Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2015

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Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2015
Anuário
Brasileiro
de Segurança
Pública 2015
ISSN 1983-7364
ano 9 2015
sumário
4
Ficha institucional
5
Ficha técnica
6Infográfico
8Introdução
Fórum Brasileiro de Segurança Pública Rua Amália de Noronha, 151 · Conj. 405
Pinheiros · São Paulo · SP · Brasil
CEP: 05410-010
tel/fax: 55 11 3081-0925
www.forumseguranca.org.br
2
Parte 1
Segurança Pública em números
12
52
62
86
94
98
Estatísticas criminais
Gastos com segurança pública
População carcerária
Sistema socioeducativo
Efetivos das forças policiais
Municípios e segurança pública
Parte 2
Estado, crime e violência
108Percepções sobre violência e segurança
118
Índice de confiança na justiça
Parte 3
Juventude e Violência
124Adolescentes em Conflito com a Lei – Atos infracionais e medidas socioeducativas
130
Violência nas escolas
Parte 4
Apêndice Metodológico
152Metodologia dos Grupos de Qualidade de 2014
3
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expediente
Copyright© Fórum Brasileiro de Segurança Pública
Ficha Institucional
Fórum Brasileiro de
Segurança Pública
Equipe Fórum Brasileiro de
Segurança Pública
Presidente de Honra
Elizabeth Leeds
Coordenação Geral
Conselho de Administração
Renato Sérgio de Lima
Samira Bueno
Humberto Viana (Presidente)
Renato Sérgio de Lima (Vice-Presidente) Coordenação Institucional
Cássio Thyone Almeida de Rosa
Patrícia Nogueira Pröglhöf
Cristiane do Socorro Loureiro Lima
Haydée Glória Cruz Caruso
Coordenação de Projetos
Jacqueline de Oliveira Muniz
Olaya Hanashiro
Luciene Magalhães de Albuquerque
Marcos Aurelio Veloso e Silva Assistente
Executiva
Marlene Ines Spaniol
Amanda Gouvea
Rodrigo Ghiringhelli de Azevedo
Silvia Ramos de Souza
Equipe Administrativa-Financeira
Débora Lopes
Karina Nascimento
Conselho Fiscal
Sueli Bueno
Edson M. L. S. Ramos
Sérgio Roberto de Abreu
Equipe Técnica
Comitê de Ex-Presidentes do
Conselho de Administração
Paulo Sette Câmara
Jésus Trindade Barreto Júnior
Roberto Maurício Genofre
Ana Lídia Santana
Cauê Martins
David Marques
Roberta Astolfi
Colaboradora
Cristina Neme
4
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ISSN 1983-7634
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Ficha técnica
Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2015
Coordenação Geral
Textos
Assessoria de Comunicação
Renato Sérgio de Lima
Samira Bueno
Amanda Pereira
Bruno Langeani
Ignacio Cano
Ivan Marques
Jacqueline Sinhoretto
Luciana de Oliveira Ramos
Luciana Gross Cunha
Luis Flávio Sapori
Olaya Hanashiro
Patrícia Nogueira Pröglhöf
Pedro Abramovay
Rafael Alcadipani
Renan Gomes de Pieri
Renato Sérgio de Lima
Roberta Astolfi
Rodrigo Ghiringhelli de Azevedo
Samira Bueno
Letra Certa Estratégia e Tática em
Comunicação (11) 3812-6956
Nota legal
Licença Creative Commons
Os textos e opiniões expressos no
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Apoio/Patrocínio
Edição 2015 do Anuário Brasileiro
de Segurança Pública
Equipe Técnica
Cauê Martins
David Marques
Olaya Hanashiro
Patrícia Nogueira Pröglhöf
Roberta Astolfi
Estagiária
Ana Lídia Santana
Consultoria Técnica
Túlio Kahn
Colaboradora
Edição de arte
URBANIA (11) 3828-3991
Beatriz Rodrigues
Fundação Ford
Open Society Foundations - OSF
Fundação Getulio Vargas – FGV
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5
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Segurança Pública em Números
Mortes Violentas intencionais
ao menos 58.497
vítimas de mortes
violentas no Brasil
em 2014.
Se somarmos todas as categorias
de mortes violentas, o Brasil
teria uma taxa de
28,8 mortes
para cada
100 mil habitantes.
9,9%
superior àquele
Essa taxa significa um patamar
alcançado apenas pelos homicídios dolosos.
28,4% dos crimes Violentos
letais intencionais do País
aconteceram nas capitais (exclusive
Mortes por Intervenção Policial).
arMas apreendidas
118.379 armas de fogo
foram apreendidas em 2014. Este
número é 8,2% menor do que o
de 2013. Entre 2013 e 2014, a Polícia Federal
reduziu sua participação na apreensão de armas
de fogo de 12,2% para 7,5%.
VitiMização e letalidade policial
foram mortos em 2014, ao menos um
398
por dia. Este número significa 2,5%
policiais de redução de policiais mortos em
relação a 2013.
A cada 3 horas uma pessoa foi morta pela
polícia no ano passado, resultando em
37,2%
de crescimento da letalidade em
relação a 2013.
O número de mortes decorrentes de
intervenção policial representa 5%
do total de mortes violentas intencionais
e é 46,6% superior à quantidade
registrada de latrocínios em 2014.
efetiVo
O Brasil contou, em 2014, com 666.479 policiais
e guardas municipais.
64%
PM
18%
15%
PC
Guardas
socioeducatiVo
O número de adolescentes cumprindo
medidas socioeducativas privativas de liberdade
cresceu 443% entre 1996 e 2013.
23.066 adolescentes cumpriam medida no último ano.
3.009
vítimas
2%
1%
PF
PRF
prisões
Considerando os dados disponíveis,
o percentual de adolescentes autores
de homicídios em relação ao total de
homicídios esclarecidos e/ou inquéritos
relatados é de
no Brasil
10,7%
A população
carcerária
brasileira atingiu,
em 2014,
607.373
pessoas
estupros
47.646 estupros foram registrados
no país, em 2014, redução de
6,7% em relação a 2013.
6
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Porém, considerando que em média apenas 35% dos
crimes sexuais são notificados, mais
dados precisam ser acumulados para confirmar a queda.
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2015
Bandido BoM é Bandido Morto?
50%dos residentes nas grandes
cidades brasileiras concordam com
a frase “Bandido bom é Bandido
Morto”. Este percentual é maior entre:
45,3% 50%
sim
não
54,0%
53,5%
52,1%
moradores
da região
Sul do país
autodeclarados
brancos
homens
Por outro lado, 45,3% da população discorda dessa afirmação.
Considerando a margem de erro de 3 pontos para mais ou
para menos, há um empate entre os que concordam e os que
discordam desta questão.
Municípios
satisfação coM a polícia
Brancos sentem-se mais satisfeitos com o atendimento
das polícias do que não brancos.
de segurança pública.
60
40
30
67%
62%
finanças
33%
20
38%
10
0
possuem guarda municipal, apenas
152 (14%) têm um plano municipal
70
50
Dos 1.081 municípios brasileiros que
Satisfeitos
Brancos
Insastifeitos
não Brancos
r$ 71,2
bilhões
foram gastos com segurança pública
em 2014, num incremento de
16,6% em relação a 2013.
Violência nas escolas
Sua evolução entre 1999 e 2014 foi de 213,1%. Mantido este
ritmo, em 2030, ano em que as Nações Unidas pactuaram como
base para as metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável,
teremos 1,9 milhão de adultos encarcerados.O país precisaria
construir, nesse período, 5.780 novas unidades prisionais.
67,1% da população brasileira residente
nas grandes cidades brasileiras tem medo
de ser agredida sexualmente
Dados da Prova Brasil 2013 revelam que
dos diretores de escolas públicas
identificaram a presença de armas brancas entre
alunos. No distrito federal e no amapá, esse fato
foi apontado por 1 entre cada 3 diretores.
16,3%
90,2% das mulheres e 73,7% dos
jovens de 16 a 24 anos afirmam ter medo de sofrer
violência sexual.
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7
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introdução
O eterno presente da
segurança pública brasileira
Na política brasileira, é comum dizer que, em
momentos de crise macroeconômica, o debate
nacional fica reduzido à agenda econômica e
afasta o olhar do Poder Público de outros temas e
prioridades, ainda mais diante a uma grave crise
política que caminha em paralelo à economia. A
janela de oportunidade criada a partir das Eleições de 2014 parece se fechar e, mais uma vez,
o pêndulo da segurança pública pende para soluções reativas e que não avançam numa pauta de
modernização da área no Brasil.
Porém, os números divulgados por esta edição do 9º Anuário Brasileiro de Segurança Pública
não deixam margem para dúvidas: somos uma
sociedade muito violenta e nossas políticas públicas são extremamente ineficientes e obsoletas.
Por detrás da imagem de um país cordial e pacífico, somos um país que convive anualmente com
59 mil mortes violentas intencionais e com vários
outros crimes com taxas elevadas.
Além dessas mortes, em 2014 foram registrados quase 48 mil estupros e aproximadamente
500 mil veículos foram roubados ou furtados. E,
se a solução encontra-se na Educação, como propugnam vários políticos e profissionais da segurança pública, dados ainda inexplorados da Prova
8
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Brasil 2013 revelam que 16,3% dos diretores das
escolas públicas avaliadas identificaram a presença de armas brancas entre alunos.
A violência faz parte do cotidiano brasileiro.
Ela nos anestesia. Para se ter uma ideia, o número
de mortos decorrentes de intervenção policial já é
a segunda causa de mortes violentas intencionais
e é 46,6% superior ao número de latrocínios. Estamos diante de um “mata-mata” extremamente
cruel, que incentiva a ideia de policial vingador,
porém não oferece aos quase 700 mil policiais
nada além de uma insígnia de herói quando de
suas mortes em “combate”, que atingiram o número de 398 em 2014.
Enquanto isso, não avançamos no enfrentamento de questões-chaves para o país e viramos
presas fáceis dos discursos de ódio e da falta de
informações que possam dar racionalidade ao
debate público.
Num exemplo, o crescimento da população carcerária brasileira entre 1999 e 2014 foi
de 213,1%. Mantido este ritmo, em 2030, ano
em que a ONU pactuou como base para o cumprimento das metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, anunciados em setembro
de 2014, o Brasil terá alcançado uma população
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prisional de 1,9 milhão de presos adultos. Hoje
temos 1.424 unidades prisionais e, para dar conta deste contingente, o país precisaria construir,
em quinze anos, outras 5.780 unidades. Mas a
que custo?
Ao mesmo tempo, temos uma sociedade
fraturada em relação a como lidar com crimes
e criminosos. Segundo pesquisa Datafolha-FBSP,
50% dos residentes nas grandes cidades brasileiras concordam com a frase “Bandido bom é
Bandido Morto”. Este percentual é maior para
homens (52%); moradores da região Sul do país
(54%); e autodeclarados brancos (53%). Por outro lado, 45% da população discordam dessa
afirmação. E essa discordância é formada proporcionalmente mais por mulheres, autodeclarados
negros, jovens e moradores da região sudeste do
país. Na média, considerando a margem de erro,
há um empate entre os que concordam e os que
discordam desta questão.
Para quem analisa estes dados, é possível vislumbrar um cenário de disputa pela legitimidade
do matar e, numa leitura positiva, já não é mais
possível afirmar, como muitos mercadores da
morte o fazem, que a sociedade clama para que
as polícias atuem respondam à violência do crime
com mais violência. Há espaço para mudanças e
há condições para que novos padrões de atuação
policial sejam construídos.
O Estado, em suas múltiplas esferas e poderes, tem optado por manter um sistema fracamente articulado e dissipa suas energias em
disputas entre suas instituições. Iniciativas que
visam integração e a construção de coalizões,
mesmo apoiadas por mais de 80% da população
das grandes cidades brasileiras, não conseguem
vencer resistências e ficam quase sempre como
promessas de um eterno porvir, quase como resquício de um sebastianismo que marca nossa herança cultural.
Vivemos ofuscados pela violência e num eterno presente, que teima em não aprender com
as lições do passado e insiste em acreditar que
o futuro “somente a Deus pertence”. Ficamos à
espera de um salvador. É mais fácil matar o mensageiro – no caso, recusar dar transparência e
prestar contas à sociedade – do que ter coragem
política e disposição para fazer diferente. O FBSP,
neste contexto, reconhece a dificuldade conjuntural, mas, ao publicar mais esta edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, visa dar uma
pequena mas enfática contribuição.
Renato Sérgio de Lima
Samira Bueno
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9
parte 1
Segurança Pública
em números
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estatísticas criminais
registros policiais
TABELA 01· Homicídios dolosos, por número de vítimas e ocorrências
Brasil e Unidades da Federação – 2013-2014
Grupos de
Estados segundo
qualidade dos
dados (1)
Nº de Vítimas
Brasil e Unidades da
Federação
Variação
2013 (3)
(%)
2014
2013 (3)
2014
Variação
(%)
53.240
25,4
26,3
3,4
48.735
51.035
24,2
25,2
3,8
Alagoas
2.152
2.056
65,2
61,9
-5,0
2.152
2.056
65,2
61,9
-5,0
Bahia
5.440
5.663
36,2
37,4
3,5
5.440
5.663
36,2
37,4
3,5
Ceará
4.209
4.297
47,9
48,6
1,3
4.077
4.135
46,4
46,8
0,7
707
688
25,3
24,1
-4,8
707
688
25,3
24,1
-4,8
Espírito Santo
1.564
1.529
40,7
39,4
-3,4
1.564
1.529
40,7
39,4
-3,4
Goiás
2.583
2.575
40,1
39,5
-1,7
2.583
2.575
40,1
39,5
-1,7
Maranhão
1.595
1.902
23,5
27,8
18,3
1.595
1.902
23,5
27,8
18,3
Mato Grosso (4)(5)
1.022
1.297
32,1
40,2
25,2
1.000
1.276
31,4
39,6
25,9
535
593
20,7
22,6
9,5
535
593
20,7
22,6
9,5
4.095
3.958
19,9
19,1
-4,0
4.095
3.958
19,9
19,1
-4,0
Mato Grosso do Sul (4)(5)
Minas Gerais (4)(5)
Pará
3.187
3.257
40,0
40,3
0,9
3.187
3.257
40,0
40,3
0,9
Paraná (5)
2.572
2.515
23,4
22,7
-3,0
1.229
1.354
11,2
12,2
9,3
Pernambuco (4)(5)
2.941
3.316
31,9
35,7
11,9
2.854
3.224
31,0
34,7
12,1
506
685
15,9
21,4
34,9
501
659
15,7
20,6
31,1
4.745
4.942
29,0
30,0
3,6
4.421
4.610
27,0
28,0
3,7
1.287
1.599
38,1
46,9
23,0
1.287
1.599
38,1
46,9
23,0
1.914
2.342
17,1
20,9
21,9
1.914
2.342
17,1
20,9
21,9
Piauí (4)(5)
Rio de Janeiro (5)
Rio Grande do Norte
(4)(5)
Rio Grande do Sul (4)(5)
Roraima
Santa Catarina (6)
99
72
20,3
14,5
-28,6
99
72
20,3
14,5
-28,6
704
762
10,6
11,3
6,7
704
762
10,6
11,3
6,7
4.739
4.526
10,9
10,3
-5,3
4.444
4.293
10,2
9,7
-4,2
Sergipe
880
999
40,1
45,0
12,3
880
999
40,1
45,0
12,3
Acre (4)(5)
198
191
25,5
24,2
-5,2
155
191
20,0
24,2
21,1
São Paulo
(5)
Amapá
Grupo 3
2014
Taxas (2)
51.063
(4)(5)
2013 (3)
Ns. Absolutos
2014
Distrito Federal
Grupo 2
Taxas
2013 (3)
Brasil
Grupo 1
Ns. Absolutos
Nº de Ocorrências
(2)
225
233
30,6
31,0
1,4
193
127
26,3
16,9
-35,6
1.495
1.478
38,2
37,5
-1,9
1.467
1.440
37,5
36,5
-2,6
Rondônia
470
504
27,2
28,8
6,0
456
484
26,4
27,7
4,9
Tocantins
290
327
19,6
21,8
11,3
287
313
19,4
20,9
7,7
Amazonas
909
934
23,9
24,1
1,0
909
934
23,9
24,1
Paraíba (4)(5)
1,0
Conclusão
12
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Fonte: Secretarias Estaduais de Segurança Pública e/ou Defesa Social; Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE); Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
(1) Grupos segundo qualidade estimada dos dados registrados. Grupo 1: maior qualidade das informações;
Grupo 2: menor qualidade das informações; Grupo 3: não há como atestar a qualidade dos dados. Maiores
detalhes, vide apêndice metodológico.
(2) Por 100 mil habitantes.
(3) Retificação das informações publicadas no Anuário Brasileiro de Segurança Pública, ano 8, 2014.
(4) As mortes em confronto com policiais em serviço estão somadas aos homicídios.
(5) As mortes em confronto com policiais fora de serviço estão somadas aos homicídios.
(6) Os dados de ocorrências de Santa Catarina referem-se ao total de vítimas de homicídio doloso.
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13
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TABELA 02 · Crimes letais intencionais (1), por tipo
Brasil e Unidades da Federação – 2013-2014
Grupos de
Estados segundo
qualidade dos
dados (2)
Latrocínio
Brasil e Unidades da
Federação
Brasil
2013 (4)
Variação
2013 (4)
(%)
2014
Taxas (3)
2014
2013 (4)
2014
Variação
(%)
1,0
1,0
6,0
1.172
773
0,6
0,4
-34,6
79
61
2,4
1,8
-23,3
11
14
0,3
0,4
26,5
Bahia
151
199
1,0
1,3
31,1
122
125
0,8
0,8
1,9
Ceará
107
74
1,2
0,8
-31,3
75
66
0,9
0,7
-12,6
29
46
1,0
1,6
55,1
7
3
0,3
0,1
-58,1
Espírito Santo
35
51
0,9
1,3
44,0
18
25
0,5
0,6
37,3
124
135
1,9
2,1
7,4
11
6
0,2
0,1
-46,2
Maranhão
63
72
0,9
1,1
13,3
99
124
1,5
1,8
24,2
Mato Grosso
45
46
1,4
1,4
0,9
63
32
2,0
1,0
-49,9
Goiás
Mato Grosso do Sul
26
39
1,0
1,5
48,1
17
7
0,7
0,3
-59,3
Minas Gerais (5)
84
67
0,4
0,3
-20,8
61
64
0,3
0,3
4,2
Pará
156
180
2,0
2,2
13,9
41
22
0,5
0,3
-47,0
Paraná
46
43
0,4
0,4
-7,2
86
67
0,8
0,6
-22,7
Pernambuco
73
81
0,8
0,9
10,1
83
38
0,9
0,4
-54,6
29
33
0,9
1,0
13,4
16
14
0,5
0,4
-12,8
148
152
0,9
0,9
2,1
39
41
0,2
0,2
4,5
16
61
0,5
1,8
277,4
321
44
9,5
1,3
-86,4
129
141
1,2
1,3
8,9
...
...
...
...
...
Piauí
Rio de Janeiro
Rio Grande do Norte
Rio Grande do Sul
Roraima
Santa Catarina (6)
São Paulo
Grupo 3
2014
Ns. Absolutos
2.061
Distrito Federal
Grupo 2
2013 (4)
Taxas
1.928
Alagoas
Grupo 1
Ns. Absolutos
Lesão Corporal Seguida de Morte
(3)
2
-
0,4
-
-100,0
6
1
1,2
0,2
-83,6
55
54
0,8
0,8
-3,2
19
13
0,3
0,2
-32,5
380
374
0,9
0,8
-2,4
...
...
...
...
...
Sergipe
35
33
1,6
1,5
-6,7
8
11
0,4
0,5
36,0
Acre
13
19
1,7
2,4
43,6
4
2
0,5
0,3
-50,9
Amapá
9
8
1,2
1,1
-13,0
7
1
1,0
0,1
-86,0
Paraíba
28
16
0,7
0,4
-43,3
14
19
0,4
0,5
34,7
Rondônia
10
17
0,6
1,0
68,0
3
7
0,2
0,4
130,6
Tocantins
20
14
1,4
0,9
-30,9
8
9
0,5
0,6
11,1
Amazonas
36
45
0,9
1,2
22,9
33
18
0,9
0,5
-46,4
Conclusão
Fonte: Secretarias Estaduais de Segurança Pública e/ou Defesa Social; Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); Fórum Brasileiro de Segurança
Pública.
(...) Informação não disponível.
(-) Fenômeno Inexistente.
(1) Os dados informados correspondem ao volume de ocorrências policiais registradas e não, necessariamente, indicam o número de vítimas envolvidas.
(2) Grupos segundo qualidade estimada dos dados registrados. Grupo 1: maior qualidade das informações; Grupo 2: menor qualidade das informações;
Grupo 3: não há como atestar a qualidade dos dados. Maiores detalhes, vide apêndice metodológico.
(3) Por 100 mil habitantes.
(4) Retificação das informações publicadas no Anuário Brasileiro de Segurança Pública, ano 8, 2014.
(5) Na capital, Belo Horizonte, a fonte utilizada é a Delegacia de Crimes Contra a Vida, ou seja, reflete a informação disponível no momento da investigação
policial e contabiliza o número de vítimas. No restante do estado a fonte utilizada é o Registros de Eventos de Defesa Social - REDS, ou seja, reflete a
informação disponível no momento do registro da ocorrência e contabiliza o número de ocorrências.
(6) Os dados de ocorrências de Santa Catarina referem-se ao total de vítimas de latrocínio e lesão corporal seguida de morte.
14
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TABELA 03 · Crimes violentos letais intencionais (1)
Brasil e Unidades da Federação – 2013-2014
Grupos de
Estados segundo
qualidade dos
dados (2)
CVLI - Crimes violentos letais intencionais (3)
Brasil e Unidades da
Federação
54.163
56.074
26,9
27,7
2,6
Alagoas
2.242
2.131
67,9
64,2
-5,5
Bahia
5.713
5.987
38,0
39,6
4,2
Ceará
4.391
4.437
50,0
50,2
0,3
743
737
26,6
25,8
-3,0
2014
Espírito Santo
1.617
1.605
42,1
41,3
-1,9
Goiás (7)
2.718
2.716
42,2
41,6
-1,4
1.757
2.098
25,9
30,6
18,4
1.130
1.375
35,5
42,6
20,1
578
639
22,3
24,4
9,2
4.240
4.089
20,6
19,7
-4,2
3.384
3.459
42,5
42,8
0,9
2.704
2.625
24,6
23,7
-3,7
3.097
3.435
33,6
37,0
10,1
Maranhão
Mato Grosso
(6)(7)
Mato Grosso do Sul (6)(7)
Minas Gerais
(6)(7)
Pará
Paraná
(7)(8)
Pernambuco (6)(7)
Fonte: Secretarias Estaduais de Segurança Pública
e/ou Defesa Social; Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE); Fórum Brasileiro de Segurança
Pública.
(1) Os dados de latrocínio e lesão corporal seguida
de morte correspondem ao volume de ocorrências
policiais registradas e não, necessariamente, indicam
o número de vítimas envolvidas. Os registros de
homicídio doloso referem-se ao número de vítimas.
(2) Grupos segundo qualidade estimada dos
dados registrados. Grupo 1: maior qualidade
das informações; Grupo 2: menor qualidade das
informações; Grupo 3: não há como atestar a
qualidade dos dados. Maiores detalhes, vide apêndice
metodológico.
(3) A categoria "Crimes Violentos Letais Intencionais"
agrega as ocorrências de Homicídio Doloso, Latrocínio
e Lesão Corporal seguida de Morte.
551
732
17,3
22,9
32,4
4.932
5.135
30,1
31,2
3,5
(4) Por 100 mil habitantes.
1.624
1.704
48,1
50,0
3,9
2.043
2.483
18,3
22,2
21,1
(5) Retificação das informações publicadas no Anuário
Brasileiro de Segurança Pública, ano 8, 2014.
107
73
21,9
14,7
-33,0
778
829
11,7
12,3
5,1
5.119
4.900
11,7
11,1
-5,1
Sergipe
923
1.043
42,0
47,0
11,8
Acre (6)(7)
215
212
27,7
26,8
-3,1
Amapá
241
242
32,8
32,2
-1,7
Piauí (6)(7)
Rio de Janeiro (7)
Rio Grande do Norte
(6)(7)
Rio Grande do Sul (6)(7)
Roraima
Santa Catarina (9)
São Paulo
Grupo 3
2013 (5)
Variação
(%)
2014
Distrito Federal (6)(7)
Grupo 2
Taxas (4)
2013 (5)
Brasil
Grupo 1
Ns. Absolutos
(7)
1.537
1.513
39,3
38,4
-2,3
Rondônia
483
528
27,9
30,2
8,0
Tocantins
318
350
21,5
23,4
8,7
Paraíba
(6)(7)
Amazonas
978
997
25,7
25,7
0,2
(6) As mortes em confronto com policiais em serviço
estão somadas aos homicídios.
(7) As mortes em confronto com policiais fora de
serviço estão somadas aos homicídios.
(8) Para as naturezas coletadas os totais de ocorrências
registradas no Paraná referem-se ao somatório das
naturezas constantes nos boletins da Polícia Civil e
Polícia Militar (Boletim Unificado). Pela metodologia
do Estado são tabulados todos os delitos (naturezas)
constatados em uma ocorrência, não havendo
prorização.
(9) Total de vítimas das três categorias.
Conclusão
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15
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TABELA 04 · Mortes violentas intencionais (1)
Brasil e Unidades da Federação – 2013-2014
Grupos segundo
qualidade dos
dados (2)
Brasil e Unidades da
Federação
2013
2014
50.137
52.256
Alagoas
2.146
2.051
79
61
11
14
6
5
Bahia
5.428
5.633
151
199
122
125
12
30
Ceará
4.191
4.283
107
74
75
66
18
14
696
676
29
46
7
3
8
6
Brasil
Distrito Federal (5) (6)
1.928
2013
2.061
2014
1.172
2013
773
2014
408
398
1.558
1.526
35
51
18
25
6
3
2.551
2.551
124
135
11
6
8
8
Maranhão
1.579
1.890
63
72
99
124
16
12
999
1.267
45
46
63
32
16
21
494
558
26
39
17
7
7
5
4.021
3.827
84
67
61
64
12
10
Minas Gerais (5) (6)
Pará
3.136
3.238
156
180
41
22
51
19
Paraná (6)
2.559
2.475
46
43
86
67
5
24
Pernambuco (5) (6)
2.885
3.270
73
81
83
38
12
17
Piauí
(5) (6)
Rio de Janeiro (6)
491
657
29
33
16
14
4
6
4.641
4.844
148
152
39
41
104
98
Rio Grande do Norte (5) (6)
1.280
1.590
16
61
321
44
5
9
Rio Grande do Sul (5) (6)
1.864
2.279
129
141
...
...
5
1
Roraima
Santa Catarina
São Paulo
Grupo 3
2014
Espírito Santo
Mato Grosso do Sul (5) (6)
Grupo 2
2013
Goiás (6)
Mato Grosso (5) (6)
Grupo 1
Crimes Violentos Letais Intencionais - CVLI
Vitimização
Lesão Corporal
Policial (3)
Homicídio Doloso
Latrocínio
Seguida de Morte
Número Absoluto Número Absoluto Número Absoluto Número Absoluto
99
72
2
-
6
1
...
...
698
762
55
54
19
13
6
-
4.389
4.182
380
374
...
...
89
91
Sergipe (6)
879
999
35
33
8
11
1
...
Acre (5) (6)
194
186
13
19
4
2
2
3
Amapá
225
233
9
8
7
1
...
...
Paraíba
(7)
1.477
1.457
28
16
14
19
3
1
Rondônia
460
501
10
17
3
7
10
3
Tocantins
290
326
20
14
8
9
...
1
Amazonas
907
923
36
45
33
18
2
11
(5) (6)
Continua
Fonte: Secretarias Estaduais de Segurança Pública e/ou Defesa Social; Sistema Nacional de Estatística em Segurança Pública
(SINESP); Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
(...) Informação não disponível.
( - ) Fenômeno Inexistente.
(1) Com base nos questionários preenchidos pelas Unidades da Federação para cálculo dos grupos de qualidade da informação,
todas as categorias de mortes violentas intencionais foram isoladas e separadas, de modo a não gerar contagem em duplicidade.
(2) Grupos segundo qualidade estimada dos dados registrados. Grupo 1: maior qualidade das informações; Grupo 2: menor
qualidade das informações; Grupo 3: não há como atestar a qualidade dos dados informados. Maiores detalhes, vide apêndice
metodológico.
(3) Os casos de homicídios de policiais foram isolados do total de homicídios dolosos.
16
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Mortes Decorrentes de Intervenção Policial
Grupos segundo
qualidade dos
dados (2)
Brasil e Unidades da
Federação
Em serviço
388
2013
340
2014
2.202
2013
2014
Variação
(%)
2013
2014
3.009
55.847
58.497
27,8
28,8
3,8
28
70
3
7
31
77
2.273
2.208
68,9
66,5
-3,5
278
18
...
313
278
6.026
6.265
40,1
41,4
3,4
Ceará
41
53
...
...
41
53
4.432
4.490
50,5
50,8
0,6
3
6
...
...
3
6
743
737
26,6
25,8
-3,0
Espírito Santo
18
19
6
3
24
22
1.641
1.627
42,7
41,9
-2,0
Goiás (6)
56
80
24
16
80
96
2.774
2.796
43,1
42,9
-0,6
Maranhão
24
53
1
4
25
57
1.782
2.155
26,2
31,5
19,9
7
8
-
1
7
9
1.130
1.375
35,5
42,6
20,1
Mato Grosso do Sul (5) (6)
30
25
4
5
34
30
578
639
22,3
24,4
9,2
Minas Gerais (5) (6)
50
104
12
17
62
121
4.240
4.089
20,6
19,7
-4,2
Pará
114
159
38
...
152
159
3.536
3.618
44,4
44,8
1,0
Paraná (6)
170
184
8
16
178
200
2.874
2.809
26,1
25,3
-3,0
40
25
4
4
44
29
3.097
3.435
33,6
37,0
10,1
Pernambuco (5) (6)
Piauí
(5) (6)
Rio de Janeiro (6)
Rio Grande do Norte
(5) (6)
Rio Grande do Sul (5) (6)
6
13
5
9
11
22
551
732
17,3
22,9
32,4
416
584
...
...
416
584
5.348
5.719
32,7
34,7
6,3
...
...
2
...
2
-
1.624
1.704
48,1
50,0
3,9
45
62
...
...
45
62
2.043
2.483
18,3
22,2
21,1
Roraima
...
...
...
...
...
...
107
73
21,9
14,7
-33,0
Santa Catarina
50
97
...
...
50
97
828
926
12,5
13,8
10,3
São Paulo
Grupo 3
2.669
2014
295
Mato Grosso (5) (6)
Grupo 2
2013
Taxa (4)
Bahia
Distrito Federal (5) (6)
Grupo 1
2014
1.814
Alagoas
Mortes Violentas Intencionais
Total
Número Absoluto Número Absoluto Número Absoluto Número Absoluto
2013
Brasil
Fora de Serviço
353
712
261
253
614
965
5.472
5.612
12,5
12,7
1,7
Sergipe (6)
29
43
...
...
29
43
952
1.086
43,4
48,9
12,8
Acre (5) (6)
2
2
-
-
2
2
215
212
27,7
26,8
-3,1
Amapá
4
25
...
...
4
25
245
267
33,3
35,6
6,7
Paraíba
(7)
15
20
...
...
15
20
1.537
1.513
39,3
38,4
-2,3
Rondônia
11
11
1
1
12
12
495
540
28,6
30,9
7,8
Tocantins
1
11
...
...
1
11
319
361
21,6
24,1
11,8
Amazonas
6
25
1
4
7
29
985
1.026
25,9
26,5
2,4
(5) (6)
Conclusão
(4) Taxa por 100 mil habitantes.
(5) Os casos de mortes decorrentes de intervenção policial "em serviço" que são somadas, pelas Unidades da
Federação, no total de homicídios dolosos, foram isolados desta última categoria.
(6) Os casos de mortes decorrentes de intervenção policial "fora de serviço" que são somadas, pelas Unidades da
Federação, no total de homicídios dolosos, foram isolados desta última categoria.
(7) Os casos de homicídios dolosos praticados por policiais "em serviço" e "fora de serviço" foram isolados e
contados separadamente da categoria homicídios dolosos.
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17
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Gráfico 01 · Composição das Mortes Violentas Intencionais
Brasil - 2013
2,1%
3,4%
0,7%
4,0%
89,8%
Homicídio Doloso
Latrocínio (Roubo Seguido de Morte)
Lesão Corporal Seguida de Morte
Vitimização Policial
Mortes Decorrentes de Intervenção Policial
Fonte: Secretarias Estaduais de Segurança Pública e/ou Defesa Social; Sistema Nacional de Estatística
em Segurança Pública (SINESP); Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); Fórum Brasileiro de
Segurança Pública.
18
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Gráfico 02 · Composição das Mortes Violentas Intencionais
Brasil - 2014
1,3%
3,5%
0,7%
5,2%
89,3%
Homicídio Doloso
Latrocínio (Roubo Seguido de Morte)
Lesão Corporal Seguida de Morte
Vitimização Policial
Mortes Decorrentes de Intervenção Policial
Fonte: Secretarias Estaduais de Segurança Pública e/ou Defesa Social; Sistema Nacional de Estatística
em Segurança Pública (SINESP); Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); Fórum Brasileiro de
Segurança Pública.
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19
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Um pacto para vencer nossa
maior tragédia desde a
escravidão
Pedro Abramovay
Em 2014, em nenhum país do mundo, sem
guerra declarada, mais seres humanos mataram
outros seres humanos do que no Brasil. Quase
60.000 pessoas foram assassinadas em nosso país.
Comparações à exaustão com guerras e tragédias (perdemos em 2014 o mesmo que os EUA
em toda a Guerra do Vietnam) já foram feitas e,
mesmo assim, não parecemos conseguir incluir o
tema dos homicídios no centro da agenda política brasileira.
Governos de todos os níveis, sociedade civil
organizada, imprensa parecem tratar o tema com
atenção mediana diante do tamanho do nosso
problema.
A única explicação razoável para essa epidemia de indiferença diante do horror é o fato de
que os mortos são invisíveis. São quase todos pobres, são em grande parte negros e jovens.
Nesse sentido, é fundamental que se consiga
visibilizar o invisível, que se fure o bloqueio do
silêncio cômodo frente a uma quantidade inaceitável de mortes.
O Brasil, que conseguiu enfrentar com sucesso temas complexos como a inflação, a mortalidade infantil e a fome, mostra-se inerte frente
à calamidade dos homicídios. A situação é tão
grave que não se pode adiar o início da rever-
20
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são desses números. E conhecendo a escala do
problema, é sabido que apenas um amplo pacto
nacional terá o condão de atacá-lo.
Esse pacto envolveria o compromisso de todos os Poderes, todos os níveis da federação e a
sociedade civil brasileira. Consistiria na adoção de
metas de redução de homicídio. Um compromisso de que em uma década o Brasil deveria atingir
taxas de homicídio razoáveis.
A construção de um pacto deste tipo não
é simples, mas já há conhecimento acumulado
dentro e fora do país para que se saiba qual o
caminho das pedras.
Alguns elementos devem ser levados em
consideração. A explosão de violência na região
Nordeste na última década, aconteceu em um
período em que essa mesma região experienciou
uma brutal queda da desigualdade, um enorme
crescimento econômico e dos níveis de emprego
e uma queda expressiva nos índices de pobreza.
Tal situação causa perplexidade naqueles que
defendem que apenas medidas sociais de longo
prazo podem resolver o tema da violência. Políticas específicas e inteligentes de segurança pública são necessárias.
Ao mesmo tempo, perceber que as vítimas
são, em sua grande maioria, pobres e se concen-
Voltar ao Sumário
tram em zonas de exclusão, nos faz pensar que
políticas de segurança pública devem ser combinadas com políticas específicas que produzam
oportunidades para os jovens em áreas com índices mais altos de violência.
Os dados apresentados neste Anuário também jogam por terra a ideia de que políticas criminais mais duras podem ser efetivas na redução
de homicídios. Os últimos 15 anos, que marcam
recordes sucessivos no número de brasileiros assassinados, também produziram recordes no número de presos, mostrando que o aumento indiscriminado da população carcerária tampouco é
solução efetiva.
Por fim, é impossível não notar o altíssimo
índice de mortes causadas pela polícia. Tanto o
absurdo número total (3.022) como o aumento
impressionante de 2013 para 2014 (37%) são
injustificáveis. Para efeitos de comparação, a Comissão Nacional da Verdade divulgou o número
de 434 mortos e desaparecidos durante todo o
regime militar.
A única explicação para a aceitação de uma
polícia tão letal é a visão, pelo conjunto da sociedade, de que há vidas descartáveis. E não nos
iludamos, entre essas vidas descartáveis estão os
398 policiais mortos em 2014. Mortes que tão
pouco parecem mobilizar cabeças e corações dos
brasileiros.
É fundamental que se perceba que uma políica inspirada pela lógica de guerra, ao invés de
tornar o país mais seguro, é mais um motor na
engrenagem perversa que nos transforma em
campeões mundiais de homicídios.
Os números são assustadores. Mas têm sido
tratados como números. É necessário que pensemos nas quase 60.000 famílias que perderam
seus filhos e filhas no ano passado para romper
o imobilismo que, no fundo, nos faz cúmplice da
nossa maior tragédia desde a escravidão.
Pedro Abramovay é Diretor da Open
Society Foundations para a América Latina
e o Caribe.
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21
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TABELA 05 · Ocorrências envolvendo policiais, por tipo
Brasil e Unidades da Federação – 2013-2014
Policiais Civis mortos em
confronto em serviço
Brasil e Unidades da
Federação
Ns. Absolutos
2013 (3)
Brasil
Policiais Militares mortos em
confronto em serviço
Ns. Absolutos
Taxa (1)(2)
2014
2013 (3)
2014
2013 (3)
23
14
0,2
0,1
Acre
1
1
1,0
Alagoas
-
1
-
Amapá
...
...
Amazonas
1
-
Policiais Civis mortos em confronto ou
por lesão não natural fora de serviço
Taxa (1)(2)
2014
2013 (3)
75
64
0,9
-
0,5
1
...
...
0,4
-
Ns. Absolutos
2014
2013 (3)
Taxa (1)(2)
2014
2013 (3)
2014
0,2
0,2
42
32
0,4
0,3
-
-
-
-
-
-
-
-
0,1
-
-
-
-
-
...
...
...
...
...
...
...
...
-
-
-
-
-
1
-
0,4
Bahia
1
1
0,2
0,2
1
2
0,0
0,1
3
1
0,5
0,2
Ceará
...
...
...
...
2
2
0,1
0,1
...
...
...
...
Distrito Federal
-
-
-
-
1
1
0,1
0,1
1
1
0,2
0,2
Espírito Santo
3
-
1,2
-
-
1
-
0,1
1
-
0,4
-
Goiás
-
-
-
-
1
-
0,1
-
1
2
0,3
0,7
Maranhão
2
1
0,9
0,5
...
...
...
...
4
-
1,9
-
Mato Grosso
-
1
-
0,4
3
4
0,4
0,6
-
2
-
0,8
Mato Grosso do Sul
-
2
-
1,0
2
-
0,4
-
1
-
0,6
-
Minas Gerais
-
1
-
0,1
5
7
0,1
0,2
4
-
0,4
-
Pará
2
-
1
-
13
2
1
0,1
3
3
1
1,1
Paraíba
...
...
...
...
...
...
...
...
1
-
1
-
1
2
0,2
0,4
1
6
0,1
0,3
1
1
0,2
0,2
Pernambuco
-
-
-
-
2
4
0,1
0,2
1
5
0,2
0,8
Piauí
1
1
0,7
0,7
1
1
0,2
0,2
-
-
-
-
Rio de Janeiro
4
-
0,4
-
16
18
0,4
0,4
7
3
1
0,3
Rio Grande do Norte (5)
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
Rio Grande do Sul
3
-
0,5
-
2
1
0,1
0,0
...
...
...
...
Rondônia
-
-
-
-
1
1
0,2
0,2
-
-
-
-
Roraima
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
Santa Catarina
1
-
0,3
-
3
-
0,4
-
2
-
0,6
-
Paraná
(4)
São Paulo
3
3
0,1
0,1
20
14
0,2
0,2
12
13
0,4
0,4
Sergipe (6)
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
Tocantins
...
...
...
...
-
-
-
-
...
...
...
...
Continua
Fonte: Secretarias Estaduais de Segurança Pública e/ou Defesa Social; Ouvidoria de Polícia da Bahia; Sistema Nacional de Informações de
Segurança Pública, Prisionais e sobre Drogas (SINESP); Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); Fórum Brasileiro de Segurança
Pública.
(-) Fenômeno Inexistente.
(...) Informação não disponível.
1) Por grupo de mil policiais.
(2) As taxas de policiais mortos em 2013 foram calculadas a partir dos efetivos informados à Pesquisa Perfil das Instituições Policiais do
Ministério da Justiça referente ao ano de 2012. No ano de 2014, os dados foram coletados da pesquisa Estadic do IBGE.
22
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Policiais Militares mortos em confronto
ou por lesão não natural fora de serviço
Brasil e Unidades da
Federação
Brasil
Ns. Absolutos
2013 (3)
Ns. Absolutos
Taxa (1)(2)
2014
2013 (3)
TOTAL
2014
2013 (3)
Taxa (1)(2)
2014
2013 (3)
2014
267
288
0,7
0,5
408
398
0,8
0,7
Acre
1
2
0,4
0,7
2
3
0,6
0,8
Alagoas
5
4
0,7
0,6
6
5
0,7
0,5
Amapá
...
...
...
...
...
...
...
...
Amazonas
1
10
0,1
1,1
2
11
0,2
0,7
Bahia
7
26
0,2
0,8
12
30
0,3
0,8
Ceará
16
12
1,1
0,8
18
14
1,1
0,8
Distrito Federal
6
4
0,4
0,3
8
6
0,4
0,3
Espírito Santo
2
2
0,3
0,2
6
3
0,6
0,3
Goiás
6
6
0,5
0,5
8
8
0,5
0,5
Maranhão
10
11
1,4
1,4
16
12
1,7
1,2
Mato Grosso
13
14
1,9
2,1
16
21
1,7
2,3
Mato Grosso do Sul
4
3
0,8
0,6
7
5
1,0
0,7
Minas Gerais
3
2
0,1
0,0
12
10
0,2
0,2
33
14
2,3
0,9
51
19
3,0
1,0
2
1
0,2
0,1
3
1
0,3
0,1
2
15
0,1
0,9
5
24
0,2
1,1
9
8
0,5
0,4
12
17
0,5
0,7
Pará
Paraíba
Paraná
(4)
Pernambuco
Piauí
2
4
0,3
0,7
4
6
0,6
0,9
77
77
1,8
1,7
104
98
2,0
1,7
5
9
0,6
1,0
5
9
0,5
0,8
Rio Grande do Sul
...
...
...
...
5
1
0,2
0,0
Rondônia
9
2
1,6
0,4
10
3
1,3
0,4
Roraima
...
...
...
...
...
...
...
...
Santa Catarina
...
...
...
...
6
-
0,5
-
São Paulo
54
61
0,6
0,7
89
91
0,7
0,7
Sergipe (6)
...
...
...
...
1
...
0,2
...
Tocantins
-
1
-
0,3
...
1
...
0,2
Rio de Janeiro
Rio Grande do Norte
(5)
Conclusão
(3) Retificação das informações publicadas no Anuário Brasileiro de Segurança Pública, ano 8, 2014.
(4) O dado de policiais militares mortos em serviço inclui escolta de preso.
(5) Não há dados disponíveis sobre o efetivo do Rio Grande do Norte em 2012 e, portanto, o efetivo
de 2014 foi utilizado para o cálculo de todas as taxas.
(6) Os dados enviados pelo estado de Sergipe não indicam a coorporação do envolvido, nem se o
mesmo encontrava-se em serviço ou não.
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23
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A Morte do Policial
Rafael Alcadipani da Silveira
Se você perguntar a qualquer policial quantos policiais próximos ou relativamente próximos
a ele foram executados, você ficará surpreso com
a resposta. De acordo com uma pesquisa recente
do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e do
Núcleo de Estudos sobre Organizações e Pessoas, da FGV – EAESP, 61,9% dos policiais que responderam à esta questão disseram que tiveram
algum colega próximo vítima de homicídio em
serviço. Já fora de serviço, 70% dos policiais disseram que já haviam tido algum colega próximo
vítima de homicídio.
A morte ronda a vida cotidiana dos policiais
no Brasil. Em 2014, 398 policiais foram assassinados, segundo os dados desta 9ª edição do
Anuário Brasileiro de Segurança Pública. E eles
confirmam a tendência já constatada em outras
edições, que indicam que os policiais morrem
mais fora do que em serviço no Brasil.
