Newsletter 109

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Newsletter 109
Agroindústria
Alimentos
Comércio
Farmacêuticos
Bens de Consumo
Têxtil e Confecções
Embalagens
Materiais de Construção
Petróleo e Petroquímica
Mineração
Siderurgia
Bens de Capital
Materiais de Transporte
Eletrônicos e Componentes
Tecnologia da Informação
Transportes e Logística
Imobiliário
Serviços
Financeiro
Outros Setores
Ambiente Macroeconômico e de Investimentos
O otimismo com a economia brasileira voltou a predominar nestas
últimas semanas, a partir da percepção de que o País encontra-se
bem protegido dos riscos externos e de que existe espaço para um
crescimento diferenciado de seu mercado interno. E a
mega-distribuição de ações da Petrobras transcorreu sem problemas,
deixando de pressionar os demais papéis do mercado. Assim, sem
fatores internos ou externos contundentes, a taxa de câmbio teve
espaço para valorizar-se um pouco mais, influenciada pelos mesmos
fluxos e confiança que levaram à recuperação no valor das
empresas.
Essencialmente, o ciclo virtuoso de expansão da economia real tende
a sustentar-se no próximo ano, caso não haja alteração no núcleo da
política econômica sob o novo governo. Desta forma, ainda que o
processo eleitoral pouco esteja influenciando a dinâmica recente das
expectativas, a definição da próxima equipe econômica e de seus
guidelines não é irrelevante para o cenário.
Quanto aos negócios, vimos nestas últimas semanas uma satisfatória
variedade de notícias, tanto no que diz respeito às intenções de
investimentos produtivos quanto em relação a novos acordos de
M&A. O destaque, como não poderia deixar de ser, foi o aumento de
capital da Petrobras e os negócios direta e indiretamente
relacionados à extração de petróleo na camada do pré-sal. Fora isso,
o período também se caracterizou pela boa representatividade
setorial, demonstrando que os efeitos na economia brasileira tem
sido bem distribuídos. Para este final de ano, no período
pós-eleitoral, acreditamos que o ambiente de negócios e
investimentos possa afigurar-se ainda positivo.
CENÁRIO ECONÔMICO
2007
2008
2009
2010*
2011*
PIB (PM) - Var %
5.7
5.1
0.2
7.5
4.5
Inflação IPCA - Var %
4.5
5.9
4.3
5.1
4.9
1.771
2.337
1.743
1.75
1.80
Tx de Juros Nominal - % Acum. Ano
11.9
12.5
9.9
10.0
11.6
Dívida Pública - % PIB
43.9
37.3
43.0
40.7
39.5
Saldo Comercial - US$ Bilhões
40.0
24.8
25.3
15.0
10.0
Trans. Corrente - US$ Bilhões
1.6
-28.2
-24.3
-50.0
-60.0
34.6
45.1
25.9
30.0
38.0
Tx de Câmbio - R$/US$ Fim Ano
Investimentos Diretos - US$ Bilhões
* Fonte: Focus - Relatório de Mercado - 24/09/2010
(Banco Central do Brasil)
Topo
Agroindústria
| O grupo Bertin vai destinar R$ 800 m nos próximos quatro anos
aos seus projetos de açúcar e álcool. O aporte será nas usinas da
Infinity Bioenergy, empresa controlada pelo grupo desde o início
de 2010. Do montante previsto, R$ 300 m destinam-se a projetos
de cogeração energética a partir do bagaço de cana na Usinavi
(em Naviraí-MS), na Ibirálcool (um projeto greenfield em
Ibirapuã-BA) e na Disa (em Conceição da Barra-ES), que
absorverá o bagaço gerado nas duas unidades do pólo capixaba, a
Alcana e a Cridasa. Mais R$ 389 m serão empregados na
própria conclusão da usina baiana, a Ibirálcool. E o
restante destina-se ao aumento de capacidade das usinas já
existentes, com a compra de moendas e melhorias de canaviais. O
Bertin também anunciou a aquisição de 70% da Thermes
Participações, empresa que possui três empreendimentos na
área de energia eólica. O valor do negócio não foi divulgado.
| Ainda em processo de associação com a Petrobras
Biocombustíveis para a produção de etanol na Região CO, o
Grupo São Martinho aprovou investimentos de R$ 173 m em
seu maior projeto de cogeração de energia com bagaço de cana. O
aporte será na própria usina matriz, em Pradópolis (SP), estando
previstos R$ 43,2 m para a safra 2010/11, R$ 69,2 m para
2011/12 e R$ 61,6 m para 2012/13.
| A Fiagril, trading com sede em Lucas do Rio Verde (MT),
retomou os 25% de seu capital que se encontravam em poder do
BNDES. O valor da operação não foi divulgado, mas, com ela, a
Fiagril pretende ganhar flexibilidade para seu plano de expansão.
O planejamento da empresa envolve aplicações de R$ 250 m nos
próximos cinco anos, sendo R$ 150 m até 2012. Os objetivos são
duplicar sua capacidade de armazenagem de grãos, erguer uma
esmagadora de soja e instalar um terminal portuário no PA.
| A Produquímica, fabricante de micronutrientes (cobre, zinco e
manganês) para indústrias de fertilizantes, pretende investir R$
120 m ao longo dos próximos três anos. Com o aporte, a empresa
deve erguer uma nova unidade produtiva em Suzano (SP),
ampliar sua fabricação de enxofre solúvel e dar manutenção às
suas nove unidades no País. A Produquímica hoje abastece
companhias como Bunge, Heringer e Vale. A nova planta será
dedicada à produção de uréia revestida e ficará com R$ 25 m do
orçamento de investimentos.
| Com investimentos de R$ 54 m, a Caramuru Alimentos
inaugurou em Ipameri (GO) sua segunda unidade produtora de
biodiesel. Como matérias-primas, a nova planta utilizará óleos
vegetais, principalmente de soja, e gorduras animais,
notadamente sebo bovino. A Caramuru é a maior processadora
de grãos de capital nacional e já possui uma unidade de biodiesel
em São Simão, também em GO.
| O fundo de private equity FIP Terra Viva, administrado pela
DGF Investimentos, adquiriu 32% da Usina Paraíso
Bioenergia, sediada em Brotas (SP). Este foi o terceiro ativo
adquirido neste ano pelo fundo. Além de participações no setor
sucroalcooleiro, o Terra Viva também visa fechar parcerias em
outros elos da cadeia, como logística e insumos. Hoje, além da
Paraíso Bioenergia, o fundo conta com investimentos
minoritários nas duas unidades do Grupo Tonon, em Maracajú
(MS) e em Bocaina (SP).
| A Vale concluiu a compra da participação de 20,27% da norteamericana Mosaic, controlada pela Cargill, no capital votante da
Fosfértil. A aquisição foi efetivada por meio da subsidiária
Mineração Naque e custou US$ 1,03 bilhão à Vale. Antes, a
mineradora já havia adquirido as ações da Bunge, da Yara, da
Heringer e da Fertipar na Fosfértil. Com os papéis da Mosaic, a
Vale passa a deter 78,9% do capital da maior fabricante de
matérias-primas para fertilizantes do País, o que compreende
99,8% de seu controle acionário. O nome da Fosfértil foi
formalmente alterado pela nova controladora para Vale
Fertilizantes.
