Piedade Valente
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Piedade Valente
Revista Quadrimestral | N.º4 | Fevereiro 2008 DOSSIER Internacionalização e Inovação A Inovação na Saúde Definimos a inovação como área estratégica convictos que este é um factor decisivo da competitividade e do futuro das empresas no mundo actual. ARTIGOS USA/Portugal: A strong Alliance Today, Portugal is the European leader in the transatlantic economic dialogue initiated by the very successful U.S.-EU Summit that took place in Washington on April 30, 2007. Oportunidades de Exportação para os EUA A internacionalização das empresas portuguesas, nomeadamente através da promoção das exportações, é uma opção estratégica que deverá ser dinamizada em permanência. The Trasatlantic Economy 2008 Transatlantic trade, investment and affiliate profits have soared, boosting employment, income and corporate earnings on both sides of the Atlantic. Destination: US A Câmara de Comércio Americana em Portugal agradece a todos os Sócios Patrocinadores A categoria de Sócio Patrocinador traz à sua Empresa grandes vantagens. Se desejar tornar-se Sócio Patrocinador ou receber mais informação, por favor contacte-nos. Índice/Editorial 5 Carta Carta do Presidente da CCAP 6 Artigo USA/Portugal: A strong Alliance - Thomas F. Stephenson 8 Artigo Economic Development Opportunities for Portuguese Businesses in the city of Newark - Cory Booker e Stefan Pryor Artigo 10 Oportunidades de Exportação para os EUA - Francisco Mendes Palma e Luís Ribeiro Rosa Artigo 13 The Transatlantic Economy 2008 - Daniel Hamilton e Joseph Quintan Análise 17 Uma análise económica - Gonçalo Pascoal Artigo 20 Euro-Dolar versus Importações-Exportações - Elsa Picão Dossier 22 Internacionalização e Inovação A aicep Portugal Global e a Internacionalização da Economia Portuguesa - Basílio Horta Álvaro Coelho & Irmãos: Um caso exemplar na abordagem e utilização dos incentivos da UE - Luís Mesquita A Inovação na Saúde - Luís Portela A SISCOG e a Inovação - João Pavão Martins Sobre a CCAP Galeria de Fotos Novos Sócios Novidades sobre os Nossos Sócios 30 Editorial 2008 – ano de incertezas... - Ano de eleições presidenciais nos EUA - uma das mais imprevisíveis dos últimos anos e onde a palavra mais marcante é sem dúvida “mudança”. É pois com expectativa que esperamos para ver o que vai mudar e como vai mudar. - Dólar. Em 2007 o dólar desvalorizou-se 11% fase ao euro e o euro forte parece ter vindo para ficar. Teremos que nos habituar ao dólar fraco? Irá continuar em queda? - Petróleo. O preço do petróleo rompeu a barreira psicológica dos 100 dólares. Esta é uma tendência, ou atingimos já o valor máximo? - Subida de preços dos produtos agrícolas. Até onde irão estes valores? Qual a taxa de inflação expectável? - Mercado imobiliário em queda. O subprime minou a confiança dos investidores, o apetite pelo risco e teve efeitos devastadores nos maiores bancos mundiais. Até quando e até quanto? Irão os EUA entrar efectivamente na tão falada recessão? - Turbulência nos mercados financeiros. Com esta crise os bancos apertam o acesso ao crédito. Começam a conhecer-se prejuízos, os maiores da história do sector financeiro. Os Bancos centrais para tentar evitar o colapso total dos mercados financeiros injectam dinheiro nos mercados financeiros. Será suficiente? - Alguns dos países emergentes, nomeadamente a China, aproveitam esta crise para ganhar voz em importantes empresas ocidentais que necessitam de liquidez. Qual a evolução do equilíbrio económico mundial nos próximos anos? - Uma eventual recessão na economia norte americana terá efeitos perturbadores na União Europeia. O crescimento nos últimos anos esteve assente nas exportações sustentando o investimento e a criação de emprego. Podem as economias emergentes juntamente com a União Europeia substituírem-se aos EUA no crescimento mundial? Uma coisa parece certa, menos crescimento (todas as previsões do crescimento são feitas em baixa) mas até quanto, esta é a grande questão que ninguém se sente seguro a responder. Na sua carta, José Joaquim Oliveira faz uma breve análise sobre a situação económica mundial realçando, de uma forma positiva mas realista, sinais e caminhos de inversão das tendências actuais, contrariando uma certa atitude geral de pessimismo. Sabemos que o importante é a informação, conhecer a realidade para podermos tomar boas decisões e definir as nossas estratégias. Por isso, solicitámos a Gonçalo Pascoal, Chief Economist do Millennium bcp e a Elsa Picão, economista da Câmara que nos falassem sobre algumas das realidades económicas actuais para nos ajudarem a perceber melhor o que se está a passar. Este clima de incertezas deve obrigar a uma maior exigência e rigor mas, como gostamos de lembrar, tempos difíceis são também tempos de oportunidades. E é precisamente de oportunidades que falamos neste nosso número da Meeting Point. Oportunidades e incentivos que a cidade de Newark oferece às empresas portuguesas apresentadas pelo Mayor Cory Booker e por Stefan Pryor, e oportunidades de exportação para os EUA, através de um levantamento feito pela equipa do Espírito Santo Research Sectorial, Francisco Mendes Palma e Luís Ribeiro Rosa. As relações transatlânticas continuam indubitavelmente a ser o grande suporte da economia nos dois lados do atlântico, e isso é o que nos mostra claramente o relatório anual elaborado por Daniel Hamilton e Joseph Quinlan do Center for Transatlantic Relations da John Hopkins University e do qual reproduzimos o resumo. O novo Embaixador dos EUA em Portugal, Thomas Stephenson deu-nos o privilégio de colaborar neste número com um interessante artigo sobre as relações entre os nossos dois países, e sobre o papel dos EUA no mundo nos dias de hoje. E, continuando a falar de oportunidades, são muitas aquelas que se abrem ás empresas portuguesas se souberem utilizar, bem, os novos incentivos da União Europeia, essencialmente no que diz respeito aos processos de Internacionalização e I&D. Basílio da Horta fala-nos do papel da AICEP no âmbito das políticas públicas de apoio à internacionalização das empresas portuguesas, factor decisivo para a economia portuguesa. E por ser através da partilha de experiências que muitas vezes aprendemos, apresentamos três casos de sucesso: o caso de Álvaro Coelho & Irmãos, o exemplo de uma boa utilização dos fundos comunitários e os casos da Bial e da Siscog que são dois excelentes exemplos de investigação e desenvolvimento feita em Portugal, de que muito nos devemos orgulhar, testemunhando como a inovação deve ser uma presença constante no planeamento estratégico das empresas como factor decisivo de sucesso num mercado cada vez mais global e competitivo. A actividade da Câmara tem sido intensa e, na Galeria das fotos, partilhamos convosco alguns momentos dos últimos eventos. Saiba também mais sobre os nossos sócios, os novos e aqueles que tem novidades para nos contar na secção Sobre a CCAP. Leia-nos e dê-nos a sua opinião e contributo para que possamos melhorar este nosso projecto que esperamos possa também ser seu. Graça Didier Ficha Técnica Director: José Joaquim Oliveira - Editor: Graça Didier - Colaboraram neste número: Cory Booker, Daniel Hamilton, Elsa Picão, Francisco Mendes Palma, Gonçalo Pascoal, João Pavão Martins, Luís Mesquita, Luís Portela, Joseph Quinlan, José Joaquim Oliveira, Luís Ribeiro Rosa, Basílio Horta, Stefan Pryor, Thomas Stephenson - Projecto gráfico e paginação: Add Solutions - Impressão: Europress - Propriedade: Câmara de Comércio Americana em Portugal, Rua D. Estefânia, 155, 5.º Esq. - 1000-154 Lisboa - Portugal - Telefone: 213 572 561 Fax: 213 572 580 - Email: [email protected] - Website: www.amchamportugal.org - Contribuinte n.º: 500 912 467 - Tiragem: 1.500 exemplares - N.º de depósito legal: 250354/06 - Publicação: Quadrimestral de distribuição gratuita aos sócios - Isenta de registo ao abrigo do Decreto regulamentar n.º 8/99 de 9 de Junho art. 12º alínea a) do n.º 1. 3 Carta Carta do Presidente da CCAP Procurar entender as situações num dado momento e antecipar possíveis evoluções é importante e necessário. Temos que ter um rumo, uma orientação, saber para onde ir. José Joaquim Oliveira Presidente da IBM em Portugal Presidente da CCAP Há dias, um ilustre economista dava a entender que fazer previsões sobre a conjuntura económica é uma tarefa absolutamente inútil. E ia mais longe, insinuando que muitas vezes essas previsões não passam de palpites sem qualquer base cientifica que apenas servem para satisfazer ansiedades. Radical esta posição. Percebe-se porquê, até certo ponto, dado as surpresas que acontecem a cada passo, sem qualquer respeito pelas análises e projecções mais fundamentadas. Mas só até certo ponto. Procurar entender as situações num dado momento e antecipar possíveis evoluções é importante e necessário. Temos que ter um rumo, uma orientação, saber para onde ir. Tarefa difícil num mundo e numa economia de fronteiras e barreiras cada vez mais esbatidas, em que os efeitos dos acontecimentos num ponto do globo se estendem rapidamente a outras geografias. O que está a acontecer com a recente crise no sector imobiliário dos EUA e em parte do sistema financeiro deste país constitui o exemplo mais recente desta realidade. Neste mundo cada vez mais global, tanto os planos de desenvolvimento como as medidas de combate às crises devem ter em conta as situações dos países que as desenvolvem, da área económica em que estes se inserem e, naturalmente, a conjuntura à escala do planeta, sob pena de se produzirem resultados aquém do desejado. Vivem-se hoje dias de incerteza e aparente desorientação no que à situação económica diz respeito. Fala-se – excessivamente deve dizer-se - em recessão com início nos EUA e quase certa propagação a outras regiões, designadamente à Europa. Apontam-se sinais que nuns casos são reais, noutros são apenas (dos tais) palpites. Mas a desaceleração do crescimento da economia parece, de facto, estar a chegar e vir a atingir diferentes geografias económicas. Tipicamente nestes momentos o pessimismo instala-se e alimenta a crise em vez de a combater. Atentemos, mesmo que brevemente, nalguns aspectos que, caso se verifiquem, podem contrariar estes sinais. Comecemos pela América. Os EUA continuam a ser a maior economia do mundo, com músculo e capacidades que outras estão longe de possuir e que, com elevada probabilidade, resolverão os seus problemas. O corrente ano pode ser difícil - as crises não se resolvem da noite para o dia – mas as medidas que já estão decididas e outras que certamente vão surgir, visam reverter a ameaça de recessão e a própria crise se ambas acabarem por acontecer. As eleições no final do ano e um novo Presidente no início de 2009 não deixarão de imprimir dinamismo adicional (a mudança no poder só por si tende a ter este efeito independentemente de quem venha a ser eleito), constituindo um forte antídoto - porventura o maior de todos – para os problemas do país, com consequente impacto positivo noutras zonas do globo e noutros países, partindo do pressuposto de que uma América sem crise é bom para o mundo. Devemos, por outro lado, ter em atenção o peso do sector privado americano na economia do país e na economia global. Os EUA são, porventura, o maior expoente do sistema económico vigente nas democracias desenvolvidas ou em vias de desenvolvimento, no qual as empresas constituem o seu elemento central e mais importante. As empresas americanas dos sectores menos atingidos pelas dificuldades que hoje se sentem e as empresas globais menos expostas ao mercado interno deverão, normalmente, puxar pela economia do país e criar espaço e condições para uma recuperação a médio prazo dos sectores mais vulneráveis. Será deste conjunto - evolução da situação política e acção das empresas privadas - que sairá grande parte da transformação necessária a uma inversão das tendências actuais. Quanto a Portugal, o que podemos fazer para equilibrar a situação global é semelhante ao nosso peso no contexto internacional, isto é, muito pouco. Mas podemos actuar à luz de alguns princípios orientadores. Em primeiro lugar, é indispensável estar muito atento ao desenrolar da situação e preparar o que for possível para minimizar os efeitos da ameaçadora recessão económica internacional. Convém lembrar que quer Portugal quer a Europa têm contribuído fortemente, com os seus próprios problemas, para a situação que vivem e que virão a viver. Não é nada verdade que a América e as suas “crises” sejam os maiores causadores das dificuldades que se sentem por cá. Depois devemos ser prudentes. Dizer não ao facilitismo e sim ao rigor e à exigência. Devemos continuar a fazer bem o que está bem – as boas estratégias não se mudam se, de facto, forem boas – corrigir, sem hesitações, o que se vier a reconhecer que não é o mais adequado e, sobretudo, deitar mãos à obra e executar as reformas que ainda estão por concretizar. E embrulhar tudo isto em trabalho, determinação e vontade de vencer. O trabalho é o melhor remédio para as crises. As boas empresas, em Portugal e em qualquer outro país, regem-se por estes princípios. O Primeiro-Ministro de Portugal enunciou-os recentemente também para a sua governação, com grande convicção e confiança no futuro. Resta-nos acreditar e ajudar. Só pode correr bem. 5 Artigo USA/Portugal: A strong Alliance Our engagement in the world today is defined not only by our challenges, but by our opportunities... Thomas F. Stephenson U.S. Ambassador to Portugal One of the wonderful things about coming to represent the United States in Portugal is the knowledge that, in this role, I am continuing a long, happy tradition. The tradition started well over 200 years ago when Portugal did us the lasting favor of recognizing our new, near-friendless democracy. We reciprocated by sending our best and brightest as envoys to this country, men like John Quincy Adams, son of one of our most important founding fathers and a future president himself. Our ties were strengthened over the years as American whaling ships employed Portuguese sailors and millions of Portuguese immigrants settled in the United States. Anyone who pays at least a minimum of attention to the news knows that we still take this relationship seriously, both at the highest level as witnessed by Prime Minister Sócrates’ visit with President Bush last year and at the popular level with the “Encompassing the Globe” exhibit breaking attendance records at the Smithsonian Institution in Washington during a phenomenal showing last summer. So to say that the United States and Portugal have been mutually supportive friends for a long time is an understatement. Our alliance today is as strong as it has ever been, and getting stronger. Our mutual commitment to democratic values, our close cooperation in everything from fighting terrorism to fighting forest fires, and the constant flow of goods, people and ideas between our two countries, all point towards a close, fruitful relationship for years to come. I’m pleased to note that our governments at the highest levels are working together to strengthen two-way trade and investment. As it stands, the U.S. 6 is Portugal’s top non-EU trading partner and a focus market for Portuguese foreign direct investment. Whether it’s Brisa’s tollroads in Colorado, EDP’s wind turbines in Texas, or Efacec’s power substations in Georgia, Portugal’s commercial presence in the United States is increasing to the benefit of both economies. At the same time, U.S. companies continue to establish and expand their operations in Portugal, which is encouraging and reflects the wealth of opportunities that this country has to offer. From advanced renewable energy resources to an ever-more qualified workforce and access to the broader European Union market, Portugal is an increasingly attractive destination for American businesses and investors. In 2007, the level of bilateral trade between our two nations was around $5 billion – up 12% from 2006. All the same, Portugal still lags behind countries like Costa Rica and Trinidad and Tobago in terms of total trade with the U.S. This tells me that, while progress is being made, much remains to be done before our commercial relations better reflect the strength of our political relations. During my time here, I will continue to work toward narrowing that gap. Moving from the bilateral to the global, I would like to highlight just a few issues on which we’ve been focused lately. Beginning with Iraq, which is a different country today than it was a year ago, the surge of troops has made an undeniable dent in the violence there and in restoring security. In addition, the surge of our Provincial Reconstruction Teams is facilitating reconstruction and reconciliation at the local level. All of this, of course, is still fragile and in the year to come, we will need to continue to help Iraqis translate security gains into lasting political progress. To be sure, serious challenges remain in Iraq, but they are increasingly the challenges of building on positive developments. Another top priority, as you know, has been to bring Israelis and Palestinians together in order to open final status negotiations for the establishment of a Palestinian state. Annapolis was the culmination of patient and painstaking diplomacy of almost a year, and the President’s recent trip to the Middle East sent a strong message that we will continue to support President Abbas’ efforts to build an effective democratic state. With Syria and Iran, we remain open to better relations, but they must choose cooperation, not confrontation with the international community. We have made progress, with regards particularly, to Iran. We have strengthened international cooperation to pressure Iran to give up its pursuit of a nuclear capability, and we have increased financial