Igreja e Sociedade

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Igreja e Sociedade
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DEFENSOR
CRISTÃO DIÁRIO
Volume 2, Sessão 1
Relatórios e Legislação Proposta
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DCA Edição Avançada
Índice
Volume 1
Manual para dos Delegados
Carta do Presidente
da Comissão da Conferência Geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
Volume 2, Sessão 1
Comité Legislativo da Igreja e Sociedade
Relatório Resumo da Junta Geral
a Igreja e Sociedade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 165
Relatório da Junta Geral
a Igreja e Sociedade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 167
Relatório à Conferência Geral de 2012 sobre a
Criação Renovada de Deus: Apelo à Esperança
e à Acção do Grupo de Trabalho do Conselho
de Bispos sobre o tema Na Defesa da Criação . . . . . . . . . 183
Legislação Proposta Comité A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 186
Legislação Proposta Comité B . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 261
Comité Legislativo de Confêrencias
Legislação Proposta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 341
Comité Legislativo do Discipulado
Relatório da Junta Geral do Discipulado . . . . . . . . . . . . . . . . . . 373
Relatório da Comissão de Revisão do Hinário . . . . . . . . . . . . . . 378
Reforçar a Igreja Negra para o Século XXI . . . . . . . . . . . . . . . . 379
Plano Abrangente Native-Americanos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 382
Relatório da Comissão de Estudo do Hinário “Africana” . . . . . . 384
Cultos para a Ordenação do Ministério
na Igreja Metodista Unida, 2013-2016 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 391
Legislação Proposta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 489
Comité Legislativo de Finanças e Administração
Relatórios de Conselho Geral de Finanças e
Administração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 511
Relatórios da Junta Geral de Pensões e
Benefícios de Saúde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 567
Resumo do Relatório nº 1: Perspectiva geral . . . . . . . . . . . . . . . 567
Relatório nº 1: Perspectiva geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 569
Resumo do Relatório nº 2: Mudanças em resposta
a alterações legais locais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 577
Relatório nº 2: Mudanças em resposta
a alterações legais locais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 578
Resumo do Relatório nº 3: Referências da
Conferência Geral de 2008 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 579
Relatório nº 3: Referências da
Conferência Geral de 2008 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 581
Resumo do Relatório do Grupo de Trabalho sobre os Sistemas
da Igreja . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 598
Relatório do Grupo de Trabalho sobre os Sistemas da Igreja . . 597
Emendas ao Programa de Segurança na Reforma
para Clérigos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 631
Programa de Segurança na Reforma para Clérigos Reavaliado . 632
Petição do Plano de Protecção Abrangente (CPP) . . . . . . . . . . . 635
Programa de Reforma de Contribuição Definida para Clérigos . 637
Relatório Resumo da Junta Geral de
Casa Publicadora Metodista Unida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 639
Relatório da Junta Geral de Casa Publicadora
Metodista Unida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 641
Legislação Proposta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 650
Volume 2, Sessão 2
Comité Legislativo de Fé e Ordem
Legislação Proposta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 885
Administração Geral
A Mesa Conexional Resumo do Relatório para a
Conferência Geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 901
A Mesa Conexional Relatório para a
Conferência Geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 903
Legislação Proposta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 912
Comité Legislativo dos Ministérios Globais
Relatório da Junta Geral de Ministérios Globais . . . . . . . . . . . 1087
Relatório do Programa Especial sobre Abuso
de Substâncias e Violência Conexa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1104
Relatório sobre os Ministérios dos Surdos, Surdos-Cegos,
e dos que têm Problemas de Audição . . . . . . . . . . . . . . . . . .1108
Relatório sobre os Nativos das Ilhas do Pacífico
Plano Abrangente para o Estudo do Ministério . . . . . . . . . . 1109
Relatório Sumário sobre o Plano Nacional para
o Ministério Hispânico/Latino . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1117
Relatório sobre o Plano Nacional para
o Ministério Hispânico/Latino:
¡Vengan al Banquete! Venham ao banquete! . . . . . . . . . . . . 1119
Relatório Sumário sobre o Plano do Ministério Coreano . . . . . 1137
Relatório sobre o Plano do Ministério Coreano:
Avançar ministérios metodistas unidos entre os coreanos . . 1139
Relatório sobre a Língua Asiático-Americana
Estudo do Ministério 2009-2012 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1145
Estratégia Holística para o Programa Especial
da América Latina e das Caraíbas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1150
Relatório Sumário Quadrenal do Fundo Global
da Igreja Metodista Unida Contra a SIDA . . . . . . . . . . . . . . 1152
Relatório do Fundo Global da Igreja Metodista
Unida Contra a SIDA 2009-2012 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1153
Legislação Proposta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1158
Comité Permanente sobre Assuntos das Conferência Centrais
Comité Permanente sobre Assuntos das Conferência
Centrais Relatório a Conferência Geral de 2012 . . . . . . . . . 1195
Legislação Proposta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1200
Comité Legislativo das Comissões Independentes
Relatório Sumário quadrienal da Comissão Geral
de Arquivos e História . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1205
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Administração Financeira
Relatório quadrienal da Comissão Geral de
Arquivos e História e Centro Afro-Americano
do Património Metodista . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1207
Relatório Sumário Centro Afro-Americano
do Património Metodista . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1210
Relatório Resumo da Comissão Geral de
Unidade Cristã e Assuntos Inter-Religiosos . . . . . . . . . . . . . 1214
Relatório da Comissão Geral de Unidade Cristã
e Assuntos Inter-Religiosos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1216
Relatório Resumo da Comissão Pan-Metodista . . . . . . . . . . . . 1223
Relatório Quadrienal da Comissão Pan-Metodista . . . . . . . . . . 1225
Relatório da Comissão Geral de Religião e Raça . . . . . . . . . . . 1229
Relatório da Comunicações Metodistas Unidas . . . . . . . . . . . . 1237
Relatório da Comissão Geral sobre o Estado
e Papel da Mulher . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1239
Relatório da Comissão Geral sobre Homens
Metodistas Unidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1246
O Grupo de Trabalho do Aquecimento Global
Relatório à Conferência Geral de 2012 . . . . . . . . . . . . . . . . . 1249
Domingo das Oportunidades: Um relatório
das Comunicações Metodistas Unidas . . . . . . . . . . . . . . . . . 1255
O Grupo de Trabalho Inter-agências de Ética Sexual . . . . . . . . 1256
Resumo do Relatório de Grupo de Trabalho de
Investimento Socialmente Responsável . . . . . . . . . . . . . . . . 1261
Relatório de Grupo de Trabalho de Investimento
Socialmente Responsável . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1263
Relatório Sumário da Comissão de Estudo sobre
a Natureza Mundial da Igreja Metodista Unida . . . . . . . . . . 1272
Relatório da Comissão de Estudo sobre a Natureza
Mundial da Igreja Metodista Unida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1273
Legislação Proposta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1281
Comité Legislativo de Administração Judicial
Legislação Proposta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1299
Comité Legislativo Igrejas Locais
Legislação Proposta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1341
Comité Legislativo do Ministério e Educação Superior
Resumo do Relatório quadrienal da Junta Geral
de Educação Superior e Ministério . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1369
Relatório quadrienal da Junta Geral de Educação
Superior e Ministério . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1371
A Associação das Escolas Teológicas dos
Metodistas Unidos (AETMU) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1378
Resumo do Relatório da Comissão para o Estudo
do Ministério 2009-2012 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1381
Relatório da Comissão de Estudo do Ministério
2009-2012 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1383
Legislação Proposta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1395
Comité Legislativo do Superintendência
Legislação Proposta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1470
Volume 3
Relatório do Conselho Geral de Finanças e Administração
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Igreja e Sociedade
CONFERÊNCIA GERAL A IGREJA METODISTA UNIDA
Volume 2
Nashville, Tennessee
Resumo de 2 páginas para a Junta Geral de Igreja e Sociedade
A Junta Geral de Igreja e Sociedade (GBCS, do inglês
General Board of Church & Society) é a agência de defesa
da justiça social e de políticas públicas da Igreja Metodista
Unida. A principal responsabilidade da agência é procurar
implementar os Princípios Sociais e outras declarações de
políticas das Conferências Gerais relativamente às preocupações sociais dos cristãos.
A GBCS realiza as suas tarefas através de um programa
de investigação, educação, “testemunho franco” e acções
“relativas ao bem-estar das pessoas, justiça, paz e integridade
da criação”. As principais áreas do ministério do GBCS são
Advocacia, Educação e Formação de Liderança, Assuntos
das Nações Unidas e Internacionais e a disponibilização de
recursos para a denominação nestas áreas. A sede do GBCS
situa-se no Edifício Metodista Unido, que possui em
Washington, D.C. Também mantém um escritório no Centro
da Igreja para as Nações Unidas na Cidade de Nova Iorque.
A sensibilização e acções relativamente a assuntos
humanos globais e uma paixão pela paz e justiça caracterizam
o ministério global de defesa do GBCS. O GBCS incita a igreja a fazer justiça ao associar a fé bíblica às acções. A agência
dá à denominação uma voz a nível nacional e internacional.
Também fornece educação e formação quer em pessoa como
através de recursos que abordam preocupações sociais específicas e mobilizam respostas para rectificar injustiças.
Esse tipo de mobilização ocorreu neste quadriénio
nos Estados Unidos em várias partes históricas da legislação. Está a ser aplicada a nível internacional em relação
aos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODMs)
aprovados pelos 190 estados-membros das Nações Unidas.
Em ambos os casos, a mobilização envolve a rectificação
de injustiças nos sistemas sociais, políticos e económicos,
objectivos de longo prazo de uma denominação que
escreveu o seu primeiro Credo Social há mais de 100 anos.
Ao prestar um “testemunho franco”, a agência esforçase por mobilizar a ligação Metodista Unida em nome das
prioridades estabelecidas pela Conferência Geral sobre santidade social. Alcançar o maior impacto possível a nível
social, espiritual e político através de movimentos coorde-
nados entre os Metodistas Unidos de diferentes conferências em todo o mundo requer os esforços de uma agência
que incida sobre essas regiões.
O GBCS orientou com êxito o apoio Metodista Unido
em relação a legislação importante dos EUA que irá melhorar as vidas das pessoas. De teor mais importante entre estas
legislações, encontra-se o regulamento do tabaco aplicado
pela Food & Drug Administration dos EUA e reforma do
sistema de cuidados de saúde da nação. O primeiro aspecto
irá salvar vidas e proteger os jovens de uma iniciativa
predadora viciante. O último aspecto fará com que mais de
30 milhões de pessoas anteriormente sem seguros tenham
acesso a cobertura de seguros.
O trabalho da agência nestes aspectos e outras partes da
legislação farão uma diferença significativa para os
Metodistas Unidos ao reduzir os custos das igrejas locais,
ao eliminar as doenças e mortes devido aos efeitos fatais do
tabaco e ao abordar as desigualdades que mantêm as pessoas à margem.
Alcançar estes marcos históricos é notável, mas o ministério da justiça não pode descansar à sombra dos seus
louros enquanto continuar a existir sem-abrigo, pobreza e
abusos de privilégios, que impossibilitam a visão de Deus
para a terra.
Criar discípulos de Jesus Cristo para a transformação
do mundo é o mandato da missão da Junta Geral de Igreja e
Sociedade. Erradicar causas sistémicas de injustiça que
afectam os mais pobres, os últimos e os perdidos implica a
transformação do mundo.
Em 2008, a Conferência Geral adoptou Quatro áreas de
enfoque: combater as doenças da pobreza ao melhorar a
saúde a nível global; compromissos do ministério perante os
pobres; criar novos locais para novas pessoas e revitalizar as
congregações existentes; desenvolver líderes cristãos com
princípios para a igreja e para o mundo. Todos estes aspectos constituem áreas onde o GBCS tem vindo a trabalhar há
décadas.
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Após a Conferência Geral de 2008, o GBCS ajustou as
suas prioridades para destacar claramente o seu apoio às
áreas de enfoque. Isto ocorreu de forma relativamente simples, uma vez que as áreas de enfoque estão em linha com
os mandatos Disciplinares existentes da agência. A sua área
de trabalho do Bem-estar humano, por exemplo, que já estava envolvida no ministério relativo ao VIH/SIDA, adicionou
outras iniciativas de saúde global que abordam as mulheres
e as famílias. Além disso, a expansão foi conseguida através
de subvenções de fontes externas ao Fundo de Serviço
Mundial (World Service Fund), destacando o compromisso
da agência quanto a uma boa administração financeira.
O GBCS participa nos ministérios inter-agência relacionados com a Saúde global, Ministério com os pobres e
Desenvolvimento de liderança. No entanto, muitos dos
mandatos disciplinares do GBCS estendem-se para além das
Quatro áreas de enfoque. Estes incluem a abolição da tortura e da pena de morte assim como acabar com a guerra.
O GBCS tem sido um administrador exemplar dos
recursos atribuídos ao seu ministério. Gasta os seus fundos
de acordo com as directrizes da Igreja Metodista Unida e
com os procedimentos de contabilidade apropriados, confirmados por uma auditoria externa anual.
Uma afirmação muito importante na área da administração financeira ocorreu em Outubro de 2010. O Tribunal
Superior de Washington, D.C., decidiu que o GBCS, as suas
agências predecessoras e os respectivos Conselhos de
Administração foram bastante conscientes nas suas responsabilidades fiduciárias relativamente ao Edifício Metodista
Unido. A decisão judicial concluiu um caso legal que durava há anos que abrangeu duas Conferências Gerais.
O caso no tribunal iniciou quando o GBCS pediu que
se pronunciasse se os fundos do Edifício Metodista Unido
estavam a ser devidamente utilizados. A resposta do tribunal
foi decididamente sim.
A Juíza do Tribunal Superior, Rhonda Reid Winston
decidiu a favor da Junta Geral da Igreja e Sociedade da
Igreja Metodista Unida (GBCS) concluindo que os fundos
concedidos no início do século XX para construir o Edifício
Metodista Unido em Capitol Hill não se destinavam a trabalhar apenas nas áreas do antialcoolismo e problemas com
o álcool. O Edifício Metodista Unido abriu em 1923, doze
anos antes de o Edifício do Supremo Tribunal ao lado.
Na sua análise, a Juíza Reid Winston encontrou “provas
claras e convincentes” em como os donativos entregues às
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agências predecessoras do GBCS “não eram restritos exclusivamente” para utilização nas áreas do antialcoolismo e
problemas com o álcool. “Até mesmo algumas das próprias
provas [dos oponentes] apresentam uma falta de restrições
sobre as ofertas”, disse ela.
“As provas demonstram claramente que ao longo dos
anos, os Conselhos também estavam autorizados (e fizeram
mesmo) a realizarem um trabalho significativo relativamente a outras questões relacionadas com a moral pública”,
escreveu a Juíza Reid Winston.
A Conferência Geral Metodista Unida declarou a sua
oposição à pena de morte, guerra, jogo, pornografia, consumo de álcool e tabaco, racismo, perseguição religiosa e
muitos outros males. Declarou também o seu apoio quanto
a um ambiente limpo, educação da qualidade, paz, separação da igreja e do estado, distribuição igual da riqueza e
outros fins sociais desejáveis. A história comprovou que
estes aspectos são esforços a longo prazo e a história recente
comprovou que é possível alcançar o progresso através da
diligência e fidelidade da visão de Deus.
A última metade do século passado registou enormes
progressos através do movimento dos direitos sociais, movimento das mulheres, movimento da justiça ambiental, movimentos para terminar com o apartheid e armas nucleares e o
movimento para os direitos e dignidade de todas as pessoas.
Estes aspectos têm um teor nuclear moral e espiritual. A
Igreja Metodista Unida tem desempenhado uma função
importante nestes esforços. A Junta Geral de Igreja e
Sociedade desempenha uma função essencial para facilitar o
envolvimento dos Metodistas Unidos nos movimentos de
justiça social em todo o mundo.
A transformação de um mundo ameaçado durante tantos séculos pela guerra, fome, pestes e pragas só será possível ao trabalhar em todos os níveis no âmbito da igreja,
com um enfoque comum, como o incorporado nas Quatro
áreas de enfoque. No entanto, são apenas isso: apenas quatro áreas. A nossa fé incita-nos a abordar essas áreas e
muitas outras para que ocorra alguma esperança de transformação real.
É essa a função da Junta Geral de Igreja e Sociedade. A
nossa agência lavra o solo e planta as sementes que irão
gerar as plantas que fornecem unguentos regenerantes que
rectificam as condições que exigem uma transformação. Os
ministérios de misericórdia são cruciais a nível interino, mas
os ministérios da justiça são necessários para que ocorra
uma verdadeira transformação.
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Igreja e Sociedade
Relatório Quadrienal da Junta Geral da Igreja e da Sociedade
A Junta Geral da Igreja e Sociedade (GBCS, do inglês
General Board of Church & Society) é a agência pública de
advocacia e sensibilização da justiça social da Igreja
Metodista Unida. A principal responsabilidade da agência é
tentar implementar os Princípios Sociais e outras políticas
da Conferência Geral acerca das preocupações sociais
cristãs (¶¶1001-1011, 2008 Livro da Disciplina). A GBCS
desempenha as suas funções mediante um programa de
investigação, educação, “testemunho presencial” e acção
“em assuntos do bem-estar humano, justiça, paz e integridade da criação.”
As principais áreas de ministério da GBCS são a
Sensibilização, Educação e Formação de Liderança,
Assuntos Internacionais e das Nações Unidas, assim como
criação de recursos para a denominação. A sede da GBCS é
o Edifícioda Igreja Metodista Unida, que possui
emWashington, D.C. Dispõe ainda de escritórios no Centro
da Igreja para as Nações Unidas, em Nova Iorque.
Ao prestar “testemunho presencial” a agência tenta
mobilizar a ligação da Igreja Metodista em prol das prioridades definidas pela Conferência Geral sobre santidade
social. Para atingir maior impacto social, espiritual e político nos movimentos coordenados entre os Metodistas
Unidos de diferentes conferências em todo o mundo é
necessário o esforço de uma agência que cubra todas essas
regiões.
A GBCS conduziu com êxito o apoio Metodista Unido
a importante legislação norte-americana que melhorará a
vida das pessoas. As mais notáveis de entre elas são os regulamentos do tabaco pela U.S. Food & Drug Administration
(FDA) (Administração dos Medicamentos e Alimentos dos
EUA) e a reforma do sistema nacional de saúde. A primeira
poupará milhões de vidas em todo o mundo e protegerá os
jovens de práticas predadoras. A segunda cobrirá com
seguros de saúde mais de 30 biliões de pessoas que antes
não tinham acesso a seguro.
O trabalho da agência nestes e noutros campos da legislação fará toda a diferença aos Metodistas Unidos,
reduzindo as despesas das igrejas locais, diminuindo a taxa
de doença e mortalidade causada pelos efeitos mortais do
tabaco e tratando de desigualdades que põem essas pessoas
à margem e em desvantagem.
A realização destes marcos históricos é notável, mas o
ministério da justiça não pode repousar nos louros enquanto houver sem-abrigo, pobres e abusos dos privilégios que
distorcem a visão de Deus para a terra.
Fazendo discípulos de Jesus Cristo para a transformação do mundo é o mandato-missão da Junta Geral da
Igreja e da Sociedade. A erradicação das causas sistemáticas
de injustiças que afligem os menos favorecidos, os últimos
e os perdidos é essencial para a transformação do mundo.
Quatro áreas de acção
Consciencialização e acção em assuntos humanos
globais e uma paixão pela paz e a justiça caracterizam o
ministério da sensibilização da GBCS. A GBCS pede à igreja que faça justiça ao articular fé bíblica com acção. A agência dá à denominação uma voz quer a nível nacional, quer
internacional. Dá também educação e formação, pessoalmente e mediante recursos que focam preocupações sociais
específicas e mobiliza respostas para rectificar injustiças.
Em 2008, a Conferência Geral adoptou Quatro Áreas
de Acção: combate às doenças da pobreza melhorando globalmente a saúde; dedicação ao ministério dos pobres; criação de novos lugares para novas pessoas e revitalização das
congregações existentes; desenvolvimentos dos princípios
dos líderes Cristãos para a igreja e o mundo. Todas elas são
vinhas onde a GBCS tem vindo a labutar há décadas.
Essa mobilização ocorreu durante este quadriénio nos
E.U.A. sobre porções históricas da legislação. Está em
desenvolvimento internacionalmente relativamente aos
Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM) aprovados pelos 190 estados membros das Nações Unidas. Em
ambos os casos, a mobilização envolve a rectificação de
injustiças nos sistemas sociais, políticos e económicos objectivos que há muito se colocam de uma denominação
que redigiu o primeiro Credo Social há mais de 100 anos.
Após a Conferência Geral de 2008, a GBCS ajustou as
suas prioridades à enfatização clara do seu apoio nestas
áreas. A tarefa foi relativamente simples dado que as áreas
de acção estão em conformidade com os mandatos
Disciplinares da agência. A sua área de trabalho de BemEstar Humano, por exemplo, que já estava envolvido no
ministério do HIV/SIDA, acrescentou outras iniciativas de
saúde global direccionadas para mulheres e crianças. Por
outro lado, a expansão foi completada através de concessões
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de fontes exteriores ao Fundo Mundial de Serviço,
ressaltando o compromisso da agência para com uma
administração financeira sã.
A GBCS participa nos ministérios inter-agência relacionados com a Saúde Global, Ministério com os Pobres e
Desenvolvimento da Liderança. Muitos dos mandatos disciplinares da GBCS, no entanto, vão além das Quatro Áreas
de Acção. Entre eles, a abolição da tortura e a pena de
morte, e o fim da guerra, por exemplo.
A GBCS tem sido um despenseiro exemplar dos recursos consignados ao seu ministério. Despende os seus fundos
segundo as directrizes da Igreja Metodista Unida e seus procedimentos de responsabilização, confirmados por uma
auditoria externa anual.
O caso de confiança
Uma afirmação muito importante na área da administração financeira ocorreu em Outubro de 2010. O Tribunal
Supremo de Washington, D.C., decidiu que a GBCS, as suas
agências predecessoras e respectivos Conselhos de
Administração têm sido muito conscienciosos nas suas
responsabilidades fiduciárias relativamente ao Edifício da
Igreja Metodista. A decisão do tribunal deu por concluída
uma causa legal de anos que estendeu-se durante duas
Conferências Gerais.
O caso no tribunal começou quando a GBCS requereu
uma sentença declaratória sobre se os fundos do Edifício da
Igreja Metodista estavam a ser correctamente utilizados. A
resposta do tribunal foi uma afirmação peremptória.
A Juíza do Supremo Tribunal, Rhonda Reid Winston,
sentenciou a favor da Junta Geral da Igreja e Sociedade da
Igreja Metodista Unida, concluindo que os fundos dados no
início do século XX para construir o Edifício da Igreja
Metodista em Capitol Hill, não foram destinados a trabalhar
apenas nas áreas do abstencionismo e problemas do álcool.
O Edifício da Igreja Metodista Unida abriu em 1923, uns
doze anos antes do Edifício do SupremoTribunal mesmo ali
ao lado.
“A sentença da Juíza Reid Wilson confirma as boas
intenções dos nossos muitos membros da administração ao
longo de várias décadas para testemunhar em Capitol Hill
em nome de Cristo pela justiça e pela paz.”—disse o Bispo
Deborah Kiesey, presidente do C.A. da GBCS. “A sentença
sublinha que nós e nossos predecessores fomos muito conscienciosos nas nossas responsabilidades fiduciárias. Valida
igualmente o excelente aconselhamento jurídico que recebemos.”
Na sua análise, a Juíza Reid Winston encontrou “provas
convincentes e claras” de que as doações às agências predecessoras da GBCS “não ficaram meramente restringidas” ao
uso da abstinência e problemas do álcool.“Ainda que algumas das provas do próprio [oponente] mostrem não existir
restrições em ofertas.”—afirmou.
E a Juíza Reid Winston acrescentou que os “elementos
disponíveis” mostravam que a linguagem na Declaração de
Confiança, sobre a qual assentava o processo, está errada
quando indica que as doações se destinaram a fins de
abstinência e do álcool. “As provas mostram sem margem
de dúvida que ao longo dos anos os Conselhos de
Administração foram também autorizadas, e fizeram-no, a
realizar trabalho substancial nos outros assuntos da ‘moral
pública’ ”—escreveu a Juíza Reid Winston.
O processo judicial nunca envolveu o assunto da propriedade do Edifício da Igreja Metodista.” Sempre teve a ver
com a distribuição de fundos, como taxas de rendas, relacionados com o edifício.”—Explicou o advogado Fred
Brewington, presidente do Conselho de Curadores da
GBCS.”As longas deliberações da Juíza Reid Winston confirmaram a complexidade do assunto. Aplaudimos a sua
diligência e astúcia da sua decisão.”
O julgamento no Supremo Tribunal de Justiça do
Distrito de Columbia terminou em Outubro de 2008. O julgamento teve a duração de seis dias. Mais de 300 provas
compreendendo milhares de páginas de documentação
deram entrada no tribunal.
A Juíza Reid Winston confirmou que, ao longo de todas
estas décadas, o Conselho de Administração se empenhou
profundamente no combate a actividades predatórias, como
o álcool, o tabaco, os jogos de azar e a pornografia, que prejudicam as pessoas.
E continua a empenhar-se. O Conselho de Administração
captou a atenção dos média de todo o país para a denominação
em 2011, quando apelou a uma “Quaresma Sem Álcool”. O
conceito teve origem na Igreja Metodista Unida de Myers
Park, em Charlotte, N.C. A GBCS reconheceu-o como uma
eficaz ferramenta educativa para consciencializar as pessoas
sobre os perigos da indústria predadora do álcool.
A denominação tem uma herança guardada relacionada
com este importante trabalho e que continua até aos nossos
dias na GBCS. A agência compreendeu que lançando o
desafio iria reforçar os seus esforços permanentes contra a
dependência do álcool.
Administração financeira
A recessão económica que tem vindo a molestar o
mundo sintonizou toda a gente nas despesas. A GBCS está
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tão preocupada com as ramificações desta recessão como
qualquer outra pessoa. A agência empreendeu, no entanto,
astutos passos financeiros quer antes, quer desde a recessão
para garantir que a continuidade dos seus ministérios.
A GBCS reduziu drasticamente os custos das reuniões
do Conselho de Administração durante o quadriénio.
Duplicou, por outro lado, a receita derivada do Edifício da
Igreja Metodista. Em essência, a agência aumentou as suas
receitas operacionais separadamente dos recebimentos do
Serviço Mundial em mais de US$ 3 milhões durante o presente quadriénio.
A agência suplementou com sucesso os fundos do
Serviço Mundial com financiamentos externos de mais de
US$ 500.000 também durante este quadriénio. Os financiamentos são os seguintes:
• US$76.000 da Fundação das Nações Unidas para a
campanha “Operação Esperança de Cura” destinada
a consciencializar as pessoas acerca de problemas de
natalidade evitáveis que afectam mais de 2 milhões
de mulheres todos os anos.
• US$365.000 da Fundação das Nações Unidas para a
iniciativa “Famílias Saudáveis, Planeta Saudável”,
que envolve também a Junta Geral dos Ministérios
Globais (GBGM, do inglês General Board of Global
Ministries) e o Fundo Mundial contra a SIDA
Metodista Unido. Esta iniciativa foi prolongada até
2012.
• US$22.000 daVoz da América para a organização das
questões referentes à reforma da imigração.
• US$16.000 do Fundo dos EUA para a UNICEF.
• US$18.000 do Conselho Nacional das Igrejas para
apoio à sensibilização da Justiça Económica e
Ambiental.
• US$35.000 do Instituto da Sociedade Aberta para
apoio à sensibilização da justiça criminal.
Para além disso, a Administração da GBCS, mediante a
iniciativa da sua Comissão Financeira e pessoal financeiro,
fechou e/ou fundiu cinco contas designadas e reuniu essas
verbas num “fundo de liderança” (“leadership fund”), totalizando US$38.000. Dez mil dólares desse montante foi alocado à contratação de um consultor para apoiar na
sensibilização da reforma da justiça imigratória e criminal.
Este cargo foi criado em resposta a pedidos de várias conferências anuais Metodistas Unidas e Conselho dos Bispos.
Colaborações
A principal responsabilidade da GBCS, tal como decidido pela Conferência Geral, é educar os Metodistas Unidos
acerca dos Princípios Sociais. Um dos métodos para
cumprir esse mandato foi publicar uma brochura de
Princípios Sociais. A brochura conta a história dos
Princípios Sociais, os próprios princípios e exercícios
educativos, a fim de facilitar o seu ensino e debate. No passado, a GBCS publicou e distribuiu esta brochura, produzindo e vendendo dezenas de milhar de cópias todos os
quadriénios.
A GBCS contactou a Casa Publicadora Metodista
Unida (United Methodist Publishing House , UMPH) propondo chamar a si a responsabilidade da impressão, distribuição e venda da brochura “Social Principles”
(Princípios Sociais). O pessoal da Formação de
Comunicações e Liderança da GBCS trabalhou com a
UMPH no sentido de preparar a brochura para o presente
quadriénio e transferi-lo para os canais de distribuição da
denominação.
Embora transferindo a responsabilidade da brochura
Princípios Sociais para a UMPH de uma receita significativa, a mudança libertou a GBCS do custo e do tempo
envolvido na produção física da brochura e no arquivamento de pedidos e recepção de verbas.
A colaboração com a UMPH permite a ambas as agências explorar o que a outra faz melhor. Assim sendo, a
GBCS poupou dinheiro nos custos de publicação e criou
uma nova fonte de rendimento para a UMPH.
A GBCS e a Comissão Geral para a Religião e Raça
começaram a partilhar pessoal administrativo, nomeadamente na contabilidade e nos recursos humanos. O mesmo
é dizer uma poupança anual de US$100.000.
Em parceria com a Fundação Metodista Unida, a
GBCS estabeleceu um Fundo de Dotação dos Ministérios de
Justiça Social com vista a ajudar a agência a continuar com
o seu testemunho profético acerca dos ministérios da justiça
independentemente das flutuações económicas futuras.
Desde o seu início em 2006, o fundo acumulou mais de
US$250.000 em activos.
Apesar de os fundos não gerarem ainda os rendimentos
suficientes de modo a suportar o orçamento anual da agência, os parceiros não deixam de criar estratégias que conduzam ao seu objectivo. Por exemplo, a GBCS faz pelo
menos duas solicitações por e-mail para incentivar as
doações. A e-newsletter intitulada “Fé em Acção” da agência assinala o fundo trimestralmente. A GBCS mantém
ainda uma ligação no seu sítio Web permitindo aos doadores
contribuir em qualquer altura.
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Criando novos espaços
A Igreja Étnica Local da agência, assim como o Dia das
Relações Humanas e concessões de Paz com Justiça,
Estágios de Verão para Jovens Adultos Étnicos, estágios
durante todo o ano para os seminaristas e seminários realizados em todo o mundo seguindo os Princípios Sociais dos
Metodistas Unidos fortalecem e informam as pessoas que
têm a tarefa de construir comunidades da igreja local, novas
ou velhas.
A GBCS dá ainda concessões para fortalecer as igrejas
de minorias étnicas/raciais locais através da educação, sensibilização ou liderança e da sua contribuição para a justiça
social. A agência recebeu um prémio superior a US$75.000
em doações da Igreja Étnica Local nos últimos quatro anos
para ministérios em África, Europa, Filipinas e EUA.
As doações vão para diversos ministérios. Alguns
exemplos são desenvolvimento da liderança entre os
Metodistas Unidos Ásio-Americanos; reforma judicial na
Libéria; consultoria e formação comunitária entre as mulheres latinas da Carolina do Norte; necessidades educativas
de imigrados recentes e jovens refugiados em Nova Iorque;
um ministério de alfabetização e subsistência nas Filipinas;
e uma retirada de mães e crianças imigrantes da Alemanha.
As Conferências Gerais são uma área em desenvolvimento das actividades de liderança da GBCS. No presente
quadriénio, a agência formalizou relações com o Seminário
Metodista Unido de Moscovo e com a Universidade de
África. Os colaboradores da GBCS realizaram nos últimos
dois anos seminários focando temas de justiça social nessas
duas instituições.
A GBCS realizou 21 seminários cujo tema era
Princípios Sociais nas conferências centrais do anterior
quadriénio. A agência tem como meta aumentar o número
este quadriénio. Os seminários sobre Princípios Sociais
foram conduzidas na Europa, África e as Filipinas. Em
África, os recentes seminários foram na Nigéria, Sierra
Leoa e República Democrática do Congo (RDC).
O Bispo Ntambo Nkulu Ntanda, chefe episcopal da
Conferência Anual da Catanga do Norte no RDC, escreveu
sobre um seminário realizado pela GBCS em Kamina, em
2010, participado por 130 pessoas:
Desenvolvimento da liderança
“Você veio para abrir um novo capítulo na nossa área.
Agora as pessoas entendem melhor da UMC através do
envolvimento da Igreja na sociedade. . . . Termino por congratulá-los por tal ministério e encoraja-vos a continuar.
Mas mais concretamente, termino fazendo outro convite a
North Katangae, porque não, a todas as outras nossas áreas
episcopais?”
A GBCS empenha-se há décadas no desenvolvimento
da liderança. Os Seminários Metodistas Unidos sobre
Assuntos Nacionais & Internacionais e o seu programa de
Estágios de Verão para Jovens Adultos Étnicos são apenas
dois exemplos. Ambos condensam a cooperação intradenominacional, o modo antigo de cooperar com a Divisão
das Mulheres da GBGM, este último criado em colaboração
com os cinco cáucasos raciais/étnicos da Igreja Metodista
Unida.
Em 2011 a agência realizou o seu primeiro evento
educativo para mais de 20 Africanos estudarem nos EUA.
Esses estudantes vieram de oito países, nomeadamente para
o Edifício Metodista Unido, para aprenderem acerca de
temas como Imagine sem Malária, os Princípios Sociais e
como defender a justiça. Fizeram também visitas ao
Capitólio norte-americano, a fim de agradecer aos legisladores o seu apoio e esforço para erradicarem a malária.
O Estágio de Verão do Jovem Adulto Étnico (EYA, do
inglês Ethnic Young Adult) trouxe centenas de jovens
Metodistas Unidos, com idades entre os 19 e os 22, a
Washington, D.C., ao longo dos últimos 30 verões para se
dedicaram ao ministério e trabalharem em organizações de
justiça social não governamentais. Os estágios são supervisionados pelos membros da GBCS. Nos últimos três verões,
os estagiários vieram das 24 conferências anuais, incluindo
África e as Filipinas. Estagiários de Verão Jovens Adultos
Étnicos anteriores são agora pastores nas igrejas locais,
servindo as agências gerais, e são líderes de adultos jovens
no Movimento Estudantil dos Metodistas Unidos. Três dos
actuais membros da equipa da GBCS são ex-estagiários
EYA.
Idênticos esforços começaram este quadriénio com outros distritos recentemente definidos, como os pastores que
se identificam a si próprios como evangélicos. A finalidade
era familiarizarem-se como e porquê realizar a sensibilização da justiça. Estes são novos empreendimentos além dos
programas correntes para públicos-alvo mais tradicionais,
como os administradores de ministérios conectivos, superintendentes distritais, guias leigos, e jovens pastores.
Nos últimos dois anos, mais de 100 jovens pastores
vieram ao Edifício Metodista Unido para participarem no
Fórum de Liderança dos Jovens Pastores. Agora no seu oitavo ano, mais de 400 pastores participaram no programa de
familiarização da GBCS que une fé e justiça.
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Uma nuance relativamente recente no conceito ocorreu
em 2011 quando o pessoal da GBCS participou na formação
jurisdicional para jovens pastores. A primeira foi em Denver
na Jurisdição Ocidental. Um evento semelhante patrocinado
pela GBCS realizar-se-á em 2012 na Jurisdição Nordeste.
Os seminários MU iniciaram recentemente um novo
esforço que se estende a outros grupos que não podem
suportar as despesas de uma viagem a Washington, D.C. A
página dos seminários MU propõe recursos educativos sob
uma nova iniciativa intitulada “Comprometa-se em Casa”.
No conjunto, a GBCS organizou eventos em quase 60
conferências anuais em todo o mundo. O seu pessoal concebeu e realizou workshops para as igrejas locais. Os membros da agência discursaram em eventos educativos em
todas as jurisdições dos EUA e em conferências centrais na
Europa, África e nas Filipinas.
Ministério dos pobres
Seminários MU sobre Assuntos
Nacionais e Internacionais
Os Seminários Metodistas Unidos sobre Assuntos
Nacionais e Internacionais é um ministério nuclear da
GBCS. Cria um ambiente para os Metodistas Unidos
poderem explorar os Princípios Sociais e actuarem em seu
nome. Durante mais de cinco décadas, este programa de
desenvolvimento de lideranças ensinou jovens e adultos
sobre santidade social e a importância da sensibilização,
tanto local como nacional.
Um aspecto único dos seminários é que os participantes
escolheram o assunto. Os projectistas do seminário criaram
então uma experiência educativa interactiva para tratar o
assunto.
Os Seminários MU são um esforço inter agências copatrocinado pela GBCS e Divisão Feminina do GBGM.
Muitos grupos participaram em seminários em duas cidades
para serem ensinados sobre o mesmo assunto em
Washington, D.C., e nas Nações Unidas em New York City.
O que exigiu uma colaboração estreita entre a Divisão
Feminina e a GBCS.
O programa do seminário colabora com a Junta Geral
de Educação Superior e Ministério (GBHEM, do inglês
General Board of Higher Education & Ministry) em acções
de formação para pastores no campus universitário, estudantes ainda não licenciados e estudantes seminaristas. O
programa do seminário mantém ainda uma estreita colaboração com a GBHEM para workshops e missões da reunião
anual do Movimento Estudantil Metodista Unido.
O programa do seminário trabalha com as conferências
anuais, associações de ministros no campus, grupos Caucus
de núcleos e unidades de Melhores Metodistas Unidas na
tentativa de melhorar os seus esforços através da educação.
Assim o tem feito ao longo de décadas.
Anualmente uma média de 800 pessoas frequentam os
Seminários MU em Washington, D.C. Todas as cinco jurisdições dos EUA enviaram um grupo a Washington, D.C.
Todos os programas de sensibilização na GBCS tratam
do problema do ministério com os pobres. Por exemplo, a
“Fé em Acção” (Faith in Action), a e-Newsletter da agência
publicou quase 300 artigos relacionados com o tema
pobreza só em 2010, uma média superior a 25 por mês. Isso
equivale a bem mais de 1.000 artigos durante o quadriénio
só para referir esta área de interesse. Idêntica cobertura se
aplica a outras áreas de interesse, embora o ministério com
os pobres seja o mais preponderante.
A agência criou recursos educativos, materiais de
devoção e anunciou oportunidades de sensibilização no
website da GBCS (www.umc-gbcs.org), a e-Newsletter “Fé
em Acção” e mais de uma dezena de redes de e-mail relativos a áreas de sensibilização. Além do website e da eNewsletter, as ferramentas de média social como o
Facebook e o Twitter foram adicionadas este quadriénio ao
arsenal das comunicações da agência.
“Fé em Acção” e inúmeros alertas de acções são os
principais veículos para criar e distribuir histórias, recursos
educativos, material de devoção e oportunidades de sensibilização. Em alguns casos, foram apresentados novos sítios
na Internet para apoiar as campanhas de sensibilização.
Um caso actual é a “Prophet-driven” (“Guiados pelo
Profeta”), uma campanha preparada pela área de trabalho de
Justiça Económica da GBCS para apoiar o ministério com
os pobres. O sítio da Internet, cujo slogan era “Um povo
guiado pelo profeta num mundo guiado pelo lucro”, oferece
recursos bíblicos, incita à acção e outras actividades. Está
radicado no Princípio Social Metodista Unido “A
Comunidade Económica” (¶163).
O sítio da Internet John 10:10 teve um papel idêntico
durante o debate acerca da reforma da saúde.
O objectivo de tudo isto é, claro está, proteger o financiamento das necessidades humanas mais prementes dos
cortes orçamentais e assegurar uma fonte de receita adequada que vá ao encontro dos direitos humanos básicos salientados nos Princípios Sociais. A GBCS foi instrumental nos
esforços com base na fé, a fim de assegurar o financiamento das necessidades humanas mais prementes como parte da
Lei da Recuperação (Recovery Act), promulgada em 2009,
por exemplo.
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A GBCS não tenta alcançar isso por si só. Trabalha em
cooperação com muitos outros grupos de fé. A colaboração
crescente inter agências dentro da Igreja Metodista Unida foi
uma ferramenta importante para encorajar e apoiar os
esforços de desejar garantir, por sinal, um salário suficiente
para todos os empregados nas instituições Metodistas Unidas.
Uma faceta única da pobreza é a vulnerabilidade dos
pobres ao tráfico humano. Esta prática condena as pessoas
destituídas à exploração laboral e sexual. A GBCS redistribui as responsabilidades do pessoal para criar um cargo
para um defensor das crianças que inclui tráfego humano
entre as suas várias responsabilidades.
Criação renovada de Deus
Segundo o gestor do projecto, a GBCS foi indispensável na concretização da Carta Pastoral do Conselho dos
Bispos e Projecto de Estudo, “Criação Renovada de Deus —
Apelo à Esperança e à Acção”. Os membros da agência participaram activamente desde o começo com a “Criação
Renovada de Deus” e o desafio colocado aos Metodistas
Unidos no que toca a pobreza, meio ambiente e violência. A
GBCS contribuiu com a aquisição de informação, criação
dos próprios documentos, construção do seu sítio da Internet
(www.hopeandaction.org) e contínua promoção do projecto.
Outro esforço crucial no ministério com os pobres é o
apoio dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio
(ODM) que estipula metas até 2015 para a erradicação da
pobreza extrema e da fome; educação primária universal;
igualdade entre os sexos e atribuição de poderes às mulheres; mortalidade infantil e saúde materna; HIV/SIDA,
malária e outras doenças; sustentabilidade ambiental e a criação de uma parceria global para o desenvolvimento,
incluindo a proposta para uma Unidade Financeira
Internacional, a fim de aumentar o apoio ao desenvolvimento dos países mais pobres.
O director do Gabinete de Assuntos Internacionais das
N.U. da GBCS é membro do Grupo de Convocação dos
ODM para a Sociedade Civil. Tem participado em conferências internacionais e actividades ecuménicas no apoio e
implementação de objectivos. Ajudou a preparar um documento que serviu de agenda de pontos e discutir durante a
Audiência Interactiva da Assembleia Geral das N.U. acerca
dos ODM com a Sociedade Civil, em Junho de 2010. E
ainda, a GBCS desenvolveu recursos e informações sobre os
ODMs para as conferências anuais e centrais.
A GBCS coopera também desde há muito com o Fundo
das N.U. para a UNICEF. Com a campanha “Trick-or-Treat
for Unicef”, os Metodistas Unidos contribuíram para a
causa de poupar mais vidas de crianças do que qualquer
outra organização de fé, segundo a UNICEF. Só nos últimos
três anos os Metodistas Unidos de todos os EUA angariaram
mais de US$500.000 para a campanha de Halloween para
ajudar crianças.
O ministério dos Assuntos Internacionais das N.U. juntamente com o trabalho das áreas da Justiça Económica &
Ambiental e Paz com Justiça estão profundamente envolvidos na sensibilização do cancelamento da dívida para os
países pobres, assistência internacional ao desenvolvimento
e financiamento para o desenvolvimento concertado a fim
de aliviar a fome e a pobreza globais. Apoiam igualmente
políticas que incentivam o comércio justo e a justiça comercial, bem como outros mecanismos que permitam aos
agricultores e pequenos produtores concorrerem no mercado global. Incluído está o trabalho das Nações Unidas, outras organizações internacionais, instituições ecuménicas e
organizações da sociedade civil.
Os Seminários MU e o gabinete de Comunicações da
agência trabalharam durante anos com a Comissão
Metodista Unida de Auxílio (UMCOR, do inglês United
Methodist Committee on Relief) para promoverem a compra de produtos em Comércio Justo, como o café e o chocolate. O objectivo é conseguir dos produtores um preço justo
para os seus produtos, fazendo-os assim sair de uma existência de subsistência.
Um orçamento moral
A área de trabalho sobre Justiça Económica está
envolvida na educação e na sensibilização que estrutura o
orçamento federal como um documento moral. O director
da área de trabalho testemunhou diante de uma sub-comissão da Câmara dos Representantes dos EUA para sensibilizar a favor da protecção dos consumidores de baixos
rendimentos, assegurando que não fossem empurrados
ainda mais para a miséria.
