Poupança para o futuro Poupança para o futuro - corecon
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Poupança para o futuro Poupança para o futuro - corecon
16 nº junho 2009 Publicação do Conselho Regional de Economia - 2ª Região - CORECON-SP Poupança para o futuro CBE debate formação e desenvolvimento Destaque Aramis Maia Patti Sumário Conselho Regional de Economia 2ª Região - SP Presidente: Antonio Luiz de Queiroz Silva Vice-Presidente: Manuel Enriquez Garcia Conselheiros Efetivos: Carlos Alberto Safatle, Carlos Eduardo Soares de Oliveira Junior, Celina Martins Ramalho, Gilson de Lima Garófalo; Jin Whan Oh, João Pedro da Silva, Nancy Goreti Gorgulho Chaves Braga, Pedro Afonso Gomes, Rafael Olivieri Neto, Synésio Batista da Costa Conselheiros Suplentes: Cláudio Gonçalves dos Santos, Eduardo Montalban, Francisco da Silva Coelho, José Carlos Medeiros Magliano, Modesto Stama, Orozimbo José de Moraes, Paulo Brasil Corrêa de Mello, Paulo Henrique Coelho Prado, Roberto Luis Troster, Teruo Hida, Vera Martins da Silva 05 Road Show Conselheiros por São Paulo do Conselho Federal de Economia - COFECON: Efetivos - Heron Carlos Esvael do Carmo, Synésio Batista da Costa, Wilson Roberto Villas Boas Antunes; Suplentes - Antonio Luiz de Queiroz Silva, Marco Antonio Sandoval de Vasconcellos, Waldir Pereira Gomes Administração: Rua Líbero Badaró, 425 – 14º andar – Centro São Paulo - SP – Tel.: (11) 3291-8700 – Fax: (11) 3291-8701 E-mail: [email protected] 04 editorial 05 radar 06 destaque 08 capa 12 educação DELEGACIAS REGIONAIS ABC – Delegado: Leonel Tinoco Neto (11) 4436-6482 – www.abc.coreconsp.org.br 06 Aramis Maia Patti 12 7ª Gincana de Economia 08 CBE discute formação do economista Araçatuba – Delegado: Alair Orlando Barão (18) 3624-5311 - www.aracatuba.coreconsp.org.br Bauru – Delegado: Reinaldo César Cafeo (14) 3227-1646 – www.bauru.coreconsp.org.br Campinas – Delegado: Paulo César Adani (19) 3236-2664/9742 – www.campinas.coreconsp.org.br Jundiaí – Delegado: Marino Mazzei Júnior (11) 4586-6121 – www.jundiai.coreconsp.org.br Presidente Prudente – Delegado: Álvaro Barboza dos Santos (18) 3223-9015 – www.presidenteprudente.coreconsp.org.br Ribeirão Preto – Delegado: José Avelino Franco do Amaral (16) 3610-6126 – www.ribeiraopreto.coreconsp.org.br Santos – Delegada: Josefa Barbera Molina Poleti (13) 3284-9890 – www.santos.coreconsp.org.br São José dos Campos – Delegado: Jair Capatti Jr (12) 3941-5201 – www.saojosedoscampos.coreconsp.org.br São José do Rio Preto – Delegado: Hipólito Martins Filho (17) 3233-0154 – www.saojosedoriopreto.coreconsp.org.br Sorocaba – Delegado: Alexander Itria (15) 3233-3552 – www.sorocaba.coreconsp.org.br Núcleo de Criação e Desenvolvimento Rua Cayowaá, 228 - Perdizes São Paulo - SP - CEP: 05018-000 Fones: (11) 3875-5627 / 3875-6296 Site: www.rspress.com.br Jornalista responsável: Roberto Souza (Mtb 11.408) Editor: Fábio Berklian | Subeditora: Lilian Burgardt junho 2009 Repórter: Thiago Bento | Projeto gráfico: Leonardo Fial Diagramação: Leonardo Fial e Gabriel Rabesco 3 Editorial Jovens, o futuro da economia Aumentar o número de economistas registrados tem sido uma das principais ações do Conselho Regional de Economia de São Paulo (CORECON-SP) ao longo dos anos, crente de que essa é a melhor maneira de colaborar com a sociedade. Para que nossa ajuda seja cada vez mais constante - e melhor - precisamos voltar nossos olhos para quem está ingressando no mercado, além de discutirmos soluções práticas para questões cotidianas. Debatidos por nomes importantes da economia nacional, esses dois temas (futuros economistas e desenvolvimento) serão destaque durante o XVIII Congresso Brasileiro de Economia - CBE 2009, que acontece de 16 a 18 de setembro, na cidade de São Paulo. Um desses nomes é Aramis Maia Patti, cuja