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Don´t Shoot... PT Version Henrique Portovedo powered by R’Roots www.henriqueportovedo.com 2 Index Don´t Shoot..................................................................................................................3 Rider Técnico...............................................................................................................6 Biografias............................... .....................................................................................8 Review.......................................................................................................................12 Biography.....................................................................................................................7 Henrique Portovedo powered by R’Roots www.henriqueportovedo.com 3 Don´t Shoot... Don’t Shoot At The Saxophone Player é uma criação transdisciplinar de Henrique Portovedo assente em partituras originais do reconhecido compositor contemporâneo Chiel Meijering e resulta de um convite que o Estúdio Performas fez ao compositor holandês e ao músico aveirense, que de resto tem já uma longa história de colaborações. As músicas que Meijering compôs para saxofone e boombox caracterizam-se pela ironia e humor (traduzidas em títulos como “Sorry is a Four Letter Word” ou “Shooting at the Gosts”) e estão pejadas de referências à música pop. A narrativa criada pela equipa dirigida por Henrique Portovedo, com a produção artística de Filipe Pereira, prima pelo recurso ao nonsense e ao absurdo, acentuados pela performance do jovem mas reconhecido actor Miguel Rosas, e esboça uma tragédia de faca e alguidar resultante de um obscuro triângulo amoroso. O todo é completado, e intensamente reforçado, pelo discurso videográfico experimental construído por Daniela Ferreira que intersecciona o expressionismo com a pop-art e o filme noir. É aliás ao universo da literatura policial que Henrique Portovedo vai pedir de empréstimo os excertos de texto (ou pretexto) de Raymond Chandler que pontuam a acção e o desenvolvimento do espectáculo. O desenho de luz é assinado por Emanuel Pina (aveirense e presentemente director técnico do Auditório Nacional Carlos Alberto) e a edição de som fica a cargo de Miguel Marques. Esta nova produção do Performas conta ainda com uma edição limitada da banda sonora em formato digital (PenDrive) e foi apresentada no Estúdio Performas durante os dias 16, 17, 22, 23 e 24 de Setembro de 2012 com o financiamento do Ministério da Cultura e da DGArtes. CREDITS: Original Music: Chiel Meijering. Created by Henrique Portovedo. Co-Creation: Daniela Vidal Ferreira, (visuals), Emanuel Pina (lightening), José Filipe Pereira (artistic director), Miguel Marques (sound design) and Miguel Rosas (performance). Production: Estúdio Performas. Featuring: Henrique Portovedo and Miguel Rosas. Special Appearance: Helena Santos. Stage Direction: Miguel Vidal. Henrique Portovedo powered by R’Roots www.henriqueportovedo.com 4 don’t shoot at the saxophone player de chiel meijering uma criação de henrique portovedo 15, 16, 17, 22, 23 e 24 de setembro, 22.00 Henrique Portovedo powered by R’Roots www.henriqueportovedo.com 5 Don’t Shoot At The Saxophe Player Performas, 23 de Setembro O jovem músico Aveirense Henrique Portovedo fundiu-se com o encenador Filipe Pereira, a fim de produzirem uma performance. Da mistura destes artistas seria de esperar algo soberbo e foi o caso do “Don’t Shoot At The Saxophe Player” apresentado no Estúdio Performas nos passados fins-de-semana de Setembro. Com uma possante presença em palco o musico contracena com Miguel Rosas criando uma dinâmica de espaço, substanciosamente preenchida com um jogo de luz e cor gerado pela excelente equipa técnica e enriquecido pelos vídeos de Daniela Vidal Ferreira. Não me abstenho que estava à espera de uma performance onde a componente musical teria uma dominante forte, e foi o caso. Surpreendi-me com a mistura entre o lado mais dançável de todo o espectáculo misturado com os vários instrumentos de sopro que o Henrique ia executando a contracenar com o actor criando uma mistura funcional do espaço cénico, este despojado de grandes artefactos, o