cases de crowdsourcing

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cases de crowdsourcing
Cases que utilizam o Crowdsourcing
Grupo Lego
Lego tornou-se um gigantesco da indústria de brinquedos, mas uma gigante ágil, que parece
muito capaz de se adaptar as evoluções. Depois de protótipos, testes e refinar o seu conceito
por três anos no Japão, a Lego lançou recentemente a versão beta e global de sua plataforma
de crowdsourcing Cuusoo. Seus objetivos eram simples para aumentar o número de ideias de
produtos e também melhorar o engajamento de seus clientes.
Modelo de negócios crowdsourcing aplicado pelo Grupo Lego
O modelo de negócios aplicado é simples: qualquer usuário pode enviar um projeto de
produto, onde outros usuários são capazes de votar. Quando o projeto recebe mais de
10.000 votos, ele recebe uma revisão formal, e a menos que sejam identificadas falhas
legais ou impedimentos internos, cria-se uma linha de produção. O criador do projeto
recebe royalties de 1% sobre a receita liquida do novo produto.
Harley Davidson
A agência de publicidade Americana Victors & Spoils – garantiu um novo cliente, uma
gigante de duas rodas, Harley Davidson, que testou a equipe de criativos via
crowdsourcing, para sua recente campanha.
A Harley Davidson passou de sua agência de longa data, a Carmichael Lynch, tendo
trabalhado por mais de 30 anos, para se juntar a uma long lista de marcas, tais como
GAP, Levi’s e Virgin America, que confiaram a Victors & Spoils e sua equipe de
crowdsourcing.
Victors & Spoils, como as tradicionais agências de publicidade tem um escritório, um
diretor de contas, diretor de estratégia e diretor criativo. No entanto os seus
departamentos não estão confinados em quatro paredes dentro de um escritório. A
equipe criativa que inclui escritores, produtores, diretores de arte e estrategistas
fazem parte de sua equipe de crowdsourcing, onde muitas mentes trabalham a
criatividade em cima do briefing proposto, para criar conceitos originais e únicos.
O conceito da campanha para as motocicletas Harley Davidson, chamado de No Cages
(Sem Prisões), representa a liberdade de espírito e a libertação dos carros que
aprisionam o viajante durante sua jornada. Este conceito foi trabalhado em uma ideia
original pela equipe de crowdsourcing, que com sensibilidade retratou o sentimento
de liberdade que se sente em uma Harley Davidson, o qual não pode ser
experimentado de outra forma – se você está em um carro ou a pé, no trabalho ou
simplesmente passeando com seu animal de estimação.
“Nós achamos que (No Cages) valida nosso novo modelo de criatividade, que é
centrada no abastecimento de ideias de clientes ou clientes via Victors & Spoils. Nós
mostramos este trabalho em um evento para comerciantes Harley Davidson, em
Orlando, onde obtivemos uma grande aceitação.” Mark-Hans Riche, diretor de
marketing da Harley Davidson.
Chocolates Garoto
Quando desenhou seu plano para promoção do patrocínio à Copa do Mundo de 2014,
a Garoto só tinha uma certeza: a estratégia deveria ser genuinamente social, com
propósito de impactar e envolver profundamente o consumidor.
Tudo começou em 2013 e com um cenário não tão positivo. A Seleção Brasileira estava
jogando mal, o evento não era bem visto e a Fifa estava sendo chamada a dar
satisfações para questões embaraçosas, como o destino do investimento do dinheiro
público nos jogos. Com crowdsourcing, a Garoto decidiu tentar resgatar a confiança de
seus consumidores no evento convidando a população brasileira a despertar seu lado
garoto e participar ativamente de suas ações.
A primeira delas foi a criação do chocolate da Copa. Em janeiro do ano passado, a
