Turismo de Negócios e Prostituição: Estudo Multi

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Turismo de Negócios e Prostituição: Estudo Multi
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Turismo de Negócios e Prostituição: Estudo Multi-Casos com Garotas de Programas em uma Média
Cidade Mineira
Fernando Ohhira Pereira
Kárem Cristina de Sousa Ribeiro
Edileusa Godoi de Sousa
Pablo Rogers
Resumo
Este trabalho buscou analisar a relação do turismo de negócios com o aumento da prostituição na cidade de
Uberlândia-MG. Inicialmente, construiu-se uma base conceitual com definições fundamentais sobre o
turismo de negócios e ainda, algumas reflexões acerca do tema prostituição. Na seqüência, foi apresentada
uma pesquisa realizada junto às garotas de programas que atuam em Uberlândia-MG. Foi traçado o perfil das
profissionais do sexo e avaliado a influência de hotéis, que acabariam facilitando o contato entre cliente e as
garotas. Por fim, analisou-se o “novo perfil” das profissionais do sexo e a relação com o crescimento da
prostituição como desenvolvimento do turismo de negócios. Os resultados apontaram que o crescimento do
turismo de negócios em Uberlândia-MG resultou no aumento da prostituição, já que os turistas de negócios
são os principais clientes das garotas de programas.
Palavras-chave: Turismo de Negócios, Prostituição, Garotas de Programa.
1. Introdução
O turismo e os diversos segmentos de mercado envolvidos nesse setor se apresentam como grandes e
promissores setores econômicos para os próximos anos. De um modo geral, todas as previsões feitas por
diversos organismos internacionais com destaque para a Organização, Cooperação e Desenvolvimento
Econômico (OECD), a Economist Intelligence Unit (EIU/EUA), European Travel Comission (ETC) e a
Organização Mundial do Turismo (OMT), são indicadoras de tendências de crescimento significativo para as
atividades turísticas com taxas médias anuais que variam de 4% a 8%.
Os números mostram a importância do turismo para o mundo, principalmente, como gerador de
trabalho e renda. Carvalho (2003, p. 206) destaca que, “[...] num pa ís marcado por índices avassaladores de
desemprego, apresenta-se como excelente saída de reabsorção dos trabalhadores demitidos do setor
industrial.”
Neste sentido, Beni (2001) define turismo como:
[...] um elaborado e complexo processo de decisão sobre o que visitar, onde, como e a que preço.
Nesse processo intervêm inúmeros fatores de realizaçã o pessoal e social, de natureza motivacional,
econômica, cultural, ecológica e científica que ditam a escolha dos destinos, a permanência, os meios
de transporte e o alojamento, bem como o objetivo da viagem em si para a fruição tanto material
como subjetiva dos conteúdos de sonhos, desejos, de imaginação projetiva, de enriquecimento
existencial histórico-humanístico, profissional, e de expansão de negócios (BENI, 2001: 37).
Para o setor destacam-se vários segmentos como, por exemplo: turismo religioso, turismo rural,
turismo radical, turismo de negócios e turismo de lazer, sempre com um amplo e diversificado mercado para
cada tipo de consumidor.
Neste estudo, abordou-se o turismo de negócios, com foco na sua possível influência no aumento da
prostituição local. Uma vez que, é característica dos executivos utilizarem serviços de acompanhantes, pois
na maioria das vezes, viajam sozinhos e têm poder econômico. Desta forma, tudo indica que o turismo de
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negócios pode fomentar também a prostituição local.
O objetivo, portanto, foi explorar o conceito turismo de negócios, enfocando o seu desenvolvimento
no contexto da cidade de Uberlândia-MG, mostrando o envolvimento de prostitutas e turistas de negócios no
município. Assim, este trabalho discutiu: como o turismo de negócios tem contribu ído com o crescimento da
prostituição na cidade de Uberlândia-MG?
Desta forma, esta pesquisa destacou o papel das garotas de programa no desenvolvimento do turismo
de negócios em Uberlândia-MG, ou seja, visou-se relacionar a questão do crescimento da prostituição com o
crescimento do turismo de negócios na cidade, traçando o perfil das profissionais do sexo e avaliando a
influência de hotéis, que acabariam facilitando o contato entre cliente e garotas de programa.
Fizeram parte da pesquisa 15 garotas de programa que utilizam o Classificados do Jornal Correio
para divulgar seus telefones e sites na internet. Para a pesquisa junto às garotas que anunciaram no jornal
impresso foi utilizada uma página do dia 22/04/2004.
