Poupança para o futuro Poupança para o futuro - corecon

Transcrição

Poupança para o futuro Poupança para o futuro - corecon
16
nº
junho 2009
Publicação do Conselho Regional de Economia - 2ª Região - CORECON-SP
Poupança
para o futuro
CBE debate formação e desenvolvimento
Destaque
Aramis Maia Patti
Sumário
Conselho Regional
de Economia
2ª Região - SP
Presidente: Antonio Luiz de Queiroz Silva
Vice-Presidente: Manuel Enriquez Garcia
Conselheiros Efetivos: Carlos Alberto Safatle, Carlos Eduardo Soares
de Oliveira Junior, Celina Martins Ramalho, Gilson de Lima Garófalo; Jin
Whan Oh, João Pedro da Silva, Nancy Goreti Gorgulho Chaves Braga,
Pedro Afonso Gomes, Rafael Olivieri Neto, Synésio Batista da Costa
Conselheiros Suplentes: Cláudio Gonçalves dos Santos, Eduardo
Montalban, Francisco da Silva Coelho, José Carlos Medeiros Magliano, Modesto Stama, Orozimbo José de Moraes, Paulo Brasil
Corrêa de Mello, Paulo Henrique Coelho Prado, Roberto Luis Troster, Teruo Hida, Vera Martins da Silva
05
Road Show
Conselheiros por São Paulo do
Conselho Federal de Economia - COFECON:
Efetivos - Heron Carlos Esvael do Carmo, Synésio Batista da Costa,
Wilson Roberto Villas Boas Antunes;
Suplentes - Antonio Luiz de Queiroz Silva, Marco Antonio Sandoval
de Vasconcellos, Waldir Pereira Gomes
Administração: Rua Líbero Badaró, 425 – 14º andar – Centro
São Paulo - SP – Tel.: (11) 3291-8700 – Fax: (11) 3291-8701
E-mail: [email protected]
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editorial
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radar
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destaque
08
capa
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educação
DELEGACIAS REGIONAIS
ABC – Delegado: Leonel Tinoco Neto
(11) 4436-6482 – www.abc.coreconsp.org.br
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Aramis Maia Patti
12
7ª Gincana de Economia
08
CBE discute formação do economista
Araçatuba – Delegado: Alair Orlando Barão
(18) 3624-5311 - www.aracatuba.coreconsp.org.br
Bauru – Delegado: Reinaldo César Cafeo
(14) 3227-1646 – www.bauru.coreconsp.org.br
Campinas – Delegado: Paulo César Adani
(19) 3236-2664/9742 – www.campinas.coreconsp.org.br
Jundiaí – Delegado: Marino Mazzei Júnior
(11) 4586-6121 – www.jundiai.coreconsp.org.br
Presidente Prudente – Delegado: Álvaro Barboza dos Santos
(18) 3223-9015 – www.presidenteprudente.coreconsp.org.br
Ribeirão Preto – Delegado: José Avelino Franco do Amaral
(16) 3610-6126 – www.ribeiraopreto.coreconsp.org.br
Santos – Delegada: Josefa Barbera Molina Poleti
(13) 3284-9890 – www.santos.coreconsp.org.br
São José dos Campos – Delegado: Jair Capatti Jr
(12) 3941-5201 – www.saojosedoscampos.coreconsp.org.br
São José do Rio Preto – Delegado: Hipólito Martins Filho
(17) 3233-0154 – www.saojosedoriopreto.coreconsp.org.br
Sorocaba – Delegado: Alexander Itria
(15) 3233-3552 – www.sorocaba.coreconsp.org.br
Núcleo de Criação e Desenvolvimento
Rua Cayowaá, 228 - Perdizes
São Paulo - SP - CEP: 05018-000
Fones: (11) 3875-5627 / 3875-6296
Site: www.rspress.com.br
Jornalista responsável: Roberto Souza (Mtb 11.408)
Editor: Fábio Berklian | Subeditora: Lilian Burgardt
junho
2009
Repórter:
Thiago
Bento | Projeto gráfico: Leonardo Fial
Diagramação: Leonardo Fial e Gabriel Rabesco
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Editorial
Jovens, o futuro da economia
Aumentar o número de economistas registrados tem
sido uma das principais ações do Conselho Regional de
Economia de São Paulo (CORECON-SP) ao longo dos anos,
crente de que essa é a melhor maneira de colaborar com a
sociedade. Para que nossa ajuda seja cada vez mais constante - e melhor - precisamos voltar nossos olhos para quem
está ingressando no mercado, além de discutirmos soluções
práticas para questões cotidianas.
