAMENTO SEM DATA PRODUTORA KLEI ENTERTAINMENT DISTRIBUIDORA KLEI ENTERTAINMENT MOON HUNTERS CONSOLES PS4/PS VITA LANÇAMENTO 2016 PRODUTORA KITFOX GAMES DISTRIBUIDORA DROOL Graças a uma das metas da campanha de financiamento no Kickstater, Moon Hunters chegará ao PS4 e PS Vita no ano que vem. Trata-se de um RPG de ação com geração procedural no qual o objetivo é descobrir o motivo de a Lua… bem, ter deixado de ser a Lua. O estilo de pixel art é a primeira coisa a ser notada, mas a produtora promete bastante profundidade nas mecânicas, com as ações de cada partida tendo consequências nas campanhas seguintes. Em cima disso tudo, existe a opção bacana de jogar em modo cooperativo. SOFT BODY CONSOLES PS4/PS VITA / LANÇAMENTO 2016 / PRODUTORA ZEKE VIRANT / DISTRIBUIDORA ZEKE VIRANT Jogos de tiro que usam os dois analógicos não costumam ter um estilo de arte mininalista, mas Soft Body é uma exceção a essa regra. Com um visual parecido com o de N++, você controla duas "cobras" – cada uma delas com uma alavanca – e deve tentar preencher os espaços da fase enquanto desvia de tiros e inimigos. Fãs de Super Stardust devem ficar de olho nesse aqui. Se você gosta de Don't Starve, esse é o momento para ficar empolgado. O próximo jogo da produtora Klei Entertainment está em produção para o PS4 e também terá um mundo gerado de forma aleatória. Dessa vez, você é o líder de um grupo de espiões e possui três dias para se preparar para a sua "missão final". O combate é por turnos e exige cuidado. Se um agente morrer, ele fica fora para sempre, ao melhor estilo XCOM. 37 JUST CAUSE 3 Por Douglas Pereira 38 Just Cause 3, o último grande lançamento do ano, chegou. Passamos um bom tempo explorando um dos maiores mundos abertos de 2015 para descobrir tudo o que ele tem a oferecer É verão! Fim de ano! Hora de tomar aquele sol na praia e relaxar. Convidamos você a passar uns dias neste belíssimo arquipélago envolto por água cristalina, com muito verde, flores, gente simpática e hospitalidade. Há também um ditador inescrupuloso que controla tudo e mantém o povo sob vigilância total, enquanto um grupo de rebeldes tenta lutar contra isso, mas que tal apenas aproveitar as suas férias? Nossas sugestões de atividades de veraneio fazem bem para sua saúde e certamente vão agradar qualquer morador de Medici. Você não vai querer ir embora tão cedo. ESPECIAL O protagonista Rico Rodriguez faz questão de aproveitar sua estadia na República de Medici em grande estilo 39 JUST CAUSE 3 Lembre-se: apenas os carros que vêm pelo seu delivery ganham o nitro 40 ## DOIS MODS LEGAIS ## Os explosivos GE-64 sempre estão no seu bolso e servem para destruir quase qualquer coisa. Eles são infinitos, mas, inicialmente, não são tão divertidos. Um bom jeito de “alegrar” esse item é destravar o upgrade que os transforma em pequenos foguetes alguns segundos antes de explodir. Eles ainda precisam ser plantados, mas o fato de soltarem essa força um pouco antes de detonarem é uma das coisas mais divertidas (mais sobre isso na página 44). Os três tipos de veículos – céu, terra e mar – podem ganhar nitro. É um aumento de velocidade muito generoso e que se recupera bem rápido. Os carros também podem pular! Quem vai parar você agora? ## MUITOS MEIOS DE TRANSPORTE ## edici está lotada de veículos. Os mais de 400 quilômetros quadrados abrigam carros muito antigos, modelos esporte recentes, veículos blindados, barcos, lanchas, jet skis, helicópteros pequenos e grandes, aviões... Os veículos aéreos, aliás, são os mais divertidos. Cruzar os ares é o melhor jeito de se locomover pela ilha, mas o jeito mais legal de ganhar as alturas não exige nenhum avião. O paraquedas e a wingsuit (a roupa de voo), em conjunto com o gancho, são itens tão importantes quanto as nossas calças. Eles podem levar o personagem a qualquer lugar em velocidade muito razoável e de um jeito mais legal até que o voo do Batman. Contanto que ele esteja em qualquer tipo de queda livre, apertar ¾ abre o paraquedas e apertar ½ abre a wingsuit. Sabendo disso, e que o gancho pode se prender a praticamente qualquer lugar, basta mirar em alguma coisa. O gancho puxa com vontade, então é só apertar ¾ enquanto estiver sendo puxado para sacar o paraquedas e ganhar muita altura. É assim que se voa nessa ilha. Mas agora é possível fazer o mesmo com a wingsuit. Basta subir enquanto estiver sendo puxado e apertar ½ – é preciso subir para não bater a cabeça na parede onde o gancho está. A diferença da wingsuit para o paraquedas é visível no primeiro voo: ela é muito, muito mais rápida! Voar pelo cenário com ela nunca fica chato, e só melhora conforme você pega o jeito. M Sua mobilidade no ar com a wingsuit é suprema, dá para desviar de explosões em um instante ESPECIAL Como você pode ver, não estávamos brincando sobre os confetes da entrega ## AULAS DE VOO ## O paraquedas é mais lento, mas você pode atirar enquanto plana Não demora muito e já dá para ver que podemos melhorar esse processo de voar. Basta trabalhar essa ideia do impulso, do puxão que o gancho dá, e é possível ficar sem tocar o chão quanto tempo você quiser. Se estiver usando o paraquedas, você fica bem mais lento. Porém, logo depois de jogar o gancho, aperte ¾ para guardar o paraquedas – você será puxado com muito mais velocidade – e então aperte de novo para ganhar um grande impulso para o alto. Em seguida, você pode mudar para a wingsuit e, com ela, usar o ganho até no chão para ganhar embalo e continuar voando. Essa é a maneira segura. A mais arriscada é usar apenas a wingsuit em todos os embalos do gancho, mas batemos muito a cabeça em paredes e afins até pegar a manha. Depois disso, qualquer distância menor que três quilômetros sequer trazia o pensamento de usar um helicóptero. ## RESISTÊNCIA DELIVERY ## ust Cause 3 é até mais tranquilo que seus antecessores. Em Just Cause 2, era possível pedir veículos e armas a qualquer instante, desde que você pagasse por isso com o dinheiro do jogo, que não era tão abundante assim. Na nova versão sequer há dinheiro, mas existe um jeito bem justo de ajudar você. Em várias bases é possível encontrar sinalizadores que dão o direito de encomendar itens. Ao entrar no menu de “delivery”, você pode fazer seu pacote com qualquer coisa que tiver destravado – uma arma principal, uma secundária, uma especial e um veículo, por exemplo. Basta juntar o que quiser e chamar o pacote, que vem diretamente dos céus em um contêiner. Ele se abre e tudo está lá, com direito a confete e tal. O que você paga em troca? Tempo. Cada item pedido no pacote fica um tempo sem poder ser pedido de novo, e mesmo que você morra e volte de um checkpoint de antes de ter pedido o pacote, a contagem continua rodando. Porém, isso vale apenas para o item que foi pedido. Ou seja, da lista de dez helicópteros, só o que foi escolhido fica indisponível. Se tiver outros destravados, basta usar o sinalizador para solicitar outro helicóptero. J ## GANCHO FORTE ## e você pensa que o gancho serve só para levá-lo por aí, está enganado. Outra coisa muito divertida de Just Cause 3 é poder prender um cabo em duas coisas e então puxar as Não se preocupe, duas extremidades juntas. Se um ele já estava morto helicóptero e um carro inimigo estão na sua cola, por exemplo, que tal prender um cabo entre eles para fazer o helicóptero cair em cima do carro e ambos explodirem? Não há muito segredo: segurar Á para disparar contra o primeiro alvo e soltar o botão mirando no segundo alvo é tudo o que precisa ser feito para ligar dois objetos por um cabo (há uma certa distância limite, claro). Então, basta segurar ™ para que o cabo se contraia e puxe os dois lados. O que conta mesmo é a criatividade. Inicialmente, só dá para deixar dois cabos funcionando ao mesmo tempo, mas à medida que o gancho é melhorado, dá para ter até seis cabos disponíveis ao mesmo tempo, cada um com até o triplo da força inicial. Além disso, nada é ensaiado em Just Cause 3. O mundo funciona inteiramente nos cálculos de física, então colocar dois cabos entre os mesmos objetos exerce o dobro da força e assim por diante. Dá para arrastar quase qualquer coisa com isso, sem falar nas inúmeras possibilidades de armadilhas antes de puxar tudo de uma vez. S 41 JUST CAUSE 3 As provas fazem você dominar os controles e ainda dão upgrades O avião de carga não parece tão grande nas imagem, mas ele é imenso ## DESAFIOS E MODIFICAÇÕES ## ## VEÍCULOS ## ós entendemos que “ir devagar” e “avançar com cuidado” não é o que muita gente quer fazer em Just Cause 3. Nós pudemos brincar com alguns dos melhores brinquedos que o jogo tem a oferecer e, embora seja meio difícil destravar esses veículos tão cedo no jogo – por estarem na maior e mais protegida ilha do jogos –, fique de olho para conseguir essas máquinas de destruição. Todos eles ficam na ilha de Insula Striate. O Fighter Jet é incrível. É um dos veículos mais rápidos do jogo, e se você estiver a fim de umas belas manobras aéreas, é o veículo certo para você. Libere a base militar Griphon, na província Costa Sud. As coordenadas são 44.510, 44.631 Já o Bomber Jet é quase uma apelação para liberar bases. É preciso vencer a difícil base Vulture, na província de Maestrale, para consegui-lo, mas vale a pena. As coordenadas são 49.621, 32.301 O Navajo é talvez o melhor helicóptero do jogo, com um excelente poder de fogo. Libere a província de Puncta Sud para ganhar o veículo. Ele só não é mais rápido que o helicóptero obtido ao terminar o jogo. Os tanques não são tão legais quanto veículos aéreos, mas é bom ter um para missões principais. O Bavarium é ótimo. O alvo é a base de Cava Montana, na província de Monta. As coordenadas são 46.925, 43.347 Por fim, o Cargo Plane é um avião cargueiro gigante que pode levar outros veículos dentro dele – ou qualquer coisa que você queira, na verdade. Obviamente, um veículo desses não é fácil de conseguir, por isso é a recompensa por conquistar Falco Maxime, uma das bases mais fortes do jogo, nas coordenadas 48.135, 41.749. N 42 Just Cause 3 não tem um sistema de evolução com ganho de experiência. Mesmo assim, há muitas melhorias para conseguir, tudo fruto da sua habilidade. Funciona assim: um de seus principais objetivos é liberar cidades e bases controladas pelo exército inimigo. Além desses lugares abrirem garagens e se tornarem seguros para você voltar, eles mostram o que está nos arredores no mapa, incluindo os desafios. Desafios são divididos em várias categorias: provas de wingsuit, desafio de tempo para carros, barcos, aviões, provas de explosões (como usar um lança-granadas para explodir o máximo que puder de uma base), entre outros. Cada desafio rende de uma a cinco engrenagens, dependendo da sua pontuação. E são essas engrenagens que destravam as melhorias para tudo no jogo. Cada melhoria está ligada ao desafio específico dela. Ou seja, as provas de voar com a wingsuit dão engrenagens que contam apenas para os upgrades da wingsuit. Você não gasta essas engrenagens – basta ter o número necessário para que certa habilidade destrave. Além disso, você pode ligar ou desligar os upgrades quando quiser. Existem algumas situações nas quais isso é útil, já que vários se anulam – como um que faz granadas demorarem mais para explodir e outro que faz elas explodirem imediatamente. Os três desafios mais recomendados são os da wingsuit, em que você tem que voar por círculos no ar (e pelos menores dentro deles para ganhar muito mais pontos); o que tem como ícone uma bomba, no qual você controla um veículo armado com explosivos até chegar ao alvo e precisa se jogar no último instante antes da gigantesca explosão; e o de explodir tudo por aí, geralmente encontrado ao tomar bases inimigas (o jogo dá a você uma versão intacta do lugar e uma arma grande com munição infinita). Isso aí atrás do carro é a bomba. O objetivo é fazer ele bater nos alvos bem rápido ESPECIAL Se ficar difícil achar certas coisas na cidade, veja os pontos que aparecem no mapa ## CARGA EXPLOSIVA ## Os upgrades, encomendas e afins são necessários para conseguir tomar as bases e as cidades das três grandes ilhas de Just Cause 3. Elas têm vários objetos específicos que precisam ser destruídos.Cidades sempre têm coisas como alto-falantes que repetem constantemente discursos inflamados do ditador, uma estátua dele, outdoors... basicamente, materiais de propaganda, além de um distrito policial. O melhor jeito de dominá-las é pelo ar. O paraquedas é quase feito para isso, e após destravar a mira de precisão, ele se torna a melhor plataforma para atirar em quem aparecer pela frente. Se você morrer enquanto toma uma base, não tem problema – sim, todos os inimigos voltam, mas o que já explodiu continua explodido. Quando sobram apenas alguns elementos para destruir, eles ficam bem visíveis no mapa. Ao destruir tudo, basta levantar a nova bandeira dos rebeldes. Isso é especialmente útil na hora de tomar bases, que são bem maiores que as cidades graças a torres enormes e mais objetos para destruir, além dos inimigos bem mais resistentes e a presença de helicópteros, baterias antiaéreas, etc. Nelas, o ideal é ir devagar – nós tentamos roubar um helicóptero e fomos imediatamente exterminados por uma barragem de mísseis. ## ARMADO ATÉ OS DENTES ## # tirar em Just Cause 3 não exige muita habilidade. Tanto que nem há uma mira de precisão padrão – ela é um upgrade e, mesmo assim, fica no ¢, pois o ™ está ocupado com funções mais importantes para o jogo. A mira é generosa e gruda em personagens com facilidade, para você possa se preocupar mais com sua movimentação e criatividade do que em acertar tiros na cabeça. Apesar de ser útil acertar tiros na cabeça, especialmente contra os inimigos com proteções especiais (há até alguns snipers no jogo), precisão não é exatamente o que estamos procurando aqui. É preciso se acostumar com as armas mais escandalosas e tentar não se prender muito a uma só. A munição de armas normais é abundante, mas o mesmo A não vale para as especiais, que explodem dem coisas logo de cara. Em toda base há estantes de armas, mas elas podem ter opções diferentes das que você está carregando. A parte boa é que todas são úteis. Mudar de um lança-mísseis para ra um lança-granadas não é uma perda. Muito ito pelo contrário. Portanto, sempre tente te experimentar o que você ganha ao liberar erar bases e cidades. Exploda algumas coisas, sas, invada alguns lugares fortes. Abaixo estão três armas muito ignorantes que são ótimas opções para ra complementar seu arsenal nas partes mais avançadas do jogo. O UPU Grenade Launcher é um ótimo lança-granadas e pode ser liberado na segunda ilha, em Espia Bassa. A Hydra RPG é para quem gosta de jogar inimigos para longe com os disparos. É muito boa. Ela fica em Cava Grande, na província de Prospere em Insula Striate, nas coordenadas 45.665, 40.626 A melhor descrição para a Fire Leash RPG é: pura ignorância de mísseis múltiplos teleguiados. Ela fica na província de Rocca Blau em Insula Striate. As coordenadas são: 47.979, 33.935. 