que ajudava a ter uma percepção maior de todo o universo físico. A completar, o visualismo experimental onde a mistura de footage ao estilo vintage, com referencias a movimentos pop-art e film noir, intensamente marcados por uma dominante contrastada da imagem. O parco público presente, manteve uma entusiasmada e contagiante presença, impulsionada pela batida constante, resultando por vezes complicado ficar sentado na cadeira. Poderia quase afirmar que a qualidade da performance é inversamente proporcional à assistência presente. Infelizmente este trabalho de uma qualidade técnica notável ainda não é facilmente absorvido pelo público. “Ouvido duro e vista curta”, diria eu, ou menos receptivos a novas tendências estéticas, a afirmação deste tipo de espectáculos é ainda um desafio para uma equipa que mantém uma fasquia alternativa. Texto e Fotos: Miguel Estima 6 // 13 de Outubro 2011 Henrique Portovedo powered by R’Roots www.henriqueportovedo.com 6 Rider Técnico Equipamento de SOM: O sistema de sonorização a usar deve estar em perfeitas condições e deve ser capaz de cobrir toda a audiência com um nível de pressão sonora entre 95 dB SPL a 100 dB SPL, sem qualquer tipo de distorção de sinal. Para este espectáculo é necessário uma mesa de mistura com pelo menos 12 canais de entrada e, previamente ligada ao sistema de sonorização a usar. Em palco é apenas necessário a colocação de 2 colunas de monição e estantes de partituras para o músico, pelo menos 8 estantes, tal como a colocação de um ponto de corrente com três fichas disponíveis e uma mesa para colocar um computador e outros acessórios. Equipamento de Luz/Video: 1 Consola de Luz digital programável (mínimo 60 canais) 1 Haze machine (de preferência operável por DMX) 10 LED Bar RGB via DMX 24 Projectores PAR CP64 (c/ lâmpada CD60) 36 Projectores PC/Fresnnel 1K (c/ Palas) 4 Projectores PAR 36 10 Projectores Recorte 1 Projectores de Video de 5000/6000 ANSI lumen mínimo (c/ Shuter1) Cabo VGA suficiente para ligar o projector de vídeo computado do vídeo (este computador encontra-se na régie) Ciclorama Branco/Cinza ou superfície refletora, com as dimensões da largura do espaço de representação, localizado no fundo-de-cena 1 Caso seja externo (não incorporado no projector de vídeo), deverá permitir ser operado via DMX Henrique Portovedo powered by R’Roots www.henriqueportovedo.com 7 Desenho de Luz: Henrique Portovedo powered by R’Roots www.henriqueportovedo.com 8 Biografias Henrique Portovedo | Featuring Desenvolveu os seus estudos no Conservatório de Música de Águeda e de Aveiro, estudando com Fernando Valente e Carlos Firmino. Em 2002 conclui o curso de saxofone com a classificação máxima na classe de João Figueiredo. Em 2007 concluiu a licenciatura com as mais elevadas classificações na Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo do Porto (ESMAE), na classe de Henk van Twillert e Fernando Ramos tendo complementado os seus estudos a este nível no Conservatorium van Amsterdam. Concluiu mestrado em performance com máxima distinção no Trinity College of Music de Londres na classe dos professores Gerard McChrystal e Melanie Henry. Estudou Studio Composition” e Sound Design com Dr. Dominic Murcott. Neste momento é doutorando na Escola de Artes da Universidade Católica sob o tema Augmented Musical Performance: Sonic Arts Gestures for Saxophone and Beyond, tendo como orientadores Paulo Ferreira Lopes e John Dack. Foi distinguido com o Prémio de Mérito da Fundação António Pascoal, 1ºPrémio no International Youth Soloist Contest Purmerend na Holanda em 2002, Prémio de Mérito Artístico da Fundação Eng. António de Almeida, Finalista do Harrold Clarke Competition em 2008 e foi vencedor de vários Trinity Music Awards consecutivos em 2007 e 2008 como The Montague Cleeve Scholarship, The Bratton Scolarship e The Trinity College London Scolarship. Foi solista com Orquestra de Sopros do INATEL, New York Composers Ensemble e Symphonic Wind Orchestra of Trinity College of Music. Enquanto instrumentista colaborou com QuadQuartet, Funfarra, FadoMorse, Banda da RTP Porto, Orquestra Portuguesa de Saxofones, Orquestra Nacional do Porto, Trinity College of Music Soloist Ensemble tendo gravado para várias