Debatidos por nomes importantes da economia nacional,
esses dois temas (futuros economistas e desenvolvimento)
serão destaque durante o XVIII Congresso Brasileiro de Economia - CBE 2009, que acontece de 16 a 18 de setembro, na
cidade de São Paulo. Um desses nomes é Aramis Maia Patti,
cuja trajetória serve de exemplo, seja no campo pessoal ou
profissional, que nos fala sobre sua palestra “Solidariedade e
trabalho”. A entrevista pode ser conferida na página 6.
Estudantes, entretanto, não serão apenas tópicos das discussões, mas também participantes, afinal são eles quem vão
ditar os caminhos a serem trilhados no futuro. Lembremos
que eles já dão seus primeiros passos: os estudantes participantes da 6º Gincana Nacional de Economia fundaram a Associação dos Jovens Economistas do Brasil (AJEB). Devido
à preocupação do CORECON-SP com os jovens economistas
também damos continuidade ao Fórum Permanente de Análise da Conjuntura Econômica (FACE) - já na quinta edição - e
o Road Show, dessa vez em Piracicaba, encontros que aproximaram estudantes e profissionais para discutir soluções que
contribuam para o desenvolvimento do País.
Boa Leitura!
Antonio Luiz de Queiroz Silva
Presidente
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junho 2009
Radar
Crise é oportunidade
para mudanças, crêem
economistas
Economistas participantes da quinta edição do Fórum Permanente de
Análise da Conjuntura Econômica
(FACE) afirmaram que o período
atual de crise é propício para transformações. Segundo o professor
da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/USP),
Helio Nogueira da Cruz, as maiores
expectativas de mudanças estão
voltadas para a China.
“O País ganhou importância
mundial, mas será que vai manter
sua taxa atual?”, questionou Cruz.
Ainda, segundo ele, é preciso perguntar se a China é inovadora como
os Estados Unidos, Inglaterra e Japão
foram ou se está replicando modos
de produção já conhecidos. “Outro
fator é a nação possuir muitos dólares, porém, eles não parecem muito
interessados em continuar financiando o déficit norte-americano”,
comentou o economista.
De acordo com Cruz a questão é:
por que ficar com dólares? “Os chineses querem outra “moeda”, mas ela
existe? É imediata?”. Ele lembrou que
durante a crise de 1930 o padrão
era o ouro e de que foi preciso uma
guerra para a migração à moeda dos
EUA. “Do que precisaremos agora?”
indagou para em seguida dar uma
pista da resposta: “Autoridades financeiras internacionais anunciam
que a crise mundial altera a estrutura de poder, na verdade, ela é decorrência da transição de poder”.
Para a professora da Fundação
Getúlio Vargas (FGV) e conselheira
do Conselho Regional de Economia
de São Paulo (CORECON-SP) Celina
Martins Ramalho é momento de o
Brasil refletir sobre seus fatores de
produção e projetar o crescimento
do Produto Interno Bruto (PIB) para
os próximos anos.
Celina se mostrou otimista com
alguns números - resultados de pesquisa recente da FGV - indicando
que, mesmo em crise, a economia nacional tem respirado. Atualmente há
uma linha de telefone celular a cada
dois brasileiros. Além de 60 milhões
de computadores para 193 milhões
de pessoas, uma máquina para cada
três pessoas. “Se dividirmos nossas
24 horas do dia por três, teremos
oito horas de disponibilidade de uso
para cada cidadão”, calcula.
Maria Helena Zockun, também
professora da FEA/USP, entretanto,
se disse menos otimista do que a
colega. “Temos um grande desafio pela frente e o País parece não
acordar”, comentou. A economista
completou que o que foi acumulado durante os últimos anos devido
às boas políticas econômicas tem
sido gasto rapidamente e que as
reformas básicas necessárias há 25
anos não acontecem.
“Precisamos sair deste atoleiro
e aproveitar a crise para melhorar
nosso sistema tributário”,esclareceu
Maria Helena. Sistema, que segundo a economista, é injusto e muito
complicado. “Deveríamos usar a situação financeira atual como oportunidade para transformar as tributações em favor de uma federação
mais harmônica”, concluiu.