A coleta de dados foi realizada por meio do formulário, essa técnica deve ser entendida como um
“[...] roteiro de perguntas enunciadas pelo entrevistador e preenchidas por ele com as respostas do
pesquisado.” (LAKATOS, 1992, p. 107). Com questões fechadas, os pesquisadores deixaram claro para as
garotas pesquisadas que não era necessário se identificar. Esta coleta de dados se realizou por telefone, com
números encontrados na página do Classificados do Jornal Correio e em sites de casas de massagem na
internet.
Por se tratar de “prostitutas de luxo”, não foi possível realizar entrevistas pessoalmente, pois além de
não terem tempo para encontros, muitas queriam cobrar o valor de R$ 50,00 para a coleta de dados ser feita
pessoalmente.
Portanto, para discutir esta temática, este trabalho se estruturou da seguinte forma: primeiramente foi
realizada uma exposição sobre os conceitos encontrados na literatura sobre o turismo de negócios, e em
seqüência exposto algumas considerações sobre a prostituição e a sua relação com o turismo de negócios. A
partir daí, foi realizada uma análise do município de Uberlândia e sua infra-estrutura, mostrando o potencial
que a cidade tem para o turismo de negócios e os grandes investimentos em hotelaria. Por fim, foram
analisados os formulários da pesquisa, o que possibilitou identificar o perfil das garotas de programa e as
características do serviço sexual em Uberlândia e sua relação com o turismo de negócios.
2. Turismo de Negócios e Prostituição
O turismo de negócios movimenta vários setores da economia, como meios de transportes,
restaurantes, hotelaria o comércio que lucram junto ao seu desenvolvimento.
Ao analisar este segmento, Beni (2001) o conceitua como:
[...] deslocamento de executivos e homens de negócios, portanto turistas potenciais, que afluem aos
grandes centros empresariais e cosmopolitas a fim de efetuarem transações e atividades profissionais,
comerciais e industriais, empregando seu tempo livre no consumo de recreação e entretenimento
típicos desses grandes centros, incluindo-se também a freqüência a restaurantes com gastronomia
típica e internacional. (BENI, 2001, p. 423)
Ao seguir este raciocínio, não se pode privar o turista de conhecer ou de permitir que dentro das leis,
façam o querem. E colocando o foco sobre a prostituição e lazer, fica fácil observar a união entre o turismo e
a prostituição.
A prostituição parece que sempre esteve inserida na sociedade. Contudo, a sociedade capitalista a
reprimiu como forma de trabalho, mas nunca conseguiu extingui-la. De acordo com Machado (1988), a
sociedade capitalista enxerga a prostituição como forma de trabalho, mas a considera algo “sujo”:
Além de um trabalho sujo, é provável que moralmente nunca tenha se desligado da figura do pecado:
é um trabalho, mas, mais que isso, é um trabalho contraditório porque pode conduzir ou produzir
prazer e se isso se dá, associa -se a ele a vergonha. (MACHADO, 1988, p. 40)
A igreja durante a hist ória sempre condenou o prazer proporcionado pelo sexo. Os homens reprimiam
o desejo fazendo jejum e autopunição. Fagundes (1998) analisou este contexto:
A atividade sexual tornou-se sinônimo de perda, de queda e quase de morte. A sexualidade foi
banida pela cristandade como o advento da castidade, a abstinência de atividade sexual tornou-se
virtude máxima. (FAGUNDES, 1998, p. 16)
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O discurso da igreja reprimindo o sexo ajudou a sociedade burguesa na busca de uma
disciplinarização e higienização da sociedade capitalista.
A medicina com o discurso higienista, apoiada pela ciência, pesquisou sobre os aspectos sociais das
prostitutas verificando como vivem, quem utiliza seus serviços e discutindo as suas doenças. Criaram-se,
então, medidas para evitar o contato das prostitutas com a sociedade. A doença entrou como a maior
preocupação para seu estratégico controle.
Assim, para a medicina aprofundar seus estudos sobre a prostituição foi necess ário deixar de vê-la
como pecado, adotou-se então, uma perspectiva com a preocupação da prevenção de doenças venéreas.
No discurso médico, a sociedade era o “corpo social” que sempre deveria estar saudável com o
progresso, pois o capitalismo necessitaria de uma sociedade disciplinada e qualquer atividade que pudesse
degradar o corpo seria vista como uma doença.
Desta maneira, a figura da prostituta foi estigmatizada e mal vista por todos. Contudo, atualmente este
perfil de mulher marginalizada, suja, que se vende para sobreviver está se transformando. De acordo com
Fonseca (2005, p. 1): “Hoje, um número crescente de prostitutas é gente comum e está mais próxima de nós
do que se imagina. Pode ser aquela pacata vizinha, uma colega de faculdade ou aquela balconista bonitinha.”