trajetória serve de exemplo, seja no campo pessoal ou profissional, que nos fala sobre sua palestra “Solidariedade e trabalho”. A entrevista pode ser conferida na página 6. Estudantes, entretanto, não serão apenas tópicos das discussões, mas também participantes, afinal são eles quem vão ditar os caminhos a serem trilhados no futuro. Lembremos que eles já dão seus primeiros passos: os estudantes participantes da 6º Gincana Nacional de Economia fundaram a Associação dos Jovens Economistas do Brasil (AJEB). Devido à preocupação do CORECON-SP com os jovens economistas também damos continuidade ao Fórum Permanente de Análise da Conjuntura Econômica (FACE) - já na quinta edição - e o Road Show, dessa vez em Piracicaba, encontros que aproximaram estudantes e profissionais para discutir soluções que contribuam para o desenvolvimento do País. Boa Leitura! Antonio Luiz de Queiroz Silva Presidente 4 junho 2009 Radar Crise é oportunidade para mudanças, crêem economistas Economistas participantes da quinta edição do Fórum Permanente de Análise da Conjuntura Econômica (FACE) afirmaram que o período atual de crise é propício para transformações. Segundo o professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/USP), Helio Nogueira da Cruz, as maiores expectativas de mudanças estão voltadas para a China. “O País ganhou importância mundial, mas será que vai manter sua taxa atual?”, questionou Cruz. Ainda, segundo ele, é preciso perguntar se a China é inovadora como os Estados Unidos, Inglaterra e Japão foram ou se está replicando modos de produção já conhecidos. “Outro fator é a nação possuir muitos dólares, porém, eles não parecem muito interessados em continuar financiando o déficit norte-americano”, comentou o economista. De acordo com Cruz a questão é: por que ficar com dólares? “Os chineses querem outra “moeda”, mas ela existe? É imediata?”. Ele lembrou que durante a crise de 1930 o padrão era o ouro e de que foi preciso uma guerra para a migração à moeda dos EUA. “Do que precisaremos agora?” indagou para em seguida dar uma pista da resposta: “Autoridades financeiras internacionais anunciam que a crise mundial altera a estrutura de poder, na verdade, ela é decorrência da transição de poder”. Para a professora da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e conselheira do Conselho Regional de Economia de São Paulo (CORECON-SP) Celina Martins Ramalho é momento de o Brasil refletir sobre seus fatores de produção e projetar o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para os próximos anos. Celina se mostrou otimista com alguns números - resultados de pesquisa recente da FGV - indicando que, mesmo em crise, a economia nacional tem respirado. Atualmente há uma linha de telefone celular a cada dois brasileiros. Além de 60 milhões de computadores para 193 milhões de pessoas, uma máquina para cada três pessoas. “Se dividirmos nossas 24 horas do dia por três, teremos oito horas de disponibilidade de uso para cada cidadão”, calcula. Maria Helena Zockun, também professora da FEA/USP, entretanto, se disse menos otimista do que a colega. “Temos um grande desafio pela frente e o País parece não acordar”, comentou. A economista completou que o que foi acumulado durante os últimos anos devido às boas políticas econômicas tem sido gasto rapidamente e que as reformas básicas necessárias há 25 anos não acontecem. “Precisamos sair deste atoleiro e aproveitar a crise para melhorar nosso sistema tributário”,esclareceu Maria Helena. Sistema, que segundo a economista, é injusto e muito complicado. “Deveríamos usar a situação financeira atual como oportunidade para transformar as tributações em favor de uma federação mais harmônica”, concluiu. Road Show Membros do Conselho Regional de Economia (CORECON-SP) proferiram palestra para estudantes