Topo
Alimentos
| A Cooperativa Central Mineira de Laticínios (Cemil) desistiu
de participar da criação da maior cooperativa de lácteos da
América Latina, em sociedade com a Itambé, a Minas Leite, a
Centroleite e a Confepar. A Cemil concluiu que sua participação
na nova estrutura seria muito reduzida. Com isso, optou por
manter-se autônoma e está retomando investimentos de R$ 85 m
em seu parque produtivo até 2012. Deste montante, R$ 45 m
destinam-se à ampliação de sua sede em Patos de Minas (MG),
onde fabricará leite condensado. O restante irá para a construção
de uma nova planta em Caruaru (PE), que atenderá o mercado
nordestino.
| A Sorvete Rochinha, empresa de São Sebastião (SP), vai
investir R$ 8 m para ampliar sua produção com uma nova fábrica,
sediada em São José dos Campos (SP). Com isso, a Sorvete
Rochinha pretende abastecer os mercados de Florianópolis (SC),
Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF), Belo Horizonte (MG) e Recife
(CE). Atualmente a empresa opera por meio de mais de 300
pontos de venda no Estado de São Paulo.
| O grupo Umbria, proprietário das marcas de restaurante
Spoleto (massas), Domino's (pizzas) e Koni Store (temakeria),
está investindo R$ 12,5 m em uma nova fábrica de massas e
molhos. A unidade já começou a ser construída em Volta Redonda
(RJ) e tem inauguração prevista para 2011. Ela irá absorver a
produção atual do grupo no Rio de Janeiro (RJ). O grupo Umbria
também conta com uma fábrica de proteínas (produtos de carne)
em Petrópolis, RJ.
| O fundo de investimentos Mercatto Capital Partners assumiu
uma participação de 40% no capital da Villa Germania, líder no
abate e comercialização de patos e marrecos no Brasil. A empresa
possui sede em Indaial (SC) e prepara-se para entrar no mercado
europeu. Para tanto, prevê investimentos de R$ 30 m na
ampliação de sua fábrica e na certificação de produtos. O
montante aportado pela Mercatto não foi divulgado. A Villa
Germania tem em sua estrutura acionária a Kaefer Agro
industrial, do Grupo Globoaves.
| E a Mercatto deu outro passo no setor de alimentos ao assumir
uma participação de 29,3% no capital da Forno de Minas,
tradicional fabricante de pão de queijo. Com a operação, a
empresa de alimentos decidiu investir R$ 30 m em novas linhas
de produtos, como tortas, quiches e salgadinhos. O valor da
participação não foi divulgado, mas ela marca uma nova fase para
a Forno de Minas Alimentos que, após passar pelo controle da
Pillsbury e da General Mills, hoje se encontra em poder dos
acionistas fundadores.
| O Grupo CRM, detentor das marcas Kopenhagen, Brasil
Cacau e DanTop, inaugurou seu novo complexo industrial em
Extrema (MG), que receberá as atividades da empresa hoje
baseadas em São Paulo. O investimento da CRM na unidade foi de
R$ 100 m e ela já conta com duas fases de expansão
programadas, sendo a primeira em 2011.
| A empresa brasileira de investimentos 3G Capital
Management, baseada em Nova York, fechou acordo para
aquisição da rede Burger King por US$ 4 bilhões, considerando
as ações e as dívidas da empresa. A Burger King é a segunda
maior rede mundial de hambúrgueres, atrás do McDonald's. Ela
conta com 12 mil unidades em 76 países. Os planos da empresa
com os novos controladores são de acelerar sua expansão nos
mercados da Ásia e da América Latina. No Brasil, a rede Burger
King chegou há cinco anos.
| A JBS, maior produtora mundial de carne bovina, fechou acordo
com a Jack Link's Beef Jerky, especialista norte-americana em
beef jerky, para operar duas fábricas no Brasil. As unidades ficam
em Lins e em Santo Antônio de Posse, em SP. Pelo acordo, a JBS
fornecerá matéria-prima e operará em conjunto as unidades com
a Jack Link's. A joint venture será dividida em partes iguais e
deve iniciar suas operações até o final de 2010.
| A Cargill firmou acordo para a aquisição dos negócios com
produtos de tomate da Unilever no Brasil, por cerca de R$ 600 m.
A transação envolve as marcas de molho de tomate Pomarola e
Tarantella; as de extrato de tomate Elefante e Extratomato; e
a de polpa de tomate Pomodoro. Também abrange as linhas
destes produtos na fábrica da empresa em Goiânia (GO), mas não
inclui as linhas das marcas Hellmann's e Arisco. A Unilever era
a maior empresa do segmento, com 42% do mercado de molhos e
40,7% do segmento de extratos. Esta é a primeira investida
mundial da Cargill no negócio de atomatados. No Brasil a
empresa já atua no varejo de alimentos com os óleos Liza e
Mazola, o azeite Gallo e outros produtos importados.
Topo
Comércio
| A norte-americana Starbucks Corporation assumiu 100% do
controle operacional e societário da Starbucks Brasil. A
transação foi efetivada por meio da aquisição da Cafés Sereia do
Brasil e os valores envolvidos não foram divulgados. A rede de
cafeterias Starbucks iniciou suas atividades no Brasil em 2006,
sendo que a Cafés Sereias detinha 51% das operações locais.
Atualmente a rede da empresa conta com 23 cafeterias em três
cidades: Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas (SP).
| Com investimentos previstos de R$ 35 m, a Leader Magazine,
rede fluminense que atua no varejo de roupas, artigos de cama e
banho e brinquedos, pretende inaugurar sete novas unidades
neste ano. A empresa hoje conta com 45 lojas, sendo 11 fora do
Estado do RJ. As novas unidades ficarão em Salvador-BA (2),
Recife-CE (2) e no próprio Rio de Janeiro (3). Para o período 2011
a 2013 o plano da empresa, que esteve próxima de se associar à
Renner, é abrir entre 15 e 20 lojas no País.
| A Le Lis Blanc, única grife de moda brasileira com ações em
bolsa de valores, irá investir R$ 61 m em 2011 e 2012 para
inaugurar 36 novas lojas. A varejista de moda feminina hoje conta
com 42 unidades e pretende chegar a um total de 100 até 2013, o
que pode elevar os investimentos previstos para
aproximadamente R$ 100 m. A Le Lis Blanc tem como principal
acionista o fundo de private equity Artesia.
