CP _Relatório núcleo dos apoios educativos e educação especial

Relatório de avaliação do Impacto das medidas de apoio
educativo para promoção do sucesso escolar
1º PERÍODO
Núcleo de Apoios Educativos e Educação Especial
Direção de Serviços da Região Norte
Índice
1 - Introdução ------------------------------------------------------------------------------------- 3
2 - Metodologia ----------------------------------------------------------------------------------- 3
3
- Apoios educativos individualizados ----------------------------------------------------
4
4 – Apoio Educativo à Turma ------------------------------------------------------------------ 8
5 - Avaliação da implementação das medidas educativas a alunos abrangidos
pelo decreto-lei nº.3/2008 ----------------------------------------------------------------- 12
6 – Apoio prestado pelo Serviço de Psicologia e Orientação ------------------------- 24
2
Direção de Serviços da Região Norte
1 - Introdução
O presente relatório pretende fazer uma análise e posterior reflexão acerca do impacto das
medidas de apoio educativo disponibilizadas aos alunos do Agrupamento, durante o 1º período do ano
letivo 2015-2016.
No ano letivo 2015-2016, estavam previstas as seguintes modalidades de apoios educativos:
1. Apoio pedagógico para alunos retirados do Decreto-Lei 3/2008/Tutoria
2. Apoio pedagógico aos alunos com Necessidades Educativas Especiais/Tutoria
3. Apoio pedagógico para alunos do 1º ciclo (professor de apoio)
4. Apoio pedagógico para alunos propostos pelos docentes (5º ao 12º ano)
(apoio individualizado ou em pequenos grupos)
5. Apoio pedagógico à turma (5º. 6º, 9º, 11º e 12º anos, nas disciplinas sujeitas a avaliação
externa)
6. Apoio prestado pelo Serviço de Psicologia e Orientação
2 - Metodologia
De modo a fazer cumprir este desiderato, a Coordenadora do Núcleo de Apoios Educativos e
Educação Especial em conjunto com a Coordenadora da Equipa de Autoavaliação do Agrupamento
construíram dois inquéritos por questionário, recorrendo a um aplicativo online, um no âmbito do apoio
educativo e o outro no âmbito da educação especial, que foi preenchido no final do 1º período, pelos
docentes que prestam apoio educativo.
O Serviço de Psicologia e Orientação do AEDAS, elaborou um relatório das atividades
desenvolvidas ao longo do primeiro período, nas diferentes áreas de intervenção.
O relatório de avaliação do Impacto das medidas de apoio educativo para promoção do sucesso
escolar apresenta os dados submetidos pelos docentes relativos aos apoios educativos individualizados,
os dados submetidos relativos ao apoio educativo ao grupo-turma, os dados submetidos pelos docentes
da Educação Especial, relativos à avaliação da implementação das medidas educativas aos alunos
abrangidos pelo decreto-lei nº.3/2008 e, apresenta o apoio prestado pelo Serviço de Psicologia e
Orientação, nas várias áreas de intervenção.
3
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3 - Apoios educativos individualizados
Nos quadros apresentados a seguir elencam-se, por ciclo de ensino, os resultados obtidos de
acordo com os dados submetidos pelos docentes que prestam apoio educativo.
Modalidades
Apoio pedagógico aos alunos
com NEE/Tutoria
Apoio pedagógico aos alunos
retirados do Decreto-Lei
3/2008/Tutoria
Apoio pedagógico para alunos do
1ºciclo
1ºciclo
Número de
alunos
Áreas
que usufruíram
disciplinares
do apoio
educativo
11
Português,
Matemática,
Estudo do Meio
e Expressões
10
Ausências às
aulas (%)
1,4%
Nº de Alunos
propostos
para deixar de
usufruir do
apoio
7
87
2ºciclo
Modalidades
Apoio pedagógico aos alunos
com NEE/Tutoria
Apoio pedagógico aos alunos
retirados do Decreto-Lei
3/2008/Tutoria
Apoio pedagógico para alunos
propostos pelos docentes
Modalidades
Apoio pedagógico aos alunos
com NEE/Tutoria
Apoio pedagógico aos alunos
retirados do Decreto-Lei
3/2008/Tutoria
Apoio pedagógico para alunos
propostos pelos docentes
Número de
alunos
que usufruiu do
apoio educativo
Disciplinas
Ausências às
aulas (%)
Nº de Alunos
propostos
para deixar de
usufruir do
apoio
9
Português
PLNM *
Matemática
10
7,6%
2
12
3ºciclo
Disciplinas
Número de
alunos
que usufruiu do
apoio educativo
Ausências às
aulas ( %)
Nº de Alunos
propostos
para deixar de
usufruir do
apoio
7
PLNM
Matemática
Inglês
Ciências Naturais
5
13
4
19.9%
1
Direção de Serviços da Região Norte
Modalidades
Secundário
Disciplinas/Área Ausências às
Número de
aulas de apoio
disciplinares
alunos
educativo
que usufruiu de
apoio educativo
Apoio pedagógico aos alunos
com NEE/Tutoria
Apoio pedagógico aos alunos
retirados do Decreto-Lei 3/2008
Apoio pedagógico para alunos
propostos pelos docentes
12
Área de
Integração
Inglês
Educação Física
0
1
Nº de Alunos
propostos
para deixar de
usufruir do
apoio
23%
1
Disciplina em que os alunos têm mais apoio