43 JUST CAUSE 3 ## BRINCANDO NA ILHA ## NO FIM, JUST CAUSE 3 NÃO É SÓ SOBRE DESTRUIR BASES OU JOGAR UMA GRANADA EM UM TANQUE DE COMBUSTÍVEL. AS OPÇÕES ESTÃO POR TODA PARTE E TALVEZ VOCÊ SÓ PRECISE DE UM PEQUENO EMPURRÃO PARA LIBERAR A SUA CRIATIVIDADE Nem sempre os foguetes funcionam – às vezes é preciso colocar vários de uma vez Os Foguetes Um dos primeiros upgrades de explosivos é o que 44 deixa suas bombas GE-64 com propriedades de foguetes. Elas ganham o poder de empurrar coisas como barris e vários veículos. Coloque um ou dois explosivos atrás de um carro e detone para praticamente ter um carro bomba desgovernado por alguns segundos. Jogar um carro de um morro para cair no meio de uma base e explodir é bem divertido. Quer ir além? Tombe um carro com o seu gancho, plante quatro explosivos próximos a cada roda e vire-o na posição normal. Você pode dirigi-lo se quiser, mas quando acionar os explosivos, ele voará bem alto... Por alguns segundos, pelo menos, antes de explodir em mil pedaços. Esta vaca vai voar muito longe A Catapulta Funciona melhor com objetos mais leves, como pessoas. Use dois cabos ou mais para ligar um objeto à borda de uma laje. Segure ™ para começar a puxar o objeto e solte os cabos (aperte ¼ enquanto segura ™) na hora certa. Se fizer direito, o objeto deve ser lançado com em uma catapulta. Para ficar mais legal, tente prender um explosivo no projétil e exploda durante o voo ou quando ele cair, para marcar a distância percorrida. Bola de Demolição Assim como a cantora Miley Cyrus, você pode chegar como uma bola de demolição. Use um cabo para unir um objeto indestrutível à parte de baixo de um helicóptero. Se o objeto for leve o bastante, ele vai ficar pendurado e será levado pelo helicóptero. Ele pode destruir objetos em bases e cidades ou ser solto para cair em cima de alguém como uma bigorna de desenho animado. Esses objetos não são tão comuns, mas tem um que sempre pode ser encontrado ao tentar tomar cidades: a cabeça da estátua de Di Ravello. O Varal É uma ariação da Catapulta. Coloque dois, quatro ou seis cabos em um objeto e ligue-o a uma parede de cada lado. Puxe os cabos o para estendê-los com o objeto no meio. É possível fazer algumas armadilhas com isso, como preparar um barril explosivo no alto de um beco e soltá-lo para detonar em cima de um grupo de inimigos, por exemplo. Só para relaxar As ilhas são divididas em províncias, onde ficam as cidades e as bases. Certos lugares são mais difíceis que outros para liberar. O problema é que existem algumas missões Insula Fonte, a de história que exigem que um primeira ilha do jogo determinado número de províncias seja liberado para poderem ser jogadas. Por isso, veja quais províncias liberar primeiro em cada uma das ilhas. Na primeira ilha (Insula Fonte), Baia, Plagia e Aspera são as mais fáceis – Baia é liberada como parte da história. Na segunda ilha (Insula Dracon), Capite West, Capite East e Corda Dracon são as mais simples. Na terceira ilha (a enorme Insula Striate), Prima, Litore Torto e Montana são as menos difíceis. REVIEWS REVIEW R TESTAMOS E AVALIAMOS OS SEUS GAMES NONO 46 DOUGLAS PEREIRA FALLOUT 4 Assim como a guerra, Fallout nunca muda D FICHA CONSOLE PS4 GÊNERO AÇÃO PRODUTORA BETHESDA SOFTWORKS DISTRIBUIDORA BETHESDA GAME STUDIOS ÁUDIO/LEGENDA INGLÊS/PORTUGUÊS epois de me aventurar em uma base militar abandonada, protegida por inimigos perigosos, minas terrestres e um chefe com revelações importantes, saio pelo telhado com a sensação de dever cumprido. Foi uma missão longa, durante a qual “bateu” minha atração pelo jogo. Olho para o céu da versão pós-apocalíptica da cidade americana de Boston e presencio a chegada de uma nave gigantesca que ilumina a noite silenciosa. Alto-falantes anunciam a chegada da Irmandade de Ferro, a clássica facção do universo Fallout. Uau! Parece um ótimo jogo, estou empolgado... Então, no instante seguinte, o jogo trava e volta ao menu do PS4. Primeira lição (válida para qualquer jogo da Bethesda): salve sempre seu progresso. O exemplo ilustra bem o que é Fallout 4: há momentos brilhantes e surpreendentes, mas os problemas A CIDADE VIBRA COM PERSONAGENS INTERESSANTES 9 técnicos estão por aí o tempo todo para nos lembrar de que essa maravilha tem um preço. NADA MUDA Se “a guerra nunca muda”, como é dito no início de cada jogo da série, o mesmo vale para a experiência de jogo. Fallout 4 é muito parecido com Fallout 3 e New Vegas, a ponto de causar certa estranheza. Obviamente, isso não é um problema, porque a ideia desses jogos é fantástica. Pelo menos o comecinho é diferente. Podemos ver brevemente como era a vida no mundo antes da guerra nuclear, antes de seu personagem entrar em uma câmara criogênica no Refúgio 111, onde fica por quase 200 anos. Nesse tempo, alguém invade o abrigo, mata sua esposa (ou marido) e rapta seu filho recém-nascido. O personagem acorda com aquela lembrança e, sem nada a perder, vai atrás do bebê. É uma desculpa boa o suficiente para largá-lo no meio do mundo sem nada. Você encontra o robô mordomo do personagem, que pede para você ajudar uma galera, e a partir daí você não é empregado de ninguém e pode fazer o que quiser. Pode ir facebook.com/PlayStationRevistaOficial REVIEW 47 FALLOUT 4 É MUITO PARECIDO COM FALLOUT 3 E NEW VEGAS, A PONTO DE CAUSAR CERTA ESTRANHEZA Não existe jeito melhor de ter uma ideia geral da dimensão do mundo do que subir aos céus e observar o panorama a partir de uma posição privilegiada REVIEW para qualquer lugar, em qualquer ordem, matar quem quiser, roubar, ajudar a todos, não ajudar ninguém ou apenas descobrir lugares distantes. É um clichê, mas o mundo está em suas mãos. A exploração, no início, não é tão prazerosa quanto em Fallout 3 ou Skyrim. Ao sair do Refúgio 101 no jogo de 2008, não demorava muito para chegar a Megaton, uma cidade interessantíssima decorada com uma enorme bomba nuclear que não explodiu. Em Fallout 4, há certas coisas jogadas estrategicamente pelos caminhos mais óbvios até Diamond City, a grande cidade do jogo, e as missões que o distraem não levam a recompensas muito grandes em qualquer sentido. O ideal é fazer uma ou outra coisa da Irmandade de Ferro, caso a encontre pelo caminho, e então seguir para Diamond City. CALOR HUMANO 48 Ao chegar lá, dá para começar a apreciar o que o jogo tem de melhor. A cidade vibra com personagens interessantes. As missões pequenas e as maiores dão muito mais contexto aos habitantes e aos estilos de vida, além de escancarar o tema principal da trama. Excursões para áreas vizinhas garantem acesso a itens importantes que as áreas anteriores quase não davam, como os grampos para abrir fechaduras (vá cedo para lá e compre muitos), e o mundo toma forma de maneira brilhante. Em pouco tempo, há vários novos companheiros para segui-lo, e mais e mais pessoas pedem favores. Várias delas têm diálogos muito interessantes, como a maioria de Goodneighbor, e algumas histórias conseguem deixa-lo preso à trama, com vontade genuína de avançar para descobrir o desfecho. Este é um jogo que recompensa curiosos, e o que sustenta isso são os personagens espalhados por todos os cantos de Boston. Como, por exemplo, seus companheiros. Visitar lugares estranhos ao lado de Nick Valentine é das coisas mais gratificantes. Ele é um sintético, uma espécie de androide criado pelo grande vilão do jogo – “O Instituto” –, veste-se como um detetive noir, tem parte do pescoço faltando e fala como um cara mais velho que já viu muita coisa na vida. Piper é uma jornalista pentelha que nem sempre segue todas as regras do bom jornalismo, além de ser meio folgada. Ouvir Codsworth, seu robô mordomo, falar coisas hilárias no meio de uma luta nunca perde a graça. Tem bastante gente que vale a pena ter como parceiro. Em sua maioria, os companheiros nos jogos anteriores da Bethesda serviam mais como baús ambulantes, então personalidade dos de Fallout 4 faz uma boa diferença. Quando as missões acertam o tom, elas são ótimas. Além das pequenas histórias pessoais, os grandes conflitos abordam assuntos inesperados. O debate para decidir se os sintéticos merecem ser tratados como humanos, a paranoia dos cidadãos com esse assunto, a percepção de como os rejeitados de Goodneighbor são muito mais de boa do que os de Diamond City, a posição que a Irmandade de Ferro ocupa na sociedade, as intenções do Instituto... Mas, verdade seja dita, esses assuntos ficam meio desconexos. A demanda principal de encontrar Nada como uma roupa de malha apertada para exibir a musculatura. Só não vale para quem tem barriguinha saliente seu filho não amarra essas linhas de história e dá para ver que elas são meio “seguradas” para não roubar o show. Não há dá para esperar que a Bethesda conte histórias como a Obsidian (New Vegas ainda é rei nesse quesito), e este não é o trabalho mais inspirado da produtora, mas os momentos legais são comuns e trazem satisfação. TIRO REFINADO Pela cara do bicho, é lógico que ele não sabe que não adianta levar um porrete para enfrentar uma arma de fogo Entre as boas novidades no sistema de jogo estão o upgrade de armas, que praticamente permite que uma arma fraca do começo do jogo vire pura ignorância com o passar do tempo. Usar essas armas depois de "cuidar" delas é bom demais. Ao contrário dos últimos episódios da série, nos quais mirar sem a assistência do VATS era algo, no mínimo, terrível, agora é possível lutar mirando e atirando em tempo real. Isso muda consideravelmente o combate e faz de Fallout 4 um jogo de tiro muito melhor, o que, por sua vez, deixa a ação mais dinâmica e variada. Dá para dizer que essas duas mudanças, os extensos upgrades de armas e a jogabilidade de tiro muito melhor são os grandes avanços do título. CERTOS PROBLEMAS É uma pena que Fallout 4 seja um jogo cheio de "poréns". Não há uma verdadeira evolução em relação aos últimos jogos. Para ser sincero, em alguns casos, há até retrocessos. A começar pelos diálogos. Se as vozes são incríveis e vários personagens são bem escritos, isso deve servir para cobrir as próprias facebook.com/PlayStationRevistaOficial Depois de algum tempo, você vai ter a chata impressão de que alguns dos cenários se repetem em Fallout 4 REVIEW 49 Você decide se vai ser homem ou mulher no mundo pós-apocalíptico da Bethesda opções de diálogo do jogador. Não reclamo de não haver na tela o texto da resposta inteira que quero dar, assim como nos jogos anteriores (o que acaba causando alguns momentos do tipo “ei, não era bem isso o que eu queria dizer”, como nos jogos da Bioware), mas me queixo das opções oferecidas. Geralmente, resumem-se a “sim”, “não”, “talvez” e “uma pergunta”. Gastar muitos pontos de atributo em Carisma, para ter mais chance de usar diálogos arriscados e tentar ser amigo de todo mundo, é uma ideia meio ruim. Veja bem: boa parte das respostas coloridas (que representam diálogos que necessitam de carisma para terem continuidade) são apenas “pedir mais dinheiro”. Quando houver um diálogo colorido importante de fato, não tema: basta salvar antes de responder. Se não der certo, carregue seu save e tente de novo. O sistema é baseado em probabilidade, então mesmo quem tem poucos pontos pode se dar bem e quem investe muito alto ainda pode receber uma resposta negativa. Sem contar que, apesar das conversas serem boas, elas não parecem estar no nível dos excelentes diálogos de New Vegas. É um mundo muito grande e cheio de coisas para ver, porém é meio difícil ignorar sua feiura em relação aos padrões atuais. Se fosse só a parte técnica, vá lá. Mas o chato é que o estilo e a arte também não são nada atrativos. Obviamente, um mundo pós-apocalíptico não tem como ser todo colorido, mas comece a reparar nas estruturas e locações e você terá a sensação de já ter passado por ali antes. Não é tão chato quanto o deserto infinito cheio de paredes invisíveis de NV, mas deixa a desejar. Falando em repetição, suas ações nas missões extras não têm tanta variedade. O número de missões cujo objetivo é limpar um local cheio de inimigos sem interação nenhuma no caminho é bem maior do que qualquer um gostaria de ver. Se não há o envolvimento de personagens de importância, provavelmente vai ser algo assim. E isso se liga a um ponto abordado mais cedo, sobre não haver tanta coisa verdadeiramente interessante no caminho. Muita gente diz que Skyrim se resumia a levar uma coisa do ponto A ao ponto B o tempo todo, mas como era fácil e prazeroso se desviar naquele jogo. Fosse um cenário diferente ou alguma missão aleatória, a chance de alguma coisa tirá-lo do caminho era alta. Em Fallout 4, prevalece a ideia de que “essa coisa que apareceu no mapa pode esperar”. Isso talvez se deva ao fato de o mundo não ser tão inspirado desta vez. SE VOCÊ CONSTRUIR... A grande novidade, segundo a Bethesda, é o modo de construção. Ao matar todos REVIEW Se você investir continuamente em uma arma no decorrer da partida, perto do final terá em mãos um objeto de destruição 50 Árvores mortas estão por toda a parte. Bem que poderia haver um jeito de reflorestar os cenários... os inimigos de determinados lugares, esses locais viram acampamentos seus e você pode reconstruí-los. Todo tipo de tranqueira pode ser transformada em material de construção, como madeira, ferro, plástico, vidro, circuitos e outros. Com eles, você constrói casas, camas, plantações, purificadores de água, torres de defesa e muito mais para levantar sua vila. Consequentemente, mais pessoas podem morar lá e trabalhar em postos de segurança ou cuidar de lojas, e etc. Existem muitas missões para ajudar algum acampamento e então se tornar líder dele, a fim de construir mais e mais. Agora... para que serve mesmo essa construção toda? Além de passar materiais de um acampamento para outro (mas só se você tiver um bônus de Carisma de nível 6), o único motivo para isso parece ser o de prover uma certa linha de história sobre povoar o mundo novamente e continuar a levar uma vida digna, algo já explorado em jogos anteriores de maneira bem mais direta do que essa. QUANDO A CASA CAI É claro que, sendo um jogo da Bethesda, existe um pedágio para que esse mundo enorme funcione: problemas técnicos. Essa é uma constante desde o primeiro jogo da empresa e não mudou agora. Para ser franco, nas primeiras 20 horas eu talvez tenha encontrado menos problemas que a maioria dos jogadores, pois grande parte das coisas estranhas não estava diretamente ligada à performance. São momentos que tornam Apesar dos problemas técnicos, o novo jogo da série ainda é bem legal de jogar QUANDO O JOGO EMPACA NAS PARTES IMPORTANTES, É ASSUSTADOR Fallout 4 uma peça de teatro muito mal ensaiada. Eis alguns exemplos: você está no meio de uma conversa com alguém e um personagem aleatório aparece no meio, fazendo com que a tela vire um close da barriga dele por um tempo; inimigos têm animações de morte com resultados inesperados; na parte de construção, tentar colocar um objeto em um leve morrinho faz com que esse objeto flutue; seus companheiros têm o costume de ficar parados em portas, impedindo que você entre ou saia. Eliminar todos os bugs de um jogo desse tamanho é impossível, mas essas coisas apenas incomodam, sem ter um impacto negativo real em sua experiência de forma geral. Porém, quando o jogo resolve empacar nas partes mais importantes, é assustador. Às vezes, áreas internas sofrem com sérios problemas de quadros de animação, chegando a causar grande lentidão. Alguns elevadores demoram a chegar, missões parecem não funcionar como deveriam... Com o passar do tempo, você perde parte da confiança no jogo. Não dá para garantir que ele vai continuar sem problemas. É uma sensação de que ele pode quebrar a qualquer momento, como uma casinha de madeira em uma tempestade (no caso, a proverbial tempestade é a engine requentada e impraticável da Bethesda). Panes que levam de volta ao menu do PS4 vão rolar, como citado anteriormente, e só resta a você se acostumar. Por isso, não confie no jogo, porque ele não vai com a sua cara! Salve frequentemente facebook.com/PlayStationRevistaOficial REVIEW RAIO-X PRO-BR O QUE FAZER EM… FALLOUT 4 25% 12% Vasculhando salas e lojas por peças 5% Recuando ao aparecer em meio a uma nuvem de radiação 13% Observando o ponto fraco de um alvo com o VATS só esperando o momoento de atacar A desolação impera nos cenários de Fallout 4... Apreciando a vista – quem imaginaria que o pós-apocalipse seria tão cênico? 