Vale frisar que os dados, como todos da
área de Segurança Pública no Brasil, podem estar subnotificados o que sugere que a tragédia
pode ser ainda maior. Qual o motivo de tantos
policiais serem mortos em nosso país? Ainda não
temos uma quantidade expressiva de estudos ou
análises acadêmicas que possam responder a esta
questão. Porém, é possível, na interação com a
realidade cotidiana da polícia, sugerir algumas
pistas para este morticínio.
Em primeiro lugar, há a explicação de que
devido à baixa remuneração que impera na grande maioria das Unidades da Federação, policiais
precisam fazer “bicos” para sustentar suas famí-
24
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lias. Com isso, ficam bastante expostos. Isso se dá
devido ao fato de no trabalho paralelo em geral
os policiais estarem sem o apoio dos colegas e
não possuírem condições de acionar rapidamente
apoio quando se envolvem em um conflito. Uma
das grandes máximas da ação policial é sempre
estar em superioridade numérica e, no “bico”,
isso é praticamente impossível.
Um segundo fato que não pode ser desprezado é que a sociedade brasileira experimenta
um crescente aumento da violência e uma consequência direta disso é o aumento do confronto
entre policiais e criminosos. Com isso, policiais
acabam ficando mais vulneráveis. Há, ainda, policiais que sofrem “vendeta” por conta de ações
que realizaram contra criminosos ou grupos de
criminosos enquanto estavam em serviço. Ou
seja, o policial acaba sendo morto por cumprir a
sua missão.
Por fim, outro fator que não pode ser descartado para explicar o morticínio de policiais no
Brasil, infelizmente, é que algumas das mortes
acontecem pelo fato de alguns policiais se envolverem com criminosos e terem a morte encomendada devido a desavenças com o crime. A dura
e triste realidade das forças policiais brasileiras é
que, para alguns indivíduos, o limite entre o certo
e o errado acaba ficando muito tênue e “cruzar
a linha” entre ser um agende do Estado e ser um
criminoso é um fato que se constata.
Diante da situação de tantas perdas de vidas,
notamos que muitos governos e governantes
não mostram a menor atenção para a morte de
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policiais. Raríssimos são os Governadores e até
mesmo Secretários de Segurança Pública que vão
até o enterro de seus policiais. A presença de altas autoridades neste tipo de cerimônia indicaria
um respeito para os policiais. Muitas famílias de
policiais mortos passam por problemas inaceitáveis para que a pensão e/ou o seguro seja pago,
ficando em situação de extrema vulnerabilidade.
O ponto central, porém, é o desenvolvimento de políticas que combatam os fatores que
causam o morticínio dos policiais. Isso passa por
uma readequação de remuneração para se evitar
o “bico”. Passa ainda pela aquisição de equipamentos que sejam condizentes com as necessidades dos policiais - abundam histórias de armas
compradas pelo Estado que falham com insisten-
te frequência. As horas de treinamento efetivo
também precisavam ser revistas. E, sem dúvida,
passa pela discussão que tem sido defendida
pelo FBSP de se discutir os padrões de atuação e
controle da atividade policial, de modo a garantir
condições de trabalho e evitar injustiças.
Mas, acima de tudo, é fundamental que se
reconstrua a relação polícia-sociedade. Hoje, a
baixa confiança na polícia faz com que a função
do policial seja desvalorizada. Com isso, é urgente retomar um caminho de aproximação da polícia com a comunidade. A sociedade deve cobrar
os governos para que eles tratem os seus policiais
como eles merecem diante da sua missão de proteger a sociedade. Policiais valorizados e respeitados são a base de um Estado de Direito.
Rafael Alcadipani da Silveira é professor de
estudos organizacionais da FGV/EAESP.
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25
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TABELA 06 · Ocorrências envolvendo policiais, por tipo
Brasil e Unidades da Federação – 2013-2014
Pessoas mortas em confronto com
Policiais Civis em serviço
Brasil e Unidades da
Federação
Ns. Absolutos
2013 (2)
Brasil
121
Ns. Absolutos
Taxa (1)
2014
2013 (2)
71
0,1
Pessoas mortas em confronto com
Policiais Militares em serviço
2014
2013 (2)
0,0
1.158
Taxa (1)
2014
1.576
2013 (2)
Ns. Absolutos
2014
0,6
Pessoas mortas por Policiais Civis fora
de serviço
0,8
2013 (2)
64
Taxa (1)
2014
2013 (2)
35
2014
0,0
0,0
Acre
-
-
-
-
2
2
0,3
0,3
-
-
-
-
Alagoas (3)
6
4
0,2
0,1
20
58
0,6
1,7
-
-
-
-
Amapá (4)
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
Amazonas
1
2
0,0
0,1
5
23
0,1
0,6
-
1
-
0,0
Bahia (5)
61
...
...
...
234
...
1,6
...
18
...
0,1
...
Ceará (4)
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
Espírito Santo
-
2
-
0,1
18
17
0,4
0,4
2
-
0,1
-
Goiás
1
1
0,0
0,0
55
79
0,9
1,2
4
3
0,1
0,0
Maranhão
2
4
0,0
0,1
22
49
0,3
0,7
-
2
-
0,0
Mato Grosso
-
-
-
-
7
8
0,2
0,2
-
-
-
-
Mato Grosso do Sul
6
1
0,2
0,0
24
24
0,9
0,9
-
-
-
-
Minas Gerais
4
5
0,0
0,0
46
99
0,2
0,5
3
2
0,0
0,0
11
12
0,0
0,1
103
147
1,3
1,8
3
...
0,0
...
1
1
0,0
0,0
14
19
0,4
0,5
...
...
...
...
Distrito Federal
(4)
Pará
Paraíba
Paraná
4
6
0,0
0,1
166
178
1,5
1,6
3
2
0,0
0,0
Pernambuco (6)
...
...
...
...
...
...
...
...
-
1
-
0,0
Piauí
1
2
0,0
0,1
5
11
0,2
0,3
1
-
0,0
-
Rio de Janeiro (4)
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
Rio Grande do Norte
-
-
-
-
...
...
...
...
2
-
0,1
-
Rio Grande do Sul
3
7
0,0
0,1
42
55
0,4
0,5
...
...
...
...
Rondônia
1
-
0,0
-
10
11
0,6
0,6
-
1
-
0,1
Roraima
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
Santa Catarina
7
11
0,1
0,2
43
86
0,6
1,3
...
...
...
...
12
13
0,0
0,0
341
699
0,8
1,6
28
23
0,1
0,1
Sergipe (8)
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
Tocantins
...
...
...
...
1
11
0,1
0,7
...
...
...
...
São Paulo
(7)
Continua
Fonte: Secretarias Estaduais de Segurança Pública e/ou Defesa Social; Ouvidoria de Polícia da Bahia; Sistema Nacional de Informações de
Segurança Pública, Prisionais e sobre Drogas (SINESP); Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); Fórum Brasileiro de Segurança
Pública.
(-) Fenômeno Inexistente.
(...) Informação não disponível.
(1) Por 100 mil habitantes.
(2) Retificação das informações publicadas no Anuário Brasileiro de Segurança Pública, ano 8, 2014.
(3) O total de pessoas mortas pelas polícias em 2013 e 2014 inclui mortes decorrentes de ações conjuntas das polícias civil e militar (2
vítimas em 2013 e 8 em 2014).
(4) Os dados referentes a pessoas mortas por policiais não estão desagregados por coorporação.
26
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Pessoas mortas por Policiais Militares
fora de serviço
Brasil e Unidades da
Federação
Brasil
Ns. Absolutos
2013 (2)
324
TOTAL
Ns. Absolutos
Taxa (1)
2014
2013 (2)
305
0,2
2014
2013 (2)
0,2
2.202
Taxa (1)
2014
3.009
2013 (2)
2014
1,1
1,5
Acre
-
-
-
-
2
2
0,3
0,3
Alagoas (3)
3
7
0,1
0,2
31
77
0,9
2,3
Amapá (4)
...
...
...
...
4
25
0,5
3,3
Amazonas
1
3
0,0
0,1
7
29
0,2
0,7
Bahia
(5)
...
...
...
...
313
278
2,1
1,8
Ceará (4)
...
...
...
...
41
53
0,4
0,6
...
...
...
...
3
6
0,1
0,2
Distrito Federal
(4)
Espírito Santo
4
3
0,1
0,1
24
22
0,6
0,6
20
13
0,3
0,2
80
96
1,2
1,5
Maranhão
1
2
0,0
0,0
25
57
0,4
0,8
Mato Grosso
-
1
-
0,0
7
9
0,2
0,3
Mato Grosso do Sul
4
5
0,2
0,2
34
30
1,3
1,1
Minas Gerais
9
15
0,0
0,1
62
121
0,3
0,6
Pará
35
...
...
...
152
159
1,9
2,0
Paraíba
...
...
...
...
15
20
0,4
0,5
Paraná
5
14
0,0
0,1
178
200
1,6
1,8
Pernambuco (6)
4
3
0,0
0,0
44
29
0,5
0,3
Goiás
Piauí
4
9
0,1
0,3
11
22
0,3
0,7
Rio de Janeiro (4)
...
...
...
...
416
584
2,5
3,5
Rio Grande do Norte
...
...
...
...
2
...
0,1
...
Rio Grande do Sul
...
...
...
...
45
62
0,4
0,6
Rondônia
1
-
0,1
-
12
12
0,7
0,7
Roraima
...
...
...
...
...
...
...
...
Santa Catarina
...
...
...
...
50
97
0,8
1,4
São Paulo (7)
233
230
0,5
0,5
614
965
1,4
2,2
Sergipe (8)
...
...
...
...
29
43
1,3
1,9
Tocantins
...
...
...
...
1
11
0,1
0,7
Conclusão
(5) Os dados referentes a pessoas mortas por policiais para 2014 não estão desagregados por
coorporação, não indicam se os envolvidos estavam em serviço ou fora, e constam dos relatórios da
Ouvidoria de Polícia do Estado da Bahia.
(6) Os dados referentes a pessoas mortas por policiais em serviço não estão desagregados por
coorporação.
(7) Foram consideradas como letalidade policial as ocorrências de "morte decorrente de intervenção
policial" e "homicídio doloso cometido por policiais, em serviço e fora". Nos dados da Polícia Militar,
inclui ainda a ocorrência de homicídio doloso definida como "reações de policiais militares com
provável excludente de ilicitude (reações a roubo e tentativa de roubo)".
(8) Os dados referentes a pessoas mortas por policiais não estão desagregados por coorporação e
referem-se apenas a ocorrências em serviço.
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27
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Letalidade e vitimização
policial
Ignacio Cano
Os registros de mortes de civis decorrentes de intervenções policiais experimentaram
um aumento dramático em 2014, da ordem de
37%, em relação ao ano anterior. Um total de
3.022 pessoas foram mortas pela polícia no ano
de 2014, em comparação com 2.203 em 2013.
Todavia, a letalidade policial está subestimada por estas cifras, pois há estados que não
apresentaram informações, como o Rio Grande
do Norte e Roraima, e outros que corrigiram os
dados de anos anteriores, geralmente substituindo-os por outros mais elevados. Portanto, o número real de vítimas de intervenções policiais certamente ultrapassa a cifra contida neste relatório.
Esse incremento da letalidade policial é
devido, basicamente, às mortes resultantes de
policiais militares em serviço, pois tanto as vítimas
da Polícia Civil (dentro e forma de serviço) quanto
as pessoas falecidas pela intervenção de policiais
militares fora de serviço apresentam uma tendência de continuidade nos dois últimos anos. Por
outro lado, a maioria das vítimas fatais da polícia,
corresponde de fato a intervenções de policiais
militares durante o serviço.
O aumento da letalidade policial afeta a
quase todos os estados, mas é mais intenso em
alguns deles. Os estados em que o número de
mortos em 2014 é mais do dobro do ano anterior
incluem: Alagoas, Amapá, Amazonas, Maranhão
e Tocantins. Além disso, há outros estados com
um incremento relativo algo menor, mas ainda
28
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muito significativo, e com um volume grande
de casos: São Paulo (57% de aumento), Rio de
Janeiro (40%) e Minas Gerais (95%). São esses
estados em particular que fundamentam o forte
crescimento nacional.
Em termos da taxa de pessoas mortas
pela polícia para cada 100.000 habitantes, o Rio
de Janeiro se apresenta como o estado com um
quadro mais grave em 2014 (3,5 por 100.000),
seguido do Amapá (3,3). Unidades da federação
com indicadores superiores a 1,5 por 100.000 incluem: Alagoas (2,3), Bahia (1,8), Pará (2,0), Paraná (1,8), São Paulo (2,2) e Sergipe (1,9).
Em suma, se a elevada letalidade policial
sempre foi um calcanhar de Aquiles histórico da
segurança pública brasileira, os dados de 2014
devem motivar um sinal de alarme imediato e a
adoção de medidas preventivas.
A vitimização de policiais também apresenta um quadro grave, com 398 policiais que
foram vítimas de homicídio em 2014. Este número representa uma tendência de continuidade em
relação ao do ano anterior (408), com um decréscimo muito leve. De novo, essa cifra é uma subestimação da realidade, pois estados como Amapá,
Roraima e Sergipe não oferecem informação.
Enquanto a evolução geral da vitimização
policial é de estabilidade, há algumas exceções: o
número de policiais mortos aumentou muito na
Bahia em relação a 2013 (30 versus 12) e diminuiu
no Pará (19 versus 51). Os estados com maior vo-
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lume de casos, Rio de Janeiro (98 policiais mortos
em 2014) e São Paulo (91 policiais mortos) registram números parecidos a 2013.
A taxa de policiais mortos para cada
1.000 policiais é mais elevada em Mato Grosso
(2,3 por 1.000 em 2014) e no Rio de Janeiro (1,7
por 1000). Outros estados com taxas superiores a
1 por 1.000 são Maranhão (1,2) e Paraná (1,1).
Se a letalidade dos civis é mais elevada
durante o serviço policial, o risco de vitimização
para os policiais é muito maior fora de serviço.
Assim, mais de 70% dos policiais que foram vítimas de homicídio em 2014 correspondem a
policiais militares que não estavam em serviço.
Por isso, as medidas preventivas para reduzir a
vitimização policial devem contemplar não só o
trabalho policial, mas também a folga.
Quando se consideram simultaneamente a
letalidade dos civis e a vitimização policial, observa-se uma tendência moderada a que os estados
com letalidade elevada possuam também maior
vitimização policial. O Rio de Janeiro é o exemplo
mais claro. A exceção é Mato Grosso, com alta
vitimização policial e baixa letalidade. Retirando
esse estado da análise, o coeficiente de correlação de Pearson é igual a 0,44, que confirma uma
relação positiva e moderada entre ambos os fenômenos.
Por outro lado, o grave aumento da letalidade dos civis em 2014 apresenta uma interpretação ainda mais preocupante se comparado com
a continuidade da vitimização policial. Em outras
palavras, se policiais não estão sendo mais vitimados, justifica-se ainda menos a escalada das
mortes dos civis.
De fato, se considerarmos apenas as mortes,
de ambos os lados, durante o serviço dos policiais
militares, o desequilíbrio é muito grande. Embora
não seja possível calcular um indicador preciso,
pois vários estados não conseguem especificar
quando as mortes acontecem dentro ou fora
do serviço, tudo indica que a razão entre mortes
de civis e mortes de policiais militares durante o
serviço destes últimos ultrapassa 20 a 1, o que
configura um claro cenário de uso excessivo da
força letal.
Ignacio Cano é coordenador do Laboratório
de Análise da Violência (LAV) da UERJ.
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29
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TABELA 07 · Outros crimes letais, por tipo(1)
Brasil e Unidades da Federação – 2013-2014
Grupos de
Estados segundo
qualidade dos
dados (2)
Brasil e Unidades da
Federação
Brasil
Alagoas
Bahia
2013 (4)
Ns. Absolutos
2014
2013 (4)
Taxas (3)
2.014
2013 (4)
Ns. Absolutos
2014
2013 (4)
Taxas (3)
2013 (4)
2.014
2014
2013 (4)
2014
17.790
18.910
8,8
9,3
2.893
5.122
1,4
2,5
1.200
1.573
0,6
0,8
543
431
16,4
13,0
797
839
24,1
25,3
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
978
853
11,1
9,6
396
410
4,5
4,6
24
35
0,3
0,4
318
324
11,4
11,4
...
...
...
...
...
...
...
...
261
265
6,8
6,8
484
424
12,6
10,9
46
47
1,2
1,2
1.037
1.141
16,1
17,5
345
611
5,4
9,4
241
485
3,7
7,4
Maranhão
458
533
6,7
7,8
...
...
...
...
...
...
...
...
Mato Grosso
428
483
13,5
15,0
103
155
3,2
4,8
...
...
...
...
Mato Grosso do Sul
433
413
16,7
15,8
...
...
...
...
...
...
...
...
Minas Gerais (5)
1.671
2.628
8,1
12,7
...
...
...
...
...
...
...
...
Pará
1.506
1.629
18,9
20,2
...
...
...
...
59
184
0,7
2,3
Paraná
(6)
Pernambuco
Piauí
Rio de Janeiro
Rio Grande do Norte
Rio Grande do Sul
Roraima
415
417
3,8
3,8
...
...
...
...
...
...
1.725
1.703
18,7
18,4
...
...
...
...
304
284
3,3
3,1
363
373
11,4
11,7
345
490
10,8
15,3
15
20
0,5
0,6
2.231
2.080
13,6
12,6
...
...
...
...
...
...
...
...
110
146
3,3
4,3
32
18
0,9
0,5
32
10
0,9
0,3
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
89
126
18,2
25,4
...
...
...
...
Santa Catarina
1.474
1.592
22,2
23,7
....
....
...
...
330
360
5,0
5,4
São Paulo
4.195
4.410
9,6
10,0
...
...
...
...
...
...
...
...
Sergipe (7)
419
372
19,1
16,8
-
-
...
...
-
-
...
...
94
96
12,1
12,2
...
...
...
...
...
...
...
...
167
104
22,7
13,8
2
7
0,3
0,9
41
21
5,6
2,8
Acre
Amapá
Grupo 3
Taxas (3)
Ceará
Espírito Santo
Grupo 2
Ns. Absolutos
Outras mortes acidentais (exceto
homicídio culposo)
Distrito Federal
Goiás
Grupo 1
Mortes acidentais no trânsito
(exceto homicídio culposo)
Homicídio culposo de trânsito
(8)
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
Rondônia
Paraíba
275
223
15,9
12,8
80
103
4,6
5,9
70
90
4,1
5,1
Tocantins
133
183
9,0
12,2
220
236
14,9
15,8
38
37
2,6
2,5
Amazonas
375
310
9,8
8,0
...
...
...
...
...
...
...
...
Continua
Fonte: Secretarias Estaduais de Segurança Pública e/ou Defesa Social; Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); Fórum Brasileiro de Segurança
Pública.
(-) Fenômeno Inexistente
(...) Informação não disponível.
(1) Os dados informados correspondem ao volume de ocorrências policiais registradas e não, necessariamente, indicam o número de vítimas envolvidas.
(2) Grupos segundo qualidade estimada dos dados registrados. Grupo 1: maior qualidade das informações; Grupo 2: menor qualidade das informações;
Grupo 3: não há como atestar a qualidade dos dados informados. Maiores detalhes, vide apêndice metodológico.
(3) Por 100 mil habitantes.
(4) Retificação das informações publicadas no Anuário Brasileiro de Segurança Pública, ano 8, 2014.
(5) Na capital, Belo Horizonte, a fonte utilizada é a Delegacia de Crimes Contra a Vida, ou seja, reflete a informação disponível no momento da investigação
policial e contabiliza o número de vítimas. No restante do estado a fonte utilizada é o Registros de Eventos de Defesa Social - REDS, ou seja, reflete a
informação disponível no momento do registro da ocorrência e contabiliza o número de ocorrências.
30
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Grupos de
Estados segundo
qualidade dos
dados (2)
Brasil e Unidades da
Federação
Taxas (3)
2.014
2013 (4)
Ns. Absolutos
2014
2013 (4)
Suicídio
Taxas (3)
2.014
2013 (4)
Ns. Absolutos
2014
2013 (4)
Taxas (3)
2.014
2013 (4)
2014
105
0,1
0,1
532
566
0,3
0,3
7.627
6.568
3,8
3,2
Alagoas
...
...
...
...
...
...
...
...
156
149
4,7
4,5
Bahia
...
...
...
...
...
...
...
...
440
293
2,9
1,9
Ceará
137
63
1,6
0,7
43
103
0,5
1,2
538
489
6,1
5,5
Distrito Federal
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
Espírito Santo
...
...
...
...
...
...
...
...
157
167
4,1
4,3
Goiás
...
...
...
...
67
64
1,0
1,0
207
206
3,2
3,2
Maranhão
...
...
...
...
...
...
...
...
101
111
1,5
1,6
Mato Grosso
...
...
...
...
...
...
...
...
162
126
5,1
3,9
Mato Grosso do Sul
...
...
...
...
23
24
0,9
0,9
...
...
...
...
Minas Gerais (5)
...
...
...
...
...
...
...
...
2.280
1.338
11,1
6,5
Pará
...
...
...
...
15
42
0,2
0,5
208
240
2,6
3,0
...
...
...
...
...
...
...
...
294
281
2,7
2,5
...
...
...
...
21
25
0,2
0,3
417
376
4,5
4,1
(6)
Pernambuco
Piauí
Rio de Janeiro
-
5
-
0,2
33
22
1,0
0,7
82
97
2,6
3,0
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
Rio Grande do Norte
3
8
0,1
0,2
31
9
0,9
0,3
33
29
1,0
0,9
Rio Grande do Sul
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
Roraima
...
...
...
...
2
9
0,4
1,8
26
24
5,3
4,8
Santa Catarina
...
...
...
...
...
...
...
...
569
596
8,6
8,9
São Paulo
...
...
...
...
244
225
0,6
0,5
2.093
2.100
4,8
4,8
Sergipe (7)
8
4
0,4
0,2
31
28
1,4
1,3
34
30
1,5
1,4
Acre
...
...
...
...
...
...
...
...
44
57
5,7
7,2
3
-
0,4
-
3
2
0,4
0,3
21
10
2,9
1,3
Amapá
Grupo 3
Outros homicídios culposos
166
Paraná
Grupo 2
Ns. Absolutos
2013 (4)
Brasil
Grupo 1
Outros crimes resultantes em
morte (5)
(8)
Paraíba
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
Rondônia
13
21
0,8
1,2
14
5
0,8
0,3
95
64
5,5
3,7
Tocantins
2
4
0,1
0,3
5
8
0,3
0,5
59
54
4,0
3,6
Amazonas
...
...
...
...
...
...
...
...
95
81
2,5
2,1
Continua
(6) No Paraná a natureza de morte a esclarecer somente é possível de ser utilizada no ato do atendimento no local dos fatos (ocorrências), nos
casos em que o policial não possui elementos suficientes para identificar qual a natureza criminal do delito. Contudo, quando esses fatos são
estratificados segundo a contagem de vítimas, não mais existe a natureza de “morte a esclarecer”, uma vez que a Autoridade Policial Judiciária
deve, em um prazo máximo de 60 (sessenta) dias, apresentar a tipificação ou desqualificação criminal da morte ocorrida.
(7) Em Sergipe a utilização do termo “mortes a esclarecer” nos registros de boletins de ocorrência se refere àqueles fatos onde indivíduos são
encontrados sem vida e não apresentam sinais de violência física; ou ainda situações em que a família reclama (suspeita) de erro médico, quando
há encontro de cadáver sem nenhum vestígio aparente de violência, ou mesmo a ocorrência de afogamento ou suicídio. Todos os casos em tela
são passíveis de investigação e esclarecimento, e portanto necessariamente registrados em boletins de ocorrência, com a definição “mortes a
esclarecer”. Caso se configure que houve vestígio de algum crime que atente contra a vida, a base acompanhamentos de homicídios é alterada e
o dado atualizado.
(8) Na Paraíba morte a esclarecer trata-se de vítima que não apresenta vestígios de violência, aquelas em que as famílias reclamam erros médicos,
encontro de cadáver sem vestígios aparente de violência e outras situações como afogamento, dependendo de laudos perícias para determinar
a causa morte. Todos os casos nestas linhas são passíveis de esclarecimentos, deste modo, são registrados Boletins de Ocorrências designando
morte a esclarecer, e após investigações advindas de Inquérito Policial, caso se configure que houve um vestígio de crime, a tipificação é
comunicada ao setor e os dados são atualizados no sistema.
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31
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TABELA 07 · Outros crimes letais, por tipo(1)
Brasil e Unidades da Federação – 2013-2014
Grupos de
Estados segundo
qualidade dos
dados (2)
Brasil e Unidades da
Federação
Brasil
2013 (4)
5.605
3,6
(...) Informação não disponível.
2014
(1) Os dados informados correspondem ao volume de
ocorrências policiais registradas e não, necessariamente, indicam
o número de vítimas envolvidas.
2,8
767
24,7
23,1
...
...
...
...
Ceará
1.098
1.241
12,5
14,0
...
...
...
...
Espírito Santo
100
58
2,6
1,5
Goiás
461
496
7,2
7,6
57
184
0,8
2,7
261
223
8,2
6,9
...
...
...
...
1.886
...
9,2
...
62
123
0,8
1,5
Paraná (6)
398
407
3,6
3,7
Pernambuco
704
711
7,6
7,7
Piauí
95
93
3,0
2,9
Rio de Janeiro
...
...
...
...
Mato Grosso
Mato Grosso do Sul
Minas Gerais
(5)
Pará
Rio Grande do Norte
177
220
5,2
6,5
Rio Grande do Sul
...
...
...
...
Roraima
68
77
13,9
15,5
Santa Catarina
...
...
...
...
São Paulo
...
...
...
...
572
569
26,1
25,6
16
21
2,1
2,7
3
4
0,4
0,5
Sergipe
(7)
Acre
Amapá
Grupo 3
Taxas
2.014
815
Maranhão
Grupo 2
Ns. Absolutos
2013 (4)
(3)
Bahia
Distrito Federal
Grupo 1
(-) Fenômeno Inexistente
Mortes a esclarecer
7.317
Alagoas
Fonte: Secretarias Estaduais de Segurança Pública e/ou Defesa
Social; Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); Fórum
Brasileiro de Segurança Pública.
(8)
...
...
...
...
Rondônia
343
272
19,8
15,6
Tocantins
155
114
10,5
7,6
Amazonas
62
46
1,6
1,2
Paraíba
Conclusão
(2) Grupos segundo qualidade estimada dos dados registrados.
Grupo 1: maior qualidade das informações; Grupo 2: menor
qualidade das informações; Grupo 3: não há como atestar
a qualidade dos dados informados. Maiores detalhes, vide
apêndice metodológico.
(3) Por 100 mil habitantes.
(4) Retificação das informações publicadas no Anuário Brasileiro
de Segurança Pública, ano 8, 2014.
(5) Na capital, Belo Horizonte, a fonte utilizada é a Delegacia de
Crimes Contra a Vida, ou seja, reflete a informação disponível
no momento da investigação policial e contabiliza o número de
vítimas. No restante do estado a fonte utilizada é o Registros de
Eventos de Defesa Social - REDS, ou seja, reflete a informação
disponível no momento do registro da ocorrência e contabiliza o
número de ocorrências.
(6) No Paraná a natureza de morte a esclarecer somente é
possível de ser utilizada no ato do atendimento no local dos
fatos (ocorrências), nos casos em que o policial não possui
elementos suficientes para identificar qual a natureza criminal do
delito. Contudo, quando esses fatos são estratificados segundo
a contagem de vítimas, não mais existe a natureza de “morte
a esclarecer”, uma vez que a Autoridade Policial Judiciária
deve, em um prazo máximo de 60 (sessenta) dias, apresentar a
tipificação ou desqualificação criminal da morte ocorrida.
(7) Em Sergipe a utilização do termo “mortes a esclarecer” nos
registros de boletins de ocorrência se refere àqueles fatos onde
indivíduos são encontrados sem vida e não apresentam sinais
de violência física; ou ainda situações em que a família reclama
(suspeita) de erro médico, quando há encontro de cadáver sem
nenhum vestígio aparente de violência, ou mesmo a ocorrência
de afogamento ou suicídio. Todos os casos em tela são passíveis
de investigação e esclarecimento, e portanto necessariamente
registrados em boletins de ocorrência, com a definição “mortes
a esclarecer”. Caso se configure que houve vestígio de algum
crime que atente contra a vida, a base acompanhamentos de
homicídios é alterada e o dado atualizado.
(8) Na Paraíba morte a esclarecer trata-se de vítima que não
apresenta vestígios de violência, aquelas em que as famílias
reclamam erros médicos, encontro de cadáver sem vestígios
aparente de violência e outras situações como afogamento,
dependendo de laudos perícias para determinar a causa morte.
Todos os casos nestas linhas são passíveis de esclarecimentos,
deste modo, são registrados Boletins de Ocorrências designando
morte a esclarecer, e após investigações advindas de Inquérito
Policial, caso se configure que houve um vestígio de crime, a
tipificação é comunicada ao setor e os dados são atualizados no
sistema.
32
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TABELA 08 · Roubos e furtos de veículos (1)
Brasil e Unidades da Federação – 2013-2014
Grupos de
Estados segundo
qualidade dos
dados (2)
Brasil e Unidades da
Federação
Brasil
Alagoas
2014
216.651 233.076
2013 (5)
Ns. Absolutos
2014
2013 (5)
Taxas (4)
2014
2013 (5)
2014
265,5
268,8 240.168 263.723
294,3
304,2
3.211
3.690
522,5
549,4
753
940
122,5
140,0
14.579
414,1
425,7
4.790
5.474
151,7
159,8
Ceará
9.372
...
393,1
...
4.862
...
203,9
...
Distrito Federal
4.214
7.124
278,9
449,1
7.186
8.353
475,5
526,6
Espírito Santo
4.115
3.336
259,6
197,9
2.996
3.457
189,0
205,1
Goiás
3.325
4.435
104,9
131,0
6.117
5.912
193,0
174,6
Maranhão
2.098
2.990
172,6
222,2
1.348
1.735
110,9
129,0
Mato Grosso
3.282
4.337
209,6
255,6
3.204
4.012
204,6
236,4
892
1.114
71,2
83,2
3.214
3.512
256,5
262,2
Minas Gerais
3.846
10.585
43,3
112,2
13.689
26.934
154,1
285,4
Pará
4.350
4.970
304,5
313,4
1.753
1.802
122,7
113,6
Paraná
7.643
8.520
120,3
126,9
15.293
16.195
240,8
241,1
Pernambuco
7.134
7.973
297,7
310,3
3.538
4.285
147,6
166,8
1.653
2.866
193,2
302,4
1.159
1.456
135,5
153,7
28.002
32.652
502,9
552,0
17.668
17.684
317,3
298,9
1.638
1.426
169,3
136,7
...
...
...
...
11.984
13.760
203,6
221,3
16.887
18.962
286,9
305,0
Rio de Janeiro
Rio Grande do Norte
Rio Grande do Sul
Roraima
Santa Catarina
São Paulo
Sergipe
Acre
Amapá
Grupo 3
2013 (5)
Taxas
13.079
Piauí
Grupo 2
Ns. Absolutos
Furto de veículo (3)
(4)
Bahia
Mato Grosso do Sul
Grupo 1
Roubo de veículo (3)
Paraíba
13
27
7,9
15,1
85
65
51,4
36,4
2.623
3.351
62,4
75,4
12.468
13.098
296,8
294,6
98.726
98.763
402,0
384,0 116.784 122.769
475,5
477,4
1.724
2.001
299,6
321,4
...
...
...
...
44
26
21,4
11,6
...
...
...
...
178
247
116,6
149,7
647
608
423,9
368,6
...
...
...
...
285
544
29,7
52,5
Rondônia
1.242
1.235
163,8
151,2
2.681
2.666
353,6
326,3
Tocantins
294
474
55,8
82,9
1.304
1.421
247,3
248,4
1.969
2.595
280,9
343,4
1.457
1.839
207,9
243,3
Amazonas
Conclusão
Fonte: Secretarias Estaduais de Segurança Pública e/ou Defesa Social; Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE);
Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
(-) Fenômeno Inexistente.
(...) Informação não disponível.
(1) Os dados informados correspondem ao volume de ocorrências policiais registradas.
(2) Grupos segundo qualidade estimada dos dados registrados. Grupo 1: maior qualidade das informações; Grupo 2:
menor qualidade das informações; Grupo 3: não há como atestar a qualidade dos dados informados. Maiores detalhes,
vide apêndice metodológico.
(3) As taxas de roubo e furto de veículos foram calculadas a partir da frota de veículos informada pelo Departamento
Nacional de Trânsito (Denatran) em dezembro/2013 e dezembro/2014.
(4) Por 100 mil veículos.
(5) Retificação das informações publicadas no Anuário Brasileiro de Segurança Pública, ano 8, 2014.
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33
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TABELA 09 · Crimes violentos não letais contra o patrimônio (1), por tipo
Brasil e Unidades da Federação – 2013-2014
Grupos de
Estados segundo
qualidade dos
dados (2)
Brasil e Unidades da
Federação
Brasil
Alagoas
Grupo 1
2013 (6)
Roubo de carga
Ns. Absolutos
Taxas (4)
2014
2013 (6)
2014
2013 (6)
Taxas (5)
2014
2013 (6)
2014
...
...
...
...
...
...
...
...
118
105
15,9
13,0
59
75
1,8
2,3
...
...
...
...
...
...
...
...
Ceará
...
...
...
...
291
...
3,3
...
Distrito Federal
2
9
0,1
0,4
13
43
0,5
1,5
Espírito Santo
12
10
0,9
0,7
139
63
3,6
1,6
Goiás
18
12
0,8
0,5
192
295
3,0
4,5
Maranhão
...
...
...
...
27
42
0,4
0,6
Mato Grosso
7
5
0,7
0,5
17
24
0,5
0,7
Mato Grosso do Sul
...
...
...
...
...
...
...
...
Minas Gerais
...
...
...
...
432
540
2,1
2,6
Pará
19
26
1,2
1,5
85
80
1,1
1,0
...
...
...
...
...
...
...
...
115
78
5,1
3,5
258
282
2,8
3,0
Piauí
10
26
1,3
3,3
15
11
0,5
0,3
Rio de Janeiro
71
72
1,1
1,2
3.534
5.890
21,6
35,8
Rio Grande do Norte
10
11
1,1
1,2
463
13
13,7
0,4
Rio Grande do Sul
...
...
...
...
...
...
...
...
Roraima
...
...
...
...
...
...
...
...
Pernambuco
Santa Catarina
70
89
2,2
2,8
...
...
...
...
220
168
1,1
0,8
7.959
8.518
18,2
19,3
Sergipe
40
27
6,6
4,2
20
50
0,9
2,3
Acre
...
...
...
...
-
-
-
-
Amapá
5
18
2,0
7,3
-
-
-
-
Paraíba
...
...
...
...
...
...
...
...
Rondônia
9
6
1,8
1,1
4
6
0,2
0,3
Tocantins
36
34
5,8
5,4
14
11
0,9
0,7
Amazonas
...
...
...
...
12
6
0,3
0,2
São Paulo
Grupo 3
Ns. Absolutos
Bahia
Paraná
Grupo 2
Roubo a instituição financeira (3)
Conclusão
Fonte: Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública, Prisionais e sobre Drogas (SINESP) / Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) /Ministério da Justiça;
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE; Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN); Banco Central do Brasil; Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
(-) Fenômeno Inexistente
(...) Informação não disponível.
(1) Os dados informados correspondem ao volume de ocorrências policiais registradas.
(2) Grupos segundo qualidade estimada dos dados registrados. Grupo 1: maior qualidade das informações; Grupo 2: menor qualidade das informações; Grupo 3: não há
como atestar a qualidade dos dados informados. Maiores detalhes, vide apêndice metodológico.
(3) A taxa de roubo a instituição financeira foi calculada a partir da relação de agências bancárias, postos de atendimento bancário - PAB, postos avançados de
atendimento - PAA e postos de atendimento bancário eletrônico - PAE informados pelo Banco Central em dezembro de 2013 e 2014.
(4) Por 100 instituições financeiras.
(5) Por 100 mil habitantes.
(6) Retificação das informações publicadas no Anuário Brasileiro de Segurança Pública, ano 8, 2014.
34
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TABELA 10 · Leis especiais (1), por tipo
Brasil e Unidades da Federação – 2013-2014
Grupos de
Estados segundo
qualidade dos
dados (2)
Brasil e Unidades da
Federação
Brasil
Alagoas
2014
155.551 149.178
2013 (4)
Ns. Absolutos
2014
2013 (4)
Taxas
2014
77,4
73,6 130.899 126.201
2013 (4)
65,1
Ns. Absolutos
2014
Taxas (3)
2013 (4)
2014
2013 (4)
2014
62,2
50.844
48.688
25,3
24,0
1.120
23,4
33,7
145
260
4,4
7,8
959
809
29,1
24,4
...
...
...
...
5.102
5.144
33,9
34,0
...
...
...
...
Ceará
3.316
3.778
37,8
42,7
1.480
1.918
16,9
21,7
2.695
2.704
30,7
30,6
Distrito Federal
2.091
2.329
75,0
81,7
4.854
5.298
174,0
185,7
1.454
1.559
52,1
54,7
Espírito Santo
5.551
5.742
144,6
147,8
4.185
4.768
109,0
122,7
1.672
1.617
43,5
41,6
Goiás (5)
3.222
4.220
50,1
64,7
4.422
6.065
68,7
93,0
2.350
2.975
36,5
45,6
Maranhão
1.044
1.419
15,4
20,7
517
821
7,6
12,0
943
1.120
13,9
16,3
Mato Grosso
2.834
2.894
89,1
89,8
2.942
2.869
92,5
89,0
1.172
1.409
36,8
43,7
Mato Grosso do Sul
2.869
3.280
110,9
125,2
2.494
2.637
96,4
100,7
1.597
1.633
61,7
62,3
32.270
26.265
156,7
126,7
25.727
18.434
124,9
88,9
7.137
4.484
34,7
21,6
Pará
4.301
4.613
54,0
57,1
1.890
2.235
23,7
27,7
2.180
2.031
27,4
25,2
Paraná
7.632
8.969
69,4
80,9
8.861
10.966
80,6
99,0
5.367
5.348
48,8
48,3
Pernambuco
5.058
5.293
54,9
57,0
3.405
3.585
37,0
38,6
2.073
2.048
22,5
22,1
Rio de Janeiro
Rio Grande do Norte
Rio Grande do Sul
Roraima
Santa Catarina
514
488
16,1
15,3
251
329
7,9
10,3
549
545
17,2
17,1
17.607
15.173
107,6
92,2
9.430
11.760
57,6
71,4
4.872
4.861
29,8
29,5
290
343
8,6
10,1
71
111
2,1
3,3
208
196
6,2
5,8
10.085
9.902
90,3
88,4
15.408
13.529
138,0
120,7
2.239
2.434
20,1
21,7
40
22
8,2
4,4
66
47
13,5
9,5
...
...
...
...
6.181
6.072
93,2
90,3
4.802
5.048
72,4
75,0
3.456
3.940
52,1
58,6
43.556
41.563
99,8
94,4
30.423
26.624
69,7
60,5
6.852
6.490
15,7
14,7
Sergipe
541
554
24,6
25,0
247
247
11,2
11,1
578
589
26,3
26,5
Acre
542
476
69,8
60,2
337
317
43,4
40,1
300
226
38,6
28,6
Amapá
294
131
40,0
17,4
196
60
26,7
8,0
184
66
25,0
8,8
São Paulo
Grupo 3
2013 (4)
Taxas
Porte ilegal de arma de fogo
(3)
774
Piauí
Grupo 2
Ns. Absolutos
Entorpecentes - Posse e Uso
(3)
Bahia
Minas Gerais
Grupo 1
Entorpecentes - Tráfico
Paraíba
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
Rondônia
1.124
1.078
65,0
61,7
1.344
1.311
77,8
75,0
730
728
42,2
41,6
Tocantins
643
668
43,5
44,6
505
471
34,2
31,5
339
282
22,9
18,8
3.172
2.786
83,3
71,9
1.795
1.347
47,1
34,8
938
594
24,6
15,3
Amazonas
Conclusão
Fonte: Secretarias Estaduais de Segurança Pública e/ou Defesa Social; Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE;
Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
(...) Informação não disponível.
(1) Os dados informados correspondem ao volume de ocorrências policiais registradas.
(2) Grupos segundo qualidade estimada dos dados registrados (vide apêndice metodológico).
(3) Por 100 mil habitantes.
(4) Retificação das informações publicadas no Anuário Brasileiro de Segurança Pública, ano 8, 2014
(5) Inclui as ocorrências de "Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido" e "Posse ou porte ilegal de arma de fogo de
uso restrito".
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35
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TABELA 11 · Crimes contra a liberdade sexual (1), por tipo
Brasil e Unidades da Federação – 2013-2014
Grupos de
Estados segundo
qualidade dos
dados (2)
Brasil e Unidades da
Federação
2014
Taxas (5)
2013
(6)
Ns. absolutos
2014
2013
(6)
Taxas (5)
2014
2013 (6)
2014
47.646
25,4
23,5
4.897
5.042
2,4
2,5
Alagoas
1.275
1.286
38,6
38,7
136
174
4,1
5,2
Bahia
3.149
2.818
20,9
18,6
...
...
...
...
Ceará (7)
1.675
1.621
19,1
18,3
158
182
1,8
2,1
Distrito Federal
867
777
31,1
27,2
80
87
2,9
3,1
Espírito Santo
355
238
9,2
6,1
151
196
3,9
5,0
513
612
8,0
9,4
166
197
2,6
3,0
Maranhão
1.034
1.019
15,2
14,9
232
268
3,4
3,9
Mato Grosso
1.390
1.300
43,7
40,3
153
141
4,8
4,4
Mato Grosso do Sul
1.361
1.345
52,6
51,3
138
120
5,3
4,6
874
1.475
4,2
7,1
269
493
1,3
2,4
Pará
3.015
2.927
37,8
36,3
46
185
0,6
2,3
Paraná
3.584
3.913
32,6
35,3
422
493
3,8
4,4
Pernambuco
2.525
2.239
27,4
24,1
368
348
4,0
3,8
443
481
13,9
15,1
92
113
2,9
3,5
5.885
5.676
36,0
34,5
...
...
...
...
240
297
7,1
8,7
27
14
0,8
0,4
3.147
2.722
28,2
24,3
911
818
8,2
7,3
302
276
61,9
55,5
46
52
9,4
10,5
Minas Gerais
Piauí
Rio de Janeiro
Rio Grande do Norte
Rio Grande do Sul
Roraima
Santa Catarina
3.004
2.878
45,3
42,8
...
...
...
...
12.057
10.026
27,6
22,8
739
634
1,7
1,4
Sergipe
498
537
22,7
24,2
53
47
2,4
2,1
Acre
400
304
51,5
38,5
65
59
8,4
7,5
Amapá
469
338
63,8
45,0
28
23
3,8
3,1
Paraíba
310
367
7,9
9,3
...
...
...
...
Rondônia
833
778
48,2
44,5
117
86
6,8
4,9
Tocantins
452
425
30,6
28,4
65
51
4,4
3,4
1.433
971
37,6
25,1
435
261
São Paulo
Grupo 3
(6)
Tentativa de estupro (4)
51.090
Goiás
Grupo 2
Ns. absolutos
2013
Brasil
Grupo 1
Estupro (3)
Amazonas
11,4Conclusão
6,7
Conclusão
Fonte: Secretarias Estaduais de Segurança Pública e/ou Defesa Social; Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE); Fórum Brasileiro de Segurança Pública. (...) Informação não disponível.
(1) Os dados informados correspondem ao volume de ocorrências policiais registradas e não, necessariamente, indicam
o número de vítimas envolvidas.
(2) Grupos segundo qualidade estimada dos dados registrados. Grupo 1: maior qualidade das informações; Grupo
2: menor qualidade das informações; Grupo 3: não há como atestar a qualidade dos dados. Maiores detalhes, vide
apêndice metodológico.
(3) A Lei Federal 12.015/2009 altera a conceituação de "estupro", passando a incluir, além da conjunção carnal, os
"atos libidinosos" e "atentados violentos ao pudor".
(4) "Tentativa de estupro" passa, portanto, a incluir "tentativa de atentado violento ao pudor".
(5) Por 100 mil habitantes.
(6) Retificação das informações publicadas no Anuário Brasileiro de Segurança Pública, ano 8, 2014.
(7) Os dados sobre estupro incluem "estupro" e "estupro de vulnerável".
