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1 • Designação para platôs e discos • Remoção e instalação do conjunto de embreagem • Diagnósticos de avarias Manual de Reparo de Sistemas de Embreagem Caminhões e Ônibus Sachs Aftermarket Center Colecine os fascículos: 2. 3. 4. 5. 6. Importância e influência dos sistemas de acionamento Regulagem dos pedais e sistemas de acionamento Servo de embreagem Indicador de desgaste do disco de embreagem Manutenção periódica do sistema de embreagem Usinagem do volante do motor Dimensões para controle dos volantes Desmontagem e montagem de embreagens Substituição dos mancais de embreagem Produtos recomendados para o sistema de embreagem Sangria dos sistemas hidráulicos Classe de resistência e torque de parafusos APROVADAS EM TODAS AS PISTAS NAS MAIS EXTREMAS SITUAÇÕES As embreagens Sachs são utilizadas nas mais diversas categorias do automobilismo esportivo: das categorias turismo até a elite do esporte motor: a Fórmula 1. Sem mencionar a participação na categoria mais pesada do automobilismo, a Fórmula Truck. O resultado da participação - e vitórias da Sachs em todas as pistas do automobilismo esportivo, inclusive na Fórmula 1, onde é a fornecedora oficial da Escuderia Ferrari, garante a você a mais alta e apurada tecnologia em embreagens e amortecedores. Para a Sachs as pistas de competição servem como extensão do seu laboratório de desenvolvimento e pesquisa, já que ali as embreagens são submetidas a forças extremas. Quando for trocá-los, troque-os por Sachs. Esta marca prova o que promete. Em qualquer pista! R BE RAEG E ENM S S I S T E M A S EDM E EBM AG M A N U A L D E R E PA R O D E C A T Á L O G O 2 0 0 1 1. Apresentação Este manual aborda todos os detalhes relativos aos reparos das embreagens dos veículos comerciais. Assim, procuramos compilar todos os dados, especificações, etc, abrangendo, inclusive, o diagnóstico de falhas, passando pelos sistemas de acionamento e suas regulagens, até chegar ao conjunto da embreagem propriamente dito. Outro detalhe é que dividimos o manual em capítulos, de forma modular e, portanto, pode ser montado de acordo com as necessidades específicas de cada cliente, segundo as características da frota de que dispõe. Por outro lado, em nenhum momento tivemos a pretensão de ensinar qualquer mecânico a trocar embreagens, mas apenas auxiliá-lo relembrando alguns pontos e municiá-lo com informações úteis ao seu trabalho. Todos os dados aqui expostos foram extraídos de materiais elaborados e publicados pelas montadoras e fabricantes de peças originais, complementadas com a experiência dos profissionais da SACHS AUTOMOTIVE, que fornece a maioria das embreagens às montadoras brasileiras. SACHS AUTOMOTIVE BRASIL LTDA. Publicação de propriedade da SACHS AUTOMOTIVE BRASIL LTDA.. Proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização por escrito da proprietária. As descrições e dados contidos na presente publicação estão sujeitos a alteração sem prévio aviso. Mecânicos inexperientes, sem treinamento ou não familiarizados com os procedimentos de reparação não devem executar os serviços descritos neste manual. A SACHS AUTOMOTIVE BRASIL LTDA. não se responsabiliza por danos materiais ou pessoais causados por: a) inobservância das normas de segurança e das instruções descritas neste manual; b) não utilização, quando for o caso, das ferramentas especiais e equipamentos apropriados. Edição nº 03 – Junho/2002 1 CAMINHÕES E ÔNIBUS 2. Índice Fascículo 1 Capítulo 1. Apresentação 2. Índice 3. Designação para platôs e discos 4. Remoção e instalação do conjunto de embreagem 5. Diagnósticos de avarias Fascículo 2 6. Importância e influência dos sistemas de acionamento 7. Regulagem dos pedais 8. Regulagens do sistemas de acionamento Fascículo 3 9. Servo da embreagem 10. Indicador de desgaste do disco de embreagem 11. Manutenção periódica do sistema de embreagem Fascículo 4 12. Usinagem do volante do motor 13. Dimensões para controle