marca pediu ajuda aos seus fãs no Facebook para a criação da receita do produto. Por
meio de um aplicativo, mais de 700 mil participantes deram seus pitacos. Ao final, o
chocolate escolhido, ao leite e com castanhas-de-caju, foi colocado no mercado. A
fórmula já rendeu mais de 10 milhões de unidades vendidas.
Em abril, a Garoto pediu que seus fãs na rede social trabalhassem na criação da música
da torcida na Copa. As canções inscritas no concurso foram avaliadas por um júri
especializado em música. As três selecionadas para a etapa final foram colocadas à
disposição dos fãs da marca novamente. Mais de 200 mil votos depois, a Garoto
premiou Bruno Qualhareli. A música foi gravada por Michel Teló. “Percebemos que as
pessoas se envolvem com sua marca quando são estimuladas”, afirmou André Barros.
Recentemente, a marca levou 22 garotos de comunidades carentes para um dia de
estrela de futebol, com direito a concentração em hotel, reconhecimento de campo e,
claro, contato com ídolos do esporte, como o ex-goleiro do Palmeiras, Marcos. A ação
foi gravada e divulgada no canal da marca no YouTube. Até agora, o filme já teve mais
de 400 mil views.
“Entendemos que é preciso ouvir tanto quanto falar. As redes são muito mais que um
meio para inserirmos mensagens publicitárias. Temos que usar a rede social para
entrar no dia a dia das pessoas e agregar algum valor”, Reginaldo Ferrante, diretor da
Babel e um dos responsáveis pela estratégia da Garoto nas redes sociais.
Refrigerante Fanta e Batata Ruffles
FANTA VS FANTA
Quando aconteceu? De fevereiro a abril de 2012.
O que foi feito? A ação publicitária lançava uma “disputa eleitoral” para decidir qual
seria o novo sabor de Fanta: maracujá ou morango. Um comercial apresentando os
dois concorrentes foi veiculado na TV e no cinema, com ações paralelas nas mídias
sociais e em pontos de venda. O consumidor podia votar via SMS ou no site do
refrigerante.
Por que participar? Quem votava concorria a 50 notebooks por semana e tinha a
chance de contribuir com parte do design da campanha: o usuário podia personalizar
um avatar e submetê-lo à votação do público e de uma comissão julgadora. A figura
vencedora apareceu em junho no novo comercial da marca.
RUFFLES: FAÇA-ME UM SABOR
Quando aconteceu? De fevereiro a outubro de 2011.
O que foi feito? O concurso dava ao consumidor a chance de sugerir novos sabores
para o salgadinho. Cinco meses depois do início da campanha, dois milhões de
inscrições já haviam sido enviadas. As pessoas deviam submeter o nome do sabor, os
ingredientes principais e a imagem que inspirou sua invenção. Três sabores foram
selecionados por uma comissão julgadora e lançados no mercado durante três meses.
A partir daí, o julgamento funcionava da seguinte forma: 40% do peso da escolha era
dado pelo número de votos recebidos no site e 60% ligava-se ao número de unidades
vendidas no mercado. Vídeos promocionais com celebridades como Palmirinha e Lúcio
Mauro Filho foram veiculados ao lado de ações em mídias sociais em busca
de engajamento. Os sabores “HoneyMoonstard” (mel e mostarda), “YakissObaa!”
(yakissoba) “Ruffles Strogonuffles” (strogonoff) foram os finalistas. O último, criado
por um engenheiro mecânico do interior de São Paulo, venceu a competição.
Por que participar? Os inventores dos três sabores finalistas ganharam R$ 20 mil cada
um. O grande vencedor levaria mais R$ 30 mil e 1% do resultado líquido de vendas do
produto por um determinado período.
COMPARAÇÃO DOS MODELOS
As campanhas de Ruffles e Fanta têm em comum a aposta em co-criação e a iniciativa
de recorrer ao consumidor final para gerar inovação. No entanto, divergem na maneira