Nos 2ºciclo e 3ºciclos, a disciplina com maior número de alunos que usufruem de apoio
pedagógico, é a disciplina de Matemática.
No ensino secundário, as disciplinas apresentadas são aquelas nas quais os professores prestam
acompanhamento pedagógico a alunos, na modalidade de tutoria.
Motivos para a descontinuidade do apoio educativo

Os alunos acompanham os restantes elementos da turma sem dificuldade.
 Os alunos necessitam de outros tipos de apoio: Serviço de Psicologia, Instituições que promovam
o relacionamento interpessoal e a autonomia dos alunos.
Dificuldades de concentração e atenção
Dificuldades de concentração e
atenção
1ºciclo
2ºciclo
3ºciclo
Secundário
O aluno não superou (%)
O aluno encontra-se em processo de
superação (%)
64,8%
40%
38,9%
80%
29,5%
52%
38,9%
20%
O aluno superou (%)
5,7%
8%
22,2%
_
5
Direção de Serviços da Região Norte
Dificuldades de compreensão e expressão escrita e oral
Dificuldades de compreensão e
expressão escrita e oral
1ºciclo
2ºciclo
3ºciclo
Secundário
O aluno não superou (%)
O aluno encontra-se em processo de
superação(%)
59,1%
39,3%
50%
66,7%
37,1%
53,6%
27,8%
33,3%
O aluno superou(%)
3,8%
7,1%
22,2%
_
1ºciclo
2ºciclo
3ºciclo
Secundário
O aluno não superou (%)
O aluno encontra-se em processo de
superação (%)
56,2%
46,4%
47,1%
33,3(3)%
38,1%
46,4%
47,1%
33,3(3)%
O aluno superou (%)
5,7%
7,2%
5,8%
33,3(3)%
1ºciclo
2ºciclo
3ºciclo
Secundário
O aluno não superou
O aluno encontra-se em processo de
superação
42,9%
28,6%
13,3%
_
49,5%
52,4%
73,4%
100%
O aluno superou
7,6%
19%
13,3%
_
1ºciclo
2ºciclo
3ºciclo
Secundário
O aluno não superou
O aluno encontra-se em processo de
superação
47,6%
46,2%
33,4%
50%
36,2%
46,2%
60%
_
O aluno superou
Outro: O aluno vive num mundo à
parte
16,2%
7,6%
6,6%
_
-
-
-
50%
Dificuldades de aplicação de conhecimentos
Nº de alunos com dificuldades de
aplicação de conhecimentos
Falta de hábitos e métodos de trabalhos
Falta de hábitos e métodos de
trabalhos
Dificuldades de posicionamento crítico
Nº de alunos com dificuldades de
posicionamento crítico
6
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Dificuldades de interpretação de imagens e gráficos
Nº de alunos com dificuldades de
interpretação de imagens e
gráficos
1ºciclo
2ºciclo
3ºciclo
Secundário
