DEBATE A HISTORIA DA CIÊNCIA E O - IFSP-PRC
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DEBATE A HISTORIA DA CIÊNCIA E O - IFSP-PRC
lì,:!1 DEBATE A HISTORIA DA CIÊNCIAE O E N S I N OD A B I O L O G I A Lilian Al-Chueyr Pereira Martins Introdução podeserutilizada A História comoum daCiência paratornaro ensino dispositivo didático útil,contribuindo e facilitar sua a nívelmédiomaisinteressante daciência da lssopodeseraplicado tantoaoensino aprendizagem. Masalém Biologia comoaoensinodeoutrasdisciplinas. podefazerbemmaispelo daCiência disso,a História por como exemplo: ensino, o processo históricos a) Mostrar atravésdeepisódios gradativo doconhecimento, e lentodeconstrução permitindo quesetenhaumavisãomaisconcreta da suaslimitações. natureza realdaciência, seusmétodos, crítico a Íormação deumespírito lssopossibilitará seja cientíÍico comqueo conhecimento Íazendo devalor. serdestituido desmitiÍicado sem,entretanto, deveevitarque daciência Assim, o estudodahistória (ouarrogante) daciência, seadoteumavisãoingênua "a "aquilo quefoiprovado", ou comosendo verdade" porgênios e imutável, construída coisadeeterno alguma quenuncacometem alguns errose eventualmente queÍazemtudoerrado.Poroutrolado,deve imbecis deque deumavisãoanti-cientiÍicista impedir a adoção que mera opinião, do nada mais é todoconhecimento quetodasasidéiassãoequivalentes e quenãohámotivo paraaceitarasconcepções cientíÍicas. irámostrar daciência caso,a história Noprimeiro que mudano a ciência histórica de uma análise através dotempoe queelaé feitaporsereshumanos decorrer o quenão quepodem o conhecimento, aperfeiçoar Íalíveis possam quesuaspropostas serconsideradas signiÍica daciência Nosegundo caso,a história deÍinitivas. que,apesar erros,oscientistas decometerem mostrará em sebasear e costumam nãoagemcegamente evidências. deepisódios através mostra, daCiência b)A História lentode queocorreuumprocesso históricos, atésechegaràs deconceitos desenvolvimento o lssopodefacilitar aceitasatualmente. concepções icoqueestiver científ conteúdo dopróprio aprendizado quesuas perceberá O educando sendotrabalhado. a emrelação cabíveis dúvidas sãopedeitamente quelevaram tantotempoparaserem conceitos deatingir. e queÍoramtãodiÍíceis estabelecidos irá daHistória daCiênciao educando c)Através perceberque a aceitação ouo ataquea algumaproposta desua apenas deseuvalorintrínseco, nãodependem estão masquetambémnesseprocesso Íundamentação, políticas, outrasforçastaiscomoassociais, envolvidas icasoureligiosas. Íilosóf O que se deve evitar quando se aplica a história da ciênciaao ensino da ciência? Nemsempreo usode Históriada Ciênciano ensinoé adequado.Há muitascoisasquese deveevitar,pois podematrapalhar, ao invésde auxiliaroensino.l longas, Em primeirolugar,deve-sefugirde biografias repletasde datas,sem nenhumareferênciaà Íilosofia e às ao contextotemporal,sociale cultural idéiascientíficas, (MARTINS, 1993). daquiloquese estáensinando aquiloque"deu Deve-seevitartambémmostrarapenas e as encontradas certo",omitindoas diÍiculdades de propostasalternativas. do Íracasso EssaÍoi a causa procedimento algumastentativasÍeitas.Essetipode paraqueo educando tenhaumavisão contribui queestá do conteúdocientíÍico a respeito tendenciosa sendotrabalhado. ou mesmo Deve-seevitartambémnãoconsiderar do próprioaluno.Emvezdisso, a experiência desvalorizar deve-setrabalharcom ela,procurandomostrarque muitas às de algumadas