Agroindústria Alimentos Bebidas Calçados e Têxtil

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Agroindústria Alimentos Bebidas Calçados e Têxtil
Agroindústria
Alimentos
Bebidas
Calçados e Têxtil
Comércio
Materiais de Construção
Papel e Celulose
Energia
Química
Mineração e Siderurgia
Bens de Capital
Materiais de Transporte
Informática e Eletrônicos
Transportes e Logística
Imobiliário
Financeiro
Diversos
Ambiente Macroeconômico e de Investimentos
O Governo apresentou seu programa de crescimento econômico que,
sob muitos aspectos, está aquém das expectativas dos agentes. No
geral, paira o sentimento de que as medidas propostas são tímidas
perante os resultados almejados, sendo que até o momento foi
pequena sua repercussão sobre os cenários de PIB. Dentre as muitas
análises pertinentes, destacamos a falta de uma investida tributária
mais contundente em favor do investimento privado.
Com isso, o ambiente econômico prossegue sem maiores alterações:
a inflação é cadente, em consonância com um moderado ritmo de
expansão produtiva; os juros também cedem, mas seu patamar
continua suficiente alto; não há confiança fiscal de longo prazo e
falta atitude tributária; a cena externa não compromete e há fartura
de financiamentos, pelo menos enquanto a taxa de câmbio não
estrangular os fluxos comerciais. Um pouco mais de atenção merece
a cena política, já que ela continua testando de formas inusitadas a
dignidade do cidadão.
Já do ponto de vista dos negócios e investimentos, a microeconomia
faz a parte que lhe cabe. O volume de notícias positivas registrou um
aumento na virada do ano e muito disso se deve ao novo papel do
mercado de capitais para as decisões das empresas. Conquanto este
seja um movimento disseminado na economia, a atividade
imobiliária vem se confirmando como grande destaque e já até
suscita alguns cenários de boom setorial. Mas é cedo para este tipo
de preocupação, até porque, a própria frustração do crescimento
macroeconômico não é risco que possa ser menosprezado.
CENÁRIO ECONÔMICO
2003
2004
2005
2006*
2007*
PIB (PM) - Var %
0.5
4.9
2.3
2.7
3.5
Inflação IPCA - Var %
9.3
7.6
5.7
3.0
4.1
2.889
2.654
2.341
2.138
2.20
Tx de Juros Nominal - % Acum. Ano
23.3
16.2
19.0
15.1
12.2
Dívida Pública - % PIB
57.2
51.7
51.5
50.0
48.8
Saldo Comercial - US$ Bilhões
24.8
33.7
44.7
46.1
39.0
Trans. Corrente - US$ Bilhões
4.2
11.7
14.0
13.5
7.0
10.1
18.2
15.1
18.8
17.0
Tx de Câmbio - R$/US$ Fim Ano
Investimentos Diretos - US$ Bilhões
* Fonte: Relatório de Mercado - Banco Central do Brasil - 26/01/2007
Agroindústria
| Confirmando as expectativas do mercado, a norueguesa Yara,
maior empresa de fertilizantes do mundo, realizou o fechamento
de capital da Fertibrás, por meio de uma oferta pública para
aquisição de ações. A Yara também controla a Adubos Trevo e
assumiu o controle da Fertibrás em julho de 2006 pagando R$
278 m. A Fertibrás tinha apenas ações preferenciais em
mercado e a avaliação dos valores ofertados aos acionistas
minoritários ficou a cargo da Brasilpar Serviços Financeiros.
| A Fosfertil, maior fabricante de matérias-primas para adubos
do País, e a Bunge Fertilizantes, também fabricante de
matérias-primas e líder no segmento de produtos acabados,
pretendem unificar suas operações. A nova empresa foi batizada
de Fosfertil Fertilizantes e tem faturamento estimado de R$
5,8 bilhões. Atualmente a Bunge possui 52,35% da Fertifos,
holding que controla a Fosfertil com participação de 81,53%.
Mas as principais concorrentes da Bunge também têm
participações na Fertifos: a Yara com 12,77% (herdada da
Fertibrás); e a norte-americana Mosaic (Cargill e IMC) com
33,43%. Formalmente, a proposta de reorganização prevê a
transformação da Bunge Fertilizantes em subsidiária integral
da Fosfertil, mas a conclusão da operação aguarda decisão
judicial de ação movida pela Mosaic.
| O Grupo J. Pessoa decidiu antecipar seus planos para
abertura de capital e deve realizá-la já em 2007. O grupo
praticamente concluiu a criação da Companhia Brasileira de
Açúcar e Álcool (CBAA), holding controladora das sete usinas
em que não possui parceiros. Ficaram de fora apenas a
Benálcool (Bento de Abreu-SP) e a Everest (Penápolis-SP). Os
recursos obtidos com o IPO serão investidos em ampliações e
aquisições.
| A norte-americana Merial, líder no mercado brasileiro de
produtos para saúde animal, pretende construir uma nova fábrica
no País. Sua intenção é consolidar o complexo industrial de
Paulínia (SP) como pólo de exportações. A nova linha irá produzir
medicamentos para cães e os investimentos previstos pela
empresa para o período 2007 a 2010 chegam a US$ 30 m.
| O grupo sul-coreano Kaizen vai construir uma processadora de
soja em São Gabriel do Oeste, MS. O investimento soma R$ 64,5
m, sendo que a esmagadora produzirá farelo e óleo. O grupo
Kaizen possui negócios com commodities agrícolas,
petroquímicos e mineração. A conclusão da nova unidade está
prevista para 2009 e, dependendo de seu sucesso, poderá se
converter em um complexo de R$ 710 m e dez módulos
industriais atendendo os setores alimentício, farmacêutico, têxtil
e de cosméticos.