O aluno não superou
O aluno encontra-se em processo de
superação
35,2%
30,4%
14,3%
66,7%
49,5%
65,2%
57,1%
_
O aluno superou
15,3%
4,4%
28,6%
_
_
_
_
33,3%
1ºciclo
2ºciclo
3ºciclo
Secundário
39,0%
28,6%
13,3%
50%
48,6%
52,4%
73,3%
25%
12,4
19%
13,4%
_
_
_
_
25%
1ºciclo
2ºciclo
3ºciclo
Secundário
O aluno não superou
O aluno encontra-se em processo de
superação
48,6%
42,3%
33,3
50%
44,8%
50%
55,6
25%
O aluno superou
6,6%
7,7%
11,1%
_
-
_
_
25%
1ºciclo
2ºciclo
_
3,6%
3ºciclo
_
Secundário
_
9,5%
_
_
_
_
_
_
33,3%
Satisfaz/Suficiente
61%
21,4%
22,2%
_
Bom
19%
46,4%
27,8%
16,7%
10,5%
28,6%
50%
33,3%
-
_
_
16,7%
Outro: O aluno é instável
Falta de autonomia
Nº de alunos que têm falta de
autonomia
O aluno não superou
O aluno encontra-se em processo de
superação
O aluno superou
Outro: é apenas autónomo quando faz
o que lhe apetece
Dificuldade de gestão da informação
Nº de alunos com dificuldade de
gestão da informação
Outro: O aluno recusa.
Comportamento do aluno
Comportamento
Fraco (2º, 3º e secundário)
Insuficiente (1ºciclo)
Não satisfaz (2º, 3º e secundário)
Muito Bom
Outro: Passivo
7
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4 - Apoio Educativo à Turma
Dificuldades detetadas
Relativamente às dificuldades detetadas nos alunos, obtiveram-se os resultados que se
apresentam no quadro abaixo:
Compreensão de conhecimentos
Aplicação de conhecimentos
Domínio das regras de cálculo
Resolução de problemas
Expressão oral
Expressão escrita
Domínio das regras gramaticais
Atenção/concentração
Métodos e hábitos de estudo
Empenho e participação nas atividades letivas
Organização
Outro
8
Percentagem
62,30%
77,40%
34%
39,60%
28,30%
45,30%
32,10%
37,90%
79,20%
60,40%
39,60%
13,20%
Direção de Serviços da Região Norte
Dificuldades detetadas por tuma
Compreensão
de
conhecimentos
Aplicação de
conhecimentos
Domínio
regras de
cálculo
Resolução
de
problemas








5º D



5º E



5º F





5º A

5º B
5º C
6º A
Expressão Expressão
oral
escrita
Domínio
das regras
gramaticais








6º D




Organização

































































9º C







9º D







9º E







11º CT1







11º CT2



11º CT3




11º LH2



9º A
11º LH1
Outra:
Outra:
Exploração e
Comportamento
análise de
inadequado
documentos