30% Debruçado sobre seus planos urbanos e modificando armas. 15% Fuçando seu inventário sobrecarregado à procura de coisas para comer ou descartar AMIGOS E INIMIGOS ... mas também há espaço para visuais menos sisudos, como este à direita Um ciborgue camarada com memórias de um detetive noir. NS E C DA OR PIO N R A DS PA L A D IN INE NICK V AL T EN Um fanático honesto e membro da Irmandade de Ferro. Dono de uma picada venenosa, encontrado em áreas radioativas. COMO... VIRAR O CHEFE DO PEDAÇO 1 2 51 3 1 Você só pode construir em áreas verdes. Desmantele coisas que estão destacadas em amarelo e considere a reutilização de itens verdes. E não esqueça de descarregar o "lixo" de seu inventário na oficina. 2 Juntar pedaços pode ser complicado. Tente girar o objeto lentamente ou use peças extras do mesmo tipo. 3 Áreas de cultivo devem ser cuidadas antes de começarem a gerar alimentos. Não se esqueça de atribuir empregos relevantes aos habitantes de sua cidade. Nick Valentine parece um detetive saído de antigos filmes noir com quicksaves e saves permanentes. A ÚLTIMA CHANCE Como deu para perceber, há vários pontos duvidosos em Fallout 4. Então, por que o consideramos acima da média? Porque um jogo bom com problemas técnicos ainda é um jogo bom. Explorar Boston é uma experiência que melhora com o tempo e conta com alguns momentos sensacionais – talvez alguns dos melhores do ano –, e cada jogador vai ter coisas diferentes para contar e lembrar por um tempo. Mas o passe livre que demos para a Bethesda já está chegando ao final de seu prazo de validade. Ver algo como Fallout 3 na geração passada foi incrível. Esses jogos que só existiam no PC chegaram aos consoles e eram tão gigantes e cheios de possibilidades que ficamos mais do que felizes em perdoar todos os problemas em prol de uma experiência quase inédita nos videogames. Hoje, depois de títulos como Oblivion, New Vegas e Skyrim, nossa boa vontade talvez tenha se esgotado. Os tempos mudaram e esse estilo de jogo precisa evoluir, não apenas na parte técnica, mas também na criação e coesão entre os sistemas do jogo. VEREDITO Fallout 4 é um belo jogo, mas ficou aquém de seu potencial. Dessa vez passa, Bethesda. Só que é a última chance que damos, tá legal? É MELHOR QUE... SIM A personalização de Fallout 4 oferece elementos ricos, e usar o VATS é bem melhor do que um machado. NÃO NÃO Inquisition vence no trabalho em equipe, uso de táticas, por elenco e manutenção de um império. O roteiro de Wild Hunt, seus personagens e o mundo são marcantes e o combate é muito mais dinâmico. REVIEW 52 10 COISAS QUE EU GOSTARIA DE SABER QUANDO COMECEI A JOGAR Após anos de espera, Fallout 4 está entre nós. Pena que a Bethesda não me preparou para essa jornada, nem me explicou direito como muitas coisas funcionam. Explorar o mundo do jogo no escuro, descobrindo suas regras secretas e pequenos detalhes aos poucos e por conta própria coloca o jogador no mesmo patamar do personagem, descongelado 200 anos após entrar no Refúgio 111. Mas vamos combinar que é bem melhor jogar sabendo certas coisas e evitando perder tempo com decisões bobas tomadas na hora errada. Para que você aproveite ao máximo a aventura, construindo um personagem super legal e repovoando o mundo com seus assentamentos, a PRO-BR preparou um guia com tudo aquilo que gostaríamos de saber antes de começar a jogar Fallout 4. POR PABLO RAPHAEL facebook.com/PlayStationRevistaOficial REVIEW 1 USE UM NOME GENÉRICO OU DE UM PERSONAGEM SCI-FI FAMOSO Sabe o robô Codsworth, o “mordomo” cibernético de sua casa lá em Santuário? Ele está programado para falar perto de mil nomes diferentes, a maioria de origem anglo-saxônica, mas também consegue falar nomes como Furiosa, Han, Luke ou Stark. Veja a lista completa aqui: http://goo.gl/YoWJCf 2 VOCÊ PODE PEGAR UMA ARMA FORTE JÁ NO COMEÇO Na saída do Refúgio 111 há uma arma trancada em um armário na sala do Supervisor. A fechadura é difícil de arrombar, mas volte com seu companheiro Dog Meat e ele resolve o problema. A arma é o Criogenizador, uma escopeta que congela a maioria dos inimigos dos níveis iniciais do jogo com um único disparo. Verifique o inventário de Dog Meat para pegar 200 balas para a arma e divirta-se. 3 ALGUNS ATRIBUTOS SÃO MAIS ESPECIAIS DO QUE OS OUTROS Em Fallout 4, os personagens são definidos pelos atributos básicos do sistema SPECIAL (Força, Percepção, Resistência, Carisma, Inteligência, Agilidade e Sorte). Não há habilidades específicas nas quais você pode investir pontos, como rolava nos jogos anteriores da série. Ao evoluir, você gasta os pontos adquirindo vantagens (perks) ou aumentando algum atributo básico. Cada atributo governa habilidades específicas ou características dos personagens (Agilidade dita a quantidade de pontos de ação que você possui, Resistência determina seus pontos de vida e assim por diante). Na prática, quatro deles são mais “especiais” do que os outros: Força, Percepção, Inteligência e Carisma. Você precisa investir alguns pontos em Força para conseguir carregar mais coisas. Acredite, o inventário fica cheio rapidinho com todas as tranqueiras que você vai coletando pelo caminho, sejam armas, alimentos ou lixo (que você usa, e muito, em Fallout 4). Com Percepção alta, você desbloqueia novos níveis de Lockpick, a habilidade de arrombar fechaduras. Inteligência faz o mesmo pela habilidade de hackear computadores. E você vai querer conseguir abrir o máximo de portas, cofres e computadores que puder. E o Carisma? É só uma medida de quanto o seu personagem é bonitão? Mais do que isso, o Carisma ajuda nas negociações com vendedores, torna você mais persuasivo e até abre novas opções de diálogo que podem tornar os outros personagens mais favoráveis ao jogador. 4 VOCÊ PODE DESMANCHAR CARROS E CASAS NOS ASSENTAMENTOS Em um assentamento aliado, como Santuário ou o posto Red Rocket, você pode construir novas estruturas, melhorias, defesas e até decorar as casas para atrair novos moradores, desde que tenha os materiais necessários. Não é só o lixo coletado durante as viagens que pode ser utilizado, mas também as próprias sucatas do local. Entre no modo de construção e saia andando pela vizinhança: itens marcados em amarelo podem ser desmanchados e rendem muito mais peças para suas obras do que as latinhas e torradeiras velhas juntadas mundo afora. Alguns perks permitem encontrar materiais mais raros com o desmantelamento desses itens, descolando não só ferro e madeira, mas cobre e circuitos, por exemplo. 53 REVIEW 5 FIQUE DE OLHO NA RADIAÇÃO Radiação é um dos perigos mais frequentes em Fallout 4. Ao final, o mundo foi destruído por bombas atômicas. São muitas formas de contaminação, desde "picadas" de baratas até ataques dos necrosos, além do consumo de água imprópria ou a entrada nesse líquido fétido. A radiação diminui o valor máximo dos seus pontos de vida e só desaparece com o uso de um Radaway ou se você achar um médico. Para não se contaminar o tempo todo, beba água purificada, cozinhe a comida antes de comer e carregue sempre Rad-X e Radaway. 54 6 PLANEJE ONDE GASTAR SEUS PONTOS DE EVOLUÇÃO Não há um nível máximo para se evoluir em Fallout 4. Ou seja, uma hora você vai ter todos os perks do jogo e todos os atributos no nível máximo. Porém, fazer isso sem planejamento, escolhendo o que parece mais bacana na hora em que sobe de nível, é uma forma nada eficaz de evoluir. Por meio de seu Pipboy, você pode acessar a tabela com todos os perks e verificar o que cada um deles faz, assim como os pré-requisitos para obtê-los. Veja quais são mais interessantes para o seu estilo de jogo e, se a ilustração daquilo que você deseja ainda não aparecer na tela, veja o que está faltando e trabalhe para atingir esse objetivo, adquirindo os pontos de Atributo necessários o quanto antes. 7 EXPLORE TODO O MAPA, ATÉ MESMO AS ÁREAS SEM NENHUM MARCADOR O mapa de Fallout 4 é bem grande e populoso, cheio de pequenos assentamentos, prédios em ruínas, ferro-velho e outros lugares curiosos para explorar. O jogo adota um sistema bem parecido com o de Skyrim, também da Bethesda, para apontar esses lugares: você vê os ícones na parte inferior da tela e eles vão se solidificando até o local ser totalmente descoberto. Porém, não faltam lugares secretos que simplesmente não são apontados nessas marcações. Logo no começo do jogo, ao dar uma volta na região próxima da saída do Refúgio 111, você vai encontrar pelo menos quatro áreas pequenas com alguns poucos Raiders, munição, dinheiro e remédios para coletar. Avançando um pouco, há uma caverna cheia de Mole Rats embaixo do posto de gasolina Red Rocket, local onde há um núcleo de fusão extra, tesouro muito bem vindo nessas primeiras horas de aventura. facebook.com/PlayStationRevistaOficial REVIEW 8 10 MODIFIQUE SUAS ARMAS E ARMADURAS SEMPRE QUE POSSÍVEL (E COZINHE!) O sistema de modificações de Fallout 4 é cheio de opções para melhorar armas e peças de armadura, aproveitando toda sorte de sucata encontrada pelas ruas arruinadas de Boston. Sempre que puder, dê uma passada em uma bancada de armas e armaduras e veja o que pode ser aperfeiçoado em seu arsenal. Torne suas armas mais precisas, aumente o dano causado por delas, instale uma mira mais potente – opções não faltam. Também é possível melhorar as peças de armadura e alguns dos trajes completos, assim como modificar as partes das Power Armors. Desbloqueie perks como Gun Nuts e Science! para conseguir novas e melhores opções de modificação para o seu equipamento. Também é recomendável passar um tempo na cozinha, produzindo não só alimentos livres de radiação, mas medicamentos, drogas e plástico! DIVERSIFIQUE A MUNIÇÃO, MAS NÃO OS TIPOS DE ARMAS 9 USE SUA POWER ARMOR COM PARCIMÔNIA As Power Armors estão disponíveis para o jogador e várias delas podem ser encontradas espalhadas pelo mundo do jogo. Depois de ajudar os Minuteman no Museu da Liberdade, você já equipa a primeira, mas há outras que podem ser obtidas em missões ou simplesmente encontradas pelo mapa. É possível reparar e modificar suas partes e até mesmo aplicar pinturas inspiradas em carros esportivos (procure pelas revistas de Hot Rod). Essas armaduras são super-resistentes, suportam muita radiação e aumentam sua Força, permitindo que você carregue muito mais coisas sem fazer esforço. Com as versões mais poderosas você consegue saltar do topo de prédios bem altos sem sofrer quase nenhum dano. Porém, elas usam como combustível os núcleos de fusão. E essas pequenas pilhas atômicas não são tão comuns quanto você gostaria... É preciso explorar bastante para juntar um punhado delas e se a sua armadura descarregar e você não tiver um núcleo sobressalente, só o que poderá fazer é largá-la onde quer que esteja para, talvez, mais tarde para buscá-la. Então, quando notar que o seu último núcleo está chegando ao fim (fique atento aos ponteiros na parte inferior da tela quando estiver dentro da armadura), use a opção de Viagem Rápida até um dos seus assentamentos e guarde a armadura para a próxima grande briga. Essa é uma antiga regra não escrita de Fallout que vale perfeitamente para o novo jogo. Munição é um recurso bastante escasso em qualquer dificuldade acima da “Muito Fácil”. Portanto, o ideal é carregar uma boa variedade de armas e evitar ficar totalmente sem munição de algum tipo. Por outro lado, é importante investir em armas de um ou dois tipos específicos, como Pistolas e Armas de Energia. Assim, você pode adquirir os perks que dão bônus com a utilização dessas armas e usufruir dos benefícios que eles concedem no dano e na precisão dos disparos. Uma boa ideia é investir pelo menos um ponto em armas brancas e carregar alguma coisa pesada, como um taco de beisebol, para aquelas horas em que você estiver completamente desprovido de balas. 55 REVIEW FUTURO IMPERFEITO DOUGLAS PEREIRA CALL OF DUTY: BLACK OPS III Tem muito jogo aqui, mas será que vale? B 56 FICHA CONSOLES PS3/PS4 GÊNERO TIRO (FPS) PRODUTORA TREYARCH DISTRIBUIDORA ACTIVISION ÁUDIO/LEGENDA INGLÊS/PORTUGUÊS lack Ops se tornou o carro-chefe de Call of Duty, e com méritos. A Treyarch sabe o que torna um multiplayer bom, criou uma das campanhas mais famosas da série (os números, Mason!) e a imensa popularidade do modo Zumbi chegou a tal ponto que ele já merece ser um jogo à parte. Então fica a pergunta: por que você pisou na bola desse jeito, Treyarch? Black Ops III é um jogo enorme e expansivo. Ele tem muito de tudo, mais do que qualquer outro Call Of Duty até hoje. Mas e quando esse monte de coisa não é tão legal assim? Como sempre, é possível dividir um COD em três partes, e há muito para falar sobre, pelo menos, duas delas. COISA DA SUA CABEÇA A campanha é pretensiosa e extremamente arrastada. Ela aborda alguns elementos parecidos com os do primeiro Black Ops, sobre não saber o que é real ou não, mas em um contexto bem futurista. Depois de ter seus braços arrancados e perna amassada por um robô durante uma missão de resgate, seu personagem (que nem tem nome) vira uma espécie de RoboCop Jedi do futuro. Com um implante no cérebro, você passa a ser quase uma entidade que habita um corpo sobre-humano e pode passar por simulações instantâneas como se fossem reais. Elementos de JOGAR A CAMPANHA COM MAIS TRÊS PESSOAS MUDA PARA PIOR O RITMO DAS FASES 7 realidade aumentada que estariam no seu visor estão diretamente na sua visão, e basta estender a sua mão para explodir granadas nos bolsos dos inimigos ou tomar o controle de armas robóticas. O nível de pé no chão aqui é zero, algo muito mais avançado do que vimos em Advanced Warfare ano passado. Com essa ideia bem doida, a Treyarch podia ir para o formato tradicional de campanha de Call of Duty ou inventar de fazer algo que misturasse real e virtual para deixar o jogador confuso de propósito. O estúdio pegou o segundo caminho, mas o resultado foi desastroso. A começar pela estrutura. A grande novidade nessa parte de jogo, além dos poderes Jedi da ciência, é que a campanha pode ser jogada com mais três pessoas. Para isso, eles mudaram o ritmo das fases para pior. Veja bem, a famosa fórmula de “corredores com coisas explodindo” do modo solo de Call Of Duty sempre foi assim por um único motivo: ela funciona muito bem. Acontece todo tipo de loucura numa escala absurda e sempre há pelo menos um momento que você faz gritar “eita p****!” É um momento curto, pois a mágica só funciona por um tempo e sabe dar o tom para todo o resto do jogo – mapas, armas, etc. Só que Black Ops III joga isso tudo fora e não acrescenta nada no lugar, apenas para dar a você a suposta vantagem de jogar com mais gente – como se todo o resto do jogo já não dependesse