editoras incluindo a Universal Music Portugal, a Espacial e a Naxos. Estreou obras de compositores como Chiel Meijering, Carlos Marques, Filipe Viera, Luís Cardoso, Tjako van Schie, Paulo Perfeito, David Knotts, Dominic Murcott, Hugo Correia, Luís Girão, Martin Park entre outros. É criador e produtor de Wanna Chat, RedRoots, Sound of Shadows, Distorction (encomenda exclusiva do festival Imaginarius). Em parceria com o director artístico do Estúdio Performas, Filipe Pereira apresenta Don’t Shoot at the Saxophone Player. A sua actividade levou-o a apresentar trabalhos em Inglaterra, Holanda, Espanha, França, Suíça, Luxemburgo e Alemanha. Desenvolve actividade pedagógica no Conservatório de Música de Aveiro Calouste Gulbenkian e no Instituto Piaget de Viseu. Desde 2011 é artista residente no Trinity College of Music London. Henrique Portovedo toca exclusivamente com saxofones Selmer (Paris) e é artista internacional RicoReeds. Henrique Portovedo powered by R’Roots www.henriqueportovedo.com 9 Miguel Rosas | Featuring Nasce no Porto a 14 de Fevereiro de 1978. Conclui o curso de Teatro / Interpretação da Academia Contemporânea do Espectáculo em 2000. Participa como actor nos seguintes espectáculos: Encarnado e Maldizeres, ambos com criação e produção do Teatro Bruto para a Expo98. Nós Todos 3, espectáculo musical para a infância, pela companhia Arte Pública (Beja); Caleidoscópio, de Vânia Cosme, com encenação de Ana Luena e Paulo Freixinho e produção do Teatro Bruto, apresentado no TNSJ; Dom Juan de Bertolt Brecht, com encenação de Rogério de Carvalho para o Teatro Bruto (2000). Em 2001, integra novamente o elenco da Companhia Teatro Bruto, para os espectáculos Azul, com encenação de João Paulo Costa; Amarelo, encenação de João Meireles; Vermelho, encenação de Pedro Mendonça; Primárias, direcção de Teatro Bruto para o PONTI Porto 2001, também apresentado no CCB. Participa como protagonista da curta-metragem Pano Cru, de Pedro Caiano, exibido no Fantasporto 2002. Regressa ao palco com A Resistível Ascensão de Arturo Ui, de Bertolt Brecht, encenado por Kuniaki Ida para a ACE/Teatro do Bolhão, em co-produção com o TNSJ. Os Meteoros de Regina Guimarães e Saguenail, com direcção de Pedro Mendonça numa produção do Teatro Bruto realizada em 2003. Já em 2004, O Despertar da Primavera de F. Wedekind, encenação de Nuno Cardoso com produção do TeCa/TNSJ. O Cerejal de Antoin Tchekov, encenação de Rogério de Carvalho para a companhia, A Escola da Noite (Coimbra). 2005, Heartbeat de Miguel Cabral, direcção Miguel Cabral, produção Gerador; Woyzeck de Georg Buchner, encenação de Nuno Cardoso com produção do Teca/TNSJ; O Marido Confundido de Moliere, encenação de José Jorge Duarte para As Comédias do Minho. Em 2006, Plasticina de Vasily Sigarev, encenação de Nuno Cardoso, produção do Teca/TNSJ; Mal Vistos de Gemma Rodriguez, encenação Carlos Costa e Ana Vitorino; A Frente do Progresso, em 2007, ambos com a produção dos Visões Úteis. Ainda em 2007, dirige O Morto lá de Cima com texto de Alberto Lóio, inserido nas festas da cidade do Porto, no café Progresso. Fez assistência de encenação a Júlio Cardoso na peça Yepeto de Roberto Cossa pela Seiva Trupe. “O Ladrão de Sapatos” a partir de Dois perdidos numa noite suja de Plínio Marcos, encenação Catarina Felgueiras e Miguel Cabral. “O Carteiro de Pablo Neruda” de António Skarmeta, encenação de Júlio Cardoso na Seiva Trupe. Em 2008, “O Café” de Carlo Goldoni com encenação de Giorgio Barbieri Corseti, produção do TNSJ. “Estados Eróticos Imediatos de Soren Kierkegaard” de Agustina Bessa Luis, nesta producção da Seiva Trupe, entra como actor e assistente de encenação de Roberto Merino, o encenador. No mesmo ano, entra no elenco do filme de Francisco Manso, “ Assalto ao Santa Maria” uma produção da Take2000. No ano de 2009, fez a assistência de encenação e a direção de cena do espectáculo “Os Saltimbancos” de Chico Buarque encenado por Gabriel Villela, numa produção da Seiva Trupe. “Granada” texto e direção de Miguel Cabral, na Fábrica Social | Fundação José Rodrigues, produção Babel. No Ano de 2010 faz assistencia de encenação a João Mota em “Eu sou a minha própria mulher” de Doug Write, nas comemorações dos 50 anos de carreira do