de extrair esse output. Enquanto o fã do refrigerante é consultado, o consumidor da
batata é ouvido. Há uma diferença evidente entre apresentar opções pré-definidas
para votação e abrir ao público um campo em branco para criações originais.
É inegável que a Coca-Cola Company, que produz a Fanta, faz uma aposta mais segura
ao levar ao consumidor uma escolha entre alternativas já relativamente garantidas por
uma pesquisa de mercado feita previamente. Aqui há um número reduzido de
escolhas (maracujá ou morango) e um grau menos avançado de participação do
consumidor – a própria customização do avatar que apareceria na campanha televisiva
era feita a partir de elementos de design já dados. Verifica-se um controle maior de
cada etapa e redução de riscos. Neste caso, a estrela da campanha é o produto em si.
Enquanto indivíduo, o consumidor só “aparece” representado pelo avatar que criou no
site do refrigerante.
O AVATAR VENCEDOR: Além de votar no seu sabor favorito, o consumidor também
podia customizar um avatar para representar a sua escolha.
Já a Elma Chips, proprietária da Ruffles, lança mão de uma ação mais audaciosa ao
incluir mais diretamente o cliente no processo de criação. Em 2008, a batata Walkers,
da Pepsico, já havia lançado uma campanha idêntica no Reino Unido (“Do us a
flavour”) e mobilizou 1,3 milhão de inventores de sabores. Seguindo o exemplo da
premiada campanha britânica, a Ruffles criou um conceito de participação que chega
ao ponto de incluir o consumidor até nos ganhos financeiros advindos da sua ideia, o
que incrementa a motivação para a participação. Aqui, a estrela da campanha é o
consumidor, que literalmente expõe o seu próprio rosto (ver foto abaixo) para
defender sua criação. Há mais espaço para o imprevisto, ainda que se realizem
períodos de teste para as vendas, mas o buzz e os ganhos em imagem e reputação são
consideráves.
OS CANDIDATOS: As imagens de Eduardo Cavassim, Helder Lanzoni e Lilian Kaeny
foram associadas aos respectivos sabores que os três inventaram para a batata.
Observados em perspectiva, tanto um modelo quanto outro respondem, cada um à
sua maneira, a possíveis demandas de uma organização. Se o objetivo da campanha é
gerar aproximação com o consumidor sem correr grandes riscos, a proposta consultiva
de Fanta vs Fanta faz perfeito sentido. Por outro lado, o investimento mais ousado da
campanha da batata Ruffles é justificável se a intenção é praticar uma iniciativa mais
elaborada de crowdsourcing, ao mesmo tempo aproveitando a inteligência coletiva à
disposição na web e promovendo um engajamento mais profundo com o consumidor
final.
10 Empresas que utilizam o Crowdsourcing
1 – Unilever
A gigante global que é líder em venda de bens de consumo, apesar de ter modernos
centros de pesquisa e investir muito em ciência e tecnologia, lança desafios para
pessoas interessadas em contribuir com a empresa. Dentros dos desafios propostos
em crowdsourcing estão:
Projetos de armazenamento de energia renovável; Redução dos níveis de sódio em
alimentos; Criação de novos produtos;Combate a vírus.
“Temos uma visão de um futuro melhor para o nosso mundo e nosso negócio – e
queremos parceiros para compartilhá-la”, afirma a empresa no site criado para
compartilhar sua visão de inovação colaborativa.
2 – Nokia
A empresa criou o Ideasproject, para aproveitar experiências de consumo dos
participantes para gerar novas ideias e perceber quais tipos de produtos seu públicoalvo procura. E vai além: capacita pessoas em mais de 210 países para se tornarem
agentes de design de produtos. Em troca, a empresa compartilha a receita gerada a
partir dos produtos desenvolvidos no Ideasproject com quem os colaboradores.