de outras pessoas para funcionar... No lugar de coisas como explodir uma bomba nuclear (na Terra ou em órbita), ver a torre Eiffel facebook.com/PlayStationRevistaOficial REVIEW 57 O SEU PERSONAGEM VIRA UMA ESPÉCIE DE ROBOCOP JEDI DO FUTURO REVIEW Além do consagrado modo Zumbi (acima), Black Ops III traz o inédito Rodada Livre (abaixo) 58 Este intimidante grupo precisa ser rastreado. Parece um serviço para alguém com as suas habilidades Acima/esquerda Aprenda a usar as habilidades dos Especialistas no multiplayer Acima/direita Você só utiliza tirolesas na campanha. Ou seja, só no PS4 Esquerda Use provocações para humilhar os rivais ao término das partidas online Direta Na história do modo Pesadelo, o mundo está sendo tomado por zumbis facebook.com/PlayStationRevistaOficial REVIEW cair, dar um rolê com Kevin Spacey ou andar em uma estação espacial, você apenas luta contra um vírus que anda dominando a cabeça de quem tem os implantes, ou então anda dentro da mente de alguns soldados com cenários flutuando. Isso significa que espetáculo é muito menor. Pior ainda: que a Treyarch considera isso um grande avanço intelectual para a série. É uma daquelas coisas que a gente vê acontecer com jogos algumas vezes: dá a impressão de que os produtores estavam tão apaixonados pela própria ideia que acabaram esquecendo o que é realmente importante. O ritmo é horrível. A campanha se arrasta por horas e horas – ela parece bem maior do que nos outros COD, com fases que duram mais de uma hora. Chega um momento em que você simplesmente olha para o teto e clama para que a fase apenas O ESPETÁCULO DAS EXPLOSÕES FOI MUITO REDUZIDO E QUASE NÃO EXISTE NA SEGUNDA METADE acabe logo. O espetáculo das explosões foi muito, muito diminuído – é praticamente inexistente na segunda metade. A história é uma confusão de primeira linha: um monte de diálogos que não fazem muito sentido, para depois alguém resumir com uma ou duas frases que dão uma ideia bem melhor, mas falham com excelência em passar alguma importância. O conflito todo pode ser muito importante e relevante na cabeça de quem teve a ideia, mas não consegue passar isso para o jogador de maneira alguma. A fase final é talvez a mais chata de todos os 12 jogos principais. “Ah, mas pelo menos jogar com a galera é legal, né?” Então... não. Para acomodar mais gente, o design foi alterado para áreas mais amplas que apresentam inimigos mais fortes e que atacam por todos os lados. Se você não curte jogar em modo cooperativo, isso é um pesadelo (prepare-se para morrer muito em qualquer dificuldade acima do normal). De qualquer forma, é simplesmente chato. Existem muitos encontros em que você entra em uma sala, acontece um diálogo e então uns 10 inimigos brotam de todos os cantos imediatamente, matando todo mundo sem que ninguém saiba o que está acontecendo. Morrer é normal, mas isso tira a graça de encontros que poderiam dar aquela adrenalina por serem surpreendentes. Além disso, não há praticamente nada que justifique ter até quatro pessoas nessa campanha. Como as pessoas podem entrar e sair do seu jogo a qualquer momento, ele deve levar todo tipo de pessoa em consideração, por isso não espere momentos em que é preciso trabalhar em conjunto para avançar. Jogar sozinho (sempre acompanhado de um ou dois personagens) ou em coop não vai salvar essa péssima campanha. Apesar dos gráficos bem bonitos (embora com um estilo mais feio que o de Advanced Warfare), esse modo solo figura entre os piores de COD, junto do coitado do Call Of Duty 3, que ao menos tinha uma desculpa para ser ruim. MUDAR PRA QUÊ? Mas é aquilo que todo mundo diz: mesmo que a campanha seja legal, você só vai jogar uma vez e ficar no multiplayer o resto do ano. E como Black Ops 1 e 2 estão entre os melhores da série nesse quesito, é óbvio que Black Ops III segue esse linha, portanto a campanha não deveria influenciar em nada este review... Bem, isso não é verdade. Pense em como Advanced Warfare mudou radicalmente o multiplayer, a ponto de muita gente tê-lo odiado por mudar demais e ser preciso reaprender a jogar (algo muito comum em jogos assim, uma vez que as pessoas não gostam de ver que, de uma hora para outra, são ruins novamente). Na teoria, Black Ops III parece o jogo que devia estar no meio de Ghosts e AW – ele tem bem menos opções de movimentação, mas ainda inclui pulo duplo e certos poderes. Isso vai deixar muita gente mais à vontade, sem dúvida, porém é tudo meio desconexo e sem motivo. A impressão é de que se tratava de um multiplayer “normal” de COD até alguém resolver acrescentar as mesmas opções de movimentação de Titanfall sem um bom motivo para isso. Assim, existem mapas em que você não vê ninguém correndo pelas paredes, e os pulos duplos só acontecem no meio de um tiroteio para tentar desviar das balas. Fica parecendo apenas uma decisão para não “ficar para trás” na nova onda dos FPSs – mais rápidos, com uma movimentação mais fluida e menos realista. O estúdio pegou o que outro jogo já havia feito, jogou ali no meio e colocou uma parede ou outra nos mapas para justificar esse acréscimo. Como prova disso, podemos ver muitas estruturas com telhado baixo o bastante para alcançar com um pulo duplo, embora, por algo motivo, não seja possível subir na maioria delas. Essa é só uma das decisões bem arbitrárias que a Treyarch tomou. Dos pequenos detalhes que incomodam, o principal talvez seja a facada. Agora ela é apenas uma coronhada e só mata com um único golpe se acertar bem de costas. Qual a graça, então? Os perks são meio insossos dessa vez também, e é meio difícil 59 Não, este não é um mapa dentro de uma discoteca. Trata-se de uma indicação de zona de risco. Fique o mais longe possível dela REVIEW 60 A classe Serafim dá acesso ao revolver Aniquilador, que mata com apenas um tiro conseguir killstreaks (500 pontos para um mísero UAV). Tudo isso é secundário no design para dar espaço ao sistema de Especialistas, a maior novidade do multiplayer. Eles funcionam assim: há nove personagens no multiplayer e cada um tem duas especialidades diferentes. Mas você pode escolher apenas uma para usar nas partidas e é preciso destravá-la com pontos obtidos ao subir de nível. Os personagens, portanto, são totalmente irrelevantes, apenas uma alegoria para a habilidade que você quer (eles só influenciam na parte de eSports do jogo, já que é possível banir certos especialistas). Existem algumas especialidades interessantes, como a Glitch, que faz o personagem voltar alguns segundos no tempo, recuperando a vida que A PERFORMANCE DO MODO MULTIPLAYER É BEM RUIM NO PLAYSTATION 4 AQUI NO BRASIL Se você é do tipo que vai para cima do inimigo, a escopeta mata com um único tiro à queima roupa tinha, enquanto todo o resto da partida continua igual. Outra habilidade faz com que balas desviem do seu corpo, embora não evite tiros na cabeça. Algumas das mais legais só são destravadas em um certo nível e todas precisam que uma barra fique cheia para serem usadas – ela se enche aos poucos e também conforme você marca pontos. No fim, esse negócio de habilidades acaba substituindo os killstreaks sem muita pompa nem muita influência no mapa. Assim como a campanha, tentam substituir o caos por algo mais pessoal, o que tira a empolgação da coisa toda. E é por esse tipo de decisão que o multiplayer parece mais chato este ano. Call Of Duty sempre vai ser divertido, e Black Ops III não é diferente – existem armas legais e o “feeling” gostoso de COD está presente como sempre –, mas em alguns anos é menos divertido. Pela falta de foco nos sistemas, mapas pouco expressivos e que ignoram certas armas e um tempo até morte bem rápido, o multiplayer do terceiro Black Ops acaba ficando atrás de seus precursores. COISA NOSSA E ainda tem um problema só para nós, brasileiros. A performance do multiplayer é bem ruim no PS4 aqui no Brasil. Na semana de lançamento era literalmente impossível jogar uma partida decente. A mesma coisa acontecia para todo mundo: conexão irregular com uma subida de ping para 400ms a cada cinco segundos, o que fazia você andar dez passos e voltar cinco. Depois de uns dez dias, finalmente começamos a encontrar partidas normais, mas não era raro entrar em algumas com o mesmo problema, que aparentemente é exclusivo do Brasil: quem acabava entrando em partidas hospedadas em servidores gringos jogava de boa. Quem jogou muito Advanced Warfare sabe que isso não é recente, mas em Black Ops III está ainda pior. TRÊS ESTRELAS O terceiro protagonista dos jogos da facebook.com/PlayStationRevistaOficial REVIEW RAIO-X PRO-BR O QUE FAZER EM… BL ACK OPS III 14% Correndo pelas paredes do belo mapa Redwood. 32% Tentando 8% Lembrando o nome dos atores que interpretam os personagens. entender o que está rolando na história do modo campanha. 20% Decidindo qual especialista controlar nas partidas online. 16% Tentando ganhar XP extra no Simulador de Combate. 10% Desejando que houvesse mais pistas para correr no modo Rodada Livre. TA M B É M N O P L AY S TAT I O N 3 A classe Nômade usa um nano-enxame para atacar o alvo e tem a habilidade de reviver uma vez Se você está cogitando pegar uma cópia da versão para PS3 de Black Ops III, saiba que nela não existe modo campanha. Essa não é uma notícia necessariamente ruim considerando o que a versão para PS4 oferece, mas a diferença na qualidade gráfica é gritante. Quem joga de Outrider pode utilizar este arco e flecha especial chamado Sparrow OS EXTRAS 1 2 61 Treyarch é sempre o modo Zumbi, que continua a se expandir à merdida que sua popularidade aumenta. Agora há uma campanha baseada num clima noir que conta com atores famosos e certa profundidade nos personagens. Mas, no geral, ele não muda muito em relação ao que vimos antes, exceto pelo sistema de poderes um tanto diferente e que é exigido para encontrar todos os segredos das fases. Às vezes, dá a impressão de que os segredos das fases são meio aleatórios demais, como ter de encontrar algo muito específico e levar até um lugar mais específico ainda. Para quem curte o modo Zumbi, é uma oferta bem melhor que a de Advanced Warfare. Quem não é muito chegado, como eu, ele continua sem motivos para mudar essa ideia. E NÃO É SÓ ISSO! Essas são as impressões de modo geral, mas ainda há coisas como a versão alternativa da campanha, que troca os inimigos normais por zumbis; o Dead Ops II, que é um joguinho menor no computador da campanha; modos de treinamento de tiro e até de “parkour” (bem entre aspas mesmo) no multiplayer. A criação de emblemas está mais detalhada do que nunca... Enfim, há muita coisa nesse jogo. Existe muito, muito conteúdo mesmo no Call of Duty de 2015. E não entenda mal, não se trata exatamente um jogo ruim. Mas a impressão que fica é de que, com o ano extra de desenvolvimento que a Treyarch ganhou, ela se preocupou em detalhes gráficos e conteúdo extra em vez de refinar os pilares centrais da série para evolui-la de maneira significativa. O resultado é um Call of Duty que tem um multiplayer apenas bom, uma campanha horrível e um belo modo Zumbi para quem gosta. O subtítulo "Black Ops" vai fazer desta versão um sucesso como a série não vê há anos, porém Advanced Warfare era um jogo bem melhor. Black Ops III tem um cheiro forte de CoD Ghosts, da Infinity Ward, mas poucos vão admitir isso. 1 Na sala de inteligência, durante a campanha, examine as cadeiras do computador central para iniciar um treinamento de tiro. No menu principal, você pode brincar no modo Free Run para testar suas habilidades em uma pista de obstáculos. 2 Ao terminar a campanha de Black Ops III, você habilita o modo Pesadelo, que repete as missões em uma ordem diferente e com um enredo de terror no qual o mundo foi tomado por zumbis. IMERSÃO NA LOUCURA Testando todos os poderes da sua IND. Vida é uma missão Agora consigo estranha. fazer as pessoas vomitarem? A fase Demônio Os novos Interior define inimigos Warlords a loucura da são horríveis campanha. 0 TEMPO 12 horas É MELHOR QUE... VEREDITO Black Ops III é um jogo enorme que tenta ter tudo o que é possível em um COD feito pela Treyarch, mas traz mudanças que, além de não evoluírem a série, pioram certos elementos da versão anterior. Esqueça a campanha horrível e vá direto para o multiplayer. NÃO SIM SIM Há mais conteúdo, sim, mas a campanha é muito (muito mesmo) pior e o multiplayer empolga menos. A história de Hardline faz mais sentido, mas outros modos de Call of Duty oferecem mais diversidade. O foco na campanha e a movimentação fluída fazem de Black Ops III uma opção melhor para o jogo cooperativo. REVIEW Jogando como rebelde em Ataque dos Walkers, você pode laçar as pernas do AT-AT quando ele estiver sem o escudo 62 7 STAR WARS BATTLEFRONT Um jogo de tiro muito bom e limitado pelo universo que representa PEW! PEW! PEW! esmo que você não seja um fã de Star Wars, certamente sabe da importância que ele tem na cultura pop e, inevitavelmente, deve ter visto algum filme, desenho, jogo ou livro, replicando ou expandindo seu universo. Independentemente de tudo isso, é difícil resistir ao chamado de Battlefront ao vê-lo na tela. Visual espetacular, clima de ação intenso entre o Império e a Aliança Rebelde, gigantescas máquinas AT-ATs caminhando de forma imponente pelo campo de batalha e um céu tomado por aeronaves. Tudo é muito sedutor. A fidelidade do jogo com os principais elementos e momentos dos filmes (especificamente os capítulos IV, V e VI) é o que o torna tão atraente, mas também é a fonte de sua limitação. Mais do que um recomeço para a franquia Battlefront, a DICE dá aos fãs de Star Wars um jogo caprichado e rico em detalhes, acompanhado de mecânicas bem simples. É tudo tão direto que qualquer um pode pegar o controle e se divertir. Por ter um universo estabelecido, GIL LIVRAMENTO M FICHA CONSOLE PS4 GÊNERO AÇÃO PRODUTORA WARNER BROS. DESENVOLVEDORA DICE ÁUDIO/LEGENDA PORTUGUÊS a ausência de um modo campanha, com uma trama original que brinque com as possibilidades – Star Wars: Force Unleashed é a prova de que isso é possível – faz falta em Battlefront. Embora o jogo tenha foco no multiplayer, ele tenta agradar com um modo Missões que permite jogar partidas cooperativas (online ou local com tela dividida), com um amigo ou acompanhado por um aliado controlado pela Inteligência Artificial. Em Missões, há as categorias Treinamento, Batalha e Sobrevivência, com três níveis de dificuldade. Cada ocorre em pequenos mapas onde você é desafiado a cumprir certas condições para ganhar três estrelas. Dentre as categorias aqui, a mais interessante é a Sobrevivência. Nela você e um aliado devem sobreviver a 15 ondas de ataque inimigo em quatro mapas distintos. Treinamento apenas o apresenta às diferentes mecânicas do jogo, uso de cartas e sistema de evolução para habilitar armas e uso de habilidades. Em Batalha, você e aliados (todos IAs) enfrentam uma equipe rival controlada por um segundo jogador ou por IAs. A regra é: mate inimigos e pegue os cartões. Diverte, mas cansa rápido. Nem tente jogar sozinho na dificuldade Mestre, pois é muito desequilibrado: a IA que controla seus aliados é estúpida e apenas você pode pegar os cartões deixados pelos adversários, enquanto a IA que controla o time adversário é muito eficiente e todos eles pegam os cartões deixados pelos integrantes mortos da sua equipe. Quanto ao Multiplayer, a cereja do bolo, logo de cara temos nove categorias: Supremacia, Ataque dos Walkers, Esquadrão de Caça, Batalha, Captura de Carga, Zona de Impacto, Captura de Droides, Caça ao Herói e Heróis vs Vilões. DISTÚRBIO NA FORÇA Embora cada categoria tenha seus próprios desafios e méritos, todas dividem os mesmos mapas (que são poucos), elementos e regras em maior ou menor escala. As mais divertidas por volume de jogadores facebook.com/PlayStationRevistaOficial REVIEW RAIO-X PRO-BR Boba Fett usa mochila de propulsão para flutuar por alguns segundos e ter visão total do alvo O Q U E FA Z E R E M ... S TA R WA R S B AT T L E F R O N T 15% Xingando a IA enquanto tenta obter três estrelas no modo Missões 3% Se irritando ao enfrentar um herói ou vilão em batalha Para cada modo de jogo é importante usar equipamentos diferentes 2% Aprendendo a controlar um herói ou vilão 10% Causando estragos no comando de um AT-AT 50% Jogando alternandamente em Supremacia e Ataque dos Walkers 13% Tentando derrubar a Escravo I e a Millenium Falcon 7% Torcendo para não ressurgir em meio aos inimigos C L Á S S I C O AT U A L I Z A D O Com o lançamento de Battlefront, o clássico Super Star Wars (1992), de Super Nintendo, foi relançado para PS4 e Vita em formato digital. Além de filtros e ajustes visuais, o jogo também recebeu suporte a troféus. 