Rel. Seminario 2
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Rel. Seminario 2
CENTRO UNIVERSITÁRIO SERRA DOS ÓRGÃOS CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM IMPLANTODONTIA PROF. COORDENADOR EDUARDO JOSÉ DE MORAES ALUNA: THAÍS MIGUENS LABUTO GESUALDI Síntese: Princípios de Técnica Cirúrgica (Capítulo 3) Peterson, Ellis, Hupp e Tucker; Cirurgia Oral e Maxilofacial Anterior ao procedimento cirúrgico é necessário uma avaliação onde é feita a coleta de dados do paciente. Como anamnese, exames clínicos, exames físicos, laboratoriais e de imagens; caso haja necessidade consultas a outros especialistas. Como necessidade básica para um procedimento cirúrgico há a visibilidade e um auxílio adequado. Para uma boa visibilidade é preciso que o paciente possua uma abertura de boca suficiente, para uma exposição cirúrgica adequada; uma boa iluminação, posicionando a fonte de luz ao campo cirúrgico quando preciso, ou usar uma fonte de luz acoplada a cabeça; e o campo cirúrgico livre de fluidos, utilizando um alto volume de sucção. Para uma incisão correta tem se alguns princípios, como uma lâmina afiada e de tamanho ideal, evitando repetidos cortes; um corte firme e contínuo, diminuindo a quantidade do sangramento e auxiliando na cicatrização; evitar cortar estruturas vitais, utilizando uma profundidade mínima para definir a camada de tecido seguinte; empunhar o bisturi em posição perpendicular a superfície, a fim de dar facilidade na aproximação das bordas da ferida; e, planejar a incisão para incisar na gengiva inserida e sobre osso saudável, oferecendo suporte para cicatrização. O desenho do retalho cirúrgico é de grande importância para o acesso cirúrgico ou mover tecidos de um sítio a outro. Com ele vêm também princípios básicos para evitar complicações. Para evitar a necrose do retalho é necessário que o ápice de um retalho seja menor que sua base, e seus lados paralelos ou convergentes da base para o ápice; sua extensão não deve ser mais que duas vezes a largura da base; possuir um suprimento sanguíneo axial na sua base; e, a base não deve ser torcida ou distendida. Com a finalidade de prevenir a deiscência do retalho, suas bordas devem ser reaproximadas sobre o osso sadio, não submetendo o retalho a tensão. Para prevenção da dilaceração do retalho, ele dever ser planejado para não realizar o procedimento cirúrgico utilizando um retalho de acesso insuficiente. O tecido é facilmente deteriorado, portanto sua manipulação deve ser executada com cuidado, verificando o uso de força e compressão, extremos de temperatura, dissecção, e uso de substâncias químicas não fisiológicas. A hemostasia é de grande utilidade em uma cirurgia, com sangramento excessivo o paciente perde a capacidade de carrear oxigênio, promove a formação de hematomas, que diminuem a vascularização, aumentando a tensão nas bordas da ferida, além de atuar como meio de cultura para bactérias desenvolvendo uma infecção. Além da falta de visibilidade que provoca o sangramento. Como auxiliar os mecanismos hemostáticos naturais usa-se gaze pressionando sobre os vasos sangrantes; uma pinça hemostática; o uso do calor por meio de corrente elétrica; ligaduras pela sutura; pressão de um curativo sobre a ferida; e, uso de vasoconstritores (colágeno, trombina e adrenalina – deve ser colocada 7 minutos antes do início da cirurgia). Os pequenos vasos necessitam de 20 a 30 segundos de pressão para coagulação e os grandes vasos de 5 a 10 minutos de pressão contínua. O espaço morto (região sem tecido após fechamento da ferida) de uma ferida deve ser manuseado para não criar hematoma e uma posterior infecção. A ferida deve ser suturada por planos, reduzindo assim o espaço morto pós-operatório; usar um curativo compressivo, unindo os planos pela fibrina, (leva de 12 a 18 horas); colocar um curativo com um medicamento antibacteriano dentro do espaço morto e depois removê-lo; usar drenos isoladamente ou em conjunto com curativos compressivos. A descontaminação (redução do número de bactérias) de uma ferida é feita a partir de uma boa irrigação, no trans e pós-operatório. O debridamento ( remoção de tecidos traumatizados, necrosados, corpo estranho, áreas isquêmicas prejudicando a cicatrização) é realizado em casos de feridas expostas traumaticamente ou tecidos lesados patologicamente. A sutura é uma importante etapa para cicatrização de uma ferida. Há dois tipos de material de sutura, os reabsorvíveis e os nãoreabsorvíveis. Fios de sutura reabsorvíveis: Categute – é feito da submucosa do intestino do carneiro ou da serosa do boi, resiste de 5 a 7 dias ( na cavidade oral de 2 a 4 dias); Categute cromado – tratamento de sais de cromo onde da uma vida útil maior ao fio de sutura, resiste de 9 a 14 dias (na cavidade oral de 3 a 5 dias); Poliglactina 910 – é um copolímero dos ácidos glicólico e lático em uma proporção 9:1; Ácido poliglicólico - sofre hidrólise, são reabsorvidos por macrófagos, como o poliglactina 910, são menos rígidos que categute, suturas são mais fáceis de atar e permanecem atados por mais tempo. Fios de sutura não-reabsorvíveis, podem ser monofilamentados ou multifilamentados (aumenta a força do material e sua abrasividade, podendo causar contaminação e posterior infecção). Seda – multifilamentado, perde sua força tênsil gradualmente e desaparece em 2 anos se não removido; Poliéster – multifilamentado; Náilon – mono- e multifilamentado; Polipropileno – monofilamentado. O número de zeros em um fio de sutura está relacionado ao diâmetro e resistência do fio. A facilidade de dar o nó e de manter o nó são importantes, os fios multifilamentados são mais fáceis de manusear, requer apenas três laçadas para se manter o nó seguro. Os nós com polipropileno tendem a ficar amarrados, devido o material ser macio, oferecendo um travamento. Possui dois tipos básicos de agulhas. A de fundo falso ou do tipo francês, e as agulhas prensadas ao fio de sutura, que provoca menos dano ao tecido. As agulhas se diferem também de acordo com sua ponta cortante ou circular, sua curvatura, diâmetro e comprimento. Para se realizar uma boa sutura deve-se prender a agulha na metade ou a três quartos de distância da ponta pelo porta-agulha, perpendicularmente a superfície, empurrada no tecido seguindo a curvatura da agulha e girando apenas o pulso. As extremidades do fio devem ser puxadas juntas e amarradas aproximando as bordas da ferida, o número de laçadas é relativo ao tipo de material selecionado e extremidades cortadas de 2 a 3 mm acima do nó. A região suturada na cavidade oral deve ser limpa, usando bochecho com soro fisiológico, água oxigenada diluída, ou água filtrada. As feridas no vermelhão dos lábios ou face, livres de sangue ou outros detritos, fazendo a limpeza com água oxigenada por cotonetes. A remoção da sutura geralmente é efetuada após 5 dias na cavidade oral e após 4 dias na face substituindo a por fitas adesivas. O edema pós-cirúrgico pode ser controlado com gelo, diminuindo a vascularização e assim, transudação. O paciente manter a cabeça mais alta do que o resto do corpo, e a utilização de corticosteroides sistêmicos, úteis quando administrados antes do tecido ser lesionado. Quanto maior a quantidade de tecido lesado, maior será o edema. A saúde geral do paciente interfere na cicatrização. Como doenças que induzem um estado catabólico de metabolismo, como diabetemelito, estágio final de doença renal, hepática e doenças malignas. Doenças que interferem a liberação de oxigênio ou nutriente, como, doença pulmonar obstrutiva crônica, deficiência cardíaca e vícios de drogas. E também as doenças auto-imunes. REPARAÇÃO DAS FERIDAS (Capítulo 4) A etiologia dos danos teciduais são as lesões traumáticas causadas por agressões químicas ou físicas. Os meios físicos são: incisões, contusões, extremos de temperaturas, radiação, ressecamento e obstrução sanguínea arterial ou venosa. As substâncias químicas são aquelas de pH e concentração nãofisiológicas, as que causam isquemia pela constrição vascular ou trombose. A epitelização é a capacidade regenerativa em reestabelecer a integridade do tecido lesado por meio da migração de uma borda livre do tecido pelo leito da ferida e inibição de contato. A borda livre do epitélio migra até que entre em contato com a outra borda livre do epitélio, pelo leito da ferida. Os estágios da cicatrização da ferida são três, inflamatório, fibroblástico e remodelador. Estágio Inflamatório. Tem seu início no momento em que o tecido é lesado, tem como duração de 3 a 5 dias. Os sinais cardeais da inflamação são: vermelhidão (eritema) e tumefação (edema), calor e dor, e perda da função. O calor e o eritema são provenientes da vasodilatação, o edema pela transudação de fluidos, e a dor e perda de função, pela histamina, cininas e prostaglandinas liberadas pelos leucócitos, como também pela pressão do edema. O estágio inflamatório possui uma fase vascular e uma fase celular. A fase vascular se inicia com uma vasoconstrição inicial, o que resulta a coagulação sanguínea. Em alguns minutos com a presença da histamina e prostaglandina E1 e E2, há uma vasodilatação ocasionando fenestrações vasando o plasma e migrando os leucócitos para dentro do tecido intersticial. A fibrina que contém no plasma provoca tamponamento linfático, e o plasma se acumula na ferida, sintetizando os agentes contaminantes. Essa coleção de fluido se chama edema. A fase celular é proveniente dos produtos da ativação do complemento, desencadeado pelo trauma celular, C3 e C5 vão atuar como fatores quimiotáticos aderindo os neutrófilos na margem dos vasos, passando pela parede dos vasos (diapedese). Quando em contato com corpos estranhos, os neutrófilos liberam o conteúdo de seus lisossomas, essas enzimas lisossomais contituídas de protease tem como função eliminar os corpos estranhos e fagocitar tecido necrótico, com o auxilio de monócitos e macrófagos. Assim, os linfócitos se aglomeram e participam dessa ação. Os linfócitos B reconhecem o material antigênico eliminando as células estranhas, e os linfócitos T auxiliares estimulam a diferenciação e proliferação das células B; os linfócitos T supressores regulam a função dos linfócitos T auxiliares e os linfócitos T cititóxicos, destroem as células que contém antígenos estranhos. A principal