Road Show
Membros do Conselho Regional
de Economia (CORECON-SP) proferiram palestra para estudantes em Piracicaba, no interior de
São Paulo. Encontro faz parte do
roteiro do Conselho em levar o
Road Show para diferentes cidades a fim de promover e divulgar
a economia nas universidades.
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Destaque Aramis Maia Patti
Empreendedorismo e
cidadania em sintonia
Apontado como exemplo de sucesso, o
economista Aramis Maia Patti acredita que
força de vontade e exigências da sociedade
podem fazer a diferença
6
Unir-se e lutar por aquilo que
acredita. Pode até parecer utópico, mas é a solução apontada
por esse economista formado em
1972 pela Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP)
para fazer do mundo um lugar melhor. No lugar de belos discursos,
ele apresenta projetos concretos e
possíveis de se tornarem realidade,
como a inclusão de portadores de
deficiência - uma das bandeiras levantadas pelo economista ao longo de sua vida.
Patti recebeu a reportagem de
“O Economista” no escritório do
Instituto Horizonte - Organização
da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), em São Paulo. Fundado por ele em 2004, o instituto
tem a finalidade de fundamentar
a implantação de processos de inclusão em todas as suas etapas de
abrangência, tais como: condições
de acessibilidade, funcionalidade,
sensibilização de funcionários e
condições ideais à recepção e inclusão de pessoas com deficiência.
Durante a entrevista, Patti destacou não só a experiência à frente
do Instituto como adiantou os pontos de abordagem da palestra: “Solidariedade e trabalho” que apresentará durante o XVIII Congresso
Brasileiro de Economia (CBE 2009)
e que tem como tema: “Economia
brasileira pós-estabilização e reto-
junho 2009
mada do crescimento: a urgência
do resgate da dívida social”. Confira, a seguir, um pouco do que há
por vir durante o Congresso.
O Economista - Qual a importância de pagarmos essa dívida social?
Aramis Maia Patti - Acredito
que o melhor exemplo para citar
sobre isso é o caso dos soldados
veteranos americanos que participaram de guerras para defender
a nação e voltaram com alguma
deficiência. Não é justo abandonar essas pessoas.
O Economista - Como “solidariedade e trabalho” se relacionam
com o tema do CBE 2009?
Patti - Podemos dizer que a economia pós-estabilização recebe
uma pressão muito grande da sociedade. Veja o caso da sustentabilidade: ela é resultado da constante vigilância das pessoas. Costumo
contar a história real de uma empresa brasileira que quase perdeu
um bom negócio por não estar
com seu balanço social em dia.
O cliente, estrangeiro, depois
de atestar o bom preço e a qualidade dos produtos, prestes a fechar o negócio, solicitou o documento onde consta a existência de
pessoas com necessidades especiais no quadro de funcionários.
A empresa precisou correr atrás
na última hora. A avaliação desse
quesito é uma situação mais frequente no exterior, mas que está
começando a chegar ao Brasil.
O Economista - Qual a dificuldade em integrar esses funcionários?
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Patti - Embora tenhamos o artigo 93 da Lei 8.213 de 1991 dizendo que empresas com 100 ou
mais funcionários são obrigadas
a preencher de 2% a 5% dos seus
cargos com beneficiários reabilitados ou portadores de deficiência,
isso não acontece. É um daqueles
casos de Lei que “não pegou”.
O Economista - Há outra barreira?
Patti - Há sim. Os custos de se
implantar um projeto como esse
que ultrapassa as questões de
meramente adaptar arquitetonicamente o local para a chegada
do novo funcionário. Primeiro é
preciso convencer as empresas
de que a proposta trará resultados positivos. Depois, explicar a
quem trabalha nelas que o novo
colega vem para colaborar e não
para atrapalhar. Há ainda, infelizmente, casos de pessoas que
pensam na deficiência como
doença contagiosa. As empresas
pedem preparação para os portadores de necessidades especiais,
mas elas não estão preparadas
para recebê-los.
O Economista - A sociedade está
desinformada sobre isso?
Patti - Está sim. Falta muito conhecimento por parte da população
sobre esse assunto. Falta,inclusive,
cobertura da mídia.
O Economista - Falando em mídia, não cobrimos as Paraolimpíadas da mesma forma que fizemos
com as Olimpíadas...
Patti - Exatamente. As competições são uma solução. Têm
uma publicidade tremenda, mas
poucas pessoas acompanharam.
O Economista - Comenta-se que,
no futuro, trabalharemos em casa.
Seria uma solução para os portadores de deficiência?