dos volantes Fascículo 5 14. Desmontagem e montagem de embreagens 15. Substituição dos mancais de embreagem Fascículo 6 16. Produtos recomendados para o sistema de embreagem 17. Sangria dos sistemas hidráulicos 18. Classe de resistência e torque de parafusos O Manual de Reparo de Sistemas de Embreagens para Caminhões e Ônibus é uma publicação da SACHS AUTOMOTIVE BRASIL LTDA. São seis fascículos, publicados em seqüência, formando um conjunto único depois de completo. Em cada fascículo um, ou mais assuntos são abordados de forma direta, clara e ilustrada. É importante ressaltar que, devido ao constante desenvolvimento e lançamento de novas tecnologias relacionadas ao tema, nem todos os assuntos puderam ser abordados em detalhes. A tônica dos seis fascículos reunidos é fornecer, de maneira resumida, as principais e mais importantes informações sobre os sistemas de embreagens em caminhões e ônibus. No caso de haver a necessidade de conhecer um dos temas abordados nos fascículos com maior profundidade, acione o Call Center Sachs pelo 0800 19 44 77. A ligação é gratuita e técnicos preparados estarão aguardando sua ligação para auxiliá-lo. 2 R BE RAEG E ENM S S I S T E M A S EDM E EBM AG M A N U A L D E R E PA R O D E C A T Á L O G O 2 0 0 1 3. Designação para platôs e discos 3.1. Designação de platôs HBX 250 - Carcaça de chapa - Platô de alavanca - Volante com profundidade - Acionamento empurrado X Execução especial 250 Diâmetro externo da placa de pressão HVB 280 - Carcaça de chapa - Platô de alavanca - Volante liso - Acionamento empurrado V Execução reforçada 280 Diâmetro externo da placa de pressão MFZ 430 (280 e 310) - Carcaça de chapa M Platô de mola membrana F Volante liso Z Acionamento puxado 430 Diâmetro externo da placa de pressão GFX 310 G Carcaça de ferro fundido - Platô de alavanca F Volante liso - Acionamento empurrado X Execução especial 310 Diâmetro externo da placa de pressão 3 CAMINHÕES E ÔNIBUS 3. Designação para platôs e discos (cont.) 3.1. Designação de platôs (cont.) GMF 330 (350 e 420) G Carcaça de ferro fundido M Platô de mola membrana F Volante liso - Acionamento empurrado 330 Diâmetro externo da placa de pressão G 420 G Carcaça de ferro fundido - Platô de alavanca - Volante com profundidade - Acionamento empurrado 420 Diâmetro externo da placa de pressão GFKR 380 (420) G Carcaça de ferro fundido - Platô de alavanca F Volante liso - Acionamento empurrado KR Debreagem por mancal com colar (anel de debreagem) 380 Diâmetro externo da placa de pressão GF2 380 G Carcaça de ferro fundido - Platô de alavanca F Volante liso - Acionamento empurrado 2 Bi-disco 380 Diâmetro externo da placa do platô Nota: os platôs podem ter o mesmo cód. de designação, porém com referências comerciais distintas, uma vez que cada aplicação requer carga maior ou menor e/ou alturas diferentes. 4 R BE RAEG E ENM S S I S T E M A S EDM E EBM AG M A N U A L D E R E PA R O D E C A T Á L O G O 2 0 0 1 3. Designação para platôs e discos (cont.) 3.1. Designação de platôs GMFZ2 380 G Carcaça de ferro fundido M Platô de mola membrana F Volante liso Z Acionamento puxado 2 Bi-disco 380 Diâmetro externo da placa de pressão 3.2. Designação de discos Para os discos torna-se mais difícil ilustrar, pois são muitas as variáveis e pequenas peças envolvidas na construção dos mesmos. Porém, normalmente, são designados conforme exemplos: 330 Diâmetro externo do disco G Construção pesada S Dispositivo de atrito (mola de chapa) Z Guarnição com mola intermediária 280 Diâmetro externo do disco G Construção pesada T Dispositivo de atrito (mola prato interna) Z Guarnição com mola intermediária Assim, o número sempre significa o diâmetro, e as letras, as características de sua construção. Nota: existem discos com designações iguais. Porém, com referências comerciais distintas devido à variações de espessura do revestimento, altura e diâmetro do cubo ou dos dispositivos de amortecimento de vibrações e de retenção das molas de torção, com diversas variações, segundo as características do veículo e do platô com o qual devem ser montados. 