Untitled - Rede Brazucah

Transcrição

Untitled - Rede Brazucah
dirigido por Marcelo Machado
“É muito difícil tentar achar palavras para descrever isso. É indescritível.
É como tentar descrever moléculas. Por que meu braço não se dissolve e
não sai voando. O que é que segura tudo isso junto? Eu sou um milagre
ambulante. Nós somos. Por que estas moléculas e átomos ficam juntos?
Por que não saem voando? Qual é a cola que segura isso tudo? Qual é a
cola que juntou estas pessoas todas?” o Mutante Sérgio Dias Baptista
Muito antes da chamada aldeia global existir e da internet se propagar pelo mundo, o Brasil já
era global. País antropofágico pela própria natureza, em que o novo e o velho, o estrangeiro e
o nativo, não só conviviam como eram misturados, assimilados e recriados a todo momento.
Que terra é essa em que, em plenos anos 60, um canto de capoeira se fundia à força agressiva
do rock nʼ roll para entrar nos lares de milhares de famílias sob o nome de Domingo no
Parque? Unindo Gilberto Gil aos Mutantes, sob os arranjos de Rogério Duprat? Que nome dar
a esta geleia geral? Tropicalismo!
Mas o que é Tropicalismo, afinal? É esta simples, e complexa, questão que o apresentador
português nos faz ao perguntar a um exilado e melancólico Caetano Veloso logo no início de
Tropicália. É com esta cena que se inicia o documentário de Marcelo Machado. O diretor, que
cresceu ouvindo as ousadias sonoras de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Mutantes, Tom Zé, que
não entendia as letras em inglês, mas adorava os arranjos de um tal de rock n roll, conduz o
espectador por uma viagem de sons e imagens através da história de um dos mais
emblemáticos movimentos culturais brasileiros.
A Tropicália acabou, mas seus sons ecoam até hoje pelos quatro cantos do mundo. E foi
naquele 1968 que ecôou o tímido “Well...”, esboçado por Caetano ao apresentador português,
em uma resposta que talvez seja respondida muito adiante no filme pelo Mutante Sérgio Dias
Baptista:
“É indescritível. É como tentar descrever moléculas. Por que moléculas e átomos ficam juntos?
Por que não saem voando? Qual é a cola que segura isso tudo? Qual é a cola que juntou estas
pessoas todas?”
Esta talvez seja a forma ʻmenos explicativaʼ e mais perfeita para se entender o que foi o
movimento, os anos, os acontecimentos e os protagonistas de um dos momentos mais
efervescentes da história brasileira. Mais que tentar traçar uma análise meramente factual ou
cronológica destes anos, Marcelo Machado construiu um panorama afetivo, em uma
miscelânea de referências, entrevistas, pesquisas, imagens e, claro, canções que conduzem o
espectador por aqueles férteis, polêmicos e violentos anos de 1967, 1968 e 1969.
O documentário Tropicália, será lançado no primeiro semestre deste ano pela Imagem Filmes.
A produção é da BossaNovaFilms e tem como coprodutores, a Mojo Pictures (EUA), a Record
Entretenimento, a VH1 no Brasil, a DLA, além da associação da Americas Film Conservancy,
da inglesa Revolution Films e do coprodutor executivo Fernando Meirelles.
Marcelo Machado  diretor
“Mergulhei fundo no período priorizando sempre que possível o trabalho dos que fotografaram,
filmaram ou gravaram os anos de 1967, 1968 e 1969. Sempre tive a impressão de que os
documentários geram mais material do que acabam aproveitando. Trabalhei então com
entrevistas que outros diretores fizeram sobre o Tropicalismo, buscando o material bruto de
suas entrevistas. Montei uma cronologia do melhor dessa pesquisa e selecionei trechos que
mostrei aos tropicalistas que toparam falar, gravando breves depoimentos. Dentro de uma
lógica antropofágica, devorei tudo e devolvi essa colagem que tem na música seu principal
interesse e nas canções sua atenção. Um filme para cantar."
Denise Gomes  produtora
“Estou muito feliz com o resultado deste projeto, tão complexo desde o início, com grandes
desafios, vencidos um a um, por uma equipe de muita garra e talento:
O primeiro passo foi viabilizar a parceria com a TV Record, detentora da maior parte das
imagens de arquivo necessárias para contar esta história.
O trabalho meticuloso da pesquisa de acervo vindas de diversas fontes, para depois, então,
construir o roteiro na edição e, em paralelo, complementar com a direção de arte, que tem
também função narrativa no caso deste filme.