substância que mantém a ferida unida nessa fase é a fibrina. Estágio fibroblástico. Tem a duração de 2 a 3 semanas. Os fios de fibrina se entrecruzam formando uma rede, onde os fibroblastos formam a substância fundamental e tropocolágeno a partir do 4 ou 5 dia. A substância fundamental tem por finalidade manter unidas as fibras colágenas, e é constituída de mucopolissacarídeos. Os fibroblastos também secretam a fibronectina (proteína) estabilizando a fibrina auxilia no reconhecimento de corpos estranhos guiando os macrófagos pelos seus fios promovendo a fagocitose. A rede de fibrina também é utilizada por novos vasos capilares. Assim como ocorre a fibroplastia, ocorre a fibrinólise ocasionada pela plasmina dos novos capilares. O tropocolágeno depositado forma o colágeno que é produzido de forma excessiva e aleatória, dando resistência à ferida. Estágio de remodelação ou maturação da ferida. Nesse estágio, há a contração da ferida, suas bordas migram uma em direção a outra e muitas fibras de colágeno são destruídas e substituídas por fibras colágenas orientadas, que dão maior resistência as forças de tensão da ferida. O que não ultrapassa de 80 a 85 da resistência de um tecido não lesionado. Devido a orientação não é mais necessário a formação de novas fibras amolecendo a cicatriz. Com a diminuição do metabolismo é reduzida a vascularização e o eritema da ferida. A elastina que é encontrada em um tecido normal não é encontrada na cicatrização, desta forma tem-se a perda da elasticidade na área da cicatriz. Fatores que prejudicam a cicatrização das feridas: Corpos estranhos: É tudo o que o sistema imunológico não reconhece como próprio. Provocam três problemas básicos: 1. Bactérias, podem se proliferar e causar infecção; 2. Corpos estranhos não bacterianos, servirá de abrigo às bactérias; 3. Antigênico, estimula uma reação inflamatória crônica diminuindo a fibroplastia. Tecido necrótico: Serve como barreira para o crescimento de células reparadoras, prolongando o estágio inflamatório, também serve como nicho de bactéria. Como normalmente possui hematoma, serve de excelente fonte de nutrientes. Isquemia: Provoca a redução do afluxo de anticorpos, glóbulos brancos e antibióticos, aumentando o risco de infecção e pode induzir a necrose tecidual. Tensão da ferida: Produz a isquemia. A cicatrização pode ser por primeira ou segunda intenção. A por primeira intenção, não há perda de tecido, as bordas da ferida são unidas em sua posição anatômica, sua cicatrização é mais rápida, reduzindo o risco de infecção e menor cicatriz. A cicatrização por segunda intenção há laceração do tecido ou um espaço entre as bordas da ferida, o que provoca uma cicatrização mais lenta e mais tecido fibroso. O termo utilizado de cicatrização por terceira intenção, é quando utiliza-se enxerto de tecido sobre feridas de grande extensão e cicatriza-se por segunda intenção. Após uma exodontia, o alvéolo vazio e é composto de osso cortical e coberto por resquícios das fibras do ligamento periodontal, e uma borda de epitélio oral na porção coronária. O alvéolo se enche de sangue coagulado promovendo seu selamento. As células brancas removem bactérias contaminantes e fragmentos ósseos, ainda na primeira semana há o crescimento de fibroblastos e capilares, havendo também a migração do epitélio, como o acumulo de osteoclastos ao longo da crista óssea. Na segunda semana, grande quantidade de tecido de granulação preenche o alvéolo e se inicia a deposição de osteóide. Processo que continua na terceira e quarta semana (epitelização do alvéolo). O osso cortical continua a ser reabsorvido e novo osso trabecular depositado. De 4 a 6 meses após a exodontia que a cortical óssea é completamente absorvida. Conforme o osso vai preenchendo o alvéolo, o epitélio caminha em direção à crista gengival. Só após 1 ano que o tecido fibroso pouco vascularizado se posiciona sobre o processo alveolar. O mesmo que ocorre durante a cicatrização de tecido mole, ocorre na reparação de um osso lesionado. O que diferencia é a presença dos osteoblastos e osteoclastos. As células osteogênicas, que são os osteoblastos, que depositam osteóides, que quando imóveis se calcificam, são provenientes do periósteo, endósteo e das células mesenquimais indiferenciadas circulantes. Os osteoclastos, são provenientes dos monócitos, tem como função reabsorver osso necrótico e osso que precise de remodelação. Caso as extremidades ósseas fiquem com 1 mm de separação, grande quantidade de colágeno é depositada para o preenchimento desse espaço, esse tecido cicatricial se estende circuferencialmente formando o que é chamado de calo ósseo. De grande importância para cicatrização óssea é a vascularização, uma quantidade normal de oxigênio é necessária para posterior ossificação, quando o teor é baixo, ocorre a formação de cartilagem ao invés de osso, se acaso o suprimento for em nível mais baixo não forma nem osso, nem cartilagem. O osso precisa de alguma tensão para estimular a formação osteóide, mas, tensões excessivas, produz mobilidade, comprometendo a vascularização, favorecendo a formação de cartilagem ou tecido fibroso, por