3 – IBM
A maior empresa de Tecnologia da Informação do mundo costuma promover eventos
que reúnem mais de 100 mil pessoas em dezenas de países para estimular e o
desenvolvimento das criações coletivas.
“Em um mundo onde a inovação é global, multidisciplinar e aberta, você precisa trazer
diferentes mentes e diferentes perspectivas em conjunto para descobrir novas
soluções para os problemas de longa data. É aí que reside a essência da inovação
colaborativa”, proclama a companhia.
4 – Google
O Google já tem em seu DNA a colaboração e investe muito nisso. Em 2009, por
exemplo, a empresa promoveu um concurso de vídeos para apresentar ao mercado o
Google Chrome no Brasil. O resultado, você já sabe: sucesso de aderência do projeto e
a atenção necessária no lançamento de um produto.
5 – Netflix
A inovadora empresa que atua no mercado de locação de filmes na internet, lançou
em 2012 um desafio ao público: quem desenvolvesse um algoritmo 10% melhor na
sugestão de filmes receberia um prêmio de US$ 1 milhão.
Quem apresentou a melhor solução levou o dinheiro e a empresa, além de atingir seu
objetivo, captou ideias que melhoraram e muito seu desempenho na rede. Além da
publicidade em torno do projeto, claro.
6 – Coursera
O Coursera é uma plataforma de ensino que realiza parcerias com as melhores
universidades e instituições de ensino em todo o mundo para oferecer cursos online e
totalmente gratuitos. Para lançar sua versão brasileira, a instituição se valeu da
contribuição de centenas de voluntários que traduziram o conteúdo gratuitamente.
Este trabalho demandaria muito tempo e dinheiro, que talvez inviabilizassem o
projeto.
7 – McDonalds
A empresa lançou recentemente na Alemanha um desafio para seus clientes: as
pessoas poderiam criar seus próprios hambúrgueres e submeter a avaliação e votação
no site McDonalds.de. Resultado: milhares de participações e mais de 1 milhão de
votos, além de elogios da imprensa especializada em marketing e comunicação.
8 – Coca-Cola
As ações de Crowdsourcing da Coca-cola tem mais a ver com posicionamento da
marca, marketing puro. Um dos cases mais marcantes é o do vídeo criado
coletivamente em Cingapura para o lançamento da Coca-Cola Zero, ação que foi
repetida depois globalmente.
9 – General Mills (GenMil)
Gigante do segmento de alimentação, a empresa criou a Worldwide Innovation
Network General Mills (G-WIN). O objetivo é gerar conceitos inovadores de parceiros
em mercadorias, matérias-primas, ou categorias de serviços. Qualquer pessoa pode
enviar suas ideias inovadoras em produtos, ingredientes, tecnologias, embalagens etc.,
no site da campanha.
10 – Azul
A companhia aérea tem um dos casos mais conhecidos de crowdsourcing do Brasil. Em
2008 a recém lançada empresa desafiou o público para escolher seu próprio nome. As
pessoas que sugeriram o nome mais votado (Azul) ganharam bilhetes vitalícios. E a
empresa já entrou no mercado fazendo “barulho”.
Bibliografia:

http://www.digitalsparkmarketing.com/innovation/crowdsourci
ng-design/ (Inglês)

http://dailycrowdsource.com/content/crowdsourcing/411harley-davidson-chooses-crowdsourcing-over-traditionalsourcing (Inglês)

http://www.forbes.com/sites/melaniewells/2010/11/18/harleydavidson-cmo-crowdsourcing-ads-to-engage-a-new-audience/
(Inglês)

http://ideas.scup.com/pt/campanhas/ruffles-x-fanta-doismodelos-de-campanha-em-midias-sociais/

http://evento.proxxima.com.br/cobertura/2014/proxxima/semi
narios/Co-cria--o--a-palavra-de-ouro-da-Garoto-em-2014.html

http://crowdtask.me/conteudo/top-10-exemplos-de-trabalhosfeitos-atraves-crowdsourcing/

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