no Arroio Pseudônimo, Pelotas, Rio Grande

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no Arroio Pseudônimo, Pelotas, Rio Grande
DOI: 10.13102/scb214
ARTIGO
Diatomáceas (Bacillariophyceae) epífitas em Acrostichum danaeifolium (Pteridaceae)
no Arroio Pseudônimo, Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil
Vanessa Correa da Rosa1* & Marinês Garcia2
1
2
Programa de Pós-Graduação em Biologia de Ambientes Aquáticos Continentais, Universidade Federal do Rio
Grande, Rio Grande do Sul, Brasil.
Departamento de Botânica, Universidade Federal de Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil.
Resumo – Considerando o conhecimento científico insuficiente de diatomáceas associadas a plantas em áreas úmidas, este estudo teve como
objetivo apresentar a composição florística de diatomáceas epífitas no Arroio Pseudônimo e imagens das espécies que representam o
primeiro registro para o estado do Rio Grande do Sul. Foram coletadas 12 amostras de frondes da samambaia Acrostichum danaeifolium ao
longo de quatro estações do ano (maio de 2011 a janeiro de 2012). Acrostichum danaeifolium apresenta distribuição limitada no Arroio
Pseudônimo (Lagoa Pequena), Pelotas. Foram medidas as variáveis físicas (temperatura, profundidade, transparência da água e vazão) e
químicas (pH, condutividade elétrica, fósforo e nitrogênio) da água. O material epifítico foi removido e foram preparadas lâminas
permanentes para a observação e identificação dos taxons. A flora de diatomáceas mostrou alta riqueza (157 espécies); Nitzschia apresentou
o maior número de táxons (22). A comunidade foi formada por táxons de água doce (26%), estuarinos (50%) e marinhos (14%), das classes
Bacillariophyceae (75%), Coscinodiscophyceae (17%) e Fragillariophyceae (8%). Os maiores valores de riqueza ocorreram no verão (99
espécies) e no outono (90), comparadas à primavera (46) e inverno (29). Vinte e três espécies são registradas pela primeira vez para o Rio
Grande do Sul.
Palavras-chave adicionais: áreas úmidas, diversidade, estuários, Lagoa dos Patos, riqueza, região subtropical, taxonomia.
Abstract (Epiphytic diatoms (Bacillariophyceae) on Acrostichum danaeifolium (Pteridaceae) at Arroio Pseudônimo, Pelotas, Rio Grande do
Sul, Brazil) – Considering the insufficient scientific knowledge of diatoms attached to plants in wetlands, this study aims to present their
floristic composition in Arroio Pseudônimo and also images of species that represent first records for the State of Rio Grande do Sul, Brazil.
Twelve samples from the fern Acrostichum danaeifolium fronds were collected, over four seasons (from May 2011 to January 2012).
Acrostichum danaeifolium has a limited distribution in Arroio Pseudônimo (Lagoa Pequena), Pelotas. Epiphytic material was removed and
permanent slides were prepared for observation and identification. Physical (temperature, depth, water transparency and flow) and chemical
(pH, electrical conductivity, phosphorus and nitrogen) variables of water were measured. The diatom flora showed high species richness
(157); Nitzschia displayed the highest number of taxa (22). The community was composed of taxa characteristic of fresh water (26%),
estuarine (50%) and marine (14%), from classes Bacillariophyceae (75%), Coscinodiscophyceae (17%) and Fragillariophyceae (8%). The
greatest richness occurred in summer (99 species) and autumn (90), compared to spring (46) and winter (29). Twenty-three species are
recorded for the first time to Rio Grande do Sul.
Additional key words: diversity, estuary, Lagoa dos Patos, subtropical region, richness, taxonomy, wetlands.
O conhecimento científico insuficiente sobre a
riqueza de espécies em áreas úmidas e sua rápida
degradação tornam urgente a realização de estudos
para auxiliar na conservação destes ambientes de alta
biodiversidade (Maltchik et al. 2010). A Lagoa
Pequena, Rio Grande do Sul, é uma área referida pela
Base de Dados Tropicais (2003) como prioritária para a
conservação, visto que apresenta lagoas e banhados
bem preservados, aves aquáticas de interesse para a
conservação, e é um criadouro natural de peixes como
a tainha e a traíra (Alves et al. 2009).
Além da escassez de inventários de flora e fauna em
áreas úmidas no Brasil, também existe pouca
informação sobre as diatomáceas associadas a plantas
em áreas costeiras. A grande maioria dos estudos de
diatomáceas epífitas aborda as macroalgas e a
vegetação rasteira (gramíneas e ciperáceas em geral)
*
Autora para correspondência: [email protected]
Editor responsável: Alessandro Rapini
Submetido: 9 out. 2012; aceito: 26 mar. 2013
Publicação inicial: 26 jul. 2013; versão final: 2 maio 2014
ISNN 2238-4103
(Chen et al. 2010). Na Região Sul, foram registrados
106 táxons de diatomáceas epífitas na macrófita’
aquática Polygonum hydropiperoides Michaux, das
quais, nove espécies cêntricas e 97 penadas, sendo
Navicula Bory, Gomphonema Ehrenberg e Nitzschia
Hassal. os gêneros com maior número de espécies
(Bertolli et al. 2010). Por outro lado, Santos et al.
(2011) encontraram 147 táxons (somente três espécies
cêntricas, as demais penadas) associados à macrófita
Potamogeton polygonus Cham. & Schltdl, onde
Eunotia Ehrenberg e Pinnularia Ehrenberg
apresentaram o maior número de espécies. No estado
do Rio Grande do Sul, os estudos de algas epifíticas
envolveram somente partes de macrófitas aquáticas
coletadas através da técnica de espremido manual
(Flôres et al. 1999; Ludwig et al. 2004), não havendo
estudos de diatomáceas epífitas sobre plantas
específicas.
O gênero de samambaia Acrostichum (Pteridaceae)
apresenta distribuição pantropical, incluindo pelo
menos três espécies (Tryon & Tryon 1982; Marcon
2000): A. speciosum Willd (paleotropical), A. aureum
Sitientibus série Ciências Biológicas 13
V. C. Rosa & M. Garcia – Diatomáceas epífitas em Acrostichum danaeifolium
L. (pantropical) e A. danaeifolium Langst. & Fisch.
(neotropical). No Brasil, ocorrem A. aureum e
A. danaeifolium. Acrostichum danaeifolium apresenta
distribuição mais ampla que A. aureum, podendo
ocorrer juntamente com ela ou em locais alagados mais
afastados da costa litorânea (Marcon 2000). É
registrada para os estados de Pernambuco, Rio de
Janeiro, Paraná, São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande
do Sul (banhado de Tramandaí), e, na Paraíba, ocorre
em um remanescente de floresta Atlântica (Sehnem
1972; Farias & Xavier 2011).
