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JORNAL
JORNAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIRURGIA DERMATOLÓGICA ANO VI – OUTUBRO/2001 – Nº 30
Evento e gestão
marcados pelo sucesso
A Cirurgia Dermatológica consolidou suas bases e ampliou seus horizontes.
O Congresso Brasileiro, realizado no Rio, confirmou os avanços da especialidade.
Diretoria da gestão 2000 / 2001, da esquerda para a direita: Dr. Yassunobu Utiyama, Dra. Carmélia dos Reis,
Dra. Cleide Ishida, Dr. Francisco Le Voci, Dr. Sérgio Serpa e Dra. Beatriz Trope.
www.sbcd.org.br
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EDIÇÃO 30
Editorial
Sumário
Mensagem do Presidente
Dedicamos este último número do
jornal desta gestão ao XIII Congresso Brasileiro de Cirurgia Dermatológica, evento maior desta
jovem sociedade que conta com a
participação ativa de grande parte
dos seus sócios. Apresentamos,
também, as respostas de nossos
experts ao último fórum publicado no número anterior sobre
Preenchimentos Cutâneos, juntamente com as estatísticas das respostas enviadas. Procuramos, ao
longo desta gestão, enriquecer
nossos sócios com informações
atuais e relevantes à especialidade. Embora o tempo tenha sido
curto para um trabalho mais
minucioso amadurecemos a idéia
de que as futuras diretorias deverão criar condições técnicas e
financeiras para o início da revista
oficial da SBCD, pois esta conta
com profissionais capacitados
para desenvolver temas científicos
relevantes e tentar, posteriormente, a indexação da mesma.
Gostaríamos de deixar oficialmente nossos agradecimentos a
Adriana Mello, da MedNews,
pela colaboração, excelente qualificação profissional, estando sempre disponível e fornecendo opiniões sempre que solicitada.
Agradecemos especialmente o
apoio irrestrito de nossa Presidente, Cleide Eiko Ishida, sem a qual
não poderíamos desenvolver com
tranqüilidade nosso trabalho.
Boas vindas a nova diretoria !
Rosane Orofino Costa
Pág. 03
Congresso SBCD
Balanço das atividades
Pág. 04
Números do Congresso
Pág. 07
Pôsteres premiados
Pág. 08
Informações de destaque
Pág. 10
Fórum off-line
Estatísticas
Pág. 11
Parecer do Fórum
Considerações
Pág. 12
Existe produto ideal?
Pág. 12
Dicas
Toxina botulínica
Na web
Pág. 14
Pág. 14
Eventos
Parcerias
Pág. 15
Workshop
Pág. 15
Nova Diretoria
Pág. 16
JORNAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIRURGIA DERMATOLÓGICA
Esta é uma publicação da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica.
Av. Paulista, 2073 – Horsa I – 8º andar-cj.804 – São Paulo-SP – 01311-300 – Telefax: (11) 287-9106/288-8841
E-mail: [email protected] ou [email protected] – E-mail: [email protected]
Presidente:
Comissão Científica:
Coordenação Editorial: MedNews
Cleide Eiko Ishida
Mauro Y. Enokihara, Emmanuel França
Jornalista Responsável:
Vice-presidente:
Eugênio R. A. Pimentel, Hamilton O. Stolf,
Maria Lúcia Mota Mtb 15.992
Carmélia Matos S. Reis
Izelda Maria C. Costa, Marina Odo e
Editoração Eletrônica: Comdesenho
Secretários:
Neide Kalil Gaspar
Tiragem: 5.000 Exemplares
Sérgio S. Serpa
Editor Chefe:
e Yassunobu Utiyama
É permitida a reprodução de matérias, desde
Rosane Orofino Costa
Tesoureiros:
que citada a fonte. A responsabilidade sobre
Beatriz Moritz Trope
Comissão Editorial:
as mesmas, assinadas, é de seus autores.
e Francisco Le Voci
Nalu Iglesias Martins de Oliveira e
www.sbcd.org.br
Presidente-Eleito: Rogério Tércio Ranulfo
Selma Cernea
Normas para Publicação
Enviar material em disquete ou impresso, com os seguintes itens: título, autor(es), instituição e bibliografia. Existem as seguintes formas de publicação: dicas cirúrgicas, relatos de casos, artigos de revisão ou investigação. Nos minicasos, enviar além do relato, as considerações. Nos trabalhos de
investigação ou revisão, enviar introdução, pacientes e métodos, resultados e discussão. As fotos devem ser enviadas em papel ou por e-mail (neste caso verificar antes a compatibilidade de formato) para Jornal SBCD, endereço: Al. Barão de Piracicaba, 200 - São Paulo – SP, CEP 01216-010
Tel/Fax: (11) 3337-8350 - E-mail: [email protected]
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Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica
MENSAGEM DO PRESIDENTE
Missão Cumprida
O espírito de equipe da gestão 2000/2001, facilitou e dividiu a responsabilidade
do cargo de presidente da SBCD.
Chegamos ao final de nosso mandado
após um ano de atividades à frente da
Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica e da organização do XIII
Congresso Brasileiro de Cirurgia Dermatológica, realizado no Rio de Janeiro, de 04 a 08 de julho deste ano. O
espírito de equipe, constituída pelos
membros da Diretoria, do SBCD
Jornal, do site da SBCD, da Comissão
Científica e da Secretaria da SBCD, da
gestão 2000/2001, facilitou e dividiu a
responsabilidade e a honra do cargo que
assumi com total dedicação.