| Visando a complementaridade de negócios, a BrasilAgro e o
Grupo Maeda estão se unindo para criar duas novas empresas,
uma para a comercialização de imóveis rurais e outra para
atividades com algodão, soja, milho e reflorestamento. Na
primeira a BrasilAgro terá participação de 90% e, na segunda,
participação de 75%. O primeiro negócio das duas sócias já está
acertado e será a compra de uma fazenda na Bahia por R$ 35 m.
| A paulista Nova América vai investir R$ 400 m em uma usina
de açúcar e álcool na cidade de Naviraí (MS). O empreendimento
será em parceria com pecuaristas da região e constitui a quarta
usina do grupo, segunda no MS. A Nova América é proprietária
da marca de açúcar União e a nova planta está prevista para
entrar em operação na safra 2009/10.
Alimentos
| O grupo JBS Friboi deu mais um passo no mercado
internacional e fechou a aquisição da norte-americana SB
Holdings. A SB controla a Tupman Thurlow, a Astro Sales
International e a Austral Foods, que atuam na distribuição de
industrializados de carne bovina nos EUA. Ela é uma das maiores
empresas do segmento naquele mercado, sendo que a Tupman
distribui produtos de frigoríficos brasileiros concorrentes da
Friboi.
| A PepsiCo, dona das marcas Pepsi, Toddy, Coqueiro,
Quaker, Gatorade e Elma Chips, vai investir US$ 10 m para
implantar uma fábrica em Feira de Santana, BA. Inicialmente a
unidade será voltada para a produção de salgadinhos Elma
Chips (Fandangos, Cheetos e Cebolitos), achocolatados
Toddy e produtos à base de milho, como Milharina e Polentina.
Suas obras deverão ser finalizadas até o final de 2007.
| A catarinense Sadia e a paranaense Globoaves retomaram a
parceria que tinham até meados de 2006. Pelo acordo, a unidade
de Cascavel (PR), arrendada pela Globoaves da falida Chapecó,
irá prestar serviços de abate de frangos durante dois anos à
Sadia. O novo acordo havia sido sinalizado em dezembro e
suspende as negociações para uma joint venture entre a
Globoaves e a gigante norte-americana Tyson Foods.
Bebidas
| A AmBev vai investir R$ 112 m para ampliar a capacidade de
sua fábrica de Lages (SC), unidade que abastece a Região Sul. As
obras já estão em andamento e sua conclusão está prevista para
maio de 2007. Na fábrica catarinense são envasadas as marcas
Brahma, Brahma Extra, Brahma Malzbier, Skol, Bohemia,
Antarctica, Antarctica Malzbier e Polar, cerveja
comercializada exclusivamente no RS.
| A mexicana Femsa e a Coca-Cola Company confirmaram as
expectativas e fecharam a compra da também mexicana Sucos
Del Valle. O valor da operação foi de US$ 470 m, dos quais US$
380 m pagos à vista e US$ 90 m em dívidas assumidas. Cada
sócia entrou com 50% do valor. A incorporação abrange as seis
fábricas da Sucos Del Valle no México e sua unidade brasileira
de Americana (SP). A aquisição dá à Femsa/Coca-Cola 27,6%
do mercado de sucos prontos para beber no Brasil,
considerando-se a participação de 7,6% da Sucos Mais.
Calçados e Têxtil
| A fabricante de calçados masculinos Democrata vai investir R$
12 m em 2007 para ampliar sua capacidade produtiva. Desse
montante, cerca de R$ 10 m serão voltados para sua produção
em Franca (SP), sede da empresa, e os outros R$ 2 m para as
unidades do Ceará. Em Franca, as três fábricas (duas de calçados
e uma de solas) serão transferidas para uma unidade maior,
visando economias logísticas.
| O grupo italiano Maccaferri adquiriu a BMD Têxteis,
fabricante de laminados de PVC e especializada na produção de
roupas de segurança, tecidos para toldos, coberturas e fios
industriais. A BMD possui fábrica em Camaçari (BA) e o valor da
transação foi de R$ 14 m. A Maccaferri já prepara investimentos
de R$ 20 m para ampliar a capacidade da BMD.
Comércio
| Com a colocação de um lote adicional, a suíça Dufry South
America, empresa líder em operações de duty free no Brasil,
arrecadou R$ 850 m com sua oferta secundária de BDRs. Do
total, 90,2% dos papéis ficaram com investidores institucionais e
69% com investidores estrangeiros. A empresa possui 38 lojas
em aeroportos da América do Sul e 34 pontos em cruzeiros da
Norwegian Cruise Lines (NCL). Também opera lojas de rua em
São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília.
| O grupo Pão de Açúcar vai investir R$ 40 m até 2010 em sua
divisão de comércio eletrônico. Um dos objetivos é transformar o
site do Hipermercado Extra em concorrente de peso à B2W,
empresa formada pela fusão entre a Americanas.com e o
Submarino. O Pão de Açúcar teve uma mal começo na internet
com o site Amelia e hoje a web representa menos de 1% de
suas vendas.
| A rede de livrarias paulistana Laselva Bookstore fechou a
compra de sua concorrente Sodiler, do Rio de Janeiro. O valor
do negócio não foi divulgado. A Laselva possui 64 pontos de
venda e com a transação estará absorvendo mais 20 unidades.