Topo
Farmacêuticos
| A nova fábrica de vacinas da farmacêutica suíça Novartis no
Brasil será construída na cidade de Goiana, na Grande Recife (PE).
O complexo receberá investimentos previstos entre US$ 300 m e
US$ 500 m, sendo que suas operações deverão se iniciar em
2014. O destino de seus produtos será tanto o mercado interno
quanto o externo. Esta será a primeira fábrica de vacinas do grupo
Novartis na América Latina. Atualmente, o laboratório conta com
uma unidade de medicamentos em Taboão da Serra (SP), uma em
Rezende (RJ) e outra em Cambé (PR), sendo esta última
controlada por seu braço de produtos genéricos, a Sandoz.
| A Reckitt Benckiser investirá R$ 20 m nos próximos seis meses
para ingressar no mercado farmacêutico brasileiro. Aqui, a
empresa atua em diversos segmentos com marcas como o
tiramanchas Vanish, o aromatizador Bom Ar Air Wick, o
desinfetante Harpic, o depilador Veet, os inseticidas SBP e
Mortein, o desinfetante Lysol, as ceras Poliflor e Destak e o
limpador Veja. Mundialmente a Reckitt Benckiser tem 25% de
seu faturamento baseado no setor farmacêutico, sendo que o
primeiro medicamento da empresa no Brasil será dedicado ao
tratamento gastrointestinal.
Topo
Bens de Consumo
| A Hypermarcas, empresa do setor de bens de consumo,
anunciou a aquisição de 100% do capital da Mabesa do Brasil e
suas subsidiárias. A Mabesa atua na fabricação e comercialização
de fraldas descartáveis, absorventes higiênicos femininos e lenços
umedecidos. Suas principais marcas são a Cremer-Disney, Plim
Plim, Puppet e Affective. O valor do negócio é estimado em R$
350 m e, com ele, a Hypermarcas assume a condição de maior
empresa do País no setor de fraldas descartáveis. Nele, além do
portfólio da Mabesa a Hypermarcas também já adquiriu os
negócios da Pom Pom, da Sapeka e da York.
| A Nadir Figueiredo vai investir R$ 79,6 m em sua fábrica de
Suzano, SP. Será construído um novo forno e serão criados dois
armazéns. Este é o primeiro grande desembolso da fabricante de
copos e outros produtos de vidro desde a reforma da unidade
adquirida em 2008. O forno deverá entrar em operação no prazo
de dois anos, enquanto os dois novos armazéns estão previstos
para os próximos seis meses. A Nadir Figueiredo possui outra
unidade produtiva, em São Paulo (SP).
Topo
Têxtil e Confecções
| Em continuidade ao seu plano de expansão na América Latina, a
Vicunha Têxtil pretende investir US$ 25 m para duplicar a
produção de sua fábrica no Equador e para implantar um centro
de distribuição no México. Este último ficará junto ao pólo de
confecção daquele país e atenderá o mercado dos EUA. Em junho,
a Vicunha Têxtil recebeu um aporte de R$ 250 m do fundo Nala,
do BTG Pactual, que passou a deter 37,5% da Textília, holding
do grupo. Entre os planos da Vicunha também está a aquisição de
uma unidade produtiva na Argentina, onde atualmente ela só atua
comercialmente.
| O Carlyle Group, gestor norte-americano de investimentos, fará
um aporte no capital na Scalina, fabricante e varejista brasileira
de moda íntima feminina. Os valores da operação não foram
divulgados. A Scalina atua com marcas como TriFil e Scala e
detém cerca de 10% do mercado interno de meias e lingeries. A
TriFil atua por meio de lojas multi-marcas, enquanto a Scala
distribui seus produtos em lojas franqueadas. A Scalina
atualmente conta com três unidades industriais.
Topo
Embalagens
| A Wheaton Brasil prepara-se para investir R$ 25 m na
construção de uma nova fábrica, que irá concentrar sua produção
de tampas de alumínio destinadas a setores como o de bebidas, de
alimentos e de cosméticos. A empresa é grande fornecedora de
frascos de vidro, selos de alumínio e tampas de borracha para a
indústria farmacêutica e, com a nova unidade, irá diversificar sua
atuação. Sua produção atual de tampas é efetivada pela
Farmacap, em Itapecerica da Serra (SP), sendo que a nova
unidade dará origem a outra subsidiária, a Neocap. O grupo
também conta com a Wheaton Vidros (embalagens), a Decor
(pintura para frascos), a Viton (equipamentos para a indústria
vidreira) e a Extar (comércio e representação).
| A Unigel, fabricante de estirenos e acrílicos, está se desfazendo
de suas participações minoritárias em empresas de embalagens.
Já vendeu uma participação de 18% na Latapack, produtora de
latas de alumínio para o setor de bebidas, e também deve vender
seus 25% na Engepack, produtora de embalagens PET. Com os
recursos obtidos, cerca de R$ 150 m, a Unigel deve expandir sua
atuação na área de especialidades químicas, onde visa ganhos de
escala.
| A norte-americana Owens Illinois (O-I) adquiriu as operações
do grupo pernambucano Cornélio Brennand (GCB) na área de
embalagens de vidro para bebidas, alimentos e fármacos. A
Cornélio Brennand atuava no segmento por meio da
Companhia Industrial de Vidros (CIV), que foi vendida por
US$ 603 m. Com isso, ela agora irá concentrar seus negócios com
vidros no segmento de produtos planos, voltados para a
construção civil e a indústria automobilística. Tanto que os
recursos obtidos irão amparar a construção de uma nova fábrica
de R$ 330 m nesta área. Para a Owens, a aquisição, que envolve
duas fábricas em PE e uma no CE, amplia em 50% suas atividades
no Brasil.
Topo
Materiais de Construção
| A Duratex, maior fabricante de painéis e chapas de madeira do
País e controlada pela Itaúsa, vai investir R$ 220 m para ampliar
a produção de sua divisão de louças e metais sanitários, a Deca.
