Maragogi - turistacidental.com

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Maragogi
Alagoas, no Nordeste Brasileiro, destaca-se pela sua beleza, entre coqueirais, manguezais e um litoral considerado dos mais bonitos do Brasil. A característica mais marcante deste litoral são mesmo as
suas muitas lagoas, precisamente 17, que foram inspiração para o próprio
nome do Estado. A sua maneira de viver descontraída, a suavidade do
clima, as belezas naturais e os aromas da cozinha são sem dúvida os seus
maiores destaques.
Maceió, a capital do Estado, encravada entre coqueiros,
mangues e um belíssimo mar, tem um leque variado de hotéis, restaurantes
e bares numa orla marítima onde se pode andar com tranquilidade, bonitas
praias, cultura diversificada em artesanato, culinária e tradições. Na época
dos Descobrimentos, a área onde hoje se encontra Maceió era um terreno
alagadiço onde, além dos rios Mundaú e Paraíba, o mar contribuiu para a
formação das lagoas Mundaú e Manguaba, depositando sedimentos que formaram uma barreira que fechava a saída dos rios. Os índios que aí habitavam
denominaram o local de Maçai-o-ok, que significa "o que tapa o alagadiço".
Com a vinda dos colonizadores, a localidade passou a chamar-se Maceió.
No início da colonização, no século XVII, os navios portugueses atracavam numa enseada natural - Jaraguá - onde escoavam os carregamentos de
madeira das f lorestas do litoral nordestino. O porto também serviu, mais
tarde, para o embarque do açúcar produzido pelos engenhos localizados
nas proximidades. No século XIX, da região eram exportados: tabaco,
coco, couro e especiarias, além do algodão, principal produto de exportação que despertou o interesse dos europeus, em especial ingleses, que
chegaram a instalar-se na região.
A região cresceu com base no comércio em redor do porto, sendo elevada
a vila em 5 de Dezembro de 1815; e capital da província de Alagoas em 9
de Dezembro de 1839. Muito desta história está guardada nos inúmeros
museus e igrejas existentes na cidade.
As lagoas, todas elas têm comunicação com o mar, e o encontro das águas
é um espectáculo. A maior de todas é Manguaba, bem perto de Maceió.
Maceió
Mas não há lugar mais bonito onde o mar e a lagoa se misturem como
na Ponta do Gunga, uma ponta de areia que parece ter sido desenhada, de tão perfeita e paradisíaca.
Pontal da Barra, no extremo sul da cidade, é um vilarejo que fica às
margens da lagoa de Mundaú, viveiro natural do sururu, o marisco
que tem fama de afrodisíaco. Outro lugar a não perder é a Lagoa do
Mundaú, um imenso espelho onde o sol se põe, e onde fica o bairro
das rendeiras – ali, as mulheres fazem um sem fim de trabalhos com
agulhas e com as mãos, como rendas, cestaria e tecelagem. Entre os
trabalhos produzidos pelas rendeiras, a mais típica é a renda filé; a mais
bonita é a Renascença, que tem origem no sertão pernambucano;
outros tipos de renda são o redendê e a renda de bilro.
O que visitar
Além das praias, destacam-se, entre os principais pontos de atracção
turística da cidade, a Catedral de Nossa Senhora dos Prazeres,
construída em 1840, o Teatro Deodoro e o Mercado Municipal
–local onde pode ser encontrado artesanato típico da região –, o
Museu do Instituto Histórico, o Palácio Floriano Peixoto – sede
do Governo estadual –, o Museu Pierre Chalita, e a Galeria de Arte
do Estado. Claro, o bairro de Jaraguá (sobretudo com a agitação
nocturna) também deve merecer a sua atenção. Não esqueça, ainda,
uma visita às igrejas de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, de
São Gonçalo do Amarante (resultou da adaptação de um paiol de
pólvora, localizado no morro do Jacutinga, a que se acrescentaram
elementos da arquitectura religiosa), a de Nossa Senhora da Guia
(que, segundo a lenda, foi mandada construir por um náufrago, em
agradecimento à Virgem por tê-lo salvo de um acidente de que foi
vítima), de Nossa Senhora do Livramento, do Senhor Bom Jesus
dos Martírios e a de Nossa Senhora Mãe do Povo.
