Ku Klux Klan - Revista da Mooca

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Ku Klux Klan - Revista da Mooca
HISTÓRIAS INCRIVEIS
HISTORIAS
INCRÍVEIS
Divulgação
Ku Klux Klan
As atrocidades do império invisível
Homens encapuzados espalharam o terror
durante um século
Por Pedro Abarca
A
Abril de 1865, Estados Unidos, terminava a Guerra de Secessão na qual faleceram 970 mil pessoas. As diferenças socioeconômicas entre as regiões norte e sul do país levaram à guerra.
Acabado o conflito, o general sulista Nathan Bedford Forrest
fundou a irmandade Ku Klux Klan. Significado: Kuklos, do grego,
é anel ou círculo; Klan, do inglês, é clã, com acréscimo do K. As
atividades da Ku Klux Klan iniciaram-se em Tennessee, sendo
que em pouco tempo já contava com milhares de membros. A
irmandade apregoava a superioridade da raça branca e tentava impedir a inclusão dos ex-escravos negros à sociedade. Seus
membros, que vestiam túnica e capuz brancos, encobriam as
identidades e aterrorizavam suas vítimas. O ódio aos negros os
levaram a cometer perseguições, torturas, assassinatos e incêndios. Em 1872, a Suprema Corte considerou-a ilegal e a baniu.
Em 1915, na Geórgia, o pastor metodista William Joseph Simmons faz a irmandade ressurgir. Toda pessoa que não fosse
branca, anglo-saxônica e protestante era considerada inimiga. A
partir de então, além dos negros, judeus e imigrantes católicos
foram alvos do seu ódio. Para causar maior dramaticidade e impacto, seus membros realizavam cerimônias noturnas com uma
grande cruz ardendo em chamas.
Na década de 20, a irmandade chegou a congregar mais de
quatro milhões de pessoas. Sua influência era tanta que alguns
de seus membros tornaram-se governadores, senadores e deputados. Um deles chegou a ocupar a presidência da Suprema
Corte. Para filiarem-se à irmandade, homens, mulheres e crianças tinham que jurar total obediência às suas regras. Após a Segunda Guerra Mundial, a irmandade foi aos poucos perdendo
seu poder. Livros e matérias jornalísticas, publicadas por ex-membros, denunciando todas as atrocidades praticadas quase
a fizeram desaparecer. No entanto, até os dias atuais, alguns dos
Pedro Abarca é escritor, membro do Instituto
seus membros fazem discursos racistas, tentando influenciar as
Geográfico de São Paulo e da União Brasileira
pessoas que os ouvem.
de Escritores. www.abarcasite.com.br
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Maio 2012

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