miolo montale 20056.indd - Scuola Italiana Eugenio Montale
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INTERCÂMBIO FILOSÓFICO-CULTURAL ENTRE A ESCOLA ITALIANA EUGENIO MONTALE E O COLÉGIO SANTO AMÉRICO D ezenove alunos do 2° ano A e B do Ensino Médio da Escola Italiana Eugenio Montale acompanhados da diretora Mariangela Lanzillotta e do professor Carlo Alberto Dastoli visitaram, no dia 17 de maio de 2005, das 10h00 às 15h10min, o Colégio Santo Américo. A ida ao S. Américo foi a etapa conclusiva do projeto comum desenvolvido pelos Departamentos de Filosofia das duas escolas sob a coordenação do prof. Ricardo Salgado do Colégio Santo Américo e do prof. Carlo Alberto Dastoli da Escola Italiana Eugenio Montale. Tomando como eixo temático o filme Matrix e a Alegoria da Caverna de Platão, o projeto teve início no mês de outubro de 2004 quando o professor Salga- do e a professora Hilda visitaram o Eugenio Montale e, junto com o prof. Dastoli, escolheram o assunto e o tema do intercâmbio. Naquela ocasião, os professores do Santo Américo participaram também de uma aula de filosofia, na qual puderam perceber afinidades eletivas na abordagem de alguns tópicos da programação das respectivas escolas. Foram selecionados textos, exercícios e atividades comuns para fomentar a discussão e o aprofundamento de uma série de questões pertinentes ao assunto. De forma mais específica, os alunos analisaram as seguintes questões: 1) a diferença entre mito e filosofia, 2) a idéia de destino no mundo grego e o problema da liberdade, 3) o papel da filosofia, 4) a diferença entre mundo virtual e mundo real, 5) a relação 30 entre corpo e alma, 6) a distinção platônica entre mundo sensível (aparência, opinião, crença) e mundo inteligível (conhecimento, ciência, conceito, idéia) etc. Alguns desses temas estão presentes no filme Matrix e foram objeto de análise, discussão e reflexão em sala de aula. No Santo Américo, o encontro se deu em vários níveis, incluindo Arte, Religião, História, Esporte e Filosofia. Tudo em um só dia. Quem diria?! Unir ingredientes aparentemente tão diversos. Condensá-los no espaço de algumas horas. Agitá-los, cogitá-los, fazê-los interagir, emergir, dando-lhes forma, conteúdo, vida, cor, sabor e vigor. O resultado foi surpreendente. Começou-se a construir um elo entre o ensino da filosofia no Santo Américo e na Eugenio Montale. Os alunos no final do corredor: o quarto em que o Papa João Paulo II se hospedou quando esteve na sua primeira viagem ao Brasil em 1980 já entrou para a história e é conservado como uma relíquia no interior do mosteiro. de ambas as escolas deram os primeiros passos nessa direção. As portas estão abertas. O dado está lançado. A busca do conhecimento supõe a arte da convivência, do respeito e da troca. O tempo passou num piscar de olhos. Recebidos pelo prof. Salgado, os alunos da Eugenio Montale tiveram primeiramente um encontro com Dom Geraldo González y Lima, Reitor do Colégio Santo Américo, que a explicou o Painel “História da Salvação”, obra do artista plástico brasileiro Cláudio Pastro, realizada no interior da Igreja de São Bento do Morumbi. Em aproximadamente uma hora, os alunos percorreram sinteticamente as etapas decisivas do Antigo e do Novo Testamento, incluindo alusões à chegada dos jesuítas ao Brasil e à história da Hungria, pátria de origem dos primeiros monges beneditinos que fundaram o Colégio Santo Américo em 1953. As horas fluiam e os olhos usufruiam da visita à igreja, da descida à cripta, da breve pausa na biblioteca do mosteiro, que reúne um acervo de 50 mil obras em várias línguas. A visita ao museu do mosteiro possibilitou um mergulho na história da Ordem de São Bento fundada na Itália há mais de 1500 anos e da Arquiabadia de Pannonhalma nascida na Hungria em 996. Itália, Hungria e Brasil entrelaçados por uma história plurissecular! Uma surpresa aguardava os visitantes Mas não só de arte, cultura e história vive o homem. O almoço, pausa merecida, depois de uma manhã repleta de atividades, revigorou os alunos e professores para as tarefas da tarde: esporte e seminário filosófico. Uma partida de futebol de salão, na qual o Eugenio Montale enfrentou