Outubro - SBACV – Regional São Paulo

Transcrição

Outubro - SBACV – Regional São Paulo
Biênio 2010 / 2011
Nº 119 - OUT / 2010
In fo r m a t ivo da S ociedade B rasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular - S P
IMPRESSO
Impresso fechado pode ser aberto pelo ECT
Médico: pessoa física
ou jurídica?
Os médicos podem ser contratados por hospitais, clínicas ou planos de saúde como ‘pessoa física’ ou ‘jurídica’.
Veja as diferenças existentes quanto às questões contábeis nestas modalidades
Seccionais
Reunião Científica
Veja as atividades das Seccionais e a
programação completa do Programa
Circulando
Pág.: 4
Confira os trabalhos discutidos no mês
de setembro
Pág.: 6
Fique por dentro
Confira a programação do 4º Dia
Vascular que acontecerá no dia 28 de
novembro
Pág.: 10
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E ditorial
Vamos prestigiar o “Dia Vascular” em São Paulo
Este ano o 4º Dia Vascular - Saúde Vascular e Exercício será no domingo, 27 de novembro, no Parque Villa
Lobos, em São Paulo, e esperamos ter o mesmo sucesso das edições anteriores. O tema central será qualidade de vida, exercício físico e prevenção das doenças
vasculares periféricas. O evento terá um desenho mais
arrojado: teremos caminhada pelo parque com médicos e
público leigo sob orientação da apresentadora e “personal
trainer” Solange Frazão que irá ministrar palestra sobre
exercício físico e qualidade de vida. O “Dia Vascular” será
bastante divulgado. A imprensa leiga estará presente e
também haverá palestras proferidas por residentes de
cirurgia vascular dos principais hospitais da cidade, que
irão apresentar temas relevantes de nossa especialidade,
com enfoque especial nas medidas preventivas das doenças vasculares. Esperamos com isso aproximar os Cirurgiões Vasculares do público leigo e divulgar nosso campo de
trabalho. Teremos, como sempre, o apoio irrestrito e incondicional de nossos patrocinadores: Kendall, Covidien e Laboratório Aché que fornecerão o suporte logístico e financeiro.
E xpediente
Os Residentes que participarem das palestras receberão inscrição gratuita para o 39º Congresso Brasileiro
de Cirurgia Vascular que ocorrerá em São Paulo, em
2011. Todos os serviços de cirurgia vascular estão convidados. Dia 27 de outubro, durante a reunião científica da
SBACV-SP, haverá prévia sobre a organização do evento,
sendo necessária a participação dos residentes, voluntários e dos responsáveis pelos serviços de cirurgia vascular
que irão participar do projeto.
Marquem na agenda, não esqueçam, domingo de
manhã, dia 28 de novembro no Parque Villa Lobos, em
São Paulo, vamos vestir a camiseta do “Dia Vascular” e
caminhar juntos. Será, além de tudo, uma grande confraternização.
Espero encontrar todos vocês para um caloroso
abraço.
Calógero Presti
Presidente da SBACV-SP 2010-2011
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D efesa profissional
Apresentando resultados
A reunião que aconteceu no dia 1º de
setembro foi presidida pelo ilustre presidente
da APM, Jorge Carlos Machado Curi. Compondo a mesa estava o diretor de Defesa
Profissional da APM, Tomás Smith-Howard, o
diretor Administrativo da APM, Akira Ishida,
o diretor Científico Adjunto da APM, Paulo
Pêgo Fernandes, e o assessor de Defesa
Profissional, Marcos Pimenta.
Na plateia estavam presentes advogados
da APM, AMB, presidente e representantes
das Sociedades de Especialidades Médicas,
presidentes de regionais da APM, de várias
cidades do interior e jornalista.
Estive nessa reunião representando nosso presidente da SBACV-SP, Calógero Presti.
Os assuntos tratados foram:
1. Resultado Enem: XII Encontro Nacional de Entidades Médicas, de 28 a 30 de
julho de 2010, em Brasília. Foi debatida a
valorização do trabalho médico na saúde
pública e suplementar, e sobre o financiamento da área e ensino médico, alertando
para que as Faculdades de Medicina tenham
Hospital e residência médica. Chamou a
atenção para o baixo investimento na saúde
pública: dos 16% do produto interno bruto só
8% são aplicados. A interiorização do médico
precisa ser planejada com um salário justo,
convincente, moradia, instalação de serviço
e transporte dignos. Foi elaborado um manifesto dos Médicos à Nação (detalhes no link
http://www.apm.org.br/aberto/noticias_conteudo.aspx?id=10570).
2. Pesquisas – Valores de consulta
pagos pelos planos de saúde / Datafolha: O diretor de Defesa Profissional da APM,
Tomás Smith-Haward, solicitou aos médicos
que acessassem o site da APM para conhecer
e preencher, sem se identificar, os valores de
consultas pagas pela medicina de grupo, cooperativas, autogestão e seguradoras, para
servir de estratégia de negociação. Em média, tem sido concluído que, subtraindo a
despesa bruta informada de cada consultório,
sobra de R$ 4,00 a R$ 5,00 por consulta.
3. Movimento médico: Tomás pediu
que os médicos denunciassem seus contratos
com as operadoras à ANS:
A Resolução Normativa nº 71, de 2004,
da Agência Nacional de Saúde Suplementar
(ANS) determina que todos os contratos entre operadoras e médicos devem especificar,
com clareza, as regras de reajuste e honorários: forma e periodicidade.
Os médicos credenciados junto a planos
de saúde, cujos contratos não atendem a
essa cláusula, podem enviar a informação e
cópia do contrato à APM, junto à diretoria de
Defesa Profissional, para que possamos encaminhar a ANS, com o cuidado de não expor o nome do médico evitando represálias.
CONTATOS: APM – Defesa Profissional
0800 173-313 / 11-3188-4207
[email protected]
Segundo a ANS, os contratos serão anali-
sados e a Agência dará prazo às empresas
para que providenciem as adequações, especificando os critérios de reajuste. Se não o
fizerem, as operadoras e seguradoras estarão
sujeitas a multas, relativas ao número de
contratos irregulares. Assim sendo, as cópias
enviadas pelos médicos servirão de denúncia
para que a ANS tome essas providências.
Campanha de união da Classe Médica
através de realização de Fóruns pelas Sociedades de Especialidades. O presidente
da APM, Jorge Curi elogiou a realização do
Fórum de Defesa Profissional da SBACV-SP, e
perguntou-me se foram realizados em outros
estados também, recebendo resposta positiva. Pediu que todas as Sociedades de Especialidades também realizem Fóruns como
esse. Por exemplo, a Sociedade de Obstetrícia e Ginecologia de São Paulo (SOGESP)
investiu R$ 600.000,00 divulgando na Folha
de São Paulo todas as injustiças por que
passa essa especialide para conhecimento da
sociedade brasileira. A Sociedade de Cirurgia
de Mão também realizou seu Fórum com a
presença de um representante da Defensoria
Pública.
Um advogado da AMB sugeriu que as entidades representativas da classe médica denunciassem no Supremo Tribunal da Justiça
Federal por julgar a atitude das operadoras
de saúde suplementar como transgressoras do código civil, referente ao contrato de
prestação de serviços. Ele se contrapôs as
minhas ideias de convocar uma assembleia
geral permanente, convidando presidentes
de partidos, médicos deputados, numa tentativa de conseguir uma aprovação de projeto que regularizasse a situação do médico,
do atendimento da saúde do povo brasileiro;
ou o levantamento de um milhão e meio de
assinaturas para apresentar um projeto nesse
sentido, para que a Câmara dos Deputados e
Senado aprovem.
O jornalista e assessor de marketing da
APM, Chico Damaso, contestou a ideia do
advogado e defendeu, também, o levantamento das assinaturas que facilita a apresentação de um projeto, por compreender ser a
maneira mais eficiente, mais objetiva e mais
rápida para conquistarmos nosso objetivo em
forma de Lei.
4. Proposta de mobilização: 18 de
outubro de 2010.
5. Incentivar a expansão de fóruns
promovidos pelas sociedades de especialidades com a participação da APM.
APM continua lutando pela Defesa
Profissional da Categoria
A reunião com as Sociedades de Especialidades aconteceu também no mês de
setembro, só que no dia 21.
Antes da entrevista coletiva com a imprensa, o Presidente da APM, Jorge Carlos
Machado Curi, foi entrevistado pelo Jornal da
Rede Globo, destacando a pesquisa realizada
pela Defesa do Consumidor que concluiu que
Google Imagens
Reunião com Sociedades de Especialidades Médicas, presidentes e diretores
de Defesa Profissional das regionais APM
o usuário está aguardando até seis meses
para marcar uma consulta e se submeter a
um procedimento cirúrgico. Comentou, também, que a ANS, Agência Nacional da Saúde,
implantará novas regras para resolver esses
problemas.
A entrevista com a imprensa contou com
a participação de Diretores da Associação,
jornalistas, representantes de outras entidades médicas e de Sociedades de Especialidades, entre as quais, a SBACV-SP.
O Presidente de Defesa Profissional da
APM, Tomás Smith-Howard, afirmou: “O
atendimento com qualidade aos pacientes
está cada vez mais em risco, por conta da
limitação imposta aos médicos. Há duas vítimas nessa questão, os usuários dos planos
e seguro-saúde e os profissionais credenciados. O livre exercício da medicina está ameaçado.”
