Cap. 21
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Cap. 21
LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, DF–UFPB 10 de Junho de 2013, às 14:28 Exercı́cios Resolvidos de Fı́sica Básica Jason Alfredo Carlson Gallas, professor titular de fı́sica teórica, Doutor em Fı́sica pela Universidade Ludwig Maximilian de Munique, Alemanha Universidade Federal da Paraı́ba (João Pessoa, Brasil) Departamento de Fı́sica Numeração conforme a SEXTA edição do “Fundamentos de Fı́sica”, Halliday, Resnick e Walker. Esta e outras listas encontram-se em: http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Contents 21 A Teoria Cinética dos Gases 2 21.1 Questões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21.2 Exercı́cios e Problemas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21.3 Problemas Adicionais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 3 9 Comentários/Sugestões e Erros: favor enviar para jasongallas @ yahoo.com (sem “br” no final...) (listaq3.tex) http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Página 1 de 10 LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, DF–UFPB 21 A Teoria Cinética dos Gases 10 de Junho de 2013, às 14:28 quando um vidro é aberto do outro lado de uma sala. I O tempo tı́pico para se sentir o cheiro é de cerca de um minuto. As moléculas de amônia difundem-se no ar, tendo um livre caminho médio da ordem de 10−8 m, sofrendo da ordem de 109 colisões por segundo. Como Q-5. as moléculas movem-se em todas as direções devido Duas salas de mesmo tamanho se comunicam por uma às colisões, precisam deste tempo para atravessar uma porta aberta. Entretanto, a média de temperatura nas sala. O movimento das moléculas também é afetado duas salas é mantida a valores diferentes. Em qual sala pelas correntes de conveção do ar, em geral presentes há mais ar? numa sala. 21.1 Questões I Pela equação do gás ideal pV = constante, se a R pressão é a mesma nas duas salas. Então n1 T1 = n2 T2 . Q-28. Se T2 > T1 , tem-se n2 < n1 , ou seja, há mais ar na As duas paredes opostas de um recipiente de gás são sala cuja temperatura é mais baixa. mantidas a diferentes temperaturas. O ar entre os vidros de uma janela contra tempestade é um bom exemplo. Descreva, em termos de teoria cinética, o mecanismo de Q-12. condução do calor através do gás. Por que a temperatura de ebulição de um lı́quido aumenta com a pressão? I O calor é transferido no gás por um mecanismo combinado de condução e convecção. As moléculas de ar I Com a pressão externa maior aplicada sobre o lı́quido, pró ximas da parede mais quente tem energia maior que as moléculas precisam ter uma energia cinética maior a energia média e perdem energia nas colisões com as para vencer as forças (fracas) que as unem e ”escapar” moléculas que tem energia mais baixa, que estão mais ou evaporar. Uma energia cinética maior das moléculas próximas da parede mais fria. Mas há também um transsignifica uma temperatura maior. A grandes altitudes porte de massa no processo, porque o ar junto da parede acima do nı́vel do mar, no topo das montanhas, onde a quente expande-se, tendo sua densidade diminuı́da. O pressão atmosférica é menor, a água, por exemplo, pode ar mais frio vai ocupando o lugar deixado pelo ar mais ferver a uns 80 o C; ao nı́vel do mar, ferve a 100 o C. quente, estabelecendo-se uma corrente de conveção entre as paredes. Q-19. Q-32. Que evidência direta temos para a existência dos átomos? E indireta? Que tipo de observação forneceria boa evidência de que nem todas