anatomia humana - Professor Adriano

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anatomia humana - Professor Adriano
ANATOMIA HUMANA
Anatomia Humana
Caro(a) Aluno (a), este material serve apenas como roteiro de aula e material de apoio, não substitui os livros didáticos
relacionados no plano de ensino da disciplina. Portanto, para aprofundar seus conhecimentos consulte a bibliografia
recomendada.
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Anatomia Humana
ANATOMIA
...ao cadáver desconhecido...
“Quando te curvares com a rígida lâmina de teu bisturi sobre o cadáver desconhecido lembra-te de que este corpo
nasceu do amor de duas almas; cresceu embalado pela fé e pela esperança daquela que em seu seio o agasalhou;
sorriu e sonhou os mesmos sonhos das crianças e dos jovens; por certo amou e foi amado; esperou e acalentou um
amanhã feliz e sentiu saudade dos que partiram; e agora, jaz na fria lousa, sem que por ele se tivesse derramado
uma lágrima sequer, sem que tivesse um único beijo de despedida, sem que tivesse uma só prece. Seu nome, só
Deus sabe, mas o destino inexorável deu-lhe o poder e a grandeza de servir à humanidade, a humanidade que por
ele passou indiferente”.
(Rokitansky, 1876).
CONCEITOS
Anatomia: Ciência que estuda macro e microscopicamente a constituição e o desenvolvimento dos organismos.
Etimologia: Ana = em partes; tomein = cortar.
Anatomia microscópica: Citologia; Histologia; Embriologia.
Anatomia Macroscópica: Radiológica; Comparada; Antropológica; Superfície; Sistemática; etc.
Anatomia Sistemática: Osteologia (ossos); sindesmologia / artrologia (junturas); Miologia (músculos);
Esplancnologia (vísceras); Angiologia (órgãos da circulação); Neurologia (sistema nervoso); etc.
FORMAS DE ESTUDO
Cadáveres e seres humanos
MÉTODOS DE ESTUDO
Palpação, percussão, ausculta, uso de instrumentos, radiologia, tomografia, ressonância, etc.
DIVISÃO DO CORPO HUMANO
O corpo humano divide-se em:
1. Cabeça:
2. Tronco
1.1. Face
1.2. Crânio
2.1 Tórax
2.2 Abdome
2.3 Pelve
3.1 Membros Superiores
3. Membros
3.2 Membros Inferiores
3.1.1 Cintura escapular
3.1.2 Braço
3.1.3 Antebraço
3.1.4 Mão
3.2.1 Cintura Pélvica
3.2.2 Coxa
3.3.3 Perna
3.3.4 Pé
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Anatomia Humana
CAVIDADES
Os espaços dentro do corpo que contém os órgãos internos recebem o nome de cavidades. Estas ajudam a
proteger, isolar e sustentar os órgãos. As principais cavidades do corpo são: dorsal e ventral.
CAVIDADE
Dorsal
Craniana
Vertebral
Ventral
Torácica
Pleural
Pericárdica
Mediastino
COMENTÁRIOS
Formada pelos ossos cranianos. Contém o encéfalo e seus revestimentos.
Formada pela coluna vertebral. Contém a medula espinhal e o início dos nervos espinhais.
Cavidade torácica; separada da cavidade abdominal pelo diafragma.
Contém os pulmões.
Contém o coração.
Região entre os pulmões desde o esterno até a coluna vertebral. Contém o coração, o timo, o
esôfago, a traquéia, os brônquios e muitos grandes vasos sanguíneos e linfáticos.
Abdominopélvica Subdividida em cavidade abdominal e pélvica.
Abdominal
Contém o estômago, o baço, o fígado, a vesícula biliar, o pâncreas, o intestino delgado e a
maior parte do intestino grosso.
Pélvica
Contém a bexiga urinária, as porções do intestino grosso e os órgãos genitais femininos e
masculinos.
NOMENCLATURA ANATÔMICA
O primeiro esforço conjunto para criar uma terminologia anatômica padrão foi motivado pelo acúmulo de
conhecimentos nessa área, datado do final do século XIX. França, Inglaterra, Itália e Alemanha despontavam nessa
área e necessitavam de um intercâmbio maior entre cientistas e pesquisadores de diferentes países e continentes.
Os apônimos eram usados com muita freqüência (20 mil nomes eram utilizados para designar 5 mil estruturas em
todo o mundo).
1) Cada estrutura deve ser designada apenas por um único nome, salvo pequeno número de exceções;
2) Cada nome na lista oficial deve ser em latim (liberdade de tradução com propósito didático);
3) Cada nome deve ser curto e simples;
4) Os nomes devem ser sinais para a memória com valor informativo ou descritivo;
5) Estruturas relacionadas topograficamente pela proximidade, dentro do possível, devem ter os mesmo nomes;
6) Os adjetivos qualificativos devem ser, de modo geral, opostos, ex: maior, menor, superior, inferior, etc.;
7) Não devem ser usados epônimos na Nomenclatura Oficial da Anatomia Macroscópica.
Últimas alterações:
a. Rótula → patela
b. Amídala → fonsila palatina
c. Omoplata → escápula
d. Trompas de Falópio → tubas uterinas
CONCEITO DE VARIAÇÃO ANATÔMICA
Variações anatômicas = diferenças morfológicas que não afetam a função de um órgão ou de um organismo.
Tipos de Variações Anatômicas:
1.
Externas: diferenças morfológicas que apresentam-se externamente. Ex: diferença de estatura.
2.
Internas: diferenças morfológicas internas: Ex: disposição interna dos órgãos.
CONCEITO DE ANOMALIA E MONSTRUOSIDADE
Anomalia: Variação que prejudica a função. Ex: falta de um membro, órgão, etc.
Monstruosidade: anomalia acentuada que deforma profundamente a construção do corpo humano, em geral
incompatível com a vida. Ex: Anencefalia.
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POSIÇÃO ANATÔMICA
Indivíduo em posição ereta (em pé, ortostática ou bípede), com
a face voltada para frente, o olhar dirigido ao horizonte,
membros superiores estendidos, aplicados ao tronco, e com a
palma das mãos voltada para frente, membros inferiores
unidos e com a ponta dos pés voltada para frente.
Plano: superfície em linha reta que conecta dois pontos
SAGITAL
HORIZONTAL
Plano Sagital
Plano vertical que divide o corpo em partes direita e
esquerda;
Plano médio-sagital, também denominado plano mediano
divide o corpo em partes direita e esquerda iguais. Passa
aproximadamente através da sutura sagital do crânio;
Qualquer plano paralelo ao plano mediano é denominado
plano sagital;
Também podem ser chamados de planos anteroposteriores que são paralelos ao eixo longitudinal do corpo.
PLANOS, EIXOS DO CORPO E CORTES
Plano Coronal ou frontal
Plano vertical que divide o corpo em partes anterior e posterior;
O plano médio-coronal divide o corpo em partes anterior e posterior iguais;
É denominado coronal porque passa aproximadamente através da sutura coronal do crânio;
Qualquer plano paralelo ao plano médio-coronal ou frontal é um plano coronal;
Também podem ser descritos como planos lado a lado ou laterais;
São paralelos ao eixo longitudinal, e perpendiculares ao eixo mediano ou médio-sagital.
Plano Horizontal (Transversal ou Axial) - Qualquer plano que passa através do corpo formando um ângulo reto
com os planos sagital ou coronal, dividindo o corpo em porções superior e inferior.
Corte: uma superfície de “corte” ou “fatia” de algum órgão.
Cortes longitudinais: corte no comprimento na direção do eixo longitudinal do corpo, ou qualquer de suas partes,
independente da posição do corpo (ereto ou decúbito). Esses cortes podem ser feitos nos planos sagital ou coronal.
Cortes transversais ou axiais: feitos em ângulos retos ao longo de qualquer ponto do eixo longitudinal do corpo ou
de suas partes.
Obs: planos ou cortes oblíquos são aqueles que se inclinam ou desviam de qualquer dos três planos do corpo.
Eixos:
Sagital ou antero-posterior: une a parte ventral à dorsal;
Longitudinal ou Crânio-Caudal: une o crânio aos pés;
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CORONAL
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Transversal ou látero-lateral: une o centro do plano lateral esquerdo com o centro do plano lateral direito.
CORTE SAGITAL
CORTE CORONAL
CORTE AXIAL
TERMOS DE RELAÇÃO OU REFERÊNCIA
Exprimem as relações existentes entre duas estruturas quaisquer. São aplicáveis a todas as regiões e a todas as
partes do corpo.
Medial ou mesial: em direção ao centro ou em direção ao plano mediano;
Lateral: fora do centro ou fora do plano mediano (... o polegar está na face lateral da mão...);
Proximal: próximo da origem. Em relação aos membros superiores e inferiores, é a parte mais próxima do tronco (origem);
Distal: distante da origem, do início ou do tronco (... o punho é distal ao cotovelo);
Cefálico ou superior: em direção à cabeça, em posição mais alta ou acima (o esterno é superior ao fêmur);
Caudal ou inferior: distante da cabeça, em direção aos pés. Estes termos também podem ser usados para
descrever relações de partes do corpo entre si (lobo superior e inferior do pulmão);
Ipsilateral: do mesmo lado do corpo (... o polegar direito e o hálux direito são ipsilaterais);
Contralateral: do lado oposto do corpo (... o joelho direito e a mão esquerda são contralaterais);
Interior (Interno): dentro, mais próximo do centro. (Intra = dentro; intravenoso = no interior de uma veia). (Inter =
entre; intercostal = entre as costelas). Outro exemplo: carótida interna;
Exterior (Externo): do lado externo ou mais próximo deste. (Exo = fora). (... exocardíaco – que se desenvolve ou
está fora do coração.) Outro exemplo: carótida externa – segue até as partes externas da cabeça;
Superficial: mais próximo da superfície cutânea;
Profundo: mais distante da superfície cutânea que outras estruturas comparadas (... em corte axial, o húmero é
Linha mediana
profundo em relação à pele do braço).
Medial
Lateral
Lateral
Superior
Proximal
Distal
Inferior
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OSTEOLOGIA
Estudo dos ossos que foram o esqueleto. O sistema esquelético dos adultos é composto por 206 ossos.
Propriedades físicas
Os ossos têm estrutura orgânica composta de tecido conjuntivo fibroso e células (1/3), entre os quais se
depositam os sais inorgânicos (2/3), notadamente o fosfato de cálcio na forma de cristais.
O tecido conjuntivo fibroso dá aos ossos certa elasticidade e resistência; os sais minerais dão-lhes dureza
e rigidez, tornando-os opacos aos raios X.
Funções dos ossos
Sustentação;
Servem de alavancas para os músculos;
Oferecem proteção a algumas vísceras (encéfalo, medula espinhal, coração, fígado e bexiga);
Contém medula óssea (órgãos hematopoiéticos);
Constituem depósitos de cálcio.
COMPOSIÇÃO DOS OSSOS LONGOS
Osso compacto ou córtex: é a camada externa da maioria dos ossos. É composta
de tecido ósseo duro ou denso com grandes espaços intercelulares vazios e serve
para proteger ou sustentar todo o osso.
Corpo (diáfise): contém uma camada mais espessa de osso compacto que as
extremidades, para ajudar a resistir à tensão do peso colocado
sobre elas. No interior do da camada de osso compacto e em
ambas as extremidades de cada osso longo, é encontrado osso
esponjoso. Esse osso é altamente poroso e, em geral contém
medula óssea vermelha, responsável pela produção de
hemácias. A diáfise de um osso longo é oca (cavidade medular).
No adulto essa cavidade contém medula amarela gordurosa
Periósteo (do gr. peri = em torno de; osteon = osso): é uma membrana fibrosa
densa que recobre o osso exceto nas superfícies articulares. O
periósteo é essencial para o crescimento, o reparo e a nutrição
do osso.
Artérias e canais nutrícios: o suprimento sanguíneo dos ossos provém de vários
pequenos vasos do periósteo e de uma grande artéria (artéria
nutrícia) que entra na diáfise do osso através do forame
nutrício.
Cartilagem articular
Osso esponjoso
Cavidade medular
Osso compacto
Periósteo
Diáfise
DESENVOLVIMENTO DOS OSSOS
O processo de formação dos ossos no corpo é conhecido como ossificação. O esqueleto embrionário é composto
por membranas fibrosas e hialinas, sendo que a ossificação inicia-se por volta da sexta semana embrionária e
continua até a vida adulta.
Dois tipos de formação de ossos:
Ossificação intramembranosa: o osso substitui membranas. Ocorre rapidamente e tem lugar em ossos que são
necessários para proteção, tais como suturas dos ossos chatos da calvária, que são centros de crescimento no
início do desenvolvimento ósseo.
Ossificação endocondral: quando o osso substitui uma cartilagem. É muito mais lenta que a intermembranosa e
ocorre na maioria das partes do esqueleto, principalmente nos ossos longos.
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Centros primários e secundários de ossificação endocondral
Centro primário de ossificação: é o primeiro centro de ossificação, tornando-se o corpo do osso (diáfise). Surgem
antes do nascimento.
Centros secundários: surgem próximos das extremidades dos ossos longos. A grande maioria surge após o
nascimento. Cada centro secundário de ossificação é denominado epífise. As epífises distal do fêmur e proximal da
tíbia são as primeiras a aparecer e podem estar presentes ao nascimento.
Epífise
Epífise
Epífise
Cavidade medular
Diáfise
As placas epifisárias, de estrutura cartilaginosa, são encontradas entre a
diáfise e cada epífise até que o crescimento ósseo esteja completo. O
crescimento no comprimento dos ossos é devido a um aumento longitudinal
dessas placas.
Esse crescimento é seguido por ossificação progressiva através de
desenvolvimento de osso endocondral até que toda a cartilagem tenha sido
substituída por osso, momento que o crescimento do esqueleto é concluído.
Esse processo de fusão epifisária dos ossos longos ocorre progressivamente
desde a puberdade até a maturidade completa, que se dá com cerca de 25
anos.
Placa epifisária
Epífise
CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS
De acordo com seu desenvolvimento
Cartilagíneos ou cartilaginosos
Membranáceos
De acordo com a região onde se encontram
Ossos axiais: são os ossos localizados no eixo central do corpo ou próximo a este. Totalizam 80 ossos que
incluem o crânio, coluna vertebral, costelas e esterno.
Ossos apendiculares: são 126 ossos que formam os membros superiores e inferiores, bem como as cinturas
escapular e pélvica.
De acordo com sua forma
1) Ossos longos: O comprimento é maior que a espessura e largura. Constituem-se de um corpo (diáfise) e duas
extremidades. As extremidades dos ossos longos articulam-se com outros ossos; assim, elas são alargadas, lisas e
recobertas por cartilagem hialina. A cartilagem hialina recobrindo as extremidades dos ossos recebe o nome de
cartilagem articular. Os ossos longos são encontrados no esqueleto apendicular.