O comércio sexual tem evoluído criando um novo perfil, e os intermediários como cafetões e rufiões
estão sendo dispensados. Elas estão utilizando a tecnologia como o celular, a internet, o marketing em jornais
e os cartões para trabalhar por conta própria. As garotas que trabalham em agências não se preocupam com o
marketing, o agenciador divulga com a distribuição de cartões em hot éis, restaurantes e mala direta e nos
sites na internet.
A internet tem facilitado o contato entre cliente e a prostituta, os sites contêm fotos e telefones das
garotas que ajuda na escolha conforme o gosto do cliente. O weblog - uma página web atualizada
freqüentemente, composta por pequenos parágrafos apresentado de forma cronológica - é também uma opção
utilizada em sites para dar nota a uma garota de programa e fazer comentários, estimulando outros
internautas a fazer programa com uma prostituta e também para as garotas de programa contar suas
experiências com clientes.
Com a evolu ção dos meios de informação o comportamento das prostitutas está alterando. Hoje elas
não precisam sair para ruas, com roupas curtas, para conseguir programas. As novas profissionais do sexo
escapam do estigma da antiga prostituta de rua, que era vista como um “lixo” pela sociedade, vivendo em
guetos e vendendo seu corpo para sobreviver. Com a violência dos centros urbanos, elas preferem ficar em
agências ou casas de show e até mesmo em casa esperando ligação. Muitas utilizam a prostituição como um
extra para melhorar a renda.
Ao analisar o cenário da cidade de Uberlândia-MG, tudo aponta que foi a partir do desenvolvimento
do turismo de negócios que houve o crescimento da prostituição de luxo para executivos no município.
A seguir foi apresentada uma análise da infra-estrutura de Uberlândia, mostrando o potencial que a
cidade tem para o turismo de negócios e os grandes investimentos em hotelaria.
3. Sobre a cidade de Uberlândia -MG
Localizada em Minas Gerais, no Triângulo Mineiro, com uma população de aproximadamente 600
mil habitantes, Uberlândia é hoje o maior centro atacadista-distribuidor do país, sendo sede de grandes
empresas, como o Grupo Algar, Martins, Souza Cruz e Monsanto. Está estrategicamente entre cinco
principais capitais: Campo Grande, Cuiabá, Goiânia, Belo Horizonte, São Paulo e Brasília.
Os investimentos em infra-estrutura hoteleira têm sido relevante , principalmente para a captação de
eventos. Os hotéis no município são em sua maioria de duas a três estrelas. Segundo dados da Secretaria
Municipal de Turismo, Uberlândia conta com 1.804 unidades habitacionais, totalizando 3.455 leitos. Nessa
estrutura, estão empregadas, atualmente, mais de 600 pessoas. (BARCELOS, 2002)
O Center Convention é outro potencial para atender os executivos e eventos, com capacidade para
quatro mil pessoas com suas instalações de alta tecnologia e a qualidade na prestação de serviços. A cidade
conta também com o Convention & Visitor Bureau, que tem como objetivo captar e promover eventos
divulgando o município nacionalmente e internacionalmente.
Para o acesso, Uberlândia possui rodovias que ligam aos principais centros do país, contabilizando
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anualmente cerca de 1,3 milhões de passantes. O aeroporto Tenente Cel. Aviador César Bombonato
conta em média com 17 vôos diários segundo estatísticos da Infraero, das empresas: TAM, Varig, Totais
Linhas Aéreas, Gol e a companhia Passaredo.
Uberlândia é uma cidade que possui muitas faculdades e universidades - UFU, UNITRI, UNIMINAS,
UNIPAC, ESAMC, FPU, Faculdade Católica e UNIUBE. Recebe semestralmente e anualmente estudantes
de vários municípios e estados.
Com o crescimento do turismo de negócios e as exigências do mercado, o SENAC, MICROLINS,
CENATEC e COTEMGE passaram a oferecer cursos técnicos na área para aperfeiçoamento profissional.
O município de Uberlândia se destaca com grandes empresas e pela infra-estrutura em eventos onde
negócios são realizados diariamente. Contudo, juntamente com o crescimento do turismo, várias outras
atividades se desenvolvem diretamente ou indiretamente. Destaca-se a prostituição como forma de trabalho
que tudo indica tem aumentado, indiretamente, com o turismo de negócios na cidade.
Neste contexto, sobressai-se a hotelaria por ter um papel fundamental para infra-estrutura tur ística, e
seu valor para o turismo de negócios em Uberlândia, servindo também de apoio para prostituição.
Existem na cidade hotéis de padrão econômico e luxo que recebem diariamente homens de negócios.