Ambas as empresas têm forte presença em aeroportos, os quais
somam 19 unidades na nova estrutura.
| O Bob's, segunda maior cadeia de fast-food do Brasil, está
reestruturando suas operações. A empresa tem origem brasileira,
mas é controlada pela norte-americana Brazil Fast Food. Em
sua reorganização foi constituída uma nova holding no Brasil, a
22N Participações, que terá três subsidiárias: uma responderá
pelos 61 restaurantes próprios do grupo, outra cuidará das atuais
462 lojas franqueadas e uma terceira administrará os imóveis
próprios das lanchonetes.
| A Lojas Americanas anunciou a compra da BWU, empresa do
Unibanco Empreendimentos e Participações controladora
das 127 lojas da rede Blockbuster no Brasil. O valor da
aquisição é de R$ 186,2 m. A Blockbuster atua na locação e
venda de DVDs, games e fitas VHS. Com a transação, a
expectativa da Lojas Americanas é aumentar sua gama de
produtos vendidos, principalmente por meio da Americanas
Express, voltada para o público de maior poder aquisitivo. O
contrato de licenciamento da BWU com a marca Blockbuster é
de 20 anos, sendo que a rede já está no Brasil desde 1995.
Materiais de Construção
| A catarinense Tigre, fabricante de tubos e conexões de PVC,
vai inaugurar em junho sua primeira unidade produtiva nos EUA.
A empresa já possui um centro de distribuições no mercado
norte-americano, sendo que a nova unidade absorverá
investimentos de US$ 5 m, entre compra de equipamentos e
transferência de moldes. O plano geral de investimentos da Tigre
em 2007 chega a US$ 100 m e abrange atualização tecnológica e
aquisições internacionais. Neste ano a empresa também vai
inaugurar uma fábrica em Quito (Equador) e outra em Escada
(PE).
| A Dicico, empresa varejista de materiais de construção,
anunciou sua intenção de abrir capital em Bolsa. É a primeira do
segmento a preparar tal investida, muito embora já seja
precedida por 13 companhias de outros segmentos da
construção, como Gafisa, Cyrela, Abyara, Rossi, Brascan,
Company e outras. Todas elas apostam nos efeitos da ampliação
sustentada do crédito e da queda dos juros sobre o setor
imobiliário.
Papel e Celulose
| A norueguesa Norske Skog pretende investir € 210 m para
ampliar sua capacidade produtiva de papel jornal no Brasil. A
empresa atua por meio da Norske Skog Pisa, única fabricante
de papel imprensa no País. Sua unidade de Jaguariaíva (PR)
receberá maquinário da Union, que foi encerrada pelo grupo na
Noruega. Também está prevista a construção de uma nova planta
de celulose. A Norske Skog é a maior fabricante de papel jornal
do mundo.
| A Votorantim Celulose e Papel (VCP) tem planos de investir
US$ 320 m ao longo dos próximos dois anos. Desse montante,
cerca de US$ 180 m serão realizados em 2007, sendo US$ 150
m em atividades próprias e US$ 30 m na Conpacel, consórcio
com a Suzano Papel e Celulose para gerir a fábrica da Ripasa.
Parte dos recursos será destinada à aquisição de terras no RS
visando a construção futura de uma unidade de celulose.
Energia
| A Coelba, distribuidora baiana de energia elétrica, pretende
investir R$ 954 m em 2007. Este será o maior investimento já
registrado pela empresa, que é controlada pela Neoenergia.
Cerca de 60% do aporte será na universalização dos serviços,
mas também será ampliada a distribuição aos setores de turismo
e agronegócios. Está prevista a inauguração de quatro
subestações de grande porte: Maraú, Mucugê, São Desidério e
Águas Claras.
| A franco-brasileira Agrenco confirmou investimentos de R$
130 m para construir um complexo no MT visando a produção de
energia e biodiesel. Foi escolhido o município de Alto Araguaia
para receber os aportes. O complexo iniciará fase de testes em
dezembro de 2007 e irá esmagar soja. O investimento faz parte
de um plano mais amplo da Agrenco de construir três fábricas
de biodiesel no Brasil, com aporte total de US$ 110 m.
| Com investimentos orçados em R$ 3 bilhões, foi autorizado o
início das obras da Usina Hidrelétrica de Estreito, localizada
na divisa do MA e TO. O empreendimento é um dos maiores da
atualidade na área de geração elétrica. O consórcio controlador é
formado pela franco-belga Suez Energy (40,07%), Vale do Rio
Doce (30%), Alcoa (25,49%) e Camargo Corrêa Energia
(4,44%). O início de suas operações está previsto para 2010.
| A norte-americana AES está adquirindo três pequenas centrais
hidrelétricas (PCHs) no Rio de Janeiro, pertencentes à espanhola
Guascor. A AES detém 50,01% da holding Companhia
Brasiliana de Energia, que controla as geradoras AES Tietê e
AES Uruguaiana e a distribuidora AES Eletropaulo. A operação
envolve a PCH Posse, a PCH Monte Alegre e a PCH São
Sebastião e seu valor é estimado em US$ 60 m. As unidades
ainda serão construídas, devendo estar operacionais em
aproximadamente dois anos.
| A Petrobras e a venezuelana PDVSA fecharam acordo para
iniciar os estudos do Grande Gasoduto do Sul, que trará gás do
norte da Venezuela até o Brasil. O primeiro duto irá até o Porto
de Suape (PE), com ramificações em algumas capitais do Norte e
Nordeste. O empreendimento é muito maior do que o GasBol e
seu orçamento preliminar é de US$ 23 bilhões. Numa segunda
fase o Gasoduto do Sul poderá chegar à Argentina, Bolívia,
Paraguai e Uruguai.
| A Light prepara uma nova reestruturação financeira ao longo
de 2007. A empresa deve utilizar R$ 1,4 bilhão para abater e
recompor parte de sua dívida, que soma R$ 3,6 bilhões. Do
montante, R$ 1 bilhão deve vir de uma captação por debêntures
não conversíveis e R$ 400 m do próprio caixa. O objetivo da
reestruturação é antecipar pagamento de dívidas condicionais,
alongar prazos e reduzir juros. A Light é a quarta maior
distribuidora de energia do Brasil e é controlada pela Rio Minas
Energia (Cemig, Andrade Gutierrez, Pactual e o fundo Luci).
| Com investimento adicional de US$ 352 m, a colombiana ISA
elevou sua participação no controle da Cia. de Transmissão de
Energia Elétrica Paulista (CTEEP) de 50,01% para 89,4%. Em
meados de 2006 a empresa já havia assumido o controle da
ex-estatal pagando US$ 535 m ao Governo de São Paulo. A
operação atual decorre do tag along aos acionistas minoritários.