actor Júlio Cardoso. Fez assistência de encenação em “Homens em escabeche” a António Feio. Ainda no mesmo ano, participa como actor na curta-metragem “Quem é o pai do menino Jesus,” realização de José Pinheiro e uma co-produção ESMAE/RTP. Neste ano participou em Falha de Cálculo numa encenação de Bruno Schiapa, integrado no ciclo das matemáticas da Seiva Trupe. Em 2011 integra como actor no elenco de “A Acácia Vermelha” de Manuel Poppe, com encenação de Valdemar Santos numa co- produção Art’imagem/Projec~. Henrique Portovedo powered by R’Roots www.henriqueportovedo.com 10 Filipe Pereira | Produção Artística Nasceu em Aveiro em 1963. Inicia a sua actividade artística no teatro universitário em Coimbra em 82. Entre 87 e 90 prossegue estudos na área da mímica moderna em Amsterdão. Entre 1990 e 92, com uma bolsa da Fundação Gulbenkian e o apoio da Secretaria de Estado da Cultura é estagiário no Workcenter of Jerzy Grotowski (Pontedera, Itália). De regresso a Portugal em 1992, funda o ACTO.Instituto de Arte Dramática. No âmbito do Instituto dirige todas as acções de Formação, Pesquisa e Criação; profere palestras e conferências sobre o teatro e a técnica do actor; em 94 é-lhe atribuída uma bolsa de investigação pela Fundação Gulbenkian; em Maio de 95, no Centro de Arte Moderna José Azeredo Perdigão, profere uma Conferência sobre Training corporal para actores. Traduziu e editou “ Sobre o Teatro de Marionetas” de Heinrich von Kleist. Participou na concepção do projecto Fabbrica Europa (Florença, 1998) Dirigiu e/ou produziu "O Pescador e a Alma", "Claridade Dada Pelo Tempo" (1996), "O Corpo (Con) Sentido" (1997), "Nocturno" (1997), "As Marionetas" (1998, Prémio O Teatro na Década), "O Ramo Dourado" (1999), "Como Uma Formidável Cascata Gelada" (1999), "20 canções de amor e 1 poema desesperado (2000) “Granuaile” (2002), Um Sorriso / A Smile (2002), “Era uma vez…” (2003), "A Transformação" (2004), "…de amor e de dor" (2004), "Non est bonnum esse Hominem solum" (2005), "O Sargento Louco" (2006 e 2009), "Vida de Cão" (2006), "A Espera" (2007) e “Dois Exercícios Performativos” (2009). Concebeu, programou e dirigiu o Programa ESTA — Encontros para a Sensibilização e Animação Teatral e Formação de Audiências em Estarreja (desde 1996). Concebeu, dirigiu e produziu o Festival de Estarreja — ESTA dedicado à temática do Multiculturalismo, Globalização e Diversidade Cultural (1999/2004). Desde 1998 é membro do IETM - Informal European Theatre Meeting participando em todas as reuniões plenárias e forúns. Nesse âmbito concebeu e coordenou as reuniões do Grupo de Trabalho "Multiculturalismo e Globalização" (Cardiff, 1998 / Estarreja 1999 / Barcelona 1999 / Reykjavik 2000). De 2003 a 2006 foi membro do Conselho de Adminstração desta rede internacional. Desde 2007 dirige e programa o Estúdio Performas. Henrique Portovedo powered by R’Roots www.henriqueportovedo.com 11 Chiel Meijering | Composer Chiel Meijering nasceu em 1954 em Amesterdão. Estudou composição com Ton de Leeuw, percussão com Jan Labordus e Jan Pustjens e piano no Amesterdam Conservatory of Music. Cheil Meijering é um dos compositores holandeses com mais trabalhos editados. Já escreveu mais de 700 composições até à data, para todo o tipo de instrumentação imaginável. Tem concentrado o seu trabalho em peças para pequenas formações. Muitas destas peças são apresentadas regularmente na Holanda e no estrangeiro e foram escritas para formações de música de câmara renovadas, tais como, Aurelia Saxophone Quartet, Amsterdam Loeki Stardust Quartet, the Mondriaan String Quartet, the Matangi String Quartet, the Sinfonietta Amsterdam, the Amsterdam Guitar Trio, the Asko Schönberg Ensemble ou German Newcomer Ensemble Spark. Desde 2000, Meijering tem desenvolvido um crescente interesse pela ópera. O incontestável sucesso da sua Alzheimer Opera, que foi premiada em Janeiro de 2006 no Muziekgebouw Aan ́t, marcou o seu despontar para as grandes audiências. “Alzheimer” foi rapidamente seguida por várias produções, tais como, “Styx”, “De Keiser is Knetter”, “Grenspost Zinnenwald” e “Blauwbaard”. Presentemente está a trabalhar numa nova ópera para a Holland Opera Company, para ser apresentada em 2011. Recebeu ainda um convite