pressure against Iranian agencies, banks, and front companies that abuse the international financial system. And we have targeted Iran’s provision of lethal support to extremists who attack U.S. and coalition troops and innocent civilians in Iraq and Afghanistan. In Central and South Asia, we and our NATO and Afghan allies are fighting together in Afghanistan and it is a fight that we will win. We will continue to support the Afghan Government, and continue to encourage our NATO allies to maintain and enhance their commitments to this critical front in countering terrorism. In East Asia, we have made progress toward our goal of denuclearizing the Ko- Artigo rean Peninsula. North Korea has shut down and is now disabling its nuclear facilities. We expect North Korea to honor the pledge it made in the six-party talks, to make a complete and accurate declaration of all its nuclear programs. Of course, other challenges and flashpoints of conflict remain in East Asia and we will monitor those closely. In the Taiwan Strait, for example, the United States remains committed to peace and security. We oppose any threat to use force and any unilateral move by either side to change the status quo. We have a One China policy and we do not support independence for Taiwan. In Africa, a top priority this year is to remain steadfast with our partners in Africa who are working to end conflict and build prosperity. That is especially true in Kenya, Sudan, Somalia and the Democratic Republic of the Congo. The United States will continue to keep the pressure on Sudan’s Government to get an AU/UN peacekeeping force into Darfur. We will continue our efforts to do the same in Somalia, and of course we are actively engaged in efforts to find a solution to the presidential crisis in Kenya. In Latin America, we have worked hard to promote democracy and prosperity and to support our allies who are trying to build more just and open systems. Congress’ passage last year of our Free Trade Agreement with Peru is good for our democratic partner there and an important sign of our nation’s enduring bipartisan support for free trade. We are dealing with a lot of serious challenges right now, but we must never let that obscure a deeper and more meaningful fact. Our engagement in the world today is defined not only by our challenges, but by our opportunities -opportunities to help shape a future in which more men and women than ever before in human history enjoy lives of peace, prosperity and freedom. I look forward to working closely with our Portuguese allies in meeting the challenges that lie ahead and taking full advantage of the opportunities our mutual engagement in world affairs presents. 7 Artigo Economic Development Opportunities for Portuguese Businesses in the City of Newark Cory Booker e Stefan Pryor Mayor e Deputy Mayor of Economic Development, respectivamente Business interest in the city continues to grow tremendously as experienced developers recognize the opportunity that Newark presents. Newark, the largest city in New Jersey, is a gateway to America for Portuguese business and industry. Newark welcomes new investment, corporate tenancies, and industrial and distribution facility development from Portugal. Newark is connected to the world’s centers of commerce through an exceptional infrastructure that includes seaport, airport, and rail and highway systems. Newark is home to the largest port on the east coast of North America. Goods shipped to the port are distributed throughout the Northeast, the largest consumer market in the U.S. and one of the most economically vibrant regions in the world. The land around the port in Newark is primed for development by warehouse, distribution, and other industrial businesses that would benefit from its strategic location. The Newark Liberty International Airport increases accessibility for Portuguese business in Newark. The Newark Airport is home to the United States headquarters of Transportes Aéreos Portugueses (TAP Air Portugal). Continental Airlines also has a large presence at the airport, and more Continental flights travel through the Newark Airport each day than through any of the airline’s other American hubs. The Newark Airport is also the closest airport to downtown Manhattan. Newark is only a twenty-minute train ride from New York City, and Newark is connected to Manhattan and the region by 8 the PATH, Amtrak, and New Jersey Transit rail lines. Seven highways intersect Newark, including the New Jersey Turnpike, the Garden State Parkway, Route 78, Interstate 280, and Routes 1 and 9. TAP’s as well as Millenium BCP’s United States headquarters are located in the Ironbound section of Newark. Since the 1920’s, Newark has been the center of one of the largest Portuguese communities in America, and it presents an ideal opportunity for Portuguese businesses looking to expand to the United States. Under the leadership of Councilman Augusto Amador, the Ironbound neighborhood is home to a thriving Portuguese community and a number of Portuguese restaurants, civic organizations, and two Portuguese-language newspapers. An Urban Enterprise Zone encompasses the Ironbound, along with much of Newark, and this distinction allows businesses to pay no or reduced state sales tax on equipment and services. Goods sold by Urban Enterprise Zone businesses are only subject to one half of the normal state sales tax. The Urban Enterprise Zone has helped many businesses thrive in Newark, and we invite Portuguese investors to take advantage of the opportunity it presents. Newark is poised to be an economic leader within New Jersey and the Northeast. As the largest city in New Jersey, Newark continues to be a center of urban residential life, and that residential base is growing. The development of new mixed-use residential and com- mercial projects will help create a 24/7 downtown. With the opening of the Prudential Center Arena, a new 18,000seat sports and entertainment venue that opened in October of this year, we see the continued growth of downtown restaurants and cultural events that will ensure a safe and active nightlife. Newark also has the highest concentration of colleges and universities in New Jersey. 30,000 students attend these institutions, and the schools support over 10,000 faculty members. As Rutgers, NJIT, Seton Hall, Essex County College, and UMDNJ work with the Newark Economic Development Office to encourage development in University Heights, the retail and residential options for the university community will increase. This area is geographically central in downtown and can link development centers throughout the city. Newark is home to 150,000 jobs, more than any other municipality in the state, but the infrastructure and economy of the city can support many more. The Newark Economic Development Office has made it a priority to bring in businesses that will take advantage of our large and diverse workforce. As a center for office space, Newark is unequalled in the region. The office market in Newark contains nearly 13 million square feet of office space, with a healthy overall vacancy rate of 11.8%. While the rental rates for office space in New York are typically over $100/squa- Artigo re foot, the average rental rate for Class A office space in Newark is $29.29/ square foot. Newark offers businesses a strategic location with competitive market rates. New businesses in Newark that demonstrate financial need have access to compelling incentives. Businesses that develop or renovate buildings are eligible for the Commercial Revitalization Deduction, which allows businesses to deduct either one half of the cost of revitalization in the first year of a building’s use or to deduct the cost of all revitalization efforts on a ratable basis over ten years. Renewal Community Wage Credits offer a 15% federal tax credit for each employee who lives and works in Newark. Furthermore, the City of Newark may abate municipal property taxes if such assistance is needed to close a financing gap. Under the leadership of Mayor Cory Booker and Deputy Mayor for Economic Development Stefan Pryor, Newark is ready for revitalization. Newark’s Brick City Development Corporation fosters economic development through relationships that help businesses work and grow in Newark. Business interest in the city continues to grow tremendously as experienced developers re- cognize the opportunity that Newark presents. Portuguese businesses are especially well-positioned to take advantage of this opportunity. A recent trip by top governmental and private sector representatives from Newark to Lisbon and Porto opened the door for the relationship between the Portuguese business community and Newark. The Newark Department of Economic Development will continue to do all it can to ensure that Portuguese industries find a productive environment in Newark, and we invite Portuguese businesses contemplating investment in the United States to explore our city. City of Newark incentives Program Eligibility BEIP Grant 25 jobs new to New Jersey Tax Exempt Bond Financing All manufacturing facilities Wage Credit All Newark-based businesses · Direct credit against Federal taxes for up to 1,500 dollars for each year employee who lives and works in Newark. Section 179 Deduction All Newark-based businesses · 35,000 dollars immediate tax-deductible depreciation expense for machinery or equipment placed in service during the year. Capital Gain Exclusion All Newark-based businesses · 0% Federal capital gains rate for Newark assets eld for a minimum of 5 years. All Newark-based businesses within Urban Enterprise Zone boundaries Corporate Sales All Newark-based businesses within Tax Credit Urban Enterprise Zone boundaries Subsidized Unemployment All Newark-based businesses within Insurance Costs Urban Enterprise Zone boundaries Sales Tax Exemption New Markets Loans Benefits · · · · · Annual grant of 10-80% of employee withholdings. Up to 10 years. Lower interest rates. Up to 20 years for real estate, 10 years for equipment. May be used for land and building acquisition, new construction or expansion, purchase of new equipment and machinery and debt/refinancing and working capital. · Sales tax exemption for purchases of certain material and tangible personal property. · One time corporation sales tax credit of 1,500 dollars for each new, full-time, permanent employee who lives in Newark and has been unemployed for at least 90 days prior to date of hire. · For new employees with gross salaries of less than 4,500 dollars per quarter. · 3% fixed interest rate loan (for up to 50% of project cost). Developers of industrial, commercial · Loans of up to 10 million dollars. or mixed-use projects · May be used for fixed assets or working capital. 9 Artigo Oportunidades de Exportação para os EUA Francisco Mendes Palma e Luís Ribeiro Rosa A internacionalização das empresas Espírito Santo Research Sectorial portuguesas, nomeadamente através da promoção das exportações, é uma opção estratégica que deverá ser dinamizada em permanência. A internacionalização das empresas portuguesas, nomeadamente através da promoção das exportações, é uma opção estratégica que deverá ser dinamizada em permanência. Partindo do perfil actual das exportações portuguesas para o mundo, a equipa do Espírito Santo Research Sectorial, através de um levantamento e trabalho estatísticos, identificou um conjunto, não exclusivo, de oportunidades de exportação de mercadorias para os 10 mercados alvo seleccionados pela Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal – AICEP: Angola, Argentina, Brasil, China, Espanha, EUA, Índia, Marrocos, Polónia e Rússia, no âmbito do segundo Fórum Missão Exportar. Este evento foi realizado no passado dia 15 de Novembro de 2007 no Centro de Congressos de Lisboa, numa organização conjunta da Associação Industrial Portuguesa Confederação Empresarial – AIP-CE, da AICEP e do BES. O valor do mercado dos 10 países, quantificado pelo volume total das importações realiza-das, evoluiu positivamente, de USD 1 896.1 mil milhões, em 2002, para USD 3 607.2 mil milhões, em 2006, registando uma taxa de crescimento médio anual (TCMA) de 17.4%, superior à evolução das importações mundiais totais (15.1%). Esta amostra de países registou, assim, um dinamismo das importações maior que o da economia mundial, o que é positivo para que sejam encontradas oportunidades de exportação. Surpresa para alguns, mas não tanto para o observador mais atento, os EUA surgem entre os países escolhidos, em paralelo com mediaticamente mais óbvias opções como os hoje incontornáveis países BRIC (Brasil, Rússia, Índia 10 e China), os vizinhos Espanha e Marrocos, e ainda Angola, Argentina e Polónia cujas economias têm em comum terem sabido ultrapassar conjunturas económicas muito difíceis, por razões de natureza diversa, evoluindo para patamares de crescimento que, consistentemente, ao longo dos últimos cinco anos, se situam entre os mais elevados à escala global. Independentemente dos crescentes sinais sobre uma potencial recessão na economia americana, que um início de 2008 menos positivo em termos de informação económica (crise do mercado habitacional, dificuldades no sector industrial e arrefecimento do consumo privado) tem vindo a alimentar, não se pode olhar para a economia americana sem a per-cepção muito clara de três elementos fundamentais da sua relação comercial (objecto da presente análise) com as demais economias, e muito particularmente com a economia por-tuguesa: Dimensão, Diversidade e Competitividade. • Dimensão, porque se trata da maior economia mundial. Dados do último World Economic Outlook (de Outubro de 2007) estimam, para o ano que agora terminou, um valor do PIB a preços correntes para os EUA de USD 13 194.7 mil milhões, que supera largamente a soma dos outros nove países (USD 9 067.6 mil milhões). Esta dimensão é também suportada pela observação do valor, apurado pela Organização Mundial de Comércio (OMC), das importações americanas em 2006 (USD 1 919.4 mil milhões), valor particularmente relevante quando se pretende aferir o potencial deste mercado para os exportadores portugueses. Os EUA não só se posicionam como o maior importador mundial, como as suas importações mais do que duplicam as importações da Alemanha, 2º importador mundial em 2006, e da própria China que surge em 3º lugar neste ranking. Figura 1. exposições Portuguesas para os 10 países, 2002 e 2006 Ranking tcMa02-06 1 20.6 espanha 11.487 5 15.6 USa 2.642 8 29.7 angola 1.519 14 19.9 Brasil 319 18 36.7 china 19 18.4 Polónia 24 16.1 Marrocos 32 45.2 rússia 47 25.8 argentina 61 51 23.3 Índia 36 USD milhões - 2006 265 TCMA02-06 para os 10 países 20.7% Fontes: UN comtrade, ES Research - Research Sectorial 259 203 134 Artigo Quando nos interrogamos sobre o significado que o mercado norteamericano tem para os exportadores portugueses, podemos verificar que se trata do principal destino das exportações nacionais fora da União Europeia, surgindo em 5º lugar neste ranking, unicamente atrás da Espanha, da Alemanha, da França e do Reino Unido, com os quais constitui um núcleo de países que absorvem aproximadamente dois terços das exportações portuguesas. Efectivamente, no conjunto dos países que eram apontados no Fórum Exportar como oportunidades para as exportações portuguesas, os EUA, ainda que penalizados por um menor dinamismo ao longo do período 2002-2006, eram unicamente suplantados pela Espanha em termos do respectivo peso como mercado destino (Figura 1). Em 2006, o valor exportado por Portugal para os EUA era superior à soma das exportações para todos os restantes mercados considerados, excluindo a Espanha. Para os EUA, tal como para Espanha, Angola e Brasil, as estratégias e oportunidades passam por um reforço de uma relação já existente que pode proporcionar mais frutos. Por outro lado, quanto a países como China, Polónia, Marrocos, Rússia, Argentina e Índia, as oportunidades de exportação significam diversificar o relacionamento comercial externo de Portugal com países com pouco peso no nosso comércio internacional (exportações) mas que, nos últimos anos, têm registado boa dinâmica comercial. • Diversidade, porque é redutor olhar para a economia americana como uma única área de negócio. A maior economia do mundo, com 300 milhões de consumidores, o 3º maior país em área geográfica, não pode ser observada como um único mercado, mas como um conjunto de mercados, quando se procuram perspectivar oportunidades de negócio para uma pequena economia como a portuguesa. Uma atitude prospectiva, que permita adquirir Figura 2. Taxa de crescimento real do PIB por estado nos EUA, 2006 new england rocky Mountain Wa 5.5 or 5.0 ID 7.4 nv 4.1 WY 2.2 Ut 7.2 ca 4.2 Plains nD 3.1 Mt 4.6 Mn 2.9 SD 3.7 ne 2.2 co 4.9 KS 3.4 tX 4.3 Southwest HI 4.3 oK 2.5 nM 6.2 Far West aK 0.7 Far West Great lakes Mideast WI 1.8 Ia 2.6 MI -0.5 Il 3.0 Mo 2.1 In 2.0 KY 2.2 az 6.8 nH 1.3 vI 2.8 conhecimento prévio sobre os mercados, ou nichos de mercado, eventualmente recorrendo a parcerias locais, são aspectos que devem constar de qualquer estratégia de internacionalização das empresas que pretendem entrar nos EUA. Não fará qualquer sentido para uma empresa portuguesa, perante um mercado desta dimensão, ter a ambição de o abordar, pelo menos numa fase inicial, na sua globalidade. Pelo contrário, a selecção cuidada de um mercado (segmento de mercado) alvo, assente num conhecimento profundo das políticas de preço, dos canais de distribuição, das características de produto mais adequadas e da concorrência, é um factor determinante para o esperado sucesso futuro. A economia americana apresenta realidades muito diversas que, mesmo a uma escala macroeconómica se tornam evidentes, e que transparecem da simples análise dos dados publicados pelo Bureau of Economic Analisys – U.S. Department of Commerce – BEA, em Junho de 2007, à escala estadual e regional (Figura 2). É possível destacar uma disparidade elevada nas taxas de crescimento reais do PIB dos diferentes estados, desde os -0.5% do Michigan até aos 7.4% do Idaho, permitindo identificar áreas regionais com taxas la 1.7 MS 2.5 al 3.1 Ma 2.9 nY 3.4 rI 1.8 ct 2.5 nJ 2.9 De 3.3 MD 2.9 Wv 0.6 tn 3.0 ar 2.5 Pa 1.7 cH 1.1 Me 1.9 Ga 3.4 Southeast va 3.2 nc 4.2 Sc 3.5 Fl 4.2 Dc 4.1 Quintil mais alto 4.