5 CAMINHÕES E ÔNIBUS 4. Remoção e instalação do conjunto de embreagem Esta seção trata de todos os cuidados a serem tomados quando da remoção e instalação de um conjunto de embreagem (platô, disco e mancal). A. Antes de desmontar o conjunto Antes da desmontagem, verifique: 1. Qual a queixa, ou seja, porque o veículo foi recolhido à oficina. 2. Se já foi feito um serviço relacionado à embreagem do veículo anteriormente. Verificar quando e o que . 3. Testar o sistema antes de fazer um diagnóstico da avaria. Importante: muitos problemas podem ser eliminados sem que seja necessário remover o conjunto de embreagem ver capítulo “Diagnóstico de funcionamento da embreagem”. 4. Definir o que fazer e somente depois iniciar o trabalho. B. Desmontagem Calçar o pedal na posição de repouso, uma vez que o acionamento acidental do pedal, com o sistema desmontado, pode provocar sérios acidentes. 1. Desacoplar a haste de acionamento do garfo da embreagem. Nota: desacoplar o servo da embreagem ou o cilindro hidráulico auxiliar e as respectivas tubulações de ar e fluído, se necessário. 2. Soltar e retirar a caixa de câmbio, alinhando sempre para não forçar o cubo do disco. 3. Marcar as peças, caso esteja removendo o conjunto para verificações e/ou análises. 4. Retirar o mancal. 5. Soltar os parafusos de fixação do platô. Importante: soltar pouco a pouco cada parafuso, em cruz, até o alívio da tensão das molas. 6. Retirar o platô e o disco. Importante: não lavar as peças. Retirar a poeira com uma trincha e com ar comprimido. Limpar as superfícies metálicas com um pano embebido em solvente. C. Verificações e análises A análise das peças retiradas é importante para diagnosticar problemas operacionais e/ou falhas dos sistemas de acionamento, bem como outros problemas mecânicos. Ela deve ser feita cuidadosamente, cada componente do sistema deve ser checado para garantir um funcionamento suave e harmônico do conjunto. Esta análise é dividida em diversas etapas e é o que veremos a seguir. 6 R BE RAEG E ENM S S I S T E M A S EDM E EBM AG M A N U A L D E R E PA R O D E C A T Á L O G O 2 0 0 1 4. Remoção e instalação do conjunto de embreagem (cont.) C. Verificações e análises Desgastada Platô Nova 1. Examinar quanto ao desgaste, a mola-membrana, alavanca ou anel de debreagem. Desgaste excessivo é sinal de rolamento em mal estado de funcionamento, engripado e / ou desalinhado. Nova Desgastada Nota: caso vá remover o anel de debreagem, marcar a posição de montagem para voltar a montar na mesma posição. Marcar posição de montagem antes de remover o anel de debreagem. A montagem fora de posição pode modificar a altura de regulagem do conjunto. Desgastada Nova 7 CAMINHÕES E ÔNIBUS 4. Remoção e instalação do conjunto de embreagem (cont.) C. Verificações e análises Platô 2. Examinar o estado das molas de retrocesso. Mola de retrocesso deformada não produz recuo da placa e o platô não libera o disco. A deformação da mola se dá por redução brusca, falta de cuidado na montagem (aperto incorreto do platô), queda da peça ou estocagem incorreta. 3. Examinar a placa de pressão quanto a desgaste, fissuras, azulamento por calor excessivo e/ou deformação superior a 0,3 mm, substituir o platô. Nota: verificar a deformação em pelo menos 3 direções. Sinais de calor são indícios de: embreagem pré-acionada e/ou patinação provocada por eventuais problemas operacionais, mal costume do motorista (saídas em 2ª marcha, segurar o veículo em rampas através da embreagem, etc.), ou sistema de acionamento desregulado. 8 R BE RAEG E ENM S S I S T E M A S EDM E EBM AG M A N U A L D E R E PA R O D E C A T Á L O G O 2 0 0 1 4. Remoção e instalação do conjunto de embreagem (cont.) C. Verificações e análises Disco O exame do disco de embreagem também é um importante dado para diagnóstico de eventuais problemas operacionais e/ou mecânicos. Verificações: 1. Examinar as guarnições quanto a desgastes, fissuras, manchas de superaquecimento ou outros danos mecânicos. 