Patti - Graças à Internet poderemos trabalhar em casa. Esse
seria o mundo perfeito, mas
ainda precisamos fazer muitas
outras coisas antes disso acontecer. Desde 1975, divido meu
tempo entre Austrália, Brasil e
Estados Unidos, definitivamente
o primeiro país é o melhor para
os portadores de deficiência. Em
todas as cidades por onde passei
vi rampas de acesso. No Brasil,
estamos começando agora a ter
essa preocupação. A calçada da
Avenida Paulista, em São Paulo,
por exemplo, só foi reformada recentemente. Hoje, ela está boa,
mas o resto da cidade continua
muito ruim.
O Economista - Mas essa é apenas a questão arquitetônica que
falamos antes, não?
Patti - É sim, e como dissemos
é preciso mais do que isso. Falemos dos motoboys. Todo dia vários deles morrem ou se acidentam pelas ruas. Como solucionar
isso? O bem mais valioso deles,
além da moto, é a mochila na
qual costumam se agarrar quando
percebem que algo vai acontecer.
Ao cair sobre ela, muitos deles
acabam paraplégicos. A vida dessas pessoas vira de cabeça para
baixo. Por isso a questão é muito
maior do que só a arquitetura.
7
Capa
Investiment
ec n mic
XVIII Congresso Brasileiro de Economia debaterá formas de
retomar o desenvolvimento do País resgatando a dívida social
É
cada vez mais nítido o crescimento e o desenvolvimento alcançado pelo Brasil
nos últimos anos. São inúmeros
os exemplos que constatam esse
avanço: retomada do crescimento
econômico, controle da inflação,
aumento da inserção na economia
mundial, além da diminuição do
crescimento populacional.
A continuidade desse processo,
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entretanto, depende do aprimoramento das instituições políticoeconômicas, além da adoção de
ações que reduzam a desigualdade social, promovam a seguridade
social, melhorem as condições de
saúde e do acesso à educação, em
síntese, é necessário resgatar a dívida social brasileira.
Este assunto integra a agenda
dos economistas e, por isso, é tema
do XVIII Congresso Brasileiro de
Economia (CBE 2009), que acontece em São Paulo entre os dias 16 e
18 de setembro.
“Economia brasileira pós-estabilização e retomada do crescimento: a
urgência do resgate da dívida social”
será o tema discutido por 29 palestrantes; todos selecionados devido
à sua familiaridade com o assunto,
segundo o presidente do Conselho
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Regional de Economia de São Paulo (CORECON-SP), Antônio Luiz de
Queiroz Silva. “Consequentemente,
vamos discutir o desenvolvimento
do País depois da crise financeira”,
explica. As palestras serão apresentadas nos dois últimos dias do encontro e divididas em temas.
Em 17 de setembro, sob o tema
“Políticas de promoção Social”, o
professor da Faculdade de Econo-
junho 2009
mia, Administração e Contabilidade
da Universidade de São Paulo (FEA/
USP), Naercio Aquino apresenta a
palestra “Educação como instrumento de combate à criminalidade”.
Além dele, o secretário de negócios
jurídicos da cidade de São Paulo,
Claudio Lembo e o doutor em Ciências Econômicas pela Universidade
Estadual de Campinas (Unicamp),
Áquilas Mendes, tratarão de “A
Constituição cidadã” e “Saúde pública”, respectivamente.
Para comentar “Economia e Movimento Demográfico”, o professor-doutor do departamento de
economia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP),
Antonio Corrêa de Lacerda, comenta os “Efeitos Econômicos da
Transição Demográfica”, enquanto o economista Fabio Giambiagi
9
Capa
Em todos os anos ímpares, desde
1975, os economistas realizam com
apoio do Conselho Federal de Economia (COFECON) seu Congresso
Brasileiro. O evento que a cada
edição percorre uma capital do
País é referência pelas atividades e
pela proposta de discutir com toda
a sociedade questões relacionadas
à conjuntura econômica.
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apresenta “Efeitos da transição
demográfica sobre a seguridade e
previdência social”. O professor do
Instituto de Economia da Unicamp,
Walter Barelli proferirá palestra sobre “Políticas públicas para atender
as novas demandas sociais”. A última palestra sobre o tema é “Conflitos éticos da sociedade do século
XXI e as mudanças na estrutura
populacional”, de Joaquim Pedro
Villaça de Souza Campos.