º quintil 3.º quintil 2.º quintil Quintil mais baixo Fonte: U.S Bureau of Economic Analysis de crescimento próximas dos 5%: as Rocky Mountain1 (5,5%), o Southwest2 (5%) e o Far West3 (4.4%). A maioria dos estados com menor crescimento está situada na Costa Leste e na zona dos Grandes Lagos, área em que existe maior concentração das indústrias tradicionais. • Competitividade, porque se encontra entre as primeiras economias mundiais, em termos de competitividade negocial. Os principais indicadores internacionais colocam, sistematicamente, os EUA nos primeiros lugares: o Global Competitiveness Index 2007-2008 e o Business Competitiveness Index 20072008, do World Economic Forum, classificaram a economia americana em primeiro lugar entre 131 economias observadas e o Doing Business 2008, do World Bank, colocam os EUA em 3º lugar num universo de 178 economias. Uma análise mais detalhada dos sub-indicadores, que concorrem para as classificações apresentadas, revela uma economia sistematicamente classificada entre as dez melho-res do mundo em áreas tão diversas como a qualidade das infraestruturas, a qualificação profissional e tecnológica, a eficiência do mercado de trabalho, a sofisticação negocial e financeira, a protecção do investimento e a inovação. Rocky Mountain – Idaho, Utah, Montana, Wyoming e Colorado. Southwest – Texas, Oklahoma, Novo México e Arizona. Far West – California, Oregon, Nevada, Washington, Hawaii, Alaska. 1 2 3 11 Artigo Figura 3. Top 10 das Importações dos EUA do Mundo Nomenclatura Combinada 27 84 85 87 99 90 29 71 94 30 2002 2006 (USD milhões) (USD milhões) Combustíveis e óleos minerais; matérias betuminosas Reactores nucleares, máquinas, aparelhos mecânicos, etc Máquinas, aparelhos e materiais eléctricos Automóveis, tractores e outros veículos terrestres Outros Aparelhos de óptica, fotografia, cinema, medida, controle, etc Produtos químicos orgânicos Pérolas, pedras e met. preciosos, suas obras; bijuterias; moedas Móveis; mobiliário médico-cirúrgico; anúncios, cartazes Produtos farmacêuticos 122 082.1 165 662.8 155 101.8 173 177.9 49 380.8 35 338.9 33 481.7 26 558.6 28 925.8 21 645.7 345 157.7 250 076.9 233 603.6 219 008.5 59 014.0 51 346.3 44 617.2 43 995.8 43 932.0 42 583.0 TCMA (%) 29.7 10.8 10.8 6.0 4.6 9.8 7.4 13.4 11.0 18.4 Ranking Peso 2006 2006 (%) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 18.0 13.0 12.2 11.4 3.1 2.7 2.3 2.3 2.3 2.2 Fonte: UN comtrade, ES Research - Research Sectorial Sendo clara a relevância que um mercado com as características descritas não pode deixar de representar para as outras economias, relevância acrescida no caso português que tem nos EUA o 7º parceiro comercial e uma importante comunidade residente, importa com-preender de que forma se poderá potenciar o reforço do relacionamento existente. Na perspectiva portuguesa, uma economia cujo top 10 de exportações de mercadorias (automóveis, máquinas e aparelhos eléctricos e mecânicos, combustíveis e óleos, vestuário, calçado, plástico, papel e cartão, obras de ferro e cortiça) representa 58% das nossas exportações totais em 2006 (USD 25.1 mil milhões), a detecção de oportunidades de exportação requer o conhecimento do que os EUA procuram no mercado mundial (Figura 3), e a estruturação de uma oferta que vá ao encontro das necessidades detectadas, na economia americana. O cruzamento dos diversos elementos estatísticos – as importações totais de mercadorias dos EUA do Mundo, as importações norte americanas de mercadorias de Portugal e as exportações totais de mercadorias de Portugal –, permitiram chegar a um conjunto de oportunidades, não exclusivas e/ou exaustivas, onde se destacam: a área do mobiliário e decoração, os produtos farmacêuticos, os plásticos e suas obras, as bebidas e líquidos alcoólicos (Figura 4). O aproveitamento destas oportunidades, incrementando a exportação destes produtos para os EUA, contribuirá para o aumento das sociedades portuguesas exportadoras. De facto, dadas as cerca de 8 mil sociedades referenciadas pela AICEP como sendo exportadoras e, face às 181 mil sociedades (2005) identificadas como produtoras e/ou vendedoras de bens transaccionáveis, existe um potencial a explorar, e a preencher através de uma cuidada observação das oportunidades existentes, não só em novos mercados com elevadas taxas de crescimento, mas também em mercados tradicionais, como o dos EUA, cuja dimensão, diversidade e competitividade é em si mesmo uma sempre renovável janela de oportunidade. Figura 4. oportunidades de exportação para os eUa Obras de pedra, gesso, cimento, amianto, mica Preparações de produtos hortícolas de frutas Produtos diversos das indústrias químicas Obras diversas de metais comuns Gorduras eóleos, animais ou vegetais, Ceras Tecidos impregandos revestidos; artigos usos técnicos Móveis; mobiliário médico-cirúrgico; anúncios, cartazes Cobre e suas obras Bebidas, líquidos alcoólicos e vinagre Produtos farmacêuticos Plásticos e suas obras Fontes: UN comtrade, ES Research - Research Sectorial 12 Artigo The Transatlantic Economy 2008 Annual Survey of Jobs, Trade and Investment between the United States and Europe - Executive Summary •Over the past five years the transatlantic economy has enjoyed one of its strongest periods of growth and prosperity in decades. Transatlantic trade, investment and affiliate profits have soared, boosting employment, income and corporate earnings on both sides of the Atlantic. •We estimate that the transatlantic economy generates $4 trillion in total commercial sales a year and employs up to 14 million workers in mutually “insourced” jobs on both sides of the Atlantic. These workers enjoy high wages and high labor and environmental standards. •The European Union expanded at roughly the same pace as the U.S. in 2006 and is likely to exceed U.S. growth in 2007. A more vibrant Europe has been instrumental in driving and sustaining the earnings of many U.S. firms confronting decelerating or declining sales at home. •Since the beginning of 2002, the dollar has dropped nearly 40% against the euro and 30% against the British pound and Swiss franc, bestowing a healthy price/cost advantage to U.S. exporters and U.S. multinationals over their European competition. U.S. firms operating in Europe have enjoyed the best of both worlds-strong demand in Europe and a competitive currency. •The transatlantic economy remains in many ways the foundation of the global economy-notwithstanding the much-discussed rise of emerging markets. This is evident from the most recent data available: Transatlantic Investment: Driving the Transatlantic Economy •On a historic cost basis, America’s investment stakes in Europe rose to $1.2 trillion in 2006, or nearly 53% of the global total, nearly three times larger than corporate America’s investment position in all of Asia and more than double its cumulative stakes in the developing nations. •In 2006 U.S. companies ploughed another $128 billion into the European Union. That is a record amount, even eclipsing the booming investment amounts of the late 1990s. •U.S. affiliates accounted for 6.2% of the United Kingdom’s total output in 2005 and 5.5% of Norway’s total output that same year. •Europe remains the top destination of U.S. foreign direct investment (FDI), with the region accounting for nearly 59% of total U.S. investment outflows in 2006. That’s a healthy global share and higher than at the start of the decade (55%). Over the balance of this decade, Europe has accounted for more than half (53%) of U.S. overseas investment. •U.S. foreign affiliate output in Belgium in 2005 ($18.4 billion) was roughly equivalent to combined U.S. foreign affiliate output in China and India ($18.8 billion). •U.S. assets in the UK are the largest in the world, totaling $2.3 trillion in 2005, nearly one-quarter of the global total, and an amount greater than total combined U.S. assets in Asia, South America, Africa and the Middle East. •U.S. assets in the Netherlands ($868 billion) were the second largest in the world in 2005. •The U.S. asset base in Poland, Hungary, and the Czech Republic (over $50 billion) in 2005 was twice the size of corporate America’s assets in India. •Corporate America’s investment position in Ireland in 2006 ($83 billion) was larger than America’s total investment stakes in the much-hyped BRICs-Brazil, Russia, India and China ($73 billion). •U.S. FDI in Ireland in 2006 hit a new record of $13.3 billion, nearly double the amount of U.S. investment in all of South America. •American affiliates in Ireland accounted for 18.5% of Ireland’s total output in 2005. •U.S FDI in Switzerland in 2006 totaled $10.4 billion, an amount nearly 50% greater than total investment in Africa and the Middle East. •U.S. FDI in the Netherlands in 2006 was a whopping $33 billion, well in excess of U.S. investment in all of developing Asia ($26 billion) and NAFTA partners Canada and Mexico ($25 billion). •Between 2000 and 2006 U.S. FDI in China was less than 8 times U.S. FDI in the UK, less than 4 times U.S. FDI in the Netherlands, and roughly 3 times less than U.S. FDI in Ireland or in Germany. •On a historic cost basis, Europe’s investment stake in the U. S. totaled a record $1.3 trillion in 2006, a 12.6% rise from 2005 and more than triple the level of a decade ago. •European foreign affiliates accounted for nearly two-thirds of the $540 billion contributed by foreign affiliates to U.S. aggregate production in 2005. •British foreign affiliate output in the United States alone reached nearly $110 billion in 2005. •In their own right, U.S. affiliates in Europe and European affiliates in the United States are among the largest economic forces in the world. Transatlantic foreign affiliate output totaled $834 billion in 2005, a 5.6% rise from 2004 and equivalent to the entire national product of countries such as Mexico or South Korea. •The United States remains the primary destination of EU investment in terms of FDI flows and outward stock. No other region of the world has invested as much in the United States than Europe, with the latter accounting for roughly 75% of total inward investment stock in 2006 – an increase in Europe’s leading role over the previous year. •Switzerland ranked first as the largest holder of U.S. assets in 2005 ($1.2 trillion), followed closely behind by UK firms ($1.1 trillion). •Of particular interest is the spread 13 Artigo between European investment in the United States on the one hand versus EU investment in China and India on the other. In a nutshell, there is no comparison - in 2005, EU investment in the U.S. totaled €29 billion versus total combined investment of €8 billion in China and India. Investment in China totaled €6 billion, while EU investment in India tallied just €2 billion. •Europe invests considerably more in California than it does in China. Overall European investment in China is less than German investment alone in the American Southeast. European investment in India is about the same as European investment in Massachusetts, or French investment alone in the American MidAtlantic states. •EU merger and acquisition (M&A) inflows to the United State doubled in 2006 from the prior year, with total M&A deals rising to $114 billion in 2006, up from $57 billion in 2005. From January to mid-September 2007, M&A inflows from Europe totaled $171 billion, a near 90% jump from the same period in 2006. Over the same period, U.S.M&A in the European Union tallied $150 billion, up nearly 75% from the same period in 2006. For the first time since 2002, M&A inflows from Europe to the United States are expected to exceed U.S. M&A flows to the EU. •The American Southeast accounted for nearly a quarter of total European investment in 2005, versus a share of roughly 19% in 2004. •Texas, California and New York maintained their rank as the top three destinations of European foreign investment; their collective share of European investment was just over 20% in 2005. European investment rose 10% in New York, 6.1% in Texas, and 5.4% in California. Transatlantic Trade Flows •While America’s trade deficit with Europe peaked in 2005 at $132.65 billion, it narrowed by 5.2% in 2006 to nearly $126 billion, and is on pace to narrow sharply again in 2007. U.S. exports of goods and services to Europe rose 16.2% in the first half of 2007 from the same period a year ago, well ahead of U.S. imports from Europe, up 5.7% in the same period. Against this backdrop, the U.S. trade deficit with Europe narrowed by nearly 27% in the first half of 2007, and was running at an annual rate of $100 billion. The U.S. trade deficit 14 with Europe hasn’t been below $100 billion since 2002. •While this is a dramatic change, it is important to bear in mind that a substantial share of transatlantic trade is considered intra-firm trade or related party trade, which is crossborder trade that stays within the ambit of a company. •Roughly 59% of U.S. imports from the EU and 62.6% of U.S. imports from Germany in 2006 consisted of related-party trade. •Roughly one-third of U.S. exports to Europe in 2006 represented relatedparty trade. •The importance of related-party trade is one reason why the U.S. dollar’s longterm decline against the euro since 2002 has not had an even greater effect on America’s trade deficit with Europe. Parent-affiliate trade is less responsive to shifts in prices of exchange rates and more attuned to domestic demand. While a strong euro in theory should hurt European competitiveness in the U.S., the fact that many European multinationals produce, market, and distribute goods on both sides of the ocean gives them a high degree of immunity to a dramatic shift in exchange rates. •Five of the top ten export markets for U.S. services in 2006 were in Europe. The United Kingdom ranked first, followed by Germany (5th), France (6th), Switzerland (7th) and the Netherlands (10th). •U.S. service imports from Europe rose from $56 billion in 1996 to $137 billion in 2006. Europe accounted for 40% of total U.S. service exports and for 44% of total U.S. service imports. While the U.S. recorded a $142.5 billion deficit in goods exports with Europe in 2006, nearly 12% of the deficit was offset by America’s $17 billion surplus in services. •By state, exports from Texas and New York to Europe rose 32% and 21.4%, respectively, in 2006. Illinois exports surged by 20.6%, while exports from Washington (+39.9%) and New Jersey (+33.3%) posted robust growth. Exports from Alabama, reflecting rising volumes of automobile trade, soared nearly 70% in 2006. Delaware more than doubled its exports to Europe in 2006. •Europe is one of the largest markets in the world for a host of U.S. goods, ranging from agricultural products to high tech goods. By commodity, sharp increases were recorded for such exports as chemicals, transportation equipment, computers, processed foods and paper products. The Transatlantic Profits Boom Continues •Corporate America is in the midst of a five-year global profits boom. Europe has led the way, accounting for roughly half of total U.S. global earnings in 2006 and a similar share in the first half of 2007. During this decade, Europe has accounted for 55% of total U.S. global earnings. •Europe remains by far the most profitable region of the world for U.S. multinationals. U.S. affiliate income from Europe in 2006 was nearly three times as large as total earnings from Latin America and more than double affiliate earnings from Asia. •U.S. affiliate earnings from Europe have more than doubled since 2001, rising to nearly $147 billion in 2006. Affiliate income soared 20% in 2006, and in the first half of 2007 earnings were some 14% higher than the first half of 2006. U.S. affiliates reported record income in 2006 in Belgium, Finland, France, Germany, Ireland, Italy, the Netherlands, Spain and the United Kingdom. •U.S. affiliate income in the UK in 2006 was a staggering $25.5 billion, more than three times what U.S. affiliates earned in Germany, Europe’s largest economy. •U.S. affiliate income in the Netherlands in 2006 remained robust at $32.2 billion - more than U.S. affiliate income in Germany, France and Italy combined. •U.S. affiliate income from Poland, the Czech Republic and Hungary totaled $2 billion in 2006, a figure some onequarter larger than what U.S. affiliates earned in India during the same year. •Between 2000 and 2006 U.S. affiliates in the Netherlands earned more than 8 times as much as U.S. affiliates in China. U.S. affiliates in the UK earned more than 6 times as much as U.S. affiliates in China, and U.S. affiliates in Ireland earned more than 4 times as much as U.S. affiliates in China. •European foreign affiliates operating in the United States posted record U.S. profits of $89 billion in 2006, up nearly 14% from 2005. Since 2001 European affiliate profits in the U.S. have increased more than six-fold. •Record profit levels were achieved by Artigo affiliates in the U.S. from Belgium, France, Germany, Ireland, Italy, Netherlands, Spain and the UK. tes topped $1.5 trillion in 2005, and were some three times larger than U.S. imports from Europe. •German affiliate earnings in the U.S. surged more than 30% in 2006 over 2005, itself a record year for German affiliate earnings in the United States. •German-owned affiliates in the United States sold $343 billion in 2005, more than four times German exports to the United States of $86.1 billion. •European affiliates earned over 70% more in the U.S. than in all of Asia (€32 billion) in 2005. Affiliate earnings from India and China combined totaled €4.2 billion in 2005, less than 8% of what European affiliates earned in the United States. Transatlantic Portfolio Flows Foreign Affiliate Sales •Sales of services of U.S. foreign affiliates in Europe rose in 2005 to a record $276 billion, up nearly 30% from 2000, and were some 85% larger than U.S. services exports to Europe in the same year. Europe accounted for just over half of total global U.S. services sales. •Sales of services by European foreign affiliates in the U.S. totaled $261 billion in 2005. French, German, Dutch and Swiss affiliates sold more services in the U.S. in 2005 than American affiliates sold in France, Germany, the Netherlands and Switzerland. European affiliate sales of services were more than double U.S. service imports - a fact that underscores the ever expanding presence of European services leaders in the U.S. economy. •Reflecting the deep investment linkages between the United States and Europe, European sales of U.S.