Segundo Dias (2002), hotel é uma palavra de origem francesa que:
[...] designava os edifícios, públicos ou privados, que fossem suntuosos e imponentes em relaçã o aos
demais da localidade. Assim, até hoje, pode-se observar, na França, a utilização do nome hôtel não
só para designar um meio de hospedagem, mas também para identificar edifícios que se destaquem,
pelo porte, estilo arquitetônico ou quaisquer outras características. (DIAS, 2002, p. 99)
Em Uberlândia, muitos hotéis aceitam e alguns até facilitam a prostituição, oferecendo um apoio
intermediário para os executivos que procuram garotas de programa, cobrando apenas um adicional na
diária, transformando o hotel em Motel.
No Brasil, o termo motel e hotel têm significados diferentes, o motel surgiu nos Estados Unidos
como hospedagem situada a rodovias para viajantes e depois foi incorporado em nosso país com outra
finalidade, afastado do centro, o motel serve para encontros amorosos tanto por sua segurança como por
manter o anonimato dos casais.
No caso brasileiro, com a violência urbana, os casais que mantinham seus encontros em automóveis,
ruas desertas, foram obrigados a procurar segurança, que era oferecida em motéis. Devido o sexo ser
considerado um prazer, ser reprimindo e estigmatizado como pecado, as pessoas procuraram um local para
manterem suas relações sexuais longe do olhar repressor da sociedade, o motel passou a idéia do sigilo e
segurança.
Neste cenário, os hotéis brasileiros tiveram que se adaptar a essa nova realidade, passando a aceitar,
mesmo que de uma maneira discreta, os hóspedes, acompanhados de garotas de programa, pois a satisfação
destes esteve sempre em primeiro lugar.
Na cidade de Uberlândia esta realidade não é diferente. Verificou-se que existe uma relação entre
prostituição e os meios de hospedagem na cidade. Esta relação, em sua maioria, é imposta pelo pr óprio
hóspede (cliente) e pela preocupação da “máxima satisfação”, devido à concorrência entre os hotéis.
Portanto, tudo aponta que o turismo de negócios movimenta o comércio do sexo na cidade, com a
grande procura por “sexo fácil”. As garotas de programa encontraram neste público a oportunidade para
oferecer seus serviços. Há o apoio intermediário dos profissionais que trabalham em hotéis e restaurantes que
facilitam o contato entre prostituta e cliente, recebendo em troca uma “caixinha”.
Em seqüência, foram apresentados os dados obtidos por meio da pesquisa empírica, cuja análise
destes foi possível apontar as causas que levam as mulheres a se prostituir, o perfil delas, o público alvo, a
complexa estrutura presente e mesmo as suas ligações com a infra-estrutura hoteleira do município de
Uberlândia.
4. A Prostituição e Suas Características em Uberlândia
Os resultados da pesquisa empírica apontam que as garotas de programa em Uberlândia são jovens,
53 % das entrevistadas têm entre 18 a 22 anos, e 47% têm entre 23 a 29 anos (Gráfico 1). A idade é um fator
importante na prostituição, quanto mais jovem, mais valiosa é a garota. Em Uberlândia, constatou-se que,
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além de serem garotas jovens e de classe média, a maioria faz programas para manter o status,
comprando bolsas, sapatos e roupas de grife. Algumas trabalham durante o dia e fazem programas a noite.
Chegam a faturar R$ 5.000 por mês. Atendem a hotéis, motéis e domicílio.
Gráfico 1
8
7
6
5
18 a 22 anos
4
23 a 29 anos
3
2
30 a 44 anos
1
Acima de 45
anos
0
Idade
O Gráfico 2 mostra o estado civil das prostitutas pesquisadas. 80 % são solteiras e 20% divorciadas.
As solteiras, em maioria, são garotas jovens. Muitas dizem não ter nenhum namorado por opção ou que o
namorado não aceitaria sua profissão. As divorciadas têm que ganhar dinheiro para cuidar da família.
Gráfico 2
12
10
8
Solteira
6
Casada
4
Divorciada
2
0
Estado Civil
Conforme o Gráfico 3, 33% das prostitutas têm filhos, a maioria com 1 filho, de namoro que não deu
certo ou pai que não paga pensão e não assume a criança. Sem emprego ou apoio da família, a prostituição
apareceu como uma forma de ganhar dinheiro rápido e fácil, possibilitando uma vida melhor ao filho. Mas, a
maior parte das prostitutas pesquisadas (67%) não tem filhos.