O Instituto Data-Folha apresentou uma
pesquisa realizada entre os médicos do dia
23 de junho a 18 de agosto de 2010. Ouviu
200 médicos da capital e 203 do interior. A
média da nota de aprovação das operadoras da saúde suplementar, numa escala de
zero a dez, foi de 4,7. Noventa por cento dos
médicos participantes da pesquisa deram
nota seis pela interferência das operadoras,
e classificaram:
1- Pior plano de saúde: Amil e Cassi.
2- Piores honorários: Medial e Intermédica.
3- Procedimentos burocráticos frequentes.
4- Interferência na autonomia do tempo de
internação denunciado por 56% dos médicos.
5- Interferência no tempo de internação préoperatório condenado por 46%.
6- Glosas e interferência nas medidas
terapêuticas: 79%.
7- Interferência em atos diagnósticos e
terapêuticos, mediante designação de auditores: 71%.
8- Restrições de doenças pré-existentes:
71%.
Novos encontros, reuniões, fóruns, estão
sendo programados pela APM.
Rubem Rino
Diretor do Departamento de
Defesa Profissional da SBACV-SP
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S eccionais
A próxima reunião do Programa Circulando
será realizada no dia 4 de dezembro, na Baixada Santista, no Hotel Parque Balneário Santos.
O evento é uma iniciativa da SBACV-SP e
tem o apoio das empresas Aché, Boehringer
Ingelheim, Covidien e Kendall.
Programa Circulando
Programa
1ª Mesa
Presidente: Adnan Neser
Moderador: Valter Castelli Jr.
2ª Mesa
Presidente: Arual Giusti
Moderador: Álvaro Razuk
10h00 às 10h20: “Angiografia e Angiotomografia: vantagens e desvantagens” – Rina Maria P. Porta.
11h30 às 11h50: “Novos anticoagulantes na
prevenção e tratamento da Trombose Venosa
Profunda de Membros Inferiores” - Erasmo
Simão
10h21 às 10h40: “Avaliação do tratamento
endovascular e da cirurgia convencional no território infra-popliteo” – Ivan Casella.
11h51 às 12h10: “Cirurgia de varizes - Quando realizar safenectomia ou crossectomia” Cid J. Sitrângulo Jr
10h41 às 11h00: “AVC em evolução de origem carotídea – Nova abordagem” – Calógero
Presti.
12h11 às 12h30: “Devemos retirar a escleroterapia da tabela AMB? Prós e contra, estado
atual da discussão e resultado da pesquisa
realizada pela SBACV–SP” - Jorge A. Kalil
No intervalo de cada mesa, haverá 15 minutos de debate.
Mais informações e inscrições, entrar em contato com a secretaria da SBACV-SP através do e-mail [email protected] ou telefone (11) 5087-4888
ABC
Reuniões Científicas
Correção endovascular do AAA
Palestrantes: Álvaro Razuk, Fabio Haddad M. de Almeida e Sidnei José Galego
Data: 25/10/2010
Horário: 20 horas
Aspectos relevantes na trombose de
veia porta:
Palestrantes: Eduardo Antunes da Fonseca e Francisco Cesar Carnevalle
Data: 29/11/2010
Horário: 20 horas
Local: APM São Caetano do Sul - Rua São
Paulo, 1815 – São Caetano do Sul - SP –
Tel.: (11) 4224-4454
5ª reunião
Com o auditório cheio, aconteceu, no dia
27 de setembro, na APM - São Caetano do Sul,
a 5ª reunião de Cirurgia Vascular organizada
pelo diretor da Seccional ABC da SBACV-SP,
Edson Fernando Strefezza.
sor de Fisioterapia da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e fisioterapeuta responsável
no tratamento do Linfedema da Santa Casa
de São Paulo, trouxeram atualizações no diagnóstico e tratamento desta importante patologia.
Na ocasião foi discutido sobre a Terapia
Física Complexa, em que uma abordagem mais
abrangente no tratamento, faz a diferença nos
resultados obtidos ao longo do tempo. Verificou-se, também, a importância da indicação da
linfocintilografia e que não é com uma simples
drenagem linfática que irá trazer uma melhora
na qualidade de vida destes pacientes. A seccional agradece aos palestrantes, à APM São
Caetano do Sul e São Paulo e aos patrocinadores: Medcorp, Aché, Boerhinger Ingelheim,
MM Medical, Biolab, CardioMedical, Montserrat,
Doce a Dois e a todos os participantes.
Após as palestras foram entregues os
Certificados e Placas de Homenagem feitas
por Viviane Alexandra Zocchio, representante
comercial do Laboratório Biolab que homenageou Mauro Figueiredo Carvalho de Andrade.
Edson Antonio Franco, representante comercial do Laboratório Aché que homenageou Andrea Paula e a Mariana Xavier, representante
comercial da MM Medical Produtos Médicos e
Hospitalares Ltda. que homenageou Fernando
Barbosa Benvenuto.
Ao final do evento, todos os participantes
receberam Certificados que contaram com
pontuação do CNA na revalidação do Título
de Especialista e foram agraciados com um
coquetel.
Baixada Santista
Fernando Barbosa Benvenuto, Mauro Figueiredo Carvalho de
Andrade, Edson Fernando Strefezza e Andrea Paula Kafejian
Haddad
Com o tema central sobre Linfopatias, os
palestrantes: Mauro Figueiredo C. Andrade,
doutor em medicina pela USP e membro do
Comitê Executivo da Internacional Society of
Lymphology, Andrea Paula K. Haddad, mestre
doutora em Cirurgia Vascular e responsável
pelo Serviço de Linfologia da Disciplina de Angiologia e Cirurgia Vascular da FM do ABC e o
fisioterapeuta Fernando B. Benvenuto, profes-
Robson de Miranda apresentou o tema
“Padrões de refluxo safeno no eco-doppler e
cirurgia de varizes” na reunião científica da
seccional Baixada Santista, que aconteceu no
dia 14 de outubro. O encontro teve a coordenação da diretora da regional, Maria Cristina
Souza Correa.
Aprisionamento da Artéria Poplítea (Entrapment Syndrome)”, proferida por Marcelo de
Almeida, da Faculdade de Medicina de Marília
(FAMEMA).
“O tema e o palestrante foram sugestões
de Winston Yoshida. Uma grande sugestão já
que essa doença é pouco conhecida. E também conhecemos melhor a abordagem especial que devemos realizar durante o exame do
Duplex Scan”, enfatizou Lima.
No dia 29 de outubro, acontecerá no Restaurante Baby Bufalo, a reunião científica da
seccional Bauru Botucatu com a palestra da
dermatologista, Maria Tereza Castelo Branco
Nakandakari, do Instituto Lauro de Souza Lima
de Bauru, que orientará sobre as complicações
e fisiopatologia das hiperpigmentações e o
tratamento das mesmas, bem como as “dicas”
de cuidados da pele no pré e pós-operatório
em cirurgias de varizes. Concomitantemente,
haverá uma agradável aula sobre “Vinhos”
com degustação sob a coordenação de Paulo
T. Grossi, anestesista de Bauru e do enólogo
Homero, da Adega Paratodos, Botucatu.
Taubaté-São José
dos Campos
“Perspectivas para Profilaxia Farmacológica
de TEV” foi o tema apresentado pelo vascular da USP, Erasmo Simão da Silva, na reunião
científica da seccional, no dia 18 de agosto, no
Novotel, em São José dos Campos.
O evento teve o apoio da SBACV-SP, do
Grupo de Estudos das Patologias do Joelho
do Vale do Paraíba e patrocínio da Boehringer
Ingelheim, com a coordenação do diretor da
seccional, José Eduardo Domingues.
Bauru-Botucatu
Em 29 de setembro, no Baby Bufalo, a seccional, sob a coordenação de seu diretor, Artur
J. Rocha Lima, organizou a reunião científica
mensal. O tema discutido foi “Síndrome de
Carlos Alberto Cury Faustino, Erasmo Simão da Silva e José
Eduardo Domingues
5
C apa
Médico: pessoa física ou jurídica?
Fotos: royalty free
Os médicos podem ser contratados por hospitais, clínicas ou planos de saúde como ‘pessoa física’ ou
‘jurídica’. Veja as diferenças existentes quanto às questões contábeis nestas modalidades
Existem grandes diferenças e variáveis
que podem interferir na decisão das empresas na área da Saúde por contratar
médicos como Pessoa Física ou Jurídica.
Independente da opção, tanto Pessoas
Físicas quanto Jurídicas estão sujeitas
a uma série de obrigações. “Ainda que
o médico exerça a sua atividade como
autônomo, existem situações tributárias
que praticamente equivalem às de uma
empresa”, destaca o sócio-diretor da JR&M
Assessoria Contábil, José Roberto Filho.
Nas relações entre empresas (hospitais, planos de saúde, seguradoras etc.) e
médicos, quando a Pessoa Jurídica contrata a Pessoa Física, a contratante (PJ) tem
Obrigações acessórias
• Pessoa Jurídica: em maior
número, as obrigações representam
um grande entrave para a constituição
de uma empresa.
• Pessoa Física: não desobriga
ao atendimento de várias obrigações acessórias. É bastante comum o
autônomo acreditar que está absolutamente regular quando, na verdade,
deixou de cumprir diversos dispositivos
legais.