Deste montante, R$ 120 m serão aplicados na expansão da fábrica
de metais de Jundiaí (SP) e R$ 100 m na modernização e
ampliação da unidade de louças de Queimados (RJ). Esta última
está paralisada desde que foi adquirida da Ideal Standard em
2008. Os projetos deverão ser concluídos entre 2011 e 2012.
| A Fortaleza, terceira maior fabricante de argamassa do País e
com sede em Barueri (SP), está investindo R$ 30 m para construir
três novas fábricas e quadruplicar sua capacidade produtiva. A
empresa concorre com as líderes Quartzolit e Votorantim e com
outras 190 fabricantes regionais. Das três novas unidades, uma
será instalada em São Roque (SP), que substituirá a fábrica de
Barueri. As outras duas serão instaladas em Araraquara (SP) e em
Queimados (RJ).
Topo
Petróleo e Petroquímica
| A Petrobras efetivou seu aumento de capital com uma emissão
recorde de ações em mercado. A oferta deve chegar aos
esperados R$ 120,24 bilhões (cerca de US$ 70 bilhões) com o
exercício do lote suplementar, dando à estatal sustentação
financeira para sua exploração de petróleo e gás na camada
pré-sal. Do total da emissão, R$ 74,8 bilhões serão utilizados no
pagamento de direitos exploratórios nesta área. Após a
capitalização, a Petrobras dispara como maior empresa do
mercado brasileiro, chegando a um valor de R$ 337 bilhões. A
parcela da captação aberta ao público foi da ordem de R$ 21
bilhões e só ela já seria considerada a maior transação na bolsa
brasileira, superando a oferta de R$ 19,4 bilhões da Vale em
2008 e a de R$ 13,1 bilhões do Santander em 2009. A operação
também torna a Petrobras a segunda maior empresa de petróleo
do mundo, em valor de mercado, atrás apenas da norte-americana
Exxon. Ao final, a participação da União na empresa será
ampliada de 40% para 48%.
| A espanhola Repsol e a chinesa Sinopec fecharam acordo para
o desenvolvimento conjunto de projetos no Brasil e estão criando
uma empresa com valor de US$ 17,8 bilhões. Na união, a Repsol
Brasil fará um aumento de capital de US$ 7,1 bilhões a ser
totalmente subscrito pela Sinopec, que é a maior companhia
petroleira e petroquímica da China. Ao final da operação, a
Repsol ficará com 60% da Repsol Brasil e a Sinopec com 40%.
Os ativos da Repsol no Brasil hoje são avaliados em US$ 10,7
bilhões e abrangem campos exploratórios no pré-sal.
| A francesa Rhodia fechou acordo com a Companhia
Petroquímica Saudita Internacional (Sipchem), da Arábia
Saudita, para construir uma fábrica de acetato de etila, insumo
utilizado pelas indústrias de tintas e vernizes. Pelos termos, a
empresa saudita investirá cerca de US$ 100 m para erguer a
unidade, sendo que a subsidiária brasileira da Rhodia entrará
com a tecnologia, com o etanol destinado à produção e com a
comercialização do produto final. Com sua reestruturação global, o
Brasil passou a sediar duas das onze divisões da empresa: a de
solventes e a de fibras (fios sintéticos). A unidade prevista pela
Sipchem deverá iniciar suas atividades entre o final de 2012 e o
início de 2013.
| A Braskem está inaugurando sua unidade de plástico verde
construída no Pólo de Triunfo (RS). A planta recebeu aporte de
R$ 500 m e irá produzir eteno utilizando matéria-prima
totalmente renovável (etanol de cana-de-açúcar). O produto é
transformável em polietileno verde, que conta com preços mais
elevados no mercado internacional, principalmente o europeu.
Com a nova linha, a Braskem posiciona-se como líder no mercado
global de biopolímeros, produzidos a partir de combustíveis
não-fósseis.
Topo
Mineração
| A Votorantim Metais (VM) assumiu o controle da Milpo,
terceira maior mineradora de zinco do Peru. A transação foi
efetivada por meio de oferta pública de compra na Bolsa de Lima e
a VM pagou US$ 420 m pelas ações. A Milpo possui três minas
polimetálicas no Peru e duas minas de cobre, sendo uma no Peru
e outra no Chile. No total, a mineradora brasileira já investiu US$
1,5 bilhão no Peru, onde também controla uma refinaria de zinco.
A VM é hoje a terceira maior do mundo no setor de zinco, a maior
da América Latina na área de níquel eletrolítico e a líder no Brasil
no setor de alumínio.
| A MMX Mineração e Metálicos, subsidiária do grupo EBX,
anunciou a aquisição da GVA Mineração, empresa que conta com
uma mina de minério de ferro no complexo de Serra Azul, no
quadrilátero ferrífero de MG. A GVA pertencia à Viabel
Consultoria e o valor de sua aquisição foi de US$ 50,8 m a serem
pagos em parcelas corrigidas pelo valor do minério. A nova
unidade se somará à produção das minas da AVG/Minerminas,
subsidiária da MMX.
| E a própria MMX foi alvo de acordo firmado entre o grupo EBX e
o conglomerado coreano SK Networks. Por ele, a empresa
asiática investirá US$ 700 m para ficar com uma fatia de 11% do
capital da subsidiária de mineração. Está previsto um aumento de
capital de US$ 2,2 bilhões na MMX e, se todos os acionistas
aderirem, a composição acionária da empresa passará a ser de
35% para o grupo EBX, 20% para a chinesa Wuhan, 11% para a
SK e 34% em circulação no mercado. Os novos recursos serão
utilizados pela empresa para a aquisição do Superporto Sudeste,
da LLX Logística (abrigado na LLX Sudeste), da qual a LLX
possui 70% e a Centennial outros 30%. Está prevista uma cisão
parcial dos ativos da LLX, com a MMX incorporando a LLX
Sudeste, que passará a se chamar PortX.
| A mineradora Eurasian Natural Resources Corporation
(ENRC), do Cazaquistão, exerceu direito de compra e absorveu os
50% de seu sócio na Bahia Mineração Ltda (BML). A BML
possui atividades em Caitité, BA. A ENRC irá desembolsar US$
670 m e ficará com 100% da BML, cuja produção de concentrado
de minério de ferro está prevista para 2013. O acordo também
inclui a opção de compra dos direitos minerários de outro projeto
de mineração na região de Urandi, na BA, que, se exercida,
implicará em investimento extra de US$ 150 m.
Topo
Siderurgia
| A Gerdau concluiu a aquisição do capital total da Cleary
Holdings, empresa que possui unidades de coque metalúrgico e
reservas de carvão na Colômbia. A conclusão se deu com a
compra dos 49,1% restantes da Cleary por US$ 57 m, já que o
grupo gaúcho detinha 50,9% da colombiana deste 2008.
