Filtros - Meio Filtrante

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Filtros - Meio Filtrante
REVISTA
E
PORTAL
www.meiofiltrante.com.br
Esp e c i a l i za d a e m F i lt r a ç ã o - Se p a r a ç ã o - Tra t a mee nt o d e Ág ua - M ei o Amb
Ambiieent
ntee
Ano XII - Nº 77 - Novembro/Dezembro de 2015
EDIÇÃO ESPECIAL: ITEB INOVAÇÃO EM TEMPOS DE CRISE
Juntos, nós podemos separar a água do diesel
e proporcionar a melhor eficiência e a mais
avançada tecnologia ao motor de seu veículo.
Não há limites para a Parker quando se trata de proporcionar resultados surpreendentes através
de sua tecnologia para os mercados em que atua. Um exemplo é a linha de separadores de água
Parker Racor, originais de fábrica e presentes nos melhores veículos do mundo.
Eles são submetidos aos mais rigorosos testes de qualidade e têm sua eficiência confirmada pelo
imbatível sistema separação Aquabloc®, uma solução exclusiva desenvolvida pela Parker, que garante
a separação da água e assegura maior proteção para o motor de seu veículo, envolvendo tecnologia e
precisão. Uma combinação insuperável, que gera mais segurança e benefícios para o meio ambiente.
EDIÇÃO
Nesta
77
Novembro/Dezembro
2015
10
18
Filtros para ar são
versáteis e garantem a
qualidade do ar ambiente
Fornecedor de borracha para o
mercado de filtros e saneamento
inova desenvolvendo Encontro
de clientes e parceiros
34 FILTROS AUTOMOTIVOS
Filtros ecológicos:
entenda seus benefícios
38 FILTRAÇÃO DO AR
Poeiras e gases respiráveis
sem filtração adequada
42 MEIO AMBIENTE
De olho na lei
28
SEÇÕES
06 FILTRADO - O que
acontece no mercado
de filtros
08 MERCADO - Confira
as novidades no mercado
industrial
Filtros para sistema de
resfriamento na indústria
46
Auxiliares filtrantes:
além da purificação
Diretora - Editora
Rogéria Sene Cortez Moura
[email protected]
Redação/Reportagem
Anderson V. da Silva, Carla Legner,
Cristiane Rubim e Suzana Sakai
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Comunicação
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comunicaçã[email protected]
Criação, Editoração e Web
Anderson Vicente da Silva,
Loiana Cortez Moura e Paula Zampoli
Publicidade
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Conselho Editorial:
Adriano de Paula Bonazio; Alex Alencar; Alice Maria de Melo Ribeiro;
André Luis Moura; Atsushi Gomi; Caio Guilherme Barbosa; Carlos Mourão;
Cláudio Chaves; Francisco Gomes Neto; Genaro Pascale Neto; Geraldo
Reple Sobrinho; Helmut Zschieschang; Hermann Queiser; Jeffrey John
Hanson; João Moura; José Luis Tejon Megido; Julio Trujillo; Laíssa Cortez
Moura; Lucas Cortez; Luciano Peske Ceron; Marcia Brunini Truite Hanson;
Mauro Urbinati; Marco Antônio Simon; Paulo Roberto Antunes; Patrick
Galvin; Paula Rorato; Pedro Verpa; Plínio Centoamore; Ricardo Saad;
Robert Scarlett; Tárcia Rita Davoglio; Tarcisio Costa; Valter Medina; Valdir
Montagnoli; Vinicius Stoco Patricio e Walter Luiz Polônio.
Colaboraram nesta edição:
Paulo Roberto Nascimento (Parker); Antonio Carlos Camargo, Sueli Curti e
Manuella Curti de Souza (Grupo Europa); Abrafiltros (Diretoria); Juliano Frizzo
(Filtros Planeta Água); Renata Pirolo e Daniel G. de la Fuente (InbraTextil);
Renato Bruno (Unifilter); Digvijai Singh (A2Z Filtration); David Siqueira de
Andrade, Gabriela Oppermann e José Jurandir Pereira da Silva (Supply Service);
Robinson Zuntini, Patrícia Gozzi e Andreas Scheurell (Calgon Carbon); André
Luis Moura e Valdir Montagnoli (Laffi Filtration); Claudio Chaves, Anderson
Alves Oliveira e Thais Mazzucatto (Pentair); Edgard Luiz Cortez e Lucas Cortez
Moura (Iteb); Paul Gaston Cleveland, Sergio Sato e Samir Costa (Camfil);
Patrick Mendes (Yanpai Do Brasil); Eduardo Gomes Ferreira e Natã Teodoro
de Lima (Sigma Lean); Edison Ricco Jr (Apexfil); Rodolfo Cafer (Mahle Metal
Leve); Ronilso Toledo (Sogefi); André Gonçalves (Mann+Hummel); João
Carlos Mucciacito (Cetesb); João Carlos Alberti (Direct Line); Mauricio Zanini
(Cross Filter); Celymar Ventini Pinotti (Filtros Free); J. Rai do Nascimento
(Linter Filtros); João Carlos Machado (Filtrax Brasil); Jerson Alves de Oliveira
(Filtracom); Vinicius Lima e Victoria Santos (Unotech); Cesar Leão Santana
(Trox do Brasil) e (All for Filters).
Assessoria Jurídica
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A Revista MEIO FILTRANTE é uma publicação
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Gráfica IPSIS - www.ipsis.com.br
Estamos na última edição de um ano que
ficará marcado como um período difícil do
ponto de vista econômico e político – fruto
principalmente, das nossas próprias questões
internas como país e situações envolvendo
os erros e acertos do governo federal.
Esse cenário instável tem demandado
novas situações de ajuste e as empresas
tendem a aprimorar os controles buscando maior aproveitamento efetivo dos
recursos e redução de custos. A versatilidade e capacidade de adaptação ganham
relevância e as empresas com essas características aumentam as chances de colher
resultados positivos, sendo ocasião ideal para estreitar
relacionamentos internos, ajustar negociações, rever
situações comerciais e forjar alianças, de maneira que
todos os elos da cadeia se fortaleçam e possam contribuir para que o resultado final seja favorável para os
envolvidos. É um momento de união pelo bem comum.
Nesses dois últimos meses do ano, os ânimos políticos
deverão seguir acirrados e as empresas ainda terão os
tradicionais períodos de férias. Mas o fato é que independente desses fatores, todos devemos seguir em
frente, afinal não é a primeira e não será a última turbulência que atravessamos – basta rever na memória. As
situações se ajustam e as empresas devem seguir seus
caminhos, planejamentos e objetivos.
Nas matérias desta edição trazemos como capa, para
fechar o ano inovando, ITEB tradicional empresa do
mercado de elastômeros; a versatilidade dos filtros para
ar ambiente; uma visão sobre novos tipos de poeiras e
gases que demandam atenção; os benefícios dos filtros
ecológicos; as novas exigências da ANP - Agência
Nacional do Petróleo, para postos de combustíveis; o
importante papel dos auxiliares filtrantes; filtros industriais para sistemas de resfriamento; e muito mais.
E que em 2016, possamos realizar muito mais. Como
diz Carlos Drummond de Andrade: “Para sonhar um
ano novo que mereça este nome, você, meu caro, tem de
merecê-lo, tem de fazê-lo novo. Eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente. É dentro de você que
o ano novo cochila e espera desde sempre.”
A todos os nossos colaboradores, leitores, fornecedores,
clientes e amigos, boas festas e que a chegada de 2016
represente um novo período de harmonia, paz e conquistas.
Boa leitura!
Os artigos e matérias não refletem a opinião desta revista, assim como declarações emitidas por entrevistados e através de anúncios, sendo de única e exclusiva responsabilidade
de seus autores e anunciantes. A reprodução total ou parcial das matérias só é permitida
mediante autorização prévia da Revista Meio Filtrante, e desde que citada a fonte.
EDITORIAL
A união pelo bem maior
Rogéria Sene Cortez Moura
Editora
para ligar na rede hidráulica. O produto
possui grande vazão e bica articulável, que
permite abastecer rapidamente recipientes
de tamanhos variados, como copos, jarras,
travessas e panelas. Com nanotecnologia nas
partes plásticas que entram em contato com
a água, M!O garante o combate a
microrganismos. Seu filtro bacteriostático controla a proliferação
de bactérias e possui três etapas de
filtragem que eliminam partículas,
cloro, odores e sabores. Além
disso, após 6 meses de uso ou filtrar 2 mil litros de água, quando
chega a hora de substituir o refil, o
exclusivo sistema “Girou, Trocou”
permite uma troca fácil e rápida, sem necessidade de chamar a assistência técnica ou ter
que desligar o registro.
O purificador de água M!O está disponível
em todo o Brasil por meio dos principais
sites de comércio eletrônico (e-commerce),
e também no site da IBBL.
Pensando em quem precisa de soluções
práticas e que ocupem pouco espaço, a
IBBL, um dos maiores fabricantes de purificadores de água e bebedouros do país,
lança em outubro o Purificador M!O. Super
compacto, fácil de instalar e de usar, o M!O
oferece água filtrada em temperatura natural sem complicação.
“Principalmente nas grandes cidades, vemos que apartamentos
pequenos com cozinhas cada vez
menores, integradas à sala, estão
ficando mais comuns. Os proprietários destes imóveis buscam
soluções práticas, que atendam
às suas necessidades básicas e ao
mesmo tempo economizem espaço e combinem com a decoração. Foi pensando neles que
desenvolvemos o M!O”, afirma Priscila Pinha, gerente de marketing e produto da IBBL.
A instalação do M!O é super prática; em
poucos minutos, com parafusos ou fita adesiva, o aparelho está fixado na parede e pronto
Foto: Divulgação IBBL
FILTRADO
IBBL apresenta M!O, seu novo purificador de água super compacto
6
A Tecfil inaugurou seu novo centro de distribuição no bairro de Bonsucesso em Guarulhos, onde fica também a sede da indústria.
Com 23 mil m2 de área total, sendo 15,6
mil m2 de área construída, o novo centro
armazenará não somente os filtros da marca
Tecfil, mas também Vox e os produtos da
recém incorporada Tecbril. O novo endereço uniu dois centros de distribuição
anteriores em um único espaço, facilitando
a logística da empresa e agilizando todo
o processo de separação e entrega de produtos para todo o Brasil. O espaço conta
com um pé direito de 14m de altura, 16
docas para carregamento e fica há pouco
mais de 1 km da fábrica Unidade II.
Com o novo CD a empresa espera agilizar
ainda mais todas as entregas de produtos,
levando a todas as regiões do país os melhores filtros automotivos do mercado.
“O novo CD é muito mais espaçoso, moderno, organizado e facilitará todo o processo de
logística que envolve o estoque, separação
de pedidos e entrega. É uma casa nova para
nossos produtos.”, declara Ricardo Marreiro, supervisor do CD. A empresa conta ainda com mais duas unidades fabris, também
na cidade de Guarulhos, onde produz filtros
para as linhas leve, pesada, agrícola e moto.
Foto: Divulgação Tecfil
Novembro/Dezembro Meio Filtrante
Tecfil com novo centro de distribuição
10ª participação da empresa na PEI at the Nacs Show
foi sucesso entre visitantes,
com lançamentos e consolidação internacional
A Zeppini Ecoflex, empresa brasileira líder no
desenvolvimento de equipamentos de proteção
ambiental para postos de
combustíveis, participou,
entre os dias 11 e 14 de
outubro, da PEI at the
Nacs Show, um dos mais
importantes eventos internacionais do setor de
postos de serviços e lojas
de conveniência.
A empresa, que atua neste
segmento há mais de 35
anos e oferece ao mercado
uma das mais completas
linhas de produtos, apresentou durante o evento
mais de 60 componentes.
De acordo com a gerente
de marketing da Zeppini
Ecoflex, Solange Zeppini,
a participação no evento
foi importante para ampliar a presença internacional da empresa, que já
atua em mais de 80 países:
“Durante o evento recebemos grandes parceiros
e tivemos novas oportunidades de negócios em
novos países. Esse é um
passo importante para
consolidarmos nossa par-
ticipação e atendermos
ao objetivo de expansão
global da empresa”.
Entre os equipamentos
em exposição estiveram
diversos produtos dos sistemas de contenção, como
reservatórios de contenção para tanque, bomba e
ponto de descarga, além
de componentes como
válvulas, equipamentos
para instalação elétrica,
entre muitos outros.
Outra linha em destaque
foi o sistema de tubulação, responsável por transportar o combustível na
área do posto. A empresa
já ultrapassa a marca de
8 milhões de metros de
tubo em uso ao redor do
mundo, e este ano passa a
disponibilizar este produto com a certificação internacional EN.
Além desses equipamentos, a empresa apresentou
sua linha de soluções de
consumo racional de água.
Como o sistema Ampere, para reúso de água em
ambientes de lavagem automotiva, o sistema Pluvi,
para aproveitamento de
águas pluviais, e o sistema separador de água e
óleo, solução popular da
empresa, que já ultrapassa a marca de 16.000 unidades em uso.
7
Novembro/Dezembro Meio Filtrante
Zeppini Ecoflex participa de evento
internacional para postos de serviços
MERCADO
Como parte da consolidação dos investimentos no Brasil e para atender às necessidades
de seus clientes com eficiência, a John Deere
inaugurou a expansão do Centro de Distribuição de Peças para a América do Sul, em
Campinas (SP). Com esse investimento, o
Centro de Distribuição de Peças praticamente
dobrou de tamanho: passou de 40.000m² para
74.500m². A expansão contou com participação da Bresco Investimentos.
Com a expansão, o espaço ganhou uma
novidade: um Centro de Treinamento destinado à capacitação de concessionários,
distribuidores, funcionários e clientes. Os
investimentos fazem parte de um plano
de médio e longo prazo da John Deere
no Brasil, com valores que ultrapassaram
US$ 200 milhões nos últimos cinco anos, em
todas as divisões em que a companhia atua.