Em relação às atividades desenvolvidas
por nossa equipe, destacamos: 1) a aquisição de equipamentos para viabilizar o
início oficial das atividades de secretaria
na sede própria da nossa Sociedade; 2)
aprovação de mudanças estatutárias: auditoria independente a ser realizada
anualmente nas contas da SBCD e do
Congresso de Cirurgia Dermatológica, a
partir de 2001, inclusive; - eleição dos
Membros Temporários do Conselho
Deliberativo, por correspondência, pelos sócios quites com a anuidade; 3) filiação de 85 novos colegas fazendo com
que a SBCD atinja a marca de 1208 sócios; 4) preparação cuidadosa do Anuário 2001 da SBCD, devido a inúmeras
mudanças nos catálogos de telefones
dos nossos associados.
Quanto aos objetivos de ensino, aprimoramento e educação continuada, apoiamos duas Jornadas Regionais de Cirur-
gia Dermatológica, e promovemos cursos práticos, cursos teóricos, fóruns on
line através do site de Internet da SBCD
e edições consistentes do SBCD Jornal.
O XIII Congresso Brasileiro de Cirurgia
Dermatológica, além de se distinguir
por sua programação científica e social,
foi um evento digno deste primeiro ano
do novo milênio. O número total de 955
inscritos foi um recorde de participação
nos Congressos da nossa Sociedade.
Nos Cursos Pré-Congresso, 58 Cursos
Práticos e 03 Cursos Teóricos, disponibilizamos 868 vagas e tivemos 81,80%
das mesmas preenchidas. O Curso para
Atendente de Consultório e o Curso de
Capacitação na Internet foram gratuitos.
Oferecemos para todos os participantes
os Anais do XIII Congresso Brasileiro
de Cirurgia Dermatológica, com todos
os trabalhos enviados pelos autores, registrando a memória científica do
Evento e também difundindo o conhecimento da Cirurgia Dermatológica. As
atividades do Congresso foram filmadas
e ficarão no acervo da SBCD, à disposição dos associados. Outro ponto
alto do Congresso foi a homenagem
marcada de emoção, com a aclamação
de toda a platéia que se manifestou com
carinho, agradecimento e reconhecimento ao mestre dos mestres da Cirurgia Dermatológica Brasileira, Prof. Ival
Peres Rosa, quando da entrega do
Prêmio Jovem Cirurgião Dermatológico "Ival Peres Rosa".
Nesta oportunidade parabenizamos os
coordenadores locais, os residentes e a
todos os colegas dos Serviços Credenciados de Dermatologia do Rio de Janeiro que colaboraram na organização
dos cursos pré-congresso e foram verdadeiros anfitriões, demonstrando a capacidade e a qualidade técnica da Cirurgia
Dermatológica do Rio de Janeiro. Ressaltamos também a presença maciça
dos colegas do Estado do Rio de
Janeiro, que correspondeu a 42,19% dos
participantes.Sentimo-nos felizes e honrados por todas essas demonstrações de
união do Rio de Janeiro para sediar brilhantemente o XIII Congresso Brasileiro de Cirurgia Dermatológica, como
também deixamos registrado que estamos orgulhosos de ver cumprida a nossa
missão e o nosso objetivo de colocar o
Rio de Janeiro no contexto da Cirurgia
Dermatológica Brasileira.
Agradecemos aos nossos parceiros, Expositores e Indústria Farmacêutica, pelo
apoio recebido, e a todos os associados
a confiança depositada na minha pessoa
e na nossa equipe.
Saudamos a nova Diretoria da SBCD,
presidida pelo Dr. Rogério Ranulfo,
com votos de uma feliz e profícua gestão frente à nossa Sociedade.
Cleide Eiko Ishida
Presidente da SBCD e do
XIII Congresso Brasileiro de
Cirurgia Dermatológica
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Balanço
das atividades
XIII Congresso de Cirurgia Dermatológica, Rio de Janeiro, 4 a 8 de Julho
A abertura solene do Congresso contou com nomes de expressão na cirurgia dermatológica nacional e internacional
Anais do Congresso
✓ Esta foi a primeira edição do
Congresso de Cirurgia Dermatológica a
contar com a elaboração e distribuição
dos Anais do evento, reunindo a grande
maioria dos trabalhos e palestras apresentados, com exceção de apenas 4
resumos, que não foram enviados pelos
respectivos autores.
Apresentação dos finalistas
para todos os congressistas
✓ Só foram aceitos trabalhos em pôsteres.
Os finalistas selecionados foram apresentados em slides multimídia no anfiteatro
principal para todos os congressistas.
Homenagem aos coordenadores
de cursos – Dra. Cleide e
Dra. Isabel C. B. Succi, Chefe do
Serviço de Dermatologia do Hospital
Universitário Pedro Ernesto–UERJ
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Reconhecimento ao
empenho dos coordenadores
✓ Os coordenadores trabalharam arduamente para que os 58 cursos práticos e 3 teó-
Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica
ricos, em todos os hospitais de apoio, promovessem o maior aproveitamento dos participantes. A diretoria da SBCD prestou uma
homenagem formal a eles e também realizou, pela primeira vez, o "encontro de coordenadores" destinados àqueles que sempre
se sacrificam trabalhando na organização e
não têm a oportunidade de assistir às aulas.
O encontro ocorreu no primeiro dia dos
workshops no HUCFF-UFRJ, com transmissão ao vivo, em tempo real, para 3 salas
do centro cirúrgico, permitindo interatividade com os médicos. Os procedimentos selecionados foram realizados pelos convidados estrangeiros e convidados especiais
do Congresso, com duração de 4 horas.
Ampliação da área de pôsteres
✓ Foi necessária a ampliação da área destinada aos pôsteres para possibilitar a exposição de 130 trabalhos, e não os 80 planejados, em função da grande quantidade de trabalhos de boa qualidade recebidos.
Nova modalidade
de premiação
✓ Este ano, além do prêmio especial
em reconhecimento a um dos maiores
mestres da Cirurgia Dermatológica, o
"Prêmio Jovem Cirurgião Dermatológico Ival Peres Rosa", e da avaliação
dos pôsteres por um júri oficial, foi
criada uma nova modalidade de premiação para os trabalhos apresentados, contando com a participação de
um júri popular, premiando o mesmo
número de trabalhos e com o mesmo
valor em espécie, R$ 1.000,00 para o
primeiro colocado e R$ 750,00 para o
segundo. Todos os congressistas puderam votar no melhor trabalho.