As diatomáceas epífitas servem de alimento para
muitos organismos aquáticos, como peixes, insetos e
fauna bentônica (Moschini-Carlos 1999). Estas
microalgas podem formar agregados de massas visíveis
sobre o caule, folhas e raízes de macrófitas aquáticas,
como comumente observado em um arroio próximo à
cidade de Pelotas, no sul do Brasil, o Arroio
Pseudônimo. O objetivo deste trabalho é apresentar a
composição florística de diatomáceas epífitas em A.
danaeifolium em diferentes períodos de coleta no
Arroio Pseudônimo, bem como imagens das espécies
registradas pela primeira vez no Rio Grande do Sul.
MATERIAL E MÉTODOS
Área de estudo. O Arroio Pseudônimo
(31º40'16.4"S, 52º04'51.4"W) está localizado na Lagoa
Pequena, uma área úmida da Planície Costeira do
estado do Rio Grande do Sul, situada na parte sudoeste
da Lagoa dos Patos, próximo ao limite da região
estuarina, na extremidade norte do Saco do Laranjal,
entre as coordenadas 31º40'57.93"S, 52º05'10.29"W na
extremidade sul e 31º33'02.87"S, 52º05'04.17"W na
extremidade norte. Esta Lagoa inunda terras dos
municípios de Pelotas e Turuçu (Figura 1).
O Arroio Pseudônimo apresenta 1,81 km de
extensão e 14 m de largura, profundidade média de 2 m
na região central e 0,56 m na margem (obs. pess.). É
um ambiente que drena a água das chuvas das áreas
alagadas marginais e, dependendo de condições como
padrões de vento e precipitação, o fluxo de água pode
ocorrer em direção ao estuário da Lagoa dos Patos ou
em direção ao sangradouro da Lagoa Pequena,
podendo apresentar salinidade elevada, dependendo
das condições.
Em períodos de não estiagem e quando o vento é
predominante do quadrante nordeste, a água doce
oriunda da Lagoa dos Patos entra na Lagoa Pequena
através dos arroios Canaleta da Feitoria e Tapado, e
flui em direção ao estuário da Lagoa dos Patos pelo
Arroio Pseudônimo e entrada do sangradouro. Porém,
em períodos de estiagem e vento predominante do
quadrante sul, a água salobra do estuário da Lagoa dos
Patos entra na Lagoa Pequena através do Arroio
Pseudônimo e entrada do sangradouro. A água doce
dos arroios Corrientes e Contagem entra na Lagoa
Pequena quando ela apresenta menor nível de água; já
em maior nível, a água da Lagoa Pequena entra nesses
arroios, conforme observações do ambiente e
informações fornecidas por Couto (pescador artesanal
da colônia de pescadores Z3). Segundo este padrão, a
Lagoa Pequena pode sofrer influências tanto físicas
(sedimentos) e químicas (nutrientes) quanto biológicas
(espécies estuarinas e marinhas) da região estuarina ou
da área límnica da Lagoa dos Patos.
Nas margens do Arroio Pseudônimo crescem
macrófitas
aquáticas
enraizadas,
tais
como
Schoenoplectus californicus (C.A.Mey) Soják, Typha
dominguensis Pers., A. danaeifolium, Myriophylum
brasiliense Camb., Cabomba caroliniana A.Gray, e
macrófitas flutuantes, como Salvinia herzogii de la
Sota, Azolla sp. e Pistia stratiotes L. Também ocorrem
Hibiscus diversifolius Jacq. e Senecio bonariensis
Hook & Arn. Entretanto, a espécie dominante no
Arroio Pseudônimo é a ciperácea Schoenoplectus
americanus (Pers.) Volk ex Schinz & Kell.
Coleta e análise das amostras. Foram coletadas 12
amostras de frondes adultas de A. danaeifolium em
contato com a água, ao longo das quatro estações do
ano (maio, agosto e dezembro de 2011 e janeiro de
2012). Em cada estação, foram amostradas três frondes
de um mesmo indivíduo. Três pinas de cada fronde
foram fixadas com solução de formalina a 4%. O
material aderido nas pinas foi removido com auxílio de
pincel nº 10 e de jatos de água destilada do próprio
frasco de origem. O material removido foi transferido
para vidros de 20 ml a fim de padronizar as amostras.
De cada amostra foram retirados 2 ml de
subamostra para a preparação de lâminas permanentes,
que seguiu o método descrito por Simonsen (1974),
com uso da resina Naphrax®. Foram analisadas 24
lâminas permanentes, duas por amostra. As lâminas
foram examinadas em microscópio óptico Olympus
BX 40 para identificação dos táxons. Foram contadas
no mínimo 400 valvas de diatomáceas por amostra,
através de contagens de aproximadamente 200 valvas
por lâmina permanente. A abundância foi calculada
levando-se em consideração o número de valvas
contadas e o número de espécies identificadas em cada
lâmina. Foram consideradas espécies abundantes,
aquelas cujo valor obtido foi superior à média
calculada para a lâmina. Após a contagem, toda a área
das lâminas foi visualizada para a identificação dos
demais taxóns presentes. As amostras encontram-se no
Herbário HURG da Universidade Federal de Rio
Grande.
Foram determinadas as variáveis ambientais pH
(pHmetro Lutron pH-206), condutividade elétrica
(condutivímetro Lutron CD-4303), temperatura da
água (termômetro Arba), profundidade e transparência
da água (disco de Secchi). A vazão foi calculada
segundo Carvalho (2008), levando-se em consideração
a largura do arroio, a profundidade média e a
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V. C. Rosa & M. Garcia – Diatomáceas epífitas em Acrostichum danaeifolium
Figura 1. Região da Lagoa Pequena, indicando o Arroio Pseudônimo, junto ao estuário da Lagoa dos Patos, Pelotas, Rio Grande do Sul,
Brasil.
velocidade média do fluxo de água. Foram também
coletadas amostras de um litro de água para
determinação do fósforo total (Valderrama 1981;
Baumgarten et al. 1996) e do nitrogênio orgânico total
(Mackereth et al. 1978).
A identificação de Acrostichum danaeifolium está
baseada em Sehnem (1972). A identificação das
diatomáceas está baseada em literatura especializada
(e.g., Hustedt 1930; Jensen 1985; Simonsen 1987a,b;
Krammer & Lange-Bertalot 1991a,b; Witkowski 1994;
Witkowski et al. 2000; Metzeltin et al. 2005). Para
determinar registros de primeira ocorrência, foi
realizada consulta ao catálogo de diatomáceas do Rio
Grande do Sul (Torgan et al. 1999). As coleções dos
herbários HAS, da Fundação Zoobotânica do Rio
Grande do Sul, e Bradeanum (PEL), da Universidade
Federal de Pelotas, também foram consultadas. As
espécies registradas pela primeira vez no Rio Grande
do Sul foram ilustradas com imagens obtidas por
captura digital no microscópio BX51, sendo fornecidos
detalhes métricos e, sempre que possível, dados da
distribuição e aspectos ecológicos.