2) Ossos curtos: Comprimento, espessura e largura são equivalentes. Possuem formato aproximadamente cubóide
e são encontrados nos punhos (8 ossos) e tornozelos (7 ossos). Esses ossos constituem principalmente de osso
esponjoso com uma cobertura externa fina de osso compacto.
3) Ossos chatos, planos ou laminares: Comprimento e largura são equivalentes, predominando espessura. São
constituídos de duas placas de osso compacto com osso esponjoso e medula entre eles. Exemplos de ossos chatos
são os ossos que compõe a calvária (parte superior do crânio), o esterno, as costelas e escápula.
4) Ossos irregulares: Possuem formatos peculiares e são representados pelas vértebras, ossos da face, ossos da
base do crânio e ossos da pelve.
Sob o aspecto funcional
5) Ossos pneumáticos: têm cavidades ocas em seu interior, revestidas por mucosa, que permite maior leveza às
estruturas, além de reter partículas de poeira e alérgenos. Defendem o trato respiratório e proporcionam certa
acústica durante a fala. São encontrados nos ossos do crânio, especialmente da face.
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Ossos sesamóides: encontrados dentro (intrarticulares) ou nas adjacências (periarticulares) das articulações,
participando do ângulo de tração e dos movimentos articulares. O maior exemplo é a patela.
Osso longo
Ossos
irregulares
Ossos curtos
Ossos planos
ANATOMIA DO CRÂNIO
CRÂNIO: compartimento ósseo de forma esferoidal que abriga e protege o encéfalo. É formado por 22
ossos onde apenas 1 é móvel, a mandíbula.
Funções:
• Apresenta cavidades para nervos que participam da gustação, audição, equilíbrio, visão e olfação;
• Possui aberturas para passagem de ar e alimento (forames);
• Proteção (encéfalo e órgãos da visão, gustação e audição).
DIVISÕES:
Crânio visceral (face): composto por 14 ossos é aparte menor, anterior e inferior, relacionados aos órgãos
digestivos e respiratórios (viscerais).
Crânio neural: localizado superior e posteriormente, abriga o encéfalo.
Ossos com uma lâmina interna e outra externa de substância compacta e uma camada média esponjosa
(Díploe).
Abóbada craniana:
Formada pelas partes curvas dos ossos frontal, parietais e occipital. Forma esferoidal proteção contra
pancadas.
Suturas do crânio:
a) Sutura coronal (frontal): junção ente os ossos frontal e parietais.
b)Sutura sagital: junção entre os ossos parietais (parte superior e mediana).
c) Sutura lambdóide: Junção entre os parietais e occipital
CRÂNIO – REGIÃO ANTERIOR
Regiões: Fronte, órbitas, proeminência da face, nariz ósseo externo, maxilas e mandíbula.
Ossos: Frontal; zigomático (2); nasais (2); vômer; etmóide (lâmina), maxilar e mandíbula.
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CRÂNIO – REGIÃO POSTERIOR
Ossos: porções dos ossos parietais, osso occipital e processo mastóideo dos ossos temporais formam também
esta região do crânio.
Outras estruturas presentes nesta região:
Sutura parietomastóidea
Sutura occipitomastóidea
Forame mastóideo
Protuberância occipital externa
Linhas nucais (superior e inferior)
CRÂNIO – REGIÃO LATERAL
Ossos: zigomático (2), temporais (2), parietais (2) e esfenóide (asa maior).
Principais pontos anatômicos:
1. Osso zigomático: Processo frontal e Processo temporal.
2. Arco zigomático (P temporal do zigomático + P. zigomático do temporal)
3. Fossa temporal e infratemporal
4. Sutura escamosa (temporal/parietais)
5. Meato acústico externo
6. Proc. mastóideo e Fossa mandibular
7. Linhas temporais (superior e inferior)
CRÂNIO – REGIÃO INFERIOR
Ossos: Esfenóide, Vômer (1), maxilar (proc. palatino), palatino (2), zigomático(2) temporais (2) e occipital.
CRÂNIO – REGIÃO INTERNA
Ossos: Frontal, Esfenóide (2), Etmóide (1) temporal (2) parietal (2) e occipital.
Divide-se em três fossas: anterior, média e posterior.
FOSSA ANTERIOR
Ossos: frontal, etmóide e parte anterior do esfenóide.
Cavidades e proeminências:
Forame cego, lâmina crivosa, crista galli (etmoidal), forames etmoidais
FOSSA MÉDIA
Ossos: esfenóide e temporal.
Cavidades:
Sela túrcica (fossa hipofisial), forames oval, redondo, espinhoso, lacerado canal óptico e fissuras orbitais
superiores.
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FOSSA POSTERIOR
Ossos: Occipital e temporal (parte petrosa).
Cavidades: Forame magno, jugular e mastóideo, canal do n. hipoglosso e canal condilar.
MANDÍBULA
Osso móvel do crânio articula-se com o osso temporal (articulação têmporo-mandibular - ATM)
SEIOS DO CRÂNIO ( SEIOS PARANASAIS)
São cavidades cheias de ar da parte respiratória no interior dos ossos frontal, etmóide, esfenóide e maxila.
COLUNA VERTEBRAL
Eixo ósseo do corpo com função de sustentação, proteção, flexibilidade, ponto de apoio aos músculos e
importante para a locomoção e postura.
Formada por 33 vértebras:
Cervicais (7)
Torácicas (12)
Lombares (5)
Sacrais (5)
Coccígeas (4).
Possui 4 curvaturas:
2 primárias: torácica e sacral
2 secundárias: cervical e lombar.
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REGIÃO CERVICAL
Corpo da vértebra: Pequenos e mais largos de lado a lado do que ântero-posteriormente; a face superior é
côncava e a inferior convexa. Os forames do processo transverso pequenos ou ausentes em C7
Processos articulares: Facetas superiores direcionadas súpero-posteriormente; as facetas inferiores
direcionadas infero-anteriormente; as facetas obliquamente colocadas são mais horizontais nesta região.
Processos espinhosos: Curtos (C3-C5) e bífidos (C3-C5); o processo espinhoso de C7 é o mais longo (por esta
razão C7 é chamada vértebra proeminente)
• A 1ª vértebra (atlas) articula-se com o osso occipital do crânio, não possui corpo vertebral; forame transverso
para artéria vertebral.
• A 2ª vértebra (áxis), eixo de rotação do crânio, possui o processo espinhoso bifurcado. Possui uma
proeminência, o dente do áxis que articula-se com o arco anterior do atlas.
REGIÃO TORÁCICA
•
•
•
•
Vértebras articulam-se com as costelas.
Processo espinhoso bem inclinado em relação ao corpo.
Facetas articulares situadas no plano frontal.
Forame vertebral mais estreito em relação aos cervicais e lombares.
REGIÃO LOMBAR
• Vértebras mais volumosas da coluna vertebral.
• Sem fóvea costal e forame transverso
• Processo espinhoso curto, quadrados e no mesmo plano horizontal do corpo vertebral
REGIÃO SACRAL
• Formado por 5 vértebras fundidas.
• “Osso” triangular (pirâmide invertida).
REGIÃO COCCÍGEA
Cóccix: Osso irregular, formado por 3 ou 4 vértebras fundidas. Acredita-se ser um vestígio da cauda que
desapareceu durante a evolução da espécie humana. O cóccix articula-se com o sacro.
TÓRAX
Região mais superior do tronco localizada inferiormente ao pescoço e superiormente ao abdome.
Funções:
Abrigar e proteger o coração e os pulmões.
Abrigar a traquéia e o esôfago.
CAIXA TORÁCICA
Formadas pelas vértebras torácicas (dorso-medial), osso esterno (ventro-medial),pelas costelas e cartilagens
costais situadas lateral e anteriormente.
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OSSOS DO TÓRAX:
Osso esterno:
Placa óssea estreita e longa situada na região medial do tórax.
Função:
Ponto de inserção das costelas (mobilidade torácica)
Costelas:
São fitas ósseas arqueadas que articulam-se com o esterno e com as vértebras.
1. Costelas verdadeiras: articulam-se diretamente com o esterno (1ª à 7ª costela).
2. Costelas falsas: NÃO articulam-se diretamente com o esterno, 8ª a 10ª unem-se à 7ª por cartilagem.
3. Costelas flutuantes:
Recebem este nome porque estão soltas na região medial, são mais curtas e rudimentares, não possuem
cartilagem e terminam entre músculos da parede lateral do abdome são a 11ª e 12ª costelas.
4.Costelas atípicas:
• 1ª costela - é mais larga do que as demais, plana e tem um mais arco fechado.
• 11ª e 12ª - São mais curtas, rudimentares e soltas.
MEMBRO SUPERIOR
Composição:
Cintura escapular: clavícula e escápula
Braço: parte entre o cotovelo e o ombro, osso úmero.
Antebraço: entre o cotovelo e o punho, dois ossos: rádio (lateral) e a ulna(medial)
Mão: parte distal ao antebraço, contendo os ossos do carpo, metacarpo e falanges.
Ossos dos Membros Superiores (MMSS)
Escápula: Osso laminar situado na face póstero-lateral do tórax, estendendo-se da 2ª à 7ª costela.
Clavícula: Osso longo duplamente curvado, articula-se lateralmente com a escápula (acrômio) e medialmente
com o osso esterno (manúbrio).
Úmero: Osso longo do braço, articula-se superiormente com a escápula (cavidade glenóide) e inferiormente
com o rádio e a ulna.
Rádio: Osso longo situado lateralmente no antebraço, une-se à ulna através da membrana interóssea e
articula-se com o úmero, ulna e fileira proximal do carpo.
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Ulna: Osso longo situado medialmente no antebraço, une-se ao rádio através da membrana interóssea e
articula-se com o úmero, rádio e fileira proximal do carpo.
Ossos do carpo:
O carpo é formado por 8 ossos curto distribuídos em duas fileiras:
a)
Fileira proximal: escafóide, semilunar, piramidal e pisiforme.
a)
Fileira distal: trapézio, trapezóide, grande osso (capitato) e unciforme (hamato).
Metacarpo e falanges:
O metacarpo é formado por 5 ossos, os quais apresentam uma base, corpo e cabeça.
O 1º metacárpico possui uma diáfise mais curta e uma base em forma de sela para articular-se com o osso
trapézio.
MEMBRO INFERIOR (MMII)
Composição:
Cintura pélvica: ossos do quadril (ílio, ísquio e púbis).
Coxa: região entre o quadril e o joelho, osso fêmur.
Perna: região entre o joelho e o tornozelo, ossos: Tíbia (medial) e fíbula (lateral).
Pés: parte distal à perna, contendo os ossos do tarso, metatarso e falanges.
Ossos dos Membros Inferiores (MMII)
Quadril:
- 3 ossos laminares (ílio, ísquio e púbis) unidos entre si.
- Púbis unido na região medial através da sínfise púbica.
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Anatomia Humana
Quadril-vista lateral
Osso Ílio (Ilíaco)
Osso Ísquio
Osso Púbis
Quadril-vista lateral
Crista ilíaca
Linhas glúteas
Espinha ilíaca
Póstero-superior
Espinha ilíaca
Ântero-superior
Espinha ilíaca
Ântero-inferior
Espinha ilíaca
Póstero-inferior
Face semilunar
Acetábulo
Fossa do acetábulo
Linha pectínea
Incisura isquiática maior
Espinha isquiática
Incisura isquiática menor
Tubérculo
púbico
Corpo do ísquio
Ramo superior
do púbis
Tuberosidade isquiática
Ramo inferior do púbis
Forame obturado
Ramo inferior do ísquio
Fêmur:
Maior osso do esqueleto, osso longo articula-se proximalmente com o quadril e distalmente com a tíbia.
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Fêmur-vista anterior
Cabeça do fêmur
Trocânter maior
Linha intertrocantérica
Côndilo lateral
Fóvea da cabeça do fêmur
Colo do fêmur
Trocânter menor
Côndilo medial
Face patelar
Fêmur-vista posterior
Crista intertrocantérica
Linha pectínea
Lábio medial
da linha áspera
Tuberosidade glútea
Lábio lateral
da linha áspera
Linha áspera
Linha supracondilar
medial
Linha supracondilar
lateral
Epicôndilo medial
Côndilo medial
Fossa intercondilar
Epicôndilo lateral
Côndilo lateral
Tíbia:
Osso longo da perna, articula-se superiormente com o fêmur e inferiormente com o calcâneo e tálus. Une-se
lateralmente, através da membrana interóssea com a fíbula.
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Tíbia direita- vista anterior
Côndilo lateral
Área intercondilar anterior
Côndilo medial
Tuberosidade da tíbia
Borda interóssea
Maléolo medial
Face articular do maléolo
Fíbula direita-vista anterior
Ápice da cabeça
da fíbula
Fíbula:
Face articular
Cabeça da fíbula
Colo
Osso longo e fino localizado lateralmente na perna, unido
medialmente com a tíbia, através da membrana interóssea.
Borda interóssea
Maléolo lateral
Face articular
e fossa do
maléolo
Patela:
Osso sesamóide intratendíneo de forma de forma triangular que articula-se com os côndilos do fêmur.
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Esqueleto do pé
Ossos do tarso:
Tálus, calcâneo, navicular, cuneiformes (medial, intermédio e lateral) e cubóide.
Formado pelos ossos do tarso, metatarso e falanges.
Ossos do Metatarso:
São em número de 5 (I-V), todos possuem uma base, corpo e cabeça.
O 1º metatársico é um osso mais volumoso.
Esqueleto do pé
Tuberosidade
do calcâneo
ARTROLOGIA
Estudo das articulações ou junturas
JUNTURAS:
São conexões entre ossos ou cartilagens.
Permitem a mobilidade e contato entre os ossos.
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Anatomia Humana
CLASSIFICAÇÃO:
Classificação funcional:
• Mono-axiais: movem-se em um só eixo. Ex: cotovelo.
• Bi-axiais: movem-se em dois eixos. Ex: rádio-cárpica.
• Multi-axiais: movem-se em vários eixos. Ex: ombro e quadril.
Classificação morfológica:
Planas.Ex: acrômio-clavicular
Gínglimo ou dobradiça. Ex: Cotovelo, interfalângicas, punho,etc.
Trocóidea ou pivô. Ex: Atlanto-axial
Esferóidea. Ex: quadril
Selar. Ex: trapézio com 1° metacarpo
Bicondilar. Ex:
Tipos de articulações (junturas)
Sinartroses – Articulações sólidas, não sinoviais. Apresentam tecido conectivo ósseo e sua mobilidade é
reduzida. Divididem-se em:
Articulações Cartilagíneas – Quando o tecido conectivo ósseo é uma cartilagem.
Sincondroses – Articulações que aparecem onde os centros de ossificação estão separados. O encontro de
duas frentes de ossificação separadas por uma cartilagem hialina de crescimento (primário) denomina uma
sincondrose. As sincondroses são primariamente mecanismos de crescimento que após total ossificação
tornam-se sinostose.