Os membros da GBCS, entre eles o Secretário Geral,
realizou apresentações sobre a pobreza em conferências
anuais ou eventos semelhantes, como foi o caso das workshops patrocinadas pela conferência. O director da GBCS
dos Direitos Civis e Humanos realizou inúmeras acções de
formação sobre organizações com base na fé.
Fazendo parte dos debates sobre orçamento e prioridades fiscais do governo dos EUA, a GBCS patrocinou uma
série de “webinars” para educar e equipar líderes das bases
populares para apelar a conferências e congregações,
chamando a atenção para o impacto que estas decisões irão
ter nos nossos irmãos e irmãs que lutando contra a pobreza
em todo o mundo. Com o objectivo de erguer as preocupações daqueles que vivem nas margens económicas, a
GBCS patrocinou vigílias diárias de oração nos seus relvados, diante do Capitólio dos EUA. Estas vigílias realizadas
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durante o debate sobre o aumento do tecto da dívida do governo federal dos EUA resultou num testemunho público
divulgado pela imprensa nacional e internacional.
Reforma da imigração justa e humana
O ministério com os pobres vem das cidades do interior dos EUA através das comunidades rurais até às fronteiras
do país. A reforma da imigração tornou-se num ponto
quente em todo o país. Não só a pobreza, mas a separação
das famílias e a frustração dos sonhos dos estudantes transformaram-se no ponto central do debate.
A resolução da Conferência Geral, “Welcoming the
Migrant to the US” (Acolher o Imigrante aos EUA) (#3281,
Livro de Resoluções 2008) é a base em que assenta a sensibilização da GBCS para a reforma da imigração. Os sensibilizadores das redes estão a organizar-se em todas as
jurisdições para trabalharem para uma reforma de imigração
justa e abrangente. Todas as conferências anuais que se
reúnem à Equipa de Resposta Rápida, criada pela GBCS em
colaboração com o Grupo de Trabalho Inter Agências para a
Imigração da denominação, aceitam trabalhar para a sensibilização destas políticas.
A GBCS compilou um “Immigration Reform
Grassroots Journal” cada vez maior que documenta mais de
300 eventos, acções e resoluções pelos Metodistas Unidos
em todos os EUA. O jornal inclui medidas de 44 diferentes
estados e do Distrito de Columbia, quase que inteiramente
desde os anos 2009-2011. Muitas destas medidas foram
planeadas e coordenadas pelas Equipas de Respostas
Rápidas Metodistas Unidas, presentes em 34 das conferências anuais.
A GBCS está empenhado na educação e mobilização
dos Metodistas Unidos e os legisladores acerca do impacto
da política de imigração, preocupações teológicas e a necessidade de reforma legal. O director dos Direitos Civis e
Humanos da GBCS preside aos esforços de organização
popular sobre Coligação Interfés para a Imigração (Interfaith
Immigration Coalition). O director propôs a data de 21 de
março de 2011: “Março para a América“ que levou 250.000
pessoas ao National Mall, entre elas milhares de Metodistas
Unidos. Garantiu também o papel de principal orador para o
Bispo Minerva Carcaño, presidente da comissão para a imigração do Conselho dos Bispos Metodistas Unidos.
A GBCS ajudou a organizar mais de 180 vigílias de
oração em todos os EUA em Fevereiro de 2009. As vigílias,
que receberam cobertura da imprensa a nível nacional,
focou a protecção aos imigrantes e suas famílias. Os participantes pediram nas suas orações coragem para os líderes
eleitos, para criarem uma reforma justa para a imigração
humana.
A GBCS promoveu o conceito da Equipa de Resposta
Rápida Metodista Unida (RRT, do inglês Rapid Response
Team). Sob a alçada do Bispo Carcaño, a RRT coordena o
trabalho dos Metodistas Unidos nos EUA sobre reforma da
imigração. Da equipa fazem parte pessoas dedicadas à organização das respectivas conferências anuais a favor da reforma justa e humana da imigração.
A RRT teve início em Julho de 2009 com duas conferências anuais. Alcançou as 34 e continua a crescer. Em
Junho de 2011, a GBCS reuniu mais de 50 líderes das
Equipas de Resposta Rápida de 25 conferências para formação de liderança em Chicago. Como resultado desta
reunião, os participantes esperam ter mais de 100 congregações a darem as boas-vindas a imigrantes no final
de 2012.
Reforma da justiça criminal
A reforma da justiça criminal afecta muitos dos mais
pobres da sociedade. A GBCS mobiliza os Metodistas
Unidos para actuarem a favor das iniciativas e políticas que
reforçam e implementam os princípios da restauração da
justiça no sistema criminal. A GBCS envidou todos os
esforços no sentido de mobilizar os Metodistas Unidos à
sensibilização encarceramento massivo, salientando o compromisso histórico com a justiça restaurativa na tradição
Metodista Unida. Isso foi conseguido com acções de formação de sensibilização coordenadas pela GBCS e acções
por uma crescente rede social de líderes populares
Metodistas Unidos envolvidos com conferências anuais
sobre prisões e reentradas.
Essas conferências foram reforçadas com a parceria
com o Grupo de Trabalho Fé em Acção, uma coligação de
mais de 25 organizações religiosas nacionais presididas pelo
director da GBCS dos Direitos Civis e Humanos. Esta coligação trabalha em assuntos ligados a justiça criminal, prevenção contra a violência armada e pena de morte.
Uma prioridade legislativa da GBCS para terminar disparidades raciais injustas nas sentenças entre “crack” e
cocaína em pó foi concluída com a promulgação do Fair
Sentencing Act (Lei de Penas Justas), de 2010. Esta legislação materializou-se após duas décadas de esforços de sensibilização. A disparidade de sentenças e da chamada guerra
contra a droga têm devastado as comunidades Afro-americana, Latina e Primeiras Nações. Tem sido uma causa
primária para a expansão massiva da indústria prisional nos
EUA nos últimos 40 anos.
O National Criminal Justice Commission Act (NCJCA)
foi promulgado pela Câmara em 2010, mas não chegou a ser
votado pelo Senado. Continuamos a trabalhar na adopção
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desta legislação que irá criar uma comissão bipartidária
encarregue de conduzir uma revisão abrangente do sistema
de justiça criminalnorte-americano. Há muito que se aguarda esse estudo. A última vez que foi tratado foi na administração Johnson. O objectivo da comissão é em última
instância assegurar justiça para todos.
Como parte da sensibilização da GBCS no apoio ao
NCJCA, a agência lançou um apelo ao clero para endossar
a lei. Em pouco mais de uma semana, mais de 500 pastores
responderam, endossando a necessidade para a comissão.
Em Junho de 2011, 23 pastores de todos os EUA participaram numa visita conjunta ao Capitólio, em apoio do
NCJCA. Reunindo com mais de 20 gabinetes no Capitólio e
com a Casa Branca, a GBCS coordenou este poderoso testemunho. Os pastores reuniram com os governantes eleitos
para falar sobre as consequências devastadoras do sistema
de justiça criminal falhado e injusto dos EUA.
A GBCS ajudou à aprovação do Second Chance Act
(Lei da Segunda Oportunidade), que trata da readmissão de
infractores e vários projectos de lei de protecção às viúvas e
filhos dos refugiados e imigrantes. A agência assistiu a um
maior empenho e ligação com e entre as congregações em
torno de pessoas directamente afectadas por sistemas em
ruptura. Isso trouxe um entendimento maior e mais profundo do apelo bíblico ao compromisso de santidade social.
Numa acção relacionada, a GBCS foi um proeminente
participante de uma conferência de imprensa organizada pela
Prison Fellowship, incitando o Procurador-Geral Eric Holder
a implementar normas recomendadas pela Prison Rape
Elimination Act Commission (Comissão para a Lei e
Eliminação de Violações na Prisão). Outros envolvidos no
endosso incluíram a American Civil Liberties Union, Focus on
the Family e Southern Baptist Convention, uma coligação que
mostra a vontade desta agência em trabalhar em linhas filosóficas sobre temas relacionados com a reforma da justiça social.
A agência também promoveu a distribuição de quase
US$180.000 para apoiar programas de justiça restaurativa
de jovens. Os fundos são angariados pelas oferendas do
Domingo Especial Metodista Unido para o Dia das
Relações Humanas. Quase US$90.000 foram consignados a
concessões em 2011, duas das quais foram destinadas a programas que expandirão os ministérios noutras conferências
anuais. Os US$130.000 concedidos em 2010 foram para
cinco ministérios, incluindo duas em África.
Administração da Criação
A administração da criação é um aspecto importante do
ministério com os pobres. O cuidado com a criação, como
referido em “God’s Renewed Creation” (Criação Renovada
de Deus) e os Princípios Sociais dos Metodistas Unidos, é
um esforço crucial para garantir que os que estão à margem
da sociedade não sejam empurrados ainda mais para longe
da vida abundante prometida por Deus. A GBCS trabalhar
para dar os meios aos Metodistas Unidos de analisarem a
relação entre pobreza, doença e falta de cuidados de saúde e
tomar medidas pessoais, congregacionais e comunitárias no
sentido de existir mais igualdade na partilha dos recursos da
abundância do mundo de Deus.
A GBCS tornou-se um parceiro importante num acesso
constante a jovens adultos através das conferências jurisdicionais “cuidado com a criação”. Uma pegada ecológica
desenvolvida pela GBCS reforça a importância da forma
mais simples de vida. A GBCS patrocina workshops que
pretendem modelar formas mais simples de vida mediante
seminários MU e colaborações com internos seminaristas e
universitários.
A área de trabalho Justiça Económica e Ambiental da
agência empenhou também jovens adultos no Fórum
Estudantil dos Metodistas Unidos em cooperação com o
GBHEM numa série de temas de justiça, entre eles o consumismo consciente.
A GBCS trabalha com conferências e congregações no
sentido de desenvolver iniciativas em apoio da criação de
Deus. A GBCS sensibiliza em prol das comunidades desproporcionadamente afectadas pela degradação ambiental. Isso
inclui intervenções públicas, preparação de materiais curriculares e de sensibilização, assim como planeamento anual para
o Festival da Criação de Deus (Dia da Terra).
A GBCS continua a ter uma ligação com as pessoas de
cor privadas de direitos no seio da Igreja Metodista Unida —
Appalachian Ministry Network (Rede de Ministérios dos
Apalachianos), Oklahoma Indian Missionary Conference
(Conferência Missionária Indiana do Oklahoma) e a General
Board of Global Ministries Community Developers (Junta
Geral dos Ministérios Globais dos Agentes de
Desenvolvimento Comunitário) — solidarizando-se e sensibilizando em nome das comunidades desproporcionadamente
afectadas pela degradação ambiental, com consequência para
a água potável e as colheitas, por exemplo.
Saúde global
A saúde global é outra área de enfoque dos Metodistas
Unidos que apela à participação da maioria das áreas de trabalho da GBCS. A degradação ambiental, como a poluição
através de actividades mineiras não reguladas, cuidados de
saúde inadequados, devastação e doença causadas pela
guerra e a vulnerabilidade das mulheres e crianças sobressaem repetidamente como problemas de saúde global. Os
membros da GBCS trabalham com esforços inter-agências,
como o Fundo Global dos Metodistas Unidos, o grupo de
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trabalho da Saúde Global e Imaginem sem Malária (Imagine
No Malaria). De facto, o director da GBCS das Relações da
Conferência Anual acrescentou Imaginem sem Malária
(Imagine No Malaria) ao seu portefólio. Trabalha com o
grupo de trabalho da denominação para mobilizar as conferências anuais.
ção do estado. Vigílias de oração foram realizadas para captar a atenção dos princípios da fé para os cuidados de saúde.
No Connecticut, por exemplo, os Metodistas Unidos uniram-se a outros grupos de fé numa vigília de oração no exterior dacasa do Senador Joe Lieberman, mesmo antes do voto
no Senado.
As preocupações de saúde global são gigantescas. A
GBCS tem estado activamente envolvido na consciencialização das implicações morais do financiamento governamental e decisões políticas, sobretudo concedendo
ferramentas aos Metodistas Unidos para avaliar opções que
directamente se relacionem com a falta de cuidados de
saúde no mundo.
A GBCS conduziu debates e eventos em mais de uma
centena de cenários diferentes para ajudar os Metodistas
Unidos a falar dos problemas da saúde sob uma perspectiva
Cristã Wesleyana. A GBCS criou uma ferramenta de estudo,
“Health Care Advocacy: Ancient Vision, Modern
Imperative” (Sensibilização para a Saúde: Visão Antiga,
Imperativo Moderno), usada em centenas de igrejas. Este
recurso forneceu à posição dos Metodistas Unidos uma base
teológica e nas Escrituras, permitindo desse modo uma
reflexão melhor informada sobre perspectivas pessoais.
A GBCS colabora com a Holistic Strategy (Estratégia
Holística) com base em África na GBGM. A agência trabalha em assuntos de população e desenvolvimento, como
HIV/SIDA e as mulheres, planeamento familiar e saúde
reprodutora, igualdade entre os sexos, violência doméstica,
tráfico, justiça económica para as mulheres e problemas
com as crianças a nível internacional, além da saúde mental.
E a lista continua.
A GBCS sensibiliza para um sistema económico internacional que dê total prioridade no alívio e erradicação da
pobreza e da doença. O ministério da agência dos Assuntos
Nacionais e Internacionais das Nações Unidas está envolvido
na adaptação da resposta não governamental aos ODMs, em
particular no que se refere ao combate à pobreza e HIV/SIDA.
O Orador da Câmara dos Representantes reconheceu na
TV nacional o mérito da Igreja Metodista Unida pelos seus
esforços em trabalhar para a reforma do sistema da saúdenorte-americano. Os Princípios Sociais (¶162V, 2008, Livro
da Disciplina) declaram que é da responsabilidade do governo providenciar a todos os cidadãos cuidados de saúde. A
legislação, o Patient Protection & Affordable Care Act
(PPAC) (Lei de Protecção a Doentes e Cuidados
Acessíveis), promulgada no verão de 2010, aumentou a
cobertura para cerca de 31 milhões dos 47 milhões de pessoas sem seguro.
A promulgação do PPAC é um marco importante para
colmatar as lacunas existentes no acesso a cuidados de saúde
em todos os EUA. A GBCS continuará a sensibilizar todos
em nome da posição defendida há muito pela Igreja
Metodista Unida no que toca à saúde como sendo um direito,
e irá fazer participar todas as suas igrejas locais nesse esforço.
Os Metodistas Unidos tiveram voz activa no alcance de
uma reforma significativa do sistema de saúde. Durante as
deliberações com vista à promulgação do PPAC, milhares
de Metodistas Unidos caminharam, rezaram, oraram, reuniram-se ou escreveram aos seus legisladores. Os Metodistas
Unidos foram igualmente cruciais nos esforços de organiza-
Iniciou-se a implementação da lei. A GBCS calcula que
as Igrejas Metodistas Unidas em 20 estados participarão no
registo de americanos na cobertura de seguros de saúde quando as alterações forem activadas nos estados em 2014. A agência realizará acções de formação para que as congregações se
equipem devidamente para registar crianças e famílias que de
outro modo não têm acesso a seguros de saúde.
Cuidados de saúde acessíveis
As novas alterações nos cuidados de saúde promulgados pelo PPAC oferecerão a oportunidade de comprar
seguros de saúde acessíveis. Isso trará benefícios financeiros
significativos aos dólares gastos pelas conferências anuais e
igrejas locais para darem cobertura de seguros aos pastores
e a outros colaboradores.
Por outro lado, muitas igrejas candidatar-se-ão à provisão de crédito fiscal das pequenas empresas prevista na
lei. A presidente do GBPHB, Barbara Boigegrain, comentou: “Esta instrução em sede de IRS é uma acção bem vinda
que pode ajudar os nossos pequenos empregadores na igreja a continuarem a oferecer cobertura de seguros de boa
qualidade e acessível, oferecerem o tipo de seguros que não
podiam oferecer antes, ou a expandir a sua cobertura a pessoas que não tinham seguro.”
A probabilidade de as conferências anuais e as igrejas
locais poderem reduzir uma despesa considerável no seu
orçamento não deverá também ser desprezada. É uma oportunidade de cobrir com seguro todos os membros do clero e
colaboradores da igreja e desviar uma verba importante dos
custos de saúde para a programação de ministérios.
João 10:10 Desafio
A campanha da GBCS “João 10:10 Desafio” em 2009
foi um protótipo de como os média digitais e sociais
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PODEM ser ferramentas de sensibilização eficazes. A campanha foi uma ferramenta de sensibilização e educação na
Internet para gerar o apoio do cidadão comum para a legislação da reforma da saúde. Setenta e duas (72) equipas com
mais de 400 participantes de todos os EUA foram formadas
através da Internet.
Estas 72 equipas comunicaram mais de 850 medidas
diferentes, indo desde contar uma história pessoal, tomar
parte numa chamada sobre a reforma da saúde, trocando
postais, como contactar os seus membros do Congresso, até
empenhando-se pessoalmente numa saúde melhor para
todos. Muitas dessas equipas representavam igrejas locais
onde os seus membros da congregação foram envolvidos
nas actividades dos 10:10 Desafios.
O sítio da Internet, 1010challenge.org, teve mais de
15.000 visitantes desde o seu dia de lançamento, 24 de
Junho de 2009 até 14 de Junho de 2010. O sítio na Internet
teve em média 70% de novos visitantes, cuja origem provinha de pelo menos 10 países diferentes. A maioria desses
visitantes (96%) eram norte-americanos. As igrejas locais e
organizações ligadas à saúde tinham links ao nosso material nos seus próprios sítios na Internet.
A agência realiza acções de formação para dar aos
Metodistas Unidos os meios necessários para compreenderem a ligação entre pobreza, racismo e dependências no
mundo. A GBCS dá os recursos e estimula as acções pessoais, congressionais e comunitárias para tratar do problema
da desolação que leva à dependência.
Iniciativas predadoras viciantes
A GBCS comprometeu-se a confrontar inciativas
predadoras, como o álcool, tabaco, jogo e pornografia que
lucram de comportamentos viciantes. Uma tremenda vitória
sucedeu em 2009 com a promulgação de legislação autorizando a regulação federal do tabaco nos EUA. Esta vitória
foi o resultado de mais de uma década de medidas de sensibilização por parte da GBCS.
A presidente da agência preside à Faith United Against
Tobacco (Fé Unida Contra o Tabaco), uma coligação interfés de mais de 25 denominações nacionais e organizações
creditadas que pretendem ajudar a promulgação do “Family
Smoking Prevention & Tobacco Control Act” (Lei da
Prevenção do Fumo na Família e Controlo do Tabaco).
Continuar a enterrar tanta gente vítima prematuramente por
causa do tabagismo não é aceitável, decidiu a coligação.
A “Fé Unida Contra o Tabaco“ patrocinou vigílias de
oração e pequenos-almoços, conferências de imprensa com
líderes de fé, e escreveu artigos nos jornais, e escreveu cartas a membros do Congresso e a presidentes de duas administrações.
A Câmara dos Representantes dos EUA aprovou de
forma preponderante a nova legislação que dá poder regulador sobre o tabaco à Food & Drug Administration (FDA)
(Administração de Alimentos e Medicamentos). A Câmara
votou com 307 votos a favor e 97 contra para apoiar a versão da proposta de lei do Senado, que passou por 79 a favor
e 17 votos contra.
Esta medida histórica do Congresso contribuirá para
reduzir o terrível preço do tabaco que as igrejas locais e as
agências de saúde Metodistas Unidas testemunharam
durante tanto tempo. Deveria diminuir significativamente o
número de crianças que começam a fumar, o número de
adultos que continuam a fumar e o número de pessoas que
sofrem e morrem por causa do tabaco.
Segundo esta nova lei, a FDA regulará o teor de tabaco
e a sua comercialização. A FDA pode alterar o teor químico
ao reduzir a quantidade de nicotina viciante nos cigarros. Os
avisos nos produtos do tabaco serão aumentados e a publicidade ao tabaco terá novas restrições.
Os produtos destinados a jovens e crianças, como
pastilhas de rebuçado com sabor a tabaco e produtos adocicados, serão retirados do mercado.
O Family Smoking Prevention & Tobacco Control Act
(Lei de Prevenção do Fumo na Família e Control do Tabaco)
é o resultado de mais de uma década de deliberações e
apaixonados debates. Quarenta e cinco anos depois do
primeiro relatório de um Cirurgião norte-americano a ligar
o fumo do cigarro ao cancro do pulmão, o produto mais
mortal vendido na América deixará de ser o produto menos
regulado vendido na América.
A Conferência Geral da Igreja Metodista Unida votou
em 2004 a favor da FDA para que esta tivesse a autoridade de
regular os produtos do tabaco. Quando a legislação percorreu
os corredores do Congresso, os Metodistas Unidos em alguns
dos principais estados ergueram a sua voz em apoio.
O movimento “Faith United Against Tobacco” (Fé
Unida Contra o Tabaco) defende também o estabelecimento
nos estados de regulamentações anti-tabaco. A tentativa
foca presentemente o estado do Texas, que quase adoptou
uma lei anti-tabaco em 2011. As cinco conferências anuais
do Texas assinaram uma resolução apoiando a lei anti-tabaco e mobilizou os seus membros para contactarem os legisladores estaduais. Foi realizado trabalho preparatório para
levar avante legislação na próxima sessão parlamentar do
Texas. Os apoiantes juram que o esforço continuará até que
a lei anti-tabaco se torne realidade no Texas.
A GBCS tem sido instrumental na ajuda a que outros
estados adoptem leis anti-tabaco e aumentem a carga fiscal
sobre o tabaco, a fim de evitar que os jovens fumem.
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Álcool
A agência continuará a incentivar os Metodistas Unidos
a desafiar a mensagem que prevalece de que o tabaco, o
álcool e as drogas são maneiras aceitáveis de curar almas
sofredoras. Os Princípios Sociais no art. ¶162 L e M apontam os efeitos nocivos do tabaco, do álcool e das drogas nas
pessoas e pedem restrição e abstinência usando as Escrituras
como guia. Os recursos da GBCS são medidas para
reflexão, conversação e acção com vista ao objectivo de
viver num mundo correcto e justo que vive na visão de Deus
de santidade para todos os filhos de Deus.
O Período de Jejum sem Álcool em 2011 apelou a todos
os Metodistas Unidos em todo o país, desafiando-os a
jejuarem sem álcool. Cinquenta congregações Metodistas
Unidas e muitas outras pessoas fizeram a promessa pública
de jejuarem sem álcool. A campanha consciencializou todos
de que o acto de beber é influenciado por muitos factores
além da própria decisão pessoal. Os artigos na “Fé em
Acção” (Faith in Action) foram acompanhados por questões
de estudo para estimular deliberações bíblicas e teológicas
levando à sensibilização. Os artigos incentivavam as congregações a irem mais fundo na sua análise da influência do
álcool na sociedade.
Os participantes aprenderam até que ponto a indústria do
álcool tem influência com o seu marketing, frequência da
bebida e cenários para o fazer. Além da educação, foi proposto às igrejas que criassem um fundo a atribuir a um projecto de
prevenção à dependência ou recuperação dela, a nível nacional
e internacional. A Igreja Metodista Unidade Myers Park em
Charlotte, N.C., angariou bastante mais de US$30.000. A
GBCS tenciona seguir com esta campanha, na esperança de
que ainda mais congregações venham a participar.
O alcance da indústria do álcool é global. Os produtores de bebidas alcoólicas continuam a comercializar os
seus produtos nos países mais desenvolvidos, mas aí são
fortemente regulados. Contudo, em muitos países mais
desenvolvidos a publicidade não é ou é pouco regulada. Em
alguns países do continente africano, os cartazes anunciando bebidas alcoólicas são colocadas nos campus escolares.
Esta situação perturbadora conduziu a uma cimeira
história sobre o álcool em Washington, D.C., em Novembro
de 2010. A GBCS participou também com alguns investigadores de renome, cientistas, profissionais clínicos e de
prevenção contra a dependência. A cimeira trabalhou em
prol de uma estratégia global de combate ao álcool.
A GBCS foi convidada a tomar parte nesta cimeira devido à diligência da denominação na sensibilização do álcool
em toda a sua história. O grupo pretende desenvolver uma
campanha de regulação anti-álcool em vários países e em
organizações mundiais de saúde. A GBCS pretende vir a ser
uma parte integrante neste esforço conjunto dos Metodistas
Unidos.
Jogo
O jogo é uma iniciativa viciante com raízes profundas
que lhe permitiu espalhar-se rapidamente por todo o país. As
variações dos jogos de azar são agora legais em 48 estados.
Os Metodistas Unidos fazem parte de uma acção de
sensibilização de luta contra a expansão dos jogos de azar,
consciencialização dos seus efeitos nocivos, trabalhando a
favor da eliminação dos jogos de azar patrocinado pelo estado. A GBCS contribuiu para a aprovação de uma lei que
impede a realização de jogos de azar online nos EUA, mas
membros do Congresso ameaçaram revogá-la. A agência
apelou aos Metodistas Unidos dos principais distritos que
contactassem os seus membros, a fim de tentarem que a tentativa de revogação da lei não ganhasse força, assegurando
que as protecções importantes da lei se mantivessem.
Além disso, a GBCS envolverá os Metodistas Unidos
numa campanha com vista a revogar e anular os jogos de
azar patrocinado pelo estado num estado-alvo como primeiro
passo de outras futuras campanhas noutros estados.
HIV/SIDA
A GBCS tem vindo a apelar aos Metodistas Unidos que
contactem os seus membros do Congresso acerca do problema do HIV/SIDA. A GBCS realizou uma workshop sobre
SIDA e violência doméstica na Conferência Anual de Great
Rivers em 2010. A workshop chamou a atenção para ambos
os assuntos e mobilizou apoio a projectos de lei para o
financiamento contra a SIDA no Congresso Americano e
para a Lei da Violência contra as Mulheres.
A GBCS foi um dos participantes e promotores principais da Conferência sobre a SIDA “Lighten the Bruden III”
(“Aliviar o fardo III), patrocinada pelo United Methodist
Global AIDS Fund (Fundo Global SIDA da Igreja Metodista
Unida), em Outubro de 2010. A conferência transmitiu
oportunidades de educação e sensibilização em apoio da
erradicação da SIDA. Oito das agências gerais Metodistas
Unidas cooperaram na materialização deste evento. A
GBCS será um dos principais organizadores para a
Conferência “Lighten the Burden IV” (Aliviar o fardo IV),
em Tampa, Fla., antes da Conferência Geral de 2012.
A GBCS ajudou ainda à realização da African
American Women & AIDS Conference (Conferência AfroAmericana sobre as Mulheres e a SIDA), em Março de
2011, em Columbia, S.C. As conferências do UM Global
AIDS Fund resultaram num distrito motivado e informado
para acção legislativa, especificamente o fundo dos EUA
para prevenção da SIDA, cuidado e tratamento da doença.
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Atribuição de poderes às mulheres
A GBCS continuará a enfatizar a ligação inter-agências
sobre financiamento internacional para a saúde, atribuição de
poderes das mulheres e problemas da população. A agência
enviou informação à sua Rede de Mulheres e Crianças acerca das seguintes iniciativas legislativas: A Ratificação dos
EUA da Convenção das N.U. para Eliminar Todas as Formas
de Discriminação contra as Mulheres; Lei Internacional de
Protecção às Raparigas Prevenindo contra o Casamento
Infantil, de 2009; Lei dos Recursos Globais e Oportunidades
para as Mulheres Lutarem (GROWTH Act, do inglês Global
Resources & Opportunities for Women to Thrive Act); e Lei
Internacional da Violência contra as Mulheres. O TBCS
recolheu 1.000 postais das Mulheres Metodistas Unidas
apoiando a Convenção das N.U. para Eliminar Todas as
Formas de Discriminação contra as Mulheres.
Em 2011, os esforços de sensibilização recaíram na reautorização da Lei da Violência contra as Mulheres, Lei de
Protecção das Vítimas de Tráfico, assim como mais financiamento para o planeamento familiar internacional.
A GBCS co-patrocinou um seminário sobre violência
doméstica na Conferência Anual da Virgínia em 2009. Cerca
de 150 participantes ouviram falar sobre este problema e quais
as oportunidades de sensibilização. Haverá três outras conferências sobre violência doméstica em Outubro, em parceria
com a Conferência Anual de Louisiana; em Março de 2012,
em parceria com a Conferência Anual de West Ohio com
duplo enfoque sobre violência doméstica e tráfico humano; e
em Abril de 2012 com a Conferência Anual de Pacific
Northwest. O objectivo destas conferências é formar as congregações sobre como responder à violência doméstica.
Foi publicado no sítio da Internet da GBCS um documento intitulado “Breaking the Silence” (Quebrando o
Silêncio) sobre violência doméstica e que pode ser descarregado, para uso nas diferentes igrejas locais.
A GBCS tomou medidas na Conferência Geral de 2008
quanto a atribuições relacionadas com a população e a saúde
das mulheres. Foram publicados artigos mensais sobre “O
Sexo e a Igreja”. Uma média de 2.701 pessoas leu os 21 artigos desta série todos os meses.
Um inquérito de 2010 aos leitores da “Fé em Acção”
(Faith in Action, FIA) indicava que 72% dos respondentes
queriam que a série continuasse. Como tal, “O Sexo e a
Igreja” irá continuar até Julho de 2012, incluindo 25 artigos
a partir desta comunicação.
Famílias Saudáveis, Planeta Saudável
A Junta Geral da Igreja e Sociedade ampliou o seu trabalho global sobre saúde, nomeadamente no que se refere à
saúde das mulheres, através de concessões da Fundação das
Nações Unidas.
Com uma mulher a morrer em cada 90 segundos devido a complicações durante a gravidez ou aborto, a Igreja
Metodista Unida faz divulgação do tema através de
“Famílias Saudáveis, Planeta Saudável“ (Healthy Families,
Healthy Planet) sobre a tragédia moral da mortalidade
materna que causa a morte de mais de 35.000 mulheres
todos os anos. Desde Janeiro de 2010 que o projecto
“Famílias Saudáveis, Planeta Saudável“ tem estado a trabalhar com as conferências anuais e o Congresso no sentido de
aumentar os fundos financeiros para o planeamento familiar
internacional, para as mais de 215 milhões de mulheres que
a ele não têm acesso no mundo.
O projecto, financiado pela Fundação das Nações Unidas,
chegou a mais de 9.400 Metodistas Unidos em 15 conferências anuais em todos os EUA. Os participantes nessas conferências escreveram mais de 900 cartas de apoio ao planeamento
familiar internacional aos seus membros do Congresso. Além
disso, “Famílias Saudáveis, Planeta Saudável“ participou em
20 reuniões pessoais com os principais legisladores, a fim de
discutir o apoio dos Metodistas Unidos no planeamento familiar internacional no âmbito do orçamento federal.
Em Outubro de 2011, “Famílias Saudáveis, Planeta
Saudável“ convocou sensibilizadores das suas 15 conferências
anuais alvo com profissionais em saúde materna, especialistas
em políticas de actuação e organizadores a nível de base. O
objectivo era atribuir poderes a esses sensibilizadores a fim de
realçar a relevância da saúde materna nas suas comunidades.
“Famílias Saudáveis, Planeta Saudável“ tem tido tal
sucesso que a Fundação das Nações Unidas prolongou a sua
concessão original por mais um ano.
Outro projecto GBCS financiado pela Fundação das
Nações Unidas, foi o “Operation Healing Hope” (Projecto
Esperança de Cura). O projecto tem como finalidade a educação e sensibilização acerca da fístula obstétrica, uma grave
condição médica que surge na altura do parto e que provoca
incontinência em mais de dois milhões de mulheres anualmente. Esta condição grave pode ser evitada com os cuidados
médicos adequados. Centenas de Metodistas Unidos participaram em fóruns sobre este problema, procurando sensibilizar
os políticos acerca da proposta de lei sobre casamento infantil,
e desenharam e costuraram quilts enviados para o Hospital de
Ganta em Libéria, para mulheres com fístula obstétrica.
Doença mental
A Conferência Geral mandatou a Junta Geral da Igreja
e Sociedade para trabalhar a favor daqueles que, nas nossas
congregações, sofrem de doenças mentais e as suas famílias.
Iniciou-se nos finais de 2010 uma National Training
Iniciative (NTI, Iniciativa Nacional de Formação, em português) a fim de tratar com o problema das doenças mentais.
A GBCS, em cooperação com oito outros grupos de fé, está
envolvido no planeamento desta iniciativa através da
“Pathways to Promise” (Caminhos para a Promessa).
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Igreja e Sociedade
A NTI formará as congregações no sentido de darem as
boas-vindas e o apoio a pessoas com doenças mentais bem
como as suas famílias. Uma acção de formação piloto
começou em St. Louis, Mo., com três módulos. Estes três
módulos estão disponíveis na Internet em www.pathways2promise.org e são: Saúde Mental 101: Uma
Introdução ao Ministério da Saúde Mental; Criação de uma
Equipa de Saúde Mental na sua Congregação; e
Companheirismo:Um Ministério de Presença.
Crucial para o sucesso do projecto é a participação de
múltiplas congregações de diferentes denominações em
proximidade geográfica. A intenção é tornar este esforço de
cobertura nacional. Para já, foram identificados outros sítios
no estado de Washington. Outros programas estão centrados
em Los Angeles, Cincinanati e Chicago.
Violência pelas armas
A Junta Geral da Igreja e Sociedade e as Mulheres
Metodistas Unidas estão entre os grupos de fé que anunciaram a formação de uma coligação diversa para enfrentar a
epidemia da violência pelas armas na América. O objectivo
da coligação é conseguir o apoio para políticas que reduzam
o número de mortes e feridos causadas por armas de fogo.
A comunicação da coligação, “Faiths United to Prevent
Gun Violence” (Fés Unidas para Prevenir contra a Violência
pelas Armas) veio à luz depois do tiroteio no tráfego em
Tucson, no dia 8 de Janeiro de 2011. A coligação era composta por 24 organizações de fé nacionais, incluindo cristãs,
judaicas, muçulmanas e sikh. Aprovaram uma resolução
apelando a “medidas eficazes de política pública”, a fim de
diminuir o número de mortes e feridos causado por armas de
fogo.
Os tiroteios de Tucson, em que seis pessoas morreram
e 13 ficaram feridas, entre elas a Congressista do Arizonas
Gabrielle Giffords, apressou a acção da coligação. As organizações membro escolheram Segunda-feira, Dia de Martin
Luther King Jr., para anunciar a nova coligação.
“A violência pelas armas é uma questão moral. “ Disse
Jim Winkler, Director Executivo da GBCS, presidente também das “Fés Unidas para Prevenir contra a Violência pelas
Armas”.”É simplesmente inconcebível que sacrifiquemos
32 das nossas mães, pais, irmãs e irmãos todos os anos por
causa de armas de fogo.”
As organizações membro das “Fés Unidas para
Prevenir contra a Violência pelas Armas” apelarão às suas
congregações locais, em todos os estados, que angariem
apoio para a criação de políticas de prevenção contra a violência pelas armas e cheguem até outras organizações de fé
para unirem esforços.
Paz com justiça (Peace with Justice)
A GBCS defende a Paz com Justiça para todo o Povo
de Deus. O Programa Paz com Justiça é um elemento essencial do ministério da agência. A área de trabalho da Paz com
Justiça da GBCS é apoiada pela oferta do Domingo Especial
Metodista Unido, que fornece recursos quer ao nível da conferência anual, quer ao nível da agência.
Graças a esta oferta, a GBCS pôde conceder mais de
US$200.000 em contribuições da Paz com Justiça neste
quadriénio. Em 2011, um projecto de conferência central e
17 projectos em quatro das cinco jurisdições norte-americanas receberam contribuições. O prémio da conferência
central foi entregue a um projecto dirigido aos jovens nas
Filipinas e um prémio de Northern Illinois destina-se a um
ministério no Sul do Sudão, por exemplo.
Entre as suas inúmeras iniciativas da Paz com Justiça, a
área de trabalho da GBCS dispendeu vários meses na sensibilização do novo Strategic Arms Reduction Treaty
(START) (Tratado Estratégico de Redução das Armas), o
qual foi ratificado pelo Senado norte-americano pouco antes
do Natal de 2010. A redução de armas nucleares tem sido
uma meta desde há décadas por parte da Igreja Metodista
Unida. É um Princípio Social e foi tema da carta pastoral do
Conselho dos Bispos, “In Defense of Creation” (Em Defesa
da Criação), redigida há mais de vinte anos.
Os esforços da Paz com Justiça da GBCS incluem a
sensibilização para um sistema económico internacional que
coloca total prioridade no alívio e erradicação da pobreza e
da doença. Uma parte substancial desse movimento é tentar
obter reformas das políticas e práticas das políticas
estrangeiras de ajuda norte-americanas.
Outros esforços da Paz com Justiça englobam redução
de gastos militares excessivos; o fim de conflitos como o
Afeganistão; o fim da agressão violenta e do terrorismo; o
apoio aos direitos humanos; e a construção e restauração de
comunidades viáveis, seguras e sustentáveis. Em última
instância, a agência tem procurado que o direito para os
cidadãos do Haiti ganhe voz na reconstrução do país assolado pelo terramoto.
A GBCS deu o seu testemunho sincero à condenação
do uso de minas terrestres e apoiou uma solução bilateral
entre Israel e a Palestina, cujas posições foram ambas adoptadas pela Conferência Geral.
Um dos actuais esforços da GBCS é formar os coordenadores da Paz com Justiça relativamente à ligação.
Mantém-se uma comunicação quase diária com estes coordenadores através de um grupo do Google.
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Fluxo e refluxo (Ebb-and-Flow Nature)
As actividades da GBCS em Capitol Hill personificam
muitas vezes um fluxo e refluxo, visto que a legislação se
move pelo Congresso norte-americano. Apesar de os
esforços continuarem em muitos dos assuntos de justiça
social identificados pela Conferência Geral, a intensidade da
sensibilização aumenta em temas específicos à medida que
a legislação se aproxima da decisão.
Por exemplo, a descrição do trabalho e área de enfoque
dos Direitos Civis e Humanos transferiu-se em resposta a
uma atenção crescente para uma reforma da imigração
abrangente. A sabedoria dessa transferência foi confirmada
pelas manchetes dos debates relacionadas com a imigração
em todo o país e as leis injustas promulgadas em vários estados. A transferência foi ainda reforçada pelo pedido de um
Conselho de Bispos e algumas conferências anuais para
expandir o nosso pessoal nesta área de ministério. A expansão
foi conseguida na reforma da imigração e da justiça criminal
através de contribuições positivas de fontes exteriores.
Actividades de sensibilização junto
das igrejas locais, conferências anuais
Os principais meios da GBCS para actividades de sensibilização são as suas Newsletters electrónicas semanais,
“Fé em Acção” (Faith in Action, FIA). A circulação aumentou de 9.542 em Novembro de 2005 para mais de 25.000
actualmente. A FIA apresenta aos seus assinantes artigos
que descrevem os ministérios de justiça social da Igreja
Metodista Unida em todo o mundo. Assinala também os
recursos que podem auxiliar no compromisso com estes
ministérios. Os artigos da FIA incluem novos relatórios, sermões, recursos de sensibilização, revisões de livros e
opiniões. Os seus artigos emanam de uma grande variedade
de fontes desde igrejas locais a agências gerais. Os artigos
da FIA são frequentemente retirados do Serviço Metodista
Unido de Notícias, e do Repórter Metodista Unido (United
Methodist Reporter), publicações da conferência anual e
outros outlets de média, como rádio e televisão.
Apesar de mandatados para promover os Princípios
Sociais e outros relatórios de cariz social da Conferência
Geral, os membros da GBCS compreendem que os
Metodistas Unidos não têm o mesmo ponto de vista em
todos os assuntos. Para facilitar uma comunicação bilateral
e cumprir mais um dos mandatos da Conferência Geral
solicitando informações sobre assuntos de justiça social, a
agência aceita comentários através de Cartas do Editor no
seu sítio da Internet e através de novos veículos de redes
sociais, como o Facebook e o Twitter. As chamadas telefónicas e os e-mails para a agência são monitorizados pela
sua relevância para os Princípios Sociais.
Todos estes mecanismos de entrada de informação permitem às pessoas expressarem as suas opiniões sobre as
posições de problemas sociais da Igreja Metodista Unida. São
ligações vitais para pessoas em igrejas locais, incentivando a
comunicação bilateral sobre temas sociais do dia a dia.
www.umc-gbcs.org
O sítio da Internet da GBCS, umc-gbcs.org, teve
650.000 visitantes únicos de mais de 200 países e territórios
desde o seu lançamento em Fevereiro de 2008.
As áreas de maior tráfego no sítio da Internet, tirando a
página inicial, incluem a “Fé em Acção” (Faith in Action,
FIA), os Princípios Sociais, páginas relacionadas com o pessoal e a administração, o centro de acção (umpower.org),
páginas de desenvolvimentod e liderança, a série “O Sexo e
a Igreja”, “UMs Do Not Torture” (As IMU não torturam), e
páginas por temas (sendo que o de maior consulta foi
Economic & Environmental Justice, em português Justiça
Económica e Ambiental). No total, foram consultadas no
sítio da Internet mais de 113.720 páginas 1,4 milhões de
vezes.
Entre as fontes para este tráfego na Internet, umc.org
está classificado em terceiro lugar no que se refere a consultas. A nossa página no Facebook classifica-se em quarto.
A nossa página de fãs do Facebook tem mais de 2.100 fãs e
cresce todos os dias. As restantes fontes para o tráfego do
sítio são, antes de mais, domínios de correio electrónico e
ligações a outras agências Metodistas Unidas, parceiros de
coligação, ou blogs.
A GBCS abriu uma conta Twitter em Fevereiro de 2009
e enviou mais de 1.086 tweets a 1.200 seguidores. Muitos
desses tweets são re-tweetados por outros.
As redes de acção foram criadas com actualizações legislativas, recursos e alertas a pessoas em tópicos concretos.
A GBCS trabalhou arduamente para aumentar estas redes
populares de Metodistas Unidos a nível de base e
começamos a ver resultados:
• Direitos Civis e Humanos aumentou de 3.532 em
2006 para 12.706.
• Paz com Justiça aumentou de 3.589 em 2007 para
9.637.
• Metodistas Unidos contra a Pena de Morte aumentou
de 5.511 em 2009 para 5.816.
• Assuntos de Mulheres e Crianças aumentou de 2.139
em 2005 para 6.580.
• Rede do HIV/SIDA aumentou de 3.766 em Abril de
2009 para 4.090.
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• Saúde e Bem-estar aumentou de 2.206 em Dezembro
de 2005 para 6.567.
• Álcool e Outras Dependências aumentou de 2.570
em Novembro de 2006 para 5.402.
Acção das N.U. está nos 4.780 e a Justiça Ambiental
em 6.377. Estas bases de assinantes começaram a espalharse, respectivamente, cada vez com maior interesse devido à
atenção internacional para os ODMs e, claro, o desastre
ambiental que representou o derramamento de petróleo em
Deep Horizon, no Golfo do México.
Uma nova rede de acção está a ser lançada para se
dedicar às crianças. Fará o número de redes de acção subir
para mais de uma dúzia.
Postais Fé e Factos (Faith & Facts Cards)
A GBCS produziu um recurso extremamente popular
chamado “Postais Fé e Factos” (Faith & Facts Cards), Estes
postais de um único assunto cobrem presentemente 18
temas, desde álcool e violência doméstica a pobreza e imigração. Estes postais coloridos, inicialmente criados para
um evento de juventude, viu a sua procura crescer para
tornar os ensinamentos sociais da denominação mais
acessíveis a um público alvo maior. Olhando para os temas
através das lentes do quadrilatero Wesleyiano, cada cartão
inclui as Escrituras, os pontos de vista dos Metodistas
Unidos, os factos e as oportunidades para uma reflexão e
acção pessoal. A GBCS distribuiu já mais de 180.000
postais, os quais podem ser inseridos em boletins ou usados
por grupos de estudo.
Vários destes cartões foram adaptados para serem utilizados em África e por isso incluem a linguagem do comunicado sobre pobreza dos bispos africanos. Dados
específicos do país são inseridos em “factos”, para aumentar a relevância das conferências anuais fora dos EUA.
As inserções nos boletins de Princípios Sociais foram
introduzidas em 2011. Cada inserção trata de um Princípio
Social da Igreja Metodista Unida. A maior parte das
inserções estão dos dois lados, oferecendo as Escrituras,
oração, leituras, sugestões de medidas e um fragmento acerca da actividade Metodista Unida relacionada com o
Princípio Social.