em Piracicaba, no interior de São Paulo. Encontro faz parte do roteiro do Conselho em levar o Road Show para diferentes cidades a fim de promover e divulgar a economia nas universidades. junho 2009 5 Destaque Aramis Maia Patti Empreendedorismo e cidadania em sintonia Apontado como exemplo de sucesso, o economista Aramis Maia Patti acredita que força de vontade e exigências da sociedade podem fazer a diferença 6 Unir-se e lutar por aquilo que acredita. Pode até parecer utópico, mas é a solução apontada por esse economista formado em 1972 pela Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP) para fazer do mundo um lugar melhor. No lugar de belos discursos, ele apresenta projetos concretos e possíveis de se tornarem realidade, como a inclusão de portadores de deficiência - uma das bandeiras levantadas pelo economista ao longo de sua vida. Patti recebeu a reportagem de “O Economista” no escritório do Instituto Horizonte - Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), em São Paulo. Fundado por ele em 2004, o instituto tem a finalidade de fundamentar a implantação de processos de inclusão em todas as suas etapas de abrangência, tais como: condições de acessibilidade, funcionalidade, sensibilização de funcionários e condições ideais à recepção e inclusão de pessoas com deficiência. Durante a entrevista, Patti destacou não só a experiência à frente do Instituto como adiantou os pontos de abordagem da palestra: “Solidariedade e trabalho” que apresentará durante o XVIII Congresso Brasileiro de Economia (CBE 2009) e que tem como tema: “Economia brasileira pós-estabilização e reto- junho 2009 mada do crescimento: a urgência do resgate da dívida social”. Confira, a seguir, um pouco do que há por vir durante o Congresso. O Economista - Qual a importância de pagarmos essa dívida social? Aramis Maia Patti - Acredito que o melhor exemplo para citar sobre isso é o caso dos soldados veteranos americanos que participaram de guerras para defender a nação e voltaram com alguma deficiência. Não é justo abandonar essas pessoas. O Economista - Como “solidariedade e trabalho” se relacionam com o tema do CBE 2009? Patti - Podemos dizer que a economia pós-estabilização recebe uma pressão muito grande da sociedade. Veja o caso da sustentabilidade: ela é resultado da constante vigilância das pessoas. Costumo contar a história real de uma empresa brasileira que quase perdeu um bom negócio por não estar com seu balanço social em dia. O cliente, estrangeiro, depois de atestar o bom preço e a qualidade dos produtos, prestes a fechar o negócio, solicitou o documento onde consta a existência de pessoas com necessidades especiais no quadro de funcionários. A empresa precisou correr atrás na última hora. A avaliação desse quesito é uma situação mais frequente no exterior, mas que está começando a chegar ao Brasil. O Economista - Qual a dificuldade em integrar esses funcionários? junho 2009 Patti - Embora tenhamos o artigo 93 da Lei 8.213 de 1991 dizendo que empresas com 100 ou mais funcionários são obrigadas a preencher de 2% a 5% dos seus cargos com beneficiários reabilitados ou portadores de deficiência, isso não acontece. É um daqueles casos de Lei que “não pegou”. O Economista - Há outra barreira? Patti - Há sim. Os custos de se implantar um projeto como esse que ultrapassa as questões de meramente adaptar arquitetonicamente o local para a chegada do novo funcionário. Primeiro é preciso convencer as empresas de que a proposta trará resultados positivos. Depois, explicar a quem trabalha nelas que o novo colega vem para colaborar e não para atrapalhar. Há ainda, infelizmente, casos de pessoas que pensam na deficiência como doença contagiosa. As empresas pedem preparação para os portadores de necessidades especiais, mas elas não estão preparadas para