Atualmente, toda a produção da Cleary destina-se ao mercado
internacional.
| O grupo Gerdau também fechou acordo para adquirir 100% da
siderúrgica norte-americana Tamco por US$ 165 m. A transação
deve ser efetivada por meio da subsidiária Gerdau Ameristeel e
ampliará a rede de usinas mini-mills da Gerdau na América do
Norte. A Tamco é uma das maiores fornecedoras de vergalhões
da costa oeste dos EUA e é a única produtora de aços longos da
Califórnia. A empresa era controlada pela Ameron International
e pelas japonesas Tokyo Steel e Mitsui.
| A Ternium, divisão siderúrgica do grupo ítalo-argentino Techint
na América Latina, deve instalar uma usina de placas de aço na
retroárea industrial do Superporto do Açu, da LLX Logística. A
empresa fechou acordo com a EBX e adquiriu a Siderúrgica do
Norte Fluminense (SNF), da LLX Açu. O empreendimento
garantirá o uso de dois berços do porto para exportação de
minério e importação de carvão. O investimento no projeto será
de US$ 6 bilhões e a data de suas operações é prevista para o
final de 2013. Ele terá unidades integradas de coqueria,
sinterização de minério, alto-fornos e aciaria. As laminadoras do
grupo Techint no México (Hylsamex) e na Argentina (Siderar)
serão os principais clientes da unidade.
Topo
Bens de Capital
| A Iesa Óleo & Gás vai instalar uma unidade de produção de
módulos para plataformas de petróleo em Navegantes, SC. Com
isso, a empresa visa atender a demanda da Petrobras. O
investimento da Iesa será de R$ 30 m e as obras devem ser
iniciadas nas próximas semanas. A previsão é de que a produção
da unidade comece no primeiro semestre de 2011. A Iesa possui
sede em Araraquara (SP) e presta serviços de EPC (engenharia,
aprovisionamento e construção) para as áreas de óleo, gás,
química e petroquímica.
| A norte-americana Caterpillar escolheu o município de Campo
Largo (PR) para sediar sua segunda fábrica no Brasil. Lá, a
empresa adquiriu e irá remodelar a antiga unidade da Chrysler a
fim de abrigar a produção de retroescavadeiras e carregadeiras de
sua divisão de produtos de construção leve, atualmente sediada
em Piracicaba (SP). O plano de investimentos da empresa é de
US$ 180 m nos próximos dois anos, o que também abrange a
matriz em Piracicaba. A nova fábrica iniciará sua produção em
2011.
| A Energia Solar Brasileira (Esbra) obteve autorização para
iniciar a construção da primeira fábrica de placas fotovoltaicas do
País, em Horizonte-CE. O custo do empreendimento é estimado
em aproximadamente R$ 70 m, dos quais R$ 13 m na sua fase
inicial, até 2011, que prevê a montagem de painéis solares,
importando parte dos componentes. A segunda etapa consiste na
fabricação da maioria dos componentes, inclusive a extração de
silício para produção das células dos painéis.
| Com investimento de US$ 25 m, a Brasil Máquinas de
Construção (BMC) deve instalar no Brasil a segunda linha de
montagem da chinesa Xuzhou Construction Machinery Group
(XCMG). A unidade ficará no ES e tem início de produção previsto
para 2011. A XCMG já possui uma linha de escavadeiras sendo
instalada em PE, em parceria com a distribuidora brasileira Êxito.
Já a unidade capixaba será dedicada à produção de
motoniveladoras e compactadores. A BMC é hoje a principal
representante dos produtos para construção pesada da Hyundai
no País, mas a empresa coreana não possui em seu portfólio a
linha de motoniveladoras e compactadores.
Topo
Materiais de Transporte
| A Teknia Tecnotubo, do grupo espanhol Teknia
Manufacturing, está investindo R$ 20 m na construção de uma
fábrica no Brasil para concentrar sua produção local. Aqui, a
empresa produz para o setor automobilístico peças plásticas,
estampadas, usinadas e injetadas, além de conjuntos tubulares. A
nova unidade iniciará suas atividades no segundo semestre de
2011 e será erguida em Jacareí (SP). Atualmente, a Teknia atua
em cinco países e, no Brasil, opera duas unidades em São Paulo
(SP).
| A Johnson Controls, maior fabricante mundial de baterias
automotivas, anunciou investimentos de US$ 51 m para expandir
suas operações em Sorocaba, SP. Com isso, a empresa pretende
atender o crescimento previsto para as indústrias automotiva e de
motocicletas no País. O prazo do investimento se estende até
2013. No Brasil, onde a empresa também é líder de mercado, a
Johnson Controls tem como principal marca a Heliar. Ela atende
tanto o mercado de peças originais quanto o segmento de
reposição.
| Para amparar seu contrato de fornecimento de monotrilhos para
a linha Expresso Tiradentes, a Bombardier irá investir na
ampliação de sua unidade em Hortolândia, SP. A empresa
canadense é uma das três maiores fabricantes mundiais de
equipamentos para o setor ferroviário. Sua unidade paulista, até o
momento, só fazia a reforma de trens. O contrato recém firmado
pela empresa prevê a compra de 54 trens monotrilhos, sinalização
e sistemas elétricos. O valor do aporte na fábrica não foi divulgado
pela empresa.
| A chinesa Chery Automobile assinou memorando de
entendimentos para a instalação de uma fábrica de automóveis
em Jacareí, SP. A primeira fase do empreendimento prevê
investimentos de US$ 134 m e início de operações ao final de
2013. Mas o investimento total da Chery ainda pode chegar a
US$ 400 m. Na China, além de automóveis, a montadora também
produz navios e autopeças.
Topo
Eletrônicos e Componentes
| A brasileira Digitron vai instalar uma fábrica de discos rígidos
(HD's) em Manaus (AM), com investimentos totais de R$ 158 m no
prazo de três anos. A montagem dos componentes também marca
a entrada da norte-americana Western Digital no Brasil, uma
vez que a empresa firmou acordo com a Digitron para a
fabricação terceirizada dos dispositivos. Dos investimentos
previstos, R$ 47 m deverão ser aplicados no primeiro ano de
atividades. A Digitron já conta com uma fábrica em Manaus,
voltada para a produção de outros componentes de informática.