Gráfico 3
10
8
6
SIM
4
NÃO
2
0
Tem Filhos
Quanto ao grau de escolaridade (Gráfico 4), 47% terminaram o segundo grau e não voltaram a
estudar. Isto mostra a dificuldade das garotas de programa em conseguir um emprego. Hoje o mercado exige
que a pessoa seja qualificada. 33% cursam o terceiro grau, muitas prostitutas estudam em faculdades
particulares. Algumas prostituem para pagar os estudos e sonham em um dia parar de fazer programa, quando
tiver um emprego decente. Vale lembrar que esta pesquisa foi realizada com os telefones de anúncio do
Classificados, ou seja, a maioria das profissionais trabalha por conta própria. Nas agências, o número de
universitárias é maior. 7% cursam o segundo grau e querem continuar os estudos, 7% têm o primeiro grau
incompleto e 7% o terceiro grau incompleto não pensam em voltar a estudar. Algumas garotas pensam que o
estudo pode tirá-la um dia da prostituição. Outras acreditam que nunca ganharão o suficiente com o estudo e
preferem levar a vida da prostituição.
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Gráfico 4
Primeiro grau completo
7
Primeiro grau cursando
6
Primeiro grau incompleto
5
Segundo grau completo
4
Segundo grau cursando
3
Segundo grau incompleto
2
Terceiro grau completo
1
Terceiro grau cursando
0
Terceiro grau incompleto
Escolaridade
Com relação a naturalidade das prostitutas (Gráfico 5), 33% que trabalham em Uberlândia são de
Goiás. De Minas Gerais são 13% de garotas. No município, são 20% uberlandenses, 13% do estado do Pará,
7% de São Paulo e 7% de Santa Catarina. Analisando estes dados, é interessante ressaltar que na prostituição,
as garotas que trabalham em agência ficam um tempo em uma cidade e se mudam para outra, tendo uma
grande rotatividade. Verificou-se por meio dos resultados da pesquisa que várias das prostitutas vieram a
Uberlândia em busca de emprego e acabaram na prostituição, e outras já vieram para se prostituir. As
agências contratam sempre garotas novas para ter “novidade” para o cliente.
Gráfico 5
5
Uberlândia
4
Minas Gerais
São Paulo
3
Goiás
2
Rio de Janeiro
Pará
1
Santa Catarina
Espirito Santo
0
Procedência
Em Uberlândia, 27 % por conta própria, 60% trabalham em agências, e 7% em casa de massagem e
casa de show (Gráfico 6). A maioria das profissionais trabalha em agência. Esta oferece para as garotas,
principalmente para universitárias, o anonimato. A própria agência toma conta do marketing com anúncios e
distribuições de cartões, mala direta aos clientes, não expondo a imagem da garotas de programa. Diferente
das garotas que fazem programas por conta própria, estas profissionais fazem todo o marketing pessoal e
dizem que faturam mais que se tivessem em alguma agência.
Gráfico 6
10
8
Por conta própria
6
Agência
4
Casa de Massagem
2
Casa de Show
0
Trabalho
As garotas de programas utilizam mais de um meio para divulgar seus serviços. O Gráfico 7 mostra
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que 40% utilizam o Jornal Correio , 6% indicação de hotéis, 11% utilizam a internet, 6% divulgam entre
taxistas, 22% a agência divulga, 17% utilizam cartões com distribuição em hotéis, restaurantes e semáforos,
6% no Diário Comercial que é um jornal do comércio divulgado uma vez por semana. Analisando o Gráfico
7, percebe-se que a divulgação é importante para as “novas prostitutas”, pois estas aguardam a ligação do
cliente. Elas utilizam também a estratégia de divulgar mais de um número de telefone e pseudônimo para
conseguir mais ligações.
As garotas de programa ficam com medo de falar sobre a divulgação, principalmente quando envolve
hotel e restaurante, por saberem que os hotéis em Uberl ândia têm resistência a divulgação da prostituição,
diferente das capitais que os hotéis oferecem Books com fotos das garotas.
Gráfico 7
Jornal Correio
6
Indicação de Hotéis
5
Site na Internet
4
3
Intermediários
2
Taxistas
1
Agência
Cartões
0
Meios utilizados para
divulgação
Diário Comercial
No Gráfico 8, fica comprovado que o público alvo é o executivo que vem a cidade a negócios com
71%: 19 % atendem a moradores da cidade, principalmente em casas de show e massagem, cerca de 10% a
turista que visitam Uberlândia. As prostitutas atendem moradores, mas todas as entrevistadas confirmaram
que o executivo é o principal cliente, aquele que não reclama do preço do programa e sempre utiliza seus
serviços. Com estes dados, constata-se que realmente o turismo de negócios na cidade favorece a
prostituição. Os executivos são os melhores clientes, e a procura aumenta quando a cidade realiza grandes
eventos segundo as prostitutas.