isso a imobilização é tão importante. O osso se forma perpendicularmente as linhas de tensão, proporcionando resistência às forças (conceito de matriz funcional). Os conceitos tradicionais de cicatrização óssea foram forçados a ser revisto após a descoberta da osseointegração por Branemark nos anos 60. Assim sendo, foi observado que ao redor do implante dentário envolve dois fatores básicos, a cicatrização óssea e a cicatrização do tecido mole alveolar ao implante. Para haver a osseintegração, é preciso que a cicatrização óssea ocorra antes da do tecido mole entre as superfícies do osso e implante. Para cicatrização óssea ocorrer é necessário: 1. Distância mínima entre o osso e o implante ( vai depender do preparo do sítio ósseo e do implante se encaixar deforma precisa) ; 2. Presença de osso viável próximo da superfície óssea ao longo do implante (usar instrumentos de corte bem afiado, velocidade de corte limitada e manter o osso resfriado por irrigação, preservará a viabilidade do osso); 3. Imobilidade completa do implante (manter o implante livre de todas as tensões na fase da cicatrização, cobrindo a parte superior do implante com gengiva, após uma integração inicial, uma pressão moderada irá estimular a deposição de osso cortical); e 4. Superfície do implante totalmente livre de contaminações (só podese manipular o implante com instrumentos feitos de metais diferentes dele, nem com as mãos enluvadas, não usar sabão, nem óleo para limpar sua superfície). Para o osseointegração ocorrer, a superfície de titânio puro é recoberta por uma camada de óxido de titânio, que é recoberta de glicosaminoglicans secretados pelos osteócitos, onde os osteoblastos secretam uma nova camada de osteóide, dando início a formação de osso. Quanto maior for à superfície do implante, maior será quantidade de osseintegração do implante. Se o tecido mole chegar antes a qualquer parte da superfície do implante, o osso nunca irá ocupar esse espaço, e o implante não ficará osseointegrado o suficiente para o uso de próteses. A aderência do tecido mole ao implante se dá a partir que o epitélio alcança a superfície do pilar do titânio, parando de migrar e secretando substância fundamental, formando a lâmina basal e hemidesmossomas. Injúria e Reparação do Tecido Nervoso. Embora o tecido nervoso passe pelos mesmos estágios de inflamação, fibroplastia e remodelação, passa também por outras mudanças. Quando um nervo passa por um trauma ou isquemia, (neuropraxia) a bainha epineural, e oxônios permanecem integros e sua recuperação é expontânea. A axonotmese, a bainha epineural continua íntegra e o axônio é rompido, por esmagamento ou tração, o tempo para regeneração axonial é de aproximadamente 2 a 6 meses, depende da distância do corpo celular e o órgão-alvo. Dentro de dois dias começa o processo regenerativo, o axônio cresce de 1 a 1,5 mm por dia. Caso haja seccionamento do nervo, ocorre a neurotmese, lesão grave sem recuperação espontânea. Enquanto o axônio começa sua regeneração, a fibroplastia do tecidos circunvizinhos costuma obstruir a extremidade proximal do nervo, impedindo o axônio de chegar ao órgãoalvo. Ao axônio chegar nessa obstrução, ele tende a se ramificar aleatoriamente, tentando achar a bainha nervosa ou faz outro caminho contornando a obstrução, criando uma nova bainha. Se o axônio não contornar a obstrução, ele forma um nódulo desordenado de tecido nervoso, o que é chamado de neuroma, o que poderá causar uma disestesia, que é uma sensação desagradável, com presença de dor. Os nervos lesados a 2 cm do órgão terminal, não requer aproximação, pois os axônios acham o órgão terminal por ramificações aleatórias. PRINCÍPIOS DE ASSEPSIA (Capítulo 5) Assepsia consiste em evitar a sépsis, sépsia é o colapso dos tecidos vivos pela ação de microrganismos,e geralmente com inflamação. No caso de cirurgia oral os organismos patogênicos contaminantes são: bactérias, micobactérias, vírus e fungos. Bactérias: Flora do trato respiratório superior: cocos gram-positivos aeróbios (principalmente estreptococos), actinomicetos, bactérias anaeróbias e algumas espécies de cândida. O número de bactérias é mantido pela renovação celular rápida, fatores imunológicos, diluição pelo fluxo salivar e competição entre os microrganismos por nutrientes. A flora do nariz e seios paranasais: estreptococos aeróbios grampositivos e anaeróbios. Em criança também podemos encontrar: Haemophilus influenzae, e em alguns adultos: Staphylococcus aureus. O número de bactérias é mantido imunoglobulinas e descamação epitelial, os cílios levam microrganismos aprisionados no muco para o trato gastrointestinal. Flora da pele maxilofacial: Staphylococcus epidermidis e Corynebacterium diphtheriae, Propionibacterium acnes, nos poros e folículos pilosos. A pele possui poucas bactérias, devido a sua camada superior ser composta de células ceratinizadas, a união das células epiteliais não permitir a penetração bacteriana, contínua descamação, exposição a desidratação, sebo produzido pelas glândulas e quantidade reduzida de nutrientes. Flora não-maxilofacial: região abaixo das clavículas, região pélvica e ponta