Apuração de impostos
• Pessoa Jurídica: existem duas
formas básicas de apuração de impostos para as Pessoas Jurídicas: Lucro
Real (quando se verifica se houve lucro
ou prejuízo) e Lucro Presumido (quando se presume a existência de lucro de
acordo com percentual estabelecido no
regulamento do imposto de renda). A
opção por um ou outro regime é re-
que recolher 20% de INSS sobre o valor
pago ao autônomo, que também é tributado pela tabela progressiva do Imposto de
Renda (IR) entre 7,5% e 27,5%. Por outro
lado, se o profissional também for Pessoa
Jurídica, a tributação a ser recolhida gira
em torno de 11,33%.
De acordo com o rendimento mensal,
pode ser melhor para o profissional que
atua na saúde ter uma empresa.
“O percentual menor de impostos recolhidos em relação à modalidade Pessoa
Física pode ser um dos fatores que tornam
atrativa a opção do médico por trabalhar
como empresa”, explica José Roberto.
Os riscos relacionados à administração
fiscal das Pessoas Física e Jurídica são muito parecidos. “O importante é considerar a
necessidade de acompanhamento cuidadoso dos assuntos relacionados à área. A cada
dia, o Fisco aplica meios de controle mais
sofisticados e que objetivam impor pesadas multas, seja pelo não atendimento das
obrigações fiscais ou pela falta de recolhimento de impostos”, ressalta José Roberto.
A seguir, o executivo destaca as principais diferenças existentes quanto às
questões contábeis nas modalidades Pessoa Física e Jurídica, de acordo com os Informativos encaminhados a órgãos como
Ministério do Trabalho, Receita Federal do
Brasil, entre outros.
alizada anualmente, devendo ser previamente analisada.
duzidas as despesas autorizadas pelo
fisco e estritamente relacionadas ao
exercício da atividade.
• Pessoa Física: basicamente, devese utilizar a tabela progressiva do imposto
de renda. Efetuadas as deduções permitidas, aplicam-se as alíquotas vigentes à
época em que o rendimento foi auferido
e recolhe-se o imposto por meio de uma
guia específica. Embora não pareça, o grau
de complexidade também é considerável.
Alíquotas de impostos
• Pessoa Jurídica: o imposto pelo lucro presumido gira entre 11,33 e 17% do
faturamento bruto mensal. Pelo lucro real,
o cálculo é mais complexo e dependerá do
lucro efetivo.
Administração
• Pessoa Jurídica: é necessária a
contratação de profissional da área contábil (normalmente escritórios de contabilidade), o qual fica responsável por
todas as apurações relacionadas aos impostos e obrigações acessórias.
• Pessoa Física: é recomendável
a contratação de profissional contábil,
lembrando que existem obrigações
acessórias a serem cumpridas mesmo
para as Pessoas Físicas.
• Pessoa Física: o imposto varia entre
7,5 e 27,5% (aplicado sobre o rendimento
líquido no ano). O conceito de rendimento
líquido refere-se ao cálculo da renda bruta
(soma dos valores recebidos no ano) deJosé Roberto Filho
6
R eunião Científica
Primeiramente, o Dr. Wanderley Marques
Bernardo iniciou a noite com a palestra
“Análise Crítica de Trabalho Científico para Não Ser Enganado”. Wanderley Marques Bernardo é cirurgião torácico da
Faculdade de Medicina da USP e Coordenador
Técnico do Projeto de Diretrizes da Associação
Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina. Ainda, tem pós-graduação em Medicina
na FMUSP (Prática Baseada em Evidência nas
áreas de Cirurgia Torácica e Cardiovascular,
Gastroenterologia, Ginecologia e Obstetrícia).
Em sua palestra, o Dr. Wanderley alertou
para as sutilezas do tratamento estatístico dos
artigos científicos que podem eventualmente
distorcer suas conclusões. Também apontou
discrepâncias em artigos médicos de revistas
consagradas e forneceu orientações básicas
sobre como interpretar informações científicas
com maior senso crítico.
Após a aula do Dr. Wanderley, deu-se
início à apresentação dos temas científicos. A
Dra. Érica Nardino apresentou o tema “Nova
Técnica para Treinamento em Acessos
Vasculares Ecoguiados Utilizando Modelo Animal” onde demonstrou um modelo
simples, de baixo custo e fácil reproducibilidade para o treinamento das punções vasculares guiadas por ultrassonografia. O tema foi
comentado pelo Dr. Marcos Roberto Godoy, do
Hospital do Servidor Estadual de São Paulo,
que chamou a atenção para as vantagens do
método, bem como suas limitações, por não
reproduzir as dificuldades anatômicas e técnicas de uma punção “in vivo”.
O segundo e último tema científico, intitulado “Fístula Arteriovenosa Renal Tratada
com Perfusão Renal Ex-Vivo e Endofistulorrafia Transparenquimatosa” foi apresentado pelo Prof. Dr. Nelson De Luccia, da
R eunião Científica
A reunião científica da SBACV-SP do dia 30 de setembro foi mais uma vez
marcada pelo alto nível técnico e pela qualidade da apresentação dos temas
Wanderley Marques Bernardo
Nelson De Luccia
Marcos Roberto Godoi
Erica Nardino
Faculdade de Medicina da USP. Neste relato de
caso, o Prof. De Luccia reportou os aspectos
técnicos da correção cirúrgica de uma grande
fístula arteriovenosa intraparenquimatosa em
rim, bem como sua evolução. O tema foi comentado pelo Prof. Dr. José Carlos Costa Baptista-Silva, tendo também feito suas considerações técnicas baseadas em sua abrangente
experiência com transplantes renais.
Ivan Benaduce Casella
Diretor de Publicações da SBACV-SP
27 de outubro – 4ª feira
20H30
Anfiteatro de Paramédicos
da FMUSP – 4º andar
José Carlos Costa Baptista-Silva
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Importante ta
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A próxima Re
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7
T rabalhos de Outubro
ACESSO PELA ARTÉRIA FEMORAL SUPERFICIAL NO TRATAMENTO ENDOVASCULAR DAS ARTÉRIAS INFRAPATELARES
EM PACIENTES COM ISQUEMIA CRÍTICA
Instituição: Hospital Santa Marcelina (SP)
- Serviço de Cirurgia Vascular e Endovascular.
Autores: Rodrigo Bruno Biagioni, Fernando Coura, Daniel Urban, Francisco Leonardo
Galastri, Melissa Moraes, Tiago Tonial, Seleno
Glauber, Rhumi Inoguti, Orlando da Costa Barros, Marcelo Calil Burihan, Felipe Nasser, José
Carlos Ingrund, Adnan Neser.
Objetivo: Avaliar a praticabilidade da técnica e evolução de pacientes tratados tendo
como acesso principal a artéria femoral superficial.
Casuística e Métodos: Foram avaliados
110 pacientes com isquemia crítica submetidos
à angioplastia do setor abaixo do joelho nos
anos de 2008 e 2009. Desses, 39 foram submetidos ao acesso pela artéria femoral superficial (AFS). Em relação à técnica a punção era realizada preferencialmente guiada pela presença
de calcificação na artéria femoral superficial e
nos casos não possíveis por road-mapping. O
acesso não era realizado na presença de estenoses/oclusão de AFS em seu terço proximal e
médio. O introdutor com menor perfil possível
para o procedimento era escolhido. Foi utilizada
a heparina endovenosa na dose de 5000U após
o sucesso técnico do acesso. A retirada do introdutor era realizada após 2 horas do início
da dose da heparina. A compressão utilizada
era manual. Não foram utilizados seladores de
punção.
Os pacientes foram incluídos em banco de
dados padronizado para o setor no momento
do procedimento (Corehemo) e seguidos no
ambulatório de endovascular da instituição. A
coleta dos dados da evolução foi feita através
de prontuário eletrônico (MV sistemas). Os
pacientes foram incluídos para análise pelo
princípio de intenção de tratar. Os critérios
sobre classificação da doença e perviedades
obedeceram critérios SVS/ICSVS. Utilizado programa SPSS-16 para análise estatística. Utilizados os testes T, Kaplan-Meier, Log rank e Cox
Proporcional Hazard. Considerado P significativo menor 0,05.
Resultados: A média de idade dos pacientes foi de 69,3±10,9 anos e com predominância de mulheres (55,4%). Dentre os fatores de
risco: 89,0% hipertensos; 79,0% diabéticos;
44,5% tabagistas ou ex-tabagistas; 25,4%
portadores de hiperclesterolemia ou hipertrigliceridemia; 10,9% sabidamente portadores
de insuficiência coronária; 8,18% com histórico
de acidente vascular cerebral prévio. Todos os
pacientes apresentavam isquemia crítica (99%
lesão trófica). A média do ITB (índice tornozelobraço) foi de 0,38. O lado esquerdo foi tratado
em 59,7% dos pacientes. Em relação ao procedimento: em 43,6% a artéria tibial anterior
foi tratada, 23,6% a tibial posterior e em 44,5%
a fibular. Em relação aos acessos a AFS foi escolhida em 35% dos casos, a femoral comum
ipsilateral em 46,3% e a femoral contralateral
em 18,1%. A angioplastia com cateter-balão
dedicado ao setor foi a técnica mais utilizada e
em 9,09% foi utilizado stent de maneira seletiva. O tratamento da AFS e poplítea concomitante às artérias distais ocorreram em 53,6%
dos casos.
Em 44 pacientes o acesso pela femoral superficial foi escolhido inicialmente e mudado a
conduta pela falta da calcificação da parede da
AFS em 5 (mudado para o acesso em artéria
femoral comum (AFC)). Em 2 casos realizado
road-mapping em AFC ipsilateral para a punção.