63 E F I C I Ê N C I A E M B ATA L H A 1 2 No modo multiplayer, ter um parceiro permite compartilhar equipamentos NDO OU ELE! M HA ES S A AC E R T C Battlefront faz um excelente trabalho de homenagem à franquia Star Wars, e tem como trunfo a forte paixão dos fãs atiçada com a chegada do novo filme O Despertar da Força. Mas é sua fidelidade ao universo cinematográfico que o limita enquanto jogo e o faz "simular" diversidade sem a oferecer de fato. Apesar do pouco conteúdo disponível, é bastante divertido e muito prazeroso de jogar. E S TA N T E D E T R O F É U S FIQUE SE A VEREDITO 1 Atirar continuamente faz sua arma superaquecer e trava por alguns segundos, até que a barra de resfriamento esvazie. Note que nessa barra há dois pontos amarelos. Assim que o marcador ficar sobre esses pontos, aperte ¿ para resfriar reativar a arma imediatamente. 2 Quando usar a visão em terceira pessoa (aperte e segure ¦ para mudar), dê um toque em ¦ para alternar a posição da mira entre esquerda e direita, o que facilitar mirar e enxergar atrás de quinas e paredes. ÃO tempo precioso voltando à ação. Não é possível mexer em nada nas naves e, assim como controlar heróis ou vilões no campo de batalha, enfrentar as naves Escravo I ou Millenium Falcon é absurdamente injusto. A personalização do jogo é mínima e não permite fugir do que se vê nos filmes. Por mais que se use novos equipamentos e armas, parece que nada evolui. ES TR E N ficam por conta de Supremacia, no qual as duas equipes disputam o controle por território, e Ataque aos Walkers, em que o Império deve anular transmissões para os Walkers atacarem, enquanto os Rebeldes tentam anular o escudo dos Walkers e derrubá-los. Os combates são 20vs20, há vários bônus aleatórios pelo mapa e alguns permitem controlar heróis ou vilões, aeronaves e veículos, oferecendo alguma variedade em um mesmo combate. Em Batalha, temos o mata-mata 10vs10 bem bacana. Já as demais categorias são compactas e repetitivas. Mas, no geral, todas compartilham o mesmo problema: ao morrer, você renasce em um ponto aleatório do mapa... geralmente entre os inimigos. Não há como fixar um local para renascer, no máximo pode usar um parceiro para aparecer junto dele. Já em Esquadrão de Caça (com foco em combate aéreo), a situação se inverte: você nasce distante do combate e perde um BRONZE Em Esquadrão de Caça, destrua a Milenium Falcon e a Escravo I. O problema é que elas são muito resistentes. PRATA OURO Em Ataque dos Consiga três estrelas Walkers, jogando como em todos os mapas em rebelde, use uma nave Missões. É bom ter um para derrubar um amigo que queira muito AT-AT com o cabo. este troféu. É tenso! REVIEW Lutar contra grandes vilões exige a manipulação inteligente das peças no pedestal 64 MATTHEW PELLETT MULTIVERSO DE PLÁSTICO LEGO DIMENSIONS Um jogo que não vai deixar os pais muito felizes S eu filho (ou você) gosta de Lego? Tem dinheiro para investir nessa brincadeira? Essa é a pergunta que você precisa fazer a si mesmo quando pensar em Lego Dimensions, pois não é apenas um jogo em uma caixa com bonecos, mas uma plataforma com grande variedade de elementos adicionais que são charmosos e perigosos para o bolso dos desavisados. É importante falar sobre isso logo de cara, porque embora o pacote inicial básico contenha horas de jogo (sem contar as peças Lego de verdade para montar o portal, três personagens e um pequeno Batmóvel, que pode ser montado de duas formas diferentes), Lego Dimensions não tem vergonha de pedir para você gastar mais. E, sendo um fã adulto de Lego (sim, isso existe e sou prova viva disso) e tendo gastado uma grana em Skylanders e Disney Infinity, até eu fico impressionado com o prejuízo em potencial. Como acontece nos jogos de Lego, personagens e veículos diferentes têm habilidades diferentes que permitem FICHA CONSOLE PS3/PS4 GÊNERO AÇÃO PRODUTORA WARNER BROS. DESENVOLVEDORA TT GAMES ÁUDIO/LEGENDA INGLÊS/INGLÊS superar vários obstáculos conforme a aventura progride. Porém, diferente dos demais jogos Lego que você conhece, em Dimensions esses personagens e acessórios são destravados ao comprar os bonecos de verdade, montá-los e colocá-los no portal do jogo. Não que eu discorde da ideia (gosto de ter uma coleção física de brinquedos, e fica ainda melhor por serem Lego), mas sim da frequência com que sou avisado sobre mais conteúdo. É BRINCADEIRA Quando a abertura acaba, Batman, Gandalf e Megaestilo vão parar na Terra de Oz, a primeira fase do jogo. É um lugar muito, muito bem feito, com símios voadores, uma estrada de tijolos amarelos e uma piada com o espantalho que exemplifica o excelente senso de humor de Lego Dimensions. Depois de alguns passos encontro meu primeiro obstáculo: uma barricada de blocos prateados que pode ser destruída por um monte de personagens diferentes... que não estão no pacote inicial. 7 Felizmente, tenho o pacote Wizard of Oz Wicked Witch Fun, então posso entrar naquela área nova. Mais alguns passos e preciso de outro personagem – Benny, do filme Uma Aventura Lego – para ativar outra coisa. Novamente, isso não foi um problema porque também tenho ele. Mais alguns passos e preciso de personagens que nem estão disponíveis ainda (primeiro, o palhaço Krusty ou o Aquaman, e outros os bonecos do Midway Level Pack), antes de encontrar um quebra-cabeça que me pede um Ninjago. Comecei a jogar faz poucos minutos e embora alguns desses obstáculos possam ser passados por mais de um personagem ou um veículo modificado (e grande parte desses caminhos fechados sejam apenas oportunidades descartáveis de ganhar mais parafusos), já estou exausto com tudo isso a essa altura. VAMOS CONSTRUIR Esses "excessos" realmente estragam um pouco da jornada, pois embora Lego Dimensions não fique entre os melhores jogos da marca que a TT já facebook.com/PlayStationRevistaOficial REVIEW RAIO-X PRO-BR Sem o pacote de Doctor Who não é possível acessar certos pedaços do jogo O QUE FAZER EM... LEGO DIMENSIONS 25% Fazendo vozes para os boneco enquanto monta os veículos Embora muito curto, o pacote do jogo Portal é quase perfeito. Compre! 20% Debatendo se deve comprar ou não mais pacotes de brinquedos 25% Acertando tudo no cenário para ganhar mais parafusos 5% Confuso com quebra-cabeças que envolvem o pedestal 15% Ficando bravo com a frequência das áreas bloqueadas 10% Gastando horas dentro do mundo aberto de cada franquia SEGUNDA OPINIÃO: FÁBRICA DE PAR AFUSOS Eu não acho que as licenças de Dimensions sejam tão boas quanto Marvel e Star Wars do Disney Infinity, mas enquanto aquele jogo só o deixa usar dois personagens de uma vez, este permite até sete. Gimli enfrentando a Bruxa Malvada do Oeste no Batmóvel? Maravilha! A parte negativa, claro, é o preço faraônico. É caro demais para mim. Ben Griffin produziu – as fases, às vezes, são muito segmentadas e a ideia de parar o jogo constantemente graças ao volume de partes de bonecos específicos para usar não tem um bom ritmo. É um jogo bastante divertido. Jogar utilizando peças físicas de Lego acrescenta muito à experiência e o pedestal dos brinquedos faz a sua mente trabalhar muito mais do que imaginava. Você é forçado a mudar os bonecos de lugar nos painéis coloridos para escapar dos ataques dos chefes, ativar magias e mudar algumas partes de certos brinquedos no meio da fase. Essa ideia física de colocar, mudar e até remontar certos brinquedos é recompensadora. Mais a fundo no jogo, quando as fases se abrem um pouco mais (a homenagem ao episódio "Blink" da série Doctor Who é espetacular), comecei a explorar os mundos maiores, onde tudo faz mais sentido, e as piadas que surgem da grande mistura de séries distintas fazem um sorriso ficar estampado na sua cara. Mas este jogo poderia ter ido muito além. Se fosse mais contido na frequência com que pede mais bonecos e mais criativo para sair do padrão repetitivo de "área pequena, chefe, área pequena", ele poderia se tornar um dos clássicos instantâneos dos videogames. Em vez disso, é uma divertida primeira tentativa no gênero e sincero demais na hora de pedir seu dinheiro. DA L F Com Gandalf, que cai no jogo vindo direto de Khazad-dum. O pacote inicial vem com o Bruce Wayne e seu Batmóvel. É difícil mensurar o quão grandiosa é a colisão das diferentes licenças no jogo AN A AN ES TILO MEG M AT G B AMIGOS E INIMIGOS E a Megaestilo, do filme Uma Aventura Lego, que ficou popular. COMO... MELHORAR SEU VEÍCULO 1 2 3 1 Isso é muito mal explicado no jogo. Na área principal você precisa acessar o computador usando o pedestal virtual dentro do jogo com um personagem que combine com o veículo a ser melhorado (exemplo: Batman com o Batmóvel) e o boneco físico deve estar no pedestal de verdade. 2 Aperte ¼ e você acessa o menu. 3 Faça dez upgrades e gaste os blocos necessários para destravar a próxima melhoria. Agora desmonte seu veículo e monte de novo com as instruções na tela. Ufa! É MELHOR QUE... VEREDITO Um lançamento genuinamente engraçado com a ajuda de licenças excepcionais, uma história maluca e brinquedos maravilhosos. Ideal para quem é fã de Lego, mas não para quem fica bravo com muito conteúdo pago. SIM NÃO SIM A Toy Box do Disney A varidade de licencas Essa é difícil. Os jogos Infinity deixa você dão um apelo muito clássicos de Lego são montar mundos virtuais, maior a Dimensions, melhores, mas os mas Lego físico no mas Skylanders é bem bonecos de Dimensions mundo real é mais legal. mais generoso. dão um "tchan” a mais. 65 REVIEW É muito difícil fazer uma boa luta com um sistema de comando complexo e pouco explicado 66 FRAQUINHO DOUGLAS PEREIRA WWE 2K16 O campeão não está aqui ão foi desta vez que o mundo da luta-livre da WWE foi bem representado nos videogames. E olha que a Yuke's, estúdio japonês responsável pela franquia, tenta ano após ano desde o ano 2000... Hm, acho que temos uma ideia de onde o problema pode estar. Como velhos saudosistas, vamos ficar lembrando de como WWE No Mercy (N64) era incrível e de como nenhum outro jogo representou tão bem a diversão e adrenalina do gênero. O pior é que o jogo acerta muito, muito mesmo, só que fora do ringue. Os menus são cheios de fotos legais, o visual é muito bom (embora uns lutadores sejam mais bem feitos que outros – basta comparar o Triple H com o Shawn Michaels), e existe uma infinidade de modos de jogo e tipos de lutas. O maior elenco da história dos jogos da WWE está presente, mesmo com certas ausências – em especial, um monte de mulheres, como a Sasha Banks, muito provavelmente pelo contrato do elenco ter sido fechado antes da tal "revolução das Divas" que acontece atualmente na NXT e WWE. O 2K Showcase desse ano conta a N FICHA CONSOLES PS4/PS3 GÊNERO LUTA PRODUTORA YUKE'S DISTRIBUIDORA 2K SPORTS ÁUDIO/LEGENDA INGLÊS trajetória do Stone Cold Steve Austin, considerado por muitos com o maior de todos e principal símbolo da Attitude Era, a melhor a mais popular fase da luta-livre. O modo conta com resumos feitos pelo extraordinário time de vídeos da WWE para resumir as grandes histórias do ídolo entre as lutas, como sua rivalidade com os ícones Bret Hart e The Rock. Esse tipo de coisa é muito legal, deixa qualquer fã de wrestling feliz da vida e honra o que a WWE tem de melhor a oferecer. Até o modo de criação de lutadores é ótimo, especialmente comparado à fraquíssima versão de 2014 – é possível usar fotos como base para criar rostos, cinturões, etc. Ele ajuda a tornar o modo MyCarrer mais interessante e galgar os passos da NXT até o cinturão principal da WWE fica mais divertido com um personagem com a sua cara ou a de alguém famoso que ficou de fora do elenco, como o CM Punk. ESTRAGA TUDO Mas aí nós caímos na parte em que é preciso jogar e tudo desmorona. É chato demais jogar 2K16. As lutas 5 priorizam animações longas e verossímeis em vez da diversão, então você acaba assistindo muito mais do que jogando. E boa parte das suas ações não equivale muito bem a "jogar". Vários sistemas são baseados em pequenas misturas de minigames com quick time events mal pensados, confusos e sem graça. O jogo não faz questão de explicar muito bem como como ele funciona além desses sistemas específicos, talvez porque, bem, quem fez o jogo parece não se importar muito com isso. O que importa é apenas que as animações onde não há nenhuma interatividade estejam iguaizinhas ao que vemos na TV. O resto é apenas um monte de lutadores que se movimentam de forma lenta, lutam de jeito truncado e não possuem nenhuma janela para improvisação. VEREDITO Tudo que não envolve o ato de jogar trata os fãs com bastante respeito. Dentro do ringue, o jogo ignora possíveis novos jogadores e não explica como lutar. facebook.com/PlayStationRevistaOficial REVIEW Você conhece vários personagens ao longo da trama, mas nem todos são o que aparentam ser 68 PEDRO SCIAROTTA CONTRA O DESTINO LIFE IS STRANGE A última impressão é a que fica Q ue tal um jogo sem explosões, tiroteios e zumbis para variar um pouco? Life is Strange é um jogo de aventura episódico que se destaca por sua história humana, personagens realistas e ambientação detalhada, ainda que o último episódio jogue tudo para o ar e evidencie um enredo confuso. A protagonista é Max Caufield, uma jovem estudante de fotografia que volta para sua cidade natal (Arcadia Bay) após passar cinco anos fora. O episódio inicial, Chrysalis, apresenta o mundo e estabelece uma ótima ambientação. Logo no começo, Max tira uma selfie durante a aula de fotografia, com sua máquina estilo Polaroid, e o professor discute que o conceito de autorretrato existe faz tempo. O episódio é repleto de referências artísticas que constroem um universo singular, ainda que possa parecer "hipster" demais às vezes. Não se engane, nem tudo é rotina. Além de ter a visão de um tornado destruindo Arcadia Bay dentro de alguns dias, Max descobre possuir FICHA CONSOLES PS3/PS4 GÊNERO AVENTURA PRODUTORA SQUARE ENIX DESENVOLVEDORA DONTNOD ENTERTAINMENT um poder de voltar no tempo (a ideia mais legal de Remember Me, jogo anterior da Dontnod) e o usa para evitar que uma garota leve um tiro no banheiro da escola Blackwell. A mecânica se torna bem original ao ser aplicada a esse tipo de jogo. Repetir uma conversa já sabendo a melhor linha de diálogo (adquirida após conversar pela primeira vez) é recompensador, ainda que seja algo intrínseco ao roteiro. O peso das escolhas também fica maior. Na maioria das vezes, é possível reviver uma situação e escolher a opção desejada, fazendo com que a escolha não seja uma decisão sob pressão, mas algo calculado. Porém, apesar de conhecer o resultado imediato, só é possível imaginar quais as consequências dessa ação – e o jogo avisa: suas decisões afetam passado, presente e futuro. A narrativa só perde força quando Max fala que o poder "não é infinito" ou não se pode voltar no tempo em um momento específico, logo após tê-lo usado sem limites nas situações anteriores. 