Leia os resumos dos trabalhos
vencedores nas páginas 8 e 9.
Destaques da
gestão 2000-2001
Cerimônia de premiação dos
pôsteres selecionados
Presidente de Honra
■ Instituição de auditoria contábil
anual para verificação das
contas da Sociedade e do
Congresso, já submetendo
suas contas a auditoria.
■ Inauguração e funcionamento
da nova sede, adquirida e
reformada na gestão anterior,
sob a presidência do Dr. Cássio
Martins Villaça Neto,
promovendo uma maior
independência da Sociedade.
■ Promoção de uma gestão
participativa, onde a Dra. Cleide
soube dividir e delegar funções
específicas aos vários membros
da diretoria, que através de
reuniões freqüentes puderam
trocar informações, adotar uma
mesma filosofia de trabalho e
tornar suas decisões mais produtivas.
Dr. James Spencer, um dos convidados estrangeiros muito esperado.
Dra. Cleide e Dra. Bogdana Victoria
Kadunk, presidente de honra do evento.
■ Independência ao trabalho do
Jornal e do site na Internet,
ambos elogiados por diversos
membros da Sociedade.
Presença maciça
dos convidados
✓ Não houve contratempo com os palestrantes, todos os professores convidados
compareceram e cumpriram totalmente a
programação científica proposta.
Êxito na área
de exposição
✓ A área de exposição contou com comercialização de 96% dos 538m2 colocados à disposição das empresas. Algumas
das quais utilizaram inclusive "cartões
postais do Rio de Janeiro".
A Stiefel utilizou o tema “Bondinho do Pão de Açúcar”, em stand
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Número recorde de participantes
✓ O número de participantes foi recorde em
relação aos eventos anteriores, 955 inscritos,
sendo preenchidas mais de 80% das vagas
oferecidas para os cursos teóricos e práticos.
O evento contou com profissionais de quase
todos os estados do Brasil e representantes de
países como Chile, Estados Unidos e Argentina. A platéia das apresentações esteve constantemente lotada. Veja quadro com os
números do Congresso.
As aulas despertaram grande interesse, lotando sempre o auditório
Momento de descontração
✓ O já “tradicional” campeonato de tênis
promovido entre os congressitas, nas
quadras do Hotel Intercontinental, mostrou que o pessoal não está afiado
somente com seus bisturis mas também
com suas raquetes.
Integração nas
atividades sociais
✓ As atividades sociais foram muito
bem planejadas, fartas, elegantes,
imperando o clima de amizade. Além
do congraçamento, as atividades sociais propiciam o contato próximo e
integração entre os profissionais de
vários estados.
Dr. Ival Peres Rosa (vencedor da Copa Galderma de tênis) e Dr. Yassunobu Utiyama
A eterna Cidade
Maravilhosa
✓ "O Rio de Janeiro continua lindo..." – os dias do
evento foram brindados
com uma lua cheia magnífica e dias ensolarados
justificando o nome de
Cidade Maravilhosa!
A festa realizada no Iate Club foi muito elogiada.
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Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica
Números do Congresso
O sucesso do evento pode ser confirmado também através de seus números,
representando a participação recorde de inscritos
Arg
Vagas
Ociosas
Sócios SBD
Sócios SBCD
18.20%
24,50%
50,26%
Isentos/
Convidados
Residentes
Vagas
Preenchidas
2,09%
23,14%
81.80%
Inscritos por Categorias
Cursos Pré-Congressos
Estatística de inscritos por procedência
UF
Inscritos
UF
Inscritos
UF
Inscritos
AL
6
MG
47
RJ
403
AM
13
MS
2
RN
4
AP
1
MT
5
RS
12
BA
17
PA
3
SC
16
CE
1
PB
2
SE
3
DF
10
PE
11
SP
295
ES
22
PI
2
GO
10
PR
14
NÃO
ESPECIFICADOS
Total de Inscritos em cursos por categorias
61,55%
80,00%
60,00%
Residentes
SóciosSBD
16,34%
40,00%
Sócios SBCD
47
SUB-TOTAL 946
20,00%
22,11%
Estrangeiros Inscritos
Argentina
4
SUB-TOTAL
USA
9
16
Chile
TOTAL GERAL
12
955
00,00%
■ MOBILIÁRIO PARA CLÍNICA
■ CRIO CAUTÉRIO DE NITROGÊNIO
LITRO (NITRO SPRAY)
■ BOTIJÃO P/ NITROGÊNIO
LÍQUIDO 18 L
■ DERMATOSCÓPIO
■ VÍDEO DERMATOSCÓPIO
■ BISTURI DE RÁDIO FREQUÊNCIA
/ALTA FREQUÊNCIA
■ LUPA MANUAL COM LÂMPADA
DE WOOD
■ ESTUFAS E AUTOCLAVES
■ FOTÓFOROS, LUMINÁRIAS,
FOCOS COM UM E TRÊS BULBOS
■ LUPA DE PALA, DE MESA,
COM TRIPÉ E MANUAL
Fábrica: Av. Otacílio Tomanik, 457 - Butantã - São Paulo - SP
CEP 05363-000 - Tel/Fax: (011) 3735-4166
E-mail: [email protected] - www.yoshimoveis.com.br
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Pôsteres premiados
durante o Congresso
Estudo comparativo da
dermoabrasão a motor e lixa
d’água para tratamento de
cicatrizes de acne. (P128)
Prêmio Ival Peres Rosa
R$ 1. 500,00
Autores: Adriana Amorim Vanti, Bogdana
Victoria Kadunc e Eliana Ayako Uchida.