recebê-los. O Economista - A sociedade está desinformada sobre isso? Patti - Está sim. Falta muito conhecimento por parte da população sobre esse assunto. Falta,inclusive, cobertura da mídia. O Economista - Falando em mídia, não cobrimos as Paraolimpíadas da mesma forma que fizemos com as Olimpíadas... Patti - Exatamente. As competições são uma solução. Têm uma publicidade tremenda, mas poucas pessoas acompanharam. O Economista - Comenta-se que, no futuro, trabalharemos em casa. Seria uma solução para os portadores de deficiência? Patti - Graças à Internet poderemos trabalhar em casa. Esse seria o mundo perfeito, mas ainda precisamos fazer muitas outras coisas antes disso acontecer. Desde 1975, divido meu tempo entre Austrália, Brasil e Estados Unidos, definitivamente o primeiro país é o melhor para os portadores de deficiência. Em todas as cidades por onde passei vi rampas de acesso. No Brasil, estamos começando agora a ter essa preocupação. A calçada da Avenida Paulista, em São Paulo, por exemplo, só foi reformada recentemente. Hoje, ela está boa, mas o resto da cidade continua muito ruim. O Economista - Mas essa é apenas a questão arquitetônica que falamos antes, não? Patti - É sim, e como dissemos é preciso mais do que isso. Falemos dos motoboys. Todo dia vários deles morrem ou se acidentam pelas ruas. Como solucionar isso? O bem mais valioso deles, além da moto, é a mochila na qual costumam se agarrar quando percebem que algo vai acontecer. Ao cair sobre ela, muitos deles acabam paraplégicos. A vida dessas pessoas vira de cabeça para baixo. Por isso a questão é muito maior do que só a arquitetura. 7 Capa Investiment ec n mic XVIII Congresso Brasileiro de Economia debaterá formas de retomar o desenvolvimento do País resgatando a dívida social É cada vez mais nítido o crescimento e o desenvolvimento alcançado pelo Brasil nos últimos anos. São inúmeros os exemplos que constatam esse avanço: retomada do crescimento econômico, controle da inflação, aumento da inserção na economia mundial, além da diminuição do crescimento populacional. A continuidade desse processo, 8 entretanto, depende do aprimoramento das instituições políticoeconômicas, além da adoção de ações que reduzam a desigualdade social, promovam a seguridade social, melhorem as condições de saúde e do acesso à educação, em síntese, é necessário resgatar a dívida social brasileira. Este assunto integra a agenda dos economistas e, por isso, é tema do XVIII Congresso Brasileiro de Economia (CBE 2009), que acontece em São Paulo entre os dias 16 e 18 de setembro. “Economia brasileira pós-estabilização e retomada do crescimento: a urgência do resgate da dívida social” será o tema discutido por 29 palestrantes; todos selecionados devido à sua familiaridade com o assunto, segundo o presidente do Conselho junho 2009 Regional de Economia de São Paulo (CORECON-SP), Antônio Luiz de Queiroz Silva. “Consequentemente, vamos discutir o desenvolvimento do País depois da crise financeira”, explica. As palestras serão apresentadas nos dois últimos dias do encontro e divididas em temas. Em 17 de setembro, sob o tema “Políticas de promoção Social”, o professor da Faculdade de Econo- junho 2009 mia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/ USP), Naercio Aquino apresenta a palestra “Educação como instrumento de combate à criminalidade”. Além dele, o secretário de negócios jurídicos da cidade de São Paulo, Claudio Lembo e o doutor em Ciências Econômicas pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Áquilas Mendes, tratarão de “A Constituição cidadã” e “Saúde pública”, respectivamente. Para comentar “Economia e Movimento Demográfico”, o professor-doutor do departamento de economia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Antonio Corrêa de Lacerda, comenta os “Efeitos Econômicos da Transição Demográfica”, enquanto o economista Fabio Giambiagi 9 Capa Em todos os anos ímpares, desde 1975, os economistas realizam com apoio do Conselho Federal de Economia (COFECON) seu Congresso Brasileiro. O evento que a cada edição percorre uma capital do País é referência pelas atividades e pela proposta de discutir com toda a sociedade questões relacionadas à conjuntura econômica. 