7 EFEITO BORBOLETA Out of Time, o segundo episódio de Life is Strange, estabelece a relação da protagonista com sua melhor amiga Chloe Price, uma garota de cabelo azul, descolada e que sempre está metida em encrenca. Com diálogos factíveis e personalidades verossímeis, a relação entre as duas é um dos pontos mais interessantes do jogo. Outro elemento positivo são os cenários – como a escola e os dormitórios –, repletos de detalhes que contextualizam os personagens. Cada quarto reflete a personalidade de seu ocupante, como a bagunça de Chloe ou as dezenas de fotografias de Max. Os detalhes também trazem toques sutis de humor. Que tal uma frase de Gandhi ("seja a mudança que você quer ver no mundo") na porta do quarto da patricinha que implica com os outros? Esse nível de atenção ao ambiente cria a vontade de explorar as áreas de jogo não apenas para ver o que ele tem a oferecer, mas também procurar as oportunidades de tirar fotos, o único colecionável do jogo (são dez por episódio). facebook.com/PlayStationRevistaOficial REVIEW RAIO-X PRO-BR O visual limpo do jogo esconde uma gama de pontos de interação interessantes O QUE FAZER EM... LIFE IS STR ANGE 17% Chorando no final… de raiva A vida de Max muda ao reencontrar sua amiga de infância Chloe Price 45% Criando situações para tirar fotos 20% Decidindo se você quer omelete ou panquecas no café da manhã 18% Voltando no tempo para refazer um diálogo QUEM SOM É ESSE? Um dos pontos fortes de Life is Strange é sua trilha sonora. Composta por Jonathan Morali, líder da banda francesa Syd Matters, o som é leve e tem um estilo folk, mas ganha peso conforme os acontecimentos do jogo ficam mais obscuros. Além disso, as canções licenciadas são pérolas pouco conhecidas, destaque especial para "To All of You" e "Obstacles", da banda do compositor, e "Crosses", de José González (o mesmo de "Far Away", presente em Red Dead Redemption). 69 A história toma um novo rumo nos episódios Chaos Theory e Dark Room: a investigação do sumiço de Rachel Ambers, amiga de Chloe e estudante de Blackwell. Em um momento, é necessário escolher as pistas certas para avançar, ligando datas, horários e mensagens. Pode ser frustrante caso não se perceba a lógica, mas é recompensador obter o êxito sem ajuda. Max ainda revela uma nova habilidade. Ao melhor estilo do filme Efeito Borboleta, ela é capaz de voltar no tempo ao observar uma foto. PRÁTICA DO CAOS Polarized, quinto e último episódio, joga pelo ralo o que foi construído anteriormente. Em poucos minutos, Max alterna entre dimensões um monte de vezes, indo e voltando no tempo. Não é fácil criar um enredo sem furos com a premissa de viagem no tempo e o episódio final deixa tudo tão confuso que se perde a vontade em entender o que acontece, desconectando o jogador de quase todas as motivações da personagem. Uma reviravolta no roteiro pega o jogador de surpresa, mas junto com ela acontece uma mudança de visão e comportamento de grande parte dos personagens. É algo brusco, que não faz sentido e parece existir apenas para (tentar) criar uma emoção. Há um excesso de diálogos, com personagens se culpando por coisas fora de alcance e tentativas forçadas de fazer o jogador se sentir mal por conta de suas escolhas. É bem chato. Quando existe alguma ação, é necessário ser furtivo e andar pelas sombras, algo com pouca relação ao resto do jogo. Life is Strange ainda possui mais alguns pontos negativos menores, como a parte gráfica, a movimentação dos personagens e a sincronia labial, que deixam a desejar, principalmente se comparado com qualquer grande produção. A apresentação, pelo menos, é compensada com uma trilha sonora leve e tocante, que se encaixa naturalmente com o jogo. VEREDITO Life is Strange mostra uma história com foco humano, cenários detalhados, uma mecânica bacana e uma trilha sonora de primeira, mas falha em amarrar tudo isso de forma coerente em seu episódio final. TUDO AO SEU REDOR Interagir com pessoas e objetos, por mais banais que sejam as situações, pode abrir novas opções de interação que exibem detalhes e referências que tornam o mundo ao seu redor ainda mais atraente. Consequentemente, essas interações podem ocasionar a troca de mensagens de texto – basta abrir o celular para responder e obter novas informações. Muitas dessas interações afetam, gradualmente, acontecimentos e momentos críticos da trama, criando linhas extras de diálogos e acontecimentos levemente diferentes, porém bastante interessantes. Observe tudo ao seu redor para uma experiência plena. OLHA O TROFEUZINHO De olho na participação de um concurso de fotografia, Max anda com sua câmera. O jogo oferece situações, lugares e momentos que podem ser fotografados, ou seja, basta interagir. Parte dessas fotos envolvem criar condições usando os poderes de Max, e cada foto vale um troféu. REVIEW A narrativa criativa apresenta um mundo carismático, repleto de humor e combates com cenas exageradas 70 NOITE AGITADA MATT CLAPHAM AMONG THE SLEEP Longe da mamãe, o mundo pode ser um lugar medonho mundo é um lugar assustador, mas quando você é uma criança parece ainda pior. Solavancos na noite, monstros debaixo a cama, ruídos altos e estranhos. Tudo é aterrorizante e um motivo para molhar as calças (às vezes literalmente) graças ao recém formado poder da imaginação. De fato, os estágios iniciais da vida oferecem material para criar um jogo de terror maravilhoso nunca antes feito. Como uma criança sem poder, o mundo ao seu redor vira uma verdadeira fábrica do medo projetado por sombras. Em Among the Sleep sua visão é em primeira pessoa, as vezes próxima do chão, mostrando a perspectiva de um garotinho de dois anos. Após celebrar sua festa de aniversário, você é levado para a cama e acorda de repente no meio da noite. Ao notar que sua mãe não está por perto, tem início uma aventura surreal para lidar com seus medos e limitações. Nas primeiras horas de jogatina, a produtora Krillbite Studio faz uso de conceitos e pensamentos, valendo-se da baixa estatura para expor o mundo a uma perspectiva estranhamente restrita. Em uma casa rangendo, você O FICHA CONSOLES PS4 GÊNERO SURVIVAL HORROR PRODUTORA KRILLBITE STUDIO DISTRIBUIDORA KRILLBITE STUDIO ÁUDIO/LEGENDA INGLÊS/INGLÊS transita por corredores com painéis de carvalho que dão vida a uma floresta assustadora. Gavetas se transformam em plataformas para alcançar lugares altos, enquanto um par de botas velhas pode parecer algo horripilante quando você a observa escondido de debaixo da cama, com seus ouvidos apunhalados repentinamente por uma música. Os controles brincam em enganar o cérebro adulto ao inverter padrões de comando e manifestar medos infantis. Engatinhar, muitas vezes, é mais rápido do que andar, embora seja difícil se orientar em um mundo construído para gigantes. Leve seu bicho de pelúcia ao peito para criar um brilho sutil que pode guiá-lo conforme você balança lentamente para frente com uma sensação de conforte e vulnerabilidade. 7 rápida que seus pezinhos minúsculos permitam. Você também encontra muitas variações sobre o tema de descobrir uma maneira de escalar até o alto de prateleiras, uma ideia visualmente bonita, porém repetida exaustivamente. Há um detalhado sistema de física que rege os acontecimentos quando você pega um item com suas mãos gordinhas, mas usá-las é quase inútil. Em meio a tudo isso, há a brincadeira de esconde-esconde com monstros. Pena que o jogo seja fraco em sua capacidade de iludir, tornando-o mais limitado e, às vezes, frustrante. Among the Sleep parece mais interessado em criar uma atmosfera tensa do que dar sustos. Eu só queria que o design do jogo fosse bem resolvido e com um pouco mais de maturidade. EM BUSCA DA MAMÃE É uma pena que, enquanto a sensação de medo é enriquecida pelo contraste com cores fortes, os quebra-cabeças são extremamente simples como rabiscos de lápis de cera. Raramente surge uma tarefa que envolva mais do que encontrar um caminho ou fugir de objetos assombrados na maneira mais VEREDITO Mais do que um (instável) simulador de caminhada, Among the Sleep ainda precisa de um pouco mais de jogo e menos quebra-cabeças repetitivos. Mesmo assim, ainda tem aquele toque de curiosidade que vai prendê-lo. facebook.com/PlayStationRevistaOficial REVIEW A narrativa criativa apresenta um mundo carismático, repleto de humor e combates com cenas exageradas 72 GUERRA NO NETHERWORLD GIL LIVRAMENTO DISGAEA 5 ALLIANCE OF VENGEANCE Extrapolando, mais uma vez, todos os limites e expectativas pesar do número cinco no título, Alliance of Vengeance é o sexto jogo da saga principal de RPG tático da Nippon Ichi e o primeiro para PS4. São mais de dez anos expandindo um rico e divertido universo que faz paródia sobre tudo, traz as situações mais absurdas, muito humor negro e personagens maravilhosos e únicos. Disgaea 5 é protagonizado por Killia, um demônio errante obsecado pela destruição do Void Dark e seu exército que planeja dominar todo o Netherworld. Killia une forças com Overlords (demônios territoriais) e então somos apresentados aos membros da equipe: o especialista tático Christo, a princesa arrogante Seraphina, a amaldiçoada com "fofura" Usalia, o impaciente Red Magnus, e a criança especialista em ninjutsu Zeroken. O jogo traz uma nova roupagem ao apresentar sprites de personagens em alta definição e com mais quadros de animação, um deleite para os amantes do estilo 2D. Os diálogos falados são excelentes, mas agora limitados às A FICHA CONSOLES PS4 GÊNERO RPG TÁTICO PRODUTORA NIPPON ICHI SOFTWARE DISTRIBUIDORA NIS AMERICA ÁUDIO/LEGENDA INGLÊS/INGLÊS cenas principais entre missões. Em qualquer outra situação, as falas se limitam a jargões e frases repetitivas. Todos os elementos clássicos da saga estão de volta. Alguns receberam melhorias estéticas e ajustes mínimos em suas mecânicas, como a Assembleia de Estratégia (demônios votam a favor ou contra o uso de recursos e você pode suborná-los ou desafiá-los) e o Item World (evoluir um item vencendo uma sequência de calabouços). A dificuldade foi reduzida e permite que os novatos conheçam o universo sem se frustrarem muito. Da mesma forma, veteranos não foram esquecidos e podem participam de batalhas contra personagens com nível acima de 9.000! Fora as missões principais, temos as missões paralelas com desafios simples que levam a explorar elementos e ensinam a tirar melhor proveito nos combates. Evoluir seus personagens leva tempo, mas você pode comprar melhorias em técnicas e poder de ataque com um comerciante. O sistema de combate é reciclado, bom pela 9 familiaridade, mas merecia um refinamento para uma apresentação de menus mais enxuta. O recrutamento de aliados ficou melhor e traz diversidade visual ao seu exército. O sistema de afinidade permite criar poderosos ataques combinados. A novidade é a barra de Vingança, que desperta a fúria da sua equipe ao ver um aliado cair ou ser ferido. Ela ativa a ação Overlord, um ataque insano – os heróis principais possuem ataques Overlords únicos. Alguns são exageradamente cabulosos, como uma imitação do Limit Break de Squall (FFVIII) que corta o planeta ao meio, acidentalmente, ou provoca a extinção de uma galáxia. VEREDITO Alliance of Vengeance é um jogo incrível, uma pérola para os fãs do gênero e um convite aos novatos. Tudo é carismático, há muito conteúdo opcional para os obsessivos e risadas à beça nas 20 horas na campanha. facebook.com/PlayStationRevistaOficial REVIEW CONSOLE PS4 PRODUTORA DELVE INTERACTIVE FICHA DISTRIBUIDORA RISING STAR GAMES PS4/VITA PRODUTORA ARTDINK FICHA CONSOLES DISTRIBUIDORA BANDAI NAMCO 1 PONCHO A 74 sombra da brincadeira com perspectivas de FEZ paira sobre Poncho, um jogo de plataforma 2.5D com premissa intrigante. Sua mecânica central é a 'plataforma de paralaxe', com a qual o pequeno robô Poncho, assim nomeado devido a seu singular vestuário, é capaz de alternar entre planos bidimensionais. É uma mecânica bacana, em que um toque nos botões de ombro o manda para frente ou para trás entre as camadas do cenário. Nos primeiros níveis é fácil entender como o mundo funciona – certos blocos movem-se por tempo, outros apenas se você alternar entre os planos – e a exploração é recompensada com chaves que abrem outras áreas da fase. Não é inovador, mas divertido e modesto, marcado por uma forte trilha sonora e e um estilo visual interessante. Do meio do jogo em diante, as mecânicas e os picos de dificuldade expõe as deficiências brutais do jogo. Poncho é muito lento e a velocidade dos movimentos dos blocos exige nada menos menos do que um salto perfeito para não ser punido. A frustração se acumula e vira hábito, já que você está constantemente contando com informação visual para descobrir em qual plano os objetos permitem a navegação de Poncho, além de precisar reagir rapidamente. Embora não exista limite de vida, tudo fica complicado demais em vez de desafiador. Algumas áreas você supera fazendo o melhor que pode; em outras, é preciso teimosia e várias tentativas. O prazer de jogar some conforme você cai em armadilhas ardilosas. Um sistema de checkpoint até ajudaria, mas a frustração é muito alta e bate a tristeza com o potencial disperdiçado. Ben Tyrer 5 PS4 PRODUTORA KRAKEN EMPIRE FICHA CONSOLE DISTRIBUIDORA RISING STAR GAMES 1 SWORD ART ONLINE LOST SONG U m JRPG que se passa em um mundo virtual que, por sua vez, está dentro de um MMO baseado em um anime que foi adaptado de um romance... Sim, você fica mais do que perdido ao jogar Lost Song sem ter um conhecimento prévio do universo de SAO. Com pitadas de histórias passadas, este é um título que se esforça para agradar somente aos fãs mais dedicados da série. O herói Kirito explora as ilhas flutuantes de Svart Alfheim ao lado de sua amada Asuna e uma equipe com mais de 15 personagens jogáveis. Na maior parte do tempo você está voando pelos céus, saqueando calabouços e lutando contra subchefes ao mesmo tempo em que busca os segredos do líder da guilda Shamrock. Controles bacanas tornam as batalhas agradáveis e você tem acesso a tudo com o toque de um botão (defender, usar magia ou acertar uma combinação de ataques). Na missão principal, uma visita à cidade de Ryne ativa uma série de eventos em visual novel e aprofunda a relação de Kirito com seus amigos. Em Lost Song há coleta de materiais para melhorar suas armas. Os mapas e monstros são sem graça, o enredo é todo bonitinho, mas com um elenco original e um sistema de batalha fluído. Um jogo do tipo difícil de resistir. Jenny Baker 7 2 1 KROMAIA OMEGA E ntender as explicações deste shoot 'em up é como ver um almirante gesticulando enquanto mergulha na imensidão do espaço usando apenas uma sunga de banho, voando na direção ao Sol... não faz o menor sentido! Kromaia Omega faz você controlar uma nave em um ângulo de seis graus e usar o rolamento livremente, uma combinação difícil e pouco divertida. Embora seja bacana disparar armas laser e mísseis contra asteroides, o jogo é uma lástima para explicar os comandos. A configuração padrão é š para ataque primário e ™ para ataque secundário. Mantenha os botões pressionados e você terá ataques alternados. As direções ¥, < ou > no controle digital disparam um gancho, enquanto ¦ ativa o modo cooperativo. O estranho é que a jogabilidade luta para para acompanhar o propósito e a progressão que o jogo oferece. O cosmo hiperestilizado está repleto de enigmas interessantes, mas quando enxames de inimigos não identificados aparecem, mal é possível dizer o que está acontecendo. Sério, o que acontece na tela? Tudo fica confuso demais. Fora o modo normal de jogo, você tem o modo Pure (com apenas uma vida) e o famigerado Score Attack para tentar ter algum prazer na brincadeira. Kromaia Omega tenta inovar ao trazer algo diferente dentro do estilo de jogo de navinha, não apenas por mudar a perspectivas, mas por exagerar na pirotecnia e ser incapaz de oferecer um tutorial decente. Jen Simpkins 5 2 2 1 Você coleta pedras preciosas, que são usadas para comprar chaves. 