o Santo Américo, terminou com um resultado de 5 a 1 para os nossos anfitriões. Em seguida, o debate filosófico e a discussão acalorada sobre o filme Matrix e a Alegoria da Caverna de Platão foram como que um momento de distensão, reflexão e renovada integração entre os alunos das duas escolas. O tempo foi curto, mas a experiência foi válida. Ficamos com vontade de ficar e continuar discutindo. Mas o importante é que inauguramos um novo canal de comunicação, fundado no diálogo e na cooperação, na busca amorosa e prazerosa do saber, que é também um fazer rumo à redescoberta do ser. Nós, do Montale, somos partidários de um saber crítico e criativo, que tudo renova e transforma no encontro, na reflexão e na ação. Queremos ser cada vez melhores e contribuir para a construção de um mundo cidadão, justo e alicerçado nos valores da vida, da igualdade e da verdadeira liberdade. Filosofar é preciso e viver também. Giovanni Episcopo 31 BANQUETE FILOSÓFICO No dia 17 de maio, nós do II Liceo, fomos ao Colégio Santo Américo para um debate sobre o filme “Matrix” e o Mito da Caverna de Platão. “O debate foi muito proveitoso e a nossa escola demonstrou mais desenvoltura na apresentação do assunto”, afirmou o aluno Lorenzo Di Muro. “Durante esse encontro, os alunos do Santo Américo e nós, do II Liceo, colocamos em discussão tudo aquilo que havíamos estudado em classe”, disse a aluna Anna Nicolini. Em meio às apresentações podíamos fazer intervenções concordando ou não e colocando para todos também a nossa opinião pessoal. É uma pena que a discussão tenha durado apenas uma hora. “Poderíamos ter aprofundado mais o assunto se tivéssemos tido mais tempo!”, exclamou Adriana Scuro do II Liceo A. Bem, em meio a toda discussão, Caroline Vicentini, do II B, disse que o professor de filosofia do Santo Américo é também muito bom, porque “os alunos estavam bem engajados e interessados no assunto, o que foi fundamental para o sucesso da visita.” Além de filosofar, nós também visitamos a Igreja, onde encontramos dom. Geraldo que nos explicou o painel, almoçamos e jogamos uma partida de futsal. O nosso intercâmbio durou cerca de 5 horas e seria muito legal se repetíssemos mais vezes, “para aumentar e desenvolver os nossos conhecimentos sobre argumentos vistos previamente em sala de aula”, concluiu o aluno Bruno Falanghe. Paula Borghi ESAMI: CERIMONIA INIZIATICA O TRAGUARDO? L’ esame di Stato che conclude gli studi delle scuole secondarie italiane, oggi come ieri, è la prima occasione in cui gli studenti sono chiamati a superare una serie di prove istituzionali che tendono all’oggettività e all’ufficialità. Dico “tendono”, perché l’aspetto soggettivo è sempre alto. Ogni scritto è un caso a sé, ogni colloquio è un caso a sé, ogni scuola è un caso a sé. L’esame di Stato di oggi è diverso rispetto a ieri. Un tempo si doveva saggiare la maturità personale anziché le conoscenze, le competenze e le capacità individuali. Tanto è vero che l’esame finale era detto “di maturità” e così viene inteso ancora da molti. C’è tuttavia qualcosa che non è cambiato. L’esame era, ed in certa misura ancora è, una “cerimonia” che genera tensione non per la sua oggettività, ma per la sua ufficialità. In questo non c’è nulla di male, o di traumatico. Il candidato renderà conto in modo trasparente di come ha investito il proprio tempo nella scuola. L’importante è che non sia soggetto a forme di stress che gli impediscano di produrre, esporre e organizzare il proprio sapere. Il fatto che le prove si concludano con il rilascio di un diploma tende a dare all’esame di Stato un ruolo quasi iniziatico. Al diploma, che è un documento di carattere “costitutivo”, con un valore legale 02 che non dipende da ciò che si è studiato e da come lo si è studiato, si affianca ora una certificazione “ricognitiva” delle ore di insegnamento impartite, cui dovrebbero corrispondere le conoscenze e le competenze acquisite nelle stesse unità di tempo. Questa è una delle novità introdotte dall’ultima riforma dell’esame di Stato. Come a dire che non conta solo il diploma, contano anche le padronanze che uno ha e la sua determinazione a fare sempre meglio. I migliori esami di