6º E
9º B

Empenho e
participação
nas
atividades
letivas


6º C
Métodos e
hábitos de
estudo


6º B
Atenção/
concentração

































12º CT1

12º CT2





12º LH1





12º LH2





9









Direção de Serviços Região Norte
Estratégias / Atividades desenvolvidas na turma
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5 - Avaliação da implementação das medidas educativas a alunos abrangidos pelo decreto-lei
nº.3/2008
Para realizar esta avaliação recorreu-se a um formulário online, com base nas ferramentas da Google, cujo link foi enviado por correio eletrónico a todos os
docentes de Educação Especial do agrupamento. Cada um dos 8 docentes preencheu um formulário por aluno. Os dados foram cruzados com os existentes e
com a informação constante em atas de Conselhos de Turma de avaliação do 1º período.
PONTO 1 – Nº de horas de Tutoria
Do total de 66 alunos apoiados pela Educação Especial no 1º período, obteve-se um total de 60 h de tutoria, o que dá uma média aproximada de 1h por aluno.
No entanto, verifica-se que existe uma enorme disparidade na distribuição destas horas como se pode comprovar por análise do gráfico n.º 1.
Gráfico nº.1 – Horas de tutoria por aluno, por semana
Assim, verifica-se que um aluno tem 27 horas de tutoria por semana, 3 alunos têm 5h, 2 alunos têm 4h30 min, 1 aluno tem 3h, 2 alunos têm 2h e 2 alunos têm
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apenas 1h de tutoria. Os restantes não têm horas de tutoria. Assim, dos 66 alunos, apenas 11 têm horas de tutoria, isto é, apenas 16,7% dos alunos têm tutoria.
Tabela nº1 – Nº de horas de tutoria por semana e respetivas percentagens em função do nº total de alunos abrangidos pelo Decreto-Lei n.º 3/2008
nº de
alunos
%
horas de tutoria
3
0
1
2
55
83,3
2
3,0
2
3,0
1
1,5
4,5
5
27
Total
2
3,0
3
4,5
1
1,5
66
100,0
Gráfico nº.2 – Distribuição percentual das 60 horas de tutoria por aluno, por semana
13
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PONTO 2 – Nº de horas de Apoio Pedagógico Personalizado (APP)
Por análise da tabela nº 2, verifica-se que a maioria dos alunos tem Apoio Pedagógico Personalizado por um docente de Educação Especial como medida
educativa, sendo que 23 alunos (34,9%) têm duas horas de apoio por semana. Os 24 alunos que não têm APP são alunos com a medida CEI e, como tal, os
docentes de Educação Especial dão-lhes as áreas curriculares de Português e Matemática Funcional. Temos assim uma média de 1h de APP por aluno.
Tabela nº2 – Nº de horas de Apoio Educativo por semana e respetivas percentagens em função do nº total de alunos abrangidos pelo Decreto-Lei n.º
3/2008
horas de apoio
0
1
2
3
4
5
8
Total
nº de
alunos
24,0
3,0
23,0
15,0
0,0
1,0
0,0
66,0
%
36,36
4,55
34,85
22,73
0,00
1,52
0,00
100,0
Gráfico nº.3 –Horas de APP por aluno, por semana
14
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Gráfico nº.4 – Distribuição percentual das 66 horas de APP por aluno, por semana
PONTO 3 – Turma reduzida
Dos 66 alunos do agrupamento abrangidos pelo Decreto-lei nº.3/2008, 12 usufruem da medida “Turma reduzida”, tal como preconizado no seu PEI, o que
corresponde a 18,2%.
Tabela nº3 – Nº de alunos a usufruir da medida turma reduzida e respetivas percentagens em função do nº total de alunos abrangidos pelo DecretoLei n.º 3/2008
turma reduzida
sim
não
nº de
alunos
%
12,00
18,18
54,00
81,82
total
66,00
100,00
15
Direção de Serviços Região Norte
Gráfico nº.5 – Alunos com a medida turma reduzida
PONTO 4 – Tipo de patologia
Dos 66 alunos, a maioria (38 alunos, correspondendo a 57,6%) tem deficiência intelectual.
Tabela nº4 – Distribuição do nº de alunos pelo tipo de patologia
nº de
alunos
%
Deficiência
intelectual
Deficiência
emocional
38,00
57,58
7,00
10,61
Tipo de patologia
Deficiência
Deficiência
motora
psicossocial
2,00
3,03
Deficiência na
Comunicação
11
16,67
2