Estas inserções estão a ser actualizadas com outros
Princípios Sociais à medida que surgem. Diversas igrejas
locais solicitaram um boletim de Princípios Locais que se
prenda com algo que ocorra na sua comunidade. Foram produzidos rapidamente e adicionados à lista de inserções que
podem ser descarregadas no sítio da Internet da GBCS.
Para apoiar as igrejas locais e as conferências anuais na
consciencialização dos Objectivos do Milénio para erradicar
a pobreza, a GBCS produziu postais de bolso salientando os
ODMs. Tornaram-se tão populares que a agência fez uma
segunda edição. Mais de 50.000 foram produzidos e distribuídos até ao momento.
A GBCS iniciou programas este quadriénio para
aumentar a frequência dos contactos com os distritos. Entre
eles contam-se chamadas em conferência mensais com os
presidentes das Juntas da Igreja e Sociedade e os coordenados da Paz com Justiça. Foram formados grupos Google
dedicados a áreas de trabalho específicas.
Eventos de longa duração
A GBCS continua a estar envolvida em vários eventos
de longa duração. A agência ajuda a planear e a promover
Dias de Sensibilização Ecuménica, uma programa de
devoção anual, reflexão teológica e oportunidades de aprendizagem e testemunho na capital dos EUA. Todos os anos,
os Metodistas Unidos que participam se reúnem com a
GBCS e pessoal da Divisão Feminina.
Este evento anual para reforçar a nossa voz cristã e
mobilizar a defesa de um leque alargado de temas domésticos e de política internacional contou com um componente
Metodista Unido cada vez mais forte nos últimos anos. Por
exemplo, o Bispo Carcaño realizou uma palestra num dos
anos.
A GBCS fortaleceu a sua colaboração com actividades
de “cuidado na criação” tanto nas Jurisdições Sudeste como
nas Centrais Sul. O que começou como um compromisso
oratório único para os colaboradores transformou-se em
total colaboração com vista ao desenvolvimento e angariação de recursos das conferências anuais “cuidados da criação” em todas as jurisdições. Vitais para as reuniões são
ocasiões para o diálogo entre os responsáveis dos “cuidados
da criação” nas conferências anuais. Estas ligações formaram a lista inicial de responsáveis para reuniões de carácter mensal e de estratégia de energia que são agora
ecuménicas e incluem responsáveis de todos os EUA.
A GBCS trabalha em estreita cooperação com a comissão de planeamento da Lake Junaluska Peace Conference e
co-patrocinadores do seu evento de paz anual onde participam centenas de pessoas. Outras jurisdições abordaram a
agência sobre eventos semelhantes.
Ministério do Testemunho Presencial, Acção
A GBCS possui um ministério activo e relevante na
educação, testemunho presencial e acção, como mandatado
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pela Conferência Geral. A agência está nas linhas da frente
dos esforços de justiça social em todo o mundo, seguindo os
passados que John Wesley deu há mais de 2 séculos atrás.
Este ministério tem um elevado perfil, gerando tanto o
suporte como a crítica em toda a Igreja Metodista Unida.
Um dos temas mais quentes que a GBCS teve que
enfrentar, por exemplo, adveio da Conferência Geral de
2008. Mandatava que a GBCS criasse um grupo de trabalho
para estudar e relatar a homofobia e o heterossexualismo.
Assim, a agência criou os recursos necessários para
erradicar a homofobia e o heterossexualismo. Foi criada
uma página na internet para distribuição destes recursos e
como local de reunião de outra informação sobre este tema.
O presente relatório deverá dar aos delegados da
Conferência Geral uma perspectiva da enorme variedade de
temas de justiça social que os Metodistas Unidos abordam.
Embora longo, não está nem por sombras completo. A
GBCS presta orientação e os recursos necessários às bases
entre os Metodistas Unidos, de modo a erradicar as
injustiças que avassalam o mundo.
John Wesley declarou há mais de 200 anos atrás que o
evangelho de Cristo não conhece a religião, mas o social,
não a santidade mas a santidade social. O Conselho dos
Bispos reiterou aquela forte postura na sua Carta Pastoral
2009 e documentos que apelam a que os Metodistas Unidos
tomem medidas contra a pobreza e a doença pandémicas, a
degradação ambiental e a proliferação das armas e da violência.
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Tal como sucede com outras agências Metodistas
Unidas, o ministério da GBCS deve ser avaliado em permanência à luz das considerações financeiras. A recente
recessão não só afectou a receita do investimento, mas também, como referido acima, teve um impacto adverso na
receita estimada do Fundo Mundial de Serviço. Isto altera o
ponto central do que é necessário fazer-se e de como fazê-lo
com menos recursos.
A Conferência Geral Metodista Unida declarou a sua
oposição à pena de morte, guerra, jogo, pornografia, uso do
álcool e do tabaco, racismo, perseguição religiosa e muitos
outros perigos. Declarou também o seu apoio a um meio
ambiente limpo, à qualidade da educação, à separação da
igreja e do estado, à distribuição equitativa da riqueza, e a
outros fins sociais desejáveis. A história provou que estes
são esforços a longo prazo e a história mais recente provou
que o progresso pode ser obtido através da diligência e da
lealdade à visão de Deus.
O último século assistiu a enormes passos em frente
com o movimento dos direitos civis, movimento feminino,
o movimento de justiça ambiental, os movimentos para pôr
fim ao apartheid e às armas nucleares, e ao movimento para
defesa dos direitos e da dignidade de todas as pessoas. Estes
são, na sua essência, questões morais e espirituais. A Igreja
Metodista Unida tem sido uma parte importante destes
esforços. A Junta Geral da Igreja e Sociedade tem um papel
preponderante na facilitação do envolvimento dos
Metodistas Unidos em movimentos de justiça social em
todo o mundo.
A Conferência Geral marcou fortes posturas de justiça
social dos Metodistas Unidos ao longo de décadas. A
Conferência Geral aborda todas as reuniões com a questão
do que a Igreja de Jesus Cristo deveria e deve dizer acerca
dos temas cruciais da actualidade e que, por outro lado,
estão também em constante mutação.
A transformação de um mundo vítima de tantos séculos
de guerra, fome, pestilência e peste negra só será alcançada
trabalhando a todos os níveis no seio da igreja, com um
enfoque comum, como aquele materializado nas Quatro
Áreas de Enfoque. Contudo, elas não são mais do que isso:
só quatro áreas. A nossa fé ordena-nos que lidemos com elas
e muitas outras na esperança que ocorra uma transformação
verdadeira.
A Junta Geral da Igreja e Sociedade continua o legado
de ser uma voz profética num mundo repleto de injustiças
que impedem o aqui na terra como no céu. A GBCS tenta
conseguir fielmente a implementação dos Princípios
Sociais, sendo sua primeira responsabilidade segundo a
Disciplina e outras declarações adoptadas pela Conferência
Geral no que se refere a problemas sociais cristãos.
É esse o papel da Junta Geral da Igreja e Sociedade.
Esta agência lavra o solo e deita as sementes que produzirão
as plantas que mais tarde irão aliviar a cura e rectificar situações que exigem uma transformação. No entretanto, os
Ministérios da Misericórdia são cruciais, mas os ministérios
da justiça são necessários para uma transformação verdadeira.
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Relatório à Conferência Geral de 2012 sobre a Criação Renovada de
Deus: Apelo à Esperança e à Acção do Grupo de Trabalho do
Conselho de Bispos sobre o tema Na Defesa da Criação
Excertos da Carta Pastoral e do Documento da
Fundação Criação Renovada de Deus: Apelo à Esperança e
à Acção . . .
2009, os documentos foram traduzidos para sete línguas faladas no mundo Metodista Unido. Estão disponíveis impressos e online para descarregamento gratuito.
Porque eu bem sei os pensamentos que tenho a vosso
respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz, e não de mal,
para vos dar o fim que esperais. Jeremias 29:11
Você pediu . . . , os seus bispos lideraram . . . , a igreja
desenvolveu . . . , e os indivíduos, as congregações e os grupos adoptaram a Criação Renovada de Deus: Apelo à
Esperança e à Acção.
O evangelho de Cristo não conhece nenhuma
religião, que não a social. Nenhuma santidade,
se não a santidade social. John Wesley
O que fez o conselho com esta importante
incumbência
Praticamos uma santidade social e ambiental cuidando das pessoas de Deus e do planeta de Deus e desafiando
aqueles cujas políticas e práticas negligenciam os pobres,
exploram os fracos, apressam o aquecimento global e produzem mais armas. . . . Não conseguimos mudar o mundo
até mudarmos a nossa forma de estar no mundo.
Carta Pastoral
Durante um período de três anos, o Grupo de Trabalho
convocado pelo Bispo Timothy Whitaker realizou entrevistas e painéis com especialistas, parceiros ecuménicos e
inter-religiosos e estudiosos bíblicos e teológicos nos nossos
seminários e centros de investigação. Funcionários das
Juntas Gerais da Igreja e Sociedade, e de Educação Superior
e Ministério providenciaram apoio.
A vossa incumbência para os bispos
O tema escolhido pelo Grupo de Trabalho encontra-se
descrito na Carta Pastoral:
Em 2004, a Conferência Geral incumbiu e financiou
o Conselho de Bispos para revisitar a sua Carta Pastoral
da era da Guerra Fria de 1986, Na Defesa da Criação: A
Crise Nuclear e uma Paz justa. O documento histórico
foi uma mensagem urgente sobre a ameaça crescente de
guerra nuclear e de extinção da vida através de um
“inverno nuclear”. Foi um lembrete urgente de que “Este
mundo pertence a Deus, ‘precioso precisamente porque
não é nossa criação.’” Declarou um claro e incondicional
“Não” à guerra nuclear e a qualquer utilização de armas
nucleares. (Documento de Base Criação Renovada de
Deus)
A Conferência Geral pediu ao Conselho que revisse
estes documentos “educando e encorajando a membros de
igreja, os cidadãos e os governos a procurar formas de
alcançar a uma paz justa.” (Resolução 8004, Livro de
Resoluções de 2008)
Os resultados foram os documentos da Criação
Renovada de Deus: Apelo à Esperança e à Acção: a Carta
Pastoral; a Carta Pastoral no Contexto Litúrgico; o
Documento de Base que inclui histórias reais e atribui rostos aos problemas; guias de estudo para adultos, jovens e
crianças e recursos baseados na Web. Adoptados com voto
de unanimidade no Conselho dos Bispos em Novembro de
“A criação de Deus está em crise. Nós, os bispos da
Igreja Metodista Unida, não podemos permanecer em
silêncio enquanto o povo de Deus e o planeta de Deus
sofrem. . . . A nossa negligência, o nosso egoísmo e orgulho têm fomentado:
• a pobreza e a doença pandémicas,
• a degradação ambiental e
• a proliferação de armas e violência.”
O Grupo de Trabalho promoveu dezenas de grupos
incluindo múltiplas gerações e globais de consulta e especializados. Foi realizado um inquérito abrangente online
direccionado aos jovens dentro e fora da nossa igreja. Este
processo só foi possível com o apoio das Juntas Gerais da
Igreja e Sociedade, do Discipulado, de Educação Superior
e Ministério e as Comunicações Metodistas Unidas. Ao
longo de dois anos, centenas de participantes de Escolas
Regionais e de Conferências da Missão Cristã foram
sujeitos a um inquérito com o apoio das Mulheres
Metodistas Unidas e da Divisão de Mulheres da Junta
Geral de Ministérios Globais.
Ao todo, mais de 5000 pessoas de fé e boa vontade e
indivíduos interessados com idades compreendidas entre os
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11 e os 88 anos falaram acerca dos seus receios e preocupações com o futuro e com as suas famílias. Também nos
falaram acerca do que esperavam que os bispos falassem na
sua mensagem acerca da ameaça tripla interligada para o
povo, planeta e paz de Deus.
Os bispos ouviram claramente estas mensagens e testemunhos:
• Falaram para os nossos receios, ansiedades, frustrações e preocupações para o futuro;
• Levaram-nos a uma confissão da nossa ganância e
egoísmo;
• Lembraram-nos das nossas bases bíblicas e teológicas e a paixão Wesleyana pela santidade social;
• Chamaram-nos para a transformação de estilos de
vida, sistemas e estruturas sustentáveis, suficientes e
justos;
• Darmos especial atenção ao sentido de urgência e
impaciência dos nossos jovens que enfrentam estas
crises;
• Mostraram-nos o que podemos fazer na oração, estudo e acção e exemplificar através da acção episcopal
de que forma podemos transformar os receios e preocupações em esperança e acção.
Abraçar a mensagem e estudar os problemas
De 2010 a 2012, os indivíduos, grupos, classes, congregações e unidades têm vindo a utilizar o Guia de Estudo.
Têm vindo a conduzir actividades, discussões educacionais
e planeamento de acções, incluindo a avaliação da pegada
de carbono das casas, igrejas, escritórios e funcionamento
das conferências.
O feedback recebido durante a preparação dos documentos indicou que o conhecimento geral dos problemas era
desequilibrado e por vezes desactualizado. Nessa sequência,
o Estudo foi concebido para actualizar informações e criar
esperança através de acções nas nossas comunidades e igrejas.
Centenas de grupos de estudo, Escolas de Missão e
posteriormente inquéritos de escritórios episcopais/conferenciais, milhares de Metodistas Unidos e parceiros da fé
acederam ao sítio de internet hopeandaction.org e defenderam políticas justas e sustentáveis a nível estatal e nacional e
reuniram jovens que manifestarem cinismo em que a igreja
poderia fazer algo para fazer a diferença para o seu futuro.
O Conselho dos Bispos antecipou que os documentos e
estudos tornar-se-ão mais relevantes, desafiantes e inspiradores na próxima década.
Os bispos responderam às suas próprias preces
Os bispos ouviram que vocês têm esperança que eles
vos liderem pelo exemplo, pelo seu próprio estudo e acção.
Compreenderam a importância de mostrar a sua capacidade
de transformar as suas próprias acções para se juntarem à
acção de renovação de Deus contra as ameaças interligadas,
tema central da sua Carta Pastoral. Efectuaram nove compromissos para a renovação, transformação e alteração que
constituem uma secção importante da Carta.
Os destaques do Conselho e do progresso da igreja
desde novembro de 2009 incluem o seguinte:
Conferências anuais focalizadas nos temas da Paz e da
Justiça e a Criação Renovada de Deus; conferências anuais
nos Estados Unidos da América e em conferências centrais
que enviam petições para a Conferência Geral de 2012 para
mais acções; bispos individuais que fazem preces individuais para monitorizar a pegada de carbono dos seus
escritórios e efectuar alterações que beneficiem o orçamento e o planeta, incluindo plantar árvores em eventos da igreja e defender melhores políticas ao nível estatal e local;
escritórios episcopais que se comprometem a abraçar mais
estratégias de telecomunicações para reuniões com vista a
reduzir as despesas de transporte e o impacto ambiental.
Um compromisso notável veio das conferências anuais
e dos líderes da Conferência da Europa Central e do Sul da
Europa Central ao contribuírem com fundos para os ministérios principais para diminuir o impacto do dióxido de carbono nas suas reuniões. Apoiaram esforços para aprovar
legislação nacional para limitar o acesso a armas. Mais
ainda, várias conferências anuais da IMU destacaram membros do programa para a criação de ministérios para a
prestação de cuidados. Até ao Verão de 2011, mais de metade
dos bispos nos Estados Unidos da América realizaram avaliações da pegada de carbono dos seus escritórios e operações
para reduzir despesas e o impacto ambiental.
Especialmente encorajante tem sido a resposta dos
jovens nos Seminários MU em Nova Iorque e Washington,
D.C., e em sessões de treino de familiarização da Igreja e
Sociedade para membros clérigos jovens em todo o mundo.
Seminários sobre os Princípios Sociais nos Estados Unidos
da América, Rússia, Filipinas e na Universidade de África
têm visado a Criação Renovada de Deus.
Em algumas nações, os bispos e líderes de conferências
anuais participaram na defesa de leis no que diz respeito ao
acesso a armas, à Lei de Ar Limpo (Clean Air Act) nos EUA
e políticas ambientais e ao pacto de Novo INÍCIO entre os
Estados Unidos da América e a Rússia para limitar as armas
nucleares. O Conselho dos Bispos e alguns bispos individuais desempenharam papéis significativos no encorajamento
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de membros do Senado dos EUA para a rectificação, na
véspera do Natal de 2010, do Novo Tratado Estratégico de
Redução de Armas.
publicação de comunicações, operações web, revisões
académicas, desenvolvimento curricular, e as redes de
jovens adultos e jovens.
Os bispos emitiram declarações e escreveram posts para
meios de comunicação religiosos e importantes sobre assuntos
principais na Carta Pastoral. O sítio de internet hopeandaction.org proporcionou com sucesso meios de comunicação,
Domingos Especiais, seminários e recursos ecuménicos e
inter-religiosos sobre eventos actuais. O sítio de internet foi
seguido por mais de 2000 pessoas que se comprometeram nos
ministérios da paz, justiça, criação de prestação de cuidados e
desarmamento. Foi um recurso importante e complementar
dos Guias de Estudo para adultos e jovens.
Agradecimentos especiais aos directores e ao pessoal
destas agências gerais: Igreja e Sociedade, especialmente ao
Programa Paz com Justiça; Discipulado, especialmente aos
ministérios de Melhores práticas e Jovens; Casa Pulicadora
Metodista Unida; Educação Superior e Ministério;
Comunicações MU; A Mesa Conexional; Arquivos e
História, Ministérios Globais e a Unidade Cristã e Assuntos
Inter-religiosos.
Recomendações para o futuro
1. A Conferência Geral e o Conselho dos Bispos
devem determinar como manter a Criação Renovada de
Deus perante a denominação no próximo quadriénio. Por
exemplo, utilizar as porções litúrgicas da Carta Pastoral da
Conferência Geral para a adoração e oração em pequenos
grupos; encorajar os pastores a pregar sobre os temas e
desafios; fomentar eventos Paz com Justiça, eventos de
defesa e acção ou fazer com que os bispos partilhem a sua
acção sobre os compromissos através de viagens de
exposições e reuniões.
2. Os elementos-chave deste projecto foram avaliados
e devem ser considerados para projectos futuros: múltiplas
traduções dos documentos para aumentar a acessibilidade e
feedback; a atenção focalizada nos jovens, leigos e líderes
do clero de conferências anuais; e a agilidade do sítio Web
hopeandaction.org para partilhar planos e acções realizados
pela igreja.
3. Celebramos o resultado deste projecto. Forneceu-nos
um excelente retorno sobre um investimento inicial muito
modesto feito pela Igreja Geral. O financiamento para a
implementação inicial do projecto, através de um gestor de
projectos, provou ser essencial. As agências gerais fizeram
significativas contribuições monetárias e em espécie. Sem
este financiamento e estas contribuições, o excelente retorno
não teria sido alcançado. A colaboração de todas as agências
gerais, a sua contribuição para o fundo, os conhecimentos do
pessoal e o trabalho em rede alcançado foram de valor inestimável para o sucesso.
4. A Criação Renovada de Deus só poderia ter sido
alcançada ao nível da igreja geral da nossa denominação. Os
bispos têm ideias e perspectivas, mas contaram com a colaboração e experiência dos directores das agências gerais e do
pessoal para realizar o projeto. Isto foi especialmente verdadeiro no que diz respeito à tradução, pesquisa, edição e
5. A Criação Renovada de Deus melhorou o padrão
para as Cartas Pastorais Episcopais de várias maneiras
importantes. Estas poderão ser consideradas em projectos
futuros: a abordagem na investigação e estudo do Grupo de
Trabalho; realização de inquéritos a milhares de pessoas; a
focalização nas preocupações globais dos jovens e a agilidade de um website de apoio e fácil de utilizar e estratégias
de trabalho em rede.
6. Celebramos os milhares de indivíduos, congregações e grupos baseados na fé que contribuíram tão generosamente para a Criação Renovada de Deus. Incentivamos
com orações a continuação do estudo de documentos e a
implementação das respectivas recomendações. Sugerimos
que a Conferência Geral reveja esta mensagem Pastoral em
cada quadriénio sucessivo por causa da necessidade urgente
contínua de reforçar os nossos ministérios de reconciliação,
renovação e paz para a boa criação de Deus.
Membros do Grupo de Trabalho:
Bispo Timothy Whitaker (Florida) Responsável pelas convocações
Bispo Warner Brown Jr. (Califórnia-Nevada)
Bispo Charlene Kammerer (Virgínia)
Bispo Jane Middleton (Susquehanna)
Bispo Don Ott (reformado, Jurisdição do Norte Central)
Bispo Patrick Streiff (Europa Central e Europa do Sul)
Bispo Joe Wilson (reformado, Jurisdição do Sul Central)
Pessoal:
John Hodges (Ministérios dos Jovens, Junta Geral do Discipulado)
Jim Winkler (Secretário-geral, Junta Geral da Igreja e Sociedade)
Larry Hollon (Secretário-geral, Comunicações
Metodistas Unidas)
Deb Smith (Director das Melhores Práticas, Junta Geral
do Discipulado)
Mary Catherine Dean (Editor-chefe, Editora MU)
Stephen Sidorak (Secretário-geral da Unidade Cristã e
Assuntos Inter-religiosos)
Patricia Callbeck Harper, Gestora de Projecto.
Submetido por:
Bispo Charlene Kammerer do Grupo de Trabalho do Conselho
dos Bispos
Bispo Neil Irons, Secretário Executivo do Conselho dos Bispos
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Alterações Propostas ao Livro da Disciplina
¶159.
Número da petição: 20544-CA-¶159-G; Shaffer, John J.,Stanwood, WA, EUA pela Conferência Anual do Pacífico
Noroeste. 10 petições similares.
Jurídico (1021) disse “é legal e legítimo reconhecer
oficialmente a nossa diferença de opinião sobre questões
vitais”. Fundamentalmente, é uma questão de honestidade e
integridade.
Preâmbulo dos Princípios Sociais da IMU
¶160.
Alterar O Livro de Disciplina através da adição do
seguinte parágrafo ao Preâmbulo para os Princípios Sociais
(Parte IV, página 98, Livro de Disciplina de 2008):
Temos de reconhecer que, porque é um corpo vivo de
crentes, reunidos por Deus de muitos segmentos diversos
da comunidade humana, a unanimidade de crença, opinião,
prática, nunca foram características da Igreja desde o seu
início até este dia. Desde tempos remotos, como
evidenciado nas cartas de Paulo, o testemunho dos
Evangelhos, os Actos dos Apóstolos e outros textos do
Novo Testamento, diversidade de compreensão e
controvérsia relativamente a muitas questões tem sido a
realidade. Portanto, sempre que diferenças significativas de
opinião entre os fiéis cristãos ocorrem, algumas das quais
continuam a dividir a Igreja profundamente hoje em dia,
nem surpresa ou desânimo devem separar os membros do
Corpo uns dos outros; nem devem essas diferenças ser
cobertas com falsas alegações de consenso ou unanimidade.
Pelo contrário, tal conflito deve ser encarado com coragem
e perseverança enquanto todos juntos continuamos a
procurar discernir a vontade de Deus. Nesse entendimento
e compromisso, comprometemo-nos a reconhecer e a
encarar com coragem, confiança e, espero que essas
controvérsias que surgem entre nós, as aceitemos como
prova de que Deus não tenham terminado de nos esculpir
para sermos o povo de Deus. Comprometemo-nos a ficar
unidos em declarar a nossa fé que a graça de Deus está
disponível para todos, que nem a crença nem a prática nos
pode separar do amor de Deus. Nessa confiança,
comprometemo-nos a continuar a estar em diálogo
respeitoso com aqueles com quem discordamos, para
explorar as fontes das nossas diferenças, para homenagear
o valor sagrado de todas as pessoas e para dizer a verdade
sobre as nossas divisões, à medida que continuamos a
procurar a mente de Cristo e a fazer a vontade de Deus em
todas as coisas.
Fundamentação da petição:
Este parágrafo lida com a “nossa unidade entre uma
diversidade de opiniões”, que experimentamos muitas
vezes na discussão das questões sociais. O nosso Conselho
Número da petição: 20446-CA-¶160.B-G; Wenner,
Rosemarie,- Frankfurt para o Comité Executivo da
Conferência Central da Alemanha. 1 petição similar.
Utilização de Recursos Energéticos
Eliminar o ¶160 B) e substituí-lo por novo texto:
Ao afirmar o valor inerente da criação não-humana,
apoiamos e incentivamos as políticas sociais que são
direccionadas para a transformação racional e sensata, de
partes do mundo não-humano, em energia para utilização
humana e que reduzem ou eliminam as tecnologias
produtoras de energia que ameaçam a saúde, a segurança e
até mesmo a existência humana presente e futura e a
criação não-humana. Além disso, nós incitamos
profundamente ao apoio da conservação da energia e ao
desenvolvimento responsável de todos os recursos
energéticos, com especial atenção ao desenvolvimento de
fontes de energia renováveis, e que a generosidade da terra
possa ser afirmada.
Toda a terra é a boa criação de Deus e como tal tem um
valor inerente. Estamos cientes que a utilização correcta
dos recursos energéticos ameaça esta criação no seu âmago.
Como membros da Igreja Metodista Unida, estamos
comprometidos para aproximar a criação, produção
energética e especialmente os recursos de criação numa
forma responsável, cuidadosa e económica. Apelamos que
as medidas sejam tomadas sem consideração a custos.
Todos devem adaptar o seu estilo de vida para um consumo
médio de energia que respeite os limites do planeta terra.
Apenas pode ser emitida uma tonelada de CO2 por pessoa
e por ano. Defendemos veementemente a prioridade do
desenvolvimento de energias renováveis. Os depósitos de
recursos de carbono, petróleo e gás são limitados e a sua
utilização contínua acelera o aquecimento global. A
utilização de energia nuclear não é solução para evitar as
emissões de CO2. As centrais de energia nuclear são
vulneráveis, inseguras e representam riscos de saúde
potenciais. O armazenamento permanente e seguro de
resíduos nucleares não pode ser garantido. Por isso, não é
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responsável que as gerações futuras as operem. A produção
de biocombustíveis e a utilização de centrais de biomassa
têm uma classificação mais baixa do que a provisão de
abastecimento de comida segura e a existência continuada
para pequenos negócios de agricultura.
Fundamentação da petição:
Somos globalmente responsáveis pelo nosso estilo de
vida. A alteração climatérica e o consumo imoderado de
recursos irá conduzir à destruição das nossas bases de vida.
A energia nuclear não é compatível com a integridade da
criação e é irresponsável para as gerações futuras. As
energias renováveis devem ser desenvolvidas primariamente.
¶160.
Número da petição: 20816-CA-¶160.C-G; Hanson, Jaydee, Arlington, VA, EUA pela Equipa de Ministério de Cuidadores
da Criação de Deus (Caretakers of God’s Creation).
Vida Animal
Apoiamos os regulamentos que protegem e conservam a
vida e a saúde dos animais, includindo aqueles que asseguram
o tratamento humano dos animais de estimação, e outros
animais domésticos animais domesticados, animais utilizados
em investigação, animais selvagens, e métodos de abate
indolores dos animais utilizados na alimentação, peixes, e
aves. Incentivamos a preservação de toda a espécie animal,
incluindo as ameaçadas de extinção. Reconhecemos que a
exploração comercial descontrolada de animais selvagens e a
destruição dos ecossistemas, dos quais estes dependem,
ameaçam o equilíbrio dos sistemas naturais, compromete a
biodiversidade, reduz a resiliência e ameaça os serviços do
ecossistema. Incentivamos o compromisso à execução eficaz
de regulamentos nacionais e internacionais e de directrizes
para a conservação de todas as espécies animais, com
particular apoio à protecção daqueles ameaçados de extinção.
Fundamentação da petição:
A declaração actual sobre a vida animal nos Princípios
Sociais, destaca primeiramente os animais domesticados e
os animais usados em investigação. Propomos alterar o
parágrafo para reflectir a necessidade em preservar o vasto
número das espécies animais ameaçadas pela destruição
provocada pelos humanos destas criaturas e dos ambientes
em que vivem.
¶160.
Número da petição: 20607-CA-¶160.D-G; Tooley, Mark,Fairfax, VA, EUA.
187
Boa gestão global
Eliminar a alínea 160D D) Gestão do clima mundial—
Reconhecemos o impacto mundial do desrespeito do Homem
pela criação de Deus. A industrialização desenfreada e o
correspondente aumento da utilização de combustíveis
fósseis levaram a uma acumulação de poluentes na atmosfera
da Terra. Estas emissões de “gases de efeito de estufa”
ameaçam alterar drasticamente o clima da Terra para as
gerações vindouras com graves implicações ambientais,
económicas e sociais. Os impactos adversos da mudança
climática global afectam desproporcionalmente os indivíduos
e as nações menos responsáveis pelas emissões. Apoiamos,
portanto, os esforços de todos os governos de exigirem
reduções obrigatórias nas emissões de gases de efeito de
estufa e pedir aos indivíduos, congregações, empresas,
indústrias e comunidades que reduzam as suas emissões.
E substituí-la pela alínea 160D) Boa gestão global –
Defendemos políticas que promovam ar, água e terra limpos.
A água potável é um aspecto especialmente urgente em
grande parte do Sul Global. O controlo de pragas que
espalham doenças, como os mosquitos que transmitem a
malária, é igualmente uma necessidade urgente que afecta
milhões de vidas. A administração Cristã exige uma gestão
cuidadosa de todos os recursos naturais, salvaguardando a
vida humana sagrada. O desenvolvimento económico
profundo é necessário para aumentar o padrão de vida de
centenas de milhões de pessoas que vivem na pobreza.
Encorajamos a cooperação entre governos, indústrias,
entidades filantrópicas, grupos de assistência, instituições
religiosas e indivíduos para a protecção da terra, água e ar,
ao mesmo tempo que visam proteger a saúde humana e
promover a prosperidade global.
¶160.
Número da petição: 20812-CA-¶160.F-G; Preston, Cathy,Erie, PA, EUA.
Ciência & Tecnologia
Alterar o Livro da Disciplina, Ciência e Tecnologia
160F da seguinte forma:
160 F) Ciência e Tecnologia— Reconhecemos a
ciência… Achamos que as descrições cientificas de evolução
cosmológica, geológica, e biológica da cosmologia, da
geologia, e da biologia não estão em conflito com a teologia.
Reconhecemos as tecnologias médicas, técnicas, e
científicas como uso legítimo do mundo natural de Deus,
quando tal uso realça a vida humana e permite todas as
crianças de Deus desenvolver o seu potencial criativo dado
por Deus, sem violar as nossas convicções éticas sobre o
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relacionamento da humanidade com o mundo natural. Nós
reexaminamos reafirmamos as nossas convicções éticas…
Fundamentação da petição:
Toda a Escritura, ensino e tradição Cristã declara que
Deus é o Criador. A Teoria da Evolução não é um facto
irrefutável, mas somente um modelo para interpretar os
dados científicos, tendo insuficiências baseadas nos registos
fósseis e na concepção da vida. A IMU arrependeu-se por
apoiar a eugenia, uma aplicação social da evolução de
Darwin.
Defendemos oportunidades de agricultura locais,
sustentáveis e em pequena escala para que as comunidades
se possam alimentar. Condenamos as políticas que tornam os
alimentos inacessíveis às comunidades onde crescem e aos
trabalhadores agrícolas envolvidos no seu crescimento.
Fundamentação da petição:
Apoiamos políticas que aumentem o acesso a alimentos
de qualidade, particularmente para aqueles com menos
recursos. Condenamos as políticas que tornam os alimentos
inacessíveis às comunidades onde crescem e aos
trabalhadores agrícolas envolvidos no seu crescimento.
¶160.
Número da petição: 20850-CA-¶160.F-G; Moneyham,
John,- Panama City, FL, EUA.
Ciência e Tecnologia
Emendar o ¶160.F conforme a seguir se descreve:
Reconhecemos a ciência como interpretação legítima
do mundo natural de Deus. Afirmamos a validade dos
resultados da ciência relativamente à descrição do mundo
natural e a determinar o que é científico. Opomo-nos a que
a ciência faça declarações autoritárias acerca de assuntos
teológicos e que a teologia faça declarações autoritárias
sobre assuntos científicos. Consideramos que as descrições
da ciência acerca da evolução cosmológica, geológica e
biológica não estão em conflito com a teologia.
Reconhecemos médica, técnica e científica...
Fundamentação da petição:
A Igreja Metodista Unida não deveria tomar posição a
favor da evolução. Em vez disso, a nossa Igreja deve
incentivar todos os membros a exercer a sua própria vontade
dada por Deus para tomar decisões individuais acerca da
criação.
¶160.
Número da petição: 20447-CA-¶169.G-G; Wenner,
Rosemarie,- Frankfurt para o Comité Executivo da
Conferência Central da Alemanha. 1 petição similar.
Segurança Alimentar
Emendar a última frase do segundo parágrafo
Pretendemos a análise independente de resíduos
químicos nos alimentos, e que os alimentos contaminados
com níveis perigosos de pesticidas, herbicidas ou fungicidas
sejam retirados do mercado; resíduos de medicamentos de
antibióticos,
esteróides
ou
hormonas
animais;
contaminadores devido à poluição que são transportados por
ar, terra ou água de centrais de incineração ou de outras
operações industriais. Apelamos a um rotulamento
esclarecedor para todos os alimentos processados ou
geneticamente modificados, com um teste de segurança
obrigatório antes da colocação no mercado.
Fundamentação da petição:
A expressão “alimentos alterados” pode incluir os
alimentos geneticamente modificados. Contudo, é mais
explícito nomear uma questão maior entre consumidores e
produtores de alimentos.
¶160.
Número de petição: 20142-CA-¶160.G; Winkler, James,Washington, DC, EUA para a Junta Geral de Igreja e
Sociedade.
Justiça alimentar
Alteração do Princípio Social parágrafo 160 G
Segurança alimentar da seguinte forma:
Alterar título: Segurança Justiça alimentar
Inserir terceiro parágrafo novo: Apoiamos políticas que
aumentem o acesso a alimentos de qualidade,
particularmente para aqueles com menos recursos.
¶163.
Número de petição: 20137-CA-¶163; Winkler, James,Washington, DC, EUA para a Junta Geral de Igreja e
Sociedade.
Participação económica em negócios e Corrupção
Novo parágrafo no parágrafo 163 intitulado
Participação económica em negócios e Corrupção
A boa criação de Deus, a plenitude da sua generosidade e
as relações de amor e carinho que se interligam são destinadas
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por Deus a serem gozadas em liberdade e gestão responsável.
Reverenciar a criação de Deus é um dever sagrado que nos
permite ter relacionamentos e comunidades justas, equitativas e
sustentáveis. A força, segurança, estabilidade e progresso de tais
relacionamentos e comunidades dependem da integridade dos
seus processos sociais, económicos, políticos e culturais,
instituições e partes interessadas. A participação económica em
negócios que se refere a meios desleais ou ilegais de aquisição
de dinheiro, rendimentos ou vantagens, especialmente através
do abuso da posição de uma pessoa nas instituições políticas,
económicas e sociais, transgride a dignidade humana e viola os
direitos humanos. A corrupção que se refere a uma exploração
desonesta e indevida do poder para fins pessoais subverte a
intenção de Deus para a plenitude da vida e da criação. A
participação económica em negócios e a corrupção emaranham
a linha social de comunidades, corroem a fibra moral das
relações humanas e mancham a reputação das instituições
sociais. Os mecanismos legislativos e judiciais, incluindo um
sistema de justiça criminal forte e justo, devem lidar com a
participação económica em negócios e a corrupção em todos os
níveis da sociedade. O bem, uma governação política justa
caracterizada pela transparência, responsabilidade e integridade
é crucial para a erradicação da participação económica em
negócios e corrupção. As sociedades onde existe imensa
participação económica em negócios e que são atormentadas
pela corrupção são necessárias para o amor redentor de Deus e
para a graça redentora.
Fundamentação da petição:
Uma governação política justa caracterizada pela
transparência, responsabilidade e integridade é crucial para a
erradicação da participação económica em negócios e
corrupção.
¶163.
Número de petição: 20143-CA-¶163; Winkler, James,Washington, DC, EUA para a Junta Geral de Igreja e Sociedade.
Finanças
Introduzir novo parágrafo entre I e J na ¶163.
Finanças
As instituições financeiras desempenham um papel
vital na sociedade. Estas devem, no entanto, salvaguardar-se
contra práticas de empréstimos abusivas e enganosas que se
aproveitam dos mais necessitados entre nós para o ganho dos
mais ricos. Os regulamentos da banca devem impedir a
cobrança de juros usurários que mantém as pessoas em
ciclos de dívida. As instituições emissoras de créditos
pessoais devem trabalhar de forma responsável e
transparente que permita que todas as partes compreendam
todos os termos dos contratos.
189
Fundamentação da petição:
As instituições financeiras desempenham um papel
importante, mas devem salvaguardar-se contra práticas de
empréstimo que se aproveitam dos mais necessitados entre
nós para o ganho dos mais ricos.
¶163.
Número da petição: 20474-CA-¶163-G; Woodie, Shirley
H.,- Ozark, AL, EUA para a Conferência Anual de Alabama
- Flórida Oeste
Endividamento público
Incluir o seguinte nos Princípios Sociais do parágrafo
163 A Comunidade económica do Livro de Disciplina:
Endividamento público - Os enormes défices
orçamentais produzidos por anos de gastos excessivos por
parte dos governos de todo o mundo é uma grande
preocupação para nós. Reconhecemos que, por um tempo
limitado na história de uma nação, os défices
governamentais são, por vezes, necessários. No entanto,
longos períodos de gastos excessivos produziram desafios
económicos significativos para muitas nações. Tal descuido
injustificado não pode continuar. Assim, apelamos a todos os
governos que tomem medidas significativas para reduzir os
défices orçamentais e que vivam de acordo com as suas
possibilidades. Pedimos aos funcionários públicos que, ao
fazerem ajustes financeiros, se lembrem em primeiro lugar
das obrigações que promovem o bem-estar da sociedade,
como o financiamento das escolas e outras oportunidades
que fomentem o crescimento do indivíduo, bem como as
agências que cuidam dos pobres, dos idosos, dos
incapacitados e dos desprivilegiados.
Reconhecemos que, se os défices não forem colocados
sob controlo, as gerações futuras ficarão acorrentadas a um
endividamento público, que vai obrigar as sociedades a viver
sob o espectro de reembolsos coagidos, aumento da inflação,
desemprego em massa e desespero. Consequentemente, não
se trata apenas de uma questão financeira, mas de uma
questão de justiça para aqueles que ainda estão para nascer.
É necessária uma administração sensata para se cuidar das
gerações futuras. Apelamos à liderança da igreja em toda a
conexão para incentivar os funcionários públicos a
reduzirem o endividamento público e a começarem a
preocupar-se com orçamentos equilibrados e justos.
Fundamentação da petição:
Estamos num momento de crise para o nosso país, com
a dívida nacional a exceder 13 triliões de dólares. Os juros
sobre a dívida nacional aumentam em mais de um milhão de
dólares a cada 18 segundos. Para além dos triliões de dólares
de dívida federal, outras agências governamentais, como os
estados, municípios e...
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¶163.
Número da petição: 20669-CA-¶163-G; Luz, W. Greg, Greensboro, NC, EUA.
Comunidade Económica
¶ 163. IV. COMUNIDADE ECONÓMICA
Reivindicamos que todos os sistemas económicos ... e que
eles devem ser responsabilizados por esses custos. Apoiamos
as medidas que reduzam a concentração de riqueza nas mãos
de poucos. Apoiamos ainda os esforços em rever as estruturas
fiscais e eliminar programas de apoio governamental que
beneficiam os ricos à custa das outras pessoas.
A) Propriedade-Acreditamos…
B) Negociação Colectiva-Apoiamos o direito de todos
os empregados e empregadores públicos e privados na sua
organização, em sindicatos e outros, da sua própria escolha,
para a negociação colectiva...
C) Trabalho e Lazer-Todas as pessoas têm direito a um
emprego com um salário justo. Na alturas em que o sector
privado não pode ou não dá emprego a todos quanto o buscam
e precisam dele, é da responsabilidade do governo proporcionar
a criação de tais empregos. Apoiamos medidas sociais ...
D) Consumo-Os consumidores devem exercer…
E) Pobreza - Apesar da riqueza material generalizada
nos países industrializados, a maioria das pessoas no mundo
vive na pobreza. A fim de colmatar as necessidades básicas
como a alimentação, o vestuário, abrigo, educação, saúde e
outras necessidades, devem ser encontradas formas de
compartilhar os recursos do mundo de forma mais
equitativa. A tecnologia cada vez maior ...
Fundamentação da petição:
O terceiro parágrafo do Prefácio dos Princípios Sociais
indica que “Os Princípios Sociais, quando não considerados
lei da igreja, são um esforço de oração e de atenção por parte
da Conferência Geral, para abordar os problemas humanos
no mundo contemporâneo, de uma perspectiva bíblica.....
Fundamentação da petição:
A negociação colectiva como direito estatutário nos
Estados Unidos teve início há mais de 70 anos, a fim de
abordar as desigualdades perceptíveis entre a gestão do sector
privado e dos funcionários do sector privado. Para os
empregadores e funcionários do sector privado, a negociação
colectiva proporcionaram mecanismos para endereçar estas
desigualdades sentidas por por esses [funcionários] privados...
¶163.
Número da petição: 20521-CA-¶163.C, Haberstock, Ralph
Sr.,- Charlotte, NC, EUA
Trabalho e Lazer
Emenda ¶163.C conforme a seguir se descreve:
C) Trabalho e Lazer -Todas as pessoas têm o direito a
um empregoa um salário digno com pagamento de um
salário competitivo. Quando o sector privado não pode
oferecer ou não oferece empregos para todos aqueles que os
procuram e precisam dos mesmos, é da responsabilidade do
governo providenciar a criação desses empregos àqueles
que os procuram, é imperativo que o governo crie um clima
político e financeiro para empresários e outros criarem esses
empregos. Apoiamos as medidas sociais...
Fundamentação da petição:
O governo não pode criar empregos, pode apenas criar
projectos de empregos. Os projectos de empregos do
governo não criam a riqueza necessária para apoiar os
empregos necessários contínuos. Por isso: As frases;
...”Todas as pessoas têm o direito a um emprego com
pagamento de um salário competitivo”, e “Quando o sector
privado não pode oferecer ou não...
¶163.
Número da petição: 20606-CA-¶163.E-G; Tooley, Mark,Fairfax, VA, EUA.
¶163.
Auxílio aos pobres
Número da petição: 20520-CA-¶163.B, Haberstock, Ralph
Sr.,- Charlotte, NC, EUA
Negociação de Funcionários Públicos
Emenda ao parágrafo 163 B) para eliminar “...todos os
[...] públicos e...” conforme a seguir se descreve:
B) Negociação colectiva- Apoiamos o direito de
funcionários,todos os públicos eprivados, bem como dos
empregadores, de organizar...
Eliminar o primeiro parágrafo de 163E E) Pobreza—
Apesar da afluência geral nos países industrializados da
maioria das pessoas relativamente à alimentação, vestuário,
abrigo, educação, saúde e outras necessidades, devem ser
encontradas formas de compartilhar mais equitativamente os
recursos do mundo. O aumento da tecnologia, quando
acompanhado por práticas económicas de exploração,
empobrece muitas pessoas e faz com que a pobreza se autoperpetue. A pobreza devido a catástrofes naturais e
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mudanças ambientais está em crescimento e precisa de
atenção e apoio. Os conflitos e guerras empobrecem a
população de todos os lados, e uma forma importante de
ajudar os pobres seria trabalharem com vista a encontrarem
soluções pacíficas.
E substituir por: Damos graças pela prosperidade
crescente de muitas sociedades anteriormente pobres e pela
ascensão de centenas de milhões de pessoas da pobreza para a
classe média, especialmente na China, Índia, Indonésia, Brasil
e noutros lugares. A protecção de bens privados, o
desenvolvimento económico e a defesa transparente do Estado
de Direito por parte do governo são aspectos vitais para
aumentar os padrões globais de vida. A garantia de água
potável, electricidade, aquecimento e refrigeração fiáveis
continuam a ser necessidades urgentes para resgatar outras
centenas de milhões de pessoas da pobreza crónica. A Igreja
não deve ver os pobres apenas como vítimas, mas como
pessoas inerentes à dignidade e talento que podem, em
sociedades estáveis e legais, criar nova riqueza e maior justiça.