qualità sono solo una tappa del processo di avanzamento e di miglioramento. L’esame di Stato consiste in tre prove scritte e in un colloquio. La prima prova scritta accerta le capacità di uso della lingua italiana e di alcuni tipi di scrittura (analisi di un testo, saggio breve o articolo di giornale, sviluppo di un argomento storico, trattazione di un tema di attualità). È richiesto il controllo della forma espressiva. Alcuni si dichiarano ancora a favore del tema tradizionale, effusivo, in cui lo studente manifesta in libertà le proprie idee e il proprio giudizio. A questa obiezione risponderei che in sede d’esame, con quel tipo di tema, il candidato scriveva sempre “per” l’esaminatore in quanto tale. Volendo o non volendo, era portato a captarne la benevolenza con una trattazione conformista, anticonformista o di equilibrio tra le tesi contrapposte, perdendo a volte di vista la coerenza tra il proprio pensiero e il proprio linguaggio. La seconda prova scritta varia con l’indirizzo di studi. La traduzione da una lingua classica, la soluzione di una serie di problemi di matematica, una composizione in una lingua moderna, una prova scrittografica. Il carattere di omogeneità nello svolgimento delle prove è garantito da procedure standard, che tutte le sedi d’esame devono rispettare. È anche richiesta una sorveglianza severa, ma non va ignorato il diritto dei giovani ad essere assistiti durante le prove. La commissione non è la Sfinge, il candidato non è Edipo (anche perché altrimenti la commissione rischierebbe molto ad ogni risposta azzeccata…). La terza prova scritta è preparata sul posto ed è la più chiara espressione dell’autonomia formativa e valutativa della scuola. Niente plichi sigillati che vengono da lontano, da aprire con cautela conservando anche i frammenti delle buste. L’ambito delle prove viene discusso dalla commissione in anticipo e con obbligo di riservatezza. I quesiti o i test vengono elaborati all’ultimo momento e proposti ai candidati con un tempo di svolgimento generalmente non superiore a tre ore. Il punteggio assegnato alle prove scritte concorre per non più di 45 punti su 100 alla determinazione del punteggio finale (15 punti è il punteggio massimo previsto per ciascuna delle tre prove). Il punteggio più alto previsto per il colloquio è di 35 punti. Il colloquio inizia con un argomento a scelta del candidato, e consiste in una ricerca, in un progetto o in un percorso da esporre alla commissione anche in forma multimediale. Segue un accertamento della preparazione sulle singole materie, di fronte alla commissione al completo salvo l’assenza giustificata al massimo di uno dei suoi membri. Il colloquio prevede anche una discussione sulle prove scritte, non con carattere di correzione ma di commento agli elaborati. Non è prevista una revisione del punteggio, perché la revisione della prove individuali è avvenuta in sede separata, secondo criteri e parametri omogenei. Si può però tener conto della discussione sugli elaborati al momento di valutare l’esito del colloquio. I punti attribuiti alle prove scritte e al colloquio, 80 al massimo, si sommano al punteggio di ammissione all’esame, assegnato dal consiglio di 03 classe (da 12 a 20 punti, compresi i cosiddetti crediti). In determinati casi la commissione può assegnare un bonus da 1 a 5 punti, per compensare un esito ritenuto inadeguato non tanto alle prestazioni, quanto alla personalità del candidato. Il meccanismo non è così complesso come sembra, ed è stato pensato per assicurare la continuità tra valutazione curricolare e valutazione finale. Inoltre da qualche anno il consiglio di classe coincide con la commissione d’esame, mentre il presidente è sempre esterno alla scuola. Meglio prima? Meglio ora? Il problema non è questo. Il risultato finale non è mai dipeso solo dal candidato, ma anche dai suoi esaminatori e dallo stile di conduzione dell’esame. In conclusione: l’aspetto ufficiale e obiettivo di ogni tipo di esame premia sempre chi si è preparato con regolarità e costanza. Non si studia per l’esame ma perché si ama il sapere, come persone e come cittadini. L’esame è un traguardo di tappa, non è un traguardo finale. Gli