2. Examinar se há presença de óleo nas guarnições. 3. Examinar o desgaste do cubo. O disco deve deslizar com facilidade sobre o eixo piloto, porém sem folga excessiva. 4. Examinar as molas de torção do disco quanto a quebras e folgas. 5. Examinar o desvio lateral (empenamento) do disco e corrigir, se necessário, em equipamento apropriado. A ponta do relógio comparador deve ser posicionada entre o rebite e o diâmetro externo do disco. O empenamento do disco pode ocorrer na armazenagem, no transporte ou durante o manuseio. Veja aqui o exemplo de um disco empenado. 6. Substituir o disco se necessário. Nota: não compensa reutilizar discos com menos de 0,5 mm de revestimento útil para desgaste. 9 CAMINHÕES E ÔNIBUS 4. Remoção e instalação do conjunto de embreagem (cont.) C. Verificações e análises Mancal de embreagem Examinar se gira livre, nível e forma do desgaste da bucha, desgaste na superfície de contato com as alavancas ou linguetas da mola membrana, desgastes nos pontos de contato com o garfo e vazamento de graxa. Substituir se necessário. Importante: o mancal de embreagem com bucha possue lubrificação permanente e não deve ser lavado com qualquer tipo de solvente. Limpar somente com um pano umedecido. Eixo piloto Limpar e examinar quanto a: 1. desgastes irregulares e/ou rebarbas na região de atuação do disco de embreagem; 2. marcas de funcionamento do rolamento guia do virabrequim / volante; 3. outras irregularidades; Corrigir e / ou substituir o que for necessário. Tubo guia do mancal (moringa) Examinar quanto a: 1. desgastes irregulares / calosidades; 2. vazamento de óleo do câmbio; 3. verificar se o mancal desliza livre sobre a moringa. 4. outros danos mecânicos; Corrigir anomalia / substituir se necessário. Volante do motor Se as fissuras ultrapassarem 50% da área do volante, ele deve ser trocado. Limpar o volante com um pano umedecido em solvente e examinar: 1. canais abertos pelos rebites dos discos; 2. manchas de superaquecimento e fissuras; 3. roscas de fixação do platô e empenamento ou deformação; 4. outros problemas mecânicos. Se necessário, remova-o para melhor análise e/ou usinagem - ver detalhes em “Usinagem do volante”. Nota: Imperfeições na superfície de atrito do volante comprometem a durabilidade do disco de embreagem. 10 R BE RAEG E ENM S S I S T E M A S EDM E EBM AG M A N U A L D E R E PA R O D E C A T Á L O G O 2 0 0 1 4. Remoção e instalação do conjunto de embreagem (cont.) C. Verificações e análises Garfo e articulações Examinar quanto a desgastes irregulares nos pontos de contato, deformações, alinhamento, e movimentação livre e suave. Lubrificar, corrigir anomalias e / ou substituir o que for necessário. Capa seca Examinar quanto a folgas nos embuchamentos ou outros problemas mecânicos. Embuchar e / ou substituir o que for necessário. D. Montagem da embreagem Antes de iniciar a montagem, proceda conforme abaixo: 1. Engraxar ligeiramente o estriado do eixo piloto e verificar se o disco corre livre sobre o mesmo, porém sem folga excessiva. Importante: utilizar um pincel para passar a graxa e eliminar o excesso para evitar a contaminação do revestimento do disco. Atenção: graxas recomendadas Unimoly R24 Klüber / Lubrification Lubrificantes Especiais Ltda. Molikote G Rapid / Lumobras Imp., Com. e Indústria Ltda 2. Verificar se o mancal / rolamento corre livre sobre o tubo guia “moringa” do câmbio e se o garfo está alinhado / centralizado. Importante: o novo mancal dispensa lubrificação, uma vez que vem equipado com uma bucha de teflon que é autolubrificante. Atenção: se for utilizar o mancal antigo, com engraxadeira, utilizar as graxas recomendadas conforme: Unimoly GLP 2 / Klüber Lubrification Lubrificantes Especiais Ltda. Molikote Longterm 2 / Lumobras Imp., Com. e Indústria Ltda. 11 CAMINHÕES E ÔNIBUS 4. Remoção e instalação do conjunto de embreagem (final) D. Montagem da embreagem Para a montagem siga sempre os passos abaixo: 1. 