A média do perfil dos introdutores para
os acessos no total foi de 5,48±1,01F. Para
os da AFS 4,5±0,71F e os demais 6,0±0,72F
(p=0,0001 – Teste T). Em relação aos demais
fatores (de risco e técnico) não houve diferença
entre os grupos.
A falha técnica ocorreu em 4,5% dos casos (incapacidade de ultrapassar as lesões). A
perviedade primária, secundária e salvamento
de membro em 1 ano foram de 62,7%, 67% e
80,8%; respectivamente. Não houve diferença
estatística em relação ao sucesso técnico e perviedade em relação aos acessos utilizados. Não
houve diferença também em relação ao tempo
do procedimento e uso de contraste (p=0,34 e
p=0,07; respectivamente).
Ocorreram 2 casos de hematomas de coxa
após a punção em AFS (5,9%) e, em um caso
desses, sendo necessária a intervenção cirúrgica para tratamento com sucesso de pseudoaneurisma. No grupo que compõe outros acessos
a incidência de hematoma de coxa foi de 1,4%
(P=0,7NS). Sendo em 1 caso com hematoma
retroperitoneal e necessidade sutura de artéria.
Conclusão: O acesso pela AFS é praticável
é uma técnica adequada como acesso para a
angioplastia de artérias distais quando a AFS
é pérvia em sua porção proximal. A evolução
dos pacientes e a incidência de complicações
são semelhantes nos vários acessos realizados.
Comentários: Nelson Wolosker
TRATAMENTO ESTÉTICO DE TELANGIECTASIA UTILIZANDO LUZ INTENSA
PULSADA / LASER`S - ESTUDO COMPARATIVO Q - Switched Nd YAG 1064 - KTP
532 – I P L (BIOFLASH)
Autor: Reinaldo Biscaro – Professor Pósgraduação do Uniceuma (MA).
Realização do Trabalho: Clinica Vascular Estética Dr. Reinaldo Biscaro – UNICEUMA
– MA.
Apresentação: Embora a secagem de
vasinhos, que incomodam as mulheres principalmente no período do verão, seja o tratamento padrão é crescente nos últimos anos a
busca de tratamento alternativa a uso de injeções. Uma dessas alternativas, que tem se
desenvolvido com grande velocidade, é o uso
da luz na forma de laser e pulsada.
A vantagem dos aparelhos utilizados (Q Switched Nd YAG 1064) KTP 532 e I P L. é que
não se observou lesões da pele. Em raros casos observou-se elevação da pele (edema) no
local da aplicação dos pulsos dos equipamentos
utilizados, o tratamento resultou em excelente
aspecto estético, com efetivo clareamento dos
vasos e sem deixar nenhum tipo de manchas.
Dos pacientes que foram submetidos ao
tratamento em nossa clínica 68% se sentiram
satisfeitos com os resultados obtidos, os demais pelo tipo de pele e pela necessidade de
repetição das sessões não foi possível estabelecer parâmetro fiel.
Em nossa experiência pessoal de aproximadamente 10 anos com a utilização do Laser
podemos afirmar que esse método de tratamento é um ótimo complemento no tratamento
estético de telangiectasias dos membros inferiores. Para estabelecer novos parâmetros há 7
meses iniciamos estudo com luz intensa pulsada com objetivo de observar os resultados em
varias opções de equipamentos que tem como
propósito essa finalidade.
Com exceção das telangiectasias faciais todos os procedimentos de remoção dessas alterações vasculares em pernas foram associados
com secagem utilizando esclerosante químico.
Em Vasos de calibre até 1,8 mm foram removidas as veias insuficientes (cirúrgico ambulatorial).
O estudo comparativo teve como metodologia empregada a alternância de equipamentos e em cada sessão que o paciente se submetia – Um grupo para cada tipo de cumprimento
de onda – não se observou grandes diferenças no resultado final em teleangiectasias de
perna – somente nos tratamentos faciais que
a facilidade de manuseio do hand piece dos
equipamentos de laser`s mostrou-se mais eficaz.
Comentários: Walter Campos Jr.
PROTOCOLO PARA TRATAMENTO DE
INFECÇÃO DE PRÓTESE DE AORTA INFRARRENAL.
Autores: Jose Carlos Costa Baptista-Silva, Marcelo Rodrigo de Souza Moraes, Daniel
Guimarães Cacione, Ronald Luiz Gomes Flumignan, Silvia Iglesias Lopes, Aline Catunda
de Clodoaldo Pinto, Masaru Nakaba, Fabrizzio
Batista Guimarães de Lima Souza, Wellington
Gianoti Lustre, Jorge Eduardo Amorim, Maria
del Carmen Janeiro Perez, Newton de Barros Jr,
Fausto Miranda Jr.
Instituição: Disciplina de Cirurgia Vascular, Departamento de Cirurgia, Escola Paulista
de Medicina – UNIFESP.
Infecção de prótese de aorta é a mais temida complicação em cirurgia vascular. Normalmente encontramos múltiplas bactérias gran
positivas e negativas, menos frequentemente
aeróbicas e fungo. Em alguns casos pode não
haver crescimento de bacteriano ou fúngico nas
culturas. A prevalência de infecção de prótese
de aorta varia de 0,36% a 2%. Já a infecção
devido o implante de prótese com suporte interno (stent) tem prevalência menor que 0,5%.
O tratamento primário visa retirar a prótese infectada e restabelecer a continuidade
vascular com derivação extraanatômica ou
anatômica.
A mortalidade operatória dessa doença
varia de 10 a 25%, mas algumas publicações
citam até 50%. A fasciotomia tem a prevalência de mais de 25%. A amputação de membros
inferiores varia de 15 a 25%.
8
continuação
A excisão da prótese infectada e a realização de derivação axilobifemoral teve seu emprego muito defendido de 1980 a 1990, embora
alguns autores ainda a advogam. Os possíveis
vasos autógenos utilizáveis são: a artéria femoral endarterectomizada (quando ocluída), a veia
safena, e a veia femoral e poplítea, e também
os homoexertos.
Mais
recentemente,
a
reconstrução
anatômica com artérias aorta, ilíacas e femorais preservadas está sendo redescoberta. Mas
ainda encontra os mesmos riscos de 1950 a
1960 que eram dilatação e possível rejeição.
A literatura atual está fazendo uma apresentação das veias femoropolíteas como sendo
o melhor substituto arterial aortofemoral a curto
e longo prazo e com poucas complicações com
dilatação e infecção, e praticamente sem estase
venosa crônica.
Os principais fatores de risco de infecção de
prótese de aorta infrarrenal são: desnutrição,
depleção imunológica, contaminação da prótese no ato operatório, erro técnico, infecção
dos sistemas digestório, respiratório e urinário,
infecção a distância, tempo prolongado de operação primária e emergência, falta de higiene
pessoal do doente etc.
Os principais sintomas e sinais de infecção
de prótese aórtica são: febre, leucocitose,
emagrecimento, dor abdominal, tumor nas
regiões femorais com ou sem sinais flogísticos, septicemia, sangramento para sistemas
digestório, urinário ou cutâneo, isquemia de
membros etc.
Após um exame clínico cuidadoso com a
suspeita de infecção de prótese aorto femoral
os exames de ultrassom e angiotomografia são
fundamentais para avaliação da integridade
da prótese e a incorporação com os tecidos
vizinhos, presença de gás, hematomas, pseudoaneurisma e perviedade. É possível que os
doentes já tenham como primeira manifestação
clínica a fistula para sistema digestório, sistema
urinário ou cutânea.
A nossa intenção é apresentar nossa experiência com a ressecção das veias femoropoplíteas e reconstrução aortofemorais nos casos de infecção de prótese de aorta infrarrenal
e a revisão da literatura atualizada.
Faz parte do preparo destes doentes o
implante de duplo jota bilateral para evitar
a lesão dos ureteres durante a dissecação da
prótese infectada devido ao intenso processo
inflamatório.
A operação poderá ser realizada em tempo
único ou no primeiro dia a dissecção das veias
femoropolplíteas e no dia seguinte a retirada da
prótese infectada e reconstrução aortofemoral.
Preparação das veias femoropoplíteas e a confecção do novo enxerto venoso em Y.
Também deve ser avaliada a hidratação
pelo risco de aumentar a doença inflamatória e
consequentemente a síndrome compartimental.
O seguimento ambulatorial dos nossos
doentes até 10 anos demonstrou que é seguro
a retirada do segmento venoso femoropoplíteo
sem manifestação de doença venosa crônica
dos membros inferiores e sem dilatação do segmento venoso aortobifemoral. A maioria de nossos doentes a anastomose femoral foi realizada
na artéria femoral profunda devido a doença
ateroscletica femoropoplítea. Todos os doentes
de nosso serviço tiveram fasciotomia bilateral.
A antibiocoterapia foi baseada na hemocultura
e também nas culturas dos tecidos periprótese.
Comentários: Jorge A. Kalil
V alorização
O valor do trabalho médico no Brasil
e no exterior
Embora existam, como aqui, diferentes formas de remuneração, a regulação
governamental é muito mais efetiva em outros países, elevando os honorários
Bruna Cenço
Com base em estudos de organizações de
saúde internacionais e relatos de representantes de entidades médicas do exterior, a Revista da APM procura mostrar, nesta reportagem, como é valorizado o trabalho médico pelo
mundo, segundo as diferentes formas de remuneração e financiamento. A fim de garantir
coerência aos comparativos, foram selecionados países que também adotam modelos de
acesso universal à saúde, isto é, oferecem
atendimento a todos os cidadãos e, portanto,
compartilham com o Brasil os mesmos desafios.
Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD, na
sigla em inglês), a renda de um clínico geral
no Reino Unido era de US$ 118 mil por ano,
em 2004. O valor é próximo do que ganhava
um médico assalariado na Nova Zelândia, em
2007: US$ 120 mil. Já na Holanda, também em
2004, a soma chegava a US$ 253 mil para um
médico especialista. No Canadá, por sua vez,
entre 2005 e 2006, a remuneração era de US$
211 mil para um médico de família e até US$
281 mil para um especialista.
No Brasil, segundo dados do Ministério da
Saúde, o salário médio do médico em 2005 era
de R$ 2.373 mensais. Multiplicando-se por 13
salários e dividindo o montante por 1,79 (taxa
de câmbio), o valor anual comparativo é de
US$ 17,2 mil. Mesmo se a quantia for dobrada,
no caso de dedicação de 50 horas semanais,
são apenas US$ 34,4 mil ou menos de um
terço do que recebem os profissionais de medicina com rendimentos mais baixos entre os
citados acima.
Se o salário médio recebido pelos
brasileiros fosse o mínimo estabelecido pela
Federação Nacional dos Médicos – R$ 8.239,24
por 20 horas semanais –, a remuneração
anual em dólar para dedicação integral seria
de aproximadamente US$ 119 mil. Também é
possível projetar que, caso fosse aprovado o
projeto de lei 3734/08, que define o valor de
R$ 7 mil por 20 horas como o salário mínimo
profissional para o médico, o montante ficaria
em US$ 101 mil. A matéria tramita na Câmara
dos Deputados. A proposta de emenda Constitucional 454/09, também em avaliação na Câmara, cria a carreira de Estado para o médico
brasileiro, com salário inicial de R$ 15.187 por
40 horas semanais ou US$ 110 mil anuais.
A PEC foi apresentada por Ronaldo Caiado e
Eleuses Paiva, ex-presidente da Associação
Paulista de Medicina e da Associação Médica
Brasileira.
Vale ressaltar, ainda, que a remuneração
dos clínicos gerais no Reino Unido é quatro
vezes superior à média de todos os assalariados do país, enquanto a renda de um especialista profissional liberal na Holanda é até sete
vezes maior do que a média de seus trabalhadores.
Formas de remuneração
Em todos os países pesquisados, há três
formas principais de remuneração: salário,
pagamento por quantidade de consultas e por
procedimentos. Na Grã-Bretanha, por exemplo,
a maioria dos médicos é de funcionários públicos. Na Espanha, a remuneração aumenta de
acordo com a idade do profissional e sua qualificação (cursos de especialização e atualização,
atividade docente, etc). Também existe lá forte
corrente defendendo que os médicos recebam
o mesmo valor, independentemente do número
de exames solicitados, como solução para inibir o sub ou o super tratamento.
A Dinamarca implantou como alternativa a
combinação de diferentes formas de pagamento. Enquanto os médicos de hospital são assalariados, os clínicos gerais recebem um salário
base equivalente a 30% de sua renda e mais
pagamentos por procedimento. Especialistas
licenciados pelo governo recebem por serviço.
Já na Áustria, os profissionais contratados
em clínicas são reembolsados com base em
taxas mínimas percapita para serviços básicos
e remunerados por procedimento para serviços
adicionais. Possíveis restrições podem acontecer, dependendo do volume de procedimentos,
especialidade, região e tipo de seguro-saúde.
Questão polêmica no Brasil, a possibilidade de médicos de hospitais – normalmente
públicos – tratarem de pacientes particulares
varia de acordo com o país. Na Grécia, todos os
profissionais de saúde do serviço nacional são
trabalhadores do governo e, salvo exceções,
estão proibidos de atender particularmente. A
outra metade trabalha em clínicas particulares
e segue uma tabela de valores por procedimento, disponibilizada pelo governo.
Na França, os pacientes pagam o valor da
consulta diretamente e depois são reembolsados, em parte, pelo sistema de saúde. Um
acordo nacional entre os médicos e os fundos
de assistência determina as tarifas a serem cobradas. Médicos com qualificações específicas
podem se juntar ao chamado Setor 2, o que
permite cobrar honorários maiores dos pacientes, que serão reembolsados até o limite estabelecido pelo governo.
Uma preocupação comum dos gestores
de saúde é manter médicos preparados nos
serviços de urgência e emergência, pois os
plantões são muito mais procurados pelos profissionais jovens. No Brasil, 76% dos médicos
que trabalham em hospitais têm até 29 anos,
sendo que os mais experientes partem para
o atendimento em clínicas particulares, onde
a remuneração seria maior. Para incentivar a
permanência dos profissionais em hospitais públicos, desde 1986, os médicos franceses que
9
recebem salário-base podem trabalhar meioperíodo em clínicas particulares. Além disso,
alguns hospitais públicos têm permissão para
tratar pacientes particulares, porém com limites. Nesses casos, uma porcentagem da taxa
particular é paga para o hospital.
Outra característica recorrente nos países
analisados é a administração de serviços públicos sob a responsabilidade de organizações
sem fins lucrativos. Na Inglaterra, hospitais
são, em sua maioria, públicos e autônomos. Os
privados basicamente prestam serviços aos pacientes com seguros-saúde particulares ou que
fazem pagamentos diretos. A atenção primária
é promovida por clínicos gerais em consultórios
de grupo.
Em Portugal, 50% dos médicos de atenção primária são funcionários do governo e a
outra metade atende em clínicas. Entre os especialistas, porém, mesmo os que trabalham
em consultórios, a maioria é conveniada à rede
pública e recebe, assim como os médicos de
hospitais, uma remuneração contratual do governo.
Na França, enquanto hospitais privados
realizam principalmente procedimentos cirúrgicos eletivos, hospitais públicos e de organizações sem fins lucrativos estão focados
em admissões de emergência, reabilitação e
tratamentos longos. No Japão, as clínicas são
quase todas particulares e os hospitais são fundamentalmente públicos. Os valores dos honorários são regulados pelo governo. Médicos
É evidente,
nesses países,
a forte regulação
governamental
sobre a remuneração
dos médicos e o
sistema de saúde
como um todo
de clínicas ganham mais do que os profissionais
assalariados dos hospitais, pois recebem por
procedimento. Para ter um consultório próprio,
porém, são exigidos como pré-requisito dois
anos de internato. Por fim, na Alemanha, os
hospitais são tanto públicos quanto privados:
médicos em início de carreira recebem salários
fixos e os mais experientes, pagamento por procedimento.
Regulação
É evidente a forte regulação governamental sobre o sistema de saúde como um
todo, nos países estudados, assim como na
remuneração dos profissionais de medicina.
As entidades médicas são ouvidas e respeitadas quanto aos parâmetros de honorários. Na
Bélgica, por exemplo, a maioria dos profission-
ais de saúde é liberal, paga por procedimentos, cujos valores são negociados com representantes dos médicos. O mesmo acontece
na Áustria, onde os seguros-saúde contratam
médicos de forma individual, mas com valores
baseados em negociação, em nível governamental, entre os fundos e as associações
médicas.
Na Alemanha, em ambulatórios, a associação médica regional negocia contrato coletivo
com um fundo único em forma de orçamento
para os serviços médicos. A associação, então,
distribui os recursos entre os clínicos e os especialistas com base na taxa por serviço – relação semelhante à que acontece no Brasil com
os hospitais conveniados ao Sistema Único de
Saúde (SUS). Já no Canadá, onde as negociações entre associações médicas e governo também ocorrem em nível regional, para cobrar valores diferenciados, os médicos precisam deixar
o sistema público. Menos de 5% dos hospitais
canadenses são privados.
É importante constatar que, nesses países,
o estabelecimento de valores mínimos de remuneração por entidades representativas da
classe médica, no que diz respeito a consultas e
procedimentos, não é considerado uma prática
econômica abusiva, como infelizmente tem se
tentado fazer no Brasil. O resultado da visão
distorcida é um considerável desequilíbrio para
o sistema de saúde brasileiro.
Fonte: Revista da APM – Agosto de 2010
10
F ique por dentro
Parque Villa Lobos recebe
o 4º Dia Vascular
Promovido pela SBACV-SP, evento terá caminhada e palestras para orientar a
população sobre as doenças vasculares
No dia 28 de novembro a SBACV-SP promoverá, no Parque Villa Lobos, o 4º Dia
Vascular - Saúde Vascular e Exercício. Organizado pela agência Batuque Promo, com os
patrocínios da Kendall, do Aché Laboratórios e
da Covidien, o objetivo do evento é orientar
o público sobre as diversas doenças vasculares, como varizes, carótidas, trombose venosa, doença arterial obstrutiva dos membros e
aneurismas para um melhor entendimento de
como funciona o trabalho de um médico cirurgião vascular.
Os 25 monitores residentes de cirurgia
vascular, selecionados para participar do
evento, estarão nas tendas montadas no local orientando a população em como prevenir
essas doenças. Através desse trabalho, eles
ganharão uma inscrição para participar do 39º
Congresso Brasileiro de Angiologia e Cirurgia
Vascular, a ser realizado de 11 a 15 de outubro
de 2011, no Centro de Convenções Anhembi,
em São Paulo.
Nesta 4ª edição, também haverá uma
caminhada para população, reforçando o tema
proposto para este ano. As pessoas interessadas deverão fazer a inscrição antecipada,
a partir das 7 horas, no próprio local, pois o
número de participantes é limitado em 300
pessoas e a caminhada vai começar às 8 horas
com exercícios de aquecimento orientados pela
apresentadora e empresária Solange Frazão.