esami non finiscono mai, diceva Eduardo de Filippo. Per questa ragione, anziché pensare all’esame che bussa alle porte, conviene sempre pensare agli esami che verranno. Alessandro Dell’Aira ANNA DORSA TERRITORI DELLA MEMORIA FLUTTUANTE S ai, qui a San Paolo – mi dice Anna nelle lunghe telefonate e nelle notizie che ci scambiamo con la posta elettronica tra Roma e il Brasile – c’è un quartiere giapponese dove compro la carta di riso con cui dò forma ai miei territori della memoria fluttuante fatti di cartapesta. È straordinario per me pensare ai rotoli di carta di varia caratura assiepati in quei negozi, tra i quali la carta più sottile usata per scrivere haiku preghiere, dalla Dorsa è utilizzata per stampare al computer immagini dedotte dal mondo dell’informazione mediatica. Coniugare linguaggi, materiali e forme all’apparenza incongruenti tra loro è pratica costante della Dorsa perlomeno dall’89, quando a Roma presso lo spazio dell’Ambasciata brasiliana mostrò un’installazione in organza, territorio di affioramenti per una personale rivisitazione di Andrea del Castagno. Già allora risultava evidente, come nella successiva mostra di Rio de Janeiro del’91, le cui opere pittoriche destituite della forma canonica si sviluppavano su pareti contigue, l’accentuato interesse spaziale associato alla volontà di fare uscire la pittura dai limiti tradizionali. Parlare di questa artista vuol dire necessariamente mettere in gioco la pittura, perché di una pittrice si tratta. Di una pittrice, tuttavia, costantemente sollecitata dall’urgenza di rinnovare il linguaggio pittorico proiettandolo al di fuori di confini prestabiliti. 20 Anche in questa mostra romana riaffira la memoria della pittura manierista del Pontormo come immagine universale del dolore iconizzato nel volto della Vergine della Deposizione della chiesa di Santa Felicita a Firenze: un manifesto della grande pittura che è anche memoria dell’olocausto divino, nell’installazione della Dorsa rimescolato e fuso con le tante immagini documentate attraverso i media dei più recenti olocausti dell’umanità perpetrati dal terrorismo, dalle guerre in Kossovo, in Afghanistan, in Iraq. Tragedia divina e umana coesistono sullo stesso piano riprodotte in immagini che coniugano insieme il linguaggio alto della pittura con l’informazione quotidiana. L’uno e l’altro riprodotti meccanicamente attraverso la stampa laser sui sottilissimi fogli di carta di riso di cui si è detto, più tradizionalmente utilizzati per gli ideogrammi degli haiku della poesia giapponese. Le immagini strappate, sovrapposte, nei rimandi continui tra celazione e affioramento, intarsiano insieme l’umana tragedia e il supremo sacrificio divino nelle molteplici varianti consentite con le riproduzioni meccaniche ottenute con la stampante e le deformazioni e alterazioni dei soggetti resi possibili dall’elaborazione al computer. Le forme plastiche fluttuanti della installazione della Dorsa presentata ad Arte Fuori Centro utilizzano le nuove tecnologie combinandole con l’antica tradizione della cartapesta, con questo proseguendo nel solco di una sperimentazione ormai di antica data, che la vede costantemente versata in una ricerca condotta al limite di linguaggi all’apparenza non omologabili. Gli elementi tridimensionali di questa installazione di cartapesta organizzano lo spazio attra- verso forme mobili, ad ognuna delle quali è affidata una parte della narrazione. Un racconto su sofferenze e dolore di Cristo e degli uomini che ambisce a superare i limiti del tempo reale dell’informazione mediatica, di cui comunque si alimenta, per l’accesso ad una superiore memoria universale rivelata per singole parti: parti fluttuanti, appunto, elementi leggeri come mobiles nello spazio, che rivelano-nascondono sulle e tra le forme di cartapesta verità sempre mutevoli di eventi e di volti; citazioni del trascendente come delle quotidiane cronache di guerra ossessivamente diffuse dall’informazione dei media. La cartapesta di questa installazione solidifica il concetto di pittura in libere forme disseminate riconvertendosi inoltre anche in poesia essendo fatta di carta di riso. Se agli haiku la cultura giapponese