3,03
16
Multideficiência Total
6
9,09
66,00
100,00
Direção de Serviços Região Norte
Gráfico nº.6 – Distribuição do nº de alunos de Educação Especial por tipo de patologia
PONTO 5 – Medidas educativas
No que concerne a distribuição das medidas educativas, verifica-se que todos os alunos usufruem de Apoio Pedagógico Personalizado (APP), exectuando os
que têm Currículo Específico Individual (CEI), uma vez que estas duas medidas não são cumulativas. Dos alunos com APP, quase todos têm Adequações
Curriculares Individuais (ACI) e Adequações no Processo de Avaliação (APA). 12 alunos usufruem de Adequações no Processo de Matrícula (incluindo alunos
com e sem CEI). Só um aluno com CEI usufrui de Tecnologias de apoio.
Tabela nº5 – Distribuição do nº de alunos pelo tipo de patologia
medidas
educativas
nº de alunos
APP
43
CEI
23
ACI
37
APA
39
APM
12
Tecnologias de
apoio
1
17
Direção de Serviços Região Norte
Gráfico nº.7 – Distribuição do nº de alunos de Educação Especial por tipo de medida educativa
PONTO 6 – Terapias pelo MADI
Dos 66 alunos abrangidos pelo Dec. Lei nº.3/2008, de 7 de janeiro, 28 beneficiam de terapias no âmbito da parceria em vigor entre o nosso agrupamento e o
MADI (Movimento de Apoio ao Diminuído Intelectual). É de referir que alguns alunos usufruem de mais que uma terapia: a maioria beneficia de Terapia
Ocupacional (13 alunos), 11 alunos usufruem de Terapia da Fala, 10 de Psicologia e 1 de Fisioterapia. Resta explicitar que estas terapias são aplicadas nas
instalações escolares, exceto a fisioterapia que, por carecer de equipamento próprio, decorre nas instalações do MADI.
Tabela nº6 – Distribuição do nº de alunos pelo tipo de terapia
Terapias
nº de alunos
Psi
10
TO
13
TF
11
Fisiot
1
Total
28
18
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Gráfico nº.8 – Distribuição do nº de alunos de Educação Especial por terapia
PONTO 7 – Resultados escolares
Por análise da tabela e do gráfico seguintes, verifica-se que 23 alunos registaram insucesso (numa ou mais disciplinas) e 43 alunos (65,2%) têm sucesso a
todas as disciplinas. Dos 23 que registaram insucesso a maioria (13 alunos) têm apenas 1 ou duas disciplinas com insucesso.
Tabela nº7 – Resultados escolares dos alunos abrangidos pelo Decreto-lei nº. 3/2008
Resultados
escolares
nº de alunos
%
1 a 2 disciplinas com insucesso
13
19,7
3 ou mais de 3 disciplinas com
insucesso
10
15,2
19
Sucesso a todas as disciplinas
43
65,2
Direção de Serviços Região Norte
Gráfico nº.9 – Resultados escolares dos alunos abrangidos pelo Decreto-lei nº. 3/2008
PONTO 8 – Disciplinas com mais insucesso
Por análise da tabela nº 8 e do gráfico nº 10 observa-se que a disciplina que registou maior taxa de insucesso foi Matemática, com 12 alunos (52,2%). Seguemse o Português (8 alunos- 34,8%), o Inglês e as Ciências Naturais/ Ciências da Natureza, com 6 alunos cada (26,1%).
Tabela nº8 – Resultados escolares dos alunos abrangidos pelo Decreto-lei nº. 3/2008
Disciplinas
Hist.
Port.
Mat.
Fr.
Ed.
Visual
Inglês
Natação
nº de
alunos
3
8
12
2
4
6
1
Ed.
Esp.
Física
3
3
20
Geog.
CN
FQ/
CFQ
Expres.
Ed.
Tec.
Ed.
Musi.
EMRC
HGP
4
6
2
2
3
2
1
1
Direção de Serviços Região Norte
%
13,0
34,8
52,2
8,7
17,4
26,1
4,3
13,0
13,0
17,4
26,1
8,7
8,7
13,0
8,7
4,3
Gráfico nº.10 – Resultados escolares dos alunos abrangidos pelo Decreto-lei nº. 3/2008
PONTO 9 – Efeito das medidas
À questão “As medidas implementadas estão a ser eficazes?” a maioria dos docentes de Educação Especial respondeu “SIM”.
Tabela nº9 – Parecer sobre o efeito das medidas
Nº DE ALUNOS
%
SIM
60
90,9
NÃO
6
9,1
21
4,3
Direção de Serviços Região Norte
Gráfico nº.11 – Parecer dos docentes de Educação Especial sobre o efeito das medidas
De seguida solicitou-se os docentes que responderam não à questão anterior, que sugerissem alterações relativamente às medidas a implementar. As