“A expansão reforça o objetivo da John
Deere em oferecer soluções integradas
ao mercado por meio do melhor desempenho, garantindo disponibilidade e produtividade dos equipamentos, que contam
com tecnologias de última geração. É mais
uma demonstração de como a John Deere
acredita no potencial do país. Neste caso, apostamos na eficiência logística e na
alta capacidade de entrega de peças como diferenciais que impactam em nosso
8
Foto: Divulgação John Deere
Novembro/Dezembro Meio Filtrante
John Deere expande Centro de Distribuição
de Peças e inaugura Centro de Treinamento
atendimento pós-venda. Desta forma estreitamos cada vez mais o relacionamento com nossos clientes, valorizando a
marca”, ressaltou Ilson Eckert, diretor de
Operações de Peças, América do Sul.
Inaugurado em 2008, o CDP está localizado
em uma região estratégica, com facilidade de
acesso aos modais rodoviário e ferroviário,
aos aeroportos de Viracopos e Guarulhos
e aos portos como o de Santos. Além disso,
está próximo do Escritório Regional da John
Deere, em Indaiatuba (SP).
Centro de treinamento
Focado no ensino e aprendizagem, o Centro
de Treinamento da John Deere é um espaço
preparado para capacitar os participantes a
conhecer a fundo as novas fronteiras tecnológicas disponibilizadas pela empresa. Com
capacidade para até 64 pessoas, o local possui
área de escritório, sete salas de aula, sala de
reunião, salas voltadas aos treinamentos à distância, sete oficinas, além de oficinas e painéis
de ferramentas e máquinas da companhia.
“Nos últimos anos, uma crescente procura
pela melhoria da formação e atualização de
conhecimento levou a John Deere a tomar a
decisão deste investimento. Vimos oportunidade de aperfeiçoar os nossos serviços de
capacitação para novas tecnologias, bem como
aumentar o número de cursos oferecidos. Tal
preocupação demonstra a busca contínua pela
excelência que temos na John Deere, de forma
a garantir sempre produtividade e eficiência
dos equipamentos”, disse Ariosto Moraes,
gerente de Treinamento para América Latina.
Este é a segunda grande inauguração da John
Deere em 2015. Em agosto, a empresa inaugurou a expansão da fábrica de Montenegro
e nacionalizou a Série 8R de tratores de alta
potência, cujo aporte foi de US$ 40 milhões.
Carvão Ativado
Aqui
A Calgon Carbon oferece dentre seus produtos
uma ampla seleção de carvões ativados, serviços
e equipamentos especializados. Somos o lider
mundial em tecnologias de carvão ativado e
estamos aqui para atender as suas necessidades
em purificação de água e ar, incluindo:
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9
Novembro/Dezembro Meio Filtrante
Soluções para você
CAPA
Fotos: Divulgação
Cristiane
Rubim
Novembro/Dezembro Meio Filtrante
Fornecedor de borracha para o
mercado de filtros e saneamento
inova desenvolvendo Encontro
de clientes e parceiros
Em suas futuras instalações, a empresa promove encontro sobre borracha
para clientes e parceiros, e intensifica projetos de novos negócios
10
A
ITEB - Indústria Técnica
de Borrachas, com mais de
40 anos de mercado, fornecendo soluções e artefatos de
borracha não se rendeu à crise econômica
e política do país, e mantém o projeto de
ampliação de novos negócios em suas futuras
instalações em um terreno de dezesseis mil
e quinhentos metros quadrados, na mesma
rua, a cem metros do atual endereço, sede
da empresa desde sua fundação em abril
de 1973, além de inovar no seu relacionamento com clientes e parceiros.
O projeto gratuito aos participantes,
tirado do papel na contramão do corte de
investimentos e despesas das empresas,
chamado de Encontro de Clientes ITEB,
pretende aprofundar o assunto borracha, de forma didática, simples de
fácil entendimento.
O encontro
A ITEB é uma empresa de consultoria e soluO 1˚ Encontro de Clientes ITEB aborda a hisções em borracha. Há 42 anos no mercado
tória da borracha, seus tipos e características,
tem como foco a alta qualidade, perforos processos de mistura, transformação, vulmance, versatilidade, tecnologia, inovação,
canização e o controle de qualidade. Este ano,
criatividade, envolvimento em cada proaté o momento, foram três datas do evento, nos
jeto, através do relacionamento de parceria
dias 21 de agosto 6 e 16 de outubro. O curso é
estabelecido com clientes, fornecedores e
ministrado por um parceiro de longa data da
colaboradores. O compromisso e responsaITEB, o Prof. Luiz Emiliani Junior, diretorbilidade em atender mais de dezessete mer-presidente da empresa Modulus Consulcados ativos como: alimentício, automotivo,
toria e Treinamentos em Borracha, formado
aviação, eletrônicos, energia,
em Filosofia e Bacharel em
ferroviário, filtração, hidráuQuímica com Atribuições
lico, irrigação, manutenção,
Tecnológicas; atua há 38 anos
máquinas, equipamentos,
como Palestrante e Consultor
mecânico, mineração, naval,
Técnico no Brasil e Exterior.
petróleo e gás, saneamento e
A revista Meio Filtrante paratualmente o mercado PET.
ticipou do evento do dia 6
A empresa conta com uma
de outubro, uma data extra,
fábrica de massas, ferramenpara empresas participantes
taria e laboratórios próprios,
do Comitê da ABNT com o
o que assegura controle total
objetivo de atualizar normas
sobre o processo produtivo,
diante da prática de mercado,
qualidade e alta performance
segurança, e outros. “PartiEdgard Luiz Cortez,
frente a desenvolvimentos.
cipando de um encontro da
diretor-presidente da ITEB
Um dos novos projetos da
Comissão da ABNT, senempresa, é a aposta no setor PET, onde
timos que havia carência de conhecimento
se prepara para lançar oficialmente a sua
sobre borracha, foi onde propusemos esse
linha de brinquedos Toys4Dog.
encontro voltado ao segmento de saneNo mercado de filtração, a empresa fornece
amento. A borracha, em saneamento, é
peças de borracha para: filtros automoaplicada para vedação e limitação de vazão
tivos, ar, tratamento de água e efluentes
de água e efluentes. O composto, para essa
e soluções customizadas de acordo com
vedação, deve ser formulado visando sua
projetos e especificações dos clientes.
aplicação. Utilizar o elastômero correto e
A ITEB tem compromisso com a responbalancear a formula, é o básico para atender
sabilidade empresarial, com base em seus
os requisitos da norma, fazendo assim, que
valores e no tripé da sustentabilidade,
a vida útil do artefato seja prolongada.”,
que visa assegurar através de gestão proexplica Gabriel Formagio Cortez, coordefissional e austera a perpetuidade e o
nador técnico comercial da ITEB.
sucesso do negócio para contribuir com
No início do curso, Edgard Luiz Cortez,
o desenvolvimento econômico, social e
diretor-presidente da ITEB, deu boas vindas
meio ambiente saudável.
aos convidados, “É motivo de muito alegria
11
Novembro/Dezembro Meio Filtrante
A empresa
Novembro/Dezembro Meio Filtrante
CAPA
Lucas Cortez Moura e Gabriel Formagio Cortez
12
a presença e confiança de todos em nos prestigiar para falarmos desse assunto que estou
começando a aprender um pouquinho agora”,
brincou Edgard que nesse momento arrancou
algumas risadas dos participantes. Seu Edgard,
como é chamado pelos funcionários, antes de
fundar a ITEB com sua esposa e sócia, Neide
Maria Sene Cortez, construiu uma carreira de
muito respeito nos anos cinquenta, por quase
vinte anos, nas maiores empresas de borracha
da época, como Firestone, Pirelli, Rubrasil
(atual Freudenberg), Duplex e Parabor. “Todo
aprendizado, experiência e planejamento
foram a base para a criação da ITEB, com
objetivo de que fosse técnica inclusive no
nome e atender diversos segmentos”, lembra
orgulhoso Edgard.
Lucas Cortez Moura, gerente geral da companhia, expôs em seguida o objetivo do
encontro e falou sobre a história da empresa,
objetivos e novos desafios. “O projeto dos
Encontros começou a ser desenvolvido há um
ano e meio porque sentíamos a necessidade
de, além da formação interna para os colaboradores, a extensão dos conhecimentos para
clientes e parceiros. A questão da valorização
da formação e parte técnica é um dos pilares
da empresa desde sua fundação. As pessoas
têm uma visão muito simplista da borracha,
como se fosse uma commodity qualquer.
O que propomos é tratar a borracha como
solução e qualidade para cada aplicação em
específico, afirma Lucas.
Antes dos encontros, a empresa sempre se
desdobrou em dar informações corretas aos
clientes no dia a dia. No site, agendas e materiais de divulgação da empresa, existem planilhas técnicas sobre os tipos de elastômetro,
estrutura das normas e até mesmo a história
da borracha “Existem vários aspectos que
devem ser alinhados antes de indicar um tipo
de borracha. Na correria do dia a dia, o cliente
muitas vezes não está a par disso, porque ele
tem uma solicitação via sistema, ou muitas
vezes feitas diretamente pelo usuário de manutenção, qualidade, engenharia, que, apesar de
ser um pessoal técnico, infelizmente tiveram
e tem pouco acesso a informação, até mesmo
academicamente falando”, salienta Gabriel.
O curso realizado em agosto e no meio de
outubro atendeu empresas do setor automobilístico, filtração, irrigação, máquinas e
equipamentos; o saldo segundo a empresa
foi muito positivo.
“Tivemos relatos de empresas que são compradoras há 30 anos e não tinham noção nenhuma
sobre porque compravam determinado tipo de
borracha”, afirma Célia Procópio, do departamento de vendas da empresa.
Os clientes estão ligados à ITEB por meio
de produtos ou serviços em borracha, mas
entende que hoje as empresas precisam trocar
a maior quantidade possível de informações
e ser adaptáveis ao meio para inovar e seguir
de maneira sustentável. “O conceito disso
que estamos vivendo hoje (evento) é levar
uma solução através de uma troca de conhe-
cimento. A prática mostra que essa sintonia
com nossos parceiros gera soluções eficazes,
com valor agregado através de um comprometimento mútuo, muito mais simples do que se
imagina, afirma Lucas.
De forma didática, o palestrante explica desde
o início no descobrimento do Brasil em 1500
a extração do latéx, da Seringueira (Hevea
brasiliensis) pelos índios. Os índios manipulavam aquele material e isso despertou curiosidade dos estudiosos e pesquisadores que
levaram para a Europa para ser estudado um
modo de utilização. Haviam limitações. Como
criar um produto com aquele material se no
inverno endurece e no verão amolece? Foi,
então, que, em 1839 depois de muitas tentativas, Charles Goodyear, misturou enxofre ao
material descobrindo assim a vulcanização nascia assim a borracha com as propriedades
LAFFI - SYNDER - MF66.pdf 1 18/12/2013 17:23:43
que conhecemos hoje.
Os clientes da ITEB compram e usam o
artefato de borracha, mas não têm noção do
processo e tecnologia que há por trás. As
empresas conhecem bem a área da aplicação
do seu material, porém, não conhecem sobre a
borracha em si. “A ideia é falar sobre a complexidade que é a borracha, mostrando o que
a ITEB faz, como se fabrica uma borracha,
como ela funciona, por que do uso de um tipo
e não outro, quais suas diferenças e como controlamos a qualidade. Por exemplo, usamos
pneus, mas as pessoas não têm ideia de como é
feito o pneu. No curso, temos um filme a esse
respeito, além dos clientes aprenderem como
diferenciar os tipos de borrachas para cada
tipo de situação, destaca Luiz.
Os participantes são provocados durante o
curso a expor suas dúvidas e realmente eles
A solução em sistemas de filtragem.
Sistemas completos e membranas
de ultrafiltração para os processos
de pintura KTL e verniz cataforético
Sistemas de anolito completos e
reposição de células de diálises
planas, tubulares e tecidos seletivos
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A
CEI RA DO MEIO
EMPRESA
SOCIALMENTE
RESPONSÁVEL
acabam citando que desconheciam a origem de problemas que tinham com seus
produtos.“Nosso objetivo é servir o cliente e
levar para ele não uma peça de borracha, mas
uma solução. E atrás dessa solução, há toda
uma equipe de trabalho e know-how técnico
da ITEB, ou seja, nós estudamos o problema
como uma oportunidade, e não simplesmente
vendemos uma peça” ressalta Gabriel.
Quanto às normas, o consultor técnico diz que
o correto é a borracha ter especificação para
as aplicações, mas, muitas vezes, não existe
norma. “Aí temos que procurar junto ao cliente
e descobrir como a borracha vai trabalhar, a
que temperatura, o que vai passar, se é esgoto
ou água, ou outro produto, tem que ser feito
todo o mapeamento para atender a expectativa
do cliente”, adverte. O consultor cita que o tra-
balho com borracha segue as normas ABNT
NBR (brasileira), ASTM (norte-americana),
e específicas, como a DIN (alemã) e a JIS K
(japonesa), entre outras.
A importância das empresas aprenderem sobre
a utilização da borracha em seus negócios
envolve tecnologia, economia e menos desperdício. Em saneamento por exemplo, com
a crise hídrica sem precedentes nos últimos
oitenta anos, uma borracha mal dimensionada,
falta de manutenção preventiva, pode significar interrupções e desperdícios.
Pesquisas para recuperar a borracha
A borracha é difícil de se decompor, sua vida
é muito longa. “O pneu é o vilão por ser um
volume muito grande de borracha. Depois que
o pneu não serve mais, o que fazer com ele?
Novembro/Dezembro Meio Filtrante
CAPA
Dicas sobre borracha
14
1. Tanto os Elastômeros como seus derivados devem ser isentos de umidade, pois
isto pode gerar bolhas no artefato final.