Instituição: Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo - HSPM.
Introdução: A dermoabrasão, no tratamento de cicatrizes de acne deprimidas
não distensíveis pode ser realizada
através de motores equipados com lixas
diamantadas ou manualmente com lixas
d’água. Comparam-se os 2 diferentes
métodos em relação a: 1. conforto do paciente durante o procedimento e no período pós-operatório; 2. segurança da
equipe médica; 3. profundidade atingida; 4. uniformidade do nivelamento; 5.
duração do ato cirúrgico; 6. quantidade
de exsudato no pós-operatório; 7. tempo
de reepitelização; 8. resultado final; 9.
presença de hiperpigmentação pósinflamatória; 10. outras complicações.
Material e métodos: 15 pacientes de
fototipos II e VI de Fitzpatrick, com
cicatrizes de acne, foram submetidos à
dermoabrasão manual com lixa d’água
n.100 (Nortonâ) na hemiface esquerda,
seguida do uso de lixa diamantada
(cilíndrica áspera), com motor de alta rotação, na hemiface direita, até o aparecimento de pontilhado sangrante abundante, sob as mesmas condições de anestesia e cuidados pré e pós-operatórios. As
avaliações foram feitas através de: fotografias, medidas colorimétricas comparativas, observação dos autores e dos
próprios pacientes.
Resultados: Não ocorreram diferenças
significativas entre os métodos utilizados com referência aos itens 3, 4, 6, 7, 8,
9 e 10. Quanto aos itens 1 e 2, o método
com lixa d’água se apresentou superior e
quanto ao item 5, o método com motor
mostrou-se mais rápido.
Conclusão: Os dois métodos levam ao
mesmo grau de benefício no tratamento
das cicatrizes de acne. A lixa d’água apresenta maior segurança para o médico.
Cirurgia oncológica histologicamente controlada (PO4)
Prêmio Júri Oficial
1º lugar – R$ 1.000,00
Instituição: Serviço de Dermatologia
do professor Doutor Luiz Henrique Camargo Paschoal.
Autores: Prof. Carlos Santos Machado
Filho, Gilles Landman, Carla Pontes, Rosemery Gomes, Fabiana M. Pedreira de
Área onde foram expostos os 130 trabalhos.
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Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica
Freitas, Samantha de Souza, João Chiu.
Os autores apresentam um trabalho retrospectivo detalhando uma técnica nova
e alternativa à técnica de MOHS.
A análise de 80 pacientes com carcinoma
basocelular, na região de sulcos nasogenianos, nasal, infraorbitais, frontal, supralabial, malares, temporais e membros superiores, submetidos à cirurgia oncológica
histologicamente controlada, mostra a
eficácia da técnica nos pacientes operados,
com acompanhamento de até 6 anos.
A técnica de cirurgia oncológica histologicamente controlada é de baixo custo e
de fácil realização em serviços universitários, com o apoio direto de um Serviço
de Anatomia Patológica, proporcionando
resultados terapêuticos satisfatórios.
Técnicas de preenchimento: complicações graves (P107)
Prêmio Júri Oficial
2º lugar – R$ 750,00
Instituição: Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo/Centro de
Estudos Dr. Edson Morimoto.
Autores: Bogdana Victoria Kadunc,
Samira Yarak, Yassunobu Utiyama, Ursula Metelmann, Solange C.G.P.D’Avila.
Introdução: As técnicas de preenchimento têm sido muito utilizadas. Na
realização utilizam-se materiais de diversas naturezas, aplicados na derme ou
subcutâneo. Complicações com aspecto
clínico variado têm sido progressivamente relatadas.
Objetivo: Demonstrar casos de 1. injeção intravascular na glabela, 2. atrofia de
subcutâneo na face.
Caso 1: V.L.F.M, feminino, 43 anos, procedente de São Paulo, imediatamente
após aplicação de microesferas de polimetilmetacrilato (PMMA) (MetacrillÒ)
em região de glabela evoluiu com dor intensa, ptose de pálpebra superior direita,
sem alteração da visão, fundo de olho normal. Após 24 horas, apresentou eritema,
lesões pápulo-nodulares, irregulares, zosteriformes, em dorso, nariz, região frontal,
Dra. Cleide Ishida,
Dr. Ival P. Rosa e
Dra. Adriana Vanti,
ganhadora do prêmio Jovem
Cirurgião Dermatológico
glabela, com área de necrose. Biópsia da
região frontal mostrou processo granulomatoso tipo corpo estranho, e da região da
glabela, processo inflamatório crônico
granulamatoso. Após 60 dias evoluiu satisfatoriamente sem seqüelas.
Caso 2: G.B, feminino, 65 anos, procedente de São Paulo, 10 meses após aplicação de injeção intradérmica de polioxietileno e polioxipropileno (ProfillÔ)
nas regiões orbicular e malar, apresentou
notável atrofia do tecido subcutâneo, estável, com ausência de sinais inflamatórios. Biópsia mostrou granuloma de corpo estranho. A atrofia vem sendo tratada
com sessões de lipoescultura.
Discussão: A injeção intradérmica apresenta risco alto de necrose do tecido por
injeção intravenosa ou compressão. Esta
complicação depende da técnica e pode
ocorrer com qualquer material. Por outro lado, a atrofia de subcutâneo, por utilização de materiais de preenchimento, é
um fenômeno inédito, sem casos anteriores descritos, que tem sido observado
em nosso meio (Brasil) há aproximadamente 18 meses. Provavelmente trata-se
de necrose do subcutâneo por reação
com o material injetado.
Experiência clínica do uso de
LASER Nd: YAG 1064 nm
Q-Switched associado a pasta
de carbono na remoção dos pêlos
(Sistema SoftLigth). (P22)
Prêmio Júri Popular
1º lugar – R$ 1.000,00
Instituição: Consultório Particular - RJ
Autores: Aline Albuquerque Pinheiro,
Márcia Linhares, Sandra Azevedo.