da Asko / Schönberg Ensemble em cooperação com Concertgebouw Amsterdam, para uma pequena ópera para crianças, que vai ser apresentada a cerca de 5000 crianças durante 4 dias. Algumas das músicas vão ser cantadas pelas crianças como parte de um projecto educacional. Uma forte característica do trabalho de Meijering é a larga variedade de estilos. Sem qualquer dificuldade, ele parece moverse entre diferentes mundos musicais e estilos, criando diferentes texturas em cada um dos seus trabalhos. Alguns deles lembram pop, jazz ou world music, outros são escritos numa tradição clássica ou mostram elementos avant-garde. Meijering é conduzido pela espontaneidade. Os seus trabalhos de têm sempre títulos pragmáticos, por vezes humorísticos ou provocadores. Os exemplos, incluem “I Hate Mozart” (para flauta, saxofone alto, harpa e violino), “I ́ve Never Seen a Straight Banana” (para saxofone alto, marimba, piano, harpa e violino), “If the Camels Don ́t Get You, the Fatimas Must!” (para violino), “When the Cock Crowed His Warning” (para viola, violoncelo e piano), “GangBang” (para orquestra e guitarra eléctrica) e “Background-Music for Non-Entertainment Use in Order to Cover Unwanted Noise” (para quarteto de saxofones). Esta filosofia remonta aos anos 70 quando tentou separar-se dos demais, que nomeavam as suas peças “Sonata no 33” ou “Symphonie no 15”. Agora que já passou dos 50 anos, os títulos de Meijering, bem como a sua música, estão a passar por uma mudança para um lado mais romântico e poético: “Nightbeastcry” (para pequeno piano), “The house with paper walls” (para viola e harpa) ou “Blue shadows flower into light” (para saxofone, orquestra e dois pianos). Meijering conquistou um grande leque de público, não só na Holanda, mas também nos palcos internacionais. A sua música demonstra virtuosismo mas continua acessível e consegue cativar as audiências. A Rainha Beatriz da Holanda, confessou-se amante da música de Meijering, quando encomendou uma das suas composições para um concerto festivo, pela ocasião do seu 60o aniversário. Sem qualquer dúvida, Meijering pode ser descrito como uma das mais populares e famosas vozes da música contemporânea Holandesa. Henrique Portovedo powered by R’Roots www.henriqueportovedo.com 12 Review Don’t Shoot At The Saxophe Player Performas, 23 de Setembro O jovem músico Aveirense Henrique Portovedo fundiu-se com o encenador Filipe Pereira, a fim de produzirem uma performance. Da mistura destes artistas seria de esperar algo soberbo e foi o caso do “Don’t Shoot At The Saxophe Player” apresentado no Estúdio Performas nos passados fins-de-semana de Setembro. Com uma possante presença em palco o musico contracena com Miguel Rosas criando uma dinâmica de espaço, substanciosamente preenchida com um jogo de luz e cor gerado pela excelente equipa técnica e enriquecido pelos vídeos de Daniela Vidal Ferreira. Não me abstenho que estava à espera de uma performance onde a componente musical teria uma dominante forte, e foi o caso. Surpreendi-me com a mistura entre o lado mais dançável de todo o espectáculo misturado com os vários instrumentos de sopro que o Henrique ia executando a contracenar com o actor criando uma mistura funcional do espaço cénico, este despojado de grandes artefactos, o que ajudava a ter uma percepção maior de todo o universo físico. A completar, o visualismo experimental onde a mistura de footage ao estilo vintage, com referencias a movimentos pop-art e film noir, intensamente marcados por uma dominante contrastada da imagem. O parco público presente, manteve uma entusiasmada e contagiante presença, impulsionada pela batida constante, resultando por vezes complicado ficar sentado na cadeira. Poderia quase afirmar que a qualidade da performance é inversamente proporcional à assistência presente. Infelizmente este trabalho de uma qualidade técnica notável ainda não é facilmente absorvido pelo público. “Ouvido duro e vista curta”, diria eu, ou menos receptivos a novas tendências estéticas, a afirmação deste tipo de espectáculos é ainda um desafio para uma equipa que mantém uma fasquia alternativa. Texto e Fotos: Miguel Estima 6 // 13 de Outubro 2011 Henrique Portovedo powered by R’Roots www.henriqueportovedo.com