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V. C. Rosa & M. Garcia – Diatomáceas epífitas em Acrostichum danaeifolium
RESULTADOS
A macrófita aquática emergente A. danaeifolium
apresenta uma distribuição restrita no Sul do estado do
Rio Grande do Sul (Lagoa Pequena), ocorrendo apenas
na porção sudoeste desta grande área úmida, mais
especificamente em um fragmento de 500 m na
margem oeste do Arroio Pseudônimo. Este é o registro
mais austral da espécie em território brasileiro.
O pH no Arroio variou de neutro a alcalino (7,08 e
8,89). A profundidade foi mais baixa na primavera e no
verão (0,35 m) do que no inverno (0,80) e no outono
(0,76). A temperatura da água variou entre o mínimo
de 10ºC (inverno), 18ºC (outono), 26ºC (primavera) e
24ºC (verão). A diferença de 2ºC entre a temperatura
da primavera e do verão pode ser justificada pelo fato
de que em áreas subtropicais podemos ter, durante o
verão, temperatura de 10ºC, semelhante a temperaturas
de inverno. A vazão da água foi menor no verão
(9,4 m³ s-1) e primavera (12,02) e maior no inverno
(42,12). A transparência da água atingiu toda a sua
coluna no outono e verão, 0,23 m na primavera e 0,20
m inverno. Os maiores valores de condutividade
elétrica foram encontrados no verão (15,83 mS cm-1) e
outono (3,80) e os menores na primavera (3,43) e
inverno (0,65). O fósforo total foi maior no outono
(0,09 mg cm-1) e primavera (0,11) e menor no inverno
(0,03) e verão (0,04). O nitrogênio orgânico total foi
maior no inverno (0,44 mg L-1) e primavera (0,49) e
menor no outono (0,29) e verão (0,40). (Tabela 1)
Foram encontrados 157 táxons de diatomáceas
(Apêndice), distribuídos em 66 gêneros. Ocorreram
espécies de água doce (26%), salobra (50%) e marinha
(14%). A maioria dos táxons (75%) pertence à classe
Bacilllariophyceae, enquanto 17% são da classe
Coscinodiscophyceae
e
8%
da
classe
Fragillariophyceae. Nitzschia foi o gênero com maior
número de táxons (22), sete dos quais foram
abundantes: N. filiformis var. conferta, N. filiformis
var. filiformis, N. frustulum, N. palea, N. spiculoides,
N. subacicularis e N. subchoaerens var. scotica.
A maior riqueza ocorreu no verão (99 espécies) e
no outono (90). Já na primavera, ocorreram 46 espécies
e no inverno somente 29. Vários táxons ocorreram em
somente um período do ano: três espécies
exclusivamente na primavera, quatro no inverno, 55 no
verão e 39 no outono. Durante o período de estudo,
19 espécies ocorreram em todas as amostras, foram
elas: Amphora charrua, Aulacoseira granulata,
Bacillaria paxillifera, Catenula adhaerens, Cocconeis
placentula, Gomphonema parvulum, H. tumida,
Melosira varians, Navicula germanii, Navicula sp. 1,
Nitzschia brevissima, N. filiformis, N. frustulum,
Plagiogramma
tenuissimum,
Planothidium
delicatulum, P. frequentissimum, Pseudostaurosira
brevistriata, Pseudotaurosiropsis geocollegarum e
Tabularia tabulata.
A seguir, são apresentadas 23 novas ocorrências de
diatomáceas para o estado do Rio Grande do Sul
(Figura 2):
Amphora charrua (Figura 2H).
Dimensões: ca. 18 μm compr. e 4 μm larg. Presente
em todas as estações do ano. Habita sistemas aquáticos
de água doce com moderado conteúdo eletrolítico no
Uruguai. Pode ter sido encontrada em outras áreas da
América do Sul, tendo sido confundida com
A. montana Krasske, com a qual se assemelha na forma
das valvas e frústulas. Distingue-se dela, no entanto,
por apresentar valvas mais amplas no centro e ápices
mais obtusos, porém menos flexionados. Amphora
montana é cosmopolita e vive em hábitats subaéreos,
enquanto A. charrua habita sistemas aquáticos
dulcícolas com conteúdo eletrolítico moderadamente
alto, e não em condições subaéreas (Metzeltin et al.
2005).
Cocconeis peltoides (Figura 2G).
Dimensões: 10–12,6 μm compr., ca. 7,3 μm larg. e
15–17 estrias em 10 μm. Apresenta distribuição
cosmopolita oceânica, do Ártico aos trópicos, sendo
comum no Mar Báltico (Witkowski et al. 2000).
Assemelha-se a Cocconeis fluminensis var. subimpleta
Peragallo & Peragallo e C. pelta A.Schmidt.
Entretanto, em C. peltoides, as estrias alcançam o
esteno, enquanto em C. pelta não, e C. fluminensis var.
subimpleta possui menor densidade de estrias
(11–13 em 10 μm) (Sar et al. 2003).
Tabela 1. Variáveis físicas e químicas do Arroio Pseudônimo, Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil, entre maio de 2011 e janeiro de 2012.
Temp.- temperatura da água; Cond.- condutividade elétrica; Prof.- profundidade; Transp.- transparência da água; PT- fósforo total;
NT- nitrogênio total.
Prof.
Transp.
Vazão
PT
NT
Cond.
pH
Período/variaveis
Temp. (ºC)
-1
-1
-1
(m)
(Secchi)
(m³ s )
(mg L )
(mg L-1)
(mS cm )
Outono (Maio 2011)
18⁰
3.80
7.08
0.76
Total
-
0.09
0.29
Inverno (Agosto 2011)
10⁰
0.65
8.65
0.80
0.20 m
42.12
0.03
0.44
Primavera (Dezembro 2011)
26⁰
3.43
7.82
0.35
0.23 m
12.02
0.11
0.49
Verão (Janeiro 2012)
24⁰
15.83
8.89
0.35
Total
9.4
0.04
0.40
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V. C. Rosa & M. Garcia – Diatomáceas epífitas em Acrostichum danaeifolium
Entomoneis punctulata (Figura 2V).
Dimensões: ca. 36,6 μm compr. e 12 μm larg.
Observada somente no verão. É uma espécie marinha e
salobra, com distribuição no Ártico e no Mar Báltico.
Apresenta a frústula constricta no centro em vista
conectival e é levemente silificada (Witkowski et al.
2000). Difere de outras espécies do gênero, como
E. ornata e E. alata (Ehrenberg) Ehrenberg, pela
frústula com estrias inconspícuas em microscopia
óptica.
Fallacia florinae (Figura 2J).