O tema “Economia urbana” será
abordado entre os dias 17 e 18 de
setembro. No primeiro dia participam o presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas
(IBGE), Eduardo Pereira Nunes com
“Censo 2010”, o professor da FEA/
USP, Carlos Antônio Luque, “Políticas Públicas - Lei de responsabilidade fiscal”, o professor associado
da Universidade Federal do Rio de
Janeiro (UFRJ) Carlos Eduardo Frickmann Young, debate “A economia
e o meio ambiente”. O economista
Aramis Maia Patti, encerra o dia
com “Solidariedade e Trabalho”.
Durante o segundo dia de discussão do tema, o presidente da
Companhia de Saneamento Básico
do Estado de São Paulo (SABESP),
Gesner Oliveira apresenta “Condições de Saneamento”. A diretorapresidente da Agência Nacional
de Aviação Civil (ANAC), Solange
Paiva Vieira, participa com “Condições de Transporte”. “Qualidade de
vida nas grandes cidades - Condições de Habitação” é o tema da palestra do professor titular da PUCSP, Ladislau Dowbor. O ciclo sobre
economia urbana será finalizado
com a palestra “Infraestrutura urbana - Humanização das grandes
cidades”, da professora da FEA/
USP Silvia Maria Schor.
Outro tema que será trabalhado
em 18 de setembro é “Economia e
Democracia”. Quando o professor
colaborador da FEA/USP, José Raimundo Novaes Chiappin, apresentará palestra homônima. O diretorgeral das Faculdades Integradas Rio
Branco, Custódio Filipe de Jesus Pereira, comenta “Economia e responsabilidade social”. Ainda durante
essa rodada de debates, a professora
associada da Universidade Federal
Fluminense (UFF), Carmem Aparecida Feijó discutirá “Formação do
Economista e o papel da Associação
Nacional dos Centros de Pós-Graduação em Economia (ANPEC).
Além das palestras, o CBE 2009
trará atividades como cursos, conferências, o Encontro Paulista de
Peritos, a VII Gincana Brasileira de
Economia, e um espaço para a Comissão de Mercado Financeiro, que
contará com o economista Pedro
Paulo Silveira comentando “Mercado de ações”, o economista-chefe
da Federação Brasileira dos Bancos
(Febraban), Rubens Sardemberg e
o conselheiro do CORECON-SP, Ro-
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berto Luis Troster, para falar sobre
“Mercado de Crédito”.
Os cursos serão sobre teoria
Keynesiana, com Fernando Ferrari Filho e Gilberto Tadeu Lima,
presidente e diretor da Associação
Keynesiana Brasileira, respectivamente; e a “A dimensão moral da
crise e as correntes do Pensamento Econômico”, com o economista
Marcos Gonçalves e o vice-diretor
da Faculdade de Economia da Fundação Armando Álvares Penteado
(FAAP) – destaque da 15º edição de
“O Economista” - Luiz Alberto de
Souza Aranha Machado.
Nas conferências, o ex-presidente
do Banco Central do Brasil, Gustavo
Henrique de Barros Franco e o diretor da escola de economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Yoshiaki
Nakano, debatem “Perspectivas da
economia brasileira e mundial diante da crise econômica”. Enquanto o
mestre em economia pela Universidade de Yale, EUA, Claudio de Moura Castro, apresenta “Economia e
Educação – Como estender a educação em todos os níveis, visando à
cidadania e o desenvolvimento econômico”. Quem também participa
das conferências é o professor da
FEA/USP, Roberto Brás Matos Macedo, com “Economia e Educação –
Mercado de Trabalho”.
No Encontro Paulista de Peritos,
as palestras também serão divididas em temas: “Perícia econômico-
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Reconhecer nomes
consagrados é uma
forma de inspirar
os jovens
financeira” e “Auditoria e arbitragem econômico-financeira”. No
primeiro, o especialista em Desenvolvimento Regional pela Comissão
Econômica para a América Latina
(CEPAL), Aurélio Lianori apresenta “Novos campos de aplicação da
perícia econômica-financeira” e o
coordenador de finanças, contabilidade e mercado de capitais do
Instituto Brasileiro de Governança Coorporativa (IBGC), Francisco
D’orto Neto, fará palestra sobre
“Avaliação de empresas: contribuições da ciência econômica e suas
técnicas - aplicações práticas”. Por
fim, o professor titular da PUC-SP,
Marco Antônio Marques, comenta “Perícia econômico-financeira:
o que os magistrados e advogados
esperam dos peritos”.
