28 de Setembro de 2015

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28 de Setembro de 2015
Segunda-feira, 28 de Setembro de 2015.
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DESTAQUES
Bovespa perde 5% na semana e já cai mais de 10% ano
Dólar alto e PIB pioram endividamento de empresas
Petrobras terá de se ajustar ao novo dólar
CSN alonga dívida de R$ 2,21 bilhões com BB
Construtoras sofrem com demanda em baixa
Banco médio amplia captação no varejo
Segunda-feira, 28 de Setembro de 2015.
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FECHAMENTO ANTERIOR (25/09/2015)
Terça-feira, 20 de Maio de 2014.
BAIXA
ABERTURA
FECHAMENTO
-1,02
45.300
45.291
MAIORES ALTAS
AÇÃO
PREÇO
HYPE3
HGTX3
BRKM5
ELET3
LAME4
R$ 14,98
R$ 14,51
R$ 16,80
R$ 5,17
R$ 16,18
%
4,10
3,49
3,44
3,40
2,66
A Bolsa brasileira fechou em baixa nesta sextafeira. Segundo o analista Felipe P. Otero, da Ágora
Corretora, “–Sem alterações e ainda com viés
negativo onde a perda dos 44.182 pts
MAIORES BAIXAS
mantem trajetória baixista rumo aos
AÇÃO
PREÇO
%
42.749 pts. Do lado positivo agora precisa
PCAR4 R$ 49,59 -4,61
esboçar superação acima dos 45.970 pts
-4,52
CSNA3 R$ 4,01
para voltar a indicar novo teste em sua
R$ 5,80
-3,81
RUO3
MME de 21 que passa ao nível próximo de
-3,67
USIM5 R$ 3,41
46.665 pts que serve como ponto de
-3,56
MRVE3 R$6,22
resistência inicial.”
MÍNIMA
MÁXIMA
VOLUME
44.697
45.968
5.289.501.288
BOLSAS INTERNACIONAIS
Índice
Dow Jones
S&P 500
Nasdaq
Pontos
%
17,826.30
-1,54
2,081.18
-1,13
4,931.81
-1,52
Índice
Euro
FTSE 100
DAX
Pontos
%
3,701.90
+0,76
7,041.73
+0,67
11,871.12
+0,29
Índice
CAC 40
Shangai
Nikkei
Pontos
%
5,164.94
+0,42
4,217.08
-1,64
19,634.49
-0,09
AGENDA
10:30 – Nota de Mercado Aberto
15:00 – Balança Comercial
2
Segunda-feira, 28 de Setembro de 2015.
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BOVESPA PERDE 5% NA SEMANA E JÁ CAI MAIS DE 10%ANO
.
Terça-feira,
de Maio de 2014.
A Bovespa caiu pelo sexto pregão consecutivo nesta sexta-feira. Investidores preferiram
adotar 20
a cautela
diante da incerteza política e dos dados fracos de emprego apresentados hoje no Cadastro Geral de empregados
e Desempregados (Caged), com o fechamento de 86,5 mil vagas em agosto. Após uma semana turbulenta,
marcada pela disparada do dólar e dos juros futuros, que levaram a uma atuação firme do Banco Central e do
Tesouro Nacional, os investidores já estão de olho na agenda da próxima semana. Pela manhã, o mercado reagiu
ao número revisado do PIB americano, que mostrou crescimento de 3,9% no segundo trimestre, acima dos 3,7%
esperados pelos economistas. O Ibovespa fechou em baixa de 1,02%, desta forma, a bolsa brasileira encerrou a
semana com perda acumulada de 5,15%, ampliando a queda no mês para 3,85% e no ano para 10,35%.
DÓLAR ALTO E PIB PIORAM ENDIVIDAMENTO DE EMPRESAS
A piora do cenário econômico tem aumentado, para níveis considerados alarmantes, a alavancagem
financeira das empresas, dada pela relação entre o nível de endividamento e sua capacidade de geração de caixa.