Atualmente, a única fabricante de HD's instalada no Brasil é a
coreana Samsung.
| E a Samsung, por sua vez, pretende montar uma fábrica de
telas de cristal líquido (LCD) no Brasil com investimentos
superiores a R$ 290 m. É o maior aporte já indicado neste
mercado no País. Do montante total, previsto para o horizonte de
três anos, cerca de R$ 90 m serão aplicados nos doze primeiros
meses. A unidade será erguida em Manaus (AM) e inicialmente
visa atender a montagem de aparelhos de televisão.
| A Harman, empresa de áudio e infotainment (soluções
integradas de áudio, vídeo e navegação para automóveis), está
investindo US$ 100 m para expandir suas atividades no Brasil. A
Harman recentemente incorporou a brasileiras Eletrônica
Selenium, que será base para a expansão da empresa norteamericana na América Latina. Os aportes previstos visam o
aumento de capacidade das fábricas em Nova Santa Rita (RS) e
Manaus (AM), além da instalação de um centro de
desenvolvimento de produtos.
Topo
Tecnologia da Informação
| A empresa de softwares Totvs anunciou a aquisição da SRC,
rede de franquia de desenvolvimento de softwares da Datasul. A
transação tem valor estimado de R$ 43 m. A SRC é formada pelas
franquias Logistics Solutions, Futura Soluções em Finanças,
Acton, SGP e Autus, e já mantinha contratos com a Totvs. Há
um ano a Totvs incorporou a própria Datasul, consolidando sua
posição no mercado de softwares. Atualmente, ela é a maior
empresa latino-americana de desenvolvimento de softwares
aplicativos e sistemas de gestão.
| A Capgemini, empresa francesa de serviços de TI, adquiriu o
controle da brasileira CPM Braxis por R$ 517 m. A transação
envolve 55% das ações da CPM Braxis que, no novo grupo, passa
a figurar entre as dez maiores do mundo no segmento de serviços
de TI. A compra foi efetivada por meio da incorporação de um
terço dos papéis dos acionistas (R$ 230 m) e por um aporte de
capital de R$ 287 m para amparar investimentos e pagar dívidas
da empresa. O Bradesco, maior cliente e acionista da CPM
Braxis, ficou agora com 20% da empresa.
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Transportes e Logística
| A Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR) fechou a
compra da totalidade do capital da concessionária Rodovias
Integradas do Oeste (SPVias). Inicialmente, ela assumiu
73,45% de participação pagando R$ 947 m. Posteriormente,
fechou novo acordo para assumir os 26,55% restantes, elevando
o valor da operação para R$ 1,289 bilhão. Na primeira fase, a
CCR, por meio da Companhia de Participações em Concessões
(CPC), ficou com 100% da G4 Participações SPE, que
possui 54,89% da SPVias, além dos 18,56% de participação
direta pertencentes à Planova. Na segunda fase, ela incorporou
os 26,55% da Multivias, pagando R$ 342 m. A SPVias possui um
trecho da Rodovia Castello Branco, um da Rodovia Raposo
Tavares e mais quatro vias no Oeste de SP. A CCR já conta com
um trecho da Castello Branco e outro da Raposo Tavares, por
meio da ViaOeste. A concessão da SPVias vai até 2027 e seus
investimentos previstos são de R$ 565 m.
| A brasileira TAM Linhas Aéreas e a LAN Chile fecharam
acordo para fundir suas atividades e formarem a Latam Airlines
Group até meados de 2011. Na sociedade, a TAM deverá focar o
mercado brasileiro, enquanto a LAN será dedicada aos mercados
hispânicos (Chile, Argentina, Peru, Equador e Colômbia). A Latam
tem planos de atuação global e visa os mercados europeu e norteamericano. O novo grupo deve receber 200 novas aeronaves até
2016, número que pode ser acrescido pelas 100 opções de compra
que dispõe a sociedade. A TAM e a LAN irão operar suas marcas
independentemente, sendo que, nos EUA, a primeira manterá foco
na costa leste enquanto a segunda focará a costa oeste. Na nova
companhia, as atividades da TAM representarão 58% do total.
Entretanto, o valor de mercado da LAN é bem superior ao da
companhia brasileira, sendo que seus acionistas deterão 71% do
capital da Latam.
| A APM Terminals assumiu 50% da Europe Terminal Brasil,
que está investindo R$ 1,2 bilhão na construção do Brasil
Terminal Portuário (BTP) no Porto de Santos, SP. A previsão
é de que o BTP seja concluído em 2013, sendo que o valor da
transação não foi divulgado. A APM atualmente opera 54
terminais de contêineres no mundo, dentre os quais o Teconvi
(em SC) e o CTO (no CE). A empresa é a divisão portuária da
A.P. Moller-Maersk, conglomerado que também controla a
Maersk Line, maior armadora de contêineres do mundo.
| Com investimentos de R$ 30 m, a Ouro Verde, empresa de
transporte e logística com sede no PR, adquiriu a Refribras, que
atua no segmento de carga frigorificada em Itajaí (SC). A Ouro
Verde, que há dois anos já adquiriu uma empresa de armazéns
em Paranaguá (PR), também está negociando uma área no Rio
Grande (RS), onde pretende investir R$ 50 m para estruturar
operações de cargas frigorificadas e secas.
| O grupo Bomi, operador logístico com atuação na área de saúde,
está investindo R$ 17 m em um novo armazém em Itajaí, SC. A
unidade será destinada à importação e distribuição de
medicamentos e equipamentos de uso médico, devendo atender
clientes como a Nycomed, a Mead Johnson e a Roche. O
empreendimento será uma parceria entre a Bomi (que no Brasil é
uma joint venture entre a italiana Bomi e a Luft Logistics) e a
Multilog, empresa de logística com sede em Itajaí.
| O Grupo Libra anunciou investimentos de R$ 110 m em novos
equipamentos para os terminais de Santos e do Rio de Janeiro.
Estão previstos seis portêineres, sendo quatro para Santos e dois
para o Rio; e sete guindastes móveis, sendo três para o porto
santista e quatro para o carioca. A entrega dos equipamentos
começa neste ano e se estende até o final de 2011. Além dos
terminais de Santos e Rio de Janeiro, a Libra Terminais também
está construindo um terminal em Imbituba, SC.
| A estatal Engenharia, Construção e Ferrovias (Valec)
concluiu a licitação para construção da Ferrovia da Integração
Oeste-Leste (Fiol), que ligará Ilhéus (BA) a Figueirópolis (TO).