Introdução: As autoras analisaram a
eficácia clínica do LASER Nd. YAG nm
Q-Switched associado a pasta de carbono na remoção dos pêlos (Sistema SoftLigth), em variadas localizações, em relação à redução em número, espessura e
intervalo sem pêlos.
Foram avaliados 78 pacientes, de ambos
os sexos, entre 16 e 72 anos, com fototipos de pele segundo Fitzpatrick de II a
VI, sem restrições à pele bronzeada ou
coloração dos pêlos.
Foram excluídas: mulheres grávidas, em
período de amamentação, doenças metastáticas, uso de isotretinoína sistêmica, infecção ativa e patologias sistêmicas graves.
Não houve critério de exclusão em relação
a alterações hormonais, micropolicistose
ovariana, hirsutismo, hipertricose.
Todos os pacientes foram submetidos ao
LASER Nd: YAG 1064 nm Q-Switched
com fluência de 2,5 J/cm2, spot size de
7mm, 10 pps, freqüência de 10 Hz. Não
foi necessária anestesia prévia.
Foram feitas sessões com o LASER, com
intervalos a cada 5 semanas, de acordo com
as áreas tratadas, e em alguns casos com
intervalos maiores, esperando-se o crescimento dos pêlos.
Os pacientes relataram um afinamento
dos pêlos, maior intervalo no crescimento,
melhora da foliculite e pseudofoliculite.
O método foi descrito segundo os pacientes como rápido, tolerável quanto à
dor e seguro.
Descubra qual é o carcinoma
basocelular (P51)
Prêmio Júri Popular
2º lugar – R$ 750,00
Instituição: Faculdade de Medicina de
Botucatu - UNESP
Autores: Hamilton O. Stolf, Daniela S.
Milhetti. Luciana P.F. Abbade
O objetivo do presente trabalho é demonstrar através da iconografia, a variabilidade clínica do carcinoma basocelular, incluindo aspectos morfológicos, dimensões e localizações que assemelhamse a outros diagnóstico. Assim os autores
demonstram pacientes de notória dificuldade diagnóstica. A metodologia, utilizada para checar o conhecimento do examinador, consistirá em apresentações de
fotos pareadas de carcinoma basocelular
a afecções que compartilham as mesmas
características clínicas. Desta maneira, o
examinador poderá testar sua habilidade
diagnóstica, e surpreender-se-á com os
resultados obtidos.
Material e métodos: Uma paciente,
branca, 74 anos, há quatro anos com
uma mácula de 2,5x1,0 centímetros, de
crescimento progressivo e coloração
acastanhada a enegrecida na pálpebra inferior direita cuja biópsia confirmou um
melanoma maligno.
Resultados: Após a exérese do melanoma maligno in situ na pálpebra inferior
realizamos um retalho de transposição
com enxertia de mucosa oral e cartilagem da orelha para reconstrução da conjuntiva palpebral e tarso.
Conclusão: Obtivemos bons resultados
estético e funcional apesar da localização e extensão do tumor.
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Destaques
das aulas apresentadas
A Dra. Selma Cernea ressaltou informações comentadas pelos seguintes palestrantes:
Dr. Carlos Santos Machado Filho
Apresentou resultados muito interessantes com técnica que este autor desenvolveu de utilização de "papa de melanócitos" para a repigmentação de áreas
de vitiligo. Seu estudo com PCR do
RNA mensageiro de tirosinase também
demonstrou a presença de melanócitos
em áreas acrômicas, embora estes não
tenham atividade.
Dra. Ana Maria Pinheiro
A autora demonstrou as diversas indicações para a utilização de silicone injetável e salientou serem cicatrizes distensíveis de acne a melhor indicação de silicone. A autora ressaltou que a formação
de granulomas está ligada a impurezas
no material, injeção de grandes volumes
ou aplicação em plano inadequado.
Dra. Bogdana Victoria Kadunc
Fez uma boa revisão de quelóides e cicatrizes hipertróficas. A autora salientou as
principais diferenças clínicas entre ambas. Foi citada a utilização do dye laser
de 585nm (Flashlamp- pumped pulsed
dye laser) com melhora de 57-83% após
1-3 sessões, esta terapia deve ser associada a pressão ou corticóide intralesional. Interferon alfa-2b também tem sido
usado. Sua ação se dá por inibição de colágeno anormal e ativação de colagenase. Também foi citada a utilização de
5 FU 50mg/cc associado ou não à Triancinolona 1mg/cc em injeções intralesionais com freqüência 1-3x/semana. A
Bleomicina intralesional também é uma
opção em aplicações mensais.
líquido em lesões de Sarcoma de Kaposi
clássico. A autora mostrou que em lesões maiores a combinação de radiofrequência para retirada da lesão tumoral
seguida de criocirurgia sobre o leito cruento levou a excelentes respostas. Também foi demonstrada a utilização de crio
para o tratamento de angioblastomas.
Dr. Elezer Turjansky
Demonstrou uma boa experiência com a
utilização de criocirurgia para o tratamento de tumores malignos
Dr. Carlos Roberto Antonio
Demonstrou os perigos de utilização de
preenchedores na região glabelar. Tratase de ruga primariamente dinâmica,
localizada em área de pobre vascularização, o que possibilita a oclusão de ramos
terminais, predispondo a isquemia e necrose. Há também um risco aumentado
de cegueira pela comunicação da vascularização da região glabelar com a retina, seguindo-se um bloqueio de artéria
retiniana com conseqüente perda da
visão no campo visual daquele olho.
Dr. Cássio Martins Villaça Neto
Demonstrou a evolução da técnica
tumescente para a lipoaspiração. O autor
mostrou a utilização de punchs de
1,5mm para fazer os orifícios na pele. A
anestesia com solução tumescente é
injetada com agulhas de raqui ligadas à
bomba de infusão contínua. A aspiração
da gordura é realizada com micro-cânulas de diâmetros de 1,2 a 1,6mm.