Dimensões: ca. 9,2 μm compr., 4,6 μm larg.,
35 estrias em 10 μm. Apresenta distribuição
cosmopolita, em ambientes litorâneos marinhos e
salobros (Witkowski et al. 2000).
Karayevia oblongella (Figura 2F).
Dimensões: 7,3–12,6 μm compr., 4,0–6,6 μm larg. e
13–16 estrias em 10 μm. Apresenta distribuição
cosmopolita, ocorrendo na flora de água doce da
Europa (Krammer & Lange-Bertalot 1991b) e Brasil
(Tremarin et al. 2009), onde foi citada como
Achnanthes oblongella Østrup. Assemelha-se a
Achnanthes lutheri Hustedt, diferindo por apresentar
estrias mais afastadas da margem.
Luticola simplex (Figura 2I).
Dimensões: ca. 10 μm compr., 5,3 μm larg.,
25 estrias em 10 μm. Descrita para o Uruguai, no
estuário do Rio da Prata (Metzeltin et al. 2005),
assemelha-se a L. mutica (Kützing) D.G.Mann,
diferindo pelas valvas rômbico-elípticas (vs. elípticas),
com ápices obtusos, arredondados (vs. mais
amplamente obtusos) e terminações da rafe flexionadas
em direção oposta ao estigma, levemente dobradas em
forma de gancho (Metzeltin et al. 2005).
Mastogloia lanceolata (Figura 2M).
Dimensões: ca. 50 μm compr., 14,6 μm larg. e
19 estrias em 10 μm. Apresenta distribuição
cosmoplita, comum em águas salobras e costas
marinhas; na Europa, ocorre no Mediterrâneo e no mar
Báltico (Witkowski et al. 2000). Assemelha-se a
M. pumila (Cleve & Möller) Cleve por apresentar
estrias unisseriadas e rafe reta, diferindo pela ausência
de esternos laterais.
Navicula germainii (Figura 2L).
Dimensões: ca. 26,6 μm compr., 6 μm larg. e
16 estrias em 10 μm. Presente em todas as estações do
ano. Foi encontrada em amostras do epilíton no Rio
Sendai (Mar do Japão), ambiente sob influência
marinha (Hirota & Ohtsuka 2009). Registrada para o
Uruguai (Metzeltin et al. 2005). Assemelha-se a
N. rostellata, diferindo pelas valvas lanceoladas,
ligeiramente mais estreitas no centro (vs. mais lineares)
e pelas aréolas menos visíveis (Potapova 2011).
Navicula limata (Figura 2K).
Dimensões: ca. 13,3 μm compr., 6 μm larg. e
30 estrias em 10 μm. Foi descrita para a costa de
Camarões (África) e observada também em amostras
marinhas do Caribe (Witkowski et al. 2000).
Assemelha-se a N. limatoides Hustedt, diferindo por
apresentar eixo apical menor e possuir maior número
de estrias em 10 μm (Foged 1984).
Nitzschia fonticola var. pelagica (Figura 2Q).
Dimensões: 26–28,6 μm compr., 3,6–4 μm larg. e
12–14 fíbulas em 10 μm. Foi encontrada na Bolívia,
em amostras do epilíton (Morales et al. 2007).
Assemelha-se a N. pseudofonticola Hustedt, diferindo
por apresentar estrias conspícuas em microscopia
óptica e mais fíbulas em 10 μm.
Nitzschia pararostrata (Figura 2R).
Dimensões: ca. 14,5 μm compr., 8,6 μm larg. e
14 fíbulas e estrias transapicais pontuadas em 10 μm.
Registrada somente na localidade-tipo (costa da
Islândia), Países Baixos e planícies marinhas do Mar
do Norte (Witkowski et al. 2000). Assemelha-se a
Tryblionella compressa (Bailey) Poulin, porém é
menor.
Nitzschia spiculoides (Figura 2P).
Dimensões: ca. 63,3 μm compr., 3,3 μm larg. e
11 fíbulas em 10 μm. Encontrada na África do Sul, em
um rio de fluxo de água muito rápido, com pH 9,4
(Archibald 1966), e em amostras bênticas de marismas
de Quivira (E.U.A.) (Harris & Eberle 2001). Neste
trabalho, foi abundante apenas no verão, estação com
maior pH, porém menor fluxo de água, oposto ao
encontrado na África do Sul. Esta abundância maior no
verão pode estar relacionada à maior condutividade
elétrica. Assemelha-se a N. sigma por possuir a forma
sigmoide, mas difere pelas fíbulas com maior
espaçamento na região central e ausência de fíbulas
alongadas.
Opephora guenter-grassi (Figura 2E).
Dimensões: ca. 6 μm compr., 2,3 μm larg. e
12 estrias em 10 μm. Foi uma das espécies mais
abundantes nos sedimentos do litoral e sublitoral do
Golfo de Gdansk (Witkowski 1994). Assemelha-se a
O. mutabilis, porém é menor, possui esterno mais
amplo, maior densidade de estrias e ausência de uma
barra de espinhos marginal longitudinal.
Petroneis marina (Figura 2U).
Dimensões: 46 μm compr., 20,6 μm larg. e
12 estrias em 10 μm. Espécie marinha e salobra que
ocorre em áreas costeiras da Europa, incluindo o Mar
Báltico (Witkowski et al. 2000). Assemelha-se a
P. granulata (Bailey) D.G.Mann, diferindo por
apresentar menor espaçamento das aréolas na região
mediana da valva (Hendey 1964).
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V. C. Rosa & M. Garcia – Diatomáceas epífitas em Acrostichum danaeifolium
Pinnularia meridiana (Figura 2O).
Dimensões: ca. 63 μm compr., 10,6 μm larg. e
10 estrias em 10 μm. Assemelha-se a P. neomajor
Krammer, diferindo por ser menor, com rafe filiforme
(vs. complexa), esterno da rafe lanceolado (vs. linear) e
área central mais ampla.
Plagiotropis lepidoptera var. proboscidea (Figura 2N).
Dimensões: ca. 100 μm compr., 16,6 μm larg. e
19 estrias em 10 μm. Apresenta distribuição
cosmopolita. Foi encontrada no Uruguai, em um
pequeno rio a montante da Laguna Rocha (Metzeltin et
al. 2005). Assemelha-se a P. seriata (Cleve) Kuntze,
diferindo
pelas
valvas
elíptico-lanceoladas,
extremidades apiculadas e aréolas inconspícuas.
Pleurosigma salinarum (Figura 2X).
Dimensões: 81,33 μm compr. e 9,3 μm larg.
Encontrada em Cuba (Foged 1984) e no México
(Fuerte et al. 2010), é uma espécie bêntica e
cosmopolita que habita preferencialmente ambientes de
água doce a moderadamente salobros (Fuerte et al.
2010). Assemelha-se a P. decorum W.Smith, mas é
menor.
Pseudopodosira echinus (Figura 2A).
Dimensão: ca. 10,6 μm diâm. Abundante no verão.