1. Observar as marcas de desmontagem, caso algumas peças venham a ser reutilizadas. 2. Colocar o disco sobre o volante, guiado por uma ferramenta que simule o eixo piloto (mandril guia). 3. Colocar o platô e apertar gradativamente, em cruz, cada para2. fuso até que a carcaça do platô encoste no volante do motor. Nota: enquanto for apertando, verifique várias vezes se o mandril guia pode ser movimentado livremente, indicando que o disco permanece centrado. Importante: substituir os parafusos de fixação do platô – ver capítulo “Parafusos – Classe de resistência e torques”. 4. Torquear o platô com o torque recomendado – ver detalhes em “Desmontagem e montagem das embreagens” 5. Instalar o mancal / rolamento no garfo, prendendo com os respectivos grampos ou prendendo o garfo na mola do mancal. 6. Colocar o câmbio, apertar e torquear os parafusos – ver detalhes em “Desmontagem e montagem das embreagens”. Importante: guiar sem trancos e alinhado para evitar danos ao cubo do disco. 7. Conectar os mecanismos de acionamento da embreagem. 8. Pressionar o pedal três vezes. 9. Sangrar o sistema hidráulico. 10. Regular o sistema de acionamento (pedal e servo). 11. Engatar uma marcha alta (5ª ou 6ª) e verificar manualmente se o veículo dá embreagem. 12. Conectar o cardan e torquear. 13. Testar o veículo. 12 R BE RAEG E ENM S S I S T E M A S EDM E EBM AG M A N U A L D E R E PA R O D E C A T Á L O G O 2 0 0 1 5. Diagnósticos de avarias As tabelas a seguir têm a finalidade de auxiliar no diagnóstico e correção de eventuais falhas ou irregularidades no funcionamento dos sistemas de embreagem. As descrições das avarias e formas de corrigí-las, possibilitam a rápida identificação da(s) causa(s) provável(eis) e também auxiliam a determinar se a avaria é devido ao sistema mecânico, hidráulico, pneumático, ou à(s) falha(s) operacional(is). Assim, antes de desmontar o conjunto de embreagem para substituí-lo, convém passar primeiro por este(s) diagnóstico(s), o que pode levar à realização de serviços mais simples, rápidos e eficazes. 5.1. Pedal duro (excesso de força para debrear) Possível causa Falta lubrificação na guia do rolamento / mancal Tubo guia do rolamento / mancal com desgastes irregulares Engripamento / desgastes irregulares no garfo / mancal de articulação desalinhado Falta de lubrificação no eixo e articulações da haste do pedal Mola de dupla ação fraca, quebrada, faltando ou desregulada Excesso de impurezas / sujeira nas alavancas / membrana do platô Defeito no platô da embreagem / platô incorreto para o veículo (carga maior) Estrangulamento na tubulação do fluído Pressão de ar insuficiente Vazamento de ar pelo respiro do servo Sistema hidráulico danificado Servo-cilindro desregulado Revestimento(s) da embreagem gasto(s) Vedadores do servo-cilindro danificados Eixo / buchas do pedal danificadas Falta pressão pneumática Solução Examinar o livre movimento e lubrificar se necessário Examinar movimento livre reparar / substituir guia do rolamento Desmontar garfo e reparar / substituir se necessário lubrificar / examinar / substituir coifa Lubrificar / substituir as peças danificadas Substituir / aplicar ou regular altura da mola Verificar vedação da janela de inspeção da caixa seca instalar / substituir se necessário Remover e substituir se necessário Substituir tubo(s) danificado(s) Examinar o sistema / regular válvulas Examinar válvula de comando / reparar o servo Examinar / reparar cilindro emissor e receptor / servo Regular o curso do êmbolo do servo-cilindro / retornar a válvula indicadora à sua posição de repouso e endireitar a arruela de latão - (Volvo) Substituir o(s) disco(s), regular o curso do êmbolo do servo-cilindro / retornar a válvula indicadora à sua posição de repouso e endireitar a arruela de latão - (Volvo) Inspecionar quanto a vazamentos / reparar Reparar / substituir peças danificadas e