sugestões foram as que contam da tabela nº 10. Da análise da tabela verifica-se que não se trata de alteração das medidas, mas da definição de estratégias.
Apenas o primeiro caso se refere a alteração de medidas mas não explicita quais são.
Tabela nº10 – Alterações sugeridas
Respostas
Nº de respostas
“Após análise de todo processo, a equipa médica em conjunto com todos os parceiros educativos que acompanham o aluno,
decidiram que, devido ao aproximar da sua idade adulta, se deverá dar início ao pedido de inabilitação. Também decidiram que,
devido ao facto de a escola ter esgotado todas as estratégias pedagógicas para desenvolver as suas competências sociais, deverá
ser feito o pedido de alteração de medidas educativas à DGEstE para que o aluno possa concluir o ano escolar, ao mesmo tempo que
se insere nas atividades ocupacionais do MADI. Se o pedido da alteração das medidas for deferido, o PEI do aluno será restruturado.”
1
22
Direção de Serviços Região Norte
“As alterações sugeridas, em conselho de turma, referem-se à definição de novas estratégias e não a novas de medidas,
nomeadamente:
- Incentivo de hábitos de higiene regulares (Educação Física e Natação);
- Utilização de apenas uma sala de aula quando o aluno não está com a turma;
- Solicitação à DGEstE de um Professor de Educação Especial;
- Solicitação de um tarefeiro para acompanhar e orientar o aluno quer na escola quer quando se desloca às piscinas municipais;
- Consultas de psicologia regulares.”
“Realizar atividades práticas.”
1
1
“A aluna para poder ser avaliada deverá frequentar a escola.”
1
“Maior responsabilização do Encarregado de Educação; tutoria ou coadjuvação.”
2
Ainda relativamente à questão anterior, solicitou-se aos docentes que responderam “Não” que justificassem. As
Resposta
Nº de respostas
“O aluno não comparece às aulas, exceto a Inglês que veio a 3 aulas e a TIC.”
1
“A aluna não foi avaliada devido ao facto de se encontrar permanentemente doente.”
1
“Apesar das medidas implementadas estarem de acordo com o seu perfil de funcionalidade, e produzirem alguns efeitos, a falta de
controlo farmacológico para a problemática que o aluno apresenta condiciona a sua aquisição de competências.”
2
“Apesar das medidas implementadas estarem de acordo com o seu perfil de funcionalidade, a falta de assiduidade e os problemas
comportamentais condicionaram gravemente a aquisição de competências.”
1
“Apesar das medidas implementadas estarem de acordo com o seu perfil de funcionalidade, e produzirem alguns efeitos, a falta de
comunicação da aluna compromete a aquisição de competências.”
1
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Direção de Serviços Região Norte
6 – Apoio prestado pelo Serviço de Psicologia e Orientação
Antes de descrever as atividades desenvolvidas ao longo deste 1º período, considera pertinente este
SPO esclarecer o Conselho Pedagógico acerca da importância da Privacidade e Confidencialidade do
trabalho desenvolvido, tal como preconiza o Regulamento 258/2011 de 20 de Abril, decorrente da
publicação da Lei 57/2008 de 4 de Setembro, nos seus princípios específicos “Os psicólogos tem a
obrigação de assegurar a manutenção da privacidade e confidencialidade de toda a informação a respeito
do seu cliente, obtida direta ou indirectamente, incluindo a existência da própria relação (…) a informação
confidencial é transmitida apenas a quem se considerar de direito e imprescindível para uma intervenção
adequada e atempada face à situação em causa. O cliente é informado sobre a partilha de informação
confidencial antes desta ocorrer, exceto em situações onde tal seja manifestamente impossível. Quando o
cliente é uma criança ou adolescente, pode partilhar-se com os seus responsáveis legais apenas a
informação estritamente necessária”.
O psicólogo que integra o SPO dispõe de autonomia técnica e cientifica (nº2 do artigo 10º do DL