as moléculas de um corpo estão se movendo I Não percebemos diretamente a existência dos átomos, com a mesma velocidade a uma dada temperatura? mas indiretamente sim, e de muitas formas. Quando sentimos o vento no rosto ou o interceptamos com a I Um fenômeno que fornece boa evidência de que as palma da mão, sabemos que se trata de um gás, cu- moléculas não se movem à mesma velocidade a uma jas partı́culas em movimento, exercem força sobre a dada temperatura, é o processo de evaporação de um superfı́cie em que incidem. Fenômenos observados lı́quido, em que as moléculas mais rápidas são as que como o movimento Browniano ou o efeito fotoelétrico mais facilmente escapam da sua superfı́cie. também indicam claramente que todas as substâncias são formadas por estas minúsculas partı́culas. Q-37. Q-25. Explique como podemos manter um gás a uma temperatura constante, durante um processo termodinâmico. Dê uma explicação qualitativa da conexão entre o livre caminho médio das moléculas de amônia no ar e o I O processo no qual a temperatura mantém-se contempo que se leva para sentir o cheiro da amônia, stante, chama-se isotérmico. Para que a temperatura se http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Página 2 de 10 LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, DF–UFPB 10 de Junho de 2013, às 14:28 N pNA (1, 01 × 105 )(6, 02 × 1023 ) mantenha constante durante o processo, as variações nas = = V RT (8, 31)(293) outras grandezas (pressão, volume) devem ser efetuadas muito lentamente e deve haver transferência de calor. = 2, 5 × 1025 moléculas/m3 De um modo geral, as grandezas Q, W e ∆E int não são nulas nos processos termodinâmicos. Para o gás ideal (b) As massas molares são M = 16, 0 g/mol e M = O2 N2 a energia interna só depende da temperatura; se esta é 14, 0 g/mol. O número total de moles na amostra de gás constante, ∆Eint é nula e Q = W . é: pV = 41, 48 moles nT = RT Q-40. Para os percentuais indicados, nO2 = 0, 75 × 41, 48 = Explique por que a temperatura de um gás diminui em 31, 11 moles e nN = 0, 25 × 41, 48 = 10, 37 moles. As 2 uma expansão adiabática. massas dos gases serão: I Não havendo qualquer troca de calor, pela primeira lei da termodinâmica, a variação da energia interna é igual ao trabalho realizado na expansão, que é positivo. Portanto, a energia interna do gás diminui, o que corresponde a uma diminuição da temperatura do gás. mO2 = nO2 MO2 = (10, 37)(16, 0) = 166 g mN2 = nN2 MN2 = (31, 11)(14, 0) = 436 g A massa total de gás é mT = 602 g. P-15. 21.2 Exercı́cios e Problemas Uma amostra de ar, que ocupa 0, 14 m3 à pressão manométrica de 1, 03 × 105 Pa, se expande isotermiP-3. camente até atingir a pressão atmosférica e é então Se as moléculas de água em 1, 00 g de água fossem resfriada, à pressão constante, até que retorne ao seu distribuı́das uniformemente pela superfı́cie da Terra, volume inicial. Calcule o trabalho realizado pelo ar. quantas moléculas haveria em 1, 00 cm2 da superfı́cie? I Começando pelo expansão isotérmica: I A massa molar M da água é de 18, 0 g/mol. O número pi Vi = pf Vf , N de moléculas na massa de 1, 00 g é dado por: N= m NA M = (1, 00)(6, 02 × 1023 ) 18 = 3, 344 × 1022 moléculas Vf = Vi pi Vi = nRT = 2, 856 × 104 J A área A da Terra é A = 4πR2 = 5, 1 × 1018 cm2 . O número de moléculas por unidade de área é então: N 3, 344 × 1022 = = 6558 moléculas/cm2 . A 5, 1 × 1018 pi (1, 01 + 1, 03) × 105 = 0, 28 m2 = (0, 14) pf 1, 01 × 105 Vf Vi 0, 28 = (2, 856 × 104 ) ln = 1, 98 × 104 J. 0, 14 Wisotérmico = nRT ln Wisotérmico Para o processo isobárico, P-13. Wisobárico = p (Vf − Vi ) (a) Qual o número de moléculas por metro cúbico no o 5 ar a 20 C e à pressão de 1, 0 atm (= 1, 01 × 10 Pa)? 