-owned affiliates totaled $2.1 trillion in 2005, nearly six times larger than U.S. exports to Europe in the same year, and double U.S. affiliate sales in the entire Asia/Pacific region. •U.S. affiliate sales in the United Kingdom ($531 billion) in 2005 were larger than total affiliate sales in Latin America ($480 billion). •U.S. affiliate sales to China have soared in past few years, although sales in China in 2005 - just over $86.5 billion - were on par with sales to Belgium ($82 billion) or Spain ($87 billion) and well below U.S. affiliate sales in Germany ($308 billion), France ($193 billion), Ireland ($151 billion) and the Netherlands ($195 billion). •In 2005 U.S. affiliates sold more in Poland ($20.2 billion) than U.S. affiliates sold in India ($17.7 billion). •U.S. sales of European-owned affilia- •The EU accounted for roughly 60% of total U.S. capital outflows of $216 billion in 2006. •In the first eight months of 2007, U.S. capital outflows to the EU soared to $62 billion - a figure roughly five times larger than U.S. inflows from Europe over the same period in 2006 and a dramatic shift from the prevailing pattern of recent years. •In this regard, it is interesting to note that despite the high-flying stock markets of India, Brazil and China in 2007, U.S. investors have shown a stronger preference for European equities. For instance, net U.S. purchases of Spanish securities in the first eight months of 2007 ($11.9 billion) were nearly 40% larger than net U.S. purchases of Brazilian securities. U.S. investors sunk more than four times the amount of capital in French securities between January and August 2007 ($17 billion) than they invested in India ($3.8 billion). •U.S. net purchases of Irish securities totaled $8.4 billion between JanuaryAugust 2007; over the same time frame, U.S. investors sold (or were net sellers) of over $10 billion of Chinese securities. •U.S. investors bought nearly $9 billion in German equities in the year to August 2007—a figure greater than net cumulative purchases of Germany equities over the past decade. •U.S. demand for British equities was even stronger: after soaring to a record $60 billion in 2006, net U.S. purchases of British equities more than doubled between January – August 2007, rising to $47 billion, compared with $23 billion from the same period a year earlier. Net purchases of British equities accounted for 50% of all foreign equities bought by U.S. investors in 2007; the share was 56% in 2006. Transatlantic Jobs •Europe is by far the most important source of “insourced” jobs in America, and the U.S. is by far the most important source of “insourced” jobs in Europe. • Of the 9 million people employed outside the United States by majority-owned U.S. companies in 2005, roughly 44% were located in Europe. The bulk of these workers were based in the United Kingdom, Germany and France. •U.S. affiliates employed just as many manufacturing workers in Europe (1.9 million) in 2005 as they did in 1990. This employment has shifted over the past fifteen years, however, towards lower cost locations such as Ireland and Spain at the expense of the UK and Germany. Between 1990 and 2005 U.S. affiliate manufacturing employment fell in the UK (-20%) and Germany (-6.5%) and soared in Ireland (+37.5%) and Spain (+22%). •Despite stories about European companies moving to cheap labor markets in central Europe or Asia, most foreigners working for European companies outside the EU are American. European majority-owned foreign affiliates directly employed roughly 3.5 million U.S. workers in 2005. •The top five European employers in the U.S. were firms from the United Kingdom (908,000), Germany (655,000), France (473,000), the Netherlands (442,000) and Switzerland (389,000). •European firms employed nearly 70% of the 5.1 million U.S. workers on the payrolls of majority-owned foreign affiliates in 2005. Transatlantic Knowledge Economies •Research and development among U.S. foreign affiliates topped $28 billion in 2005; 65% was in Europe. The UK, Germany, France, and Switzerland accounted for roughly half of global R&D spending by U.S. affiliates in 2005. •R&D expenditures by majority-owned foreign affiliates in the U.S. totaled nearly $32 billion in 2005 - roughly 14-15% of total R&D spending in the U.S. •A significant share of this total emanated from world class leaders from Europe. German-owned affiliates led the pack with a 20% share in 2005. British-owned affiliates ranked second with a 19% share. Este texto é um excerto da publicação The Transatlantic Economy 2008: Annual Survey of Jobs, Trade and Investment between the United States and Europe, dos autores Daniel S. Hamilton e Joseph P. Quinlan - Center for Transatlantic Relations, Johns Hopkins University, Paul H. Nitze School of Advanced International Studies - o qual teve o apoio da AmCham EU. 15 Análise Uma análise económica O ano de 2007 revelou-se favorável para economia portuguesa em vários domínios: na trajectória desinflacionista, na redução do peso de défice público, no crescimento do PIB real. 50 40 30 20 10 0 Dez-07 Dez-06 Dez-05 Dez-04 Dez-03 Dez-02 Dez-01 250 200 150 100 50 0 Dez-00 Diferença entre taxas 3m Libor e Bilhetes de Tesouro nos EUA (em p.b.) Volatilidade Mercados Accionistas Dez-99 1. Enquadramento económico e financeiro Desde o Verão que o processo de reavaliação do risco tem vindo a condicionar o comportamento dos mercados financeiros globais e a elevar o grau de incerteza relativamente à evolução da actividade económica para 2008. O receio de cristalização deste clima negativo motivou a adopção de medidas de natureza extraordinária por parte de alguns governos e dos principais bancos centrais, com o intuito de quebrar o ciclo vicioso da aversão ao risco e promover o funcionamento regular nos mercados interbancários. Não obstante a fraca exposição directa a estes desenvolvimentos, a forte integração e abertura económica e financeira da economia portuguesa representa um canal de transmissão destes efeitos e, por conseguinte, eleva o nível de exigência para a consolidação dos progressos conseguidos em termos de redução do défice público, de recuperação da competitividade e de convergência no âmbito da União Europeia. Gonçalo Pascoal Chief Economist of Millennium bcp Gráfico 1: O segundo semestre de 2007 representa uma alteração profunda na evolução das condições dos mercados financeiros. Índice Accionista área do euro (Dez.06=100) 115 110 105 100 95 90 85 Out-07 Ago-07 Jun-07 Abr-07 Fev-07 Dez-06 5,0 4,8 4,6 4,4 4,2 4,0 3,8 3,6 Gráfico 2: O aumento da aversão ao risco favoreceu instrumentos de menor risco, em particular a dívida pública de curto prazo das economias desenvolvidas. Taxa Directora EUA Taxa Directora UEM 8 6 4 2 Dez-07 Dez-06 Dez-05 Dez-04 Dez-03 Dez-02 Dez-01 0 Dez-00 Num contexto de recrudescimento das tensões inflacionistas - pressão da procura e rigidez da oferta nas matérias primas, com destaque para os bens alimentares e para a energia, e perante o dilema de condescender com a complacência dos investidores ou incorrer no risco de precipitar a economia mundial num ciclo recessivo, as autoridades monetárias das economias mais desenvolvidas adoptaram uma postura pragmática que visou mitigar a deterioração das condições de liquidez através da redução das taxas directoras (como no caso dos EUA e do Reino Unido), da flexibilização dos requisitos para Taxa de Juro 2 anos Dívida Pública Área do Euro Dez-99 Após vários anos de um contexto muito favorável - taxas de crescimento do PIB real mundial consistentemente robustas, reduzida volatilidade, desenvolvimento fenomenal dos mercados e instrumentos financeiros, em particular de instrumentos estruturados de crédito, e crescente integração dos mercados mundiais, ao longo de 2007, começaram a manifestar-se os primeiros sinais de alteração de paradigma. O aumento do registo de incumprimentos no mercado norte-americano de crédito hipotecário de alto risco (subprime), na sequência da viragem do ciclo no mercado imobiliário e da menor disciplina na concessão de empréstimos nos EUA, provocou uma alteração substancial na confiança e na atitude dos investidores, com um impacto transversal às diversas classes de activos financeiros. Os diferenciais de risco de crédito alargaram-se, os principais índices accionistas apresentaram maior volatilidade e os investidores reduziram a sua exposição a investimentos em activos de remuneração elevada, tendo, por contrapartida, um aumento expressivo na procura por instrumentos de refúgio, tipicamente de dívida pública e de curto prazo. Gráfico 3: Bancos centrais reagem a deterioração da conjuntura providenciando liquidez ao mercado interbancário, reduzindo taxas de juro e flexibilizando as condições dos empréstimos à banca comercial. 17 Análise 18 PIB real EUA (%) 3 2 1 0 2006 2007 2008 Grafico 4: Alteração das condições financeiras deverá repercutir-se numa evolução mais branda do crescimento económico em 2008 4 3 2 1 0 -1 -2 -3 -4 Dez-06 Dez-05 Dez-04 Dez-03 PIB (PT-UEM) Dez-02 A degradação nas condições de funcionamento dos mercados de capitais constitui um constrangimento importante, em particular para regiões económicas com um grau de aber- PIB real UEM (%) 4 Dez-01 2. Implicações para a economia portuguesa O ano de 2007 revelou-se favorável para economia portuguesa em vários domínios: na trajectória desinflacionista, na redução do peso de défice público, no crescimento do PIB real. Os dados disponíveis para o terceiro e quarto trimestres – crescimento real do PIB de 1,8% no terceiro trimestre e a estabilidade nos índices coincidentes de actividade em Outubro e Novembro - são compatíveis com um crescimento médio anual próximo de 2,0%, o que representa uma das melhores prestações dos últimos anos. Também de assinalar em 2007 o maior contributo da procura interna para o crescimento, em particular através da despesa de investimento empresarial. De facto, pela primeira vez desde meados de 2004, a taxa de crescimento real do investimento voltou a ser positiva e nas diversas componentes: construção, bens de equipamento e material de transporte. O consumo privado mantém um crescimento muito brando, decorrente da estagnação do emprego e das restrições aos orçamentos familiares, nomeadamente para cumprimento do serviço da dívida. A melhoria da competitividade tem vindo a reflectir-se numa recuperação de quotas de mercado, mas o andamento mais moderado da actividade nos principais países de destino das exportações portuguesas deverá reflectir-se num abrandamento da procura externa. Mas também existem atenuantes e não se exclui a ocorrência de surpresas positivas, destacando-se: (i) o facto do mercado imobiliário português ao longo dos últimos anos não ter evoluído em sintonia com os demais mercados europeus, onde se registaram fortes valorizações do preço das casas, estando por esta via menos vulnerável à correcção; (ii) o grau de exposição do sistema bancário nacional às estruturas financeiras complexas relacionadas com a “crise do Dez-00 Nos próximos meses, o sucesso destas medidas será determinante para o retomar de um clima de maior confiança entre os investidores, para estabilizar a evolução dos preços das casas e para o desbloquear das anomalias que se verificam no mercado de capitais. Todavia, não deverá evitar o abrandamento da actividade económica mundial que se perspectiva. De facto, tem-se verificado uma revisão, no sentido descendente, das projecções de crescimento económico, de maior magnitude para 2008 e para os EUA, onde o risco para o desempenho do sector imobiliário e a respectiva influência nas decisões de consumo privado se afigura mais elevado. O nosso cenário privilegia um crescimento económico nos E.U.A e na U.E.M. semelhante, na vizinhança dos 2,0%, mas qualitativamente diferente, dado que enquanto para a área do euro representa um andamento em linha com o valor potencial da economia, no caso dos EUA reflecte um andamento inferior. tura comercial e financeiro elevado como é o caso de Portugal. Num cenário de abrandamento mais pronunciado do crescimento mundial, a evolução das exportações poder-se-á revelar revelar-se menos dinâmica do que o previsto e as condições de concessão de crédito poder-se-ão tornar mais restritivas, onerando o esforço de investimento actualmente em curso. O aumento do risco de crédito, que justifica o alargamento do diferencial entre as taxas de juro como a Euribor e a taxa de juro do BCE, configura, do ponto de vista prático, o equivalente a um aperto das condições monetárias na ordem de 50-75 p.b, e que é mais relevante para países onde a prática comum são os empréstimos a taxa de juro variável como é o caso de Portugal. Este fenómeno, em conjunto com a valorização da moeda europeia – um subproduto da evolução relativa dos diferenciais de taxas de juro entre os EUA e a UEM - e do preço do petróleo, sugere que as condições monetárias enfrentadas pela economia portuguesa permanecem moderadamente prejudiciais ao crescimento. Dez-99 obtenção de fundos e da cedência de montantes invulgarmente elevados ao sistema financeiro. Nos EUA, o Governo Federal promoveu um plano de actuação sobre o mercado de crédito à habitação, com o propósito de atenuar o risco de um aumento substancial das insolvências ao longo de 2008; a Reserva Federal submeteu a consulta um conjunto de propostas de regulação do crédito destinado à habitação e, ao nível da indústria, tiveram lugar iniciativas com o propósito de conter os efeitos decorrentes da forte desvalorização de activos estruturados de crédito, nomeadamente a eventual alienação forçada de activos por parte de investidores institucionais. Gráfico 5: Gradualmente, a economia portuguesa tem vindo a exibir uma evolução mais próxima da verificada na área do Euro. Análise ... o sucesso destas medidas será determinante para o retomar de um clima de maior confiança entre os investidores, para estabilizar a evolução dos preços das casas e para o desbloquear das anomalias que se verificam no mercado de capitais. Taxa de Câmbio Efectiva Portugal 110 105 100 95 90 85 Mar-07 Mar-05 Mar-03 Mar-01 Mar-99 Mar-97 Mar-95 Mar-93 10 8 6 4 2 0 -2 -4 Gráfico 6: Euribor e taxa de câmbio efectiva do euro var % real média no período 2000-2006 15 10 5 Espanha França r.Unido Dinamarca EUA Italia Finlandia -5 Holanda 0 Portugal Todos os factores ponderados, para 2008 o nosso cenário é de um crescimento do PIB real português semelhante ao registado em 2007, isto é, na vizinhança dos 2,0%, reconhecendo que, de momento, os riscos para uma realização inferior ao esperado ainda suplantam os factores positivos. Tx Juro 3m Real Alemanha subprime” ser pouco significativo, o que atenua os efeitos adversos sobre os balanços dos bancos e, indirectamente, na sua capacidade de concessão de crédito (mas não evita os efeitos indirectos relacionados com o encarecimento e maior dificuldade na obtenção dos fundos para refinanciamento da actividade); (iii) a expectativa de retoma de condições mais normais de funcionamento dos mercados à medida que 2008 progrida, decorrente do impacto desfasado das medidas que têm vindo a ser adoptadas pelas autoridades e da divulgação das contas anuais por parte das instituições financeiras, o que constitui uma peça de informação importante para uma correcta hierarquização do risco de contraparte; (iv) a resiliência das economias emergentes e a respectiva capacidade em suportar uma evolução robusta do comércio internacional e, dada a acumulação de poupança nos últimos anos, constituírem-se como um recurso para a recapitalização de balanços (tal como evidenciado pela recente participação de investidores asiáticos e do médio oriente em capital de importantes instituições financeiras europeias e norte-americanas); (v) a expressiva melhoria dos mercados de emprego na área do euro (taxa de desemprego mais baixa dos últimos 15 anos), passível de suster uma retracção mais pronunciada do consumo. Gráfico 7: À semelhança da Alemanha e ao contrário de outros países europeus, nos últimos anos o mercado imobiliário residencial em Portugal estabilizou. 19 Artigo Euro - Dólar versus Importações - Exportações Uma realidade pouco risonha. 