Ela é um dos destaques do evento que
além de comandar os exercícios, falará sobre qualidade de vida, saúde e os benefícios
de atividades físicas diárias. Ao final, haverá
exercícios de alongamento, a palestra da
Solange e sorteios de brindes para os inscritos
na caminhada. Nas edições anteriores, o evento já atendeu mais de 1.400 pessoas. Para esse
ano a expectativa é de 1.500 atendimentos.
Atenção: médicos com título de especialista emitido a partir
de 1º de janeiro de 2006 passam a ter validade de 5 anos
A Comissão Nacional de
Acreditação (CNA) informa
que está chegando ao fim
o primeiro ciclo obrigatório
de recertificação do título
de especialista e dos certificados de área de atuação,
e que os primeiros Certificados de Atualização
Profissional (CAP) começarão a ser emitidos
a partir de 2011. Entretanto, muitos médicos
que obtiveram, a partir de 2006, o documento
que comprova a especialização ainda não se
inscreveram no processo obrigatório de atualização.
Conforme o determinado na Resolução
CFM nº 1.772/2005, os títulos de especialista
e os certificados de área de atuação obtidos a
partir de 1º de janeiro de 2006 passam a ter
validade de 5 anos.
Para os médicos cuja titulação de especialista tenha sido emitida antes desta data, pelas
Sociedades de Especialidade/AMB, CFM/CRM
e ainda CNRM/MEC, a participação é opcional.
Mesmo assim, a AMB recomenda que todos os médicos se cadastrem na CNA, inclusive os que já fizeram a prova de especialista
há muitos anos. Desta forma, ficará garantida
a constante atualização dos conhecimentos
científicos, fator indispensável para a boa prática da Medicina em benefício dos pacientes.
Para recertificar-se, o médico deve acumular, em 5 anos, 100 pontos. A pontuação
é obtida por meio da participação em eventos
presenciais (congressos, jornadas, encontros,
fóruns, simpósios e cursos), eventos à distância (atividades de educação médica continuada) e atividades científicas (mestrado,
doutorado ou livre-docência na especialidade;
tema livre ou poster; eventos realizados no exterior; coordenação de programa de residência
médica; edição completa ou capítulo de livro
nacional ou internacional e artigos publicados
em revista médica). Todos os eventos devem
estar cadastrados e pontuados pela CNA.
As informações para participar do processo
de acreditação podem ser acessadas no link:
http://www.cna-cap.org.br/apresentacao_
CNA.pdf
Prêmio Berilo Langer
A SBACV-SP criou o Prêmio Berilo Langer,
destinado a estimular a pesquisa experimental,
clínica e epidemiológica nas áreas de Angiologia, Cirurgia Vascular e Endovascular. O prêmio
será coordenado por comissão constituída pelos doutores Arual Giusti, Marcelo Calil Burihan,
Marcelo Matielo e presidido pelo presidente da
SBACV-SP, Calógero Presti.
O prêmio será direcionado aos estudantes
de medicina e os trabalhos serão julgados de
acordo com os quesitos: apresentação, iconografia, originalidade, rigor científico (metodologia) e desenvoltura do acadêmico nos questionamentos após a apresentação.
Berilo Langer era um grande idealista e
muito contribuiu para a especialidade de an-
giologia e cirurgia vascular. A solenidade de entrega do Prêmio acontecerá em 2011, na festa
de confraternização de final de ano da regional
São Paulo.
Conheça a premiação e o regulamento no
site www.sbacvsp.org.br
Curso de Cirurgia Vascular da APM
Com a organização da SBACV-SP e realização da APM e da AMB acontecerá, no dia 30 de outubro, das 8 às 11 horas o curso de Módulo IV Avaliação Multidisciplinar da Dor em MMII. Os temas Ortopedia, Vascular e Reumatologia serão ministrados pelos doutores Edson Dezen, Valter
Castelli Jr. e Adil Sâmara, respectivamente.
O endereço do curso é: Av. Brig. Luiz Antonio, 278 – Bela Vista, SP – na própria APM. Mais informações podem ser adquiridas pelo telefone
(11) 3188-4281, e-mail inscriçõ[email protected] ou através do site www.apm.org.br
11
F ique por dentro
Confraternização 2010
A SBACV-SP realizará o seu tradicional jantar anual de
confraternização no dia 3 de dezembro, a partir das 20
horas, no Hotel Renaissance, em São Paulo.
Na ocasião, os associados estarão reunidos e poderão
conferir os ganhadores dos quatro prêmios que serão
entregues àqueles que mais contribuíram nas reuniões
científicas da regional São Paulo:
Google Imagens
Dia do médico
•
•
•
•
Prêmio
Prêmio
Prêmio
Prêmio
Residente em Cirurgia Vascular e Endovascular;
Cid dos Santos;
Geza de Takats;
Alexis Carrel.
Faça sua adesão pelo telefone (11) 5087-4888.
Contamos com sua presença!
A SBACV-SP tem enorme satisfação
em parabenizar todos os médicos, em
especial os angiologistas e cirurgiões
vasculares, e todos os associados da
entidade, pelo Seu dia, comemorado
em 18 de outubro.
Competência, dedicação e determinação são alguns dos adjetivos que
compõem essa profissão, a mais importante desse País. Entendemos que a
medicina é formada por um conjunto de
pessoas que usam diversos recursos em
um propósito comum: apresentar um
resultado satisfatório em prol da saúde
e bem-estar da população.
Por isso, a Folha Vascular quer
parabenizar todos os associados pelo
esforço dos trabalhos realizados nas
reuniões, no conteúdo enviado para o
Jornal e também pelo excelente exercício da profissão realizado com responsabilidade em seus consultórios.
II Controvérsias em Cirurgia
Vascular e Endovascular
Informação e interatividade em um só lugar
Atualização, reciclagem e discussão de
questões primordiais da especialidade como
doença venosa e arterial, tratamento medicamentoso, cirúrgico e endovascular é o tema
proposto do “II Controvérsias em Cirurgia Vascular e Endovascular”.
Diferentemente da primeira edição (realizado em um navio), o II Controvérsias será
em terra firme, no Centro de Convenções Sofitel Jequitimar, no Guarujá, de 24 a 27 de fevereiro de 2011.
Participe e garanta dias repletos de conhecimento, aprimoramento e ainda, proporcione
bons momentos de lazer para toda a família!
Entre em contato através do telefone (11)
3849-0379 ou visite o site www.meetingeventos.com.br e preencha sua ficha de inscrição,
pois as vagas são limitadas.
Caso prefira, envie um e-mail para
[email protected]
Parabéns!
Folha Vascular
A genda
Próximos eventos
2010
I Curso Avançado de Imersão em
Ecodoppler Vascular
Data: 22, 23 e 24 de outubro
Local: Hospital do Servidor Estadual - SP
[email protected]
XI Panamerican Congress on Vascular
and Endovascular Surgery
Data: 2 a 6 de novembro
Local: Hotel Intercontinental – RJ
www.panamericancongress.com.br
III Curso de Imersão em Ultrassonografia Vascular
Data: 13 a 20 de novembro
Local: Hotel Vila do Mar – Natal - RN
www.ultrasonvascular.eev.com.br
2011
XIX Encontro de Cirurgia Vascular do
Hospital Beneficência Portuguesa de São
Paulo - Serviço Prof. Dr. Bonno van Bellen
Data: 12 de fevereiro
Local: Mercure Grand Hotel Ibirapuera – São
Paulo - SP
Inscrições: [email protected].
br (a partir do dia 5 de janeiro)
Controvérsias Vasculares
Data: 24 a 27 de fevereiro
Local: Hotel Jequitimar – Guarujá - SP
www.meetingeventos.com.br
N ovas adesões
Sócios aprovados em
30/09/2010:
ASPIRANTES
XXV Encontro de Angiologia e Cirurgia
Vascular do Rio de Janeiro
Data: 06 a 09 de abril
Local: Windsor Barra Hotel – Rio de Janeiro
- RJ
www.sbacvrj.com.br
• Bruna de Souza Oliveira
39º Congresso Brasileiro de Angiologia e
de Cirurgia Vascular
Data: 11 a 15 de outubro
Local: Anhembi – São Paulo - SP
www.meetingeventos.com.br
• Francisco Leonardo Galastri
Informações complementares
SBACV-SP Tel.: (11) 5087-4888 E-mail: [email protected]
• Caroline Nicacio Bessa Clezar
• Daniel Urban Raymundo
• Fernando Luiz Barbério Coura
• José Luiz Simon Torati
• Maurício Serra Ribeiro
• Rovelton Utida
12
P olítica & Medicina
A Comissão Nacional de Residência
Médica (CNRM) em conjunto com a Associação Médica Brasileira (AMB) e a Federação Nacional dos Médicos (Fenam)
promoveram, em 2 e 3 de setembro, um
Fórum de Especialidades Médicas para
discussão e/ou proposições de conteúdos programáticos de Programas de
Residências Médicas visando modificações da Resolução CNRM nº 02 de 2006
que rege a forma legal de manutenção
de uma residência médica. O Fórum,
marcado com antecedência, foi realizado na Associação Médica de Brasília.
A abertura ocorreu no dia 2, às
19 horas, com a apresentação da
sistemática adotada para apresentação e discussão em grupos específicos com participação de membros da
Comissão Nacional, participação dos
gestores estaduais (CONASS) e municipais (CONASEMS) além do Ministério
da Saúde. Os objetivos foram expostos
adequadamente e no dia seguinte, 3 de
setembro, as especialidades foram distribuídas em números de 6 a 7 por grupos de trabalho, onde cada uma teve
Fórum Especialidades Médicas
a oportunidade de apresentar sua proposta em 20 nos 40 minutos restantes
da hora reservada para cada.