No primeiro trecho serão 24 empresas envolvidas e as obras
foram divididas em sete lotes. Os investimentos são previstos em
R$ 4,198 bilhões, sendo que o maior contrato, no valor de R$
739,9 m, foi arrematado pelo consórcio formado pelas
construtoras Andrade Gutierrez, Barbosa Mello e Serveng. O
segundo maior lote, no valor de R$ 720,1 m, ficou com a Mendes
Junior, Sanches Tripolini e Fidens. O volume de carga da Fiol
deverá se concentrar nos setores de minério de ferro, grãos e
açúcar.
| Os grupos GB Armazéns, do Rio de Janeiro, e Pangea, de Juiz
de Fora (MG), associaram-se para construir um condomínio de
armazéns de cargas na Rodovia Rio-Belo Horizonte-Brasília. O
investimento no projeto, denominado Cargo Park, será de R$
400 m. Ele inclui um terminal portuário para barcaças na
embocadura do Rio Irajá e deverá ser concluído em 2012.
Topo
Imobiliário
| O grupo Atlantica Hotels Internacional está ampliando sua
rede no Brasil e vai abrir 24 novos hotéis até 2013. A maioria das
unidades será no segmento econômico (Comfort Inn) ou de custo
médio (Go Inn). Serão 14 novas localidades para a empresa, tais
como Juazeiro (BA), Petrolina (PE), Imperatriz (MA), Paraupebas
(PA), Macaé (RJ) e Duque de Caxias (RJ). O investimento total
previsto pelo grupo no País pode chegar a R$ 550 m. Com sede
em São Paulo, o grupo Atlantica hoje possui 75 hotéis
distribuídos em 41 cidades.
| A mineira MRV retomou as operações da MRV LOG, sua
subsidiária criada em 2008 para atuar no segmento de imóveis
industriais e comerciais. A unidade irá disputar o mercado de
galpões industriais, liderado por empresas como Bracor, BR
Properties, Cyrela Commercial Properties e WTorre.
Diferente de suas concorrentes, porém, a MRV não deve atuar no
sistema buid to suit, mas no modelo de portfólio para aluguel.
Atualmente, a MRV LOG conta com imóveis nas principais regiões
industriais do País.
| A Lopes Consultoria de Imóveis assumiu 51% do capital da
Plus, imobiliária com atuação na capital paulista. O valor da
operação foi de R$ 11,7 m. Com a Plus, a Lopes ampliou suas
atividades no segmento de imóveis usados, onde opera com a
marca Pronto!. Também ficou com o contrato de exclusividade da
Plus para a comercialização dos empreendimentos da MRV em
São Paulo. Na sequência, a Lopes efetivou nova investida no
segmento de imóveis usados de São Paulo e também
assumiu 51% da Maber Empreendimentos Imobiliários. Esta
foi a quinta aquisição da empresa neste ano e seu custo foi de R$
17,3 m.
| A King Participações está coordenando investimentos de R$ 60
m no Shopping Pátio Chapecó, em Chapecó (SC). O
empreendimento terá gestão da paulista AD Shopping, que ainda
ficará com 5% do negócio. A inauguração do Pátio Chapecó está
prevista para setembro de 2011 e ele deve contar com duas lojas
âncora, sendo uma de moda e outra de variedades.
| Com investimentos de R$ 600 m, teve início em Recife (PE) a
construção do maior shopping center da Região Nordeste, o
RioMar Shopping. Ele será o quinto shopping do Grupo JCPM
em PE e seu décimo-primeiro no País. O prazo de conclusão do
empreendimento é de dois anos.
Topo
Serviços
| A Diagnósticos da América (Dasa) fechou acordo para
incorporar a MD1 Diagnósticos, holding de laboratórios de
análises clínicas e diagnósticos por imagem. A MD1 passará por
um processo de reorganização societária. O acordo também prevê
a aquisição direta, pela Dasa, de participações em alguns dos
laboratórios que compõe a MD1. Assim, pagará R$ 88,2 m por
10% da Pro Echo Serviços Médicos, 28% da Clínica de
Ressonância e Multi Imagem (CRMI) e 16,5% da Clínica de
Diagnóstico por Imagem (CDPI). A conclusão do acordo
principal deverá ser efetivada via troca de ações. Com as
operações da MD1, a Dasa torna-se líder no mercado do Rio de
Janeiro e aproxima-se da base de clientes da rede Amil, maior
plano de saúde do País e cujo controlador é o mesmo da MD1.
| Já o Grupo Amil está investindo R$ 240 m na construção de um
grande complexo hospitalar no Rio de Janeiro, RJ. Trata-se do
Hospital das Américas, que se somará às outras quatro
unidades do grupo (todas de médio porte). A inauguração do novo
hospital está prevista para 2011, mas o complexo com um todo só
estará concluído em 2012.
| Por meio da Rede D'Or, o BTG Pactual assumiu o controle do
Hospital e Maternidade São Luiz, de São Paulo (SP). O valor da
transação é estimado em mais de R$ 1 bilhão e envolve 70% das
ações do complexo hospitalar. Com ela, a carioca D'Or chega ao
mercado paulistano e consolida sua posição de maior grupo
hospitalar do País. Seus 14 hospitais próprios, as 3 unidades do
São Luiz e as 65 unidades de diagnóstico da empresa serão
integradas numa holding. O BTG Pactual possui participação
relevante, por meio de debêntures conversíveis em ações, no
capital da Rede D'Or.
| A empresa de participações Buffalo Investimentos assumiu as
operações com apostilas e treinamento de professores do curso
Universitário por R$ 72,5 m. Operacionalmente, os acionistas do
Universitário irão adquirir cotas de um novo fundo de
investimentos em participações administrado pela Buffalo, que
pretende adotar este mesmo modelo para incorporar novas
empresas e bandeiras no setor de ensino.
| Um mês após fechar a aquisição do Sistema Anglo, a Abril
Educação está recebendo um aporte de R$ 226 m em seu capital.