Prêmio Jovem
Economista
Foco de ações do CORECON-SP,
a educação é destaque na exposição
dos Trabalhos Científicos e na entrega do prêmio Jovem Economista. Para apresentar suas pesquisas
inéditas sob o tema: “Economia
brasileira pós-estabilização e retomada do crescimento: a urgência
do resgate da dívida social”, profissionais, professores e estudantes
de graduação e pós-graduação em
economia devem estar registrados
nos CORECON’s e inscritos no CBE
2009.
O Prêmio será concedido para
dois economistas atuantes em
uma das áreas descritas no Decreto nº. 31.794, de 21 de novembro
de 1952, e para outro que atue na
área acadêmica. O candidato deve
escolher seu segmento de atuação.
Nessa etapa, é exigido que o interessado se manifeste por escrito,
via formulário eletrônico que pode
ser encontrado no site do Conselho
(www.corecon.org.br). O vencedor
de cada categoria leva R$ 5.000,00.
Duas homenagens também serão realizadas durante o Congresso;
uma para o professor Antonio Delfim Netto, “devido sua importância
para nós economistas”, ressalta o
presidente do CORECON-SP, Antônio Luiz de Queiroz Silva. A segunda será uma homenagem póstuma
para Tamás Szmerecsanyi, expoente
da luta brasileira pela reforma agrária, que morreu no dia 16 de fevereiro deste ano. “Reconhecer a atuação
desses economistas é uma maneira
de inspirar quem está saindo das
universidades e quem ainda está em
atividade”, acredita Queiroz.
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Educação
Vem aí a 7ª Gincana
Brasileira de Economia
Jogo premiará os melhores estudantes
da área entre 16 e 18 de setembro
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Estão abertas, até 31 de agosto, as
inscrições para 7ª Gincana Brasileira de Economia entre Faculdades de Ciências Econômicas dos
Estados Brasileiros. Promovida
pelo Conselho Regional de Economia de São Paulo (CORECON-SP)
o “Jogo da Economia Brasileira”,
como é popularmente chamado,
consiste na disputa por soluções
de problemas e o domínio de situações como: “aumento da taxa de
juros”, “inflação”, “valorização da
moeda”, entre outros.
Este ano, o jogo será realizado
durante o Congresso Brasileiro de
Economia, de 16 a 18 de setembro,
no Anhembi, em São Paulo, e tem
como objetivo integrar estudantes
de Economia e estreitar o relacionamento entre o CORECON-SP e
Faculdades. Além de medalhas e
troféus, os integrantes das duplas
vencedoras receberão os seguintes
prêmios respectivamente: 1º lugar:
R$1.500,00 (R$3.000,00 a dupla);
2º lugar: R$1.000,00 (R$2.000,00
a dupla); e 3º lugar: R$500,00 (R$
1.000,00 a dupla).
Como de costume, a 7ª Gincana
oferecerá, no 1º dia do evento, um
“Passeio Cultural” aos pontos atrativos e históricos de São Paulo. O
roteiro inclui uma visita à Bolsa
de Valores. Alunos de cidades distantes serão hospedados em hotéis
junho 2009
pelo Conselho que ainda oferecerá
toda a insfraestrutura para a participação no encontro.
A faculdade interessada deverá
fazer a inscrição da dupla representante a partir do dia 20 de julho preenchendo a ficha on-line que esta
disponível no site: www.coreconsp.
org.br/gincana. É importante destacar que, na hipótese de ausência
da dupla inscrita no período dos
jogos, a faculdade arcará com o valor de R$ 300,00 para despesas de
garantia de reserva de hospedagem.
Haverá entrega de certificados aos
participantes e às faculdades.
Última edição
No ano passado, em três dias de
Gincana, participaram 116 estudantes de graduação de 58 universidades de quase todos os estados
brasileiros. Os estudantes da Fundação Educacional de Fernandópolis (FEF), Rafael Sousa Bueno e
Weslei Mesavila Moreira ficaram
com o primeiro lugar ao vencer
os estudantes da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
(PUC-SP), Douglas Gomes e Su Xin
Yang, ganhadores da prata na competição. Em terceiro lugar ficou a
dupla da Universidade do Vale do
Rio dos Sinos (Unisinos), Marcos
Paulo da Silva Falleiro e Ângela
Inês Schirer.