36
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37
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TABELA 12 · Crimes não letais intencionais contra a pessoa (1), por tipo
Brasil e Unidades da Federação – 2013-2014
Grupos de
Estados segundo
qualidade dos
dados (2)
Brasil e Unidades da
Federação
Taxas (3)
2014
2013 (4)
Ns. Absolutos
2014
2013 (4)
Lesão corporal dolosa
Taxas (3)
2014
2013 (4)
Ns. Absolutos
2014
2013 (4)
Taxas (3)
2014
2013 (4)
2014
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
Alagoas
1.623
1.274
49,2
38,4
...
...
...
...
8.368
9.523
253,5
286,7
Bahia
4.403
3.636
29,3
24,0
...
...
...
...
...
...
...
...
Ceará
1.535
...
17,5
...
2.671
1.175
30,4
13,3
16.839
17.239
191,8
194,9
Distrito Federal
1.211
1.176
43,4
41,2
11.725
10.713
420,3
375,6
...
...
...
...
Espírito Santo
2.929
3.004
76,3
77,3
...
...
...
...
...
...
...
...
Goiás
2.610
3.074
40,6
47,1
9.716
10.077
151,0
154,5
1.177
1.073
18,3
16,4
Maranhão
1.282
1.268
18,9
18,5
...
...
...
...
...
...
...
...
Mato Grosso
1.803
1.913
56,7
59,3
6.072
6.840
190,8
212,1
13.170
12.812
413,9
397,4
863
973
33,4
37,1
4.990
4.264
192,9
162,8
10.635
10.902
411,1
416,2
Minas Gerais (5)
2.943
5.840
14,3
28,2
...
...
...
...
...
...
...
...
Pará
1.555
1.739
19,5
21,5
12.456
14.042
156,3
173,9
21.850
23.381
274,2
289,6
702
782
6,4
7,1
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
Paraná
Pernambuco
Piauí
Rio de Janeiro
Rio Grande do Norte
Rio Grande do Sul
Roraima
Grupo 3
Lesão corporal culposa de trânsito
...
Mato Grosso do Sul
Grupo 2
Ns. Absolutos
2013 (4)
Brasil
Grupo 1
Tentativa de homicídio
642
614
20,2
19,2
5.323
4.382
167,2
137,2
6.939
5.416
218,0
169,6
4.948
6.366
30,2
38,7
47.116
46.599
287,8
283,1
88.621
87.561
541,4
531,9
221
292
6,6
8,6
2.311
4.953
68,5
145,3
2.061
2.490
61,1
73,1
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
Santa Catarina
1.533
1.604
23,1
23,8
...
...
...
...
...
...
...
...
São Paulo
5.887
5.468
13,5
12,4 137.828 133.256
315,7
302,6 172.665 152.546
395,4
346,4
Sergipe
497
426
22,6
19,2
2.911
3.686
132,6
166,1
4.528
4.039
206,2
182,0
Acre
299
194
38,5
24,6
...
...
...
...
...
...
...
...
Amapá
270
187
36,7
24,9
2.662
2.055
362,2
273,7
5.617
4.728
764,2
629,6
Paraíba
1.669
1.573
42,6
39,9
...
...
...
...
...
...
...
...
Rondônia
812
894
47,0
51,1
12.833
13.965
742,6
798,7
11.477
10.565
664,1
604,2
Tocantins
390
349
26,4
23,3
1.947
2.320
131,7
155,0
2.936
2.730
198,6
182,4
Amazonas
600
526
15,8
13,6
...
...
...
...
...
...
...
...
Continua
Fonte: Secretarias Estaduais de Segurança Pública e/ou Defesa Social; Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE);
Fórum Brasileiro de Segurança Pública. (-) Fenômeno Inexistente
(...) Informação não disponível.
(1) Os dados informados correspondem ao volume de ocorrências policiais registradas e não, necessariamente, indicam o
número de vítimas envolvidas.
(2) Grupos segundo qualidade estimada dos dados registrados. Grupo 1: maior qualidade das informações; Grupo 2:
menor qualidade das informações; Grupo 3: não há como atestar a qualidade dos dados. Maiores detalhes, vide apêndice
metodológico.
(3) Por 100 mil habitantes.
38
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Grupos de
Estados segundo
qualidade dos
dados (2)
Brasil e Unidades da
Federação
2014
2013 (4)
Ns. Absolutos
2014
2013 (4)
Taxas (3)
2014
2013 (4)
2014
...
...
...
...
...
...
...
...
Alagoas
...
...
...
...
...
...
...
...
Bahia
...
...
...
...
...
...
...
...
Ceará
9
8
0,1
0,1
-
-
-
-
Distrito Federal
...
...
...
...
...
...
...
...
Maranhão
Mato Grosso
...
...
...
...
...
...
...
...
185
214
2,9
3,3
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
902
778
28,3
24,1
...
...
...
...
Mato Grosso do Sul
...
...
...
...
...
...
...
...
Minas Gerais (5)
...
...
...
...
...
...
...
...
Pará
-
-
...
...
-
-
-
-
Paraná
...
...
...
...
...
...
...
...
Pernambuco
...
...
...
...
...
...
...
...
261
247
8,2
7,7
-
2
-
0,1
...
...
...
...
...
...
...
...
Piauí
Rio de Janeiro
Rio Grande do Norte
158
148
4,7
4,3
...
...
...
...
Rio Grande do Sul
...
...
...
...
...
...
...
...
Roraima
...
...
...
...
...
...
...
...
Santa Catarina
...
...
...
...
...
...
...
...
4.623
3.945
10,6
9,0
...
...
...
...
143
131
6,5
5,9
29
35
1,3
1,6
...
...
...
...
...
...
...
...
Amapá
132
108
18,0
14,4
60
3
8,2
0,4
Paraíba
...
...
...
...
...
...
...
...
Rondônia
332
646
19,2
36,9
283
427
16,4
24,4
Tocantins
92
54
6,2
3,6
184
93
12,4
6,2
Amazonas
...
...
...
...
...
...
...
São Paulo
Sergipe
Acre
Grupo 3
Taxas (3)
Outros crimes resultantes em lesão
corporal
Brasil
Goiás
Grupo 2
Ns. Absolutos
2013 (4)
Espírito Santo
Grupo 1
Outras lesões corporais culposas
...
Continua
(4) Retificação das informações publicadas no Anuário Brasileiro de Segurança Pública, ano 8, 2014.
(5) Na capital, Belo Horizonte, a fonte utilizada é a Delegacia de Crimes Contra a Vida, ou seja, reflete a
informação disponível no momento da investigação policial e contabiliza o número de vítimas. No restante
do estado a fonte utilizada é o Registros de Eventos de Defesa Social - REDS, ou seja, reflete a informação
disponível no momento do registro da ocorrência e contabiliza o número de ocorrências.
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39
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Brasil
Acre
Alagoas
Amapá
40.369
8.951
Total
Não
especificado
Outros
Arma de Fogo
Brasil e Unidades da
Federação
Objeto Cortante
(Arma Branca)
TABELA 13 · Mortes por agressão, por instrumento utilizado
Brasil e Unidades da Federação – 2013
5.378
2.106
56.804
97
79
64
1
241
1.872
179
108
3
2.162
99
102
18
-
219
692
331
97
63
1.183
Bahia
4.289
637
414
202
5.542
Ceará
3.652
578
204
31
4.465
Amazonas
Distrito Federal
656
176
74
13
919
Espírito Santo
1.289
163
140
34
1.626
Goiás
2.096
525
260
29
2.910
Maranhão
1.382
546
163
45
2.136
750
279
95
47
1.171
Mato Grosso
Mato Grosso do Sul
314
203
52
52
621
Minas Gerais
3.455
659
446
130
4.690
Pará
2.254
841
283
62
3.440
Paraíba
1.251
157
118
24
1.550
Paraná
2.042
491
360
36
2.929
Pernambuco
2.301
460
337
23
3.121
Piauí
373
161
55
20
609
Rio de Janeiro
3.562
257
313
764
4.896
Rio Grande do Norte
1.153
163
68
68
1.452
Rio Grande do Sul
1.711
354
186
59
2.310
300
96
37
44
477
Rondônia
Roraima
Santa Catarina
São Paulo
69
48
56
41
214
439
174
136
22
771
3.408
986
1.195
261
5.850
Sergipe
723
165
63
7
958
Tocantins
140
141
36
25
342
Fonte: Ministério da Saúde/DATASUS; Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
(-) Fenômeno Inexistente
40
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Gráfico 03 · Mortes por agressão, por instrumento utilizado
Brasil e Unidades da Federação, 2013
27
33
40
Acre
8
47
45
Amapá
71
Distrito Federal
79
Espírito Santo
19
8
1
10
9
2
9
1
8
2
18
72
Goiás
26
65
Maranhão
14
74
Minas Gerais
20
63
19
18
20
17
75
Sergipe
41
41
Arma de Fogo
9
8
17
58
São Paulo
Tocantins
5
8 3
23
57
bjeto Cortante
O
(Arma Branca)
Outros
3
5
26
22
Santa Catarina
1
16
15
74
Rio Grande do Sul
12
9
11
79
Rio Grande do Norte
2
6
5
73
Rio de Janeiro
8
11 1
26
61
32
2
15
74
Pernambuco
Rondônia
8
17
70
Piauí
3
10
81
Paraíba
Paraná
10
24
66
Pará
8
8
33
51
4
8
24
64
Mato Grosso
5 1
13
82
Ceará
4
7
11
27
Bahia
5
8
28
58
Amazonas
Mato Grosso do Sul
5
8
87
Alagoas
Roraima
4
9
16
71
Brasil
11
3
4
1
7
7
Não especificado
Fonte: Ministério da Saúde/DATASUS; Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
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41
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TABELA 14 · Apreensão de armas de fogo
Brasil e Unidades da Federação – 2013-2014
Brasil e Unidades da
Federação
Brasil
Acre
Alagoas
Amapá
Amazonas
Secretarias Estaduais de
Segurança Pública e/ou
Defesa Social
em números absolutos
Polícia Federal
2013
Polícia Rodoviária Federal
2013
2014
2014
2013
2014
111.610
107.968
15.744
8.858
1.554
667
535
8
2
1.708
1.857
7
289
97
41
Total
Variação
Percentual
2013
2014
1.553
128.908
118.379
-8,2
-
-
675
537
-20,4
5
59
59
1.774
1.921
8,3
-
49
41
379
138
-63,6
938
645
13
19
13
140
964
804
-16,6
Bahia
5.146
4.568
926
183
139
81
6.211
4.832
-22,2
Ceará
6.124
6.224
2049
591
62
39
8.235
6.854
-16,8
Distrito Federal
2.173
2.313
2081
1471
48
98
4.302
3.882
-9,8
Espírito Santo
4.266
4.301
166
116
39
47
4.471
4.464
-0,2
Goiás
3.279
3.676
170
205
35
74
3.484
3.955
13,5
Maranhão
1.081
1.400
22
17
75
57
1.178
1.474
25,1
Mato Grosso
2.217
2.267
433
208
53
49
2.703
2.524
-6,6
814
935
354
353
78
90
1.246
1.378
10,6
Mato Grosso do Sul
Minas Gerais
23.267
21.549
1183
80
139
77
24.589
21.706
-11,7
Pará
1.610
1.155
155
246
86
53
1.851
1.454
-21,4
Paraíba
2.774
2.952
23
57
30
30
2.827
3.039
7,5
Paraná
7.026
6.698
787
215
137
82
7.950
6.995
-12,0
Pernambuco
4.931
4.478
178
147
27
21
5.136
4.646
-9,5
328
408
229
535
46
38
603
981
62,7
8.101
8.649
227
178
75
67
8.403
8.894
5,8
493
464
386
451
71
53
950
968
1,9
Rio Grande do Sul
8.318
8.141
127
174
103
68
8.548
8.383
-1,9
Rondônia
1.648
881
8
37
-
-
1.656
918
-44,6
54
149
-
3
8
23
62
175
182,3
Piauí
Rio de Janeiro
Rio Grande do Norte
Roraima
Santa Catarina
São Paulo
Sergipe
Tocantins
3.209
3.687
32
17
59
72
3.300
3.776
14,4
18.838
18.037
6109
3529
75
110
25.022
21.676
-13,4
1.623
1.247
17
19
34
68
1.674
1.334
-20,3
688
655
13
-
14
16
715
671
-6,2
Conclusão
Fonte: Secretarias Estaduais de Segurança Pública e/ou Defesa Social; Polícia Federal; Polícia Rodoviária;
Instituto Sou da Paz; Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
(-) Fenômeno Inexistente
42
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TABELA 15 · Apreensão de armas de fogo
Brasil e Unidades da Federação – 2013-2014
Brasil e Unidades da
Federação
Secretarias Estaduais de
Segurança Pública e/ou
Defesa Social
2013
2014
em porcentagem
Polícia Federal
2013
Polícia Rodoviária Federal
2014
2013
2014
Brasil
86,6
91,2
12,2
7,5
1,2
1,3
Acre
98,8
99,6
1,2
0,4
-
-
Alagoas
96,3
96,7
0,4
0,3
3,3
3,1
Amapá
76,3
70,3
10,8
-
12,9
29,7
Amazonas
97,3
80,2
1,3
2,4
1,3
17,4
Bahia
82,9
94,5
14,9
3,8
2,2
1,7
Ceará
74,4
90,8
24,9
8,6
0,8
0,6
Distrito Federal
50,5
59,6
48,4
37,9
1,1
2,5
Espírito Santo
95,4
96,3
3,7
2,6
0,9
1,1
Goiás
94,1
92,9
4,9
5,2
1,0
1,9
Maranhão
91,8
95,0
1,9
1,2
6,4
3,9
Mato Grosso
82,0
89,8
16,0
8,2
2,0
1,9
Mato Grosso do Sul
65,3
67,9
28,4
25,6
6,3
6,5
Minas Gerais
94,6
99,3
4,8
0,4
0,6
0,4
Pará
87,0
79,4
8,4
16,9
4,6
3,6
Paraíba
98,1
97,1
0,8
1,9
1,1
1,0
Paraná
88,4
95,8
9,9
3,1
1,7
1,2
Pernambuco
96,0
96,4
3,5
3,2
0,5
0,5
Piauí
54,4
41,6
38,0
54,5
7,6
3,9
Rio de Janeiro
96,4
97,2
2,7
2,0
0,9
0,8
Rio Grande do Norte
51,9
47,9
40,6
46,6
7,5
5,5
Rio Grande do Sul
97,3
97,1
1,5
2,1
1,2
0,8
Rondônia
99,5
96,0
0,5
4,0
-
-
Roraima
87,1
85,1
-
1,7
12,9
13,1
Santa Catarina
97,2
97,6
1,0
0,5
1,8
1,9
São Paulo
75,3
83,2
24,4
16,3
0,3
0,5
Sergipe
97,0
93,5
1,0
1,4
2,0
5,1
Tocantins
96,2
97,6
1,8
-
2,0
2,4
Conclusão
Fonte: Secretarias Estaduais de Segurança Pública e/ou Defesa Social; Polícia Federal; Polícia Rodoviária;
Instituto Sou da Paz; Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
(-) Fenômeno Inexistente
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43
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Panorama das apreensões
de armas de fogo no Brasil
Ivan Marques
Bruno Langeani
O Anuário tornou-se referência na consolidação e publicação de dados fundamentais da
área de Segurança Pública. Por méritos próprios,
também acabou por fomentar a produção e padronização de dados por muitas secretarias estaduais e, por isso, o Instituto Sou da Paz felicita a
inclusão nesta edição dos dados referente armas
de fogo apreendidas1 nos Estados. Temos a convicção de que conhecer este universo específico
é fundamental para a concepção de políticas
públicas de segurança que sofre com o uso de
armas de fogo tanto no cometimento de crimes,
sendo o mais grave o homicídio, bem como no
enfrentamento armado oferecido às forças de
segurança.
Manter a padronização de coleta e divulgação destas informações permitirá aprofundar a
análise sobre o mercado legal e ilegal de armas
e sua relação com a violência. O estado de São
Paulo, que publica este dado desde a década
de 90, permite-nos observar que após registrar
o maior número de apreensões - com mais de
40 mil armas apreendidas em 1999 – testemunhou queda expressiva até chegar em 2014,
com menos da metade do pico registrado. No
mesmo período viu sua taxa de homicídios reduzir mais de 70%.2 Nessa relação estabelecida
entre o mercado legal e o ilegal, o dado sugere
uma diminuição na disponibilidade de armas no
mercado ilegal - relacionada à nova lei de controle de armas3, conhecida como “Estatuto do
Desarmamento”.
A Lei 10.826/2003 trouxe ferramentas importantes para o controle das armas pelas polícias, ao centralizar um banco de dados de registro de novas armas civis.4 Como anteriormente
os bancos de registro eram estaduais, uma arma
roubada em um Estado e encontrada em outro
não poderia ter sua origem investigada para saber a quem já pertencera e a que outras ocorrências esteve vinculada. Foi prevista também a
integração deste banco com o Sistema de Gerenciamento de Armas - SIGMA do Exército que
cadastra por exemplo armas privadas de militares e de colecionadores, importante medida que
ainda não foi implementada.
Estes bancos de dados serão tão ou mais
eficientes quanto melhor forem alimentados e
1
Desde sua criação o Anuário traz o número de ocorrências e taxa de Porte Ilegal de Arma de fogo por UF, inova este ano ao trazer a
quantidade de artefatos apreendidos.
2
Em 1999 foram apreendidas no Estado de SP 41.562 armas de fogo, neste ano a taxa de homicídios era de 35,3/100 mil hab. Em 2014 o
número de armas apreendidas foi de 18.037, a taxa de homicídios 10,1/100 mil hab. Os dados das apreensões foram produzidos pela SSP-SP, os
dados sobre a taxa de homicídios foram extraídos no site: http://fbsp.memoriaseguranca.org.br/
3
A Pesquisa “De onde vêm as armas do crime : análise do universo de armas apreendidas em 2011 e 2012 em São Paulo” - publicada pelo
Instituto Sou da Paz em 2013 mostra o crescimento da participação de simulacros e armas de pressão substituindo as armas de fogo, especialmente
em roubos na cidade de SP. Disponível em http://bit.ly/armasdocrime
4
O SINARM – Sistema Nacional de Armas criado em 1997 passa, com a nova lei, a centralizar informações de registros e portes e receber
informações dos Estados sobre ocorrências com armas.
44
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seus dados analisados. O envio de informações
de ocorrências de armas à Polícia Federal deveria
ser feito pelas polícias civis ou Secretarias dos
Estados5, mas infelizmente constatamos falhas
na alimentação, trazendo graves prejuízos ao
controle.
Pelo inédito levantamento trazido nesta edição com algumas complementações obtidas pelo
Instituto Sou da Paz através da Lei de Acesso à
informação6, conseguimos apurar que em 2014
foram apreendidas pelas polícias (estaduais e federais) no Brasil 118.418 armas, uma redução de
cerca de 8 % em relação ao ano de 2013.
A maioria das armas (91%) foram apreendidas pelas polícias estaduais. Nos estados
em que havia melhor detalhamento por instituição, estas foram majoritariamente retiradas
de circulação pelas polícias militares. Concentração de certa forma esperada pelo tamanho
de efetivo e pela natureza do trabalho desempenhado.
De todo modo, chama a atenção que em
alguns Estados (PI e RN, notadamente) a participação das polícias federais na apreensão de
armas de fogo é tão ou mais significativa que o
das polícias estaduais.
É desejável que a melhor compreensão do
perfil e origem das armas apreendidas através
da correta identificação e rastreamento sistemático destas, fosse utilizada para o desenho de
estratégias mais eficazes para retirada de armas
ilegais de circulação, ajudando a estancar os
principais canais de desvio do mercado legal e
tráfico para impactar em reduções mais rápidas
e duradouras da letalidade violenta que escolhe
a arma de fogo como principal instrumento da
sua perpetração (71% das mortes por agressão
no Brasil segundo o Ministério da Saúde7) .
Para isso, é essencial garantir a produção e
divulgação dos dados sobre armas. A inclusão
destes dados no Anuário é um importante passo nesta direção.
Ivan Marques é diretor-executivo do
Instituto Sou da Paz.
Bruno Langeani é coordenador da área de
Sistemas de Justiça e Segurança Pública do
Instituto Sou da Paz
5
O Artigo 17 caput e parágrafo 1º do Decreto 5.123/2004 tratam das obrigações de registro de ocorrências com a arma de fogo pelo
proprietário e da comunicação destas ocorrências à Polícia Federal “para fins de cadastro no SINARM”.
6
As informações sobre as apreensões da Polícia Federal e Rodoviária Federal por UF foram obtidas respectivamente através dos pedidos nº s
8850003037201585 e 8850003036201531 realizados através do portal E-SIC do Governo Federal.
7
Segundo dado do Ministério da Saúde (DATASUS 2013) apresentado nesta edição do Anuário 71% das mortes por agressão tiveram como
instrumento a arma de fogo. Os Estados no topo do ranking de mortes violentas no país em sua maioria têm um índice de participação de armas
de fogo igual ou superior a média nacional, indicando que qualquer plano de redução de homicídios que não contemple uma estratégia focada de
controle de armas de fogo estará fadado ao fracasso.
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45
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TABELA 16 · Crimes violentos letais intencionais, por tipo
Capitais - 2013-2014
Homicídio Doloso
2013
2014
2013
2014
14.266
14.536
29,8
30,1
Ns. Abs.
Taxa (1)
2013
2014
2013
2014
Variação
(%)
Taxa
Variação
(%)
Ns. Abs.
Capital
Lesão Corporal Seguida de Morte
(1)
1,0
386
220
0,8
0,5
-43,5
UF
Total Capitais
SE
Aracajú
265
260
43,1
41,7
PA
Belém
698
694
49,0
MG
Belo Horizonte
843
755
34,0
RR
Boa Vista
70
54
DF
Brasília
707
688
MS
Campo Grande
108
144
13,0
17,1
31,6
2
2
0,2
0,2
-1,3
MT
Cuiabá (2) (4)
202
245
35,4
42,6
20,1
22
15
3,9
2,6
-32,5
PR
Curitiba (2) (3) (4)
530
569
28,7
30,5
6,5
11
10
0,6
0,5
-9,8
SC
Florianópolis
CE
Fortaleza (2) (3) (4)
GO
Goiânia
PB
João Pessoa (5)
AP
AL
-3,3
2
1
0,3
0,2
-50,7
48,4
-1,1
15
2
1,1
0,1
-86,7
30,3
-10,9
4
4
0,2
0,2
-0,5
22,7
17,1
-24,3
2
-
0,6
-
-100,0
25,3
24,1
-4,8
7
3
0,3
0,1
-58,1
57
68
12,6
14,7
17,2
4
7
0,9
1,5
71,9
1.911
1.930
74,9
75,0
0,2
36
30
1,4
1,2
-17,3
595
628
42,7
44,5
4,1
2
2
0,1
0,1
-1,3
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
Macapá
127
129
29,0
28,9
-0,6
6
1
1,4
0,2
-83,7
Maceió
785
679
78,8
67,5
-14,2
4
4
0,4
0,4
-0,9
AM
Manaus
722
779
36,4
38,6
5,9
30
17
1,5
0,8
-44,4
RN
Natal
410
536
48,0
62,2
29,5
132
10
15,5
1,2
-92,5
TO
Palmas
66
68
25,6
25,6
0,1
1
1
0,4
0,4
-2,8
RS
Porto Alegre
459
572
31,3
38,8
24,2
...
...
...
...
...
RO
Porto Velho
135
143
27,8
28,9
4,0
1
1
0,2
0,2
-1,8
PE
Recife
442
490
27,6
30,5
10,2
6
10
0,4
0,6
65,7
AC
Rio Branco
110
118
30,8
32,4
5,3
2
1
0,6
0,3
-50,9
RJ
Rio de Janeiro (2) (3) (4)
1.311
1.237
20,4
19,2
-6,0
24
17
0,4
0,3
-29,4
BA
Salvador
1.429
1.321
49,6
45,5
-8,2
29
26
1,0
0,9
-10,9
MA
São Luís
SP
São Paulo (2) (4)
PI
Teresina
ES
Vitória
(2) (4)
(2) (3) (4)
(2)
597
677
56,6
63,6
12,3
27
35
2,6
3,3
28,4
1.256
1.198
10,6
10,1
-5,2
13
12
0,1
0,1
-8,3
315
423
37,7
50,3
33,6
3
7
0,4
0,8
132,2
116
131
33,3
37,2
11,7
1
2
0,3
0,6
97,8
Continua
Fonte: Secretarias Estaduais de Segurança Pública e/ou Defesa Social; Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE);
Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
(...) Informação não disponível.
(-) Fenômeno inexistente.
(1) Por 100 mil habitantes.
46
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Latrocínio
2013
2014
2013
2014
610
675
1,3
1,4
Ns. Abs.
Taxa (1)
2013
2014
2013
2014
Variação
(%)
Taxa
Variação
(%)
Ns. Abs.
Capital
Crimes Violentos Letais Intencionais (6)
(1)
8,1
15.777
15.912
33,0
33,0
-0,1
60,1
275
274
44,7
43,9
UF
Total Capitais
SE
Aracajú
8
13
1,3
2,1
PA
Belém
37
38
2,6
2,7
2,2
750
734
52,6
51,2
-2,6
MG
Belo Horizonte
14
9
0,6
0,4
-36,0
861
768
34,7
30,8
-11,2
RR
Boa Vista
DF
Brasília
MS
Campo Grande
5
13
MT
Cuiabá (2) (4)
12
13
PR
Curitiba (2) (3) (4)
22
25
1,2
SC
Florianópolis
2
3
0,4
0,7
47,3
63
78
CE
Fortaleza (2) (3) (4)
46
29
1,8
1,1
-37,4
1.993
1.989
GO
Goiânia
28
29
2,0
2,1
2,2
625
659
44,8
46,7
4,0
PB
João Pessoa (5)
...
...
...
...
...
515
481
66,9
61,6
-7,9
AP
Macapá
18
15
4,1
3,4
-18,4
151
145
34,5
32,5
-6,0
AL
Maceió
22
16
2,2
1,6
-27,9
811
699
81,4
69,5
-14,5
AM
Manaus
35
45
1,8
2,2
26,1
787
841
39,7
41,6
4,8
RN
Natal
31
22
3,6
2,6
-29,7
573
568
67,1
65,9
-1,8
TO
Palmas
RS
Porto Alegre
RO
-1,8
-
1
-
0,3
-
72
55
23,3
17,5
-25,0
29
46
1,0
1,6
55,1
743
737
26,6
25,8
-3,0
0,6
1,5
156,7
115
159
13,8
18,9
36,5
2,1
2,3
7,3
236
273
41,4
47,4
14,5
1,3
12,7
563
604
30,4
32,4
6,4
13,9
16,9
21,6
78,1
77,3
-1,0
-
5
-
1,9
-
67
74
26,0
27,9
7,3
25
26
1,7
1,8
3,7
484
598
33,0
40,6
23,2
Porto Velho (2) (4)
3
7
0,6
1,4
129,1
139
151
28,7
30,6
6,6
PE
Recife
4
14
0,3
0,9
248,0
452
514
28,3
32,0
13,1
AC
Rio Branco
8
14
2,2
3,8
71,8
120
133
33,6
36,5
8,8
RJ
Rio de Janeiro
54
51
0,8
0,8
-5,9
1.389
1.305
21,6
20,2
-6,4
BA
Salvador
27
50
0,9
1,7
84,0
1.485
1.397
51,5
48,1
-6,5
MA
São Luís
SP
São Paulo (2) (4)
PI
Teresina
ES
Vitória
(2) (3) (4)
(2) (3) (4)
(2)
21
23
2,0
2,2
8,5
645
735
61,2
69,1
12,9
143
150
1,2
1,3
4,2
1.412
1.360
11,9
11,4
-4,3
14
16
1,7
1,9
13,7
332
446
39,7
53,1
33,7
2
2
0,6
0,6
-1,1
119
135
34,2
38,3
12,2
Conclusão
(2) Considera o total de vítimas de homicídio doloso.
(3) Considera o total de vítimas de lesão corporal seguida de morte.
(4) Considera o total de vítimas de latrocínio.
(5) Considera o total de vítimas de CVLI.
(6) CVLI considera a soma das ocorrências de homicídio doloso, lesão corporal seguida de morte e latrocínio.
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47
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TABELA 17 · Crime contra a liberdade sexual
Capitais - 2013-2014
Capital
Taxa (1)
2013
2014
Variação
(%)
Estupro
Ns. Abs.
2013
2014
13.642
11.638
28,5
24,1
-15,4
UF
Total capitais
SE
Aracajú
181
152
29,5
24,4
-17,3
PA
Belém
642
568
45,0
39,6
-12,0
MG
Belo Horizonte
285
244
11,5
9,8
-14,8
RR
Boa Vista
189
207
61,2
65,7
7,5
DF
Brasília
867
777
31,1
27,2
-12,3
MS
Campo Grande
363
319
43,6
37,8
-13,2
MT
Cuiabá
368
285
64,6
49,5
-23,3
PR
Curitiba
683
773
36,9
41,5
12,2
SC
Florianópolis
189
185
41,7
40,1
-3,9
627
517
24,6
20,1
-18,2
104
126
7,5
8,9
19,5
CE
Fortaleza
GO
Goiânia
PB
João Pessoa
AP
Macapá
AL
AM
RN
TO
RS
Porto Alegre
(2) (3)
...
...
...
...
...
340
263
77,8
58,9
-24,3
Maceió
194
137
19,5
13,6
-30,0
Manaus
1.321
869
66,6
43,0
-35,5
Natal
145
169
17,0
19,6
15,5
Palmas
88
90
34,1
33,9
-0,6
...
...
...
...
...
388
87,0
78,5
-9,7
456
31,9
28,3
-11,1
RO
Porto Velho
422
PE
Recife
510
AC
Rio Branco
RJ
Rio de Janeiro (2)
BA
MA
SP
São Paulo
PI
Teresina
ES
Vitória
83
68
23,2
18,7
-19,6
1.920
1.781
29,9
27,6
-7,6
Salvador
651
521
22,6
17,9
-20,5
São Luís
369
256
35,0
24,1
-31,3
2.903
2.292
24,6
19,3
-21,5
177
171
21,2
20,3
-3,9
21
24
6,0
6,8
13,0
Conclusão
Fonte: Secretarias Estaduais de Segurança Pública e/ou Defesa Social; Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
(...) Informação não disponível.
(1) Por 100 mil habitantes.
(2) Considera o total de vítimas de estupro.
(3) Considera estupro consumado e estupro de vulnerável consumado.
48
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TABELA 18 · Crimes contra o patrimônio, por tipo
Capitais - 2013-2014
2013
UF
Total capitais
SE
Aracajú
685
PA
Belém
1.489
MG
Belo Horizonte
2.453
RR
Boa Vista
13
DF
Brasília
MS
Campo Grande
MT
Cuiabá
PR
Curitiba
SC
Florianópolis
2014
111.994 115.317
2013
2014
Ns. Abs.
Taxa (1)
2013
2014
Variação
(%)
Capital
Furto de veículo
Taxa (1)
Variação
(%)
Roubo de veículo
Ns. Abs.
2013
2014
-1,9
95.787
98.155
415,3
405,5
-2,3
485,5
476,4
781
266,3
288,0
8,2
403
424
156,7
156,4
-0,2
1.828
398,3
460,7
15,7
459
479
122,8
120,7
-1,7
4.335
153,7
260,4
69,5
5.142
6.993
322,2
420,1
30,4
27
8,9
17,2
93,1
85
65
58,3
41,5
-28,9
4.214
7.124
278,9
449,1
61,1
7.186
8.353
475,5
526,6
10,7
481
554
99,6
108,6
9,0
1.775
1.983
367,5
388,6
5,8
573
934
166,5
254,7
53,0
505
581
146,7
158,4
8,0
3.386
3.974
236,9
265,6
12,1
5.391
4.897
377,1
333,3
-11,6
306
392
100,3
123,6
23,2
1.120
1.022
367,2
322,2
-12,3
CE
Fortaleza
6.437
...
708,9
...
...
2.935
...
323,2
...
...
GO
Goiânia
5.655
5.979
540,7
551,0
1,9
2.830
2.671
270,6
246,1
-9,0
PB
João Pessoa
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
AP
Macapá
144
233
118,5
178,7
50,8
480
511
395,0
391,8
-0,8
AL
Maceió
1.533
1.542
575,3
543,8
-5,5
235
284
88,2
100,2
13,6
AM
Manaus
1.935
2.589
332,9
415,8
24,9
1.199
1.838
206,3
295,2
43,1
RN
Natal
947
937
279,0
262,9
-5,8
462
320
136,1
89,8
-34,0
TO
Palmas
18
179
12,5
114,5
819,7
694
678
480,1
433,8
-9,6
RS
Porto Alegre
6.488
6.938
808,0
833,8
3,2
3.911
4.079
487,1
490,2
0,6
940
959
423,0
406,8
-3,8
1.246
1.171
560,7
496,8
-11,4
2.351
2.272
385,6
357,4
-7,3
1.023
1.062
167,8
167,1
-0,4
RO
Porto Velho
PE
Recife
AC
Rio Branco
RJ
Rio de Janeiro
BA
MA
SP
São Paulo
PI
Teresina
ES
Vitória
...
93
...
62,2
...
...
210
...
140,5
...
12.372
13.725
504,7
532,6
5,5
7.661
7.515
312,5
291,6
-6,7
Salvador
6.125
6.371
780,0
777,7
-0,3
1.417
1.749
180,5
213,5
18,3
São Luís
852
1.353
259,9
389,3
49,8
185
305
56,4
87,7
55,5
50.713
49.344
723,4
673,8
-6,9
48.477
49.703
691,5
678,7
-1,9
1.463
2.517
384,4
614,2
59,8
600
724
157,7
176,7
12,1
421
337
227,0
176,1
-22,5
366
448
197,4
234,0
18,6
Conclusão
Fonte: Secretarias Estaduais de Segurança Pública e/ou Defesa Social;
Departamento Nacional de Trânsito (Denatran); Fórum Brasileiro de Segurança
Pública.
(...) Informação não disponível.
(1) Taxa por 100 mil veículos.
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49
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TABELA 19 · Leis especiais, por tipo
Capitais - 2013-2014
Total Capitais
UF
2013
2014
2013
2014
37.215
36.434
77,8
75,5
Uso/porte de entorpecentes
Ns. Abs.
Taxa (1)
Variação
(%)
Capital
Taxa (1)
2013
2014
-3,0
25.831
27.981
54,0
58,0
7,4
2013
2014
Variação
(%)
Tráfico de entorpecentes
Ns. Abs.
SE
Aracajú
112
148
18,2
23,7
30,2
132
149
21,5
23,9
11,2
PA
Belém
1.066
1.024
74,8
71,5
-4,4
375
374
26,3
26,1
-0,7
MG
Belo Horizonte
3.749
4.261
151,2
171,0
13,1
3.000
2.735
121,0
109,8
-9,3
RR
Boa Vista
40
22
12,9
7,0
-46,0
66
47
21,4
14,9
-30,1
DF
Brasília
2.091
2.329
75,0
81,7
8,9
4.854
5.298
174,0
185,7
6,8
MS
Campo Grande
857
865
103,0
102,6
-0,4
612
528
73,5
62,6
-14,8
MT
Cuiabá
1.241
1.008
217,8
175,2
-19,6
1.407
1.122
246,9
195,0
-21,0
PR
Curitiba
869
1.120
47,0
60,1
27,8
1.839
2.035
99,5
109,1
9,7
SC
Florianópolis
1.028
1.070
226,8
231,8
2,2
487
438
107,4
94,9
-11,7
1.321
1.491
51,8
58,0
12,0
482
486
18,9
18,9
0,0
583
691
41,8
48,9
16,9
979
1.158
70,3
82,0
16,7
CE
Fortaleza
GO
Goiânia
PB
João Pessoa
AP
Macapá
AL
Maceió
425
632
42,6
62,9
47,4
78
AM
Manaus
2.977
2.700
150,2
133,6
-11,0
1.731
RN
Natal
104
165
12,2
19,1
57,2
18
53
TO
Palmas
132
171
51,2
64,4
25,9
129
142
RS
Porto Alegre
3.082
2.836
210,0
192,6
-8,3
1.003
841
508
580
104,7
117,4
12,1
467
486
2.021
1.937
126,4
120,4
-4,7
772
467
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
262
222
59,9
49,7
-17,1
323
337
73,9
75,4
2,1
150
7,8
14,9
90,7
1.258
87,3
62,3
-28,7
2,1
6,1
191,7
50,0
53,5
7,0
68,3
57,1
-16,4
96,3
98,4
2,2
48,3
29,0
-39,8
RO
Porto Velho
PE
Recife
AC
Rio Branco
339
356
94,9
97,8
3,1
302
289
84,5
79,4
-6,1
RJ
Rio de Janeiro
4.203
3.515
65,4
54,5
-16,7
2.471
4.688
38,4
72,6
89,0
BA
Salvador
1.212
1.042
42,0
35,9
-14,6
978
908
33,9
31,3
-7,8
MA
São Luís
454
638
43,1
60,0
39,2
271
395
25,7
37,1
44,3
SP
São Paulo
7.404
6.521
62,6
54,8
-12,5
2.193
2.666
18,6
22,4
20,8
PI
Teresina
282
278
33,7
33,1
-1,9
128
135
15,3
16,1
5,0
ES
Vitória
853
812
244,9
230,6
-5,8
734
796
210,8
226,1
7,3
Conclusão
Fonte: Secretarias Estaduais de Segurança Pública e/ou Defesa Social; Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
(...) Informação não disponível.
(1) Taxa por 100 mil habitantes.
50
Voltar ao Sumário
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Voltar ao Sumário
51
Voltar ao Sumário
gastos com
segurança pública
TABELA 20 · Despesas realizadas com a Função Segurança Pública, por Subfunções
União e Unidades da Federação – 2013-2014
em reais correntes
Policiamento
2013
União e Unidades
da Federação
Total (1) (2)
2014
Defesa Civil
Variação
(%)
2013
2014
Informação e Inteligência
Variação
(%)
2013
Variação
(%)
2014
18.923.816.363,8520.524.933.610,35 8,52.573.289.429,002.236.474.217,82-13,11.157.984.877,99
1.189.003.252,11 2,7
União
1.660.117.484,47 1.305.451.000,00-21,4 1.425.585.185,721.121.168.000,00 -21,4 484.549.796,29 464.916.000,00 -4,1
Acre
253.273.661,98
296.323.627,7017,0
32.791.185,74
51.402.979,27 56,8
1.369.454,04
1.272.604,86 -7,1
Alagoas
580.806.597,26
724.178.550,79 24,7
36.108.934,17
21.791.822,08 -39,6
4.639.364,72
2.370.967,91-48,9
Amapá
11.762.052,48
7.902.046,91-32,8
8.404.747,53
5.435.120,79 -35,3
-
Amazonas
164.042.297,56
158.705.388,37 -3,3
14.098.254,69
75.146.866,44433,0
370.000,00
Bahia 296.729.061,89
513.538.310,37
73,13.772.347,005.060.894,75
34,25.705.394,80
14.201.237,48
148,9
Ceará
303.320.112,94
376.468.713,19 24,1
Distrito Federal
62.446.144,75
Espírito Santo
113.579.955,51
Goiás
130.208.819,97
161.730.958,99
Maranhão (3) (4)
131.954.470,84
145.276.677,44 10,1
Mato Grosso
52.766.504,51
91.328.252,76
49.798.883,03
20.357.239,59 -59,1
2.152.141,46
-
-
352.000,00 -4,9
652.637,04-69,7
46,3
12.076,50
- -100,0
-
84.640.371,33 -25,5
14.372.405,61
8.212.824,38 -42,9
2.208.053,73
1.710.615,90 -22,5
220.701,90
3.074.637,461.293,1
24,2
47.394.181,99 -10,2
21.813.200,19
49,7
9.119.615,14-68,4
19.543.371,85
16.240.332,44 -16,9
15.010.653,82
19.160.659,49
-
-
5.924.936,06
6.053.198,04
2,2
114.252.625,09
149.296.866,44
30,7
Minas Gerais (5)
386.662.525,68237.265.895,54
-38,649.071.843,1527.316.213,16
-44,385.901.361,41
108.750.490,11
26,6
Pará
138.820.239,08180.248.886,87
29,813.811.108,74 8.513.019,65
-38,417.435.359,08
29.680.511,43
70,2
9.302.002,7720,3
12.395.545,33
27,6
-
734.667.428,52
7.730.592,55
6,3
28.887.117,55
-
Mato Grosso do Sul
Paraíba
780.668.552,95
14.572.907,96
-
12.184.997,17 -1,7
Paraná
2.143.713.238,73 2.317.751.420,87 8,1 118.738.856,92 131.430.867,7310,7
Pernambuco
1.532.124.059,55 1.704.023.277,48 11,2
Piauí
50.390.142,20
44.397.123,55 -11,9
298.465.679,82
36.837.135,09
679.418,33
311.147.139,75 4,2
1.017.722,56
11.050.539,97 -70,0
310.776,93
--100,0
485.482.549,68
511.733.639,39
5,4
154.722.329,36
154.050.377,91
Rio Grande do Norte
412.197.166,08
438.394.084,74
6,4
33.982.768,27
35.740.648,71
5,2
-
-
-
Rio Grande do Sul 357.004.284,23
316.426.677,15 -11,4
3.716.601,14
5.169.050,94
39,1
42.281.918,29
40.231.265,81
-4,8
Rondônia 564.366.713,28
577.923.408,33
64.345.465,72
68.569.417,23
6,6
-
-
-
Santa Catarina
São Paulo Sergipe
Tocantins 2,4
16.498,40
894.984,17-12,1
Rio de Janeiro
Roraima
-0,4
1.059.835,5056,0
59.943.377,65 57.225.002,86-4,5
39.850,70 141,5
11.507.660,06 6.188.459,88
-46,21.829.396,111.968.212,40
7,64.431.256,27
9.966.456,67
124,9
116.789.400,75
151.953.265,64
30,1
4.150.107,51
66,4
779.158,77
7.855.943.954,64
8.940.526.702,93
13,8
36.254.137,36
24.949.301,03 -31,2
320.699.451,91
52.192.694,97
57.584.209,1210,3
344.544.186,55
20.865.058,11
368.191.071,21 6,9
27.001.061,21
29,4
29.817.688,34
6.904.879,27
4.985.789,22 -83,3
-
3.096.110,30
- -100,0
293.781.831,27
-8,4
-
3.472.258,46
-
12,1
Continua
52
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em reais correntes
Demais Subfunções
União e Unidades
da Federação
2013
Total
Variação
(%)
2014
2013
2014
Variação
(%) (6)
Fonte: Ministério da Fazenda/Secretaria do
Tesouro Nacional – STN; Fórum Brasileiro
de Segurança Pública.
(-) Fenômeno inexistente.
(1) O total das despesas com segurança
pública em 2013, excluindo as despesas
Total
34.882.371.669,3743.412.229.624,77 24,5 57.537.462.340,2167.362.640.705,05 17,1
previdênciárias do regime estatutário
declaradas por Maranhão, é de R$
União
4.700.650.743,445.165.869.000,00 9,9 8.270.903.209,928.057.404.000,00 -2,6
57.536.670.355,36.
(2) O total das despesas com segurança
Acre
91.998.330,44100.476.954,16 9,2 379.432.632,20449.476.165,99
18,5
pública em 2014, excluindo as despesas
Alagoas
370.950.833,25 314.905.784,59-15,1 992.505.729,401.063.247.125,377,1
previdênciárias do regime estatutário
Amapá
32.008.137,5346.787.619,42
46,2 52.174.937,5460.124.787,12
15,2
declaradas por Maranhão e Minas Gerais é
de R$ 64.327.799.939,26.