vezessuasidéiassãosemelhantes etapaspelasquaispassoua construçãodaquele conceito. A históriada biologiae os livros didáticos da Históriada Ciênciaé procurar Umadasutilidades errôneasquevêm concepçõeshistóricas esclarecer no decorrerdo tempo,muitasdelas sendoperpetuadas da ciência. porculpamesmode algunshistoriadores algunslivrosdidáticosde nívelmédiodesAnalisando tinadosao ensinoda Biologia,com relaçãoa trêspon"evolu- geraçãoespontânea, a teoriade tosespecíficos2 da hereditariee ateoriacromossÔmica ção"de Lamarck3 Vamosagora essetipode problema. dade- encontrou-se d i s c u t i ru m p o u c o s o b r e i s s o , r e p r o d u z i n d toe x t o s nesseslivrosda maneiraexataem queÍoram encontrados encontrados. Geração espontânea Redi, a) "Emmeadosdo séculoXVll,Francesco experimentalmente biólogoe médicoitalianodemonstrou que a geraçãoespontâneanão podiaserverdadeira".4 o queRedimostrouÍoiqueas moscas Na realidade sobrea carneem putreÍaçãonãoeram encontradas geradasespontaneamente a partirdacarne,comose de ovos acreditavana época,masse originavam mesmoRedi, colocadospor outrasmoscas.Entretanto, continuoua aceitaraidéiada geraçãoespontâneados porexemplo.Entãoo queele vermesintestinais, com Íoiquenãohaviageraçãoespontânea demonstrou ;''EÀÁ .#ffi ;;;,i ,i+r',: :t"1 lw { .ï;!,. iv:lil: .l: jl''l -. ' ,',-] relaçãoa umcasoespecífico,mas nãoem geral(ver RED|,Opere). b) "A teoriaque diz que os seresvivospodem,em determinadas condições, Íormar-sea partirda matéria bruta,denomina-se Abiogenêse ou Teoriada geração espontânea. Apesarde aindaaceitaporalguns indivíduos de poucainstrução, estámofta, cientiÍicamente, desdeos Íinsdo séculoXlX.A queda deÍinitiva da abiogênese Íoicausadapelasbrilhantes experiências de LouisPasteu/'. Emboraas experiências eÍetuadaspor Pasteur trouxessem evidências à geraçãoespontâcontrárias questão. nea,elenãoresolveua Na mesmaépocaas exoeriências realizadasoelomédicoe naturalista Felix Archimède Pouchet,igualmente bemconcebidas, ïraziamevidênciasÍavoráveisa geraçãoespontânea(ver POUCHET,Hétérogénieou traité de la génératìon Assim,sob o pontode vistapuramente spontanée). (veruma cientíÍico, a situaçãoestavaequilibrada 1989). detalhada em MARTINS& MARTINS, descrição Depoisde Pouchet,PasteurdeÍrontou-se com outros taiscomoCharltonBastian,cujasexperiênopositores, favoráveis a geraçãoespontâciasoÍereciam evidências nôâ c)"As substâncias orgânicasguardadasem nãose decompõem devidoà baixa congeladores a atividade temperatura daquelelocal,que impossibilita todoo As experiências de Pasteurtiraram bacteriana. da teoriaquedefendiaa origemdo servivoa signiÍicado porque padirdo 'inerte'e deu basessólidasà biogênese, de maneirasimples,completae irreÍutável comprovou quetodoo servivoprovémde outropré-existente". bem Emboraas experiências de PasteurÍossem à geração contrárias Íeitase apresentassem evidências quetodoo servivo elasnãoprovaram espontânea provémde um outropré-existente, umavezque isso paraisso,Pasteurteriaqueter seriaimpossível: de todosos seresvivos(ver estudadoa reprodução PASTEUR,Mémoiressur lescorpusculesorganisésqui Poroutrolado,é necessário existentdansl'atmosphère). queem algum aceitamos lembrarquealualmente na evoluçãodo universo e da Terra,em instante, - surgiramos primeiros pafticular seresvivos,a partirda de cedaÍorma, aceitamos, Portanto, matériainanimada. umtipode abiogênese. A teoria de evolução de Lamarck a) "Lamarckpropôssua doutrinana Philosophie publicadaem 1809.Seu maiorméritoÍoi zoologique, provocardebatese pesquisas. Estudosposteriores está vierammostraroue o lamarckismo enado[...]". irremediavelmente Em primeirolugara teoriade Lamarcké encontrada no decorrerdo tempo,5 em diversasobraspublicadas nasquaisela vai sendoaprimorada.A Philosophie zoologiquenão é a versãofinal.Alémdessasériede da teoriade elementos obrasespecíficas, encontram-se "evolução" teoria Parase ter idéiada reÍerida em outras.6 :--.)