¶163.
Número da petição: 20639-CA-¶163.G-G; Berlim, Dianne, Manheim, PA, EUA.
Jogo
Retirar a actual resolução ¶ 163.G e substituir pelo
seguinte:
O jogo é uma forma de roubo* (www.forward.com/
articles/4183/ <http://www.forward.com/articles/4183/>
Moses Maimonides, uma das mais importantes autoridades
medievais (judaicas), define o jogo como um roubo, mesmo
que ambas as partes concordem com as regras do jogo, pois
o vencedor leva o dinheiro do outro de graça. Embora ambos
os jogadores saibam que o perdedor perderá o seu dinheiro,
nenhum deles entra no jogo com a expectativa de perder.
Desta forma, o jogo difere das transacções de vendas, em que
uma pessoa espera para dar uma certa quantia de dinheiro e a
outra espera entregar um objecto ou serviço.) uma vez que
cada jogador quer levar dinheiro ou algo de valor que
pertence a outra pessoa ou pessoas sem comprar, ganhar,
negociar ou tê-lo livremente, dado como um presente ou
recompensa. Jogar violaria os mandamentos contra a cobiça
e o roubo. Como um ato de fé e de preocupação, os cristãos
devem abster-se de jogos de azar e devem trabalhar contra a
legalização do jogo de todos os tipos não importa qual o
governo, entidade privada, individual ou que caridade irá
lucrar, não importa qual é o propósito.
O jogo é uma ameaça à sociedade, mortal para os
melhores interesses da vida moral, social, económica e
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espiritual, destrutiva do bom governo em todos os lugares e
uma boa administração.
Nos locais onde o jogo já foi legalizado, os cristãos
devem trabalhar para revogar e acabar com essa exploração
do povo de Deus em todo o mundo. A chamada profética da
Igreja é promover os padrões de justiça e de defesa em todos
os lugares.
Quando os jogadores procuram ajuda, a Igreja irá
incentivar essas pessoas a receber assistência terapêutica, de
forma que as energias do indivíduo possam ser
redireccionadas para fins positivos e construtivos.
¶164.
Número da petição: 20927-CA-¶164-G; Carlsen, Jonathan,Arcadia, FL, EUA.
Contencioso Cível
Re-designar o sub-parágrafo 164I (Serviço Militar) como
parágrafo 164J e adicionar um novo sub-parágrafo 164I:
I) Contencioso Cível e Alternativas - O recurso a
tribunais civis para corrigir injustiças e solucionar litígios
tem sido um direito exercido pelos Cristãos desde os
primórdios da igreja. Jesus falou acerca da legitimidade da
autoridade judicial civil em Mateus 5:25-26. Paulo, incapaz
de obter justiça através das autoridades locais, apelou o seu
caso a César (Actos 25:11). Por isso, os tribunais civis têm
sido um local adequado dentro da esfera política sob a
soberania de Deus e devemos rezar regularmente por juízes
e outros oficiais do tribunal, assim como pelos outros
envolvidos no litígio.
Contudo, devemo-nos opor e protestar contra litígio
excessivo. A multiplicação de processos legais, muitos deles
frívolos e motivados pela ganância, consome tesouro
público, sobrecarrega os processos judiciais, conduz os
acusados à bancarrota e frequentemente humilha os
inocentes. Para reduzir o número de casos legais, apoiamos
uma maior remissão de litígios para painéis de arbitragem ou
mediação e apelar a que todos os Cristãos solucionem os
seus litígios dentro da Igreja e não nos tribunais cíveis.
Porque tanto as Escrituras como as Leis Gerais impõem aos
Cristãos desde o litígio contra outros Cristãos, apelamos a
que as nossas igrejas, conferências e agências estabeleçam
estruturas, conforme necessário, para arbitragem ou
mediação de litígios entre membros.
Fundamentação da petição:
Por demasiado tempo, os Princípios Sociais ignoraram
os males do litígio excessivo e processos legais entre
Cristãos. Escritura (1 Coríntios 6:1-8) e as Leis Gerais
(Parágrafo 103, p. 73), as Disciplinas Metodistas e dos
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Irmãos Unidos Evangélicos antes de 1939 e 1968 proibiram
os processos legais entre Cristãos.
¶164.
Número da petição: 20700-CA-¶164.A-G; Edwards, Bill,Boerne, TX, EUA.
Liberdades básicas
¶164.
Número da petição: 20603-CA-¶164.A-G; Tooley, Mark,Fairfax, VA, EUA.
Liberdades básicas
¶164.
A) Liberdades básicas e Direitos Humanos Responsabilizamos os governos…
A Igreja considera...
A liberdade para todos os povos exige limitações legais
sobre o poder dos governos e protecções legais para sectores
independentes da sociedade, incluindo instituições
religiosas, empresas privadas, meios de comunicação,
associações comerciais, instituições de caridade, entidades
filantrópicas, sociedades fraternais e partidos políticos, entre
outros. O florescimento humano requer uma sociedade civil
saudável e livre.
Emenda ao parágrafo 164 conforme a seguir se
descreve:
Parágrafo 164. V. A Comunidade Política
A) Liberdades Básicas e Direitos Humanos—
mantemos os governos responsáveis pela protecção dos
direitos das pessoas a eleições livres e justas e a liberdades
de expressão, religião, associação, meios de comunicação, e
petição para queixas apresentadas sem receios de represálias
e o direito à privacidade. e a garantia dos direitos em
proporcionar comida, vestuário, alojamento, educação e
cuidados de saúde.
Fundamentação da petição:
Como cristãos, acreditamos que todas as coisas vêm da
graça de Deus, especialmente direitos humanos fundamentais.
Nada pode ser um direito humano fundamental se depender
do trabalho ou serviços de outro. Ao contrário das liberdades
de expressão, religião, associação, e queixas apresentadas
conforme descrito neste parágrafo...
¶164.
Número da petição: 20525-CA-¶164.C-G; Sherman, Gary
B.,- Silver Spring, MD, EUA. 2 petições similares.
¶164.
Número da petição: 20643-CA-¶164.A-G; Derso, Joseph P.,
- Roswell, GA, EUA.
Liberdades Fundamentais
¶ 164.
A) As Liberdades Fundamentais e os Direitos Humanos
- Responsabilizamos os governos pela protecção dos direitos
do povo, pela realização de eleições livres e justas e pela
liberdade de expressão, de religião, de reunião, dos meios de
comunicação, e pela reparação de injustiças sem medo de
represálias, pelo direito à privacidade e à garantia dos
direitos à alimentação adequada, ao vestuário, ao
abrigo e à educação e aos cuidados de saúde. A forma e os
líderes de tudo…
Fundamentação da petição:
A Igreja Metodista Unida, através dos esforços de
lobby da Junta Geral da Igreja e Sociedade (JGIS), tornou-se
cada vez mais envolvida na divisão secular de debates
políticos, como o do seu apoio à legislação de saúde de 2010
dos EUA. Estes esforços de lobby desviaram recursos
financeiros, energia e foco para longe da ...
Igreja e Estado
Adicionar o parágrafo mostrado ao parágrafo 164. V.
A COMUNIDADE POLÍTICA C) conforme se segue:
C) Relações entre a Igreja e Estado - A Igreja Metodista
Unida tem ... da vida pública.
A Igreja Metodista Unida opõe-se à legislação de
quaisquer considerações com base na fé, tais como o
criacionismo ou concepção inteligente, e sua incidência sobre
os currículos de ciências das nossas escolas públicas. Opomonos a todos os estratagemas que questionem a evolução
científica por motivos religiosos, ou que deturpem a ciência
para promover objectivos religiosos. Incentivamos os
professores de ciência a ensinar entusiasticamente, todos e
apenas os entendimentos científicos legítimos sobre a
evolução. Incentivamos também que se realce as contribuições
significativas que surgem da teoria evolucionista, tais como
novos fármacos e vacinas, aumento da produção agrícola para
alimentar a população crescente do planeta, etc., que estão a
melhorar as condições para todos os filhos de Deus. Se
questionados, os professores de ciências devem salientar que
muitos milhares de líderes religiosos estão completamente
confortáveis com todos os aspectos das descobertas científicas,
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enquanto alguns na religião têm lutado historicamente contra
os novos conceitos científicos, tais como o nosso sistema solar
centrado no sol, a evolução e, agora, as alterações climáticas.
Embora não questionemos as descobertas científicas,
reservamos o direito de participar na forma como estas
descobertas podem ser utilizadas.
Fundamentação da petição:
Alguns, ao ciência, persistem nos seus esforços para
legislar as suas crenças religiosas sobre o criacionismo nas
salas de aulas de biologia em escolas públicas - como o
fizeram durante um século. A ciência, várias decisões
importantes de tribunais supremos e muitos na religião
repudiaram as suas acções, acções essas que prejudicam a
nossa liberdade religiosa. Daí, esta petição.
¶164.
Número da petição: 20925-CA-¶164.F-G;
Jonathan,- Arcadia, FL, EUA.
Carlsen,
Violência Simbólica
Emenda ao parágrafo 164F:
F) Obediência Civil e Desobediência Civil - Governos e
leis ... para resistir ou desobedecer a leis que consideram
injustas ou que são discriminadamente forçadas
caprichosamente forçadas, punindo alguns mas não outros
pelas mesmas acções. ...Não incentivamos ou condenamos
qualquer forma de protesto violento ou acção como exercício
legal de discurso livre ou desobediência civil. Nem os actos de
“violência simbólica” são legítimos ou aceitáveis. Estas são
acções que não provocam danos físicos directos nas pessoas,
mas procuram intimidar, infligir dor emocional ou destruir
propriedade. Algumas acções incluem gestos ameaçadores,
ameaças verbais ou escritas, vandalismo (em particular, o
vandalismo de sepulturas), a interrupção de funerais, queima
de cruzes ou outros actos de destruição de símbolos sagrados
de fé ou escrituras sagradas, e o dano intencional ou
desrespeito da bandeira de uma nação ou a sua destruição
como uma declaração política. Essas acções não só estão em
conflito com a instrução de Paulo para viver pacificamente
(Rom. 12:18), a Lei Dourada e o mandamento de amar o
próximo (Lev. 19:18, 24) mas também provocaram violência
contra outros Cristãos. Por isso, também apoiamos as leis para
proteger os símbolos sagrados de todas as fés e bandeiras de
todas as nações. Oferecemos as nossas orações... para
assegurar os direitos civis, conforme definido pelo Pacto
Internacional de Direitos Civis e Políticos, para pessoas em
ameaça legal devido a estes actos não-violentos.
Fundamentação da petição:
Discriminadamente é ambíguo, significando tanto “com
bom julgamento” como “com preconceito”. Sem a definição
de “violência simbólica”, não podemos condenar a queima
do Corão, que provoca violência anti-Cristã. Os ataques a
uma bandeira são o equivalente moral à profanação de uma
sepultura, um ataques aos que morreram a defendê-la. Deus,
e não os acordos internacionais, concede direitos civis.
¶164.
Número da petição: 20604-CA-¶164.G-G; Tooley, Mark,Fairfax, VA, EUA.
Solidariedade para com Vítimas de crimes
Eliminar a alínea 164G. G) Pena de Morte—Acreditamos
que a pena de morte nega o poder de Cristo de redenção,
reabilitação e transformação de todos os seres humanos.
A Igreja Metodista Unida está profundamente
preocupada com a criminalidade em todo o mundo e com o
valor de uma vida tomada por um assassinato ou homicídio.
Acreditamos que todas as vidas humanas são sagradas e
criadas por Deus e, por isso, devemos considerar todas as
vidas humanas como significativas e valiosas.
Quando os governos implementam a pena de morte (pena
capital), a vida da pessoa condenada é desvalorizada e todas as
possibilidades de mudança na vida dessa pessoa desaparecem.
Acreditamos na ressurreição de Jesus Cristo e que a
possibilidade de reconciliação com Cristo surge com o
arrependimento. O dom da reconciliação é oferecido a todos os
indivíduos sem excepção, dando à vida uma nova dignidade e
santidade. Por esta razão, opomo-nos à pena de morte (pena
capital) e defendemos a sua eliminação dos códigos criminais.
E substituir por: 164G) Solidariedade para com
Vítimas de crimes: Todos os anos, os crimes de homicídio,
violação, roubo e agressão afectam milhões de pessoas em
todo o mundo. A Igreja deve estar solidária e sentir
compaixão por todas as vítimas de crimes oferecendo
ministérios de cura e reconciliação. Os governos devem
implementar políticas vigorosas e justas para combater os
crimes violentos. Nos últimos anos, algumas nações,
incluindo os Estados Unidos, têm desfrutado de uma
diminuição dos índices de criminalidade, em parte graças a
uma aplicação mais eficaz das leis, pela qual damos graças.
Muitas cidades grandes estão a experienciar um
renascimento, graças à diminuição dos índices de
criminalidade. Milhões de pessoas em todo o mundo estão
actualmente presas por terem cometido crimes violentos. A
Igreja estende também a sua compaixão a estas pessoas,
sabendo que foi por estas pessoas que Cristo morreu. Os
governos conseguem avançar muito no combate aos crimes
violentos. Porém, apenas o Evangelho consegue transformar
completamente os corações das pessoas.
Precisamos
urgentemente de afirmar a prisão e o ministério da prisão,
incentivando ao mesmo tempo os ministérios nas cidades e
entre os jovens que trazem esperança e moral contra as
tentações do crime e do desespero.
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DCA Edição Avançada
¶164.
¶164.
Número da petição: 20926-CA-¶164.G-G; Carlsen,
Jonathan,- Arcadia, FL, EUA.
Número da petição: 20450-CA-¶161.I-G; Wenner,
Rosemarie,- Frankfurt para o Comité Executivo da
Conferência Central da Alemanha. 1 petição similar.
Pena de Morte
Emenda ao parágrafo 164G:
G) A Pena de morte-Acreditamos que a pena de morte
nega o poder de Cristo na redenção, restauração e
transformação de todos os seres humanos. A Igreja Metodista
Unida está profundamente preocupada com o crime em todo
o mundo e o valor de qualquer vida a ser tomado por crime ou
homicídio. Aacreditamos que a vida humana é sagrada e
criada por Deus, por isso, devemos ver toda a vida humana
como significativa e valiosa. Quando os governos
implementam a pena de morte (punição capital), então a vida
da pessoa acusada é desvalorizada e todas as possibilidades de
mudanças na vida dessa pessoa terminam. Acreditamos na
ressurreição de Jesus Cristo e que a possibilidade de
reconciliação com Cristo vem do arrependimento. Este dom
de reconciliação é oferecido a todos os indivíduos sem
excepção e dá a todas as vidas uma nova dignidade e
sacralidade. Mas não podemos, nestas bases, opormo-nos
devidamente a todas as aplicações de pena de morte (punição
capital), quando, tanto no Velho como no Novo Testamento, as
Escrituras reconhecem como função governamental adequada
a punição dos maus e protecção dos inocentes. Os nossos
parâmetros estabelecidos da doutrina (consultar As Notas
Explicativas sobre o Novo Testamento de Wesley, em
Romanos 13:4) e do próprio Cristo (Marcos 12:9, Lucas
19:27, 23:41-42) confirmam esta compreensão. Porque
acreditamos que “nada, incluindo o suicídio, nos separa do
amor de Deus (Romanos 8:38-39)” (Parágrafo 161N),
devemos rejeitar o argumento que a pena de morte nega o
poder de Cristo em redimir, restaurar e transformar todos os
seres humanos. Pelo contrário, acreditamos que nenhum
homicida, nenhum assassino acidental, e nenhum executante,
ao ceifar uma vida, tem o poder de separar eternamente uma
alma de Deus todo-poderoso e pleno de amor. Enquanto temos
de questionar ou protestes as instâncias específicas quando
Por este motivo, opomo-nos à pena de morte (punição capital)
é erroneamente imposta, e não podemos opormo-nos à sua
utilização em todas as instâncias. Nem podemos e apelar à sua
eliminação de todos os códigos penais.
Fundamentação da petição:
A oposição absoluta à pena capital viola tanto as
escrituras como as Notas de Wesley. Wesley identifica “a
espada” confiada aos governos para punir os criminosos com
pena capital (Romanos 13:4). Por isso, essa oposição
contradiz as Notas de Wesley, violam a Primeira Lei
Restritiva (parágrafo 17) e constitui uma ofensa punível
(Parágrafos 2702.1(f) e 2702.3(d)).
Serviço Militar
Eliminar o primeiro e o segundo parágrafo, emendar o
quarto parágrafo.
Deploramos a guerra e apelamos à resolução pacífica
de todas as disputas entre as nações. Desde o início a
consciência Cristã tem lutado com as árduas realidades de
violência e guerra, cujos males frustram claramente os
objectivos de amor de Deus para a humanidade. Ansiamos
pelo dia em que não vai existir mais guerra e em que as
pessoas vivam juntas em paz e justiça. Alguns de nós
acreditam que a guerra, e outros actos de violência, nunca
são aceitáveis para os Cristãos.
Também reconhecemos que muitos Cristãos acreditam
que, quando as alternativas pacíficas falharam, a força das
armas podem ser lamentavelmente ser preferível à agressão,
tirania e genocídio sem limites. Honramos os testemunhos de
pacifistas que não nos permitem que nos tornemos
complacentes sobre a guerra e violência. Também respeitamos
aqueles que apoiam o uso da força, mas apenas em situações
extremas e apenas quando a necessidade é evidente além de
quaisquer dúvidas razoáveis, e através de organizações
internacionais adequadas. Apelamos ao estabelecimento de
leis em assuntos internacionais como meios para eliminar a
guerra, violência e coerção nestes assuntos.
Rejeitamos as políticas de serviço militar obrigatório
por serem incompatíveis com o evangelho. Reconhecemos a
tensão angustiante criada pela obrigatoriedade de serviço
militar pelos governos nacionais. Apelamos aos jovens
adultos para que procurem o conselho da Igreja para que
obtenham uma decisão consciente sobre a natureza das suas
responsabilidades como cidadãos. Os pastores são chamados
e estar disponíveis para o aconselhamento com todos os
jovens adultos que enfrentam o serviço militar obrigatório
ou que estejam a considerar o recrutamento voluntário nas
forças armadas, incluindo aqueles que conscientemente
recusam cooperar com um sistema de serviço militar
obrigatório.
Apoiamos e alargamos o ministério da Igreja àquelas
pessoas que conscientemente se opõem à guerra, ou a
qualquer guerra em particular, e que, por isso, recusam-se a
servir nas forças armadas ou a cooperar com sistemas de
serviço militar obrigatório. Também apoiamos e alargamos o
ministério da Igreja àquelas pessoas a todas as pessoas. Este
inclui aqueles que conscientemente escolhem servir nas
forças armadas ou assim como aqueles que decidem
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conscientemente aceitar o serviço alternativo. Como Cristãos
estamos conscientes que nenhuma forma de acção militar,
nem a forma de inacção é sempre correcta perante Deus.
Estamos conscientes que nos podemos tornar culpados tanto
pela acção militar como pela objecção de consciência, e que
todos somos dependentes do perdão de Deus.
Fundamentação da petição:
Actualmente, os dois artigos 164 I) e 165 C) não são
consistentes um com o outro. A nossa petição tem como
objectivo restringir o artigo 164 I) ao aspecto de cuidados
pastorais durante o serviço militar e à possibilidade de
objecção consciente. As questões de guerra e paz devem ser
discutidas no artigo 165 C).
195
de exercerem a sua riqueza e influência com moderação.
Vamo-nos abster de medidas punitivas e promoveremos
estratégias reparadoras de justiça, para apoiar a construção
da mudança social e da paz. Afirmamos o direito e o
dever…
Fundamentação da petição:
O ¶165B aborda o poder e a responsabilidade
nacionais. A Igreja professa promover a construção da paz e
da justiça reparadora. A história e a pesquisa social
confirmam que a força ou as medidas punitivas têm
consequências negativas e, muitas vezes não são métodos
eficazes de longo prazo para a modificação do
comportamento ou a criação de uma paz sustentável.
¶165.
¶164.
Número da petição: 20716-CA-¶164.I-G; LaGree, Patty,DES Moines, IA, EUA pela Conferência Anual de Iowa.
Número da Petição: 20007-CA-¶165.C; Brooks, Lonnie
D., - Anchorage, AK, EUA.
Restaurar a Opção da Guerra Justa
Apoio para Pessoas nas Forças Armadas
Alterar o ¶164, Secção I) Serviço Militar, da seguinte
forma: No último parágrafo, depois da seguinte à última
frase, “Nós também apoiamos e prolongamos o ministério
da Igreja àquelas pessoas que escolhem conscienciosamente
servir nas forças armadas ou aceitar serviço alternativo.
Adicionar esta frase: Quando as pessoas escolhem servir nas
forças armadas, apoiamos o seu direito ao cuidado adequado
para os ferimentos sofridos, e advogamos por recursos
suficientes que vão ao encontro das suas necessidades físicas
e mentais de saúde durante e após o seu serviço.
Fundamentação da petição:
A extensão dos ferimentos físicos e mentais entre
veteranos e as suas famílias é uma ridicularização e um
julgamento da nossa sociedade democrática. Uma força só de
voluntários é constituída, frequentemente, por pessoas jovens
com opções limitadas. A incidência elevada de suicídios e de
divórcios entre veteranos atesta as necessidades não atendidas
e as possibilidades futuras reduzidas.
Alterar ¶ 165.C), conforme indicado:
Guerra e Paz—Acreditamos que a guerra é
incompatível com os ensinamentos e o exemplo de Cristo.
Por isso, rejeitamos a guerra como um instrumento da
política nacional dos negócios estrangeiros, a ser utilizada
apenas como último recurso na prevenção de males como o
genocídio, a repressão brutal dos direitos humanos, e a
agressão internacional gratuita. Opomo-nos aos ataques e
estratégias unilaterais preventivos/antecipados por parte de
qualquer governo. Como discípulos de Cristo, somos
chamados a amar os nossos inimigos, a buscar a justiça, e a
servir como reconciliadores de conflito. …
Fundamentação da Petição:
A linguagem inserida foi excluída na CG08, e o que foi
retirado, foi então inserido. A IMU não é e nunca foi uma
Igreja pacifista. A opção de guerra justa deve ser restaurada,
e os ataques preventivos contra um adversário ameaçador,
como o que Israel enfrentou na Guerra dos Seis Dias, devem
ser permitidos.
¶165.
¶165.
Número da petição: 20792-CA-¶165.B-G; Marden, Bonnie,Chelmsford, MA, EUA.
Número da petição: 20451-CA-¶165.C-G; Wenner,
Rosemarie,- Frankfurt para o Comité Executivo da
Conferência Central da Alemanha. 1 petição similar.
Promovendo a justiça reparadora
Guerra e Paz
¶165 B) Poder e responsabilidade nacionais —
Algumas nações possuem mais poder militar e económico
do que outras. Sobre os poderosos pesa a responsabilidade
Adicionar um novo parágrafo no início do texto,
adicionar dois novos sub-parágrafos após a quarta frase,
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corrigir a última frase e adicionar um novo parágrafo no final
do texto:
De acordo com a compreensão bíblica, a paz (shalom)
é fruto de justiça e refere-se ao convénio de Deus com o seu
povo, favorecendo o seu bem-estar total como indivíduos e
como uma comunidade social. Apenas a paz pode preservar
e desenvolver a existência humana e é baseada no respeito
pela dignidade humana, que é fundamentada pela condição
humana de ser criada à imagem de Deus. Desenvolve-se
quando as pessoas são protegidas contra tratamento de
desigualdade arbitrária, quando as suas necessidades
fundamentais estão salvaguardadas e quando se permite que
participem na vida social. Se a paz é um processo para
diminuir a violência e aumentar a justiça em vez de ser uma
condição estática, as políticas de paz são mais do que a
prevenção da guerra através do desarmamento.
Acreditamos que a guerra é incompatível com os
ensinamentos e com o exemplo de Cristo. Por isso, rejeitamos
a guerra como um instrumento de política nacional estrangeira.
Opomo-nos a acções de ataque unilaterais iniciais/preventivas
e a estratégias por parte de qualquer governo. Como discípulos
de Cristo, somos chamados a amar os nossos inimigos, a
procurar justiça e a servir como reconciliadores de conflitos.
Insistimos que o primeiro dever moral de todas as nações é
trabalharem juntas de forma a resolver, por meios pacíficos,
todas as disputas que surjam entre ou com estas.
Reconhecemos que existem situações extremas onde,
como último recurso e o menos nocivo, a utilização legítima
das forças armadas possa tornar-se necessária de forma a
proteger grupos vulneráveis de pessoas expostas a ameaças
letais iminentes. Mesmo assim reconhecemos a utilização de
forças armadas em situações de conflito tanto como sinal de
insuficiência séria como de um novo obstáculo para a forma
de paz justa. Por este motivo, a resolução de conflito civil
deve ser uma prioridade política e financeira.
Sentimo-nos obrigados a desafiar quaisquer justificações
teológicas ou outras para utilização da força militar. A única
forma de escape do círculo vicioso de violência é renunciando
ao recurso da violência. Como Cristãos, sentimo-nos por isso
comprometidos para com um discurso ético alterado que
orienta a comunidade para a prática de resolução de conflito
sem recurso à violência e para fomentar condições para o
progresso para uma paz justa no mundo.
Defendemos a extensão e o fortalecimento de tratados
internacionais e de instituições que providenciem uma
moldura dentro da lei para resposta à agressão, terrorismo e
genocídio. Acreditamos que os valores humanos devem
suplantar as reivindicações militares quando os governos
determinam as suas prioridades; que a militarização da
sociedade deve ser contestada e parada; que o fabrico, venda
e utilização de armamentos deve ser reduzido e controlado;
e que a produção, posse e uso de armas nucleares de armas
DCA Edição Avançada
de destruição massiva seja condenada. Consequentemente,
aprovamos o desarmamento geral e total sob controlo
internacional estrito e eficaz.
Simultaneamente, os países são chamados a converter
os recursos libertados com o desarmamento em a formação
e serviço de especialistas para a resolução de conflitos e para
o estabelecimento da paz. Esses fundos devem igualmente
providenciados para a reconstrução e consolidação de
estruturas civis em zonas de guerra. Estas medidas devem ser
coordenadas por instituições internacionais independentes.
Fundamentação da petição:
É altura de o conceito ecuménico comum de paz justa
ser assente nos Princípios Sociais (cf. Programa de Paz com
Justiça). O debate sobre a guerra como último recurso
reflecte “Uma Chamada Ecuménica para a Paz Justa”
(WWC2011). A prioridade de resolução de conflito civil
introduz mais ênfase a este conceito.
¶165.
Número da petição: 20608-CA-¶165.C-G; Tooley, Mark,Fairfax, VA, EUA.
Guerra e Paz
Eliminar o parágrafo 165C C) Guerra e Paz—
Defendemos que a guerra é incompatível com os ensinamentos
e exemplo de Cristo. Por isso, rejeitamos a guerra como um
instrumento da política externa nacional. Opomo-nos a acções
de greve e estratégias primeiramente unilaterais/preventivas da
parte de qualquer governo. Como discípulos de Cristo, somos
chamados a amar os nossos inimigos, a procurar justiça e a
servirmos como reconciliadores de conflito. Insistimos que o
primeiro dever moral de todas as nações é trabalhar em
conjunto para resolver, por meios pacíficos, todas as disputas
que surjam entre duas ou mais nações. Defendemos a
ampliação e fortalecimento dos tratados internacionais e as
instituições que fornecem uma estrutura dentro do Estado de
Direito para responder à agressão, terrorismo e genocídio.
Acreditamos que os valores humanos devem prevalecer sobre
as reivindicações militares aquando da determinação das suas
prioridades por parte dos governos; que a militarização da
sociedade deve ser desafiada e detida; que o fabrico, venda e
implementação de armamentos devem ser reduzidos e
controlados; e que a produção, posse ou uso de armas
nucleares deve ser condenado. Consequentemente, apoiamos o
desarmamento geral e completo sob um controlo internacional
rígido e eficaz.
e substituir por: 165C) Guerra e Paz - A guerra é
incompatível com o plano original de Deus. Num mundo em
declínio, a maioria dos ensinamentos de Cristo reconheceu
que, por vezes, os governos legítimos têm de utilizar a força
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para defender a justiça e os inocentes. Como discípulos de
Cristo, somos chamados a amar os nossos inimigos, a procurar
justiça e a servirmos como reconciliadores de conflitos. Todas
as nações são chamadas a trabalhar em conjunto para resolver,
por meios pacíficos, todas as disputas que surjam entre duas
ou mais nações. Defendemos os tratados internacionais e as
instituições que asseguram uma estrutura dentro do Estado de
Direito para responder à agressão, terrorismo e genocídio.
Opomo-nos à proliferação de armas de destruição maciça e
defendemos a implementação urgente, assim que possível, de
limitações ao armamento.
¶165.
Número da petição: 20625-CA-¶165.C-G; Lomperis, John
S.A.,- Arlington, VA, EUA.
Apoio Moral de Sustentação para a Defesa Nacional
ALTERAR a Disciplina ¶ 165C da seguinte forma:
¶165 C) Guerra e Paz—Acreditamos que a guerra é
incompatível com os ensinamentos e o exemplo de Cristo.
Consequentemente, rejeitamos a guerra comoum instrumento
um instrumento usual da política nacional de negócios
estrangeiros. Opomo-nos aos ataques e estratégias unilaterais
preventivas e ou antecipadas por parte de qualquer governo.
Como discípulos de Cristo, somos chamados a amar os nossos
inimigos, procurar a justiça e, a servir como reconciliadores de
conflito. Insistimos que o primeiro dever moral de todas as
nações é trabalhar em conjunto para resolver por meios
pacíficos cada disputa que se levanta entre e dentro delas.
Reconhecemos que a função mais básica de qualquer governo
é proteger a segurança física do seu povo, e que há alturas em
que os governos devem necessariamente usar a força a fim de
cumprir este dever. Não condenamos nenhum governo
nacional por defender a sua terra e o seu povo de um ataque por
forças hostis. Advogamos a extensão e fortalecimento dos
tratados e das instituições internacionais que fornecem uma
estrutura dentro da regra da lei respondendo a agressões,
terrorismo e genocídio. Mesmo quando a guerra é
empreendida para o bem da mais justa das causas, no entanto,
insistimos que tal violência não deve ser desproporcional aos
danos sofridos e que devem sempre ser dados passos
cuidadosos para evitar prejudicar os não combatentes.
Acreditamos que os valores humanos devem prevalecer sobre
as reivindicações militares enquanto os governos determinam
as suas prioridades; que a militarização da sociedade deve ser
desafiada e parada; que o fabrico, venda e, distribuição de
armamento deve ser reduzido e controlado; e que a produção,
posse, ou o uso de armas nucleares deve ser condenada.
Consequentemente, apoiamos o desarmamento geral e
completo sob controlo internacional estrito e eficaz.
197
Fundamentação da petição:
Consistente com a Escritura (Romanos 13, etc.), a
razão, a experiência, e a esmagadora maioria da tradição
histórica Cristã, John Wesley, uma vez, ofereceu-se para
recrutar soldados para defenderem a sua própria nação da
ameaça de invasão. Devemos incentivar os governos no seu
dever de defender vidas enquanto os desafiamos a seguir
padrões elevados de contenção.
¶165.
Número da petição: 20630-CA-¶165.C-G; Lomperis, John
S.A.,- Arlington, VA, EUA.
Defesa da Invasão
ALTERAR a Disciplina ¶ 165C da seguinte forma:
¶165 C) Guerra e Paz—Acreditamos que a guerra é
incompatível com os ensinamentos e o exemplo de Cristo.
Consequentemente, rejeitamos a guerra como um
instrumento da política nacional de negócios estrangeiros.
Opomo-nos aos ataques e estratégias unilaterais preventivas
e ou antecipadas aos ataques e estratégias unilaterais
preventivas e ou antecipadas não defensivas por parte de
qualquer governo. Como discípulos de Cristo…
Fundamentação da Petição:
Quando é um facto confirmado, não meramente
suspeito, que a invasão ou o bombardeamento estrangeiro
está iminente, não está nas Escrituras nem é razoável pedir
que a nação vítima espere para SEMPRE e não tome
nenhuma acção defensiva, até que sofra um ataque
devastador, que a dado momento possa estar demasiado
fragilizada para responder.
¶1004.
Número da petição: 20837-CA-¶1004-G; Greene, Randy,Santa Rosa Beach, FL, EUA.
Limitação da JGIS
Adicionar após o último parágrafo do Livro da
Disciplina da Igreja Metodista Unida, Parágrafo ¶1004:
A Junta Geral de Igreja e Sociedade é expressamente
proibida de actividade de partidarização política (numa base
nacional, estatal ou local), incluindo a contratação de pessoal
ou consultores para finalidades de partidarização e a Junta
Geral de Igreja e Sociedade é orientada para terminar todos
os acordos com pessoal e consultores que se se relacionem
com esforços de partidarização.
Fundamentação da petição:
A Junta Geral de Igreja e Sociedade envolve-se
regularmente em esforços de partidarização que podem ou
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não representar o Livro da Disciplina da Conferência Geral
da Igreja Metodista Unida. A Junta Geral de Igreja e
Sociedade, como tal, actua em violação do Livro da
Disciplina conforme...
¶1006.
Número da petição: 20943-CA-¶1006-G;
Jonathan,- Arcadia, FL, EUA.
Carlsen,
Qualificações Directivas da JGIS
(Junta Geral da Igreja e Sociedade)
Alterar o ¶ 1006:
¶ 1006. Organização—1. A Junta Geral de Igreja e
Sociedade terá sessenta e três membros, constituídos de
acordo com o ¶ 705.5.3d, e será organizada conforme
especificado nos seus estatutos e de harmonia com os ¶¶
702-710 das Disposições Gerais. Além disso, os membros
comprometer-se-ão a apoiar todas as partes dos Princípios
Sociais e a defender que não sejam efectuadas alterações
durante o período do seu mandato. Os membros deverão ser
constituídos...
1. a) Membros Jurisdicionais—Clérigos,…
2. b) Membros da Conferência Central—Seis…
3. c) Membros Episcopais—Seis...
4. d) Membros Suplementaress—a) (1) Metodistas
Unidos—Membros suplementares…
b) (2) Recomenda-se…
Fundamentação da petição:
A renumeração completa uma reconfiguração do
parágrafo começado em 2000. Regras de Robert (10ª ed.,
2000, p. 624) afirma o direito de uma organização “a
requerer que os seus membros evitem condutas injuriosas
para com a organização ou os seus fins“. A JGIS procura
demasiado frequentemente mudar os Princípios Sociais, em
vez de os apoiar.
◊
◊
◊
◊
◊
Legislação Non-Disciplinare Proposta
Número da petição: 20486-CA-NonDis-G; Lewis, Dan,Pasadena, CA, EUA para a Conferência Anual da Califórnia
e Pacífico.
Uma Convocatória para a Pacificação — Relatórios
A Conferência Geral de 2012 solicita que os seguintes
relatórios sejam preparados para submissão na Conferência
Geral de 2016:
• O Conselho dos Bispos deve apresentar um resumo
das actividades de pacificação dos bispos e conferências
anuais durante o quadriénio 2013-2016 e oferecer recomendações para mais actividades de pacificação a realizar
durante o quadriénio 2017-2020.
• A Mesa Conexional, com a assistência do pessoal da
Junta Geral de Igreja e Sociedade, deve apresentar uma
descrição da substância e dos resultados das actividades de
pacificação das agências gerais e agências durante o
quadriénio 2013-2016 e recomendações para mais actividades
de pacificação a realizar durante o quadriénio 2017-2020.
Fundamentação da petição:
Grande parte da petição que convoca as pessoas para a
pacificação originalmente submetida na Conferência Geral
de 2008 pela Conferência Anual da Califórnia e Pacífico foi
adoptada pela Conferência Geral, mas a porção da petição da
Conferência Anual da Califórnia e Pacífico que não foi
incluída no Livro de Resoluções de 2008 foi a secção relacionada com...
Número da petição: 20644-CA-NonDis-G; Derso, Joseph P.,
- Roswell, GA, EUA. 130 petições similares.
Eliminar a JGIS
A Junta Geral de Igreja e da Sociedade será eliminada.
Fundamentação da petição:
A Igreja Metodista Unida tornou-se numa organização
cada vez mais politicamente motivada, com a Junta Geral da
Igreja e da Sociedade (JGIS) a actuar como porta-voz
unilateral de todos os membros.
O Livro de Disciplina da IMU, que é “o instrumento
para determinação de leis, plano, política e o processo pelo
qual os Metodistas Unidos ...
Número da petição: 20902-CA-NonDis-G; Irons, Neil Washington, DC, EUA para o Conselhos dos Bispos.
Criação Renovada de Deus: Apelo à Esperança e à Acção
Excertos da Carta Pastoral e do Documento de Base
Criação Renovada de Deus: Apelo à Esperança e à Acção...
Porque eu bem sei os pensamentos que tenho a vosso
respeito, diz o SENHOR; pensamentos de paz, e não de
mal, para vos dar o fim que esperais. Jeremias 29:11
O evangelho de Cristo não conhece nenhuma religião,
se não a social. Nenhuma santidade, se não a santidade
social. John Wesley
Praticamos uma santidade social e ambiental cuidando
das pessoas de Deus e do planeta de Deus e desafiando
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Igreja e Sociedade Comitê A
aqueles cujas políticas e práticas negligenciam os
pobres, exploram os fracos, precipitam o aquecimento
global e produzem mais armas. ... Não podemos mudar
o mundo enquanto não mudarmos a nossa forma de
estar no mundo. Carta Pastoral
A vossa incumbência para os Bispos
Em 2004, a Conferência Geral incumbiu e financiou o
Conselho dos Bispos para rever a sua Carta Pastoral de 1986,
era da Guerra Fria, Na Defesa da Criação: A Crise Nuclear
e uma Paz Justa. O documento histórico foi uma mensagem
urgente sobre a ameaça crescente da guerra nuclear e
extinção da vida através de um “inverno nuclear”. Foi um
lembrete urgente de que “Este mundo pertence a Deus,
‘precioso precisamente porque não é nossa criação’”.
Declarou um “Não” claro e incondicional à guerra nuclear e
a qualquer utilização de armas nucleares. (Documento de
Base Criação Renovada de Deus)
A Conferência Geral pediu ao Conselho que revisse
estes documentos “educando e incentivando a igreja, os
cidadãos e os governos a procurar formas de alcançar a paz”.
(Resolução 8004, Livro de Resoluções de 2008)
Os resultados foram os documentos da Criação
Renovada de Deus: Apelo à Esperança e à Acção: a Carta
Pastoral; a Carta Pastoral no Contexto Litúrgico; o
Documento de Base, que atribui histórias reais e rostos aos
problemas; guias de estudo para adultos, jovens e crianças e
recursos baseados na Web. Adoptados com voto de
unanimidade no Conselho dos Bispos em Novembro de
2009, os documentos foram traduzidos em sete línguas
faladas no mundo Metodista Unido. Estão disponíveis
impressos e online para transferência gratuita.
Você pediu… os seus bispos lideraram… a igreja
desenvolveu… e os indivíduos, as congregações e os grupos
adoptaram a Criação Renovada de Deus: Apelo à Esperança
e à Acção.
O que fez o Conselho com esta importante
incumbência
Durante um período de três anos, o Grupo de Trabalho
convocado pelo Bispo Timothy Whitaker realizou entrevistas
e painéis com especialistas, parceiros ecuménicos e interreligiosos e estudiosos bíblicos e teológicos nos nossos
seminários e centros de investigação. Os funcionários das
Juntas Gerais da Igreja e Sociedade e de Educação Superior
e Ministério providenciaram apoio.
O tema escolhido pelo Grupo de Trabalho encontra-se
descrito na Carta Pastoral:
“A criação de Deus está em crise. Nós, os bispos da
Igreja Metodista Unida, não podemos permanecer em
silêncio enquanto o povo de Deus e o planeta de Deus
sofrem. ... A nossa negligência, o nosso egoísmo e orgulho
têm fomentado:
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• a pobreza e a doença pandémicas,
• a degradação ambiental e
• a proliferação de armas e violência.”
O Grupo de Trabalho promoveu dezenas de grupos
multigeracionais e globais de consulta e especializados.
Realizou-se um inquérito abrangente online direccionado aos
jovens dentro e fora da nossa igreja. Este processo só foi
possível com o apoio das Juntas Gerais da Igreja e Sociedade,
do Discipulado, de Educação Superior e Ministério e das
Comunicações Metodistas Unidas. Ao longo de dois anos,
centenas de participantes de Escolas de Missão Cristã
Regionais e de Conferências foram sujeitos a um inquérito
com o apoio das Mulheres Metodistas Unidas e da Divisão de
Mulheres da Junta Geral de Ministérios Globais.
Ao todo, mais de 5000 pessoas de fé e boa vontade e
indivíduos interessados com idades compreendidas entre os
11 e os 88 anos falaram acerca dos seus receios e
preocupações com o futuro e com as suas famílias. Também
nos falaram acerca do que esperavam que os bispos
referissem na sua mensagem acerca da ameaça tripla
interligada para o povo, planeta e paz de Deus.
Os bispos ouviram claramente estas mensagens e
testemunhos:
• Falaram sobre os nossos receios, ansiedades,
frustrações e preocupações com o futuro;
• Levaram-nos a uma confissão da nossa ganância e
egoísmo;
• Lembraram-nos das nossas bases bíblicas e
teológicas e da paixão Wesleyana pela santidade social;
• Apelaram à transformação em estilos de vida,
sistemas e estruturas sustentáveis, suficientes e justos;
• Deram especial atenção ao sentido de urgência e
impaciência dos nossos jovens face a estas crises;
• Mostraram-nos o que podemos fazer na oração,
estudo e acção e exemplificaram através da acção episcopal
de que forma podemos transformar os receios e
preocupações em esperança e acção.
Abraçar a mensagem e estudar os problemas
De 2010 a 2012, os indivíduos, grupos, classes,
congregações e unidades têm vindo a utilizar o Guia de
Estudo. Têm vindo a realizar actividades, discussões
educacionais e planeamento de acções, incluindo a avaliação
da pegada de carbono das casas, igrejas, escritórios e
funcionamento das conferências.
O retorno recebido durante a preparação dos documentos
indicou que o conhecimento geral dos problemas era
desequilibrado e, por vezes, desactualizado. Nessa sequência, o
Estudo foi concebido para actualizar informações e criar
esperança através de acções nas nossas comunidades e igrejas.
Centenas de grupos de estudo, Escolas de Missão e,
posteriormente, inquéritos de escritórios episcopais/
conferenciais, milhares de Metodistas Unidos e parceiros de fé
acederam ao website hopeandaction.org, defenderam políticas
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justas e sustentáveis a nível estatal e nacional e reuniram
jovens, que manifestaram cinismo quanto à ideia de a igreja
poder fazer a diferença no seu futuro. O Conselho dos Bispos
antecipou que os documentos e estudos se tornarão mais
relevantes, desafiantes e inspiradores na próxima década.
Os bispos responderam às suas próprias preces
Os bispos ouviram que vocês têm esperança de que eles
vos liderem pelo exemplo, pelo seu próprio estudo e acção.
Compreenderam a importância de mostrar a sua capacidade
de transformar as suas próprias acções para se juntarem à
acção de renovação de Deus contra as ameaças interligadas,
tema central da sua Carta Pastoral. Efectuaram nove
compromissos para a renovação, transformação e alteração,
que constituem uma secção importante da Carta.
Os destaques do Conselho e do progresso da igreja
desde Novembro de 2009 incluem o seguinte:
Conferências Anuais centradas no tema de Paz com
Justiça e da Criação Renovada de Deus; Conferências
Anuais nos Estados Unidos e nas Conferências Centrais a
enviar petições para a Conferência Geral de 2012 para mais
acções; compromissos pessoais de bispos individuais para
monitorizar a pegada de carbono dos seus escritórios e
efectuar alterações que beneficiem o orçamento e o planeta,
incluindo plantar árvores em eventos da igreja e defender
melhores políticas ao nível estatal e local; compromissos de
escritórios episcopais em adoptar mais estratégias de
telecomunicações em reuniões com vista a reduzir as
despesas de transporte e o impacto ambiental.