Gráfico 8
15
Executivos (turista de
negócios)
10
Moradores da cidade
5
Turista
0
Público Alvo
O Gráfico 9 evidencia que o uso da tecnologia é a melhor forma de conseguir programas. As garotas
de programas não saem de casa ou agência, elas esperam o chamado do cliente via telefone. 53% acham que
o telefone é mais utilizado para conseguir o programa, 33% falaram que nenhum lugar é bom para programa,
e 13% disseram que a agência é o melhor lugar. Esta é a característica da “nova prostituta”, aquela que
abandonou as ruas e passou a utilizar mais as novas tecnologias como celular, e sites para conseguir
programas.
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Gráfico 9
8
Shopping Center
6
Perto de hotéis
Boates Swinger
4
Nenhum desses
lugares
Telefone
2
0
Agência
Melhor lugar para conseguir programa
Quanto ao local onde é realizado o programa (Gráfico 10), 61% afirmaram que utilizam o hotel onde
o cliente está hospedado, o que comprova que os hotéis aceitam os hospedes acompanhado por garotas de
programa. Apesar de alguns hotéis n ão aceitarem prostitutas em seus estabelecimentos, ele acabam não tendo
alternativa, pois o principal cliente (executivo) utiliza os serviços das prostitutas e não se importa em pagar
um adicional na diária: 26% utilizam o motel sendo levadas pelos executivos e também por moradores da
cidade, 9% é realizado na casa do cliente e 4% casa de show onde o cliente pode fazer o programa.
Gráfico 10
14
Motel
12
Hotéis Rotativos
10
8
Hotel onde o cliente
está hospedado
6
Casa de massagem
4
Casa do cliente
2
Casa de show
0
Local onde é realizados os programas
Conforme o Gráfico 11, as profissionais do sexo em Uberlândia cobram em média de 90,00 a 140,00
reais por programa, são 56 % das entrevistadas: 31% cobram de 50,00 a 80,00 e 13% mais de 200,00 reais. O
programa varia de cliente para cliente, são as garotas que definem quanto será o programa, o tempo de
duração também é contado, um programa mais de 1 hora custa acima de 100,00 reais. Assim, uma prostituta
que consegue um programa por dia, no final da semana ganha em média 700 reais, um valor em que
provavelmente, nenhuma empresa em Uberlândia paga para um funcionário sem estudo ou graduando.
Gráfico 11
10
8
R$ 50,00 a 80,00
6
4
R$ 90,00 a 140,00
2
Mais de R$ 200,00
0
Ganho Médio programa
Conforme se constata no Gráfico 12, 100% das profissionais do sexo fazem mais de 30 programas
mensais. Algumas chegam a fazer 60 programas por mês. Faturando em média acima de R$ 3.000,00.
Portanto, fica evidente porque muitas jovens escolhem a prostituição, o sal ário é bom e não tem necessidade
de diploma.
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Gráfico 12
15
10
De 1 a 6
De 6 a 12
5
De 12 a 60
0
Quantos Programas Mensais
De acordo com o gráfico 13, 13% disseram que sofreram repressão por saberem que ela era garota de
programa: 87% relataram não ter sofrido repressão em nenhum lugar. A partir destes dados percebe-se que a
população está aceitando mais a prostituição como forma de trabalho.
As garotas quando fazem uma compra e precisam revelar sua profissão, não ficam constrangidas em
falar que são prostitutas. Portanto, tudo indica que o preconceito de antigamente está sendo mudado.
Gráfico 13
14
12
10
8
Sim
6
4
Não
2
0
Existe repressão nos locais
frequentados
Conforme o Gráfico 14, 13% disseram que existe a prostituição de menores, 67% confirmaram que
não existe prostituição de menores, principalmente em agências que elas são obrigadas a apresentarem
documentos e assinarem um contrato que estão fazendo programa por opção própria: 20% não sabem da
existência da prostituição infantil.
Gráfico 14
10
8
6
Sim
4
Não
2
Não sabe
0
Existe prostituição de
menores da cidade
De acordo com o Gráfico 15, 38% se prostituem por dificuldade financeira, por não conseguirem
encontrar um emprego digno: 50% começaram com a prostituição por independência financeira - queriam
comprar suas coisas sem depender de ninguém: 13% pelo pr óprio prazer. Nota-se que o motivo que levam as
garotas a optar pela prostituição est á relacionado com o dinheiro. Em segundo, vem o status social, pois
algumas garotas de programa são consumistas e um emprego de secretária não tem condição de dar o luxo
que elas almejam.