affida versi poetici, che appesi agli alberi sono mossi e trasportati dal vento, alla sua memoria fluttuante la Dorsa consegna la personale riflessione su di un mondo, il nostro, insanguinato da guerre che anche noi, come lei, non vogliamo né condividiamo. Riflessioni, le sue, di cui ci fa partecipi con immagini sfocate e mobili che non urlano principi né pronunciano dichiarazioni perentorie. Si tratta se mai di affioramenti, di appunti per dimenticare. Per dimenticare e nello stesso tempo ricordare, come avviene con l’elemento 21 plastico disposto a terra, che se rammenta, come fa, un burka afghano nella forma e nel colore, ricorda anche negli azzurri oltremare e cobalto usati i pigmenti dalla Dorsa da sempre privilegiati come luogo della personale irrinunciabile memoria. Ivana D’Agostino curatrice della Mostra di Anna Dorsa “Territori della Memoria” (Roma -11-18 gennaio 2005) 60 ANNI DOPO 2 7 gennaio 1945. I primi soldati russi giunsero ai portoni della più grande macchina di morte nazista per liberare i prigionieri sopravvissuti, ma ormai era troppo tardi: ad Auschwitz quasi non c’erano più gli esseri umani, e quelli che c’erano erano sommersi dal peso della devastante umiliazione nazista. Apparentemente nulla può essere considerato più grave di massacri, torture, persecuzioni e impiccagioni in piazza, ma niente, assolutamente niente, è stato più atroce della violenza psicologica vissuta dai prigionieri dei campi. È meglio essere assassinato in modo crudele che non essere più uomo e continuare a vivere. “Häftling, ho imparato che sono un häftling. Il mio nome è 174.517; siamo stati battezzati, porteremo finché vivremo il marchio tatuato sul braccio sinistro”. Primo Levi racconta in questo piccolo brano tratto dalla sua opera “Se questo è un uomo” (narrativa di testimonianza sulla sua esperienza ad Auschwitz) come lui, così come tutti gli altri prigionieri, sia stato trasformato in una nullità assoluta, in un corpo vuoto, in un “non uomo”. Infatti l’obiettivo dei campi nazisti non era quel- lo di sterminare le popolazioni considerate inferiori e pericolose per la supremazia ariana, ma quello di distruggere l’individuo, l’individualità. Non possiamo considerare i prigionieri dei campi di concentramento nazisti come prigionieri qualsiasi, perchè la loro pena è stata quella che nessun uomo è in grado di pagare senza morire: rinunciare alla propria dignità, al proprio essere. L’unico modo di uscirne vivi era mantenersi ad un livello minimamente superiore a quello delle bestie, perché quelli che soccombevano ed arrivavano ad uno stato di vita animalesco non avevano quasi nessuna possibilità di sopravvivenza, ma neanche quelli che mantenevano la mente attiva; non era comunque facile trovare il punto limite fra l’annullamento totale della coscienza e il minimo di dignità: “Dobbiamo dare il nero alle scarpe, non perchè così prescrive il regolamento, ma per dignità e per proprietà. [...] per restare vivi, per non cominciare a morire.” (Primo Levi, Se questo è un uomo). L’esperienza nei campi è sta18 ta molto traumatica per tutti quelli che l’hanno vissuta, oppressi ed oppressori – tutti ne sono usciti stravolti. Le atrocità commesse dal nazismo hanno ucciso la coscienza di un’intera nazione e hanno rubato l’anima a molti sopravvissuti dei campi. E quelli che sono riusciti a non perdere la propria identità avevano e hanno avuto fino all’ultimo giorno della loro vita il segno irrimediabile dell’offesa nel proprio spirito: “Chi è stato torturato rimane torturato (...) Chi ha subito il tormento non potrà più ambientarsi nel mondo.” (Jean Améry, filosofo austriaco torturato dalla Gestapo e deportato ad Auschwitz ) Il 27 gennaio di quest’anno, a 60 anni di distanza, ricordiamo la liberazione di Auschwitz come un atto eroico da parte dell’Armata Rossa e come la fine della crudeltà vissuta dai prigionieri, ma il 27 gennaio 1945 non è stata una giornata così bella per i 7.000 sopravvissuti del campo: questi non sapevano più chi erano, se avevano ancora una famiglia e una casa, non avevano mezzi per sopravvivere e, soprattutto, avevano vergogna. Vergogna di essere ebrei, vergogna del numero tatuato sul