20 as exportações europeias, e sobretudo as nacionais. Mesmo as empresas mais organizadas enfrentam, hoje uma nova ameaça à sua competitividade: a apreciação substancial do euro. A manutenção de um euro forte vai obrigar as empresas a esmagarem as suas margens de lucro para poderem continuar a competir no mercado americano. Neste contexto o Banco Central Europeu (BCE) está numa posição delicada. Se o BCE mantiver ou descer os juros alivia os agentes mais endividados e facilita o acesso ao crédito para investimento, mas estará a estimular a inflação que consumirá o poder de compra dos consumidores, em especial dos que tem menores rendimentos. Já, se subir os juros, consegue controlar a inflação, mas trava a retoma do investimento, aumenta o peso do endividamento e desincentiva o consumo porque reduz o rendimento disponível das famílias. Adicionalmente, quanto mais altos forem os juros europeus maior a força da moeda única. E isto prejudica as exportações, em especial num cenário de competição com economias emergentes, pondo numa situação delicada um dos principais motores das economias europeias. A economia portuguesa, sendo uma pequena economia aberta, não será excepção a este dilema. Mais, uma vez que depende das exportações para crescer, tal cenário pode constituir um risco acrescido para o crescimento do produto nacional. Numa breve análise da evolução da taxa de câmbio entre 2006 e2007 importa recordar que, em 2007, a Fed baixou as taxas de juro em 1%, de 5,25% para 4,25%. Já o BCE aumentou oito vezes o preço do dinheiro para os 4% desde Novembro de 2005. O preço da divisa europeia variou, em termos médios anuais, cerca de 9%, passando dos 1,26€ em 2006 para os 1,37€ verificados no final de 2007. Porém, olhando apenas para o comportamento da moeda europeia nos últimos 12 meses, verifica-se um avanço, em torno dos 12% face ao dólar. COMPORTAMENTO DAS IMPORTAÇÕES - EXPORTAÇÕES Em Portugal, no período em análise (de Janeiro a Novembro de 2007), em termos do comércio total com Países Terceiros, as exportações registaram um crescimento de 12,8% e as importações de 7,3%. O que determinou uma redução do défice da Balança Comercial com Países Terceiros de 0,6%, em relação ao ano anterior. Ainda, no que ao comércio com Países Terceiros respeita, face ao mesmo perí- Evolução da Taxa de Câmbio 2006-2007 1,45 1,40 Taxa média anual 2007 - 1,37 1,35 1,30 1,25 Taxa média anual 2006 - 1,26 1,20 Taxa média mensal Set-07 Mai-07 Jan-07 Set-06 Jan-06 1,15 Mai-06 /$ 1,50 Taxa de Câmbio EVOLUÇÃO DA RELAÇÃO CAMBIAL EURO - DÓLAR A situação cambial euro/dólar reflecte, de uma forma global, o actual cenário económico de ambas as economias. Assim, é razoável afirmar que, existindo fortes perspectivas de um abrandamento pronunciado da economia americana face à economia europeia, e tendo havido uma redução das taxas de juro nos mercados americanos, tal se tenha espelhado numa apreciação do euro face ao dólar. Os receios de um abrandamento da economia americana, mais pronunciado do que o desejável para o equilíbrio da balança de pagamentos, e as preocupações no que respeita á situação do sector bancário, fragilizado pela crise do subprime, continuam a influenciar os mercados cambiais, contribuindo para o aumento da pressão sobre o dólar. Por outro lado, o euro demasiado forte não agrada aos agentes económicos (políticos, empresários e famílias). A economia europeia terá dificuldade em gerir, de forma sustentada, e por muito mais tempo uma moeda forte, sobretudo se as moedas asiáticas não amortecerem as evoluções do euro face ao dólar. Esta relação cambial favorece as exportações americanas ao mesmo tempo que, teoricamente, encarece os produtos europeus nos mercados americanos. Todavia, a redução do diferencial das taxas de juro praticadas nos Estados Unidos e na Zona Euro beneficia a moeda única, já que torna os investimentos em euros mais atractivos. Ainda, e apesar das consequências negativas para as exportações europeias, durante o ano de 2007, a manutenção do euro forte protegeu a Europa do choque do petróleo. O valor do euro constitui um risco sério, e não há quem arrisque fazer previsões de até onde a moeda única pode ir. Tudo parece apontar para a manutenção do euro forte, o que prejudica Fonte: Banco de Portugal Artigo Elsa Picão Economista colaboradora da CCAP Resultados Globais Preliminares - Janeiro a Novembro Milhões de Euros Exportação (Fob) 2007 1926,6 1654,0 Importação (Cif) Saldo Taxa Variação Peso no Comércio Total (%) 2006 EUA % 2006 2007 -14,1 6,0 6,8 6,8 20,6 719,8 880,8 22,4 1206,8 773,3 -35,9 2,7 1,9 7117,0 8026,6 12006,7 12888,4 7,3 -4889,7 -4861,8 -0,6 59,3 62,3 Taxa de cobertura (%) Países Terceiros Exportação (Fob) Importação (Cif) Saldo Taxa de cobertura (%) 12,8 Fonte: INE Importação Milhões de Euros Janeiro Exportação Variação Milhões de Euros Variação 2006 2007 % 2006 2007 % 76,5 80,9 5,7 129,0 156,8 21,6 Fevereiro 57,6 88,2 53,0 127,7 152,7 19,6 Março 96,0 64,7 -32,6 176,5 158,7 -10,1 Abril 50,8 70,9 39,6 157,3 143,6 -8,7 Maio 72,6 72,6 0,1 216,3 137,0 -36,7 Junho 76,6 82,1 7,2 195,8 190,4 -2,7 Julho 61,8 78,2 26,6 222,1 166,5 -25,0 Agosto 47,0 77,6 65,1 180,6 97,4 -46,1 Setembro 55,4 68,1 22,9 167,5 140,4 -16,2 Outubro 69,1 91,3 32,1 147,8 152,4 -12,8 Novembro 56,4 106,3 88,5 179,0 158,2 -11,6 Dezembro 61,0 178,7 Fonte: INE Taxa de variação homóloga (%) % 100 80 60 40 20 Nov-07 Out-07 Set-07 Ago-07 Jul-07 Jun-07 Mai-07 Abr-07 Mar-07 Fev-07 Jan-07 -40 Dez-06 0 -20 Nov-06 odo de 2006, os maiores aumentos nas importações registaram-se em Produtos alimentares e bebidas e no Material de transporte e acessórios e, nas exportações, no Material de Transporte e acessórios, nas Máquinas e outros bens de capital e nos Produtos alimentares e bebidas. O grupo dos Combustíveis e lubrificantes verificou uma quebra de 3,2% nas exportações e 2,2% nas importações. A taxa de cobertura das importações pelas exportações passou de 59,3% para 62,3%, quando comparada com o período homólogo. Para o mesmo período de análise, a situação verificada nas relações comerciais bilaterais entre Portugal e os Estados Unidos difere da apresentada para os Países Terceiros como um todo. Assim, entre Janeiro e Novembro de 2007, registou-se um decréscimo das exportações em cerca de 14% e um aumento nas importações de 22,4%, três vezes mais que o aumento registado no total do comércio com Países Terceiros, em comparação com o ano anterior. A taxa de cobertura das importações pelas exportações passou de 2,7% para 1,9%, quando comparada com o período homólogo. Estas variações face ao período homólogo registadas nas importações e exportações podem, em boa parte, ser explicadas pela apreciação do euro face ao dólar durante o ano de 2007. A evolução homóloga mensal revela alguma volatilidade no comportamento das importações, embora a tendência seja de crescimento. Em Novembro atingiram a maior taxa de variação dos últimos onze meses (88,5%) enquanto que em Maio a variação foi quase nula e em Março se registou um mínimo de -32,6%, relativamente aos meses homólogos do ano anterior. Por seu lado, as exportações vêm registando taxas de crescimento negativas desde Março, a excepção foram os dois primeiros meses do ano com taxas de crescimento na ordem dos 20%. O mês de Agosto foi o que registou a maior variação homóloga, com uma quebra próxima dos 50% (46,1%), ao passo que a menor variação se registou em Junho (2,7%), por comparação com os meses homólogos. -60 Importações Exportações Fonte: INE 21 Dossier - Internacionalização e Inovação A aicep Portugal Global e a Internacionalização da Economia Portuguesa Este é, no mundo complexo e dinâmico de hoje, o desafio que se coloca a organizações e empresas. A globalização e a necessidade de coordenação nas intervenções públicas e privadas Assiste-se actualmente a reforço da liberalização do comércio e serviços e dos movimentos de capitais, com o consequente alargamento e intensificação do comércio mundial e dos fluxos internacionais de capital, confirmando uma tendência inequívoca da política económica internacional. Estamos assim perante uma crescente interdependência entre as diversas economias, no que se tem designado por globalização. Neste processo observa-se uma predominância dos temas económicos face as outras instâncias (sociais, culturais, políticas) pelo que será insensato não prestar a devida atenção a este fenómeno na ordem político-económica internacional. Com efeito, o grau de abertura/exposição dos sistemas nacionais, nomeadamente o económico, é de tal ordem que o sucesso nacional passa cada vez mais pela eficácia das interfaces que se estabelecem entre o contexto interno e os enquadramentos externos. No reconhecimento deste facto, é cada vez mais premente estimular a ligação entre a componente doméstica e as vertentes regional e inter-regional, que exigem competências que vão além das capacidades linguísticas e da capacidade negocial tradicional. Essas competências estão cada vez mais ligadas à economia, ao direito, ao comércio internacional, à organização de estruturas multilaterais e regionais de integração e cooperação, que alicerçam a estrutura actual da sociedade. 22 Hoje, reconhece-se, não bastam, para citar apenas alguns exemplos, conhecimentos práticos das pautas aduaneiras, regulamentações do comércio externo e/ou normas técnicas e legais em vigor nos mercados estrangeiros. Torna-se necessária toda uma nova bateria de competência que vão desde a diplomacia económica a todas as componentes operacionais de intervenção mercado a mercado. Em Portugal, a introdução formal, na nossa ordem jurídica, do modelo actual de diplomacia económica é relativamente recente. No entanto, mais do que um modelo de funcionamento vertido em diplomas legais, a diplomacia económica é, na perspectiva da aicep Portugal Global, mais uma prática que se deve traduzir na intervenção da rede diplomática no mundo de negócios. É efectivamente muito importante que a rede externa da aicep Portugal Global e as Embaixadas e Consulados de Portugal no estrangeiro trabalhem em estreita articulação, coordenando esforços e criando sinergias. A rede externa da Agência, cujos responsáveis locais têm estatuto diplomático, foi recentemente objecto de uma profunda reestruturação, com grande foco no que a nossa realidade económica tem de mais sensível. Pretende-se, nesta articulação, alavancar e potenciar um ciclo virtuoso em que a diplomacia e a economia interagem operacionalmente em prol de mais e melhores exportações nacionais, da internacionalização das empresas portuguesas, da promoção de Portugal e da sua imagem, e da contribuição para captação de investimento directo Basílio Horta Presidente da AICEP estrangeiro de qualidade. Só assim se obterá uma adequada eficácia, potenciando os esforços das empresas, em especial das PME, das universidades e de outros centros de investigação científica e tecnológica, de entidades públicas envolvidas na expansão da internacionalização das empresas, na captação de investimentos, na celebração de parcerias e na promoção do turismo. Neste contexto, não pode deixar de se referir também a existência dos programas/parcerias científicas internacionais em curso em Portugal com universidades líderes internacionalmente, como a CMU-Carnegie Melon, o MIT e a UT Austin. Estamos assim perante uma crescente interdependência entre as diversas economias, no que se tem designado por globalização. A ajuda ao desenvolvimento, uma outra forma de diplomacia económica, também pode e deve constituir um catalisador de relações comerciais a médio e longo prazo. Para além dos aspectos relevantes para a internacionalização da nossa economia tudo isto contribuirá para a construção de um perfil político e económico de Portugal, como país moderno e de crescente especialização. Por outro lado, as empresas portuguesas, ao mesmo tempo que investem Dossier - Internacionalização e Inovação cada vez mais a uma escala internacional, designadamente em matéria de mercados e especialização de nichos, esforçam-se, através de aquisições, fusões, joint ventures e outras formas de alianças, por influenciar tanto o Estado como as entidades reguladoras internacionais. As empresas, sobretudo as de cariz multinacional, à medida que aprofundam os seus processos de internacionalização, ao conduzirem as suas acções em múltiplos países, acabam por desenvolver uma importante actividade diplomática pois interagem permanentemente com os governos locais e entidades regionais no que respeita às condições da sua presença e respectivas operações, novos investimentos, obrigações sociais, ambientais e mesmo éticas, para além, é claro, da criação de organizações empresariais internacionais com a missão de desenvolver o lobby empresarial de âmbito diplomático. Este é, no mundo complexo e dinâmico de hoje, o desafio que se coloca a organizações e empresas. A aicep Portugal Global E é neste contexto que Agência para o Investimento e o Comércio Externo de Portugal - aicep Portugal Global - se enquadra, enquanto organismo que assume responsabilidades acrescidas no âmbito da internacionalização da economia Portuguesa. A Agência surge como resultado da junção das atribuições anteriormente residentes na API e no extinto ICEP, tornando esta agência na referência para o desenvolvimento de um ambiente de negócios competitivo que contribua para a inserção internacional das empresas portuguesas. Assim, a aicep Portugal Global, é mais do que um Trade and Investment Promotion Office. É uma agência pública empresarial de nova geração, com um âmbito de acção de uma business development agency, contemplando nas suas funções o comércio, o investimento e o desenvolvimento da imagem de Portugal no mundo. O conceito de actuação da Agência baseiase no apoio e promoção integrada das empresas portuguesas nas áreas mais críticas para os seus processos de internacionalização. A aicep Portugal Global dispõe, como já referido, de uma importante rede de representações externas distribuídas pelos cinco continentes, que constituem um elemento fundamental para rentabilizar a acção estratégica da nova Agência, como facilitadora de negócios e de contactos comerciais. Dadas as constantes mutações no quadro dos equilíbrios económicos internacionais e nas estratégias a eles subjacentes, sentiu-se a necessidade de promover uma profunda reestruturação e actualização na rede externa da Agência, no intuito de melhor servir as empresas suas clientes nos mercados externos e responder com maior eficácia às pressões da concorrência internacional. Essa reestruturação, naturalmente, teve em consideração uma dupla vertente, obedecendo por um lado a uma lógica de eficiência de custos, aliada esta, por outro lado, a uma estratégia de diversificação. Assim, concentraram-se recursos em mercados que foram considerados “mercados âncora” e apostou-se também em mercados emergentes, de modo a reduzir a excessiva concentração nos mercados europeus. Com efeito, envolvendo a internacionalização da economia a conjugação de três variáveis (IDE – Investimento Directo Estrangeiro em Portugal e IDPE – Investimento Directo de Portugal no Estrangeiro, Exportações) houve que definir uma estratégia que articulasse, de modo adequado, essas variáveis e, paralelamente, enquadrasse os mercados-alvo desse esforço de internacionalização. No que se refere à variável mercados, destacou-se a importância de reduzir a natural exposição/dependência face aos mercados da UE, especialmente da UE a 15, por via de um esforço adicional em países e regiões emergentes. Neste contexto, os mercados que se afiguraram como mais prioritários foram: • mercados âncora decisivos e de primeira prioridade: Espanha, França, Reino Unido, Alemanha e Estados Unidos; • mercados emergentes: Rússia, China, Índia, Singapura e Emiratos Árabes; • Mercados da CPLP, em especial Angola e Brasil. A ajuda ao desenvolvimento, uma outra forma de diplomacia económica, também pode e deve constituir um catalisador de relações comerciais a médio e longo prazo. Estão pois agora a estabelecer-se e a concretizarem-se estratégias e formas de actuação muito direccionadas, identificando segmentos ou nichos de mercado onde a oferta nacional reúna efectivas vantagens competitivas. As políticas públicas dirigidas à internacionalização terão, pois, como prioridade, o conhecimento específico de cada um dos mercados, numa abordagem eminentemente comercial, que permita a obtenção de significativas mais valias para as empresas nacionais. No que se refere às variáveis investimento (nos dois sentidos, IDE e IDPE) e exportações, os objectivos da Agência passam pela implementação efectiva de políticas públicas que visem: 1. Promover a captação e retenção de projectos de investimento em bens transaccionáveis, geradores de mais valor acrescentado, que aproveitem melhor as capacidades e os recursos endógenos nacionais e que reforcem as capacidades de inovação e desenvolvimento – como até aqui, vamos privilegiar os bons projectos, capazes de assegurar a transição para áreas baseadas no conhecimento, e continuar a apostar, nomeadamente, no apoio à instalação de Centros de I&D e Centros de Competência; 2. Estimular a internacionalização das empresas portuguesas, em especial das PME’s, através da qualificação dos gestores e da formação dos quadros que, nas empresas, 23 Dossier - Internacionalização e Inovação as habilitem a desenvolver e levar a cabo estratégias de marketing internacional eficazes para a penetração nos mercados; 3. Apoiar a organização da oferta portuguesa, quer através da concentração empresarial e/ou criação de redes de fornecedores e parcerias internacionais, quer apostando na especialização, em nichos em que Portugal tenha vantagens competitivas. 