Dentre estes, somente a Eletrobrás não aderiu ao plano,
mantendo cerca de 10% dos papéis da CTEEP.
| A Brasil Ecodiesel inaugurou sua usina de Crateús (CE), na
qual foram investidos R$ 20 m. Esta é a terceira unidade da
empresa, que já possui plantas de biodiesel em Floriano (PI) e
Iraquara (BA). Ela é também a maior do grupo e em breve
contará com tanques de armazenagem junto ao Porto de
Pecém, empreendimento de mais R$ 10 m. Ainda em 2007 a
Brasil Ecodiesel pretende inaugurar unidades em Porto
Nacional (TO), Rosário do Sul (RS), Porto de Itaqui (MA) e
Dourados (MS).
Química
| A White Martins, empresa do grupo Praxair, vai duplicar sua
produção de gás natural liquefeito (GNL) em Paulínia. O valor dos
investimentos não foi divulgado, mas deve ficar próximo aos US$
65 m gastos para instalar a primeira unidade. A planta é uma
sociedade com a Petrobras e foi inaugurada no início de 2006.
Já na área de gases industriais, a empresa prevê a inauguração
de 12 unidades em 2007 junto a seus clientes. Serão seis no
Brasil (Aços Finos Piratini, CST, Bahia Sul, Açominas, M&G e
Mineração São Bento) e o restante em outros países da
América do Sul, sendo que os investimentos somarão US$ 150
m.
| A francesa Air Liquide pretende investir R$ 320 m ao longo
dos próximos três anos para construir duas novas unidades de
gases do ar e para atualizar sua planta em São Paulo (SP).
Também está prevista a abertura de três novas filiais de
compressão de cilindros e investimentos na distribuição de
produtos. A localização das duas novas fábricas não foi divulgada,
mas serão dentro de complexos industriais de alguns clientes.
| A paulista Tekno fechou acordo com a norte-americana
Valspar para revigorar sua unidade de tintas, especializada na
pré-pintura de chapas de aço. Será formada uma joint venture
para abrigar o negócio, a qual receberá investimento inicial de
R$ 26,1 m para produzir tintas e vernizes. A Tekno terá 82% de
participação na nova empresa, que terá sede em São Bernardo
do Campo (SP), onde a Valspar mantém sua operação.
Atualmente a Tekno opera em Guaratinguetá (SP).
| A gaúcha Renner Herrmann vendeu sua unidade de tintas
decorativas e industriais para a norte-americana PPG, que atua
nas áreas de tintas, químicos, produtos ópticos, vidro e fibra de
vidro. O valor da operação não foi divulgado. Com ela a Renner
Herrmann pretende focar o segmento de tintas para a indústria
de madeiras, no qual tem investimentos previstos de R$ 230 m
até 2008. Já a PPG, que conta com uma fábrica de tintas
automotivas em Sumaré (SP), passa a operar também com
unidades em Gravataí (RS), Santiago (Chile) e Montevidéu
(Uruguai).
Mineração e Siderurgia
| A Paranapanema prepara-se para estrear no Novo Mercado,
convertendo suas ações preferenciais em ordinárias e fazendo
uma oferta pública primária no valor de R$ 400 m. O movimento
está previsto para o primeiro trimestre de 2007 e faz parte do
processo de reestruturação societária e financeira da companhia,
que já fechou acordo para a dívida de R$ 1,2 bilhão com os
debenturistas e acionistas Previ (49,18%), Sistel (8,63%),
Aerus (10,48%), Petros (2%) e BNDES. Metade da dívida será
paga e a outra metade convertida em ações. A Paranapanema é
a holding da Caraíba Metais (cobre), Eluma (tubos e conexões
de cobre), Mamoré Taboca (estanho) e Cibrafértil
(matéria-prima para adubos).
| Com investimentos orçados em US$ 1,43 bilhão, a Vale do Rio
Doce deu início às obras do projeto de níquel Onça Puma, no
Pará. O empreendimento foi assumido com a incorporação da
canadense Inco. A plena operação do Onça Puma está prevista
para 2009, quando a Vale poderá tornar-se a maior produtora
mundial de níquel, ultrapassando a russa Norilsk. Os depósitos
de níquel do Onça Puma se estendem pelos municípios de
Ourilândia do Norte, São Félix do Xingu e Parauapebas, todos no
Pará, onde a Vale também conta com o projeto de Vermelho,
outro investimento previsto e orçado em US$ 1,2 bilhão. Já na
área siderúrgica a Vale anunciou acordo com a Ternium,
empresa do grupo ítalo-argentino Techint, para a venda de sua
participação na argentina Siderar. A Ternium já controla a
Siderar com 56% do capital da empresa e assumirá mais 4,85%
de suas ações pagando US$ 107,5 m à CVRD. A Siderar é a
maior produtora de aços planos da Argentina.