10 apresenta “Efeitos da transição demográfica sobre a seguridade e previdência social”. O professor do Instituto de Economia da Unicamp, Walter Barelli proferirá palestra sobre “Políticas públicas para atender as novas demandas sociais”. A última palestra sobre o tema é “Conflitos éticos da sociedade do século XXI e as mudanças na estrutura populacional”, de Joaquim Pedro Villaça de Souza Campos. O tema “Economia urbana” será abordado entre os dias 17 e 18 de setembro. No primeiro dia participam o presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), Eduardo Pereira Nunes com “Censo 2010”, o professor da FEA/ USP, Carlos Antônio Luque, “Políticas Públicas - Lei de responsabilidade fiscal”, o professor associado da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Carlos Eduardo Frickmann Young, debate “A economia e o meio ambiente”. O economista Aramis Maia Patti, encerra o dia com “Solidariedade e Trabalho”. Durante o segundo dia de discussão do tema, o presidente da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (SABESP), Gesner Oliveira apresenta “Condições de Saneamento”. A diretorapresidente da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), Solange Paiva Vieira, participa com “Condições de Transporte”. “Qualidade de vida nas grandes cidades - Condições de Habitação” é o tema da palestra do professor titular da PUCSP, Ladislau Dowbor. O ciclo sobre economia urbana será finalizado com a palestra “Infraestrutura urbana - Humanização das grandes cidades”, da professora da FEA/ USP Silvia Maria Schor. Outro tema que será trabalhado em 18 de setembro é “Economia e Democracia”. Quando o professor colaborador da FEA/USP, José Raimundo Novaes Chiappin, apresentará palestra homônima. O diretorgeral das Faculdades Integradas Rio Branco, Custódio Filipe de Jesus Pereira, comenta “Economia e responsabilidade social”. Ainda durante essa rodada de debates, a professora associada da Universidade Federal Fluminense (UFF), Carmem Aparecida Feijó discutirá “Formação do Economista e o papel da Associação Nacional dos Centros de Pós-Graduação em Economia (ANPEC). Além das palestras, o CBE 2009 trará atividades como cursos, conferências, o Encontro Paulista de Peritos, a VII Gincana Brasileira de Economia, e um espaço para a Comissão de Mercado Financeiro, que contará com o economista Pedro Paulo Silveira comentando “Mercado de ações”, o economista-chefe da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), Rubens Sardemberg e o conselheiro do CORECON-SP, Ro- junho 2009 berto Luis Troster, para falar sobre “Mercado de Crédito”. Os cursos serão sobre teoria Keynesiana, com Fernando Ferrari Filho e Gilberto Tadeu Lima, presidente e diretor da Associação Keynesiana Brasileira, respectivamente; e a “A dimensão moral da crise e as correntes do Pensamento Econômico”, com o economista Marcos Gonçalves e o vice-diretor da Faculdade de Economia da Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) – destaque da 15º edição de “O Economista” - Luiz Alberto de Souza Aranha Machado. Nas conferências, o ex-presidente do Banco Central do Brasil, Gustavo Henrique de Barros Franco e o diretor da escola de economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Yoshiaki Nakano, debatem “Perspectivas da economia brasileira e mundial diante da crise econômica”. Enquanto o mestre em economia pela Universidade de Yale, EUA, Claudio de