4. Apoiar as marcas portuguesas, no seu esforço de ganharem reconhecimento e notoriedade em mercados externos, mediante a promoção adequada; 5. Reforçar o papel do capital de risco como instrumento de apoio a estratégias empresariais de internacionalização. Ao nível dos produtos, a aposta na competitividade, a todos os níveis, traduz-se já pelas alterações no perfil das exportações nacionais. Com efeito, o aumento da incorporação de média e alta tecnologia nos produtos portugueses, em percurso de subida, demonstra que as nossas empresas compreenderam bem os desafios que se lhes colocam. Paralelamente com a criação de novas empresas na área das tecnologias de ponta, verifica-se já o aumento da base nacional exportadora. Ao nível das empresas: neste contexto, consideramos que o apoio à internacionalização das empresas (incluindo as PME) passa também por um selecção muito rigorosa do universo em relação às quais têm que dirigir-se as políticas públicas de apoio à internacionalização. Para melhor orientar a actuação da aicep Portugal Global é fundamental, como já referido, que a nova Agência conheça muito bem os seus “clientes”. Está a ser implementado - no que respeita às PME pois isso já ocorria com as Grandes Empresas - um modelo de funcionamento baseado no contacto regular e personalizado com as em- 24 presas através do Gestor de Cliente, que as acompanha de modo integrado, procurando encontrar soluções diferenciadas por forma a satisfazer as necessidades específicas das empresas. Nesse sentido, para um melhor conhecimento da situação real e expectativas das empresas, lançou-se ainda em 2007 um inquérito nacional a um vasto número de empresas que constituem a nossa base exportadora. As políticas públicas dirigidas à internacionalização terão, pois, como prioridade, o conhecimento específico de cada um dos mercados, numa abordagem eminentemente comercial, que permita a obtenção de significativas mais valias para as empresas nacionais. Partindo desse primeiro universo e utilizando vários critérios de segmentação (e.g. volume de exportações, taxa de crescimento das exportações, mercados de destino, sector de actividade, etc.), foram já seleccionadas as empresas que constituem a base de trabalho inicial, com o objectivo de as ajudar lançar numa trajectória ascendente na via da internacionalização. Paralelamente, estendendo em tempo oportuno o inquérito ao universo mais alargado das PME em Portugal, a Agência vai procurar aquelas que ainda não têm experiência de exportação, mas reúnem potencial, e tentar proporcionarlhes os meios e fornecer-lhe a formação, a qualificação e o aconselhamento necessários para as ajudar a projectarem-se nos mercados externos. Com efeito, as PME têm de ser vistas como uma prioridade, tanto ao nível da exportação como ao nível do investimento no estrangeiro, dada a sua importância na estrutura empresarial portuguesa, pois constituem 99% do tecido empresarial, são responsáveis por cerca de 2 milhões de postos de trabalho e apresentam uma facturação aproximada de 115 mil milhões de euros. Têm um peso muito relevante nos sectores do comércio e serviços, e detêm uma importância ímpar a nível regional. Nesta área particular de intervenção, a aicep Portugal Global está pois a orientar a sua actuação para as empresas, com especial foco nas PME com potencial de internacionalização, pretendendo, para tal, lançar um conjunto de novos serviços e um modelo de acompanhamento ajustados às necessidades e estágios de desenvolvimento. Acreditamos que esta actuação terá efectivamente um impacto positivo e dará a projecção desejada às empresas e a Portugal nos mercados internacionais. É, portanto, neste quadro que a aicep Portugal Global estará ao lado dos empresários, para, de forma dinâmica, colocar os seus serviços em Portugal e a sua rede externa ao dispor das empresas portuguesas: • assistindo-as nos seus negócios • informando-as sobre os mercados • divulgando as suas iniciativas e, • promovendo as suas marcas e produtos O mercado dos EUA O mercado dos EUA constitui um dos mais importantes mercados extra comunitários de bens e serviços portugueses. Com efeito, o mercado dos EUA é altamente relevante para Portugal, podendo alavancar na importante presença de uma comunidade portuguesa, activa e muito dinâmica. Com efeito, actualmente o mercado norte-americano, com cerca de 300 milhões de consumidores, representa a maior economia do mundo. Mesmo tendo em contra os mais recentes desenvolvimentos desta economia, nomeadamente no que se refere à crise do subprime e à subida de preço do petróleo, com elevados riscos/sinais de desaceleração da economia, ilustrada pela evolução recente de vários Dossier - Internacionalização e Inovação indicadores (quebra do mercado imobiliário, redução da confiança dos consumidores, aumento do défice comercial, aumento do desemprego) espera-se que a economia americana continue a realizar significativos investimentos no exterior e a aumentar, de forma significativa, o volume de importações. Esta expectativa é suportada pela reconhecida resiliência da economia americana, bem como a sua surpreendente capacidade de reacção às adversidades, aliada à enorme flexibilidade e mobilidade das empresas e seus trabalhadores. Destaca-se também que o número de empresas portuguesas com representação directa, nos EUA é já significativo, repartindo-se por sectores bastante diversos (energia, com destaque para as renováveis, tecnologias de informação, finanças, construção civil, materiais de construção, farmacêutico, vinhos, mobiliário, ourivesaria e cortiça, calçado, têxtil, turismo, entre outros). Também no que respeita à presença de empresas dos Estados Unidos no nosso país temos uma situação equilibrada, com nomes sonantes cobrindo áreas tão importantes com as tecnologias de informação, indústria automóvel, biotecnologias, etc. Mas a ambição da aicep Portugal Global é elevada relativamente ao estreitar das relações entre os Estados Unidos da América e Portugal pelo que, já no plano de actividades da Agência para 2008 estão previstas importantes acções promocionais, para além da intenção de avaliar o reforço/alargamento na rede externa da Agência naquele mercado, cobrindo áreas geográficas, sectoriais e tecnologias relevantes para as empresas portuguesas. Alguns dados sobre as relações económicas Estados Unidos da América e Portugal Fluxos Investimento Dos Estados Unidos da América em Portugal - Global 2006 2007 (Jan. – Nov.) Investimento 692.674 679.906 Desinvestimento 511.742 405.353 Saldo 180.932 274.553 Fonte: Banco de Portugal Unidades: Milhares de Euros Dos Estados Unidos da América em Portugal - Investimento Contratado Investimento Investimento acumulado 2003 53,1 53,1 2004 3,2 56,3 2005 30,2 86,5 2006 28,6 115,1 2007 43,6 158,7 Fonte: AICEP Unidades: Mil Milhões de Euros Dos Estados Unidos da América em Portugal – Investimento contratado por sector 2003 Automóvel 48,8 Metalomecânica 4,3 2004 1,8 2005 2006 0,7 4,7 13,9 Electrónica 14,1 Vidro 1,6 TOTAL Acumulado 15,6 35,6 20,3 34,4 54,2 23,9 Embalagem Químico 2007 25,5 7,8 7,8 43,6 158,7 1,4 53,1 3,2 1,4 30,2 28,6 Fonte: AICEP Unidades: Mil Milhões de Euros De Portugal nos Estados Unidos de América Investimento 2006 2007 (Jan. – Nov.) 117.599 361.021 Desinvestimento 92.718 49.442 Saldo 24.881 311.579 Fonte: Banco de Portugal Unidades: Milhares de Euros Fluxos Comerciais 2006 2007 Importação 780.797 946.968 Variação 21% Exportação 2.105.266 1.784.055 - 15% Saldo 1.324.469 837.087 Fonte: Instituto Nacional de Estatística Unidades: Milhares de Euros Tudo faremos nesse sentido. 25 Dossier - Internacionalização e Inovação Álvaro Coelho & Irmãos: Um caso exemplar na abordagem e utilização dos incentivos da UE A Álvaro Coelho & Irmãos, SA (ACI) alcançou em 10 anos de actividade uma posição de destaque no competitivo mercado mundial das rolhas de cortiça, fruto de uma estratégia e posicionamento adequados e de uma equipa de gestão de excepção que foi capaz de a pôr em prática de forma rápida, encurtando ciclos de investimento para os quais os sistemas de incentivos, nas suas diversas vertentes, foram um importante apoio. A ACI emprega 220 trabalhadores, detém activos avaliados em 35 milhões de euros e em 2007 atingiu um volume de negócios de 42 milhões de euros (55 milhões de euros, quando consolidado com o das suas participadas), dos quais 90% provêm de mercados externos. Contando já com uma forte presença na Europa e no continente americano, a empresa pretende continuar a alargar as suas operações a novos países produtores de vinho, entre os quais Austrália, Nova Zelândia, África do Sul e Brasil. 26 A Álvaro Coelho & Irmãos, SA foi constituída em 1996, na sequência da cessação do vínculo profissional que ligava os seus três fundadores ao maior grupo nacional da indústria corticeira, onde ocupavam lugares de gestão de topo. A sua experiência e o conhecimento acumulado durante anos motivou a concretização de um ambicioso, mas realista, projecto empresarial no subsector das rolhas de cortiça. se início à comercialização de rolhas no Chile, Argentina, Bulgária e Hungria. A partir da aquisição de uma unidade industrial de acabamento de rolhas em Mozelos, foi possível desenvolver o projecto traçado. O crescimento da empresa assentou desde logo em três princípios estratégicos: especialização em produtos de elevada qualidade, forte presença directa no mercado internacional e verticalização da actividade. Com base nesta estratégia, foi possível criar os alicerces industriais para a produção de rolhas “premium” e implementar o processo de internacionalização que alavancou o rápido crescimento do negócio. Em 1998 foram instaladas unidades de finishing e deu- Paralelamente, a empresa continuou a apostar em novos produtos e processos de fabrico. O estabelecimento de parcerias com centros tecnológicos permitiu diversificar a gama de produtos e adoptar novas tecnologias, algumas das quais pioneiras e até revolucionárias no contexto do sector. A prossecução de uma política de qualidade total facilitou o processo de consolidação da ACI nos seus mercados e conferiu-lhe uma reputação diferenciadora. No ano 2000 a ACI encetou um novo ciclo de internacionalização, tendo adquirido participações em França e Espanha. No mesmo ano constituiu a ACI Itália e a ACI Rioja, em Espanha. Hoje a empresa está presente nos mercados: Portugal, Espanha, França, Hungria, EUA, Chile, Argentina, Itália e Bulgária. Em 2002, como resultado da célere concretização dos dois primeiros pilares estratégicos, as expectativas dos funda- Luís Mesquita Managing Partner CopiRisco - Consultadoria e Gestão de Empresas, S.A. • Em 1996, com a aquisição da unidade fabril de acabamento, iniciou-se o primeiro ciclo de investimentos da ACI. O esforço ascendeu a cerca de 5 milhões de euros e incidiu sobretudo na área produtiva, nomeadamente no aumento da capacidade instalada, na ampliação e racionalização do layout da unidade de produção, no desenvolvimento de novos produtos e na qualidade. As metas estabelecidas foram amplamente ultrapassadas. Em dois anos e meio a ACI triplicou o volume de negócios quando, no plano de negócios inicial, se previa um crescimento na ordem dos 100% em igual período. O projecto de investimento foi co-financiado pelo PEDIP II (Programa Estratégico de Desenvolvimento da Indústria Portugal), com um incentivo a fundo perdido na ordem dos 1,5 milhões de euros. • Em 1998 foi encetado o processo de internacionalização, com a instalação de unidades de finishing e comercialização no Chile, Argentina, Bulgária e Hungria. Estes projectos de investimento foram apoiados no âmbito do PAIEP (Programa de Apoio à Internacionalização das Empresas Portuguesas) e alvo de benefícios fiscais concedidos ao investimento no estrangeiro. • Durante o triénio 1999-2002 foi realizado um investimento de 10 milhões de euros aplicados na diversificação da gama de produtos, desenvolvimento e implementação de novas tecnologias de fabricação de rolhas, certificação da qualidade e alargamento da base produtiva aos mercados italiano e espanhol por via do investimen- Dossier - Internacionalização e Inovação dores tinham sido amplamente superadas, sendo a ACI percepcionada no mercado mundial como um dos três players de referência nas rolhas de cortiça. Os incentivos da União Europeia (UE) de que usufruiu até então reveto directo ACI Rioja). Este investimento foi alvo de uma candidatura ao SIME (PRIME) (Sistema de Incentivos à Modernização Empresarial com a qual se obteve um incentivo total de 1,5 milhões de euros (parcialmente reembolsável e não reembolsável). Como resultado, foram desenvolvidos novos processos que resultaram numa maior incorporação de valor no produto final e no aproveitamento de matéria-prima menos nobre. • No final de 2002 foi realizado um investimento de 10 milhões de euros na instalação de uma nova unidade industrial para preparação e armazenamento da cortiça, produção de cortiça traçada, granulados, discos e rolhas naturais, aglomeradas e compostas. Este investimento foi apoiado pelos programas AGRO (Programa Operacional de Agricultura e Desenvolvimento Rural) com um financiamento total no valor de 1,5 milhões de euros, parte do qual a fundo perdido e outra parte reembolsável. laram-se um importante instrumento de alavancagem do processo de execução da estratégia. Sem eles, teria sido mais difícil alcançar estes resultados em tão curto espaço de tempo. Ainda em 2002, foi constituída a Álvaro Coelho & Irmãos II (ACI II) com o principal objectivo de dar corpo ao terceiro pilar estratégico. A integração vertical a montante permitiu racionalizar as actividades industriais da ACI. Através desta nova empresa, localizada em Ponte de Sor, alargaram-se as operações a todo o ciclo produtivo, integrando e racionalizando os processos de transformação da cortiça, desde a floresta até ao cliente final. O processo de integração vertical ficou concluído em 2005, passando a ACI a dominar toda cadeia de valor. A ameaça representada pela emergência de novos produtos substitutos, sobretudo no segmento das rolhas de média Portugal Espanha qualidade, constitui uma forte motivação para a ACI estender a sua presença a outros mercados internacionais. A manutenção da aposta em factores dinâmicos de competitividade como a I&DT, a Qualidade Total e o domínio dos canais de distribuição assume um papel decisivo na estratégia de crescimento da ACI. Ao longo destes 10 anos, a ACI realizou investimentos superiores a 50 milhões de euros, dos quais cerca de 4 milhões de euros constituíram financiamento comunitário. A canalização inteligente destas verbas para investimentos em factores críticos e distintivos, capazes de criar e sustentar vantagens competitivas, traduziu-se na geração de receitas na ordem dos 55 milhões de euros anuais. Na perspectiva dos sistemas de incentivos, podemos afirmar que cada unidade monetária colocada à disposição da empresa teve um efeito multiplicador próximo de 15. Estes excelentes resultados, para o que contribuiu a redução dos ciclos de investimento facilitada pelo financiamento das verbas de UE, só foram possíveis graças à visão, seriedade e profissionalismo dos gestores da empresa, bem como ao apoio obtido dos parceiros financeiros. Húngria França • Paralelamente, a ACI beneficiou de incentivos fiscais concedidos pelo Estado português para apoiar os processos de internacionalização que entretanto foram concretizados, durante o período 20002004. E.U.A. Chile Argentina Itália Bulgária 27 Dossier - Internacionalização e Inovação A Inovação na Saúde Definimos a inovação como área estratégica convictos que este é um factor decisivo da competitividade e do futuro das empresas no mundo actual. Luís Portela Presidente da BIAL Desde o início da sua história que o Homem procura novas formas de se adaptar ao mundo em que vive, de melhorar as suas condições de vida, de explorar novas técnicas e instrumentos que lhe permitam viver melhor. O conceito de inovar, podemos dizer que inato à natureza humana, explica a evolução e todos os progressos que têm caracterizado a história do homem. A Saúde é talvez a área em que ao longo dos tempos mais se procurou inovar. Povos dos diversos locais do globo, diferentes civilizações e múltiplas instituições, ao longo dos séculos, inovaram com o objectivo de encontrar soluções para combater as doenças que atingem o Homem, marcando novas etapas e progressos do conhecimento humano no campo da Saúde. Hoje a necessidade de inovar continua a ser premente. Continuamos, tal como os nossos antepassados, à procura de técnicas, instrumentos, conhecimentos, medicamentos que nos permitam viver melhor, viver mais tempo e com maior qualidade de vida. A investigação de novas soluções terapêuticas, a inovação na área da saúde é por isso uma exigência e um factor decisivo da competitividade e de sucesso das empresas neste mundo global. A indústria farmacêutica tem dado um importante contributo na resposta a esta necessidade, sendo uma das áreas de actividade com maior investimento em inovação. Em média, a indústria farmacêutica investe em I&D 15 a 20% do seu volume de negócios. A investigação de novos medicamentos está hoje direccionada para o desenvolvimento de fármacos cada vez mais eficazes, seguros e selectivos, o que tem consequências ao nível da complexidade e durabilidade dos processos de I&D. Numa primeira etapa, designada de investigação laboratorial - que demora cerca de 3 a 4 anos -, são seleccionadas as moléculas com interesse terapêutico. Segue-se o seu desenvolvimento, o que pode demorar cerca de 5 a 6 anos, decorrendo os ensaios clínicos realizados inicialmente em animais, depois em seres humanos saudáveis e posteriormente em doentes. Os ensaios clínicos são realizados ao longo de vários anos, em diversas regiões do globo, envolvendo milhares de doentes e diversas instituições, e permitem avaliar a eficácia e a segurança do medicamento, englobando estudos de âmbito toxicológico, farmacológico e clínico. Sucedem-se também estudos de formulação que vão permitir incorporar a substância com actividade 28 terapêutica numa forma farmacêutica que constituirá o medicamento. Paralelamente, desenrola-se todo o trabalho regulamentar para a obtenção de uma Autorização de Introdução no Mercado junto das entidades competentes, a FDA (Food and Drug Administration) nos Estados Unidos e a EMEA (European Medicines Agency) na Europa. Estima-se que o custo associado à Investigação e Desenvolvimento de um novo fármaco ronde, em média, 800 milhões de dólares. Este forte