| .,t 4ì?.tÍ .:. jt: I , , , ; : { 1 .:.::.::::::::;::,..;::,.:::::i.i::,, :ri= seriaprecisolertodasessasobrase compará-las, e não se basearem aoenasumadelas. Em segundolugar,a teoriade Lamarcknãoé aquilo que se chamade "lamarckismo".T Elaé algumacoisa bemdiÍerente, muitomaisampla(MARTINS, 1997). lnÍelizmente nãoé possíveldiscorrer sobreelaaqui nesseespaço.8 b)"Lamarck(1744-1825), baseando-se em suas observações, emitiua'hipóteseda transmissão hereditária Essahipótese doscaracteres adquiridos'. é tambémconhecidacomo'lamarckismo', evolucionista (400A. C.) e em panetambém apesarde Hipócrates já haverememitidoidéiassemelhantes". Aristóteles Em primeirolugar,a teoriade Lamarcknãoé uma ou aquiloque merahipótesede herançado adquirido lamarckismo. Alémdisso,tal atuamentese chamade na teoriade hipóteseocupaum lugarsecundário adquiridos é uma Lamarck.A herançados caracteres idéiamuitoanteriora Lamarckquecontinuoua ser aceitana suaépoca.Tantoé queele poucoescreveu sobreela.Essaidéiacontinuoua ser aceitamesmo aoósa mortede Lamarck.CharlesDarwina aceitouaté o Íim de suavida,admitindoinclusivequeas mudanças (comoperdado chifrede umavacapor acidentais (verDARWIN, aosdescendentes doença)se transmitiam plants domestication, under The variationof animalsand vol.1, pp. 467-70). de suaépoca, c) "[...]Comoa maioriados biólogos vivaseram todas as coisas Lamarckacreditava oue que o Íorça vital controlava dotadasde uma de suaspartese e o Íuncionamento desenvolvimento do meio obstáculos Íaziacom quetranspusessem que qualquer característica Acreditava ambiente. porum organismodurantea suavidaera adquirida paraas geraçõesseguintes- as transmitida eramherdadas[...]". característicasadquiridas nãoeravitalista Lamarckem suaobraevolucionista (MARTINS,1995).Um de seusméritosÍoijustamente procuraruma explicaçãoparaa vidaatravésdasforças conhecidasna época:calóricoe f ísicas(naturais) Numade suasobrasele escreveu:"4vida eletricidade. não é um ser, um corpo, uma matériaqualquer.Ela é um íenômenofísicol...l"(LAMARCK,Histoirenaturelledes animauxsansverlèbres,vol. 1, p. 57). era adquirida ParaLamarck,nemtodacaracterÍstica que preciso fosse pelos ela Era descendentes. herdada comumaos doissexos,ou seja,a ambosos de um processo progenitores. Alémdisso,tratar-se-ia (ver LAMARCK,Philosophie lentoe cumulativo zoologique,vol. 1, p. 200 e Histoirenaturelledes animauxsansvertèbres,vol.1, p. 167). A teoria cromossômicada hereditariedade que,em cedosinsetos a)"McClungdemonstrou continhamum as célulasmasculinas Odhoptera, a menosdo queas célulasÍemininas. Cromossomo que não Ocorria,portanlo,no machoum cromossomo possuiahomólogocomo qualpareassedurantea r,itillglç4\:',i::::, tliíliiiltiliitititi..'l;'t [i$$$$$.@:;:' foidenominado especial meiose. Essecromossomo 'cromossomo porestar sexual', X oucromossomo sexual[...]