Sincondroses cranianas: Esfeno-etmoidal; Esfeno-petrosa;
Sincondroses pós-cranianas: Esternais; Manúbrio-esternal; Xifoesternal; Sacrais.
Sínfises – Consiste em uma articulação cartilagínea onde duas superfícies bem definidas de ossos
endocondrais se articulam. Cada face óssea está ligada a uma cartilagem hialina de crescimento (secundário)
separadas por um disco deformável de fibrocartilagem. São articulações altamente resistentes. Ex: manúbrioesternal; sacrais; púbica e a do mento.
Articulações fibrosas
São sinartroses em que, na sua maioria, o tecido conectivo ósseo é um tecido fibroelástico. São as suturas,
gonfoses e sindesmoses.
Suturas – Limitadas ao crânio. Ocorrem onde quer que as margens ou faces mais amplas dos ossos estão
separadas somente por tecido conectivo fibroso, o ligamento sutural. As suturas são caracterizadas pelas suas
formas e pouca mobilidade.
Termos morfológicos: Sutura Serreada; Sutura Denticulada; Sutura Escamosa, Plana, etc.
Gonfoses – Também chamada de articulação em cavilha, é uma articulação fibrosa especializada restrita à
fixação dos dentes nas cavidades alveolares na mandíbula e maxilas. O colágeno do periodonto une o cemento
dentário com o osso alveolar.
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Sindesmoses – É uma articulação fibrosa na qual as faces ósseas são unidas por um ligamento interósseo, por
uma fina corda fibrosa ou uma membrana aponeurótica. Compreende os seguintes ligamentos: pterigoespinhal,
estilo-hióideo, interespinhais, supraespinhais, intertransversários, amarelos e da nuca.
Diartroses ou articulações sinoviais
Neste tipo de articulação, as faces articulares do ossos não estão em continuidade. Elas estão cobertas por
uma cartilagem hialina especializada e o contato está restrito a esta cartilagem. O contato é facilitado por um
líquido viscoso, o líquido sinovial. Essas articulações são revestidas por uma cápsula fibrosa, são as mais
numerosas do corpo e têm grande mobilidade.
ARTICULAÇÕES INDIVIDUAIS:
Articulação temporomandibular – Essa articulação envolve a fossa mandibular e o côndilo da mandíbula. A
articulação individual é elipsóide e o par é considerado é bicondilar.
Cápsula Articular – Está inserida anteriormente no tubérculo articular, posteriormente na fissura
escamotimpânica, acima na fossa mandibular e abaixo no colo da mandíbula.
Ligamento lateral – do arco zigomático até a superfície lateral da mandíbula.
Ligamento esfenomandibular – localiza-se medial à cápsula, está inserido acima na espinha do esfenóide e
abaixo na língula da mandíbula.
Ligamento estilomandibular – Posterior à cápsula, insere-se acima no processo estilóide e abaixo na margem
posterior do ângulo da mandíbula.
O disco articular – Formado de material fibroso oval, divide a articulação em parte superior e inferior. Sua face
superior é côncavo-convexa para se ajustar à fossa da mandíbula e sua face inferior é côncava para se ajustar
ao côndilo da mandíbula.
Articulações da coluna vertebral e do tórax:
Articulações dos corpos vertebrais – Os corpos vertebrais estão unidos pelos ligamentos longitudinais
anterior e posterior e pelos discos intervertebrais cartilagíneos.
Ligamento longitudinal anterior – Se estende ao longo das faices anteriores dos corpos das vértebras. Ele
e´mais largo caudalmente e mais espesso e estreito na região torácica. Insere-se superiormente na parte
basilar do occipital e inferiormente na frente da parte superior do sacro.
Ligamento longitudinal posterior – Localizado no canal vertebral, nas faces posteriores dos corpos vertebrais,
insere-se superiormente no corpo do áxis e inferiormente no osso sacro. Acima do áxis, ele é contínuo com a
membrana tectórica.
Os discos intervertebrais – localizam-se entre as faces adjacentes do áxis até o osso sacro. Ficam entre as
cartilagens hialinas dos corpos das vértebras. Possuem um núcleo pulposo e um anel fibroso.
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Articulações dos arcos vertebrais – as articulações entre os processos articulares vertebrais, zigapófises, como
são chamadas, são sinoviais e variam com a vértebra. As lâminas, processos espinhosos e transversos estão
unidos através de sindesmoses.
Articulações zigoapofisárias: entre os processos articulares das vértebras
Cápsulas Articulares – são finas e frouxas e inseridas nas facetas articulares das zigoapófises adjacentes.
Ligamentos flavos – são ligamentos que unem as lâminas das vértebras adjacentes no canal vertebral. Suas
inserções estendem-se nas cápsulas zigoapofisárias.
Ligamento supraespinhal – Corda fibrosa resistente que une os ápices dos processos espinhosos a partir da 7ª
vértebra cervical até o sacro.
Ligamento da nuca – septo intermuscular fibroelástico bilaminado, é homólogo ao ligamento supraespinhal.
Insere-se superiormente na protuberância occipital externa passando pelo tubérculo posterior do atlas e pelas
partes mediais dos processos espinhosos bífides até a 7ª cervical.
Ligamentos interespinhais – finos e quase membranáceos, unem os processos espinhosos adjacentes. Suas
inserções estendem-se da raiz até o ápice de cada um.
Ligamentos intertransversários – entre os processos transversos, consistem, nos níveis cervicais, em poucas
fibras irregulares, grandemente substituídos pelos músculos intertransverários. Na região torácica, eles são
cordas intimamente misturadas com os músculos adjacentes, na região lombar, são finos e membranáceos.
Articulações lombossacrais – São as articulações entre a Quinta vértebra lombar e o osso sacro. Seus
corpos são unidos por uma sínfise, incluindo um disco intervertebral.
Ligamento ileolombar – inserido na face ântero-inferior da Quinta vértebra lombar e irradia na pelve por meio de
dois feixes: um inferior, o ligamento lombossacral que insere-se na face ântero-superior do sacro e um feixe
superior, a inserção parcial do músculo quadrado do lombo, passando para a crista ilíaca anterior à articulação
sacroilíaca, continua acima com a fáscia toracolombar.
Articulação sacrococcígea – Esta é uma sínfise entre o ápice do sacro e a base do cóccix, unidos por um
disco fibrocartilagíneo.
Ligamento sacrococcígeo anterior – fibras irregulares que descem sobre as faces pélvicas tanto do sacro como
do cóccix, inseridas como ligamento longitudinal anterior.
Ligamento sacrococcígeo posterior superficial – passaq da margem do hiato sacral para a face dorsal do
cóccix. Ele serve de teto para o canal sacral inferior.
Ligamento sacrococcígeo posterior profundo – passa da parte posterior da Quinta vértebra sacral par o dorso
do cóccix.
Ligamento sacrococcígeo lateral – liga um processo transverso do cóccix ao ângulo ínfero-lateral do osso
sacro.
Ligamentos intercornais – unem os cornos do sacro e do cóccix.
Articulações atlanto-axiais – compreende três articulações sinoviais. Duas dessas articulações compreende
um par entre as faces articulares inferiores das massas laterais do atlas e as faces articulares superiores do
áxis. A outra articulação é a atlanto-axial mediana que compreende a face articular do dente do áxis, a face
articular do arco anterior do atlas e o ligamento transverso.
Articulações atlanto-occipitais – Articulações elipsóides correspondente as faces articulares das massas
laterais do atlas e os côndilos do occipital.
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As cápsulas fibrosas – circundam os côndilos do occipital e as facetas articulares das massas laterais do atlas.
A membrana atlanto-occipital anterior – larga e de fibras densamente entrelaçadas une a margem anterior do
forame magno com a borda superior do arco anterior do atlas.
Ligamentos que unem o áxis ao occipital:
A membrana tectórica – é uma extensão do ligamento longitudinal posterior. Insere-se inferiormente na face
posterior do corpo do áxis e superiormente, insere-se na frente do forame magno.
Os ligamentos alares – Começam de cada lado do ápice do dente do áxis e inserem-se na parte medial rugosa
dos côndilos do occipital.
O ligamento apical do dente – estende-se do ápice do dente do áxis até a margem posterior do forame magno,
entre os ligamentos alares.
Articulações costovertebrais:
Articulações das cabeças das costelas – As costelas típicas articulam-se com as facetas das vértebras numa
articulação sinovial dupla do tipo plana. A 1ª e da 10ª até 12ª articulam-se com uma faceta completa numa
articulação sinovial simples.
Cápsulas fibrosas – unem as cabeças das costelas às faces articulares das vértebras.
Ligamentos radiados das cabeças das costelas – une as partes anteriores das cabeças das costelas aos
corpos de duas vértebras e seus discos.
Ligamento intra-articular da cabeça da costela – é um feixe curto, achatado, inserido lateralmente na crista
entre as facetas articulares e, medialmente no disco intervertebral, dividindo a articulação.
Articulações costotransversárias – Articulação entre a faceta articular do tubérculo da costela e o processo
transverso da vértebra correspondente.
Cápsula fibrosa – é fina e inserida nos perímetros articulares com um revestimento sinovial.
Ligamento costotransversário superior – insere-se na crista do colo da costela e na face inferior do processo
transverso acima.
Ligamento costotransversário larteral – do ápice do processo transverso para a parte não articular rugosa do
tubérculo da costela.
Ligamento costotransversário – entre o colo da costela e seu correspondente processo transverso.
Articulações esternocostais – articulações entre as cartilagens costais e as concavidades nas bordas laterais
do esterno.
Cápsula fibrosa – circundam as articulações da 1ª até a 7ª costela.
Ligamentos esternocostais radiados – feixes finos e radiados que se irradiam a partir da frente e atrás das
extremidades esternais.
Ligamentos esternocostais intra-articulares – constante apenas na Segunda costela. Estende-se a partir da
cartilagem da costela até a fibro cartilagem que une o manúbrio ao corpo do esterno.
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Ligamentos costoxifóides – ligam as faces anterior e posterior da sétima costela às mesmas no processo
xifóide.
Articulações intercondrais – articulações entre as cartilagens costais.
Articulações costocondrais – entre as costelas e as cartilagens costais.
Articulações esternais:
Manúbrio-esternal – entre o manúbrio e o corpo do esterno, é geralmente uma sínfise.
Xifoesternal – entre o processo xifóide e o corpo do esterno, é geralmente uma sínfise.
Articulações do Cintura escapular
Articulação esternoclavicular – Envolvidas na articulação esternoclavicular estão a extremidade esternal da
clavícula e a incisura clavicular do esterno. A face articular da clavícula, muito maior, é coberta por
fibrocartilagem, mais espessa que a lâmina fibrocartilagínea do esterno. Ligamentos:
Ligamento esternoclavicular anterior – é largo, inserido acima na face ântero-supeior da extremidade esternal
da clavícula e passa ínfero-medialmente para a parte superior da face anterior do manúbrio, estendendo-se até
a primeira cartilagem costal.
Ligamento esternoclavicular posterior – uma faixa mais fraca, posterior à articulação, desce ínfero-medialmente
a partir do dorso da extremidade esternal da clavícula até o dorso da parte superior do manúbrio.
Ligamento interclavicular – une as faces superiores das extremidades esternais de ambas as clavículas.
Ligamento costoclavicular – inserido na face superior da primeira costela e cartilagem costal subindo para as
margens de uma impressão na face inferior da clavícula, na sua extremidade medial.
Cápsula fibrosa – é espessada na frente e atrás, mas acima e abaixo, ela é um pouco mais que tecido areolar
frouxo.
Disco articular – Entre as faces do esterno e da clavícula, está ligado na borda superior da face articular da
clavícula, abaixo, na primeira cartilagem costal.
Articulação Acromioclavicular – é a articulação entre a extremidade acromial da clavícula e o acrômio da
escápula.
Cápsula fibrosa – circunda completamente as margens articulares e reforçada pelo ligamento
acromioclavicular.
Ligamento acromioclavicular – quadrilátero estende-se entre as faces superior da extremidade acromial da
clavícula e o acrômio adjacente.
Ligamento coracoclavicular – une a clavícula ao processo coracóide da escápula. Dividido em:
Ligamento conóide – insere-se nu tubérculo conóide da clavícula e na raiz do processo coracóide da escápula.
Ligamento trapezóide – insere-se na linha trapezóide da clavícula até a face superior do processo coracóide da
escápula.
Ligamentos da escápula:
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Ligamento córaco-acromial – entre o processo coracóide e o acrômio, insere-se apicalmente no acrômio e em
toda borda lateral do processo coracóide.
Ligamento transverso superior da escápula – transforma a inscisura da escápula em um forame. Inserido na
base do processo coracóide e no lado medial da incisura da escápula.
Articulação do Escapulo-umeral, Gleno-umeral (do ombro) – Esta é uma articulação esferóide multiaxial
com três graus de liberdade. As faces articulares são a cabeça hemisférica do úmero ( convexa) e a cavidade
glenóide da escápula (côncava).
A cápsula fibrosa – envolve a articulação, inserida medialmente na margem da cavidade glenóide do lado de
fora do lábio glenóidal e no úmero, insere-se no seu colo anatômico.
Ligamento córaco-umeral – um largo espessamento da região superior da cápsula, desce lateralmente da
borda lateral da raiz do processo coracóide até o tubérculo maior do úmero.
Ligamento transverso do úmero – serve como um condutor para o tendão do bíceps que insere-se no tubérculo
supra glenoidal da escápula.
Lábio glenoidal – orla fibrocartilagínea ao redor da cavidade glenóide que reforça a articulação.
Ligamentos glenoumerais:
Superior – passa ao longo da borda medial do tendão do bíceps para inseri-se acima do tubérculo menor do
úmero.
Médio – alcança a parte inferior deste tubérculo.
Inferior – estende-se até a a parte inferior do colo anatômico do úmero.
Membrana sinovial – reveste a cápsula e cobre partes do colo anatômico.
Articulação do cotovelo – Inclui as seguintes articulações: úmero-ulnar, entre a tróclea do úmero e a incisura
troclear da ulna; úmero radial, entre o capítulo do úmero e a cabeça do rádio; rádio-ulnar proximal, entre a
cabeça do rádio e a incisura radial da ulna. È, portanto, uma articulação sinovial composta.
Cápsula articular – insere-se proximalmente na frente do epicôndilo medial do úmero e distalmente na borda do
processo coronóide da ulna e do ligamento anular.
Membrana sinovial – estende-se das margens articulares do úmero, reveste as fossas coronóide, radial e do
olécrano, a face medial achatada da tróclea a face profunda dacápsula e a parte inferior do ligamento anular.
Ligamento colateral da ulna – triangular, tem partes anterior posterior e inferior. A parte posterior está inserida
no epicôndilo medial e na margem medial do processo coronóide. A parte posterior está inserida no dorso do
epicôndilo medial e na margem medial do olécrano.
Ligamento colateral do rádio – Inserido no epicôndilo lateral e no ligamento anular.