lubrificar Reparar ou regular válvulas do sistema 5.2. Barulho na embreagem Possível causa Molas soltas ou quebradas no(s) cubo(s) do(s) disco(s) Rolamento de encosto seco ou gasto Rolamento de apoio do eixo piloto seco ou gasto Cubo(s) do(s) disco(s) solto(s) Molas principais quebradas Solução Substituir o(s) disco(s) Engraxar ou substituir o rolamento Engraxar ou substituir o rolamento Substituir o(s) disco(s) Substituir o platô 13 CAMINHÕES E ÔNIBUS 5. Diagnósticos de avarias (cont.) 5.3. Debreagem deficiente (dificuldade para engatar marchas) Possível causa Ar no sistema hidráulico Vazamento de fluído Curso do pedal desregulado / batente inferior incorreto Fluído não recomendado (formação de vapor) Folga excessiva entre a haste e o êmbolo do cilindro emissor Folga excessiva na articulação do garfo da embreagem / desgaste do garfo Platô com recuo insuficiente da placa / mola de retrocesso deformada Oscilação excessiva do disco de embreagem Cubo do disco engripado no eixo piloto Rolamento do eixo piloto não gira livre Fuga de ar na válvula de comando do servo Bi-disco (disco duplo) Elementos deslizantes não posicionados Mancal do rolamento gira com relação ao garfo Molas de retrocesso da placa de pressão intermediária estão fracas ou deformadas Falta de curso do servo-cilindro Pedal errado para o veículo Cubo(s) do(s) disco(s) prende(m) no eixo piloto Sistema de acionamento regulado incorretamente Rolamento / mancal danificado Revestimento do(s) disco(s) quebrado(s) Placa(s) de pressão quebrada(s) Placa(s) de pressão empenada(s) Disco(s) de fricção empenado Vazamento nos vedadores hidráulicos e/ou pneumáticos Rolamento de apoio do eixo piloto muito apertado na árvore de manivelas ou no eixo piloto Solução Sangrar o sistema Eliminar vazamento e sangrar o sistema Examinar / regular conforme especificado para cada tipo de veículo Substituir fluído e sangrar o sistema Reparar / regular conforme especificado Examinar / substituir ou reparar peças defeituosas Substituir platô Endireitar disco / substituir Verificar estrias / tirar rebarba / substituir se necessário Trocar rolamento Examinar / reparar Posicioná-los contra o volante (embreagem empurrada) ou contra a placa de pressão (embreagem puxada) Certificar-se de que a alavanca do garfo está instalada corretamente e/ou o garfo não está empenado Substituir o platô Sangrar o sistema hidráulico e verificar o curso / regular se necessário Verificar / substituir - ver capítulo “Regulagem dos pedais” Limpar e lubrificar o(s) cubo(s) e o eixo / eliminar rebarbas e se necessário, substituir o eixo e/ou o disco Regular o curso do pedal e do êmbolo do servo-cilindro Substituir o rolamento / mancal Substituir o(s) disco(s) Substituir as pecas Substituir as peças danificadas Substituir / endireitar o(s) disco(s) Inspecionar os vedadores / reparar o sistema Inspecionar o rolamento do eixo piloto e substituí-lo se necessário 5.4. Pedal vibra ao ser acionado Possível causa Mola membrana ou alavanca quebrada Rolamento quebrado 14 Solução Substituir platô e verificar regulagens do servo-cilindro Examinar / substituir peças necessárias R BE RAEG E ENM S S I S T E M A S EDM E EBM AG M A N U A L D E R E PA R O D E C A T Á L O G O 2 0 0 1 5. Diagnósticos de avarias (cont.) 5.5. Embreagem patina Possível causa Desgaste excessivo do revestimento do disco ou do volante (pista no volante) Embreagem pré-acionada (enforcada) Operação com o pé sobre o pedal Revestimento oleado Platô incorreto Volante com profundidade maior Curso de acionamento excessivo Sistema de acionamento regulado incorretamente Revestimento(s) da embreagem gasto(s) Molas principais fracas ou quebradas Haste de acionamento do cilindro mestre / pedal sem folga Buchas do pedal da embreagem secas ou gastas Solução Examinar / reparar ou substituir as peças necessárias / usinar volante Examinar folga entre a haste e o êmbolo do cilindro emissor / regular sistema Treinar operadores Substituir disco / eliminar