Lamentavelmente, nenhum representante da SBACV compareceu e não
houve discussão sobre a proposta antiga, referente a ampliação do Programa
de Residência em Angiologia ou Cirurgia
Vascular para mais um ano.
Tal proposição pode ser necessária,
se houver consenso entre os associados, em razão do desenvolvimento tecnológico e ampliação da especialidade
para ecografia vascular e cirurgia endovascular, não no sentido de certificar
como área de atuação, mas sim de ampliação de habilidades e conhecimento.
A sociedade deve criar, a exemplo de
outras especialidades, uma Comissão
de Ensino específica para regular a formação de residentes. Poderá proporcionar facilidade de ingresso no quadro
associativo, como aspirantes categoria
residente (em formação), a aqueles
matriculados em Serviços reconhecidos
pela Comissão Nacional, bem como,
participar efetivamente das comissões
de vistorias para obtenção de credenciamento.
A ausência da SBACV foi notificada
ao nosso ilustre Presidente, Prof. Dr.
Guilherme Pitta, que sem dúvida,
adotará providência necessária à participação, pois o Fórum não foi deliberativo, apenas propositivo. A deliberação
definitiva só pode ocorrer em Plenária
da CNRM, que espera-se para outubro,
durante o Congresso da Associação
Brasileira de Ensino Médico (ABEM).
Um lembrete importante e que deve
ser realçado é a definição de plenária
do Conselho Federal de Medicina que
consolidou a percepção de que as pósgraduações latu sensu não funcionam
como substantivos à residência médica.
É uma situação que desperta atenção
para o tema e que deve ser amplamente
debatido nas sociedades especializadas.
Adnan Neser
Vice-presidente da SBACV-SP
I magem do mês
Paciente apresentando hemobilia persistente após trauma perfurante:
A: fístula arterio biliar (seta);
B: abordagem superseletiva coaxial com cateter 5F e microcateter
2,3F (seta);
A
B
C
D
C: pós embolização com adesivo
(n-butil acrilato);
D: controle final com exclusão da
área fistular (seta). Evolução de
17 meses assintomático.
Colaboração: Ivan Casella
e Alexsander Vassoler (Hospital
Regional Sul)
13
Código de Ética Médica em audiolivro
Empresa criada e dirigida pelo médico
dermatologista Cláudio Wulkan, a Universidade Falada está disponibilizando, gratuitamente, o audiolivro com a integra do
texto do novo Código de Ética Médica para
todos os médicos do Brasil. Em breve esse
novo formato estará disponível no portal
www.universidadefalada.com.br , colocar
“Código de Ética Médica” na busca e fazer
o download.
Com essa ação, viabilizada por sua
editora que, especializada em audiolivros,
é voltada para a difusão de cultura e de
conhecimento, Cláudio acredita que pode
ajudar os médicos a conhecerem todo o
texto do novo Código, ouvindo o audiolivro enquanto estão no trânsito, durante
a prática de uma atividade física etc.
Entre os mais de 300 títulos do selo
Universidade Falada, há obras de conteúdo exclusivo, elaborado por acadêmicos, artistas e especialistas em diferentes
áreas do conhecimento, assim como clássicos nacionais e universais que foram
transpostos para arquivos em áudio.
Brasil é o segundo maior produtor de tecnologias médicas entre os
países emergentes
De acordo com levantamento feito
pela Organização Mundial de Saúde
(OMS), a indústria brasileira movimentou
US$ 2,6 bilhões no ano passado nesse
setor de tecnologia. O país está à frente
do México, Índia e Turquia, que ocupam
do terceiro ao quinto lugar no ranking, ficando atrás apenas da China.
O documento divulgado pela OMS,
em setembro, em Genebra, aponta maior
participação de países emergentes no
mercado de tecnologia médica. Juntos,
os 30 países emergentes que mais produzem nesse setor responderam por 10%
das vendas mundiais – o equivalente a
US$ 21,5 bilhões. China, Brasil, México,
Índia e Turquia movimentaram 60%
desse valor.
Na área de equipamentos médicos,
entre 2003 e 2007, foram aplicados mais
de R$ 47 milhões em projetos de inovação, pesquisas e na criação de novos
laboratórios para cerificação de produtos.
Esses investimentos têm impacto a médio
e longo prazo na ampliação do acesso da
população a medicamentos, no fortaleci-
mento da indústria nacional e na inovação
tecnológica brasileira.
Ministério da Saúde investe
quatro vezes mais na saúde de
brasileiros com deficiências
Dados do Ministério da Saúde revelam
que a quantidade de recursos investidos
na assistência às pessoas com deficiências é a maior desde a criação da Política
Nacional de Saúde da Pessoa com Deficiência, em 2002. O valor aplicado pelo
governo federal, em 2009, foi de R$
538,4 milhões – 315% superior ao total
investido em 2002 (R$ 129,6 milhões). A
data de 21 de setembro é lembrada como
o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência.
O Ministério também desenvolveu
ações para a ampliação da oferta de serviços a estes pacientes. Nos últimos oito
anos, foram implantadas, na rede pública
de saúde, 1.310 unidades de reabilitação
física, visual, auditiva, intelectual e também para pacientes ostomizados (pessoas
submetidas à cirurgia que adapta uma
espécie de bolsa exterior ao abdômen).
Todos os estados contam com unidades
de reabilitação, que beneficiam 335,2 mil
pacientes do SUS. Em 2002, 157,7 mil
pessoas foram atendidos na rede pública
de saúde.
Hospital Israelita Albert Einstein
é eleito o melhor da América Latina
O Albert Einstein ocupa, pela segunda
vez consecutiva, o topo do ranking que
classifica as melhores instituições médicas latino-americanas. O estudo da revista AméricaEconomia Intelligence avalia
o panorama de gestão e qualidade de
clínicas e hospitais de países como Argentina, Brasil, Colômbia, Costa Rica, Chile,
México, Uruguai e Venezuela.
Nos resultados o Einstein se destacou em critérios como prestígio (100,00),
eficiência (94,69) e segurança (92,75),
seguidos por gestão de conhecimento
(92,08), capital humano (91,95) e capacidade (81,06). Quando se trata de
qualidade, a instituição paulistana abraça
o índice geral de 92,2, frente ao 86,5 da
Clínica Alemana, de Santiago, no Chile.
Em terceiro lugar, Las Condes, outra clínica chilena, abraça o índice de 83,7.
Este ano, a média geral de pontuação
do Einstein foi de 92,08, contra 84,48 do
segundo colocado e 66,68 do terceiro. Na
edição de 2009, a média geral do Einstein
foi de 79,57, contra 72,92 do segundo
colocado, também a Clínica Alemana, e
72,58 do terceiro lugar, que ficou com o
Hospital das Clínicas de São Paulo.
Brasil produzirá novo medicamento com base biotecnológica
O Ministro da Saúde, José Gomes
Temporão, anunciou, em setembro, um
acordo de R$ 1,25 bilhão para a transferência de tecnologia em biotecnologia entre a multinacional americana Pfizer, a israelense Protalix e o Ministério da Saúde,
por meio do laboratório público Biomanguinhos. Em cinco anos, o medicamento
para o tratamento da doença de Gaucher,
taliglucerase alfa, passará a ser produzido pelo laboratório brasileiro. O valor
representa o total de compras para o
tratamento dos pacientes atendidos pelo
SUS (R$ 250 milhões por ano). O acordo,
portanto, garante a aquisição do produto,
a transferência de tecnologia e deve gerar
uma economia de R$ 70 milhões aos cofres públicos no período. A Pfizer detém
os direitos comerciais do produto em todo
o mundo, exceto em Israel.
A produção do medicamento em território brasileiro é estratégica para o tratamento dos pacientes diagnosticados com
a doença de Gaucher. Até agosto, o único
medicamento com registro no Brasil e que
poderia ser comprado pelo governo federal para atender a esses pacientes era
a imiglucerase. Contudo, o remédio está
em falta em todo o mundo desde que o
único produtor mundial (a Genzyme) comunicou, em julho de 2009, a suspensão
temporária da fabricação do medicamento depois de contaminação de seus equipamentos por um vírus. Para isso, a Anvisa concedeu autorização antecipada de
compra e distribuição da taliglucerase alfa
antecipadamente. A expectativa é que o
registro final deve ocorrer em fevereiro.
Google Imagens
N otícias
14
Medicina é a profissão cuja sobrevivência
está mais ameaçada pelo rolo compressor da
tecnologia. Desfigura-se a olhos vistos. Perde
substância. Deixa-se impregnar pela onda de
automação avassaladora. Não resiste ao fascínio da era digital. Virtualiza-se. Sucumbe ao
esquartejamento científico. Fragmenta-se. Esvazia-se na essência. Desintegra-se na prática.
O exercício da medicina verdadeira é indissociável de uma relação humana benfazeja entre o profissional e o paciente. Sem ela não há
lugar para a recuperação plena da saúde. Tudo
o mais é complementar. Não bastam equipamentos complexos, remédios miraculosos ou
cirurgias fantásticas. Muito mais do que isso,
importa lidar bem com um ente fragilizado pela
doença. Interagir com uma pessoa, alguém
que não é apenas um amontoado de órgãos
e vísceras. Um ser que sofre mais por dentro
que por fora, sente a morbidez por inteiro, não
em pedaços, pensa deprimido, raciocina em
condições adversas.