Moura Castro, apresenta “Economia e Educação – Como estender a educação em todos os níveis, visando à cidadania e o desenvolvimento econômico”. Quem também participa das conferências é o professor da FEA/USP, Roberto Brás Matos Macedo, com “Economia e Educação – Mercado de Trabalho”. No Encontro Paulista de Peritos, as palestras também serão divididas em temas: “Perícia econômico- junho 2009 Reconhecer nomes consagrados é uma forma de inspirar os jovens financeira” e “Auditoria e arbitragem econômico-financeira”. No primeiro, o especialista em Desenvolvimento Regional pela Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL), Aurélio Lianori apresenta “Novos campos de aplicação da perícia econômica-financeira” e o coordenador de finanças, contabilidade e mercado de capitais do Instituto Brasileiro de Governança Coorporativa (IBGC), Francisco D’orto Neto, fará palestra sobre “Avaliação de empresas: contribuições da ciência econômica e suas técnicas - aplicações práticas”. Por fim, o professor titular da PUC-SP, Marco Antônio Marques, comenta “Perícia econômico-financeira: o que os magistrados e advogados esperam dos peritos”. Prêmio Jovem Economista Foco de ações do CORECON-SP, a educação é destaque na exposição dos Trabalhos Científicos e na entrega do prêmio Jovem Economista. Para apresentar suas pesquisas inéditas sob o tema: “Economia brasileira pós-estabilização e retomada do crescimento: a urgência do resgate da dívida social”, profissionais, professores e estudantes de graduação e pós-graduação em economia devem estar registrados nos CORECON’s e inscritos no CBE 2009. O Prêmio será concedido para dois economistas atuantes em uma das áreas descritas no Decreto nº. 31.794, de 21 de novembro de 1952, e para outro que atue na área acadêmica. O candidato deve escolher seu segmento de atuação. Nessa etapa, é exigido que o interessado se manifeste por escrito, via formulário eletrônico que pode ser encontrado no site do Conselho (www.corecon.org.br). O vencedor de cada categoria leva R$ 5.000,00. Duas homenagens também serão realizadas durante o Congresso; uma para o professor Antonio Delfim Netto, “devido sua importância para nós economistas”, ressalta o presidente do CORECON-SP, Antônio Luiz de Queiroz Silva. A segunda será uma homenagem póstuma para Tamás Szmerecsanyi, expoente da luta brasileira pela reforma agrária, que morreu no dia 16 de fevereiro deste ano. “Reconhecer a atuação desses economistas é uma maneira de inspirar quem está saindo das universidades e quem ainda está em atividade”, acredita Queiroz. 11 Educação Vem aí a 7ª Gincana Brasileira de Economia Jogo premiará os melhores estudantes da área entre 16 e 18 de setembro 12 Estão abertas, até 31 de agosto, as inscrições para 7ª Gincana Brasileira de Economia entre Faculdades de Ciências Econômicas dos Estados Brasileiros. Promovida pelo Conselho Regional de Economia de São Paulo (CORECON-SP) o “Jogo da Economia Brasileira”, como é popularmente chamado, consiste na disputa por soluções de problemas e o domínio de situações como: “aumento da taxa de juros”, “inflação”, “valorização da moeda”, entre outros. Este ano, o jogo será realizado durante o Congresso Brasileiro de Economia, de 16 a 18 de setembro, no Anhembi, em São Paulo, e tem como objetivo integrar estudantes de Economia e estreitar o relacionamento entre o CORECON-SP e Faculdades. Além de medalhas e troféus, os integrantes das duplas vencedoras receberão os seguintes prêmios respectivamente: 1º lugar: R$1.500,00 (R$3.000,00 a dupla); 2º lugar: R$1.000,00 (R$2.000,00 a dupla); e 3º lugar: R$500,00 (R$ 1.000,00 a dupla). Como de costume, a 7ª Gincana oferecerá, no 1º dia do evento, um “Passeio Cultural” aos pontos atrativos e históricos de São Paulo. O roteiro inclui uma visita à Bolsa de Valores. Alunos de