Amazonas
931.546.304,871.122.199.592,79 20,5 1.110.056.857,121.356.403.847,6022,2
(1) (2)
Bahia 2.586.827.349,142.896.807.584,62 12,0 2.893.034.152,833.429.608.027,2218,5
Ceará
1.107.348.382,581.302.125.407,68 17,6 1.462.619.520,011.699.603.997,5016,2
Distrito Federal
581.031.649,87720.069.533,7923,9 643.489.871,12811.397.786,55
26,1
Espírito Santo
939.169.093,121.112.848.246,52 18,5 1.069.329.507,971.207.412.058,1312,9
Goiás
Maranhão (3) (4)
Mato Grosso
Mato Grosso do Sul
1.382.033.597,651.983.797.519,51 43,5 1.527.036.027,482.170.416.316,1542,1
740.330.554,09
936.513.939,70 26,5
901.172.142,48 1.090.910.232,2821,1
1.064.177.061,211.049.965.474,05 -1,3 1.142.411.873,631.119.653.186,52-2,0
-
-
-
863.930.707,43
949.126.078,88
9,9
Minas Gerais (5)
5.424.101.166,54 9.703.767.400,00 78,9 5.945.736.896,7810.077.099.998,8169,5
Pará
1.424.065.154,121.661.577.115,55 16,7 1.594.131.861,021.880.019.533,5017,9
Paraíba
Paraná
Pernambuco
Piauí
Rio de Janeiro
Rio Grande do Norte
Rio Grande do Sul 832.555.796,36838.537.898,01 0,7 853.361.352,57861.084.733,45
0,9
2.946.615,49
1.147.298,77-61,1 2.325.342.088,792.507.554.590,237,8
158.100.830,19 168.381.689,84 6,5 1.989.708.292,122.184.447.091,249,8
7.004.390,46
6.392.641.668,00
3.576.200,97 -48,9
7.051.960.565,78
10,3
94.542.444,68
7.032.863.045,44
59.023.864,49-37,6
7.717.784.433,78
9,7
261.552.624,07
273.001.548,33
4,4
707.732.558,42
747.136.281,78
5,6
2.151.207.406,37
2.642.116.906,79
22,8
2.554.210.210,03
3.003.943.900,69
17,6
Rondônia 196.495.196,51284.802.501,6144,9 825.207.375,51931.295.327,17
12,9
Roraima
165.317.747,30226.144.055,6136,8 183.086.059,74244.267.184,56
33,4
Santa Catarina
1.440.702.061,631.814.657.887,98 26,0 1.562.420.728,661.973.516.032,8926,3
São Paulo 1.059.593.812,61
1.127.484.130,54
6,4
9.272.491.356,52 10.386.741.965,77
12,0
Sergipe
303.312.867,72315.178.576,16 3,9 700.049.749,24740.953.856,49
5,8
Tocantins 534.702.294,81547.529.192,00 2,4 588.481.151,56582.988.300,89
-0,9
Conclusão
(3) No ano de 2013, o Estado do
Maranhão declarou a subfunção
"Previdência do Regime Estatutário"
na Função Segurança Pública no valor
de R$791.984,85. O total da função
segurança pública, sem as despesas
previdenciárias, é de R$ 900.380.157,63.
(4) No ano de 2014, o Estado do
Maranhão declarou a subfunção
"Previdência do Regime Estatutário"
na Função Segurança Pública no valor
de R$1.445.318,27. O total da função
segurança pública, sem as despesas
previdenciárias, é de R$1.089.464.914,01.
A variação entre 2013 e 2014 é de 21,0%.
(5) No ano de 2014, o Estado de
Minas Gerais declarou a subfunção
"Previdência do Regime Estatutário" na
Função Segurança Pública no valor de
R$3.033.395.447,52. O total da função,
sem as despesas previdenciárias, é de
R$7.043.704.551,29. A variação entre
2013 e 2014 é de 18,5%.
(6) A variação das despesas declaradas na
função segurança pública, excetuando
as despesas previdênciárias do regime
estatutário declaradas por Maranhão e
Minas Gerais, é de 11,8%.
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53
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TABELA 21 · Participação das despesas realizadas com a
Função Segurança Pública no total das despesas realizadas
União e Unidades da Federação – 2011-2014
em porcentagem
União e Unidades
da Federação
União
201120122013 2014
0,4 0,40,4 0,5
Acre
7,7 7,77,7 7,8
Alagoas
12,4 12,314,1 13,0
Amapá
10,6 1,01,2 1,3
Amazonas
7,6 8,77,8 8,7
Bahia
9,510,0 9,1 9,4
Ceará
5,8 8,98,3 7,8
Distrito Federal
2,3
3,5
3,5
4,3
Espírito Santo
6,4
8,3
8,8
8,0
Goiás
9,3 8,6 8,610,1
Maranhão (1)
7,3 7,66,4 8,0
Mato Grosso
9,8
8,0
9,0
8,2
Mato Grosso do Sul
9,3
9,8
8,2
7,1
Minas Gerais (2)
Pará
13,6 9,1 9,413,3
9,9 9,9 9,610,1
Paraíba
10,6 10,410,5 9,2
Paraná
6,5 7,27,3 7,2
Pernambuco
10,3 9,08,2 7,4
Piauí
4,1 3,81,4 0,8
Rio de Janeiro
8,4
9,3
10,3
10,2
Rio Grande do Norte
8,2
9,6
7,7
7,4
Rio Grande do Sul
5,2
5,5
6,8
5,8
Rondônia
13,3 13,613,1 13,8
Roraima
5,9 5,64,7 8,8
Santa Catarina
São Paulo (3)
10,5
8,1
8,6
9,3
7,7 5,65,2 4,9
Sergipe
12,2 11,910,8 10,0
Tocantins
10,810,1 9,5 7,8
Conclusão
Fonte: Ministério da Fazenda/Secretaria do Tesouro Nacional – STN; Fórum Brasileiro de
Segurança Pública.
(1) Não há alteração na participação das despesas com a função segurança pública
em relação ao total das despesas realizadas pelo Estado excluindo-se os gastos
previdenciários.
(2) A participação das despesas realizadas na função segurança pública em 2014 no
Estado de Minas Gerais, excetuando-se as despesas previdenciárias, foi de 10,7%.
(3) A partir de 2012 as despesas intra-orçamentárias deixaram de ser contabilizadas na
função segurança pública.
54
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TABELA 22 · Despesa per capita realizada com a Função Segurança Pública
União e Unidades da Federação – 2011-2014
em reais correntes
União e Unidades
da Federação
Total
201120122013 2014
274,22272,12 286,17 332,21
União
36,1240,61 41,14 39,74
Acre
376,18 456,26 486,72
568,88
Alagoas
227,16 251,91 300,23
320,13
Amapá
445,47 55,32 70,57
80,07
Amazonas
228,56 288,66 290,33
350,15
Bahia
182,09 214,98 192,07
226,73
Ceará
113,02 171,56 166,24
192,19
Distrito Federal
120,05 210,91 229,75
284,46
Espírito Santo
227,20 259,31 277,82
310,78
Goiás
215,84 232,81 236,54
332,72
Maranhão (1)
107,49 127,08 132,49
159,24
Mato Grosso
346,98 335,88 357,96
347,25
Mato Grosso do Sul
354,32 395,42 332,88
362,31
Minas Gerais (2)
335,27 251,09 288,24
486,02
Pará
150,69 181,41 199,51
232,85
Paraíba
168,27 195,01 217,76
218,33
Paraná
152,74 193,09 210,98
226,28
Pernambuco
223,01 219,43 215,73
235,44
76,35 78,14 29,67
18,48
283,15 347,34 428,86
468,85
Piauí
Rio de Janeiro
Rio Grande do Norte
182,68 257,54 209,24
219,20
Rio Grande do Sul
175,09 204,87 228,43
268,04
Rondônia
458,64 486,29 476,10
532,62
Roraima
316,38 311,27 372,69
491,55
Santa Catarina
234,88 217,88 234,79
293,37
São Paulo (3)
294,75 206,25 211,85
235,87
Sergipe
324,55 369,05 317,98
333,83
Tocantins
374,80 387,55 396,90
389,47
Fonte: Ministério da Fazenda/Secretaria do Tesouro
Nacional – STN; Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística - IBGE; Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
(1) O cálculo da despesa per capita realizada na Função
Segurança Pública inclui as despesas previdenciárias
declaradas em 2013 e 2014.
(2) O cálculo da despesa per capita realizada na Função
Segurança Pública inclui as despesas previdenciárias
declaradas em 2014.
(3) A partir de 2012 as despesas intra-orçamentárias
deixaram de ser contabilizadas na função segurança
pública.
Conclusão
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55
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Taxa de
homicídio (1)
Variação
2013-2014
(%)
Variação
2013-2014
(%)
TABELA 23 · Despesas realizadas com a Função Segurança Pública e
taxas de homicídio
Unidades da Federação – 2013-2014
Unidades da
Federação
Despesas (em reais correntes)
Acre
379.432.632,20449.476.165,9918,5 25,5 24,2 -5,2
Alagoas
992.505.729,401.063.247.125,37
Amapá
2013
2014
2013
2014
7,1 65,2 61,9
-5,0
52.174.937,54 60.124.787,1215,2 30,6 31,0 1,4
Amazonas
1.110.056.857,121.356.403.847,60 22,2 23,9 24,1
1,0
Bahia
2.893.034.152,833.429.608.027,22 18,5 36,2 37,4
3,5
Ceará
1.462.619.520,011.699.603.997,50 16,2 47,9 48,6
1,3
Distrito Federal
643.489.871,12
811.397.786,55
26,1
25,3
24,1
-4,8
Espírito Santo
1.069.329.507,97
1.207.412.058,13
12,9
40,7
39,4
-3,4
Goiás
1.527.036.027,482.170.416.316,15 42,1 40,1 39,5
Maranhão
(2) (3)
Mato Grosso
Mato Grosso do Sul
901.172.142,481.090.910.232,28 21,1 23,9 28,5 19,1
1.142.411.873,63
1.119.653.186,52
863.930.707,43
949.126.078,88
-2,0
9,9
40,2
25,2
20,7
22,6
9,5
19,9
19,1
-4,0
5.945.736.896,7810.077.099.998,81
Pará
1.594.131.861,021.880.019.533,50 17,9 40,0 40,3
2.325.342.088,79
Pernambuco
1.989.708.292,122.184.447.091,24
Rio de Janeiro
Rio Grande do Norte
Rio Grande do Sul
Rondônia
Roraima
0,9
853.361.352,57861.084.733,45 0,9 38,2 37,5 -1,9
Paraná Piauí
69,5
32,1
Minas Gerais (4)
Paraíba
-1,7
2.507.554.590,23
7,8
23,4
22,7
-3,0
9,8 31,9 35,7 11,9
94.542.444,68 59.023.864,49-37,6 15,9 21,4 34,9
7.032.863.045,44
7.717.784.433,78
9,7
29,0
30,0
3,6
707.732.558,42
747.136.281,78
5,6
38,1
46,9
23,0
2.554.210.210,03
3.003.943.900,69
17,6
17,1
20,9
21,9
825.207.375,51931.295.327,1712,9 27,2 28,8 6,0
183.086.059,74244.267.184,5633,4 20,3 14,5-28,6
Santa Catarina
1.562.420.728,66
1.973.516.032,89
26,3
10,6
11,3
6,7
São Paulo
9.272.491.356,52 10.386.741.965,77
12,0
10,9
10,3
-5,3
Sergipe
700.049.749,24740.953.856,49 5,8 40,1 45,0 12,3
Tocantins
588.481.151,56582.988.300,89 -0,9 19,6 21,8 11,3
Conclusão
Fonte: Secretarias Estaduais de Segurança Pública e/ou Defesa Social; Ministério da Fazenda/Secretaria
do Tesouro Nacional - STN; Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE; Fórum Brasileiro de
Segurança Pública.
(1) Por 100 mil habitantes, com base no número de vítimas registrado.
(2) No ano de 2013, o Estado do Maranhão declarou a subfunção "Previdência do Regime Estatutário"
na Função Segurança Pública no valor de R$791.984,85. O total da função segurança pública, sem as
despesas previdenciárias, é de R$ 900.380.157,63.
(3) No ano de 2014, o Estado do Maranhão declarou a subfunção "Previdência do Regime Estatutário"
na Função Segurança Pública no valor de R$1.445.318,27. O total da função segurança pública, sem as
despesas previdenciárias, é de R$1.089.464.914,01. A variação entre 2013 e 2014 é de 21,0%.
(4) No ano de 2014, o Estado de Minas Gerais declarou a subfunção "Previdência do Regime
Estatutário" na Função Segurança Pública no valor de R$3.033.395.447,52. O total da função, sem as
despesas previdenciárias, é de R$7.043.704.551,29. A variação entre 2013 e 2014 é de 18,5%.
56
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TABELA 24 · Despesas realizadas com a Função Segurança Pública, por Subfunções
União – 2011-2014
Em reais constantes de 2014
Policiamento
Defesa Civil
Informação e
Inteligência
Demais
Subfunções
Total
2011
928.188.700,341.389.913.496,58 98.061.832,78
5.791.455.388,67 8.207.619.418,44
2012
1.599.965.168,841.680.755.058,21367.166.426,75
5.178.613.053,75 8.826.499.707,56
2013
1.751.220.387,791.503.817.570,22511.140.621,13
4.958.610.155,49 8.724.788.734,63
2014
1.305.451.000,001.121.168.000,00464.916.000,00
5.165.869.000,00 8.057.404.000,00
Em porcentagem
Policiamento
Defesa Civil
Informação e
Inteligência
Demais
Subfunções
Total
2011
11,3 16,91,2
70,6100,0
2012
18,1 19,04,2
58,7100,0
2013
20,1 17,25,9
56,8100,0
2014
16,2 13,95,8
64,1100,0
Conclusão
Fonte: Ministério da Fazenda/Secretaria do Tesouro Nacional – STN; Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Nota: Valores atualizados pelo IPCA até dez/2014.
Bilhões
gráfico 4 · Evolução das Despesas realizadas com a Função Segurança Pública, por Subfunções
União - 2011-2014
10,00
9,00
8,00
7,00
6,00
5,00
4,00
3,00
2,00
1,00
0,00
Policiamento
Defesa Civil
Informação e Inteligência
Demais Subfunções
Total
201120122013 2014
Fonte: Ministério da Fazenda/Secretaria do Tesouro Nacional – STN; Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Nota: Valores atualizados pelo IPCA até dez/2014.
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57
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TABELA 25 · Despesas realizadas com a Função Segurança Pública, por Subfunções
Unidades da Federação - 2011-2014
Em reais constantes de 2014
Policiamento
2011
Defesa Civil
Informação e
Inteligência
Demais
Subfunções (1)
Total
21.400.808.972,041.151.657.172,93 485.387.707,12 31.049.591.924,81 54.087.445.776,90
2012
18.070.647.454,861.197.551.736,39 618.781.823,16 30.422.963.647,46 50.309.944.661,87
2013
18.211.085.497,931.210.687.248,82 710.391.436,73 31.838.014.790,28 51.970.178.973,76
2014
19.219.482.610,351.115.306.217,82 724.087.252,11 38.246.360.624,77 59.305.236.705,05
Em porcentagem
Policiamento
2011
Defesa Civil
Informação e
Inteligência
Demais
Subfunções (1)
Total
39,7 2,10,9 57,3100,0
2012
35,9 2,41,2 60,5100,0
2013
35,0 2,31,4 61,3100,0
2014
32,4 1,91,2 64,5100,0
Conclusão
Fonte: Ministério da Fazenda/Secretaria do Tesouro Nacional – STN; Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
(1) Em alguns Estados, a subfunção "421 – Custódia e Reintegração Social" está incluída nesta agregação.
Nota: Valores atualizados pelo IPCA até dez/2014.
Bilhões
gráfico 5 · Evolução das Despesas realizadas com a Função Segurança Pública, por Subfunções
Unidades da Federação - 2011-2014
60,00
50,00
40,00
30,00
20,00
10,00
0,00
Policiamento
Defesa Civil
Informação e Inteligência
Demais Subfunções (1)
201120122013 2014
Fonte: Ministério da Fazenda/Secretaria do Tesouro Nacional – STN; Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
(1) Em alguns Estados, a subfunção "421 – Custódia e Reintegração Social" está incluída nesta agregação.
Nota: Valores atualizados pelo IPCA até dez/2014.
58
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Total
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TABELA 26 · Despesas realizadas com a Função Segurança Pública por
Ente Federativo e em relação ao PIB
União, Unidades da Federação e Municípios – 2013-2014
em reais correntes
2013
União
Unidades da Federação
Municípios
TOTAL
2014
8.270.903.209,92
8.057.404.000,00
49.266.559.130,29
59.305.236.705,05
3.595.887.568,90
3.900.289.605,73
61.133.349.909,11
71.262.930.310,78
1,26
1,29
% em relação ao PIB
Conclusão
Fonte: Ministério da Fazenda/Secretaria do Tesouro Nacional – STN;
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); Fórum Brasileiro de
Segurança Pública.
TABELA 27 · Despesas realizadas com Segurança Pública em
relação ao PIB e índices de Homicídio
Países selecionados
Países
% em relação ao PIB
Ns. Abs. de Homicídios (2)
Taxa de homicídio (2)
União Européia - 28 países
1,3
...
...
Espanha
1,5
302
0,6
França (1)
1,2
777
1,2
Reino Unido
Brasil
(1)
1,5
602
1,0
1,3
53.289
26,3
Conclusão
Fonte: Eurostat; UNODC; Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); Secretarias Estaduais de
Segurança Pública e/ou Defesa Social; Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
(...) Informação não disponível.
(1) Despesas com as subfunções police servies, fire protection services, R&D public order and safety e public
order and safety nec da Função Public Order and Safety.
(2) Os dados de homicídio da União Européia, Espanha, França e Reino Unido são de 2013; os dados do Brasil
referem-se ao ano de 2014.
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59
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Muitas dúvidas e
algumas certezas
Luis Flávio Sapori
A análise dos dados referentes às despesas
com a função segurança pública não nos permite
a afirmação de conclusões contundentes. A coleta
e sistematização dessas informações ainda carecem de padronização conceitual e de protocolos
consensuais entre os estados, União e municípios.
A principal evidência desse Anuário, por exemplo,
é a constatação de que, incluindo todos os entes
federados, houve crescimento de 16,5 % dos
gastos nacionais, com segurança pública em 2014
comparativamente ao ano anterior. Passamos de
pouco mais de sessenta e um bilhões de reais em
2013 para pouco mais de setenta e um bilhões de
reais em 2014. Em termos de participação desses
gastos em relação ao PIB, saltamos de 1,26 % para
1,29 %. Essa informação é relevante, mas diz pouco. Não se sabe com precisão se tal crescimento
dos gastos em segurança pública envolveu investimentos diretos nas estruturas físicas e logísticas das
polícias e na melhoria da formação e treinamento
profissional. Ou, se na verdade, resultou de melhorias salariais e pagamento de aposentadorias,
o que parece mais provável. O estado de Minas
Gerais é ilustrativo nesse sentido. Foi o estado que
apresentou a mais expressiva elevação percentual
de gastos na segurança pública em 2014, cerca de
69%. Mas isso se deu porque Minas Gerais incluiu
gastos previdenciários na Função Segurança Pública no valor de três bilhões de reais, procedimento
não adotado por outros estados.
60
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Esse dado de Minas Gerais reforça a principal hipótese explicativa para o crescimento dos
gastos em segurança pública no Brasil em anos
recentes: os estados estão gastando cada vez
mais com salários e aposentadorias de policiais.
Em sendo assim, os investimentos nas condições
de trabalho das organizações policiais, em termos
de capacitação, armamentos, viaturas e equipamentos diversos, possivelmente não estão caminhando no mesmo sentido.
Outro questionamento frequente nessa
questão é a seguinte: afinal de contas, o Brasil gasta muito ou gasta pouco em segurança
pública? Os dados disponibilizados pelo Anuário nos permitem afirmar que gastamos pouco
diante da magnitude do problema que enfrentamos. Em termos comparativos, alocamos na
segurança pública praticamente o mesmo percentual do PIB (1,29 %) do verificado nos países europeus (1,3 %). Entretanto, tais países
possuem taxas de homicídios quase 30 vezes
inferiores à taxa brasileira. Em outras palavras,
o Brasil gasta anualmente com segurança pública percentagem da riqueza gerada pelo país
similar à observada nos países da comunidade
europeia, sendo que a incidência da violência
aqui é muito superior à existente lá. A título
de informação complementar, o gasto em saúde
pública no Brasil corresponde a 3,4 % do PIB e
o gasto em educação está no patamar de 6,1
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% do PIB. Conclui-se, portanto, que das áreas
sociais mais reclamadas pelos brasileiros, a segurança pública persiste como a menos prestigiada
pelos gastos governamentais.
Não se deve ignorar, por outro lado, que a capacidade de gestão eficiente dos recursos financeiros por parte das secretarias estaduais e municipais
de segurança pública é limitada. Há deficiência de
equipes técnicas qualificadas em planejamento e
execução de projetos. Não é incomum a Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério
da Justiça – SENASP/MJ receber a devolução de
recursos federais por absoluta incapacidade de
execução dos entes federados. Em suma, gasta-se
pouco e mal na segurança pública em nosso país.
Merece destaque outro dado do Anuário: a
União persiste como ente federativo que pouco
investe em segurança pública. Em 2014, restrin-
giu-se a míseros oito bilhões de reais, muito abaixo dos gastos estaduais, em torno de 59 bilhões
de reais. Esse valor corresponde a apenas 11%
do total de despesas realizadas por todos os entes federados em segurança pública no ano passado. E para piorar a situação, houve redução
de 2,6 % dos gastos federais em comparação
a 2013. Os municípios, por sua vez, continuam
dando modesta contribuição, mantendo-se no
patamar de 5,5 % do total de despesas realizadas em segurança pública em 2014.
Como desfecho da análise, é inevitável afirmar a conclusão de que o financiamento da segurança pública persiste como sério gargalo do
setor no país. Sem o aporte de mais recursos para
as polícias, para o sistema prisional e para a prevenção social, a tarefa de redução da violência
fica cada vez mais difícil.
Luis Flávio Sapori é Secretário Municipal de
Segurança Pública em Betim e professor da
PUC Minas.
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61
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população carcerária
TABELA 28 · Presos nos Sistemas Penitenciários e sob Custódia das Polícias
Brasil e Unidades da Federação – 2013-2014
Custódia das Polícias
Sistema Penitenciário
Brasil e Unidades da
Federação
Ns. Absolutos
Taxas (1)
Ns. Absolutos
Total
Taxas (1)
Ns. Absolutos
Taxas (1)
2013 201420132014 2013 201420132014 2013 201420132014
Brasil
537.790579.423 378,2 401,0 36.237 27.950 25,5
19,3574.027607.373 403,6420,3
Acre
3.8173.488
824,8733,3
Alagoas
4.5365.423
212,0249,6 439 36220,5 16,74.9755.785232,5
266,3
...
... ...
...3.8173.488824,8
733,3
Amapá
2.2322.654
511,6588,1
...
... ...
...2.2322.654511,6
588,1
Amazonas
7.4077.378319,2309,21.350
77 58,2
3,2 8.757 7.455377,4
312,4
Bahia
11.80811.836113,4 112,1 4.058 3.563 39,0 33,815.86615.399152,3
145,9
Ceará
18.46620.416309,5 336,6 779 1.373 13,1 22,619.24521.789322,6
359,2
Distrito Federal
12.06713.269597,8 637,6 143 902 7,1 43,312.21014.171604,9
680,9
Espírito Santo
14.88316.234538,3 576,2
...
...
...
...14.88316.234538,3
576,2
Goiás
12.07413.244264,3 283,9
...
...
...
...12.07413.244264,3
283,9
Maranhão
4.9214.530116,3105,31.5781.568 37,3 36,5 6.499 6.098153,6
141,8
Mato Grosso
11.30310.357514,7 462,0
Mato Grosso do Sul
12.004
Minas Gerais
48.14356.236321,2 370,0 6.171 5.050 41,2 33,254.31461.286362,4
403,3
Pará
11.40112.604226,7 244,9 796 664 15,8 12,912.19713.268242,5
257,8
Paraíba
14.203
667,1
...
774,2
...
712
8.9589.596
331,9350,7
701
...
...
39,6
... ...
...11.30310.357514,7
462,0
38,2
12.716
14.904
706,7
812,4
...8.9589.596331,9
350,7
Paraná
17.15019.511215,5 241,510.450 9.191131,3 113,827.60028.702346,9355,3
Pernambuco
30.89431.510489,1 491,5
Piauí
Rio de Janeiro
2.9553.224
138,1149,0
...30.89431.510489,1
491,5
... ...
...2.9553.224138,1
149,0
271,4
320,0
3.182
...
26,2
...
36.126
39.321
297,7
320,0
4.696
7.047
200,6
295,8
1.216
34
52,0
1,4
5.912
7.081
252,6
297,2
28.743
28.059
344,6
332,9
...
...
28.743
28.059
344,6
332,9
Roraima
São Paulo ...
...
39.321
Rondônia
Santa Catarina
...
32.944
Rio Grande do Norte
Rio Grande do Sul
...
...
...
7.7207.631
661,5640,0
...
... ...
1.5281.605
518,6528,8
...
17.42317.914357,1 359,5 160
202.747 214.843
630,4
658,2
4.700
5 ... 1,61.5281.610518,6
530,4
... 3,3
4.210
Sergipe
4.5974.057
311,3269,3
Tocantins
2.3733.233
245,5327,3 503
...7.7207.631661,5
640,0
14,6
...17.58317.914360,4
359,5
12,9
207.447
219.053
645,0
671,1
... 250 ... 16,64.5974.307311,3
285,9
...52,0
...2.8763.233297,6
327,3
Conclusão
Fonte: Ministério da Justiça/Departamento Penitenciário Nacional – Depen; Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE;
Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Referências: jun./2013 e jun./2014.
(1) Por 100 mil habitantes com mais de 18 anos. Para o cálculo da população maior de 18 anos, foi considerada a projeção
populacional por grupo etário do IBGE para os anos de 2013 e 2014, e a estimativa por idade simples de 2012.
(...) Informação não disponível.
62
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63
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TABELA 29 · Presos no Sistema Penitenciário: Condenados, sob Medida de Segurança e Provisórios
Brasil e Unidades da Federação – 2013-2014
Condenados
Regime
Fechado
Brasil e Unidades da
Federação
Regime
Aberto
Regime
Semi-Aberto
Medida de
Segurança
Internação
Total
Medida de
Segurança
Tratamento
2013 201420132014 2013 201420132014 2013 201420132014
Brasil
223.798
249.70177.48889.63916.95415.036 318.240
354.376 3.126 2.497
785
360
Acre
1.881
2.186669624 4 2 2.554
2.812 9 3 3 2
Alagoas
1.0961.2271.0231.174 723 904 2.8423.305 50
Amapá
39
-
-
900
1.126406660 1836 1.324
1.822 4 17 3 1
Amazonas
1.342
1.662727880409653 2.478
3.195 21 4 2
Bahia
3.3913.2212.1052.037
38 36 5.5345.294 31
49
-
-
Ceará
4.2224.6212.3453.4053.4492.695 10.016
10.721 40
81
72
28
Distrito Federal
5.2186.1984.0373.322
-
79
58
-
Espírito Santo
5.2426.0252.5382.927
29 28 7.8098.980 41
63
-
2
Goiás
4.2834.5391.9711.741 553 494 6.8076.774
29
-
1
Maranhão
1.247
1.231806720 2995 2.082
2.046 - 1 1
-
Mato Grosso
4.2484.1471.162 671
1
Mato Grosso do Sul
Minas Gerais
6.597
7.181
1.535
1.987
1
- 9.2569.520
7
70 49 5.4804.867 25
749
1.412
8.881 10.580
27
22
-
24
2
15
-
10
13.66419.6425.0287.836 4981.184 19.190
28.662 146 174
Pará
4.4115.3601.4881.338
-
-
Paraíba
3.7264.2701.1811.118 551 553 5.4585.941 91
44
-
40
Paraná
8.69911.0462.6533.1282.569 29 13.921
14.203 376 327
-
1
Pernambuco
5.6599.0903.2873.7182.212 87 11.158
12.895 503
-
-
Piauí
Rio de Janeiro
10.705
12.209
7.835
8.613
403
250
2.224
3.128
696
945
476
565
13.903
10.171
5.521
6.265
1.216
1.758
Rondônia
18.943 21.072
-
91
55
-
163
47
44
33
38
20.640 18.194
249
62
175
30
382401399163213234 994798 -
Santa Catarina
6.9647.4733.5673.8661.9701.948 12.501
13.287 110
107.039117.12923.83430.480
Sergipe
Tocantins
1.050955796129
-
-
4.638
3.396
4.2433.4011.3741.142 6101.807 6.2276.350 37
Roraima
São Paulo (1)
- 5.9266.698 127 123
56172828733211494 962
1.154 20 21 1
Rio Grande do Norte
Rio Grande do Sul
27
-
14
-
-
94
33 130.873
147.642 1.008 1.076
15
-
-
-
1
419
12
-57 1.846
1.141 51 40 15
-
901
1.334218418 2333 1.142
1.785 15 12 1
-
Continua
Fonte: Ministério da Justiça/Departamento Penitenciário Nacional – Depen; Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Referências: jun./2013 e jun./2014.
(...) Informação não disponível.
(-) Fenômeno inexistente.
(1) Os dados do Estado de São Paulo foram coletados no website da Secretaria de Administração Penitenciária, que não
preencheu o questionário do Infopen.
64
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Brasil e Unidades da
Federação
Provisórios
Total
2013 201420132014
Brasil
215.639 222.190
537.790579.423
Acre
1.251 671
3.8173.488
Alagoas
1.644 2.079
4.5365.423
Amapá
901 814
2.2322.654
Amazonas
4.906 4.179
7.4077.378
Bahia
6.243 6.493
11.80811.836
Ceará
8.338 9.586
18.46620.416
Distrito Federal
2.753
3.670
12.067 13.269
Espírito Santo
7.033
7.189
14.883 16.234
Goiás
5.260 6.440
Maranhão
2.838 2.483
Mato Grosso
5.798
Mato Grosso do Sul
Minas Gerais
12.07413.244
4.9214.530
5.467
11.303 10.357
3.094
3.584
12.004 14.203
28.807
27.390
48.143 56.236
Pará
5.348 5.783
11.40112.604
Paraíba
3.409 3.571
8.9589.596
2.853 4.980
17.15019.511
19.233 18.615
30.89431.510
Paraná
Pernambuco
Piauí
Rio de Janeiro
1.972 2.049
13.910
18.031
Rio Grande do Norte
1.220
2.327
Rio Grande do Sul
7.679
9.773
Rondônia
1.456 1.252
Roraima
Santa Catarina
São Paulo (1)
534 807
4.812
2.9553.224
32.944 39.321
4.696
7.047
28.743 28.059
7.7207.631
1.5281.605
4.532
17.423 17.914
70.447 66.113
202.747214.843
Sergipe
2.685 2.876
4.5974.057
Tocantins
1.215 1.436
2.3733.233
Conclusão
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65
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TABELA 30 · Distribuição dos presos no Sistema Penitenciário, por situação prisional
Brasil e Unidades da Federação – 2013-2014
em porcentagem
Brasil e Unidades da
Federação
Condenados
2013
Brasil 59,2
Sob Medida de Segurança
2014
2013
61,2
Provisórios
2014
0,7
2013
0,5
40,1
2014
38,3
Acre
66,980,6
0,3
0,1 32,8 19,2
Alagoas
62,760,9
1,1
0,7 36,2 38,3
Amapá
59,368,7
0,3
0,7 40,4 30,7
Amazonas
33,543,3
0,3
0,1 66,2 56,6
Bahia
46,944,7
0,3
0,4 52,9 54,9
Ceará
54,252,5
0,6
0,5 45,2 47,0
Distrito Federal
76,7
71,7
0,5
0,6
22,8
27,7
Espírito Santo
52,5
55,3
0,3
0,4
47,3
44,3
Goiás
56,451,1
0,1
0,2 43,6 48,6
Maranhão
42,345,2
0,0
0,0 57,7 54,8
Mato Grosso
48,5
47,0
0,2
0,2
51,3
52,8
Mato Grosso do Sul
74,0
74,5
0,2
0,3
25,8
25,2
Minas Gerais
39,9
51,0
0,3
0,3
59,8
48,7
Pará
52,053,1
1,1
1,0 46,9 45,9
Paraíba
60,961,9
1,0
0,9 38,1 37,2
Paraná
81,272,8
2,2
1,7 16,6 25,5
Pernambuco
36,140,9
1,6
- 62,3 59,1
Piauí
32,635,8
0,7
0,7 66,7 63,6
Rio de Janeiro
57,5
53,6
0,3
0,6
42,2
45,9
Rio Grande do Norte
72,3
65,8
1,7
1,2
26,0
33,0
Rio Grande do Sul
71,8
64,8
1,5
0,3
26,7
34,8
Rondônia
80,783,2
0,5
0,4 18,9 16,4
Roraima
65,149,7
Santa Catarina
71,7
74,2
São Paulo
64,5
68,7
Sergipe
40,228,1
Tocantins
48,155,2
0,7
0,4 51,2 44,4
-
0,6
- 34,9 50,3
0,5
27,6
25,3
0,7
0,5
34,7
30,8
1,4
1,0 58,4 70,9
Conclusão
Fonte: Ministério da Justiça/Departamento Penitenciário Nacional – Depen; Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Referências: jun./2013 e jun./2014.
(...) Informação não disponível.
(-) Fenômeno inexistente.
66
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TABELA 31 · Presos no Sistema Penitenciário, por sexo
Brasil e Unidades da Federação – 2013-2014
Mulheres
Homens
Brasil e Unidades da
Federação
Brasil 2013
Ns.
Absolutos
%
2014
Ns.
Absolutos
2013
%
Ns.
Absolutos
%
2014
Ns.
Absolutos
Total
%
2013
505.133 93,9
542.043 93,532.657 6,137.380 6,5
2014
537.790 579.423
Acre
3.636
95,3
3.316
95,1181
4,7172
4,9
3.817 3.488
Alagoas
4.255
93,8
5.086
93,8281
6,2337
6,2
4.536 5.423
Amapá
2.119
94,9
2.542
95,8113
5,1112
4,2
2.232 2.654
6.753
91,2
6.850
92,8654
8,8528
7,2
7.407 7.378
Amazonas
Bahia
11.147
94,4
11.249
95,0661
5,6587
5,0 11.80811.836
Ceará
17.621
95,4
19.550
95,8845
4,6866
4,2 18.46620.416
Distrito Federal
11.392
94,4
12.600
95,0675
5,6669
5,0 12.06713.269
Espírito Santo
13.70592,1
15.05492,71.1787,91.180 7,3
Goiás
11.495
95,2
12.560
94,8579
4,8684
5,2 12.07413.244
Maranhão
4.672
94,9
4.301
94,9249
5,1229
5,1
14.883 16.234
4.921 4.530
Mato Grosso
10.553
93,4
9.861
95,2750
6,6496
4,8 11.30310.357
Mato Grosso do Sul
10.814
Minas Gerais
45.44094,4
53.16694,52.7035,63.070 5,5
Pará
10.685
93,7
11.909
94,5716
6,3695
5,5 11.40112.604
Paraíba
90,1
12.961
91,3
1.190
9,9
1.242
8,7
8.395
93,7
9.076
94,6563
6,3520
5,4
12.004
14.203
48.143 56.236
8.958 9.596
Paraná
16.343
95,3
18.613
95,4807
4,7898
4,6 17.15019.511
Pernambuco
28.86693,4
29.68594,22.0286,61.825 5,8
Piauí
Rio de Janeiro
Rio Grande do Norte
Rio Grande do Sul
2.807
95,0
3.025
93,8148
5,0199
6,2
31.204
94,7
35.182
89,5
4.365
26.853
1.740
5,3
93,0
6.609
93,4
26.445
93,8
331
94,2
1.890
30.894 31.510
2.955 3.224
4.139
10,5
32.944
39.321
7,0
438
6,2
4.696
7.047
6,6
1.614
5,8
28.743
28.059
Rondônia
7.074
91,6
7.233
94,8646
8,4398
5,2
7.720 7.631
Roraima
1.385
90,6
1.464
91,2143
9,4141
8,8
1.528 1.605
Santa Catarina
São Paulo (1)
15.97591,7
16.78593,71.4488,31.129 6,3
190.986 94,2
200.033 93,111.761 5,814.810 6,9
17.423 17.914
202.747 214.843
Sergipe
4.326
94,1
3.804
93,8271
5,9253
6,2
4.597 4.057
Tocantins
2.267
95,5
3.084
95,4106
4,5149
4,6
2.373 3.233
Conclusão
Fonte: Ministério da Justiça/Departamento Penitenciário Nacional – Depen; Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Referências: jun./2013 e jun./2014.
(1) Os dados do Estado de São Paulo foram coletados no website da Secretaria de Administração Penitenciária, que
não preencheu o questionário do Infopen.
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67
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TABELA 32 · Presos no Sistema Penitenciário, vagas existentes,
razão entre presos e vagas e déficit/superávit de vagas
Brasil e Unidades da Federação – 2013-2014
Brasil e Unidades da
Federação
Brasil
Presos
Vagas
existentes
Razão presos/
vagas
2013
2014
2013
2014
2013
2014
537.790
579.423
317.733
375.892
1,7
1,5
déficit/superávit
de vagas
2013
2014
-220.057 -203.531
Acre
3.817
3.488
1.858
2.258
2,1
1,5
-1.959
-1.230
Alagoas
4.536
5.423
1.575
2.589
2,9
2,1
-2.961
-2.834
Amapá
2.232
2.654
850
1.898
2,6
1,4
-1.382
-756
Amazonas
7.407
7.378
3.291
3.385
2,3
2,2
-4.116
-3.993
Bahia
11.808
11.836
8.359
8.321
1,4
1,4
-3.449
-3.515
Ceará
18.466
20.416
11.264
11.790
1,6
1,7
-7.202
-8.626
Distrito Federal
12.067
13.269
6.513
6.605
1,9
2,0
-5.554
-6.664
Espírito Santo
14.883
16.234
11.586
12.905
1,3
1,3
-3.297
-3.329
Goiás
12.074
13.244
7.780
8.491
1,6
1,6
-4.294
-4.753
Maranhão
4.921
4.530
2.615
5.049
1,9
0,9
-2.306
519
Mato Grosso
11.303
10.357
5.918
8.264
1,9
1,3
-5.385
-2.093
Mato Grosso do Sul
12.004
14.203
6.701
6.902
1,8
2,1
-5.303
-7.301
Minas Gerais
48.143
56.236
31.634
37.323
1,5
1,5
-16.509
-18.913
Pará
11.401
12.604
7.283
9.021
1,6
1,4
-4.118
-3.583
Paraíba
8.958
9.596
5.391
6.298
1,7
1,5
-3.567
-3.298
Paraná
17.150
19.511
14.913
19.300
1,2
1,0
-2.237
-211
Pernambuco
30.894
31.510
11.557
11.894
2,7
2,6
-19.337
-19.616
Piauí
2.955
3.224
2.238
1.718
1,3
1,9
-717
-1.506
Rio de Janeiro
32.944
39.321
25.558
28.230
1,3
1,4
-7.386
-11.091
Rio Grande do Norte
4.696
7.047
3.946
4.502
1,2
1,6
-750
-2.545
Rio Grande do Sul
28.743
28.059
21.425
23.165
1,3
1,2
-7.318
-4.894
Rondônia
7.720
7.631
4.928
5.996
1,6
1,3
-2.792
-1.635
Roraima
1.528
1.605
1.140
1.080
1,3
1,5
-388
-525
Santa Catarina
17.423
17.914
9.973
13.596
1,7
1,3
-7.450
-4.318
São Paulo (1)
202.747
214.843
105.384
130.449
1,9
1,6
-97.363
-84.394
Sergipe
4.597
4.057
2.265
2.579
2,0
1,6
-2.332
-1.478
Tocantins
2.373
3.233
1.788
2.284
1,3
1,4
-585
-949
Conclusão
Fonte: Ministério da Justiça/Departamento Penitenciário Nacional – Depen; Fórum
Brasileiro de Segurança Pública. Referências: jun./2013 e jun./2014.
(1) Os dados do Estado de São Paulo foram coletados no website da Secretaria de
Administração Penitenciária, que não preencheu o questionário do Infopen.
68
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69
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TABELA 33 · Perfil dos apenados no Sistema Penitenciário, por tempo total das penas
Brasil e Unidades da Federação – 2013-2014
Brasil
% (1)
2013
% (1)
2014
% (1)
Ns.
Absolutos
% (1)
Mais de 8 até 15 anos
2014
Ns.
Absolutos
% (1)
2013
Ns.
Absolutos
2014
Ns.
Absolutos
Ns.
Absolutos
2013
Brasil e Unidades da
Federação
Mais de 4 até 8 anos
Ns.
Absolutos
Até 4 anos
% (1)
53.069
18,3
35.980
26,7
87.240
30,0
34.571
25,7
72.219
24,9
30.936
23,0
Acre
184
12,8
251
13,9
582
40,6
523
28,9
380
26,5
582
32,2
Alagoas
354
12,2
407
13,1
784
27,1
889
28,5
813
28,1
864
27,7
Amapá
400
30,1
87
6,2
418
31,5
386
27,4
238
17,9
488
34,7
Amazonas
202
9,5
1.056
29,6
968
45,5
1.027
28,8
592
27,8
1.055
29,5
Bahia
850
15,9
526
9,9
1.713
32,1
1.701
32,1
1.345
25,2
1.302
24,6
Ceará
645
11,0
320
13,9
1.457
24,9
1.016
44,1
1.667
28,5
651
28,2
Distrito Federal
923
11,7
1.003
11,3
2.218
28,1
2.580
29,2
2.059
26,1
2.292
25,9
Espírito Santo
1.412
19,6
1.048
14,2
2.321
32,1
2.182
29,5
2.042
28,3
2.122
28,7
Goiás
1.042
15,3
627
21,6
1.845
27,1
810
28,0
1.941
28,5
699
24,1
Maranhão
441
18,9
810
40,0
767
32,9
405
20,0
655
28,1
334
16,5
Mato Grosso
1.190
21,7
1.822
47,5
1.637
29,9
776
20,2
1.351
24,7
669
17,4
Mato Grosso do Sul
1.460
17,1
1.454
15,5
2.635
30,9
2.862
30,6
2.206
25,9
2.417
25,8
Minas Gerais
7.555
39,1
7.017
39,0
4.077
21,1
4.123
22,9
4.205
21,7
3.728
20,7
Pará
400
6,6
757
11,7
2.121
35,1
2.040
31,6
1.831
30,3
1.882
29,2
Paraíba
922
18,8
772
18,0
1.525
31,1
1.215
28,4
1.151
23,5
1.123
26,2
Paraná
4.795
33,5
4.627
40,7
4.030
28,2
2.776
24,4
2.825
19,8
1.970
17,3
Pernambuco
2.959
26,9
205
18,9
2.703
24,6
214
19,8
2.469
22,4
423
39,1
Piauí
Rio de Janeiro
158
16,3
160
18,1
287
29,6
267
30,3
289
29,9
232
26,3
1.454
15,2
353
26,0
3.047
31,9
393
28,9
2.372
24,8
253
18,6
787
22,6
798
30,0
1.073
30,8
770
28,9
840
24,1
505
19,0
...
...
9.223
40,6
3.248
21,3
4.258
18,7
4.282
28,0
3.299
14,5
919
18,8
571
17,4
1.780
36,4
796
24,3
1.155
23,6
1.108
33,8
Rio Grande do Norte
Rio Grande do Sul
Rondônia
Roraima
Santa Catarina
São Paulo
77
7,5
79
16,5
338
33,1
97
20,3
329
32,3
86
18,0
3.087
25,3
1.626
19,3
3.498
28,6
2.100
24,9
3.143
25,7
2.355
28,0
20.414
16,0
...
...
41.152
32,3
...
...
31.257
24,6
...
...
Sergipe
229
12,2
136
14,0
700
37,3
198
20,3
454
24,2
320
32,9
Tocantins
210
18,1
245
34,9
316
27,3
167
23,8
328
28,3
177
(2)
25,2
Continua
Fonte: Ministério da Justiça/Departamento Penitenciário Nacional – Depen; Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Referências: jun./2013 e jun./2014.
(...) Informação não disponível.
(1) Sobre o total da população carcerária para a qual esta informação está disponível.
(2) Os dados do Estado de São Paulo foram coletados no website da Secretaria de Administração Penitenciária, que não
preencheu o questionário do Infopen.
70
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Brasil
36.009
12,4
13.442
% (1)
10,0
26.827
% (1)
Ns.
Absolutos
Ns.
Absolutos
% (1)
2014
9,2
10.947
2013
% (1)
8,1
Total informado
2014
% (1)
15.166
5,2
Ns.
Absolutos
2013
2014
Mais de 30 anos
Ns.
Absolutos
2013
Ns.
Absolutos
Mais de 20 até 30 anos
Ns.