Descrita para o Uruguai (Metzeltin et al. 2005),
assemelha-se à espécie-tipo do gênero, P. pileiformis
A.P.Jousé, pela presença de espinhos na face valvar,
diferindo pela ausência de ornamentação no centro da
valva.
Pseudostaurosira neoelliptica (Figura 2D).
Dimensões: ca. 8,0 μm compr., 3,3 μm larg. e
14 estrias em 10 μm. Descrita para o Golfo de Gdansk
como Fragilaria neoelliptica (Witkowski 1994), foi
encontrada na Flórida (Morales 2002), tendo sido
abundante no rio Caloosahatchee, ambiente eutrófico,
com pH 7,5 e condutividade elétrica de 458 μS cm-1. É
semelhante a Fragilaria sapotensis Witkowski &
Lange-Bertalot, diferindo pelas valvas menores e
amplamente lanceoladas a elípticas (vs. amplamente
lanceoladas), esterno amplamente lanceolado (vs.
linear ou estreitamente lanceolado) e por apresentar
menor densidade de estrias (Morales 2002).
Pseudostaurosiropsis geocollegarum (Figura 2B).
Dimensões: ca. 7,3 μm compr., 1,6 μm larg. e
20 estrias em 10 μm. A maior frequência desta espécie
foi observada no período com maiores valores de
condutividade elétrica (15,83 mS cm⎯¹) e pH (8,89), o
que concorda com a ecologia descrita por Morales
(2002), que mencionou a espécie ocorrendo em águas
com alta condutividade elétrica (458–1120 μS cm-1),
alcalinas (pH 7,1–8,3) e eutróficas. É típica de
ambiente lagunar (Witkowski et al. 2000), tendo sido
encontrada no sedimento do Golfo de Gdansk
(Witkowski 1994) e no sul da Flórida (Morales 2002).
Assemelha-se a P. connecticutensis Morales, que
ocorre com maior freqüência em águas mais alcalinas,
com alta condutividade e condições eutróficas.
Staurosira longirostris (Figura 2C).
Dimensões: ca. 19,3 μm compr., 6,6 μm larg. e
19 estrias em 10 μm. Ocorre no Uruguai, na Lagoa
Mirim e no Rio da Prata (Metzeltin et al. 2005).
Assemelha-se a Staurosira stevensonii Manoylov,
Morales & Stoermer, diferindo pelo esterno central
mais amplo (Manoylov et al. 2003).
Surirella litoralis (Figura 2T).
Dimensões: 14–21,3 μm compr., 8–10,6 μm larg. e
8 alas em 10 μm. Diatomácea marinha bentônica
litorânea com distribuição conhecida para a Carolina
do Norte (E.U.A.) (Hustedt 1955) e Golfo do México
(Krayesky 2009). Difere de S. ovalis Brébisson e
espécies similares por possuir sulcos mais amplos na
ondulação da parede da célula, na qual a zona marginal
não forma costelas, como em S. ovalis e outras
espécies, e a projeção alar é mais distinta (Hustedt
1955).
Tryblionella limicola (Figura 2S).
Dimensões: ca. 21,3 μm compr., 8,6 μm larg. e
15 fíbulas em 10 μm. Encontrada no Rio da Prata e na
Lagoa Mirim, Uruguai (Metzeltin et al. 2005).
Assemelha-se a T. levidensis e T. debilis Arnott ex
O’Meara, diferindo delas pelas estrias arredondadas
visíveis ao miscroscópico óptico.
DISCUSSÃO
Acrostichum danaeifolium foi registrada para áreas
de mangue (Coll et al. 2001; Mehltreter & PalaciosRios 2003; Sharpe 2010) e sua pesença no Arroio
Pseudônimo pode ser explicada pelas caracteríticas
deste ambiente, como variação de salinidade, presença
de margem sujeita às condições de alagamento e
dessecação e sedimento mais fino, com maior acúmulo
de material orgânico em decomposição do que outras
áreas na Lagoa Pequena, como a Feitoria. Os maiores
valores de riqueza de diatomáceas em A. danaeifolium
ocorreram no verão e no outono, períodos em que a
transparência atingiu toda a coluna d’água e a
condutividade elétrica foi maior (Figura 3). No verão, a
maior condutividade elétrica pode ter influenciado a
ocorrência de maior número de espécies marinhas
(Figura 4). No inverno, a menor riqueza parece ter sido
influenciada por fatores como temperatura mais baixa,
maior vazão e menor condutividade elétrica. O fluxo
de água pode influenciar a riqueza, visto que o menor
valor de riqueza ocorreu no período de maior vazão
(inverno) e o maior valor de riqueza ocorreu no
período de menor vazão (verão). Por outro lado, não
foi possível observar uma relação direta entre a
quantidade de nutrientes (fósforo e nitrogênio) e as
Sitientibus série Ciências Biológicas 13: 10.13102/scb214
6
V. C. Rosa & M. Garcia – Diatomáceas epífitas em Acrostichum danaeifolium
Figura 2. Espécies do Arroio Pseudônimo, Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil, registradas pela primeira vez no Estado: A- Pseudopodosira
echinus; B- Pseudostaurosiropsis geocollegarum; C- Staurosira longirostris; D- Pseudostaurosira neoelliptica; E- Opephora guentergrassi; F- Karayevia oblongella; G- Cocconeis peltoides; H- Amphora charrua; I- Luticola simplex; J- Fallacia florinae; K- Navicula
limata; L- Navicula germainii; M- Mastogloia lanceolata; N- Plagiotropis lepidoptera var. proboscidea; O- Pinnularia meridiana;
P- Nitzschia spiculoides; Q- Nitzschia fonticola var. pelagica; R- Nitzschia pararostrata; S- Tryblionella limicola; T- Surirella litoralis;
U- Petroneis marina; V- Entomoneis punctulata; X- Pleurosigma salinarum.
Sitientibus série Ciências Biológicas 13: 10.13102/scb214
7
V. C. Rosa & M
M. Garcia – Diato
omáceas epífitass em Acrostichum
m danaeifolium
Figura 3. Relaação entre riquezza de espécies, condutividade elétrica
e
(mS cm-1) e trransparência da água (Secchi em
m cm), entre maio
m
de
2011 e janeiro de 2012, no Arrroio Pseudônimoo, Pelotas, Rio Grande
G
do Sul, Brasil.
Figura 4. Relação entre a condutividade elétrica
e
(mS cm
m-1) e
número total de espécies marinnhas, entre maioo de 2011 e janeeiro de
P
Rio Graande do Sul, Brasil.
2012, no Arroioo Pseudônimo, Pelotas,
diatomáceass, pois no Arroio
A
Pseudôônimo, o fósforo
esteve dentrro dos limitess para águas salobras da classe
c
1 e o nitrogêênio foi semeelhante a locaais não impacttados
da Lagoa dos
d Patos (C
CONAMA 20005; Salomoni &
Torgan 20088).