As praias de Maceió e nos arredores
Nos arredores da cidade encontram-se belas praias. Em alguns locais,
as praias formam lagos a cerca de 2 quilómetros do litoral, oferecendo
oportunidades para banhos de mar relaxantes e passeios de jangadas,
o meio de transporte utilizado para se chegar aos lagos. Nas proximidades das lagoas de Mundaú e Manguaba, na parte oeste da cidade, há
vilas de pescadores, entre as quais se encontram centenas de canais navegáveis. Na parte sul da cidade existem as praias da Avenida, a praia
Sobral, as praias do Trapiche, do Pontal da Barra, todas com acesso
a lagoas, além da praia do Francês – com uma pequena vila de pescadores e que recebeu este nome devido aos inúmeros barcos franceses
que ali aportaram para contrabandear madeira no século XVI.
Maceió
A cidade divide as suas praias em Litoral Norte e Litoral Sul:
naquele, destaque para as praias da Avenida (praia de águas
mansas, donde se obtém um dos mais belos pôres-do-sol da
cidade); Pajuçara (toma-se banho de mar nas piscinas naturais
formadas, na maré alta, pelos corais e com acesso em jangadas.
É a mais conhecida e frequentada praia da cidade. Tem a famosa
feirinha, com várias barracas ao ar livre que vendem artesanato local, do final da tarde até perto da meia-noite); Ponta
Verde (onde fica o calçadão que atrai os desportistas que vão
caminhar, correr, andar de bicicleta. Encontra-se sempre um
vendedor de cocos e, a cada passo, um bar. Concentram-se ali
as barracas onde as mulheres fazem tapioca – a original é recheada de coco, e acompanha-se com café, mas hoje o menu
foi ampliado com tapioca de queijo de coalho, banana, fiambre, doce de leite ou goiabada); Jatiúca (tem recifes próximos à
orla e reúne jangadas rústicas e coqueiros); Cruz das Almas
(procurada pelos adeptos do surf, windsurf e body-board); Jacarecica (destaca-se por conservar a pesca tradicional, sem
esquecer o núcleo habitacional dos pescadores, construído
em taipa e coberto com palha de coqueiro); Garça Torta
(possui denso coqueiral e uma tonalidade azul-esverdeada
nas suas águas); Riacho Doce (a cerca de 10 quilómetros
do centro de Maceió, ali encontra o mais variado cardápio
de doces caseiros e frutos do mar servidos em bares populares); Pratagy (é também conhecida como "Mirante
da Sereia", uma vez que ali foi erguida a estátua de uma
sereia de grandes proporções nos recifes de coral); Ipioca
A CULINÁRIA A cozinha, pela sua diversidade e sabor, as iguarias de origem indígena e africana, e finalmente as frutas tipicamente
nordestinas, na sua maioria transformadas em "sucos", "sorvetes" e doces, são atracções que fazem de Alagoas um verdadeiro paraíso.
Como em todo o litoral, os frutos do mar têm um papel de destaque. As lagoas são fartas em peixes, como o Carapeba, e em moluscos,
como o Sururu, uma espécie de mexilhão. Dos mangues vêm os caranguejos, e os maçunins. Depois, camarões, ostras, sururu de capote,
lagostas grelhadas...
(grande concentração de coqueiros, águas mornas e tranquilas). No litoral sul, ficam Ouricuri, Sobral, Trapiche da
Barra e Pontal da Barra.
A noite
Depois de um dia inteiro na praia, nada como conhecer a agitação
da noite alagoana. Os quiosques de praia ficam cheios de gente –
principalmente nos bares onde há sanfoneiros –, e dança-se forró
(o Lampião, em Jatiúca, é conhecido por um dos mais animados).