. determinação mecanismo da relacionado ao justamente que está do o contrário Ocorreu por ErwinMcOlung, nessacitação. Clarence apresentado desses a espermatogênese voltade1900-1902, estudava queeramformados doistiposde insetos e concluiu possuia a umcromossomo Umdeles espermatozóides. que levantou a McClung mais, elechamou deacessório. produziria que hipótese de esseespermatozóide acessório masculinos, ouseja,o cromossomo indivíduos que possuissem masculinidade a ascélulas o imprimiria - e, podanto, a umcromossomo os machospossuiriam que 1902). (verMcCLUNG, 1900e maisdo asfêmeas masqueÍoio equivocada, Tratava-se deumahipótese por parte deoutros iníciodeumalongasériedeestudos processo procurando de pesquisadores o esclarecer não (MARTINS, McClung 1998b). dosexo determinação porvolta 1906, de Sómaistarde, a ovogênese. estudou dogaÍanhoto a ovogênese estudando WalterS.Sutton, quea Íêmeapossuia dois magnapercebeu Brachystola (dois X)(ver acessórios cromossomos cromossomos suTToN,1906). ajunçãoentreosfatosdo b)"Faltavaagoralazer poroutras cromossômica, e a hipótese mendelismo ouÍatores hereditárias palavras, asunidades mostrarque comobase. têmdeÍatooscromossomas mendelianos Thomas pelobiólogo americano Estaetapafoirealizada genética queintroduziu em (1866-1945), HuntMorgan o drosóÍilo experiência: umnovoanimalde [src], de pequena moscaÍácildecriar,comumgrandenúmero no e nãotendomaisque8 cromossomas mutações (istoé, 4 nosgamêtas)". diplóide estádio anos muitos durante Morgan colocarque E importante e a hipótese aomendelismo desuavidaÍoicontrário ao (MARTINS, Elenãosededicou 1998a). cromossômica à mendelismo deuniro como objetivo estudodasmoscas já Além cromossômica,quenãoosaceitava. hipótese e queaceitavam o mendelismo disso,haviaestudiosos comoWilliam cromossômica, a hipótese nãoaceitavam as associar porexemplo e nãoé necessário Bateson, a porvolta de1909,começou Morgan, duascoisas. as Eleestavaestudando comDrosophila. trabalhar deDeVries,nãononossosentido múaçõesnosentido cromosnema hipótese atuale nessaépocanãoaceitava nãoÍoielequem Alémdisso, e nemo mendelismo. sômica genéticos. Outros estudos a Drosophilanos introduziu pesquisadores comoLutz,Castlee NettieMariaStevens, já utilizavam antesdeMorgan. porexemplo, essematerial A falsaimagemde ciênciapassadapor essas citações que daCiência e ÍalhodeHistória O usosuperficial comofoiexempliÍicado sefaznoslivrosdidáticos, doqueé a umavisãodistorcida acima, transmite queestãoportrásdessas As idéiasbásicas ciência. são: citações . Aquiloqueatualmente e Íoi é correto aceitamos provadode formadeÍinitivaporalguém,no passado. . E possívelse identiÍicar quemfez e quandoÍoi Íeitacadadescobertacientíficaimportante. . Na Históriada Ciência,há os "heróis"(osque "vilões"(quesó tazem chegamà verdade)eos confusõese cometemerros). . Os grandescientistasdo passadonãose às idéias e já tinhamchegadoexatamente enganavam que nósaceitamoshojeem dia. No entanto,qualquerestudomaisprofundode são Históriada Ciênciamostraque essasconcepções Íalsas.Ocorrequeos autoresde muitoslivrosdidáticos da utilizamumadescriçãosupediciale falhada HistÓria e simplista Ciênciaparapassarumavisãopreconcebida E precisoÍazerum estudo da dinâmicacientíÍica. parapoder profundo, baseadoem materialoriginal, se passano processode o que realmente compreender da ciência. construção Como fazer isso aqui no Brasil? mundo, Sabe-sequeem outrospaísesdo primeiro da Ciência e o Paísde Gales,a História comoa Inglaterra nacional(PUMFREY1991).Em