As Conferências Anuais e os líderes da Conferência da
Europa Central e do Sul da Europa Central originaram um
compromisso notável ao contribuírem com fundos para os
ministérios principais para diminuir o impacto do dióxido de
carbono nas suas reuniões. Apoiaram esforços para aprovar
legislação nacional de limitação ao acesso a armas. Além
disso, várias Conferências Anuais da IMU destacaram
membros assalariados do programa para o ministério da
prestação de cuidados com a criação. Até ao Verão de 2011,
mais de metade dos bispos nos Estados Unidos realizaram
avaliações da pegada de carbono dos seus escritórios e
operações para reduzir despesas e o impacto ambiental.
Especialmente motivadora tem sido a resposta dos jovens
nos Seminários MU em Nova Iorque e Washington, D.C. e em
sessões de formação de familiarização da Igreja e Sociedade para
clérigos jovens de todo o mundo. Seminários sobre os Princípios
Sociais nos Estados Unidos, Rússia, Filipinas e na Universidade
de África têm visado a Criação Renovada de Deus.
Em algumas nações, os bispos e líderes de conferências
anuais participaram na defesa de leis no que diz respeito ao
acesso a armas, à Lei de Ar Limpo (Clean Air Act) e políticas
ambientais nos EUA e ao pacto do Novo START (do inglês
Strategic Arms Reduction Treaty) entre os Estados Unidos e
a Rússia para limitar as armas nucleares. O Conselho dos
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DCA Edição Avançada
Bispos e alguns bispos individuais desempenharam papéis
significativos no encorajamento de membros do Senado dos
EUA para a rectificação, na véspera do Natal de 2010, do
Novo Tratado Estratégico de Redução de Armas.
Os bispos emitiram declarações e escreveram
mensagens em blogues para meios de comunicação
religiosos e noticiosos importantes sobre os principais
assuntos da Carta Pastoral. O website hopeandaction.org
<http://www.hopeandaction.org> providenciou com sucesso
meios de comunicação, Domingos Especiais, seminários e
recursos ecuménicos e inter-religiosos sobre eventos actuais.
O website foi seguido por mais de 2000 pessoas empenhadas
nos ministérios da paz, justiça, cuidado com a criação e
desarmamento. Foi um recurso importante e complementar
aos Guias de Estudo para adultos e jovens.
Recomendações para o futuro
1. A Conferência Geral e o Conselho dos Bispos devem
determinar como manter a Criação Renovada de Deus perante
a denominação no próximo quadriénio. Por exemplo, utilizar
as porções litúrgicas da Carta Pastoral da Conferência Geral
para o culto e oração em pequenos grupos; incentivar os
pastores a pregar sobre os temas e desafios; fomentar eventos
de Paz com Justiça, eventos de defesa e acção ou fazer com
que os bispos partilhem a sua acção sobre os compromissos
através de reuniões e exposições itinerantes.
2. Os elementos-chave deste projecto foram preciosos
e devem ser considerados para projectos futuros: múltiplas
traduções dos documentos para aumentar a acessibilidade e
retorno; a atenção direccionada para os jovens e líderes
leigos/clericais das Conferências Anuais; e a agilidade do
website hopeandaction.org na partilha de planos e acções
realizados pela igreja.
3. Celebramos o resultado deste projecto. Forneceunos um excelente retorno sobre um investimento inicial
muito modesto feito pela Igreja Geral. O financiamento para
a implementação inicial do projecto através de um gestor de
projectos revelou-se essencial. As agências gerais fizeram
contribuições monetárias e em espécie significativas. Sem
este financiamento e estas contribuições, o excelente retorno
não teria sido alcançado. A colaboração de todas as agências
gerais, a sua contribuição para o financiamento, os
conhecimentos do pessoal e o trabalho em rede alcançado
foram de valor inestimável para o sucesso.
4. A Criação Renovada de Deus só poderia ter sido
alcançada ao nível da igreja geral da nossa denominação. Os
bispos têm ideias e perspectivas, mas contaram com a
colaboração e experiência dos directores e do pessoal das
agências gerais para a realização do projeto. Isto aplicou-se
especialmente no que diz respeito à tradução, pesquisa,
edição e publicação de comunicações, operações na Web,
revisões académicas, desenvolvimento curricular e redes de
jovens adultos e jovens.
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Agradecimentos especiais aos directores e ao pessoal
destas agências gerais: Igreja e Sociedade, especialmente ao
Programa Paz com Justiça; Discipulado, especialmente aos
ministérios de Melhores Práticas e Jovens; Casa Pulicadora
Metodista Unida; Educação Superior e Ministério;
Comunicações MU; A Mesa Conexional; Arquivos e
História, Ministérios Globais e a Unidade Cristã e Assuntos
Inter-religiosos.
5. A Criação Renovada de Deus melhorou o padrão
para as Cartas Pastorais Episcopais de várias formas
importantes. Estas poderão ser consideradas em projectos
futuros: a abordagem na investigação e estudo do Grupo de
Trabalho; realização de inquéritos a milhares de pessoas; a
atenção às preocupações dos jovens de todo o mundo e a
agilidade de um website de apoio fácil de utilizar e de
estratégias de trabalho em rede.
6. Celebramos os milhares de indivíduos,
congregações e grupos baseados na fé que contribuíram tão
generosamente para a Criação Renovada de Deus.
Incentivamos com orações a continuação do estudo de
documentos e a implementação das respectivas
recomendações. Sugerimos que a Conferência Geral reveja
esta mensagem Pastoral em cada quadriénio consecutivo
devido à necessidade urgente e contínua de reforçar os
nossos ministérios de reconciliação, renovação e paz para a
boa criação de Deus.
Fundamentação da petição:
RELATÓRIO do Grupo de Trabalho do Conselho dos
Bispos em resposta à incumbência da Conferência Geral na
Resolução 8004 LdR; uma visão geral da Criação Renovada
de Deus: Apelo à Esperança e à Acção e recomendações de
estudo e acção continuados sobre a pobreza e a doença, a
degradação ambiental e a proliferação de armas e violência.
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Número da petição: 20986-CA-NonDis-!-G; Streiff, Patrick,
- Zurique pelas Conferências Centrais Europeias.
Rever os Princípios Sociais
A Conferência Geral deve
• Ordenar ao Secretário da Conferência Geral para, em
cooperação com a Junta Geral da Igreja e Sociedade, liderar
e iniciar um processo para rever os Princípios Sociais, para
convocar audiências e outras medidas apropriadas nas
Jurisdições e Conferências Centrais sobre o futuro dos
Princípios Sociais, e para nomear um comité de tamanho
adequado para proporcionar auxílio para trabalho adicional
sobre a revisão dos Princípios Sociais com o objectivo de
fazê-los mais sucintos, fundamentados teologicamente e
globalmente relevantes. A composição do comité deve
reflectir de uma forma representativa a natureza global da
nossa igreja.
• Disponibilizar quantidades apropriadas de
financiamento ao Secretário da Conferência Geral para este
processo.
• Prover apoio logístico e de equipas ao Secretário da
Conferência Geral pela Junta Geral da Igreja e Sociedade e
outras Agências Gerais conforme apropriado para este
processo.
Fundamentação da petição:
As Conferências Centrais da Alemanha, Europa do
Norte e Eurásia e da Europa Central e do Sul mantiveram
consultas com a Junta Geral da Igreja e da Sociedade. Estas
consultas exigiram Princípios Sociais com uma fundação
teológica clara e uma compreensão wesleyana de salvação,
escritos de uma forma sucinta e globalmente relevante
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Resoluções Propostas
R1002.
Número da petição: 20146-CA-R1002; Winkler, James Washington, DC, EUA pela Junta Geral de Igreja e Sociedade.
Política Energética dos EUA e a Responsabilidade dos MU
Alterar a Resolução nº. 1002 da Política Energética dos
EUA e da Responsabilidade Metodista da seguinte forma:
Decisão:
Deus, nosso Criador, confia na humanidade a responsabilidade de cuidar da criação (Génese 1:28, Salmo 8:6). Assim
como o povo de Israel nem sempre acatou em obediência a
aliança de Deus, também nós temos negligenciado os nossos
laços de aliança com Deus, com o nosso semelhante e com a
terra (Génesis 9:9-10). As vozes proféticas condenam o abuso
da criação e os maus tratos aos nossos vizinhos, chamando-nos
de volta para as nossas responsabilidades na aliança. Jesus
incorporou esse espírito profético no seu ministério a todas as
pessoas e à criação. Ele é o reconciliador de toda a criação.
Somos convidados a participar na preservação e na renovação
da boa criação de Deus (Colossenses 15:19-20).
1. Alicerçados num compromisso com a justiça e a sustentabilidade, os Metodistas Unidos em todo o mundo são
chamados a seguir estilos de vida que reflitam a nossa preocupação para com o povo de Deus e o planeta. Historicamente,
os maiores utilizadores mundiais de recursos energéticos, os
Estados Unidos e os seus habitantes têm uma responsabilidade
única na tomada de decisões. A política energética nos EUA
deve ser baseada em princípios científicos e éticos, de respeito
e de justiça dentro da Comunidade Mundial, com enfoque, não
na expansão da oferta por meio de projectos de grande escala,
mas na na gestão da procura e no desenvolvimento de energias alternativas e renováveis. Os Estados Unidos devem concentrar os seus esforços na gestão da procura através da
conservação e da eficácia e no desenvolvimento de fontes de
energia renováveis e alternativas mais limpas.
Particularmente, os EUAEstados Unidos têm de:
• ir além da sua dependência de combustíveis fósseis,
os quais produzem elevadas emissões de carbono, levando
à mudança climática,
• ratificar o Protocolo de Kyoto emadoptar fortes compromissos globais de redução de emissões dentro do Quadro
da Convenção das Nações Unidas, sobre Mudanças Climáticas,
• concentrar-se na redução das emissões de dióxido de
carbono dentro dos EUAdos Estados Unidos e não contar
com mecanismos como o comércio de emissões com outros
países, para atingir as nossas metas de redução de emissões,
ao abrigo dos acordos internacionais,
• reduzir a nossa dependência da energia nuclear, uma
tecnologia na qual existem ainda problemas não resolvidos,
como a eliminação segura ou o armazenamento seguro dos
níveis elevados de resíduos poluentes, provenientes dos
reactores nucleares,
• gerir a procura através de uma elevada prioridade na
conservação e na eficiência energética,
• modificar a procura dos recursos federais (através de
incentivos fiscais e de verbas destinadas para esse fim) fora
do âmbito dos combustíveis fósseis e direccionando-a para
fontes de energia renováveis as energias renováveis, como
a energia solar, eólica e biomassa, etc.,
• apoiar o desenvolvimento e a utilização de tecnologias apropriadas para os pequenos e descentralizados sistemas de energia,
• apoiar a expansão das infra-estruturas necessárias
para veículos menos poluentes, transportes públicos
e boleias, boleias partilhadas e
• assegurar o apoio necessário para os indivíduos, as
famílias e as comunidades afectadas por uma transição dos
combustíveis fósseis, energia nuclear, e hidroeléctricas em
grande escala, para permitir o desenvolvimento económico
alternativo, a reciclagem, a relocalização, etc.
2. Os membros das igrejas locais Metodistas Unidas
são instados a mostrar liderança como guardiões da criação
de Deus e a tomar acções concretas paraDa mesma forma
que a liderança nacional é necessária, também o é o compromisso dos indivíduos, das igrejas e dos líderes da igreja.
Como reflexo da nossa chamada, para sermos zeladores da
boa terra de Deus, os Metodistas Unidos devem:
• educar os nossos congregados sobre a produção e a
utilização de energia, em relação ao aquecimento global,
• realizar uma auditoria energética às nossas casas,
instalações da igrejaàs igrejas e a todas instalações dos
Metodistas Unidos, para identificar as fontes de desperdício
de energia e o potencial de poupança financeira relacionada com essas melhorias energéticas,
• fazer melhorias energéticas às nossas casas, às instalações da igreja, e às estruturas de acampamento,
• substituir as lâmpadas por lâmpadas fluorescentes
compactaslâmpadas incandescentes pela alternativa mais
eficiente disponível,
• incrementar a utilização dos transportes públicos,
boleias, boleias partilhadas, e trabalho em teleconferência e
outras tecnologias adaptáveis ao trabalho e às reuniões, para
reduzir que reduzem o consumo de combustíveis fósseis,
• escolher um veículo mais ecológico e manter adequadamente o seu motor e pneus para máxima eficiência do
combustívelque seja o menos poluente e o mais eficiente,
• manter o motor do nosso veículo afinado e os pneus
cheios de forma correcta,
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• estudar as consequências das nossas escolhas,
enquanto consumidores e tomar medidas para diminuir
nosso impacto sobre o meio ambiente, e utilizar os nossos
votos para dizer aos nossos governantes eleitos que precisamos de leis que apoiem soluções mais importantes para
a mudança climática: automóveis mais ecológicos e centrais
eléctricas mais ecológicas
• advogar políticas que respondam à crescente ameaça
da mudança climática.
ADOPTADAS EM 2004
Resolução nº. 6, 2004 Livro de Resoluções
Ver os Princípios Sociais, ¶ 160B.
Fundamentação da Petição:
Historicamente, os maiores consumidores mundiais de
recursos energéticos, os Estados Unidos e os seus habitantes,
têm uma responsabilidade única na tomada de acções,
baseadas em princípios científicos e éticos, para seguir estilos de vida que reflitam a nossa preocupação para com o
povo de Deus e o planeta
R1003.
Número de petição: 20145-CA-R1003; Winkler, James,Washington, DC, EUA para a Junta Geral de Igreja e Sociedade.
Segurança nuclear nos EUA
Alteração da resolução n.º 1003 Segurança nuclear nos
Estados Unidos da América da seguinte forma:
Teologia
Deus atribuiu aos humanos a tarefa especial de “guardar
e manter” a terra (Génese 2:15). Somos parte da ordem natural
e cuidadores com Deus da criação interdependente (Génese
1:28, Salmos 8:6, 1 Coríntios 3:9). A nossa Declaração de
Política Energética descreve esta condição humana híbrida
como produzir o duplo perigo de arrogância e
irresponsabilidade—que pudéssemos sobrestimar o nosso
controlo do meio ambiente e sermos irresponsáveis como
administradores da criação. Tal como a ciência e a tecnologia
têm expandido o nosso entendimento da boa criação de Deus,
também trouxeram novos desafios para a consciência dos
Cristãos. O potencial da tecnologia nuclear e os perigos
correspondentes constituem esse desafio.
Da extracção à produção, à utilização e eliminação, a
tecnologia nuclear deve ser sempre analisada à luz do nosso
chamamento Cristão para a administração, justiça e
responsabilidade intergeracional.
A tecnologia nuclear apresenta um desafio especial ao
nosso chamamento para sermos cuidadores da criação de Deus
(Salmo 8:6-8) por causa dos riscos envolvidos na produção,
tratamento e eliminação de subprodutos nucleares de longa
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duração (como o plutónio) nos ciclos de energia e produção de
armas. Até a sociedade descontinuar a utilização da energia
nuclear para produzir energia e armas, temos uma
responsabilidade especial para assegurar que a criação de Deus
é protegida para as gerações presentes e futuras, insistindo para
que todo o ciclo de produção seja tão seguro quanto possível.
O problema da segurança nuclear é uma preocupação
mundial. A igreja tem a responsabilidade de utilizar a sua
influência a nível internacional para evitar a devastação que
poderia resultar em catástrofes nucleares bem como os danos
contínuos para o ambiente e para as comunidades resultantes
da mineração e eliminação de materiais radioactivos (Joshua
Gordon, conforme citado por Christopher Flavin,
Worldwatch Paper 75: “Reassessing Nuclear Power: The
Fallout from Chernobyl,” Março de 1987).
Política Metodista Unida
Através da sua Declaração de Política Energética, a Igreja
Metodista Unida confirmou a necessidade de explorar todas as
opções energéticas sustentáveis ao mesmo tempo que realça os
riscos ambientais resultantes de determinadas opções,
incluindo a energia nuclear. “Os perigos no armazenamento de
resíduos radioactivos por milhares de anos e do potencial
destrutivo de um acidente catastrófico envolvem um grande
risco de danos irreversíveis para o meio ambiente ou para o
conjunto genético humano” (Joshua Gordon, conforme citado
por Christopher Flavin, Worldwatch Paper 75: “Reassessing
Nuclear Power: The Fallout from Chernobyl”; Março de
1987). Para além disso, a Igreja reiterou a sua oposição à
“produção e testes de armas concebidas para destruir ou
danificar a criação de Deus, como por exemplo armas
nucleares. Encorajamos a abolição de armas químicas,
biológicas e nucleares e a limpeza de locais contaminados por
resíduos de armas químicas, biológicas e nucleares.”
Contexto
Mineração de materiais radioactivos (Victoria Tauli
Corpuz, Membro, Fórum Permanente sobre Questões Indígenas
da ONU, Directora-executiva, Fundação Tebtebba, [Centro
Internacional de Povos Indígenas para a Investigação de
Políticas e Educação, Sessão de Análise CSD18, Painel
interactivo: Sessão temática sobre Mineração, 6 de Maio de
2010, Sede das Nações Unidas, Nova Iorque]).
Aproximadamente 70% dos depósitos de urânio mundiais estão
localizadas sob terras de comunidades indígenas (Victoria Tauli
Corpuz, Membro, Fórum Permanente sobre Questões Indígenas
da ONU, Directora-executiva, Fundação Tebtebba, [Centro
Internacional de Povos Indígenas para a Investigação de
Políticas e Educação, Sessão de Análise CSD18, Painel
interactivo: Sessão temática sobre Mineração, 6 de Maio de
2010, Sede das Nações Unidas, Nova Iorque]). Nos Estados
Unidos da América, cerca de dois terços destes depósitos situamse em ou encontram-se junto a comunidades nativo-americanas
(Mark Dowie, “Nuclear Caribou.” Orion Magazine.
Janeiro/Fevereiro de 2009). Os mineiros de urânio, as suas
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famílias e comunidades estão expostas à contaminação
radioactiva, mesmo quando as empresas pretendem utilizar
melhores métodos no decurso normal da produção. Esta
contaminação resulta em defeitos congénitos, doenças crónicas
e morte. Por exemplo, a American Lung Association
(Associação americana do pulmão) descobriu que a taxa de
mortalidade de cancro do pulmão mais do que duplicou entre o
povo Navajo durante o período em que a mineração de urânio
estava em alta nas suas terras. Com a necessidade de reduzir a
nossa dependência de combustíveis fósseis, e com o nosso
interesse renovado na construção de novas instalações de energia
nuclear, os povos indígenas nos Estados Unidos da América
temem uma nova pressão sobre a integridade ecológica e
espiritual das suas terras e da sua saúde (Mark Dowie, “Nuclear
Caribou.” Orion Magazine. Janeiro/Fevereiro de 2009).
Energia nuclear
Apesar de ter existido uma pausa na construção de nova
capacidade nuclear nos Estados Unidos da América,—não
foram construídas quaisquer instalações nucleares desde
1978 e nenhuma ficou online desde o reactor Bar 1 da
Autoridade de Tennessee Valley pedido em 1970 e
licenciado em 1996— os resíduos gerados pelas actuais
operações nucleares continuam a amontoar-se e os decisores
políticos estão a debater as vantagens de encorajar a
construção de novos reactores nucleares. Nos Estados
Unidos da América, existem actualmente 103 reactores
licenciados a funcionarem em 65 instalações em 31 estados.
A nível mundial, aproximadamente 433 reactores geram
cerca de 17 por cento da electricidade mundial.
O acidente em Chernobyl a 28 de Abril de 1986 — e o
seu legado de radiação, contaminação e cancro —
demonstrou os perigos envolvidos na produção de energia
nuclear. Este acidente foi muito mais devastador do que o
acidente em Three Mile Island, em 1979. No entanto, o
Estudo da Segurança de Reactores da Comissão Reguladora
Nuclear aponta que existe a possibilidade de ocorrerem
acidentes ainda mais devastadores que o de Chernobyl nos
reactores dos EUA. Apesar das diferenças entre o projecto
das instalações de Chernobyl e a maioria das instalações dos
EUA, existem, de acordo com o Estudo da Segurança de
Reactores, muitos cenários de acidentes possíveis nas
instalações dos EUA que poderiam levar a libertações
substanciais de radiação. Em Março de 2002, na instalação
nuclear de Davis-Besse junto a Toledo, Ohio, as autoridades
descobriram que uma fuga de ácido bórico corroeu um
buraco de 15 centímetros na tampa da cuba do reactor
deixando apenas um revestimento de aço inoxidável com
uma espessura de um quarto de centímetro para evitar uma
libertação potencialmente catastrófica de água de
refrigeração do reactor. Este exemplo mais recente de
deficiências relacionadas com a segurança nas instalações
nucleares ainda 1. Joshua Gordon, conforme citado por
Christopher Flavin, Worldwatch Paper 75: “Reassessing
Nuclear Power: The Fallout from Chernobyl”; Março de
1987. aumenta mais as preocupações levantadas após os
ataques terroristas de 11 de Setembro de 2001 por parte de
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DCA Edição Avançada
analistas de segurança de que a supervisão da Comissão
Reguladora Nuclear é insuficiente e que são necessárias
medidas de segurança adicionais e uma maior protecção.
Departamento de Reactores de Energia
O Departamento de Energia (DOE) possui mais de 200
instalações nucleares. Entre as suas principais
responsabilidades estão a produção e testes do programa de
armas nucleares deste país. As instalações do DOE são
normalmente mais antiquadas do que as instalações civis e
não são sujeitas a revisões por parte de agências externas.
Cinco dessas instalações constituem os principais reactores
de produção de armas nucleares. Quatro estão situadas no
Savannah River na Carolina do Sul; a quinta é o “N-Reactor”
em Hanford, Washington (um complexo em que uma
eliminação deficiente dos resíduos criou no passado uma
lixeira radioactiva conhecida por ser “uma das nossas
maiores áreas contaminadas”). Os sistemas de contenção
nessas instalações têm sido criticados como sendo
inadequados e incapazes de cumprir as normas civis
mínimas. Em 1986, o DOE aceitou submeter os seus cinco
reactores nucleares a regulamentações estatais e federais de
eliminação de resíduos e a encerrar o “N-Reactor” de
Hanford para que fossem efectuadas melhorias de
segurança. A limpeza do local em Hanford, só por si, poderia
custar mais de 100 biliões de dólares. No entanto, a maioria
das instalações do DOE continuam a não ser submetidas a
revisões mais rigorosas de reactores comerciais realizadas
pela Comissão Reguladora Nuclear.
Planeamento de emergência e Direitos estatais
Após o acidente de Three Mile Island, as
regulamentações foram instituídas para melhorar a
segurança pública em caso de acidente nuclear. As novas
regulamentações exigiram a participação, no exercício de
planeamento de emergência, das autoridades locais e
estatais. Em 1986, a Comissão Reguladora Nuclear, em
resposta ao desafio colocado por dois governantes estatais
para a viabilidade de planos de emergência produzidos pela
instalação, exigiu que seja permitido aprovar planos de
evacuação de emergência de instalações caso as autoridades
estatais e locais recusem participar no processo de
planeamento de emergência. Esta mudança de
regulamentação facilitaria o licenciamento de futuros
reactores nucleares e diminuiria significativamente a
participação pública e revisão de medidas de segurança,
assim como aumentaria os perigos de um acidente grave.
Resíduos nucleares
Um dos componentes mais controversos e dispendiosos
do processo de fissão nuclear é a criação de subprodutos
radioactivos. A Comissão Reguladora Nuclear divide os
resíduos em duas categorias diferentes de acordo com o nível e
duração da radioactividade: resíduos de nível elevado e de baixo
nível. Cada reactor produz uma média anual de 20 toneladas de
combustíveis nucleares altamente radioactivos utilizados e entre
50-200 metros cúbicos de resíduos radioactivos de baixo nível.
Desde os anos 50 do século XX, o Departamento de Energia
têm procurado uma forma viável de eliminar os resíduos criados
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Igreja e Sociedade Comitê A
por reactores nucleares comerciais (combustíveis irradiados) e
resíduos de nível elevado da produção de armas. Estes resíduos
são altamente radioactivos e permanecerão radioactivos.
Actualmente, esses resíduos são armazenados em locais de
instalações nucleares, criando o que um membro do Congresso
apelidou de centenas de “depósitos de resíduos nucleares de
facto.” Nas últimas seis décadas, estes subprodutos têm vindo a
ser acumulados em locais de armazenamento em todo o país,
incluindo uma estimativa de 45.000 toneladas de combustível
nuclear utilizadas em instalações de energia nuclear civis com
outras 2.000 toneladas geradas anualmente.
A Lei Nuclear Waste Policy Act (NWPA) de 1982 definiu
um programa para a localização, construção e funcionamento
de dois repositórios geológicos de resíduos de nível elevado,
um a leste e outro a oeste. As alterações à NWPA efectuadas
em 1987 restringiram os estudos dos locais de repositórios a
um único local: Montanha Yucca. Este local situa-se no
Nevada, um estado que em si não tem reactores nucleares e em
terras consideradas sagradas para Western Shoshone e Paiute.
Em grande medida, as considerações políticas tiveram
precedência sobre considerações científicas e de segurança, e
tem havido consulta imprópria e inadequada e cooperação com
os governos estatais e tribos indígenas. Em 2002, a Montanha
Yucca foi designada como repositório de combustíveis
nucleares sobre as objecções das autoridades eleitas de
Nevada, representantes tribais e defensores do meio ambiente.
Os proponentes do local realçaram a estabilidade geológica da
área, apesar da ocorrência de um terramoto de 4,3 na escala de
Richter no mês dos votos do Congresso. Desde a sua
designação, as instalações da Montanha Yucca tem enfrentado
batalhas judiciais e atrasos regulamentares. O futuro de um
repositório central nacional permanece incerto.
A construção do repositório da Montanha Yucca não será
concluída por muitos anos e as transferências de resíduos
radioactivos — levantando profundas preocupações de
segurança para os milhões de moradores que vivem ao longo
das rotas de envio — levarão décadas. Embora anunciado como
a criação de um “repositório central” para os resíduos, o
combustível nuclear deve permanecer por anos no local antes
de estar suficientemente “arrefecido” para ser transportado,
pelo que este processo criaria simplesmente um novo e maior
local de armazenamento, além das mais 100 instalações de
armazenamento no local que continuariam a armazenar os
resíduos nucleares.
Recomendações
A Igreja Metodista Unida expressa a sua profunda
preocupação para com a utilização de uma tecnologia com
graves impactos ambientais e na saúde sem medidas de
segurança apropriadas e abrangentes nos processos de
produção, tratamento e eliminação. Reiteramos igualmente
a nossa oposição à utilização de tecnologia nuclear para a
produção de armas.
Recomendamos:
1. Uma revisão da segurança de planos de operação.
Cada uma das 107 instalações comerciais em funcionamento
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nos EUA deve ser avaliada pela Comissão Regulamentar
Nuclear e pelo Organismo de Avaliação Tecnológica do
Congresso dos EUA para identificar deficiências de projecto
e fraquezas que poderiam contribuir para ou causar um
acidente.
2. A institucionalização de programas de melhorias.
Deveriam ser instituídos programas de melhorias em áreas
com um fraco desempenho, como a gestão, desempenho
pessoal, fiabilidade dos equipamentos e responsabilidade da
entidade contratante.
3. A investigação de novos projectos para a segurança de
instalações. Devem ser investigados e desenvolvidos novos
projectos para instalações nucleares já existentes e futuras para
eliminar o potencial de um acidente de fusão nuclear.
4. A determinação de fases relativamente à produção de
armas nucleares. Solicitamos o encerramento de cinco
reactores de produção de armas e da instalação de
processamento de plutónio Rocky Flats, uma limpeza
completa de quaisquer resíduos nucleares remanescentes
nesses locais, e não mais testes de armas nucleares.
5. O estabelecimento de normas de segurança
uniformes para operações nucleares civis e militares.
Defendemos que todas as operações nucleares nos EUA
sejam sujeitas a uma provisão de segurança básica uniforme.
Todas as operações nucleares do Departamento de Energia
devem ser licenciadas e fiscalizadas por uma agência
independente, como a Comissão Reguladora Nuclear ou a
Agência de Protecção Ambiental. As entidades contratantes
do Departamento de Energia devem ser obrigadas a cumprir
as mesmas normas que as entidades contratantes de
instalações civis e operadores.
6. A protecção das populações vizinhas. Pedimos que seja
prestada a devida atenção à protecção das populações que
vivem perto de instalações de energia nuclear ou ao longo das
vias utilizadas para o transporte de materiais nucleares,
assegurando a participação das comunidades nos planos de
evacuação de emergência. Apoiamos a manutenção de zonas de
planeamento de evacuação para todas as áreas dentro de dez
quilómetros de uma instalação nuclear e o envolvimento da
plena participação das autoridades estatais e locais no processo
de planeamento. Acreditamos que a segurança de todas as
populações potencialmente expostas deve ser a orientação para
melhorias na segurança das instalações de energia nuclear, e
não uma análise limitada dos benefícios em termos de custos.
7. A instituição de plena responsabilidade e
compensação. Afirmamos que as corporações e governos
responsáveis por acidentes nucleares devem ser responsáveis
pela limpeza e restituição de todas as vítimas de um acidente.
8. Uma reavaliação da política de resíduos nucleares
dos EUA:
a. Solicitamos uma moratória sobre o programa de
repositórios de resíduos nucleares proposto pelo DOE;
b. Solicitamos ao Congresso que estabeleça uma
comissão independente para rever o repositório de resíduos
nucleares do DOE e os Programas de Armazenamento
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Recuperáveis Monitorizados e proporcionar um aumento do
financiamento para o desenvolvimento de tecnologias de
gestão de resíduos que irão permitir um armazenamento
prolongado no local do reactor;
c. Solicitamos que a participação pública e consulta em
qualquer localização de repositórios de resíduos nucleares
futuros e roteamento do transporte sejam assegurados
através do fornecimento de subsídios às localidades, estados
e tribos indígenas afectados; e
d. Solicitamos uma moratória da construção de
instalações de energia nuclear até que seja desenvolvido
e implementado um plano nacional adequado para a
eliminação permanente de produtos de resíduos
nucleares.
9. Desactivação. Solicitamos que o custo total de
desactivação (o desmantelamento e eliminação de
instalações de energia obsoletas ou fechadas) seja pago pelas
entidades responsáveis pela construção e operação de
instalações nucleares, e não pelos contribuintes.
10. A poupança energética e a procura de fontes de
energia alternativas. O maior esforço nacional deve ser feito
nas áreas de poupança e fontes de energia renováveis.
Apoiamos o aumento do financiamento por parte do governo
para a investigação e desenvolvimento de tecnologias que
diminuam a dependência de energia nuclear como uma fonte
de electricidade e apoiamos o desenvolvimento de
incentivos, incluindo normas fiscais e de equipamentos, para
acelerar a adopção dessas tecnologias.
11. A cooperação com conferências anuais.
Convidamos as agências da igreja geral da Igreja
Metodista Unida a ajudar as conferências centrais e anuais
nos seus esforços para aprender mais sobre segurança
nuclear. Mais especificamente, convidamos as agências
gerais da Igreja Metodista Unida a ajudar as conferências
anuais que tenham identificado problemas de segurança
nuclear relacionados com instalações nucleares, depósitos
de resíduos e rotas de transporte dentro dos limites dessas
conferências anuais.
Convidamos particularmente a Junta Geral de Igreja e
Sociedade a identificar especialistas qualificados em
segurança nuclear que possam ajudar as conferências anuais
a compreender e a responder às questões de resíduos
nucleares e segurança nuclear nas suas áreas.
ADOPTADO 1988
ALTERADO e READOPTADO 1992
ALTERADO e READOPTADO 2004
Resolução n.º 15, 2004 Livro de Resoluções
Resolução n.º 15, 2000 Livro de Resoluções
Consultar Princípios Sociais, parágrafo 160F.
Fundamentação da petição:
Somos parte da ordem natural e cuidadores com Deus
da criação interdependente. Da extracção à produção, à
utilização e eliminação, a tecnologia nuclear deve ser
sempre analisada à luz do nosso chamamento Cristão para
DCA Edição Avançada
a administração, justiça e responsabilidade intergeracional.
R1023.
Número de petição: 20141-CA-R1023; Winkler, James,Washington, DC, EUA para a Junta Geral de Igreja e
Sociedade.
Justiça ambiental
Alteração da actual resolução n.º 1023, Justiça
ambiental para um Futuro sustentável, da seguinte forma:
O Homem está a destruir o equilíbrio ecológico global
que fornece os sistemas de suporte de vida ao planeta. Os
sinais de crise são evidentes a toda a nossa volta. O
desequilíbrio ecológico global produz a destruição
ambiental. O ar poluído penetra na atmosfera. O lixo abunda,
com pouco espaço para a sua eliminação. Os gases poluentes
destroem a camada de ozono e causam o aquecimento
global. A desflorestação leva à erosão do solo, à falta de
armazenamento de carbono, à uma quantidade inadequada e
à fraca qualidade da água e à perda de espécies, resultando
numa redução da diversidade biológica. A utilização
indevida de pesticidas e fertilizantes contribui para o
envenenamento dos nossos solos e cria produtos nocivos
para todos os seres vivos.
As estruturas sociais, políticas e de desenvolvimento
económico actuais não conseguem atender às necessidades
básicas de alimentação, vestuário e abrigo para todos os
nossos irmãos e irmãs em todo o mundo, com mais de 1,2
biliões de pessoas a viver actualmente em pobreza absoluta.
E a população mundial deverá crescer em mais de 3 biliões
de pessoas nos próximos cinquenta anos. Este crescimento,
combinado com elevados padrões de vida, irá causar várias
tensões na terra, água, energia e outros recursos naturais.
Questões históricas e teológicas
“Do Senhor é a terra e a sua plenitude” (Salmo 24:1).
Foi-nos confiado que cuidássemos da bela criação de Deus
(Génese 2:15, Salmo 8), entendêssemos e louvássemos a
Deus pela sua diversidade de criaturas (Salmo 148). Jesus
elogiou carinhosamente pardais e flores como indicativo do
Reino de Deus (Mateus 6). A redenção cósmica inclui toda a
ordem criada (Colossenses 1:19-20), que, afinal, presta
testemunho a Deus (Romanos 1:20). Falhámos, porém, em
cuidar da criação de Deus. Muitas vezes temos interpretado
o convite de Deus para subjugar e ter domínio sobre a
criação (Génese 1:28) como licença para abusar dela.
Através dos tempos, uma base teológica para o domínio da
criação foi encontrada em Génesis 1:28: “Frutificai e
multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai...
sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo
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o animal que se move sobre a terra.” A má interpretação de
“sujeitar” e “domínio” tem sido utilizada para justificar
muitos dos aspectos da civilização moderna destruidores da
natureza.
A nossa incapacidade para servir como guardiões fiéis
da criação levou a crises ecológicas locais e globais, cujos
sinais são evidentes à nossa volta. Do solo e águas
envenenadas à desflorestação e destruição de montanhas, o
nosso consumo desenfreado e crescimento insustentável
estão a ameaçar o frágil equilíbrio da vida na Terra. Tal como
a poluição do ar ameaça a saúde humana também as nossas
acções ameaçam a existência de outros animais e plantas que
fazem parte da obra de Deus, trabalho sagrado.
Mesmo quando a nossa busca pelo “desenvolvimento”
para o bem do progresso humano tem exigido um pedágio
sobre a criação, lutamos para encontrar formas de
compartilhar plenamente a abundância que Deus nos
confiou. As estruturas sociais, políticas e de
desenvolvimento económico actuais não conseguem atender
às necessidades básicas de alimentação, vestuário e abrigo
para todos os nossos irmãos e irmãs em todo o mundo, com
mais de 1,2 biliões de pessoas a viver actualmente em
pobreza extrema. O crescimento contínuo da população,
combinado com elevados padrões de vida, irá causar várias
tensões na terra, água, energia e outros recursos naturais.
A escala da actividade humana tem crescido de tal
forma que actualmente ameaça o planeta em si. Os
problemas ambientais a nível global tornaram-se tão vastos
que são difíceis de compreender. Entre 1955 e 2000, a
população humana mais do que duplicou para 6,1 biliões.
Durante o mesmo período de tempo, o consumo de
combustíveis fósseis quadruplicou, com os Norteamericanos a utilizar combustíveis fósseis a uma taxa per
capita dez vezes superior aos cidadãos das nações em
desenvolvimento. A grande maioria das evidências
científicas sugerem que o dióxido de carbono proveniente
dos combustíveis fósseis já causou um aquecimento
mensurável do globo. A destruição de habitats,
especialmente as florestas de chuva tropical, está a causar a
extinção de espécies a uma velocidade sempre a crescer. A
camada superficial valiosa do solo está a ser esgotada. Existe
um buraco recorrente na camada de ozono. Mais radiação
ultravioleta atinge agora a Terra, o que pode causar cancro,
um crescimento mais fraco das culturas e danos no sistema
imunológico dos seres humanos e outros animais.
Confrontados com a enorme crise da deterioração da
criação de Deus e perante a questão da sobrevivência final
da vida, pedimos perdão a Deus pela nossa participação
nesta destruição da criação de Deus. Temos utilizado de
forma indevida a boa criação de Deus. Temos confundido o
chamamento de Deus para sermos fiéis mordomos da
criação com uma licença para utilizar toda a criação tal
como a vemos. Os primeiros humanos tiveram de
abandonar o jardim de Éden quando decidiram que tinham
permissão para utilizar toda a criação, apesar dos avisos em
contrário.
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Negámos o facto de que a aliança de Deus está em todas
as criaturas vivas (Génesis 9:9). Negámos o facto de que
toda a família humana deveria desfrutar da aliança.
Esquecemo-nos que a boa nova que somos chamados a
anunciar inclui a promessa de que Jesus Cristo veio para
redimir toda a criação (Colossenses 1:15-20).
Acreditamos que no centro da visão de shalom está a
integração da justiça ambiental, económica e social.
Somos chamados a eliminar o consumo excessivo como
um estilo de vida, utilizando, assim níveis mais baixos de
recursos naturais finitos.
Somos chamados a procurar um novo estilo de vida
enraizado na justiça e paz onde todos os filhos de Deus
partilham a abundância da criação.
Somos chamados a estabelecer novas prioridades num
mundo em que 40.000 crianças morrem de fome todos os
dias.
Assim, somos chamados a um sentido global de
comunidade e solidariedade que leva a um novo sistema
mundial de relações internacionais e ordem
económica/ambiental. Desta forma, a miséria de 1,2 biliões
de pobres que vivem em pobreza absoluta pode ser aliviada
e o ecossistema da vida pode ser salvo.
Princípios para um Futuro sustentável
Os Princípios Sociais da Igreja Metodista Unida
lembram-nos que “toda a criação é de Deus e nós somos
responsáveis pela forma como a usamos e abusamos dela”
(parágrafo 160). O desenvolvimento deve estar centrado no
conceito de sustentabilidade, conforme definido pela
Comissão Mundial para o Ambiente e o Desenvolvimento:
“atender às necessidades do presente sem comprometer a
capacidade das gerações futuras satisfazerem as suas
próprias necessidades.” A compreensão cristã da
sustentabilidade abrange este conceito. Fundamental para o
nosso chamamento como testemunhas fiéis é ir ao encontro
das necessidades humanas dentro da capacidade dos
ecossistemas. Isto assegura a protecção da criação e uma
relação justa entre as pessoas. O desenvolvimento
sustentável, portanto, olha para um futuro saudável em três
áreas vitais: a comunidade social, a economia e o meio
ambiente.
Conclusão
A Igreja Metodista Unida vai lutar por um sentido
global da comunidade para ajudar a alcançar a justiça social,
económica e ecológica para toda a criação.
Iremos concentrar-nos na conversão de práticas
sustentáveis nas seguintes áreas:
Atmosfera
• Medidas de apoio para a redução do dióxido de
carbono, metano, óxidos de nitrogénio e dióxido de enxofre,
que contribuem para a chuva ácida e mudanças climáticas
globais.
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• Cumprir os acordos que proíbem o uso de
clorofluorcarbonetos (CFCs) para parar a destruição da
camada de ozono.
• Apoiar a ramificação e aplicação de estruturas
internacionais, como o Protocolo de Quioto, que procurem
reduzir as emissões globais de gases de efeito de estufa.
• Apoiar a limpeza dos problemas ambientais através de
incentivos económicos, medidas de execução apropriadas e
sanções contra aqueles que causam a poluição.
• Apoiar os esforços que reflictam nos seus preços o
custo do ciclo de vida completo dos produtos para incentivar
a eficiência por parte dos fabricantes dos consumidores.
Terra
• Apoio à gestão integrada dos recursos naturais e
sustentáveis.
• Empenharmo-nos na iniciativa “Greening of the
World”, através da limitação de todas as emissões de
poluentes que destroem as florestas e a reflorestação.
• Trabalhar para práticas agrícolas ecológicas que
produzam alimentos saudáveis e um ambiente limpo.
• Proteger a biodiversidade entre os animais e as
plantas.
Água
• Fomentar a ideia de que a água é um direito humano
básico e não uma mercadoria a ser comercializada com fins
lucrativos.
• Apoio à gestão integrada e sustentável para reduzir
ou eliminar factores que contribuem para a quantidade de
água limitada e para uma pior qualidade.
• Incentivar a poupança e reutilização da água no local
através de uma construção e design da comunidade
melhorados.
Energia
• Incentivar uma maior poupança de energia e uma
maior dependência de fontes novas e renováveis de energiae
uma maior utilização de fontes de energia renováveis.
• Apoiar o desenvolvimento de transportes em massa
eficientes em termos ecológicos.
• Apoiar o convite para a criação de uma política
energética nacional sustentávelpolítica energética nacional
justa e sustentável.
• Apoiar a diversificação económica em regiões muito
dependentes da produção de combustíveis fósseis.
• Apoiar políticas que responsabilizem os poluidores
pelo custo total dos esforços de limpeza.
Acções/Recomendações
Apelamos aos órgãos e congregações locais da Igreja
Metodista Unida que tomem as seguintes acções:
Conselho dos Bispos
• Comunicar à igreja a urgência de responder à crise
global reduzindo o nosso impacto individual e corporativo
na Criação de Deus.
• Criar para a igreja um “ministério de testemunho”
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DCA Edição Avançada
defendendo políticas públicas que renovem a Criação de
Deus.Criar para a igreja um “ministério de presença” indo
aos locais onde os humanos e os ecossistemas estão
ameaçados pela destruição ambiental.
Mesa conexional
• Iniciar uma pesquisa básica sobre a mudança de
atitudes sobre questões ambientais entre os membros
Metodistas Unidos.
• Solicitar que cada Relatório Quadrienal da Conferência
Geral inclua uma avaliação dos esforços relacionados com o
tratamento da criação e as medidas implementadas pelo
organismo que elaborou o relatório para integrar práticas
ambientais sustentáveis no seu ministério. que cada agência
Metodista Unida inclua uma avaliação da sua acção
corporativa para com práticas ambientais sustentáveis, como
parte do seu Relatório Quadrienal 2004-2008.
Junta Geral de Igreja e Sociedade (JGIS)
• Desenvolver recursos que realcem as oportunidades
de compromisso e defesa pessoais para que os indivíduos, as
igrejas locais, as conferências anuais e a igreja geral a
compreender e a responder ao nosso chamamento para
cuidarmos da Criação de Deus. programas que ajudem as
conferências anuais e as igrejas locais a envolverem-se mais
em práticas sustentáveis na política pública e aspectos
pessoas da crise ecológica. Estes programas salientariam a
conversão para uma sociedade sustentável.=
Junta Geral do Discipulado (JGD)
• Desenvolver currículos e programas (para todas as
idades), em consulta com a JGIS, que enfatizem a
responsabilidade ecológica como elemento fundamental do
discipulado.
Junta Geral dos Ministérios Globais (JGMG)
• Juntarmo-nos à JGIS para trabalharmos com
parceiros de missão para nos prepararmos e participarmos na
implementação da Agenda 21 e the no diálogo contínuo
global sobre sustentabilidade através da Comissão de
Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas.
• Realizar um inquérito, com a ajuda de todos os
parceiros de missão, para identificar as preocupações
ambientais e desenvolver projectos voltados para a solução
de problemas comuns.
• Iniciar uma auditoria de todos os projectos e reuniões
patrocinados quanto aos seus efeitos ambientais sobre o
equilíbrio ecológico global.
• Estabelecer um grupo de estagiários na área da
ecologia para trabalhar sobre as questões da ecologia.
• Incluir questões ambientais globais na formação de
todos os missionários da JGMG.
• Facilitar o diálogo entre grupos religiosos, outras
organizações não governamentais e órgãos do governo sobre
a formação e métodos de participação popular.
