Epistemologia deriva de episteme, que significa "ciência", e Logia

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Epistemologia deriva de episteme, que significa "ciência", e Logia
Epistemologia deriva de episteme, que
significa "ciência", e Logia que significa "estudo",
etimologia como "o estudo da ciência".
Epistemologia é a teoria do conhecimento, é a crítica,
estudo ou tratado do conhecimento da ciência.
Estudo da origem, natureza e limites do conhecimento.
Origem da "epistemologia" é Platão ao tratar o
conhecimento como "crença verdadeira e justificada".
Desafio da "epistemologia" é responder "o que é" e
"como" alcançamos o conhecimento? Duas posições:
Empirista: o conhecimento deve ser baseado na
experiência, ou seja, no que for apreendido pelos
sentidos. Defensores: Locke, Berkeley e Hume;
Racionalista: a fonte do conhecimento se encontram na
razão, e não na experiência. Defensores: Leibniz e Descartes.
A epistemologia também estuda a evidência, (entendida não
como mero sentimento que temos da verdade do
pensamento, mas sim no sentido de prova), isto é, os
critérios de reconhecimento da verdade.
Ante a questão da possibilidade do conhecimento, o
sujeito pode tomar diferentes atitudes:
Dogmatismo: atitude filosófica pela qual podemos
adquirir conhecimentos seguros e universais, e ter certeza
disso.
Cepticismo: oposta ao dogmatismo, pois duvida de
que seja possível um conhecimento firme e seguro,
sempre questionando e pondo à prova, as ditas verdades.
Relativismo: atitude defendida pelos sofistas que nega
a existência de uma verdade absoluta. Cada indivíduo
possui sua própria verdade, que é em função do contexto
histórico do indivíduo em questão.
Perspectivismo: defende a existência de uma
verdade absoluta, mas nenhum de nós pode chegar a ela
senão a uma pequena parte dela.
Cada ser humano tem uma visão parcial da verdade. Esta
teoria foi defendida por Nietzsche e nota-se nela ecos de
platonismo.
Bertrand Russell distingue o “conhecimento por
descrição” do “conhecimento por familiaridade”.
Gilbert Ryle faz a à distinção entre “saber que” e “saber
como”.
Hilton Japiassu apresenta dois tipos de Epistemologia:
Epistemologia global ou geral trata do saber
globalmente considerado, com a virtualidade e os problemas
do conjunto de sua organização, quer sejam especulativos,
quer científicos;
Epistemologia específica leva em conta uma
disciplina intelectualmente constituída em unidade bem
definida do saber.
Estudá-la de modo próximo, detalhado e técnico, mostrando
sua organização, seu funcionamento e as possíveis relações
que ela mantém com as demais disciplinas.
A Epistemologia em Educação é examinada segundo o
processo que toda ciência efetivamente realiza, na definição
de seu objeto. Este objeto por sua vez é definido pelo
paradigma que o sujeito científico assumir.
Assim, a mudança de paradigma em uma
ciência é uma ruptura epistemológica, que
altera o próprio objeto dessa ciência.
Entretanto, a ciência emerge pouco a pouco do
cotidiano e de uma pragmática, que define seu
projeto.
É uma construção coletiva e cultural, da qual
participam os sujeitos e na qual a palavra é o
elemento-chave na organização do conhecimento.
O sujeito científico é aqui entendido como sendo
um conjunto de atividades estruturantes, ligadas a
uma abordagem científica determinada e
intencionalmente instituída para produzir o objeto
científico.
A intersubjetividade, segundo Habermas e a
linguagem enquanto pragmática e discurso segundo
Vygotsky, são examinadas para verificar a ação
educativa, enquanto ação e enquanto comunicação,
na tentativa de caracterizar o conhecimento da
Educação como conhecimento científico.
Interdisciplinaridade é necessária para tal
caracterização, pois supera a ciência moderna, que é
fragmentária, sendo sua fragmentação temática e não
disciplinar.
As condições de possibilidade da ação humana projetada no
mundo a partir de um espaço – tempo local, levam ao tipo de
conhecimento que é necessário em nossa época: não
determinístico, nem descritivista, possuidor de uma
linguagem que é o seu método, plural e transgressor, fora de
parâmetros fixos e de territórios demarcados, utilizando a
metáfora e a exemplaridade como procedimentos.
No conhecimento em Educação, o sujeito é ao
mesmo tempo objeto, o que vem a definir tal
conhecimento como processo e não estado, sendo
então particularmente aplicado.

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