| A Brasil Warrants adquiriu os 35% de sua sócia norteamericana Molycorp, controlada pela Chevron, na Companhia
Brasileira de Mineração e Metalurgia (CBMM). A CBMM tem
sede em Araxá (MG) e é a maior exportadora de nióbio do
mundo. O produto é utilizado na indústria siderúrgica, em
oleodutos e gasodutos. Com a operação, a Brasil Warrants
passa a deter 98,5% da CBMM. O valor da operação não foi
divulgado.
| A norte-americana Globe Specialty Metals adquiriu a
Camargo Corrêa Metais (CCM), produtora de silício-metálico da
holding Camargo Corrêa. O negócio foi fechado por R$ 81 m,
valor ainda sujeito a ajustes. A Globe irá assumir todos os ativos
da CCM, incluindo a planta de fundição em Breu Branco (PA),
duas reservas florestais e marcas da empresa, que passará a se
chamar Globe Metais. Em 2006 a CCM exportou 90% de sua
produção para o mercado europeu.
| A Gerdau Açominas pretende investir US$ 70 m para duplicar
sua laminação de perfis estruturais no complexo industrial de
Ouro Branco (MG). A unidade é a única no grupo Gerdau que
produz perfis. O projeto tem início em fevereiro e sua conclusão
está prevista para o final de 2008. Os perfis estruturais são
utilizados na construção civil (estruturas metálicas), plataformas
marítimas, embarcações e máquinas em geral.
Bens de Capital
| A Indústrias Romi anunciou a intenção de migrar suas ações
para o Novo Mercado, convertendo todo seu capital em ordinário,
e realizar uma oferta pública para aumento de capital. A empresa
fabrica compressores, engrenagens, máquinas injetoras e
fundições. Ela pretende expandir sua capacidade produtiva de
máquinas em Santa Bárbara D'Oeste (SP) e incrementar seus
negócios com peças fundidas e usinadas.
| A Lupatech, fabricante de válvulas industriais para os setores
de petróleo e gás, planeja investir R$ 60 m nos próximos dois
anos na expansão de suas unidades. Desse montante, cerca de
R$ 40 m serão destinados à duplicação da Metalúrgica Nova
Americana (MNA), de Americana (SP), e à construção de uma
fundição junto a ela, a Itasa Brasil. A Itasa Brasil fará fundidos
de tonelagem superior.
| A gaúcha Epenge Engenharia, fabricante de aerogeradores,
vai instalar uma unidade industrial em Rio Grande (RS), com
investimentos de R$ 108,5 m. Lá a empresa irá produzir
aerogeradores eólicos com tecnologia alemã. A nova planta vai
atender os 19 parques eólicos instalados naquele Estado.
Materiais de Transporte
| A Iveco, fabricante de caminhões do grupo Fiat, anunciou
investimentos de US$ 150 m ao longo de 2007 e 2008 em sua
fábrica de Sete Lagoas (MG). Atualmente a unidade exporta 60%
de sua produção, sendo a maior parte para a própria América
Latina. A Iveco também opera uma unidade na Argentina, a qual
fabrica cabines para os chassis produzidos no Brasil.
| A Ford Motors anunciou sua intenção de investir R$ 2,2
bilhões no Brasil entre 2007 e 2011. Seu foco será a ampliação
de atividades na Região Nordeste, aproveitando os benefícios
fiscais ainda existentes. Tanto que a empresa adquiriu a Troller,
fabricante de veículos off-road com sede em Fortaleza (CE). Esta
unidade não será utilizada na fabricação de modelos Ford,
mantendo-se apenas com a própria linha Troller. Mas poderá, no
futuro, desenvolver novos modelos Ford/Troller. O valor da
operação não foi divulgado.
| A sul-coreana Hyundai, sexta maior fabricante de automóveis
do mundo, deverá inaugurar sua primeira fábrica no Brasil ao
final de março. A unidade fica em Anápolis (GO) e, em princípio,
irá produzir a picape HR. O empreendimento tem a parceira do
Grupo Caoa e sua primeira etapa contempla investimentos de
R$ 400 m. Até 2010, o total investido pelas duas sócias deverá
chegar a R$ 1,2 bilhão, sendo que está prevista o abastecimento
de todo o mercado latino-americano.
| A Delphi Automotive Systems do Brasil inaugurou sua
décima primeira fábrica no Brasil, em Jacutinga (MG). A unidade
fica próxima da fábrica de Espírito Santo do Pinhal (SP), que
também foi ampliada e da qual irá aproveitar a infra-estrutura
logística já estabelecida. Assim como nesta última, a unidade
mineira irá produzir sistemas de distribuição de energia e sinal
(chicotes elétricos), setor em que a Delphi controla metade do
mercado local. A empresa hoje possui unidades espalhadas por
SP, MG, PR e RS, além de uma fábrica na Argentina.
Informática e Eletrônicos
| A catarinense Datasul realizou novo avanço na área de saúde
e adquiriu a Informenge, fabricante de sistemas de gestão
empresarial para este segmento. A Informenge tem sede em
Sorocaba (SP) e esta foi a segunda aquisição da Datasul no
setor, já que em 2005 havia assumido a DZset. O valor da
operação não foi divulgado. Na sequência, a Datasul também
anunciou a compra de marcas e direitos da argentina Meya, sua
rival no Mercosul. O valor da transação foi de US$ 1,7 m.
| A paranaense Bematech adquiriu duas empresas paulistas, a
desenvolvedora de softwares Gemco e a prestadora de serviços
de assistência técnica GSR7. Há pouco tempo atrás a Gemco já
havia assumido a mineira C&S, que atua na área farmacêutica.