2 A fase da água o obriga a segurar ½ para ver as camadas interativas. 1 Svart Alfheim é a mais nova área de Alfheim on-line, o MMO simulado pelo jogo. 2 Há uma opção "toalha de banho" nos menus ao falar com as garotas do grupo. 1 Para explicar o que acontece aqui seria preciso umas oito páginas. 2 Os menus poderiam ser escritos em um idioma compreensível... facebook.com/PlayStationRevistaOficial PS NETWORK O QUE ESTAMOS JOGANDO AGORA DEMOS, DLCS, INDIES, EXPANSÕES E OUTRAS ATRAÇÕES DO MUNDO ONLINE DO PLAYSTATION review CALL OF DUTY: BLACK OPS III Gil Livramento ficou mal acostumado com o lag O multiplayer estava impraticável. Os personagens "corriam parados" ou voltavam a uma área por onde haviam passado segundos antes. Após uma atualização, a maioria das questões técnicas foram resolvidas. O problema é que tentei explorar as classes de Especialistas, mas parei no Profeta, que possui a habilidade de Pane: o personagem se teletransporta para um ponto passado de seu caminho. 76 ROCKET LEAGUE Ben Tyrer descobre pessoas que não sabem perder Jogar com o mesmo oponente em 1v1 me mostrou os dois lados do espírito esportivo. Quando tomei uma lavada, o jogo terminou com mensagens de "bom jogo". Na partida seguinte, sou eu que tomo uma liderança incontestável. Só que em vez da educação de antes, sou xingado com diversos insultos... STAR WARS BATTLEFRONT Pedro Sciarotta está se sentindo um verdadeiro Jedi Existe uma coisa que eu gosto muito em SW Battlefront: eu sou bom nele! O jogo pode não ter aquela quantidade de conteúdo que a gente queria, mas o modo Batalha já é suficiente para me divertir. O fato de a posição dos inimigos ser indicada no radar me ajuda a pensar de forma estratégica, mesmo que algumas "noobadas" revelem o meu verdadeiro ser nos jogos de tiro. INFO CONSOLE PS4/PS3 PROD. KONAMI DES. KONAMI LA STUDIOS REVIEW EDIÇÃO #211, NOTA 10 Metal Gear Online Não é o multiplayer que você esperava ntão é isso: este é o fim de Metal Gear como o conhecemos. MGSV é a última vez em que Snake deve aparecer no PlayStation sob comando do diretor Hideo Kojima e Metal Gear Online parece a saudação final para a lendária série de furtividade. Uma pena que não seja uma despedida muito boa. Nem tente me desmentir, Snake. Após baixar a atualização de 960MB para ter acesso ao componente online de MGSV, diversos problemas começam a aparecer. A taxa de quadros cai sempre que a ação fica frenética entre os 16 jogadores. Os tiros não acertam direito como deveriam. O lag terrível faz com que inimigos simplesmente sumam da linha de tiro, como se tivessem as habilidades de teletransporte de Quiet. Ah, sim, e falta um sistema de migração do host – o que significa que quando o jogador que hospeda a partida E sai do jogo, todo mundo cai junto e volta para a área livre do personagem. Essa é uma omissão inacreditável para uma experiência online em 2015. São muitos problemas técnicos que não deveriam acontecer. Tudo parece bem pragmático também. Assim como a parte final de The Phantom Pain, aqui prevalece um senso de trabalho apressado. Fora essas questões técnicas, o jogo é muito básico, sem qualquer ambição de ser grande. São apenas três classes de personagens e três modos de jogo. Para piorar, dois deles são bem genéricos, apesar LAG, QUEDA NA TAXA DE QUADROS, FALTA DE DETECÇÃO DE ACERTOS. MGO ESTÁ CHEIO DE PROBLEMAS TÉCNICOS facebook.com/PlayStationRevistaOficial ESCOLHA A BEM Ao escolher um personagem, você ocê está preso a ele. Para jogar com umaa classe diferente, é preciso destravar espaço spaço ue para outro personagem, algo que só está disponível no nível 6.. Com tanto lag, viramos o fujão que sempre busca uma cobertura Skylanders SuperChargers A estreia da série no online é uma volta de apresentação INFO CONSOLE PS4/PS3 DISTRIBUIDORA ACTIVISION PRODUTORA VICARIOUS VISIONS REVIEW EDIÇÃO #212, NOTA 8 de as pelúcias de lobo para distrair inimigos e os Walker Gears controláveis serem bem legais. Comm Control (os nomes dos modos não foram traduzidos) é uma disputa de base na qual o que time que ataca deve conquistar três locais para vencer. Bounty Hunter é um convencional mata-mata por equipes no qual os dois lados matam ou usam o Fulton em outros jogadores. O tiroteio dispensa qualquer noção tática que é tão integrada à campanha de MGSV. A furtividade fica praticamente fora do repertório por conta de pontos vermelhos que indicam a posição dos inimigos. Felizmente, existe uma salvação. Ao contrário dos outros dois modos, Cloak and Dagger coloca ênfase justamente na furtividade. O time que defende deve evitar que três discos de informação sejam roubados, enquanto os atacantes se tornam verdadeiros predadores graças à camuflagem invisível. Aqui é onde brilha a espionagem de gato e rato de Metal Gear. Mas, convenhamos, apenas um modo de jogo interessante não cria um jogo online duradouro. veredito Sem polimento e cheio de problemas técnicos, Metal Gear Online ainda por cima toma a péssima decisão de priorizar o tiroteio genérico em prol da furtividade que todos adoram. Dave Meikleham erá que chegou ao fim a espera por um jogo de kart decente para PlayStation? Não exatamente. Skylanders SuperChargers possui grandes pontos positivos, como a campanha online e os modos de corrida, mas ele não é aquele Crash Team Racing que poderia ser. O multiplayer online era uma adição que a série precisava faz tempo, mas as opções de corrida são bem diretas: você coloca o Skylander e o veículo no Portal e decide se a corrida será em terra, água ou ar. As disputam acontecem entre quatro jogadores reais – e outros quatro de Inteligência Artificial –, mas a velocidade é lenta demais para parecer uma competição de verdade. S veredito Básico, mas eficaz. Uma parte online é um ótimo bônus para a série, mas não espere que seja o Mario Kart do PS4. Mattew Pellett lá? Existe alguém nas terras de Tony Hawk's Pro Skater 5? Para ser sincero, até encontro pessoas manobrando pelas fases online, mas toda vez que tento desafiá-los para uma disputa, sou deixado sozinho no mapa vazio. Existem cinco modos de jogo para as pessoas curtirem, mas só consegui jogar uma única partida de Deathmatch, na qual você dispara bolas ao fazer certas manobras, o que é tão desajeitado quanto parece. Boa parte do problema seria resolvido com um sistema de lobby, mas o jogador deve tentar entrar nas partidas online de acordo com a fase em que está. Ah, claro, e a parte de skate propriamente dita é terrível. É melhor nem pensar sobre isso... O Tony Hawk's Pro Skater 5 O jogo mais recente do Gavião não consegue nem decolar INFO CONSOLE PS4/PS3 DISTRIBUIDORA ACTIVISION PRODUTORA ROBOMODO REVIEW EDIÇÃO #213, NOTA 3 veredito Uma variedade de barreiras sem sentido torna quase impossível encontrar pessoas, mas quem realmente gostaria de jogar nessa bagunça? Ben Tyrer 77 DEMOS, DLCS, EXPANSÕES E OUTRAS PS NETWORK ATRAÇÕES DO MUNDO ONLINE DO PLAYSTATION expansão review 78 R$ 61,50 Bloodborne The Old Hunters Ludwig é um chefe tão difícil que os do jogo original parecem moleza Uma expansão desafiadora que oferece um final magistral té mesmo entrar em The Old Hunters é difícil. Isso já diz tudo o que você precisa saber. Não se trata de um DLC bonitinho que pode ser acessado por um menu qualquer. Não mesmo. Essa é uma expansão costurada direto na pele do jogo existente. E acredite: é ousada, implacável e essencial. Novos jogadores podem acessar o conteúdo logo no começo, mas seria como dar ferramentas de um artesão a um bebê. The Old Hunters oferece novos obstáculos para os destemidos e faz isso de maneira magistral. Até mesmo caçadores experientes terão dificuldades. Encontros com NPCs parecem combates de PvP. Caçadores inimigos aparecem com armas desconhecidas que o transformam em massa líquida. Às vezes, eles também atacam criaturas errantes, fazendo o A mundo do jogo parecer mais violento, sombrio e orgânico. Se você dominou o jogo original, ser forçado a uma readaptação é uma lição de humildade empolgante. The Old Hunters encanta ao mostrar o quão imprestável somos e é um desafio ainda mais sinistro para aqueles que terminaram Bloodborne. O New Game+ (NG+) é um teste apenas para aqueles dotados de força excepcional. Apesar da dificuldade, The Old Hunters é divertido. As novas armas são perversas. Uma das mais legais é a Serra Whirligig. Como muitas outras, ela oferece algo diferente das ferramentas tradicionais do jogo. É necessário abandonar a familiaridade de uma arma secundária, como a pistola, e essa é a essência de Bloodborne: o risco é o único caminho para a recompensa. HAVERÁ SANGUE Nada deixa isso mais óbvio do que as lutas contra chefes, que são brilhantes e desafiadoras. Dois minutos com Ludwig e você estará se lembrando do ótimo tempo que passou com Ebrietas. Aqui há alguns dos chefes mais difíceis de qualquer jogo de Hidetaka Miyazaki e apenas a perseverança pode ajudá-lo. Ainda sim, o DLC é mais do que uma série de lutas COM ARMAS DIFERENTES, O RISCO É O ÚNICO CAMINHO PARA A RECOMPENSA EM BLOODBORNE separadas. Trata-se de uma aventura inquietante em um cenário perfeito: rios de sangue passam por laboratórios sinistros e construções se desfazem em ruínas. É algo maravilhoso e inesquecível. É um DLC é tão vívido e extenuante quanto qualquer coisa da história principal, o que me lembra o motivo de amar Bloodborne: a empolgação ao encontrar um atalho é melhor do que qualquer cena ou QTE. A dificuldade manterá algumas pessoas afastadas, mas o conteúdo oferece muita coisa. veredito The Old Hunters é um DLC como deveria ser: um desafio essencial que enriquece a experiência original em vez de diminuí-la. Ficar horrorizado nunca foi tão recompensador. Matt Elliott facebook.com/PlayStationRevistaOficial PLAYSTATION 4 NO PC Após alguns rumores e um aplicativo não-oficial para jogar PS4 de forma remota em um computador, Shuhei Yoshida, presidente da SCE WorldWide Studios, confirmou que a empresa está trabalhando em um aplicativo de uso remoto oficial, tanto para PC quanto para Mac. O design de cenário continua sendo uma das coisas mais impressionantes dlc Gratuito BATMAN: ARKHAM KNIGHT A TEMPORADA DA INFÂMIA Os vilões Crocodilo, Ra's Al Ghul, Chapeleiro Louco e Senhor Frio tocam o caos em Gotham com novas missões ao estilo "Mais Procurados". O conteúdo está disponível no Season Pass ou pode ser comprado separado. R$ 15,50 79 MINECRAFT STORY MODE: EPISÓDIOS 2 & 3 A aventura de Jesse continua nos episódios Assembly Required e The Last Place You Look. Quer você tenha escolhido Ellegaard (maga de Redstone) ou Magnus (fornecer de explosivos) no primeiro episódio, as complicações começam a aparecer. R$ 153,99 Rios de sangue ajudam a criar o clima sombrio da expansão CALL OF DUTY: BLACK OPS III – SEASON PASS também na PSN R$ 18,90 R$ 13,90 SACKBOY VS. ZOMBIES DUCT TAPES Esse pacote de roupas de ARE FOREVER Plants Vs Zombies para LittleBigPlanet 3 traz seis personagens diferentes, como o zumbi tradicional, a Peashooter, a Sunflower e Crazy Dave. O novo conteúdo de The Escapists aparece ao melhor estilo James Bond, com um mundo de espiões, vilões maléficos e smokings. R$ 30,90 FANTASIAS DE EVANGELIONPS1 Tales Of Zestiria consegue ficar ainda mais anime com essas roupas baseadas na popular série pós-apocalíptica de mechas. R$ 6,50 BATMÓVEL CLÁSSICO DA SÉRIE DE TV Esse conteúdo de Batman: Arkham Knight traz o Batmóvel da série de TV dos anos 60, skins da Mulher-Gato e do Robin Clássico e duas corridas. GRATUITO ANTENA DO VAULT BOYPS1 Se você está fissurado em Fallout 4, é hora de mudar seu carro em Rocket League. Atualize o jogo para receber a antena do Vault Boy. O Passe de Temporada de Blops III traz quatro pacotes de DLC (que chegam um mês antes em relação aos outros consoles). Ele fornece mais mapas multiplayer e diversão extra com os zumbis (o mapa The Giant é um excelente remake de Der Riese, de World At War e Black Ops). DEMOS, DLCS, EXPANSÕES E OUTRAS PS NETWORK ATRAÇÕES DO MUNDO ONLINE DO PLAYSTATION expansão Review dlc R$ 15,50 GAME OF THRONES: THE ICE DRAGON O sexto e último episódio de Game of Thrones, da Telltale, já está entre nós. O jogo baseado na série de TV se provou um sucesso ao trazer o ponto de vista de vários personagens. Tanto que segunda temporada já foi confirmada pelo CEO Kevin Bruner. R$ 76,90 80 The Crew: Wild Run R$ 91,90 Um campeonato para os melhores no passado, The Crew não deve ter conquistado tantos fãs quanto a Ubisoft gostaria, mas ela não deixou o jogo para morrer. Wild Run é uma expansão com muito mais conteúdo do que um DLC comum. Tanto que nem está inclusa no Passe de Temporada – na verdade, ela tem um Season Pass próprio. Há bastante coisa nova, a começar pelo visual. Não é difícil perceber como a iluminação mudou. Agora ela é mais notável e parece ser totalmente em tempo real ao refletir exatamente o que há à sua volta. O cenário é o maior beneficiado, já que o clima dinâmico pode fazer chover a qualquer momento, o que cria algumas A cenas bem bonitas. A novidade mais interessante fica por conta do Summit, um grande evento que toma conta do mundo de The Crew. O Summit é uma competição mensal, onde só entra quem é convidado. Para ganhar o bilhete de entrada, é preciso mandar bem em uma série de corridas classificatórias ao redor do país do jogo em dias específicos (do mundo real), além de cumprir requisitos como pulos e outros desafios. Quem participa do Summit tem um bom incentivo para vencer: os jogadores que conseguem ranking de platina ganham um carro exclusivo. O Summit conta com provas para todos os tipos de veículos, que foram expandidos em Wild Run. Há três novas categorias para os carros, incluídas nos kits "extremos": Dragsters (feitos para corridas de arrancadas), Drifters, especializados em provas de derrapadas, e os Monster Trucks, aqueles caminhões gigantes. Essas três variações ainda são acompanhadas das motos, que estreiam em Wild Run e oferecem controles