dos dedos de mãos não lavadas, contém um número sempre crescente de microrganismos aeróbios gram-negativos e anaeróbios entéricos. Vírus: os que causam riscos aos pacientes e equipes de saúde são da hepatite B e o da imunodeficiência humana (HIV). Vírus da hepatite B se transmite pelo sangue infectado e em alguns pacientes infectados secretam grande quantidade pela saliva, que pode penetrar no indivíduo por qualquer superfície. Os meios mais eficientes para inativar o vírus é por meio de desinfetantes contendo halogênios (como iodóforos e hipoclorito), formaldeído, gás óxido de etileno, todos os tipos de esterilização pelo calor, e irradiação. A equipe profissional deve utilizar barreiras, como o uso de luvas, máscara facial e óculos de proteção. Vírus da imunodeficiência: se transmite com contato direto com o sangue ou secreções de um organismo infectado. O HIV perde sua capacidade de infectar quando desidratado, e não existem evidências que sustentem uma infecção pela saliva, e mesmo o sangue de organismos HIV positivos contém baixas concentrações de partículas infectantes. Profissionais de saúde tem pouca probabilidade de contrair a doença mesmo quando exposto ao sangue e secreções de pacientes HIV positivo, durante a realização de cirurgias ou quando auto-inoculados. Mesmo assim, até que seja totalmente compreendido o mecanismo de transmissão de HIV, os cirurgiões e sua equipe devem tomar as devidas precauções, que consiste técnicas de assepsia, esterilização e uso de barreira de proteção. E os pacientes com a função imune deprimida devem ser atendidos com cuidados, evitando a exposição de agentes contaminantes, a outros pacientes com doença clínica contagiosa. Micobactérias: o único microrganismo significativo aos cirurgiõesdentistas é o Mycobacterium tuberculosis (Mtb). São altamente resistentes a desidratação e a maioria dos desinfetantes químicos, e sensíveis a calor, óxido de etileno e irradiação. A tuberculose é transmitida por meio de aerossóis expirados de pulmões que possuem os bacilos (Mtb) e por instrumentos inadequadamente esterilizados. Os microrganismos mais resistentes são os endósporos bacterianos, portanto, qualquer método que os elimine, também é capaz de eliminar bactérias, vírus, micobactérias, fungo, mofo e parasitas. Os conceitos de desinfecção e esterilização são empregados erroneamente. A desinfecção apenas reduz o nível de contaminação e esterilização elimina qualquer forma de microrganismo. Anti-séptico e desinfetante são as substâncias que previnem a multiplicação de microrganismos capazes de produzir sépsis. Os antisépticos são aplicados em tecidos vivos e os desinfetantes são aplicados em objetos inanimados. A Sanitização e descontaminação, é a redução do número de microrganismos, a sanitização está relacionada a níveis seguros pela saúde pública, e a descontaminação não. As técnicas de esterilização do instrumental devem ser confiáveis, práticos e seguros. Três métodos disponíveis são: calor seco, calor úmido e gás de etileno. Estudos apresentou que em 6 meses após esterilização, a possibilidade de contaminação com microrganismos, portanto todos os instrumentos deverão receber uma etiqueta com a data de sua esterilização. Calor seco: A esterilização é feita por um formo equipado por um termostato de controle e um marcador de tempo. O calor seco oxida as proteínas celulares, o que se precisa de temperaturas muito altas ( 170ºC – 340ºF por 1 hora). É utilizado o calor seco para esterilizar itens volumosos e vidrarias que suportam altas temperaturas e suscetíveis a ferrugem. Devemos considerar alguns fatores ao usar o calor seco, como o tempo de aquecimento para o forno e para os materiais, condução do calor pelos materiais, circulação de ar através do forno. Vantagens: facilidade de uso, baixo potencial de danos a materiais resistentes e desvantagens, tempo para o processo e danos aos materiais não resistentes ao calor. Calor úmido: O aparelho usado é conhecido como autoclave, funciona criando vapor por meio de válvulas aumenta a pressão do vapor que se torna altamente aquecido (116ºC – 240ºF em 1 hora). Causa rapidamente uma coagulação proteica destrutiva em temperaturas relativamente baixas. Os instrumentos devem ser embalados em sacos de papel ou em tecido de algodão, de modo que permita o fluxo livre do vapor. Vantagens: eficácia, rapidez. Desvantagens: tendência de tirar o fio e enferrujar os instrumentos. Esterilização a gás: Alguns gases tem um efeito letal às bactérias. Destruindo as enzimas e outras estruturas bioquímicas essenciais a sua viabilidade. O óxido de etileno é o mais usado, altamente inflamável, é misturado com Freon, CO2 ou nitrogênio para se tornar mais seguro. Devido sua toxidade, os instrumentos esterilizados por ele devem ser aerados por 8 a 12 horas em temperaturas de 50 a 60ºC ou por 4 a 7 dias em temperatura ambiente. Vantagens: eficácia em materiais porosos, grandes equipamentos e materiais sensíveis ao calor seco ou úmido. Desvantagens: necessidade de equipamento especial, longo tempo de esterilização (50ºC em 3 horas) e tempo de aeração. Aos instrumentos que a esterilidade não é