190/91).
Apresentam-se, em seguida, as atividades realizadas pelo Serviço de Psicologia e Orientação, ao longo
do 1º Período, por áreas de intervenção:
1. Atendimentos Individuais (pressupõe avaliação, intervenção e acompanhamento);
2. Atendimentos Espontâneos (caracteriza-se por um atendimento a alunos, pais, professores e
outros);
3. Avaliações e Reavaliações para a Educação Especial;
4. Acompanhamento Indireto (caracteriza-se por um acompanhamento de monotorização)
5. Psicologia Preventiva (atividades específicas de carácter preventivo);
6. Promoção e divulgação do SPO;
7. Orientação de Estágio Profissional à Ordem dos Psicólogos Portugueses;
8.
Outros
24
1. Atendimentos Individuais
Na totalidade dos casos de atendimento individualizado foi feita uma avaliação psicológica e/ou
psicopedagógica bastante completa, envolvendo quase sempre várias sessões de avaliação, entrevistas
semiestruturadas com os alunos, pais, professores e outros profissionais, seguida de intervenção
psicológica e respetivo acompanhamento psicológico.
Seguidamente o Quadro 1 apresenta a distribuição dos alunos por nível de ensino e ano de
escolaridade. Beneficiaram deste tipo de atendimento 29 alunos. Em média cada aluno beneficiou ao longo
do 1º período de 5 sessões. Quanto à periodicidade, dependendo dos casos, foi semanal, quinzenal e em
Observação Periódica (~1x/mês). Não estão contabilizados os alunos alvo de avaliação/reavaliação da
Educação Especial. Foram elaborados 29 relatórios sendo 10 de avaliação psicológica.
Quadro 1- Distribuição das avaliações e acompanhamentos psicológicos individuais por ciclo e ano de
escolaridade
Ciclo/Nível
Ano
Escolaridade
Jardim de Infância
JI
1º
2º
3º
4º
5º
6º
7º
8º
9º
10º
11º
12º
Total
1º Ciclo
2º Ciclo
3º Ciclo
Secundário
25
N
0
1
3
2
2
4
0
0
1
2
5
4
5
29
Quadro 2 - Distribuição das avaliações e acompanhamentos psicológicos individuais por Jardins de Infância
Jardins de Infância
C.E. Areia
JI Azurara
JI Cunha Reis
JI Tougues
0
0
0
0
Quadro 3 - Distribuição das avaliações e acompanhamentos psicológicos individuais por Escolas do 1ºciclo
Escolas do 1º Ciclo
0
1
1
0
6
0
C.E.Areia
EB1 Azurara
EB1 Bairro Alto
EB1 Meia Laranja
EB1 Nº1
EB1 Retorta
Quadro 4 - Distribuição das avaliações e acompanhamentos psicológicos individuais pelas Escolas do
2ºciclo, 3º ciclo e secundário
Escolas 2º Ciclo, 3º Ciclo e Secundário
Júlio Saul Dias
7
Escola Secundária D. Afonso Sanches
14
2. Atendimentos Espontâneos
São
considerados
atendimentos
espontâneos,
os
atendimentos
individuais
de
carater
remediativo/preventivo a alunos, pais, professores e outros. Visaram essencialmente o esclarecimento de
dúvidas, apoio no desenvolvimento de estratégias de intervenção e remediativas de situações relacionadas
com comportamentos disruptivos, absentismo escolar, necessidades educativas especiais. Contou-se com
cerca de 30 atendimentos espontâneos. Importa referir duas situações, a primeira refere-se a que nalguns
casos estes atendimentos originaram outros procedimentos (encaminhamento para outras especialidades
ou estruturas de apoio), a segunda refere-se ao registo dos mesmos que, por vezes, não foi efectuado daí o
número apresentado estar por aproximação (por defeito).
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Quadro 5 - Atendimentos Espontâneos ocorridos no 1º período
Atendimentos Espontâneos
Alunos
~10
Pais
7
Professores e outros
~13
Total
~30
3. Avaliações/Reavaliações para Educação Especial
Avaliação especializada por recurso à CIF (Classificação Internacional de Funcionalidade), tendo como
objetivo apurar a elegibilidade ou permanência dos alunos nas Necessidades Educativas Especiais (Decreto
Lei 03/2008 de 7 de Janeiro) assim como, a adequabilidade das referidas medidas da educação especial
preconizadas individualmente. Em média cada aluno beneficiou de 3 sessões (contando com a elaboração