Dr. Francisco Macedo Paschoal
Apresentou a dermatoscopia digital, que
através da adaptação de vídeo câmeras à
cabeça do dermatoscópio permite a captura e visualização imediata de imagens
no monitor do computador. Estas imagens podem ser armazenadas para posterior análise, dispensando os filmes fotográficos. Estes mesmo softwares apresentam sistemas de análise automática,
que são muito úteis no monitoramento
de lesões névicas.
Dra. Esther Stolar
Apresentou a utilização de criocirurgia
em tratamento de diversas dermatoses.
Vale ressaltar a aplicação de nitrogênio
ANÚNCIO DYSPORT
10
Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica
FÓRUM OFF-LINE
Estatísticas do Fórum off-line
de Preenchimento Cutâneo
1. O que você considera mais importante para indicar uma técnica de preenchimento?
Apresentamos a seguir os índices de respostas das alternativas mais selecionadas, conforme a orientação:
1 para o mais importante e 5 para o menos importante.
1
2
3
4
5
2. Diante do lançamento de uma nova
substância para preenchimento, você?
3. Para correção de rugas glabelares,
qual a sua primeira opção?
4. Para preenchimento do sulco nasogeniano,
qual a sua primeira opção?
5. Qual a sua 1ª opção para
rugas periorais?
www.sbcd.org.br
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PARECER DO FÓRUM
6. Qual a sua preferência para o
preenchimento de cicatrizes de
acne distensíveis?
Considerações
sobre a escolha da
substância ideal
Izelda Maria Carvalho Costa (Brasília – DF)
7. Em que lugar pratica
dermatologia?
8. Há quantos anos pratica
dermatologia?
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■ O que considerar mais importante ao se indicar uma técnica
de preenchimento, e diante do
lançamento de uma nova substância para preenchimento,
como proceder?
Ao indicarmos uma técnica de preenchimento cutâneo vários critérios
são importantes, e eu enfatizaria a
área a ser tratada, assim como a experiência com o produto, os fatores
mais importantes. Acho que as novidades são importantes, mas não
devem ser utilizadas imediatamente. É importante uma boa base
científica para comprová-las, pois
desta maneira podemos evitar dissabores. Vários pacientes não apresentaram alteração imediata e após
6 meses ou mais, efeitos graves indesejáveis apareceram, fatos estes
observados em alguns casos de
preenchimentos cutâneos.
Portanto, é preciso cautela com as
novidades.
Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica
■ Para preenchimento do sulco
nasogeniano, para rugas periorais, e para o preenchimento de
cicatrizes de acne distensíveis
qual a sua primeira opção?
Acho que é difícil tratar o sulco
nasogeniano, o PMMA parece-me
uma boa opção até agora, assim
como o enxerto de gordura. As rugas periorais podem ser complementadas com preenchedores como
o ácido hialurônico, mas a minha
primeira opção nestes casos de rugas periorais é a dermoabrasão, com
excelentes resultados. As cicatrizes
distensíveis de acne podem ser melhoradas com subcision e posteriormente submetidas à dermoabrasão.
■ Para correção de rugas glabelares, qual a sua primeira opção?
É importante lembrar que as rugas
da glabela são rugas dinâmicas, portanto somente deverão ser tratadas
com toxina botulínica.
PARECER DO FÓRUM
Preenchimento cutâneo,
existe uma substância ideal?
A busca pela substância ideal tem sido constante e mais intensa nos últimos anos.
Veja a seguir algumas orientações
Rosane Orofino Costa (Rio de Janeiro – RJ)
A preocupação com correção de cicatrizes, imperfeições, rugas ou sulcos é muito antiga. O primeiro a tentar algum procedimento foi Neuber, em 1893 na Alemanha, utilizando a gordura do próprio
paciente. Desde então, a busca pela substância ideal tem sido constante e mais
intensa nos últimos anos. Com freqüência somos apresentados a novas substâncias que surgem no mercado, assim
como temos conhecimento de outras que
se encontram em fases diferentes de estudo para uso comercial futuro, aliás um
mercado bastante promissor do ponto de
vista financeiro. O jovem médico deve
aguçar seu senso crítico, já parte de nossa
profissão, pois o marketing de determinados lançamentos nem sempre tem respaldo científico, ficando médicos e pacientes sujeitos a problemas futuros,
como já aconteceu a alguns.
Àqueles que se iniciam nesse tipo de
procedimentos aconselha-se:
✓ Conhecer a patogenia e a histopatologia do defeito a ser corrigido
✓ Conhecer a substância a ser utilizada,
sua segurança a longo prazo,
baseada em trabalhos científicos
realizados por cientistas reconhecidos e publicados em revistas
especializadas éticas
✓ Seguir a técnica recomendada para a
utilização da substância em questão
✓ Conhecer os riscos e o tratamento
dos possíveis efeitos adversos
✓ Saber indicar e contra-indicar
✓ Ter o reconhecimento das autoridades de Saúde para a utilização
da mesma em território nacional
✓ Conhecer bem seu paciente e ter
com ele bom relacionamento
Aqui vão algumas dicas:
■ Cuidado com as rugas glabelares!
Nessa região é possível usar a toxina
botulínica e associá-la com peelings
químicos, abrasão da pele ou laser.
Diversos eventos adversos, mesmo
com utilização de substância e técnica adequadas, já foram descritos por
profissionais experientes.
Relacionamos, a seguir, algumas
das características da substância
ideal, publicada por Orenstreich &
Orenstreich, em 1988
■ Cuidado com a correção dos lábios!
Esta região é muito frouxa, o edema
logo se instala e é possível que não se
tenha a idéia exata da quantidade injetada. Portanto, é preferível corrigir em
mais de uma sessão. Não esquecer que
é nesse local onde a durabilidade dos
produtos é maior e, consequentemente
o excesso de correção também.