Com as duas novas empresas, a Bematech, que cresceu como
fabricante de impressoras fiscais, pretende tornar-se mais
atraente em sua abertura de capital.
| A Positivo Informática, fabricante de computadores com sede
em Curitiba (PR), captou R$ 567 m em sua oferta inicial de ações
em Bolsa, que envolveu uma operação primária e outra
secundária. A Positivo Informática pertence ao Grupo
Positivo, que atua nas áreas de ensino, gráfica, editora e
softwares. A empresa é líder do mercado brasileiro de
computadores, com forte atuação no segmento de baixo custo.
| A Crown Telecom está investindo US$ 58 m na aquisição de
dispositivos para monitoramento de veículos da canadense
Webtech Wireless. Os equipamentos serão oferecidos a
montadoras e já é utilizado em carros da Audi, BMW, Land
Rover, Mercedes Benz, Mitsubishi e Volkswagen. Os
componentes serão montados no Brasil pela Motorola, em sua
fábrica de Jaguariúna (SP).
| A espanhola Infinity, dona da marca Airis de equipamentos de
informática, áudio, vídeo e sistemas de navegação, vai começar a
produzir no Brasil em março. A empresa já vende seus produtos
no mercado local desde agosto de 2006. Agora vai montar
notebooks, PCs, MP3 e DVDs de forma terceirizada em Manaus
(AM). Os investimentos no País já somam US$ 10 m.
| A Gradiente, fabricante de produtos eletrônicos, aprovou uma
redução de capital a fim de absorver prejuízos acumulados. A
empresa visa migrar para o Novo Mercado e pretende converter
todas as suas ações em ordinárias. Atualmente os controladores
da Gradiente possuem 78% de seu capital, estrutura que não irá
se alterar com a conversão de papéis.
Transportes e Logística
| Depois de ampliar suas atividades no Porto de Itajaí, a
empresa de logística Standard, com sede em Colombo (PR),
pretende reforçar sua atuação em São Paulo, onde está iniciando
as operações de um terminal ferroviário na região de Araraquara.
Também está prevista a construção de um terminal de
contêineres e câmara frigorífica no Porto de Santos. A previsão
é que as obras sejam concluídas em julho. Ao todo, os
investimentos da empresa em 2007 devem somar R$ 60 m, dos
quais metade nas novas operações paulistas.
| O fundo Brazilian Air Partners do Brasil assumiu uma
participação de 20% no capital da BRA Transportes Aéreos,
que detém 3,2% do mercado local de aviação. O montante é o
limite permitido para acionistas estrangeiros em empresas do
setor no Brasil, sendo que ele representa 72% das ações
preferenciais. O aporte na empresa aérea será de R$ 180 m,
sendo que está prevista a abertura de seu capital num prazo de
três anos.
| A empresa holandesa de encomendas expressas TNT Express
anunciou a incorporação da gaúcha Expresso Mercúrio. O valor
da compra não foi divulgado. As operações da Mercúrio, focadas
no mercado local, são complementares às da TNT, especializada
em entregas internacionais. Com a transação, a participação da
TNT no mercado brasileiro de encomendas expressas deve saltar
de 15% para aproximadamente 30%.
| A Hana Investments, com sede nos EUA e pertencente ao 3G
Fund, adquiriu parte dos 11,9% de ações ordinárias detidas pelo
fundo GP1, da GP Investimentos, na América Latina
Logística (ALL). Com isso ela passa a compor o bloco de
controle da concessionária ferroviária, no qual a GP ainda se
mantém devido aos 18% de ações ordinárias detidos pelo fundo
GP2. Uma parcela das ações do GP1 também foi assumida pela
Delara, BNDESPar, Previ e Funcef, também controladores da
ALL e que exerceram o direito de preferência.
| A Smit-Rebras, união da Rebras Rebocadores do Brasil e
da holandesa Smit International Overseas, está investindo
US$ 85 m na construção de 18 rebocadores. As unidades atuarão
no apoio a atividades portuárias e estão sendo construídas no
estaleiro Detroit Brasil, em Itajaí (SC). Os primeiros
rebocadores ficarão prontos no início do segundo semestre de
2007 e a última embarcação deverá ser concluída no fim de
2008.
| O grupo Fink, que já detinha 50% da Multiterminais, assumiu
mais 25% e passou a controlar a empresa com 75% de
participação. O Gávea Investment Fund ficou com outros 25%
da Multiterminais, empresa que opera o terminal 2 de
contêineres (Tecon2) do Porto do Rio, o terminal de veículos
do porto (Multi-Car) e três portos secos no interior do RJ e MG.
O valor da operação não foi divulgado.
| A Transpetro, subsidiária de logística da Petrobras, fechou
contrato com o consórcio Atlântico Sul para construir dez navios
Suezmax. As embarcações custarão cerca de US$ 1,2 bilhão (R$
2,7 bilhões). O Atlântico Sul é formado pela Camargo Corrêa,
Queiroz Galvão e Aker Promar. As dez unidades fazem parte
do lote de 26 embarcações a serem encomendadas pela
Transpetro e orçadas em US$ 2,48 bilhões.
| A Trip Linhas Aéreas, de Campinas (SP), encomendou 14
aviões da francesa ATR, sendo 12 unidades novas e 2
semi-novas. O investimento será de US$ 200 m. Das aeronaves
novas, sete constituem pedidos firmes e cinco opções. O primeiro
avião será entregue em dezembro deste ano e os demais nos
próximos dois a três anos. As unidades semi-novas serão
entregues imediatamente. Com isso, a frota a Trip sobe para 21
aeronaves.