essencial, os agentes químicos são utilizados. Eles foram classificados de acordo com sua atividade, atividade biocida alta (eficaz contra todos os microrganismos), intermediária (eficaz contra todos os microrganismos, exceto esporos bacterianos) ou baixa (efetivo contra formas vegetativas de bactérias e vírus lipídicos). Utilizamos para desinfecção de nossos instrumentos os: glutaraldeído, iodóforo, compostos clorados e formaldeído. A solução deve ser preparada conforme especificação do fabricante, os instrumentos devem ficar em contato por inteiro com a solução pelo período determinado, lavados anteriormente e nenhum outro instrumento contaminado deve ser adicionado à solução. Após a desinfecção, os instrumentos devem ser enxaguados e usados imediatamente. Para manutenção da esterilização dos materiais descartáveis, o profissional deve manusear a embalagem adequadamente. Muitos possuem embalagem dupla (exceto as lâminas de bisturi), para embalagem externa ser utilizada com método não estéril. Os instrumentos esterilizados ou desinfetados, devem ser arrumados para o uso durante a cirurgia, limitando a possibilidade de contaminação por microrganismos estranhos a flora maxilofacial do paciente e mantendo a esterilização do campo cirúrgico. Se deve evitar que os campos fiquem úmidos, não permitindo que as bactérias da face inferior subam e entre em contato com os instrumentos estéreis. A cadeira odontológica deve ser desinfetada regularmente, com um desinfetante spray, e o encosto de cabeça encapado com uma cobertura descartável. Uma folha retangular de alumínio esterilizada deve ser usada no cabo do refletor, prevenindo a contaminação. As torneiras e saboneteiras devem ser ativadas sem o uso das mãos. Os anti-sépticos devem ser utilizados antes de as luvas serem calçadas e para desinfecção do sítio cirúrgico. Os mais usados em odontologia são: iodóforos, clorexidina e hexaclorofeno. Iodóforos: são soluções de iodo a 1 , pelo fato de serem menos tóxicos para os tecidos, contra indicado a pacientes sensíveis ao iodo, com hipotireoidismo não tratado e em grávidas. A solução deve permanecer em contato com a superfície durante alguns minutos para obter sua atividade máxima. A clorexidina está disponível para uso interno e externo. O hexaclorofeno possui um potencial de toxidade sistêmica com uso contínuo, assim seu uso é limitado. Tanto a clorexidina como hexaclorofeno, são mais eficazes contra bactérias gram-positivas do que gram-negativas, mais eficientes quando utilizados repetidas vezes durante o dia, pois possuem efeito cumulativo na pele e deixam um efeito anti-bacteriano residual após cada lavagem. Para o preparo da equipe cirúrgica há dois tipos básicos de assepsia pessoal, a técnica limpa e a técnica estéril. Técnica limpa: é utilizada em cirurgias realizadas em consultório. A equipe pode utilizar as roupas de rua limpas, cobertas por um avental de mangas longas. Brincos fixos são aceitáveis. As luvas devem ser usadas por todos os profissionais, estéreis e colocadas com uma técnica apropriada, as mãos lavadas com sabão antiséptico e secas com toalhas descartáveis. As máscaras e protetores oculares devem sempre ser usados quando sangue ou saliva formem aerossóis ou for feita uma ferida cirúrgica. A pele perioral e a cavidade oral pode ser descontaminada, por escovação ou bochecho com gluconato de clorexidina (0,12) ou um antiséptico bucal a base de álcool. O paciente pode ser coberto para proteger suas roupas e evitar que algum objeto atinja o olho. Em um procedimento cirúrgico oral, apena água estéril ou solução salina estéril devem ser usadas para irrigar as feridas abertas. Técnica estéril: utilizadas para em cirurgias de consultório quando se criam feridas limpas (aquela feita através da pele intacta que tenha sido tratada com um anti-séptico) ou em cirurgias realizadas em ambiente cirúrgico. A escovação das mãos e braços com soluções anti-sépticas em um esquema padrão, com sabão anti-séptico, escova firme e limpador de unhas. As mãos e os antebraços são molhados em uma pia de escovação, e as mãos mantidas acima do nível do cotovelo até o final do procedimento de escovação. O sabão é mantido sobre os braços, enquanto as unhas são limpas, inicia-se a escovação com a aplicação de mais anti-séptico, em movimentos firmes e repetidos da escova por toda superfície das mãos e braços até 5 cm abaixo do cotovelo. As técnicas de escovação que se baseiam no número de movimento são mais confiáveis do que as que tem por base o tempo gasto para escovação. As feridas devem ser inspecionadas ou cobertas com curativos, por mãos limpas e enluvadas, quando há muitos pacientes à espera, aqueles sem problemas de infecção devem ser atendidos primeiro. Assepsia pós-cirúrgica consiste em descartar os materiais contaminados de imediato em recipientes rotulados e produzidos especificamente para tal uso. Equipamentos e Instrumentos Usados em Cirurgia Oral Básica (Capítulo 6) Instrumentos usados para incisão do tecido. O instrumento usado para uma incisão é o bisturi, que é composto por um cabo e uma lâmina cortante estéril e descartável. O cabo mais usado é o de