colégio israelita brasileiro

Transcrição

colégio israelita brasileiro
TUTORIAL – 4B
Data:
Aluno (a):
Série: 3ª
Ensino Médio
Turma:
Equipe de Língua Portuguesa
Língua Portuguesa
SÍNTESE DA GRAMÁTICA
TERMOS INTEGRANTES = completam o sentido de determinados verbos e nomes. São eles: o objeto
direto e o objeto indireto (complementos verbais), o complemento nominal e o agente da passiva.
COMPLEMENTO VERBAL = é o termo da oração que completa ou integra, por meio da preposição, o
sentido de substantivos, adjetivos e advérbios, especificando-os.
Exemplos:
Meu filho tem medo do escuro. (medo de quê?)
SUBSTANTIVO
A casa estava cheia de fantasmas. (cheia de quê?)
ADJETIVO
Não sabemos o que fazer relativamente à falta d’água. (relativamente a quê?)
ADVÉRBIO
IMPORTANTE LEMBRAR: os nomes derivados de verbos transitivos conservam o princípio de
transitividade desses verbos, ou seja, também precisam de termos (complementos nominais) que lhes
integrem o sentido. Veja:
Confio nos meus amigos.
VTI
OBJETO INDIRETO
Tenho confiança nos meus amigos.
SUBSTANTIVO
COMPLEMENTO
NOMINAL
COMPLEMENTO NOMINAL x AJUNTO ADNOMINAL: como se tratam ambos de termos ligados aos
nomes da oração, inclusive por meio de preposição, muitas vezes torna-se difícil distingui-los. Mas, para
evitar essa confusão, vale levar em consideração algumas diferenças que se seguem.
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1) O complemento nominal é, como apresentamos acima, um termo integrante da oração, ou seja,
sem ele o sentido do nome fica incompleto, há uma falha na estrutura. Já o adjunto adnominal é um
termo acessório, que pode ser inserido ou não na oração para especificar/detalhar o nome ao qual se
refere, e pode ser retirado dela sem prejuízo de sua compreensão global. Veja:
O carro de corrida será consertado. > O carro será consertado.
ADJUNTO ADNOMINAL
(O sentido da oração continua completo.)
A espera pela corrida foi longa. > A espera (de quê/pelo quê?) foi longa.
COMPLEMENTO ADNOMINAL
(O nome espera conserva a transitividade do verbo esperar: quem espera, espera algo/por algo.
Portanto uma espera é sempre uma espera de/por algo.)
2) O complemento nominal sempre é iniciado por uma preposição. O adjunto adnominal pode se
ligar ao nome sem o auxílio da preposição.
A saudade do meu país é imensa.
COMPLEMENTOS NOMINAIS
Ninguém fez referência ao aniversário do diretor.
A simpatia mexicana não é maior do que a brasileira.
ADJUNTOS ADNOMINAIS
Os concorrentes mais velhos ganharam os concursos.
3) O complemento nominal não indica ideia de posse, já o adjunto adnominal frequentemente
indica posse.
As revistas da escola foram entregues ontem.
(As revistas pertencem à/vieram da escola.)
ADJUNTOS ADNOMINAIS
Os candidatos mais espertos observaram antes o tamanho da ficha.
(O tamanho é da ficha.)
4) O complemento nominal tem sentido passivo, isto é, recebe/sofre a ação expressa pelo nome a
que se refere, enquanto o adjunto adnominal tem sentido ativo, ou seja, pratica a ação expressa pelo
nome que modifica. Algumas vezes, o substantivo em questão pode sugerir uma ação praticada ou
sofrida. Apenas o contexto permitirá desfazer a dúvida e, então, classificar o termo que se liga a esse
substantivo.
A consideração da equipe emocionou a todos durante a cerimônia.
(A equipe foi considerada ou considerou?)
da equipe:
COMPLEMENTO
NOMINAL
da equipe:
ADJUNTO
ADNOMINAL
A revista da tropa durou quinze minutos. (A tropa foi revistada ou revistou?)
da tropa:
COMPLEMENTO
NOMINAL
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da tropa:
ADJUNTO
ADNOMINAL
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A consideração do diretor o tornou muito querido pelos alunos. (O diretor considera a todos.)
ADJUNTO ADNOMINAL
Os gritos das crianças acordaram o avô. (As crianças gritaram.)
ADJUNTO ADNOMINAL
Terminamos rápido o preenchimento da ficha. (A ficha foi preenchida.)
COMPLEMENTO NOMINAL
A derrota dos policiais rendeu-lhes uma exoneração. (Os policiais foram derrotados.)