do relatórios especializados por referência à CIF). Foram elaborados 20 relatórios de avaliação
especializada.
Quadro 6 - Distribuição das Avaliações e reavaliações para o ensino especial por ciclo e ano de
escolaridade.
Ciclo/Nível
Ano de Escolaridade
Jardim de Infância
JI
1º
2º
3º
4º
5º
1º Ciclo
2º Ciclo
N
3
4
3
1
3
6º
7º
8º
9º
10º
11º
12º
Total
3º Ciclo
Secundário
27
2
1
1
2
20
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4. Acompanhamento Indireto
Ao longo do 1º período estiveram neste tipo de acompanhamento 10 alunos. Este tipo de
acompanhamento caracteriza-se por uma intervenção indirecta, ou seja, não se estabelece relação com a
criança/jovem, mas é feita uma intervenção com os diferentes interlocutores (pais, professores e outros
profissionais (médicos, assistentes sociais, técnicos da CPCJ, EMAT, etc.) envolvidos no processo de
desenvolvimento biopsicossocial e educacional da criança/jovem. Foi despendido, em média, 2
atendimentos para cada caso.
5. Psicologia Preventiva
A Psicologia Preventiva é uma modalidade de intervenção psicológica em grupo ou população alvo, com
o objetivo de promover/prevenir uma situação de risco psicológico. No 1º período foi organizada uma
atividade de carácter preventivo sobre “Bullying”, tendo como população alvo os alunos da turma do 4º ano
da Professora Sílvia Silva da EB1 Nº1, em Vila do Conde, intitulada “A Brincar e a rir o bullying vamos
prevenir”.
6. Promoção e divulgação do SPO
O SPO e o GIA deslocaram-se a todas as turmas do 10º ano com o objectivo de promover e divulgar
estes dois serviços disponibilizados no AEDAS. O SPO agradece a todos os docentes que permitiram
interromper a sua aula para esta divulgação.
7. Orientação de Estágio Profissional à Ordem dos Psicólogos Portugueses
O SPO está, desde o dia 1 de dezembro, a orientar um estágio Profissional à OPP que para o efeito
contou com a colaboração da Associação de Pais da EB1 N.1.
8. Outros
Por solicitação da direção do AEDAS
o
SPO
colaborou,
ativamente, na
articulação/acompanhamento de processos com CPCJ (Comissão de Proteção de Crianças e Jovens).
Encaminhou alunos e articulou em reunião de trabalho com os técnicos do CQEP – Vila do Conde. Reuniu,
sempre que necessário, com a subcoordenadora da Educação Especial.
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Conclusão
Beneficiaram do SPO 79 alunos. Realizaram-se cerca de 255 atendimentos individuais, foram
elaborados 49 relatórios. Importa referir que para cada atendimento individual é necessária uma
preparação prévia (estudo de caso – preparação técnica e cientifica, recolha de material adequado a
uma intervenção eficaz etc).
Todos os encaminhamentos efectuados ao longo do 1º período foram atendidos. Resultaram das
avaliações do 1º período mais 12 encaminhamentos, a realizar ao longo do 2º período.
É de salientar que só se poderá dar inicio a novas intervenções à medida que os acompanhamentos
em curso estiverem concluídos, que devido à complexidade dos casos, não se espera estarem
concluídos em breve.
As problemáticas trabalhadas, individualmente, por este SPO ao longo do 1º período foram:
perturbação do comportamento alimentar, perturbação do comportamento (absentismo, comportamento
disruptivo, síndrome de oposição), perturbação do controlo de impulsos, perturbações do
neurodesenvolvimento (autismo, PHDA, perturbação da aprendizagem específica); perturbação do
humor (perturbação depressiva), perturbação da ansiedade (de realização, de separação e social),
perturbação obsessiva-compulsiva, perturbação da adaptação mista (com humor depressivo e
ansiedade) e o luto patológico.
Vila do Conde, 8 fevereiro de 2016
A Coordenadora do Núcleo dos Apoios Educativos e Educação Especial,
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Maria Jorge Faria
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