Íazpartedo currículo os atingindo muitoscasossuftiuos eÍeitosdesejados, objetivospropostos- comocontribuirparaa formaçãode um espíritocrítico,procurandorelatarosepisÓdios históricoscomoelesocorreram,mostrandoque muitas do cientíÍicas concepçõesmudame que as explicações passadoeramválidasdentrodo contextode suaépoca. Atravésda Históriada Ciênciasáo relatadosos da maneiramaisamplapossível, eventoshistóricos peloscientistas, mostrandoas hipótesesapresentadas tudodentrodo contextoda época. as teoriasalternativas, da ciênciaé alguémtreinadoparafazerisso. O historiador Eledeveestudaras obrasdos estudiosos(Íontes primárias) em sualínguaoriginale tambémas obrasde da ciênciafalandosobreaqueles outroshistoriadores E paraumaaplicaçãoda estudos(Íontessecundárias). e da Ciênciaao ensinoé precisoqueo proÍessor História juntos,na pade da ciênciatrabalhem o historiador aosalunos. do conteúdoqueseráapresentado histórica ao lssoporque,mesmocom a melhordas intenções, da maneiramaisfidedigna relataros fatoshistóricos, so possível,poderãoseromitidosaspectosimportantes pelosindivíduos treinadosparaisso,e assim perceptíveis atingir. prejudicartudo aquiloquese estáprocurando AlgumaspropostasÍalharamjustamenteporque,ao invés de passarumaversãodosfatosmaisampla,passaram comoporexemplo,mostrando algumaoutratendenciosa, "deucerto"e omitindoo resto. que apenasaquilo de Históriada Ciência Pode-seutilizartextos por proÍissionais com o intuitode auxiliaro elaborados Existemlivros ensinodosconteúdoscientíÍicos. podemtambém que qualidade paradidáticos de boa pontos papel. dos No caso realizaro mesmo da obrade Pasteur não há traduções aqui, mencionados (especiÍicamente em relaçãoà geraçãoespontânea) parao Potluguês,nemdaquelasde Pouchet.Tambéma obrade Lamarcknão estátraduzidaparaoPorluguêse muitosde seuslivrossão de difícilacesso. Existem algumasobrasde Morgantraduzidas parao Português. Deve-seentretanto tomarcurdado comas traducões. poismuitasvezeselasnãosão bemÍeitas. LAMARCK,Jean Baptiste de Monet. Hìstoirenaturelledes animaux sans vertèbres.2ème édition.11 vols. Paris: B a i l l i è r e1, 8 3 5 - 1 8 4 5 . . Philosophiezoologique. 2 vols. Paris: Libraire F.Savy, 1873. . Recherchessur I' organisationdes corps vivants.Paris: Fayard,1986. Consideraçõesfinais . Hydrogeology. Trad.AlbertV.Carozz| Urbana:University Esteartigoprocuroumostrarumavisãodo queestá of lllinois,1964. ocorrendo. Existemproblemas e está-seaquiapontando . Système analytique des connaissancesposìtives de algunsdelese procurando sugerirmeiosde se não l'homme.Paris:Chez I'Auteur, au Jardindu Roi, 1820. MANUEL,Diana E. Historyand philosophyof sciencewith resolvê-los de imediatoao menosamenizá-los. E claro specialreferenceto biology:what can it oÍÍerteachers? quenãovaise jogartudoÍora,maspode-setrabalharde Journalof BiologicalEducation20: 195-200,1986. umaoutraÍorma,fazendoda Históriada Ciênciauma McCLUNG,Erwin Clarence.The accessorychromosomealiadae nãoalgumacoisaqueatrapalheo estudoda sex determinant?Biological Bulletin 3: 42-84, 1902. ciênciae quecontribuaparaumavisãoequivocada, MARTINS,LilianA. C. Pereira.A teoriada progressãodos anitendenciosa impedindo a Íormaçãode um espíritocrítico. mais de Lamarck.Campinas,UniversidadeEstadual Essaquestãopoderáser resolvida a longoprazo. de Campinas,1993. ExistemmuitosproÍissionais bastantepreocupados com . Lamarck e o vitalismo francês. Perspicillum9: 25issoe que estãotrabalhando nessesentido. 