Articulações rádio-ulnares – o rádio e a ulna são ligados por articulacões proximal, média, e distal, onde
somente a média não é sinovial.
Articulação rádio-ulnar proximal – constituída principalmente pelo ligamento anular.
Ligamento anular – insere-se na margem anterior da incisura radial, contorna toda a cabeça do rádio para
inserir-se na margem posterior da incisura radial.
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Articulação rádio-ulnar média – trata-se de uma sindesmose que envolve uma corda oblíqua e uma membrana
interóssea.
Articulação rádio ulnar distal – articulação entre a extremidade distal convexa da ulna e a incisura ulnar
côncava no rádio. Apresenta um disco articular fibrocartilagíneo.
Articulação radiocárpica ou do pulso ou punho– A articulação radiocárpica é biaxial do tipo elipsóide, é
formada pela articulação da extremidade distal do rádio e disco articular triangular com os ossos escafóide,
semilunar e piramidal.
A cápsula articular - é revestida pela membrana sinovial. A cápsula é reforçada pelos ligamentos radiocárpico e
ulnocárpico palmar, radiocárpico dorsal e colateraisradial e ulnar do carpo.
Ligamento radiocárpico palmar – está inserido na margem anterior da extremidade distal do rádio e de seu
processo estilóide, alcançado os ossos escafóide semilunar e piramidal.
Ligamento ulnocárpico palmar – estende-se da base do processo estilóide da ulna até os ossos semilunar e
piramidal.
Ligamento radiocárpico dorsal – inserido na borda posterior da extremidade distal do rádio e nas faces dorsais
dos ossos escafóide, piramidal e semilunar.
Ligamento colateral ulnar do carpo – está inserido no ápice do processo estilóide da ulna dividindo-se em duas
inserções no carpo: uma no piramidal e outra no psiforme.
Ligamento colateral radial – estende-se da ponta do processo estilóide do rádio até o lado radial do osso
escafóide.
Articulações intercárpicas – São articulações entre os ossos do carpo e são do tipo planas possuindo
ligamentos dorsais e palmares e ligamentos interósseos.
Articulações carpometacárpicas – são as articulações entre os ossos do carpo e os metacarpos. Excluindo a
do polegar que é selar, as outras são planas e apresentam ligamentos palmares, dorsais e interósseos.
Articulações metacarpofalângicas – entre os metacarpos e as falanges proximais, são bicondilares.
Constituídos de ligamentos palmares, dorsais, transversos e colaterais.
Articulações interfalângicas – entre as falanges, são gíglimos. Constituídas de ligamentos dorsais, palmares
e colaterais.
Articulações do membro inferior
Articulação sacroilíaca - é uma articulação sinovial entre as faces articulares do osso sacro e do ilíaco. São
freqüentemente designadas como planas. A face articular do osso sacro é coberta de cartilagem hialina e a do
ilíaco, de fibrocartilagem.
Ligamento sacroilíaco ventral – é um espessamento capsular ântero-inferior, particularmente bem desenvolvido
próximo da linha arqueada e da espinha ilíaca póstero-inferior, onde ele une o terceiro segmento do osso sacro
ao lado lateral do sulco pré-auricular.
Ligamento sacroilíaco interósseo – é coberto pelo ligamento sacroilíaco dorsal. Sua parte mais profunda possui
feixes superior e inferior que passam das depressões posteriores à face auricular do osso sacro até aquelas na
tuberosidade ilíaca.
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Ligamento sacroilíaco dorsal – situa-se sobre o interósseo. Une a crista sacral intermédia e, abaixo desta, a
crista sacral lateral à espinha ilíaca póstero-superior e ao lábio interno da crista ilíaca na sua extremidade
dorsal.
Ligamentos vértebro-pélvicos:
Ligamento sacrotuberal – está amplamente inserido por sua base na espinha ilíaca posterior.
Ligamento sacroespinhal – estende-se da espinha isquiática até as margens laterais do osso sacro e cóccix,
anterior ao ligamento sacrotuberal com o qual ele se mistura.
A sínfise púbica
Ligamento púbico superior – une os ossos acima, estendendo-se até os tubérculos púbicos.
Ligamento arqueado do púbis – une as bordas inferiores das faces púbicas sinfisiais.
Articulação do quadril – Esta articulação é multiaxial e do tipo esferóide. A cabeça do fêmur articula-se com o
acetábulo.
Cápsula fibrosa – resistente e densa, está inserida acima da margem do acetábulo. Ela circunda o colo do
fêmur e está inserida, na frente, na linha trocantérica, acima, na base do colo do fêmur e atrás próximo ao
trocanter menor.
Membrana sinovial – começando da margem articular do fêmur, cobre a parte intracapsular do colo do fêmur,
depois passa para a face interna da cápsula para cobrir o lábio do acetábulo, o ligamento da cabeça e a
gordura da fossa do acetábulo.
Ligamento ileofemoral – triangular e muito resistente, seu ápice está inserido abaixo na espinha ilíaca ânteroinferior e sua base na linha trocantérica. Possui a forma de um Y.
Ligamento pubofemoral – também é triangular, tem uma base inserida na eminência ileopectínea, no ramo
superior do osso púbico, na crista obturatória e membrana obturatória. Ele se une distalmente com a cápsula e
com a face profunda do feixe medial do ligamento ileofemoral.
Ligamento isquiofemoral – entende-se a partir do ísquio, epiralando-se até inserir-se no trocanter maior.
Ligamento da cabeça do fêmur – é um feixe triangular achatado, com seu ápice inserido ântero-superiormente
na cabeça do fêmur e sua base inserida na incisura do acetábulo.
Ligamento transverso do acetábulo – é parte do lábio do acetábulo, mas ão possui células de cartilagem.
Articulação do joelho – A maior das articulações humanas. É uma articulação sinovial composta, condilar
dupla com a existência de meniscos articulares. Possui uma parte selar, referente a articulação com a patela.
Cápsula fibrosa – é complexa, parcialmente deficiente e parcialmente aumentada por expansões dos tendões
adjacentes.
Membrana sinovial – é a mais extensa, chegando a formar uma grande bolsa suprapatelar entre o quadríceps
da coxa e o corpo inferior do fêmur.
Ligamentos:
Ligamento da patela – é o feixe central do quadríceps da coxa, continuando distalmente da patela até a
tuberosidade da tíbia.
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Anatomia Humana
Ligamento poplíteo oblíquo estende-se a partir do tendão do semimembranáceo, funde-se parcialmente com a
cápsula e sobe lateralmente até a parte lateral da linha intercondilar e até o côndilo lateral do fêmur.
Ligamento poplíteo arqueado – uma massa de fibras capsulares em forma de Y, tem um tronco inserido na
cabeça da fíbula, seu ramo posterior arqueia-se medialmente sobre o tendão emergente do poplíteo até a
borda posterior da área intercondilar da tíbia; o ramo anterior, algumas vezes ausente, estende-se até o
epicôndilo lateral do fêmur.
Ligamento colateral fibular – uma corda resistente, está inserido no epicôndilo lateral do fêmur e estende-se até
a cabeça da fíbula..
Ligamentos cruzados:
Anterior – inserido medialmente na área intercondilar anterior da tíbia e vai até a face póstero-medial do côndilo
lateral do fêmur.
Posterior – inserido na área intercondilar posterior e estende-se até a face lateral do côndilo medial do fêmur.
Ligamento menisco femoral – anterior e posterior.
Ligamento transverso do joelho – entre os meniscos.
Articulações tibiofibulares – Dividida em proximal e distal.Ambas são sinoviais. Todas elas possuem um
ligamento tibiofibular anterior e tibiofibular posterior.
Articulação talocrural - articulação do tornozelo, é uma articulação uniaxial. Envolve a extremidade inferior da
tíbia e seu maléolo medial, o maléolo lateral da fíbula e o corpo do tálus.
Ligamento medial – inserido nas bordas posterior e anterior do maléolo medial.
Complexo ligamentar medial – envolve todos os ligamentos da parte medial do tornozelo.
Complexo ligamentar lateral – envolve os ligamentos da parte lateral.
Articulações intertársicas – são articulações entre os ossos do tarso. Elas são planas.
Articulações tarsometatársicas – articulações entre os ossos do tarso e os ossos metatársicos. São sinoviais
do tipo plana.
Articulações metatarsofalângicas – são articulações entre os ossos metatársicos e as falanges. São
geralmente elipsóides.
Articulações interfalângicas – são articulações em dobradiça, gíglimos.
MÚSCULOS
São massas macroscópicas formadas por feixes de células musculares com capacidade de relaxamento e
contração.
Os músculos são os elementos ativos do movimento, pois são eles que quando contraem, movem os ossos do
esqueleto em suas articulações.
FIBRAS MUSCULARES
São células alongadas adaptadas à função de relaxamento e contração.
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Anatomia Humana
M. Estriado esquelético
Voluntário
Estrias transversais
Presos aos ossos do esqueleto
Tipos de Músculos
M. Estriado Cardíaco
Involuntário
Estrias transversais
Músculo cardíaco
(miocárdio)
M. Liso
Involuntário
Sem estrias
Vísceras do corpo.
Componentes anatômicos dos músculos
• Ventre muscular – porção média e carnosa do músculo
• Tendões - fitas brancas cilindróides nas extremidades musculares.
• Aponeuroses – estrutura laminar e branca nas extremidades musculares. Todas são formadas por tecido
conjuntivo denso com fibras colágenas.
Função: prender os músculos ao esqueleto, a outros músculos, a cartilagens ou à derme.
• Fáscia muscular: Lâmina de tecido conjuntivo que envolve os músculos.
Funções: permitir o deslizamento dos músculos entre si, separar e fixar músculos (septo intermuscular).
• Origem: parte presa à região do osso que não se desloca (ponto fixo).
• Inserção: parte que presa à região do osso que se desloca. (ponto móvel)
CLASSIFICAÇÃO DOS MÚSCULOS
QUANTO À FORMA:
• Músculos planos: fibras paralelas. Ex: M. Oblíquos..
• Músculos fusiformes: Forma de um fuso fibras paralelas convergentes. Ex: bíceps braquial.
Prof. Adriano
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Anatomia Humana
• Músculos peniformes: Forma de pena.
• Músculos quadrado: possui 4 lados aproximadamente iguais.
• Músculos circular ou esfinctérico:
Esférico e envolve um orifício ou uma abertura.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À ORIGEM:
• Bíceps: 2 tendões de origem.
• Tríceps: 3 tendões de origem.
• Quadríceps: 4 tendões de origem.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À INSERÇÃO:
• Bicaudado: 2 tendões de inserção.
• Policaudados: 3 ou mais tendões de inserção.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À AÇÃO:
Dependendo do movimento que realizam ao contraírem, podem ser classificados em flexores, extensores,
pronadores, supinadores, adutores, abdutores, rotadores, agonistas, antagonistas e sinergistas.
Prof. Adriano
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Anatomia Humana
MÚSCULOS DA FACE:
São músculos cutâneos responsáveis pela expressão facial. Localizados nas partes anterior e posterior do
escalpo, face e pescoço.
Músculo occipito-frontal:
Origem: aponeurose epicrânica
Inserção: pele da fronte e supercílios.
Ação: Eleva os supercílios e pele da testa.
Músculo orbicular do olho:
Origem: Margens orbitais
Inserção: Pele ao redor da órbita
Ação: Fecha as pálpebras levemente (parte palpebral) e fortemente (parte orbicular)
Músculo corrugador do supercílio:
Origem: M. orbicular e osso nasal.
Inserção: Pele da sobrancelha
Ação: Puxa a parte medial da sobrancelha para baixo e enruga a fronte (preocupação).
Músculo nasal
Duas partes: Parte transversa e alar.
Origem: face superior do maxilar.
Inserção: Dorso do nariz.
Ação: a parte alar dilata o nariz e a parte transversa comprime o nariz.
Músculo platisma
Origem: fáscia do m. deltóide e peitoral maior.
Inserção: mandíbula inferiormente.
Ação: abaixa a mandíbula e puxa os cantos da boca para baixo (careta).
Músculo abaixador do septo
Origem: região medial do maxilar.
Inserção: parte móvel do septo nasal.
Ação: dilata o nariz.
Músculo orbicular da boca
Origem: Maxila, mandíbula e pele profunda ao redor da boca.
Inserção: lábios.
Ação: comprime e protrai os lábios (assobio).
Músculo levantador do lábio superior
Origem: Proc. frontal da maxila e região infra-orbital.
Inserção: Pele do lábio superior e cartilagem alar (nariz).
Ação: eleva o lábio, ângulo da boca e dilata a narina.
Prof. Adriano
30
Anatomia Humana
Músculo mentual
Origem: Mandíbula (região mentual)
Inserção: pele do mento (região mentual).
Ação: eleva a pele do mento e protrai o lábio inferior.
Músculo Bucinador
Origem: mandíbula, proc. alveolares da maxila e da mandíbula e rafe pterigomandibular.
Inserção: ângulo da boca.
Ação: comprime a bochecha, puxa a boca para o lado quando age unilateralmente, ato de bocejar.
Músculo risório
É um músculo variável.
Origem: M. platisma e fáscia do masseter.
Inserção: fáscia da gl. Parótida e ângulo da boca.
Ação: retrai o ângulo da boca lateralmente (riso forçado).
Músculo zigomático maior
Origem: osso zigomático.
Inserção: ângulo da boca.
Ação: puxa o canto da boca súpero-lateralmente (alegria, riso espontâneo)
Músculo zigomático menor
Pode estar ausente em algumas pessoas.
Origem: osso zigomático.
Inserção: m. orbicular da boca.
Ação: aprofunda o sulco nasolabial e ajuda a elevar o lábio superior (desprezo).
Músculo abaixador do lábio
Lateral ao músculo mentual, fixa-se à mandíbula e funde-se superiormente com o orbicular da boca.
Puxa o lábio para baixo e ligeiramente para o lado.
MÚSCULOS RESPONSÁVEIS PELA MASTIGAÇÃO
Músculo masseter
Origem: Arco zigomático.
Inserção: Ramo da mandíbula
Ação: Elevação da mandíbula.
Músculo pterigóideo medial
Origem: lâmina medial do pterigóide
Inserção: face medial do ângulo da mandíbula
Ação: elevação e protusão da mandíbula
Músculo pterigóideo lateral
Origem: lâmina lateral do pterigóide
Inserção: anteriormente no colo da mandíbula.
Ação: elevação e protusão da mandíbula
Prof. Adriano
31
Anatomia Humana
Músculo temporal
Origem: linha temporal inferior
Inserção: processo coronóide da mandíbula
Ação: Elevação e retração da mandíbula.
MÚSCULOS DO PESCOÇO – REGIÃO ANTERIOR
Na região do pescoço, encontram-se vários músculos, o quais em sua grande maioria, fixam-se ao osso hióide.
Estes pequenos músculos auxiliam nos movimentos de deglutição, fala e mastigação.