O investimento será efetivado pelo fundo de private equity BR
Investimentos, que ficará com participação pouco abaixo de
25% na empresa. As atividades da Abril Educação são
dissociadas das operações da Abril S/A, abrangendo as editoras
de livros didáticos Ática e Scipione e os sistemas de ensino
Anglo e SER.
| O grupo Multi, controlador das escolas de idiomas Wizard,
Skill, Alps e Quatrum, está reforçando sua atuação na área de
cursos de informática e profissionalizantes. Sua mais recente
aquisição foi a Bit Company, a qual se segue às incorporações da
SOS e da Microlins, também efetivadas neste ano. O valor da
aquisição não foi divulgado, mas é estimado entre R$ 25 m e R$
30 m. A rede Bit Company possui 132 unidades franqueadas.
| A Estre Ambiental e a Haztec Soluções Integradas
decidiram fundir suas atividades e estão criando a maior empresa
de engenharia ambiental do País. Com faturamento anual superior
a R$ 1,1 bilhão, a nova companhia ultrapassa a Foz do Brasil, do
grupo Odebrecht. Em sua composição acionária, estarão fundos
de investimentos como InfraBrasil (Santander), AG Angra e
BBI Multimercado (Bradesco). O principal fator para a fusão
veio da complementaridade das duas empresas: a Estre possui
destacada atuação no segmento de aterros sanitários e destinação
de resíduos, enquanto a Haztec foca suas atividades no
tratamento de água. A previsão inicial é de que a Estre
represente 58% da nova empresa, ficando a Haztec com os 42%
restantes.
| A britânica G4S, que em junho já havia adquirido a Instalarme,
assumiu 51% das ações da paulista Plantech. A G4S é líder
global em serviços de segurança e no Brasil visa o potencial de
negócios decorrentes da Copa do Mundo em 2014 e das Olimpíada
em 2016. O País é hoje o quinto maior mercado de segurança do
mundo.
Topo
Financeiro
| O Banco do Brasil (BB) e o Bradesco anunciaram a formação
de uma joint venture com o Banco Espírito Santo (BES), de
Portugal, para consolidar as operações deste último no setor
bancário do continente africano. Para o BB, a iniciativa reforça
sua estratégia de internacionalização, que hoje abrange atividades
na Argentina e projetos nos EUA, Chile, Colômbia, Peru, Paraguai
e Uruguai. Para o Bradesco é um primeiro passo rumo à
internacionalização. Atualmente, grandes empresas brasileiras,
como Vale e Petrobras, desenvolvem empreendimentos de porte
na África. O BES possui agências em vários países do continente
africano e o foco da nova sociedade será Angola, Cabo Verde,
Marrocos, Moçambique, Argélia e África do Sul.
| E o BB também firmou acordo com a operadora telefônica Oi e a
operadora de cartões de crédito Cielo para atuação conjunta em
algumas atividades. O objetivo é aliar a penetração do BB na área
de crédito com a cobertura da rede de pagamentos da Cielo e a
experiência da Oi em pagamentos móveis. De um lado, o BB e a
Oi firmaram termo para emitir cartões de crédito e pré-pagos a
serem oferecidos no formato físico e por chips de celulares. De
outro, a Oi e a Cielo formaram uma nova empresa, a Paggo
Soluções, em participações iguais, para disseminar a captura,
transmissão, processamento e liquidação financeira de transações
comerciais com a tecnologia de mobile payment. O objetivo dos
acordos é propiciar escala, capilaridade e convergência às
operações das sócias.
| O canadense Scotiabank anunciou a compra da subsidiária
brasileira do alemão Dresdner Bank, do grupo Commerzbank.
As duas instituições não divulgaram o valor da transação que,
todavia, é estimada pelo mercado em aproximadamente US$ 100
m. A intenção do Scotiabank no Brasil é expandir suas atividades
de mercado de capitais, derivativos, banco de investimento e
crédito corporativo. Seu foco será nas áreas de infraestrutura,
mineração e energia.
| O Blackstone Group, um dos maiores gestores de fundos de
private equity do mundo, está assumindo uma participação de
40% no capital do Pátria Investimentos. O Pátria foi avaliado
em cerca de US$ 500 m e o Blackstone pagará US$ 200 m pela
participação. Parte do pagamento será em recursos novos para
investimentos do Pátria e outra parte em units (recibos de ações)
do Blackstone.
| O banco BMG, com forte atuação no mercado de crédito
consignado, anunciou a compra da GE Money no Brasil. As
atividades locais da GE Money abrangem o Banco GE Capital e a
promotora de vendas e prestadora de serviços GE Promoções. A
transação também inclui as parcerias já existentes com o varejo e
as 54 lojas da instituição. Os valores do acordo não foram
divulgados.
Topo
Outros Setores
| A AmBev está investindo R$ 70 m até o final deste ano para
ampliar a capacidade produtiva de sua fábrica em João Pessoa, PB.
Atualmente, a unidade paraibana fabrica toda a linha de cervejas
e refrigerantes da AmBev e abastece o mercado de garrafas long
neck do Amazonas e dos Estados do NE. O plano de investimentos
da empresa nas Regiões Norte e Nordeste envolve R$ 670 m,
sendo R$ 71 m em Manaus (AM), R$ 260 m em Itapissuma (PE) e
R$ 144 em São Luis (MA). O restante se divide entre unidades e
CD's da BA, CE, RN e SE.
| O BTG Pactual fechou a compra de 100% da maior
comercializadora independente de energia do país, a Coomex, por
cerca de R$ 100 m. Com o novo acionista, a Coomex deverá
passar a competir com as grandes comercializadoras dos grupos
energéticos, como CPFL Energia e Tractebel. A Coomex
também presta assessoria e consultoria a empreendimentos
energéticos e ainda possui atuação na área de geração
alternativa.
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A BRASILPAR possui mais de 30 anos de experiência em
assessoria a fusões e aquisições, avaliação de projetos e negócios
e gestão de capital de risco. Já acumulou transações que somam
mais de US$ 3 bilhões. Seus atuais serviços englobam: assessoria
em compra, venda e associações entre empresas; atração de
sócios e levantamento de capital para projetos e empresas;
desenvolvimento de planos de negócios e assessoria estratégica;
assessoria em investimentos em novos negócios; aconselhamento
financeiro e estratégico em geral.
Sócios:
Luiz Eduardo do Amaral Costa
[email protected]
Luiz Roberto Carvalho Pereira
[email protected]
Marcio Guedes Pereira Junior
[email protected]
Tom Waslander
[email protected]
Associados:
André Moor Whitaker Assumpção
[email protected]
André Rodrigues
[email protected]
Gustavo Kobinger
[email protected]
Henrique Maia
[email protected]
Av. Presidente Juscelino Kubitschek, 28 - 8o andar
04543-000 - São Paulo - SP
Tel.: (011) 3709-4270 | Fax : (011) 3709-4288
www.brasilpar.com.br
O boletim NEGÓCIOS E INVESTIMENTOS é editado bimestralmente pela Brasilpar
Serviços Financeiros.
Diretores Responsáveis: Luiz Eduardo Costa e Tom Waslander.
O cenário econômico contido neste boletim refere-se a consulta de opiniões do
Banco Central do Brasil e pode ser modificado sem prévia comunicação. A
Brasilpar não se responsabiliza pela utilização comercial ou financeira dessas
previsões.
Os projetos e valores de investimentos das empresas citadas neste boletim
referem-se aos divulgados nos principais meios jornalísticos. A Brasilpar não se
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