✓ Fácil de ser implantada
■ Cuidado com substâncias permanentes, sobretudo nas pacientes mais jovens. As complicações normalmente
são tardias. Contudo, essas substâncias são especialmente úteis na correção de defeitos e cicatrizes provocadas por doenças ou traumatismos.
■ Dor é uma queixa individual. Ofereça
ao seu paciente o máximo de conforto no procedimento, portanto, conheça bem as técnicas de boa analgesia da área a ser tratada.
■ Faça sempre documentação fotográfica antes. Sempre nos arrependemos
nos casos em que não fizemos, pois
em geral, são dos pacientes queixosos.
■ Fique sempre disponível para seu
paciente.
■ Freqüente cursos teóricos e práticos,
discuta com os colegas, troque opiniões. Nunca sabemos o suficiente...
✓ Fácil de ser obtida por pessoas
qualificadas e a custo razoável
✓ Capaz de ser fabricada na
forma desejada
✓ Provocar resposta fibroblástica
auto-limitada
✓ Não ser modificada fisicamente
pelo tecido receptor
✓ Ser quimicamente inerte
✓ Não provocar resposta inflamatória do tipo corpo estranho
✓ Não causar amaurose quando
injetada na pele da face
✓ Não ser tóxica, carcinogênica
ou teratogênica
✓ Não causar alergia ou reações
de hipersensibilidade
✓ Ser capaz de resistir ao estiramento mecânico
✓ Consistência física do tecido
tratado ser igual a do tecido
normal
✓ Longa duração
✓ Não estar sujeita a alterações
latentes degenerativas ou de
calcificação
✓ Persistência no local originalmente tratado, com mínima ou
sem absorção, mesmo com
movimentação da área
Depois de ler esses itens, o que você
acha? Já encontramos a substância
ideal?
www.sbcd.org.br
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DICAS
Toxina botulínica e gravidez
Embora as evidências apontem para a segurança do seu uso durante a gestação, não se deve aplicar toxina
botulínica para uso cosmético em pacientes em idade fértil que não façam uso de contraceptivo seguro.
Rosane Orofino Costa (Rio de Janeiro, RJ)
A toxina botulínica para uso cosmético é
segura e eficaz, desde que se sigam as
recomendações de uso. Contudo é medicamento contra-indicado para gestantes e
lactantes, pois não se conhecem os riscos
reais. Muitas vezes o médico se vê frente
a uma paciente que não sabia que estava
grávida ao realizar o procedimento cosmético. Além de relatos verbais existem
publicações a respeito: Eric Moser et al.
publicaram na Neurology, 1997, 48 (3)
supl 2:A399 resultados de questionários
enviados a 900 médicos americanos e
respondidos por 396. Destes apenas 12
injetaram a toxina botulínica em 16
pacientes (uso não cosmético). Foram 2
abortos e 14 partos a termo cujos recémnascidos não apresentaram problemas
durante o período pós-natal (trabalho
patrocinado pelo laboratório Allergan).
Na revista Lancet, 1996, 20:348 José
Pólo, Juan Martin e José Berciano publicaram o caso de uma mulher grávida que
foi internada com botulismo adquirido
através de alimento contaminado na 23ª
semana de gestação. Esteve internada por
três meses quando deu a luz, espontaneamente a feto normal. Embora as evidências apontem para a segurança do seu uso
durante a gestação, não se deve aplicar
toxina botulínica para uso cosmético em
pacientes em idade fértil que não façam
uso de contraceptivo seguro. O aconselhável é incluir na anamnese essa possibilidade e alertar a paciente, como em qualquer outro procedimento cosmético, que
não deve realizá-lo se pretende engravidar, pois qualquer complicação, mesmo
que não relacionada à toxina botulínica,
não terá respaldo jurídico.
CARTAS E INFORMES
A próxima edição do Jornal SBCD
contará com uma nova seção onde
serão publicados serviços, queixas,
alertas ou reclamações dos sócios da
SBCD sobre empresas fornecedoras
de materiais, convênios, etc. Contribua com informações que podem
ajudar outros colegas através do:
[email protected].
Já estamos recebendo emails para
publicação na próxima edição.
A semente está plantada...
Pelas facilidades de comunicação que
a Internet oferece, ela apresenta-se
hoje como um excelente mecanismo
de educação médica continuada,
especialmente em um país como o
Brasil, onde o deslocamento para
congressos e reuniões científicas
muitas vezes se torna inviável.
A Dra. Cleide Ishida, desde o início
de sua gestão, estabeleceu como uma
de suas prioridades desenvolver o
site da SBCD, reconhecendo nele a
possibilidade de levar atualização
científica para os membros da nossa
sociedade, de uma forma ágil e com
fácil acesso.
Durante este ano, conseguimos transformar o site da SBCD em todos os
seus aspectos: design, navegação,
conteúdo e, principalmente, na utilização pelos sócios, que têm com-
14
parecido e participado das atividades
desenvolvidas.
Durante os Fóruns On Line, médicos
de diferentes regiões do Brasil tiveram a oportunidade de "conversar"
com expoentes da SBCD, aprendendo dicas cirúrgicas, trazendo suas
dúvidas e também as suas experiências pessoais, o que dificilmente
acontece em um congresso.
A isto se chama difundir informação
e conhecimento à distância, possíveis
graças à comunicação instantânea
que a Internet permite, conectando
pessoas de norte a sul do país, e que,
agora, já é uma realidade em nossa
homepage.
A ótima receptividade dos sócios que
participaram das atividades "on line",
elogiando o trabalho desenvolvido,
mostrou que a semente foi bem plan-
Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica
NA WEB
tada e que, se cultivada, ainda vai
render bons frutos para os membros
Sociedade Brasileira de Cirurgia
Dermatológica.