Absolutos
Brasil e Unidades da
Federação
Mais de 15 até 20 anos
8.662
% (1)
2013
6,4 290.530
Sem informação
2014
2013
2014
134.538
247.260
444.885
Acre
123
8,6
265
14,7
96
6,7
121
6,7
69
4,8
66
3,7
1.434
1.808
2.383
1.680
Alagoas
448
15,5
440
14,1
357
12,3
351
11,3
136
4,7
167
5,4
2.892
3.118
1.644
2.305
Amapá
101
7,6
143
10,2
127
9,6
200
14,2
44
3,3
104
7,4
1.328
1.408
904
1.246
Amazonas
185
8,7
231
6,5
132
6,2
130
3,6
47
2,2
73
2,0
2.126
3.572
5.281
3.806
Bahia
901
16,9
909
17,2
376
7,0
555
10,5
157
2,9
301
5,7
5.342
5.294
6.466
6.542
Ceará
1.093
18,7
155
6,7
735
12,6
123
5,3
244
4,2
41
1,8
5.841
2.306
12.625
18.110
Distrito Federal
844
10,7
937
10,6
981
12,4
1.079
12,2
858
10,9
953
10,8
7.883
8.844
4.184
4.425
Espírito Santo
647
9,0
918
12,4
550
7,6
730
9,9
248
3,4
393
5,3
7.220
7.393
7.663
8.841
1.077
15,8
364
12,6
622
9,1
251
8,7
287
4,2
147
5,1
6.814
2.898
5.260
10.346
Maranhão
243
10,4
254
12,5
172
7,4
134
6,6
53
2,3
90
4,4
2.331
2.027
2.590
2.503
Mato Grosso
651
11,9
315
8,2
475
8,7
176
4,6
176
3,2
80
2,1
5.480
3.838
5.823
6.519
Goiás
Mato Grosso do Sul
883
10,4
933
10,0
818
9,6
901
9,6
516
6,1
794
8,5
8.518
9.361
3.486
4.842
1.391
7,2
1.300
7,2
1.326
6,9
1.126
6,3
782
4,0
715
4,0
19.336
18.009
28.807
38.227
Pará
813
13,4
879
13,6
576
9,5
605
9,4
306
5,1
289
4,5
6.047
6.452
5.354
6.152
Paraíba
686
14,0
495
11,6
395
8,1
401
9,4
223
4,5
274
6,4
4.902
4.280
4.056
5.316
Paraná
1.259
8,8
1.052
9,3
946
6,6
648
5,7
442
3,1
294
2,6
14.297
11.367
2.853
8.144
Pernambuco
1.430
13,0
115
10,6
913
8,3
77
7,1
524
4,8
49
4,5
10.998
1.083
19.896
30.427
Piauí
122
12,6
105
11,9
85
8,8
86
9,8
27
2,8
32
3,6
968
882
1.987
2.342
Rio de Janeiro
810
8,5
181
13,3
918
9,6
75
5,5
956
10,0
104
7,7
9.557
1.359
23.387
37.962
Minas Gerais
Rio Grande do Norte
Rio Grande do Sul
Rondônia
Roraima
Santa Catarina
São Paulo
467
13,4
293
11,0
220
6,3
204
7,7
99
2,8
91
3,4
3.486
2.661
1.210
4.386
4.244
27,8
1.503
6,6
3.399
22,3
1.735
7,6
99
0,6
2.703
11,9
15.272
22.721
13.471
5.338
508
10,4
392
12,0
305
6,2
198
6,0
227
4,6
213
6,5
4.894
3.278
2.826
4.353
120
11,8
106
22,1
102
10,0
60
12,5
54
5,3
51
10,6
1.020
479
508
1.126
1.146
9,4
959
11,4
836
6,8
829
9,8
515
4,2
555
6,6
12.225
8.424
5.198
9.490
15.482
12,2
...
...
11.069
8,7
...
...
7.909
6,2
...
...
127.283
...
75.464
214.843
Sergipe
185
9,9
129
13,3
196
10,4
121
12,4
114
6,1
69
7,1
1.878
973
2.719
3.084
Tocantins
150
13,0
69
9,8
100
8,6
31
4,4
54
4,7
14
2,0
1.158
703
1.215
(2)
2.530
Conclusão
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71
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TABELA 34 · Perfil dos presos no Sistema Penitenciário, por faixa etária
Brasil e Unidades da Federação – 2013-2014
Brasil
148.674
30,1
Acre
1.578
40,9
Alagoas
1.623
35,8
Amapá
79.890
2014
% (1)
31,1 124.981
25,3
813
37,9
1.069
1.689
31,1
1.193
2013
% (1)
2014
% (1)
65.061
25,3
95.606
19,3
27,7
488
22,8
609
26,3
1.457
26,9
717
Ns.
absolutos
% (1)
30 a 34 anos
Ns.
absolutos
% (1)
2013
Ns.
absolutos
2014
Ns.
absolutos
Ns.
absolutos
2013
Brasil e Unidades da
Federação
25 a 29 anos
Ns.
absolutos
18 a 24 anos
% (1)
47.326
18,4
15,8
374
17,5
15,8
1.029
19,0
949
41,4
713
28,5
656
28,6
834
33,3
289
12,6
384
15,3
Amazonas
2.370
37,3
2.482
40,5
1.748
27,5
1.666
27,2
1.170
18,4
998
16,3
Bahia
3.895
36,7
3.166
32,0
3.016
28,4
2.671
27,0
1.897
17,9
1.787
18,0
Ceará
3.951
27,5
4.812
29,7
3.438
23,9
3.876
23,9
2.802
19,5
2.880
17,8
Distrito Federal
3.370
28,0
3.819
28,9
3.052
25,3
3.304
25,0
2.600
21,6
2.696
20,4
Espírito Santo
5.628
39,6
5.483
36,5
3.541
24,9
3.700
24,6
2.159
15,2
2.536
16,9
Goiás
3.446
28,5
2.933
32,1
3.579
29,6
2.634
28,8
2.480
20,5
1.749
19,2
Maranhão
1.670
34,1
1.013
38,9
1.333
27,2
732
28,1
956
19,5
423
16,2
Mato Grosso
3.393
30,0
2.754
32,6
2.963
26,2
2.257
26,7
2.210
19,6
1.576
18,6
Mato Grosso do Sul
2.985
24,9
3.125
24,0
2.925
24,4
3.113
23,9
2.368
19,7
2.572
19,7
15.270
31,8
13.342
31,8
11.613
24,2
10.381
24,7
9.214
19,2
7.628
18,2
Pará
4.192
37,0
4.281
37,8
3.050
26,9
3.119
27,5
1.998
17,6
2.044
18,0
Paraíba
2.507
30,5
1.823
29,6
2.235
27,2
1.723
28,0
1.628
19,8
1.173
19,1
Paraná
4.664
27,2
5.447
29,3
4.299
25,1
4.672
25,2
3.310
19,3
3.586
19,3
Pernambuco
9.647
31,4
2.599
36,0
7.855
25,6
2.141
29,6
5.633
18,3
987
13,7
Minas Gerais
Piauí
813
27,5
605
28,3
835
28,3
599
28,1
550
18,6
412
19,3
10.903
33,2
4.211
42,2
7.276
22,2
1.978
19,8
5.850
17,8
1.394
14,0
Rio Grande do Norte
1.608
34,5
2.135
36,6
1.328
28,5
1.541
26,4
754
16,2
937
16,1
Rio Grande do Sul
5.641
19,6
5.358
23,4
7.066
24,6
5.326
23,3
6.276
21,9
4.850
21,2
Rondônia
2.120
30,9
1.306
28,1
1.905
27,8
1.286
27,6
1.347
19,6
969
20,8
Rio de Janeiro
Roraima
Santa Catarina
São Paulo
Sergipe
Tocantins
350
21,9
355
22,5
375
23,5
389
24,7
325
20,4
361
22,9
4.792
28,2
3.567
24,9
4.351
25,6
3.541
24,7
3.214
18,9
2.854
19,9
49.111
29,1
...
...
42.518
25,2
...
...
34.020
20,2
...
...
1.509
33,5
1.261
33,0
1.144
25,4
1.002
26,2
793
17,6
687
18,0
689
29,6
798
32,3
618
26,5
631
25,6
437
18,8
440
17,8
Continua
Fonte: Ministério da Justiça/Departamento Penitenciário Nacional – Depen; Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Referências: jun./2013
e jun./2014.
(1) Sobre o total da população carcerária para a qual esta informação está disponível.
(2) Os dados desagregados divergem do total da população carcerária informado na tabela 28 em função de inconsistências no
preenchimento realizado pelas unidades prisionais no campo de "Perfil do Preso" do Infopen, composto por indicadores não-obrigatórios.
72
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Voltar ao Sumário
Brasil
% (1)
2013
% (1)
Ns.
absolutos
2014
Ns.
absolutos
Brasil e Unidades da
Federação
Ns.
absolutos
2013
Mais de 45 anos
Total (2)
2014
% (1)
Ns.
absolutos
35 a 45 anos
% (1)
2013
87.827
17,8
44.464
17,3
37.124
7,5
19.927
Acre
425
11,0
327
15,3
175
4,5
141
6,6
3.856
2.143
Alagoas
663
14,6
851
15,7
340
7,5
397
7,3
4.536
5.423
Amapá
200
8,7
443
17,7
197
8,6
129
5,2
2.291
2.503
Amazonas
810
12,7
696
11,4
263
4,1
281
4,6
6.361
6.123
Bahia
1.273
12,0
1.620
16,4
528
5,0
661
6,7
10.609
9.905
Ceará
2.863
19,9
3.112
19,2
1.332
9,3
1.519
9,4
14.386
16.199
Distrito Federal
2.285
19,0
2.584
19,6
742
6,2
808
6,1
12.049
13.211
Espírito Santo
1.908
13,4
2.229
14,8
985
6,9
1.065
7,1
14.221
15.013
Goiás
1.750
14,5
1.233
13,5
819
6,8
583
6,4
12.074
9.132
Maranhão
7,8 494.212
2014
256.668
646
13,2
295
11,3
292
6,0
142
5,5
4.897
2.605
Mato Grosso
1.790
15,8
1.240
14,7
948
8,4
633
7,5
11.304
8.460
Mato Grosso do Sul
2.556
21,3
2.871
22,0
1.170
9,7
1.363
10,4
12.004
13.044
Minas Gerais
8.564
17,8
7.580
18,1
3.424
7,1
3.015
7,2
48.085
41.946
Pará
1.443
12,7
1.303
11,5
643
5,7
583
5,1
11.326
11.330
Paraíba
1.232
15,0
955
15,5
624
7,6
478
7,8
8.226
6.152
Paraná
3.165
18,5
3.124
16,8
1.712
10,0
1.736
9,4
17.150
18.565
Pernambuco
5.208
17,0
1.132
15,7
2.359
7,7
366
5,1
30.702
7.225
Piauí
Rio de Janeiro
Rio Grande do Norte
492
16,6
348
16,3
265
9,0
171
8,0
2.955
2.135
6.154
18,7
1.663
16,7
2.664
8,1
727
7,3
32.847
9.973
699
15,0
891
15,3
275
5,9
333
5,7
4.664
5.837
Rio Grande do Sul
6.666
23,2
4.990
21,8
3.072
10,7
2.376
10,4
28.721
22.900
Rondônia
1.037
15,1
781
16,8
448
6,5
313
6,7
6.857
4.655
Roraima
Santa Catarina
São Paulo
356
22,3
289
18,3
191
12,0
184
11,7
1.597
1.578
3.095
18,2
2.862
20,0
1.570
9,2
1.494
10,4
17.022
14.318
31.375
18,6
...
...
11.620
6,9
...
...
168.644
...
Sergipe
774
17,2
635
16,6
280
6,2
241
6,3
4.500
3.826
Tocantins
398
17,1
410
16,6
186
8,0
188
7,6
2.328
2.467
Conclusão
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73
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TABELA 35 · Peril dos presos no Sistema Penitenciário, por cor da pele/etnia
Brasil e Unidades da Federação – 2013-2014
Brasil
176.137
35,3
77.096
31,3
86.311
2014
% (1)
17,3
44.715
2013
% (1)
18,1 221.404
2014
% (1)
Ns.
absolutos
% (1)
Parda
Ns.
absolutos
% (1)
2013
Ns.
absolutos
2014
Ns.
absolutos
Ns.
absolutos
2013
Brasil e Unidades da
Federação
Negra
Ns.
absolutos
Branca
44,4 120.766
% (1)
49,0
Acre
311
8,1
205
7,8
340
8,8
326
12,5
3.170
82,1
2.033
77,7
Alagoas
930
20,5
1.257
24,1
922
20,3
852
16,3
2.680
59,1
3.103
59,4
Amapá
637
28,2
169
8,0
514
22,7
452
21,5
728
32,2
1.432
68,1
Amazonas
722
11,3
679
10,8
462
7,2
666
10,6
4.847
76,0
4.816
76,5
Bahia
1.340
12,5
1.248
11,6
3.255
30,3
2.964
27,6
5.987
55,7
6.455
60,1
Ceará
1.893
10,5
2.680
17,5
2.546
14,2
2.559
16,7
7.385
41,1
9.782
63,9
Distrito Federal
2.093
17,3
2.300
21,5
2.163
17,9
2.851
26,7
6.315
52,3
5.469
51,2
Espírito Santo
2.553
17,9
3.150
21,1
3.598
25,2
3.344
22,4
7.912
55,5
8.260
55,3
Goiás
2.892
24,0
2.052
25,4
2.683
22,2
1.660
20,5
6.498
53,8
4.363
54,0
Maranhão
Mato Grosso
Mato Grosso do Sul
966
19,8
598
24,1
1.438
29,4
737
29,7
2.350
48,1
1.043
42,0
2.437
21,6
1.235
16,2
2.590
22,9
1.517
19,9
6.101
54,0
4.840
63,6
4.055
33,8
4.658
35,7
1.291
10,8
1.477
11,3
6.460
53,8
6.723
51,5
14.267
29,6
11.280
28,1
10.075
20,9
8.733
21,8
22.142
46,0
19.367
48,3
Pará
1.533
13,5
1.560
13,8
1.902
16,7
2.192
19,4
7.455
65,6
7.292
64,4
Paraíba
1.369
15,5
857
16,5
1.729
19,6
1.131
21,8
5.590
63,4
3.177
61,2
Paraná
11.712
68,3
11.224
65,9
1.256
7,3
1.461
8,6
4.132
24,1
4.105
24,1
5.981
19,4
1.518
15,7
4.685
15,2
1.648
17,0
18.799
61,1
6.190
64,0
Minas Gerais
Pernambuco
Piauí
Rio de Janeiro
Rio Grande do Norte
Rio Grande do Sul
Rondônia
Roraima
482
16,3
360
18,8
576
19,5
425
22,2
1.890
64,0
820
42,8
9.029
27,4
2.788
27,8
8.267
25,1
2.472
24,6
14.766
44,8
4.717
47,0
1.306
27,8
1.563
28,7
729
15,5
1.046
19,2
2.626
55,9
2.734
50,3
19.049
66,3
14.856
67,6
3.726
13,0
2.986
13,6
5.795
20,2
4.022
18,3
1.397
20,4
1.233
27,3
1.040
15,2
699
15,5
4.283
62,5
2.497
55,2
167
10,5
200
13,2
310
19,4
294
19,4
1.044
65,4
927
61,2
Santa Catarina
10.910
64,3
8.873
61,5
1.682
9,9
1.381
9,6
4.226
24,9
3.838
26,6
São Paulo
77.207
45,8
...
...
27.544
16,3
...
...
63.289
37,5
...
...
Sergipe
525
11,6
165
9,4
485
10,7
260
14,8
3.439
75,7
1.262
72,0
Tocantins
374
15,8
388
15,3
503
21,2
582
23,0
1.495
63,0
1.499
59,3
Continua
Fonte: Ministério da Justiça/Departamento Penitenciário Nacional – Depen; Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Referências:
jun./2013 e jun./2014.
(-) Fenômeno inexistente.
(1) Sobre o total da população carcerária para a qual esta informação está disponível.
(2) Os dados desagregados divergem do total da população carcerária informado na tabela 28 em função de inconsistências no
preenchimento realizado pelas unidades prisionais no campo de "Perfil do Preso" do Infopen, composto por indicadores nãoobrigatórios.
74
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Voltar ao Sumário
Brasil
2014
% (1)
2.755
0,6
2.497
1,0
763
0,2
Acre
3
0,1
45
1,7
18
Alagoas
-
-
-
-
4
320
14,2
3
0,1
48
0,8
111
1,8
Bahia
56
0,5
30
Ceará
171
1,0
187
Distrito Federal
28
0,2
53
Espírito Santo
47
0,3
63
-
-
4
Amapá
Amazonas
Goiás
Maranhão
Mato Grosso
Mato Grosso do Sul
2013
% (1)
Total (2)
2014
Ns.
absolutos
% (1)
Outras
Ns.
absolutos
% (1)
2013
Ns.
absolutos
2014
Ns.
absolutos
Brasil e Unidades da
Federação
Ns.
absolutos
2013
Indígena
Ns.
absolutos
Amarela
% (1)
% (1)
2013
0,4 498.897
2014
492
0,2
11.527
2,3
1.048
246.614
0,5
5
0,2
17
0,4
3
0,1
3.859
2.617
0,1
14
0,3
-
-
-
-
4.536
5.226
27
1,2
2
0,1
34
1,5
45
2,1
2.260
2.103
15
0,2
9
0,1
284
4,5
18
0,3
6.378
6.299
0,3
2
0,0
9
0,1
107
1,0
40
0,4
10.747
10.746
1,2
63
0,4
107
0,7
5.927
33,0
2
0,0
17.985
15.317
0,5
3
0,0
4
0,0
1.465
12,1
1
0,0
12.067
10.678
0,4
19
0,1
4
0,0
124
0,9
126
0,8
14.253
14.947
0,0
1
0,0
-
-
-
-
-
-
12.074
8.079
97
2,0
103
4,1
6
0,1
1
0,0
29
0,6
2
0,1
4.886
2.484
133
1,2
18
0,2
12
0,1
6
0,1
31
0,3
-
-
11.304
7.616
2
0,0
4
0,0
164
1,4
143
1,1
32
0,3
40
0,3
12.004
13.045
Minas Gerais
690
1,4
673
1,7
-
-
-
-
969
2,0
80
0,2
48.143
40.133
Pará
319
2,8
265
2,3
72
0,6
7
0,1
79
0,7
8
0,1
11.360
11.324
16
0,2
14
0,3
21
0,2
4
0,1
87
1,0
6
0,1
8.812
5.189
Paraíba
Paraná
Pernambuco
Piauí
Rio de Janeiro
Rio Grande do Norte
47
0,3
32
0,2
3
0,0
1
0,0
-
-
198
1,2
17.150
17.021
115
0,4
262
2,7
106
0,3
5
0,1
1.099
3,6
54
0,6
30.785
9.677
5
0,2
60
3,1
2
0,1
1
0,1
-
-
252
13,1
2.955
1.918
13
0,0
5
0,0
-
-
-
-
869
2,6
53
0,5
32.944
10.035
-
-
23
0,4
-
-
-
-
35
0,7
73
1,3
4.696
5.439
Rio Grande do Sul
35
0,1
36
0,2
120
0,4
51
0,2
18
0,1
18
0,1
28.743
21.969
Rondônia
69
1,0
83
1,8
10
0,1
7
0,2
53
0,8
5
0,1
6.852
4.524
Roraima
36
2,3
-
-
40
2,5
94
6,2
-
-
-
-
1.597
1.515
Santa Catarina
107
0,6
305
2,1
23
0,1
14
0,1
32
0,2
20
0,1
16.980
14.431
São Paulo
343
0,2
...
...
30
0,0
...
...
199
0,1
...
...
168.612
...
55
1,2
66
3,8
1
0,0
-
-
37
0,8
-
-
4.542
1.753
-
-
52
2,1
1
0,0
4
0,2
-
-
4
0,2
2.373
2.529
Sergipe
Tocantins
Conclusão
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75
Voltar ao Sumário
TABELA 36 · Perfil dos presos no Sistema Penitenciário, por grau de instrução
Brasil e Unidades da Federação - 2014 % (1)
Alfabetizado sem
cursos regulares
Analfabeto
Brasil e Unidades da
Federação
Brasil
Ns. Abs.
% (1)
Ns. Abs.
13.997
5,8
21.143
Acre
224
7,7
Alagoas
979
Amapá
53
% (1)
Ensino
Fundamental
Incompleto
Ns. Abs.
Ensino
Fundamental
Completo
% (1)
Ns. Abs.
Ensino Médio
Incompleto
% (1)
Ns. Abs.
Ensino Médio
Completo
% (1)
Ns. Abs.
Ensino Superior
Incompleto
% (1)
Ns. Abs.
% (1)
8,8 127.705
52,9
29.388
12,2
27.522
11,4
17.713
7,3
2.327
1,0
133
4,5
1.513
51,7
370
12,6
401
13,7
247
8,4
30
1,0
20,5
590
12,4
2.245
47,0
302
6,3
349
7,3
257
5,4
31
0,6
2,2
173
7,0
802
32,6
709
28,8
319
13,0
346
14,1
15
0,6
222
3,5
235
3,7
3.358
53,1
563
8,9
1.145
18,1
563
8,9
90
1,4
Bahia
1.070
11,3
1.548
16,4
4.831
51,2
705
7,5
765
8,1
470
5,0
27
0,3
Ceará
1.105
6,9
3.995
25,0
7.184
44,9
1.482
9,3
901
5,6
946
5,9
165
1,0
Amazonas
Distrito Federal
279
2,5
133
1,2
6.599
58,5
1.125
10,0
1.679
14,9
1.216
10,8
194
1,7
Espírito Santo
456
3,3
636
4,6
7.620
55,1
1.308
9,5
2.175
15,7
1.423
10,3
128
0,9
1.057
15,1
1.164
16,6
2.285
32,6
1.124
16,0
894
12,8
433
6,2
35
0,5
274
11,6
379
16,0
806
34,0
335
14,1
303
12,8
246
10,4
20
0,8
Goiás
Maranhão
Mato Grosso
611
7,6
847
10,5
3.234
40,1
1.495
18,5
1.097
13,6
685
8,5
57
0,7
Mato Grosso do Sul
378
2,9
379
2,9
7.910
60,5
1.805
13,8
1.311
10,0
974
7,5
219
1,7
Minas Gerais
1.143
2,8
3.071
7,5
22.995
56,5
5.240
12,9
5.024
12,3
2.737
6,7
311
0,8
Pará
713
6,1
867
7,5
6.334
54,6
1.613
13,9
1.309
11,3
677
5,8
72
0,6
Paraíba
864
18,2
955
20,1
1.873
39,5
453
9,5
323
6,8
245
5,2
16
0,3
Paraná
196
1,1
668
3,8
11.277
63,4
1.421
8,0
2.640
14,8
1.251
7,0
221
1,2
1.451
17,2
1.096
13,0
2.302
27,2
2.001
23,7
823
9,7
670
7,9
90
1,1
Piauí
191
16,4
84
7,2
542
46,6
146
12,6
89
7,7
93
8,0
11
0,9
Rio de Janeiro
144
2,0
364
5,0
4.821
66,1
918
12,6
437
6,0
525
7,2
44
0,6
Pernambuco
Rio Grande do Norte
713
16,2
985
22,3
1.800
40,8
449
10,2
269
6,1
173
3,9
13
0,3
Rio Grande do Sul
844
3,6
1.401
6,0
14.307
61,4
2.801
12,0
2.272
9,8
1.377
5,9
200
0,9
Rondônia
260
6,1
512
12,0
2.229
52,2
434
10,2
505
11,8
287
6,7
30
0,7
Roraima
11
2,0
65
11,6
157
28,1
36
6,5
130
23,3
131
23,5
20
3,6
244
1,8
446
3,4
6.984
52,6
2.022
15,2
1.825
13,8
1.347
10,2
230
1,7
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
Sergipe
343
8,8
215
5,5
2.679
69,0
171
4,4
215
5,5
188
4,8
24
0,6
Tocantins
172
7,4
202
8,7
1.018
43,7
360
15,5
322
13,8
206
8,8
34
Santa Catarina
São Paulo
1,5
Continua
Fonte: Ministério da Justiça/Departamento Penitenciário Nacional – Depen; Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Referência: jun./2014.
(...) Informação não disponível.
(1) Sobre o total da população carcerária para a qual esta informação está disponível.
76
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Brasil e Unidades da
Federação
Brasil
Ensino Superior
Completo
Ns. Abs.
% (1)
Ensino acima
de Superior
Completo
Ns. Abs.
Total
% (1)
% (1)
1.199
0,5
324
0,1
241.318
Acre
10
0,3
-
-
2.928
Alagoas
17
0,4
3
0,1
4.773
Amapá
23
0,9
22
0,9
2.462
135
2,1
11
0,2
6.322
Bahia
16
0,2
1
0,0
9.433
Ceará
47
0,3
174
1,1
15.999
Distrito Federal
62
0,5
-
-
11.287
Espírito Santo
66
0,5
15
0,1
13.827
Goiás
19
0,3
-
-
7.011
5
0,2
-
-
2.368
Mato Grosso
33
0,4
2
0,0
8.061
Mato Grosso do Sul
95
0,7
2
0,0
13.073
Amazonas
Maranhão
Minas Gerais
185
0,5
13
0,0
40.719
Pará
24
0,2
-
-
11.609
Paraíba
14
0,3
1
0,0
4.744
Paraná
109
0,6
9
0,1
17.792
15
0,2
-
-
8.448
Pernambuco
Piauí
Rio de Janeiro
Rio Grande do Norte
6
0,5
-
-
1.162
32
0,4
4
0,1
7.289
7
0,2
-
-
4.409
Rio Grande do Sul
80
0,3
8
0,0
23.290
Rondônia
14
0,3
1
0,0
4.272
Roraima
8
1,4
-
-
558
Santa Catarina
154
1,2
17
0,1
13.269
São Paulo
...
...
...
...
...
Sergipe
7
0,2
41
1,1
3.883
16
0,7
-
-
Tocantins
2.330
Conclusão
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77
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TABELA 37 · Quantidade de crimes tentados ou consumados
Brasil e Unidades da Federação - 2014
Quantidade de crimes tentados ou consumados
Crimes contra a
administração
pública - corrupção,
peculato, etc. (6)
771
122.751
14.246
6.083
2.445
676
1.001
12,7
0,3
43,4
5,0
2,2
0,9
0,2
0,4
300
-
878
175
3
2
5
-
1.421
-
1.742
253
155
9
11
-
Amapá
702
-
674
33
5
5
2
-
Amazonas
756
-
2.710
306
92
44
37
1
Acre
Alagoas
Crimes contra a
administração
pública contrabando ou
descaminho
Crimes contra a
dignidade sexual (3)
36.049
%
Crimes contra a fé
pública (5)
Crimes contra o
patrimônio (2)
Brasil
Aborto
Brasil e Unidades da
Federação
Crimes contra a
pessoa (1)
Crimes contra a paz
pública (4)
Código penal
Bahia
1.335
-
4.160
738
158
99
30
10
Ceará
5.713
355
12.327
1.063
1.294
321
15
906
Distrito Federal
3.133
1
23.254
1.242
402
263
87
1
Espírito Santo
2.840
139
7.175
1.256
346
241
67
5
Goiás
1.121
9
3.460
701
123
23
11
3
337
-
911
89
188
19
5
-
Maranhão
Mato Grosso
836
120
2.595
320
51
25
11
11
Mato Grosso do Sul
1.657
26
5.270
716
241
138
19
26
Minas Gerais
4.548
1
17.951
1.238
1.192
423
110
4
Pará
2.413
13
8.128
1.202
770
69
47
-
Paraíba
1.454
-
3.810
257
288
67
34
1
Paraná
1.554
-
6.846
747
121
115
24
3
Pernambuco
1.563
1
3.732
660
36
239
-
-
108
-
423
117
26
17
-
-
58
-
804
70
23
11
15
-
Rio Grande do Norte
412
28
1.294
184
63
7
6
1
Rio Grande do Sul
844
-
4.961
992
301
193
114
15
Rondônia
492
-
1.687
173
13
4
6
3
Roraima
242
-
437
171
3
1
5
1
1.546
-
5.914
1.187
110
70
10
10
Piauí
Rio de Janeiro
Santa Catarina
São Paulo
...
...
...
...
...
...
...
...
Sergipe
453
78
971
233
50
31
4
-
Tocantins
211
-
637
123
29
9
1
Continua
Fonte: Ministério da Justiça/Departamento Penitenciário Nacional – Depen; Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE; Fórum Brasileiro de
Segurança Pública. Referências: jun./2014.
(...) Informação não disponível.
(-) Fenômeno inexistente.
(1) Inclui os itens Homicídio Simples, Homicídio Qualificado e Seqüestro e Cárcere Privado.
(2) Inclui os itens Furto Simples, Furto Qualificado, Roubo Qualificado, Latrocínio, Extorsão, Extorsão Mediante Seqüestro, Apropriação Indébita, Apropriação
Indébita Previdenciária, Estelionato, Receptação, Receptação Qualificada, Roubo Simples e outros - não listados acima entre os artigos 156 e 179
(3) Inclui os itens Estupro, atentado violento ao pudor, estupro de vulnerável, corrupção de menores, tráfico internacional de pessoa para fim de exploração
sexual, tráfico interno de pessoa para fim de exploração sexual, outros (Artigos 215, 216-A, 218-A, 218-B, 227, 228, 229, 230).
78
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Quantidade de crimes tentados ou consumados
Estatuto do
desarmamento (8)
1.763
130
284
2.640
72.225
21.680
282.744
0,6
0,0
0,1
0,9
25,5
7,7
100,0
Acre
7
3
-
10
566
42
1.991
Alagoas
5
1
1
16
1.014
281
4.909
Brasil
%
Amapá
Violência
doméstica
Brasil e Unidades da
Federação
Crimes contra o
meio ambiente
Entorpecentes (7)
Crimes de Tortura
Estatuto da criança
e adolescente
Legislação específica
Total (1)
-
-
-
6
417
24
1.868
102
7
8
91
3.283
293
7.730
Bahia
32
16
9
75
3.703
621
10.986
Ceará
234
7
1
47
1.467
4.329
28.079
Distrito Federal
79
8
17
177
5.562
3.755
37.981
Espírito Santo
254
9
24
589
6.935
1.712
21.592
32
-
2
132
2.082
261
7.960
6
-
-
65
751
123
2.494
169
-
7
223
1.596
196
6.160
30
2
-
129
6.013
645
14.912
Minas Gerais
151
41
33
68
8.351
2.612
36.723
Pará
Amazonas
Goiás
Maranhão
Mato Grosso
Mato Grosso do Sul
143
2
1
189
3.863
1.590
18.430
Paraíba
55
2
11
72
1.279
946
8.276
Paraná
44
13
5
1
3.106
761
13.340
Pernambuco
19
5
-
348
3.333
261
10.197
Piauí
5
-
-
43
275
37
1.051
Rio de Janeiro
-
-
-
-
97
74
1.152
Rio Grande do Norte
30
-
-
51
821
172
3.069
242
6
13
29
9.469
1.716
18.895
39
-
2
29
1.035
73
3.556
-
-
144
23
548
8
1.583
Santa Catarina
77
7
6
153
5.407
781
15.278
São Paulo
Rio Grande do Sul
Rondônia
Roraima
...
...
...
...
...
...
...
Sergipe
-
-
-
70
999
313
3.202
Tocantins
8
1
-
4
253
54
1.330
Conclusão
(4) Inclui o item Quadrilha ou Bando.
(5) Inclui os itens Moeda Falsa, Falsificação de Papéis, Selos, Sinal e Documentos Públicos, Falsidade Ideológica, Uso de Documento Falso.
(6) Crimes contra a administração pública: peculato (Art. 312 e 313), concussão e excesso de exação (Art. 316), corrupção passiva (Art.
317), corrupção ativa (Art. 333)
(7) Inclui os itens Tráfico de Entorpecentes, Associação para o tráfico e Tráfico Internacional de Entorpecentes.
(8) Inclui os itens porte ilegal de arma de fogo de uso permitido, disparo de arma de fogo, posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso
restrito, comércio ilegal de arma de fogo, tráfico internacional de arma de fogo.
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79
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TABELA 38 · Perfil dos presos estrangeiros no sistema penitenciário, por continente de origem
Unidades da Federação – 2014
Brasil e Unidades da
Federação
Europa
2013
Ns. Abs.
Brasil
556
Ásia e Oriente Médio
2014
% (2)
Ns. Abs.
17,4
397
2013
% (2)
Ns. Abs.
14,3
158
África
2014
% (2)
Ns. Abs.
2013
% (2)
Ns. Abs.
5,0
109
3,9
985
2014
% (2)
Ns. Abs.
30,9
786
% (2)
28,3
Acre
3
50,0
3
12,0
-
-
1
4,0
-
-
-
-
Alagoas
3
75,0
2
66,7
-
-
-
-
-
-
-
-
Amapá
-
-
3
50,0
-
-
-
-
-
-
-
-
Amazonas
7
6,9
6
5,4
1
1,0
-
-
2
2,0
2
1,8
Bahia
9
60,0
16
59,3
-
-
-
-
-
-
1
3,7
Ceará
37
50,7
25
45,5
4
5,5
5
9,1
10
13,7
7
12,7
Distrito Federal
11
55,0
6
18,8
-
-
-
-
2
10,0
1
3,1
Espírito Santo
1
14,3
4
30,8
1
14,3
1
7,7
1
14,3
-
-
Goiás
2
28,6
4
57,1
-
-
-
-
-
-
-
-
Maranhão
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
Mato Grosso
1
2,0
1
4,0
-
-
-
-
-
-
-
-
Mato Grosso do Sul
Minas Gerais
11
5,3
9
4,9
5
2,4
2
1,1
7
3,4
6
3,3
5
21,7
6
22,2
-
-
2
7,4
6
26,1
2
7,4
Pará
1
4,3
2
14,3
-
-
-
-
-
-
-
-
Paraíba
1
50,0
1
8,3
-
-
-
-
-
-
2
16,7
Paraná
12
7,5
6
2,8
10
6,3
5
2,3
-
-
1
0,5
Pernambuco
23
38,3
8
26,7
2
3,3
-
-
5
8,3
1
3,3
Piauí
Rio de Janeiro
3
75,0
3
100,0
-
-
-
-
-
-
-
-
32
29,6
4
44,4
5
4,6
-
-
31
28,7
-
-
Rio Grande do Norte
9
75,0
12
60,0
-
-
-
-
2
16,7
5
25,0
Rio Grande do Sul
6
6,9
7
9,2
-
-
-
-
-
-
8
10,5
Rondônia
1
4,2
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
Roraima
3
12,5
2
9,5
3
12,5
1
4,8
2
8,3
1
4,8
Santa Catarina
7
20,6
9
19,6
1
2,9
2
4,3
1
2,9
2
4,3
São Paulo (1)
366
17,2
256
14,3
126
5,9
90
5,0
916
42,9
746
41,6
Sergipe
-
-
1
50,0
-
-
-
-
-
-
1
50,0
Tocantins
2
66,7
1
100,0
-
-
-
-
-
-
-
Continua
Fonte: Ministério da Justiça/Departamento Penitenciário Nacional – Depen; Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Referência: jun./2014.
(...) Informação não disponível.
(-) Fenômeno inexistente.
(1) Dados recebidos pelo Departamento Penitenciário Nacional, após solicitação à Secretaria de Administração Penitenciária do Estado de São Paulo,
por meio da Lei de Acesso à Informação.
(2) Percentuais calculados em relação ao total de presos estrangeiros em cada Unidade da Federação.
80
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Voltar ao Sumário
Brasil e Unidades da
Federação
EUA e Canadá
2013
Ns. Abs.
América Latina e Caribe
2014
% (2)
Ns. Abs.
2013
% (2)
Ns. Abs.
Austrália e Nova Zelândia
2014
% (2)
Ns. Abs.
2013
% (2)
Ns. Abs.
Total
2014
% (2)
Ns. Abs.
2013
2014
% (2)
10
0,3
10
0,4
1.481
46,4
1.470
53,0
-
-
2
-
3.190
2.774
Acre
-
-
-
-
3
50,0
21
84,0
-
-
-
-
6
25
Alagoas
-
-
-
-
1
25,0
1
33,3
-
-
-
-
4
3
Amapá
-
-
-
-
-
-
3
50,0
-
-
-
-
-
6
Amazonas
-
-
-
-
92
90,2
104
92,9
-
-
-
-
102
112
Bahia
-
-
-
-
6
40,0
10
37,0
-
-
-
-
15
27
Ceará
-
-
1
1,8
22
30,1
17
30,9
-
-
-
-
73
55
Distrito Federal
-
-
1
3,1
7
35,0
24
75,0
-
-
-
-
20
32
Espírito Santo
-
-
1
7,7
4
57,1
7
53,8
-
-
-
-
7
13
Goiás
-
-
1
14,3
5
71,4
2
28,6
-
-
-
-
7
7
Maranhão
-
-
-
-
1
100,0
2
100,0
-
-
-
-
1
2
Mato Grosso
-
-
-
-
48
98,0
24
96,0
-
-
-
-
49
25
Mato Grosso do Sul
-
-
-
-
185
88,9
166
90,7
-
-
-
-
208
183
Minas Gerais
-
-
1
3,7
12
52,2
16
59,3
-
-
-
-
23
27
Pará
-
-
-
-
22
95,7
12
85,7
-
-
-
-
23
14
Paraíba
-
-
-
-
1
50,0
9
75,0
-
-
-
-
2
12
Paraná
-
-
1
0,5
138
86,3
200
93,9
-
-
-
-
160
213
Pernambuco
-
-
1
3,3
30
50,0
20
66,7
-
-
-
-
60
30
Brasil
Piauí
-
-
-
-
1
25,0
-
-
-
-
-
-
4
3
Rio de Janeiro
3
2,8
-
-
37
34,3
5
55,6
-
-
-
-
108
9
Rio Grande do Norte
-
-
-
-
1
8,3
3
15,0
-
-
-
-
12
20
Rio Grande do Sul
-
-
-
-
81
93,1
61
80,3
-
-
-
-
87
76
Rondônia
-
-
-
-
23
95,8
15
100,0
-
-
-
-
24
15
Roraima
-
-
-
-
16
66,7
17
81,0
-
-
-
-
24
21
Santa Catarina
-
-
-
-
25
73,5
33
71,7
-
-
-
-
34
46
São Paulo
7
0,3
3
0,2
718
33,7
698
38,9
-
-
2
0,1
2.133
1.795
Sergipe
-
-
-
-
1
100,0
-
-
-
-
-
-
1
2
Tocantins
-
-
-
-
1
33,3
-
-
-
-
-
-
3
(1)
1
Conclusão
Voltar ao Sumário
81
Voltar ao Sumário
gráfico 6 · Evolução da população prisional no Brasil
Brasil – 1990-2014
1990
1992
90.000
114.300
1993
126.200
1994
129.200
1995
1997
1999
148.800
170.600
194.100
2000
232.755
2001
233.859
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
239.345
308.304
336.358
361.402
401.236
422.590
451.429
473.626
496.251
514.582
2011
548.003
2012
581.507
2013
607.731
2014
Fonte: Ministério da Justiça/Departamento Penitenciário Nacional – Depen; Fórum
Brasileiro de Segurança Pública.
82
Voltar ao Sumário
Voltar ao Sumário
gráfico 7 · Evolução da taxa de aprisionamento
Brasil – 1990-2014
1990
1992
105
127
1993
137
1994
137
1995
1997
1999
154
168
182
2000
211
2001
207
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
207
261
278
293
319
330
346
356
367
374
392
409
421
2014
Fonte: Ministério da Justiça/Departamento Penitenciário Nacional – Depen; Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística - IBGE; Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
(1) Por 100 mil habitantes com mais de 18 anos. Para o cálculo da população maior de 18, foi
considerada a projeção populacional por grupo etário do IBGE para os anos de 2013 e 2014, e a
estimativa por idade simples de 2012.
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83
Voltar ao Sumário
O número de presos
triplicou. Quem está
sorrindo?
Jacqueline Sinhoretto
A população prisional no Brasil não para de
crescer. As políticas públicas de melhoria da segurança, de aprimoramento das polícias, de redução
de crimes, de aperfeiçoamento da justiça criminal
– quando colocadas em prática – produziram o
efeito de aumentar cada vez mais o número de
presos. E mesmo em localidades em que não houve melhoria significativa da sensação de segurança, o número de presos cresceu.
Segundo as projeções do FBSP, entre 1999 e
2014 o número de pessoas presas triplicou. Se
mantivermos a mesma aceleração para os próximos anos, chegaríamos em 2030 com 1,9 milhão
de presos. Hoje existem 1.424 unidades prisionais no país: em todos os estados há unidades
com superlotação e condições de cumprimento
de pena que não permitem falar com seriedade
em ressocialização. O país terá que investir muitos recursos nos próximos anos em construção
de presídios, formação e contratação de recursos
humanos para geri-los, cargos, burocracia, segurança. Para manter o crescimento do número de
presos seriam necessários 5.816 novos presídios
nos próximos 15 anos.
Os defensores da privatização sorriem. Pensam
nos lucros líquidos de uma indústria em ascensão.
Ainda mais em tempos de crise. O cidadão, contudo, não tem porque sorrir, o investimento sairá de
seu bolso de qualquer forma, não importa quem
84
Voltar ao Sumário
o administre. Privatização não é filantropia, é um
meio de gerar riquezas com as consequências da
repressão à ilegalidade. É sorrir com a dentadura
alheia.
Nos números aqui mencionados ainda não foi
computado o impacto da desastrada redução da
idade penal para 16 anos, que almeja retirar das
medidas socioeducativas e passar aos presídios os
jovens condenados.
Valeria a pena se – aplicando um pragmatismo radical - ao aumentar o número de presos,
houvesse redução de crimes violentos. Mas nenhum estado brasileiro conseguiu comprovar a
eficácia do aumento do número de presos para
reduzir crimes, como medida principal. Quem
obteve redução de homicídios, teve aumento de
crime patrimonial. E a maior parte dos estados
teve aumento tanto de homicídios quanto de
crimes patrimoniais no período. O cidadão não
sorri, porque ele sente na pele como é pagar esta
conta nas duas pontas.
O crescimento do número de presos é um dos
maiores dilemas do desenvolvimento no Brasil atual. Se considerarmos o perfil dos presos, estamos
diante da exigência de fazer altos investimentos
para condenar a nada a fase mais produtiva da
vida dos jovens – sim, a maior parte dos presos é
muito jovem. E a inserção econômica da juventude
é o verdadeiro problema que merece ser pensado.
Voltar ao Sumário
Investir no modelo atual é uma forma de investir muito dinheiro da sociedade para aumentar
a desigualdade racial. Entre os anos em que triplicou o número de presos, o encarceramento de
negros foi mais acelerado que o de brancos, conforme os dados que conhecemos.
Portanto, como uma sociedade que deseja o
desenvolvimento, já estamos mais do que atrasados na discussão de uma ampla reforma nas
medidas de punição para crimes cometidos sem
violência e, sobretudo, para o tráfico de drogas.
O tráfico é um crime econômico e deve ser tratado por formas de regulação econômica que os
Estados e os mercados desenvolveram ao longo de
tantas décadas.
Os crimes cometidos sem emprego de violência devem receber punições alternativas, como
serviços prestados à comunidade, monitoramento
eletrônico, remição por trabalho e estudo, justiça
restaurativa. Mais do que isso, talvez seja mais barato atacar a causa do que lidar com a consequência, investindo em alternativas de renda e reconhecimento para a juventude vulnerável. Só uma
ausência total de pragmatismo nos impede de
caminhar nesta direção, pois estaríamos colhendo
resultados muito melhores com custos financeiros
e sociais muito menores.
Ou, talvez, o que nos impeça de avançar sejam os interesses daqueles que querem sorrir com
os ganhos fáceis das prisões privadas ou dos serviços que já operam em larga escala nos presídios
atuais. E - não se engane! - os defensores dos
interesses são bem organizados, financiam deputados, influenciam votações e decisões, enriquecem gestores do aparato prisional. Enquanto o
cidadão condena-se ao sorriso amarelo.
Jacqueline Sinhoretto é socióloga e
coordenadora do grupo de Estudos sobre
a Violência e Administração de Conflitos
(GEVAC) da UFSCar.
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85
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sistema socioeducativo
TABELA 39 · Adolescentes em conflito com a lei, por medidas privativas de liberdade
Brasil e Unidades da Federação – 2012-2013
Internação
Brasil e Unidades da
Federação
Brasil
Ns. Abs.
2012
Internação Provisória
Taxa (1)
2013
2012
13.674 15.221 65,1
Ns. Abs.
2013
2012
Semiliberdade
Taxa (1)
2013
73,4 4.998 5.573
2012
23,8
Ns. Abs.