MÚSCULO INFRA-HIOÍDEOS
Músculo
Origem
Inserção
Esterno-hióideo
Manúbrio
Corpo do hióide
Omo-hióideo
Escápula
(borda superior)
Corpo do hióide
Esternotireóideo
Manúbrio
Cartilagem tireóide da laringe.
AÇÃO: Auxiliam na fala e deglutição
MÚSCULO SUPRA-HIOÍDEOS
Músculo
Origem
Inserção
Ação
Milo-hióideo
Linha
milo-hiódea
Rafe e Corpo do
hióide
Eleva o assoalho da
boca na deglutição e
fala
Genio-hióideo
Espinha da mandíbula
Corpo do hióide
Encurta o assoalho
da boca e alarga a
faringe
Estilo-hióideo
Digástrico
Proc.
Estilóide
Corpo do hióide
Alonga o assoalho da
boca
Fossa digástrica da
mandíbula
Osso temporal
Corpo e corno
maior do hióide
Abaixa a mandíbula
e eleva o hióide o
fixa na deglutição e
fala
Prof. Adriano
32
Anatomia Humana
MÚSCULOS DO PESCOÇO - REGIÃO POSTERIOR:
Músculo esternocleidomastóideo
Origem: Manúbrio do esterno e terço medial da clavícula
Inserção: processo mastóide do occipital
Ação: flexão da cabeça (conjunto) ou flexão lateral com rotação da face (um só).
Músculo escalenos
Dividem-se em: anterior, médio e posterior
Origem: processos transversos das vértebras cervicais
Inserção: 1ª costela (anterior e médio) e 2ª costela (posterior)
Ação: Flexionam lateralmente a coluna cervical e indiretamente a cabeça.
Músculo levantador da escápula
Origem: processos transverso das vértebras C1 a C6
Inserção: Borda medial da escápula (parte superior)
Ação: Eleva a escápula e inclina a cavidade glenóide.
Músculo esplênio da cabeça
Origem: processos espinhosos cervicais.
Inserção: processo mastóide.
Ação: extensão e flexão lateral da coluna cervical (cabeça).
Músculo semi-espinhal da cabeça
Origem: processos transversos cervicais.
Inserção: parte medial da linha nucal superior.
Ação: extensão da cabeça e coluna.
Músculo semi-espinhal do pescoço
Origem: processos transversos da 1ª à 6ª vértebra torácica.
Inserção: processos espinhosos da 1ª à 5ª vértebra cervical.
Ação: extensão da cabeça e coluna.
Músculo esplênio da cabeça
Origem: processos espinhosos das vértebras cervicais.
Inserção: processo mastóide.
Ação: extensão e flexão lateral da coluna cervical (cabeça).
MÚSCULOS DO TÓRAX – REGIÃO VENTRAL E ABDÔMEN
Músculo peitoral maior
Origem: metade medial da clavícula e cartilagens costais (1ª-6ª) e aponeurose do oblíquo externo.
Inserção: crista do tubérculo maior do úmero.
Ação: adução do braço.
Músculo peitoral menor
Origem: próximo às cartilagens costais da 2ª à 5ª costela.
Inserção: processo coracóide da escápula.
Ação: adução do braço.
Prof. Adriano
33
Anatomia Humana
Músculo serrátil anterior
Origem: 8 costelas superiores.
Inserção: face costal do ângulo superior da escápula, borda medial e ângulo inferior da escápula.
Ação: protração da escápula
Músculo intercostais
Ficam entre os espaços intercostais
Dividem-se em: internos e externos
Atuam sobre as costelas durante os movimentos do tórax e respiratórios
Músculo reto do abdome
Origem: processo xifóide, 5ª e 6ª cartilagens costais.
Inserção: Sínfise púbica.
Ação: flexão de tronco.
Músculos oblíquos externo
Origem: 8 costelas inferiores
Inserção: Crista ilíaca e bainha do reto abdominal ( linha alva).
Ação: Rotação de tronco, auxílio na respiração, defecação, micção e parto.
Músculos oblíquos interno
Origem: Aponeurose toracolombar
Inserção: bainha do reto abdominal..
Ação: Rotação de tronco, auxílio na respiração, defecação, micção e parto.
Músculos transverso do abdome
Origem: Face interna das 6 últimas cartilagens costais, crista ilíaca e aponeurose toracolombar.
Inserção: bainha do reto abdominal..
Ação: Rotação de tronco, auxílio na respiração, defecação, micção e parto.
MÚSCULOS DO TÓRAX – REGIÃO DORSAL
Músculo grande dorsal (Latíssimo do dorso)
Origem: processos espinhosos das 6 últimas vértebras torácicas.
Inserção: tubérculo menor do úmero.
Ação: Extensão, adução e rotação medial do braço.
Músculo Trapézio
Origem: Linha nucal superior, protuberância occipital externa e processos espinhosos de todas as vértebras
torácicas.
Inserção: lateral da clavícula, acrômio e espinha da escápula.
Ação: elevação, depressão, retração de ombro.
Músculo supra-espinhal
Origem: Fossa supra-espinhal da escápula
Inserção: Tubérculo maior do úmero.
Ação: Auxilia na abdução e rotação externa do braço.
Prof. Adriano
34
Anatomia Humana
Músculo infra-espinhal
Origem: Fossa infra-espinhal da escápula.
Inserção: Tubérculo maior do úmero.
Ação: Auxilia na rotação externa (lateral) do braço.
Músculo redondo menor
Origem: Borda lateral da escápula (parte superior).
Inserção: Tubérculo maior do úmero.
Ação: Rotação externa (lateral) do braço.
Músculo redondo maior
Origem: ângulo inferior da escápula.
Inserção: Sulco intertubercular do úmero (lábio medial).
Ação: Adução e rotação interna (medial) do braço.
Músculo subescapular
Origem: face costal da escápula.
Inserção: tubérculo menor do úmero.
Ação: Adução e rotação interna (medial) do braço.
Músculo rombóide maior
Origem: processos espinhosos de T2 a T5.
Inserção: Borda medial da escápula.
Ação: Retrai e aduz a escápula.
Músculo rombóide menor
Origem: processos espinhosos de C7 e T1.
Inserção: Borda medial da escápula.
Ação: Retrai e aduz a escápula.
Músculo semi-espinhal do tórax
Origem: processos transversos de T7 a T9
Inserção: processos espinhosos de T6 a T1.
Ação: Extensão da coluna.
Músculo serrátil posterior
Origem: processos espinhosos de C 7 e das vértebras torácicas
Inserção: 2ª à 5ª costela (parte superior) e da 9ª à 12ª costela (parte inferior)
Ação: Auxilia na extensão da coluna e na respiração.
Músculo profundos do dorso
M.Transverso espinhal
M. Interespinhais
M. Intertransversais
M. Multífidos.
M.Longuíssimo do tórax
M. Espinhal do tórax
M. Iliocostais (cervical, torácico e lombar)
São grupos musculares que têm origem e inserção nas vértebras e, em sua grande maioria, têm como ação
principal, extensão, inclinação e rotação da coluna vertebral, contribuem também, para a manutenção de uma
boa postura.
Prof. Adriano
35
Anatomia Humana
MÚSCULOS DOS MEMBROS SUPERIORES
Músculos do braço-região ventral
Músculo deltóide
Origem: Acrômio, espinha da escápula e clavícula.
Inserção: tuberosidade deltóidea
Ação: Abdução, flexão e extensão do braço.
Músculo córacobraquial
Origem: Proc. coracóide da escápula
Inserção: terço médio do úmero.
Ação: flexão do braço.
Músculo braquial
Origem: úmero (distal)
Inserção: tuberosidade da ulna.
Ação: flexão do antebraço.
Músculo bíceps braquial
Origem: Tubérculo supraglenoidal (porção longa) e processo coracóide da escápula (porção curta)
Inserção: Tuberosidade do rádio.
Ação: flexão do antebraço e auxílio na supinação.
Músculos tríceps braquial
Origem: tubérculo infraglenóide (p longa) úmero (p lateral e medial)
Inserção: olécrano da ulna.
Ação: Extensão do antebraço (cotovelo)
Músculos ancôneo
Origem: Epicôndilo lateral do úmero
Inserção: olécrano da ulna.
Ação: Auxilia na extensão do antebraço (cotovelo)
Músculos Do Antebraço – Região Ventral
Músculo braquioradial
Origem: crista supracondilar lateral do úmero.
Inserção: Acima do proc estilóide do rádio.
Ação: flexão do antebraço.
Músculo flexor radial do carpo
Origem: Epicôndilo medial.
Inserção: 2º metacárpico.
Ação: flexão e ABDUÇÃO da mão.
Músculo flexor ulnar do carpo
Origem: Epicôndilo medial.
Inserção: Osso pisiforme.
Ação: flexão e ADUÇÃO da mão.
Prof. Adriano
36
Anatomia Humana
Músculo palmar longo
Origem: Epicôndilo medial.
Inserção: Aponeurose palmar.
Ação: flexão da mão.
Músculo pronador redondo
Origem: Úmero e ulna.
Inserção: Face lateral do rádio.
Ação: pronação do antebraço.
Músculo pronador quadrado
Origem: Ulna.
Inserção: Face anterior do rádio.
Ação: pronação do antebraço.
Músculos do Antebraço - Região Posterior
M. Extensor Radial Longo do Carpo
Origem: Úmero (crista supracondilar lateral)
Inserção: 2º metacárpico.
Ação: Extensão e abdução da mão.
M. Extensor Radial Curto do Carpo
Origem: Úmero (Epicôndilo lateral)
Inserção: 3º metacárpico.
Ação: Extensão e abdução da mão.
M. Extensor dos Dedos
Origem: Úmero (Epicôndilo lateral)
Inserção: Aponeurose extensora (2º ao 5º dedo).
Ação: Extensão do 2º ao 5º dedos da mão.
M. Extensor do dedo mínimo
Origem: Úmero (Epicôndilo lateral)
Inserção: Aponeurose extensora (5º dedo).
Ação: Extensão do dedo mínimo.
M. Extensor ulnar do carpo
Origem: Úmero (Epicôndilo lateral)
Inserção: 5º metacarpo.
Ação: Extensão e adução do punho e mão.
M. Extensor curto do polegar
Origem: rádio (face posterior)
Inserção: falange proximal do polegar.
Ação: Extensão da falange proximal do polegar.
Prof. Adriano
37
Anatomia Humana
M. Extensor longo do polegar
Origem: rádio (face posterior)
Inserção: falange distal do polegar.
Ação: Extensão da falange distal do polegar.
M. Extensor do indicador
Origem: Ulna (face posterior)
Inserção: aponeurose extensora do 2º dedo.
Ação: Extensão do indicador.
M. Supinador
Origem: Epicôndilo lateral do úmero.
Inserção: Rádio (terço proximal)
Ação: Supinação do antebraço.
M. Abdutor longo do polegar
Origem: Ulna e rádio (face posterior).
Inserção: 1º metacárpico.
Ação: Abdução e extensão do polegar.
MÚSCULOS DOS MEMBROS INFERIORES E PELVE
M. Psoas maior:
Origem: processos transversos das vértebras lombares
Inserção: trocânter menor do fêmur
Ação: flexão da coxa (quadril)
M. Ilíaco:
Origem: fossa ilíaca
Inserção: trocânter menor do fêmur
Ação: flexão da coxa (quadril)
M. ILIACO + M. PSOAS MAIOR = ILIOPSOAS
M. Pectíneo:
Origem: linha pectínea (púbis)
Inserção: linha pectínea do fêmur
Ação: adução da coxa (quadril)
M. Adutor longo, adutor curto e adutor magno (maior)
Têm origem no púbis, e a porção extensora do adutor magno tem sua origem na tuberosidade isquiática.
Inserem-se ao longo da linha áspera do fêmur, a porção extensora do adutor magno insere-se na linha
supracondilar do fêmur.
Ação: Adução da coxa (quadril)
Prof. Adriano
38
Anatomia Humana
M. Grácil
Origem; púbis
Inserção: tíbia (face medial-região proximal)
Ação: flexão da perna, adução do quadril, auxílio na rotação interna do joelho
M. Obturador interno
Origem: Forame obturado (ísquio, púbis, ílio)
Inserção: Fêmur (Trocanter maior)
Ação: Rotação externa e auxílio na abdução do quadril.
M. Obturador externo
Origem: Forame obturado (ísquio, púbis, ílio)
Inserção: Fêmur (Trocanter maior)
Ação: Rotação externa e auxílio na adução do quadril
M. Sartório
Origem: espinha ilíaca antero-superior
Inserção: tubersidade da tíbia
Ação: Rotação externa e abdução do quadril; flexão do joelho (auxílio).
M. Tensor da Fáscia Lata
Origem: espinha ilíaca antero-superior e crista ilíaca.
Inserção: tracto ílio-tibial.
Ação: Rotação medial, flexão da coxa (principal ação).
M. Reto da Coxa (Reto Femoral)
Origem: espinha ilíaca antero-inferior e acetábulo
Inserção: patela e tuberosidade da tíbia
Ação: extensão do joelho.
M. Vasto Medial
Origem: linha intertrocantérica e linha áspera
Inserção: patela e tuberosidade da tíbia
Ação: Extensão do joelho
M. Vasto Lateral
Origem: trocanter maior e linha áspera do fêmur
Inserção: patela e tuberosidade da tíbia.
Ação: Extensão do joelho.
Vasto Intermédio
Origem: face anterior e lateral do corpo do fêmur
Inserção: patela e tuberosidade da tíbia
Ação: Extensão do joelho.
Músculos da região anterior da perna
M. Tibial Anterior
Origem: Côndilo lateral da tíbia
Inserção: base do 1º metatársico, osso cuneiforme.
Ação: dorsiflexão e inverção do pé.
Prof. Adriano
39
Anatomia Humana
M. Extensor Longo do Hálux
Origem: borda interóssea da tíbia
Inserção: falange distal do hálux
Ação: extensão do hálux e auxílio na dorsiflexão do pé.
M. Fibular Longo
Origem: Cabeça da fíbula.
Inserção: Base do 5º metatársico.
Ação: auxílio na flexão plantar e eversão do pé.
M. fibular curto
Origem: fibula.
Inserção: 5º metatarso.
Ação: Eversão do pé.
M. Fibular Terceiro
Origem: fíbula
Inserção: 5º metatarso.
Ação: Eversão e dorsiflexão do pé (tornozelo)
Músculos da Região Posterior dos Membros Inferiores
M. Glúteo Máximo
Origem: Ílio e sacro.
Inserção: Fêmur e trato iliotibial da fáscia lata.
Ação: Extensão e auxílio na rotação externa do quadril (coxa).
M. Glúteo Médio
Origem: osso ílio.
Inserção: Fêmur (trocânter maior)
Ação: abdução e rotação interna da coxa.
M. Glúteo Mínimo
Origem: osso ílio.