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Gráfico 15
8
6
Dificuldade Financeira
4
Independência Financeira
Influência de outros
2
Próprio Prazer
0
Motivo para prostituir
Outros
O Gráfico 16 mostra que as prostitutas têm consciência do uso de preservativo. 100% das
entrevistadas responderam que fazem programa com camisinha e sempre têm preservativos na bolsa. Nas
agências onde trabalham, existe sempre instrução para a prevenção das doenças sexualmente transmissíveis e
o nível de educação das garotas que trabalham em Uberlândia, nestas agências é alto, por muitas estarem
cursando o terceiro grau.
Gráfico 16
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Sempre
Algumas vezes
Nunca
Usa Preservativo
Os dados mostrados no Gráfico 16 que indicaram que todas usam preservativo, podem ser
confirmados no Gráfico 17, que mostra as doenças mais comuns neste meio: 93% não conhece alguma
colega que tenha contraído uma doença no trabalho. Elas sempre usam camisinha e fazem exames duas vezes
por ano: 7% disseram que algumas colegas tiveram o corrimento vaginal. Estes dados apontam a existência
da consciência por parte das prostitutas pesquisadas sobre as DST´s (Doença Sexualmente Transmissível).
Gráfico 17
14
12
Aids
10
Gonorréia
8
6
Sifílis
4
Corrimento
vaginal
Não sabe
2
0
Doença mais comum neste meio
Conforme o Gráfico 18, 80% concordaram que Uberlândia favorece a prostituição, principalmente
quando se está desempregada, quase passando fome, e olha nos Classificados de emprego a notícia que está
precisando de moças para trabalhar em agência e casas de massagem com ótimos ganhos. Dessa maneira, a
promessa de “dinheiro fácil” na prostituição parece encorajar muitas garotas: 20% não concordam que a
cidade facilita a prostituição.
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TURISMO DE NEGÓCIOS E A QUESTÃO SEXUAL: GAROTAS DE PROGRAMA E... Página 11 de 13
Gráfico 18
12
10
8
6
Sim
4
Não
2
0
Uberlândia favorece a profissão
Os resultados da pesquisa apontam que existe o apoio intermediário para a prática da prostituição em
Uberlândia. O Gráfico 19 mostra que 60% confirmaram que alguns profissionais ajudam, mas querem uma
“caixinha” pela ajuda: 40 % afirmaram a inexistência da ajuda. Nesta pergunta, foi notado que as garotas
tinham medo de falar da existência da ajuda, talvez por pensarem que poderiam ser prejudicadas futuramente.
Gráfico 19
10
8
6
4
Sim
2
Não
0
Existe ajuda de "apoio
intermediário"
Os recepcionistas de hotel são os que mais “ajudam” as garotas de programa, com 44% das respostas
das garotas pesquisadas: 19 % são indicadas pelos taxistas que também recebem depois do programa, e 38%
disseram não ter ajuda de ninguém somente o chamado do cliente. O Gráfico 20 confirma que o hotel é o
lugar onde se inicia a procura do hóspede pela prostituição e os recepcionistas facilitam o contato.
Gráfico 20
7
6
Garçons
5
Segurança de hotéis
e motéis
4
Recepcionista de
hotel
3
2
Taxista
1
0
Não existe
Quais profissionais ajudam
O Gráfico 21, mostra que 60% responderam que pagam uma comissão pelo chamado no hotel ou
motel, 40% disseram que não pagam nada. A comissão pela indicação da garota é em média 20 reais por
chamada. Ou se a garota for indicada três vezes o recepcionista faz um programa de graça. Esta comissão
estimula os profissionais a ligar para as prostitutas, no caso de serem garotas de agência, o pr óprio
agenciador dá uma gratifica ção.
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TURISMO DE NEGÓCIOS E A QUESTÃO SEXUAL: GAROTAS DE PROGRAMA E... Página 12 de 13
Gráfico 21
10
8
Sim
6
Não
4
De 10,00
2
De 20,00
0
Existe comissão pela ajuda?
Quantos reais?
Em relação à legaliza ção da prostituição (Gráfico 22), 60% acham que a legalização é adequada por
oferecer benefícios futuramente, 7% são contra a lei e 53% não conhecem o projeto lei para legalização. Não
existe uma preocupação por parte das prostitutas da cidade em relação a leis para melhoria da profissão, pois
para elas esta é uma fase passageira.