O atendimento médico está em rota de extinção nos tempos modernos. Abandonou, por
completo, a natureza relacional que o distinguia. Tomou o rumo da mecanização em detrimento da sabedoria humanista que lhe dava
consistência. Distanciou-se do fundamento
conceitual de origem. Com efeito, atendimento
é o ato de atender, verbo oriundo de attendere, do latim, que significa acolher, receber
com atenção ou cortesia, segundo o Aurélio.
Já não se atende assim em medicina. A lógica
da linha de montagem impôs-se progressivamente, apequenando a arte de curar. Mudou
conteúdos, desrespeitou originalidades, uniformizou padrões.
O cenário da produção em série tornou-se
único. Subordinou procedimentos diagnósticos
e homogeneizou condutas terapêuticas. O valor quantitativo prevaleceu sobre o qualitativo.
A ciência reina soberana, ignora a consciência.
Medicina desvirtuada
Embora o paciente continue o mesmo, o ambiente é outro. O atendimento é nenhum, substituiu-se pelo direito de acesso as trapizongas
e parafernálias de última geração, entendidas
como medicina de ponta.
Salvo raras exceções, desaparece a figura
daquele médico comprometido com o bemestar físico, mental e social do indivíduo, o profissional que busca, acima de tudo, acumular
patrimônio de confiança adquirida no envolvimento responsável com a saúde das pessoas.
Fenece o cuidador que ouve o paciente, o examina à luz de conhecimentos semiológicos
baseados na concepção do ser humano íntegro, não segmentado. Que o apalpa com mãos
sensitivas, percute com dedos suavemente
rítmicos, ausculta com ouvidos atentos e refinados. Perece o médico que pensa, reflete,
dialoga com o doente, diagnostica, prescreve
e orienta; que não dá primazia ao exame laboratorial nem à imagem radiológica ou ecográfica; que valoriza a linguagem do organismo,
tão bem expressa nos sinais e sintomas nascidos na subjetividade da exteriorização singular para compor a objetividade das síndromes
clínicas conhecidas.
Foi essa maneira de ser médico que permitiu identificar e descrever minuciosamente
a maioria das doenças que afetam a espécie
humana. O volumoso conteúdo dos tratados de medicina não é mérito das máquinas,
nem dos computadores. Resultou de cabeças
médicas observadoras no sentir, meticulosas
no fazer, brilhantes no transmitir experiência,
perseverantes na ininterrupta linha de investigação científica que não decompõe o corpo
humano em fatias, muito menos atribui à alma
a condição de ente extracorpóreo.
Síntese e análise conviviam em profícuo
equilíbrio produtivo. Tecnologia só era importante quando servia ao homem. Visando converter-se em ciência exata, a medicina colocou
o homem a serviço da tecnologia. Inverteu os
papéis no momento crítico de transformação
da sociedade. O preparo das novas gerações
de médicos passou a ingressar num atalho sem
saída. Rompeu os alicerces da formação em
benefício da informação. Desmereceu o saber
científico integral em favor do procedimento
técnico especializado. Banalizou o acervo de
sólidos valores profissionais, construído ao longo de séculos, abrindo caminho para o mito de
uma exatidão fria e despersonalizada.
As faculdades de medicina reproduzem a
nova mentalidade. Viraram a página dos nobres tempos, entregando-a a voracidade das
traças cibernéticas feitas para deletar o passado em nome de um presente ilusório que não
tem futuro. O impasse está posto. Para não ser
extinta, a medicina deve retomar a natureza
humanista de ciência não exata. Se não o fizer,
terminará desvirtuada por arremedo científico
mutante, impreciso na forma e pseudoexato no
conteúdo.
Arquivo SBP
E spaço Aberto
Dioclécio Campos Júnior
Médico, professor titular de pediatria da UnB
Foi presidente da Sociedade Brasileira de
Pediatria
[email protected]
Texto divulgado pela Sociedade
Brasileira de Pediatria
Credenciamento de evento no CNA
Muitos colegas me perguntaram como fazer
para cadastrar um evento para a pontuação na
Comissão Nacional de Acreditação (CNA). Estou
enviando os passos. É bem simples, entretanto,
o evento precisa ser cadastrado com 90 dias
de antecedência e ter no mínimo 2 horas de
palestra.
Após o envio, o evento cadastrado será
analisado pela CNA e, se aprovado, a resposta
seguirá para o seu e-mail. Durante a palestra
o organizador terá que pegar o nome e o CPF
dos participantes e enviar para o CNA no e-mail
[email protected] endereçado à Cristiane.
Uma informação importante: o médico precisa se cadastrar no site da CNA para ter acesso
à pontuação.
Passos para o cadastramento:
1. Acessar o site www.cna-cap.org.br
2. Clicar em Organizadores de Eventos.
3. Clicar em Credencie um evento.
4. Antes de credenciar o evento aparecerá
na tela para você se cadastrar. Esta etapa é para
criar um Usuário e Senha (guarde-a), pois você
irá precisar para o cadastramento do evento e
para ver o andamento de sua solicitação).
5. Com o Usuário e Senha já cadastrados,
voltar na guia Organizadores de Eventos.
6. Clicar sobre Credencie um evento
(usando Usuário e senha).
7. Clicar sobre a guia: Preenchimento
de cadastro de evento para pontuação –
Presencial.
8. Preencher todos os dados com o Título
do palestrante (pois fica mais fácil obter um parecer favorável) e não esquecer de colocar o
tempo de 2 horas da palestra.
9. Preencher também as Áreas de atuação
e alguma outra especialidade que poderia ser
beneficiada com a pontuação (Por exemplo:
Clínica Médica se a palestra for sobre TVP).
10. Clicar em enviar e pronto! Agora é só
ficar aguardando se foi ou não aprovado.
OBS: Para eventos gratuitos será necessário informar da gratuidade, caso contrário
existe um repasse para a AMB.
Espero ter colaborado.
Edson Fernando Strefezza
Diretor da Seccional ABC da SBACV-SP
15
I nformes da Diretoria
Normas para Ingresso na SBACV-SP
Apresentamos as normas para in­gresso na
SBACV e estimulamos os membros aspirantes
e efetivos a se mobilizarem para uma possível
mu­dança de categoria.
Normas para Membro Aspirante:
1. Apresentar proposta assinada por 2 (dois)
Membros Titulares ou Efe­tivos em formulário
próprio (dispo­nível em www.sbacvsp.org.br),
que será recebida em qualquer data pela Secretaria Regional da SBACV;
2. Apresentar curriculum vitae, em duas vias,
acompanhado de cópias dos documentos, inclusive do diplo­ma de médico e inscrição no Conse­
lho Regional de Medicina;
3. Ser aprovado pela Comissão Re­gional de
Titulação.
OBS.: Para o cumprimento do item 3 será obedecido um dos seguintes critérios:
1. O candidato deverá ter no mínimo dois anos
de graduado em Medicina e estar cursando, ou
ter concluído Programa de Residência Médica
em Angiologia, em Cirurgia Vascular, ou em Angiologia e Cirurgia Vascular; ou Curso de Espe-
cialização ou de Aperfeiçoamento em Angiologia, em Cirurgia Vascular, ou em Angiologia
e Cirurgia Vascular.
Normas para Membro Titular:
2. Ter, no mínimo, 5 (cinco) anos de graduação em Medicina, e com­provar atuação em
Angiologia e/ou Cirurgia Vascular, ou em
suas res­pectivas Áreas de Atuação, por um
período mínimo de 1(um) ano.
2. Estar quite com a Tesouraria da SBACV e AMB;
Normas para Membro Efetivo:
1. Ser Membro Aspirante há mais de dois
anos;
2. Estar quite com a Tesouraria da SBACV
e AMB;
3. Possuir Título de Especialista emi­tido pela
SBACV/AMB;
4. Apresentar a proposta para Mem­bro Efetivo assinada por 3 (três) Membros Titulares
ou Efetivos em formulário próprio (disponível em www.sbacvsp.org.br), encaminhada
em qualquer data à Secretaria Re­gional da
SBACV.
Secretaria Executiva
1. Ser Membro Efetivo há mais de dois anos;
3. Exercer atividades comprovadas na especialidade nos últimos dois anos;
4. Possuir Título de Especialista emi­tido pela
SBACV/AMB;
5. Apresentar monografia não publi­cada, em três
vias, sobre tema da especialidade ou título de
Livre-Do­cência ou de Doutor;
6. Apresentar curriculum vitae em três vias, passível de comprovação;
7. Apresentar proposta para Membro Titular
assinada por 5 (cinco) Mem­bros Titulares em formulário próprio (disponível em www.sbacvsp.org.
br), encaminhada à Secretaria Geral da SBACV;
8. Ser aprovado pela Comissão de Progressão de
Categoria de Membros que seguirá as normas
regimentais.
Realização
MEETING EVENTOS
(11) 3849 0379 3849 8263
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Mercado Municipal
Ponte Estaiada
Imersão e Interatividade
Participe
e
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So
24 a 2de Convenções
Centro - SP
á
Guaruj
das
11 5087 4889
[email protected]
www.sbacvsp.com.br
Secretaria Executiva:
11 3849 0379
www.meetingeventos.com.br
[email protected]
a
gas limit
a
V
r
a
seu lug
Reserve
Realização:
Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular - SP - Rua Estela, 515 - Bloco A - Cj 62 - Cep 04011-002 - São Paulo

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