5 4 (b) Qual a massa de 1, 0 m3 desse ar? Suponha que Wisobárico = (1, 01×10 )(0, 14−0, 28) = − 1, 41×10 J. 75% das moléculas sejam de nitrogênio (N2 ) e 25% de O trabalho total realizado pelo ar é então: oxigênio (O2 ). WT = (1, 98 − 1, 41) × 104 = 5, 7 × 103 J. I (a) Da equação do gás ideal: pV = nRT, n= N NA http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas P-20. Página 3 de 10 LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, DF–UFPB Um tubo de comprimento L = 25, 0 m, aberto em uma das extremidades contém ar à pressão atmosférica. Ele é colocado verticalmente em um lago de água doce, até que a água preencha metade do tubo, como mostrado na Fig.21 − 16. Qual a profundidade h da parte submersa do tubo? Considere a temperatura como sendo a mesma em todo o lugar e constante. 10 de Junho de 2013, às 14:28 será indicada por p. Com os dados fornecidos, calculase o número de moles nA e nB de gás em cada recipiente antes da abertura da válvula. Depois, esses números são n0A e n0B e o número total de moles nos dois recipientes é n: nA n0A VA = = RTA pA p I Se a temperatura é constante, então pV = nRT = Para um volume unitário: constante. A pressão do ar, ocupando agora a metade do pA 5, 0 × 105 P a volume do tubo, é dada por nA = = RTA (8, 31 J/mol.K)(300 K) pi Vi = pf Vf = 200, 56 moles L e p = 2po po LA = p A 2 A pressão pfundo do lago é dada por: pfundo pfundo nB = L 2 = p + ρg = L 2po + ρg 2 = (4)(1, 0 × 105 P a) (8, 31 J/mol.K)(400 K) = 120, 34 moles nA + nB = 320, 90 moles n0A + n0B = n A mesma pressão pfundo , calculada a partir da superfı́cie do lago é dada por nA TA n0A TA nB TB n0B TB = = = pA p 4pB 4p pfundo = po + ρgh n0B TB n0A TA = p 4p Igualando as duas equações para pfundo , vem: TB = 0, 333 n0B 4TA 0, 333 n0B + n0B = n 320, 90 n0B = = 240, 68 moles 1, 333 n0A = n0B L 2po + ρg = po + ρgh 2 L po = ρ g (h − ) 2 L po h= + 2 ρg 1, 01 × 105 h = 12, 5 + = 22, 60 m (1000)(9, 8) 4pB RTB n0A = 80, 22 moles E, finalmente, obtem-se a pressão: 80, 22 n0A p0A = .pA = (5, 0×105 ) = 1, 99×105 Pa nA 200, 56 P-23. O recipiente A, na Fig. 21 − 17, contém um gás ideal à pressão de 5, 0 × 105 Pa e à temperatura de 300 K. Ele está conectado por um fino tubo ao recipiente B, que tem quatro vezes o volume de A. O B contém o mesmo gás ideal, à pressão de 1, 0 × 105 Pa e à temperatura de 400 K. A válvula de conexão é aberta e o equilı́brio é atingido a uma pressão comum, enquanto a temperatura de cada recipiente é mantida constante, em seu valor inicial. Qual a pressão final do sistema? I As temperaturas nos dois recipientes não se alteram com a abertura da válvula. A pressão final de equilı́brio http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas E-28. (a) Encontre a velocidade quadrática média de uma molécula de nitrogênio a 20 o C. (b) A que temperaturas a velocidade quadrática média será a metade e o dobro desse valor? I (a) A massa molar da molécula de N2 é M = 28, 0 g/mol: s vrms = (3)(8, 31 J/mol.K)(301 K) = 517, 68 m/s 0, 028 g/mol Página 4 de 10 LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, DF–UFPB 10 de Junho de 2013, às 14:28 (b) A metade da vrms do ı́tem (a) é igual a 258, 84 m/s. A I (a) Na equação do gás ideal, o número n de moles m pode ser expresso por n = M temperatura correspondente será: , onde m é a massa da amostra de gás e M, a sua massa molar: 