Inserção: Fêmur (trocânter maior)
Ação: abdução e rotação interna da coxa.
M. Piriforme
Origem: osso ílio e sacro.
Inserção: Fêmur (trocânter maior)
Ação: rotação externa da coxa (quadril).
M. Gêmeo Superior
Origem: espinha isquiática.
Inserção: tendão do m. obturador interno.
Ação: rotação externa da coxa (quadril).
Prof. Adriano
40
Anatomia Humana
M. Gêmeo inferior
Origem: tuberosidade isquiática.
Inserção: tendão do m. obturador interno.
Ação: rotação externa da coxa (quadril)
M. Quadrado da Coxa
Origem: ísquio.
Inserção: fêmur (crista intertrocantérica).
Ação: rotação externa da coxa.
M. Bíceps Femoral
Origem: ísquio (p. longa) e fêmur (p. curta)
Inserção: Fíbula (face lateral) e Tíbia (côndilo lateral).
Ação: flexão de joelho, rotação externa de joelho e auxílio na extensão e rotação externa de joelho.
M. Semitendinoso
Origem: ísquio (tuberosidade)
Inserção: Tíbia (diáfise proximal).
Ação: flexão de joelho, rotação interna de joelho, extensão e rotação interna de quadril.
M. Semimembranoso
Origem: ísquio (tuberosidade)
Inserção: Tíbia (côndilo medial) e fêmur (côndilo lateral).
Ação: flexão de joelho, rotação interna de joelho e auxílio na extensão e rotação interna de quadril.
Músculos da perna – Região Posterior
M. Gastrocnêmio
Origem: cabeça lateral (fêmur-côndilo lateral) e cabeça medial (fêmur - côndilo medial).
Inserção: calcâneo.
Ação: flexão plantar do tornozelo e auxílio na flexão de joelho.
M. Sóleo
Origem: Cabeça da fíbula e tíbia.
Inserção: calcâneo.
Ação: flexão plantar do tornozelo.
M. Tibial Posterior
Origem: Face posterior da tíbia e fíbula (proximal).
Inserção: Navicular, cuneiformes e do II ao IV metatársico.
Ação: flexão plantar e inversão do pé.
M. Flexor longo dos dedos
Origem: Face posterior proximal da tíbia.
Inserção: Falange distal do II ao V dedo do pé (4 tendões).
Ação: flexão do 2º ao 5º dedo do pé.
Prof. Adriano
41
Anatomia Humana
M. Flexor longo do Hálux
Origem: Face posterior da tíbia e fíbula.
Inserção: Falange distal hálux.
Ação: flexão do hálux.
SISTEMA CIRCULATÓRIO E SANGÜÍNEO
Sistema composto pelos órgãos cardiovasculares (coração, sangue e vasos sanguíneos) e pelo sistema
linfático (linfonodos, vasos linfáticos e glândulas linfáticas).
1. SISTEMA SANGÜÍFERO:
Formado pelos vasos condutores (artérias, veias e capilares) e coração.
2. SISTEMA LINFÁTICO:
Formado pelos vasos condutores da linfa (capilares vasos e troncos linfáticos). E por órgãos linfóides
(linfonodos e tonsilas).
3. ÓRGÃOS HEMOPOIÉTICOS:
Formados pela medula óssea e pelos órgãos linfóides (baço e timo).
SANGUE
Em um adulto normal (60 a 70 Kg) – 4,8 a 5,4 litros de sangue
↓
44%: parte sólida
56%: parte líquida
(leucócitos, eritrócitos e plaquetas)
plasma
Funções do sangue:
•
•
•
•
•
•
•
Transporte de substâncias: nutrientes, hormônios, etc;
Função respiratória: transporte de O2 dos pulmões para as células e CO2 dos tecidos para os pulmões;
Função de excreção: transporta as excretas do metabolismo celular;
Manutenção do equilíbrio ácido-básico: mantém um pH fracamente alcalino;
Distribuição e eliminação do líquido corporal;
Transporte e equilíbrio do calor;
Defesa do organismo contra agentes patogênicos ou substâncias estranhas.
PARTE SÓLIDA DO SANGUE
Prof. Adriano
42
Anatomia Humana
43
Eritrócitos (glóbulos vermelhos ou hemácias)
• São os elementos mais abundantes do sangue;
• Possuem grande elasticidade, podendo deformar-se temporariamente para passar pelos mais finos
capilares;
•
São células em forma de disco, sem núcleo, cuja principal característica é possuírem a hemoglobina;
• A hemoglobina (Hb) que dá a cor vermelha ao sangue, é o pigmento respiratório responsável pelo
transporte de oxigênio e CO2;
• Os eritrócitos formam-se e amadurecem na medula óssea, fígado e baço. Possuem uma vida média de
120 dias após o que se desintegram sendo removidas da corrente sanguínea por células especializadas dos
mesmos órgãos que as criaram;
• Após a desintegração de um eritrócito, o ferro da hemoglobina é reaproveitado para a construção de outro
e uma substância extremamente tóxica para as células é produzida: a bilirrubina → enviada para o fígado e
eliminada pela bile (icterícia = concentração de bilirrubina plasmática aumentada, causando uma coloração
amarelada na pele e mucosas);
• Valores normais de eritrócitos no sangue:
a) 4,2 a 5,4 milhões / mm3 de sangue (homem)
b) 4,1 a 5,1 milhões / mm3 (mulher)
c) 5 a 6 milhões / mm3 no recém nascido;
• Valores normais de hemoglobina no sangue: 14 a 16 g por 100 ml de sangue;
• Hematócrito: porcentagem de eritrócitos no sangue (48% ± 6) → usualmente maior nos homens.
Hemácea (Eritrócito)
Leucócitos ou glóbulos brancos
• Responsáveis pelos mecanismos de defesa do organismo;
• Possuem a capacidade de abandonar o sistema circulatório e migrar para os tecidos (movimentos
amebóides);
• São maiores que as hemácias, mas em quantidade menor;
• Valor normal de leucócitos no sangue: 6000 a 9000 por ml de sangue;
• Existem dois tipos básicos de leucócitos:
a) Granulócitos: contém grânulos no citoplasma.
b) Agranulócitos: não contém grânulos no citoplasma
GRANULÓCITOS (3 TIPOS)
São produzidos na medula óssea
São destruídos e eliminados pelo baço e fígado.
Neutrófilos
Eosinófilos
Basófilos
Neutrófilos – 60 1 75%. Defesa em processos inflamatórios e infecciosos agudos. Fagocitose.
Eosinófilos – 2 a 4%. Processos alérgicos.
Basófilos – 1%. Defesa em processos inflamatórios e infecciosos agudos.
Prof. Adriano
Anatomia Humana
Neutrófilos
Eosinófilos
Basófilos
AGRANULÓCITOS (2 TIPOS)
Linfócitos
Monócitos
Linfócitos – 25 a 40%. São formados pelos órgãos linfáticos. Resposta imunitária e inflamações crônicas.
Monócitos – 3 a 6%. São formados na medula óssea. Participam no combate às infecções crônicas.
Fagocitose.
Linfócitos
Monócitos
Plaquetas (ou trombócitos)
São muito pequenas e de difícil observação por serem incolores;
Apresentam formato ovóide ou esférico;
Seu número varia de 250.000 a 400.000 por mm3 de sangue;
Sua função é a de colaborar no fenômeno de coagulação, pois na sua ausência o sangue coagula-se com mais
lentidão);
Formam-se na medula e possuem vida média de 4 a 10 dias.
Prof. Adriano
44
Anatomia Humana
Plaqueta
(1) Eritrócitos (2) Plaquetas
PARTE LÍQUIDA DO SANGUE - PLASMA
O plasma sanguíneo corresponde a 56% do volume de sangue;Sua composição química é complexa, mas
pode-se dizer que contém água (91,5%), proteínas (albumina, globulina, fibrinogênio e protrombina), sais
inorgânicos e orgânicos (cloreto, sódio, potássio, cálcio e magnésio), pigmentos, numerosas enzimas e
produtos de desintegração das células (uréia, ácido úrico, creatinina e amoníaco). Aparecem ainda em
suspensão no plasma açúcares e gordura, além de hormônios e anticorpos.
Coagulação do sangue
Esse é um fenômeno ligado ao plasma, onde a proteína fibrinogênio se transforma em fibrina,
através da enzima trombina (rede). A trombina não existe livre no sangue, ela encontra-se na
sua forma inativa (protrombina) que é sintetizada no fígado.
Fibrinogênio no plasma
Fibrinogênio + Trombina
Formação da fibrina
Ocorre lesão
Vasoconstrição c/
aglomeração de plaquetas
Formação do coágulo
SISTEMA CARDIOVASCULAR
O sistema cardiovascular é composto pelo coração, o sangue e os vasos sangüíneos. O termo CARDIO referese ao coração e VASCULAR refere-se aos vasos sanguíneos.
CORAÇÃO
Órgão muscular oco situado na cavidade torácica, atrás do esterno, acima do m. diafragma, onde repousa
em parte sobre dois sacos pleurais que recebem o nome de pericárdio.
O coração é revestido por três camadas:
1. Endocárdio = revestimento interno do coração.
2. Epicárdio = reveste externamente o coração (membrana serosa).
3. Miocárdio = formado por tecido muscular estriado cardíaco é responsável pela sístole e diástole.
Prof. Adriano
45
Anatomia Humana
1 – Clavícula
2a – Manúbrio
2b – Processo xifóide
3 – Coração
3a - Arco aórtico
3b – Ápice do
coração
3c – Átrio direito
3d – Ventrículo direito
3e – Ventrículo
esquerdo
3f – Átrio esquerdo
3g – Pericárdio
8 – Aorta
4 – T8
5 – Pleura
6 – Pulmão direito
9 - Esôfago
7 – Pulmão esquerdo
1 – Endocárdio
2 – Miocárdio
3 – Pericárdio
3a – Pericárdio visceral
3b – Cavidade pericárdica
3c – Pericárdio parietal
MORFOLOGIA INTERNA DO CORAÇÃO
Septos cardíacos: dividem as paredes do coração em 4 câmaras, dois átrios e dois ventrículos
Septo inter-atrial: separa o átrio direito do esquerdo.
Septo inter-ventricular: separa o ventrículo direito do esquerdo.
Septo átrio-ventricular: divide o coração em parte superior e inferior.
Possui dois orifícios os óstios átrio-ventriculares direito e esquerdo que possuem as valvas tricúspide (direita) e
mitral (esquerda).
Átrio direito: recebe o sangue venoso através da veia cava superior, veia cava inferior e veia coronária;
Ventrículo direito: expulsa o sangue venoso para o pulmão através da artéria pulmonar;
Átrio esquerdo: expulsa o sangue arterial através das veias pulmonares;
Ventrículo esquerdo: leva o sangue arterial para todo o organismo através da artéria aorta.
OS GRANDES VASOS DO CORAÇÃO
O átrio direito recebe o sangue venoso através de 3 vias:
1)
2)
3)
Veia cava superior – traz o sangue das partes do corpo acima do coração e tórax;
Veia cava inferior – traz o sangue das partes do corpo que ficam abaixo do coração;
Seio coronário – drena o sangue da maioria dos vasos da parede do coração.
O átrio direito bombeia então o sangue para o ventrículo direito → tronco pulmonar (artérias pulmonares
direita e esquerda).
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Anatomia Humana
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O sangue arterial é transportado ao átrio esquerdo por quatro veias pulmonares → ventrículo esquerdo.
Do ventrículo esquerdo → aorta ascendente, arco da aorta, aorta descendente e artérias coronárias.
1 – Esôfago
2 – Traquéia
3 – Artéria braquiocefálica direita
4 – Veia braquiocefálica direita
5 - Costelas
6 –Ramos do brônquio direito
7 – Pulmão direito
8 - Diafragma
9 – Processo xifóide
10 – Coração
11 –Pulmão esquerdo
12 –Veia pulmonar superior esquerda
13 – Artéria pulmonar esquerda
14 – Arco aórtico
15 –Veia braquiocefálica esquerda
16 –Artéria subclávia esquerda
17 –Artéria carótida comum direita
VISTA ANTERIOR DO CORAÇÃO
1 – Artéria braquicefálica
2 – Artéria aorta
3 – Ligamento arterioso
4 – Veia cava superior
5 – Aurícula direita
6 – Artéria coronária direita
7 – Átrio direito
8 – Veia cava inferior
9 – Ápice do coração
10 – Ventrículo direito
11 – Veia coronária esquerda
12 – Ventrículo esquerdo
13 – Átrio esquerdo
14 – Tronco pulmonar
15 – Artéria subclávia direita
16 – Artéria carótida comum direita
VISTA POSTERIOR DO CORAÇÃO
1 – Artéria carótida comum esquerda
2 – Artéria subclávia esquerda
3 – Arco aórtico
4 – Artéria pulmonar esquerda
5 – Veias pulmonares esquerdas
6 – Margem do pericárdio
7 – Átrio esquerdo
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8 – Veia cava inferior
9 – Átrio direito
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VALVAS DO CORAÇÃO
Quando cada câmara do coração contrai-se ela impulsiona uma porção de sangue para dentro do ventrículo ou
para fora do coração por uma artéria. Para evitar o refluxo ou retorno de sangue, o coração tem quatro valvas
compostas de tecido conjuntivo denso. As valvas são:
1)
Atrioventriculares
a)
b)
Tricúspide – entre o átrio direito e o ventrículo direito
Bicúspide ou mitral – entre o átrio esquerdo e o ventrículo esquerdo.
2)
Semilunares
c)
d)
Valva do tronco pulmonar – no óstio onde o tronco pulmonar deixa o ventrículo direito
Valva da aorta – no óstio onde a aorta inicia, deixando o ventrículo esquerdo.
Uma doença cardíaca valvular refere-se a qualquer condição na qual uma ou mais valvas cardíacas não
operam apropriadamente.
Direção do fluxo de sangue
1 – Valva tricúspide (atrioventricular direita)
2 – Valva aórtica (semilunar da aorta)
3 – Valva pulmonar (semilunar do tronco pulmonar)
4 – Valva bicúspide (atrioventricular esquerda)
Vista superior das valvas cardíacas
RITMO CARDÍACO
O coração é inervado pelos nervos simpático e parassimpático, que são antagônicos em sua função. Esses
dois sistemas afetam a função cardíaca, alterando sua freqüência ou a força contrátil do miocárdio:
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48
Anatomia Humana
49
• Simpático: acelera a origem e transmissão de estímulos no sistema cardiovetor, levando a uma
aceleração do batimento cardíaco, a um aumento da força de contração do miocárdio, e, conseqüentemente,
da quantidade de sangue expulso pelo coração;
• Parassimpático: é de atuação inversa a do simpático, pois diminui o batimento cardíaco através da
diminuição da excitabilidade e da transmissão de estímulos.