COMPLEMENTO NOMINAL
5) O complemento nominal integra o sentido dos advérbios, adjetivos e substantivos abstratos
(aqueles derivados de verbos ou que expressam ações e emoções). Já o adjunto adnominal pode se
ligar a substantivos concretos e abstratos.
Os sapatos de couro protegem melhor contra o frio.
SUBSTANTIVO
CONCRETO
ADJUNTO ADNOMINAL
A captura do ladrão foi ousada. (O ladrão foi capturado.)
SUBSTANTIVO
ABSTRATO
COMPLEMENTO NOMINAL
EXERCÍCIOS
TEXTO 1
Uma defesa cara
O Facebook resolveu adotar uma estratégia agressiva (e arriscada) para se manter no topo: comprar
qualquer empresa que se torne uma ameaça
Em 2011, o Facebook tentou barrar a ascensão do Instagram, copiando uma de suas
características: a aplicação de filtros em fotos. Não deu certo. No ano seguinte, comprou o aplicativo por
US$ 1 bilhão. Em fevereiro, a história se repetiu. O Facebook Messenger perdeu a liderança global para
o WhatsApp, mais simples e capaz de rodar em praticamente todos os telefones. O Facebook
reformulou seu serviço e, de novo, não freou o concorrente. Mark Zuckerberg abriu a carteira e gastou
US$ 19 bilhões na compra do WhatsApp.
A cifra embasbacou todo o mundo. É o maior negócio de tecnologia desde 2001 (quando a AOL
comprou a Time Warner). Empresas maiores do que o Facebook, como Google e Apple, nunca
gastaram tanto numa aquisição. A cifra parecia incompatível para um aplicativo sem publicidade. Se
considerarmos o custo de cada usuário mensal ativo, porém, o valor não é desmedido. O Facebook
pagou US$ 42 por usuário do WhatsApp. É menos do que cada usuário do Twitter (US$ 144) ou do
próprio Facebook (US$ 126).
Com uma operação enxuta (são só 55 funcionários) e o modelo de cobrar US$ 0,99 por ano de
cada usuário, o WhatsApp parece se sustentar bem. Com a máquina de publicidade cada vez mais
azeitada, o Facebook pode se dar ao luxo (ao menos no médio prazo), de não rentabilizar o produto.
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Ainda assim, as ações da rede social caíram 5% com a aquisição. Os investidores não temem os
números de agora, mas a perspectiva futura. Tanto com o Instagram como com o WhatsApp, o
Facebook tentou lutar com suas armas. Derrotado, apelou para o cofre. Na compra do aplicativo de
mensagens, deu um terço do que tinha no banco mais US$ 15 bilhões em ações.
A estratégia de gastar fortunas, contudo, esbarra na agilidade do setor. Há cinco anos, o inimigo
a abater era o BlackBerry Messenger, hoje um defunto. Ao contrário dos softwares para desktops, os
aplicativos têm ciclos de vida curtos. O que é popular hoje pode ser esquecido amanhã. Nesse
ambiente fragmentado, Zuckerberg quer garantir que as pessoas usem ferramentas controladas pelo
Facebook, ainda que não sejam o Facebook. Prever qual será o próximo hit é difícil, mas gastar bilhões
sempre que um deles surge é caro demais. Se mantiver essa estratégia, quanto da receita trimestral do
Facebook terá de reservar? Como disse o analista Benedict Evans, “o Facebook está sendo agressivo
para garantir que será o próximo Facebook”. O risco é o dinheiro acabar no meio do caminho.
Guilherme Felitti
Revista Época Negócios – Edição de Aniversário 7 anos, março de 2014, p. 24/25.
TEXTO 2
Tradução:
1º quadro: Olha, cara, eu sou o melhor aqui. Então
não me chateie.
2º quadro: Que legal! Ei, olhem só!
3º quadro: WhatsApp! WhatsApp! WhatsApp!
5º quadro: Seja meu amigo!!
Fonte: http://www.funnyjunk.com/whatsapp+vs+Facebook/funny-pictures/5033824/
1. Segundo o texto 1, a estratégia comercial do Facebook para se livrar dos concorrentes
a)
b)
c)
d)
e)
foi sempre comprá-los, desde a sua fundação por Zuckerberg.
é primeiro tentar comprá-los, e depois lançar produtos semelhantes.
é apoiada pelos investidores.
é, inicialmente, superá-los, oferecendo produtos equivalentes.
sempre deu certo quando se optou pela reformulação dos próprios produtos.
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2. O texto 2 faz uma abordagem bem-humorada do assunto tratado no texto 1, acrescentando a ele, de
forma sutil, a discussão sobre um outro aspecto que envolve as redes sociais, qual seja:
a)
b)
c)
d)
e)
A concorrência entre as empresas que gerenciam as redes.