2 M vrms T0 = = 75, 25 K (' −198o C) mRT m 3R p= , onde = ρ, MV V O dobro da vrms do ı́tem (a) é igual a 1035, 36 m/s. A ρRT p= . nova temperatura será: M (b) O número de moles da amostra de gás também 2 M vrms T 00 = = 1204 K (' 931o C). pode ser expressa em termos de N, o número total de 3R partı́culas e o número de Avogadro: n = NNA . Lembrando que k = NRA , vem P-30. pV = N kT. A densidade de um gás a 273 K e 1, 00 × 10−2 atm é de 1, 24 × 10−5 g/cm3 . (a) Encontre a velocidade vrms para as moléculas do gás. (b) Ache a massa molar do gás e P-43. identifique-o. Em um certo acelerador de partı́culas, os prótons percorrem um caminho circular de diâmetro de 23, 0 m em I (a) Escrevendo a equação do gás ideal em termos da uma câmara onde a pressão é 1, 00×10−6 mm de Hg e a massa da amostra e da massa molar M do gás, tem-se: temperatura é 295 K. (a) Calcule o número de moléculas de gás por centı́metro cúbico, a esta pressão. (b) Qual p m m = , onde = ρ. o livre caminho médio das moléculas de gás sob estas RT MV V condições, se o diâmetro molecular for de 2, 00 × 10−8 ρRT A massa molar é M = p e a velocidade quadrática cm? q média pode então ser expressa por vrms = 3p ρ e obtida I (a) Em unidades do Sistema Internacional, a pressão com os dados fornecidos acima: dada é igual a p = 1, 33 × 10−4 Pa. Expressando o s número de moles em termos do número de partı́culas, (3)(1, 01 × 103 P a) n = NNA , da equação do gás ideal vem: = 494, 32 m/s. vrms = 3 0, 0124 kg/m N pNA (1, 33 × 10−4 P a)(6, 02 × 1023 ) = = V RT (8, 31 J/mol.K)(295 K) (b) A massa molar M vale: M = = = ρRT p (0, 0124 kg/m3 )(8, 31 J/mol.K)(273 K) 1, 01 × 103 N = 3, 26 × 1010 moléculas/cm3 . V (b) Com o diâmetro molecular dado, o livre caminho médio é obtido diretamente por: λ= √ 0, 0279 kg/mol Na tabela de Propriedades dos Elementos, Apêndice D, encontramos a massa molar do nitrogênio, que, na forma molecular, tem massa M = 28, 0 g/mol. 1 = 17261 cm. 2πd2 (N/V ) ou λ ' 173 m. P-54. Certa molécula de hidrogênio (diâmetro de 1, 0 × 10−8 cm) escapa de um forno (T = 4000 K) com velociP-36. dade quadrática média e entra em uma câmara conMostre que a equação do gás ideal (Eq. 21-4) pode ser tendo átomos de argônio frio (diâmetro de 3, 0 × 10−8 19 escrita nas formas alternativas: (a) p = ρRT M , onde ρ é cm), sendo a densidade deste último de 4, 0 × 10 3 a densidade de massa do gás e M, a massa molar; (b) átomos/cm . (a) Qual a velocidade da molécula de pV = N kT , onde N é o número de partı́culas do gás hidrogênio? (b) Se a molécula de hidrogênio e um (átomos ou moléculas). átomo de argônio colidirem, qual a menor distância entre seus centros, considerando ambos como esferas http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Página 5 de 10 LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, DF–UFPB 10 de Junho de 2013, às 14:28 3N 1 Z vo v 4 dv v¯2 = vo3 N 0 rı́gidas? (c) Qual o número inicial de colisões por segundo sofridas pela molécula de hidrogênio? 3vo v¯2 = 5 r p 3 v¯2 = vrms = vo = 0, 775vo . 5 I (a) A massa molar da molécula de H2 é M = 2, 02 g/mol e sua a velocidade quadrática média é: s r 3RT (3)(8, 31 J/mol.K)(4000 K) vrms = = M 0, 00202 kg/mol = 7026 m/s. P-61. 20, 9 J de calor são adicionados a um certo gás ideal. Como resultado, seu volume aumenta de 50, 0 para 100 cm3 , enquanto a pressão permanece constante (1, 0 −8 d = rAr + rH2 = 2, 0 × 10 cm. atm). (a) Qual a variação na energia interna do gás? (b) Se a quantidade de gás presente for de 2, 00×10−3 mol, (c) O livre caminho médio dos átomos de Ar nas calcule o calor especı́fico molar à pressão constante. (c) condições dadas é Calcule o calor especı́fico molar a volume constante. 