2. As borrachas são comercializadas em sua
grande maioria em fardos, estes chegam desta forma aos transformadores para fabricação dos artefatos, como é o caso da ITEB.
3. Cada borracha tem suas características
e aplicações específicas. Portanto a melhor
borracha vai ser aquela que atende a especificação em questão.
Na área de saneamento não é diferente.
Dependendo dos tipos de fluidos que entrarão em contato com o artefato (esgoto, óleo,
água, entre outros), e da temperatura de trabalho, fazemos o estudo de qual Elastômero
melhor atende a cada solicitação.
4. Normalmente o custo de um composto de
borracha e consequentemente de seu artefato, é diretamente proporcional ao custo do
Elastômero utilizado.
5. Em alguns mercados os termoplásticos
concorrem com a borracha, a qual é termofixa e por este motivo mais difícil de
ser reciclada. A borracha por sua vez tem
características físico-químicas únicas, por
esta razão continua insubstituível na maioria das aplicações. 6. Duas das mais importantes e mais utilizadas borrachas, são a borracha Natural
(proveniente da seringueira) e o SBR (borracha sintética). Apesar de serem quimicamente diferentes, suas características e
aplicações são similares. Portanto na eventual falta de uma delas, a outra passa a ser a
mais recomendada.
7. Normalmente quanto maior o peso específico de um artefato de borracha, piores
serão suas propriedades físicas.
8. A Borracha Natural é uma das borrachas
que tem menor resistência ao calor. Seus
artefatos quando em uso não são recomendados para temperatura acima de 70˚ C. Isto
também vale para o SBR e o BR.
A opinião dos participantes
Estavam presentes no Encontro do dia 6 de
outubro representantes da Companhia de
Saneamento Básico do Estado de São Paulo
(Sabesp), Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), Companhia de Saneamento
de Minas Gerais (Copasa), Companhia de
Saneamento do Paraná (Sanepar), Saint-Gobain Canalização, empresa de soluções
para sistemas de água, e o Cientec, uma fun-
dação pública, vinculada à Secretaria de
Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Estado do Rio Grande do Sul, estas
participantes do Comitê da ABNT.
Para Raimunda Maria
Pires, da Sanepar, o
Encontro realizado pela ITEB é um primeiro
passo para entender
mais sobre o que é a
borracha, como percebê-la e avaliá-la, qual
seu tempo de duração, Raimunda Maria Pires,
da Sanepar
o motivo de usar um
tipo de elastômero e não o outro. “Nós não conhecemos praticamente nada sobre tecnologia
da borracha, é como se estivéssemos na cartilha do bê-á-bá, e neste Encontro queremos ir a
fundo sobre o tema.”, explica. O objetivo, segundo ela, é junto ao Comitê da ABNT, fazer
uma norma que consiga abranger diversas aplicações. “As normas serão feitas com uma base
técnica muito boa. Nós vamos utilizar o anexo que fizemos sobre a borracha, e adequar os
conhecimentos adquiridos e desenvolver uma
norma para todos os materiais. Hoje elas estão
muito simplistas e a única que está melhor é a
que fizemos para PVC”, conta Raimunda. Flávio Barth, engenheiro de projetos, da Corsan, empresa que trabalha há muito tempo
com vedações. “Revisamos a norma e a ideia de
vir ao Encontro é para
nivelar os conhecimentos das empresas para
que possamos exigir
a qualidade dos fornecedores. A ITEB, por
exemplo, fornece anel
para um cliente dela
que é nosso também”,
explica. Segundo ele,
Flávio Barth, engenheiro
de projetos, da Corsan
um anel está na cadeia
15
Novembro/Dezembro Meio Filtrante
São realizadas pesquisas sobre como recuperar o pneu e eu faço parte delas”, diz Emiliani Júnior. Segundo ele, boa parte dos pneus
usados tem como destino empresas mineradoras, onde simplesmente, é queimado nos
fornos de mineração. “Uma parte é recuperada
e usada em próprio artefato de borracha, por
exemplo em pisos de borracha e cones que
não têm uma especificação muito técnica, chamamos de regenerado de borracha. Mas ainda
é muito pouco. A ideia hoje é tentar fazer a
desvulcanização, que é a borracha voltar ao
que era, para o material ser reutilizável”.
A maioria dos grandes fabricantes de borracha
geram e fazem descarte seletivo encaminhando
para uma empresa que tem licença para fazer a
destinação correta.
A ITEB é parceira da Modulus em desenvolvimento de soluções para uso de regenerado,
recuperação da borracha e desvulcanização.
“Fazemos uso de regenerado do nosso processo produtivo, onde temos total controle e
garantimos a qualidade para determinadas
aplicações, que não dispõem de norma, ou exigências técnicas. Outro compromisso é uma
formulação adequada para que o item perdure
por mais tempo e não haja necessidade de constantes reposições. Quando a formulação é bem
dimensionada com matérias-primas, insumos,
mistura e processo produtivo de qualidade a
durabilidade é muito maior”, ressalta Lucas.
dos materiais porque é um acessório muito
importante que nos tubos permite a vedação
e garante a estanqueidade do projeto para
não ter vazamento
O objetivo de Marcelo Moreira de Mesquita e Claudio Henrique Ayres, da Saint-Gobain, é utilizar a borracha nas vedações
nos tubos da empresa. “Essa iniciativa foi
muito importante porque com o que o palestrante disse é possível fazer uma avaliação
fantástica da borracha”, destacam.
Novembro/Dezembro Meio Filtrante
CAPA
Marcelo Moreira de Mesquita e Claudio
Henrique Ayres, da Saint-Gobain
16
Na opinião de Paulo Afonso Marques, da divisão de suprimentos da engenharia de materiais da Copasa, este encontro foi muito
importante porque ocorreu exatamente no
momento que as companhias de saneamento
começam a revisar uma norma sobre anéis de
borracha. “Estamos discutindo aplicação, se é
para água ou esgoto,
tipos de borrachas,
resistência quanto à
aplicação e outros ensaios. Para a Copasa,
soma aos ensaios que
já realizamos, maior
garantia do produto
e reforça que, ao trabalharmos dentro das
Paulo Afonso Marques,
da divisão de suprimennormas da ABNT, tetos da engenharia de
materiais da Copasa
remos maior controle
sobre os vários fabricantes existentes no território nacional”, conta. Marques destaca, de
tudo que foi informado no Encontro, os tipos
de borrachas, aplicação, resistência e principalmente que existem ensaios que podem ser
realizados tanto na matéria - prima, quanto
após a misturas do composto formulado,
e que a borracha tem vida e prazo de validade. “O aprendizado que fica é que devemos cada vez mais trabalhar obedecendo
às normas técnicas e principalmente homologando tanto os fabricantes que utilizam a
borracha em seus produtos, quanto os fabricantes delas. Desta forma, as companhias de
saneamento e consumidores em geral terão
maior garantia de aplicação dos materiais nas
redes, centrais de operação e fatalmente menores índices de retrabalho. O diferencial foi
saber que há empresas que estão sempre em
busca do aperfeiçoamento, desenvolvendo
novas tecnologias, preocupadas com os consumidores e procurando atendê-los cada vez
melhor. Isso é parceria, pois consumidores e
fabricantes têm que trabalhar juntos, principalmente neste momento de crise que o nosso
país atravessa”, enfatiza.
A revista Meio Filtrante levantou algumas
questões ao consultor Emiliani Júnior sobre
elastômeros, o qual respondeu prontamente:
É possível mesclar tipos de borrachas
diferentes ?
Sim, é possível desde que elas sejam compatíveis entre si . Normalmente fazemos estas
blendas com o objetivo de atribuir alguma
propriedade específica para um elastômero
através da presença do outro. Por exemplo: misturar o Neoprene em uma
Nitrílica com o objetivo de melhorar a
resistência ao Ozônio, característica que a
Nitrílica não atende.
Dados de mercado
Segundo a Pesquisa Industrial Anual (Pia)
do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística o mercado de borrachas obteve
um faturamento de cerca de 6,8 bilhões de
reais em 2012.
Qual a função do Negro de Fumo na borracha ?
Após determinarmos o melhor Elastômero a
ser utilizado, passamos então para os insumos
que farão parte da mistura, dentre eles estão
ativadores e agentes de cura, aceleradores, antidegradantes, plastificantes, cargas e outros.
Dentre as cargas, destacamos o Negro de Fumo
que é classificado como carga reforçante, ou
seja, ele atribui para a borracha propriedades
físicas que ela não alcançaria sem ele.
Existe um conceito equivocado de que o Negro
de Fumo entra na borracha só com objetivo de
deixa-la negra. Na verdade isto é só uma consequência de sua cor, pois o objetivo principal
é o reforço para o artefato final.
No caso de peças coloridas (não negras),
utilizamos outros tipos de cargas brancas
como a sílica , caulim , carbonato de cálcio
e entre outros.
Como é feito o controle de qualidade em um
composto de borracha?
Um dos equipamentos mais importantes para
o controle de qualidade de um composto de
borracha é o Reômetro.
Ao mesmo tempo que ele vulcaniza o composto de borracha ele determina a variação
de força em um intervalo de tempo de forma
17
Novembro/Dezembro Meio Filtrante
Prof. Luiz Emiliani Junior, diretor-presidente da empresa
Modulus Consultoria e Treinamentos em Borracha
que podemos prever o comportamento deste
composto na produção.
Por ser um teste rápido, os compostos são
100% ensaiados, dando garantia que os processos anteriores mantem repetibilidade,
atribuindo assim garantia no processo.
Visite o site da ITEB: www.ITEB.com.br para
mais informações, dados técnicos e downloads
de tabelas e normas. Deixe uma mensagem no
fale conosco com o Título – ITEB na Meio Filtrante; Concorra a uma das 4 vagas disponíveis
para nossos leitores no próximo Encontro.
Foto: Divulgação Camfil
FILTRAÇÃO DO AR
Cristiane
Rubin
Filtros para ar são
versáteis e garantem a
qualidade do ar ambiente
O
Novembro/Dezembro Meio Filtrante
Filtro Opakfil da Camfil
18
s filtros painel ou planos agem
na saúde do ar interno de edificações, que se não for filtrado,
pode causar a Síndrome dos
Edifícios Doentes ou SED. O SED ocorre
quando as condições interiores do ar estão
abaixo do desejável, provocando desde sintomas comuns, como dor de cabeça, cansaço, irritação de olhos, nariz e garganta,
tosse e coceira, até mais graves, rinite, sinusite, conjuntivite, pneumonia, asma, dermatites de contato, entre outras. Além disso,
cai a produtividade e os equipamentos deterioram. Quando não há operação nem manutenção adequadas nos sistemas de ventilação
ou ar-condicionado, eles acabam tornando-se geradores de poluentes.
Existem várias normas em vigor hoje no
Brasil que exigem e dão as diretrizes para o
uso correto dos filtros de ar para cada tipo
de construção e objetivo. O problema é que
falta conscientização e fiscalização porque
a maioria ainda compra movida pela ânsia
de um custo-benefício mais baixo. Para
economizar, a decisão recai sobre um filtro
de custo menor com classe de filtragem
abaixo da estipulada pelas normas ou por
adquirir um pré-filtro apenas que atenda
às suas necessidades de um modo geral,
o que acaba não filtrando direito, porque,
respectivamente, não é o indicado para seu
objetivo e construção ou pela falta de outro
filtro de maior eficiência.
De acordo com Jerson Alves de Oliveira,
diretor comercial da Filtracom, há uma
pequena confusão e erro no mercado quanto
à nomenclatura técnica dos filtros painel em
relação à forma e classes. Inclusive ele diz
que, na norma 16.101:2012, o termo tipo
painel não é usado e que precisa ser esclarecido o termo técnico correto. Segundo
ele, esta expressão é utilizada para diferenciar os filtros de superfície quadrada ou
retangular dos filtros cilíndricos, conhecidos como filtros tipo cartucho. Outro
erro comum é chamar os filtros tipo painel
somente de grossos, já que os finos e absolutos também podem ser tipo painel.
“Quando usamos a expressão filtro tipo
painel para diferenciarmos a forma é aceitável tecnicamente, mas quando usamos
para diferenciação de classe ou eficiência
é errado tecnicamente”, esclarece.
Para ficar mais claro, já que existem vários
tipos de filtros, Oliveira cita alguns tecnicamente usados:
- Filtro tipo multibolsa (grossos e finos);
- Filtro plano (grossos);
- Filtro bolsa rígida com células filtrantes
Aplicações
Foto: Divulgação Filtros Free
Os filtros para ar retêm impurezas e purificam
o ar, protegendo pessoas, processos e equipamentos. “Eles retiram tanto a poeira mais
fina como também a partícula maior ou simplesmente impedem a passagem de moscas,
mosquitos, plantas secas, entre outros”, diz
Celymar Ventini Pinotti, proprietária da Fil-
Filtro tipo painel classificação G3G4 da Filtros Free
Filtro painel da Filtrax
da serpentina, dos dutos e todo o sistema nas
tomadas de ar externo. “Apesar de não ser o
certo, é melhor ter um pré-filtro do que nada”,
brinca, alertando que deveria ter maior fiscalização pelos órgãos competentes, pois a maioria
das instalações se quer atende ao grau exigido
pela Portaria/Norma NBR 16.401.
Os filtros planos são constituídos de uma
moldura junto com uma tela de proteção, estando
o meio filtrante no centro. “Eles são uma opção
econômica para filtragem de ar por ter baixo
valor de aquisição”, apontam Vinicius Lima,
coordenador do centro de atendimento ao cliente
(CRA), e Victoria Santos, estagiária em engenharia química, ambos da Unotech. Segundo
eles, sua eficiência gravimétrica vai de 75% até
85% e a perda de carga inicial com a velocidade
19
Novembro/Dezembro Meio Filtrante
montadas em V (finos);
- Filtros com células filtrantes montadas em
V (finos e absolutos);
- Filtro plano plissado (grossos, finos e absolutos);
- Filtros cilíndricos (tipo cartucho) (grossos,
finos e absolutos);
- Filtros planos (tipo manta) – (grossos).