nº3, mas o nº7, mais fino e longo é também utilizado. A lâmina mais usada é a nº15: para incisões em volta dos dentes e através do mucoperiósteo. Lâmina nº10: utilizada em incisões maiores na pele. Lâmina nº11: contém a ponta cortante, é usada para pequenas incisões. Lâmina nº12: curva, usada para procedimentos mucogengivais ou na área da tuberosidade maxilar. A Lâmina do bisturi é segura pelo porta-agulha e pressionada ao cabo até que haja o estalido, e removida de forma semelhante, o portaagulha segura a lâmina na sua porção final e levantado desconecta do encaixe. O cirurgião segura o bisturi como uma caneta, possibilitando maior controle quando a incisão é feita. Instrumento usado para descolamento do mucoperiósteo. Depois da incisão, a mucosa e o periósteo devem ser levantados em um único bloco, para esse fim usamos um instrumento chamado destacaperiósteo, o mais usado é o Molt nº9. Sua extremidade cortante é usada para destacar as papilas dentárias entre os dentes, e a mais larga para destacar o tecido mole do osso. O destaca-periósteo pode ser usado de três formas: 1. Extremidade pontiaguda usada em movimento de alavanca (elevar as papilas); 2. Movimento de empurrar com vigor, com a extremidade mais larga por baixo do retalho(descolamento regular); e 3. Movimento de puxar ou de raspar com vigor (pode rasgar o tecido). Instrumentos usados para controlar a hemorragia. Quando necessário mais que uma compressão para controlar o sangramento, utilizamos uma pinça hemostática. Possuem várias formas, em odontologia normalmente usamos as curvas. Esse instrumento possui uma ponta longa e delicada para apreender os tecidos, e um cabo que trava, para que mesmo depois de soltar a pinça, o vaso continuará preso aos tecidos. A pinça hemostática também é útil em cirurgia oral para remoção de tecido de granulação em alvéolos dentários e apreensão de pedaços de raiz, cálculos, fragmentos de amálgama e outras pequenas partículas. Instrumentos usados para apreensão dos tecidos. Utilizados para estabilização dos retalhos ao passar agulha para sutura. As pinça selecionada são as de Adson, são delicadas com pequenos dentes para segurar os tecidos, levemente, também encontrada sem dentes. Para parte posterior da boca é necessário uma pinça mais longa, nesse caso é usada a pinça de Stillies. Em alguns casos uma pinça angulada, como a de algodão, é utilizada para apreensão de pequenos fragmentos, colocar ou remover rolo degazes. Para remoção de grande quantidade de tecido fibrosado é usada a pinça de Allis, só não é usada em tecidos que irão permanecer na boca, pois causam grande destruição nos tecidos. A pinça russa de tecido, são largas e com extremidade arredondada, utilizada para apreensão de dentes elevados dos alvéolos. Instrumentos usados para remoção óssea. Pinça-goiva: possui lâminas cortantes, unidas pelo cabo, no meio uma mola metálica, que quando é pressionada ela se abre. Permite repetidos cortes sem reabrir o instrumento. Seus dois principais desenhos são: a pinça com corte lateral e a com corte lateral e na extremidade final (pinça goiva de Blumenthal). Cinzel e martelo: o êxito do cinzel vai depender de sua afiação, que deve ser efetuada antes da esterilização para cada vez que for utiliza-lo. Cinzel monoangulado: remoção de osso. Cinzel biangulado: seccionar dentes. O martelo deve possuir uma faceta de náilon afim de, causar menos impacto ao paciente, e por ser menos barulhento. Lima para osso: anterior o reposicionamento e sutura, é utilizada a lima para osso para o alisamento final. É um instrumento duplo, uma extremidade pequena e a outra larga. O movimento executado é o de puxar, o empurrar promove brunimento e esmagamento do osso. Broca e peça de mão: Peças de mão devem ter alta velocidade de torque e previamente autoclavada e as brocas tipo carbide removem eficientemente a cortical óssea. As brocas mais usadas são: de fissura nº557 ou nº703 e a esférica nº8. Em maior quantidade é usada uma broca larga parecida com uma broca para acrílico. Instrumentos usados para remover tecidos moles de defeitos ósseos. É a cureta periapical, um instrumento angulado, com ponta dupla. Usado para remover granulomas ou pequenos cistos de lesões periapicais, como também pequena quantidades de tecido de granulação dos alvéolos. Instrumentos usados para suturar mucosa. Porta-agulha: recomendado de 6 polegadas (15 cm). Possui ponta ativa menor e mais forte que a pinça hemostática. Sua ponta ativa tem ranhuras de secção cruzadas permitindo apreensão positiva da agulha e material de sutura. Ao utiliza-la, o cirurgião precisa segurar o instrumento com os dedos anular e polegar inseridos nas argolas do cabo, e o dedo indicador mantido ao longo eixo do instrumento para estabilizá-lo e guia-lo. Agulha: é usada para o fechamento das incisões da mucosa, geralmente pequena , em semicírculo ou 3|8 de círculo. Curva para permitir o manuseio em espaço limitado, onde uma agulha reta não poderia passar. Tesouras: a tesoura de sutura possui pontas curtas, a mais utilizada e a de Dean. Os tipos de tesoura para tecidos mais comuns são as de Iris, são pequenas, com ponta cortante