1 λ= √ = 6, 25 × 10−8 m. I (a) O trabalho realizado na expansão do gás é 2πd2Ar (N/V ) (b) A distâncias entre os centros da molécula de H2 e o átomo de Ar é igual a soma dos seus raios, isto é, O número de colisões por segundo, f, é dado por f= W = p∆V 7026 m/s v = 1, 12 × 1011 colisões/s. = λ 6, 25 × 10−8 m = (1, 01 × 105 P a)(50 × 10−6 m3 ) = 5, 05 J. E a variação da energia interna é P-56. ∆Eint = 20, 6 − 5, 05 = 15, 85 J. Para a distribuição hipotética de velocidades das N partı́culas de um gás, mostrada na Fig. 21-19 [P (v) = Cv 2 para 0 < v ≤ vo ; P (v) = 0 para v > vo ], encontre (a) uma expressão para C em termos de N e vo , (b) a velocidade média das partı́culas e (c) a velocidade rms das partı́culas. I (a) Para o cálculo de C, tem-se: Z vo Cv 2 dv = N, 0 (b) A variação da temperatura no processo pode ser calculada a partir do trabalho: W = p∆V = nR∆T, ∆T = W nR = 5, 05 J (2, 0 × 10−3 mol)(8, 31 J/mol.K) ' 304 K. E para o calor especı́fico molar à pressão constante vem: 3N C= 3. vo (b) A velocidade média é obtida por: Z 1 P (v)dv v̄ = N 3N 1 Z vo v̄ = v 3 dv vo3 N 0 3vo v̄ = = 0, 75 vo . 4 (c) A velocidade quadrática média calcula-se por: Z 1 ¯ 2 v = P (v)v 2 dv N http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas CP = Q n∆T = 20, 9 J (2, 0 × 10−3 mol)(304 K) = 34, 36 J/mol.K. (c) O calor especı́fico molar a volume constante é obtido diretamente do resultado do ı́tem anterior: CV = CP − R = 34, 36 − 8, 31 = 26, 07 J/mol.K. P-68. Suponha que 4, 0 moles de um gás ideal diatômico, cujas moléculas estejam em rotação sem oscilar, sofrem Página 6 de 10 LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, DF–UFPB um aumento de temperatura de 60, 0 K à pressão constante. (a) Quanto calor foi transferido para o gás? (b) Em quanto aumentou a energia interna do gás? (c) Quanto trabalho foi realizado pelo gás? (d) Qual foi o aumento na energia interna translacional das moléculas do gás? I (a) O calor transferido para o gás à pressão constante foi: 10 de Junho de 2013, às 14:28 A velocidade de propagação é então v = q γp ρ e, como p ρ foi mostrado no P-36, = RT M . Assim, a velocidade q γRT é, finalmente, v = M . Com os dados disponı́veis, pode-se agora obter γ: γ= v2 M (135, 4 m/s)2 (2 × 127 g/mol) = = 1, 4. RT (8, 31 J/mol.K)(400 K) Dobrou-se a massa molar no cálculo para obter γ = 1, 4, o valor da constante adiabática de um gás diatômico. Q = nCP ∆T = 7 (4, 0 mol)( )(8, 31 J/mol.K)(60, 0 K) 2 = 6980 J. E-71. (a) Um litro de gás com γ = 1, 3 está a 273 K e 1, 00 (b) A variação da energia interna, para qualquer pro- atm. O gás é subitamente (adiabaticamente) comprimido até a metade do seu volume inicial. Calcule suas cesso, é dada por ∆Eint = nCV ∆T : temperatura e pressão finais. (b) O gás é então resfriado 5 até 273 K, à pressão constante. Qual o seu volume final? ∆Eint = (4, 0 mol)( )(8, 31 J/mol.K)(60, 0 K) 2 I (a) Para o processo adiabático, são válidas as = 4968 J. relações: (c) O trabalho realizado pelo gás é pi Viγ = pf Vfγ V γ po ∆V = nR∆T i pf = pi = 2, 46 atm. Vf = (4, 0 mol)(8, 31 J/mol.K)(60, 0 K) Ti Viγ−1 = Tf Vfγ−1 = 1994 J. V γ−1 i = 336 K. Tf = Ti Vf (d) Levando em conta só os graus de liberdade translacionais das moléculas, a energia interna correspondente (b) O número de moles de gás na amostra é será: pi Vi (1, 01 × 105 P a)(0, 001 m3 ) 3 n= = ∆Eint = (4, 0 mol)( )(8, 