Os calçadões enchem-se de gente que vai comer uma tapioca nas
banquinhas improvisadas, ou tomar um caldinho de feijão. Nos
casarões estilo neo-clássico do Porto de Jaraguá – agora restaurado, a exemplo do que aconteceu no Pelourinho de Salvador e nos
bairros antigos de Recife e S. Luís do Maranhão – abriram bares
e discotecas. É um dos points nocturnos de Maceió.
AS FESTAS Maceió tem como característica uma cultura
marcante, representada principalmente pelo seu rico folclore.
Dentre as manifestações folclóricas há diversos folguedos,
com destaque para o Caboclinho, Carvalhada, Chegança, Coco
Alagoano, Festa de Reis, Guerreiro, Pastoril, Reisado, Quilombo,
Zabumba e, também, o artesanato, representado pelo filé
e pela cerâmica, que a todos encanta pela sua criatividade,
originalidade e beleza. Como em qualquer lugar do Brasil,
Maceió não foge à regra. As suas festas são animadas e, para
lá do Carnaval e da Passagem do Ano, as festas religiosas e a
celebração de datas importantes na vida da cidade e do Estado
são comemoradas condignamente. Aqui ficam algumas datas:
6 de Janeiro – Festa de Reis
20 de Janeiro – São Sebastião
19 de Março – São José
13, 24, 29 de Junho – Santo António, São João e São Pedro
27 de Agosto – Nossa Senhora dos Prazeres e Bom Jesus dos
Navegantes
7 de Setembro – Independência do Brasil
12 de Outubro – Nossa Senhora Aparecida
5 de Dezembro – Emancipação política de Maceió
8 de Dezembro – Nossa Senhora da Conceição e Iemanjá
13 de Dezembro – Santa Luzia
Maragogi, no litoral Norte de Alagoas, está
equidistante – a menos de duas horas – tanto de Recife (Pernambuco) como de Maceió. O lugar lembra tanto o paraíso
que foi aqui, na chamada Costa Dourada, que o realizador
brasileiro Cacá Diegues filmou as primeiras cenas de "Deus é
brasileiro", com António Fagundes banhando-se nas piscinas
naturais, as Galés. O mar de Maragogi é de águas calmas
claras, mornas e límpidas, as areias alvas e finas, onde se pode
admirar toda a beleza da vida marinha que vive associada ao
ecossistema de recifes de coral.
São Miguel dos Milagres está entre os principais destinos emergentes de Alagoas, e um dos mais antigos
povoados do Estado. A sua colonização teve início durante
a invasão holandesa, servindo então de abrigo a moradores
de Porto Calvo, que chegavam em busca de um lugar seguro, e de onde pudessem, também, observar o movimento
dos invasores que utilizavam o rio Manguaba para chegar ao
interior. No local formou-se então o Engenho Mangerona,
Primeiro chamado de Freguesia de Nossa Senhora Mãe do
Povo e mais tarde de São Miguel dos Milagres, a homenagem tem uma razão: conta-se que um pescador encontrou
no mar um pedaço de madeira envolto em musgo. Quando
o limpou deparou com uma imagem de São Miguel Arcanjo. Ao levarem a estátua para a capela do povoado, uma das
pessoas que ajudava tinha uma ferida incurável, que sarou
quando encontraram um olho d'água e resolveram limpar
a imagem. Nesse momento, a água que escorria da imagem
limpou a ferida e, três dias depois, o homem estava curado.
Daí o nome de São Miguel dos Milagres.