Imobiliário
| A Marcopolo, maior fabricante de carrocerias de ônibus do
País, está ingressando no mercado de construção civil com a
pré-fabricação de casas de plástico. O empreendimento está a
cargo de sua divisão de componentes plásticos, a MVC, e visa
atender ao mercado de baixa renda já a partir deste ano. Para
tanto, foram investidos R$ 12 m em uma fábrica em São José dos
Pinhais (PR). O produto consiste em estruturas de metal
revestidas com painéis termoplásticos e o empreendimento tem a
parceria da Construtora Chap-Chap.
| A Rodobens Negócios Imobiliários levantou R$ 420 m com
sua abertura de capital e oferta primária de ações ordinárias.
Metade dos recursos será empregada na aquisição de terrenos e
incorporação de novos empreendimentos. Outros 30% seguirão
para a construção de empreendimentos já lançados e o restante
será usado como capital de giro e financiamento a clientes. A
incorporadora imobiliária tem foco no interior do País
principalmente por meio de parcerias com o Unibanco. O grupo
Rodobens também atua na distribuição de veículos e na
administração de consórcios.
| A Camargo Corrêa Desenvolvimento Imobiliário está
levantando R$ 522 m com sua oferta de ações ordinárias. A
empresa pertence ao Grupo Camargo Corrêa e é uma das
principais incorporadoras residenciais e comerciais do País. A
atuação do grupo é bastante diversificada e vai de engenharia e
construção a concessões, cimento e têxteis. A oferta é quase toda
primária, mas uma pequena parte decorre da venda de
participação do Grupo Itautec na empresa. Os recursos obtidos
com a oferta primária serão empregados no lançamento de
empreendimentos imobiliários e aquisição de terrenos.
| A Tecnisa captou um total de R$ 910 m com duas ofertas
públicas de ações, sendo uma primária e outra secundária. A
primeira movimentou 3/4 dos papéis e recursos, os quais
deverão ser empregados na aquisição de terrenos, lançamentos
de novos projetos e liquidação dos R$ 94,5 m em dívidas. A Jar
Participações, que controlava a empresa com 80% de seu
capital, passou a deter participação de 55% e ainda é sua
controladora.
| A administradora de imóveis São Carlos Empreendimentos
arrecadou R$ 469 m com sua oferta de ações ordinárias em
bolsa. A atuação da empresa é focada nos segmentos de
shoppings, edifícios e pontos comerciais. Pouco mais de 70% da
oferta foi primária. O restante pertencia a acionistas como a
Imob Asset, o Credit Suisse e a GP Investimentos. A São
Carlos já foi o braço imobiliário da Lojas Americanas.
| A distribuição secundária de ações ordinárias da Lopes Brasil
Consultoria totalizou R$ 394 m. Foram colocados em mercado
49,45% do capital da empresa, sendo que o principal vendedor
foi a inglesa RoseDiamond. Com a operação, sua participação
reduziu-se para 31,9%. A Lopes é a maior empresa de
intermediação e consultoria de lançamentos imobiliários em SP e
para expandir sua atuação pelo País está mudando seu nome
para LPS Brasil.
| Em parceria com grupos pernambucanos, a Odebrecht
Empreendimentos Imobiliários pretende investir R$ 1,6
bilhão no projeto da Reserva do Paiva, o maior resort de
Pernambuco. O empreendimento será no sistema de parceria
público-privada (PPP) e, em sua primeira fase, contará com um
condomínio residencial e um hotel. Ao todo, o projeto prevê
obras ao longo de 15 anos e contará com campo de golfe,
marina, academias, centro hípico, turismo de aventura,
moradias, shopping centers e centro médico.
| A construtora paulista WTorre adquiriu a Ergi
Empreendimentos, uma parceria entre a Sociedade Lusa de
Negócios (controladora do Banco Português de
Negócios-BPN) e outros investidores portugueses. A Ergi é a
proprietária do prédio ocupado pela Daslu e terrenos adjacentes,
que antes pertenciam à Eletropaulo. A aquisição custou R$ 385
m à WTorre.
| O Morgan Stanley Real State Fund, um dos maiores fundos
de investimento imobiliário do mundo, começou a operar no
Brasil em janeiro. De início, o fundo pretende destinar US$ 200
m em seu primeiro ano de atividades, com foco na área
residencial. Mas também haverá atenção aos segmentos de
shopping centers e galpões industriais.
| A Patrimóvel, uma das maiores empresas de corretagem de
imóveis do País e com atuação centrada no Rio de Janeiro,
vendeu 50% de seu capital para o grupo de investimentos
Gulfinvest. A operação tem valor estimado entre R$ 35 m e R$
40 m. A intenção da Patrimóvel é expandir suas atividades para
outras capitais e já está desenvolvendo atividades em Vitória
(ES).
| A GP Investments e a Equity International exerceram a
compra de mais ações da Ecisa, maior administradora de
shoppings centers do País. Com a operação, as duas sócias
passam a controlar 55% do capital total da Ecisa, que detém
participação em sete centros comerciais e administra outros 13
empreendimentos. No início de novembro a GP e a Equity já
haviam adquirido 28,8% da Ecisa com um aumento de capital de
R$ 192 m. Agora, foram mais 26,2% a um valor de R$ 180 m. A
GP Investimentos também anunciou a constituição de uma
nova empresa para atuar exclusivamente no mercado imobiliário
brasileiro, a BR Properties. Ela foi criada em parceria com cinco
fundos internacionais e com o Banco Safra. Seu capital inicial é
de US$ 25 m (que será ampliado para US$ 100 m) e ela irá focar
investimentos em ativos comerciais (edifícios de escritórios, lojas
de varejo e galpões industriais). A GP terá 33% de seu capital.