31 J/mol.K)(60, 0 K) RTi (8, 31 J/mol.K)(273 K) 2 = = 2992 J. 0, 0445 mol. E a variação produzida no volume é então P-69. A massa molar do iodo é de 127 g/mol. Uma onda estacionária em um tubo cheio de gás de iodo a 400 K tem os seus nós 6, 77 cm distantes um do outro, quando a freqüência é 1000 Hz. O gás de iodo é monoatômico ou diatômico? p∆V = nR∆T, ∆V = = I Se a distância entre nós é 6, 77 cm, o comprimento de onda é λ = 2 × 6, 77 = 13, 54 cm e a velocidade de propagação é v = λf = 135, 4 m/s. O módulo de elasticidade volumétrica pode ser expresso em termos da constante adiabática γ e da pressão: B=−V dp = γp. dV http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas ' nR∆T p (0, 0445 mol)(8, 31 J/mol.K)(−63 K) (2, 46)(1, 01 × 105 P a) − 0, 10 m3 . Vf = ∆V + Vi = −0, 1 + 0, 5 = 0, 4 litro. P-80. Página 7 de 10 LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, DF–UFPB Um gás ideal sofre uma compressão adiabática de p = 1, 0 atm, V = 1, 0 × 106 litros, T = 0, 0o C para p = 1, 0 × 105 atm, V = 1, 0 × 103 litros. (a) Este gás é monoatômico, diatômico ou poliatômico? (b) Qual a sua temperatura final? (c) Quantos moles do gás estão presentes? (d) Qual a energia cinética translacional total por mole, antes e depois da compressão? (e) Qual a razão entre os quadrados das velocidades rms de suas moléculas, antes e depois da compressão? 10 de Junho de 2013, às 14:28 21-21. O processo 1 → 2 acontece a volume constante, o 2 → 3 é adiabático e o 3 → 1 acontece à pressão constante. (a) Calcule o calor Q, a variação da energia interna ∆Eint e o trabalho realizado W, para cada um dos três processos e para o ciclo como um todo. (b) Se a pressão inicial no ponto 1 for 1, 00 atm, encontre a pressão e o volume nos pontos 2 e 3. Use 1, 00 atm = 1, 013 × 105 Pa e R = 8, 314 J/mol.K. I (a) Começando com o processo a volume constante, I (a) Para os processos adiabáticos vale a relação: pi Viγ = pf Vfγ , Q1→2 = nCV ∆T = (1, 0)(1, 5)(8, 31)(600 − 300) = 3740 J. pi Viγ = 105 pi (10−3 Vi )γ 5 3 Portanto, trata-se de um gás monoatômico. (b) Para achar a temperatura final, tem-se outra relação para os processos adiabáticos: O trabalho é nulo neste processo e, portanto, a variação da energia interna é igual ao calor absorvido, ou seja, Ti Viγ−1 = Tf Vfγ−1 , No processo adiabático, Q = 0 e da primeira lei tem-se: 5 − 3γ = 0, Tf = Ti V γ−1 i Vf e γ= ∆Eint,2 → 3 = − W, 2 = (273 K)(103 ) 3 = 27300 K. (c) O número de moles presentes é calculado da equação de estado do gás ideal: pi Vi n= RTi ∆Eint,1 → 2 = 3740 J. = (1, 01 × 105 P a)(103 m3 ) (8, 31 J/mol.K)(273 K) = 44520, 26 moles. (d) A energia cinética translacional por mol, antes da compressão é: 3 Ki = RTi = 3403 J, n 2 e depois da compressão é: Kf 3 = RTf = 340300 J. n 2 ∆Eint,2 → 3 nCV ∆T = (1, 0)(1, 5)(8, 314)(455 − 600) = − 1808 J. Portanto, W2→3 = 1808 J. Para o processo à pressão constante tem-se: Q3→1 = nCP ∆T = (1, 0)(2, 5)(8, 314)(300 − 455) = − 3222 J, W3→1 (e) A razão entre os quadrados das vrms , antes e depois da compressão, é: 2 vrms,f Tf 27300 = = = 100. 