2013
2012
Taxa (1)
2013
26,9 1.860 2.272
2012
2013
8,9
11,0
Acre
206
248
199,5
243,0
77
68
74,6
66,6
54
89
52,3
87,2
Alagoas
200
135
49,9
34,1
252
68
62,8
17,2
99
12
24,7
3,0
Amapá
Amazonas
1546
15,6
46,34846
49,8
46,3 2 62,16,0
79
52
16,6
10,5
58
75
12,2
15,2
32
12
6,7
2,4
Bahia
339
448
20,8
27,8
99
118
6,1
7,3
31
66
1,9
4,1
Ceará
602
365
57,4
36,4
426
483
40,6
48,2
52
278
5,0
27,8
Distrito Federal
174
520
64,2
185,6
193
212
71,2
75,7
82
93
30,2
33,2
Espírito Santo
507
781
137,0
204,2
132
93
35,7
24,3
12
30
3,2
7,8
Goiás
224
273
34,0
40,7
110
82
16,7
12,2
6
12
0,9
1,8
11
0,7
1,3
-
-
-
34
14
3,9
1,7
38
98
4,4
11,9
6
Mato Grosso
Maranhão
121
106
34,5
31,4
79
50
22,5
14,8
- Mato Grosso do Sul
166
176
59,8
65,1
40
21
14,4
7,8
17
30
6,1
11,1
Minas Gerais
932
1.068
44,6
52,9
362
322
17,3
15,9
117
172
5,6
8,5
Pará
234237
23,124,1 93 849,28,5 57 48 5,64,9
Paraíba
381
391
88,7
95,3
34
154
7,9
37,5
11
17
2,6
4,1
Paraná
643
708
56,8
64,3
243
218
21,5
19,8
47
73
4,2
6,6
Pernambuco
943
1.190
93,2
119,1
307
345
30,4
34,5
150
155
14,8
15,5
Piauí
Rio de Janeiro
4461
11,7
17,2
31
45
8,3
12,7
14-
3,7-
404
546
25,5
35,0
316
360
19,9
23,1
269
306
17,0
19,6
49
15
13,5
4,2
13
45
3,6
12,5
8
11
2,2
3,1
Rio Grande do Sul
632
693
59,5
66,7
180
187
16,9
18,0
111
97
10,4
9,3
Rondônia
107
165
55,6
84,0
33
68
17,1
34,6
6
2
3,1
1,0
Rio Grande do Norte
Roraima
Santa Catarina
São Paulo
Sergipe
Tocantins
105
16,0
7,7
21
157
33,7
242,589
12,8
13,9
84
66
12,8
10,2
181
206
27,5
31,7
48
91
7,3
14,0
6.381
6.812
157,5
166,5
1.527
1.840
37,7
45,0
589
612
14,5
15,0
102
60
40,2
23,7
60
62
23,7
24,4
14
9
5,5
3,5
61
40
34,7
23,0
45
66
25,6
37,9
18
31
10,2
17,8
Continua
Fonte: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República – SEDH/PR/Subsecretaria de Promoção dos Direitos da
Criança e do Adolescente - SPDCA. Levantamento nacional do atendimento socioeducativo ao adolescente em conflito com a lei; Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE; Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
(-) Fenômeno inexistente.
(1) Por 100 mil habitantes entre 12 e 17 anos.
86
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Total
Brasil e Unidades da
Federação
Brasil
Ns. Abs.
2012
Taxa (1)
2013
20.53223.066
2012
2013
97,7 111,3
Acre 337
405
326,3 396,9
Alagoas 551
215
137,3
Amapá 54,3
6598
67,4
98,6
Amazonas 169
139
35,5
28,1
Bahia 469
632
28,7
39,2
Ceará 1.080
1.126
102,9
112,4
449
825
165,6 294,5
Espírito Santo 651
904
175,9 236,4
Goiás 340
367
Distrito Federal Maranhão 51,7
54,7
78
123
9,0
14,9
Mato Grosso 200
156
57,0
46,2
Mato Grosso do Sul 223
227
80,3
83,9
1.411
1.562
67,5
77,3
Minas Gerais Pará 384369
37,9
37,5
Paraíba 426
562
99,2
137,0
Paraná 933
999
82,5
90,7
1.400
1.690
138,4
169,1
Pernambuco Piauí Rio de Janeiro 89
106
23,7
29,9
989
1.212
62,4
77,7
70
71
19,3
19,7
Rio Grande do Sul 923
977
86,9
94,0
Rondônia 146
235
75,8
119,6
Rio Grande do Norte Roraima
Santa Catarina
São Paulo 39
171
62,5
264,1
313
363
8.497
9.264
47,6
55,9
209,7 226,4
Sergipe 176
131
69,4
51,6
Tocantins 124
137
70,4
78,7
Conclusão
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87
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TABELA 40 · Atos infracionais
Brasil e Unidades da Federação – 2013
Porte de Arma de
Fogo
856
747
572
485
421
288
237
233
154
125
%
42,0
24,8
9,2
3,6
3,1
2,4
2,0
1,8
1,2
1,0
1,0
0,6
0,5
Acre
Estupro
Latrocínio
Tentativa de
Latrocínio
Tentativa de
Homicídio
2.206
Lesão Corporal
Homicídio
5.933
Brasil
Tentativa de
Roubo
Tráfico
10.051
Brasil e Unidades da
Federação
Furto
Roubo
Ameaça de morte
Busca e apreensão
Atos infracionais
129
45
50
62
52
16
15
-
9
5
2
5
-
Alagoas
71
36
59
22
16
26
11
-
10
1
-
1
1
Amapá
60
10
8
10
6
5
4
6
2
14
4
5
-
Amazonas
42
18
16
14
5
5
8
1
2
8
-
3
1
Bahia
210
94
83
82
20
40
10
-
27
13
6
6
6
Ceará
616
50
129
22
67
53
34
4
7
7
1
6
4
Distrito Federal
444
78
84
21
46
66
15
11
4
3
-
5
39
Espírito Santo
409
66
192
12
37
25
25
12
8
4
29
-
3
Goiás
204
12
68
10
21
1
15
5
6
-
0
1
2
Maranhão
76
9
11
7
5
-
3
1
4
-
5
1
-
Mato Grosso
94
11
31
-
2
2
2
-
3
-
2
4
1
Mato Grosso do Sul
52
31
25
21
6
2
14
5
1
-
7
-
-
Minas Gerais
647
242
221
26
119
39
54
36
11
10
26
-
-
Pará
162
10
87
9
11
9
12
38
10
7
16
9
4
Paraíba
74
48
100
48
52
57
15
24
11
24
4
39
-
Paraná
395
240
180
25
62
18
16
27
11
11
57
5
5
Pernambuco
607
427
250
55
99
58
43
13
42
28
-
12
10
15
10
9
9
17
3
10
3
7
8
5
6
-
528
479
77
44
-
47
7
-
14
13
46
5
-
27
8
24
7
6
7
6
-
5
6
3
-
-
413
144
162
10
69
11
42
2
22
7
-
-
6
61
12
11
36
6
9
10
34
1
12
10
5
12
Piauí
Rio de Janeiro
Rio Grande do Norte
Rio Grande do Sul
Rondônia
Roraima
Santa Catarina
São Paulo
25
2
6
-
-
-
-
-
1
-
-
-
-
126
55
57
28
16
7
13
1
13
3
10
4
1
4414
3772
229
260
-
63
95
195
50
49
-
28
28
Sergipe
66
6
17
10
6
1
6
3
4
2
-
-
1
Tocantins
84
18
20
6
1
2
-
-
3
2
-
4
1
Continua
Fonte: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República – SEDH/PR/Subsecretaria de Promoção dos Direitos da Criança
e do Adolescente - SPDCA. Levantamento nacional do atendimento socioeducativo ao adolescente em conflito com a lei; Fórum Brasileiro
de Segurança Pública.
(-) Fenômeno inexistente.
88
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Outros / sem
informação
Total
57
36
36
25
3
1.218
23.913
0,5
0,4
0,2
0,2
0,2
0,1
0,0
5,1
100,0
Estelionato
105
Dano
125
Formação de
quadrilha
Sequestro e
Cárcere Privado
%
Porte de arma
branca
Brasil
Receptação
Brasil e Unidades da
Federação
Atentado violento
ao pudor
Atos infracionais
Acre
5
2
1
1
3
-
-
5
407
Alagoas
-
25
-
-
-
-
-
21
300
Amapá
-
8
2
1
7
-
-
2
154
Amazonas
2
-
2
-
-
-
-
12
139
Bahia
3
9
4
5
4
1
-
25
648
Ceará
-
-
5
-
-
-
-
195
1.200
Distrito Federal
21
3
1
-
-
1
1
26
869
Espírito Santo
1
-
-
-
-
1
-
93
917
Goiás
-
4
1
1
-
-
-
5
356
Maranhão
-
3
-
-
-
-
-
-
125
Mato Grosso
1
1
-
-
-
3
-
-
157
Mato Grosso do Sul
-
1
-
-
-
1
-
5
171
Minas Gerais
2
-
4
1
-
1
-
131
1.570
Pará
-
9
-
2
1
1
2
61
460
Paraíba
-
22
1
-
8
5
-
55
587
Paraná
2
-
3
2
-
-
-
13
1.072
Pernambuco
2
5
7
3
-
-
-
27
1.688
Piauí
-
-
-
2
3
-
-
41
148
14
1
7
4
-
2
-
5
1.293
-
-
-
2
-
-
-
51
152
Rio Grande do Sul
-
-
1
1
-
-
-
96
986
Rondônia
4
-
5
-
6
-
-
2
236
Roraima
-
2
2
-
-
1
-
-
39
Santa Catarina
-
3
-
2
2
-
-
7
348
Rio de Janeiro
Rio Grande do Norte
São Paulo
68
7
11
9
-
8
-
328
9.614
Sergipe
-
-
-
-
-
-
-
12
134
Tocantins
-
-
-
-
2
-
-
-
143
Conclusão
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89
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TABELA 41 · Evolução dos atos infracionais
Brasil - 2011-2013
2011
Brasil
Ns. Abs.
Ns. Abs.
2013
%
Ns. Abs.
%
Roubo
8.415
38,1
8.416
38,7
10.051
42,0
Tráfico
5.863
26,6
5.881
27,0
5.933
24,8
Homicídio
1.852
8,4
1.963
9,0
2.206
9,2
Furto
1.244
5,6
923
4,2
856
3,6
Outros
1.148
5,2
1.419
6,5
1.218
5,1
661
3,0
582
2,7
747
3,1
Homicídio tentado
Atos Infracionais
2012
%
Busca e apreensão
543
2,5
177
0,8
233
1,0
Porte de arma de fogo
516
2,3
591
2,7
572
2,4
Latrocínio
430
1,9
476
2,2
485
2,0
Lesão corporal
288
1,3
178
0,8
237
1,0
Roubo tentado
269
1,2
237
1,1
421
1,8
Estupro
231
1,0
315
1,4
288
1,2
Ameaça de morte
164
0,7
151
0,7
154
0,6
Receptação
105
0,5
110
0,5
125
0,5
Formação de quadrilha
78
0,4
108
0,5
105
0,4
Dano
76
0,3
48
0,2
57
0,2
Latrocínio tentado
75
0,3
69
0,3
125
0,5
Sequestro e Cárcere Privado
53
0,2
46
0,2
25
0,1
Atentado violento ao pudor
51
0,2
21
0,1
36
0,2
Porte de arma branca
9
0,0
25
0,1
36
0,2
Estelionato
6
0,0
8
0,0
3
0,0
22.077
100,0
21.744
100,0
23.913
100,0
Total
Conclusão
Fonte: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República – SEDH/PR/Subsecretaria de Promoção dos
Direitos da Criança e do Adolescente - SPDCA. Levantamento nacional do atendimento socioeducativo ao adolescente em
conflito com a lei; Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
90
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TABELA 42 · Homicídios esclarecidos e/ou inquéritos relatados e autoria de adolescentes
Brasil e Unidades da Federação - 2013-2014
Brasil e Unidades da
Federação
Brasil
Acre
Alagoas (1)
Amapá
Amazonas
(1)
Homicídios
esclarecidos e/
ou Inquéritos
relatadados
Percentual de
adolescentes
Adolescentes de
autores em
12 a 17 anos de relação ao total
idade autores de de homicídios
homicídios
esclarecidos e/
ou inquéritos
relatados
Ns. Absolutos
Ns. Absolutos
Ns. Absolutos
2013
2014
2013
2013
16.553
17.854
1.724
2014
2014
1.915
10,4
10,7
159
155
24
18
15,1
11,6
2.481
2.159
189
183
7,6
8,5
...
...
...
...
...
...
266
312
12
18
4,5
5,8
1.568
1.337
95
114
6,1
8,5
Ceará
...
...
...
...
...
...
Distrito Federal
...
...
...
...
...
...
Espírito Santo
...
...
....
...
...
...
1.250
2.618
32
41
2,6
1,6
Maranhão
...
...
...
...
...
...
Mato Grosso
....
...
...
...
...
...
368
382
62
60
16,8
15,7
....
...
....
...
...
...
2.290
2.371
339
405
14,8
17,1
...
645
...
89
...
13,8
Bahia (1)(2)
Goiás
(1)
Mato Grosso do Sul
Minas Gerais
Pará
(1)
Paraíba (1)(2)
Fonte: Secretarias Estaduais de Segurança Pública e/ou Defesa
Social; Polícias Civis Estaduais; Fórum Brasileiro de Segurança
Pública.
897
907
86
143
9,6
15,8
1.392
1.159
160
127
11,5
11,0
Piauí
...
...
...
...
...
...
(...) Informação não disponível.
Rio de Janeiro
...
...
...
...
...
...
122
115
5
12
4,1
10,4
4.678
4.769
596
582
12,7
12,2
(1) Total de inquéritos relatados no ano de referência. O total de
inquéritos relatados pode incluir ocorrências de homicídios de
anos anteriores.
268
150
28
17
10,4
11,3
...
...
...
...
...
...
575
574
85
89
14,8
15,5
Paraná
(1)
Pernambuco (1)(2)
Rio Grande do Norte
Rio Grande do Sul
Rondônia
Roraima
Santa Catarina
(1)
São Paulo
...
...
...
...
...
...
Sergipe (3)
239
201
11
17
4,6
8,5
Tocantins
...
...
...
...
...
...
(2) Dados referem-se aos casos de Crimes Violentos Letais
Intencionais (CVLI), que incluem as ocorrências de homicídio
doloso, latrocínio e lesão corporal seguida de morte.
(3) Os dados de homicídios esclarecidos e autoria referem-se
apenas à capital, Aracaju.
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91
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Gráfico 08 · Evolução de adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa
Brasil - 1996-2013
25.000
23.066
20.000
19.595
16.535
15.000
16.868
16.940
20.532
17.703
15.426
13.489
10.000
8.579
5.000
0
9.555
4.245
199619992002200420062007200820092010 201120122013
Fonte: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República – SEDH/PR/Subsecretaria de Promoção dos
Direitos da Criança e do Adolescente - SPDCA. Levantamento nacional do atendimento socioeducativo ao adolescente em
conflito com a lei; Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE; Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
92
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93
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efetivos das forças policiais
TABELA 43 · Efetivo das Polícias Militares, Civis, e Guardas Municipais,
por sexo
Brasil e Unidades da Federação – 2014
Brasil
383.410
41.838 425.248
86.637
31.005 117.642
85.198
Total
Homens
Mulheres
Guarda Municipal
Total
Mulheres
Homens
Polícia Civil
Total
Mulheres
Brasil e Unidades da
Federação
Homens
Polícia Militar
14.156 99.354
Acre
2.441
271
2.712
815
271
1.086
-
-
-
Alagoas
6.349
786
7.135
1.762
419
2.181
2.453
339
2.792
Amapá
2.946
754
3.700
731
371
1.102
627
138
765
Amazonas
7.970
1.080
9.050
1.189
1.074
2.263
1.524
216
1.740
Bahia
26.714
4.325
31.039
4.327
1.333
5.660
8.751
866
9.617
Ceará
15.440
486
15.926
1.941
635
2.576
3.646
621
4.267
Distrito Federal
13.176
1.169
14.345
3.281
1.305
4.586
-
-
-
Espírito Santo
7.518
973
8.491
1.579
906
2.485
1.351
185
1.536
Goiás
11.000
950
11.950
2.194
845
3.039
2.685
294
2.979
Maranhão
7.263
446
7.709
1.666
368
2.034
2.151
416
2.567
Mato Grosso
5.992
587
6.579
1.593
793
2.386
198
60
258
Mato Grosso do Sul
4.833
422
5.255
1.406
531
1.937
1.654
168
1.822
Minas Gerais
38.519
3.596
42.115
7.539
2.205
9.744
4.478
591
5.069
Pará
14.047
1.896
15.943
2.081
685
2.766
2.886
378
3.264
Paraíba
8.563
700
9.263
1.325
477
1.802
1.889
237
2.126
Paraná
15.667
1.798
17.465
3.403
1.246
4.649
3.564
572
4.136
Pernambuco
17.227
2.121
19.348
4.588
1.427
6.015
4.930
440
5.370
21
181
Piauí
Rio de Janeiro
Rio Grande do Norte
4.975
360
5.335
1.320
215
1.535
160
42.147
3.988
46.135
8.480
2.107
10.587
14.121
2.855 16.976
8.717
209
8.926
1.589
340
1.929
1.102
170
1.272
17.773
2.632
20.405
3.675
1.865
5.540
2.494
338
2.832
Rondônia
4.700
500
5.200
1.669
758
2.427
22
25
47
Roraima
1.426
243
1.669
634
225
859
250
21
271
Santa Catarina
10.680
880
11.560
2.204
987
3.191
512
132
644
São Paulo
Rio Grande do Sul
79.600
9.878
89.478
23.436
8.842
32.278
22.180
Sergipe
4.343
317
4.660
1.006
300
1.306
1.274
4.858 27.038
174
Tocantins
3.384
471
3.855
1.204
475
1.679
296
41
1.448
337
Conclusão
Fonte: Pesquisa de Informações Básicas Estaduais; Pesquisa de Informações Básicas Municipais; Perfil dos
Estados e Municípios Brasileiros - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); Fórum Brasileiro de
Segurança Pública.
(-) Fenômeno inexistente.
94
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TABELA 44 · Efetivo das Polícias Militares, Civis, e Guardas Municipais,
número absoluto e razão por sexo
Brasil e Unidades da Federação – 2014
31.005
3:1
85.198
14.156
6:1
Razão
Mulheres
86.637
Razão
9:1
Razão
Homens
Guarda Municipal
Mulheres
383.410 41.838
Polícia Civil
Homens
Brasil
Mulheres
Brasil e Unidades da
Federação
Homens
Polícia Militar
Acre
2.441
271
9:1
815
271
3:1
-
-
-
Alagoas
6.349
786
8:1
1.762
419
4:1
2.453
339
7:1
Amapá
2.946
754
4:1
731
371
2:1
627
138
5:1
Amazonas
7.970
1.080
7:1
1.189
1.074
1:1
1.524
216
7:1
Bahia
26.714
4.325
6:1
4.327
1.333
3:1
8.751
866
10:1
Ceará
15.440
486
32:1
1.941
635
3:1
3.646
621
6:1
Distrito Federal
13.176
1.169
11:1
3.281
1.305
3:1
-
-
-
Espírito Santo
7.518
973
8:1
1.579
906
2:1
1.351
185
7:1
Goiás
11.000
950
12:1
2.194
845
3:1
2.685
294
9:1
Maranhão
7.263
446
16:1
1.666
368
5:1
2.151
416
5:1
Mato Grosso
5.992
587
10:1
1.593
793
2:1
198
60
3:1
Mato Grosso do Sul
4.833
422
11:1
1.406
531
3:1
1.654
168
10:1
Minas Gerais
38.519
3.596
11:1
7.539
2.205
3:1
4.478
591
8:1
Pará
14.047
1.896
7:1
2.081
685
3:1
2.886
378
8:1
Paraíba
8.563
700
12:1
1.325
477
3:1
1.889
237
8:1
Paraná
15.667
1.798
9:1
3.403
1.246
3:1
3.564
572
6:1
Pernambuco
17.227
2.121
8:1
4.588
1.427
3:1
4.930
440
11:1
4.975
360
14:1
1.320
215
6:1
160
21
8:1
42.147
3.988
11:1
8.480
2.107
4:1
14.121
2 855
5:1
Piauí
Rio de Janeiro
Rio Grande do Norte
8.717
209
42:1
1.589
340
5:1
1.102
170
6:1
17.773
2.632
7:1
3.675
1.865
2:1
2.494
338
7:1
Rondônia
4.700
500
9:1
1.669
758
2:1
22
25
1:1
Roraima
1.426
243
6:1
634
225
3:1
250
21
12:1
Rio Grande do Sul
Santa Catarina
10.680
880
12:1
2.204
987
2:1
512
132
4:1
São Paulo
79.600
9.878
8:1
23.436
8.842
3:1
22.180
4 858
5:1
Sergipe
4.343
317
14:1
1.006
300
3:1
1.274
174
7:1
Tocantins
3.384
471
7:1
1.204
475
3:1
296
41
7:1
Conclusão
Fonte: Pesquisa de Informações Básicas Estaduais; Pesquisa de Informações Básicas Municipais; Perfil dos
Estados e Municípios Brasileiros - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); Fórum Brasileiro de
Segurança Pública.
(-) Fenômeno inexistente.
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95
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TABELA 45 · Efetivo da Polícia Federal, por cargo
Brasil – 2000-2014
Brasil
Total
Nível Auxiliar
- NA
Nível Intermediário - NI
Total
Papiloscopista
Agente de
Polícia Federal
Escrivão
Perito
Delegado
Ano
Nível Superior
- NS
Plano Especial do Departamento
de Polícia Federal
Policia Federal (Carreira)
2000
750
284
1.067
4.798 193
7.092
-
-
-
-
7.092
2001
733
271
1.070
4.695 192
6.961
-
-
-
-
6.961
2002
714
263
1.056
4.848 198
7.079
-
-
-
-
7.079
2003
967
340
1.234
5.148 186
7.875
-
-
-
-
7.875
2004
1.218
447
1.405
5.108 164
8.342
121
1.638
29
1.788
10.130
2005
1.222
445
1.379
4.999 497
8.542
297
3.010
28
3.335
11.877
2006
1.258
519
1.474
5.638 492
9.381
315
3.029
26
3.370
12.751
2007
1.445
702
1.583
5.806 480
10.016
305
2.943
25
3.273
13.289
2008
1.662
913
1.723
6.212 467
10.997
280
2.835
24
3.139
14.136
2009
1.770
938
1.645
6.541 470
11.364
262
2.684
24
2.970
14.334
2010
1.840
1.117
1.597
6.298 460
11.312
239
2.548
23
2.810
14.122
2011
1.794
1.112
1.890
6.218 439
11.453
218
2.423
20
2.661
14.114
2012
1.758
1.108
1.862
6.034 429
11.191
203
2.344
19
2.566
13.757
2013
1.721
1.101
1.811
6.307 514
11.454
195
2.237
19
2.451
13.905
2014
1.690
1.090
1.779
6.203 514
11.276
185
2.148
17
2.350
13.626
Variação (%)
125,3
283,8
66,7
59,0
52,9
31,1
-41,4
31,4
92,1
29,3 166,3
Conclusão
Fonte: Boletim Estatístico de Pessoal e Informações Organizacionais, Ministério do Planejamento
(-) Fenômeno inexistente
Nota: Dados de julho do ano de referência.
96
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TABELA 46 · Efetivo do Departamento de Polícia Rodoviária Federal, por cargo
Brasil – 2000-2014
Total
Brasil
Cargos de
nível auxiliar
Cargos de nível
Intermediário
Plano Especial do Departamento
da Polícia Rodoviária Federal
Cargos de
nível Superior
Policial
Rodoviário
Federal
Ano
Departamento
de Polícia
Rodoviária
Federal
(Carreira)
2000
8.180
-
-
-
-
8.180
2001
7.928
-
-
-
-
7.928
2002
7.460
-
-
-
-
7.460
2003
7.484
-
-
-
-
7.484
2004
7.227
-
-
-
-
7.227
2005
8.164
74
667
12
753
8.917
2006
9.287
72
650
12
734
10.021
2007
9.604
70
629
12
711
10.315
2008
9.348
67
611
12
690
10.038
2009
9.072
64
589
11
664
9.736
2010
9.361
62
559
9
630
9.991
2011
9.108
51
531
9
591
9.699
2012
9.050
45
503
9
557
9.607
2013
10.227
45
540
9
594
10.821
2014
10.042
43
516
8
567
10.609
22,8
-41,9
-22,6
-33,3
-24,7
29,7
Variação (%)
Conclusão
Fonte: Boletim Estatístico de Pessoal e Informações Organizacionais, Ministério do Planejamento
(-) Fenômeno inexistente
Nota: Dados de julho do ano de referência.
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97
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municípios e segurança
pública
TABELA 47 · Municípios com guarda civil
Brasil e Unidades da Federação – 2001-2014
Cidades que possuem guarda municipal
Brasil
%
2012
%
2014
Ns.
Absolutos
%
2009
Ns.
Absolutos
% (1)
2006
Ns.
Absolutos
% (1)
2004
Ns.
Absolutos
2002
Ns.
Absolutos
Brasil e
Unidades da Federação
2001
%
%
18,0
17,7
950
17,1
786
14,1
865
15,5
993
17,8
1.081
19,4
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
Alagoas
22
20,6
26
25
24
24
36
35
43
42
48
47
Amapá
6
12,5
2
13
2
13
3
19
4
25
4
25
Amazoas
58
56,5
30
48
40
65
35
56
39
63
37
60
Bahia
52
48,2
188
45
126
30
160
38
170
41
194
47
Ceará
29
26,1
54
29
51
28
55
30
64
35
77
42
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
17
19,2
10
13
7
9
8
10
10
13
12
15
9
11,8
14
6
6
2
5
2
7
3
8
3
18
19,4
45
21
56
26
55
25
72
33
78
36
Mato Grosso
5
5,8
5
4
5
4
5
4
7
5
5
4
Mato Grosso do Sul
9
9,1
4
5
5
6
6
8
5
6
6
8
Acre
Distrito Federal
Espírito Santo
Goiás
Maranhão
Minas Gerais
4
3,6
41
5
41
5
54
6
59
7
60
7
Pará
16
18,9
25
17
13
9
15
10
20
14
25
17
Paraíba
22
15,2
27
12
21
9
24
11
29
13
35
16
Paraná
8
8,5
18
5
19
5
24
6
31
8
31
8
39
35,7
61
33
44
24
42
23
50
27
61
33
6
5,4
13
6
13
6
13
6
12
5
12
5
Pernambuco
Piauí
Rio de Janeiro
63
62
67
73
66
72
68
74
74
80
78
85
Rio Grande do Norte
26
7,8
21
13
13
8
15
9
20
12
20
12
Rio Grande do Sul
10
12,3
65
13
24
5
23
5
25
5
34
7
Rondônia
8
7,7
1
2
1
2
1
2
1
2
1
2
Roraima
7
6,7
2
13
1
7
1
7
3
20
3
20
Santa Catarina
5
6,5
12
4
10
3
9
3
15
5
12
4
São Paulo
28
29,8
194
30
185
29
188
29
208
32
211
33
Sergipe
27
25,3
22
29
10
13
16
21
20
27
22
29
Tocantins
11
2,9
3
2
3
2
4
3
5
4
7
5
Conclusão
Fonte: Pesquisa de Informações Básicas Municipais - Munic, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE; Fórum Brasileiro de
Segurança Pública.
(-) Fenômeno inexistente.
(1) Para 2001 e 2002 o IBGE divulgou apenas as porcentagens.
98
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gráfico 09 · Municípios com guarda civil por porte (número de habitantes), em porcentagem
Brasil –2006 - 2014
2,1
5,6
12,3
23,1
2006
38,0
64,1
77,1
2,0
6,3
13,4
25,4
2009
Até 5.000 hab
38,6
64,8
De 5.001 a 10.000 hab
87,5
De 10.001 a 20.000 hab
2,1
6,7
De 20.001 a 50.000 hab
16,0
De 50.001 a 100.000 hab
28,4
2012
De 100.001 a 500.000 hab
47,1
71,2
84,2
Mais de 500.000
2,7
6,2
17,8
2014
30,7
50,0
71,6
84,6
Fonte: Pesquisa de Informações Básicas Municipais - Munic, Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística, IBGE; Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
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99
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TABELA 48 · Municípios com conselho de segurança pública
Brasil e Unidades da Federação - 2006-2014
Municípios com conselho de segurança pública
Brasil
%
2014
Ns.
Absolutos
%
2012
Ns.
Absolutos
2009
Ns.
Absolutos
Ns.
Absolutos
Brasil e
Unidades da Federação
2006
%
%
445
8
579
10
642
12
691
12
Acre
-
-
1
5
-
-
1
5
Alagoas
4
4
8
8
14
14
13
13
Amapá
1
2
1
6
-
-
-
-
Amazonas
2
13
-
-
1
2
1
2
Bahia
18
4
21
5
26
6
35
8
Ceará
1
1
6
3
11
6
12
7
Distrito Federal
1
100
1
100
1
100
1
100
Espírito Santo
28
36
38
49
42
54
38
49
Goiás
21
9
33
13
44
18
40
16
2
1
3
1
3
1
9
4
28
3
40
28
41
29
45
32
5
6
4
5
11
14
10
13
91
65
128
15
137
16
143
17
3
2
8
6
9
6
10
7
Maranhão
Mato Grosso
Mato Grosso do Sul
Minas Gerais
Pará
Paraíba
2
1
5
2
5
2
6
3
Paraná
78
42
82
21
80
20
83
21
Pernambuco
10
4
14
8
14
8
16
9
2
1
3
1
3
1
6
3
13
14
13
14
16
17
19
21
-
-
2
1
2
1
5
3
37
71
55
11
64
13
69
14
Rondônia
5
33
9
17
10
19
11
21
Roraima
1
0
1
7
1
7
1
7
Piauí
Rio de Janeiro
Rio Grande do Norte
Rio Grande do Sul
Santa Catarina
22
8
20
7
24
8
19
6
São Paulo
67
89
77
12
77
12
92
14
Sergipe
3
-
5
7
4
5
5
7
Tocantins
-
-
1
1
2
1
1
1
Conclusão
Fonte: Pesquisa de Informações Básicas Municipais - Munic, Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística, IBGE; Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
(-) Fenômeno inexistente.
100 Voltar ao Sumário
Voltar ao Sumário
gráfico 10 · Atribuições dos conselhos municipais de segurança pública, em porcentagem
Brasil - 2006-2014
76,3
44,1
2006
47,4
24,6
69,0
63,4
2009
Consultivos
51,6
Deliberativos
32,8
Fiscalizadores
69,8
Normativos
60,9
2012
50,3
30,5
71,5
63,0
2014
51,7
28,2
Fonte: Pesquisa de Informações Básicas Municipais - Munic, Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística, IBGE; Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Voltar ao Sumário
101
Voltar ao Sumário
gráfico 11 · Evolução da criação das guardas municipais por períodos de quatro anos, em porcentagem
Brasil - 1978-2014
20
19,0
17,7
18
15,6
16
12,4
14
12
10
8,9
8,9
8
8,5
6
3,9
3,9 4
1,2
2
0
Até 1978
1979-1982
1983 - 1986
1987-1990
1991-1994
1995-1998
1999-2002
Fonte: Pesquisa de Informações Básicas Municipais - Munic, Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística, IBGE; Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
102 Voltar ao Sumário
2003-2006
2007-2010
2011-2014
Voltar ao Sumário
TABELA 49 · Municípios que possuem guardas municipais, com e sem conselho e
plano municipal de segurança pública
Brasil e municípios - 2014
Municipios com guarda municipal
Brasil e Municípios por
número de habitantes
Brasil
Possui conselho
municipal de
segurança pública
% dos municípios
que têm guarda
municipal e
conselho municipal
de segurança
pública
Possui plano
municipal de
segurança pública
% dos municípios
que têm guarda
municipal e plano
municipal de
segurança pública
Possuem as três
instituições
% dos municípios
com guarda que
possuem conselhos
e plano
240
22
152
14,1
58
5,4
3
9
-
-
-
-
5.001 até 10.000
7
9
4
5,3
-
-
10.001 até 20.000
23
9
8
3,3
1
2,5
20.001 até 50.000
57
17
29
8,7
6
1,8
50.001 até 100.000
48
28
34
19,5
14
8,0
100.001 até 500.000
86
46
62
33,2
30
16,0
Maior que 500.000
16
48
15
45,5
7
Até 5000
21,2
Conclusão
Fonte: Pesquisa de Informações Básicas Municipais - Munic, Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística, IBGE; Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
(-) Fenômeno inexistente.
Voltar ao Sumário
103
Voltar ao Sumário
Conselhos, planos e
guardas: o município
como espaço potencial de
inovações em segurança
pública.
Roberta Astolfi
As guardas municipais são, em comparação
com outras instituições de controle da ordem,
uma novidade no Brasil. Até 1978, havia 3,89%
do número de guardas hoje existentes e 49,08%
delas foram criadas a partir de 2003. Em termos
de cobertura, apenas 19,4% dos municípios brasileiros possuem uma guarda municipal se levarmos em consideração os dados de 2014. Por outro
lado, 71% dos municípios com mais de 100 mil
habitantes e menos de 500 mil possuem guarda e
para municípios com mais de 500 mil habitantes,
a porcentagem chega a 84,6%. Ou seja, embora
seja um fenômeno recente, as guardas municipais
espalharam-se rapidamente pelo país e tendem
a se estabilizar como típicas das médias e grandes cidades. É bastante plausível assumir que essa
característica esteja ligada a questões de disponibilidade orçamentária e percepção de violência e
criminalidade local, embora seja ainda necessário
validar empiricamente tais hipóteses.
O Estatuto Geral das Guardas Municipais (lei
Nº 13.022/ 2014) define que a função das guardas é a “proteção municipal preventiva”, que elas
104 Voltar ao Sumário
têm caráter civil e, como seus princípios mínimos
de atuação, determina: a proteção dos direitos
humanos fundamentais, do exercício da cidadania
e das liberdades públicas; a preservação da vida,
redução do sofrimento e diminuição das perdas; o
patrulhamento preventivo; o compromisso com a
evolução social da comunidade; e o uso progressivo da força. O estatuto parece indicar, entre outras
coisas, a intenção de promover o controle civil sobre as guardas.
Embora a indução federal em benefício do
controle civil seja um primeiro passo imprescindível, há outros dois aspectos fundamentais que
podem estabelecer as guardas municipais como
verdadeiras instituições parceiras da comunidade
e da administração pública a partir de uma lógica
de atuação não apenas compatível com, mas que
contribua para o aperfeiçoamento do regime democrático: a) a gestão a partir de um planejamento de construção plural e amplo consenso entre
atores locais; e b) o controle social.
Em termos institucionais, esses dois aspectos
– que se materializam da melhor forma nos pla-
Voltar ao Sumário
1
Embora as
instituições policiais estejam,
formalmente, submetidas
aos poderes executivos, a
experiência democrática
brasileira tem mostrado que
parte dessas corporações
têm uma autonomia que
frequentemente se mostra
altamente refratária ao controle
civil.
nos e nos conselhos municipais de segurança pública - ainda se mostram como uma oportunidade cuja realização precisa ser construída. Apenas
14% dos municípios que possuem guarda declararam possuir um plano municipal de segurança
pública e apenas 22% dos municípios que têm
guarda municipal possuem também um conselho
municipal de segurança pública. Além disso, apenas 58 municípios possuem as três instituições.
Em termos de atribuição, o assunto parece ter
avançado: hoje, 63% dos conselhos existentes
são considerados deliberativos e 52% fiscalizadores, embora ainda não seja possível aferir que
tipo de fiscalização é exercida.
É evidente que nem todo município precisar ter uma guarda e que, dada a amplitude
das políticas possíveis de prevenção, conselhos
e planos municipais de segurança pública po-
dem ter muitas atribuições relevantes sem que
haja uma instituição de caráter policial própria.
Porém não é desejável, do ponto de vista do
paradigma democrático da segurança pública,
que sem multipliquem novos órgãos de controle da ordem sem que estejam submetidos ao
mesmo sistema de freios e contrapesos que os
demais poderes.1
Dependentes de suas longas trajetórias e entranhadas nos dilemas do regime federativo, outras corporações policiais enfrentam maiores desafios para a modernização. Uma janela de oportunidade se abre para a inovação e as organizações
de controle da ordem no nível do município podem, ao mostrar que é possível adotar estratégias
de policiamento caras ao estado democrático de
direito, desencadear o tão esperado processo de
mudança na área.
Roberta Astolfi é pesquisadora do Fórum
Brasileiro de Segurança Pública
Voltar ao Sumário
105
parte 2
Estado, crime e
violência
Voltar ao Sumário
percepções sobre violência
e segurança
Gráfico 12 · Percentual de concordância com a frase "Bandido bom é bandido morto"
2
11%
45
50
3
Concorda
Não concorda, nem discorda
Discorda
Não sabe
Fonte: Datafolha; Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
108 Voltar ao Sumário
Voltar ao Sumário
gráfico 13 · Percentual de concordância com a frase "Bandido bom é bandido
morto", por sexo
52
48
4
2
Concorda
46
45
Não concorda, nem discorda
3
1
Discorda
Não sabe
Masculino Feminino
Fonte: Datafolha; Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
gráfico 14 · Percentual de concordância com a frase "Bandido bom é bandido
morto", por raça/cor
2
2
2
2
41
47
50
50
4
0
48
44
48
Branca
Parda
Preta
Não sabe
Discorda
Não concorda,
nem discorda
4
53
2
Amarela
Concorda
Fonte: Datafolha; Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Voltar ao Sumário
109
Voltar ao Sumário
gráfico 15 · Percentual de concordância com a frase "Bandido bom é bandido
morto", por região do país
2
1
2
2
48
37
44
43
2
4
54
52
52
Sul
Nordeste
7
2
48
Sudeste
Não sabe
Discorda
Não concorda,
nem discorda
Centro Oeste/ Norte
Concorda
Fonte: Datafolha; Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
gráfico 16 · Percentual de concordância com a frase "Bandido bom é bandido
morto", por renda familiar mensal
2
2
0
2
46
43
51
48
1
2
48
3
3
48
52
48
Até 2 S.M.
Mais de 2 a 5 S.M.
Mais de 5 a 10 S.M.
Não sabe
Discorda
Fonte: Datafolha; Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
110 Voltar ao Sumário
Não concorda,
nem discorda
Mais de 10 S.M.
Concorda
Voltar ao Sumário
gráfico 17 · Percentual de concordância com a frase "Bandido bom é bandido
morto", por faixa etária
2
1
2
3
2
53
48
48
43
30
3
3
3
3
42
48
48
51
65
16 a 24 anos
25 a 34 anos
35 a 44 anos
45 a 59 anos
60 anos ou mais
2
Não sabe
Discorda
Não concorda,
nem discorda
Concorda
Fonte: Datafolha; Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
gráfico 18 · Percentual de concordância com a frase "Bandido bom é bandido
morto", por escolaridade
3
2
1
36
45
57
4
3
2
50
58
Fundamental
Não sabe
40
Médio
Discorda
Superior
Não concorda,
nem discorda
Concorda
Fonte: Datafolha; Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Voltar ao Sumário
111
Voltar ao Sumário
Gráfico 19 · Percentual de concordância com a frase "A polícia deve preservar a
vida acima de tudo"
1
Concorda
4
Não concorda, nem discorda
Discorda
95
Fonte: Datafolha; Fórum Brasileiro de
Segurança Pública.
Gráfico 20 · Percentual de respostas à pergunta "Você tem medo de ser vítima de
agressão sexual?"
Tem medo
Não sabe
Não tem medo
33
1
67
Fonte: Datafolha; Fórum Brasileiro de
Segurança Pública.
112 Voltar ao Sumário
Voltar ao Sumário
gráfico 21 · Percentual de respostas à pergunta "Você tem medo de ser vítima de
agressão sexual?", por sexo
90
58
42
10
1
Tem medo
Não sabe
Não tem medo
Masculino Feminino
Fonte: Datafolha; Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
gráfico 22 · Percentual de respostas à pergunta "Você tem medo de ser vítima de
agressão sexual?", por raça/cor
37
30
31
1
1
70
69
Parda
Preta
0
63
Branca
Não tem medo
Não sabe
27
0
73
Amarela
Tem medo
Fonte: Datafolha; Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
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113
Voltar ao Sumário
gráfico 23 · Percentual de respostas à pergunta "Você tem medo de ser vítima de
agressão sexual?", por região do país
33
26
39
37
1
0
67
Sudeste
1
1
61
74
Sul
Nordeste
Não tem medo
Não sabe
63
Centro Oeste/ Norte
Tem medo
Fonte: Datafolha; Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
gráfico 24 · Percentual de respostas à pergunta "Você tem medo de ser vítima de
agressão sexual?", por renda mensal familiar
25
46
47
0
1
66
54
53
Mais de 2 a 5 S.M.
Mais de 5 a 10 S.M.
34
1
0
75
Até 2 S.M.
Não tem medo
Não sabe
Fonte: Datafolha; Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
114 Voltar ao Sumário
Mais de 10 S.M.
Tem medo
Voltar ao Sumário
gráfico 25 · Percentual de respostas à pergunta "Você tem medo de ser vítima de
agressão sexual?", por faixa etária
26
0
30
33
0
1
36
43
1
0
74
70
67
64
57
16 a 24 anos
25 a 34 anos
35 a 44 anos
45 a 59 anos
60 anos ou mais
Não tem medo
Não sabe
Tem medo
Fonte: Datafolha; Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
gráfico 26 · Percentual de respostas à pergunta "Você tem medo de ser vítima de
agressão sexual?", por escolaridade
33
31
0
1
1
67
69
Fundamental
38
62
Médio
Não tem medo
Não sabe
Superior
Tem medo
Fonte: Datafolha; Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
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115
Voltar ao Sumário
A Índia é aqui
Samira Bueno
Em junho do ano passado, a estudante indiana Jyoti Singh Pandey, de 23 anos, foi vítima
de um estupro coletivo dentro de um ônibus em
Nova Délhi. A jovem não resistiu aos ferimentos
e morreu dias depois. O episódio mobilizou a
imprensa internacional, que passou a discutir a
frequente prática de estupros na Índia.
Ficamos estarrecidos com a crueldade praticada no longínquo país, mas quando voltamos
nossos olhos à realidade brasileira, a situação não
é muito diferente. Em junho deste ano, Danielly
Rodrigues, de 17 anos, faleceu após ter sido vítima de um estupro coletivo no Piauí. A jovem
estava com outras três adolescentes que também
foram barbaramente torturadas e estupradas.
Denúncias de abuso sexual nos ônibus e metrôs das grandes cidades brasileiras surgem diariamente. Recentemente, o metrô de São Paulo
criou uma campanha contra o assédio intitulada
“Você não está sozinha”. Rio de Janeiro e Distrito Federal criaram o “vagão rosa”, destinado a
transportar exclusivamente mulheres na tentativa
de combater a violência sexual, como se segregar
as mulheres do espaço público fosse uma resposta válida a ser adotada pela política pública.
Nesse contexto, os dados de estupro publicados pela 9ª edição do Anuário Brasileiro de
Segurança Pública ajudam a lançar luz sobre um
debate ainda incipiente no Brasil. A publicação
aponta um recuo de 7,5% na taxa média nacional de estupros no ano de 2014, que foi de
23,5 a cada grupo de 100 mil habitantes. Em
números absolutos, isso significa que as polícias
brasileiras notificaram 47.646 casos no ano passado, ante 51.090 em 2013.
O que a princípio poderia ser uma notícia a
comemorar deve ser olhado com cautela. Estu-
dos de diferentes países demonstram que o crime de estupro é aquele que apresenta a maior
subnotificação e, como consequência, é muito
difícil afirmar que há uma redução do fenômeno
no Brasil. Para se ter uma ideia do que isso significa, o U.S. Department of Justice produziu estudo que verificou que, em 2010, apenas 35%
das vítimas nos EUA reportaram o crime à polícia. Já o Instituto de Criminologia Australiano
divulgou no "The Women’s Safety Survey" que
15% das vítimas de violência sexual australianas
reportaram o incidente à polícia no período de
12 meses anterior à pesquisa.
A Pesquisa Nacional de Vitimização (2013) verificou que, no Brasil, somente 7,5% das vítimas
de violência sexual registram o crime na delegacia.
A mais recente pesquisa do gênero, “Estupro no
Brasil: uma radiografia segundo os dados da Saúde”, produzida pelo IPEA, fala em 10% de casos
notificados e estima que, no mínimo, 527 mil pessoas sejam estupradas por ano no país.
Os dados apresentados pelas diferentes pesquisas evidenciam os limites dos registros criminais de estupro e o imenso desafio à prevenção e
combate à violência sexual no Brasil. Se apenas os
registros policiais apontam que ano passado uma
pessoa foi estuprada a cada 11 minutos, é possível imaginarmos – pelos dados da saúde - que
temos 1 vítima por minuto deste bárbaro crime.
Não à toa, pesquisa Datafolha encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública
aponta que 67% da população das grandes cidades brasileiras tem medo de ser vítima de violência sexual. Quando desagregamos este dado
por sexo, verificamos que 90% das mulheres
responderam temer a violência sexual. Infelizmente a Índia é aqui.
Samira Bueno é Diretora-executiva do
FBSP.
116 Voltar ao Sumário
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Uma janela de oportunidade
Olaya Hanashiro
A pesquisa Datafolha encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública indica que a
sociedade brasileira está dividida em relação à estratégia de enfrentamento à criminalidade no país.
Entre a população brasileira em geral, 50% disseram concordar com a afirmação de que “bandido bom é bandido morto” e 45% discordaram.