Agradeço a oportunidade de ter participado desta revolução, confiante de
que o site da SBCD se consolidará,
em um futuro próximo, como uma
fonte de atualização médica e troca
de informações científicas sobre a
Cirurgia Dermatológica, atingindo
nosso objetivo inicial.
Visite o site em www.sbcd.org.br e
veja a transcrição completa dos últimos Fóruns On Line e algumas pérolas cirúrgicas extraídas deles.
Roberto Barbosa Lima
Coordenador de Internet
da SBCD (2000/2001)
EVENTOS
A SBCD
valorizando as parcerias
Apresentando a nova sede
■ No dia 31 de maio, a diretoria da SBCD reuniu para um café da manhã em sua nova sede, Av. Paulista, 2073 – Horsa I –
8º andar, conjunto 804, em São Paulo, representantes da indústria farmacêutica, visando apresentar-lhes o espaço, em reconhecimento à importância da parceria das empresas da área com a SBCD. Foi aproveitada a ocasião para também colocar à
disposição da diretoria e dos sócios a televisão cedida pela Biosintética, possibilitando assistir aos vídeos arquivados na sede.
Workshop sobre
o uso da toxina
botulínica
■ Foi realizado em Goiânia,
no dia 23 de junho, um workshop sobre o "Uso cosmético
e Terapêutico da Toxina Botulínica", ministrado pela Dra.
Nalu Iglesias e sob a coordenação do Capítulo de Goiânia
da SBCD e patrocínio da
Allergan.
www.sbcd.org.br
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NOVA DIRETORIA
Mudanças
nos Workshops
✓ O banco de professores-coordenadores será ampliado, sendo esses escolhidos entre profissionais detentores de conhecimento e destreza em
áreas cirúrgicas específicas;
✓ Os valores cobrados serão diferenciados entre os sócios da SBCD e SBD
e, ainda entre os cursos oferecidos,
considerando a cobertura de despesas
e lucro líquido para SBCD (Nacional
e Capítulo);
Sociedade Brasileira de
Cirurgia Dermatológica
Diretoria – 2001/2002
Rogério T. Ranulfo
Presidente
Francisco Le Voci
Vice-Presidente
Carmelia Reis
Coordenadora Geral dos
Workshops
Humberto Ponzio
Presidente eleito/2002
Os Workshops na gestão da nova diretoria da SBCD, sob a presidência do
Prof. Rogério Tércio Ranulfo serão
mantidos com algumas alterações:
✓ Serão oferecidos cursos básicos associados a cursos estéticos, sendo o
primeiro pré-requisito para a participação no segundo;
✓ Os sócios que já tiverem pontuação
adquirida em cursos básicos anteriores, serão dispensados e poderão participar somente dos cursos estéticos;
✓ Os cursos estéticos inseridos são: peelings, preenchimento com Ácido hialurônico e uso da toxina botulínica;
✓ Os cursos serão distribuídos sincronicamente em macro-regiões com temáticas iguais
✓ Os sócios do interior de São Paulo e Minas Gerais também serão beneficiados;
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✓ O patrocínio dos cursos será fechado
com um laboratório de cada vez,
favorecendo-lhe total primazia. A princípio será oferecido para os laboratórios distribuidores de produtos para
preenchimentos, Botox e Dysport
Legenda: CB (Cirurgia básica) CE (Curso estético)
■ CB 1- Cirurgia Básica: técnicas fundamentais na cirurgia dermatológica
- cirurgia em pé de porco.
■ CB 2- Anatomia Facial Cirúrgica:
curso prático em peças anatômicas.
Conceitos em cirurgia cutânea. Estudo da musculatura facial e suas inervações. Distribuição topográfica. Projeções superficiais em estruturas
anatômicas. Bloqueios de nervos:
técnicas, indicações e contra-indicações. Estudo da irrigação da cabeça.
Zonas críticas.
■ CB 3- Criocirurgia Básica: princípios
fundamentais. Equipamentos. Criógenos. Técnicas de tratamento
■ CB 4- Eletrocirurgia Básica: fundamentos básicos. Aplicação dos diferentes tipos de ondas. Noções gerais.
Técnicas de tratamento.
■ CB 5- Radioeletrocirurgia: fundamentos básicos. Tipos de correntes: corte
puro, corte e coagulação simultâneas,
coagulação e hemostasia, fulguração.
Bipolar.
■ CB 6- Dermatoscopia Básica: fundamentos, instrumental e técnicas básicas.
Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica
■ CE 1- Peelings Químicos: fundamentos
básicos. Indicações. Tipos e técnicas.
■ CE 2- Toxina Botulínica: fundamentos básicos, indicações e técnicas de
aplicação.
■ CE 3- Preenchimentos: Ácido Hialurônico – indicações e técnicas de
aplicação.
Os workshops serão sempre realizados
em dois blocos – Cirurgia Básica e
Cirurgia Estética
■ Os cursos CB 1 e CB 2 serão prérequisitos para os demais, entretanto,
serão considerados cursos realizados
durante eventos promovidos pela
SBD e SBCD (programa de EMC,
jornadas e Congresso Brasileiro)
mediante comprovacão através de cópia do certificado, no ato da inscricão
no evento
■ Os cursos estéticos deverão serão
demonstrativos. Serão oferecidas até
04 vagas hand-on por curso, porém
com valores diferenciados.
Divulgação do evento e despesas com
palestrantes – Responsabilidade da
SBCD.
A organização do evento estará a cargo
do coordenador regional e presidente da
regional, com suporte da Coordenadoria
Nacional de Cursos Práticos.
A partir da próxima edição
Estaremos dedicando um espaço do Jornal para os sócios
quites com a Sociedade divulgarem informações sobre compra e venda de materiais e aparelhos, espaço para profissionais, oportunidades, etc.
Utilize este espaço enviando as
suas informações para:
[email protected]

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