2 vrms,i Ti 273 = = p∆V = nR∆T = (1, 0)(8, 31)(300 − 455) = − 1290 J, ∆Eint,3 → 1 = − 3222 − ( − 1290) = − 1932 J. O calor efetivo transferido no ciclo é: P-83. Certa máquina térmica processa 1, 00 mol de um gás ideal monoatômico através do ciclo mostrado na Fig. http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas QTotal = Q1→2 + Q2→3 + Q3→1 = 3740 + 0 − 3222 = 518 J. Página 8 de 10 LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, DF–UFPB O trabalho total realizado no ciclo é: WTotal = W1→2 + W2→3 + W3→1 = 0 + 1808 − 1290 = 518 J. 10 de Junho de 2013, às 14:28 I (a) O número de moles na amostra é: n= pV (2, 5 × 103 P a)(1, 0 m3 ) = = 1, 5 mol RTa (8, 314 J/mol.K)(200 K) (b) Para a temperatura no ponto b tem-se: E para o ciclo, ∆Eint = QTotal − WTotal = 0. pb Vb pa Va = , (b) Dada p1 = 1, 0 atm e T1 = 300 K, obtém-se a Ta Tb pressão p2 : p1 p2 = pb Vb (7, 5 × 103 P a)(3, 0 m3 ) T1 T2 Tb = Ta = (200 K) pa Va (2, 5 × 103 )(1, 0 m3 ) donde tiramos facilemente 600 = 1800 K. T2 p2 = p1 = 2, 0 atm. = (1, 0 atm) T1 300 (c) E para a temperatura no ponto c tem-se: Para obter p3 , usa-se a relação entre a pressão e o volpc Vc (2, 5 × 103 P a)(3, 0 m3 ) ume válida para os processos adiabáticos: Tc = Tb = (1800 K) pb Vb (7, 5 × 103 P a)(3, 0 m3 ) γ γ p2 V2 = p3 V3 , = 600 K. O volume V2 é calculado com a equação de estado do gás ideal: V2 = nRT2 p2 = (1, 0)(8, 31)(300) 1, 013 × 105 = = 0, 02462 m3 24, 62 litros. O volume V3 obtém-se da relação: T2 V2γ−1 = T3 V3γ−1 , V3γ−1 = V2γ−1 V30,67 = 11, 27 600 T2 , = (24, 6)0,67 T3 455 V3 = 37, 34 litros. V γ 2 p3 = p2 V3 24, 62 1,67 p3 = (2, 0 atm) = 1, 0 atm. 37, 34 e (d) O trabalho realizado pelo gás no ciclo é igual à área do triângulo abc e vale 5000 J. Como é nula a variação da energia interna no ciclo, o calor total adicionado ao gás é igual ao trabalho, ou seja, 5000 J. P-88. Uma amostra de gás ideal se expande de pressão e volume iniciais correspondentes a 32 atm e 1, 0 litro, respectivamente, para um volume final de 4, 0 litros. A temperatura inicial do gás era de 300 K. Quais serão a pressão e temperatura finais desse gás e quanto trabalho ele realizará durante a expansão, se esta for (a) isotérmica, (b) adiabática e o gás monoatômico, e (c) adiabática e o gás diatômico? I (a) Se a expansão é isotérmica, ∆Eint = 0 e Q = W . A pressão no estado final será: pi Vi = pf Vf , pf = pi 21.3 Problemas Adicionais V i Vf = (32 atm) 1, 0 l = 8, 0 atm. 4, 0 l E o trabalho no processo isotérmico é dado por: Z Vf Z Vf P-85. dV Vf W = pdV = nRT = nRT ln V Vi Uma amostra de gás ideal passa pelo processo cı́clico Vi Vi ilustrado no gráfico p - V da Fig. 21−22. A temperatura W = (32 atm.l)(ln4) = 44, 36 atm.l = 4494 J. do gás no ponto a é 200 K. (a) Quantos moles do gás existem na amostra? Quais são (b) a temperatura do gás (b) Para a expansão adiabática de um gás monoatômico no ponto b, (c) a temperatura do gás no ponto c e (d) o tem-se Q = 0, CV = 32 R, CP = 52 R e γ = 53 = 1, 67. A calor total adicionado ao gás durante o ciclo? pressão final é: pi Viγ = pf Vfγ , http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Página 9 de 10 LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, DF–UFPB 10 de Junho de 2013, às 14:28 1, 0 l 1,67 = 3, 16 atm. = (32 atm) Vf 4, 0 l E a temperatura final é obtida por: pf = pi V γ i = 10, 8 J/K. Ti Viγ−1 = Tf Vfγ−1 , Tf = Ti V γ−1 i Vf = = 1, 0 l 0,67 (300 K) 4, 0 l 118, 5 K. ∆Eint = 3 (10, 8 J/K)(118, 5 K − 300 K) 2 = − 2940, 30 J. Da primeira lei, ∆Eint = − W . A variação da energia interna é calculada por: 3 ∆Eint = nCV ∆T = nR(118, 5 − 300), 2 Para o estado inicial, obtém-se: nR = pi Vi Ti = E, portanto, W = 2940, 30 J. (c) Se a expansão é adiabática e o gás é diatômico, temse Q = 0, CV = 52 R, CP = 72 R e γ = 75 = 1, 4. Repetindo os mesmos cálculos do ı́tem anterior, obtém(32 atm)(1, 01 × 105 P a)(10−3 m3 ) se Pf = 4, 6 atm, Tf = 172 K e W = 3456 J. 300 K http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Página 10 de 10