Por fim, a complexa negociação dos direitos com vários artistas até a recuperação destas
imagens e do áudio, tão precioso para o filme, foram também grandes desafios. Para
complementar o sucesso do projeto, fomos buscar a coprodução da Revolution Films,
prestigiada produtora inglesa, além da americana Mojo Pictures, parceira do projeto desde o
início. Acreditamos que isso proporcionará uma maior visibilidade internacional ao filme e, de
certa forma, garante seu lançamento nos principais mercados internacionais, como EUA e
Europa. (Prova disso é Telluride).”
Paula Cosenza  produtora
“Só a Antropofagia nos une.” O início do Manifesto Antropófago de Oswald de Andrade poderia
bem resumir o que foi construir este filme, protagonizado pelas obras de outros artistas e aqui
sintetizado em nova obra de arte. As dificuldades foram muitas, tanto na parte prática - a má
conservação de arquivos ou mesmo a destruição deliberada de documentos históricos do
período ditatorial – quanto na criativa – qual caminho tomar quando a Tropicália abrange tantas
histórias?
Sem dúvida, o maior desafio foi montar uma equipe que conseguisse transpor estes obstáculos
e um grupo de parceiros que nos ajudasse a atingir nossos objetivos.
Este é o trabalho mais coletivo e colaborativo que já produzi. Um filme com opções narrativas e
estéticas ao mesmo tempo ousadas e simples, incorporando “a contribuição milionária de todos
os erros” em um resultado comovente. “Viva a rapaziada!”
Di Moretti  roteirista
“Por que não? Um forte tremor foi sentido no Brasil entre os anos de 1967 e 1968... Um abalo
sísmico de grandes proporções comprometeu para sempre as estruturas preconcebidas da
música, da cultura, da vida brasileira. O país já vinha sendo sacudido pelo cinema, de novo;
pelo teatro, da oficina; pela poesia, dos campos; pelos parangolés, pelas panaméricas... Enfim,
o Brasil, depois da Tropicália, nunca mais foi o mesmo...Ainda bem!”
Ficha Técnica 
Tropicália, 82 minutos
Direção
Marcelo Machado
Produzido por
Denise Gomes
Paula Cosenza
Produção Executiva
Fernando Meirelles
Maurice James
Andrew Eaton
Oliver Kwon
Michael Blaha
Produtores Associados
Josh Hyams
Lincoln Phipps
Trevor Sagan
Coordenação Executiva e Direção de
Produção
Ariene Ferreira
Roteiro
Di Moretti, a.c.
Marcelo Machado
Baseado em uma idéia original de
Vaughn Glover
Maurice James
Direção de Fotografia (depoimentos)
Eduardo Piagge
Montagem
Oswaldo Santana
Direção de Arte
Ricardo Fernandes
Animação
Gabriel Bitar
Supervisão Musical
Alexandre Kassin
Desenho de Som e Mixagem
François Wolf
Coordenação de Pesquisa
Eloá Chouzal
Pesquisador
Antônio Venâncio
Sinopse do Filme
Um dos maiores movimentos artísticos do Brasil ganha vida nesse documentário. Numa época
em que a liberdade de expressão perdia força, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa,
Arnaldo Baptista, Rita Lee, Tom Zé, entre outros, misturaram desde velhas tradições populares
a muitas das novidades artísticas ocorridas pelo mundo e criaram o Tropicalismo, abalando as
estruturas da sociedade brasileira e influenciando a várias gerações. Com depoimentos
reveladores, raras imagens de arquivo e embalado pelas mais belas canções do período,
Tropicália nos dá um panorama definitivo de um dos mais fascinantes movimentos culturais do
Brasil. Direção: Marcelo Machado; Produção: BossaNovaFilms; Distribuição: Imagem Filmes.
Marcelo Machado iniciou sua carreira em 1981 quando lançou a Olhar Eletrônico Vídeo,
produtora pioneira na produção independente. Ali co-dirigiu “Marly Normal” com Fernando
Meirelles, vídeo-experimental premiado no 1º Festival Vídeo Brasil e “Do Outro Lado da sua
Casa”, contemplada em 1985 como Melhor documentário no FestRio, entre outro trabalhos.
a
Com a Olhar, fez uma série de colaborações na TV Gazeta de SP, nos programas “23 Hora”,
“Antenas”, “Crig-Rá” e “Olho Mágico” que marcaram época pela inovações na linguagem e
criatividade em uma outra forma de fazer televisão.
Sete anos depois, assumiu a direção de programação da TV Gazeta, onde lançou o TV MIX e a
primeira geracão de vídeo-repórteres brasileiros. Logo em 1990, também foi convidado para
lançar a emissora MTV no Brasil. Em 1992, dirigiu o documentário “Sato” (Prêmio Estimulo da
Secretaria de CulturaMarcelo passou da televisão para a publicidade como chefe de RTVC da
agência DPZ, onde produziu comerciais nacionais e internacionais e dirigiu seus primeiros
filmes publicitários, além dos dois documentários “No Limits” e “Around The World”,
apresentados na MTV Brasil e HBO.