A democratização do acesso às redes.
A legitimidade das relações (virtuais) e suas verdadeiras motivações.
A insegurança na rede e os crimes virtuais.
O isolamento dos indivíduos que trocam o mundo real pelo virtual.
3. Em “O Facebook resolveu adotar uma estratégia agressiva (e arriscada) para se manter no topo:”,
caso desejássemos transformar o objeto direto destacado em um complemento nominal, as únicas
alterações necessárias no período seriam:
a) A manutenção do Facebook no topo motivou-o a adotar algo: uma estratégia agressiva (e arriscada).
b) O Facebook tomou a resolução de adotar uma estratégia agressiva (e arriscada) para se manter no
topo.
c) O Facebook tomou a resolução de fazer a adoção de uma estratégia agressiva (e arriscada) para se
manter no topo.
d) O Facebook resolveu fazer a adoção de uma estratégia agressiva (e arriscada) para se manter no
topo.
e) O Facebook resolveu adotar uma estratégia agressiva (e arriscada) para garantir sua manutenção no
topo.
4. Na segunda e na terceira cenas do texto 2, o comportamento dos usuários, que se mostram atraídos
pelo “personagem” WhatsApp, ignorando completamente o Facebook, pode ser explicado pelo seguinte
trecho retirado do texto 1:
a)
b)
c)
d)
e)
“o WhatsApp parece se sustentar bem.”
“mais simples e capaz de rodar em praticamente todos os telefones.”
“Mark Zuckerberg abriu a carteira e gastou US$ 19 bilhões na compra do WhatsApp.”
“A cifra parecia incompatível para um aplicativo sem publicidade.”
“O Facebook pagou US$ 42 por usuário do WhatsApp.”
5. O primeiro parágrafo do texto 1 tem diversas estruturas com complemento nominal. Dentre as
alternativas abaixo, a única em que o termo destacado não funciona como um complemento nominal é:
a)
b)
c)
d)
e)
“Em 2011, o Facebook tentou barrar a ascensão do Instagram”.
“a aplicação de filtros em fotos”
“mais simples e capaz de rodar em praticamente todos os telefones”
“gastou US$ 19 bilhões na compra do WhatsApp”
Mark Zuckerberg fez um gasto de US$ 19 bilhões na compra do WhatsApp.
6. Em “A cifra parecia incompatível para um aplicativo sem publicidade.”, o autor usou a preposição
para, que não é normalmente empregada para integrar o termo em destaque. Tradicionalmente, a
preposição que introduz o complemento nominal desse adjetivo é:
a)
b)
c)
d)
e)
de
a
sobre
com
perante
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7. Temos complemento nominal em:
a)
b)
c)
d)
e)
“o Facebook tentou lutar com suas armas.”
“Derrotado, apelou para o cofre.”
“A estratégia de gastar fortunas, contudo, esbarra na agilidade do setor.”
“Na compra do aplicativo de mensagens, deu um terço do que tinha no banco”
“os aplicativos têm ciclos de vida curtos.”
8. Em “Zuckerberg quer garantir que as pessoas usem ferramentas controladas pelo Facebook”, o
termo sublinhado
a)
b)
c)
d)
e)
indica posse.
indica o agente da ação.
indica o paciente da ação.
especifica o termo anterior.
integra o sentido de um substantivo abstrato.
9. A alternativa em que a substituição do termo destacado por um verbo derivado com o mesmo sentido
implicaria a criação de um objeto indireto é:
a)
b)
c)
d)
e)
Ele tem dúvida sobre a qualidade do produto.
A geração de senhas para atendimento começa pela manhã.
No cartório, ninguém resolveu a confusão dos nomes a tempo.
A concorrência entre aplicativos gera benefícios ao consumidor.
A digitação dos textos será demorada.
10. Segundo o analista Benedict Evans, “o Facebook está sendo agressivo para garantir que será o
próximo Facebook”. Caso fôssemos acrescentar ao adjetivo sublinhado um complemento nominal
coerente com as informações apresentadas no texto 1 e seguindo as regras de sintaxe, a melhor
alternativa seria:
a) O Facebook está sendo agressivo aos concorrentes para garantir que será o próximo Facebook.
b) O Facebook está sendo agressivo com os concorrentes para garantir que será o próximo Facebook.
c) O Facebook está sendo agressivo contra os fornecedores para garantir que será o próximo
Facebook.
d) O Facebook está sendo agressivo antes de tudo para garantir que será o próximo Facebook.
e) O Facebook está sendo agressivo com os consumidores para garantir que será o próximo Facebook.
GABARITO:
1- D
2- C
3- D
4- B
5- A
6- D
7- D
8- B
9- A
10- B
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