Gráfico 22
8
7
6
5
4
3
2
1
0
É adequado, pois
oferece aposentadoria
e benefícios
Sou contra
Não conhece
O que acha da Legalização da
prostituição, do Projeto Lei de
Fernando Gabeira
De acordo com o Gráfico 23, 93 % não assinariam a carteira de trabalho, como profissional do sexo
nem elas assumem a profissão por ser estigmatizada e pelo medo do preconceito: 7% assinariam a carteira.
Este gráfico mostra que se o projeto for aprovado, ele não terá aprovação pelas prostitutas da cidade, elas
sonham em um dia deixar de fazer programas e terem uma vida normal.
Gráfico 23
14
12
10
8
Sim
6
4
Não
2
0
Assinaria a Carteira de Trabalho,
como profissional do Sexo
Em síntese, o perfil das profissionais do sexo em Uberlândia é em sua maioria jovens de 18 a 25 anos,
solteiras, algumas têm filho, terminaram o segundo grau e estudam, fazem cursinho ou estão cursando o
terceiro grau e são de vários lugares do Brasil. Trabalham por conta própria e por agência, utilizam o Jornal
Correio, cartões e sites para a divulga ção dos serviços, tem como público alvo os executivos, o telefone é a
principal ferramenta para o contato, utilizam os hotéis em que os clientes estão hospedados, ganham em
média R$ 100,00 por programa e fazem mais de 30 por mês.
Começaram na prostituição pela independência financeira, tem consciência sobre as DST’s (Doença
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Sexualmente Transmissível) e sempre usam preservativos, acham que a cidade favorece a prostituição, tem
ajuda de recepcionista de hotel e pagam pela ajuda, não conhece sobre a legalização da prostituição e se a lei
for aprovada não assinariam carteira como “prostituta”.
5. Conclusão
A cidade de Uberlândia/MG se desenvolveu por sua localização e com os investimentos de grandes
empresas no município. Hoje é o maior pólo atacadista e atrai empresas e executivos a negócios. Com sua
infra-estrutura hoteleira e para eventos capta congressos, feiras nacionais e internacionais.
Com o crescimento do turismo de negócios no munic ípio, a pesquisa revelou o estágio incipiente da
oferta de serviços sexuais de garotas de programa de luxo. Somando-se todos os fatos, é possível perceber
que como toda atividade altamente rentável, no caso a prostituição feminina, existe toda uma estrutura
confinada que a controla, com detalhes muitas vezes imperceptíveis e minuciosos. Um fator bastante
relevante é a presença de turistas de negócios na região, o que movimenta bastante esta prática local. Há uma
vasta opção de hospedagem que foi se concretizando ao longo dos anos e, a grande maioria das pessoas que
trabalham para atender aos turistas de negócios, além de cumprirem com os serviços usuais, fornecem
informações ou mesmo disponibilizam dos serviços ligados ao sexo.
Conclui-se que, a prostituição ligada ao turismo de negócios já é uma prática vinculada à cidade, e
poderá a vir prejudicar a imagem de Uberlândia, afinal, conforme analisado, prostituição não é crime, mas
sofre diversos tabus aos olhos da sociedade.
Portanto, existe a necessidade de um maior conhecimento e discussão do assunto, para que tal atividade
não deteriore um ramo que pode atrair investimentos e alavancar a economia local, como o turismo.
6. Referências Bibliográficas
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BENI, Mário Carlos. 2001. Análise Estrutural do Turismo. 6. ed. São Paulo: Editora SENAC.
CARVALHO, Rodrigo José Vieira. 2003. Turismo Sexual: a transmutação do espaço e do sentimento no
Turismo. Disponível em: <http://www.estudosturisticos.com.br>. Acesso em: 23 de ago. 2005.
______. 2003. Turismo Sexual: O Turismo Sexual, uma realidade brasileira em pauta. Disponível em:
<http://www.estudosturisticos.com.br>. Acesso em: 23 de ago. 2005.
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FAGUNDES, Flávio Rezende. 1998. Av. João Naves de Ávila, Um Duplo Sentido para a Tolerância.
Monografia.Uberlândia: UFU.
FONSECA, Cláudia. 2005. In: TRINDADE, Eliane. Microempresárias do Sexo. Disponível em:
<http://www.terra.com.br/istoe/politica/146416.htm>. Acesso em: 26 dez. 2005.
LAKATOS, Eva Maria, MARCONI, Marina de Andrade. 1992. Metodologia do Trabalho Científico:
procedimentos básicos, pesquisa bibliográfica, projeto e relatório, publicações e trabalhos científicos . 4. ed.
São Paulo: Atlas.
MACHADO, Maria Clara Tomaz. 1988. Prostituição: Além da Moral Burguesa Um misto de resistência e
conformismo. In: História e Perspectivas, Uberlândia, 1 (1): 37-53, Jul. Dez.
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