Considerando a forma do filtro, o diretor
comercial da Filtracom diz que existem filtros
planos simples, em que a área de face é igual
à filtrante; e filtros planos plissados, no qual
a área filtrante é muito maior que a de face.
“Este recurso é usado para aumentar a área filtrante e reduzir o delta P”, ressalta.
Foto: Divulgação Filtrax
Foto: Divulgação Filtracom
Filtro fino tipo multibolsa termo soldado da Filtracom
tros Free. Podem ser instalados em aparelhos
de ar condicionado, ventilação industrial, comercial ou residencial, turbinas para geração
de eletricidade, dutos, alvenarias, em empresas ou locais que necessitem de uma pureza
melhor do ar. “Os tipo painel são filtros de primeiro impacto utilizados para conforto e como
pré-filtro para filtros finos em sistemas complementares”, salienta J. Rai do Nascimento,
gerente de vendas da Linter Filtros Industriais.
João Carlos Machado, diretor técnico e comercial da Filtrax Brasil saliente, “O curioso é que,
por uma questão de economia, este tipo de filtro também é o único usado em shopping centers e escritórios porque depois dele deveria vir
um filtro de maior eficiência”, adverte. Além
de atender às normas, ele previne a sujidade
Foto: Divulgação Trox do Brasil
nominal a 2,5 m/s. São indicados também para
sistemas de exaustão e cabines de pintura.
Os tamanhos das partículas em suspensão no
ar filtradas têm entre 0,18 e 10µm. “Um fio de
cabelo, por exemplo, tem, em média, 70µm. Partículas acima de 10µm decantam sem corrente de
ar e não chegam ao filtro. Mas há exceções, como
regiões com ruas de terra e tráfego de veículos,
lixamento de alvenarias, queimadas de cana,
vapores da indústria, queima de combustíveis
fósseis, entre outras, que geram grande concentração de partículas maiores do que 10µm”,
explica o engenheiro Cesar Leão Santana, gerente
de vendas internas da Trox do Brasil.
No mercado, existem filtros painel de ar
grossos, médios, finos e absolutos. A versatilidade destes filtros possibilita que eles atuem
em várias posições porque o que os diferencia
é o tipo de meio filtrante usado para cada aplicação. Além desta, as outras características
têm relação com sua eficiência, especificação
da aplicação, atendimento à norma e também
os materiais usados na sua fabricação:
Filtros grossos: Pré-filtros – Utilizados
nas tomadas de ar externo, retêm as partículas mais grossas.
Filtros médios ou finos – Retêm a maior parte
das partículas, incluindo algumas grossas que
passam pelos pré-filtros e, na maioria das vezes,
com o objetivo de proteger os filtros Hepa.
Filtros absolutos: Hepa (High Efficiency
Particulate Arrestance) ou Ulpa (Ultra Low
Penetration Air Filter) – Retêm as partículas
críticas para as salas limpas, a maioria delas
menor ou igual a 0,5 micrometro. Fontes:
Camfil Latinoamerica e Trox do Brasil.
Foto: Divulgação Trox do Brasil
Na sala limpa, os filtros painéis são importantes para manter o fluxo unidirecional do ar.
“Eles são compactos e trabalham com baixas
vazões de ar, podendo atuar tanto como pré-filtros ou intermediários (médios ou finos)
em sistemas HVAC ou como filtros terminais
(Hepa) em salas limpas”, ressalta Samir Costa,
gerente de operações da Camfil Latinoamerica.
Filtro HEPA da Trox do Brasil
20
Foto: Divulgação Camfil
Novembro/Dezembro Meio Filtrante
FILTRAÇÃO DO AR
Filtro Nanowave da Trox do Brasil
Tipos
Filtro Farr 3030 da Camfil
No Brasil, é usada a norma da ABNT com as
classes G para filtros grossos, F para filtros
finos e A para filtros absolutos, entre outras,
diferente da Eurovent, classe europeia. As
classes de filtragem trabalham conforme o
tamanho das partículas de impureza. Exemplos:
G3: Para eficiência de até 80% para partículas
de 1 mícron, F1: 88% para a mesma partícula
e assim por diante. Fonte: Filtros Free.
Foto: Divulgação Filtros Free
gem, G4, F8 e H13; enquanto em um escritório
acima de 5 TRs é requerido filtro médio M5 de
acordo com as normas para cada setor”, salienta
o gerente de vendas internas da Trox do Brasil.
Variedade de meios filtrantes
“A vantagem dos filtros planos é a diversidade
de meios filtrantes que podem ser utilizados
para várias aplicações”, indica Lima. Podem ser
Painel com moldura de galvanizado
e meio filtrante de tela da Filtros Free
Foto: Divulgação Unotech
Segundo Santana, é comum especificar vários
estágios de filtragem em uma única máquina,
por exemplo, com três estágios de filtragem:
1º estágio: pré-filtro eficiência em fibra sintética, G4; 2º estágio: filtro fino bolsa, eficiência F9 e 3º estágio: filtro absoluto Hepa,
eficiência de 99,97% para 0,3 micrometro.
“Numa sala cirúrgica de um hospital, por exemplo, são estabelecidos três 1estágios
de 16:50:26
filtra#462C_Anúncio Meio Filtrante_Outubro.pdf
09/10/2015
Filtro plano meio filtrante poliéster com
moldura em papelão da Unotech
Segmentos de atuação:
Farmacêutico
Conforto
Alimentos e Bebidas
AR LIMPO É UM DIREITO
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13
Julho/Agosto Meio Filtrante
Energia
Normas descumpridas
Foto: Divulgação Unotech
Atualmente existem muitas normas que regem
o mercado de filtragem para ar no país, mas a
maioria dos estabelecimentos, para fazer economia e por falta de fiscalização, não cumpre
o que as normas pedem. “Apesar da preocupação com a qualidade do ar nas instalações
ter aumentado e as normas se tornado bem
exigentes, ainda faltam no Brasil fiscalização
e melhora na consciência dos consumidores
quanto à exigência técnica na compra de filtros
de ar”, adverte Santana. Ele enfatiza que não se
pode adquirir filtros só levando em conta o preço. “É preciso exigir certificados dos fabricantes de laboratórios de ensaios reconhecidos que
atestem a qualidade dos filtros e comprovem
sua eficiência”, alerta. Outro grande desafio no
Brasil ainda é ter um laboratório independente
para testes dos filtros conforme as normas.
22
Foto: Divulgação Camfil
construídos com meios filtrantes de poliéster,
fibra de vidro, carvão ativado ou columbus.
Além disso, possuem telas de alumínio, atendendo às classificações de filtragem grossa,
e as molduras são de papelão ou metálicas.
“A diferença entre eles é que, dependendo do
tipo de partícula e velocidade nominal de passagem do ar pelo filtro que envolve também a
possibilidade de odor ou não, existe um material
mais apropriado”, ressaltam Lima e Victoria.
Hoje os sistemas de porta-mantas substituem
os encartonados. “Isso porque têm suporte fixo
onde somente a manta é trocada, o que reduz
custo ao longo do tempo e também custo com
reciclagem e diminui o tempo de troca dos
elementos em mais de um terço no mínimo”,
explica Machado, da Filtrax Brasil.
Filtro Megalam da Camfil
Foto: Divulgação Filtracom
Novembro/Dezembro Meio Filtrante
FILTRAÇÃO DO AR
Acima filtro plano meio filtrante fibra de
vidro plissado e abaixo meio filtrante poliéster
plissado com moldura de papelão da Unotech
Caixa de filtragem com suportes
tipo painel para filtros da Filtracom
A manutenção do filtro depende do grau de saturação em função do local de instalação, número de pessoas no local e de horas usadas.
“Apesar da preocupação com o meio ambiente
hoje em dia estar em alta, muitos estabelecimentos recebem alvará de funcionamento, mas
a maioria deles está fora das normas. Para fazer economia, eles acabam usando filtros com
classificações que não estão de acordo com as
normas para seu tipo de construção, não trocam
os filtros e fazem pouca manutenção. Sempre
orientamos o cliente, mas o maior problema é
que falta fiscalização”, alerta Machado.
Cada norma tem um objetivo e escopo, a
determina a eficiência de filtragem no estado
inicial do processo assim como os efeitos da
perda eventual de carga eletrostática, que
podem impactar significativamente a eficiência ao longo da vida útil, além de sugerir
ainda em seu anexo F uma proposta de aplicação de classificação energética dos filtros,
Novembro/Dezembro Meio Filtrante
FILTRAÇÃO DO AR
qual citamos as principais.
Normas que ditam regras para se determinar a eficiência dos filtros.
ABNT NBR 16101:2012 – Atualmente é a
norma mais moderna encontrada no mercado
brasileiro, que além de determinar as eficiências e as classes de filtragem, a norma
24
Tabelas de classificação de filtros e comparativo entre normas
Troca adiada
25
Novembro/Dezembro Meio Filtrante
de forma a informar ao usuário o quanto
impactam no consumo de energia. Rica em
detalhes, a norma abrange as formas construtivas dos elementos filtrantes, métodos
de ensaios, determinação de vazão, perda de
pressão, poder de acumulação, economia de
energia, entre outros.
ABNT NBR ISO 29463:2014 – Filtros de alta
eficiência (Hepa) em meios filtrantes para
remoção de partículas no ar.
As normas acima são baseadas, respectivamente, nas normas europeias EN 779:2012 e
EN 1822:2009.
A norma americana ANSI/ASHRAE 52.2.2012
também é utilizada. Fonte: Camfil Latinoamerica e Trox do Brasil.
Normas que recomendam utilização de
filtro em função da aplicação.
NBR ISO 14.644 - que trata de ensaios em
salas limpas, usada em indústrias farmacêuticas, microeletrônica, biotecnologia etc.
NBR 7256 - que trata de aplicações em hospitais. Fonte: Trox do Brasil.
No Brasil, a ABNT está trabalhando na normatização de filtros absolutos tipo Hepa. Oliveira
convida os interessados a participar todas as
primeiras terças-feiras do mês das reuniões
realizadas na Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava) para decidir sobre o assunto.
O mercado de filtros de ar sofreu mudanças
nos últimos anos e também foi afetado pela
atual crise econômica. “Alguns clientes têm
postergado a troca dos filtros, estendendo
ao máximo a vida útil dos elementos”, relata
Santana. “O cliente está se segurando para não
fazer a troca porque como a produção caiu, usa
menos, e no escritório troca menos também. O
problema é que o custo de trocar o filtro é mais
barato do que não trocá-lo porque o risco de
contaminação e de levar uma autuação e multa
são muito mais custosos”, diz o diretor técnico
e comercial da Filtrax Brasil.
“Existe e sempre existiu uma grande procura,
pois, além de eficientes, os filtros tipo painel
são de fácil instalação e o preço é bem acessível,
mas, infelizmente, com a crise, os clientes, por
economia, demoram em fazer suas trocas periódicas”, compartilha da opinião, Celymar. Quanto
Novembro/Dezembro Meio Filtrante
FILTRAÇÃO DO AR
Recomendação de aplicação conforme norma NBR 16.401 parte 3 qualidade do ar interior
Nota: De acordo com a norma NBR 16.101:2012 as classes F5 e F6 passaram para M5 e M6 respectivamente
26
às aplicações que mais procuram estes filtros, ele
diz que depende muito de cada uma. “Existem
salas com muita poeira, salas que necessitam de
um ar limpo e locais que são proibidos de ter
qualquer tipo de impureza”, explica.
“A reposição dos filtros ocorre quando da sua
saturação com o uso da máquina ou sistema onde
ele está instalado. Portanto, com a redução da
produção industrial automaticamente diminui
a necessidade de trocas com maior frequência
dos elementos filtrantes”, corrobora Oliveira.
Segundo ele, os filtros de ar planos, plissados,
montados em V, tipo multibolsa, mangas, cartuchos e outros são usados em diversas aplicações
na filtragem do ar industrial, tanto no controle da
contaminação ambiental (ar que entra) como no
controle da poluição ambiental (ar que sai).
“A demanda por filtros tipo painel vem aumentando com o passar dos meses, principalmente
para os fabricantes de equipamentos (AHUs),
que visam fornecer uma máquina mais compacta. Ao comparar como o mercado era antes
com o atual, a principal justificativa é a frequente exigência do mercado, em ser flexível
e competitivo, alterando as especificações de
equipamentos e instalações”, relaciona Wilson
Ferreira, coordenador de vendas C&O e APC
da Camfil Latinoamerica.
Segundo Lima, na Unotech há mais procura
para aplicações em cabine de pintura, filtros
de ar condicionado, automotiva e indústria
com grandes processos de pintura. “Quanto ao
mercado nos últimos anos, as vendas caíram em
média 40% devido aos recursos das empresas
estarem cada vez menores e aos processos de
fabricação na linha automotiva”, avalia.
Para a Linter Filtros, a demanda para esta linha
de produtos é grande em vários segmentos
industriais. “Apesar das dificuldades que o país
atravessa, estamos cada vez mais atuantes neste
nicho de filtros”, afirma Nascimento.
Contatos das empresas:
Camfil Latinoamerica: www.camfil.com
Filtracom: www.filtracom.com.br
Filtrax Brasil: www.filtraxbrasil.com.br
Filtros Free: www.filtrosfree.com.br
Linter Filtros: www.linterfiltros.com.br
Trox do Brasil: www.troxbrasil.com.br
Unotech: www.unotech.com.br
ONDE TEM ESTE SELO,
TEM TROCA DE FILTRO
E AMBIENTE LIMPO.