Segundo o diretor sênior de ratings corporativos da agência de classificação de risco Fitch, Ricardo Carvalho, a
alavancagem média das empresas brasileiras, medida pela relação entre dívida líquida e o resultado antes de
juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês), deve encerrar o ano em 4,5 vezes.
Levantamento feito mostra que a alavancagem média de 240 empresas brasileiras de capital aberto já havia
aumentado consideravelmente no último ano e, no fim do segundo trimestre, estava em três vezes, ante 2,46
vezes em junho de 2014. Essa era a situação antes da disparada do dólar, cujos efeitos só vão aparecer nos
balanços do terceiro trimestre. Alavancagem acima de três vezes põe em alerta analistas e investidores. O Bank
of America Merrill Lynch tem números preocupantes: a relação entre dívida líquida e Ebit (lucro antes de juros
e impostos) das empresas que acompanha já estaria em cinco vezes, ligeiramente acima dos níveis de 2002
quando a eleição do ex-presidente Lula gerou grande turbulência nos mercados e muito acima do patamar de
duas vezes de 2010. A retração econômica está derrubando as receitas justamente quando a maxidesvalorização
do real traz forte impacto sobre as dívidas em moeda estrangeira. Ocorre ainda num momento em que juros
altos e maior seletividade na concessão de crédito encarecem e reduzem as chances de rolagem das obrigações,
primeira opção das companhias. Com o mercado extremamente difícil para a emissão de capital e novas dívidas,
principalmente após o Brasil perder o grau de investimento pela Standard & Poor's, muitos grupos consideram
a opção de venda de ativos. A iniciativa, porém, não é tão fácil de ser concretizada. O ambiente de incertezas
desvaloriza os ativos e reduz o interesse de investidores. Do lado positivo, há o fato de os ativos estarem baratos
em dólar para investidores estrangeiros, que podem ter boa oportunidade de crescer no país.
PETROBRAS TERÁ DE SE AJUSTAR AO NOVO DÓLAR
A disparada do dólar, que chegou a superar a barreira dos R$ 4 na última semana, afetará a Petrobras
muito mais pelo lado do endividamento do que pela importação de petróleo e derivados. Apesar da valorização
da moeda estrangeira, o impacto na comercialização de óleo e combustíveis da estatal será amenizado pela
redução do preço do barril do petróleo e a desaceleração do consumo ao longo do trimestre, de acordo com
especialistas ouvidos pelo Valor. Ainda assim, os preços da gasolina, contudo, seguem defasados. Enquanto o
dólar teve variação de pouco mais de 27% no acumulado do terceiro trimestre até a última sexta-feira, o preço
do petróleo tipo Brent passou do patamar acima de US$ 60 para abaixo de US$ 50, no mesmo período. Ainda
não há dados sobre as importações da Petrobras no trimestre. No segundo trimestre, porém, a importação de
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derivados de petróleo da companhia foi de 315 mil barris/dia, 9% inferior ao trimestre anterior e 22,6% abaixo
do apurado entre abril e junho do ano passado. De acordo com cálculos do Centro Brasileiro de Infraestrutura
Terça-feira, 20 de Maio de 2014.
(CBIE), a defasagem entre o preço da gasolina no mercado doméstico em relação ao preço internacional, pelo
qual a estatal importa o combustível, estava em 7,2% no fim da última semana. Já o preço do diesel interno
continuava superior ao mercado internacional, em torno de 6%. Pelas contas da consultoria GO Associados, o
preço médio da gasolina comercializada no Brasil, no acumulado de setembro até a sexta-feira, está apenas 2%
acima do valor praticado no mercado internacional. Na mesma comparação, o preço médio do diesel no Brasil
está 12% acima do valor no mercado internacional. Entretanto, em 2015 a estatal recuperou cerca de R$ 11,8
bilhões com a variação positiva dos preços dos combustíveis, em relação ao mercado externo. Porém pode-se
destacar que falta recuperar cerca de R$ 77,6 bilhões relativa às perdas com a defasagem de preços no período
de 2011 a 2014.