| Com investimento da ordem de R$ 1,5 bilhão, a incorporadora
JHSF está erguendo o Shopping Cidade Jardim, a ser
inaugurado no final de 2007 em São Paulo. O empreendimento
será voltado para o público de alta renda e concorrerá
diretamente com o Shopping Iguatemi. Ele contará com 180
lojas e nove edifícios residenciais.
| A Rossi Residencial, uma das principais incorporadoras de
imóveis do País, firmou joint venture com a construtora capixaba
Metron Engenharia. Com isso, a Rossi passa a atuar com mais
força nos mercados de Vitória e Serra. Além da Metron, a Rossi
também já possui joint ventures com a Melnick (RS), a Tha
(PR), a Alicerce (MG), a Kallas (SP) e a Gabriel Bacelar (PE).
| O grupo hoteleiro Pestana, de Portugal, vai investir € 40 m
para ampliar sua presença no Brasil. A investida marca sua
entrada no mercado residencial do País e todo o aporte será
concentrado no Nordeste. Em Salvador (BA), neste primeiro
trimestre começa a construção do Bahia Lodge Residence, com
previsão de entrega para o fim de 2008. Em Recife (PE) já está
sendo construído o Pestana Ipojuca, cujo término também está
previsto para o final do ano que vem. Os investimentos incluem,
ainda, a reforma do Pestana São Luis, no MA.
| A incorporadora de empreendimentos residenciais PDG Realty
fechou sua oferta pública primária e secundária, que no total
atingiu o valor de R$ 630 m. Deste montante, R$ 420 m
referem-se à emissão de novas ações e serão utilizados em
investimentos e projetos de co-incorporação. A PDG foi mais
uma empresa imobiliária a entrar na Bovespa, ciclo este iniciado
pela Cyrela em setembro de 2005.
Financeiro
| Começou a operar o novo banco de investimentos UBS
Pactual, resultado da incorporação do brasileiro Pactual pelo
suíço UBS. A instituição concorre pela liderança do segmento no
País e já tem planos de se expandir para os mercados mexicano e
argentino. O UBS Pactual hoje administra R$ 50 bilhões de
recursos. Dependendo da performance do banco, a incorporação
pode chegar ao valor de US$ 3,1 bilhões em cinco anos.
| O Citibank pagou R$ 280 m ao Itaú para ficar como único
proprietário da marca de cartões de crédito Credicard. O
Citibank e o Itaú dividiam os direitos desde 2004, quando o
Unibanco vendeu sua terça parte para os dois ex-sócios. Com o
novo acordo, desde janeiro apenas o Citibank pode vender
cartões com o nome Credicard e o Itaú terá até o final de 2008
para migrar para suas marcas próprias (Itaucard e
Personnalité).
| Apostando no investment grade do Brasil, o Credit Suisse
confirmou as expectativa e está incorporando a Hedging-Griffo,
maior administradora independente de recursos de terceiros do
País. A negociação envolve 50% do capital mais uma ação da
Hedging-Griffo e seu valor é de US$ 294 m. O Credit Suisse
tem ainda a opção de comprar a participação restante num prazo
de cinco anos. O foco do Credit Suisse é a administração de
recursos e o private banking, sendo que em 1998 ele já havia
incorporado o banco de investimentos Garantia por US$ 675 m.
A Hedging-Griffo hoje administra R$ 15,9 bilhões em recursos
de aproximadamente 10 mil clientes.
| O Bradesco incorporou o Banco BMC, segundo maior do setor
privado no segmento de crédito consignado. A operação envolve
a transferência de totalidade das ações do BCM, abrangendo as
controladas BMC Asset Management, BMC Previdência
Privada e Credicerto Promotora de Vendas. O pagamento
será por troca de ações, correspondentes a 0,94% do capital
social do Bradesco, que será aumentado em R$ 800 m. O nome
BMC será mantido pelo Bradesco.
Diversos
| A Providência, empresa líder na fabricação de não-tecidos,
pretende investir R$ 120 m neste ano para construir mais uma
unidade em São José dos Pinhais (PR). A empresa foi assumida
em 2006 por um consórcio formado pela AIG Capital (29%),
Governança & Gestão de Investimentos (29%), Fundo ASAS
(28%) e Banco Espírito Santo (14%). Em breve ela deverá
abrir seu capital nos mercados doméstico e internacional. Os
não-tecidos são produtos utilizados em fraldas descartáveis e em
material médico.
| A holandesa Philips está avaliando a implantação de uma
fábrica de lâmpadas compactas fluorescentes em Recife (PE).
Atualmente a empresa importa o produto da China e Europa para
abastecer o mercado brasileiro. Na América Latina não há
produção em grande escala deste tipo de lâmpada. O montante
dos investimentos ainda não foi dimensionado.
| A rede de lavanderias industriais Atmosfera anunciou a
compra da rival Mr Clean. A transação reforça a liderança da
Atmosfera no atendimento a hotéis e restaurantes. A
incorporação foi por meio da aquisição dos 37,6% do BNDES na
Mr Clean, complementada pela troca de ações com outros dois
controladores, o fundo de private equity Pactual Electra e o
acionista fundador. O valor da transação não foi divulgado. A
Atmosfera é controlada pelo fundo de investimentos Advent
International.
A BRASILPAR possui mais de 25 anos de experiência em
assessoria a fusões e aquisições, avaliação de projetos e negócios
e gestão de capital de risco. Já acumulou transações que somam
mais de US$ 3 bilhões. Seus atuais serviços englobam:
assessoria em compra, venda e associações entre empresas;
atração de sócios e levantamento de capital para projetos e
empresas; desenvolvimento de planos de negócios e assessoria
estratégica; assessoria em investimentos em novos negócios;
aconselhamento financeiro e estratégico em geral.
Alberto Ortenblad Filho
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Daniel Chama Baldin
[email protected]
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