Nos anos 2000, Marcelo deixou a agência para de dedicar à direção e produção de projetos
audiovisuais. Estreou com a direção de uma temporada da série "Música Brasileira" para o
Multishow; produziu o documentário "Drum In Braz" para a MTV Brasil e dirigiu “Cláudio Zoli na
Pista” e "Música Brasileira" ambos lançados em DVD pela Trama Music. Em 2003, foi
contemplado no Prêmio MTV Brasil com o Melhor Vídeo de Música Eletrônica “Samba Sim”, de
Fernanda Porto e DJ Patife. Em 2004, co-dirigiu o documentário de longa-metragem “Ginga – a
alma do futebol brasileiro”, lançado nos cinemas e distribuído pela Paramount. Em 2006, dirigiu
o documentário “Pure Spirit of Brasil”, produzido pela O2 Internacional. Em 2007 dirigiu o
documentário “Oscar Niemeyer – O Arquiteto da Invenção”, distribuído em bancas e exibido
pela GNT. Em 2008 foi responsável pela direção do documentário “Viagem ao Anhui - China”,
uma co-produção com a BossaNovaFilms para a TV Cultura,. Em 2009, foi roteirista e diretor
do documentário “O Apito do Trem”, lançado e distribuído em Araraquara (SP) e exibido na TV
Cultura; dirigiu também o DVD “300 Anos de Piano” para o Selo SESC.
Desde 2007 Marcelo vinha se dedicando `a pesquisa e levantamento das condições para a
produção do longa-metragem “Tropicália”, realizado em 2010-11. Durante esse período codirigiu o documentário “O Sarau”, ambos produzidos pela BossaNovaFilms e com lançamentos
previstos para 2012.
Sobre a BossaNovaFilms - Recentemente, o longa-metragem “Violeta foi para o Céu”, de
Andrés Wood - ainda inédito no Brasil -, coproduzido pela BossaNovaFilms foi o grande
vencedor do World Cinema Dramatic Competition, no Sundance Film Festival 2012. Antes
disso, produziu também “O Samba que Mora em Mim” de Georgia Guerra-Peixe, primeiro
longa-metragem da produtora lançado em 2010, contemplado com o Prêmio Especial do Júri
a
na 34 Mostra Internacional de Cinema em São Paulo e no In-Edit Barcelona 2011 e como
melhor documentário no Vancouver Latin American Film Festival 2011. Além de Tropicália (de
Marcelo Machado), a BossaNovaFilms planeja lançar mais quatro longas-metragens este ano:
Violeta foi para o Céu (de Andrés Wood), ASTRO (de Paula Trabulsi), São Silvestre (de Lina
Chamie) e Cara ou Coroa (de Ugo Giorgetti).
Lançada em 2005, a BossaNovaFilms está hoje entre as principais produtoras do Brasil, com
expertise no desenvolvimento de conteúdos audiovisuais para todas as plataformas de mídia,
tanto no mercado local quanto internacional. Possui um casting de diretores e produtores
executivos multidisciplinares que atuam em projetos de entretenimento - cinema e TV -,
publicidade e branded content.
Sobre a Imagem Filmes - Empresa nacional, a Imagem Filmes vêm se consolidando cada vez
mais no mercado de entretenimento do país como uma distribuidora de filmes independentes,
que oferece grande variedade e produções com qualidade, vindas dos quatro cantos do mundo
- atuando nos segmentos de cinema, vídeo e televisão. Fundada em 1998, a Imagem Filmes,
lançou grandes produções, como Bruna Surfistinha, Gnomeu e Julieta, Cidade de Deus, O
Palhaço, Chicago, Imortais, Kill Bill, Crash - No Limite, Abril Despedaçado, Madame Satã,
Super-Herói - O Filme, Os Normais 2, Sempre ao Seu Lado, Jogos Mortais - O Final entre
outros. A empresa foi líder entre as distribuidoras independentes, nos anos de 2007 e 2008,
sendo que em 2009, 2010 e em 2011, a Imagem Filmes foi a distribuidora com o maior número
de títulos lançados nos cinemas brasileiros.
Mais informações à imprensa:
BossaNovaFilms
Luli Liebert
Fernanda Abigail
tel: 11 3811-2000 / 11 9111-9692
e-mail: [email protected]
e [email protected]
Imagem Filmes
Rodrigo Fante
tel: 11 4052-2535
e-mail: [email protected]

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