aguda, e usadas para procedimentos delicados; e as tesouras de Metzenbaum, com ponta romba utilizada para dissecar tecidos moles e cortá-los. As tesouras de tecido não devem ser usadas para cortar fio pois pode cegar e não cortar tecidos efetivamente. Instrumentos usados para afastamento dos tecidos moles. Os afastadores de bochecha mais usados são os de ângulo reto de Austin e o mais largo e saliente, o de Minnesota, os dois podem afastar a bochecha e o retalho mucoperiosteal simultaneamente. Para afastar retalhos de tecido mole temos o afastador de Seldin, se assemelha ao destacaperiósteo, mas sua ponta ativa é romba. O afastador lingual de Weider é amplo e em forma de coração, tem uma superfície rugosa em um dos lados, mas o instrumento mais comum para promover o afastamento da língua é o espelho bucal. Instrumentos usados para manter a boca aberta. Tem como finalidade suportar a mandíbula e prevenir sobrecarga na articulação temporomandibular. Bloco de mordida: é um bloco de borracho, no qual o paciente pode repousar os dentes. Abridor de boca de Molt: abridor de ação lateral, usado pelo cirurgião à abrir amplamente a boca, mais usado em pacientes profundamente sedados. Instrumentos usados para aspiração. O aspirador cirúrgico: tem um orifício menor que os usados em clínica. Aspirador de Fraser, possui um orifício no cabo, vedado quando necessário, em irrigação constante é vedado para o líquido ser removido rapidamente, quando tecido mole está sendo aspirado é destampado para prevenir injúrias ao tecido. Instrumentos usados para transferir instrumentos estéreis. São pinças fortes, de ângulo reto com braços fortes e articulados. Ela é armazenada em um recipiente com solução bactericida, como glutaraldeído, o recipiente deve ser lavado e autoclavado no mínimo uma vez na semana. Instrumentos usados para prender e manter os campos cirúrgicos em posição. Instrumentos tem um cabo com travamento e argolas para os dedos indicador e polegar, a extremidade ativa da pinça são pontas cortantes e curvas que penetram nas toalhas e campos. Instrumentos usados para irrigação. Uma seringa plástica grande, com uma agulha romba de calibre 18, lisa e angulada para maior eficiência na direção da corrente de irrigação. Alavancas dentárias. Instrumento usado para luxar os dentes do osso adjacente. Com a luxação antes do uso dos fórceps, minimiza a incidência de fraturas radiculares. Também usada para expandir o osso alveolar. Componentes: cabo, haste e lâmina. O cabo é de tamanho grande, para ser confortável ao aplicar uma força controlada. O cabo em forma de barra cruzada ou em forma de “T”, gera uma força muito exagerada. Haste, conecta o cabo a lâmina, é forte o bastante para transmitir a força do cabo à lâmina. Lâmina, é a ponta de trabalho, transmite a força para o dente ou osso, ou ambos. Tipos: sua variação de dá na forma e comprimento. São elas: 1. Reta ou tipo goiva: superfície côncava em um dos lados, para luxar dentes. Reta pequena nº301, usada para iniciar luxação em dentes erupcionados; reta larga nº34S, nº46 e 77R para deslocar raízes luxar dentes separados; reta angulada, (de Miller e Potts) usadas para regiões mais posteriores da boca. 2. Triangular ou em forma de flâmula: fornecida em par, direita e esquerda, usada quando uma raiz está fraturada e o alvéolo adjacente está vazio, a Cryer é o tipo mais comum. 3. Apical: usada para remoção de raízes, a versão robusta é a alavanca de Crane. Fórceps para extração. Instrumento usado para remoção de dentes do osso alveolar. Componentes: cabo, articulação e ponta ativa. Os cabos são de tamanho adequado para ser seguro confortavelmente e transferir pressão e força suficiente para extração. Sua superfície é serrilhada para evitar que escorregue. A articulação é o mecanismo de conexão do cabo com a ponta ativa. Ponta ativa, é projetada para se adaptar a raiz dentária e não a coroa dos dentes. Fórceps para maxila: são apreendidos com a palma da mão sobre o cabo. Nº 150, dentes maxilares unirradiculares; Nº 150A, ligeira variação do nº 150, útil para pré-molares maxilares; Reto nº 1, incisivos e caninos superiores. Nº 53, para molares maxilares, o fórceps deve ter uma superfície lisa e côncava, para raiz palatina e uma ponta ativa pontiaguda, para encaixe na bifurcação vestibular. Isso requer que venham em pares. Nº 88, molares com coroas gravemente destruídas, conhecidos como chifre de vaca para dentes superiores. Nº 210S, segundo ou terceiro molares com raiz única e cônica. Nº 286, para pré-molares com coroas estreitas i incisivos inferiores, também conhecidos como fórceps para raízes. Fórceps para mandíbula: são apreendidos com a palma da mão acima do instrumento. Nº 151, usado para dentes unirradiculares inferior, universal inferior. Nº 151 A, ligeiramente modificado para pré-molares mandibulares. Nº 17, molares inferiores, são dentes com duas raízes, com bifurcação vestibular e lingual. Nº 222, mais usado em terceiros molares mandibulares erupcionados, ou dentes com raiz cônica. Nº 23, possui duas pontas bem pontiagudas, encaixam no interior da bifurcação do molar inferior, denominado chifre de vaca.