Hoje começam a aparecer pousadas, pequenas e charmosas,
mas as praias são a sua principal atracção. A primeira praia,
para quem vem no sentido norte, leva o nome do município. Mais adiante, chega-se a Porto da Rua, único distrito
do município que, pelo seu charme e beleza, é o lugar mais
procurado pelos visitantes. As piscinas naturais também estão
em Porto da Rua. Surgem na maré baixa, formadas por corais,
com água transparente, que deixa à mostra uma infinidade
de peixes coloridos. Não são tão exuberantes quanto as Galés
de Maragogi mas, em compensação, têm muito menos gente
(normalmente mais pescadores do que turistas). Existem ainda
piscinas naturais nas praias do Toque, Porto da Rua, Tatuamunha, Patacho e Japaratinga.
Onde ficar
SALINAS DO MARAGOGI
em são miguel dos milagres
Pousada do Toque (Praia do Toque, 3 km)
Em cima de uma praia praticamente deserta, entre coqueirais, piscinas naturais e um mar de tons azul e verde. Os
chalés, com deck e varanda, são amplos. O proprietário,
antes de abrir a pousada, era chef e dono de um restaurante em Maceió, portanto a gastronomia da pousada é
garantida. É considerada uma das pousadas mais charmosas de Alagoas. Preços desde 230 reais (alojamento,
pequeno-almoço e uma refeição).
www.pousadadotoque.com.br ou www.roteirosdecharme.com.br
Aldeia Beijupirá (Praia das Lages, 5 km)
Lugar tranquilo, ideal para relaxar e namorar (não aceitam menores de 16 anos). À beira mar, na praia do Lage, a
pousada está pensada como uma pequena aldeia índia. Os
bungalows são chamados de malocas, ostentando todos
o nome de uma tribo índia. O restaurante da pousada é
idêntico ao restaurante Beijupirá, em Porto de Galinhas
(é dos mesmos proprietários). Preços desde 250 reais (alojamento e pequeno-almoço). www.pousadabeijupira.com.br
ALDEIA BEIJUPIRÁ
Coté Sud (Praia Porto da Rua, 4 km)
Propriedade de Corinne e Roger, um casal de belgas que
abandonou Bruxelas e a sua profissão para se instalarem
neste fim do mundo ao sul de Recife, um vilarejo de pescadores em pleno litoral de Alagoas. A Pousada, rodea­da
por um coqueiral à beira mar, e ao lado de manguezais,
tem 9 chalés e um restaurante. Preços desde 110 reais
(alojamento e pequeno-almoço).
[email protected]
POUSADA UM MILHÃO DE ESTRELAS
em maceió
Hotel Jatiúca (Lagoa da Anta, 320)
No centro da cidade, em cima da praia e envolvido por
uma imensa área verde repleta de coqueiros, o hotel tem
96 quartos e ainda outra opção de estadia, o flat, edifício
com 95 apartamentos. www.hoteljatiuca.com.br
em maragogi
Salinas do Maragogi Resort
É o mais famoso resort do litoral de Alagoas, bem em
cima de uma praia imensa, rodeado de coqueiros, manguezais, rio e ainda mata atlântica. Tem 205 apartamentos equipados com ar condicionado, tv cabo e minibar.
www.salinas.com.br
Marrecas Hotel Fazenda
Já foi cenário de novelas e filmes, ideal para quem gosta
da estar no meio da natureza e ao mesmo tempo não
muito longe da praia. Instalado numa colina, a 30 metros de um grande vale coberto por canaviais, o cenário
proporciona um clima rural e de Mata Atlântica, com as
belíssimas praias alagoanas apenas a quatro quilómetros.
É composto por dois blocos de quartos, além de uma capela e um casarão. [email protected]
FAZENDA MARRECAS
Pousada Um Milhão de Estrelas (Tatuamunha)
Na Costa dos Corais, em cima da praia de Tatua­munha,
num terreno com de mais de 30 mil metros quadrados,
foi construída em harmonia com a natureza. A pousada
é constituída por um conjunto de 15 chalés, de frente
para um pedaço de mar verde esmeralda, com água
transparente e temperatura agradável. Oferece ainda
piscina, restaurante e bar.
www.pousadaummilhaodeestrelas.com.br
POUSADA DO TOQUE
COTÉ SUD

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