O coração trabalha automaticamente, sob o controle do sistema nervoso, mas o impulso da atividade cardíaca
origina-se no próprio coração. Esse sistema cardiovetor é composto por:
1) Nódulo (nodo ou nó) sinusal: é o ponto de origem de todos os estímulos. Situa-se no átrio direito,
próximo à desembocadura da veia cava superior. Esses estímulos gerados no nódulo sinusal são transmitidos
diretamente para as fibras musculares dos átrios e para o nódulo atrioventricular. O nódulo sinusal também é
conhecido como nódulo sinoatrial (SA).
2) Nódulo atrioventricular (AV): situa-se próximo do septo atrial. Recebe os estímulos do nódulo sinoatrial
e os transmite com ligeira defasagem para a musculatura ventricular.
3) Feixe de His: é a continuação do nódulo AV. Recebe os estímulos desse nódulo e os transmite para as
fibras de Purkinge.
4) Fibras de Purkinge: os estímulos são distribuídos aos ventrículos por meio de seus feixes direito e
esquerdo.
O controle automático do trabalho cardíaco do sistema cardiovetor pode ser influenciado por:
a) Temperatura: o aumento da T promove o aumento da freqüência cardíaca;
b) Teor de sais sanguíneos: alterações nas concentrações de Na, K e Ca provocam diminuição da freqüência
cardíaca;
c) Excitações psicológicas: alegria e raiva aumentam a freqüência cardíaca; a depressão pode diminuí-la;
d) Trabalho corporal físico: o esforço físico aumenta a atividade cardíaca.
ESQUEMA GERAL DO SISTEMA CARDIOVETOR
1 – Nódulo sinoatrial
2 – Nódulo atrioventricular
3 – Átrio esquerdo
4 – Ventrículo esquerdo
5 – Ventrículo direito
6 – Feixe de His
6a – Fibras de Purkinge (esquerda)
6b – Fibras de Purkinge (direita)
7 – Átrio esquerdo
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50
Anatomia Humana
SÍSTOLE E DIÁSTOLE
O músculo cardíaco contrai-se periodicamente causando expulsão do sangue para as artérias e pulmões. A
cada contração sucede um período de repouso, de afrouxamento das paredes, em que as cavidades
novamente se enchem de sangue.
Sístole – é o nome que se dá ao período de contração cardíaca;
Diástole – é o período de relaxamento das paredes do coração.
1 - DIÁSTOLE
2 - DIÁSTOLE
3 - DIÁSTOLE
Enchimento dos átrios.
Valvas atrioventriculares
fechadas.
Valvas atrioventriculares
são abertas e ventrículos
começam a encher.
Ventrículos continuam
com as paredes
relaxadas e os átrios
se contraem.
5 - SÍSTOLE
6 - SÍSTOLE
Os ventrículos se
contraem e a pressão
aumenta. As valvas
semilunares permanecem
fechadas.
Ventrículos continuam a
contrair-se e pela
pressão aumentada as
valvas pulmonar e aórtica
se abrem.
4 -SÍSTOLE
Os ventrículos começam
a ficar cheios e as
válvulas atrioventriculares
se estendem.
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Anatomia Humana
51
ESQUEMA GERAL MOSTRANDO O FLUXO SANGUÍNEO EM CORTE DE CORAÇÃO
1 – Arco aórtico
2 – Veia cava superior
3 – Artéria pulmonar direita
4 – Tronco pulmonar
5 – Veias pulmonares direitas
6 – Valva semilunar (pulmonar)
7 – Átrio direito
8 – Valva atrioventricular (tricúspide)
9 – Ventrículo direito
10 – Veia cava inferior
11 – Aorta
12 – Septo interventricular
13 – Ventrículo esquerdo
14 – Valva atrioventricular (mitral)
15 – Valva semilunar (aórtica)
16 – Átrio esquerdo
17 – Veias pulmonares esquerdas
FISIOLOGIA CARDÍACA: CIRCULAÇÃO
18 – Artéria pulmonar esquerda
Circulação pulmonar ou pequena circulação:
O sangue venoso sai do ventrículo direito pela artéria pulmonar que se
ramifica em direita e esquerda, indo para os pulmões. Após a hematose, o
sangue arterial retorna ao átrio esquerdo pelas quatro veias pulmonares
(duas direitas e duas esquerdas). Função: oxigenar o sangue.
Circulação sistêmica ou grande circulação:
O sangue arterial sai do ventrículo esquerdo pela artéria aorta para todo o
organismo a fim de abastecer as células com oxigênio e nutrientes. Após
receber gás carbônico e excretas das células do organismo retorna ao átrio
direito com sangue venoso pelas veias cava superior e inferior.
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Anatomia Humana
1 – Cabeça e braços
9 - Rins
2 – Veia cava superior
10 – Pernas
3 – Pulmões
11 – Intestinos
4 – Átrio direito
12 – Aorta abdominal
5 – Ventrículo direito
13 – Ventrículo direito
6 – Fígado
14 – Átrio direito
7 – Veia porta
15 –Veias pulmonares
8 – Veia cava inferior
16 – Artéria pulmonar
Temas para pesquisar:
- Pericardite
- Infarto do miocárdio
- Hipertensão arterial
- Insuficiência cardíaca
- Varizes
- Valvulopatias aórtica, mitral e tricúspide
- Aterosclesose
SISTEMA TEGUMENTAR
Sistema formado pela pele e seus anexos.
Funções: proteção, revestimento, controle da temperatura e sensibilidade.
Pele:
• Adulto: área de aproximadamente 2 m2.
• Espessura: 1 a 4 mm, e varia de acordo com a idade e região do corpo.
• Distensibilidade: garantida pelas fibras colágenas e elásticas.
Epiderme:
Camada mais superficial, formada por células pavimentosas (achatadas) transformadas em queratina.
Queratina: proteína que protege a pele. (hidratação).
Derme:
Camada subjacente à epiderme, possui fibras elásticas e colágenas. Dá resistência à pele e é ricamente
vascularizada.
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Anatomia Humana
Tela subcutânea (hipoderme):
Camada profunda, rica em tecido adiposo. Geralmente é mais espessa nas mulheres.
Evita perda de calor e serve de reserva de material nutritivo.
Glândulas anexas:
Glândulas sudoríparas:
Localizam-se na derme ou na tela subcutânea. Produzem o suor e assim, controlam a temperatura do corpo.
Possuem ducto que se abrem os poros da pele.
Glândulas sebáceas:
Localizam-se na derme. Ausentes na região palmar e plantar. Sua secreção é o sebo, que lubrifica a pele e os
pêlos.
Coloração da pele
Depende da quantidade de pigmentos, vascularização, e espessura dos estratos superficiais da pele.
Melanina: produzida pelos melanócitos é o pigmento mais importante, responsável pela coloração da pele,
varia de acordo com a raça.
Anexos da pele
Pêlos:
Recobrem quase todo o corpo, auxiliam na proteção e na manutenção da temperatura corporal.
Partes dos pêlos:
1. Haste: localizada acima da pele.
2. Raiz: Alojada num tubo epidérmico denominado folículo piloso, localiza-se na derme ou na tela subcutânea.
Músculo eretor dos pêlos: músculo liso responsável pela ereção dos pêlos.
Unhas
São placas curvas queratinizadas, com função protetora. Repousam sobre o leito ungueal.
Estrutura:
Corpo: parte distal.
Raiz: proximal que fica oculta.
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53
Anatomia Humana
Temas para pesquisar:
- Câncer de pele
- Vitiligo
- Psoríase
- Hanseníase
- Micoses
SISTEMA TEGUMENTAR
•
Sistema formado pela pele e seus anexos.
•
Funções: proteção, revestimento, controle da temperatura e sensibilidade.
PELE:
•
•
•
Adulto: área de aproximadamente 2 m2.
Espessura: 1 a 4 mm, e varia de acordo com a idade e região do corpo.
Distensibilidade: garantida pelas fibras colágenas e elásticas.
Epiderme:
Camada mais superficial, formada por células pavimentosas (achatadas) transformadas em queratina.
Queratina: proteína que protege a pele. (hidratação).
•
Derme:
Camada subjacente à epiderme, possui fibras elásticas e colágenas. Dá resistência à pele e é ricamente
vascularizada.
•
Tela subcutânea (hipoderme):
Camada profunda, rica em tecido adiposo. Geralmente é mais espessa nas mulheres.
Evita perda de calor e serve de reserva de material nutritivo.
Glândulas anexas:
•
Glândulas sudoríparas:
Localizam-se na derme ou na tela subcutânea. Produzem o suor e assim, controlam a temperatura do corpo.
Possuem ducto que se abrem os poros da pele.
•
Glândulas sebáceas:
Localizam-se na derme. Ausentes na região palmar e plantar. Sua secreção é o sebo, que lubrifica a pele e os
pêlos.
COLORAÇÃO DA PELE
Depende da quantidade de pigmentos, vascularização, e espessura dos estratos superficiais da pele.
Melanina: pigmento mais importante, responsável pela coloração da pele, varia de acordo com a raça.
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ANEXOS DA PELE
PÊLOS:
Recobrem quase todo o corpo, auxiliam na proteção e na manutenção da temperatura corporal.
PARTES DOS PÊLOS:
1.
HASTE: localizada acima da pele.
1.
RAIZ: Alojada num tubo epidérmico denominado folículo piloso, localiza-se na derme ou na tela
subcutânea.
Músculo eretor dos pêlos: músculo liso responsável pela ereção dos pêlos.
UNHAS
São placas curvas queratinizadas, com função protetora. Repousam sobre o leito ungueal.
Estrutura:
Corpo: parte distal.
Raiz: proximal que fica oculta.
TEMAS PARA PESQUISAR:
- Câncer de pele
- Vitiligo
- Psoríase
- Hanseníase
SISTEMA RESPIRATÓRIO
CONCEITO
Sistema adaptado a realizar as funções de captação, absorção e transporte de gases (oxigênio e gás carbônico).
DIVISÕES:
1. Porção condutora: é formada pela nasofaringe, laringe, traquéia, brônquios e bronquíolos.
2. Porção respiratória: formada pelos bronquíolos respiratórios, ductos alveolares e alvéolos.
ESTRUTURAS:
1. NARIZ:
1.1. Nariz externo: é visível externamente no plano mediano da face. Na base encontram-se as narinas
separadas pelo septo nasal. Possui um esqueleto ósteo-cartilaginoso, além dos ossos nasais e porções das duas
maxilas.
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55
Anatomia Humana
1.2. Cavidade nasal:
Comunica-se com o meio externo pelas narinas, e com a porção nasal da faringe pelas coanas.
Coanas: limite entre a porção nasal e a nasofaringe.
É dividida pelo septo nasal em metade direita e esquerda.
Septo nasal: formado pela cartilagem do septo nasal e pelas lâmina perpendicular do osso etmóide e vômer.
Conchas nasais: são projeções do seio etmoidais. São três: superior, média e a inferior. São recobertas pela
mucosa nasal, umedecem e aquecem o ar.
1.3. Seios paranasais (seios da face):
•
São cavidades dos ossos frontal, etmóide e maxilas repletas de ar.
O nariz filtra substâncias de duas maneiras:
1)
Vibrissas (pêlos do nariz) – filtram os corpos mais grosseiros tais como insetos.
2)
Correntes de ar passando pela mucosa umedecida nos meatos, depositam partículas finas tais
como poeira, fumaça e pó na parede. Essas partículas são subsequentemente levadas para a faringe e
eliminadas.
A membrana mucosa do nariz continua anteriormente com a pele, cobrindo o vestíbulo e posteriormente, com a
membrana mucosa da nasofaringe. A parte posterior da cavidade nasal e a nasofaringe são cobertas com epitélio
ciliado. Os cílios ondulam para frente e para trás cerca de 12 vezes por segundo e ajudam o muco a limpar o ar. A
porção superior do nariz está coberta com tecido neuroepitelial contendo as células olfatórias que funcionam na
sensação do olfato. O fumo destrói este tecido e impede a filtração de secreções neste local propiciando o acúmulo
desta e a proliferação de bactérias que podem causar infecções no trato respiratório.
O ar que entra para os pulmões deve ser aquecido, de outra forma, o tecido que reveste o trato respiratório
funcionaria precariamente. A vascularização nasal tem a função de aquecimento do ar inspirado.
De forma geral tem-se que a cavidade nasal apresenta as seguintes funções:
a)
b)
c)
d)
Reter substâncias do ar através das vibrissas (cílios nasais);
Formar muco (que mantém a umidade natural da mucosa e auxilia na retenção de partículas);
Pré-aquecer o ar inspirado através da rede venosa;
Olfação através das células olfativas.
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56
Anatomia Humana
57
9 – seio esfenoidal
19 – sela túrsica
20 – artérias nasais posteriores, laterais e septais posteriores
21 – articulação atlantoaxial
22 – palato mole e a. palatinas menores
23 – seio frontal
24 – a. meníngea anterior
25 – a. etmoidal anterior
26 – ramo da a. etmoidal anterior
27 – a. dorsal do nariz
28 – ramo nasal a. etmoidal anterior
29 – canal incisivo com a. nasopalatina
30 – palato duro e a. palatina maior
2. FARINGE:
• Tubo muscular associado ao sistema respiratório e digestório. Situa-se posteriormente á cavidade nasal,
bucal e à laringe.
REGIÕES DA FARINGE:
•
Parte nasal (Nasofaringe): é superior e comunica-se com a cavidade nasal através das coanas.
•
Parte bucal (Orofaringe): parte média que se comunica com a boca através do istmo da garganta
(ou das fauces).
•
Parte laríngica: parte inferior, situada posteriormente à laringe e ligada diretamente ao esôfago.
•
Na parede lateral da nasofaringe, localiza-se o óstio faríngico da tuba auditiva, limitado
superiormente pelo tórus tubal.
•
A nasofaringe comunica-se com a cavidade timpânica do ouvido médio através da tuba auditiva.
3. LARINGE:
•
É anterior à faringe e ligada diretamente à traquéia.
•
Órgão tubular, situado no plano mediano anterior do pescoço, serve de via aerífera e também
como órgão da fonação.
ESQUELETO DA LARINGE
•
Esqueleto cartilaginoso e formado por 9 cartilagens: três cartilagens ímpares (tireóidea, cricóide e epiglótica)
e três pares (aritenóide, corniculada e cuneiforme).
1. Cartilagem cricóide: é ímpar, tem forma de anel e situa-se inferiormente à cartilagem tireóide.
2. Cartilagem tireóide: é a maior e formada por duas lâminas que se unem anteriormente em V.
3. Cartilagem aritenóide: uma de cada lado, assemelha-se com uma pirâmide com ápice superior, articula-se com
a cartilagem cricóide.
Cartilagem epiglótica:
Fibrocartilagínea, é ímpar, fina e mediana, situa-se posteriormente à raiz da língua e cartilagem tireóide.
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SISTEMA RESPIRATÓRIO
Fonte: Netter, F. Atlas de anatomia humana.