O
TADO D
S
E
O
N
AGORA
SANTO
ArteplenA
O
ESPÍRIT
Os fabricantes, importadores e distribuidores
de Filtros do Óleo Lubrificante Automotivo
estão promovendo o descarte dos filtros
usados, de forma
correta e consciente.
Em sintonia com todos os avanços em busca da sustentabilidade,
a Abrafiltros, associação que reúne os fabricantes, importadores
e distribuidores de filtros automotivos, está coordenando a implantação
de um eficiente programa-piloto de Logística Reversa em pontos
de coleta nos estados de São Paulo, Paraná e Espírito Santo, onde os
filtros do óleo usados são periodicamente retirados por empresa
credenciada que faz a destinação correta do descarte.
APLICAÇÃO
Filtros para sistema de
resfriamento na indústria
Foto: Depositphotos
Carla
Legner
Novembro/Dezembro Meio Filtrante
P
28
raticamente todos os processos
industriais, independente do segmento de mercado, geram calor
em suas atividades e estes precisam ser controlados. A forma mais econômica, até hoje encontrada, é a de controlar
a geração de calor através da utilização de
água para resfriamento com o auxílio de
sistemas chamados de torres de resfriamento (evaporative cooling tower) que podem
ser aplicados em conjunto com sitemas trocadores de calor ou chillers.
As torres de resfriamento são equipamentos desenvolvidos para transferir o calor
residual contido em um fluido, proveniente
de um processo produtivo, para a atmosfera,
cujo o objetivo principal é resfriar os fluidos
para que o mesmo retorne ao processo ou seja adequadamente descartado. Normalmente
são encontradas e fabricadas em fibra de
vidro, porém, também são encontradas em
concreto, madeira, aço carbono, aço inox e
outros materiais. São compostas principalmente por carcaça, enchimentos de contato,
eliminadores de gotas e ventiladores.
Valdir Montagnoli, representante da Laffi
Filtration explica que atualmente, o uso em
torres de resfriamento representa um dos
maiores pontos para reúso da água em aplicações industriais e comerciais. “Como já
sabemos, as torres de resfriamento têm como
finalidade remover calor de sistemas de uma
enorme variedade de processos industriais
que geram calor excessivo. Embora toda
torre de resfriamento reutilize continuamente
a água, elas ainda podem consumir de 20%
a 30% do volume total de água do sistema
devido a evaporação e ao dreno de fundo.
Uma operação otimizada e uma manutenção
adequada dos sistemas de torre de resfriamento podem proporcionar significante economia no consumo de água”, completa.
O fluido é resfriado pela troca térmica entre ele
e o ar que passa por dentro da torre de resfriamento. Para auxiliar essa troca térmica há um
enchimento de contato chamado popularmente
de “recheio”, esse enchimento tem a função de
fazer com que a água fique por mais tempo em
contato com o ar de forma a resfria-la. O ar que
passa por dentro da torre é devido a um ventilador instalado no topo do equipamento de forma
a sugar o ar para dentro da torre.
As torres de resfriamento podem ter formato
quadrado, retangular ou redondo, além dos ventiladores no topo para aspirar o ar os sistemas
possuem aberturas laterais por onde entra o ar
aspirado e um reservatório (bacia) na base, onde
a água resfriada é armazenada. A água aquecida
entra pela parte superior da torre onde se encontram os distribuidores (colmeia ou recheio).
O ventilador atua como exaustor, aspirando
o ar existente ao redor da torre, que entra no
sentido ascendente, ou seja, em contrafluxo da
água que está no sentindo descendente dentro
da torre. Quando a água aquecida encontra o
ar que tem temperatura inferior, ocorre a troca
térmica entre a água e o ar – neste momento
o calor da água é removido por evaporação,
reduzindo sua temperatura. A água resfriada é
enviada para o equipamento que necessita ser
resfriado ou de volta para o processo.
Dentro da torre existe uma rede de pulverizadores, que são responsáveis por espalhar homogeneamente a água quente no interior da torre
Funcionamento da torre de resfriamento
sobre o enchimento de contato, garantindo
assim a máxima eficiência de resfriamento.
Evaporação
A evaporação parcial da água que passa pela
torre é o que causa a maior parte do resfriamento, apenas uma pequena parte deste resfriamento é consequência da troca de calor
(sensível) com o ar. Sendo assim, é possível
perceber um leve aquecimento do ar.
Segundo Valdir Montagnoli da Laffi Filtration
o resfriamento ocorre em uma torre pelos
mecanismos de resfriamento evaporativo e por
sensível troca térmica. A perda de calor por evaporação (cerca de 2000 BTU por Quilograma
de água) reduz a temperatura da água remanescente na torre. Uma menor quantia de
resfriamento ocorre também, quando a água
remanescente transfere calor para o ar. A taxa
de evaporação é aproximadamente 1% do
fluxo de água passando através da torre para
29
Novembro/Dezembro Meio Filtrante
O processo de funcionamento
cada 5,5 oC reduzidos na temperatura da água.
A redução na temperatura da água irá variar de
acordo com o ponto de orvalho do ambiente.
Quanto mais baixo for o ponto de orvalho,
maior será a diferença de temperatura (rT)
entre a água que está entrando na torre (água
aquecida) e a água de saída da torre (água resfriada). Outra regra simples para estimar a taxa
de evaporação de uma torre de resfriamento é
a seguinte: taxa de evaporação é igual a 12
L/min por 100 ton de carga trocada na torre.
Quando a temperatura do ponto de orvalho
está baixa, a velocidade dos ventiladores de
indução da torre pode ser reduzida através da
utilização de controladores de velocidade. Ou
também, os ventiladores podem operar intermitentes (on – off), economizando energia e
também água através da perda por evaporação.
Novembro/Dezembro Meio Filtrante
APLICAÇÃO
Blow down (Drenagem)
30
Blow down é um termo utilizado para identificar a água que é drenada da bacia da torre
de resfriamento visando reduzir o acúmulo
de contaminantes na água circulante. Com a
evaporação ocorre a concentração dos contaminantes da água, como os sólidos dissolvidos. “Promovendo o dreno (blow down) e
adicionando água nova (make-up), o nível de
sólidos dissolvidos na água pode ser mantido,
reduzindo assim a formação de incrustação
mineral e de outros contaminantes na torre,
nos condensadores resfriadores e nos trocadores de calor do processo”, comenta Valdir
Montagnoli. Outros pontos salientados por
Valdir são: eficiência térmica, perfeita operação e vida da torre de resfriamento, são
itens diretamente relacionados com a qualidade da água circulante na torre. A qualidade da água na torre depende da qualidade
da água de make-up, do tratamento químico
da água e da taxa de blow down.
A otimização do blow down em conjunto com
um tratamento de água adequado, representa a
maior oportunidade para o aumento da eficiência
da água. O blow down pode ser controlado
manualmente ou automaticamente por válvulas
atuadas por temporizadores (timers) ou por
medidores de condutividade (condutivímetro).
Perda por respingo
O termo “respingo” é usado para qualificar a perda da água, na forma de névoa, que é carregada
pelo vento para fora da torre. Uma taxa típica de
respingo é de 0,05% a 0,2% da vazão da torre.
A redução no respingo através da instalação de
venezianas ou eliminadores de gotas conserva
água, retém químicos do tratamento de água no
sistema e melhora a eficiência de operação.
Make-up (água de reposição)
Make-up é a água adicionada na torre de resfriamento destinada a repor a água perdida por
evaporação, blow down e respingo. O volume de
água de make-up adicionado afeta diretamente a
qualidade da água no sistema. A relação entre
a qualidade da água de blow down e a qualidade da água de make-up pode ser expressa como
“ciclo de concentração”.
Sistemas de filtragem
Uma das maneiras de manter uma torre de
resfriamento em bom estado é retirando partículas presentes no meio líquido ou resultantes
do processo. Essa separação de sólidos pode
ser realizada por meio de filtros e sistemas
de filtragem especializados. Com a utilização
de filtros na torre, o teor de contaminantes é
controlado e com isso reduz-se o consumo de
água limpa (make-up), água de descarte (blow
down) e de químicos, além de diminuir ou eliminar as paradas para manutenção.
“O problema é que, com a evaporação, aumenta
a concentração de sólidos dissolvidos e a água
que circula permanentemente na torre pode ser
contaminada por contaminantes advindos do
processo ou obtidos pela sucção do ar ambiente
para dentro da torre de resfriamento. Para retirar esses sólidos, que geralmente se decantam
Instalação na vazão parcial (Side Stream) da Laffi Filtration
na bacia das torres de resfriamento é preciso
fazer um blow down (drenagem) e um make-up (adição de água nova e limpa), o que acaba
gerando um custo alto para o processo”, destaca o representante da – Laffi Filtration que
complementa “Para manter a qualidade da torre
de resfriamento, também é importante implantar um programa de tratamento de água, para
manter sempre limpa as superfícies dos trocadores de calor. Esses tratamentos regulam o
pH, a condutividade, a dureza, a alcalinidade,
além de controlarem a proliferação de microrganismos. Muitos utilizam substâncias químicas, como bactericidas, que são inseridos nas
torres por meio de dosadores automáticos, e
quando se realiza o blow down e o make-up está
se jogando fora além dos contaminantes parte
Tipos de filtros e aplicações
Os filtros autolimpantes, como o próprio nome
já diz, realizam uma limpeza no sistema, ou por
diferença de perda de pressão, ou por tempo.
Quando o sistema atinge uma perda de carga, o
filtro autolimpante realiza um ciclo de limpeza
interna, seja por sucção ou por escovamento,
quando a regulagem é por tempo, significa que
31
Novembro/Dezembro Meio Filtrante
Foto: Divulgação Laffi Filtration
Foto: Divulgação Laffi Filtration
Instalação na vazão total (Full Stream)da Laffi Filtration
deste tratamento e produtos químicos empregados para o controle da torre”, finaliza.
De acordo com Edison Ricco Jr, engenheiro
da Apexfil, existem muitos filtros para a aplicação nas torres de resfriamento, como os
filtros autolimpantes, filtros cestos, filtros bag,
filtros hidrociclones, entre outros. A instalação
do melhor equipamento depende da aplicação,
quantidade de particulado em suspensão, tipo
de manutenção a ser empregada e valor a ser
investido. “Toda a água que sofreu uma troca
térmica é considerada água industrial, e esta
água pode ser utilizada para outras finalidades
menos nobres, como banheiros, água de lavagem
etc. Com o aumento da crise hídrica no Brasil,
a utilização de água industrial para outra finalidade é muito bem aplicada”, completa Edison.
Segundo Valdir a filtração em uma torre
de resfriamento é de suma importância e
pode ser feita na vazão total da torre (Full
Stream) ou apenas em uma parcela da vazão,
a filtração parcial ou lateral (Side Stream).
Os sistemas de filtragem indicados nas filtrações parciais geralmente são aplicados a
uma taxa de 5% da vazão total da torre como
sendo um número “ideal” para o dimensionamento de um sistema de filtração lateral. Isso
se deve ao tamanho, custo de manutenção e
principalmente custo inicial de instalação
destes filtros para grandes vazões. Porém
Valdir comenta que não existe um número
“exato” para determinar a taxa de filtração de
uma torre, porém sabemos que quanto maior
for este número, melhor será a qualidade da
água da torre de resfriamento.
Foto: Divulgação Apexfil
a cada tempo pré-determinado o filtro realiza
um ciclo de limpeza. No caso dos filtros cestos
são filtros aplicados nesta situação, porém
depende de uma parada no sistema para a realização de limpeza nos elementos filtrantes,
que quase na sua totalidade, são elementos
metálicos, sendo possível a sua limpeza.
de centrifugação utilizando a velocidade da
água. Os sólidos separados podem ser drenados de forma automática. Sua principal vantagem é o alto nível de automação e o baixo
custo quando comparado com outras opções.
Os filtros de areia ou filtro leito é outra opção
para a filtração de torres de resfriamento,
contituído por um vaso de pressão contendo
internamente um leito de areia ou outro meio
filtrate por onde a água tem que atravessar.
Os sólidos são retidos entre os grãos de areia.
Periodicamente ocorre a inversão de fluxo
(retrolavagem), para limpeza do leito de
areia. Boa eficiência para remoção de orgânicos, porém necessita de grandes volumes
durante processo de retrolavagem.
32
C
M
Y
Foto: Divulgação Laffi Filtration
Os filtros bag são muito parecidos com os filtros cestos, porém o seu elemento filtrante são
bolsas filtrantes, contruídas em material sintético que devem ser substituídos com o aumento
da perda de carga, sua grande vantagem é permitir níveis de retenção de partículas mais finas
comparado aos filtros tipo cestos metálicos.
CM
MY
CY
CMY
K
Filtro tipo leito da Laffi Filtration
Foto: Divulgação Laffi Filtration
Novembro/Dezembro Meio Filtrante
APLICAÇÃO
Filtro cesto da Axpefil
Bolsa Filtrante da Laffi Filtration
Os filtros separadores centrífugos ou hidrociclones são muito utilizados para esta aplicação, pois realizam a filtragem pelo processo
E por último os filtros tipo cartucho que têm
guias internas do vaso para melhor posicionamento de seus cartuchos, assim a água
entra pela lateral do filtro e é distribuída uniformemente ao redor da superfície externa,
garantindo a retenção das partículas sólidas e
eficiência na filtragem durante sua passagem.
A principal vantagem desse sistema é a qualidade do fluido filtrado e uma grande variação
da linha para diversas aplicações.
Contato das empresas:
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SOCIALMENTE
RESPONSÁVEL
34
s filtros comercialmente chamados de ecológicos, foram
desenvolvidos para reduzir
a quantidade de produtos a
serem destinados no descarte, permitindo
uma substituição destes componentes com
uma perda menor de materiais empregados.
O nome ecológico é designado pelo processo de fabricação, normalmente não tem
carcaça incorporada como os filtros de rosquear (Spin-On), e dentro de um processo
correto de produção não há utilização de
colas e adesivos, somente são utilizados
o meio filtrante de papel e uma armadura
em plástico onde o papel é fundido eliminando colas e adesivos. Produtos estes
que durante o processo de reciclagem são
extremamente agressivos ao ambiente.