Na ocasião, presidentes de Conselhos de Economia de outros estados demonstraram satisfação
com a Gincana aprovando a iniciativa. O presidente do Conselho
Regional do Distrito Federal (CORECON-DF), Mário Sérgio Fernandez Sallorenzo, esteve presente no
último dia da gincana e ficou impressionado com o que viu. “A iniciativa é fantástica. Além da excelente estrutura, devemos ressaltar
a atenção e a entrega dos alunos
com o jogo”, disse.
nonono
Boa leitura!
Enquanto a maioria dos economistas
constroi modelos de como o mercado
deveria funcionar, o sul-coreano HaJoon Chang traz perspectivas inovadoras
sobre o futuro da globalização, examinando o passado e apontando o que
mudou. Em “Maus samaritanos”, ele
traz uma mensagem polêmica aos emergentes: “Resistam à pressão dos ricos!”.
Segundo Chang, caso esses países
sigam os mandamentos dos líderes,
acabarão como vítimas dos países ricos,
que usaram o protecionismo para se desenvolver, mas que atualmente posam
como missionários do livre comércio.
Maus Samaritanos
Autor: Há-Joon Chang
Tradução: Celina Martins Ramalho
Preço: R$ 69,00
Editora: Campus-Elsevier
Participantes e ganhadores da 6ª Gincana Brasileira de Economia
junho 2009
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Homenagem aos
aos Remidos
Homenagem
Remidos
Economistas registrados e com mais de 15 anos de contribuição junto ao CORECON-SP, em dia com
as anuidades e com mais de 65 anos de idade (*homens), ou 60 anos (*mulheres), podem requerer
a “Inscrição Remida”. Acompanhe a relação completa dos Remidos de junho:
4.796 - TAMAYUKI KOIDE; 5.032 - JOÃO TOFFOLI; 5.913 - ANTONIO DE FREITAS FERREIRA; 6.005 - GUALTER
CACHUTÉ DE VILHENA; 6.050 - JUVENCIO DIAS GOMES; 7.459 - JOSÉ ROBERTO DE PIERRI; 8.124 - ISAMU
SAKAMOTO; 8.352 - PAULO ROBERTO DORA; 8.779 - JOÃO ODMUR MARTINS DE OLIVEIRA COSTA; 9.219
- BERENICE DE PAULA POSSO BARUFFALDI; 9.258 - JOSÉ THOMAZ DE CARVALHO NETO; 11.079 - THEREZA
MARIA DA CONCEIÇÃO GARCIA ORDINE; 11.107 - WALDEMIR SANTOS NOGUEIRA; 11.138 - JOSÉ ROBERTO PEZI;
12.107 - JOSÉ AIRTON DONATTI; 12.320 - ACIR HEZLEI SARTORI; 13.151 - MILTON MATONE; 13.314 - GILSON
ERNESTO GOMES COELHO; 14.084 - GUILHERME BENEDITO GIACOMINI; 17.368 - LUCINDA FUMIKO TERADA;
20.900 - LUIZ DE FREITAS; 21.980 - EUVALDO BATISTA DOS SANTOS; 24.970 - ANTONIO PIRES DE ALMEIDA;
23.318 - José Mesquita Ribeiro Gonçalves.
Na relação acima constam os nomes dos Remidos do mês de junho de 2009. Atenção: o Conselho
Federal de Economia, considerando o princípio da anterioridade, já observado pelo Departamento
Jurídico do Conselho Regional de Economia de São Paulo (CORECON-SP) em seus pareceres,
deliberou por estabelecer que a Resolução que fixa o limite de idade para os homens (70 anos) e
para as mulheres (65 anos) - 1807/08-publ. DOU em 09/01/09 - passe a produzir efeitos somente
a partir do 1º de janeiro de 2010. Com isso, ficam revogados os efeitos da norma no período de 9
de janeiro de 2009 a 31 de dezembro de 2009. Caso queira fazer parte dos Remidos desta coluna,
entre em contato com a redação de “O Economista”.