investimento pode não ter qualquer retorno, já que ao longo do processo de investigação são muitos os compostos que ficam pelo caminho, ou porque não se verifica a sua eficácia, ou porque são tóxicos para o organismo, ou porque não são comprovadas as suas vantagens face a outros produtos existentes. São também vários os fármacos que culminando todo o processo de I&D, e apesar de chegarem ao mercado, não conseguem obter um retorno compensatório face ao investimento realizado. A inovação na indústria farmacêutica é pois caracterizada pelos elevados custos que exige, pela morosidade e pelos riscos que comporta. Conscientes desta realidade e das dificuldades que iríamos encontrar, em 1992 num pequeno laboratório com apenas três pessoas, demos início ao nosso projecto de I&D de novas soluções terapêuticas. Definimos a inovação como área estratégica convictos que este é um factor decisivo da competitividade e do futuro das empresas no mundo actual. Convictos também que, particularmente na área da Saúde, a inovação é incontornável. Actualmente Bial detém dois centros de I&D, um na Trofa e outro em Bilbau, onde trabalham 92 pessoas de sete nacionalidades, das quais 21 são doutoradas. Centramos a nossa actividade em três áreas - sistema nervoso central, sistema cardiovascular e alergologia - concentrando em Bial os passos cruciais da investigação, e estabelecendo parcerias com instituições universitárias, centros de investigação e com outras companhias com as quais colaboramos na realização das restantes fases do processo de desenvolvimento. Temos vindo a investir anualmente cerca de 20% da nossa facturação em I&D o que representou em 2007 trinta milhões de euros. O esforço de financiamento é enorme, sendo, essencialmente, um esforço de auto-financiamento. Bial é actualmente a empresa portuguesa na área farmacêutica que mais investe em Investigação e Desenvolvimento. Nos últimos anos patenteámos vários novos medicamentos a nível mundial, entre os quais um antiepiléptico, já registado na Organização Mundial de Saúde como acetato de eslicarbazepina. O processo de investigação deste antiepiléptico seguiu os passos tradicionais no processo de inovação de um medicamento, resumidamente descritos anteriormente. A investigação laboratorial, selecção e síntese desta entidade química decorreu em 1994, tendo a patente sido registada em 1996. Seguiram-se os testes pré-clínicos, ensaios de toxicologia e, entre 2000 e 2007, decorreram os ensaios clínicos de fase I, II e III. O antiepiléptico de Bial foi testado em 22 países (África do Sul, Alemanha, Austrália, Bélgica, Brasil, Dinamarca, Espanha, França, Reino Unido, Rússia, Suécia, Suiça, entre outros), envolvendo mais de mil doentes. O acetato de eslicarbazepina demonstrou ser eficaz e seguro em ensaios clínicos em doentes adultos com epilepsia. Os testes realizados comprovaram a existência de benefícios para os doentes em termos de baixo potencial de interacções farmacológicas, o que é uma vantagem em relação a outros fármacos correntemente utilizados na terapêutica da epilepsia. A administração em toma única diária é também uma vantagem clínica importante para doentes com epilepsia já que a maioria dos antiepilépticos existentes é administrada em várias doses ao dia. Neste momento entramos numa nova etapa, o registo do acetato de eslicarbazepina junto das autoridades regulamentares. Estabelecemos também recentemente, no fim de 2007, um acordo de licenciamento com uma empresa norte-americana, Sepracor, para desenvolvimento e comercialização deste antiepiléptico nos mercados dos EUA e do Canadá. Esta parceria com a Sepracor representa o primeiro contrato de licenciamento de medicamentos de investigação de Bial que está actualmente a licenciar tecnologia para empresas de diversos países. Esperamos que em 2009 o antiepiléptico de Bial possa chegar ao mercado mundial, constituindo o primeiro medicamento de raiz e patente portuguesa. Este, e os outros projectos que temos em curso, representam o compromisso de Bial com a inovação, o contributo de Bial para a criação de valor, para a evolução terapêutica, para a melhoria da qualidade de vida do Homem. Esta é a nossa forma de estarmos ao serviço da Saúde. Dossier - Internacionalização e Inovação A SISCOG e a Inovação Actualmente a SISCOG é considerada uma das principais empresas a nível mundial a oferecer soluções no domínio do planeamento e gestão de recursos em empresas ferroviárias e em metropolitanos. João Pavão Martins Administrador da SISCOG No início dos anos 80 começam a surgir nos Estados Unidos as primeiras aplicações comerciais da Inteligência Artificial, um ramo da Informática que até então era um domínio exclusivo dos centros de investigação. Nessa altura, dois bolseiros da Fulbright, Ernesto Morgado e João Pavão Martins, trabalhavam na sua tese de Doutoramento na Universidade Estadual de Nova Iorque, dentro do domínio da Inteligência Artificial. Entusiasmados com estes sucessos, surgiu-lhes a ideia de criar uma empresa dedicada ao desenvolvimento de aplicações nesta área do saber quando regressassem a Portugal. Em 1986 nasce a SISCOG (Sistemas Cognitivos), a primeira empresa nacional dedicada ao desenvolvimento de sistemas baseados em conhecimento. Nos nossos dias, em que tanto se fala na sociedade do conhecimento, esta ideia é considerada como natural, mas há 22 anos era completamente inovadora. O panorama da industria nacional era extremamente pobre. O desenvolvimento de software estava praticamente circunscrito aos grandes fabricantes de equipamento informático e a utilização da informática nas organizações estava apenas vulgarizada em grandes instituições. Quando os fundadores da SISCOG apresentavam aos empresários e aos dirigentes nacionais a ideia que a nova revolução do conhecimento era inevitável, eram olhados como uma espécie de extra-terrestres falando em ficção científica. Com a fundação da SISCOG foram tomadas três decisões, que em 1986 eram também inovadoras. A SISCOG deveria ser uma empresa a oferecer um produto e não ser uma mera prestadora de serviços informáticos. Para ter sucesso, a SISCOG deveria actuar à escala internacional. Finalmente, a SISCOG deveria actuar num nicho de mercado, evitando a competição com empresas generalistas que trabalhavam para as grandes massas. O nicho de mercado foi definido cerca de um ano mais tarde como sendo o planeamento e a gestão de recursos em empresas de transportes. As razões para a escolha deste nicho de mercado prenderam-se com o facto de este nicho corresponder a uma área chave para as empresas de transportes, por abordar um problema muito difícil para o qual a tecnologia de In- teligência Artificial apresentava soluções e por não parecer existir grande oferta por parte do mercado. Os fundadores da SISCOG convencem algumas pessoas chave da administração da CP a avançar com um protótipo e as cartas estavam lançadas! Actualmente a SISCOG é considerada uma das principais empresas a nível mundial a oferecer soluções no domínio do planeamento e gestão de recursos em empresas ferroviárias e em metropolitanos. Os clientes da SISCOG localizam-se, ainda, apenas na Europa. Os sistemas desenvolvidos pela SISCOG planeiam directamente o trabalho diário de mais de 20,000 maquinistas e revisores. É com orgulho que podemos afirmar qualquer passageiro de um comboio da Holanda, da Dinamarca, da Noruega e da Finlândia viaja com todo o pessoal de bordo planeado com sistemas desenvolvidos pela SISCOG. O mesmo acontece com os mil milhões de passageiros que se espera que viagem durante o ano de 2008 no metropolitano de Londres, o trabalho de todos os seus maquinistas foi planeado com os produtos “made in Portugal”. A SISCOG compete principalmente com 5 empresas no mundo, duas localizadas nos Estados Unidos e outras localizadas na Suécia, na Alemanha e no Canadá. A inovação científica introduzida pela SISCOG foi premiada duas vezes pela Associação Americana de Inteligência Artificial através da “Innovative Application Award”, em 1997 e em 2003. Em 2006 a “Computer World Honors” reconhece a importância das contribuições da SISCOG no domínio dos transportes a nível mundial. Nos últimos 7 anos o crescimento médio da facturação da empresa situa-se nos 25% por ano e o número de empregados aumentou uma média de 18% por ano. Desde 2005, toda a facturação da SISCOG provém exclusivamente de exportações. O mercado está cada vez mais apto para os tipos de soluções produzidas pela SISCOG. A procura para sistemas do tipo oferecido pela SISCOG tem vindo a aumentar devido à competição aberta entre os operadores ferroviários e às preocupações ambientais que forçam à expansão de sistemas de transportes em massa. Por outro lado, o conhecimento específico exigido pelo desenvolvimento de sis- temas de planeamento e gestão nestes domínios torna pouco provável que novas empresas de porte apareçam no mercado nos próximos anos. O desenvolvimento de uma família de produtos para planear e gerir o trabalho de pessoal terminou em 2007. O seu desenvolvimento durou cerca de 20 anos. Sempre financiado pelos lucros gerados pela empresa. Em 2006, a SISCOG iniciou um projecto para o desenvolvimento de produtos análogos para lidar com o material circulante. O tempo de desenvolvimento deste projecto, parcialmente apoiado pelo programa SIME, será significativamente mais curto. O desenvolvimento desta nova família de produtos foi parcialmente motivado pela grande procura que se começa a delinear para sistemas integrados que abordem a frota e o pessoal. A palavra de ordem para os próximos 2 a 5 anos é a de expansão, expansão na gama de produtos, expansão no número de clientes e expansão no modo como a SISCOG desenvolve sistemas a nível internacional. Entre os objectivos a curto prazo conta-se a exportação de software para os Estados Unidos. Foram 22 anos muito interessantes mas também muito difíceis. A inovação liderou o nosso rumo associada a um trabalho muito árduo. Fomos inovadores na introdução da tecnologia, na abordagem ao mercado e na abordagem ao desenvolvimento da empresa. A inovação tecnológica não se prende apenas com a tecnologia inicialmente introduzida, mas também com a abertura e flexibilidade com que adoptámos outros tipos de tecnologia, fora da nossa área inicial de actuação, colocando o sucesso do negócio e a satisfação do cliente acima dos aspectos tecnológicos. Fomos inovadores na introdução de métodos de trabalho e na organização empresarial. Fomos arrojados e inovadores, em períodos de grande adversidade, quando tudo corria mal, nos agarrámos ao leme, mantendo o rumo traçado, contra tudo e contra todos. Continuamos inovadores, tendo plena consciência que este aspecto é essencial para o nosso sucesso. Estamos extremamente confiantes no futuro e acreditamos que os próximos 22 anos serão ainda mais interessantes e promissores do que os primeiros. 29 Sobre a CCAP Galeria de Fotos A CCAP organizou em conjunto com o American Club, um almoço/conferência que decorreu no dia 8 de Outubro no Hotel Real Palácio tendo como convidado de honra Mr. Steven Preston, Head of the Small Business Administration. A intervenção, intitulada “American Small Businesses Leadership in Global Growth” permitiu conhecer um pouco melhor a realidade americana nesta área. 1 2 1 2 3 4 Almoço/Debate com orador convidado Mr. Steven C. Preston, Head of the Small Business Administration (fotos de J. Marques) 1.Da esquerda para a direita: Charles Buchannan e Steven C. Preston. 2 Da esquerda para a direita: John Scott Johnson, Paula Gramaça e Steven C. Preston. No dia 15 de Outubro, decorreu no Hotel Meridien em Lisboa o primeiro almoço/debate subordinado ao tema “Análise da Economia Portuguesa e Perspectivas para 2008”. As intervenções dos convidados da Câmara, Prof. Augusto Mateus e Dr. Filipe de Botton permitiram uma dupla abordagem ao tema proposto, constituindo excelentes pontos de partida para o debate que se seguiu. Almoço/Debate com oradores convidados Prof. Augusto Mateus e Dr. Filipe de Botton (fotos de J. Marques) 1.Dr. Filipe de Botton, Secretário de Estado da Indústria e Inovação, Dr. António Castro Guerra e José Joaquim Oliveira. 2 Da esquerda para a direita: Dr. João Castanheira Martins, Eng.º José Reis Costa, Dr. Manuel Boto, Eng.º Fernando Mendes. 3.Da esquerda para a direita: Prof. Augusto Mateus, José Joaquim Oliveira e Dr. Filipe de Botton. 4.Da esquerda para a direita: Dr. Rui Basílio, Dr.ª Paula Gramaça, Dr.ª Cláudia Pereira, Dr.ª M.ª Lourdes Lopes Dias e Eng.º Fernando Feliciano. Em comemoração dos 200 anos sobre a abolição do comércio de escravos nos EUA, o Le Amistad, símbolo do movimento da abolição da escravatura e de defesa dos Direitos Humanos, organizou a Atlantic Freedom Tour que tendo saído dos EUA, mais precisamente de New Haven, no dia 21 de Junho atracou em Londres, Bristol, Liverpool, Lisboa, Madeira, Dakar e Freetown. Durante a sua estadia em Lisboa, tivemos oportunidade de oferecer aos nossos sócios um passeio pelo Tejo neste barco cheio de história, seguido de uma recepção no cais de desembarque oferecida pela Embaixada Americana, tendo o Senhor Embaixador Alfred Hoffman proferido algumas palavras. 1 Passeio de barco no Le Amistad (fotos de J. Marques) 1.Da esquerda para a direita: Capitão do Le Amistad, Embaixador Alfred Hoffman e Charles Buchannan. 1 2 No dia 15 de Novembro a Câmara participou com stand próprio na feira Exportar Melhor 2007 organizada pela AIP, cujo objectivo foi o de disponibilizar às empresas portuguesas um vasto conjunto de produtos e serviços de apoio à exportação e à internacionalização das mesmas. Stand da CCAP na Feira “Exportar Melhor 2007” Inauguração da feira pelo Dr. Basílio Horta e Dr. Rocha Matos. 30 Sobre a CCAP Decorreu no dia 6 de Dezembro no Hotel Meridien em Lisboa o segundo almoço/debate subordinado ao tema “Análise da Economia Portuguesa e Perspectivas para 2008”. As intervenções dos convidados da Câmara, Prof. Miguel Beleza e Dr. Luís Portela foram, à semelhança do que já tinha acontecido no almoço anterior subordinado ao mesmo tema, excelentes pontos de partida para um debate sobre a nossa economia. Almoço/Debate com oradores convidados Prof. Miguel Beleza e Dr. Luís Portela (fotos de J. Marques) 1.Da esquerda para a direita: Prof. Miguel Beleza, José Joaquim Oliveira e Dr. Luís Portela. 2.Da esquerda para a direita: Dr. Luís Portela, Dr.ª Raquel Sousa Leite, Dr.ª Nídia Costa e Dr. Pedro Penalva. 3.Da esquerda para a direita: Eng.º Fernando Mendes, Dr. Rui Teixeira da Motta e Dr. José Araújo. 4. Da esquerda para a direita: Dr. José Athaíde Furtado e Prof. Miguel Beleza. 1 2 3 4 Tendo sido divulgados os regulamentos sobre os principais sistemas de incentivos ao abrigo do QREN (Quadro de Referência Estratégica Nacional), a Câmara organizou no dia 17 de Outubro um workshop onde se prestaram informações e esclarecimentos sobre o plano operacional temático - Factores de Competitividade. Breakfast about the QREN 1.Da esquerda para a direita: Dr. Luís Mesquita, da CopiRisco; Graça Didier, da CCAP; Dr.ª Piedade Valente, da Com. Executiva PO – factores de Competitividade; Dr. Paulo Lemos, da Anje e Dr.ª Marta Miraldes da SBI Consulting. 2.Apresentação proferida pela Dr.ª Piedade Valente, Vogal da Comissão Directiva do Programa Operacional Factores de Competitividade. 1 À semelhança dos anos anteriores, a Câmara cooperou com o grupo The Economist a propósito da iniciativa The Third Business Roundtable with the Government of Portugal, que decorreu nos dias 21 e 22 de Janeiro. Os sócios da Câmara tiveram oportunidade de, em condições privilegiadas, participar neste evento de elevado nível. 1 2 1 2 The Third Business Roundtable with the Government of Portugal. O primeiro Almoço-Debate de 2008 organizado pela Câmara foi subordinado ao tema “Protecção Social, a Demografia e a Produtividade” que decorreu no dia 30 de Dezembro no Hotel Pestana Palace. O nível das intervenções e o interesse do tema proposto, foi manifestamente reconhecido, tendo sido seguido de um debate bastante participativo. 1 2 Almoço/Debate com Dr. Bagão Félix e Eng.º Fernando Mendes como oradores convidados (fotos de J. Marques) 1.Dr. Bagão Félix e Dr. Pedro Rebelo de Sousa. 2.Dr. Rui Teixeira Motta e Eng.º Fernando Mendes. 3.Dr. Bagão Félix e Eng.º Luís Todo Bom. 4.Da esquerda para a direita: Dr. Bagão Félix, Dr. Manuel Boto e Eng.º Fernando Mendes. 3 4 31 Sobre a CCAP Novos Sócios CopiRisco Condomínio Alcântara-Rio Rua da Cozinha Económica, Bloco A 2.