De acordo com Rodolfo Cafer, representante da Mahle Metal Leve, os filtros
ecológicos fazem as mesmas funções dos
filtros tradicionais, porém, como estão no
processo de fabricação isentos de adesivos
e colas e o funcionamento deles depende
de carcaças externas normalmente fixas
nos motores ou sistemas, sem elas não é
possivel exercer as funções de filtragem.
Ele explica ainda que normalmente os filtros ecológicos são elementos filtrantes,
que devem ser montados em carcaças
fixas, da mesma forma que são montados
os filtros do ar do motor, sem a carcaça
estes filtros não conseguem fazer a filtração e no processo de manutenção estas
caraças não são descartadas como em filtros convencionais de rosquear.
“Hoje além da redução de material empre-
gado na fabricação, temos a necessidade
do uso destes filtros com o objetivo de
reduzir o nível de material que retornará
pelo processo de logística reversa para a
reciclagem, pois o material que retorna tem
um custo calculado por peso para ser reciclado” completa Rodolfo.
Como funcionam e tipos de filtros
O funcionamento do filtro ecológico é muito semelhante ao de um filtro que não possui este tipo de tecnologia, onde a retenção
dos contaminantes realiza-se através de um
meio poroso para remover ou separar partículas contaminantes através de um processo
mecânico ou físico, por intermédio de um
meio filtrante de tela, algodão, lã, poliéster,
feltro, fibras e principalmente papel.
“De forma resumida pode-se dizer que
são filtros que não possuem metal em sua
composição e que utilizam materiais que
podem ser mais facilmente processados
após o descarte. Sua função é a mesma que
dos filtros ditos convencionais, que pos-
Foto: Divulgação Mahle Metal Leve
FILTROS AUTOMOTIVOS
Novembro/Dezembro Meio Filtrante
Carla
Legner
O
Filtros ecológicos:
entenda seus benefícios
Filtros ecológicos de combustível
(papel branco) e filtros do óleo do motor
(papel amarelo)da Mahle Metal Leve
Benefícios e meio ambiente
Com o conceito de sustentabilidade cada vez
mais presente e com o aumento da tecnologia
nos motores é provavel que gradativamente
todos os novos projetos sejam concebidos
agregando sistemas e módulos que possuam filtros ecológicos. Pensando em meio ambiente,
podemos dizer que a forma de descarte e processamento dos resíduos gerados de filtros ecológicos é menos prejudicial, pois são passiveis
de incineração e também há o fato de que em
alguns casos a troca do filtro possui intervalos
menores, desta forma gerando menos resíduos.
Os filtros não possuem carcaça metálica ou
partes metálicas, que para o
descarte este pode ser processado mais facilmente, sem
a necessidade de remover
as partes metálicas. André
Gonçalves, engenheiro mecânico e consultor técnico da
Mann+Hummel explica que
geralmente as partes metálicas
são substituídas por plásticas,
mas no conceito deste tipo
de produto, a ideia é sempre
Multifiltro
HU12140x reduzir ao máximo a quanti- Óleo
- Linha
dades de componentes, o con- Pesada da
Mann+Hummel
ceito chamado de Metal free.
“Normalmente os filtros tem carcaças, válvulas de segurança e alívio, e demais componentes descartáveis. Utilizam internamente
papel e chapa metálica o que obriga o uso
de adesivos, que são agressivos ao ambiente
durante a reciclagem, os ecológicos tem carcaças fixas no motor ou sistema, com válvulas
integradas na carcaça e de longa vida útil, e
no processo de fabricação utilizam somente
papel e plástico”, ressalta Rodolfo. Para ele o
principal benefício em relação ao mercado é a
redução de custo, peso no transporte, facilidade
de fabricação, e outras que se tornam convenientes conforme o uso. Pensando em meio
ambiente o beneficio é enorme visto que no
processo de logística reversa, não será necessário retalhar o filtro usado para desmontá-lo.
35
Novembro/Dezembro Meio Filtrante
Foto: Divulgação Mann+Hummel
suem metal em sua composição: ação de um
meio que impossibilita a passagem de uma
substância indesejada, por exemplo, o filtro de
ar que retém a poeira impedindo esta de chegar
ao motor do veículo”, Ronilso Toledo, supervisor da assistência Técnica Sogefi Filtration.
O representante da Sogefi explica ainda que
atualmente praticamente todos os tipos de
filtros (ar, óleo, combustível, etc.) podem
possuir esta tecnologia. Alguns já podem sair
diretamente da montadora outros podem ser
fornecidos no mercado de reposição com esta
atribuição ecológica. No caso dos filtros de
ar, alguns projetos originais já são concebidos
sem a utilização de metal. Já os que originalmente possuem metal, podem ser desenvolvidos para o mercado de reposição opcionais
onde são utilizadas telas e tampas plásticas.
Para os filtros de óleo, os mais comuns são os
do tipo cartucho (refil), onde basicamente existe
apenas o meio filtrante (papel) sem clip metálico
de fechamento e as tampas plásticas do fechamento do elemento. Já para os filtros de combustível, na linha leve são desenvolvidos filtros com
formato convencional (in line), porém internamente no fechamento do elemento não são utilizadas tampas metálicas e sim tampas plásticas.
Na linha pesada, são utilizados filtros do
tipo cartucho (refil), semelhantes aos de óleo
do motor e mais recentemente também estão
surgindo alguns que atuam como filtros blindados, porém com a carcaça plástica. “Os
filtros do óleo e combustível são muito semelhantes tanto em dimensão como em aparência,
os filtros do ar tem o tamanho muito maior se
comparado com os citados acima, e podem
incorporar elementos metálicos estruturais
como tubos centrais internos ou externos”,
completa o representante da Mahle.
Novembro/Dezembro Meio Filtrante
FILTROS AUTOMOTIVOS
Mercado e inovações
36
De acordo com Rodolfo, os filtros ecológicos se tornaram uma necessidade, alguns
motores mais antigos que ainda estavam em
produção, para se manter na linha passaram
por uma reengenharia e nestas, foi substituído o cabeçote normal do filtro de rosquear
para uma versão de cabeçote com carcaça que
pode receber o filtro ecológico. “Há mais de
10 anos que não ouço nenhum fabricante de
veículos falar ou citar filtros de rosquear em
projetos novos”, destaca.
Uma inovação que a Mahle trouxe junto com
os ecológicos foi o sistema de tubo e telas,
interno e externo, feito com material espiralado, onde uma chapa com a metade da
espessura e peso de uma chapa normal em
área, suporta um esforço até 10 vezes maior
que os sistemas convencionais. A mesma tem
uma perda consideravelmente menor por não
jogar fora nenhum material além do material
removido na perfuração da chapa.
Os filtros ecológicos Mahle recebem as denominações KX para combustível, OX para
óleo do motor ou hidráulico, e para os de ar
Foto: Divulgação Sogefi
Não existe necessidade de lavar o material
metálico para reciclagem, e não existe adesivos que comprometem o processo de incineração pelo qual o material orgânico irá
passar, além de ter carcaça para reter lubrificante, o material possível de ser retido
ficam preso na carcaça, também não terá o
consumo de materiais metálicos durante a
manutenção normal dos veículos.
“O mercado em si, não tem muita escolha, pois
sua utilização nasce com o projeto da montadora, quanto ao meio ambiente, este sim tem
vantagens com a destinação de filtros contaminados com óleo, combustível e outros, pois,
nos filtros convencionais o maior problema é
retirar as partes metálicas, o que gera perda de
tempo e energia” enfatiza André.
Filtro ecológico da Sogefi
não existem codificações específicas, mas
muitos produtos desta linha passaram a receber as melhorias dos demais filtros, e alguns
modelos receberam papeis autoportantes permitindo a retirada do tubo interno ou externo
metálico, ou nos casos onde a Mahle participa do projeto sugerindo um tubo interno fixo
na carcaça para receber um elemento sem tubo, e o mais ecológico possível.
“Hoje em dia o conceito de filtro ecológico está
presente em praticamente todos os fabricantes
de filtros e montadoras. Pode ser encontrado
facilmente, seja em distribuidores, autopeças,
postos, trocas de óleo, centros automotivos,
etc. Em se tratando de filtros de óleo, em
alguns casos também há uma facilidade maior
na troca para o aplicador final, pois alguns
conjuntos ficam em posições que permitem
um acesso mais espaçoso ao trocador, além
do fato de ser uma troca mais limpa, onde não
existe óleo”, completa Ronilso da Sogefi.
Para André, engenheiro da Mann+Hummel a
tendência do mercado é sempre aumentar a
quantidade de veículos com este conceito, mas
tudo depende da montadora que deve aplicar
esta ideia desde a concepção do projeto.
Contato das empresas:
Mahle Metal Leve: www.mahle.com.br
Mann+Hummel: www.mann-hummel.com
Sogefi Filtration: www.sogefi.com.br
Novembro/Dezembro Meio Filtrante
41
Foto: Dreamstime.com
FILTRAÇÃO DO AR
Novembro/Dezembro Meio Filtrante
João Carlos
Mucciacito
A
38
Poeiras e gases respiráveis
sem filtração adequada
gentes químicos são substâncias ou produtos que podem
penetrar no organismo pela
via respiratória, ou pela natureza da atividade de exposição possam ter
contato através da pele ou serem absorvidos pelo organismo por ingestão; poeiras,
fumos, névoas, neblina, gases e vapores.
São os agentes ambientais causadores em
potencial de doenças profissionais devido
à sua ação química sobre o organismo dos
trabalhadores. Podem ser encontrados tanto
na forma sólida, líquida ou gasosa. Além
do grande número de materiais e substâncias tradicionalmente utilizadas ou manufaturadas no meio industrial, uma variedade
enorme de novos agentes químicos em
potencial vão sendo encontrados, devido
à quantidade sempre crescente de novos
processos e compostos desenvolvidos.
Eles podem ser classificados de diversas
formas, segundo suas características tóxicas, estado físico, etc. Conforme foi observado, os agentes químicos são encontrados
em forma sólida, líquida e gasosa.
Os agentes químicos, quando se encontram
em suspensão ou dispersão no ar atmosférico, são chamados de contaminantes
atmosféricos. Estes podem ser classificados
em: aerodispersóides - gases - vapores.
As principais vias de penetração destas
substâncias no organismo humano são:
- O aparelho respiratório (inalação);
- A pele (cutânea);
- O aparelho digestivo (ingestão).
O sistema respiratório é a via de contaminação mais importante, pois permite
que as substâncias passem para a corrente
Aerodispersóides
São dispersões de partículas sólidas ou líquidas
de tamanho bastante reduzido (abaixo de
100m), que podem se manter por longo tempo
em suspensão no ar. Exemplos:
Poeiras - são partículas sólidas, produzidas
mecanicamente por ruptura de partículas maiores. São formadas quando um material sólido
é quebrado, moído ou triturado. Quanto menor
a partícula, mais tempo ela ficará suspensa no
ar, sendo maior a chance de ser inalada. Ex:
minério, madeira, poeiras de grãos, amianto,
sílica, etc. Apresentam-se geralmente com
diâmetro superior a 1m.
Fumos - ocorrem quando um metal ou plástico
é fundido (aquecido), vaporizado e resfriado
rapidamente, formando partículas muito finas
que ficam suspensas no ar. Ex: soldagem, fundição, extrusão de plásticos, etc. Apresenta diâmetro que varia de 0,01 a 0,1m, sendo assim
penetram facilmente no sistema respiratório
Fumaça - sistemas de partículas combinadas
com gases que se originam em combustões
incompletas de materiais orgânicos. São de
diâmetro inferiores a 1m.
Névoas - partículas líquidas produzidas mecanicamente, como por processo “spray”. Ex:
pintura, atividades com ácidos.
Neblinas - são partículas líquidas produzidas
por condensações de vapores.
O tempo que os aerodispersóides podem permanecer no ar depende do seu tamanho, peso
específico (quanto maior o peso específico,
menor o tempo de permanência) e velocidade
de movimentação do ar. Evidentemente, quanto
mais tempo o aerodispersóides permanece no
ar, maior é a chance de ser inalado e produzir
intoxicações no trabalhador.
As partículas mais perigosas são as que se situam abaixo de 10m, visíveis apenas com microscópio. Estas constituem a chamada fração
respirável, pois podem ser absorvidas pelo organismo através do sistema respiratório. As partículas maiores, normalmente ficam retidas nas
mucosas da parte superior do aparelho respiratório, de onde são expelidas através de tosse,
expectoração, ou pela ação dos cílios.
Partículas perigosas
Sílica – produz silicose, a primeira doença
pulmonar a ser reportada.
Amianto – o amianto ou asbesto é o termo
comercial adotado para um conjunto de materiais fibrosos, constituídos de silicato de magnésio. O termo (amianto) associa-se a uma
ampla faixa de materiais minerais que possuem
a propriedade de se converter em determinados
produtos fibrosos. São minerais compostos
dos mesmos elementos químicos presentes nas
rochas comuns, às vezes possuindo aditivos de
ferro, o níquel e o cromo.
Mica – é um mineral, encontra-se na forma de
placas ou de pó. É utilizado como isolante elétrico e térmico. Causa pneumoconiose.
Lã de vidro – minúsculas partículas deste material
carregadas pelo ar podem chegar ao sistema respiratório, causando irritação, da mesma forma
que quando entra em contato com a pele.
Metais e óxidos metálicos – qualquer tipo de
metal fundido sob elevadas temperaturas desprende fumos constituídos de óxidos metálicos.
Carvão – a mineração do carvão é causadora
39
Novembro/Dezembro Meio Filtrante
sanguínea, com mais rapidez, atingindo todo
o sistema celular de outros órgãos vitais.