vazamentos / limpar volante e platô Verificar / substituir se necessário Corrigir / substituir peças necessárias Substituir platô e disco / regular corretamente Regular o curso do pedal e o curso do êmbolo do servo-cilindro Substituir o(s) disco(s) Substituir o platô Regular a folga conforme instruções “Regulagens dos sistemas de acionamento” Lubrificar as buchas do pedal 5.6. Embreagem trepida Possível causa Coxins de motor e câmbio faltando ou em mal estado Embolos dos cilindros hidráulicos engripando no retorno Rolamento engripando no tubo guia da caixa de câmbio Revestimento oleado Falta de paralelismo entre o mancal / rolamento e as alavancas ou anel de encosto do platô Regulagem do platô alterada Rolamento do eixo piloto não foi montado Irregularidade nas superfícies de fricção do volante e/ou do pla†ô Disco empenado Virabrequim desalinhado com eixo piloto Carcaça do platô deformada na montagem e/ou parafusos não apertados corretamente Solução Examinar / repor ou substituir Examinar / substituir se necessário Reparar / substituir se necessário Detectar causa e corrigir / substituir o disco Verificar e corrigir Substituir o platô e/ou o conjunto da embreagem Montar rolamento Retificar o volante e/ou substituir o platô Examinar / substituir disco ou corrigir empenamento Examinar capa seca / alinhar Examinar / substituir platô 5.7. Embreagem reaplica com o pedal acionado Possível causa Vedadores hidráulicos danificados Solução Substituir os vedadores do cilindro mestre e/ou servocilindro 15 CAMINHÕES E ÔNIBUS 5. Diagnósticos de avarias (final) 5.8. Embreagem aplicada aos trancos / trepida Possível causa Sistema de acionamento regulado incorretamente Disco(s) de fricção empenado(s) Oleosidade nos revestimentos do(s) disco(s), no volante e/ou placa(s) de pressão Revestimentos do(s) disco(s) vitrificados por superaquecimento Superfície de fricção do volante e/ou da(s) placa(s) de pressão riscadas ou trincadas Coxins do motor soltos ou danificados Disco(s) de embreagem com cubo solto Pedal da embreagem prende (não retorna livre) Folga excessiva nas juntas universais e/ou no diferencial Vazamentos nos vedadores hidráulicos ou pneumáticos Solução Regular o curso do pedal e o curso do êmbolo do servo-cilindro Desempenar ou substituir o(s) disco(s) Substituir o(s) disco(s) e limpar o volante e a(s) placa(s) de pressão com solvente adequado / substituir os vedadores danificados, da árvore de manivelas e/ou da caixa de mudanças Substituir o(s) disco(s) Usinar o volante e/ou substituir as peças danificadas Apertar os suportes ou substituí-los Substituir o(s) disco(s) Lubrificar as buchas do pedal e as articulações do servo-cilindro e garfo Substituir as peças gastas e/ou regular o diferencial Substituir os vedadores danificados 5.9. Pedal não retorna (veículo debreado / demora para embrear) Possível causa Mecanismo do pedal desregulado ou enforcado Êmbolos dos cilindros emissores ou receptor engripados Mola de dupla ação fraca ou desregulada Mola de retorno do pedal fraca ou ausente Retorno lento do sistema Descarga de ar do servo insuficiente Vedadores hidráulicos e/ou pneumáticos deficientes Excesso de curso (bloqueio da mola membrana) 16 Solução Regular conforme especificado para cada tipo de veículo Reparar / substituir cilindro(s) Substituir / regular altura da mola Substituir se necessário / aplicar mola Examinar vedadores / reparo dos cilindros / guia do mancal e articulações / substituir o que for necessário Examinar / reparar válvula de descarga Examinar / reparar Substituir platô / regular o sistema de acionamento R BE RAEG E ENM S S I S T E M A S EDM E EBM AG M A N U A L D E R E PA R O D E C A T Á L O G O 2 0 0 1 Faça aqui suas anotações SACHS AUTOMOTIVE BRASIL LTDA. Av. Piraporinha, 1000 • 09891.901 • Jordanópolis • São Bernardo do Campo • SP Tel.: (0xx11) 4341.2100 • Fax: (0xx11) 4341.2187 • DDG: 0800 19.4477 www.sachs.com.br
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