cidades distantes serão hospedados em hotéis junho 2009 pelo Conselho que ainda oferecerá toda a insfraestrutura para a participação no encontro. A faculdade interessada deverá fazer a inscrição da dupla representante a partir do dia 20 de julho preenchendo a ficha on-line que esta disponível no site: www.coreconsp. org.br/gincana. É importante destacar que, na hipótese de ausência da dupla inscrita no período dos jogos, a faculdade arcará com o valor de R$ 300,00 para despesas de garantia de reserva de hospedagem. Haverá entrega de certificados aos participantes e às faculdades. Última edição No ano passado, em três dias de Gincana, participaram 116 estudantes de graduação de 58 universidades de quase todos os estados brasileiros. Os estudantes da Fundação Educacional de Fernandópolis (FEF), Rafael Sousa Bueno e Weslei Mesavila Moreira ficaram com o primeiro lugar ao vencer os estudantes da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Douglas Gomes e Su Xin Yang, ganhadores da prata na competição. Em terceiro lugar ficou a dupla da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), Marcos Paulo da Silva Falleiro e Ângela Inês Schirer. Na ocasião, presidentes de Conselhos de Economia de outros estados demonstraram satisfação com a Gincana aprovando a iniciativa. O presidente do Conselho Regional do Distrito Federal (CORECON-DF), Mário Sérgio Fernandez Sallorenzo, esteve presente no último dia da gincana e ficou impressionado com o que viu. “A iniciativa é fantástica. Além da excelente estrutura, devemos ressaltar a atenção e a entrega dos alunos com o jogo”, disse. nonono Boa leitura! Enquanto a maioria dos economistas constroi modelos de como o mercado deveria funcionar, o sul-coreano HaJoon Chang traz perspectivas inovadoras sobre o futuro da globalização, examinando o passado e apontando o que mudou. Em “Maus samaritanos”, ele traz uma mensagem polêmica aos emergentes: “Resistam à pressão dos ricos!”. Segundo Chang, caso esses países sigam os mandamentos dos líderes, acabarão como vítimas dos países ricos, que usaram o protecionismo para se desenvolver, mas que atualmente posam como missionários do livre comércio. Maus Samaritanos Autor: Há-Joon Chang Tradução: Celina Martins Ramalho Preço: R$ 69,00 Editora: Campus-Elsevier Participantes e ganhadores da 6ª Gincana Brasileira de Economia junho 2009 13 Homenagem aos aos Remidos Homenagem Remidos Economistas registrados e com mais de 15 anos de contribuição junto ao CORECON-SP, em dia com as anuidades e com mais de 65 anos de idade (*homens), ou 60 anos (*mulheres), podem requerer a “Inscrição Remida”. Acompanhe a relação completa dos Remidos de junho: 4.796 - TAMAYUKI KOIDE; 5.032 - JOÃO TOFFOLI; 5.913 - ANTONIO DE FREITAS FERREIRA; 6.005 - GUALTER CACHUTÉ DE VILHENA; 6.050 - JUVENCIO DIAS GOMES; 7.459 - JOSÉ ROBERTO DE PIERRI; 8.124 - ISAMU SAKAMOTO; 8.352 - PAULO ROBERTO DORA; 8.779 - JOÃO ODMUR MARTINS DE OLIVEIRA COSTA; 9.219 - BERENICE DE PAULA POSSO BARUFFALDI; 9.258 - JOSÉ THOMAZ DE CARVALHO NETO; 11.079 - THEREZA MARIA DA CONCEIÇÃO GARCIA ORDINE; 11.107 - WALDEMIR SANTOS NOGUEIRA; 11.138 - JOSÉ ROBERTO PEZI; 12.107 - JOSÉ AIRTON DONATTI; 12.320 - ACIR HEZLEI SARTORI; 13.151 - MILTON MATONE; 13.314 - GILSON ERNESTO GOMES COELHO; 14.084 - GUILHERME BENEDITO GIACOMINI; 17.368 - LUCINDA FUMIKO TERADA; 20.900 - LUIZ DE FREITAS; 21.980 - EUVALDO BATISTA DOS SANTOS; 24.970 - ANTONIO PIRES DE ALMEIDA; 23.318 - José Mesquita Ribeiro Gonçalves. Na relação acima constam os nomes dos Remidos do mês de junho de 2009. Atenção: o Conselho Federal de Economia, considerando o princípio da anterioridade, já observado pelo Departamento Jurídico do Conselho Regional de Economia de São Paulo (CORECON-SP) em seus pareceres, deliberou por estabelecer que a Resolução que fixa o limite