Junta Geral de Educação Superior e ministério
(JGESM)
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Igreja e Sociedade Comitê A
• Incluir uma maior consciência na educação e na
formação do clero da crise ecológica global.
Comunicações Metodistas Unidas (ComMU)
• Produzir programas que salientem a responsabilidade
cristã para com o futuro da criação e incluir modelos de
envolvimento da Igreja Metodista Unida na justiça
ambiental.
Conselho Geral de Finanças e Administração (CGFA)
• Ajudar a igreja no seu esforço de ser ecologicamente
responsável na utilização dos seus recursos através da
recolha de estatísticas sobre a utilização de energia, água,
papel e práticas de reciclagem das igrejas locais e das
agências gerais para monitorizar o progresso da igreja nestes
aspectos da liderança.
Junta Geral de Pensões e Benefícios de Saúde (JGPBS)
• Desenvolver directrizes de investimento, em consulta
com as agências, para avaliar os seus títulos em
cumprimento de elevados padrões de responsabilidade
ambiental como evidenciado pela adopção de um código de
conduta ambiental e uma prática de transparência na
informação pública ambiental.
Congregações locais
• Desenvolver programas para incorporar as
preocupações de justiça ecológica no seu trabalho de
evangelização,
preocupações
sociais,
actividades
missionárias, liderança, agentes fiduciários e adoração.
ADOPTADO 1992
ALTERADO e READOPTADO 2004
Consultar Princípios Sociais, parágrafo 160.
Fundamentação da petição:
Foi-nos confiado que cuidássemos da bela criação de
Deus e percebêssemos e louvássemos a Deus pela sua
diversidade de criaturas. Falhámos, porém, em cuidar da
criação de Deus. Muitas vezes temos interpretado o convite
de Deus para subjugar e ter domínio sobre a criação como
licença para abusar dela.
R1027.
Número da petição: 20763-CA-R1027-G; Shunk, Dale,Somerset, PA, EUA. 1 petição similar.
Projecto da Carta do Clérigo
1027. A Criação de Deus e a Igreja
Como discípulos de Cristo, somos chamados...
Especificamente, a Igreja Metodista Unida:
• Designa um Domingo por ano, preferencialmente o
Domingo mais próximo ao Dia da Terra, como um Festival
da criação de Deus, celebrando o trabalho gracioso de Deus
na criação da terra e de todos os seres vivos, incorporando-o
209
no calendário litúrgico da igreja, e desenvolvendo forma
adequadas para que as congregações o celebrem.
• apoia o Projecto de Carta do Clérigo e dos seus
programas reconciliadores entre a religião e a ciência, e
apela à participação do clérigo Metodista Unido;
• Apoia o trabalho...
Fundamentação da petição:
A denúncia de que Israel está a construir colónias
ilegais e a ocupar a terra palestiniana é uma invenção recente
de relações públicas de 1949 sem precedência Bíblica como
um inquérito à história moderna do Médio Oriente revela. Os
Princípios Sociais e as Resoluções da IMU não devem
utilizar essas frases nem promover o que não está nas
Escrituras ou anti-Semita...
R4021.
Número da petição: 20157-CA-R4021; Winkler, James Washington, DC, EUA pela Junta Geral de Igreja e
Sociedade.
Comercialização do Tabaco
Alterar a Resolução nº.4021, Comercialização do
Tabaco pela Altria/Philip Morris and RJR Nabisco, da
seguinte forma:
4021.
Comercialização
do
Tabaco
pela Altria/Philip Morris and RJR Nabisco
Como pessoas de fé em Deus vivo, somos lembrados de
que Jesus falou de justiça para os pobres, para os marginalizados e para os impotentes e pediu-nos que nos amassemos
uns aos outros. A Bíblia lembra-nos que nossos corpos são
“templos do Deus vivo” (1 Coríntios 6:13-20) e uma vez que
somos criados à imagem de Deus, somos chamados por
Deus para aperfeiçoar o nosso corpo à Sua imagem. Além
disso, somos chamados por Deus para assegurar que toda a
Sua criação tem acesso ao conhecimento do amor de Deus e
da Sua preocupação para com o nosso bem-estar. Através da
nossa histórica herança Wesleyana e das palavras de John
Wesley, somos lembrados, como Metodistas Unidos, que “o
mundo é a nossa paróquia”, e nós somos chamados a ministrar pelo mundo inteiro.
A Igreja Metodista Unida e as suas denominações antecessoras têm uma longa história de testemunho contra o consumo e a comercialização de produtos derivados do tabaco.
Há provas contundentes que ligam o fumo do tabaco ao cancro do pulmão, doenças cardiovasculares, enfisema, bronquite crónica, e outras doenças relacionadas. Estatísticas
alarmantes apontam para o impacto das empresas do tabaco
e as suas práticas de comercialização, como forma de atrair
as pessoas para o consumo do tabaco. A Organização
Mundial da Saúde, no seu relatório de 2009 sobre o Tabaco,
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constata que o uso do tabaco já mata 5,4 milhões de pessoas
por ano em todo o mundo e a epidemia tem tendência a
agravar, especialmente no mundo em desenvolvimento,
onde , nas próximas décadas, ocorrerão mais de 80 % das
mortes causadas pelo tabaco. O relatório afirma, “a menos
que sejam tomadas medidas urgentes,neste século morrerá um bilião de pessoas em todo o mundo, como consequência do consumo do tabaco “. “O tabagismo é tão
devastador para o corpo humano que é um factor de risco
para seis das oito principais causas de morte no mundo.”
Estamos indignados com o emprego de técnicas de marketing destinadas a crianças, pelo fabricante mundial de cigarros. Certas empresas utilizam estratégias de marketing dirigidas
a crianças eaos jovens (crianças, jovens e adultos jovens), em
todo o mundo, pelos os fabricantes de cigarros líderes nos
Estados Unidos. Esta prática entra em conflito directo com o
tratado global de tabaco, no Quadro da Convenção sobre o
Controlo do Tabaco, o qual traça a política mais eficaz no controlo do tabaco, no interesse da saúde pública. As empresas
principais dos EUA que têm usado estratégias de marketing
enganosas, tendo como alvos preferenciais os jovens, são a
Altria/Philip Morris, a qual vende os cigarros Marlboro, e a RJR
Nabisco, a qual vende os cigarros Camel.
Assim, como pessoas de fé que acreditam que nossos
corpos são templos do Deus vivo (1 Coríntios 6:13-20), nós:
1. Orientar a Junta Geral de Igreja e a Sociedade
para recolher e partilhar manter informações sobre e publicar
uma lista actualizada de produtos de consumo produzidos
pela a Altria / Philip Morris, e a RJR Nabisco e outras
grandes empresas tabaqueiras, para que os Metodistas
Unidos estejam conscientes do seu apoio indirectode outros
produtos que proporcionam apoio indirecto da indústria
tabaqueira;, das estratégias financeiras da indústria tabaqueira que indevidamente influenciam os governos, oficiais
eleitos e líderes comunitários,.
2. Elogia a Junta Geral de Pensões e Benefícios de
Saúde por ter excluído, há já bastante tempo, a indústria
tabaqueira da sua carteira de investimentos e pede que
desafie os meios de comunicação públicos, que fazem parte
da sua carteira de investimentos, a não aceitar passar publicidade nem promover os produtos derivados do tabaco;
3. Pede a todas as agências Metodistas Unidas, e instituições relacionadas, a tomar em consideração os Princípios
Sociais e as preocupações relativas ao tabaco e, especialmente, considerar o papel da Altria/Philip Morris e RJR
Nabisco no marketing do tabaco como um factor a ter em
conta em qualquer decisão sobre a compra de produtos alimentares, fabricados por estas empresas;
4. Solicitar às agências gerais Metodistas Unidas que
comuniquem, interpretem e advoguem essa preocupação
com as suas instituições afiliadas;
5. Pedir a todas as às igrejas locais e conferências anu-
DCA Edição Avançada
ais que eduquem os seus membros sobre as tácticas de marketing da indústria do tabaco, as quais visam crianças e
jovens. É igualmente importante entendermos a ligação
entre a compra dos nossos produtos alimentares e o nosso
apoio indirecto à indústria do tabaco;
6. Solicitar à Junta Geral de Igreja e Sociedade para
explorar medidas produtivas destinadas a impedir as empresas de tabaco de publicitar cigarros, e outros produtos
derivados do tabaco, a crianças e jovens, e se necessário,
organizar um boicote; e
7. Orientar a Junta Geral de Igreja e Sociedade para que
comunique a presente resolução às as empresas tabaqueiras,
encarnando o papel de defensor permanente da posição
Metodista Unida dentro da Igreja Metodista Unida e junto das
companhias de tabaco, e monitorizando a implementação desta
resolução para relatório da próxima Conferência Geral.
ADOPATADA EM 1996
ALTERADA e READOPTADA EM 2004
resolução nº. 198, 2004 Livro de Resoluções
resolução nº. 189, 2000 Livro de Resoluções
Fundamentação da Petição:
A Igreja Metodista Unida tem uma longa história de testemunho contra o consumo e a comercializaçãodos produtos
derivados do tabaco. Estamos indignados com as técnicas de
marketing que visam os jovens (crianças, jovens e adultos
jovens), em todo o mundo, pelos fabricantes líderes de cigarros,
os quais levam à dependência e a outros problemas de saúde.
R4111.
Número da petição: 20741-CA-R4111; Smalling, Steve,Jasper, TN, EUA.
Apoio Financeiro para Questões Domésticas
Emenda do último parágrafo da Resolução 4111 actual
“Permitir o Apoio Financeiro para Questões Domésticas”
...Apelamos ao Presidente e ao Congresso dos Estados
Unidos que retribuam as verbas poupadas na redução de
despesas militares e acabamentos de bases, para a redução da
dívida pública. para programas domésticos que irão permitir o
apoio financeiro para um aumento nas ofertas educativas de
qualidade nos sistemas de escolas públicas do país, cuidados
de saúde adequados, alojamento sustentável, criação de
oportunidades de emprego suficientes, e uma nova lei de
formação laboral exaustiva, que irá adequar os dólares federais
para os elementos do sector privado que está actualmente em
conformidade com as directrizes de acção afirmativas para o
objectivo de incentivar a sua participação em nova formação
dos trabalhadores dos EUA e para o novo desenvolvimento de
fábricas nos Estados Unidos continentais.
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Igreja e Sociedade Comitê A
Fundamentação da petição:
Os Estados Unidos não têm recursos financeiros
suficientes para expandir a despesa doméstica. Para
sobreviver como nação a longo prazo, temos de reduzir a
nossa dívida pública. Em particular, o aumento de
financiamento nas nossas escolas públicas infrutíferas teria
sido um donativo massivo para a união dos professores e um
desperdício de capitais.
R4112.
Número da petição: 20736-CA-R4112; Smalling, Steve, Jasper, TN, EUA.
Eliminar e Extinguir
Eliminar a Resolução 4112 do Livro de Resoluções,
“Estabelecer a Força-Tarefa da Conferência Anual de
Taxação do Estado”
Extinguir as Forças-Tarefa de Taxação do Estado,
estabelecidas em cada conferência anual, de acordo com a
Resolução 4112, de 2008, do Livro de Resoluções.
Não fazer qualquer menção do que é uma estrutura de
taxação do estado, justa ou injusta.
Fundamentação da petição:
As crises de orçamento actuais que afectam muitos
estados mostraram que determinados estados, os quais são
suportados por impostos estatais sobre os rendimentos
altamente progressivos, são alguns dos estados da nação com
as atitudes fiscais mais irresponsáveis.
Contribuintes produtivos e com altos rendimentos estão
a afastar-se às dezenas de milhar dos estados com impostos
de rendimentos altamente progressivos…
R4135.
Número da petição: 20737-CA-R4135; Smalling, Steve, Jasper, TN, EUA.
Retirar o Apoio ao “Card Check” nos Votos dos Sindicatos
Alterar a Resolução nº. 4135 (“Direitos dos
Trabalhadores”), Secção V, artigos 3 e 4, da seguinte forma:
3. Incentiva todos os empregadores a respeitar os direitos
dos trabalhadores de se organizarem e reconhece o poder
inerente que os empregadores têm sobre os trabalhadores na
maioria dos locais de trabalho. Este poder sobre os meios de
subsistência dos trabalhadores significa que os empregadores
devem ser especialmente cuidadosos para não intimidar ou
ameaçar os funcionários, se os trabalhadores estão, na verdade
a experimentar uma “liberdade de associação.” Os
empregadores, em particular, são encorajados a comunicar
claramente aos seus funcionários que eles são neutros na
escolha dos seus empregados e que lidarão de forma justa com
211
qualquer sindicato que eles seleccionem; respeitar a decisão
dos seus funcionários, quando a maioria assinou as cartas de
autorização sindical, ou não manifestou o desejo de ser
representado por um sindicato por um sindicato, escolhido por
voto secreto e abster-se de utilizar audiências, eleições, e
recursos como um meio de atrasar ou evitar a representação
para os seus empregados. A Igreja Metodista Unida está
particularmente preocupada com as práticas imorais, que
impedem o acesso de trabalhadores aos seus locais de trabalho
e a substituição permanente de trabalhadores grevistas;
4. Expressa preocupação adicional sobre a erosão dos
direitos garantidos nos Estados Unidos desde 1935 pela Lei
Nacional das Relações do Trabalho e apela à adopção de
legislação para recuperar estes direitos. Esta legislação deve
permitir que os trabalhadores escolham a representação
sindical apenas por votação secreta através de cartões
assinados, que requeiram a mediação e a arbitragem
vinculativa se não é alcançado um primeiro contrato de
acordo do contrato num período de tempo razoável, e que
aumentem as penalizações para os empregadores que violem
os direitos dos trabalhadores em se organizar;
Fundamentação da petição:
O voto secreto é a única maneira de garantir que os
funcionários sejam protegidos contra o assédio, intimidação
e ameaças por parte dos organizadores sindicais, ou
retaliação por parte dos empregadores.
R4135.
Número da petição: 20800-CA-R4135; Golden, Tom,Wichita Falls, TX, EUA.
Direitos dos trabalhadores
4135. Direitos dos trabalhadores
I. Bases Bíblicas/Teológicas
As escrituras ensinam…
As escrituras também ensinam… Os princípios básicos
são claros: todos os trabalhadores devem ser tratados com
respeito e dignidade, as disparidades de riqueza e pobreza
devem ser evitadas, os trabalhadores devem ganhar salários
que os sustentem e às suas famílias, e os empregadores têm
uma responsabilidade particular de tratarem justamente os
trabalhadores e capacitá-los a organizarem-se para
melhorarem as condições. Os trabalhadores têm o direito de
se associarem se assim o desejarem.
O interesse…
V. Apoiar o direito dos trabalhadores para se associarem
e negociarem colectivamente
A Igreja Metodista Unida ...
3. Incentiva todos os empregadores a respeitar o direito
de associação dos trabalhadores e a reconhecerem o poder
inerente que os empregadores têm sobre os trabalhadores na
maioria dos locais de trabalho. O poder sobre os meios de
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subsistência dos trabalhadores, significa que os
empregadores devem ter especiais cuidados para não
afrontarem ou ameaçarem os empregados, se os
trabalhadores quiserem exercer o direito de experimentar
uma “liberdade de associação.” Nomeadamente, os
empregadores são incentivados a comunicar claramente aos
seus empregados que são neutros nas escolhas dos seus
empregados e negociarão honestamente com qualquer
sindicato que estes seleccionarem; aceitarão a decisão dos
seus empregados, quando a maioria tiver assinado cartões de
autorização do sindicato ou indicado de outra forma, o seu
desejo de ser representado por um sindicato, e evitar o uso
de audiências, eleições e, recursos como meios para retardar
ou evitar a representação para os seus empregados. A Igreja
Metodista Unida está preocupada particularmente, acerca
das práticas anti-éticas de bloqueio dos trabalhadores fora
dos seus locais de trabalho e de substituir permanentemente
os trabalhadores grevistas; Se os empregados desejarem ser
representados por um sindicato, o empregador tem uma
responsabilidade para com os empregados de certificar-se de
que os empregados compreendem que os sindicalistas não
podem prometer aumentar salários, benefícios, e condições
de trabalho. Podem somente prometer negociar por eles. O
empregador tem uma responsabilidade para com os
empregados de certificar-se de que compreendem que todos
os seus salários, benefícios e condições de trabalho actuais
são negociáveis. O empregador é também responsável por
certificar-se de que os empregados estão cientes que não têm
que estar sujeitos a pressões, a ameaças e a intimidações por
colegas de trabalho ou por sindicalistas. O empregador é
responsável por explicar que o processo organizacional
incluirá a assinatura de cartões e, uma eleição por voto
secreto. Se a eleição mostrar que a maioria dos empregados
quer um sindicato, um comité será eleito e iniciar-se-á a
negociação. A IMU está particularmente preocupada sobre
as práticas anti-éticas que foram usadas por empregadores e
sindicalistas, tais como a diminuição da produção, danos do
equipamento e instalações, danos no inventário, bloqueio
dos trabalhadores aos locais de trabalho e a permanente
substituição dos trabalhadores grevistas.
4. Expressa preocupação adicional sobre a erosão dos
direitos garantidos nos Estados Unidos desde 1935, pela Lei
Nacional de Relações de Trabalho (National Labor Relations
Act) e incita à adopção de legislação que recupere esses
direitos. Esta legislação deve permitir que os trabalhadores
escolham a representação sindical pela assinatura de cartões,
realização de uma eleição com voto secreto requeiram
mediação e arbitragem obrigatória caso um primeiro acordo
de contrato não seja alcançado num período de tempo
razoável e, aumentem as penalizações para os empregadores
que violem os direitos de associação dos trabalhadores;
5. apela…
Fundamentação da petição:
A fundamentação desta petição é muito importante para
este momento da história. Conforme escrito, a Resolução
4135 apoia a organização de um sindicato pelos empregados
DCA Edição Avançada
que assinam cartões sem uma eleição por voto secreto.
Entretanto, os sindicalistas tornaram-se mais agressivos e
adversos tornando fundamental a realização de eleições por
voto secreto. Durante…
R5001.
Número da petição: 20223-CA-R5001-G; Kemper,
Thomas,- Nova Iorque, NI, EUA, pela Junta Geral dos
Ministérios Globais
Tomar Liberdades
Alterar a resolução 5001, da seguinte forma:
5001. Tomar Liberdades Na Dissidência Sufocante
Os Princípios Sociais afirmam, “Considerámos os
governos responsáveis pela protecção dos direitos do povo”
(¶ 164A).. No entanto, os governos frequentemente usam
durante o tempo de guerra e/ou de ameaças veladas à
segurança nacional, para justificar as restrições sobre os
direitos civis, direitos dos imigrantes e o direito de expressar
a dissidência política.
No antigo Egipto, o faraó apelou para uma mistura de
lealdade patriótica e a receios sobre a segurança nacional
para justificar a repressão dos imigrantes: “Venham, usemos
de astúcia para com eles, ou eles vão. . . em caso de guerra,
ele se junte aos nossos inimigos e lute contra nós e escape da
terra “( xodo 1:10).
O profeta Jeremias, como muitos dos outros profetas
bíblicos, expressou a sua dissidência para com as práticas
injustas do seu governo durante a guerra. Os poderes
instalados condenaram repetidamente Jeremias, acusando-o
de “deserção” (Jer. 37:13-15). Os profetas, enfrentaram
invariavelmente espancamentos, prisão e ameaças de morte
pela sua dissidência política em tempos de crise nacional
(ver 1 Reis 22:13-27, Jeremias 20:10; 26:11; 37:13-18; 38:4;
Salmo 120).
A igreja ancestral foi frequentemente confrontada com
espancamentos, prisão e morte pela sua dissidência política
e religiosa. A igreja ancestral, como minoria religiosa, foi
frequentemente acusada de ser um grupo de oposição
política que devia ser suprimido: ver Actos 6:11 em
acusações apresentadas contra Estevão. Em Actos 17, os
primeiros Cristãos são acusados: “Estão todos a agir
contrariamente aos decretos do Imperador”(17:7).
Ainda no meio da repressão, Paulo afirma a
importância do devido respeito pelo processo das liberdades
civis. Ele insiste que funcionários do governo reconheçem as
suas próprias violações dos direitos humanos: “Eles
bateram-nos em público, sem condenação, homens que são
cidadãos romanos... e agora eles vão absolver-nos em
segredo? Certamente que não! Deixa-os vir e levarem-nos
para fora eles mesmos.’ Então eles vieram e pediram-lhes
desculpas” (Actos 16:37, 39).
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Igreja e Sociedade Comitê A
A recente Os E.U. lideraram a “guerra contra o
terrorismo,” a Lei PATRIOTA dos E.U.A. a Lei PATRIOTA
dos E.U.A. de 2001 (“Unindo e Reforçando a América
Fornecendo as Ferramentas Apropriadas e Necessárias para
Interceptar e Obstruir o Terrorismo”) a legislação, e a
criação de tribunais militares, que carecem do devido
processo legal ou meios independentes de recurso em nome
da segurança nacional , bem como o projecto legislativo
conhecido como Lei PATRIOTA II, ou Lei de Reforço da
Segurança Interna, criou um clima político em que um
número crescente de governos adoptaram ordens executivas
e legislação que restringe os direitos dos imigrantes e dos
grupos de oposição. Tais medidas incluem:
• utilização da expressão “combatentes ilegais” para
designar a oposição política,
• detenções sem acusações ou um julgamento,
• uso de provas e audiências secretas,
• escutas alargadas e vigilância governamental,
• recusa de acesso a aconselhamento jurídico,
• deportação de requerentes de asilo, refugiados e outras
pessoas que enfrentam a perseguição no seu país de origem,
• uso de perfis raciais e religiosos,
• ameaça de retiro de cidadania,
• negação de direitos de reunião pacífica e liberdade de
expressão, com base em convicções políticas,
• uso de tribunais militares que carecem do devido
processo legal e análise judicial independente, e
• a combinação de medidas restritivas do governo com
apelos para uma lealdade patriótica inquestionável, que,
frequentemente promovem um clima de intolerância
crescente e de repressão contra os estrangeiros e quaisquer
uns que expressam dissidência política pacífica.
A organização internacional de direitos humanos, Human
Rights Watch, tem compilado compilou um relatório
intitulado, “Oportunismo Face à Tragédia: Repressão em nome
do anti-terrorismo”. (www.hrw.org) O relatório analisa várias
leis repressivas e as medidas adoptadas por 17 nações em nome
da luta contra o terrorismo. Na realidade, a maioria destas
medidas visam reprimir a dissidência política e religiosa
interna, bem como restringir os direitos dos refugiados,
requerentes de asilo e estrangeiros. Estas medidas duras
conduziram a que milhares de muçulmanos, árabes e sulasiáticos fossem detidos sem o devido processo legal nos
Estados Unidos, em países europeus e em muitas outras
nações. Quase nenhum dos presos foi condenado por qualquer
crime violento. A asfixia da dissidência através de acções
repressivas governamentais permitiu também ás autoridades o
recurso a diversas formas de tortura com maior impunidade.
Aqueles que são seleccionados são frequentemente os mais
vulneráveis e violentados na sociedade.
Preocupações de segurança legítimas de qualquer nação
são melhor atendidas por defender e proteger os direitos
humanos de todos, incluindo os direitos de oposição política,
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imigrantes e minorias. A Igreja tem uma longa história de defesa
e protecção dos direitos da dissidência política e religiosa.
Mesmo num contexto de acrescidos medos e violência,
os princípios sociais declaram claramente, “Rejeitamos
também fortemente a vigilância interna e a intimidação dos
opositores políticos pelos governos no poder.... O uso de
detenção e prisão para o assédio e eliminação de opositores
políticos ou outros dissidentes violam os direitos humanos
fundamentais”(¶ 164A).
Ratificamos a tradição profética da dissidência e
exortamos todos os Metodistas Unidos a pronunciarem-se
publicamente pela protecção dos direitos humanos para todos
— incluindo o direito à dissidência através de reunião pacífica,
liberdade de imprensa, liberdade de expressão e outros meios
não violentos. Saudamos especialmente os movimentos
populares recentes no Egipto e em todo o Médio Oriente nos
seus protestos pacíficos contra regimes repressivos.
Apelamos para as seguintes ações:
• empreender esforços educacionais pelas congregações
locais (estudando os Princípios Sociais ¶ 164, a Declaração
Universal dos Direitos Humanos, convénios internacionais de
direitos humanos, e a Carta de Direitos norte-americana) para
promover uma maior compreensão uma maior compreensão
e protecção dos direitos humanos internacionais e liberdades
civis, especialmente os direitos dos imigrantes, de grupos de
oposição política, e de minorias religiosas bem como
minorias raciais e religiosas, e que estes programas
educacionais contribuam para o sexagésimo quinquagésimo
aniversárioso da Lei dos Direitos Civis norte-americanana
(em 2014), a Convenção Internacional Sobre a Eliminação
de Todas as Formas de Discriminação Racial (em 2015), e o
Convénio Internacional Sobre Direitos Civis e Políticos (em
2016) como ocasiões para voltarmo-nos a conscencializar
dos direitos humanos para todos Declaração Universal dos
Direitos Humanos em 10 de Dezembro, 2008;
• A Junta Geral de Ministérios Globais e a Junta Geral de
Igreja e Sociedade, a trabalharem com as organizações nacionais
e internacionais de liberdades civis e de direitos humanos, tais
como o Centro para os Direitos Constitucionais, a Amnistia
Internacional, a Human Rights Watch e a União Americana das
Liberdades Civis, desenvolvendo recursos e materiais de defesa
para uso em congregações locais, para: 1) acompanhar medidas
potencialmente restritivas do governo que tenham efeito afectem
as liberdades civis pessoais; 2) contestar a legislação repressiva
e ordens executivas já em vigor (tais como as listadas acima); e
3) proteger os direitos da dissidência pacífica;
• apelar ao governo dos EUA e a todos os outros
governos nacionais a apresentarem, em tempo oportuno,
relatórios sobre o seu cumprimento do Convénio
Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos e a
Convenção Contra a Tortura das Nações Unidas, e que os
governos documentem especialmente as medidas tomadas
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para garantirem as completas liberdades políticas e
religiosas de minorias, imigrantes e o direito à dissidência
pacífica; e
• as congregações locais, trabalhem com outras pessoas
nas suas comunidades, organizem-se para defender as
liberdades civis, encorajando as autoridades locais a adoptar
as resoluções de Zona Segura das Liberdades Civis e formar
comités locais de defesa da Carta de Direitos (ou Direitos
Humanos) para criar um clima de tolerância e respeito pelos
diferentes pontos de vista.
ADOPTADA EM 2004
READOPTADA em 2008
RESOLUÇÃO Nº. 240, 2004 LIVRO DE
RESOLUÇÕES
Consultar os Princípios Sociais, ¶ 164A e F.
R5013.
Número da petição: 20130-CA-R5013; Winkler, James,Washington, DC, EUA para a Junta Geral da Igreja e
Sociedade.
Separação da Igreja e do Estado
Emendar a Resolução 5013 como segue:
Separação da Igreja e do Estado
Cremos na igreja Cristã, a comunidade do povo de
Deus fundada na confissão de Cristo. Jesus é a cabeça do
corpo, a igreja universal, que está unida pela sua fé comum
Nele. A igreja participa no culto de Deus, na comunhão e na
formação de crentes e em espalhar o amor de Deus pelo
mundo. Este ministério do amor de Deus continua na igreja
quando as pessoas recebem o apelo para amar e reunir
aqueles que estão afastados de Deus e uns dos outros
(Mateus 16:16-18; João 3:16-17; 2 Coríntios 5:14-20). Por
outro lado, acreditamos que o governo é uma instituição
estabelecida por Deus para o bem da sociedade. O governo,
como muitas outras coisas na criação, é uma parte da graça
comum de Deus para a humanidade. Esta é uma graça em
que todos os membros da sociedade beneficiam, sejam eles
Cristãos ou não. Wayne Grudem disse: “O governo humano
também é o resultado da graça comum. ... ... Um dos
primeiros meios que Deus utiliza para reprimir o mal no
mundo é o governo humano.”
Existem várias sítios nas Sagradas Escrituras que nos
ajudam a compreender este acto gracioso de Deus. Na
história do Dilúvio (Génesis 9:6ss) Deus restabelece o
convénio de Deus com Noé e define a verdade da
santidade da vida. A Bíblia não fala muito do papel do
governo civil; no entanto, quando o faz, dá-nos uma ideia
clara da razão de Deus para estabelecer os reinos de Israel
e seus líderes como as razões por que Deus estabeleceu os
governos de Israel e as responsabilidades do seu Rei (ver
1 Samuel 10:17-25). Segundo a tradição bíblica, o papel
do governo (como visto pelo trabalho de reis e líderes) era
muito claro.
Diz o salmista quando se refere a reis e governantes:
“Ó Deus, dá ao rei os teus juízos / e a tua justiça ao filho
do rei. /Ele julgará ao teu povo com justiça, / e aos teus
pobres com juízo. .. ..../Julgará os aflitos do povo, /
Salvará os filhos do necessitado; /E quebrantará o
opressor” (Salmo 72:1-2, 4, JFA). E assim continua a
oração para o rei, descrevendo a tarefa dos governantes
(i.e., governos): “ Porque ele livrará ao necessitado
quando clamar / como também ao aflito e ao que não tem
quem o ajude. / Compadecer-se-á do pobre e do aflito / e
salvará as almas dos necessitados. / Libertará as suas
almas do engano e da violência / e precioso será o seu
sangue aos olhos dele” (Salmo 72:12-14, JFA). E assim
diz ainda Isaías sobre o governante que irá ser trazido por
Deus: “Mas [eles] julgarão com justiça os pobres / e com
justiça [eles] decidirão em defesa dos pobres da terra. .. …
/ A justiça será o [seu] cinto dos seus lombos / e a
fidelidade o cinto dos [seus] rins” (Isaías 11:4-5, NVI; ver
também Isaías 3:14; 1 Reis 3:8-9; Provérbios 8:14-16;
Daniel 4:32).
O facto de Deus permitir a criação de governos não
pode ser interpretado como sejam todos eles bons
governos, como podemos ver nas Sagradas Escrituras. Na
verdade, muitos governos vão contra a vontade de Deus. A
realidade é que os governos falham tal como falham os
seres humanos em viver segundo a vontade de Deus. No
entanto, Deus usapode usar os governos para os Seus
propósitos. No Novo Testamento vemos também o papel
importante que têm os governos, segundo S. Paulo.
Quando S. Paulo fala dos que têm autoridade, diz: “Porque
a autoridade é ministro de Deus para te fazer o bem. Mas
se fizeres o mal, teme, porque não é sem motivo que ela
traz a espada. Pois é ministro de Deus, vingador, para
castigar aquele que pratica o mal. É, por isso, necessário te
submetas, não só por causa do temor da punição, mas
também por dever de consciência. Por esse motivo,
também pagais tributos, porque as autoridades são
ministros de Deus, atendendo a todo o tempo ao acto de
governar” (Romanos 13:4-7, NIV). Muitas vezes mal
interpretada, esta passagem não apela a uma postura não
crítica ou subserviente perante o estado. No capítulo 12, S.
Paulo descreve longamente o comportamento dos
Cristãos, incluindo “odiar o que é mal”, “amar o que é
bom” e “viver em harmonia”. O papel do estado no
capítulo 13 é então escrito em contraste com o papel dos
seguidores de Jesus. O capítulo 13 pretende ser instrutivo
e não inteiramente prescritivo. Os discípulos de Jesus não
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Igreja e Sociedade Comitê A
são chamados para replicar o mal àqueles que cometem o
mal: esse é o papel do estado. Os escritos de S. Paulo e a
sua vida mostram-nos que não era de todo sua intenção
que os Cristãos não exercessem o acto da crítica ou que
fossem completamente subservientes ao estado. Nem
Jesus deixou de ser crítico para com o governo, porque por
ele foi condenado à morte.
A passagem de Romanos acima referida não equaciona
de modo algum Deus e o governo, muito pelo contrário, Pelo
contrário, não há maneira de reconciliar o propósito de Deus
para o governo com um governo que age opostamente à
vontade de Deus. Há muitos exemplos onde os governos
pervertem esta autoridade dada por Deus a sua autoridade. É
em situações como esta onde a voz profética da igreja
melhor tributo presta à sua responsabilidade para com o
estado, e a sua lealdade ao Evangelho, chamando o estado à
responsabilidade. Os Cristãos devem tornar-se a consciência
do governo, no melhor sentido da tradição profética. Como
afirmou Martin Luther King, Jr. um dia: “A igreja deve ser
recordada que não é dona nem serva do estado, mas antes a
consciência do estado. Deve ser o guia e o crítico do estado
e jamais a sua ferramenta.” Ao longo dos anos, a Igreja
Metodista Unida tem chegado a um entendimento mais
apurado quanto a este relacionamento. Por conseguinte, a
nossa igreja tem ao longo da história apoiado a separação
entre igreja e estado e o livre exercício da religião devido à
nossa experiência directa de exclusão e perseguição por
intolerância e fanatismo. Durante os primeiros anos da
república a Igreja Metodista Unida foi vista como um grupo
de intrusos e como uma entidade religiosa inconsequente
que não fazia parte do Protestantismo, resultando assim na
exclusão dos pregadores Metodistas de muitas cidades e
púlpitos em muitos locais em todo o país.
Esta experiência, que os Metodistas partilharam com os
Baptistas, os Moravos e alguns outros-grupos religiosos não
instituição da época, ajudou os Metodistas a afirmarem a
necessidade de apoiar a primeira emenda constitucional: “O
Congresso não deve fazer leis a respeito de se estabelecer
uma religião ou proibir o seu livre exercício” (também
conhecida como cláusula do estabelecimento).
Os Princípios Sociais da Igreja Metodista Unida
declaram: “Cremos que o estado não deve procurar controlar
a igreja nem deve a igreja procurar dominar o estado. «A
separação entre igreja e estado» significa não existir uma
união orgânica entre ambos, mas não permite interacção. A
Igreja deveria continuar a exercer uma forte influência ética
no estado, apoiando políticas e programas que se pretendem
justos e opondo-se a políticas e programas que são injustos”
(Princípios Sociais, ¶164B). A noção da separação entre
estado e igreja trata da relação das instituições que são
independentes uma da outra, apesar de se interrelacionarem.
Religião e política são duas esferas de actividade na vida dos
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Cristãos que não podem ser separadas. Os cidadãos que
fazem parte de grupos religiosos são igualmente membros da
sociedade secular e é esta associação dupla que gera tensões.
As crenças religiosas têm implicações morais e sociais e é
adequado e necessário que as pessoas de fé as expressem
através das suas actividades como cidadãos no palco político.
O facto de as convicções éticas estarem enraízadas na fé
religiosa não as desqualifica nem as afasta do reino político.
Por outro lado, estas convicções éticas não têm validade
secular meramente porque os seus defensores pensam que
elas detêm autoridade religiosa. Devem ser questionadas em
termos sociais e políticos adequados em harmonia com os
valores sociais mais latos, os valores da concorrência entre
outros.
O local apropriado da religião na nossa sociedade tem
estado em constante fluxo, a sua natureza e as suas reacções
têm sido esclarecidas em permanentes debates. “Pode não
ser fácil” escreveu James Madison “por qualquer meio
possível, traçar a linha de separação entre os direitos da
religião e a autoridade civil com tal nitidez que evite
colisões.” Claramente, são as colisões que dão as
oportunidades para deliberações cautelosas de temas sobre
liberdade religiosa, ajudando-nos a focar neste importante
pilar, numa sociedade cada vez mais pluralista.
Deveremos, portanto, estar preparados para lidar com
as complexidades, ambiguidades e interesses sobrepostos da
igreja e do estado. Devemos discernir os princípios viáveis e
que são compatíveis com os imperativos constitucionais
imperativos, bem como com os nossos imperativos
teológicos, a fim de agir moralmente e segundo a vontade de
Deus. Como o Livro dos Actos nos recorda: “Antes importa
obedecer a Deus do que aos homens” (5:29, NRSV/Nova
Versão Padrão Revista).
Por essa razão, a Igreja Metodista Unida tem apoiado
que “[t]odos têm o direito da liberdade de pensamento,
consciência e religião; este direito engloba a liberdade de
mudar a sua religião ou crença, e a liberdade, individual ou
em grupo com outros e em público ou em privado, de
manifestar a sua religião ou crença no ensino, na prática, na
oração e na observância”. (Declaração Universal dos
Direitos Humanos, Artigo 18).
Além disso, a Igreja Metodista Unida concorda também
com a Declaração Universal dos Direitos Humanos (Artigo
18), que não é limitado na sua aplicação às religiões
tradicionais ou às religiões e crenças com características
institucionais ou práticas análogas às das religiões
tradicionais. Atendendo à história da nossa Igreja, esta
encara com preocupação a qualquer tendência de discriminar
qualquer religião ou crença, seja por que motivos for,
incluindo o facto de poderem ser recentemente estabelecidas
ou representarem uma minoria religiosa que pode ser alvo de
hostilidades por uma comunidade religiosa predominante.
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A Igreja Metodista Unida, em acordo com o Convénio
Internacional dos Direitos Civis e Políticos, afirma que a
liberdade de alguém manifestar a sua religião ou crenças
pode ficar sujeita apenas às limitações inerentes à
necessidade de proteger a segurança, a ordem, a saúde ou a
moral públicas ou os direitos e as liberdades fundamentais
dos outros (Artigo 18, parágrafo 3).
Mais ainda, a Igreja Metodista Unida compreendeu que
isto significa que o governo deve ser neutro em assuntos de
religião e não deve evidenciar preferências de uma religião em
detrimento das demais, da religião em sentido lato, da religião
sobre a não religião, ou da não religião sobre a religião.
Por isso, que seja resolvido que a Conferência Geral da
Igreja Metodista Unida continua a afirmar a sua posição
histórica de que o governo não se pode envolver, patrocinar,
superintender, ajudar, ou emprestar a sua autoridade a
expressões religiosas ou a observâncias religiosas.
Que seja ainda decidido que a Conferência Geral rejeite
qualquer tentativa dos órgãos legislativos, aos níveis federal
e estatal, de criarem uma ponte entre esta importante
separação entre igreja e estado, auxiliando financeiramente
as casas de oração e organizações de filiação religiosa, a fim
de elas evangelizarem ou fazerem proselitismo. O estado não
deve apoiar nenhum tipo de interesse de nenhum grupo
religioso com vista a evangelizar ou fazer proselitismo, o
estado não é o defensor da fé, seja ela a fé que for.
Que seja ainda decidido que a Conferência Geral
reafirme a sua posição histórica em oposição à legislação de
qualquer governo ou emenda constitucional que permita o
uso de fundos públicos para apoiar escolas básicas e
secundárias não públicas, ou no que toca às observâncias
religiosas em escolas públicas.
ADOTADA EM 2004
Resolução #243, 2004 Livro de Resoluções
Resolução #229, 2000 Livro de Resoluções
Ver Princípios Sociais, ¶164C.
Fundamentos da petição:
Devemos discernir os princípios viáveis e que são
compatíveis com os imperativos constitucionais imperativos,
bem como com os nossos imperativos teológicos, a fim de
agir moralmente e segundo a vontade de Deus.
R5031.
Número da petição: 20948-CA-R5031-G;
Jonathan,- Arcadia, FL, EUA.
Carlsen,
Igualdade de Justiça
Leis Criminais e os Tribunais
Justiça reparadora...
Outras mudanças necessárias à obtenção da igualdade
de justiça nos tribunais incluem:
1. a revogação de algumas leis criminais contra
determinadas condições pessoais ou má conduta individual.
Os exemplos são proibições criminais de vadiagem, de jogo
privado, de embriaguez pública, de uso de drogas e, de
prostituição. Juntas, só estas acusações representam mais de
metade de todas as apreensões em algumas jurisdições. Elas
resultam em pouco bem social, mas num grande mal na
discriminação de classes, alienação e, desperdício de
recursos necessários para outros fins. Algumas leis
relacionadas, tais como, aquelas contra a condução
alcoolizada e as de limitação e controle das actividades dos
estabelecimentos de jogo, necessitam de ser apertadas;
2. A adopção sistemática de novos códigos penais que
prescrevem penas proporcionais aos danos previsíveis
causados pelos vários tipos de crime, sem consideração pela
raça ou classe do infractor. Por exemplo, nos Estados
Unidos, existem penas elevadas discriminatórias pelo uso do
crack (base da cocaína que pode ser fumada e que leva à
forma mais perigosa de toxicodependência) (mais
frequentemente usada por negros) ao contrário da cocaína
em pó (mais frequentemente usada por brancos);
23. a formação dos juizes…
Fundamentação da petição:
Muitos
Metodistas
Unidos
opõem-se
à
descriminalização do uso de drogas, da prostituição, etc.,
acreditando que as consequências negativas de tais políticas
compensam as vantagens. A secção propõe uma solução
simplista, enquanto que negligência o valor dissuasivo destas
leis. A embriaguez e outros problemas relacionados com o
álcool, multiplicaram-se após a revogação da proibição.
R5034.
Número da petição: 20949-CA-R5034-G;
Jonathan,- Arcadia, FL, EUA.
Carlsen,
Justiça reparadora
Alterar a Resolução Nº 5034. Plano Missional para
Ministérios da Justiça Reparadora (Livro de Resoluções, pp.
672-682) como mostrado:
Adicionar um parágrafo novo, após o começo do
parágrafo “O Apóstolo Paulo acreditava…” (p. 673):
Estes ensinamentos bíblicos de misericórdia e de
reconciliação são crucialmente importantes; no entanto, não
anulam outros ensinamentos bíblicos, tanto no Velho como
no Novo Testamento de que, em determinadas
circunstâncias, a pena capital é uma actividade legítima do
governo. Em Lucas 23:40 - 41, o ladrão arrependido na cruz
com Jesus, confessa que ele e o seu companheiro foram
“condenados justamente” pelas suas acções; Jesus não o
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contradisse. Quando ensina em parábolas em Marcos 12:9,
Lucas 19:27, Jesus afirma ainda que a morte é uma punição
apropriada para determinados crimes. Além disso, em
Coríntios 1-13:4, onde Paulo afirma que os governos são
servos de Deus justamente habilitados para usar “a espada”
contra os malfeitores, John Wesley, nas suas Notas
explicativas sobre o Novo Testamento, identifica “a espada”
com a “pena capital”. Consequentemente, nenhuns
ensinamentos de uma igreja que ignore ou contradiga estes
princípios bíblicos simples pode ser considerada
inteiramente bíblica ou Cristã.
Alterar o parágrafo seguinte, que começa em “Embora
reconhecendo que” (pp. 673-674), como mostrado:
Embora reconhecendo que… importante compreender
que a nossa herança Metodista Wesliana é rica…”
Alterar a recomendação do ponto que começa em
“intensificar os nossos ministérios redentivos…” (p. 678),
como mostrado:
• intensificar, em cooperação com a Prison Fellowship,
KAIROS, e ministérios similares vocacionados para as
prisões, os nossos ministérios redentivos com aqueles…
Alterar a recomendação do ponto que começa em “que
a Junta Geral da Igreja e Sociedade intensifique…” (p. 681),
como mostrado:
• que a Junta Geral da Igreja e Sociedade limite
intensifique a sua advocacia contra para a abolição da a pena
de morte aos casos em que é claramente mal aplicada em
todo o mundo;
Fundamentação da petição:
A oposição absoluta à pena capital, viola tanto as
Escrituras como as Notas de Wesley. As Notas de Wesley
(em Romanos 13:4) reconhecem “a espada” confiada aos
governos para punir os malfeitores com o “castigo capital”.
Consequentemente, opor-mo-nos a toda a pena capital
contradiz as Notas de Wesley, viola a Primeira Regra
Restritiva (¶ 17), e viola a nossa Constituição.
R5035.
Número da petição: 20950-CA-R5035-G;
Jonathan,- Arcadia, FL, EUA.
Carlsen,
Eliminar a Resolução
Eliminar a Resolução Nº 5035. Oposição à pena
capital.
Fundamentação da petição:
A oposição absoluta à pena capital, viola tanto as
Escrituras como as Notas de Wesley. As Notas de Wesley
(em Romanos 13:4) reconhecem “a espada” confiada aos
governos para punir os malfeitores com o “castigo capital”.
Consequentemente, opor-mo-nos a toda a pena capital
contradiz as Notas de Wesley, viola a Primeira Regra
Restritiva (¶ 17), e viola a nossa Constituição.
R5036.
Número da petição: 20951-CA-R5036-G;
Jonathan,- Arcadia, FL, EUA.