É seguro estimar que pelo menos 90 % de todo
envenenamento industrial (excluindo dermatites) pode ser atribuído à absorção através dos
pulmões. Substâncias perigosas podem estar
suspensas no ar na forma de pós, fumos, névoa
ou vapor, e podem estar misturados com o ar
respirável no caso de verdadeiros gases. Desde
que um indivíduo, sob condições de exercício moderado irá respirar cerca de 10 metros
cúbicos de ar no curso normal de 8 horas de
trabalho diário, é prontamente entendido que
qualquer material venenoso presente no ar respirável oferece uma séria ameaça.
de grande número de problemas de saúde
aos mineiros, afetando seus pulmões, produzindo pneumoconiose.
Novembro/Dezembro Meio Filtrante
FILTRAÇÃO DO AR
Gases e vapores
40
São substâncias que têm a mesma forma do ar,
por isso se misturam perfeitamente a ele, e passam pelos pulmões, atingindo a corrente sangüínea, através da qual chegam a todos os órgãos do
corpo humano, como cérebro, rins, fígado, etc.
Gases: gás é um estado físico da matéria.
São dispersões de moléculas no ar, misturadas completamente com este (o próprio ar é
uma mistura de gases). Não possuem formas e
volumes próprios e tendem a se expandir indefinidamente. A temperatura ordinária, mesmo
sujeitas à pressão fortes, não podem ser total
ou parcialmente reduzidas ao estado líquido.
Vapores: chama-se Vapor, a fração gasosa de
um líquido ou sólido.
São também dispersões de moléculas no ar,
que ao contrário dos gases, podem condensar-se para formar líquidos ou sólidos em condições normais de temperatura e pressão. Uma
outra diferença importante é que os vapores
em recintos fechados podem alcançar uma
concentração máxima no ar, que não é ultrapassada, chamada de saturação.
Os vapores ocorrem através da evaporação de
líquidos ou sólidos, geralmente são caracterizados pelos odores (cheiro), tais como gasolina, querosene, solvente de tintas, etc.
Fisiologicamente, do ponto de vista sobre o
organismo, os gases e vapores podem ser classificados em: irritantes, anestésicos e asfixiantes.
Irritantes – São substâncias que produzem
inflamação nos tecidos vivos, quando entram
em contato direto. Ex.: ácido sulfúrico, amônia,
soda cáustica, ozônio, cloro, dióxido de enxofre,
chumbo tetra etila, fosgênio, óxidos de nitrogênio, sulfeto de hidrogênio, outros.
Anestésicos – São aquelas substâncias que,
devido a sua ação sobre o sistema nervoso
central, apresentam efeitos anestésicos.
Ex.: butano, propano, eteno, benzeno, etileno,
ácido sulfúrico, álcool etílico, álcool metílico,
tolueno, xileno, outros.
Asfixiantes – São aquelas substâncias que
impossibilitam a respiração.
Ex.: ácido clorídrico, nitrogênio, metano,
monóxido de carbono, ácido cianídrico,
dióxido de carbono, hidrogênio, outros.
Os gases e vapores anestésicos são classificados em 5 grupos:
Anestésicos primário – são aquelas substâncias
que não produzem outro efeito além da anestesia, mesmo que o trabalhador seja submetido a
repetidas exposições, em baixas concentrações.
Ex.: aldeídos, ésteres e hidrocarbonetos alifáticos (butano, propano, eteno e outros)
Anestésicos sobre as vísceras – são aquelas
substâncias que podem acarretar danos ao fígado
e aos rins dos trabalhadores expostos. Ex.: tricloretano, tetracloreto de carbono, percloroetileno.
Anestésicos de ação sobre o sistema formador
do sangue – são substâncias que se acumulam,
preferencialmente nos tecidos graxos, medula
óssea e sistema nervoso. Ex.: benzeno, tolueno
e xileno (BTX). Vale ressaltar que o benzeno é a
substância com maior ação nociva; sua exposição
prolongada, mesmo a baixas concentrações, pode
ocasionar anemia, leucemia e câncer.
Anestésicos de ação sobre o sistema nervoso
– são substâncias que, devido à sua alta solubilidade em água, apresentam eliminação lenta
pelo organismo; daí a sua manifestação mais
acentuada no sistema nervoso. Ex.: álcool
etílico e metílico.
Anestésicos de ação sobre o sangue e o
sistema circulatório – substâncias em especial
aquelas pertencentes ao grupo dos nitrocompostos de carbono, que em decorrência de sua
utilização industrial podem alterar a hemoglobina do sangue. Ex.: nitrotolueno, nitrito
de etila, nitrobenzeno e anilina.
A Fundacentro – Fundação Jorge Duprat
importantes. Ex.: acetileno, argônio, hélio,
hidrogênio, metano.
Grupo 6 – Poeiras – Substâncias provenientes
da desagregação mecânica de substâncias
sólidas; podendo, dependendo da sua dimensão,
causar pneumoconiose. A NR 15, em seu Anexo
12, prevê três agentes: asbestos (amianto), manganês e seus compostos e sílica livre.
Grupo 7 – Substâncias cancerígenas – são
aquelas cientificamente comprovadas de
causar em seres humanos ou induzir câncer
em animais sob determinadas condições experimentais. Ex.: cloreto de vinila, asbestos, benzidina, beta-naftalina, 4-nitrodifenil,
4-aminodifenil, benzeno.
João Carlos Mucciacito
Químico, mestre em Tecnologia Ambiental pelo Instituto
de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo - IPT .
Trabalha na CETESB. É professor nos cursos de Pós Graduação do SENAC, IPOG e de graduação na Fundação Santo André. Membro do conselho editorial das Revistas Neo
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cód. 2003
últimos refis
EM
Figueiredo de Segurança e Medicina do
Trabalho – criada oficialmente em 1966 - é a
única entidade governamental do Brasil que
atua em pesquisa científica e tecnológica relacionada à segurança e saúde dos trabalhadores,
a entidade classifica as substâncias químicas
em sete grupos, em função da ação nociva ao
organismo do trabalhador.
Grupo 1 – Substâncias de ação generalizada
sobre o organismo – correspondem aos agentes
cujos efeitos, no organismo dos trabalhadores,
dependem da quantidade de substância absorvida, estando representados pela maioria das
substâncias relacionadas no, quadro 1 - do anexo
11 da NR 15. Ex.: cloro, chumbo, dióxido de
carbono, monóxido de carbono e nitroetano.
Grupo 2 – Substâncias de ação generalizada
sobre o organismo, podendo ser absorvida, também, por via cutânea – correspondem aos agentes
químicos que além de exporem os trabalhadores,
através das vias respiratórias, também exigem a
proteção individual para os membros superiores
e outras partes do corpo possíveis de propiciarem a absorção cutânea do agente químico. Ex.:
anilina, benzeno, bromofórmico, fenol, percloretileno, tetracloreto de carbono e tolueno.
Grupo 3 – Substâncias de efeito extremamente rápido – correspondem aos agentes
químicos que têm indicados os limites valor
teto, os quais não podem ser ultrapassados,
em momento algum, durante a jornada de trabalho. Ex.: ácido clorídrico e formaldeído.
Grupo 4 – Substâncias de efeito extremamente
rápidos, podendo ser absorvidos, também, por
via cutânea – correspondem a apenas quatro
substâncias: álcool n-butílico, m-butilamona,
monoetil hidrazina e sulfato de dimetila.
Podem ser absorvidos pela pele, exigindo, necessariamente, a utilização de EPI.
Grupo 5 – Asfixiantes Simples – representados por alguns gases em altas concentrações
no ar, atuam no sentido de deslocar o oxigênio do ar, sem provocar efeitos fisiológicos
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MEIO AMBIENTE
Suzana
Sakai
De olho na lei
Ausência de licença ambiental pode fechar até 40% dos postos de gasolina
Novembro/Dezembro Meio Filtrante
D
42
esde o dia 19 de outubro, a
Agência Nacional do Petróleo
(ANP) passou a exigir dos
postos de combustíveis dois documentos obrigatórios: a licença ambiental
de operação e o laudo de vistoria do Corpo
de Bombeiros. Apesar do caráter positivo da
medida – afinal, postos são empreendimentos
potencialmente poluidores e inflamáveis – a
nova exigência aperta o cerco a 16 mil postos
de combustíveis em todo o Brasil, que correm
o risco de fechar. De acordo com estimativas
da ANP e da Federação Nacional de Comércio
de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis), cerca de 30% a 40% dos 40 mil
postos do país, não tinham conseguido, até
o começo de outubro, as licenças ambientais
nos órgãos estaduais ou municipais.
A nova regulamentação exige itens como tanques de armazenamento com paredes duplas,
piso impermeabilizado e canaletas em volta
das bombas para captar água ou combustível.
O objetivo é evitar a contaminação do lençol
freático ou de rios e nascentes, em casos de
vazamento. Essas exigências têm um custo
estimado em R$ 250 mil. Além do alto custo, a Fecombustíveis aponta que a lentidão dos
órgãos ambientais para conceder as devidas
licenças aumenta as dificuldades para que os
estabelecimentos consigam o documento.
Até o fechamento desta matéria, a ANP havia
informado que não iria prorrogar o prazo para
a emissão da licença, mas ressaltou que os
postos que não conseguirem o licenciamento
definitivo poderão apresentar um termo de
compromisso ou de ajuste de conduta.
Não é de hoje que os postos revendedores de
combustíveis convivem com a necessidade de
licenciamento ambiental. Desde a edição da
Resolução 273 do Conselho Nacional de Meio
Mais do que o fechamento dos estabelecimentos comerciais, as irregularidades ambientais são consideradas como crime, sendo
passíveis de multa e até mesmo pena de reclusão. O artigo 3º da Lei n.º 9.605, de 1998,
que trata sobre crime ambiental, dispõe que
as pessoas jurídicas serão responsabilizadas
administrativa, civil e penalmente conforme o
disposto nesta Lei, nos casos em que a infração
seja cometida por decisão de seu representante
legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado,
no interesse ou benefício da sua entidade.
Há também a pena de reclusão (um a quatro anos) e multa para quem manipula,
acondiciona, armazena, coleta, transporta,
reutiliza, recicla ou dá destinação final a
resíduos perigosos de forma diversa da estabelecida em lei ou regulamento.
Ambiente (Conama), em 2000, as regras para o
licenciamento ambiental fazem parte do dia a dia
da categoria. “O licenciamento ambiental aplicável
à atividade de comércio varejista de combustíveis
líquidos automotivos derivados de petróleo, álcool
carburante e gás natural veicular, está prevista na
Resolução Conama nº 273/2000. No Estado de
São Paulo esta obrigação consta na Resolução
SMA nº 05/01 e no Regulamento da Lei 997/76,
aprovado pelo Decreto 8468/76 e alterado pelo
Decreto 47397/2002. Sem prejuízo de outras exigências técnicas ou legais, antes do início de suas
atividades, ou seja, para a abertura de um estabelecimento novo, seguirá todos os trâmites previstos
nas legislações citadas, devendo o empreendedor
requerer a Licença Prévia, Licença de Instalação
e por fim a competente Licença de Operação”,
explica o engenheiro e analista ambiental do Grupo
Supply Service, José Jurandir Pereira da Silva.
Uma das exigências técnicas atribuídas ao estabelecimento é a elaboração do Programa de Gerenciamento de Resíduos (PGR), que deve assegurar
que todos os resíduos serão gerenciados de forma
apropriada e segura, desde a geração até a destinação final, e deve envolver as seguintes etapas:
Mapeamento das fontes de geração; Caracterização; Manuseio; Acondicionamento; Armazenamento; Coleta; Transporte; Reúso/reciclagem;
Tratamento; Destinação final. “Na implementação do que foi previsto no PGR é que aparece a atuação da Supply Service, uma vez que
oferece a seus clientes a correta classificação,
manuseio, acondicionamento, armazenamento,
realiza ainda a coleta, transporte, tratamento e
destinação ambientalmente adequada dos principais resíduos gerados pelo posto (estopas, panos,
embalagens de óleo, filtros de óleo, filtros de ar,
limpeza da CSAO)”, comenta José Jurandir.
Filtros
Por atuarem com resíduos altamente contaminantes, os filtros também são alvo da legislação. Basicamente, os postos de combustíveis
possuem dois tipos de filtros: o filtro prensa e
os filtros de linha. Os filtros prensa são destinados à filtração do diesel. De acordo com
a definição que consta na Norma do Inmetro,
trata-se de um equipamento composto basicamente de um conjunto moto-bomba, conjunto filtrante (placas, papel filtrante, válvula
de segurança e manômetro), parte elétrica
blindada e à prova de explosão com a finalidade de efetuar a filtragem e desidratação de
óleos combustíveis, equipamento este indispensável após o advento do uso de Biodiesel.
Já os filtros de linha são utilizados no tratamento de todos os tipos de combustível. Não
possuem bombeamento próprio, por isso são
as bombas abastecedoras que fazem a sucção
dos tanques e passagem pelo meio filtrante,
retirando os contaminantes sólidos e água.
“Por suas características, o filtro usado do óleo
lubrificante é um produto considerado como
Resíduo Perigoso Classe I, conforme a norma
ABNT – NBR 10.004. Portanto, pelo risco
oferecido ao meio ambiente e danos à saúde da
população, os mesmos devem ser segregados,
43
Novembro/Dezembro Meio Filtrante
Crime ambiental
Novembro/Dezembro Meio Filtrante
MEIO AMBIENTE
armazenados e destinados a empresas devidamente licenciadas e especializadas”, afirma o
analista ambiental da Supply Service.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei
n.º 12305/2010) institui, dentre outras, a responsabilidade compartilhada dos geradores de
resíduos: dos fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes, o cidadão e titulares de
serviços de manejo dos resíduos sólidos urbanos
na Logística Reversa dos resíduos e embalagens
pós-consumo. No Estado de São Paulo a SMA
n.º 038/2011, estabelece que os fabricantes,
importadores, distribuidores e comerciantes
deverão implantar programa de responsabilidade pós-consumo para fins de recolhimento,
tratamento e destinação final de resíduos.