Gaiser ett al. (2010) amostraram
a
v
várias
espéciees de
plantas em parcelas
p
de 1 m² distribuíddas em 484 locais
l
de áreas úm
midas costeiraas subtropicaiis, nos Evergglades
(Flórida, E.U
U.A.), Black River (Jamaiica), New Riiver e
Reserva da
d
Biosferaa Sian Ka’na
K
(Méxxico),
identificandoo 124, 72, 988 e 68 táxons,, respectivam
mente.
Já na Baía da Flórida, foram registtados 592 táxxons.
Este valor de riqueza, no entaanto, deve estar
n
de locais amostrrados
relacionada ao maior número
A.
P
naquela reegião. No Arroio Pseudônimo,
danaeifolium
m foi amostraada em uma área
á menor, porém
a riqueza enncontrada foii maior do quue na maioriaa das
áreas úmidas da Flórida, mostrando a importância desta
p a biodivversidade da Lagoa
L
Pequenna.
samambaia para
A riquezza de diatomááceas registraada para o Arroio
A
Pseudônimoo neste estudoo também foii maior do quue em
áreas úmidaas estuarinas da Argentinaa, onde Góm
mez et
al. (2003) enncontraram 57
5 espécies no
n estúario doo Rio
da Prata, soobre Scirpus californicus
c
(Mey) Steudd, que
foi a planta dom
minante nestee ambiente, em
e locais dee
coletta mais exppostos às vvariações am
mbientais doo
Oceââno Atlânticco. A maiior riqueza no Arroioo
Pseu
udônimo podde estar assoociada à sua inserção noo
sisteema estuarinoo. Além dissoo, trata-se de um
u ambientee
proteegido por banhados
b
e constituído por
p diversass
espéécies de planntas, o que proporciona uma maiorr
riqueeza de microo-hábitats, favvorecendo a presença e a
perm
manência de mais
m espéciess de diatomácceas.
Alves
A
et al. (2009) afirm
maram que as variaçõess
ambientais sazonais na Lagoa Pequena propiciam
m
dições para a presença de espécies de peixess
cond
estuaarinos e nãoo limitam a ppresença das espécies dee
águaa doce. As coonexões com a Lagoa dos Patos atavéss
dos arroios Pseuddônimo, Tappado, Canaletta da Feitoriaa
m
que a Lagoa Peq
quena é um
m
e saangradouro mostra
sisteema complexxo integrantee do sistem
ma estuarino,,
com
mo foi mostrado pela occorrência de espécies dee
diato
omáceas saloobras, marinhhas e de ág
gua doce em
m
todaas as estações do ano.
Segundo
S
Ferrreira & Seeeliger (1985)), Cocconeiss
placcentula reprresentou um
m estágio pioneiro
p
dee
colonização em folhas de Ruppia marritma L. noo
minância dee
estuáário da Laggoa dos Pattos, e a dom
Tabu
ularia fascicuulata favorecceu a fixação
o de espéciess
de Amphora
A
Ehrrenberg e Nittzschia, além
m de algumass
espéécies navicculoides. E
Em A. danaeifolium,
d
,
C. placentula,
p
fooi encontradaa em todas ass estações doo
ano, e abundantee na primaveera e no verãão. A riquezaa
nestaas estações doo ano e a ocoorrência de váárias espéciess
abun
ndantes durannte todo o pperíodo de estudo parecee
indiccar que a com
munidade de diatomáceas associadas a
A. danaeifolium
d
n se enconntrava em estáágios iniciaiss
não
de colonização.
c
Tabularia fa
fasciculata fo
oi abundantee
somente no outoono, mas Nitzzschia subch
hoaerens var..
scotiica foi a esppécie mais aabundante (A
Apêndice 1)..
Juntos estes dois táxons pareccem ter contriibuído para a
orreram nestaa
fixaçção de outrass 39 espéciess que só oco
estaçção.
Acrostichum
A
danaeifollium
repreesenta
um
m
impo
ortante micrrohábitat paara o cresscimento dee
diato
omáceas epíffitas na Laggoa Pequena, oferecendoo
subsstrato para espécies
e
de água doce,, salobras e
mariinhas. A altaa riqueza de espécies de diatomáceass
epífiitas encontradda no Arroioo Pseudônimo
o aponta paraa
a necessidade de preservação da Lagoa Peequena, comoo
enfaatizado pela Base
B
de Dadoss Tropicais (2
2003).
AGRADECIM
MENTOS
À Coordenaçãão de Aperfeeiçoamento de
d Pessoal dee
Níveel Superior (CAPES),
(
peela bolsa dee mestrado à
prim
meira autora;; ao laboraatório de histologia daa
Univ
versidade Feederal de Riio Grande (FURG), porr
disponibilizar o microscópio para capturaa de imagem
m
digittal.
Sitienntibus série Ciênncias Biológicass 13: 10.13102/sccb214
8
V. C. Rosa & M. Garcia – Diatomáceas epífitas em Acrostichum danaeifolium
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V. C. Rosa & M. Garcia – Diatomáceas epífitas em Acrostichum danaeifolium
Apêndice. Lista dos táxons de diatomáceas em A. danaeifolium no Arroio Pseudônimo, Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil, mostrando a
abundância (%) e a ocorrência nas estações do ano (“+” presença, e “-” ausência). As espécies abundantes aparecem em negrito; * indica
novo registro para o estado do Rio Grande do Sul. Verão
Primavera
Inverno
Outono
Maio
Agosto
Dezembro
Janeiro
2011
2011
2011
2012
0,4
-
-
-
Achnanthes curvirostrum Brun
-
-
-
+
Achnanthes inflata (Kützing) Grunow
-
-
-
0,4
Actinoptychus cf. concentricus A.W.F.Schmidt
-
-
-
+
Achnanthes brevipes Agardh
Actinoptychus aff. heliopelta Grunow
-
-
-
+
Actinoptychus senarius (Ehrenberg) Ehrenberg
+
-
-
-
0,2–0,4
0,4
0,4–1,3
0,4–0,9
Amphora copulata (Kützing) Schoeman & Archibald
0,4
-
0,9–2,7
0,9–1,6
Amphora profusa Giffen
0,2
-
-
-
Amphora charrua Metzeltin, Lange-Bertalot & GarcíaRodriguez*
Amphora sabiniana Reimer
0,6–3,5
-
0,9–3,4
0,8–1,9
Amphora subholsatica Krammer
0,4–0,6
-
-
-
Amphora aff. gacialis W.Smith
+
-
-
-
Anomoeoneis sphaerophora E.Pfitzer
-
-
-
+
Aulacoseira italica (Ehrenberg) Simonsen
-
-
-
+
0,4
0,4
0,4
2,3
Aulacoseira granulata (Ehrenberg) Simonsen
Auliscus sculptus (W.Smith) Ralfs in Pritchard
-
-
-
+
Bacillaria paxillifera (O.F.Müller) T.Marsson
2,8–7,3
0,4–3,6
0,4–5,3
0,4–3,6
0,4
-
0,5
0,4–1,9
Caloneis permagna (J.W.Bailey) Cleve
-
-
-
+
Caloneis westii (Wm.Smith) Hendey
-
-
-
0,4
Biremis circumtexta (Meister ex Hustedt) H.Lange-Bertalot
& A.Witkowski
0,2
-
0,8
-
Catenula adhaerens (Mereschkowsky) Mereschkowsky
0,6–1,2
0,4–1,9
0,4–2,9
1,2–3,3
Chamaepinnularia truncata (Dieter König) Witkowski
+
-
-
-
Capartogramma crucicola (Grunow) Ross
Cocconeis fluviatilis Wallace
2,1–5,7
-
0,4–2,5
-
Cocconeis hauniensis A.Witkowski
0,2–1,2
-
-
-
Cocconeis peltoides Hustedt*
0,2–0,4
-
-
-
Cocconeis placentula Ehrenberg
0,2–2,0
0,4–1,8
0,4–4,6
0,8–4,7
Cocconeis sp.