CSN ALONGA DÍVIDA DE R$ 2,21 BILHÕES COM BB
A CSN informou nesta sexta-feira que concluiu operação de alongamento de prazo de parte de sua dívida
com o Banco do Brasil, no montante de R$ 2,208 bilhões. Com a operação, vencimentos previstos para 2016 e
2017 foram deslocados para período compreendido entre 2020 e 2022, em parcelas igualmente distribuídas. Em
3 de setembro, a CSN havia comunicado o alongamento de dívida de R$ 2,57 bilhões com a Caixa Econômica
Federal. A empresa negocia ainda o alongamento de dívidas com um banco privado.
CONSTRUTORAS SOFREM COM DEMANDA EM BAIXA
Com sérias dificuldades financeiras, agravadas pelo ambiente econômico adverso, o setor de construção
civil é um dos piores em alavancagem. Nessa seara, PDG e Rossi figuram como os casos mais preocupantes,
apontam especialistas. Tradicionalmente, as construtoras têm um longo ciclo de negócios e operam muito
alavancadas. Algumas estão atualmente em fase de entrega de projetos, quando supostamente seria o momento
de folga no caixa, mas isso está acontecendo em meio a uma conjuntura extremamente ruim, com demanda
reprimida para imóveis, custo do crédito em elevação e reduzida capacidade de endividamento por parte das
famílias. Diante disso, a PDG Realty já fez aumento de capital de R$ 500 milhões neste ano e, depois do prejuízo
do segundo trimestre, anunciou plano de reestruturação das dívidas para adequar o perfil do endividamento às
perspectivas de curto, médio e longo prazos, reforçar o capital de giro e fortalecer sua estrutura de capital.
Enquanto os resultados da reestruturação não aparecem, as ações da companhia despencam na bolsa. A queda é
de quase 90% só neste ano. O momento também é difícil para a Rossi. A companhia contabilizava dívida líquida
de R$ 1,75 bilhão ao fim do segundo trimestre e Ebitda negativo no período. O diretor de relações com investidores
da Rossi, Fernando Miziara, diz que a companhia está focada em proteger o caixa e diminuir a alavancagem. De
acordo com o executivo, a incorporadora está perto de encerrar um ciclo de negócios iniciado entre 2012 e 2013,
mas que deve se estender até o início de 2017. A emissão de capital é descartada no curto prazo, mas uma
eventual venda de ativos para a diminuir a alavancagem pode ser considerada.
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BANCO MÉDIO AMPLIA CAPTAÇÃO NO VAREJO
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Terça-feira,
Maio de 2014.
A base de captação de recursos de uma série de bancos de menor porte e de financeiras
passou20
pordeuma
transformação nos últimos dois anos. Antes concentrado em grandes investidores institucionais, o funding dessas
instituições passou a contar com uma participação relevante e crescente do público de varejo. O crescimento
acontece apesar do agravamento da crise política e econômica neste ano e das dificuldades enfrentadas por
algumas instituições de médio porte com avanço dos calotes corporativos. Em bancos como Pine e Indusval, esse
crescimento foi expressivo. Em outras instituições, como Sofisa, ABC Brasil e Daycoval, a captação de varejo
também tem avançado. Conseguir ampliar a base de investidores no varejo é um desejo antigo de instituições de
menor porte. O movimento, porém, só começou a tomar corpo quando, em 2013, houve o aumento da cobertura
que o FGC paga por CPF em caso de problemas na instituição financeira. O volume garantido subiu de R$ 70
mil para R$ 250 mil. Sem contar com redes de agências como os grandes bancos, as instituições de médio porte
se valeram das corretoras para ampliar a captação entre o público de varejo. Com o fraco desempenho da bolsa
e a alta da taxa Selic, os papéis de bancos, tanto os produtos isentos de imposto de renda, como LCI e LCA,
como os tradicionais CDB, viraram um dos destaques na prateleira de produtos financeiros oferecidos pelas
corretoras e mesmo pelas áreas de private banking dos grandes bancos. "Minha dúvida é saber se os investidores
sabem o que estão comprando", afirma um banqueiro cuja instituição possui exposição pequena a depósitos de
pessoas físicas.
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CONTATO
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Terça-feira, 20 de Maio de 2014.
(19) 3365-5417
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situação financeira.
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