º Dto. 1300-149 Lisboa Tel.: +351 21 361 61 20 / Fax: +351 21 361 61 29 Email: [email protected] Website: www.copirisco.pt Fundada em 1991, a CopiRisco presta serviços de consultoria de negócio e outsourcing nos mercados português, angolano e da República Checa. A sua oferta integra serviços de contabilidade, reporting e assessoria fiscal; sistemas de controlo de gestão; consultoria económico-financeira e de gestão; sistemas de melhoria de performance, incluindo a metodologia Lean Six Sigma; e apoio nos processos de acesso a fundos comunitários e outras fontes de financiamento. A sua carteira de clientes conta já com mais de 100 empresas, entre PMEs e multinacionais de grande dimensão, a operar em praticamente todos os sectores de actividade – indústria de vários sectores, serviços financeiros, comércio, distribuição, construção civil, metalomecânica, turismo, telecomunicações, tecnologias de informação e comunicação, energia e combustíveis, administração pública e outros serviços. Orientada para a satisfação dos seus clientes através da concepção e implementação de sistemas e processos geradores de vantagens competitivas e valor para as organizações, a CopiRisco conta com a colaboração de parceiros estratégicos, entre eles a Accenture e o George Group, os quais garantem a integração de diferentes competências sem prejuízo da eficiência da sua prestação. Fricar – Comércio e Indústria de Peixe, Lda. Tel.: 00351 239 981 247 / Fax: 00351 239 981 342 Sócios Gerentes: Carlos Leitão e Conceição Mano Área de Negócio: Transformação Bacalhau/Salgado Seco, Demolhado Ultracongelado, Derivados e Outros Peixes. Webpage:www.fricar.pt Com mais de 20 anos de experiência no sector do pescado, com grande expressão no processamento de bacalhau e derivados. A nova unidade de fabril veio dar novo dinamismo à empresa, com a produção e lançamento de novos produtos, nomeadamente Bacalhau Demolhado Ultracongelado, Raia Salgada Seca e outros afins. A FRICAR detentora de três marcas, Bacalhau REAL, Bacalhau NÓRDICO e Bacalhau FRICAR podem ser encontradas no mercado Português, bem como noutros mercados Internacionais, que contudo pretende intensificar nomeadamente em países com fortes comunidades Portuguesas. FRICAR conceito de qualidade. IRG International Realty Group Buganvilia Plaza 42/45, Apartado 2116, Quinta do Lago 8135-024 Almancil, Portugal Tel.: + 351 289 397 653 / Fax: + 351 289 397 683 E-mail: [email protected] Website: www.irgportugal.com Director: Mr. Maurice Elst – [email protected] Director: Mr. Ole Jespersen – [email protected] IRG International Realty Group provides international brokerage and development services. We provide unparalleled services to property owners, buyers, developers and investors. IRG International Realty Group is the exclusive affiliate of Christie’s Great Estates in Portugal, a subsidiary of Christie’s, the world’s oldest fine arts auctioneer. IRG furthermore is a founding member of EREN – The European Real Estate Network, a member of Leading Real Estate Companies of the World, a member of Luxury Portfolio, a member of Who’s Who in Luxury Real Estate and a member of 32 FIABCI. IRG has been responsible for the marketing and sale of some of Portugal’s finest properties and landmark developments including The Lake apartments by Grupo Amorim, The Hilton Vilamoura As Cascatas Golf Resort & Spa by Grupo Imocom, Troiaresort by Grupo Sonae, Quintas de Óbidos and Vale Santo António totalling a portfolio of over Euro 500 million of prime development properties. SOCOSMET LDA – ESTÉE LAUDER COMPANIES Rua Carlos Alberto Mota Pinto, n.º 17 – 3.º A 1099-094 Lisboa Tel.: 213585915 / Fax: 213537324 Email: [email protected] Website: www.elcompanies.com Contacto: Sofia Magalhaes Pereira – GM The Estée Lauder Companies is one of the world’s leading manufacturers and marketers of quality skin care, makeup, fragrance and hair care products. The Company’s products are sold in over 135 countries and territories under well-recognized brand names, including Estée Lauder, Aramis, Clinique, Lab Series Skincare for Men, Origins, Tommy Hilfiger, M.A.C, Kiton, Bobbi Brown, Aveda, Jo Malone, Bumble and bumble, Michael Kors, Darphin, Sean John Fragrances, Missoni, Tom Ford. SOFTLIMITS Av. Eng.º Duarte Pacheco, Amoreiras – Torre 2, 15.º B 1070-102 Lisboa Tel.: + 351 211 125 400 / Fax: + 351 211 125 401 E-mail: [email protected] Website: www.softlimits.com Contacto: Carmen Gomes Ferreira (Sec. da Administração) A SOFTLIMITS foi criada em Junho de 2006, e, apesar da sua juventude, possui já uma larga experiência de actividade no mercado nacional e internacional, e um conjunto de clientes de referência nos diversos sectores de actividade económica. A SOFTLIMITS é responsável pela gestão, desenvolvimento e comercialização de um portfolio de produtos e tecnologias próprias, onde se destacam os produtos de Atendimento Integrado, Gestão Documental e Workflow de Processos e Mercados Electrónicos. O fornecimento destes produtos é complementado por um conjunto de serviços de desenvolvimento, implementação e suporte adaptados à necessidade de cada projecto. Novidades sobre os Nossos Sócios AIG Europe no Coração de Lisboa A AIG Europe S.A., um dos líderes mundiais em seguros e organizações de serviços financeiros, acaba de anunciar a sua recente mudança de instalações. A nova sede da empresa situada na Avenida da Liberdade nº 131, 3º é acompanhada com o crescimento da equipa nacional para 23 colaboradores. Para Pedro Penalva, Director Geral da AIG Europe para o mercado nacional, esta mudança é encarada “como uma necessidade inevitável na sustentação da nossa estratégia de consolidação no mercado nacional.” Decorada com linhas modernas e simplistas, sinónimo do posicionamento inovador que a empresa deseja ter no mercado nacional, a sede da empresa pretende oferecer bem-estar não só aos colaboradores mas a todos os que a visitem. A AIG Europe S.A. deu início à sua actividade em Portugal há mais de 20 anos, com o objectivo inicial de apoiar localmente as Empresas Multinacionais sediadas em Portugal, bem como Sobre a CCAP desenvolver uma relação com as empresas locais disponibilizando produtos e soluções em linha com as melhores práticas internacionais possibilitando assim às organizações Portuguesas concorrer em igualdade com os seus concorrentes internacionais. A AIG Europe S.A. oferece protecção financeira às empresas em todas as vertentes da sua actividade, especializando-se em Seguros de Responsabilidade Civil, Seguros de Acidentes Pessoais, Seguros de Danos Patrimonais e Responsabilidade Civil de Directores e Administradores, entre outros. Sobre a AIG Europe: A AIG Europe é uma companhia membro da AIG, um dos líderes mundiais em seguros e organizações de serviços financeiros. A nossa força financeira e niveis de segurança, igualadas por poucas organizações de seguros, reflectem a nossa capacidade no cumprimento, junto dos nossos segurados, de compromissos financeiros presentes e futuros. Novidades BES O Grupo Banco Espírito Santo (Grupo BES) concluiu com sucesso, em 20 de Dezembro de 2007, a sua primeira operação de Securitização de uma carteira de créditos de Project Finance, denominada Lusitano Project Finance 1. a primeira do género na Europa. O montante da operação ascendeu a 1.100 milhões de Euros e foi organizada em conjunto pelo ABN AMRO e pelo Espírito Santo Investment. O BES foi nomeado pela 2.ª vez consecutiva “Best Trade Finance Bank” em Portugal - o Banco Espírito Santo foi distinguido, pela segunda vez consecutiva, como o melhor banco na área de Trade Finance em Portugal pela prestigiada revista internacional “Global Finance”. Este prémio distingue os melhores Bancos a actuar na área de Trade Finance em 67 países e 4 regiões e será publicado na edição de Fevereiro de 2008 da Global Finance. De entre os critérios utilizados para a escolha dos melhores Bancos, destacam-se o volume das operações, a presença e cobertura internacional, a estrutura comercial e plataformas tecnológicas, bem como a política de pricing da instituição. O BES foi recentemente considerado o melhor banco do ano em Portugal pela revista “The Banker”, por apresentar a performance mais consistente em termos estratégicos e maior qualidade dos objectivos alcançados. CB RICHARD ELLIS PORTUGAL encerra ano com uma facturação de €9,6 milhões Em 2007, o Grupo de empresas da CB Richard Ellis em Portugal alcançou um volume recorde de facturação de cerca de 9,6 milhões de euros, entrando em 2008 com 94 colaboradores, tendo efectuado uma contratação de mais de 20 novos elementos ao longo do último ano. Para Pedro Seabra, Presidente do Grupo CB Richard Ellis em Portugal, “Estamos muito satisfeitos com a nossa performance no ano de 2007, marcada por um significativo crescimento orgânico, que nos permitiu manter a posição de liderança que ocupamos nas nossas areas de serviço tradicionais. Consolidámos a entrada em novos mercados geográficos, como é o caso do Porto, e de serviços, como é o caso da consultoria em Turismo, através da Neoturis.” Cisco apresenta nova sede Todos os caminhos vão dar ao escritório do Lagoas Park O Lagoas Park foi o local escolhido pela Cisco para ser o seu novo centro de negócios. Com uma localização privilegiada, os novos escritórios da Cisco permitem um acesso fácil do centro de Lisboa, de apenas 15 minutos. Nas novas infra-estruturas a Cisco vai estar situada no edifício número 12. A nova sede faz parte da estratégia de expansão da Cisco para Portugal. Com os novos projectos tais como o Hércules, a abertura da Cisco Capital e o crescimento da operação portuguesa, esta mudança tornou-se necessária. CopiRisco alia-se ao gigante mundial de serviços jurídicos e contabilísticos MSI para suportar processos de internacionalização CopiRisco assume representação nacional da MSI Legal & Accounting Network Worldwide para a área de contabilidade A CopiRisco, conceituada consultora de negócios portuguesa, integra, a partir do passado mês de Novembro, uma das principais redes internacionais de consultoria jurídica e contabilística – a MSI Legal & Accounting Network Worldwide. No contexto actual de expansão das relações económicas externas, a selecção da CopiRisco para fazer parte da MSI constitui uma boa notícia para as empresas portuguesas que pretendam internacionalizar-se. A partir de agora os clientes da consultora nacional passam a contar com a experiência e o know-how de 6.000 profissionais distribuídos por mais de 300 escritórios, em 100 países. Assim a CopiRisco vê o seu leque de competências alargado em termos geográficos sem no entanto perder independência e as vantagens de um serviço mais personalizado habitualmente associadas a uma empresa de média dimensão, afastando a possibilidade de fusões com players multinacionais. IBM volta a liderar o registo de patentes e anuncia projecto de partilha de patentes “verdes”: o Eco-Patent Commons Numa acção inédita, a comunidade empresarial uniu-se com o objectivo de ajudar o meio ambiente, disponibilizando um vasto número de patentes inovadoras e ambientalmente responsáveis para o domínio público. A iniciativa irá encorajar investigadores e empresas de todas dimensões e sectores a criar, aplicar e, mais tarde, a desenvolver os seus produtos de consumo e industriais, processos e serviços, por forma a preservar e proteger o ambiente. O World Business Council for Sustainable Development e a IBM iniciam este projecto em parceria com outras empresas como a Nokia e a Sony. O portfólio de patentes cedidas, designado de “Eco-Patent Commons”, estará disponível num website específico e público, gerido pelo WBCSD (http://www.wbcsd.org/web/epc). De referir que o investimento em inovação para as gerações futuras é uma das prioridades da Companhia que, por ano, direcciona 6 biliões de dólares para Investigação & Desenvolvimento. Em resultado, a IBM foi, pelo 15º ano consecutivo, nomeada pela IFI Claims como a líder de patentes norte-americanas, tendo registado 3125 patentes em 2007. A INCENTIVENT está a expandir-se No passado dia 2 de Janeiro a Incentivent – Incentivos e Eventos Lda, abriu os seus novos escritórios na cidade do Porto sendo André Torre o responsável do mesmo. Rua Santos Pousada, 441, Sala 05, 4000-486 Porto Tel.: + 351 22 519 17 30 / Fax: + 351 22 519 17 01 [email protected] / Tm: (+ 351) 915 193 601 No escritório em Lisboa, também se verificaram algumas alterações tendo mudado para Miraflores/Algés onde se encontra desde Outubro de 2007 na morada abaixo mencionada. O Staff mantém-se com Cristina Halder como Directora e Cristina Moreira como Gestora de Eventos. Torre das MilFlores Alameda António Sérgio, 14 A, Miraflores, 1495 - 132 Algés Tel.: + 351 21 414 67 20 / Fax: + 351 21 414 67 29 [email protected] / Tm: (+ 351) 919 252 315 [email protected] / Tm: (+ 351) 917 697 566 A Incentivent é uma empresa que presta serviços de apoio organizacional e concepção de eventos e incentivos. Disponibilizam um extenso pacote de serviços, de modo a ir ao encontro das necessidades profissionais e sociais de cada cliente. 33 Sobre a CCAP Gestão de Tesouraria e Risco Aumente as receitas e minimize riscos Depois do êxito registado na 1ª Conferência de 2007, o Millennium bcp é, de novo, o Patrocinador Oficial da 2ª Conferência Anual que se realiza em Portugal, no dia 13 de Março, subjacente ao tema “Gestão de Tesouraria e Risco para Empresas”, organizada pela EuroFinance, líder mundial na organização de eventos nesta área. Contando com a presença de algumas das mais importantes empresas portuguesas, que irão partilhar com os participantes as soluções que implementaram para transformar as suas tesourarias em centros de criação de valor, serão apresentados exemplos de centralização de tesouraria, detalhe de processos de cash-pooling e de previsão de cash-flows, estratégias de gestão de risco, alternativas de financiamento, impactos das pensões de reforma na tesouraria das empresas, com base no enquadramento e perspectiva do cenário macro-económico para 2008. Será feita, de igual forma, uma abordagem sobre a Gestão de Tesouraria na era SEPA, procurando identificar e esclarecer os verdadeiros impactos que esta realidade trará às empresas e a forma como deverão prepararse, aproveitando as potenciais vantagens. As empresas que pretendam assistir a esta Conferência poderão efectuar a inscrição através do sítio www.eurofinance.com. O Millennium bcp assegura aos seus Clientes Empresas, até 8 de Fevereiro, um desconto de 25% sobre o preço base de inscrição, bastando, para tal, entrar em contacto com o seu Gestor de Cliente no Millennium bcp. RECER apresenta nova gama de proposta cerâmicas Aos critérios da funcionalidade e design da peça cerâmica, convertida hoje em necessidade, juntamos a mais avançada tecnologia produtiva, permitindo-nos em cada momento a abordagem aos produtos naturais com prestações cada vez mais reconhecidas. Estes são valores que marcam a senda da inovação na criação de novas propostas cerâmicas, especialmente pensadas para a motivação de ideias, quando se procuram novas atmosferas e sensações. Em 2007, a Recer celebrou 30 anos na vanguarda da tecnologia e design, cimentando a confiança do mercado nos seus produtos, contribuindo para a criação de novos conceitos de habitar. Ceramic for the Senses, assinala o lançamento de uma nova gama de propostas cerâmicas com a assinatura da RECER. Destacamos a série: ARTS O papel de parede retoma hoje o protagonismo na decoração de espaços, sempre que se pretende expressar individualidade ou mesmo um certo “status”. A Recer reforça esta corrente lançando em porcelânico, nos formatos 30x30, 30x60, 60x60 e 60x120, um conjunto de propostas que apelida de ARTS. Às cores (bege, castanho, antracite, verde e laranja) associa-se CRAFT, conjunto de peças decoradas ÇOS E TECNOLOGIA DE SEGURANÇA, S.A. é a primeira empresa de prestação de serviços de segurança privada a instalar-se no país e, desde logo, assume a liderança do mercado. Actualmente, detém 23% da quota de mercado, no sector da vigilância humana, com um volume de negócios, em 2006, de 102 milhões de euros, conta com 6300 colaboradores e possui nove filiais, incluindo Madeira e Açores. A dinâmica do Grupo tem conduzido a uma grande expansão a nível internacional com presença assegurada nos principais países europeus e do continente americano, entre os quais: Alemanha, Argentina, Áustria, Bélgica, Canadá, Colômbia, Dinamarca, Espanha, Estónia, E.U.A., Finlândia, França, Holanda, Hungria, Inglaterra, Irlanda, México, Noruega, Polónia, Portugal, República Checa, Roménia, Suécia, Suíça, Turquia e Uruguai. A Psicoforma, empresa de formação do Grupo Select Vedior tem vindo a demonstrar resultados no seio das empresas, mediante o desenvolvimento de projectos de formação em diferentes áreas. Sendo a criatividade e a inovação uma prática nos projectos, e no seguimento dos Programas 7 Ventos (Outdoor náutico), a Psicoforma para 2008 vai lançar quatro programas diferenciadores: workshop gastronómico, prova de vinhas, técnicas de relaxamento e provas de outdoor; todos eles promovem o desenvolvimento de competências e o empowerment das Equipas. IBM Apresenta Jogo de Vídeo para Ajudar Estudantes a Desenvolverem Competências Empresariais A IBM disponibiliza, já desde Novembro, um novo jogo de vídeo, criado para ajudar os estudantes universitários e jovens profissionais a desenvolverem competências relacionadas com o mundo dos negócios e das tecnologias da informação (TI). Milhares de universidades em todo o mundo têm agora acesso ao Innov8, o novo “jogo sério” da IBM, disponível gratuitamente. Mais de trinta faculdades e universidades já integraram o jogo no seu programa. A partir de hoje, milhares de universidades de todo o mundo podem fazer o download do Innov8 a partir do site da IBM e começar a usá-lo nas suas salas de aula. “A IBM vê os jogos sérios como uma forma nova e empolgante de desenvolver as capacidades que são exigidas à medida que as estratégias de negócio e as TI se tornam mais estreitamente ligadas”, disse Sandy Carter, vice-presidente da divisão de estratégia de SOA e WebSphere, canais e marketing da IBM. “O Innov8 foi concebido para fazer face a esta escassez de competências específicas, enquanto que também ajuda as universidades a perceber os benefícios da utilização de jogos sérios, como uma poderosa ferramenta para o ensino dos estudantes de hoje.” O Innov8 encontra-se agora disponível através da Iniciativa Académica IBM. Mudança de imagem dos Hotéis Tivoli The Tivoli Hotels group is going to introduce a new image in May 2008. Through a process of remodelling and a new concept in hotels, the group aims to provide unique and exclusive experiences for our guests. This new strategy includes partnerships with carefully chosen internationally recognised brands such as Nikki Beach, Brasserie Flo, Olivier Café, and an agreement with the Banyan Tree, a well known Asian group of luxury spas. SECURITAS aposta na internacionalização e inovação A Securitas AB, com sede em Estocolmo, Suécia, é a maior empresa mundial de prestação de serviços de vigilância e segurança privada, com um efectivo de 200.000 colaboradores e um volume de facturação de 5,35 mil milhões de euros. Com presença em Portugal desde 1966, a SECURITAS - SERVI- 34