Levando em consideração parte da população que
não concorda nem discorda (3%) ou não sabe
responder (2%) e a margem de erro de 3 pontos
percentuais para mais ou para menos, podemos
afirmar que há um empate técnico.
Se por um lado é preocupante que metade
da população ainda respalde ações que resultem
nas altas taxas de letalidade policial apresentadas
no país, por outro lado, metade da população
reitera a falta de legitimidade dessas ações que,
para além do desrespeito ao estado de direito,
violam todas as convenções de direitos humanos
das quais o Brasil é signatário. Mais do que isso,
metade da população expressa a necessidade de
se repensar a estratégia de enfrentamento que
prevalece nas políticas de segurança pública, cujas
estatísticas criminais e de violência, apresentadas
neste anuário, são evidência de que essa estratégia
é ineficiente e ineficaz.
Chama a atenção o fato de que entre a população que se autodeclara parda e preta há maior
discordância em relação a essa afirmação (47% e
50% respectivamente) do que entre a população
branca (41%). De maneira semelhante, a discordância é maior entre os grupos etários mais jovens: entre a população de 16 a 24 anos, 53%
discordam, enquanto entre a população com mais
de 60 anos apenas 30% discordam. É justamente
esse grupo populacional, jovens não-brancos, que
mais sofre com a ineficácia do poder público, seja
como vítima de homicídio doloso ou da letalidade
policial. Embora a percepção de insegurança seja
generalizada na sociedade, sabemos que os riscos
são desigualmente distribuídos. Em 2013, 68,1%
das vítimas de morte por agressão eram pardas e
pretas e 53% tinham entre 15 e 29 anos (FBSP,
Anuário 2014). Ainda, o risco relativo de um jovem
negro ser vítima de homicídio no Brasil é 2,5 vezes
maior do que o de um jovem branco (Índice de
Vulnerabilidade Juvenil à Violência e Desigualdade Racial 2014). A discordância em relação à frase
também cresce à medida que a escolaridade aumenta. Entre as pessoas com nível superior, sobe
para 57%.
O enfoque na metade da população que discorda dessa afirmação tem como respaldo o grande apoio dado à outra ideia levantada na pesquisa,
a de que “a polícia deve preservar a vida acima de
tudo”: 95% das pessoas concordaram com essa
afirmação. Essa função atribuída à polícia é incoerente com ações que levam a letalidade policial a
ser a segunda causa de morte no país, à frente de
latrocínio. Preservar a vida acima de tudo significa
que a polícia deve adotar estratégias mais inteligentes de enfrentamento à criminalidade e não
alimentar a cultura da violência e a percepção de
insegurança da população.
A mensagem que a população brasileira está
dando é a de que não é possível conviver com
58.559 mortes violentas intencionais. Precisamos
de políticas de valorização da vida, que promovam
a pacificação da sociedade e a confiança nas instituições responsáveis pela segurança pública no
país. Para isso, devemos, não apenas controlar o
uso da força de nossas instituições policiais - desafio necessário e urgente-, mas repensar todo o sistema de justiça criminal. As reformas incrementais
observadas nas últimas décadas não substituem a
reforma estrutural a ser feita e a necessária democratização desse setor.
Olaya Hanashiro é coordenadora de
Projetos do FBSP.
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117
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Os Diferenciais de Confiança
na Justiça no Brasil
Luciana Gross Cunha, FGV DIREITO SP
Luciana de Oliveira Ramos, FGV DIREITO SP
Renan Gomes de Pieri, FGV DIREITO SP
Amanda Pereira, FGV DIREITO SP
Apesar do cenário de redução da concentração de renda no país, que se delineou em meados dos anos 2000,1 a desigualdade de renda e
a exclusão de determinados grupos sociais do
acesso aos direitos ainda persiste. Diversos são os
marcadores sociais que favorecem esse cenário de
desigualdade: grau de escolaridade, situação ocupacional, idade, gênero, origem regional e a cor
da pele. Nessa perspectiva, estudos sobre a relação
entre o sistema de justiça penal e a discriminação
racial revelam que os negros são o grupo que recebe tratamento menos benéfico pelas autoridades
policiais e instituições de justiça.
Resultados da pesquisa de Sérgio Adorno
(1996) mostram que a vigilância policial sobre a
população negra é maior do que sobre a população branca, tendo em vista ter havido maior
“incidência de prisões em flagrante para réus
negros (58,1%) comparativamente a réus brancos (46,0%)”. No mesmo sentido, a pesquisa
revelou que há mais réus brancos respondendo a
118 Voltar ao Sumário
processo em liberdade (27,0%) do que réus negros (15,5%); e, além disso, concluiu-se que réus
negros dependem mais da assistência judiciária
proporcionada pelo Estado (defensoria pública e
dativa, correspondendo a 62%) se comparados
aos réus brancos (39,5%).
Todos esses dados produzidos na década de
1990 já demonstravam a relação entre a discriminação racial e a justiça criminal. Diante disso, pode-se esperar que essa parcela da população confie menos nas instituições de justiça e na polícia.
No presente artigo, são examinadas as diferenças de percepção sobre o sistema de justiça e
a polícia entre os brancos (aqueles que se declararam de cor branca ou amarela) e os não-brancos
(nos quais se incluem pardos, negros e indígenas).
Para isso, foram utilizados os dados do Índice de
Confiança na Justiça (ICJBrasil), produzido pela Escola de Direito de São Paulo da Fundação Getulio
Vargas. Iniciado em 2009, o ICJBrasil consiste na
aplicação de um questionário, a cada trimestre, em
1
De acordo com
o coeficiente de Gini, que é
a medida de desigualdade
de renda mais comumente
utilizada, o grau de
concentração de renda no Brasil
caiu 4% entre 2001 e 2004,
passando de 0,593 para 0,569.
Voltar ao Sumário
oito diferentes unidades da federação, nas regiões metropolitanas e no interior, com cidadãos
maiores de 18 anos, que compõem uma amostra construída com base em variáveis como sexo,
rendimento mensal domiciliar, escolaridade, faixa
etária e condição socioeconômica. Durante o ano
de 2014, foram entrevistadas 6.623 pessoas nos
estados do Amazonas, Bahia, Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São
Paulo e Distrito Federal.
O Gráfico 27 apresenta os diferenciais de
confiança no Judiciário. Os resultados do ICJBrasil para o ano de 2014 revelam que a maioria
dos entrevistados, independentemente da raça,
não confia no Judiciário (acha “Pouco confiável”
ou “Nada confiável”). Todavia, a confiança dos
brancos na Justiça é maior do que a dos não-brancos, sendo o diferencial de 6 pontos percentuais entre os que responderam “Confiável”.
gráfico 27 · Confiança no Judiciário
Em porcentagem
47
50
Branco
Não Branco
32
26
15
2
18
3
2
Muito
Confiável
Confiável
Pouco
Confiável
Nada
Confiável
4
Não sabe
Fonte: ICJBrasil Ano 6.
Com relação à satisfação com a Polícia, também existem diferenças, porém com níveis mais
altos. Dentre os “Muito satisfeitos”, os brancos
apresentam 2 pontos percentuais a mais que os
não brancos, o mesmo ocorrendo com os que
responderam “Um pouco satisfeito”. Já entre os
que estão um pouco insatisfeitos, os não-brancos
apresentaram frequência 4 pontos percentuais
maior e entre os que responderam “Muito insatisfeito”, 1 ponte percentual. Tal diferencial de
satisfação com a polícia corrobora Sampaio et al.
Voltar ao Sumário
119
Voltar ao Sumário
(2015), que estima o impacto da criminalidade sobre a
confiança na polícia, mostrando que tal efeito é significativamente maior para a população de não-brancos,
que tende a confiar menos.
gráfico 28 · Satisfação com a Polícia
36
34
Em porcentagem
Branco
30
28
25
8
Não Branco
26
12
1
Muito
Satisfeito
Um Pouco
Satisfeito
Um Pouco
Insatisfeito
Muito
Insatisfeito
1
Indiferente
Fonte: ICJBrasil Ano 6.
Há várias hipóteses que podem explicar os diferenciais de confiança e satisfação com as instituições acima mencionadas. A primeira tem a ver
com a existência de discriminação racial na atuação dessas instituições em solucionar os problemas
de cada grupo étnico. Outra hipótese seria a de
haver diferenças de conhecimento sobre e familiaridade com essas instituições, devido à alta correlação entre as dimensões de raça e o acesso à
educação e a ocupação no mercado de trabalho.
Entretanto, exclui-se no presente trabalho
uma terceira hipótese: a de que brancos e não-brancos teriam acessos distintos à justiça. Obviamente que os custos para acessar o Sistema Judiciário vão muito além do que se incorre para entrar
com uma causa, mas o gráfico abaixo de percepção nos mostra que não há diferenças significativas entre brancos e não-brancos sobre os custos
para entrar com uma ação na Justiça.
120 Voltar ao Sumário
Voltar ao Sumário
gráfico 29 · Em termos de custos para entrar com uma causa na
Justiça, o Judiciário Brasileiro é:
40 41
35
Em porcentagem
Branco
36
Não Branco
14
9
9
2
Muito
Caro
Um Pouco
Caro
Barato
12
2
Muito
Barato
Não sabe
Fonte: ICJBrasil Ano 6.
Diante desses resultados, concluímos que
a discriminação racial em relação aos negros influencia negativamente a confiança desse grupo
nas instituições do sistema de justiça e a satisfação
com a polícia. De maneira semelhante, a falta de
familiaridade com o Judiciário também explica o
baixo grau de confiança nessa instituição.
Bibliografia
ADORNO, Sergio (1996). Racismo, criminalidade violenta e justiça penal: réus brancos e negros em
perspectiva comparativa. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, n. 18.
SAMPAIO, J. O. et al. (2015). Does the concern about local crime affect trust in the police? Work in
progress.
Voltar ao Sumário
121
parte 3
Juventude e Violência
Voltar ao Sumário
Adolescentes em Conflito
com a Lei – Atos infracionais
e medidas socioeducativas
Rodrigo Ghiringhelli
O envolvimento de adolescentes com a criminalidade tem sido foco de preocupações e debates por parte das diferentes esferas de governo e
da opinião pública brasileira. Recentemente, esses
debates têm focado a possibilidade de redução da
maioridade penal, levando adolescentes a partir
dessa idade e que cometeram atos ilícitos a serem
julgados e sentenciados como adultos. A depender da sentença, esses adolescentes seriam encaminhados ao sistema prisional. Outra alternativa
que tramita no Congresso propõe o aumento do
tempo de internação para adolescentes autores de
ato infracional, aumentando o limite dos atuais 3
anos para até 8 anos de internação.
A fixação da maioridade penal em 18 anos
está prevista no artigo 228 da Constituição Federal
de 1988. Porém, no Congresso Nacional, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Federal
aprovou, em março deste ano, que a redução da
maioridade penal para 16 anos não fere a Constituição, viabilizando a tramitação da Proposta de
Emenda Constitucional. A PEC 171/1993 e seus
defensores contam com amplo apoio da opinião
pública. Segundo levantamento nacional do Instituto CNT/MDA, realizado em 2013, 92,7% dos
entrevistados manifestaram-se favoráveis à redução da maioridade penal. Outro levantamento realizado no mesmo ano no estado de São Paulo, pelo
Instituto DataFolha, também apontou o apoio de
124 Voltar ao Sumário
93% dos entrevistados à redução da maioridade
penal para 16 anos. Para 72% dos entrevistados,
essa redução deveria ser aplicada independentemente da gravidade do crime cometido, e 92%
concordaram que adolescentes de 16 e 17 anos
que cometerem crimes graves deveriam ser transferidos para o sistema prisional ao completarem
18 anos.
O apoio da opinião pública, que pede medidas mais duras, e a aprovação da PEC 171/1993
na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara
Federal exemplificam como os debates recentes
tendem a favorecer uma interpretação punitiva do
envolvimento dos adolescentes com a criminalidade urbana. Ou seja, há uma tendência nos debates públicos de que o problema da criminalidade
urbana juvenil seja entendido como uma questão
de reforma penal, no sentido de endurecimento
das punições. Entre os discursos que justificam a
redução da maioridade penal, estão a alegada impunidade de adolescentes autores de atos ilícitos.
A redução da maioridade penal seria uma resposta
à impunidade de adolescentes, que cometeriam
atos ilícitos motivados pela certeza de que não
podem ser presos e punidos como adultos. Essa
justificativa, muito presente entre defensores do
endurecimento penal, baseia-se na ideia de que
o aumento da severidade da punição serve como
instrumento de prevenção ao crime, desencorajan-
Voltar ao Sumário
do as pessoas a violarem a lei pelo medo das penas. O problema deste argumento é que, se fosse
verdadeiro, implicaria em um número expressivo
de crimes praticados por adolescentes entre 12 e
18 anos incompletos, e uma redução significativa
destas taxas a partir dos 18 anos de idade. Os dados trazidos pelo 9º Anuário Brasileiro de Segurança Pública não corroboram esta hipótese.
Com relação ao argumento da impunidade, o
Anuário apresenta os dados sobre a evolução do
número de adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa no período de 1996 a 2013,
incluindo as medidas de internação, internação
provisório e semiliberdade. Em números absolutos,
passamos de um total de 4.245 adolescentes submetidos a estas medidas em 1996 a um total de
23.066 adolescentes em 2013, crescimento da ordem de 443,36%, que demonstra o aumento da
utilização pelo sistema de justiça juvenil dos mecanismos de controle socioeducativo com restrição à
liberdade previstos pelo Estatuto da Criança e do
Adolescente ao longo deste período.
Analisando as taxas de adolescentes em medida socioeducativa com restrição de liberdade por
100 mil, verifica-se que passamos de uma taxa de
97,7 por 100 mil em 2012 para 111,3 por 100 mil
em 2013, com uma variação no período de um
ano de 13,3%. Entre os estados que mais aplicam
as medidas de restrição de liberdade, destaca-se o
Acre, que chegou em 2013 a uma taxa de 396,9
adolescentes internados por 100 mil; o Distrito Federal, com 294,5 adolescentes internados por 100
mil; Roraima, com 264,1 por 100 mil; o Espírito
Santo, com 236,4 por 100 mil; e o estado de São
Paulo, com um taxa de 226,4 adolescentes internos por 100 mil, e que em números absolutos tem
9.264 adolescentes internos, próximo da metade
do total do país. Os demais estados se situam em
uma faixa intermediária, e chama a atenção, em
sentido inverso, o estado do Maranhão, com uma
taxa de apenas 14,9 adolescentes internos por
100 mil no ano de 2013.
Quanto aos atos infracionais praticados pelos
adolescentes, o 9º Anuário traz dados sobre quais
foram, qual a variação entre os anos de 2011 e
2013, assim como a relação entre o total de homicídios esclarecidos no país e de homicídios praticados por adolescentes entre 12 e 17 anos de idade.
Sobre os atos infracionais praticados, predominam o roubo, que representa 42% do total de
atos infracionais registrados no ano de 2013 em
todo o país, seguido pelo tráfico de drogas, que
representa 24,8% dos atos infracionais registrados. Em seguida vem o homicídio, com 9,2%; o
furto, com 3,6%; a tentativa de homicídio, com
3,1%; o porte ilegal de arma de fogo, com 2,4%;
e o latrocínio, com 2,0%. Os dados mostram uma
homologia muito grande com o perfil dos delitos
praticados por maiores de idade e que resultam
em encarceramento no Brasil, em que predominam também o roubo e o tráfico de drogas, e dão
conta muito mais do padrão de funcionamento
das agências de controle, que atuam com baixo
grau de integração e inteligência, dependendo da
prisão em flagrante para o encaminhamento do
caso à justiça. É evidente que os registros têm o
viés determinado por esta peculiaridade, havendo
uma cifra oculta de atos delitos e atos infracionais
que não chegam ao conhecimento das polícias e
não constam das estatísticas oficiais. Há uma pequena variação no período analisado, de 2011 a
2013, o que reforça a ideia de que o que estes
dados mostram é o padrão de atuação das polícias
e o foco nos delitos contra o patrimônio, supostamente com violência ou ameaça à pessoa, e no
mercado de drogas.
Quanto aos dados sobre a relação entre
homicídios esclarecidos (ou inquéritos relatados) e
homicídios praticados por adolescentes, importante destacar que não há dados para grande parte
dos estados, entre os quais São Paulo, Minas, Rio
de Janeiro, Ceará e Distrito Federal. Também é importante referir que, para alguns estados, foram
considerados não os homicídios esclarecidos no
ano, e sim os inquéritos relatados, o que significa
que podem estar incluídos homicídios praticados
em anos anteriores. De qualquer forma, o estudo
permite estabelecer uma estimativa do percentual
de homicídios praticados por adolescentes sobre
os homicídios totais nos anos de 2013 e 2014.
Neste sentido, percebe-se que a taxa é de 10,4%
do total de 16.553 homicídios esclarecidos em
2013, e de 10,7% do total de 17.854 homicídios
esclarecidos em 2014. Se por um lado percebe-se
que o percentual não é irrelevante, por outro fica
demonstrado que a contribuição de adolescentes
para a taxa total de homicídios no Brasil é pequena,
e que boa parte deles acaba submetida de forma
célere a medida socioeducativa de internação de
até 3 anos. Isso ocorre ao contrário do que acontece com a grande maioria dos homicídios praticados por adultos, que segundo recente pesquisa
realizada aos auspícios da Secretaria Nacional de
Reforma do Poder Judiciário, quando esclarecidos
Voltar ao Sumário
125
Voltar ao Sumário
e encaminhados à justiça, levam em média mais
de 7 anos para serem julgados, e quando resultam
em condenação dificilmente vão implicar em permanência em regime prisional fechado por período maior do que 3 anos.
Do ponto de vista da pesquisa social, há vários
aspectos que podem ser abordados, relacionados
com o tema da redução da maioridade penal, desde os elementos relacionados com a dimensão
normativa/constitucional, em que se colocam em
questão direitos afirmados pela Carta Constitucional de 88, e no caso específicos regulamentados
pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, até a
dimensão empírica da forma como as medidas socioeducativas são na prática aplicadas, que tipo de
efeitos produzem sobre os adolescentes em conflito com a lei, como estes se relacionam com o
mercado da droga e outras ilegalidades, que implicações teria a sua inserção antecipada no sistema
prisional, quais as políticas públicas voltadas para
a juventude tem sido implementadas, e qual a sua
capacidade para contribuir com a produção identitária destes adolescentes, em um contexto marcado pela cultura da masculinidade violenta.
No plano normativo, como lembra Sposato
(2013), ao que parece não é propriamente o marco temporal de fixação da idade que está em jogo
nas iniciativas que visam adotar tratamento mais
severo a adolescentes autores de infração penal,
senão o reiterado fascínio que exerce o direito e o
sistema penal como solução mágica. Mais do que
pensar e refletir sobre elementos da capacidade
penal do adolescente em face da prática delitiva,
as diversificadas propostas que se avolumam no
Congresso Nacional propugnando a redução da
maioridade penal possuem como denominador
comum a crença de que a ameaça da pena criminal poderá reverter o quadro de infrações praticadas por adolescentes e de que punir adolescentes
como se adultos fossem seria a solução para o
problema da delinquência juvenil. Para a autora,
a constitucionalização do Direito da Criança e do
Adolescente no Brasil vem operando efeitos importantes na organização da Justiça Especializada
para o trato de questões relacionadas à infância e
juventude, na formulação de políticas públicas dirigidas a esta população, em atendimento ao princípio da prioridade absoluta e na ação de diversos
atores políticos e na configuração de um novo padrão para as relações sociais que envolvem crianças e adolescentes e seus interesses.
Fato é que em 1988, quando do debate que
126 Voltar ao Sumário
resultou na Constituição Cidadã, ingressamos, ainda que tardiamente, em um contexto de afirmação de direitos e garantias sociais e individuais, que
embora não estivessem e não estejam até hoje assegurados, eram ao menos (o que não é pouco)
constitucionalmente declarados. A sociedade brasileira assumia, então, o compromisso de viabilizar
o acesso aos direitos ali declarados, expressos no
conceito de cidadania, a grupos sociais até então
discriminados e alijados do seu exercício, em uma
sociedade que se caracterizava desde sempre pelos privilégios e hierarquias sociais.
Entre as várias áreas em que o legislador
constituinte buscou interferir para que, por meio
da ação do Estado e da sociedade organizada, se
assegurassem os direitos ali explicitados, uma das
mais, senão a mais importante, foi a da atenção às
crianças e adolescentes, reconhecidamente tratados até então como subcidadãos. Cabia ao Estado, na época do Código de Menores, por meio da
Polícia e da Justiça de Menores, suprimir os conflitos e enquadrar os desviantes, valendo-se para isso
de toda sorte de castigos corporais e psíquicos,
cujos reflexos se perpetuaram por muitos anos em
relações sociais de violência e sofrimento.
Dando maior concretude às previsões constitucionais, o Estatuto da Criança e do Adolescente, aprovado em 1990, estabeleceu as bases para
a mudança de paradigma, apontando caminhos
para o enfrentamento das situações de abandono
e negligência familiar, responsabilizando de forma
coletiva as autoridades responsáveis pelo tema, e
estabelecendo critérios efetivos de responsabilização dos adolescentes pelo cometimento de atos
infracionais, com medidas socioeducativas que vão
desde a advertência e o acompanhamento familiar
até a internação por período de até três anos.
Quanto à questão do envolvimento de adolescentes com a criminalidade violenta, Liana de Paula (2014) lembra que o tema apresenta-se como
um problema social no Brasil desde o início do século XX. Foi nesse período – marcado pelas transformações da vida social, política e econômica
brasileira no sentido de sua modernização – que
a presença de adolescentes nas ruas da cidade e
seu envolvimento em contravenções e crimes passaram a chamar a atenção da opinião pública e a
gerar debates, pressionando as autoridades a buscar soluções. Em resposta, diferentes formas de
explicar esse fenômeno e também diferentes propostas de intervenção têm sido elaboradas. Para
de Paula, o campo de discursos e práticas sobre
Voltar ao Sumário
o envolvimento de adolescentes com a criminalidade urbana mobilizou, desde a sua emergência,
a categoria pobreza como chave explicativa desse
envolvimento. Essa categoria passou por ressignificações ao longo do século 20, passando da definição de pobreza como não trabalho para sua
reconfiguração enquanto marginalização social e
desestruturação familiar, e chegando, no final do
século, à redefinição de pobreza como violação de
direitos. Contudo, ela permanece informando os
discursos e as práticas direcionados aos adolescentes envolvidos com atos ilícitos e estabelecendo os
critérios que delimitam quem são os adolescentes
cujas condutas são consideradas um problema.
Por fim, quanto à pouca efetividade dos direitos legalmente assegurados para a juventude
no Brasil, Joana Vargas (2011) lembra que, apesar
do Brasil ter ratificado a Convenção da ONU, de
1989, adotado os seus princípios na Constituição
de 1988, e promulgado, em 1990, uma nova le-
gislação relativa à infância - o Estatuto da Criança
e do Adolescente -, os direitos da criança e, especialmente, os direitos dos adolescentes pardos
e pretos, pobres, infratores ou supostamente infratores vêm sendo sistematicamente violados.
Talvez porque esses jovens habitem os espaços do
não direito, ainda muito pouco tem sido feito para
interromper ou prevenir tal tragédia. Não se trata
apenas da indiferença frente à violação do direito
à vida, o mais fundamental de todos os direitos,
mas também da atitude de conivência frente a
certas práticas punitivas, que agora se pretende
amplificar, sem que se verifique a real dimensão
do problema, suas diferentes origens, irredutíveis
à lógica retributivas do sistema penal, e os efeitos
colaterais da institucionalização de jovens cujo perfil denota as dificuldades reiteradamente enfrentadas para dar efetividades aos direitos de boa parte
da juventude brasileira, muito mais vítima do que
autora da violência social.
Rodrigo Ghiringhelli de Azevedo é
sociólogo, professor e pesquisador da
PUCRS.
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127
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Gráfico 30 · Percentual de adolescentes autores em relação ao
total de homicídios esclarecidos e/ou inquéritos relatados
Brasil - 2013
10,4
89,6
Adolescentes autores
Não-adolescentes autores
Fonte: Secretarias Estaduais de Segurança Pública e/ou Defesa Social; Polícias Civis Estaduais;
Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
128 Voltar ao Sumário
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Gráfico 31 · Percentual de adolescentes autores em relação ao
total de homicídios esclarecidos e/ou inquéritos relatados
Brasil - 2014
10,7
89,3
Adolescentes autores
Não-adolescentes autores
Fonte: Secretarias Estaduais de Segurança Pública e/ou Defesa Social; Polícias Civis Estaduais;
Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Bibliografia
VARGAS, Joana. Adolescentes infratores no Rio de Janeiro: violência e violação de direitos fundamentais.
Revista do CFCH, ano 2, nº 4, dez/2011.
DE PAULA, Liana. Da “questão do menor” à garantia de direitos: discursos e práticas sobre o envolvimento de adolescentes com a criminalidade urbana. Revista Civitas v. 15, n. 1 (2015).
SPOSATO, K. B. . Impedimentos constitucionais à redução da maioridade penal. Revista Brasileira de Estudos Constitucionais, v. 25, p. 33-52, 2013.
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129
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Violência nas escolas
Patrícia Nogueira Pröglhöf
tema, realizadas com diretores, professores, alunos
e avaliadores externos, permite identificar que a
violência nas escolas consiste de fato em uma realidade do sistema educacional brasileiro. No entanto, os dados revelam igualmente a complexidade
deste fenômeno, que se apresenta sob diversas facetas e com níveis de ocorrência variados, levando
à necessidade de um aprofundamento da reflexão
sobre as estratégias de intervenção necessárias ao
seu enfrentamento.
Em 2014, um em cada quatro brasileiros
apontou a falta de segurança e a violência nas
escolas como o principal problema da educação
pública no Brasil, segundo dados de pesquisa realizada pelo Instituto Data Popular. Dentre os entrevistados, 73% identificou ainda a existência de um
grau elevado de violência nas escolas, revelando
que para a população brasileira este é um problema concreto e que aflige todo o país.
O avanço de pesquisas nacionais sobre o
gráfico 32 · Principal problema da educação pública no Brasil hoje, em percentual
28
Falta de segurança na escola / Violência
15
Alunos desrespeitosos
9
9
Professores ganham pouco
Professores desmotivados
6
6
6
Falta de infraestrutura
Professores mal preparados
Alunos não aprendem
4
4
Falta de interesse dos alunos
Não ter reprovação / não repetir de ano
3
Poucos professores / Falta de professores
2
2
2
Outros
Falta de vagas / faltam escolas / faltam creches
Professores faltam muito
1
1
Tem muitos alunos por turma
NS/NR
Nenhum
130 Voltar ao Sumário
0
Fonte: Instituto Data Popular. Pesquisa
Educação, motor de um país melhor, 2014.
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Gráfico 33 · Percentual de respostas sobre a ocorrência de violência
nas escolas públicas brasileiras
1
11
Sim, muita
16
Sim um pouco
Não
Não sabe
73
Fonte: Instituto Data Popular. Pesquisa
Educação, motor de um país melhor, 2014.
1
Um panorama
histórico das pesquisas
sobre violência nas pode ser
encontrado em Sposito (2001) e
em Pröglhöf (2015).
Um breve panorama sobre o problema
Apesar das relações entre escola e violência
não serem novas – lembramos, por exemplo,
que a violência física foi por muito tempo utilizada como instrumento de disciplina e de punição – a análise deste fenômeno surge de modo
mais contundente no país nos últimos 30 anos e
altera-se com o passar das décadas. Inicialmente
compreendida em sentido mais restrito, a partir
de situações de indisciplina e de perturbação da
ordem escolar, o conceito de violência nas escolas
passa progressivamente a incluir também situações que vão desde problemas de relacionamento interpessoal, como intimidação e agressividade
entre os alunos, até ocorrências mais extremas e
de natureza criminal, como roubos, furtos, porte
de armas, entre outros.
Diante dessa diversidade de situações que começam a ser designadas sob este conceito, surge uma dificuldade concreta de se dimensionar a
amplitude da violência nas escolas. Nesse cenário,
como determinar se as instituições escolares têm
se tornado mais ou menos violentas ao longo do
tempo? Como avaliar quais são as situações que
mais afetam o cotidiano de alunos, professores,
diretores e de toda a comunidade escolar? Como,
por consequência, definir e priorizar respostas
para o problema?
No Brasil, as primeiras tentativas de diagnosticar a violência nas escolas foram conduzidas pelo poder público ainda na década de
80, impulsionadas pelo aumento da violência
urbana, e apontavam para depredações, furtos
e invasões do espaço escolar em períodos ociosos como as principais dificuldades encontradas
pelas escolas à época.1 Na década de 90, começam a ser realizadas pesquisas por parte de
organizações não governamentais e entidades
profissionais, como sindicatos e associações, e
o tema perde centralidade nos levantamentos
nacionais produzidos pelo poder público, pas-
Voltar ao Sumário
131
Voltar ao Sumário
sando a ser abordado em meio a pesquisas mais
amplas realizadas com os jovens em idade escolar. É principalmente nesta década que as pesquisas começam a indicar o início de mudanças
no padrão da violência observada nas escolas,
que passa a abranger, para além de situações de
vandalismo, invasões e depredações, também
práticas de violência interpessoal, como ofensas
verbais, agressões físicas e ameaças.
No início dos anos 2000, destaca-se a relevância que o tema da violência nas escolas
adquire na agenda internacional, impulsionado
principalmente por organismos o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a
Ciência e a Cultura (Unesco). Nesse contexto, os
diagnósticos de maior importância sobre o tema
no período são produzidos por centros de pesquisa com o apoio destas agências,2 não sendo
encontrados levantamentos sobre o problema
por parte do governo.
Embora ainda inexista um sistema nacional
de coleta de dados oficiais sobre a ocorrência de
episódios de violência nas escolas, sendo tam-
bém poucos os estados e municípios a disporem
de sistemas de registro dessas situações,3 é principalmente a partir do final dos anos 2000 que
o país volta a dispor de informações coletadas
pelo poder público, de abrangência nacional e
de realização periódica. Isto se dá principalmente por meio da inclusão de perguntas sobre o
tema na Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), realizada por meio de uma parceria
entre o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e o Ministério da Saúde,4 e da Avaliação
Nacional do Rendimento Escolar (Prova Brasil),
realizada pelo Ministério da Educação por meio
do Instituto Nacional De Pesquisas Educacionais
Anísio Teixeira – INEP.5
Retomando uma tendência anterior, estas
pesquisas tornam a lidar com o problema como
parte de pesquisas mais amplas e sob a ótica
de estudos de vitimização. Como apresentado a
seguir, os dados mais recentes disponíveis destas pesquisas revelam que, ainda hoje, a da violência nas escolas persiste como um problema
cotidianamente enfrentado pelas instituições
escolares brasileiras.
2
A exemplo da ““Pesquisa Nacional Violência, Aids e Drogas nas Escolas”, coordenada pelas
pesquisadoras Miriam Abramovay e Maria das Graças Rua (2002) e realizada em escolas públicas e
privadas de 14 capitais brasileiras, e da pesquisa “Cotidiano das Escolas: entre violências”, realizada
dois anos mais tarde em cinco capitais brasileiras e no Distrito Federal, também coordenada por Miriam
Abramovay (2005).
3
São exemplos de ferramentas dessa natureza o Sistema de Registro de Ocorrências Escolares
(ROE) do Estado de São Paulo, e o Sistema de Registro de Ocorrência de Violência Escolar (ROVES) do
município de Canoas (RS).
4
A PeNSE é realizada desde 2009, com periodicidade trienal. No site do IBGE, estão disponíveis
para consulta os resultados das edições de 2009 e 2012; a edição de 2015 foi realizada no primeiro
semestre deste ano e, até o fechamento do texto, não havia previsão para o lançamento de seus resultados.
A pesquisa é realizada com o objetivo de conhecer e dimensionar os diversos fatores de risco e de proteção
à saúde dos escolares, utilizando para tal uma ampla amostra de alunos do 9º ano do Ensino Fundamental
de escolas públicas e privadas listadas nos Censos Escolares.
6
A Prova Brasil é realizada desde 2005, com periodicidade bienal, como parte do Sistema
de Avaliação da Educação Básica (Saeb). Tem como objetivo avaliar a qualidade do ensino das escolas
públicas brasileiras e é realizada em todas escolas que possuem ao menos 20 alunos matriculados nos
anos avaliados. A avaliação inclui um questionário sobre o contexto das escolas, que busca coletar
informações sobre aspectos da vida escolar, do nível socioeconômico e do capital social e cultural dos
alunos, visando o desenvolvimento de estudos sobre fatores associados ao desempenho dos alunos. Os
questionários de contexto respondidos por diretores, professores e pelos avaliadores do INEP incluem
questões ligadas à ocorrência de violência nas escolas. Estas mesmas perguntas não são feitas nos
questionários de contexto respondidos pelos alunos.
132 Voltar ao Sumário
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6
A Prova Brasil é
respondida por professores
de Língua Portuguesa e
matemática
O que nos contam os dados atuais
Os resultados da edição de 2013 da Avaliação Nacional do Rendimento Escolar (Prova Brasil)
apontam que, segundo professores6 e diretores
de escolas públicas de todo o país, as situações de
violência que hoje ocorrem com maior frequência
nas escolas são aquelas de nível interpessoal, relacionadas a agressões verbais ou físicas, principalmente entre os alunos da escola (76,3% dos
diretores e 71,8% dos professores respondentes
relataram a existência deste fato, no último ano,
na escola em que trabalham). Chama igualmente
atenção o dado de que mais da metade dos diretores (54,8%) e dos professores (52,3%) afirma
terem acontecido situações de agressão verbal ou
física de alunos a professores ou funcionários da
escola. Em uma análise regional, é possível perceber que o relato destes tipos de agressão por diretores e professores encontra-se – com algumas
exceções – menos presente nos estados do Norte
e Nordeste, sendo mais recorrente nas regiões
Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
No que se refere às situações de vitimização
pessoal, são alarmantes as revelações de que 1
entre cada 10 diretores brasileiros já sofreu ameaças por parte de algum aluno e de que o número de diretores e professores que afirmam terem
sido efetivamente vítimas de atentado à vida é
maior do que aqueles que relatam terem sido
vítimas de roubo na escola (2,5% contra 1,5%
no caso de diretores e 1,8% contra 1% no caso
dos professores). É interessante notar, nestes casos, que os professores dos estados das regiões
Sul e Centro-Oeste são os que mais relatam a
presença de ameaças, enquanto os professores
da região Norte parecem ser os que sofreram o
maior número de atentados à vida. Já entre os
diretores, Roraima destaca-se com um percentual de relatos de atentado à vida que se apresenta
próximo ao dobro do verificado no conjunto do
país (4,9% contra 2,5%). É também este o estado em que os diretores mais relataram terem
sido vítimas de furto (14,1% no estado contra
8,4% no total do país).
A pesquisa aponta ainda que, embora baixo, o porte de armas de fogo por alunos não é
inexistente, e que a presença armas brancas –
como facas e canivetes – consiste em uma realidade nas escolas brasileiras, sendo percebida por
um entre cada seis diretores respondentes. Aqui,
o estado do Amapá apresenta a situação mais
preocupante, com uma percepção da presença
de armas brancas nas escolas bastante maior do
que a verificada no total do país: 30,2% contra
16,3%, na percepção dos diretores, e 12% contra 4,9% no caso dos professores. Nesta questão, destaca-se também o Distrito Federal, no
qual os diretores apontam uma percepção da
presença de armas brancas similar à do Amapá
(30,2%) e em que a presença de armas de fogo
atinge a maior frequência do país (4,5%).
A presença de armas brancas nas escolas é
percebida por um entre cada seis diretores.
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133
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Não
Branco/Nulo
%
%
%
%
237.186
31.101
54,8
24.100
42,5
1.536
2,7
43.297
76,3
11.880
20,9
1.560
2,7
1.523
173
52,4
155
47,0
2
0,6
260
78,8
68
20,6
2
0,6
%
Ns.
Absolutos
Sim
Ns.
Absolutos
Branco/Nulo
Ns.
Absolutos
Não
Ns.
Absolutos
Acre
Sim
Agressão verbal ou física de alunos a outros alunos
da escola
Ns.
Absolutos
Brasil
Agressão verbal ou física de alunos a professores ou
funcionários da escola
Ns.
Absolutos
Brasil e Unidades da
Federação
Total de diretores
respondentes
TABELA 50 · Percepção de diretores sobre a ocorrência de situações de violência na escola em que
trabalha no último ano
Brasil e Unidades da Federação - 2013
%
Alagoas
4.123
552
49,9
532
48,1
23
2,1
865
78,1
218
19,7
24
2,2
Amapá
1.431
150
50,3
142
47,7
6
2,0
220
73,8
68
22,8
10
3,4
6.228
352
27,5
727
56,8
202
15,8
710
55,4
359
28,0
212
16,5
Bahia
Amazonas
15.904
2.799
56,3
2.149
43,2
28
0,6
4.067
81,7
876
17,6
33
0,7
Ceará
11.639
1.124
40,5
1.152
41,5
501
18,0
1.676
60,4
618
22,3
483
17,4
2.771
317
57,3
232
42,0
4
0,7
459
83,0
92
16,6
2
0,4
Distrito Federal
Espírito Santo
4.395
601
59,4
402
39,7
9
0,9
795
78,6
208
20,6
9
0,9
Goiás
7.800
1.174
65,4
611
34,0
10
0,6
1.489
83,0
300
16,7
6
0,3
Maranhão
9.238
1.082
40,8
1.544
58,3
23
0,9
1.793
67,7
825
31,1
31
1,2
Mato Grosso
4.950
613
61,5
374
37,6
9
0,9
817
82,0
167
16,8
12
1,2
Mato Grosso do Sul
3.787
483
64,7
258
34,5
6
0,8
613
82,1
128
17,1
6
0,8
Minas Gerais
24.759
3.370
60,4
2.169
38,9
40
0,7
4.202
75,3
1.346
24,1
31
0,6
Pará
10.644
1.034
37,3
1.404
50,6
334
12,0
1.801
65,0
637
23,0
334
12,0
Paraíba
4.774
659
47,0
600
42,8
142
10,1
938
67,0
301
21,5
162
11,6
Paraná
14.114
2.280
59,9
1.509
39,7
16
0,4
3.093
81,3
695
18,3
17
0,4
Pernambuco
11.204
1.435
56,7
1.084
42,8
13
0,5
2.023
79,9
496
19,6
13
0,5
3.948
602
44,5
736
54,4
15
1,1
970
71,7
366
27,1
17
1,3
12.528
1.969
56,3
1.505
43,1
21
0,6
2.725
78,0
750
21,5
20
0,6
3.770
681
55,9
531
43,6
7
0,6
950
77,9
259
21,2
10
0,8
Piauí
Rio de Janeiro
Rio Grande do Norte
11.434
1.687
62,3
999
36,9
21
0,8
2.195
81,1
490
18,1
22
0,8
Rondônia
Rio Grande do Sul
2.269
302
56,4
232
43,4
1
0,2
433
80,9
99
18,5
3
0,6
Roraima
1.117
103
55,7
79
42,7
3
1,6
144
77,8
37
20,0
4
2,2
Santa Catarina
São Paulo
9.848
1.163
59,0
800
40,6
8
0,4
1.601
81,2
362
18,4
8
0,4
47.545
5.607
60,9
3.561
38,7
33
0,4
7.347
79,9
1.819
19,8
35
0,4
Sergipe
2.544
391
51,9
359
47,6
4
0,5
581
77,1
170
22,5
3
0,4
Tocantins
2.899
398
56,3
254
35,9
55
7,8
530
75,0
126
17,8
51
7,2
Continua
Fonte: Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - Avaliação Nacional do Rendimento Escolar (Prova Brasil), 2013;
Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
134 Voltar ao Sumário
Voltar ao Sumário
Não
Branco/Nulo
%
%
%
9.240
16,3
45.781
80,7
1.716
3,0
1.195
2,1
53.825
94,9
1.717
3,0
91
27,6
236
71,5
3
0,9
6
1,8
322
97,6
2
0,6
Alagoas
142
12,8
942
85,1
23
2,1
25
2,3
1.059
95,7
23
2,1
Amapá
90
30,2
205
68,8
3
1,0
11
3,7
282
94,6
5
1,7
Amazonas
232
18,1
823
64,2
226
17,6
23
1,8
1.036
80,9
222
17,3
Bahia
875
17,6
4.065
81,7
36
0,7
133
2,7
4.807
96,6
36
0,7
Ceará
295
10,6
1.971
71,0
511
18,4
58
2,1
2.215
79,8
504
18,1
Distrito Federal
167
30,2
385
69,6
1
0,2
25
4,5
523
94,6
5
0,9
Espírito Santo
147
14,5
857
84,7
8
0,8
29
2,9
974
96,2
9
0,9
Goiás
480
26,7
1.311
73,0
4
0,2
57
3,2
1.730
96,4
8
0,4
Maranhão
405
15,3
2.221
83,8
23
0,9
51
1,9
2.572
97,1
26
1,0
Mato Grosso
212
21,3
776
77,9
8
0,8
21
2,1
966
97,0
9
0,9
Mato Grosso do Sul
210
28,1
533
71,4
4
0,5
19
2,5
722
96,7
6
0,8
Brasil
Acre
Minas Gerais
%
%
Ns.
Absolutos
Sim
Ns.
Absolutos
Branco/Nulo
Ns.
Absolutos
Não
Ns.
Absolutos
Sim
Ns.
Absolutos
Brasil e Unidades da
Federação
Alunos frequentaram a escola portando arma de fogo
Ns.
Absolutos
Alunos frequentaram a escola portando arma branca
%
1.010
18,1
4.539
81,4
30
0,5
137
2,5
5.407
96,9
35
0,6
Pará
522
18,8
1.841
66,4
409
14,8
53
1,9
2.286
82,5
433
15,6
Paraíba
156
11,1
1.033
73,7
212
15,1
33
2,4
1.179
84,2
189
13,5
Paraná
548
14,4
3.244
85,3
13
0,3
64
1,7
3.730
98,0
11
0,3
Pernambuco
384
15,2
2.130
84,1
18
0,7
57
2,3
2.458
97,1
17
0,7
Piauí
145
10,7
1.195
88,3
13
1,0
22
1,6
1.317
97,3
14
1,0
Rio de Janeiro
359
10,3
3.116
89,2
20
0,6
55
1,6
3.419
97,8
21
0,6
Rio Grande do Norte
222
18,2
989
81,1
8
0,7
35
2,9
1.176
96,5
8
0,7
Rio Grande do Sul
546
20,2
2.146
79,3
15
0,6
77
2,8
2.612
96,5
18
0,7
Rondônia
105
19,6
428
80,0
2
0,4
6
1,1
526
98,3
3
0,6
Roraima
49
26,5
134
72,4
2
1,1
8
4,3
175
94,6
2
1,1
Santa Catarina
340
17,3
1.621
82,2
10
0,5
26
1,3
1.936
98,2
9
0,5
1.234
13,4
7.937
86,3
30
0,3
130
1,4
9.041
98,3
30
0,3
Sergipe
138
18,3
612
81,2
4
0,5
23
3,1
726
96,3
5
0,7
Tocantins
136
19,2
491
69,4
80
11,3
11
1,6
629
89,0
67
9,5
São Paulo
Conclusão
Voltar ao Sumário
135
Voltar ao Sumário
5.741
%
10,1
49.083
86,5
1.913
%
3,4
1.392
Não
%
2,5
Branco/Nulo
%
53.204
93,8
Ns.
Absolutos
%
Sim
Ns.
Absolutos
Branco/Nulo
Ns.
Absolutos
Não
Você foi vítima de atentado à vida
Ns.
Absolutos
237.186
Sim
Ns.
Absolutos
Brasil
Você foi ameaçado por algum aluno
Ns.