0,7–1,3
-
-
1,4–2,9
+
-
-
-
Ctenophora pulchella (Ralfs ex Kützing) Williams & Round
-
0,4–3,3
1
-
Cyclotella atomus Hustedt
+
-
-
-
0,4
-
0,5
0,4
Cyclotella striata (Kützing) Grunow
-
-
-
0,4
Cyclotella stylorum Brightwell
-
-
-
+
0,4–0,7
-
-
0,4
Cosmioneis pusilla (W.Smith) D.G.Mann & A.J.Stickle
Cyclotella meneghiniana Kützing
Denticula kuetzingii Grunow
0,2
-
-
0,4
1,6–2,2
-
-
-
Diploneis elliptica (Kütz.) Cleve
0,2
-
-
-
Desikaneis gessneri (Hustedt) Prasad
Diadesmis contenta (Grunow ex Van Heurck) D.G.Mann
Diploneis ovalis (Hilse) Cleve
0,2
-
0,4
0,4–2,0
Diploneis puella (Schumann) Cleve
0,2
-
-
0,8–0,9
Diploneis smithii (Brébisson) Cleve
-
-
-
0,4
Sitientibus série Ciências Biológicas 13: 10.13102/scb214
11
V. C. Rosa & M. Garcia – Diatomáceas epífitas em Acrostichum danaeifolium
Apêndice (continuação)
Outono
Inverno
Primavera
Verão
Maio
Agosto
Dezembro
Janeiro
2011
2011
2011
2012
Encyonema silesiacum (Bleisch) D.G.Mann
-
0,4–0,9
0,4
-
Entomoneis ornata (Bailey) Reimer
-
-
-
0,8–2,8
Entomoneis punctulata (Grunow) Osada & Kobayasi*
-
-
-
0,4
Epithemia sp.
-
-
-
+
Eunotia bilunaris (Ehrenberg) Schaarschmidt
-
+
-
-
Eunotia diodon Ehrenberg
+
-
-
-
Eunotia major (W.Smith) Rabenhorst
-
-
-
+
Eunotia sudetica O.Müller
-
-
+
-
Eunotogramma sp.
+
-
-
-
Fallacia florinae (M. Møller) Witkowski*
Fallacia pygmaea (Kützing) Strickle & Mann
Fallacia tenera (Hustedt) D.G.Mann
Fallacia sp.
Fragilaria capucina Desmazières
Gomphonema affine Kützing
Gomphonema gracile Ehrenberg
Gomphonema parvulum (Kützing) Kützing
Gyrosigma sp.
+
-
-
-
0,2
-
-
-
-
-
-
+
0,2–0,6
-
0,4–2,1
0,8–3,2
-
-
-
+
0,4
0,4–8,9
-
-
-
0,4–0,8
-
-
0,8–1,4
7,1–10,5
0,4–2,4
0,4
-
-
-
0,8–0,9
Halamphora tenerrima (Aleem & Hustedt) Levkov
0,2
-
-
-
Halamphora tumida (Hustedt) Levkov
0,2
0,4
0,4–0,9
0,4
-
-
-
+
Hyalodiscus scoticus (Kützing) Grunow
0,2–0,4
-
-
0,4
Karayevia oblongella (Østrup) M.Aboal*
0,4
-
-
-
Lemnicola hungarica (Grunow) Round & Basson
Hippodonta hungarica (Grunow) Lange-Bertalot, Metzeltin
& Witkowski
0,2
-
-
-
Luticola goeppertiana (Bleisch) D.G.Mann
+
-
-
-
Luticola simplex Metzeltin Lange-Bertalot & Garcia-
-
-
-
0,4
Luticola sp. 1
+
-
-
-
Luticola sp. 2
+
-
-
-
Rodrigues*
Mastogloia elliptica (C.Agardh) Cleve
+
-
-
-
Mastogloia lanceolata Thwaites in W.Smith*
+
-
-
-
Mastogloia pumila (Cleve & Möller) Cleve
-
-
-
+
Mastogloia smithii var. lacustris Grunow
+
-
-
-
Melosira moniliformis (Müller) Agardh
-
-
-
2,8
0,2
0,4–3,8
0,4
0,8–2,8
Melosira varians Agardh
0,4–0,8
0,4–0,9
0,4–1,9
0,4–1,2
Navicula gregaria Donkin
+
-
-
-
Navicula limata Hustedt*
-
-
-
+
Navicula norae Metzeltin, Lange-Bertalot & García-
-
-
0,4
0,4–1,2
0,2
-
-
-
+
-
-
-
0,8–1,7
-
-
-
Navicula germainii Wallace*
Rodríguez
Navicula recens (Lange-Bertalot) Lange-Bertalot
Navicula aff. rostellata Kützing
Navicula schroeteri Meister
Sitientibus série Ciências Biológicas 13: 10.13102/scb214
12
V. C. Rosa & M. Garcia – Diatomáceas epífitas em Acrostichum danaeifolium
Apêndice (continuação)
Outono
Inverno
Primavera
Verão
Maio
Agosto
Dezembro
Janeiro
2011
2011
2011
2012
Navicula sp. 1
0,4–3,4
33–39,5
3,8–12,5
0,8-1,6
Navicula sp. 2
1,4–2,1
-
1,3–3,3
1,4–1,9
+
-
-
-
Nitzschia amphibia Grunow
Nitzschia brevissima Grunow
Nitzschia clausii Hantzsch
Nitzschia dissipata var. borneensis Hustedt
0,4
0,8
0,9
0,4
0,4–3,0
0,4
-
-
0,4
-
-
-
Nitzschia filiformis var. conferta (Richter) Lange-Bertalot
1,2–3,5
-
2,9–4,2
2,8
Nitzschia filiformis (W.Smith) Hustedt var. filiformis
4,6–7,6
0,8–2,8
1,9–7,9
0,4–0,9
1,9
0,4
-
-
Nitzschia fonticola var. pelagica Hustedt*
Nitzschia frustulum (Kützing) Grunow
0,4–4,7
0,4–49
0,9–35
0,8–4,2
Nitzschia gracilis Hantzsch
-
-
-
1,2–1,7
Nitzschia intermedia Hantzsch ex Cleve & Grunow
-
-
-
1,6–2,9
Nitzschia microcephala Grunow
1
-
-
-
Nitzschia nana Grunow
-
+
-
-
6,5–8,8
-
-
0,9–7,1
Nitzschia palea (Kützing) W.Smith
-
-
-
+
Nitzschia pumila Hustedt
Nitzschia pararostrata (Lange-Bertalot) Lange Bertalot*
0,4
-
-
-
Nitzschia reversa W.Smith
0,2
-
0,5
0,4
Nitzschia scalpeliformis Grunow
0,4
-
-
-
Nitzschia sigma (Kützing) W.Smith
0,2
-
1,7
0,4–1,2
Nitzschia spiculoides Hustedt*
0,2
-
-
9,8–15,3
Nitzschia subacicularis Hustedt
Nitzschia subcohaerens var. scotica (Grunow) van Heurck
Nitzschia sp.