Carlsen,
Eliminar a Resolução
Eliminar a Resolução Nº 5036. Obter a moratória na
pena capital.
Fundamentação da petição:
Oposição absoluta à pena capital viola tanto as
Escrituras como as Notas de Wesley. As Notas de Wesley
(em Romanos 13:4) reconhecem “a espada” confiada aos
governos para punir os malfeitores com o “castigo capital”.
Consequentemente, opormo-nos a toda a pena capital
contradiz as Notas de Wesley, viola a Primeira Regra
Restritiva (¶ 17), e viola a nossa Constituição.
R5037.
Número da petição: 20952-CA-R5037; Carlsen, Jonathan,Arcadia, FL, EUA.
Eliminar a Resolução
Eliminar a Resolução Nº 5037. Pena de morte no Texas.
Fundamentação da petição:
Oposição absoluta à pena capital viola tanto as
Escrituras como as Notas de Wesley. As Notas de Wesley
(em Romanos 13:4) reconhecem “a espada” confiada aos
governos para punir os malfeitores com o “castigo capital”.
Consequentemente, opormo-nos a toda a pena capital
contradiz as Notas de Wesley, viola a Primeira Regra
Restritiva (¶ 17), e viola a nossa Constituição.
R5038.
Número da petição: 20209-CA-R5038; Kemper, Thomas, Nova Iorque, NI, EUA, para a Junta Geral dos Ministérios
Globais
Eliminação
Eliminar a Resolução 5038.
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Fundamentação da petição:
Disposições relevantes desta resolução estão propostas
para incorporação nas revisões à R5001, “Tomar Liberdades:
Na Opressão à Dissidência”, tornando a R5038 redundante.
R5052.
Número da petição: 20764-CA-R5052-G; Shunk, Dale,Somerset, PA, EUA. 1 petição similar.
Evolução e Concepção Inteligente
Eliminar a Resolução n.º 5052 actual - Evolução e
Concepção Inteligente.
Fundamentação da petição:
Fundação das Escrituras:
Tiago 1:18 “homem vacilante que é, e inconstante em
todos os seus caminhos.”
A resolução 80839 declara que a Conferência Geral “se
oponha à introdução de quaisquer teorias com base na fé, tais
como o criacionismo ou concepção inteligente nos
currículos científicos das nossas escolas públicas”.
O Livro de Disciplina...
R5062.
Número da petição: 20953-CA-R5062; Carlsen, Jonathan,Arcadia, FL, EUA.
Eliminar a Resolução
Eliminar a Resolução Nº 5062. Serviço militar
independentemente da orientação sexual.
Fundamentação da petição:
É uma hipocrisia da Igreja Metodista Unida protestar
acerca da discriminação de emprego contra os homossexuais
nas forças armadas, quando a Igreja (correctamente) exclui
os homossexuais da ordenação e da nomeação ministerial. A
resolução afirma falsamente que o serviço militar é um
direito. Não é.
R5071.
Número de petição: 20131-CA-R5071; Winkler, James,Washington, DC, EUA para a Junta Geral de Igreja e
Sociedade.
Reforma do financiamento eleitoral
Alterar resolução n.º 5071 Reforma do financiamento
eleitoral nos Estados Unidos da América da seguinte forma:
A Reforma do financiamento eleitoral é uma questão
moral para a comunidade religiosa. A tentação de comprar
favores injustosfavores é uma prática antiga frequentemente
abordadauma prática antiga e injusta frequentemente
abordada nas Escrituras. O profeta Amós trovejou contra os
comerciantes em Israel que “vendem o justo por dinheiro e o
necessitado por um par de sandálias ... .… e empurra os
aflitos para fora do caminho . . .… ” (Amós 2:6-7, NRSV).
O Salmo 15 define as pessoas justas como aquelas “... …
mantêm o seu juramento mesmo para o seu mal . . .… e não
aceitam um suborno contra o inocente.”
O desperdício de dezenas centenas de milhões de
dólares em campanhas políticas para comprar influência
especial de legisladores têm-se tornado é um escândalo.
Muitas vezes, os Cidadãoscidadãos abandonam a sua
participação no processo político porque acreditam que as
políticas são moldadas pelo dinheiro de interesses
especiais,— e não pelo interesse nacional ou necessidades
do povo.
A questão do financiamento eleitoral é mais do que
uma questão política. Vai ao âmago da vida ética e moral de
uma nação.
Muitos funcionários eleitos continuam a comprar
interesses especiais a fim de financiar a sua próxima
campanha eleitoral. Se os políticos devem concentrar-se no
bem-estar do povo e da nação, devem ser capazes de
depender de financiamento público em vez de perseguir o
dinheiro proveniente de interesses especiais.
Está na hora de libertar a política eleitoral desta pressão
de corrupção— através de um sistema.— Um sistema de
financiamento eleitoral público que desviaria o governoque
desviaria o governo de interesses pessoas e o devolveria ao
povo.
Se os políticos devem concentrar-se no bem-estar do
povo e da nação, devem ser capazes de depender de
financiamento público em vez de perseguir o dinheiro
proveniente de interesses especiais.
Felicitamos os políticos de todos os partidos que estão
a trabalhar para alcançar uma verdadeira reforma de
financiamento eleitoral.
Apelamos a todos os Metodistas Unidos para
trabalharem nos seus próprios países para criar apoios para
medidas que acabariam com a avalanche de dinheiros de
interesses especiais para campanhas políticas e restaurar a
integridade da tomada de decisão.
Em 2002, foi promulgada nos Estados Unidos da
América a Lei da Reforma eleitoral bipartidária.
Infelizmente, emEm 2009, na decisão de Citizens United vs.
Federal Election Commission, O Supremo Tribunal
derrubou a Lei da Reforma eleitoral de 2002. O tribunal
decidiu que a Primeira Emenda da Constituição dos EUA
não impede que as empresas e os sindicatos dêem quantias
ilimitadas de dinheiro para derrotar os candidatos nas
eleições. Esta decisão do Supremo Tribunal tem o potencial
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de fazer o resultado das eleições reflectir quais as empresas
e/ou sindicatos que gastam mais dinheiro, mais do que a
vontade do público votante.
O objectivo a longo prazo da reforma do financiamento
eleitoral é o financiamento público de campanhas a nível
nacional. Os próximos passos a curto prazo para a reforma são
o reforço da supervisão da Comissão Eleitoral Federal, a
alteração do sistema de financiamento público presidencial e o
estabelecimento de um sistema que vai permitir aos candidatos
federais e partidos colocar nas emissoras de rádio e na televisão
uma quantidade limitada de publicidade gratuita. O objectivo a
longo prazo da reforma do financiamento eleitoral é o
financiamento público de campanhas a nível nacional.
Legislação semelhante está a ser implementada na Alemanha e
noutros países. Os candidatos a cargos públicos devem
concentrar as suas campanhas nas questões e nas suas
habilitações para servir no cargo em questão. Devem abster-se
de ataques pessoais e insultos aos adversários e não devem
distorcer as visões de um oponente, pegando em citações fora
do contexto ou deturpando as posições ou histórico de votação
do oponente, definindo um exemplo de honestidade e
integridade para o público. Legislação semelhante está a ser
implementada na Alemanha e noutros países.
ADOPTADO 1996
ALTERADO e READOPTADO 2004
RESOLUÇÃO N.º 269, 2004 Livro de Resoluções
RESOLUÇÃO N.º 253, 2000 Livro de Resoluções
Consultar Princípios Sociais, parágrafos 164A e B
Fundamentação da petição:
A Reforma do financiamento eleitoral é uma questão
moral para a comunidade religiosa. É mais do que uma questão
política. Vai ao âmago da vida ética e moral de uma nação.
R5072.
Número da petição: 20126-CA-R5072; Winkler, James,Washington, DC, EUA para a Junta Geral da Igreja e
Sociedade.
Incentivo ao voto
Emendar a Resolução 5072 como segue:
Considerando que membrosMembros da Igreja
Metodista Unida têm atrás de si uma herança histórica de
serem proactivos a todos os níveis da actividade governativa;
e. A proclamação de Jesus de um reino vindouro sublinha as
implicações políticas na Sua mensagem de boas novas ao
mundo (Mateus 3:1; Marcos 1:15). Entre as muitas
responsabilidades dos seguidores de Cristo no compromisso
político, uma está a necessidade de ter voz na escolha de
quem será eleito para um cargo público.
219
Considerando que Por outro lado, a primeira frase da
emenda
¶164
dos
Princípios
Sociais
refere:
“…reconhecemos a função vital do governo como principal
veículo para a ordenação da sociedade.”; e
A Resolução intitulada “Church-Government
Relations” (Relações entre Igreja e Governo) Considerando
que a Resolução # 228 no Livro das Resoluções da Igreja
Metodista Unida 2000 intitulada “Church-Government
Relations” apresenta uma ampla discussão da relação que
existe ou deveria existir entre a igreja e o governo. ; e
Considerando que, oO poder da tomada de decisão e de
liderança administrativa está, antes de mais, investido em
oficiais eleitos; e Considerando queMuitas jurisdições nos
EUA poderá haverpodem efectuar propostas, emendas e/ou
resoluções que aparecem nas eleições-à boca das urnas. ; e
Ao mesmo tempo, Considerando que, em algumas
jurisdições nos EUAexistempoderão existirhá a hipótese
para a iniciativa e o referendo, cuja consideração poderá
aparecer no dia das eleições;disposições para as iniciativas e
os referendos, cuja consideração pode aparecer no dia das
eleições.
Portanto, seja decidido que as igrejas na nossa
comunidade global incentivem os seus membros, a fim de
tomarem partido das oportunidades de votar,; e Que seja
ainda decidido que que os eleitores registados sejam
encorajados a se informarem devidamente quanto às
qualificações dos candidatos e do(s) mérito(s) dos artigos
que requeiram decisão(ões), e que vão aparecer no dia das
eleições e, após consideração meditada e em oração, votem
nas suas preferências nos diversos dias eleitorais.
Adoptada em 2004
Resolução #270, 2004 Livro de Resoluções
Ver Princípios Sociais, ¶ 164A e B.
Fundamentos da petição:
Reconhecemos a função vital do governo como
principal veículo para a ordenação da sociedade, daí as
igrejas deverem incentivar os seus membros a tirar partido
das oportunidades de voto.
R5090.
Número da petição: 20224-CA-R5090-G; Kemper, Thomas,
- Nova Iorque, NI, EUA, pela Junta Geral dos Ministérios
Globais
Justiça para os Presos Cubanos
Alterar a Resolução 5090, da seguinte forma:
5090. Justiça para os Presos Cubanos
Considerando que, em Mateus 25, Jesus diz-nos que
aqueles que se importam com os necessitados são os seus
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verdadeiros discípulos (versículos 31-46). Da mesma forma,
o Senhor recorda-nos que a justiça e a misericórdia são os
aspectos mais importantes da lei, e que quem esquece esses
pontos, esqueceu-se dos propósitos de Deus para com ele.
Assim, o autor da carta aos Hebreus encoraja-nos a “lembrar
aqueles que estão aprisionados, como se fossem nossos
companheiros de cela e aqueles que são maltratados como se
fossemos nós em sofrimento” (13:3).
Que, tomando as Escrituras como testemunho do
coração, devemos responder à injustiça sofrida pelos cinco
presos políticos cubanos em prisões federais dos EUA.
Desde a sua prisão em 1998 e encarceramento após a
condenação, que têm recebido tratamento desumano e cruel.
Considerando que, eles não têm permissão para serem
visitados pelas suas famílias, e em muitas ocasiões foram
negados vistos às famílias para viajar até aos EUA para os
ver, ou foram autorizadas a entrar nos Estados Unidos e
retornaram ao seu país sem ter podido visitar o seu ente
querido, e
Seguidamente, dá-se conta dos seus nomes e das suas
sentenças iniciais das suas sentenças:
1. Gerardo Hernández Nordelo: Duas vidas em prisão e
mais 15 anos.
2. Ramón Labañino Salazar: Uma vida em prisão e
mais 18 anos.
3. Antonio Guerrero Rodríguez: Uma vida em prisão e
mais 10 anos.
4. Fernando González Llort: 19 anos de prisão
5. Rene Gonzalez: 15 anos de prisão [a sentença poderá
ficar concluída em 2011]
Assim, seja deliberado que, a reunião da Conferência
Geral da Igreja Metodista Unida a reunião da Conferência
Geral de 2012 da Igreja Metodista Unida em Pittsburgh,
Pensivânia, em Tampa, Flórida, solicite ao governo dos
EUA: o Departamento do Estado, o sistema penitenciário
federal, que permita às famílias dos reclusos visitar os seus
entes queridos; que permita aos prisioneiros receber a visita
dos seus filhos e das suas esposas na prisão.
Por isso, seja ainda deliberado, que A Igreja Metodista
Unida apoia estas famílias dos prisioneiros com suas orações
e súplicas diante de Deus, e que a Igreja através da sua
liderança, possa acompanhar estas famílias aquando da
visita aos seus entes queridos na prisão.
Finalmente, seja ainda deliberado, que, tendo em conta
que houve preocupações sobre a imparcialidade dos seus
julgamentos, A Igreja Metodista Unida, reunida em Tampa,
Flórida em Pittsburgh, Pensilvânia, considera que seria
adequado para o Departamento de Justiça responder a estas
preocupações e fazer verdadeiramente justiça a estes presos.
ADOPTADA EM 2004
Resolução nº. 275, 2004 Livro de Resoluções
Ver os Princípios Sociais, ¶ 164A.
DCA Edição Avançada
R6045.
Número da petição: 20225-CA-R6045-G; Kemper,
Thomas,- Nova Iorque, NI, EUA, pela Junta Geral dos
Ministérios Globais
Relações Políticas EUA-China
Alterar a resolução 6045, da seguinte forma:
6045. Relações Políticas Estados Unidos-China
O Nosso Entendimento Político
No final de 1978, os governos dos Estados Unidos e da
República Popular da China (RPC) chegaram a acordo no
estabelecimento de relações diplomáticas. Os Estados
Unidos terminaram as relações oficiais diplomáticas e
militares com as autoridades de Taiwan. Os Estados Unidos
reconheceram a República Popular da China como o único
governo legal da China”, mas reservou o direito de vender
armas “defensivas” a Taiwan, apesar das objecções da RPC.
No momento da normalização, a República Popular da
China recusou-se a descartar a possibilidade da reunificação
da Ilha Formosa pela força, mas ofereceu-se para permitir
que Taiwan mantivesse o status quo político, económico e
militar, se a Ilha Formosa reconhecesse a soberania da
República Popular da China.
Este acordo de normalização encerrou um período de
trinta anos em que compromissos formais americanos para
com as autoridades da Ilha Formosa tinham bloqueado o
estreitar de relações com a República Popular da China.
Lançou as bases para um quadro de cooperação e
intercâmbio que continua a desenvolver-se. Os destaques
incluem:
* acordos governamentais sobre relações consulares e
embaixadas, aviação civil, cooperação científica e técnica,
intercâmbio educativo, trocas comerciais e crédito, pesca e
uma vasta gama de outros campos;
* investimentos económicos e tecnológicos alargados
privados e governamentais;
* expansão substancial do turismo e de visitas
especializadas;
* programas educacionais permitindo que dezenas de
milhares de académicos e professores cerca de 10.500
académicos e professores (10.000 chineses, 500 americanos)
se tornassem residentes no outro país;
* numerosos acordos de intercâmbio institucional
governamental e privado na educação, belas artes, cinema,
publicação e assim por diante; e
* estados irmãos acordos entre estados e regiões e
intercidades apelando para vários tipos de cooperação; e
* ampla cooperação em plataformas internacionais
relaccionadas com a economia, saúde, preocupações
ambientais e assim por diante.
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Igreja e Sociedade Comitê A
O rápido crescimento e a complexidade destas relações
bilaterais têm sido incomuns e para muitos, inesperado.
Embora a direcção geral seja positiva e os primeiros
resultados animadores, a relação está ainda na sua fase
inicial. Porque os sistemas da RPC e dos EU são tão
diferentes, traduzir objectivos compensadores em práticas
concretas tem sido muitas vezes difícil. tem sido um
indicador positivo de um relacionamento em
amadurecimento entre os Estados Unidos e a RPC que se
tornou multidimensional e interdependente. No entanto,
porque a RPC e os EU são sistemas tão diferentes,
Fundamentalmente, os dois países têm ainda de
determinar que tipo de relacionamento de longo prazo
pretendem. Mal-entendidos mal-entendidos e equívocos são
muito comuns em ambos os lados, mesmo em princípios
básicos.
Recomendações sobre as relações políticas dos
Estados Unidos-China
A Igreja Metodista Unida:
1. reconhece a necessidade da China continuar o seu
desenvolvimento económico e social o seu desenvolvimento
económico e social sustentado e apela à cooperação dos EU
para esse fim dentro do contexto da independência chinesa
e auto-preservação de paz e estabilidade;
2. considera que as bases de longo prazo das relações
EUA-China devem realçar os interesses interpessoais,
educacionais, sociais e económicos de curto prazo ou de
conveniência militar ou interesses estratégicos
desenvolvimento económico e tecnológico responsável,
incluindo a adopção de iniciativas de energias limpas; opõese à venda de equipamento militar dos EUA para a RPC;
3. concorda com uma abordagem pacífica para pôr termo
ao conflito de longa data entre os governos da República
Popular da China da Ilha Formosa, embora reconhecendo que
a resolução do estatuto da Ilha Formosa é um assunto da
República Popular da China e da Ilha Formosa e que, nesse
contexto apoia a redução contínua e cessação antecipada de
vendas de armas dos EUA à Ilha Formosa opõe-se à venda de
equipamento militar dos EUA para a Ilha Formosa;
4. declara a nossa preocupação contínua sobre os
direitos humanos de todas as pessoas de ambos os lados do
Estreito da Ilha Formosa; e
5. reconhece que as relações EUA-RPC têm uma
influência importante sobre a paz e a estabilidade da região
asiática, particularmente no sudeste asiático; e apela aos
Estados Unidos, à República Popular da China e à Ilha
Formosa que procurem meios pacíficos para contribuir para
a paz e a estabilidade da região.
R6061.
Número da petição: 20333-CA-R6061-G; Sidorak, Stephen
J. Jr.,- Nova Iorque, NY, EUA para a Comissão Geral de
Unidade Cristã e Assuntos Inter-religiosos.
221
Os nossos Vizinhos Muçulmanos
Renovar a Resolução 6061, “Os nossos Vizinhos
Muçulmanos.”
Fundamentação da petição:
O tipo de diálogo e recursos descritos com esta
resolução são agora mais necessários do que nunca, à
medida que a tensão continua entre Cristãos e Muçulmanos
em todo o mundo.
R6069.
Número da petição: 20226-CA-R6069-G; Kemper, Thomas,
- Nova Iorque, NI, EUA, pela Junta Geral dos Ministérios
Globais
Fim do embargo dos EUA a Cuba
Alterar a Resolução 6069, da seguinte forma:
6069. Fim do embargo dos EUA a Cuba
A Igreja Metodista Unida está ligada em Cristo com a
Igreja Metodista de Cuba. Partilhamos um património e
missão comuns. Somos mutuamente responsáveis pela
proclamação do amor de Deus e por fomentar o amor pelo
nosso vizinho. Celebramos o crescimento contínuo d’A
Igreja Metodista de Cuba. Reconhecemos as dificuldades
que as nossas duas igrejas continuam a enfrentar na sua
parceria de missão, devido ao embargo dos EUA e à
ausência de relações diplomáticas entre os dois países.
Há mais de 44 50 anos, que o governo dos Estados
Unidos não mantém relações diplomáticas com o governo
cubano e tem, em vez disso, persistido num embargo
económico que proíbe o comércio com Cuba e controlando
muito firmemente qualquer viagem àquele país. A Lei da
Democracia de 1992 (22 C.E.U. 6001) e a lei Helms/Burton
de 1996 reforçaram o embargo e trouxeram ainda mais
sofrimento ao povo de Cuba e também às pessoas dos Estados
Unidos. Além de que, o embargo falha no seu propósito de
trazer mudança política a Cuba, após estes anos todos.
A Igreja Metodista Unida tem defendido, ao longo do
tempo, um melhor relacionamento entre Cuba e os EUA. A
Igreja Metodista em 1964 fez uma declaração histórica
intitulada “O Reexame da Política em Relação às Linhasmestras para com a China, Cuba e outros países”, a qual
dizia: “O evangelho Cristão implica reconciliação através do
encontro e da comunicação, independentemente das
considerações políticas. Portanto, não podemos aceitar a
expressão de hostilidade para com qualquer país, as suas
políticas ou suas ideologias, como desculpa para o fracasso
dos Cristãos em pressionarem persistentemente,
realisticamente e criativamente em direcção a uma crescente
compreensão entre os povos de todos os países.”
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Existem muitos grupos nos Estados Unidos que
desejam o fim do embargo dos Estados Unidos contra Cuba.
Entre eles, os agricultores dos EUA e outras áreas de
negócios, que passaram pelo recentemente autorizado, mas
muito complicado, processo de licenciamento, imposto pelo
governo dos EUA, permitindo a venda de produtos
alimentares a Cuba, resultando em vendas de mais de
125.000.000,00 de dólares americanos, no final de 2002.
Este desenvolvimento foi um passo na direcção certa, o qual
celebramos, tendo por base a posição dos Metodistas
Unidos, que sempre afirmaram que embargos de alimentos e
medicamentos não devem fazer parte das políticas de
qualquer país. Além disso, indivíduos e organizações religiosas, académicas, empresariais - têm estado ansiosos
por exercer querem exercer o direito constitucional de viajar
livremente para Cuba. Assim, as alterações muito
necessárias aos Regulamentos Cubanos de Controle de
Activos, de Janeiro de 2011, são também uma acção que
celebramos, uma vez que tais alterações oferecem licenças
menos restritas para os religiosos e outros grupos, para viajar
até à ilha. Estas alterações também permitem que as
remessas sejam enviadas para Cuba sob leis e regulamentos
menos restritivos. Apenas em 2001, mais de 176.000
cidadãos norte-americanos viajaram até Cuba e alguns estão
a enfrentar multas exorbitantes por não terem aderirido às
restrições de viagem impostas pelo embargo.
Todos os anos desde 1992, a Assembleia Geral das
Nações Unidas tem aprovado por esmagadora maioria, uma
resolução chamada “A Necessidade de Acabar com o
Embargo Económico, Comercial e Financeiro Imposto pelos
Estados Unidos contra Cuba.” O mais recente destes, em
Dezembro de 2002, em Outubro de 2010, foi aprovada com
uma votação de 187 contra 2, com 3 abstenções de 173
contra 3, demonstrando a preocupação da comunidade
internacional para o que se chama os “efeitos adversos do
embargo sobre o povo cubano e os nacionais cubanos que
vivem noutros países” (resolução das NU 65/6 57/11 de 26
de Outubro de 2010 16 de Dezembro de 2002).
Considerando que, o Conselho de Igrejas de Cuba, da
qual A Igreja Metodista de Cuba é membro; a Conferência
Cubana dos Bispos Católicos; e vários outros grupos
religiosos interncionais e líderes, como CIEMAL [Conselho
das Igrejas Metodistas da América Latina e das Caraíbas], a
Conferência das Igrejas das Caraíbas e o Papa João Paulo II,
bem como organismos religiosos dos EUA, como a Igreja
Unida de Cristo, a Igreja Presbiteriana (EUA) e as Igrejas
Batistas Americanas e coligações ecuménicas, como o
Serviço da Igreja Mundial têm afirmado ou aprovado
resoluções a favor do levantamento do embargo; e
Que, reconhecemos que o embargo reduz também a
liberdade religiosa, tornando muito difícil a relação entre as
igrejas dos Estados Unidos e as igrejas de Cuba; e
DCA Edição Avançada
Que, acreditamos que parar a hostilidade gerada pelas
políticas do embargo dos EUA, seria facilitar a
implementação das reformas democráticas e dos direitos
humanos em Cuba; e
Que, reafirmamos os ensinamentos da Bíblia e o
mandato para “amar uns aos outros porque o amor é de
Deus” (1 João 4:7) e praticar a misericórdia como fez o bom
Samaritano (Lucas 10:25-37);
Assim, seja deliberado, que A Igreja Metodista Unida,
na sua perspectiva cristã e humanitária, inspirada pelo amor
de Deus e o compromisso histórico Metodista para com a
paz e a justiça social e em função das mudanças históricas
com o fim da guerra fria, peticiona o Presidente e o
Congresso dos Estados Unidos para levantar o embargo
económico contra Cuba e quaisquer outros regulamentos,
práticas ou medidas de aplicação da lei do embargo e
procurar a via da negociação com o governo cubano, para
retomar as relações diplomáticas normais.
Nota: Os Estados Unidos cortou as relações diplomáticas
com Cuba a 3 de Janeiro de 1961. Em 19 de Outubro de 1960,
foi declarado um embargo parcial de comércio contra Cuba,
pelo governo dos EUA. Em 8 de Julho de 1963, “o
Departamento do Tesouro, usando a sua autoridade sob a Lei
da Negociação com o Inimigo, de 1917, emitiu Regulamentos
de Controlo de Activos de Cuba mais restritivos”. (Relações
Externas Cubanas, Uma Cronologia, 1959-1982).
R6073.
Número de petição: 20138-CA-R6073; Winkler, James,Washington, DC, EUA para a Junta Geral de Igreja e
Sociedade.
Oposição a assentamentos israelitas
em terras palestinianas
Alterar Resolução n.º 6073, Oposição aos colonatos
israelitas em terras palestinianas, da seguinte forma:
Juntamo-nos com os cristãos palestinianos, assim como
com os nossos irmãos e irmãs judeus e muçulmanos num
profundo sentimento de enraizamento para com a terra que
tem um significado especial para as nossas três tradições
religiosas. Celebramos a diversidade de costumes e tradições
religiosas em todo o Médio Oriente.
Jerusalém é uma terra sagrada para todos os filhos de
Abraão: judeus, muçulmanos e cristãos. Temos uma visão de
uma Jerusalém partilhada como uma cidade de paz e
reconciliação, onde os palestinianos e israelitas indígenas
possam viver como vizinhos e, juntamente com os visitantes
e turistas, tenham acesso a locais sagrados e exerçam a
liberdade de expressão religiosa. A resolução pacífica do
estado de Jerusalém é crucial para o sucesso de todo o
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Igreja e Sociedade Comitê A
processo de criar uma paz justa e duradoura entre
palestinianos e israelitas.
Procuramos para todas as pessoas na regiãono Médio
Oriente um fim da ocupação militar, o fim da violência e
pleno respeito pelos direitos humanos de todos de acordo
com o direito internacional.
CONSIDERANDO estas ideias, o profeta Isaías
advertiu contra a cobiça das terras e casas dos vizinhos: “Ai
dos que ajuntam casa a casa, dos que acrescentam campo a
campo, até que não haja mais lugar, de modo que habitem
sós no meio da terra!” (Isaías 5:8); e
CONSIDERANDO ISTO, a confiscação das terras
palestinianas para a construção de colonatos e para a criação
de um muro de separação viola os a compreensão básica
direitos humanos fundamentais, subverte o processo de paz,
destrói a esperança dos israelitas e dos palestinianos que
estão a trabalhar para e desejam a paz e semeia uma
sensação de desespero que só pode levar a mais violência; e
CONSIDERANDO ISTO, encerramentos contínuos e
geralmente intensificados, toques de recolher, pontos de
verificação desumanizante, demolições de casas, árvores
arrancadas, campos demolidos e a confiscação de terras
palestinianas e água pelo governo de Israel têm devastado a
infra-estrutura e desenvolvimento económicos na
Cisjordânia e em Gaza, causaram uma enorme deterioração
da qualidade de vida de todos os palestinianos... e um
crescente sentimento de desânimo e frustração, e
CONSIDERANDO, os assassinatos, atentados suicidas
e ataques contra civis, tanto por parte de israelitas como de
palestinianos, aumentam o medo e o sofrimento de todos e
têm levado a muitas mortes de crianças palestinianas e
israelitas e
CONSIDERANDO as pessoas nos Estados Unidos,
através dos seus impostos, fornecem vários biliões de
dólares em assistência económica e militar ao Estado de
Israel todos os anos, o que permite a construção de estradas
de contorno e colonatos que são ilegais de acordo com a
Quarta Convenção de Genebra;
CONSIDERANDO, uma série de israelitas e empresas
internacionais lucram da construção e manutenção dos
colonatos israelitas em terras palestinianas de diversas
maneiras, e muitas igrejas e cristãos têm recursos aplicados
em algumas dessas empresas, e
CONSIDERANDO, as organizações de direitos
humanos têm documentado que doadores privados
estrangeiros, incluindo indivíduos judeus e cristãos e
organizações sem fins lucrativos, têm fornecido apoio
financeiro para colonatos e que algumas dessas doações são
dedutíveis de impostos, e
CONSIDERANDO, a igreja continua a trabalhar com
organismos ecuménicos e inter-religiosos para defender a
autodeterminação palestiniana e o fim da ocupação israelita,
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para afirmar o direito de Israel a existir dentro de fronteiras
seguras, para afirmar o direito de retorno dos refugiados
palestinianos sob o direito internacional, para fomentar o
desarmamento de toda a região; apelar aos israelitas e
palestinianos para porem termo às violações dos direitos
humanos e ataques a civis, tais como assassinatos e
atentados suicidas e apelar ao governo dos EUA que inicie
um embargo de armas em toda a região do Médio Oriente;
Portanto, seja decidido que a Igreja Metodista Unida se
opõe à continuação da ocupação militar da Cisjordânia, Gaza e
Jerusalém Oriental, à confiscação de terras palestinianas e dos
recursos hídricos, à destruição de casas palestinianas, à
construção contínua de assentamentos judaicos ilegais e a
qualquer visão de uma “Grande Israel”, que inclui os territórios
ocupados e toda a Jerusalém e seus arredores.
Afirmamos, também, o apelo dos nossos irmãos e irmãs
cristãos palestinianos, no seu documento “Kairos Palestina”
(Dezembro de 2009), para colocarem um fim à ocupação
militar e às violações dos direitos humanos através de acções
não violentas.
Fica ainda decidido que apelamos ao governo dos EUA
para acabar com toda a ajuda militar para a região e, em
segundo lugar, para redistribuir a grande quantidade de ajuda
agora dada a Israel e ao Egipto para apoiar os esforços de
desenvolvimento económico das organizações não
governamentais em toda a região, incluindo instituições
religiosas, grupos de direitos humanos, sindicatos e grupos
profissionais no seio das comunidades palestinianas.
A Igreja Metodista Unida apela ao governo dos Estados
Unidos da América para, em conjunto com as Nações
Unidas e outras nações, apelar a Israelapela a todos os
governos, especialmente ao dos Estados Unidos, para
trabalhar em conjunto com as Nações Unidas para apelarem
a Israel para:
1. pôr fim à confiscação das terras palestinianas e da
água por qualquer razão;
2. pôr fim à construção de novos ou à expansão de
assentamentos e estradas de contorno já existentes nos
territórios ocupados, incluindo Jerusalém Oriental;
3. levantar os bloqueios e toques de recolher em todas
as cidades palestinianas efectuando uma completa retirada
das forças militares israelitas para a Linha Verde (a linha de
cessar fogo de 1948 entre Israel e a Cisjordânia);
4. desmantelar esse segmento do muro de separação
construído desde Maio de 2002 que não está a ser construído na
Linha Verde, mas em terra palestiniana, que está a separar os
palestinianos das suas terras e os agricultores dos seus campos.
Apelamos também à Autoridade Palestina e a todos os
líderes religiosos palestinianos que continuem a condenar
publicamente a violência contra civis israelitas e a utilizar
actos de desobediência não violentos para resistir à ocupação
e aos assentamentos ilegais.
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Apelamos ainda a todas as nações que proíbam:
1. qualquer apoio financeiro de indivíduos ou
organizações para a construção e manutenção de colonatos, e
2. a importação de produtos fabricados por empresas
nos colonatos israelitas em terras palestinianas.
Pedimos a todos as empresas que lucram com e/ou
apoiam os colonatos através das suas actividades de negócio
para os examinarem e cessarem qualquer negócio que
contribua para violações graves do direito internacional,
promova a discriminação sistémica ou de outra forma apoie
a ocupação militar em curso.
A Igreja Metodista Unida não apoia um boicote aos
produtos fabricados em Israel. A nossa oposição é para com
produtos fabricados por empresas israelitas cuja sede se situe
em territórios palestinianos ocupados.
Apelamos a todos os Metodistas Unidos nos EUA para:
1. defender perante a administração e o Congresso dos
EUA a implementação dos passos acimados passos
mencionados anteriormente;
2. apelarem ao governo dos EUA que examine o papel
desempenhado pelas doações isentas de impostos no apoio
de outros aspectos discriminatórios e ilegais de colonatos
israelitas e desenvolva recomendações para garantir que os
fundos isentos de impostos não apoiam assentamentos e
outras violações do direito internacional.
Apelamos a todos os Metodistas Unidos para:
1. lerem e estudarem o documento “Kairos Palestina”,
“A hora da verdade: a fé, esperança e amor do coração do
sofrimento palestino”, escrito por cristãos palestinianos, e
promoverem o seu apelo para acções não violentas para
colocarem um fim à ocupação militar.
2. incentivarem os membros de cada congregação a
estudarem o conflito israelo-palestiniano de todas as
perspectivas convidando os oradores para eventos da igreja,
lendo livros, usando recursos audiovisuais em fóruns
educacionais e obtendo informações de sites. Elogiamos
especialmente o estudo de 2010 elaborado pela Igreja
Metodista Britânica, “Justiça para a Palestina e Israel”, que
inclui um chamamento “para o povo metodista para apoiar e
colaborar com [um] boicote aos produtos israelitas
provenientes de assentamentos ilegais”, assim como um apelo
à acções não violentas emitido por várias Conferências anuais.
3. fornecerem apoio financeiro ao povo palestiniano
através de contribuições para a Junta Geral dos Ministérios
Globais;
4. apoiarem e participarem nos trabalhos da paz
internacional e organizações de direitos humanos, como o
Programa de Acompanhamento Ecuménico na Palestina e
Israel e as Equipas cristãs Peacemaker, para fornecer
protecção aos palestinianos e israelitas que procuram acabar
de forma não violenta com a ocupação; e
5. chegarem a sinagogas locais, mesquitas e grupos de
DCA Edição Avançada
fé cristã através do diálogo inter-religioso e ecuménico sobre
formas não violentas para promover a justiça e paz na Terra
Santa, e
6. Que a Junta Geral dos Ministérios Globais,
trabalhando em conjunto com a Junta Geral de Igreja e
Sociedade e organizações inter-religiosas, desenvolva
pacotes de defesa para utilização em congregações locais
para promover uma paz justa e duradoura e direitos humanos
para todos na região.
ADOPTADO 2004
Readoptado 2008
Resolução n.º 312, 2004 Livro de Resoluções
Consultar Princípio Social, parágrafo 165.
Fundamentação da petição:
A resolução pacífica do estado de Jerusalém é crucial
para criar uma paz justa e duradoura entre palestinianos e
israelitas. Procuramos o fim da ocupação militar, o fim da
violência e pleno respeito pelos direitos humanos de todos
de acordo com o direito internacional.
R6073.
Número da petição: 20640-CA-R6073-G; Holmes, Stephen
D., - Warren, IN, EUA.
Os Processos de Colonização Israelitas
Alterar Resolução n.º 6073, “Oposição aos Colonatos
Israelitas em Terras Palestinianas”, da seguinte forma:
Juntamo-nos aos Cristãos Palestinianos, assim como aos
nossos irmãos e irmãs Judeus e Muçulmanos num profundo
sentimento de enraizamento para com a terra que tem um
significado especial para as nossas três tradições religiosas.
Celebramos a diversidade de costumes e tradições religiosas
em todo o Médio Oriente. Jerusalém é uma terra sagrada para
todos os filhos de Abraão: Judeus, Muçulmanos e Cristãos.
Temos uma visão de uma Jerusalém partilhada, como uma
cidade de paz e reconciliação, onde Palestinos locais e
Israelitas possam viver como vizinhos e, juntamente com os
visitantes e turistas, ter acesso aos locais sagrados e exercitar a
liberdade da expressão religiosa. A resolução pacífica do
estatuto de Jerusalém é fundamental para o sucesso do
processo completo de conseguir uma paz justa e duradoura
entre Palestinos e Israelitas.
Procuramos para todos na região o fim da ocupação
militar, o fim da violência e o pleno respeito pelos direitos
humanos de todos de acordo com o direito internacional.
Considerando que, o profeta Isaías advertiu contra a
cobiça das terras e as casas dos vizinhos: “Ai, de vocês que
adquirem casas e mais casas, propriedades e mais
propriedades, até não haver mais lugar para ninguém e vocês
se tornarem os senhores absolutos da terra!” (Isaías 5:8) e
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Igreja e Sociedade Comitê A
Considerando que, o contínuo confiscar de terras
Palestinas para a construção de colonatos e a construção de
um muro de separação viola o entendimento básico dos
direitos humanos, subverte o processo de paz, destrói a
esperança de Israelitas e Palestinos que estão a trabalhar a
favor e a desejar a paz, e promove uma sensação de
desespero que só pode conduzir a mais violência; e
Considerando que, os encerramentos continuados e
muitas vezes intensificados, recolheres obrigatórios, pontos
de verificação desumanizantes demolições de casas, árvores
arrancadas, os campos devastados por bulldozers e o
confisco de terras e água palestinas, pelo governo de Israel,
devastaram a infra-estrutura económica e o desenvolvimento
na Cisjordânia e em Gaza, causando enorme deterioração na
qualidade de vida de todos os Palestinos. . . e um crescente
sentimento de desespero e frustração; e
Considerando que, os assassinatos, os atentados
suicidas e os ataques contra civis, quer por parte de Israelitas
quer por parte dos Palestinos, aumentam o medo e o
sofrimento de todos; e
Considerando que, as pessoas nos Estados Unidos,
através dos seus impostos, fornecem vários milhares de
milhões de dólares na assistência económica e militar ao
estado de Israel, todos os anos, o que permite a construção
de estradas de desvio e de Colonatos que são ilegais , de
acordo com a Quarta Convenção de Genebra;
Considerando que, a igreja continua a trabalhar com
organismos ecuménicos e inter-religiosos para defender
Auto-determinação Palestina e o fim da ocupação Israelita;
para afirmar o direito de Israel a existir dentro de fronteiras
seguras, para afirmar o direito de retorno dos refugiados
Palestinos sob o direito internacional; para pedir o vasto
desarmamento da região; apelar aos Israelitas e Palestinos
para interromper os ataques e as violações dos direitos
humanos contra civis, como assassinatos e atentados
suicidas; e apelar ao governo dos EUA inicie um embargo de
armas em toda a região do Oriente Médio;
Portanto, seja deliberado, que a Igreja Metodista
Unida se opõe à contínua ocupação militar da Cisjordânia,
Gaza, e Jerusalém Oriental, ao confisco da terra e dos
recursos de água Palestinianos,à destruição de casas
Palestinas, à construção contínua de colonatos judaicos
ilegais, e qualquer visão de uma “Grande Israel”, que inclui
os territórios ocupados e toda a Jerusalém e arredores.
Seja ainda deliberado, que instamos o governo dos
EUA a acabar com toda a ajuda militar para a região, e
segundo a redistribuir a grande parte da ajuda agora dada a
Israel e ao Egipto; para apoiar os esforços de
desenvolvimento económico de organizações nãogovernamentais em toda a região, incluindo instituições
religiosas, de grupos de direitos humanos sindicatos e
grupos profissionais dentro de comunidades Palestinas.
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A Igreja Metodista Unida apela ao governo dos
Estados Unidos, que trabalhando em cooperação com as
Nações Unidas e outras nações, instem o estado de Israel a:
1. pôr fim à confiscação das terras palestinianas e da
água, seja por que motivo;
2. pôr fim à construção de novos ou à expansão de
colonatos e estradas de desvio já existentes nosterritórios
ocupados, incluindo Jerusalém Oriental;
3. levantar os bloqueios e recolheres obrigatórios em
todas as cidades Palestinianas, efectuando uma completa
retirada das forças militares israelitas para a Linha Verde (a
linha de cessar fogo de 1948 entre Israel e a Cisjordânia);
4. desmantelar esse segmento do muro de separação
construído desde Maio de 2002, que não está
sendoconstruído na Linha Verde, mas em terra Palestina, que
separa os agricultores Palestinos dos seus campos. Instamos
também a Autoridade Palestiniana e todos os líderes
religiosos Palestinos que continuem publicamente a
condenar a violência contra civis israelitas e utilizar actos de
desobediência não violenta para resistir à ocupação e aos
colonatos ilegais.
Apelamos a todos os Metodistas Unidos dos EUA
para:
1. defender perante a administração e o Congresso dos
EUA a implementação dos passos mencionados
anteriormente;
2. incentivar os membros de cada congregação a
estudar o conflito Israelo-Palestiniano de todas as
perspectivas, convidando oradores de palestras para eventos
da igreja, lendo livros, usando recursos audiovisuais em
fóruns educacionais, e obtendo informação de sítios da
internet.
3. fornecer apoio financeiro ao povo Palestiniano,
através de contribuições para a Junta Geral dos Ministérios
Globais;
4.
apoiar e participar nos trabalhos da paz
internacional e organizações de direitos humanos para
fornecer protecção para Palestinos e Israelitas que procuram,
sem violência, pôr fim à ocupação; e
5. chegar a sinagogas locais, mesquitas e grupos de fé
Cristã através do diálogo inter-religioso e ecuménico sobre
formas não violentas para promover a justiça e paz na Terra
Santa, e
Que a Junta Geral de Ministérios Globais, trabalhando
em conjunto com a Junta Geral da Igreja e Sociedade com
organizações da sociedade e inter-religiosas, desenvolver
conjuntos de defesa para uso em congregações locais para
promover uma paz justa e duradoura e os direitos humanos
para todos na região.
Procuramos para todos na região o fim da ocupação
militar, o fim da violência e o pleno respeito pelos direitos
humanos de todos de acordo com o direito internacional.
Fundamentação da petição:
A petição tal como está agora é inflamatória e não
representa as convicções da maioria dos Metodistas Unidos
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(para além de não estarem actualizadas as referências sobre
Gaza). A revisão da petição seria mais imparcial.
R6073.
Número da petição: 21068-CA-R6073-G; Drewry, Faye &
Ronald,- The Villages, FL, EUA.
Eliminar a resolução
Eliminar a Resolução actual 6073.
Fundamentação da petição:
A resolução 6073 parece estar baseada na compaixão,
mas, no entanto, com informação errada e ignorância da
história do conflito israel-palestiniano. Os membros da
Igreja e da Sociedade devem resolver o conflito orando,
conforme recomendam na resolução 6073, antes de
apresentar resoluções que possam provocar em maiores
hostilidades e que põem em perigo tanto israelitas como
palestinianos.
R6074.
Número da petição: 20641-CA-R6074-G; Holmes, Stephen
D., - Warren, IN, EUA.