Absolutos
Brasil e Unidades da
Federação
Total de diretores
respondentes
TABELA 51 · Vitimização de diretores na escola em que trabalha no último ano
Brasil e Unidades da Federação - 2013
2.141
%
3,8
Acre
1.523
32
9,7
295
89,4
3
0,9
7
2,1
320
97,0
3
0,9
Alagoas
4.123
109
9,8
977
88,3
21
1,9
29
2,6
1.053
95,1
25
2,3
Amapá
1.431
23
7,7
272
91,3
3
1,0
10
3,4
283
95,0
5
1,7
Amazonas
6.228
74
5,8
958
74,8
249
19,4
27
2,1
986
77,0
268
20,9
Bahia
15.904
593
11,9
4.352
87,5
31
0,6
148
3,0
4.785
96,2
43
0,9
Ceará
11.639
233
8,4
1.942
69,9
602
21,7
60
2,2
2.065
74,4
652
23,5
2.771
63
11,4
489
88,4
1
0,2
18
3,3
531
96,0
4
0,7
Distrito Federal
Espírito Santo
4.395
103
10,2
902
89,1
7
0,7
25
2,5
979
96,7
8
0,8
Goiás
7.800
206
11,5
1.583
88,2
6
0,3
49
2,7
1.732
96,5
14
0,8
Maranhão
9.238
204
7,7
2.415
91,2
30
1,1
69
2,6
2.545
96,1
35
1,3
Mato Grosso
4.950
121
12,1
864
86,7
11
1,1
29
2,9
953
95,7
14
1,4
3.787
79
10,6
664
88,9
4
0,5
17
2,3
727
97,3
3
0,4
Minas Gerais
Mato Grosso do Sul
24.759
641
11,5
4.910
88,0
28
0,5
128
2,3
5.407
96,9
44
0,8
Pará
10.644
165
6,0
2.134
77,0
473
17,1
64
2,3
2.194
79,1
514
18,5
Paraíba
4.774
132
9,4
1.044
74,5
225
16,1
43
3,1
1.124
80,2
234
16,7
Paraná
14.114
392
10,3
3.398
89,3
15
0,4
98
2,6
3.686
96,9
21
0,6
Pernambuco
11.204
223
8,8
2.287
90,3
22
0,9
65
2,6
2.435
96,2
32
1,3
3.948
154
11,4
1.187
87,7
12
0,9
43
3,2
1.294
95,6
16
1,2
Piauí
Rio de Janeiro
Rio Grande do Norte
Rio Grande do Sul
Rondônia
12.528
273
7,8
3.200
91,6
22
0,6
58
1,7
3.415
97,7
22
0,6
3.770
169
13,9
1.043
85,6
7
0,6
39
3,2
1.169
95,9
11
0,9
11.434
294
10,9
2.397
88,5
16
0,6
57
2,1
2.628
97,1
22
0,8
2.269
43
8,0
489
91,4
3
0,6
16
3,0
515
96,3
4
0,7
Roraima
1.117
18
9,7
164
88,6
3
1,6
9
4,9
173
93,5
3
1,6
Santa Catarina
9.848
230
11,7
1.734
88,0
7
0,4
55
2,8
1.904
96,6
12
0,6
São Paulo
47.545
1.006
10,9
8.162
88,7
33
0,4
199
2,2
8.953
97,3
49
0,5
Sergipe
2.544
101
13,4
650
86,2
3
0,4
24
3,2
727
96,4
3
0,4
Tocantins
2.899
60
8,5
571
80,8
76
10,7
6
0,8
621
87,8
80
11,3
Continua
Fonte: Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - Avaliação Nacional do Rendimento Escolar (Prova Brasil), 2013;
Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
136 Voltar ao Sumário
Voltar ao Sumário
49.837
87,8
3,7
848
%
1,5
Branco/Nulo
%
54.116
95,4
4.790
8,4
Acre
35
10,6
292
88,5
3
0,9
5
1,5
322
Alagoas
82
7,4
1.004
90,7
21
1,9
17
1,5
1.067
Amapá
2.110
%
Não
Ns.
Absolutos
%
Sim
Ns.
Absolutos
%
Branco/Nulo
Ns.
Absolutos
Não
Ns.
Absolutos
Brasil
Sim
Ns.
Absolutos
Brasil e Unidades da
Federação
Você foi vítima de roubo (com uso de violência)
Ns.
Absolutos
Você foi vítima de furto (sem uso de violência)
%
1.773
3,1
97,6
3
0,9
96,4
23
2,1
36
12,1
259
86,9
3
1,0
12
4,0
283
95,0
3
1,0
Amazonas
121
9,4
899
70,2
261
20,4
31
2,4
1.025
80,0
225
17,6
Bahia
366
7,4
4.582
92,1
28
0,6
77
1,5
4.867
97,8
32
0,6
Ceará
160
5,8
1.963
70,7
654
23,6
35
1,3
2.185
78,7
557
20,1
63
11,4
489
88,4
1
0,2
10
1,8
542
98,0
1
0,2
Distrito Federal
Espírito Santo
82
8,1
922
91,1
8
0,8
12
1,2
993
98,1
7
0,7
Goiás
195
10,9
1.594
88,8
6
0,3
31
1,7
1.760
98,1
4
0,2
Maranhão
222
8,4
2.397
90,5
30
1,1
48
1,8
2.573
97,1
28
1,1
Mato Grosso
107
10,7
877
88,1
12
1,2
21
2,1
962
96,6
13
1,3
Mato Grosso do Sul
53
7,1
691
92,5
3
0,4
9
1,2
733
98,1
5
0,7
Minas Gerais
634
11,4
4.916
88,1
29
0,5
86
1,5
5.472
98,1
21
0,4
Pará
231
8,3
1.998
72,1
543
19,6
44
1,6
2.284
82,4
444
16,0
Paraíba
84
6,0
1.051
75,0
266
19,0
19
1,4
1.176
83,9
206
14,7
Paraná
278
7,3
3.512
92,3
15
0,4
41
1,1
3.749
98,5
15
0,4
Pernambuco
214
8,5
2.295
90,6
23
0,9
39
1,5
2.475
97,7
18
0,7
Piauí
140
10,3
1.200
88,7
13
1,0
37
2,7
1.304
96,4
12
0,9
Rio de Janeiro
280
8,0
3.190
91,3
25
0,7
37
1,1
3.436
98,3
22
0,6
Rio Grande do Norte
138
11,3
1.074
88,1
7
0,6
18
1,5
1.195
98,0
6
0,5
Rio Grande do Sul
236
8,7
2.455
90,7
16
0,6
38
1,4
2.654
98,0
15
0,6
58
10,8
475
88,8
2
0,4
18
3,4
515
96,3
2
0,4
Rondônia
Roraima
26
14,1
156
84,3
3
1,6
4
2,2
178
96,2
3
1,6
Santa Catarina
154
7,8
1.807
91,7
10
0,5
19
1,0
1.944
98,6
8
0,4
São Paulo
680
7,4
8.487
92,2
34
0,4
126
1,4
9.046
98,3
29
0,3
Sergipe
72
9,5
679
90,1
3
0,4
10
1,3
740
98,1
4
0,5
Tocantins
43
6,1
573
81,0
91
12,9
4
0,6
636
90,0
67
9,5
Conclusão
Voltar ao Sumário
137
Voltar ao Sumário
Acre
237.186 123.952
1.523
654
52,3 106.457
44,9
6.777
42,9
833
54,7
36
Não
Branco/Nulo
%
%
2,9 170.216
71,8
60.251
25,4
6.719
2,8
2,4
66,1
477
31,3
39
2,6
%
1.007
Ns.
Absolutos
%
Sim
Ns.
Absolutos
%
Branco/Nulo
Ns.
Absolutos
Não
Ns.
Absolutos
Sim
Agressão verbal ou física de alunos a outros alunos
da escola
Ns.
Absolutos
Brasil
Agressão verbal ou física de alunos a professores ou a
funcionários da escola
Ns.
Absolutos
Brasil e Unidades da
Federação
Total de professores
respondentes
TABELA 52 · Percepção de professores sobre a ocorrência de situações de violência na escola
em que trabalha no último ano
Brasil e Unidades da Federação - 2013
%
Alagoas
4.123
1.944
47,2
2.128
51,6
51
1,2
3.085
74,8
983
23,8
55
1,3
Amapá
1.431
745
52,1
668
46,7
18
1,3
1.113
77,8
293
20,5
25
1,7
Amazonas
6.228
2.174
34,9
3.627
58,2
427
6,9
3.724
59,8
2.131
34,2
373
6,0
Bahia
15.904
8.430
53,0
7.107
44,7
367
2,3
12.093
76,0
3.431
21,6
380
2,4
Ceará
11.639
5.117
44,0
5.691
48,9
831
7,1
7.609
65,4
3.325
28,6
705
6,1
Distrito Federal
2.771
1.592
57,5
1.115
40,2
64
2,3
2.131
76,9
576
20,8
64
2,3
Espírito Santo
4.395
2.182
49,6
2.092
47,6
121
2,8
2.956
67,3
1.324
30,1
115
2,6
Goiás
7.800
4.397
56,4
3.194
40,9
209
2,7
5.709
73,2
1.871
24,0
220
2,8
Maranhão
9.238
3.759
40,7
5.256
56,9
223
2,4
6.179
66,9
2.801
30,3
258
2,8
Mato Grosso
4.950
2.733
55,2
2.108
42,6
109
2,2
3.687
74,5
1.141
23,1
122
2,5
Mato Grosso do Sul
3.787
1.858
49,1
1.751
46,2
178
4,7
2.548
67,3
1.050
27,7
189
5,0
Minas Gerais
24.759
13.090
52,9
11.075
44,7
594
2,4
16.425
66,3
7.737
31,2
597
2,4
Pará
10.644
4.619
43,4
5.182
48,7
843
7,9
7.252
68,1
2.611
24,5
781
7,3
Paraíba
4.774
2.147
45,0
2.310
48,4
317
6,6
3.282
68,7
1.192
25,0
300
6,3
Paraná
14.114
8.083
57,3
5.860
41,5
171
1,2
10.616
75,2
3.303
23,4
195
1,4
Pernambuco
11.204
5.751
51,3
5.282
47,1
171
1,5
8.268
73,8
2.754
24,6
182
1,6
Piauí
Rio de Janeiro
Rio Grande do Norte
3.948
1.634
41,4
2.235
56,6
79
2,0
2.579
65,3
1.280
32,4
89
2,3
12.528
6.995
55,8
5.325
42,5
208
1,7
9.398
75,0
2.927
23,4
203
1,6
3.770
2.004
53,2
1.729
45,9
37
1,0
2.974
78,9
751
19,9
45
1,2
11.434
6.217
54,4
4.971
43,5
246
2,2
8.525
74,6
2.637
23,1
272
2,4
Rondônia
2.269
1.146
50,5
1.073
47,3
50
2,2
1.652
72,8
561
24,7
56
2,5
Roraima
1.117
520
46,6
562
50,3
35
3,1
756
67,7
324
29,0
37
3,3
Rio Grande do Sul
Santa Catarina
9.848
5.583
56,7
4.067
41,3
198
2,0
7.392
75,1
2.251
22,9
205
2,1
47.545
27.671
58,2
18.894
39,7
980
2,1
35.219
74,1
11.307
23,8
1.019
2,1
Sergipe
2.544
1.360
53,5
1.155
45,4
29
1,1
1.997
78,5
511
20,1
36
1,4
Tocantins
2.899
1.547
53,4
1.167
40,3
185
6,4
2.040
70,4
702
24,2
157
5,4
São Paulo
Continua
Fonte: Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - Avaliação Nacional do Rendimento Escolar (Prova Brasil), 2013;
Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
138 Voltar ao Sumário
Voltar ao Sumário
Brasil
Acre
11.626
93
%
4,9 220.295
92,9
5.265
2,2
2.083
6,1
1.401
92,0
29
1,9
Não
%
Branco/Nulo
%
Ns.
Absolutos
%
Sim
Ns.
Absolutos
%
Branco/Nulo
Ns.
Absolutos
Não
Ns.
Absolutos
Sim
Ns.
Absolutos
Brasil e Unidades da
Federação
Alunos frequentaram as suas aulas portando arma de
fogo
Ns.
Absolutos
Alunos frequentaram as suas aulas portando arma
branca
%
0,9 229.692
96,8
5.411
2,3
5
0,3
1.480
97,2
38
2,5
Alagoas
183
4,4
3.895
94,5
45
1,1
48
1,2
4.026
97,6
49
1,2
Amapá
172
12,0
1.241
86,7
18
1,3
19
1,3
1.390
97,1
22
1,5
Amazonas
440
7,1
5.603
90,0
185
3,0
68
1,1
5.977
96,0
183
2,9
Bahia
777
4,9
14.764
92,8
363
2,3
175
1,1
15.356
96,6
373
2,3
Ceará
539
4,6
10.796
92,8
304
2,6
147
1,3
11.204
96,3
288
2,5
Distrito Federal
182
6,6
2.521
91,0
68
2,5
35
1,3
2.661
96,0
75
2,7
Espírito Santo
160
3,6
4.126
93,9
109
2,5
49
1,1
4.228
96,2
118
2,7
Goiás
558
7,2
7.038
90,2
204
2,6
87
1,1
7.502
96,2
211
2,7
Maranhão
493
5,3
8.532
92,4
213
2,3
78
0,8
8.942
96,8
218
2,4
Mato Grosso
261
5,3
4.570
92,3
119
2,4
48
1,0
4.779
96,5
123
2,5
Mato Grosso do Sul
227
6,0
3.383
89,3
177
4,7
28
0,7
3.576
94,4
183
4,8
Minas Gerais
1.041
4,2
23.059
93,1
659
2,7
176
0,7
23.921
96,6
662
2,7
Pará
767
7,2
9.508
89,3
369
3,5
128
1,2
10.171
95,6
345
3,2
Paraíba
192
4,0
4.463
93,5
119
2,5
26
0,5
4.633
97,0
115
2,4
Paraná
585
4,1
13.356
94,6
173
1,2
94
0,7
13.844
98,1
176
1,2
Pernambuco
492
4,4
10.542
94,1
170
1,5
90
0,8
10.921
97,5
193
1,7
Piauí
147
3,7
3.739
94,7
62
1,6
41
1,0
3.844
97,4
63
1,6
Rio de Janeiro
389
3,1
11.935
95,3
204
1,6
98
0,8
12.216
97,5
214
1,7
Rio Grande do Norte
252
6,7
3.480
92,3
38
1,0
32
0,8
3.698
98,1
40
1,1
Rio Grande do Sul
647
5,7
10.518
92,0
269
2,4
88
0,8
11.065
96,8
281
2,5
Rondônia
145
6,4
2.079
91,6
45
2,0
26
1,1
2.191
96,6
52
2,3
Roraima
75
6,7
1.008
90,2
34
3,0
8
0,7
1.074
96,2
35
3,1
Santa Catarina
466
4,7
9.184
93,3
198
2,0
56
0,6
9.585
97,3
207
2,1
2.079
4,4
44.464
93,5
1.002
2,1
396
0,8
46.098
97,0
1.051
2,2
Sergipe
144
5,7
2.370
93,2
30
1,2
17
0,7
2.493
98,0
34
1,3
Tocantins
120
4,1
2.720
93,8
59
2,0
20
0,7
2.817
97,2
62
2,1
São Paulo
Conclusão
Voltar ao Sumário
139
Voltar ao Sumário
Brasil
237.186
21.727
9,2 209.417
88,3
6.042
%
2,5
4.210
Não
%
1,8 226.548
Branco/Nulo
%
95,5
Ns.
Absolutos
%
Sim
Ns.
Absolutos
%
Branco/Nulo
Ns.
Absolutos
Não
Ns.
Absolutos
Sim
Você foi vítima de atentado à vida
Ns.
Absolutos
Você foi ameaçado por algum aluno
Ns.
Absolutos
Brasil e Unidades da
Federação
Total de professores
respondentes
TABELA 53 · Vitimização de professores na escola em que trabalha no último ano
Brasil e Unidades da Federação - 2013
6.428
%
2,7
Acre
1.523
113
7,4
1.380
90,6
30
2,0
27
1,8
1.463
96,1
33
2,2
Alagoas
4.123
390
9,5
3.684
89,4
49
1,2
74
1,8
3.997
96,9
52
1,3
Amapá
1.431
125
8,7
1.287
89,9
19
1,3
34
2,4
1.374
96,0
23
1,6
Amazonas
6.228
373
6,0
5.558
89,2
297
4,8
107
1,7
5.763
92,5
358
5,7
Bahia
15.904
1.442
9,1
14.108
88,7
354
2,2
319
2,0
15.207
95,6
378
2,4
Ceará
11.639
1.093
9,4
9.919
85,2
627
5,4
211
1,8
10.708
92,0
720
6,2
2.771
257
9,3
2.451
88,5
63
2,3
47
1,7
2.660
96,0
64
2,3
Distrito Federal
Espírito Santo
4.395
417
9,5
3.869
88,0
109
2,5
107
2,4
4.174
95,0
114
2,6
Goiás
7.800
846
10,8
6.738
86,4
216
2,8
151
1,9
7.426
95,2
223
2,9
Maranhão
9.238
592
6,4
8.422
91,2
224
2,4
191
2,1
8.819
95,5
228
2,5
Mato Grosso
4.950
537
10,8
4.300
86,9
113
2,3
103
2,1
4.733
95,6
114
2,3
3.787
343
9,1
3.267
86,3
177
4,7
60
1,6
3.543
93,6
184
4,9
Minas Gerais
Mato Grosso do Sul
24.759
2.102
8,5
22.055
89,1
602
2,4
326
1,3
23.803
96,1
630
2,5
Pará
10.644
824
7,7
9.169
86,1
651
6,1
241
2,3
9.714
91,3
689
6,5
Paraíba
4.774
361
7,6
4.164
87,2
249
5,2
69
1,4
4.436
92,9
269
5,6
Paraná
14.114
1.321
9,4
12.636
89,5
157
1,1
227
1,6
13.718
97,2
169
1,2
Pernambuco
11.204
858
7,7
10.175
90,8
171
1,5
212
1,9
10.823
96,6
169
1,5
3.948
289
7,3
3.590
90,9
69
1,7
75
1,9
3.789
96,0
84
2,1
12.528
1.053
8,4
11.270
90,0
205
1,6
207
1,7
12.116
96,7
205
1,6
3.770
350
9,3
3.387
89,8
33
0,9
79
2,1
3.651
96,8
40
1,1
11.434
1.071
9,4
10.122
88,5
241
2,1
147
1,3
11.029
96,5
258
2,3
2.269
201
8,9
2.022
89,1
46
2,0
41
1,8
2.178
96,0
50
2,2
Piauí
Rio de Janeiro
Rio Grande do Norte
Rio Grande do Sul
Rondônia
Roraima
1.117
84
7,5
996
89,2
37
3,3
29
2,6
1.050
94,0
38
3,4
Santa Catarina
9.848
1.110
11,3
8.545
86,8
193
2,0
155
1,6
9.491
96,4
202
2,1
São Paulo
47.545
5.094
10,7
41.488
87,3
963
2,0
880
1,9
45.703
96,1
962
2,0
Sergipe
2.544
246
9,7
2.268
89,2
30
1,2
38
1,5
2.472
97,2
34
1,3
Tocantins
2.899
235
8,1
2.547
87,9
117
4,0
53
1,8
2.708
93,4
138
4,8
Continua
Fonte: Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - Avaliação Nacional do Rendimento Escolar (Prova Brasil), 2013; Fórum
Brasileiro de Segurança Pública.
140 Voltar ao Sumário
Voltar ao Sumário
Brasil
Acre
12.232
%
5,2 219.611
92,6
5.343
2,3
2.423
Não
%
Branco/Nulo
%
Ns.
Absolutos
%
Sim
Ns.
Absolutos
%
Branco/Nulo
Ns.
Absolutos
Não
Ns.
Absolutos
Sim
Ns.
Absolutos
Brasil e Unidades da
Federação
Você foi vítima de roubo (com uso de violência)
Ns.
Absolutos
Você foi vítima de furto (sem uso de violência)
%
1,0 229.725
96,9
5.038
2,1
92
6,0
1.403
92,1
28
1,8
13
0,9
1.477
97,0
33
2,2
Alagoas
158
3,8
3.916
95,0
49
1,2
50
1,2
4.026
97,6
47
1,1
Amapá
121
8,5
1.291
90,2
19
1,3
24
1,7
1.389
97,1
18
1,3
Amazonas
418
6,7
5.579
89,6
231
3,7
93
1,5
5.964
95,8
171
2,7
Bahia
620
3,9
14.947
94,0
337
2,1
193
1,2
15.369
96,6
342
2,2
Ceará
508
4,4
10.704
92,0
427
3,7
124
1,1
11.229
96,5
286
2,5
Distrito Federal
226
8,2
2.486
89,7
59
2,1
19
0,7
2.693
97,2
59
2,1
Espírito Santo
281
6,4
4.010
91,2
104
2,4
55
1,3
4.235
96,4
105
2,4
Goiás
503
6,4
7.093
90,9
204
2,6
93
1,2
7.501
96,2
206
2,6
Maranhão
362
3,9
8.662
93,8
214
2,3
98
1,1
8.927
96,6
213
2,3
Mato Grosso
274
5,5
4.564
92,2
112
2,3
43
0,9
4.790
96,8
117
2,4
Mato Grosso do Sul
181
4,8
3.427
90,5
179
4,7
27
0,7
3.592
94,9
168
4,4
1.058
4,3
23.131
93,4
570
2,3
169
0,7
23.995
96,9
595
2,4
Pará
673
6,3
9.510
89,3
461
4,3
168
1,6
10.094
94,8
382
3,6
Paraíba
171
3,6
4.439
93,0
164
3,4
38
0,8
4.612
96,6
124
2,6
Paraná
720
5,1
13.235
93,8
159
1,1
139
1,0
13.820
97,9
155
1,1
Pernambuco
514
4,6
10.526
93,9
164
1,5
131
1,2
10.910
97,4
163
1,5
Piauí
140
3,5
3.749
95,0
59
1,5
57
1,4
3.829
97,0
62
1,6
Rio de Janeiro
810
6,5
11.523
92,0
195
1,6
110
0,9
12.220
97,5
198
1,6
Rio Grande do Norte
145
3,8
3.589
95,2
36
1,0
30
0,8
3.702
98,2
38
1,0
Rio Grande do Sul
641
5,6
10.554
92,3
239
2,1
97
0,8
11.093
97,0
244
2,1
Rondônia
142
6,3
2.087
92,0
40
1,8
29
1,3
2.200
97,0
40
1,8
Minas Gerais
Roraima
Santa Catarina
São Paulo
66
5,9
1.014
90,8
37
3,3
4
0,4
1.078
96,5
35
3,1
543
5,5
9.114
92,5
191
1,9
84
0,9
9.573
97,2
191
1,9
2.631
5,5
43.952
92,4
962
2,0
495
1,0
46.091
96,9
959
2,0
Sergipe
102
4,0
2.421
95,2
21
0,8
21
0,8
2.497
98,2
26
1,0
Tocantins
132
4,6
2.685
92,6
82
2,8
19
0,7
2.819
97,2
61
2,1
Conclusão
Voltar ao Sumário
141
Voltar ao Sumário
Avaliando o problema da violência nas escolas
a partir da ótica dos estudantes, a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar – realizada em 2012 e
publicada em 2013 – revela que mais de um terço dos alunos do 9º ano do ensino fundamental
(35,3%) sentiu-se em algum momento humilhado pelas provocações de colegas da escola nos 30
dias que antecederam à pesquisa, sendo que para
7,2% destes o sentimento de humilhação foi vivenciado com frequência. É interessante perceber
que a ocorrência desta situação foi indicada por
um número maior de alunos do ensino privado
(39,8%) do que do ensino público (34,4%), sugerindo que a existência de violências interpessoais
nas escolas não deve ser determinantemente associada a fatores como o nível socioeconômico dos
alunos ou à qualidade do ensino oferecido. Corroborando em alguma medida com a percepção
apresentada por professores e diretores na Prova
Brasil, é interessante perceber que são também os
alunos do Sul e Sudeste que mais relatam esse tipo
de violência interpessoal, sendo este fato menos
presente nas regiões Norte e Nordeste.
A pesquisa também aponta que, se por um
lado é expressivo o número de alunos que sofrem
com as provocações de seus colegas, por outro é
apenas pouco menor o número de alunos que se
reconhecem como autores dessas situações: um
entre cada cinco estudantes afirma ter participa-
do de situações que deixaram seus colegas de
escola aborrecidos, ofendidos ou humilhados. E,
se entre aqueles que sofrem com esse tipo de violência há pouca diferença entre meninos e meninas, no que se refere aos agressores o fenômeno
revela-se predominantemente masculino, sendo
assumido por 26,1% dos alunos e por apenas
16% das alunas respondentes. Nesse aspecto,
é no Sudeste que se encontra o maior número
de estudantes que se admitem como agressores
(23,6% dos respondentes) e também onde há
maior discrepância entre agressores do sexo masculino (29,1%) e feminino (18,2%)
A Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar indica ainda que 12,1% dos alunos do 9º ano do
ensino fundamental – ou aproximadamente 1 entre cada 8 – faltou à escola nos 30 dias que antecederam à pesquisa por não se sentirem seguros
no trajeto entre sua casa e a escola (8,8%) ou na
própria escola (8,0%), sendo esta situação verificada principalmente entre os estudantes das escolas públicas (13,2% contra apenas 7% dos alunos
de escolas privadas). Os alunos do Sudeste e do
Centro-Oeste foram os que mais relataram não se
sentirem seguros no trajeto até a escola (9,9% e
9,4%, respectivamente). No que se refere à segurança na própria escola, são também os alunos do
Sudeste que se sentem menos seguros (8,7%), seguidos dos alunos da região Norte (8,6%).
Um entre cada oito alunos do 9º ano do
ensino fundamental faltou à escola por não
se sentir seguro no trajeto entre sua casa e
a escola ou na própria escola
142 Voltar ao Sumário
Voltar ao Sumário
TABELA 54 · Escolares frequentando o 9º ano do ensino fundamental por frequência com que, nos últimos
30 dias, se sentiram humilhados pelas provocações de colegas da escola
Brasil e Regiões - 2012
Nenhuma vez
Quase sempre
ou sempre
Pública
Quase sempre
ou sempre
Nenhuma vez
Raramente ou
às vezes
Privada
Quase sempre
ou sempre
Raramente ou
às vezes
Nenhuma vez
Feminino
Quase sempre
ou sempre
Raramente ou
às vezes
Nenhuma vez
Masculino
Quase sempre
ou sempre
Raramente ou
às vezes
Nenhuma vez
Brasil e Regiões
Dependência administrativa
Raramente ou
às vezes
Sexo
Total
Brasil
64,7
28,2
7,2
63,2
28,9
7,9
66,0
27,5
6,5
60,2
32,3
7,6
65,6
27,3
7,1
Norte
69,0
25,4
5,7
67,3
26,3
6,4
70,4
24,6
5,0
61,7
31,3
7,0
69,8
24,7
5,5
Nordeste
69,2
24,8
6,0
66,1
26,5
7,4
71,7
23,4
5,0
60,5
32,6
6,9
70,8
23,3
5,9
Sudeste
62,4
29,7
7,8
61,7
29,9
8,3
63,1
29,6
7,3
60,0
31,9
8,2
63,1
29,2
7,7
Sul
60,4
31,4
8,2
60,7
31,0
8,3
60,0
31,8
8,1
57,3
36,0
6,7
60,7
30,9
8,4
Centro-Oeste
66,5
26,8
6,7
63,6
28,2
8,2
69,2
25,6
5,3
63,3
29,8
6,9
67,0
26,3
6,7
Conclusão
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Ministério da Saúde - Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar, 2012;
Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
TABELA 55 · Escolares frequentando o 9º ano
do ensino fundamental que esculacharam,
zombaram, zoaram, caçoaram, mangaram,
intimidaram ou humilharam algum de
seus colegas da escola tanto que ele ficou
magoado, aborrecido, ofendido ou humilhado
Brasil e Regiões - 2012
Pública
Total
Escola
Brasil e Regiões
Privada
Dependência
administrativa
da escola
Local
Trajeto
casa-escola
Pública
Feminino
Masculino
Total
Privada
Dependência
administrativa
da escola
Sexo
Brasil e Regiões
TABELA 56 · Escolares frequentando o
9º ano do ensino fundamental que, nos
últimos 30 dias, não compareceram à
escola por falta de segurança no trajeto
casa-escola ou na escola
Brasil e Regiões - 2012
Brasil
20,8
26,1
16,0
23,6
20,3
Brasil
12,1
8,8
8,0
7,0
13,2
Norte
16,5
20,5
13,2
21,2
16,0
Norte
12,6
8,9
8,6
7,8
13,2
Nordeste
16,1
21,2
12,0
23,1
14,8
Nordeste
10,1
6,9
6,9
7,1
10,7
Sudeste
23,6
29,1
18,2
23,7
23,6
Sudeste
13,3
9,9
8,7
6,7
15,2
Sul
23,2
28,1
18,6
25,4
23,0
Sul
11,2
8,1
7,4
7,9
11,6
Centro-Oeste
20,5
25,6
15,7
24,0
19,9
Centro-Oeste
12,7
9,4
8,4
7,8
13,5
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística,
Ministério da Saúde - Pesquisa Nacional de Saúde do
Escolar, 2012; Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Conclusão
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística,
Ministério da Saúde - Pesquisa Nacional de Saúde do
Escolar, 2012; Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Conclusão
Voltar ao Sumário
143
Voltar ao Sumário
portas e janelas quebradas, lâmpadas estouradas, entre outros (44,7% das escolas). Nestes
aspectos, são as escolas do Sudeste e do Sul que
se encontram mais depredadas (em São Paulo,
54,4% das escolas foram avaliadas como muito
depredadas), enquanto as escolas do Nordeste
são as que apresentam os principais problemas
de iluminação.
Esta insegurança apontada por parte dos
alunos encontra referência nos resultados do
questionário respondido pelos aplicadores da
Prova Brasil,7 os quais revelam, por exemplo, que
quase metade das escolas avaliadas apresenta
problemas de iluminação em seu exterior, sendo
esta inexistente (37,2%) ou ruim (10,1%), além
de muitos sinais de depredação, como vidros,
TABELA 57 · Percepção de avaliadores sobre a iluminação do lado de fora da escola
Brasil e Unidades da Federação - 2013
Acre
%
16.498
27,8
10.892
18,4
85
24,1
63
Branco/Nulo
Ns.
Absolutos
Ns.
Absolutos
%
Inexistente
%
Ns.
Absolutos
Brasil
Ruim
Ns.
Absolutos
Brasil e Unidades da
Federação
Regular
Ns.
Absolutos
Bom
%
5.967
10,1
22.070
37,2
3.824
6,5
17,8
52
14,7
123
34,8
30
8,5
%
Alagoas
107
9,0
101
8,5
117
9,8
756
63,6
108
9,1
Amapá
54
17,0
39
12,3
32
10,1
167
52,7
25
7,9
Amazonas
291
22,0
178
13,5
122
9,2
659
49,8
72
5,4
Bahia
479
9,4
513
10,1
490
9,6
3.362
65,9
255
5,0
Ceará
232
8,3
265
9,4
251
8,9
1.916
68,2
147
5,2
Distrito Federal
235
41,0
171
29,8
77
13,4
42
7,3
48
8,4
Espírito Santo
380
33,9
269
24,0
156
13,9
233
20,8
84
7,5
Goiás
431
20,9
385
18,7
230
11,2
711
34,5
305
14,8
Maranhão
253
9,2
216
7,9
209
7,6
1.872
68,2
193
7,0
Mato Grosso
294
27,9
271
25,7
177
16,8
216
20,5
95
9,0
Mato Grosso do Sul
294
36,8
169
21,2
73
9,1
198
24,8
65
8,1
1.213
21,1
875
15,2
588
10,2
2.739
47,7
326
5,7
202
7,0
180
6,3
222
7,7
2.097
72,9
177
6,2
Paraíba
389
27,2
217
15,2
112
7,8
610
42,6
104
7,3
Paraná
1.777
45,9
1.206
31,2
429
11,1
291
7,5
166
4,3
Pernambuco
272
10,4
301
11,5
249
9,5
1.635
62,3
168
6,4
Piauí
212
14,8
133
9,3
120
8,4
883
61,6
85
5,9
1.660
45,6
788
21,6
299
8,2
594
16,3
300
8,2
Minas Gerais
Pará
Rio de Janeiro
Rio Grande do Norte
172
13,9
94
7,6
95
7,7
828
66,7
52
4,2
1.297
40,7
970
30,5
447
14,0
293
9,2
177
5,6
Rondônia
190
30,3
128
20,4
46
7,3
155
24,7
109
17,4
Roraima
29
13,7
23
10,8
29
13,7
96
45,3
35
16,5
Rio Grande do Sul
Santa Catarina
757
38,0
588
29,5
298
14,9
251
12,6
100
5,0
4.866
51,7
2.541
27,0
884
9,4
592
6,3
538
5,7
Sergipe
170
21,7
111
14,2
96
12,2
384
49,0
23
2,9
Tocantins
157
21,7
97
13,4
67
9,2
367
50,6
37
5,1
São Paulo
Conclusão
Fonte: Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - Avaliação Nacional do
Rendimento Escolar (Prova Brasil), 2013; Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
144 Voltar ao Sumário
7
Questionários de
contexto respondidos pelos
aplicadores da Prova Brasil
em cada escola participante,
acompanhados por um
responsável pela instituição
escolar.
Voltar ao Sumário
TABELA 58 · Percepção de avaliadores sobre se a escola apresenta sinais de depredação
Brasil e Unidades da Federação - 2013
Brasil
Acre
Branco/Nulo
%
%
26.468
44,7
26.017
43,9
2.511
4,2
4.255
7,2
141
39,9
154
43,6
30
8,5
28
7,9
%
Ns.
Absolutos
Ns.
Absolutos
Não
Ns.
Absolutos
Brasil e Unidades da
Federação
Sim, pouca.
Ns.
Absolutos
Sim, muita.
%
Alagoas
345
29,0
655
55,1
66
5,6
123
10,3
Amapá
110
34,7
150
47,3
33
10,4
24
7,6
551
41,7
487
36,8
113
8,5
171
12,9
Bahia
Amazonas
2.248
44,1
2.485
48,7
138
2,7
228
4,5
Ceará
1.201
42,7
1.202
42,8
120
4,3
288
10,2
Distrito Federal
238
41,5
208
36,3
82
14,3
45
7,9
Espírito Santo
545
48,6
405
36,1
98
8,7
74
6,6
Goiás
901
43,7
783
38,0
86
4,2
292
14,2
Maranhão
998
36,4
1.424
51,9
141
5,1
180
6,6
Mato Grosso
460
43,7
413
39,2
94
8,9
86
8,2
Mato Grosso do Sul
343
42,9
317
39,7
82
10,3
57
7,1
Minas Gerais
2.882
50,2
2.336
40,7
138
2,4
385
6,7
Pará
1.060
36,8
1.378
47,9
84
2,9
356
12,4
Paraíba
500
34,9
712
49,7
79
5,5
141
9,8
Paraná
2.023
52,3
1.548
40,0
115
3,0
183
4,7
Pernambuco
1.069
40,7
1.272
48,5
101
3,8
183
7,0
484
33,8
736
51,4
134
9,4
79
5,5
1.602
44,0
1.629
44,7
144
4,0
266
7,3
Piauí
Rio de Janeiro
Rio Grande do Norte
Rio Grande do Sul
374
30,1
730
58,8
89
7,2
48
3,9
1.473
46,3
1.448
45,5
86
2,7
177
5,6
Rondônia
230
36,6
237
37,7
60
9,6
101
16,1
Roraima
70
33,0
101
47,6
12
5,7
29
13,7
986
49,4
837
42,0
92
4,6
79
4,0
5.128
54,4
3.595
38,2
159
1,7
539
5,7
Santa Catarina
São Paulo
Sergipe
234
29,8
444
56,6
73
9,3
33
4,2
Tocantins
272
37,5
331
45,7
62
8,6
60
8,3
Conclusão
Fonte: Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - Avaliação Nacional do
Rendimento Escolar (Prova Brasil), 2013; Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
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145
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Como consequência deste clima de falta
de segurança, a maior parte das escolas adota
medidas como o controle de entrada de pessoas estranhas à escola (este controle inexiste em
apenas 1,6% das escolas e em 83,6% delas os
portões que dão acesso à parte externa permanecem trancados durante o horário de funcio-
namento) e o controle de seus equipamentos
(em aproximadamente 3 entre cada 4 escolas,
os equipamentos de maior valor – como computadores, projetores, televisores e aparelhos de
vídeo – são guardados em salas seguras ou possuem mecanismos de proteção, como cadeados,
grades, travas ou trancas).
gráfico 34 · Percepção de avaliadores sobre o controle de entrada de pessoas estranhas na escola
Brasil - 2013
Branco/Nulo
3,5
Inexistente
1,6
Ruim
3,2
Em porcentagem
16,6
Regular
75,1
Bom
Fonte: Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - Avaliação Nacional do Rendimento
Escolar (Prova Brasil), 2013; Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
146 Voltar ao Sumário
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gráfico 35 · Percepção de avaliadores sobre se os portões que dão acesso à parte
externa permanecem trancados durante o horário de funcionamento da escola
Brasil - 2013
Branco/Nulo
Em porcentagem
5,8
10,6
Não
83,6
Sim
Fonte: Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - Avaliação Nacional do Rendimento
Escolar (Prova Brasil), 2013; Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
gráfico 36 · Percepção de avaliadores sobre a existência de segurança de equipamentos
Brasil - 2013
Branco/Nulo
Não
Sim
5,4
Em porcentagem
20,8
73,8
Fonte: Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Avaliação Nacional do Rendimento
Escolar (Prova Brasil), 2013.
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147
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Breves reflexões
Os dados das pesquisas apresentadas revelam que a violência nas escolas atinge de modo
significativo a comunidade escolar brasileira. É
interessante perceber, no entanto, que apesar
da existência de situações graves e de fato criminais – como ameaças e o efetivo atentado à
vida de professores e diretores, bem como porte
de armas, furtos e roubos – são ainda as pequenas violências cotidianas e de nível interpessoal
– agressões físicas e verbais, intimidações e humilhações – as que mais se verificam no ambiente
escolar. Apesar disso, a partir dos dados disponíveis, as respostas ao problema ainda parecem
muitas vezes concentradas em medidas de fechamento das escolas contra uma violência que lhe
seria exterior e alheia, como eco do contexto de
violência urbana vivenciado de modo mais amplo
pela sociedade brasileira.
O avanço na produção de dados como estes, capazes de apreciar o problema a partir suas
diferentes facetas e de perceber nuances regionais, de gênero e até mesmo de natureza administrativa das escolas, é um passo fundamental
para a melhor compreensão do fenômeno e
para o avanço das estratégias com que temos
buscado lidar com a violência no ambiente esco-
148 Voltar ao Sumário
lar. Certamente, o aprofundamento do registro
e da coleta de informações sobre o fenômeno
não se faz sem desafios;8 no entanto, essa é
uma etapa indispensável para caminharmos no
desenvolvimento de medidas de intervenção e
de distribuição de competências mais específicas e adequadas aos conflitos de diferentes naturezas que afligem nossas escolas.
A apresentação dos dados destes estudos visa
dar publicidade ao rico material que vem sendo
produzido por institutos nacionais de pesquisa, de
forma periódica e a partir de amostras bastantes
significativas, reafirmando a necessidade de avançarmos no conhecimento deste problema a partir
de subsídios técnicos e confiáveis. Visa também,
como consequência, opor-se à lógica de reações
ideológicas e cerceadoras de direitos a episódios
de caráter extremo, a qual – como verificado em
outras temáticas ligadas à violência e à criminalidade – acaba muitas vezes por esvaziar discussões
necessárias e a dificultar a construção de propostas estruturais de mudança. É nesse sentido que,
a partir da ótica do reforço à produção de dados e
de conhecimento empírico, busca-se reavivar um
debate nacional e qualificado sobre o fenômeno
da violência nas escolas.
8
Sobre o assunto,
ver os trabalhos de Debarbieux
(2004; 2006) e Carra e
Fagianneli (2003).
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Referências
CARRA, Cécile; FAGGIANELLI, Daniel. Violences à l’école: tendances internationales de la recherche em
sociologie. Déviance et Société, v. 27, p. 205-225, 2003/2.
DEBARBIEUX, Eric. La violence à l’école: une mondialisation? Ville-école-integration Enjeux, Paris, n. 8,
p. 11-31. 2004.
DEBARBIEUX, Eric. La violence à l'école, entre exagération et méconnaisance. L'Observatoire International
de la Violence à l'Ecole. 2006. Disponível em: <http://www.ijvs.org/files/Publications/Debarbieux-2006.
pdf>. Acesso em: 06/01/2014
SPOSITO, Marilia Pontes. Um breve balanço da pesquisa sobre violência escolar no Brasil. Educação e
Pesquisa, São Paulo, v. 27, n. 1, jun. 2001a.
PROGLHOF, Patrícia de O. Nogueira. Violência nas escolas e políticas públicas: um estudo sobre a formulação do Sistema de Proteção Escolar e Cidadania. Dissertação (Mestrado em Administração Pública e
Governo). Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas, São Paulo, 2015.
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149
parte 4
Apêndice Metodológico
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Grupos de qualidade
A cada edição o Anuário Brasileiro de Segurança Pública apresenta os dados de estatísticas
criminais dividindo as unidades da federação em
grupos de qualidade. Essa forma de apresentação
visa a chamar a atenção do leitor para os desafios
que a administração pública enfrenta na produção
de dados criminais e, no acompanhamento da série histórica, permite jogar luz sobre o empenho
dos gestores em aperfeiçoar seus sistemas de coleta, checagem, divulgação e uso das informações.
Para formar os grupos, os gestores locais são
convidados a responder um questionário online.
As diferentes respostas são pontuadas e o conjunto é posteriormente avaliado pela metodologia de
análise de clusters. Desse modo, a própria análise
define quantos grupos serão obtidos no resultado
final: quanto mais grupos formados, mais heterogêneo é o conjunto das unidades federativas.
Nos últimos anos foi possível perceber mudanças positivas no conjunto das UFs em relação
à área. Na pergunta se existe dentro do local um
setor específico de georeferenciamento, produzindo mapas com as informações coletadas, em
2013 59,3% dos respondentes disseram que sim,
porcentagem que aumentou para 70,4 em 2015.
152 Voltar ao Sumário
Em 2013 63% dos gestores declararam que existia
um setor específico de controle de qualidade dos
dados coletados sendo que 81% fizeram a mesma
afirmação em 2015. A prática de retificar informações estatísticas quando há alteração posterior na
natureza da ocorrência (por exemplo, no curso da
investigação) aumento de 70,4 para 74,1% no
mesmo período. Essa evolução indica que o procedimento de avaliação tem sido apropriado pelos
estados como ferramenta útil no aperfeiçoamento
técnico da produção de dados.
Durante os últimos três anos, manteve-se consistente a ordem dos estados na pontuação, com
pequenas variações de um ano para outro. As mudanças podem ser conferidas na tabela abaixo em
que o sinal de igual indica a manutenção da UF no
mesmo grupo em relação ao ano anterior; a seta
apontando para cima indica uma mudança para
um grupo de melhor qualidade e a seta apontando para baixo significa que o estado caiu para um
grupo de qualidade inferior. Um dos destaques
fica para o estado do Rio Grande do Norte que
subiu de grupo em dois anos consecutivamente,
indicando um esforço empreendido no sentido de
profissionalização do setor.
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2012
2013
2014
Acre
Alagoas
Amazonas
Bahia
Ceará
Distrito Federal
Espírito Santo
Goiás
Mato Grosso
Mato Grosso do Sul
Minas Gerais
Pará
Paraíba
Paraná
Pernambuco
Rio de Janeiro
Rio Grande do Sul
São Paulo
Sergipe
Acre =
Alagoas =
Amazonas =
Bahia =
Ceará =
Distrito Federal =
Espírito Santo =
Goiás =
Maranhão h
Mato Grosso =
Mato Grosso do Sul =
Minas Gerais =
Pará =
Paraíba =
Paraná =
Pernambuco =
Rio de Janeiro =
Rio Grande do Sul =
Rondônia h
São Paulo =
Alagoas =
Bahia =
Ceará =
Distrito Federal =
Espírito Santo =
Goiás =
Maranhão =
Mato Grosso =
Mato Grosso do Sul =
Minas Gerais =
Pará =
Paraná =
Pernambuco =
Piauí h
Rio de Janeiro =
Rio Grande do Norte h
Rio Grande do Sul =
Roraima h
Santa Catarina h
São Paulo =
Sergipe h
Maranhão
Piauí
Rondônia
Roraima
Santa Catarina
Tocantins
Amapá h
Piauí =
Rio Grande do Norte h
Roraima =
Santa Catarina =
Sergipe i
Tocantins =
Acre i
Amapá =
Paraíba i
Rondônia i
Tocantins =
G3
Rio Grande do Norte
-
Amazonas i
G4
Amapá
-
-
G1
G2
Pela primeira vez em 2014, o gestor de uma
unidade da federação optou por não responder
ao questionário, tendo sido necessário criar um
grupo específico, que não foi formado pela análise de cluster, é o grupo G3 de 2014 em que ficou
alocado o estado do Amazonas.
É muito importante lembrar que a metodologia utiliza exclusivamente as respostas informadas
pelos gestores da área de estatística das unidades
da federação de modo que a acurácia das res-
postas está diretamente ligada ao resultado final.
Além disso, ela avalia a qualidade dos dados produzidos de forma agregada de modo que não é
possível isolar, por exemplo, a qualidade dos dados
de crimes violentos letais intencionais das demais
naturezas criminais. A explicação completa sobre
a metodologia bem como o questionário podem
ser consultados nas versões anteriores do anuário
disponíveis no website do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
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153
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09