braccio, di essere magri, malati, senza vestiti e sporchi, vergogna, insomma, della consapevolezza della propria condizione. E, come aggiunge Levi, tantissimi avevano vergogna di aver dimenticato la cultura, il paese, la religione, di aver rubato e anche ucciso, di essere sopravvissuti per aver tolto il pane a un amico o a un fratello. L’Olocausto non è stato un crimine dei nazisti contro gli ebrei, è stato un crimine dell’umanità contro se stessa. Tutti quelli che hanno almeno una piccola idea di cosa esso sia stato non possono lavarsi le mani e non sentire un minimo di peso sulla coscienza, siamo tutti coinvolti – siamo tutti umani. Vorrei ricordare soltanto che la situazione che si è presentata nell’Olocausto non si limita alla Germania nazista della II guerra mondiale, “piccoli olocausti” succedono ogni giorno in ogni parte del mondo, sotto i nostri occhi. Gilda Silva – III liceo E la loro vergogna si estende a tutti noi, a tutta l’umanità. SHOW DI FISICA L’Istituto di Fisica dell’Università di São Paulo (USP) ha organizzato degli incontri per studenti delle scuole pubbliche e private. Il 3 dicembre 2004 il Liceo Scientifico della Scuola Eugenio Montale vi ha partecipato con l’obiettivo di rafforzare la motivazione verso questa disciplina. L’incontro si è concretizzato con uno show interattivo di fisica. Gli alunni hanno seguito lo “spettacolo” che a tutti i costi voleva rifuggire da una lezione cattedratica di Scienze, sono stati coinvolti in dimostrazioni di elettricità, di elettromagnetismo e in una “conversazione pratica” sul momento angolare…, dove tra scherzi, scosse e molte risate si é voluto infondere loro l’abitudine di chiedersi “perché”. Se nel bambino c’è l’età dei perché, nell’adolescenza invece un po’ per pigrizia e un po’ per rassegnazione si perde il piacere della ricerca, del rompersi la testa dietro una risposta che soddisfi, in realtà le domande non hanno risposte semplici, né chiare, né immediate. Speriamo che questa visita abbia stimolato la curiosità dei nostri ragazzi verso ciò che ci circonda. Susanna Battaglio e Maria Santancini 19 GIOVANNI PAOLO II - IL PAPA DEL DIALOGO sonaggio. In questi giorni facevano vedere film e documentari sulla vita del sommo papa, ed io, curioso come sono, li ho visti quasi tutti. Ad un tratto ho cambiato canale per cercare di avere informazioni attuali sul Vaticano. Ho visto qualcosa su cui riflettere. Scene della guerra in Iraq e in un montaggio ben fatto una sequenza di un’immagine del papa che parlava con il signor presidente degli Stati Uniti d’America George W. Bush nel giugno del 2004 durante una visita a Washington. Come primo impulso ho sentito una gran rabbia. Un uomo che lottò contro i regimi assolutistici e totalitari, che parlava di diritti umani, che rappresentava la chiesa cattolica e la sua filosofia umanistica, come poteva dialogare con un tiranno come il signor Bush? Così come risposta quasi immediata apparve un’immagine del papa accanto a Fidel Castro durante il suo viaggio a Cuba. Lì sono rimasto proprio confuso e quasi come un bambino che scopre le prime cose della vita ho cominciato a pensare. “M orto un papa se ne fa un altro”. Questa frase che sembra avere un’aria un po’ ironica e maligna ci potrebbe aiutare a capire cosa sia veramente la figura di un papa come Giovanni Paolo II. Ecco che ad un tratto, in un’altra sequenza di immagini impressionanti, vedo il primo papa appartenente ad un paese dell’Est europeo che parla con leaders di varie religioni in un incontro non so dove e non so quando. Questi dati non mi importavano in quel momento. A me bastavano le immagini. Arafat, Bush, Castro, Pinochet e tanti altri capi di stato hanno dialogato con il papa durante questi 26 anni di pontificato. Karol Wojtyla, polacco, 84 anni. Affetto dal morbo di Parkinson e sopravvissuto ad un attentato in Piazza San Pietro. Questi sono alcuni dettagli della vita del santo papa morto lo scorso tre aprile 2005. Prima che inizi la mia breve riflessione voglio che sia chiara la mia completa spontaneità e forse irrazionalità nello scrivere su questo pontefice. L’emozione mi ha invaso. E quasi con un atto automatico mi sono messo a