O Editor
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junho 2009
Divisão Indicadores e Pesquisa
Tabela de Indicadores Selecionados
Índices de Preços
IPCA - Acumulado Trimestral %
2,09
1,52
1,24
1,09
1,07
008
03/2
008
008
09/2
06/2
008
IGP-M - Acumulado Trimestral %
4,34
2,38
1,55
1,23
-0,92
009
12/2
IPC-Fipe - Acumulado Trimestral %
2,75
1,21
1,05
1,13
1,02
008
008
008
03/2
06/2
Fonte: Bacen
09/2
008
03/2
IPA-M - Acumulado Trimestral %
5,00
1,48
1,12
-1,98
2,87
009
12/2
009
12/2
09/2
06/2
03/2
008
008
008
008
03/2
008
03/2
008
8
008 09/200
03/2
06/2
009
12/2
03/2
Taxas Efetivas de Juros
SELIC overnight Acumulado Trimestral%
2,76
2,60
/08
08
mar
3,36
3,22
/08
08
mar
mar
dez
/08
3,21
2,74
2,58
08
mar
3,32
/09
/08
08
mar
3,18
3,05
2,65
2,43
mar
dez
/09
mar
dez
TBF Acumulado Trimestral%
2,89
/08
8
set/0
jun/
0,32
/08
8
set/0
jun/
CDI overnight Acumulado Trimestral %
0,63
0,55
0,28
0,15
/09
/08
8
set/0
jun/
TR - Acumulado Trimestral %
2,90
/09
/08
8
set/0
jun/
2,70
mar
dez
Fonte: Bacen
Principais Resultados do PIB a preços de mercado
do 1º trimestre de 2008 ao 1º trimestre de 2009
1º trim.
2008
2º trim.
2008
3º trim.
2008
4º trim.
2008
1º trim.
2009
Acumulado ao longo do ano/ mesmo
período do ano anterior
6.1
6.2
6.4
5.1
(-) 1.8
Últimos quatro trimestres/ quatro trimestres
imediatamente
5.9
6.0
6.3
5.1
3.1
Trimestre/ mesmo trimestre do ano anterior
6.1
6.2
6.8
1.3
(-) 1.8
Trimestre/ trimestre
imediatamente anterior (com ajuste sazonal)
1.9
1.6
1.4
(-) 3.6
(-) 0.8
Taxas %
Fonte: IBGE
Taxa de desemprego - Região metropolitana - São Paulo (na semana) - %
9,4
9,3
9,4 9,4
10
10,5
10,2
8,2
8,6 8,2
8,3 8,0
8,0
7,7
7,1
9
9
00
04
/2
9
00
03
/2
9
00
00
02
/2
8
01
/2
8
00
12
/2
8
00
00
11
/2
8
10
/2
8
00
09
/2
8
00
08
/2
8
00
07
/2
8
00
06
/2
8
00
05
/2
8
00
04
/2
00
03
/2
02
/2
00
8
Desemprego RMSP
Fonte: IBGE
Manuel Enríquez Garcia
PIB Trimestral
5,90
6,00
PIB Trimestral
6,30
Vice-presidente do CORECON-SP
5,10
3,10
/08 br/08 ai/08 n/08 ul/08 go/08 et/08 ut/08 ov/08 ez/08 an/09 v/09
/09
a
m
j
s
o
n
d
j
mar
fe
ju
a
mar
Fonte: IBGE
Segundo dados recentes do
IBGE, de fato, a economia brasileira está em recessão: dois
trimestres consecutivos registraram quedas no total da riqueza produzida no País. Sob
a ótica da oferta, e comparado
com igual trimestre de 2008,
o PIB caiu -1,8%, influenciado pelo mal desempenho da
indústria de transformação
(-12,6%), construção civil
(-9,8%), eletricidade e gás,
água, esgoto e limpeza urbana (-4,2%) e extração mineral
(-1,1%). Contribuiu, também,
o setor de agropecuária, com
recuo de -1,6%, explicado
pela quebra de safra do algodão (-19,7%), do milho
(-13,2%), da soja (-3,9%) e
do fumo (-1,2%). Os serviços
contribuíram positivamente
para o PIB, com variação positiva de +1,7%, graças aos
incrementos registrados em:
outros serviços (+7,0%), intermediação financeira e seguros
(+5,8%); serviços de informação (+5,4%), administração,
saúde e educação pública
(+3,1%) e serviços imobiliários e aluguel (+1,6%). O comércio (atacadista e varejista), porém, registrou variação
negativa de -6,0%, enquanto
transporte, armazenagem e
correio recuavam 5,6%.
Fonte: Banco Central do Brasil
IBGE, Fipe. FGV e DIEESE
Organização CORECON-SP
Economista Responsável: Flávio Antunes Estaiano de Rezende
[email protected] - (11) 3291-8728
Estes e outros indicadores econômicos podem ser encontrados no site do CORECON-SP na página da Divisão Indicadores e Pesquisas

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