68, 1995. . Lamarcke as quatroleisda variaçãodas espécies. Êpisteme. Filosofia e Hìstória da Ciencia em Revista 2 Notas ( 3 ) : 3 3 - 5 41, 9 9 7 . . ïhomas Hunt Morgan e a teoria cromossômica: de 1 Hámuitosestudos sobreo modocomoa História da Ciência crítico a defensor.Episteme.Filosofiae Históriada Cipodecontribuir parao ensino. por Ver, exemplo: MANUEL, 1986. ência em Revista3 (6): 100-26,1998 (a). por nósdurante 2 Cadaum dessesaspectosÍoi pesquisado . McClunge a determinação do sexo: do equívocoao um período de doisanos,ou mais. 1998(b). acerto.(submetidoa publicação), que Lamarckpropôso que nós 3 É importante comentar MARTINS, LilianA. C. Pereira & MARTINS, Robedode Andrade. Geraçãoespontânea:dois pontosde vista.Perspicillum chamamos, hoje,de umateoriade evolução. Emsuaépoca, 3 ( 1 ) : 7 - 3 21, 9 8 9 . entretanto,o termo"evolução" apresentava umaconotação , é t o d o se M A R T I N S ,R o b e r t od e A n d r a d e .A b o r d a g e n sm diferente daquelaquese adotaatualmente. Esteera empreh i s t o r i o g r a f idaa h i s t ó r i ad a c i ê n c i a ./ n : M A R T I N S , g a d o n o s e n t i d od e d e s c r e v e r o d e s e n v o l v i m e n t o Angela Maria (ed.). O tempo e o cotidianona história. ontogenético, ou seja o desenvolvimento de umindivíduo da EduSão Paulo:Fundaçãoparao Desenvolvimento desdeo ovoatéa suaÍaseadulta. cação,1993.(sérieldéias,18).pp. 73-8. 4 Nãovamosindicaraquias Íontesde ondeÍoramtiradas PASTEUR,Louis Mémoiressur les corpusculesorganisésque existent dans I'atmosphère. Examen de la doctine des essascitaçõesque são criticadas. Nossaintençãonão é générationsspontanées.Paris:Mallet-Bachelier, 1862. lazer umaanálisecríticade algumautorde livrodidáticoem pp. 210-94. vol. 2, Reproduzido em PASTEUR, Oeuvres, particular, para masmostrarerrosquevêmsendocometidos POUCHET,Félix Archimède.Hétérogénieou traité de la exempliÍicar os cuidadosque devemser tomadoscom inforgénérationspontanée.Paris: Baillière,1859. maçõesde História da Ciência. PUMFREYStephen.Historyof sciencein the NationalScience 5 Essasobrassão: Recherches sur I'organisation des corps andtheiraims. a criticalreviewoÍ resources Curriculum: The BritishJournalfor the HistoryoÍ Science24:61-78, vivants(1802),Histoirenaturelledes animauxsansvertèbres 1991. (1816-22) positives desconnaissances e o Systèmeanalytique G. Gabbrielo, REDI, Francesco. Operedi Redi.3vols.Venezia: porexemplo. de I'homme(1830), 1 7 1 2 . por 6 Comoa Hydrogéologie, exemplo. apóso 7 Chama-se de "lamarckismo" umateoriadefendida que por alguns autores conda teoriade Darwin surgimento quea evolução podeser explicada sem sideravam biológica apenasas cona suposição da seleção natural, utilizando-se adquiridos. cepçõesdo uso-desuso e herançade caracteres a partirde B UmestudoaproÍundado do trabalhode Lamarck, (1993), em MARTINS Á suasobrasoriginais, é apresentado teoriada progressãodos animaisde Lamarck. Referênciasbibliográficas DARWf N, CharlesThe variationof animalsand plantsunder domestication London:JohnMurrav,1868.. em PereiraMartins é Especialista LilianAl-Chueyr História daCiência(UNICAMP), Mestree Doutora em (UNICAMP), naáreadeGenética Ciências Biológicas pós-doutoranda pesquisadora doGrupode da FAPESP, História e Teoria daCiência do DRCC/IFGWUNICAMP. CaixaPostal6059,13081-970 Campinas, SP;homepage htlpllwww. iÍi.unicamp. brl-ghtc, e-maillacom@ uol.com.br