CAVIDADE DA LARINGE
É contínua com a laringe e divide-se em 3 partes:
1. Vestíbulo da laringe – acima das pregas vestibulares.
2. Ventrículo da laringe (seio laríngico):
São expansões laterais, acima das pregas vocais e entre as vestibulares.
3. Cavidade infraglótica:
Cavidade inferior da laringe, estende-se das pregas vocais até a cartilagem cricóide.
Pregas vocais:
As cordas vocais são constituídas por duas pregas músculo-membranosas de forma prismática que fecham em
parte a abertura da laringe.
Estrutura das pregas vocais:
a) Ligamento vocal: tecido elástico espessado, margem livre do ligamento cricotireóideo lateral.
b) Músculo vocal: fibras musculares bem finas que formam a maior parte do músculo tireoaritenóideo
A
B
Pregas vocais:A) abertas; B) fechadas
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GLOTE
(aparelho vocal)
Compreende as pregas e processos vocais, junto com a rima da glote (abertura entre as pregas vocais).
PREGAS VESTIBULARES
(pregas vocais falsas)
Estendem-se entre as cartilagens tireóideas e aritenóideas, têm função de proteção.
TRAQUÉIA
Tubo fibrocartilagíneo sustentado por anéis traqueais incompletos, que mantêm a traquéia aberta. Na região
posterior localiza-se o músculo traqueal (músculo liso).
• Mede aproximadamente 2,5 cm de diâmetro e 10 a 12 cm de comprimento(adultos).
• É revestida por tecido epitelial ciliado e produz um muco protetor, os quais, em conjunto, filtram as
impurezas que chegam nesta região.
• Carina: bifurcação inferior que forma os brônquios
BRÔNQUIOS PRINCIPAIS E SUAS DIVISÕES
Os brônquios principais são bifurcações da traquéia, neles, os anéis cartilaginosos são substituídos por placas
irregulares de cartilagens. Existem dois brônquios principais: o esquerdo e o direito.
O brônquio principal esquerdo passa sob o arco da artéria aorta e cruza a frente do esôfago, podendo impedir a
deglutição de grandes objetos. Por outro lado, o brônquio principal direito é mais vertical, mais calibroso e também
mais curto que o esquerdo, sendo por isso, mais suscetível à aspiração de corpos estranhos.
Os brônquios principais entram nos pulmões e ramificam-se de maneira constante para formarem os cinco
brônquios lobares ou secundários, dois seguem para o pulmão esquerdo e três para o pulmão direito para suprir
cada um de seus lobos.
Dos brônquios segmentares originam-se aproximadamente 25 gerações de ramificações que terminam nos
bronquíolos terminais os quais, por sua vez, transformam-se nos bronquíolos respiratórios que terminam no
interior dos alvéolos pulmonares . Todas estas estruturas formam em conjunto a árvore brônquica.
PULMÕES:
São dois órgãos torácicos elásticos formados por tecido conjuntivo, rico em fibras colágenas e elásticas e células
(pneumócitos). Apresentam-se separados pelo coração e grandes vasos do mediastino, são os órgãos vitais da
respiração. Têm função de oxigenar o sangue (hematose).
Estruturas:
Cada pulmão possui um ápice que é a parte superior do pulmão próxima à 1ª costela, três faces (face costal,
mediastinal e diafragmática) e três margens (face anterior, inferior e posterior).
• Raiz do pulmão: é formada por estruturas que penetram nos pulmões: brônquios, nervos, vasos linfáticos e
vasos sangüíneos.
• Hilo do pulmão: área na face medial de cada pulmão, onde as estruturas que formam a raiz (brônquios, nervos,
vasos linfáticos e sangüíneos) entram e saem dos pulmões.
• Lobos: O pulmão direito divide-se em três lobos (superior, médio e inferior) e o pulmão esquerdo em 2 lobos
(superior e inferior), sendo que entre os dois lobos esquerdos situa-se uma projeção denominada de língula.
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ALVÉOLOS PULMONARES
Os alvéolos são cavidades diminutas que se encontram ao final dos ductos alveolares. Apresentam diâmetro
médio de 1 a 2 mm e agrupam-se em forma de cachos – sacos alveolares. Suas paredes são muito tênues e estão
compostas unicamente por uma capa de células epiteliares planas (0,2 micrômetros), pela quais as moléculas de
oxigênio e de dióxido de carbono passam com facilidade.
A troca gasosa entre os alvéolos pulmonares e os capilares sanguíneos circundantes ocorre por difusão e é
chamada de HEMATOSE. Um par de pulmões humanos possui cerca de 500 a 700 milhões de alvéolos
pulmonares. Isso fornece uma superfície respiratória de aproximadamente 70m2, o que equivale a 40 vezes a área
superficial do corpo inteiro.
PLEURA E CAVIDADE TORÁCICA
A cavidade torácica está separada do abdômen pelo diafragma. O centro da cavidade contém outras estruturas,
entre os pulmões, as quais estão envolvidas numa área oblonga e larga chamada mediastino. O mediastino está
limitado anteriormente pelo esterno, posteriormente pelo corpo das doze vértebras torácicas, superiormente pela
entrada torácica e, inferiormente pelo diafragma. Os lados do mediastino são formados pela pleura mediastinal. O
conteúdo dos espaços mediastinais inclui o pericárdio, o arco aórtico, o timo, o nervo vago, o esôfago, a traquéia e
numerosos vasos sanguíneos.
Cada pulmão é envolvido por uma membrana serosa chamada pleura. Uma camada dessa pleura reveste toda a
superfície do pulmão - pleura visceral. A outra camada chamada pleura parietal está em contato direto com o
diafragma e a borda interna do tórax. Entre a pleura visceral e a pleura parietal está um espaço virtual, a cavidade
pleural que contém um líquido para lubrificação.
FENÔMENOS RESPIRATÓRIOS
Tosse: é um mecanismo para desobstruir as vias aéreas. Resposta à irritação das vias respiratórias. Durante a
tosse, um esforço expiratório forçado contra a glote fechada aumenta a pressão do ar no tórax. Após isso, a
glote se abre repentinamente, reduzindo a pressão na traquéia e nos brônquios. A alta pressão que permanece
ao redor da traquéia colapsa sua parede posterior. Como resultado o ar passa através da traquéia muito mais
estreita com grande força e velocidade, soprando para fora material estranho e muco.
Espirro: pode ser descrito como uma tosse respiratória superior. Nos estados preparatórios, mais e mais ar é
inspirado, e no clímax, o ar é expelido com uma força explosiva. Durante um espirro a glote é largamente aberta
e o ar encontra sua principal resistência na boca ou nas cavidades nasais, de modo que a explosão expiratória
serve para limpar as passagens do nariz ou da boca, assim como a tosse limpa os brônquios e a traquéia.
Bocejo: ajuda mais intensamente a respiração ventilando o pulmão de maneira mais completa. Na respiração
ordinária, aparentemente nem todos os alvéolos pulmonares são ventilados igualmente, alguns de fato
periodicamente se fecham. O sangue passando através dos alvéolos colapsados entra no sistema arterial sem
ser oxigenado e dilui o conteúdo médio de oxigênio. Os alvéolos colapsados são abertos pela longa inspiração
profunda do bocejo.
Soluço: resposta anormal que não serve a nenhum propósito conhecido. É uma contração espasmódica do
diafragma, causado por substâncias no sangue ou por anormalidades circulatórias locais. As cordas vocais
geralmente se abrem durante a inspiração (a vocalização é produzida normalmente durante a expiração) e
estão aparentemente fechadas durante o soluço; as vibrações produzem o som característico. Soluços
persistentes podem geralmente ser parados pela inalação de ar com 5 a 7% de gás carbônico.
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SISTEMA DIGESTÓRIO
Sistema adaptado a fazer a quebra mecânica (física) e química dos alimentos.
Funções:
•
•
•
•
•
Ingestão,
Mastigação,
Deglutição,
Digestão,
Absorção e eliminação dos alimentos.
Divisões
Canal alimentar:
Cavidade bucal, faringe, esôfago, estômago, intestinos (delgado e grosso), reto, e ânus.
É aberto nas suas duas extremidades (boca e ânus).
Anexos:
Formado pelas glândulas salivares, o fígado e o pâncreas.
Boca:
Primeira porção do canal alimentar, comunica-se com o exterior através da rima bucal, e com a parte bucal da
faringe, através do istmo das fauces.
Limites da boca:
• Lateral - bochechas.
• Superior - palato.
• Inferior - músculos que constituem o assoalho da boca.
• Estruturas nesta cavidade: gengivas, os dentes e a língua.
Divisões da boca:
1.Vestíbulo da boca:
Espaço limitado por um lado pelos lábios e. bochechas e por outro pelas gengivas e dentes
2.Cavidade bucal: todo restante, palatos, língua, úvula, etc.
3. Palato: Teto da cavidade bucal divide-se em: palato duro, anterior, ósseo, e o palato mole, posterior, muscular.
Separa a cavidade nasal da cavidade bucal .
.Úvula: projeção do palato mole.
Arcos do palato:
1. Arco palatoglosso: lateralmente a úvula pregas mais anteriores.
2. Arco palatofaríngico: mais posterior, formado pelos mm. Palatofaríngicos.
Amígdalas (Tonsilas palatinas):
Situadas na fossa tonsilar entre os dois arcos. Auxiliam na defesa do organismo.
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Anatomia Humana
Língua
Órgão muscular revestido por mucosa e que exerce importantes funções na mastigação, na deglutição, gustação e
na fonação (fala).
Dentes
Estruturas rígidas, esbranquiçadas, implantadas nas cavidades da maxila e da mandíbula, denominadas alvéolos
dentários.
Estrutura dos dentes
Coroa: parte acima da gengiva.
Raiz: parte fixada no alvéolo dentário (implantação do dente).
Colo: transição entre a raiz e a coroa.
Coroa
Esmalte
Dentina
Colo
Raiz
Cemento
Pulpa
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Canal da raiz
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Anatomia Humana
Marfim ou Dentina: é a maior parte do dente é recoberta pelo esmalte.
Número de dentes
Adultos: 8 incisivos, 4 caninos, 8 pré-molares e 12 molares.
Tipos de dentes
Incisivos (8) - coroa em bisel, com margem cortante e uma única raiz; estão situados anteriormente na arcada
dentária.
Caninos (4) - coroa cônica, terminando em ponta, e raiz única; localizam-se lateralmente aos incisivos.
Pré-molares (8) - coroa apresentando dois tubérculos e raiz única ou bífida; situam-se na região lateral da arcada
dentária, posteriormente aos caninos.
Molares (12) - possuem coroa com 3-5 tubérculos e duas ou três raízes; são posteriores aos pré-molares.
Glândulas salivares
São responsáveis pela secreção da saliva.
Saliva = água + enzimas (amilase salivar ou ptialina)
Principais glândulas salivares:
Glândula parótida - lateralmente na face e anteriormente ao ouvido externo. Seu canal excretor, ducto parotídico,
abre-se ao nível do 2: molar superior.
Infecção = caxumba (parotidite)
Glândula submandibular - localiza-se anteriormente à parte mais inferior I parótida, protegida pelo corpo da
mandíbula.O ducto submandibular abre-se no assoalho da boca, abaixo da língua, próximo ao plano mediano.
Glândula sublingual – é a menor das três, situando-se lateral e inferiormente à língua. Sua secreção é lançada na
cavidade bucal, por canais que desembocam vários orifícios no assoalho da boca .
Faringe
Cavidade comum à passagem de ar (nasofaringe) alimento (orofaringe).
Esôfago
É um tubo muscular que liga a faringe ao estômago. Divide-se em três porções: cervical, torácica e abdominal.
Estômago
É um órgão muscular oco, que comunica-se com o esôfago (óstio cárdico) e com o intestino delgado (óstio pilórico).
Partes do estômago
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Anatomia Humana
a) Parte cárdica (cárdia) - corresponde à junção com o esôfago;
b) Fundo - situada superiormente a um plano horizontal que tangencia a junção esôfago-gástrica;
c) corpo - corresponde à maior parte do órgão;
d) parte pilórica - porção terminal, continuada pelo duodeno
INTESTINOS
Tubos musculares com função de absorção de nutrientes e reabsorção de água e sais minerais.
Divisões
Intestino delgado:
Tubo muscular de calibre fino (delgado) que possui vilosidades intestinais (absorção de alimentos). Subdivide-se
em: duodeno, jejuno e íleo.
Intestino grosso:
Tubo muscular de calibre maior com função de reabsorção de água e sais minerais. As fezes são formadas em seu
interior devido à reabsorção de água.
Órgãos anexos:
Fígado: Localiza-se abaixo do diafragma e à direita e uma pequena porção à esquerda no abdome.
Funções: Auxílio na digestão de carboidratos; lipídios (produz a bile) e proteínas.
Pâncreas:
Situa-se posteriormente ao estômago, fixa-se à parede abdominal posterior, é uma glândula mista (anfícrina).
Função:
Insulina e Glucagon;
Suco pancreático (peptidases)
SISTEMA ENDÓCRINO
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Anatomia Humana
Conjunto de órgãos que produzem secreções denominadas hormônios, lançados na corrente sangüínea e que irão
atuar em outra parte do organismo, controlando ou auxiliando sua função. Os órgãos que têm sua função controlada
e/ou regulada pelos hormônios são denominados órgãos-alvo.
Glândulas endócrinas:
São glândulas que lançam suas secreções diretamente na corrente sangüínea.
Secreções = Hormônios.
NÃO possuem ducto excretor por onde a secreção é conduzida.
Glândula hipófise:
Corpo ovóide, localizada na fossa hipofisial do osso esfenóide, faz parte do hipotálamo.
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Glândula Tireóide:
Situa-se no plano mediano do pescoço, abraçando parte da traquéia e laringe.
Tem forma de H, possui dois lobos (direito e esquerdo) unidos pelo istmo.
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Glândulas paratireóide:
Situa-se na metade medial da face posterior de cada lobo da tireóide, seu número vária de 2 a 6 e cada uma mede
no máximo 6 milímetros.
Glândulas supra-renais (Adrenais):
São duas glândulas localizadas sobre os rins, divididas em duas partes independentes – medula e córtex secretoras de hormônios diferentes. O córtex secreta três tipos de hormônios: os glicocorticóides, os
mineralocorticóides e os androgênicos e a medula secreta adrenalina e noradrenalina.
Pâncreas:
É uma glândula mista ou anfícrina.
Ilhotas de Langerhans: porção endócrina, onde estão as células que secretam os dois hormônios: insulina e
glucagon.
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Anatomia Humana
Gônadas:
Ovários: Estrógeno e progesterona.
Testículos: Testosterona.
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Anatomia Humana
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http://www.netanatomy.com/ (imagens radiográficas e dissecados)
http://elmedico.metropoliglobal.com/Images/rx.htm (imagens e textos com radiografias)
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http://faculty.tcc.cc.fl.us/scma/mccrackenb/appendicular_skeleton_lab.htm (fotos dos ossos esqueleto apendicular)
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