Estimado Senhor Ricardo Brennand, estimados autores do livro
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Estimado Senhor Ricardo Brennand, estimados autores do livro
Estimado Senhor Ricardo Brennand, estimados autores do livro “Brasil Holandês: História, Memória e Patrimônio Compartilhado”, Senhoras e Senhores, É uma honra e um grande prazer poder dizer algumas palavras nesta feliz ocasião em que novamente relembramos o Brasil neerlandês do século dezessete. É interessante e gratificante observar como os acontecimentos de há quase quatrocentos anos, continuam unindo os povos brasileiro e neerlandês! Em novembro de 2011, em pleno 'Ano da Holanda no Brasil', cientistas de vários países se reuniram aqui no Instituto Ricardo Brennand para falar sobre o Brasil neerlandês. Muitos pesquisadores e cientistas importantes trocaram conhecimento e ideias sobre esse período tão instigante na primeira metade do século dezessete. Uma época que ainda nos fascina, como percebo ainda todo dia. E onde essa ligação, essa amizade fica mais visível de que aqui no Instituto Ricardo Brennand? Quero parabenizar e agradecer o senhor Ricardo Brennand e o Instituto Ricardo Brennand, que tanto fizeram para preservar e estudar essa história. Sem o senhor Ricardo e o Instituto Ricardo Brennand seria difícil imaginar os tantos resultados já alcançados. O Instituto, como pude constatar mais uma vez durante a agradável visita guiada que fizemos ainda agora, é um lugar único e muito importante. Aqui se guarda os objetos, a arte, a literatura e os manuscritos daquele tempo, possuindo ainda uma grande coleção de quadros do pintor neerlandês Frans Post. A grande importância do Instituto Ricardo Brennand mais uma vez foi sublinhada em 2003, quando recebeu a Rainha Beatriz dos Países Baixos, junto com o Príncipe Herdeiro Willem Alexander e a sua esposa a Princesa Máxima. Senhoras e Senhores, Hoje estamos reunidos aqui para o lançamento festivo do livro resultante desse 'Primeiro Colóquio Internacional sobre o Brasil Holandês', que aconteceu aqui em novembro passado. Primeiro não poderia deixar de observar como é bonita a capa deste livro com a ilustração de um quadro de Post. O objetivo desta publicação é promover um maior entendimento sobre o período neerlandês no Brasil e o aprofundamento das discussões e dos estudos sobre o tema, tanto no Brasil quanto nos Países Baixos, e até mesmo em países como Portugal e Espanha. O que considero muito interessante no livro são as visões específicas de diferentes cientistas que discorrem sobre vários aspectos da presença neerlandesa no Brasil. O livro trata de temas como arte, cultura, política e economia, mostrando o Brasil holandês em seus diversos aspectos. Uma boa compreensão desses temas fornece um melhor entendimento das relações atuais entre os nossos países. Assim compartilhamos as mesmas opiniões sobre a liberdade religiosa e racial, para citar apenas dois exemplos importantes. As nossas relações econômicas são cada vez mais estreitas. Limitando-me ao Nordeste brasileiro e a Cidade do Recife onde nos encontramos agora, gostaria de expor o seguinte. No século dezessete o comércio de açúcar era muito importante para os neerlandeses. Mapas antigos mostram navios mercantes da Companhia das Índias Ocidentais entrando no porto de Suape. Nos dias de hoje, Suape exerce um importante papel nas nossas relações bilaterais. Empresas neerlandesas, como, por exemplo, a companhia de dragagem Van Oord e o Porto de Roterdã, estão envolvidas na criação do centro logístico de Suape. Além disto, os Países Baixos têm uma vasta experiência marítima e em administração de portos. Empresas neerlandesas como a STC são ativas na transferência de conhecimento sobre esses assuntos para empresas locais. A economia do Estado de Pernambuco está em forte crescimento, criando todos os tipos de oportunidades de cooperação e investimento para empresas holandesas. Pensamos em setores como construção naval, petróleo e gás, indústria automotiva, logística, IT (economia criativa), etc. Quer dizer, o que começou com açúcar, se desenvolveu em uma grande gama de oportunidades entre os Países Baixos e Pernambuco! Senhoras e Senhores, Acredito que o próprio Maurício de Nassau viria o resultado da sua presença aqui com bons olhos. Maurício era um homem humanista, cujo caráter e maneira de agir, refletia bem a sociedade neerlandesa onde a tolerância, a boa convivência entre as pessoas de diferentes origens, com culturas e religiões diversas, são valores essenciais até hoje. O lançamento do livro o 'Brasil Holandês, História, memória e patrimônio compartilhado' é mais um marco neste caminho! Quero parabenizar os senhores Hugo Coelho Vieira, Nara Neves Pires Galvão e Leonardo Dantas pela organização do livro que enriquece o conhecimento sobre essa particular história em ambos os nossos países. Acredito que ainda resta muito para pesquisar, entender e descobrir. Tenho certeza que as pesquisas vão continuar produzindo muitos frutos. Muito obrigado! Desejo a todos uma noite muito interessante e agradável.
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