scrivere questo articolo con l’unico obiettivo di mostrare cosa può pensare un giovane di 18 anni, di una quarta liceo, di una scuola come l’Eugenio Montale, che vede un esempio chiaro di umanità, disciplina, serietà, onore e principalmente di vita come Karol Wojtyla e non riesce a non esprimersi in questo modo. Era lunedì 4 aprile 2005 ed io ero a casa che assistevo ansioso e concentrato alle notizie sulla morte del papa. Mentre vedevo quella immensa quantità di giovani e non che ammiravano l’immagine di Karol Wojtyla, mi sono preso l’impegno di cercare qualcosa sulla vita di quest’uomo. Biografie di vario tipo e autori, foto, discorsi, viaggi. Ho trovato tutto sul papa nella rete dei computer. Però qualcosa mi ha veramente colpito. C’era qualcosa di interessante su questo per- Non sono qua per dire che diventerò papa, o che sono per la vita clericale. Scrivo perché tutti ab14 biano la possibilità di riflettere sul modo in cui vivono e di ripensare i loro valori. Se pensassimo a come hanno vissuto certe persone potremmo essere delle persone migliori. Solo così potremo creare un mondo migliore di questo. Wojtyla usava il dialogo come strumento di cambiamento di questa società. Noi giovani possiamo fare altrettanto. E i meno giovani anche. Come dice il proverbio, non è mai troppo tardi. L’unico modo di cambiare il mondo è cambiare noi stessi. che noi saremo giudicati per quello che scegliamo di essere e non per quello che avremmo potuto essere. Come ultima osservazione spero che il prossimo papa persegua gli ideali di quest’ultimo e che appartenga ad un paese del mondo sottosviluppato per avere più chiara la realtà di quelli più deboli. Grazie, Giovanni Paolo II per essere un altro esempio nelle nostre vite, così come prima di te lo sono stati altri. Chiamatemi utopista, idealista, sognatore. Gli attributi dati dalle persone poco ci importano e io ci tengo ad essere così. Quello che veramente conta sono le nostre scelte e i nostri atti. Chi ha fede e crede nella vita dopo la morte si ricordi Giovanni N. M. Lacava, IV Liceo L’ARTE PER NOI VISITA ALLA 26ª BIENNALE A rte non è solo un quadro, una scultura o un mucchio di legno raggruppato, ma é unire tutti i nostri sentimenti e pensieri, che crediamo di poter dividere con tutti, anche con quelli che giudicheranno l’arte banale, senza filo né senso. Per molti la biennale è stata solo un’ulteriore mostra in mezzo ad altre già fatte o che saranno fatte. Per alcuni però ogni biennale è una nuova scoperta, ogni sala è un mondo da esplorare, è una vita da capire: basta provare a capire col nostro cuore quello che sentiva l’artista. I colori dell’arte hanno sfumature che non tutti riescono a differenziare, le forme ti fanno viaggiare in un altro mondo, immaginare che tutto sia possibile, creare delle vite dentro un pezzo di parete. Arte è comunicare, arte è amare e odiare, arte è esternare quello che si sente. Noi siamo andati alla ventiseiesima biennale ai primi d’ottobre del 2004. Territorio di libertà, liberi di fare qualsiasi cosa per esprimersi, liberi di aprire il cuore e capire. Nella biennale abbiamo apprezzato tantissime cose, come per esempio un mucchio di legno che forse significa un serpente, il Fusca appeso coi dei fili colorati che a tanti è piaciuto. Il fascino maggiore della biennale è la diversità di pensieri e di visioni degli artisti e degli spettattori. È divertente non solo vedere e in15 terpretare l’opera esposta, ma vedere l’interpretazione che gli altri ne danno, sia questa una scultura, un quadro o quello che sia. Per esempio, per Vicky l’aereo pieno di oggetti taglienti rappresenta una balena piena d’incisioni, simbolo di una protesta contro i cacciatori di balene. Un altro esempio è il Fusca: Per Marti non era un gioccattolo per bambini, come ci ha detto la guida, ma sì il passato, il presente e il futuro (passato, perché il Fusca é un vecchio modello; presente, perché lo vediamo in quel momento e futuro perché “vola”). Questo testo è anche arte, è l’insieme dei nostri pensieri, che crediamo di poter dividere con voi. Questo è il nostro modo d’interpretare, di capire e di sentire. Qual è il vostro? Victoria Deviá e Martina Bergues