bem diferentes em relação aos carros. veredito CARRO DELOREAN Rocket League também recebeu um DLC que não poderia deixar de existir: o DeLorean de De Volta Para o Futuro. Você não viajará no tempo, mas terá um veículo estiloso. GRATUITO FANDANGOOS Que tal uma nova arma em formato de leque para usar com Maya em Dragon Quest Heroes? Ela pode ser baixada de graça se você for assinante da Plus. O jogo de tiro tático terá quatro pacotes de expansão ao longo de 2016. O primeiro, Operação Black Ice, já chega em janeiro, com dois personagens novos e um mapa no Canadá. O Passe de Temporada ainda garante acesso antecipado às expansões. Gratuito Uma expansão das grandes, com novos tipos de veículos e um campeonato mensal. Douglas Pereira THE ELDER SCROLLS ONLINE: ORSINIUM também na PSN R$ 6,50 O sapoSIX: do esgoto RAINBOW mais tática SIEGEeexige –reflexos PASSE do que DE TEMPORADA os chefes normais R$ 9,50 MINECRAFT: STAR WARS Minecraft possui três pacotes de skins de Star Wars, ideais para se preparar para o lançamento do novo filme. Estiloso você está. R$ 3,50 GRATUITO ARMADURA DE CAVALO NOVAS COISAS Para tudo! Chega de andar PARA ASSASSINOS a cavalo de qualquer jeito em Metal Gear Solid V. Já estão trocando o seu suado dinheiro por armaduras virtuais para cavalos na PS Store. Quer deixar AC Syndicate mais steampunk? Duas atualizações gratuitas trazem uma arma elétrica para Evie e um traje a la Frankenstein para Jacob. Orsinium, a cidade dos orcs, é o maior DLC de The Elder Scrolls Online até hoje. São mais de 20 horas de conteúdo, com dois novos calabouços, equipamentos e itens. A Arena Maelstrom ainda oferece uma espécie de modo horda com ranking online para comparar resultados. facebook.com/PlayStationRevistaOficial RE O TR ST I AT ON A engine CANVAS da Sega fez os desenhos a lápis ganharem vida 82 FICHA DISTRIBUIDORA SEGA PRODUTORA SEGA LANÇAMENTO 2008 CONSOLE PS3 facebook.com/PlayStationRevistaOficial RPG TÁTICO Um clássico estratégico de guerra com personagens carismáticos e um sistema de batalha original. Ah, e sentimentos. Muitos sentimentos VALKYRIA CHRONICLES magine XCOM em anime em uma versão alternativa da Segunda Guerra Mundial: essa é a melhor forma de descrever esse jogo da Sega que foi subestimado e vendeu pouco, mas ainda cria lágrimas nos olhos de quem se lembra. Exclusivo de PS3, Valkyria Chronicles conta a história de uma nação pacífica chamada Gallia que se vê no fogo cruzado de dois gigantes bélicos: a Aliança Imperial e a Federação Atlântica. Esses invasores desejam roubar um minério raro de Gallia, mas o jovem soldado Welkin e seus companheiros do Esquadrão 7 lideram uma revolta como contra-ataque. Se possível, também tentam encontrar Valkyria, uma arma secreta que poderia virar a maré desses eventos. Valkyria Chronicles combina controles em tempo real com estratégia por turno (sim, ainda existem regras durante uma guerra). Primeiro, você escolhe unidades com uma perspectiva aérea. Depois, como um jogo de tiro em terceira pessoa, corre, escala, rasteja e causa dano aos inimigos. Tudo em um mapa aberto que dispensa a típica estrutura em quadradinhos do gênero de estratégia. Por conta dos inimigos ficarem parados no campo de batalha até o turno deles começar, até que é fácil encontrá-los. O desafio aparece nas chances aleatórias da pontaria. Os deuses da Sega poderiam I sorrir para você no caso de um tiro ar desesperado de longa distância acertar eria o alvo. Ou você poderia errar o que seria um disparo mortal considerado fácil. Esse ção fator imprevisível força uma adaptação constante ao que acontece no combate. ate. Mas, oito anos após o lançamento,, uito Valkyria Chronicles fica na memória muito mais do que apenas pelo sistema de batalha atalha d empolgante e inteligente. Uma multidão de personagens bem escritos e desenhados cria um grande tom emocional para o jogo, mesmo que fosse impossível conhecer todos. A ex-bartender Rosie, por exemplo, sonhava em se tornar uma cantora e possuía uma rival, Edy Nelson, que não levava o menor jeito para música. Também havia Alicia, interesse amoroso de Welkin, que desejava ser cozinheira. Ou Zaka, criador da Enigma Box, um brinquedo que o fazia ser popular com as crianças. Se esses fossem soldados sem personalidade se movimentando pelo cenário de Valkyria Chronicles, o impacto não seria o mesmo. O TOM EMOCIONAL DO JOGO ERA CRIADO POR CONTA DE SEUS PERSONAGENS PAZZ E AMOR P PA O problema de se apegar aos persona personagens, l é a ddor quando d uma unidade id d morre claro, – se alguém tomba, você possui três turnos para salvar –, mas a Sega amacia o tabefe emocional ao gravar toda a experiência na classe do personagem e não no indivíduo. Novos recrutas também não são genéricos. Emile Bielert, por exemplo, deixa um sanatório e se apresenta para a batalha caso o irmão morra. A história permeia tudo, desde os visuais suntuosos até os menus que parecem folhas de um livro. Cada missão e perfil de personagem é registrado, o que vai criando um senso imediato de nostalgia. Esse texto deveria acabar dizendo como nós sentimos saudades desse jogo e como provavelmente nunca veremos esses personagens outra vez. Mas não! A Sega anunciou recentemente que uma versão remasterizada do jogo está prevista para o começo do ano que vem no Japão. Além disso, uma sequência chamada Valkyria: Azure Revolution deve chegar na metade de 2016 no Oriente. Lágrimas de emoção. GRANDES LEMBRANÇAS Pegar um inimigo desprevinido e pelas costas é sempre a melhor escolha de abordagem De acordo com o perfil do personagem, Welkin é um amante da natureza Para vencer é necessário derrotar todos os inimigos ou capturar acampamentos 83 RE TR OS TA TI ON OS MAIORES ENTRE OS MELHORES, SEGUNDO A PRO-BR JOGOS EXCLUSIVOS THE LAST OF US 1 A família PlayStation é repleta de jogos que trouxeram revoluções e deixaram marcas naa história dos videogames. The Last of Us é um desses, uma combinação entre história forte e questionamentos que não define heróis e bandidos e apresenta personagens humanizados e marcantes com falhas e qualidades evidentes. Um jogo de ação tenso, tocante e com um final incomum. Uma aventura na qual o jogador mergulha fundo, é embalado e conduzido a viver cada momento de maneira intensa. DEMON’S SOULS 2 O jogo que trouxe a alta dificuldade de volta, que desafia e faz você refinar suas habilidades, pensar antes de agir e planta a necessidade de superação em busva de satisfação pela vitória. BLOODBORNE 3 JOURNEY 84 5 Uma aventura silenciosa, solitária e emocionante por um mundo deserto em busca da luz no alto de uma montanha. Journey é uma daquelas obras que você é obrigado a jogar. 8 6 9 15 13 18 É o capítulo de encerramento da jornada do agente Solid Snake e a amarra as pontas soltas da saga Metal Gear Solid com um final épico. O jogo de PS2 é fantástico por sua diversidade de conteúdo e temas abordados. Então veio a versão para Vita e se tornou a definitiva por ter mais conteúdo e muitas novidades. FINAL FANTASY IX 10 Combate aéreo direto e viciante, trama interessante e um exemplo de jogo bem executado são pontos que tornam Ace Combat 5 o mais divertido e emocionante da saga. É o capítulo mais divertido da saga, um dos mundos mais abarrotados de segredos, ótimos personagens e as mais belas cenas em CG sobre invocação de monstros que já se viu. KILLZONE 2 14 CRASH BANDICOOT 16 CHRONO CROSS O PSone foi um eceleiro de ótimos RPGs e Chrono Cross é incrível por brincar com realidades paralelas, dono de uma trilha sonora incrível, muitos personagens e vários finais. 7 ACE COMBAT 5 INFAMOUS Cole Macgrath chegou e firmou a franquia de "herói" com escolhas morais, super poderes e liberdade para explorar o mundo e salvar a humanidade de um futuro sombrio. PERSONA 4 GOLDEN Em um mundo que tem problemas com pessoas que gostam de arremessar objetos contra seus amigos, Poy Poy 2 (PSone) foi um presente divino. Simplicidade e classe marcaram o jogo da Konami que premiava quem tinha destreza em lançar e desviar de pedras, troncos e itens aleatórios. GOD OF WAR 2 12 Um jogo de corrida com foco na realidade e que exalta a paixão por carros fez de Gran Turismo revolucionário e uma das franquias mais importantes do PlayStation. Nathan Drake se estabeleceu como o herói aventureiro bom de briga e sua segunda aventura deixou o mundo boquiaberto com cenas sensacionais e ação espetacular. PEDRO HENRIQUE LIPPE, JORNALISTA DO SITE UOL JOGOS Final Fantasy VII revolucionou o mundo dos RPGs nos videogames e Crisis Core mudou totalmente o como encaramos FFVII ao contar a história do soldado Zack Fair. Depois de Kratos, a forma como encaramos a mitologia grega, seus deuses e a brutalidade mudou. Este capítulo levou o PS2 ao limite com cenas épicas e ação visceral. 4 METAL GEAR SOLID 4: GUNS OF THE PATRIOTS CRISIS CORE: FFVII 11 UNCHARTED 2 GRAN TURISMO SHADOW OF THE COLOSSUS É um dos jogos mais importantes do PS2, uma obra incrível cuja trama é contada visualmente e a trilha sonora é uma das coisas mais lindas. Uma aventura macabra, um mundo envolvente e combates em que estratégia e habilidade são a chave para sobreviver. Bloodborne carrega o DNA da incrível série Souls. Considerado o eterno mascote da Sony, o marsupial Crash deixou uma poderosa marca na memória dos jogadores e trouxe um estilo bem diferente de jogar e se divertir. XENOGEARS 17 SYPHON FILTER 19 Foi um dos grandes títulos do PSone e marcou toda uma geração. Um verdadeiro jogo de super espiões, conspiração e muita ação. "Fritar" bandidos com o taser é inesquecível. Talvez o melhor capítulo da franquia, Killzone 2 trouxe uma campanha de peso, um ambiente imersivo e uma das batalhas multiplayer mais tensas e envolventes do PlayStation 3. Outro medalhão do PSone, um dos melhores enredos já criados para um RPG. Personagens fantásticos, jornada espetacular e combates usando robôs gigantes. Show! LITTLEBIGPLANET 20 O fantástico mundo de retalhos da Media Molecule trouxe personagens icônicos ao universo PlayStation e deu total liberdade ao jogador para criar seu próprio conteúdo. facebook.com/PlayStationRevistaOficial RE TR OS TA TI ON CELEBRANDO NOSSOS MELHORES MOMENTOS 86 O mais difícil do gap Leap of Faith é ignorar este corrimão – é preciso saltar sobre a grade lá cima e cair sem se quebrar. E, sim, esta é uma imagem de THPS HD para PS3 Salto de Fé Voando alto (demais) em Tony Hawk's Pro Skater 2 E CONSOLE PS1 / PRODUTORA NEVERSOFT / DISTRIBUIDORA ACTIVISION / QUANDO 2000 squeça que Tony Hawk's Pro Skate 5 existe e feche os olhos para relembrar a época de ouro da série em uma das fases mais emblemáticas: School II, cenário de THPS2. A possibilidade de criar combos maiores graças à nova manobra manual (manter o equilíbrio após tocar o chão só com duas rodas do skate) foi a novidade mais alardeada antes do lançamento do jogo. Havia, no entanto, outro recurso igualmente interessante e que se tornou uma marca registrada na série: os gaps (saltos sobre locais específicos e transições entre obstáculos). Embora eles já existissem no jogo original, não existia uma recompensa por completar todos eles. THPS2 não só mudou esse conceito, como o explorou de forma brilhante, aumentando o número de saltos e, consequentemente, o nível de desafio. Há muitos gaps memoráveis no jogo e até mesmo na fase da escola, mas poucos são tão simples e gratificantes de realizar quanto o Leap of Faith. Muito antes de os protagonistas de Assassin's Creed ficarem conhecidos pelos "saltos de fé", os personagens de THPS2 se arriscavam fazendo o mesmo, mas sem uma carroça cheio de feno para amortecer e evitar possíveis ossos quebrados. Além de ficar ao lado de um longo corrimão que praticamente pede para ser deslizado, a altura do salto é maior do que as pernas dos skatistas conseguem suportar. Ou seja, não importa o que você faça, a princípio parece impossível aterrissar sem se espatifar. Mas então, após inúmeras tentativas, você descobre que tudo que precisa para o sucesso é manter ¾ pressionado antes de as rodinhas tocarem o solo. Insano! facebook.com/PlayStationRevistaOficial COMO FAZER... Mande suas dúvidas e aflições para playstation@ europanet.com.br Uso avançado do DualShock 4 Simplifique sua vida com funções ocultas do controle do PS4 doUTORA playstation A médica do nosso videogame responde dúvidas e questões técnicas com ciência 1 2 3 DICA 1 REINICIANDO O CONTROLE DICA 2 COMANDOS DE ATALHO DICA 3 NO CONTROLE DA SITUAÇÂO 90 O problemA "Doutora, comprei um DualShock 4 novinho e ele não liga. Há salvação? E se ele voltar à vida, como usar melhor essa pequena maravilha?" Um jogador em prantos Existe a possibilidade do seu PS4 não reconhecer um controle novo ou que uma atualização de firmware do videogame faça o acessório parar de funcionar. Antes de consultar a assistência técnica ou comprar outro controle, faça o básico: verifique se o controle está com a bateria carregada e reinicie a memória. Atrás do DualShock 4 há um pequeno buraco, ao lado de um parafuso. Pegue um objeto fino (um grampo de cabelo, agulha ou um prego) que caiba nesse buraco, encaixe-o e, sem forçar demais, pressione o objeto por cerca de sete segundos. Com isso, a memória do DS4 volta ao estado original, o que resolve boa parte dos possíveis problemas que podem afetar o acessório. Em seguida, segure o botão PS perto do videogame para conectar o acessório. O botão PS permite sair de um jogo ou aplicativo direto para o menu principal do PS4. A navegação fica mais rápida cortando a obrigação de ir ao menu principal, caso sua vontade seja ir para outro app ativo. Para isso, basta dar dois toques rápidos no botão PS para alternar entre abas já abertas. Assim você pode ir direto do jogo para outros aplicativos, como Netflix, PS Store, lista de troféus e SHAREfactory. Outra forma de tornar sua vida mais simples com o DS4 é na hora de mandar mensagens de texto. Aperte a alavanca da direita (¢) na tela de mensagem para ativar a função giroscópio, que permite selecionar as teclas mirando o LED do DS4 na tela – aperte ¢ para centralizar o ponto. Outra alternativa é apertar o painel de toque e usá-lo como mouse. Você está no meio de uma partida online e o volume do seu fone de ouvido está muito baixo ou você quer separar os canais de áudio do headset. Não é preciso sair do jogo para fazer isso. Segure o botão PS por dois segundos para abrir uma nova aba de configurações rápidas. Nessa janela você pode ajustar o volume base do som, separar canais de áudio (ouvir apenas o som do jogo ou só o chat por voz), ajustar um canal de conversa mais nítido para papear em uma Party criada com seus amigos, ajustar opções de configuração, ligar ou desligar dispositivos que estejam conectados ou pareados ao seu console. Acabou todos os ajustes que tinha de fazer? É só apertar o botão PS mais uma vez e voltar para a partida. VEREDITO O PS4 tem funções bastante úteis que não são conhecidas pela maioria dos jogadores. Atalhos tornam sua rotina mais prática, enquanto reiniciar a memória do DS4 soluciona problemas. facebook.com/PlayStationRevistaOficial THE WITCHER 3: WILD HUNT MELHOR JOGO DE 2015 Este pôster é parte integrante de PlayStation: Revista Oficial - Brasil, edição 214. Não pode ser vendido separadamente. Este pôster é parte integrante de PlayStation: Revista Oficial - Brasil, edição 214. Não pode ser vendido separadamente. JUST CAUSE 3