“Lançado em julho de 2012, o programa Descarte Consciente Abrafiltros de logística reversa
da Associação Brasileira das Empresas de Filtros, entidade representante dos principais fabricantes, firmado entre a Associação e a Secretaria
Estadual de Meio Ambiente e a Supply Service
44
Vilões em contaminação
Mesmo com tantas exigências, os postos
de combustíveis figuram entre os grandes
vilões da contaminação do meio ambiente.
Um levantamento apresentado pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo
(Cetesb) em 2014 apontou que no Estado
de São Paulo, mais de 4 mil áreas estavam
contaminadas por produtos tóxicos, como
combustíveis, gases, metais e solventes.
Os postos de combustíveis são os maiores
responsáveis pela contaminação do solo,
com 3.597 casos, número que representa
75% do total. A contaminação pode gerar
problemas à saúde, comprometer recursos
hídricos, restringir o uso do solo e causar
danos ao patrimônio público e privado e ao
meio ambiente. Com tantas consequências
negativas, vale a pena se adequar à lei e
evitar problemas legislativos e ambientais.
que figura como empresa parceira (Operador
Logístico) que recolhe em pontos pré-determinados pelo Programa (postos, oficinas, concessionárias, garagens, transportadoras, etc.)
os filtros usados de óleo lubrificante e dá a
destinação ambientalmente adequada para
esses resíduos”, ressalta José Jurandir.
Sistemas de separação de óleo
A Resolução nº 273 do Conama também exige
que toda e qualquer instalação e sistemas de
armazenamento de derivados de petróleo e
outros combustíveis, que podem gerar poluição
parcial ou até mesmo causar acidentes ambientais, devem possuir em suas instalações o sistema de separador de óleo. Ao determinar
que todos os postos de revenda de combustíveis estejam ambientalmente adequados, a lei
obrigou também, por consequência, que esses
reservatórios estejam em perfeitas condições
de uso e que sua manutenção seja monitorada.
“A Resolução estabelece que os proprietários dos
estabelecimentos e dos equipamentos e sistemas
deverão promover o treinamento, de seus respectivos funcionários, visando orientar as medidas
de prevenção de acidentes e ações cabíveis imediatas para controle de situações de emergência
e risco. Portanto, investir em treinamento, manutenção e limpeza periódica das caixas separadoras
é fundamental para o correto funcionamento
desta e atendimento à legislação ambiental.
O corpo técnico da Supply Service recomenda,
que em postos da área urbana, geralmente pavimentadas, a limpeza completa seja feita duas
vezes ao ano, enquanto que em postos situados
em área rural, a frequência seja maior, de acordo
com a necessidade identificada pelos funcionários treinados do posto”, explica José Jurandir.
Para a correta manutenção dos sistemas de
separação de água e óleo, além de seguir o que
consta no manual do fabricante do equipamento,
é fundamental a contratação de empresa especializada, tanto para a correta limpeza da caixa separadora, quanto para o tratamento e destinação dos
Licença ambiental
Para obter a licença ambiental é preciso
entrar em contato com o órgão responsável
pelo meio ambiente do Estado. Em São
Paulo, a instituição responsável é a Cetesb.
No momento da solicitação da licença deve
ser entregue a documentação necessária ao
licenciamento ambiental e apresentado o
check list específico para a situação existente (postos novos, reforma completa, condições mínimas ou condição intermediária).
Para mais informações, acesse: www.licenciamentoambiental.cetesb.sp.gov.br.
resíduos oriundos da caixa e da água utilizada
na limpeza. “Deve-se, portanto, evitar as chamadas limpa fossas. O que num dado momento
possa parecer barato, os transtornos resultantes
por contratar empresa não licenciada pelo órgão
ambiental, não justifica a economia”, alerta o
analista ambiental da Supply Service.
Para isso é imprescindível solicitar à empresa
que efetua a limpeza da caixa separadora de
água e óleo o devido comprovante da limpeza e
certificado de destinação dos resíduos gerados.
“Lembrando que a destinação de todos os resíduos gerados nos estabelecimentos de comercialização de combustíveis devem ter o devido
CADRI, que é a autorização ambiental para a
retirada, transporte, processamento e destinação
final destes”, indica o engenheiro.
Contatos:
Abrafiltros: www.abrafiltros.org.br
ANP: www.anp.gov.br
Cetesb: www.cetesb.sp.gov.br
Conama: www.mma.gov.br/conama
Fecombustíveis: www.fecombustiveis.org.br
Supply Service: www.supplyservice.com.br
Substância impacta no sabor e na suavidade de alimentos e bebidas
Foto: Free Images
MEIO FILTRANTE
Auxiliares filtrantes:
além da purificação
Novembro/Dezembro Meio Filtrante
Suzana
Sakai
46
U
tilizados no mundo inteiro, os
auxiliares filtrantes possuem
um dos papéis mais importantes nos processos de filtração de bebidas e alimentos. Sua função
vai além da eliminação de impurezas e partículas turvadoras. Isso porque, a escolha,
característica, origem, homogeneidade e
forma de emprego dos auxiliares filtrantes
impactam grandemente nos resultados de
filtração, não somente em termos de qualidade do filtrado como em produtividade
do processo, melhorando aspectos como
viscosidade e brilho do produto.
Os auxiliares filtrantes - também conhe-
cidos como meios filtrantes – são um grupo
de substâncias em forma de pó classificadas
de acordo com a sua origem. Eles podem ser
de vários tipos, com finalidades similares e
desempenhos específicos. “Os filtrantes são
utilizados em todos os processos industriais
na separação de sólidos de um líquido. Sua
atuação é um processo físico”, explica o representante da Direct Line, João Carlos Alberti.
No decorrer do processo de preparo dos filtros, os auxiliares filtrantes são depositados
sobre o equipamento, durante o procedimento
do preparo da pré-camada, bloqueando a passagem de substâncias insolúveis pelos efeitos
de filtração por superfície e por profundidade.
Um dos exemplos de auxiliares filtrantes
mais utilizados são as diatomitas ou terras
diatomáceas, que são esqueletos de algas
e animais microscópicos fossilizados a milhões de anos com mais de 5000 formas,
que pelo processo industrial de alta tecnologia, mantém-se intacta a forma geológica
original tornando-se um dos produtos mais
usados no mundo para processos filtrantes.
A perlita é outro tipo de auxiliar filtrante
bastante conhecido. Esta substância origina-se da lava vulcânica expandida, que
após classificada, apresenta propriedades
singulares para processos de filtração, em
que se exige baixíssima densidade.
Outro exemplo é a celulose filtrante, substância originaria da celulose vegetal purificada,
que pelo aspecto fibroso e de comprimentos
variados, apresenta alta capacidade no auxílio à filtração e muitas vezes quando usada
em regime de fluxo contínuo, conferindo assim
a pré-camada, pré-capa, torta filtrante ou outros
sinônimos comuns para a finalidade principal
que é a retenção de partículas insolúveis”, afirma Mauricio Zanini, da Cross Filter.
A escolha do auxiliar filtrante deve ser previamente analisada pelo histórico de sucesso nas
outras empresas similares. Há vários tipos de auxiliares filtrantes que irão se diferenciar pela permeabilidade e distribuição granulométrica em uma
relação direta entre fluxo e capacidade de retenção.
“Deve-se observar o tipo de equipamento a ser utilizado com melhor custo/beneficio do filtrante,
aqueles que realizam maior capacidade produtiva
com menor tempo gasto”, diz João Carlos.
Além disso, deve-se analisar questões como o
material da membrana, de acordo com a compatibilidade química da amostra, o tamanho
do filtro de acordo com o volume e fluidez da
amostra a ser filtrada e o tamanho do poro do
filtro para que sejam removidas corretamente as
impurezas e organismos microbianos desejados.
Auxiliares filtrantes e a cerveja
Apesar de existirem vários tipos de auxiliares
filtrantes, os mais utilizados ainda são a perlita,
diatomita e a fibra de celulose. As três substâncias possuem suas vantagens e desvantagens que
devem ser consideradas no momento da escolha
do produto. A perlita é um produto relativamente
47
Diatomita
Novembro/Dezembro Meio Filtrante
em consórcio com os exemplos anteriores, confere importantes vantagens processuais. “Em
todos os exemplos, podemos dizer que os meios
filtrantes possuem características especiais, que
permitem os processos de filtração por pré-camada. Eles destacam-se como excelentes
alternativas para a funcionalidade por meio da
sobreposição de partícula sobre a tela do filtro
Diferenças
Foto: Divulgação Cross Filter
Não é nenhuma novidade que a cerveja é uma
paixão nacional e o processo de filtração
tem um papel importante no sabor dessa
bebida tão querida pelos brasileiros. Em
2009, quando a AmBev lançou a Antarctica
Sub Zero no mercado, o tema ganhou destaque já que, um dos grandes diferenciais do
produto é a dupla filtração, que resulta em
uma bebida mais suave e refrescante.
A seleção dos diferentes tipos auxiliares
filtrantes para a produção da cerveja em
questão leva em consideração uma série
de estudos avaliando, por exemplo: a característica da cerveja que será a base do
processo de filtração, as especificações
do produto que se deseja obter, o tipo de
instalações disponíveis e sua condição de
operação. Não existe uma receita fixa para todos os sistemas de filtração, já que
processos bioquímicos são variáveis naturalmente, bem como características de
matérias-primas da mesma forma, mesmo
para um sistema de filtração comum, as
composições de auxiliares filtrantes devem estar sempre sendo adequadas. A retirada das partículas turvadoras depende
essencialmente das características de cada
bebida, o que varia conforme sua composição, fabricação e matérias-primas utilizadas. No caso da cerveja, além de eliminar
substâncias como levedura e resinas de lúpulo, a filtração atua como um mecanismo
de esterilização antes do envase.
MEIO FILTRANTE
Aplicações
Os auxiliares filtrantes são utilizados principalmente em indústrias que realizam o processo
de separação de sólidos e líquidos. Confira
algumas das aplicações mais utilizadas:
- Indústria de bebidas;
- Indústrias alimentícias, em processos como
produção de margarinas, lecitinas, caramelos, caldos de carne, etc;
- Indústrias químicas;
- Indústrias de óleos vegetais e minerais;
- Indústrias farmacêuticas, na utilização da
extração de antibióticos e xaropes.
48
Foto: Divulgação Cross Filter
Novembro/Dezembro Meio Filtrante
novo, que passou a ser utilizado por volta de 1950.
Desde então, ele vem substituindo as diatomitas em filtração, por trazer um custo beneficio
muito maior. Sua menor densidade proporciona menor quantidade de utilização. “É utilizado em vários segmentos e cada vez mais se
abre o leque de sua utilização, não tem sílica
livre e somente tem em sua desvantagem de
ser abrasivo”, comenta João Carlos.
Já a diatomita é um produto de formação fóssil
muito utilizado em filtração. Tem a densidade
maior que a perlita e é um produto de utilização
mais antiga, que ainda detém credibilidade para
ser usado. Não é utilizado em vários outros segmentos que a perlita é utilizada. Contém sílica
livre, que aos ser manuseado pode atacar o sistema
respiratório e trazer malefícios aos pulmões.
A fibra de celulose faz parte de composição
junto com Perlita e diatomita na confecção de
placas filtrantes para ser utilizada normalmente
como segunda filtração e dar brilho ao produto
filtrado, como, por exemplo, a cerveja. Tem
capacidade de reter partículas por sistema de
carga (negativa/positiva). “É muito utilizado na
confecção de filtros e atuam na separação das
partículas do ar. Tem sua limitação de uso, não
sendo possível filtrar qualquer produto, por ser
solúvel”, explica o representante da Direct Line.
“De forma resumida, podemos ressaltar propriedades interessantes para cada um deles; diato-
Fibra de celulose
mitas são bem usadas nas indústrias de cervejas
pela excelente porosidade, fluxo e capacidade
de retenção conferida. Perlitas são incríveis
para processos de alto percentual de impurezas
principalmente para filtros rotativos a vácuo
pela baixíssima densidade e porosidade e as
fibras de celulose, podem corrigir perfeitamente
deficiências nas telas do filtro, incremento de
claridade e brilho no filtrado. O uso de mesclas
entre eles é muito comum e traz o benefício de
realçar as vantagens de cada uma somadas em
um único processo”, afirma Maurício.
As aplicações mais usuais no mercado brasileiro e
mundial são no segmento alimentício, tais como:
as industriais de cerveja, refrigerantes, gelatinas,
glucose e óleos minerais e vegetais entre outros.
“Devemos destacar os processos petroquímicos,
químicos e farmacêuticos entre outras aplicações,
lembrando que pela singularidade das características deste produto; também são usados em vários
processos como cargas funcionais e outros fins diferentes”, destaca o representante da Cross Filter.
Mercado
No mercado nacional e mundial estão disponíveis
diversos tipos de auxiliares filtrantes, para aplicações diversificadas. A Direct Line é representante no Brasil de uma fábrica da Argentina, que
produz filtrantes por meio do mineral perlítico a
C
M
Y
CM
MY
CY
CMY
K
Foto: Divulgação Cross Filter
base de sílica. “A perlita contém em média 70%
de sílica. Os produtos derivados de perlitas são
mais leves do que as diatomitas, em média de
20% até 45%. Como os filtrantes são utilizados
por volumes, a perlita ocupa o mesmo espaço com
menor quantidade dentro do filtro e acaba por ter
menor consumo, maior rapidez no fluxo filtrante,
torta não compressível, limpeza de equipamentos
mais rápidos”, explica João Carlos.
A Cross Filter oferece há mais de 21 anos no
Brasil, a linha completa de auxiliares filtrantes
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