Opephora guenter-grassi (Witkowski & Lange Bertalot)
-
-
-
2,3–14,3
19,0–20,7
-
2,4–14
-
0,9–1,8
1,8
-
-
-
-
-
+
-
-
-
+
Sabbe & Vyverman*
Opephora mutabilis (Grunow) Sabbe &Vyverman
Paralia sulcata (Ehrenberg) Cleve
-
-
-
+
Parlibellus cruciculoides (C.Brockmann) Witkowski,
-
-
-
+
Lange-Bertalot & Metzeltin
Petroneis marina (Ralfs) D.G.Mann*
-
-
-
+
Pinnularia acrosphaeria W.Smith
-
-
-
+
Pinnularia meridiana Metzeltin & Krammer*
-
-
-
+
Pinnularia viridiformis Krammer
-
-
-
+
Placoneis sovereignae (Hustedt) Torgan & Donadel
-
-
-
0,4
5,5–9,6
0,8–5,1
8,4–12,1
9,5–13,7
Plagiogramma tenuistriatum Cleve
-
-
-
+
Plagiotropis lepidoptera (Gregory) Reimer var. proboscidea
-
-
0,5
0,4–0,9
Plagiogramma tenuissimum Hustedt
(Cleve) Reimer*
Planothidium delicatulum (Kütz.) Round & Bukhtiyarova
0,4–1,9
0,4
0,4–2,3
0,4–2,5
Planothidium frequentissimum (Lange-Bertalot) Round &
0,2–0,6
1,3–5,1
0,8–2,9
0,4
0,4–1,4
-
-
-
L.Bukhtiyarova
Planothidium haukianum (Grunow) Round &
L.Bukhtiyarova
Sitientibus série Ciências Biológicas 13: 10.13102/scb214
13
V. C. Rosa & M. Garcia – Diatomáceas epífitas em Acrostichum danaeifolium
Apêndice (continuação)
Planothidium lemmermannii (Hustedt) E.A.Morales
Planothidium minutissimum (Krasske) Lange Bertalot
Pleurosigma salinarum (Grunow) Grunow*
Pleurosira laevis (Ehrenberg) Compère
Psammodictyon sp.
Pseudopodosira echinus (Frenguelli) Metzeltin, Lange-
Outono
Inverno
Primavera
Verão
Maio
Agosto
Dezembro
Janeiro
2011
2011
2011
2012
-
-
-
+
0,2–,4
-
0,4–4,8
1,9–5,4
0,4
-
0,4–0,9
-
-
-
2,7
-
0,4–0,9
-
0,4–3,2
0,8–1,4
-
-
-
1,9–2,3
1,9–3,4
1,9–10
11,1–28,4
18,5–31,1
-
-
-
+
6,3
0,4
0,5–0,9
0,4–2,3
-
-
-
0,4
Bertalot & García-Rodríguez*
Pseudostaurosira brevistriata (Grunow) Williams & Round
Pseudostaurosira neoelliptica (Witkowski) Morales*
Pseudostaurosiropsis geocollegarum
(Witkowski) E.A Morales*
Rhaphoneis castracanii Grunow
Rhopalodia gibba (Ehrenberg) O.Müller var. gibba
-
-
-
+
Rhopalodia gibberula (Ehrenberg) O.Müller
+
-
-
-
1,2–2,4
-
0,4
0,9–1,2
0,4
-
0,4
0,4–2,3
Skeletonema sp.
-
-
-
0,8–3,8
Staurophora salina (Wm. Smith) Mereschkowsky
-
-
-
+
Staurosira longirostris (Frenguelli) Metzeltin*
-
-
-
0,4
Staurosira obtusa (Hustedt) M.Garcia
-
-
-
+
0,2–1,0
-
0,4–2,7
0,8–2,3
Stephanodiscus hantzschii Grunow
-
-
-
+
Rhopalodia rumrichiae Krammer
Seminavis strigosa (Hustedt) Danielidis & EconomouAmilli
Staurosirella martyi (Hèribaud-Joseph) E.A.Morales &
K.M.Manoylov
Surirella litoralis Hustedt*
-
1,3–4,9
-
-
Surirella rorata Frenguelli
-
-
-
+
Surirella sp.
-
-
-
+
Tabularia fasciculata (C.A.Agardh) Williams & Round
6,7–8,1
-
-
0,8–1,4
Tabularia tabulata (C.A.Agardh) Snoeijs
0,2–0,6
0,4–0,9
0,9
0,4
-
-
-
+
Terpsinoë americana (J.W.Bailey) Gronow
Terpsinoë musica Ehrenberg
-
-
-
+
Thalassiosira eccentrica (Ehrenberg) Cleve
-
-
-
0,4
0,2
-
-
-
Triceratium favus Ehrenberg
-
-
+
-
Tryblionella acuminata W.Smith
-
-
0,5–1,4
0,8–1,4
Tryblionella circunsuta (Bailey) Ralfs
-
-
-
+
Thalassiosira weissflogii (Grunow) Fryxell & Hasle
0,2
-
-
-
Tryblionella limicola (Grunow) D.G.Mann*
+
-
-
-
Tryblionella salinarum (Grunow) Pantocsek
+
-
-
-
Tryblionella victoriae Grunow
+
-
-
-
Número total de táxons
91
29
47
100
Tryblionella levidensis W.Smith
Sitientibus série Ciências Biológicas 13: 10.13102/scb214
14

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