de idade para os homens (70 anos) e para as mulheres (65 anos) - 1807/08-publ. DOU em 09/01/09 - passe a produzir efeitos somente a partir do 1º de janeiro de 2010. Com isso, ficam revogados os efeitos da norma no período de 9 de janeiro de 2009 a 31 de dezembro de 2009. Caso queira fazer parte dos Remidos desta coluna, entre em contato com a redação de “O Economista”. O Editor 14 junho 2009 Divisão Indicadores e Pesquisa Tabela de Indicadores Selecionados Índices de Preços IPCA - Acumulado Trimestral % 2,09 1,52 1,24 1,09 1,07 008 03/2 008 008 09/2 06/2 008 IGP-M - Acumulado Trimestral % 4,34 2,38 1,55 1,23 -0,92 009 12/2 IPC-Fipe - Acumulado Trimestral % 2,75 1,21 1,05 1,13 1,02 008 008 008 03/2 06/2 Fonte: Bacen 09/2 008 03/2 IPA-M - Acumulado Trimestral % 5,00 1,48 1,12 -1,98 2,87 009 12/2 009 12/2 09/2 06/2 03/2 008 008 008 008 03/2 008 03/2 008 8 008 09/200 03/2 06/2 009 12/2 03/2 Taxas Efetivas de Juros SELIC overnight Acumulado Trimestral% 2,76 2,60 /08 08 mar 3,36 3,22 /08 08 mar mar dez /08 3,21 2,74 2,58 08 mar 3,32 /09 /08 08 mar 3,18 3,05 2,65 2,43 mar dez /09 mar dez TBF Acumulado Trimestral% 2,89 /08 8 set/0 jun/ 0,32 /08 8 set/0 jun/ CDI overnight Acumulado Trimestral % 0,63 0,55 0,28 0,15 /09 /08 8 set/0 jun/ TR - Acumulado Trimestral % 2,90 /09 /08 8 set/0 jun/ 2,70 mar dez Fonte: Bacen Principais Resultados do PIB a preços de mercado do 1º trimestre de 2008 ao 1º trimestre de 2009 1º trim. 2008 2º trim. 2008 3º trim. 2008 4º trim. 2008 1º trim. 2009 Acumulado ao longo do ano/ mesmo período do ano anterior 6.1 6.2 6.4 5.1 (-) 1.8 Últimos quatro trimestres/ quatro trimestres imediatamente 5.9 6.0 6.3 5.1 3.1 Trimestre/ mesmo trimestre do ano anterior 6.1 6.2 6.8 1.3 (-) 1.8 Trimestre/ trimestre imediatamente anterior (com ajuste sazonal) 1.9 1.6 1.4 (-) 3.6 (-) 0.8 Taxas % Fonte: IBGE Taxa de desemprego - Região metropolitana - São Paulo (na semana) - % 9,4 9,3 9,4 9,4 10 10,5 10,2 8,2 8,6 8,2 8,3 8,0 8,0 7,7 7,1 9 9 00 04 /2 9 00 03 /2 9 00 00 02 /2 8 01 /2 8 00 12 /2 8 00 00 11 /2 8 10 /2 8 00 09 /2 8 00 08 /2 8 00 07 /2 8 00 06 /2 8 00 05 /2 8 00 04 /2 00 03 /2 02 /2 00 8 Desemprego RMSP Fonte: IBGE Manuel Enríquez Garcia PIB Trimestral 5,90 6,00 PIB Trimestral 6,30 Vice-presidente do CORECON-SP 5,10 3,10 /08 br/08 ai/08 n/08 ul/08 go/08 et/08 ut/08 ov/08 ez/08 an/09 v/09 /09 a m j s o n d j mar fe ju a mar Fonte: IBGE Segundo dados recentes do IBGE, de fato, a economia brasileira está em recessão: dois trimestres consecutivos registraram quedas no total da riqueza produzida no País. Sob a ótica da oferta, e comparado com igual trimestre de 2008, o PIB caiu -1,8%, influenciado pelo mal desempenho da indústria de transformação (-12,6%), construção civil (-9,8%), eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (-4,2%) e extração mineral (-1,1%). Contribuiu, também, o setor de agropecuária, com recuo de -1,6%, explicado pela quebra de safra do algodão (-19,7%), do milho (-13,2%), da soja (-3,9%) e do fumo (-1,2%). Os serviços contribuíram positivamente para o PIB, com variação positiva de +1,7%, graças aos incrementos registrados em: outros serviços (+7,0%), intermediação financeira e seguros (+5,8%); serviços de informação (+5,4%), administração, saúde e educação pública (+3,1%) e serviços imobiliários e aluguel (+1,6%). O comércio (atacadista e varejista), porém, registrou variação negativa de -6,0%, enquanto transporte, armazenagem e correio recuavam 5,6%. Fonte: Banco Central do Brasil IBGE, Fipe. FGV e DIEESE Organização CORECON-SP Economista Responsável: Flávio Antunes Estaiano de Rezende [email protected] - (11) 3291-8728 Estes e outros indicadores econômicos podem ser encontrados no site do CORECON-SP na página da Divisão Indicadores e Pesquisas
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