Conflito Israelo-Palestiniano
Alteração da Resolução 6074, da seguinte forma:
Considerando que, as negociações entre o estado de
Israel e a Autoridade Nacional Palestiniana não conseguiram
ainda alcançar uma paz justa e duradoura para o povo
Palestiniano; e
Considerando que, o Conselho de Segurança e a
Assembleia Geral das Nações Unidas aprovaram numerosas
resoluções desde a Resolução 181 da ONU, o Plano de
Partilha, a qual foi adoptada pela primeira vez em Novembro
de 1947, incluindo as Resoluções 242 e 338, que esboçam
um quadro para a paz justa e duradoura, e
Considerando que, a IMU, nos seus Princípios Sociais,
reconhece e afirma o papel das Nações Unidas na resolução
justa e duradoura do conflito, “Acreditando que a justiça
internacional exige a participação de todos os povos,
reconhecemos as Nações Unidas, e as suas entidades
vinculadas, e o Tribunal Internacional de Justiça como os
melhores instrumentos existentes para alcançar um mundo
de justiça e de lei “(Parágrafo 165D); e
Considerando que, a Resolução 242 do Conselho de
Segurança, aprovada por unanimidade em 1967, declara: “a
inadmissibilidade da conquista de território pela guerra e a
necessidade de trabalhar para uma paz justa e duradoura em
que cada o estado possa viver em segurança”; e
Considerando que, a segurança de cada Estado depende
dele ter definido fronteiras e não ocupação de território dos
seus vizinhos, e
Considerando que, o 10º mandamento da Bíblia
declara: “Não cobiçarás a casa do teu próximo. . . ou qualquer coisa que pertença ao teu vizinho” (Exodus 20:17); e
Considerando que, por mais de 40 anos, o governo de
Israel tem mantido a sua ocupação militar do Leste
Jerusalém, a Cisjordânia e Gaza e na apreensão de mais terras Palestinas para assentamentos ilegais em violação directa das resoluções da ONU, bem como da Conferência Geral
dos Metodistas Unidos; e
Considerando que, o Tribunal Internacional de Justiça,
em 9 de Julho de 2004, emitiu um parecer consultivo que
declarou que a barreira de segurança de Israel ou o muro
construído em territórios palestinos ocupados viola o direito
internacional; que deve ser desmantelado; e que uma
indemnização deve ser dada aos palestinos pela perda de
terras e meios de subsistência; e
Considerando que, o governo de Israel continua a
construir o muro em território palestiniano, numa violação
contínua da lei internacional, o que agrava extremamente o
sofrimento Palestiniano, assim como aumenta a insegurança
dePalestinianos e Israelitas; e
Considerando, Maio de 2008 marca os 60 anos do
estabelecimento do estado de Israel, bem como a expropriação de 750.000 a 900.000 palestino,s que ainda procuram
fazer valer os seus plenos direitos humanos; e
Considerando que a ocupação militar em curso e
resistência armada aumenta a violência e a insegurança para
Palestinianos e Israelitas de igual modo; e
Considerando que, a Igreja Metodista Unida se opõe a
toda violência contra civis e considera que “a guerra é
incompatível com os ensinamentos e o exemplo de Cristo”
(Princípios Sociais, Parágrafo 165C); e
Considerando que, a utilização pelos Estados Unidos
do seu direito de veto, por mais de 30 vezes, no Conselho de
Segurança das Nações Unidas para bloquear as acções da
comunidade internacional, para criticar e impedir a matança
de civis palestinos tem contribuído para um clima de
impunidade e exacerbou o ciclo de violência que afectam
quer os palestinos quer os Israelitas;
Seja, por isso, deliberado que a Igreja Metodista Unida
apele a Israel, à Autoridade Palestiniana, e todos os Estados
que cumpram e respeitem as resoluções da ONU, as decisões
jurídicas do Tribunal Internacional, e a lei internacional,
como a base para a paz justa e duradoura na Palestina/Israel;
e
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Igreja e Sociedade Comitê A
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6074. Resoluções das Nações Unidas sobre o conflito
Israelo-Palestino
CONSIDERANDO QUE, as negociações…
Seja, portanto, deliberado que a Igreja Metodista Unida
apela a Israel, à Autoridade Nacional Palestiniana, e a todos
os Estados para respeitarem e manterem as resoluções das
NU, as sentenças do Tribunal Penal Internacional, e as leis
internacionais como a base para a paz justa e duradoura na(s)
fronteira(s) acordadas Israelo/Palestiniana(s) que Israel
considera defensáve(is)l e qua(is)lquer lugar(es) santosque
actualmente controlem para assegurar a liberdade religiosa
para todas as pessoas em Israel e na Palestina; e
Seja ainda deliberado …
Considerando que durante mais de 40 anos, o
governo de Israel continua a sua ocupação militar de
Jerusalém Ocidental, a Margem Ocidental, Gaza, e ocupa
cada vez mais terras palestinianas para colónias ilegais,
em violação directa das resoluções das Nações Unidas
assim como das resoluções da Conferência Geral
Metodistas Unidas; e
Considerando que, o Tribunal Internacional de Justiça,
em 9 de Julho de 2004, emitiu uma opinião de conselho que
declarou que a barreira ou parede de segurança de Israel
construída em territórios palestinianos ocupados viola a lei
internacional; que deve ser derrubada e que deve ser dada a
recompensa a palestinianos pela perda de terras ou de
condições de vida; e
Considerando que o governo de Israel continuou a
construir a parede em terras palestinianas numa violação
contínua da lei internacional, que aumenta o sofrimento
palestiniano e aumenta a insegurança tanto para
palestinianos como para israelitas; e
Considerando que se comemoraram 60 anos em
Maio de 2008 desde o estabelecimento do estado de
Israel; assim como da despropriação de 750.000 a
900.000 Palestinianos que estão ainda a procurar os seus
direitos humanos; e
Considerando que a ocupação militar contínua e
resistência armada aumenta a violência e insegurança para
os palestinianos e israelitas; e
Considerando que a Igreja Metodista Unida se opõe a
toda a violência...
Fundamentação da petição:
A denúncia de que Israel está a construir colónias
ilegais e a ocupar a terra palestiniana é uma invenção recente
de relações públicas de 1949 sem precedência Bíblica como
um inquérito à história moderna do Médio Oriente revela. “É
da nossa responsabilidade como Cristãos, opormo-nos ao
anti-semitismo sempre e quando ocorrer.” (3147.
Construindo Novas Pontes na Esperança)
R6074.
R6075.
Número da petição: 21066-CA-R6074-G; Preston, Cathy,Erie, PA, EUA.
Número da petição: 21067-CA-R6075-G; Preston, Cathy,Erie, PA, EUA.
Israel-Palestina
Médio Oriente
6074. Resoluções das Nações Unidas acerca do
conflito Israel-Palestina
Considerando que, as negociações...
Considerando que o 10º mandamento na Bíblia diz
“Não cobiçarás coisas alheias... ou algo que pertença ao
próximo” ( xodo 20:17); e
6075. Dizer Não à Violência no Conflito do Médio
Oriente
Considerando que, a Igreja Metodista Unido ...
Considerando que, a Igreja Metodista Unida afirmou o
seu apoio às ligações do Estado de Israel internacionalmente
reconhecido antes da guerra de 1967 no Médio Oriente
Seja ainda deliberado que A Igreja Metodista Unida
apela aos Estados Unidos, como membro permanente do
Conselho de Segurança da ONU, a aceitar a autoridade das
resoluções do Conselho de Segurança a abster-se de vetar as
resoluções e a acatar as resoluções 242 e 338, do Conselho
de Segurança, bem como todas as outras resoluções
pertinentes das Nações Unidas e as decisões do Tribunal
Internacional de Justiça , que fornecem uma estrutura para
trazer um fim justo e permanente a este conflito.
Fundamentação da petição:
A presente resolução, conforme está escrita, é
considerada por muitos Metodistas Unidos como sendo antiIsrael e anti-semita e um motivo de muita infelicidade nas
nossas igrejas. As revisões de reconhecem as Nações Unidas
sem a linguagem inflamatória.
R6074.
Número da petição: 20877-CA-R6074-G; Purnell, Sally,Parsons, WV, EUA.
Fronteiras Israelitas
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DCA Edição Avançada
(“Resoluções das Nações Unidas no Conflito IsraelPalestina” Livro de Resoluções de 2004, página 811ff); e
Considerando que a Igreja Metodista Unida declarou
assertivamente a sua oposição aos colonatos israelitas em
territórios ocupados (“Oposição aos Colonatos Israelitas no
Território Palestiniano”, Livro de Resoluções de 2004,
página 787ff);
Por isso, é decidido que a Igreja Metodista Unida
continua ...
Fundamentação da petição:
A denúncia de que Israel está a construir colónias
ilegais e a ocupar a terra palestiniana é uma invenção recente
de relações públicas de 1949 sem precedência Bíblica como
um inquérito à história moderna do Médio Oriente revela. “É
da nossa responsabilidade como Cristãos, opormo-nos ao
anti-semitismo sempre e quando ocorrer.” (3147.
Construindo Novas Pontes na Esperança)
R6091.
Número da petição: 20485-CA-R6091-G; Lewis, Dan,Pasadena, CA, EUA para a Conferência Anual da Califórnia
e Pacífico
Uma Convocatória para a Paz
Alterar a Resolução ¶6091 na página 850 do Livro de
Resoluções 2008 para que se leia do seguinte modo:
A Terra de Deus tem sede da paz. Conflitos de violência
doméstica, violência interpessoal e abusos, conflitos civis,
conflitos étnicos e raciais, divisões religiosas e rivalidade
inter-religiosa, ataques terroristas, guerras entre nações e
ameaça de uso de armas nucleares, químicas e biológicas tudo isto nos impede de alcançar o shalom de Deus. Em
resposta, nós, que somos discípulos de Jesus Cristo, somos
chamados a agir como apaziguadores para a transformação
do mundo.
O fundamento bíblico para a pacificação é o Sermão da
Montanha, onde Jesus ensinou: “Bem-aventurados os
pacificadores” (Mt. 5:9); “Eu, porém, vos digo que não
resistais ao homem mau” (Mt. 5:39, Versão académica),
“Amai aos vossos inimigos, e orai pelos que vos perseguem”
(Mt. 5:44) e “orai para perdoar aqueles que vos ofenderam”
(Mt. 6:12, 14-15). Paulo repetiu o ensinamento de Jesus
quando ele instruiu os cristãos em Roma, “Não te deixeis
vencer pelo mal, mas vencei o mal com o bem” (Romanos
12:14-21). Paulo disse à igreja em Corinto que, através de
Cristo, temos um “ministério de reconciliação” (2 Coríntios
5:17-18).
Para a Igreja Metodista Unida, a pacificação é uma
tarefa essencial para alcançar o sucesso noutras iniciativas.
Trabalhar com os pobres para erradicar a pobreza, cuidar das
crianças e realizar iniciativas globais de saúde pode ser mais
fácil de implementar em sociedades estáveis e justas, livres
de conflitos armados. Ter recursos suficientes para realizar
estas tarefas exige a paz mundial e o desarmamento, a fim de
redireccionar grandes quantidades de fundos públicos
actualmente gastos nas forças armadas e em armamento.
Além disso, uma forte preocupação pela paz e pela justiça
são atributos necessários das congregações vitais.
CONSEQUENTEMENTE, a Conferência Geral de
2008 2012 da Igreja Metodista Unida apela:
• Às crianças, jovens e adultos Metodistas Unidos—
como discípulos devotos de Jesus Cristo—para que sejam
pacificadores onde estiverem, em casa, na escola, no
trabalho, na sua localidade ou no mundo; e para que
mostrem amor, compaixão e preocupação pela justiça que
Jesus ensinou e viveu.
• Às congregações locais—como uma expressão da
santidade social de Wesley—para que ensinem e pratiquem
a paz, para que estudem as causas subjacentes dos conflitos
entre grupos sociais e nações, para que procurem soluções
positivas e se tornem instrumentos da paz.
• Às conferências anuais para que reforcem as
congregações através da formação, encorajamento e apoio
activo em actividades pacificadores e para que sejam vozes
da paz, justiça e reconciliação na área da conferência e para
além desta.
• Aos bispos para que abranjam a pacificação no ensino,
o que significa viver à maneira Metodista Unida, para que se
envolvam na resolução de conflitos sempre que necessário e
ofereçam uma voz profética para a paz e justiça e
•Às juntas e agências para que incorporam a
pacificação nos seus programas e orçamentos regulares.
A Conferência Geral de 2012 apela às juntas e agências
para que incorporem nos seus programas de pacificação
regulares e orçamentos, incluindo mas não limitado o
seguinte:
• A Junta Geral do Discipulado deve desenvolver,
publicar e distribuir material educacional Cristão na base
bíblica de paz e justiça de como as crianças, jovens e adultos
podem ser pacificadores e justiceiros; deve ainda publicar
material de devoção para os pacificadores.
• A Junta Geral da Igreja e da Sociedade deve agir como
defensor das políticas públicas referentes a acções que
promovam a paz e combatam a guerra, fornecer recursos
sobre a pacificação às conferências anuais e às congregações
locais e facilitar a formação para a não violência que aplica
o ensinamento de Jesus no sermão da Montanha.
• A Junta Geral dos Ministérios Globais, a Divisão das
Mulheres e as Mulheres Metodistas Unidas devem continuar
a fomentar as actividades de pacificação nos seus ministérios
nos Estados Unidos da América e em todo o mundo.
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Igreja e Sociedade Comitê A
• A Junta Geral de Educação Superior e Ministério, o
Ministério para o Trabalho com os seminários Metodistas
Unidos e a Universidade de África devem encorajar a
investigação, o ensinamento e as publicações sobre a
teologia de paz e métodos de pacificação com justiça.
• Os seminários Metodistas Unidos devem ensinar a
teologia de paz aos estudantes, clérigos e leigos e oferecer
formação na área da pacificação.
• JUSTPEACE: Centro para a Mediação e
Transformação de Conflitos que promove uma cultura de
paz justa na igreja e no mundo e oferece formação para os
profissionais da pacificação no âmbito das conferências
anuais e das congregações locais.
• A Junta Geral da Unidade Cristã e Interesses Interreligiosos, Religião e Raça, Estado e Papel da Mulher e os
Homens Metodistas Unidos devem iluminar as causas de
injustiça e tensão entre grupos, promover a defesa da paz e
justiça, oferecer formação para a resolução de conflitos e
tornarem-se instrumentos da paz.
• A Mesa Conexional deve facilitar a cooperação entre
as juntas, agências, conferências e congregações Metodistas
Unidos no esforço de manutenção da paz.
Fundamentação da petição:
O testemunho Metodista Unido para a paz nestes
tempos difíceis é imperativo no Evangelho da mesma
maneira que foi para John Wesley, o fundador do movimento
Metodista, na sua altura. Grande parte da petição sobre a
convocação da pacificação originalmente submetida na
Conferência Geral de 2008...
R6094.
Número da Petição: 20020-CA-R6094; Hallman, Howard
W., - Washington, DC, EUA pelos Metodistas Unidos para a
Paz com Justiça.
O Problema das Armas Nucleares
Alterar a Resolução n º 6094, inserindo em ¶3 da secção
sobre “Desarmamento”, após a frase “Nós concluímos que a
dissuasão nuclear é uma posição que não pode receber a
bênção da Igreja”, as seguintes frases:
Afirmamos a constatação de que as armas nucleares,
quer por utilização quer por ameaça, são um mal grosseiro e
moralmente errado. Como um instrumento de destruição
massissa, as armas nucleares chacinam inocentes e devastam
o meio ambiente. Quando usadas como instrumentos de
dissuasão para fins políticos e militares, as armas
nucleares transformam pessoas inocentes em reféns. Assim,
a doutrina da dissuasão nuclear é moralmente corrupta e
espiritualmente pobre.
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Fundamentação da Petição:
Estas frases derivam da Resolução 6117 “Dizer Não à
Dissuasão Nuclear”, a qual tem um período de validade.
Esta linguagem significativa deve ter uma continuação.
Ela consegue encaixar-se facilmente na revisão da
Resolução 6094 proposta pelo Conselho Geral da Igreja e
Sociedade.
R6094.
Número de petição: 20139-CA-R6094; Winkler, James,Washington, DC, EUA para a Junta Geral de Igreja e
Sociedade.
A IMU e a Paz
Alterar actual Resolução n.º 6094: A Igreja Metodista
Unida e a Paz, da seguinte forma:
“O meu povo habitará em morada de paz, em moradas
bem seguras, e em lugares quietos de descanso” (Isaías
32:18 NVI).
“Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez
um; e, derrubando a parede de separação que estava no meio,
na sua carne desfez a inimizade” (Efésios 2:14).
Cristo é a nossa paz. É o Príncipe da Paz (Isaías 9:6).
No entanto, sabemos que a paz de Cristo, a paz que excede
todo o entendimento, nem sempre tem governado as nossas
vidas e balançadas as nossas acções como povos, instituições
ou nações. Não temos seguido sempre a vontade de Deus
para a paz quando lutámos muitas guerras e travámos muitos
conflitos que têm pautado a nossa história humana. Não
temos sempre procurado o conselho de Cristo, cujas palavras
nos asseguram a justiça e a paz, compaixão e perdão, e sim,
a salvação e libertação, mesmo na nossa rebeldia e meios
não pacíficos.
A Bíblia faz justiça da companheira inseparável da paz
(Isaías 32:17; Tiago 3:18). Ambos apontam para relações
correctas e sustentáveis na sociedade humana, a vitalidade
das nossas conexões com a terra, o bem-estar e integridade
da criação. Conceber a paz para além da justiça é
comprometer a esperança de que a justiça e a paz se beijem
(Salmo 85:10). Quando a justiça e a paz faltam ou são
colocadas em oposição, precisamos de reformar os nossos
caminhos.
A paz é a vontade de Deus e esta deve ser feita. Os
verdadeiros discípulos de Cristo devem trabalhar pela paz:
construí-la e não apenas mantê-la; vivê-la e não apenas
desejá-la. Se Cristo é a nossa paz, a paz deve ser imperativa
e primordial. Que aqueles que preferem guerras e fomentam
conflitos digam o contrário. No final, a guerra e o conflito
não pode triunfar sobre o Príncipe da Paz.
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Mesmo o povo de Deus, no entanto, nem sempre vê e
reconhece a paz de Cristo e a justiça de Deus. Como os profetas
têm feito, o povo de Deus deve ser lembrado e alertado para a
sua conivência com a destruição e decadência e com a injustiça
e não a paz. A Igreja Metodista Unida, cujo compromisso com
a paz está enraizado na sua obediência ao Príncipe da Paz, deve
reconhecer as coisas que promovem a paz.
O Conselho dos Bispos afirmou em 2009 que o povo de
Deus “tem negligenciado os pobres, poluído o ar e a nossa
água e encheu as nossas comunidades de instrumentos de
guerra. Virámos as costas a Deus e uns aos outros.
Obstruindo a vontade de Deus, temos contribuído para a
pobreza e doenças pandémicas, para a degradação ambiental
e para a proliferação de armas e violência” (“O Apelo do
Conselho dos Bispos da Igreja Metodista Unida para a
Esperança e Acção para a boa criação de Deus”, 2009).
O apelo dos bispos foi antecedido por uma afirmação de
que a criação de Deus está em crise e que a nossa negligência,
egoísmo e orgulho têm fomentado um trio de “ameaças à vida
e à esperança.” A gravidade dessas ameaças levaram os bispos
a apelar a uma resposta global para que os Metodistas Unidos
e as “pessoas de boa vontade” se ofereçam como instrumentos
do Espírito renovador de Deus no mundo.
“Deus chama-nos e prepara-nos para responder”,
afirmaram os bispos. Lembraram-nos da oferta de redenção
de Deus para toda a criação e reconciliação com todas as
coisas”, seja na terra ou no céu” (Colossenses 1:20). Os
bispos fizeram-nos reconhecer mais uma vez que o Espírito
de Deus está sempre e em toda a parte no trabalho de
combate à pobreza mundial, restaurando a saúde, renovando
a criação e conciliando os povos.
A oração colectiva dos bispos é que Deus vai aceitar e usar
as nossas vidas e recursos que dedicámos a um novo ministério
de justiça, paz e esperança para superar a pobreza e doenças,
degradação ambiental e a proliferação de armas e violência. O
apelo dos bispos em 2009 para a esperança e acção construídas
com base no seu documento de 2004, “Em busca de segurança.”
O documento de 2004 afirma que “o desejo de segurança é um
sentimento que todos os seres humanos compartilham uns com
os outros. ... O caminho para a verdadeira paz e segurança é a
reconciliação. Não iremos alcançar a reconciliação plena entre
todos os povos antes da consumação final de Deus, porque as
forças do mal e da destruição ainda estão a trabalhar nos
corações dos seres humanos e nos seus relacionamentos. Mas
somos chamados a ser construtores de paz e ministros da
reconciliação até que o nosso Senhor venha” (Grupo de
Trabalho do Conselho dos Bispos relativamente à Segurança e
Protecção, “Em busca de segurança”, 2004).
O apelo de 2009 para a esperança e acção também
lembrou o documento de estudo dos bispos de 1986, “Em
defesa da Criação: A Crise Nuclear e uma paz justa.” O
documento de 2009 descrito “Em Defesa da Criação” como
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DCA Edição Avançada
“uma mensagem urgente para todos os Metodistas Unidos e
para a Igreja em geral sobre a crescente ameaça de guerra
nuclear e da extinção da vida no planeta através de um
‘inverno nuclear’.” Os bispos reafirmaram que a crise
nuclear ameaça ‘o planeta Terra em si’, que a corrida de
armas ‘destrói milhões de vidas em guerras convencionais,
violência repressiva e pobreza em massa’, e que a ‘corrida de
armas é uma questão de justiça social, não só uma problema
de guerra e de paz.’”
Os bispos afirmaram: “A paz não é simplesmente a
ausência de guerra, um impasse nuclear ou a combinação de
cessar-fogos perturbadores. Trata-se da emergente realidade
dinâmica imaginada pelos profetas, onde lanças e espadas
dão lugar a instrumentos de paz (Isaías 2:1-4), onde
antagonistas históricos habitam juntos na confiança (Isaías
11:4-11) e onde a virtude e a justiça prevalecerão. Não
haverá paz com justiça até que a vida altruísta e informada
seja estruturada em processos políticos e acordos
internacionais “(Apelo episcopal para a Paz e para o Autodesenvolvimento de pessoas, 1972).
A missão de Jesus Cristo e a sua igreja é a de servir todos
os povos, independentemente do seu governo, ideologia, local
de residência ou condição social. Certamente, o bem-estar da
humanidade é mais importante aos olhos de Deus do que o
poder ou mesmo a existência de qualquer Estado.
Consequentemente, a Igreja é chamada a olhar para além das
fronteiras humanas da nação, raça, classe, sexo, ideologia
política ou teoria económica e a proclamar as exigências da
justiça social que é essencial para a paz.
As seguintes são áreas interrelacionais que devem ser
tratadas simultaneamente na nossa procura de uma paz
duradoura com justiça numa comunidade mundial.
I. Desarmamento
“Naquele dia farei por eles aliança com as feras do
campo, e com as aves do céu, e com os répteis da terra; e da
terra tirarei o arco, e a espada, e a guerra, e os farei deitar em
segurança” (Oséias 2:18 NVI).
Actualmente, mais de 26.000 armas nucleares estão
espalhadas pelo mundo. Além disso, enquanto ainda não
existe um sistema de comunicação global para armas de
pequeno porte, acredita-se que pelo menos 639 milhões de
armas de fogo proliferam em todo o mundo (Inquérito acerca
de armas de pequeno porte). A corrida das armas continua.
Na verdade, como o Conselho dos Bispos afirmou, “Depois
de muitas décadas e milhões de dólares, não estamos mais
seguros ou pacíficos no nosso mundo com um maior número
de nações no “clube nuclear”.
Se houver qualquer preocupação na comunidade
internacional, onde o direito internacional se cruza com a
ética e a moral, é a legalidade da ameaça ou uso de armas
nucleares. Numa opinião de consultadoria solicitada pela
Assembleia Geral da ONU em 1996, o Tribunal
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Igreja e Sociedade Comitê A
Internacional de Justiça (TIJ) decidiu que: “A ameaça ou uso
de armas nucleares seria geralmente contrária às regras do
direito internacional aplicáveis em conflitos armados e, em
particular, aos princípios e regras do direito humanitário. ...
Existe uma obrigação de prosseguir de boa fé e chegar a uma
conclusão das negociações com vista ao desarmamento
nuclear em todos os seus aspectos sob controlo internacional
rigoroso e eficaz.”
Apesar da decisão do TIJ, continuam a ser gastos
biliões de dólares em pesquisa, desenvolvimento,
manutenção e implantação de armas nucleares. O direito
internacional proíbe a utilização armas químicas e
biológicas, incluindo minas terrestres e munições cluster,
por serem excessivamente cruéis e indiscriminadas. As
armas nucleares, já utilizadas em Hiroshima e Nagasaki,
continuam, porém, fora desta classificação.
O perigo de um holocausto permanece enquanto as
nações mantiverem armas nucleares. Muito mais pessoas
serão mutiladas e mortas, enquanto armas de pequeno porte
são fáceis de adquirir e estão prontamente disponíveis para
uso em brigas domésticas, brigas de rua, ou em guerras e
zonas de conflito.
Enquanto isso, milhões morrem de fome e o
desenvolvimento estagna. Repetidamente, as tensões regionais
crescem, os conflitos surgem e forças externas intervêm para
promover ou proteger os seus interesses sem levar em conta o
direito internacional ou dos direitos humanos.
As guerras e rumores de guerras não são exclusivos do
nosso tempo. O que é novo é a sofisticação com que são
travadas. Tecnologias de alta precisão existem lado a lado
com armas convencionais. Juntas compõem o arsenal de
instrumentos que lidam com a morte que ameaça as relações
e a própria existência dos povos e nações. Estes instrumentos
de destruição quebram a fragilidade da paz. Espalham o ódio
e a violência contra o projecto de Deus de um mundo de paz
e relacionamentos de amor. Estes instrumentos não estão
apenas sob o controlo das nações: Estão também nas mãos
de actores não estatais, tornando assim possível uma
utilização não regulamentada, indiscriminada e imprevisível.
As despesas actuais com armas estão a distorcer as
prioridades do orçamento nacional. Devido ao receio do
desemprego, o desejo de lucros e contribuições para o
equilíbrio nacional de pagamentos, a indústria bélica gera
grande poder político. As nações produtoras de armas
procuram criar mercados e, em seguida, disputam entre si
para serem campeões entre os mercadores de armas do
mundo. A alimentação, saúde, serviços sociais, emprego e
educação são vitais para o bem-estar das nações. No entanto,
a grande prioridade dada pelos governos para a “defesa”
ameaça constantemente a sua disponibilidade.
A posição histórica dos nossos bispos permanece a
mesma: “Dizemos um “NÃO” claro e incondicional à guerra
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nuclear e a qualquer utilização de armas nucleares.
Concluímos que a dissuasão nuclear é uma posição que não
pode receber a bênção da Igreja” (Em Defesa da Criação).
Apoiamos iniciativas que se movem na direcção do
desarmamento em todo o mundo. Isto exige uma
reorganização radical das prioridades juntamente com um
sistema eficaz de pacificação e manutenção da paz
internacional. A igreja deve sempre manter essa meta
perante os povos e os governos. Em particular, apoiamos a
abolição das armas nucleares.
A posição histórica dos nossos bispos permanece a
mesma: “Dizemos um “NÃO” claro e incondicional à guerra
nuclear e a qualquer utilização de armas nucleares.
Concluímos que a dissuasão nuclear é uma posição que não
pode receber a bênção da Igreja” (Em Defesa da Criação).
Assim, rejeitamos a posse de armas nucleares como
uma base permanente para garantir e manter a paz. A posse
não pode mais ser tolerada até mesmo como um expediente
temporário. Apelamos a todas as nações que possuem armas
nucleares que renunciem a estes instrumentos vis de
destruição em massa e que se movam rapidamente para
desmantelar todas as ogivas nucleares e veículos de entrega.
Continuamos a apoiar todos os movimentos para banir a
política de “primeiro ataque” de toda a doutrina da
Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO).
Apoiamos o Tratado de Proibição Total de Ensaios
Nucleares e o Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNPN).
Apelamos a todas as nações que se tornem signatários desses
tratados importantes e que cumpram as suas disposições.
Estes fazem parte de um regime de tratados de não
proliferação nuclear sob a alçada das Nações Unidas. A
ratificação do Tratado de Novo início pelos Estados Unidos
e Rússia é um acto na direcção do desarmamento. É, no
entanto, apenas um começo: Ainda precisam de ser
assinados muitos mais acordos, não só por estas duas
potências, mas também por outros Estados nucleares e não
nucleares. Além da proliferação nuclear em si, a ameaça do
terrorismo nuclear deve informar o movimento para o
desarmamento global.
Simultaneamente, as nações devem providenciar para
um maior controlo dos materiais nucleares bélicos. É claro
que a dissuasão vem de controlos internacionais sobre
materiais usados para fazer bombas. Apoiamos o conceito de
zonas livres de armas nucleares, onde os governos e povos
de uma região específica se juntam para erradicar as armas
nucleares da sua área, seja por tratado ou através de uma
declaração.
A Igreja Metodista Unida afirma o seu compromisso
com um pacífico livre de armas nucleares. Como povo
cristão comprometido com a liderança, justiça e paz, opomonos e condenamos o uso do Pacífico para testes,
armazenamento e transporte de armas nucleares e sistemas
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de entrega e disposição dos resíduos radioactivos.
Afirmamos, ainda, o direito de todos os povos indígenas a
controlarem a sua saúde e bem-estar.
A opinião pública mundial condena justamente
justificadamente a utilização de armas química e biológicas.
Os governos devem renunciar à utilização dessas armas
particularmente desumanasa estas armas particularmente
desumanas como parte da sua política nacional. Apoiamos a
aplicação universal da Convenção de Armas Químicas e da
Convenção de Armas Biológicas.
Apoiamos os esforços do tratado para proibir o
comércio, desenvolvimento e uso de armas que são
desumanas, excessivamente prejudiciais e têm efeitos
indiscriminados. Essas armas incluem minas, armadilhas,
armas com fragmentos não detectáveis, armas incendiárias,
bombas sujas, bombas de fragmentação e armas laser que
causam cegueira. Apelamos a todas as nações que assinem e
cumpram a Convenção sobre a Proibição do Uso,
Armazenamento, Produção e Transferência de Minas
Antipessoais e sobre a sua Destruição.
Estamos também preocupados com o uso de armas
desumanas por policiais civis ou militares. Balas de ponta
oca (“dum-dum”) ou outras balas projectadas para mutilar
não são aceitáveis para o uso de armas por forças civis ou
militares. Apoiamos medidas que declaram ilegal a
utilização de tais armas.
O progresso no desarmamento deve ser monitorizado
para que as declarações de desarmamento sejam
verdadeiramente acompanhadas por acções. Apoiamos cinco
critérios a utilizar na avaliação do progresso de
desarmamento:
1) Verificação — Uma declaração unilateral de um
estado que não possua armas nucleares deve ser confirmada
por fontes altamente confiáveis e por meios objectivos;
2) Irreversibilidade — A confiança no cumprimento
cresce se os controlos forem suficientes para tornar
extremamente difícil, senão impossível, para um estado
abandonar um compromisso de desarmamento e criar ou
construir um arsenal nuclear;
3) Transparência — É essencial ter dados concretos
sobre a dimensão dos arsenais nucleares e progressos
concretos sobre a sua eliminação;
4) Universalidade — Qualquer acordo para alcançar o
desarmamento nuclear global deve ser totalmente “global”
no âmbito geográfico, sem excepções, e
5) Juridicamente vinculativo — A comunidade
mundial espera que os compromissos para com o
desarmamento sejam juridicamente vinculativos.
O desarmamento lida não só com armas não
convencionais, tais como armas nucleares, como também
com armas convencionais, armas de fogo, em especial as
pequenas e armas leves. A este respeito, devemos apoiar a
revisão contínua da implementação do Programa de Acção
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DCA Edição Avançada
da ONU para Prevenir, Combater e Erradicar o Comércio
Ilícito de Armas de Pequeno Porte e Leves em Todos os Seus
Aspectos. Esta convenção sai da Conferência das Nações
Unidas sobre o Comércio Ilícito de Armas de Pequeno Porte
e Leves em Todos os Seus Aspectos.
Devemos continuar a exercer pressão e apoio sobre as
nações e estados, especialmente os Estados Unidos e a Rússia
e outros grandes estados de comércio de armas, para negociar
um Tratado de Comércio de Armas juridicamente vinculativo
para regular o comércio mundial de armas convencionais. O
presente Tratado de Comércio de Armas pretende estabelecer
padrões internacionais comuns para a importação, exportação
e transferência de armas convencionais.
Ao mesmo tempo que continuamos a apoiar as metas da
Conferência de Revisão do Tratado de Não Proliferação
Nuclear, devemos, nomeadamente, apoiar o acordo de
avanço celebrado na reunião da Conferência de Revisão de
2010. O acordo avança o objectivo de tornar o Médio
Oriente uma zona livre de armas nucleares e de outras armas
de destruição em massa. Devemos ajudar a diminuir o valor
político e militar de armas nucleares prevalente em doutrinas
de segurança. A abordagem humanitária é crucial para
entender as armas nucleares como instrumentos cruéis,
desumanos de assassinato em massa e destruição ambiental.
A verdadeira segurança coloca a segurança humana sobre
qualquer outra consideração de segurança nacional.
Afirmamos as ferramentas de guerra para o
povoDevemos promover movimentos dirigidos à abolição das
armas nucleares, de facto, de armas de destruição em massa e
das ferramentas de guerra. Os governos não devem impedir o
debate público sobre esta questão de preocupação universal.
As organizações não governamentais (ONGs) e os grupos
cívicos são os maiores interessados. Desempenham um papel
importante na campanha para o desarmamento global. A sua
presença e defesa em cada Conferência de Revisão do TNPN,
bem como nas conferências da ONU que lidam com armas de
pequeno porte e leves é crucial. As ONG que trabalham com o
direito humanitário internacional, a protecção dos direitos
humanos e justiça ambiental devem trabalhar em conjunto para
formar uma base sólida para uma convenção universal e
abrangente sobre armas nucleares. A convenção iria declarar
ilegal e banir o desenvolvimento, a posse, utilização e ameaça
de utilização de armas nucleares.
O desarmamento está relacionado com gastos militares.
O desarmamento é possível e sustentável quando o seu
financiamento nos orçamentos nacionais não ofusca nem
subfinancia as necessidades sociais e o bem-estar dos povos.
O desarmamento significativo irá acontecer quando um país
como os Estados Unidos, que lidera o mundo em gastos
militares (Instituto de Investigação Stockholm International
Peace), começa a redireccionar o seu orçamento militar para
fins pacíficos e sustentáveis.
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De facto, os orçamentos nacionais são documentos
morais. São uma prova de prioridades nacionais. Pode ser
que tais orçamentos sejam investidos em prioridades que dão
vida e sustentam a vida; na verdade, em coisas que
promovem a paz.
II. Democracia e liberdade
“Aparta-te do mal, e faz o bem: busca a paz, e segue-a.”
(Salmo 34:14).
“Para a liberdade Cristo nos libertou. Permanecei, pois,
firmes e não vos dobreis novamente a um jogo de
escravidão” (Gálatas 5:1).
Milhões de pessoas ainda vivem sob o regime opressivo e
sob várias formas de exploração. Outros milhões vivem em
condições deploráveis de discriminação racial, sexual, religiosa
e de classe. Em muitos países, muitas pessoas, incluindo
cristãos, estão a sofrer repressão, prisão e tortura por causa dos
seus esforços para falar a verdade para quem está no poder.
A acção pelos governos para incentivar a libertação e
justiça económica é essencial. Tal acção deve ser apoiada por
uma acção paralela por parte dos cidadãos e instituições
privadas, incluindo as igrejas, se as medidas pacíficas forem
bem sucedidas. A menos que a opressão e negação de
direitos humanos básicos terminem, a violência numa escala
crescente continuará a entrar em erupção em muitos países,
podendo-se espalhar por todo o mundo. O número de mortos
em tais conflitos humanos é enorme, pois resultam numa
nova opressão e mais desumanização. Estamos preocupados
com as áreas onde a opressão e a discriminação ocorrem.
Nós, como Cristãos Metodistas UnidasMetodistas
Unidas, devemos criar as condições para a paz através do
desenvolvimento de confiança entre povos e governos.
Opomo-nos inalteravelmente àqueles que instigam o ódio de
um grupo para outro. Os governos ou facções políticas não
devem usar as diferenças religiosas, de classe, género,
raciais ou outras diferenças como meios para atingir fins
políticos hediondos. Esta preocupação estende-se a todas as
situações onde os interesses externos, comerciais, industriais
e militares estão relacionados com as oligarquias nacionais
que resistem à justiça e libertação para as massas de pessoas.
É essencial que os governos que apoiam ou toleram essas
actividades alterarem as suas políticas para permitir que as
pessoas instaurem uma verdadeira auto-determinação.
A democracia prospera sob um Estado de Direito fundado
nos direitos humanos e liberdades fundamentais. A Cimeira
Mundial da Assembleia Geral das Nações Unidas de 2005
reafirmou a democracia como “um valor universal baseado na
vontade livremente expressa das pessoas para determinar os
seus sistemas políticos, económicos, sociais e culturais e a sua
plena participação em todos os aspectos das suas vidas.” O
Fundo das Nações Unidas para a Democracia foi criado nesta
Cimeira. A grande maioria do fundo é destinado a
organizações locais cujos projectos visam fortalecer a voz da
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sociedade civil, promover os direitos humanos e incentivar a
participação de todos os grupos nos processos democráticos.
Os Metodistas Unidos devem promover este fundo e ajudar os
grupos de base a aceder ao mesmo.
As fraudes e corrupção corroem a credibilidade dos
governos. A transparência e responsabilidade são os pilares de
um sistema democrático e são verificações sobre fraudes e
corrupção. Grande parte da raiva hoje ventilada contra os
governos decorre de fraudes e corrupção e de fraude
económica e exploração. A paz e a harmonia social são
bastantes reforçadas quando processos democráticos e justos
prevalecem na sociedade. A Convenção das Nações Unidas
contra a Corrupção deve ser suportada. Esta lei internacional
lida com a promoção da prevenção, criminalização, execução
de leis, cooperação internacional, recuperação de activos,
assistência técnica e trocas de informação. Também inclui
mecanismos para a implementação contra a corrupção.
III. As Nações Unidas
“Assim, pois, sigamos as coisas que servem para a paz
e as que contribuem para a edificação mútua” (Romanos
14:19 ESV).
A justiça internacional requer a participação e
determinação de todos os povos. Somos chamados a olhar
para além das “fronteiras limitadas e conflituosas dos
estados-nação para uma maior e mais abrangente
comunidade da humanidade” (Apelo episcopal para a Paz e
o Auto-Desenvolvimento dos Povos).
Tem existido uma cooperação internacional sem
precedentesTem-se verificado uma cooperação internacional
sem precedentes nas Nações Unidas e nas suas agências
especializadas, à medida que trabalham para resolver
problemas globais de saúde, educação e bem-estar das
pessoas, especialmente das crianças. O Fundo das Nações
Unidas para a Infância (UNICEF) tem sido bem sucedido
nesta área, especialmente na realização de dois dos oito
Objectivos de Desenvolvimento do Milénio que precisam de
atenção. Estes objectivos dizem respeito à realização da
educação primária universal (Objectivo 2) e à redução da
mortalidade infantil (Objectivo 4).
Conquistas louváveis foram alcançadas através da
cooperação multilateral, especialmente nas áreas de
desenvolvimento sustentável, direitos humanos universais,
liberdade religiosa e tolerância, construção da paz e
segurança. Mais louváveis são os avanços na igualdade de
género e o empoderamento das mulheres, especialmente a
criação da Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de
Género e Empoderamento da Mulher. Noutras áreas, no
entanto, as considerações políticas têm diminuído o apoio
necessário para as Nações Unidas alcançarem os seus
objectivos. Muitas nações, incluindo as mais poderosas,
participam em alguns programas apenas quando tal acção
não interfere com a sua vantagem nacional.
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Uma agência das Nações Unidas cujo trabalho não deve
ser politizado é a Agência Internacional de Energia Atómica.
Numa altura em que as preocupações de segurança nuclear
são cada vez mais transnacionais, o trabalho desta agência
precisa do apoio de todos os governos para que possa, de
forma eficiente e eficaz, desempenhar funções relacionadas
com a segurança nuclear, especialmente na melhoria da
coordenação internacional, monitorização, elaboração de
relatórios e partilha de informações e melhores práticas entre
os Estados e o sector privado.
Acreditamos que as Nações Unidas e as suas agências
devem ser apoiadas, reforçadas e melhoradas.
Recomendamos que os cristãos trabalhem para o seguinte
nas suas respectivas nações:
• A Declaração Universal dos Direitos Humanos é
um padrão a ser atingido por todos os povos e nações. Os
convénios e convenções internacionais, incluindo os
protocolos resultantes destas convenções, devem ser
universalmente ratificados. A Declaração Universal dos
Direitos dos Povos Indígenas, aprovada em 2009 pela
Assembleia Geral das Nações Unidas, deve agora ser
universalmente reconhecida. A convenção que trata dos
direitos das pessoas com incapacidades deve ser apoiada.
• A ordem e paz mundial exige o desenvolvimento de
um quadro eficaz e aplicável de direito internacional que prevê
a resolução pacífica de conflitos entre estados-nação e a
protecção dos direitos humanos e a garantia de justiça para
todas as pessoas. Enquanto as guerras continuam e muitos
conflitos permanecem intratáveis, as Operações de Paz das
Nações Unidas merecem apoio contínuo. A profissionalização
das forças de paz, incluindo a adesão à disciplina e aos
princípios de direitos humanos, faz parte desse apoio.
• Com o Tribunal Internacional de Justiça plenamente
em vigor para julgar conflitos entre estados, agora é tempo de
os governos ratificarem universalmente o Tribunal Penal
Internacional para julgar crimes de guerra, crimes contra a
humanidade, genocídio e agressão. As nações devem remover
quaisquer restrições que tenham adoptado que prejudiquem o
bom funcionamento de ambos os tribunais.
• Apoiamos o desenvolvimento e o fortalecimento de
organismos internacionais para ajudar as nações ou povos a
escapar da dominação por outras nações ou empresas
transnacionais. Neste exemplo, o apoio é crucial para o
desenvolvimento sustentável e governança dos países menos
desenvolvidos e litorais do mundo. Sem esse apoio, esses
países correm o risco de pouco progresso em qualquer um
dos indicadores-chave para alcançar a erradicação da fome e
da pobreza no âmbito dos Objectivos de Desenvolvimento
do Milénio. Poderá existir uma melhor e eficaz protecção
dos direitos e bem-estar dos migrantes e suas famílias com a
ratificação universal da Convenção da ONU sobre os
Direitos dos Trabalhadores Migrantes e suas Famílias.
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• As considerações económicas e políticas afectam
grandemente as questões de alimentos, energia, matériasprimas e outros bens. Apoiamos os esforços das Nações
Unidas para alcançar novos níveis de justiça na ordem
económica mundial e trabalhar para o alcance dos
Objectivos de Desenvolvimento do Milénio das Nações
Unidas (ver ResoluçãoResolução Metodista Unida n.º 6025,
“Globalização e o seu impacto nos Direitos Humanos e
Dignidade Humana”). Apoio é, assim, crucial para o sucesso
da Convenção do Quadro das Nações Unidas sobre as
Mudanças Climáticas.
• Apoiamos o conceito de acção coletiva contra as
ameaças à paz e à sustentabilidade do planeta terra. Esta
acção colectiva é possível e significativa quando perseguida
dentro de um quadro multilateral. A reforma das Nações
Unidas, inclusive e especialmente o Conselho de Segurança,
é crucial a este respeito. Tal reforma deve incluir a coerência
organizacional e programática que visa transformar a ONU
numa instituição relevante, útil, responsável e encarregue de
lidar com os desafios globais de hoje. A reforma deve incluir
a transformação do Conselho de Segurança num Conselho
mais democraticamente representativo, transparente e
responsável na sua estrutura e tomada de decisão.
• As guerras travadas na busca de justiça ou por actos
de terrorismo poderiam muito bem ser evitadas ou
diminuídas se as nações do mundo trabalhassem
vigorosamente e em conjunto para procurar mudanças na
política opressora e sistemas económicos. Esta cooperação
deve usar os direitos humanos como princípios fundamentais
das relações nacionais e humanas, bem como a promoção da
aproximação entre as culturas e religiões. A distribuição
justa e equitativa dos recursos do mundo abordará o
desespero económico, angústia política e cansaço da guerra
de muitos povos do mundo.
IV. Comércio mundial e Desenvolvimento económico,
Desenvolvimento económico e sustentável
“Mas assentar-se-á cada um debaixo da sua videira, e
debaixo da sua figueira, e não haverá quem os espante,
porque a boca do Senhor dos exércitos o disse” (Miqueias
4:4).
O fosso entre países ricos e pobres continua a aumentar.
Os direitos humanos são negados quando os excedentes de
alguns surgem, em parte por causa da privação contínua de
outros. Esta crescente desigualdade existe nas nossas
próprias comunidades e em todas as nossas nações. Existem,
no entanto, comunidades e nações que são muito mais
desfavorecidas por causa dessa desigualdade. Os nossos
esforços passados para aliviar estas condições falharam.
Muitas vezes, esses esforços têm sido limitados pela nossa
própria falta de vontade para agir ou frustrados por interesses
privados e pelos governos a esforçarem-se para proteger os
ricos e os poderosos.
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O debate está a crescer sobre o porquê de o Produto
Interno Bruto (PIB), como medida de sucesso económico,
não está a representar o bem-estar nacional, mesmo quando
os dois estão cada vez mais interligado. O desenvolvimento
económico é fortemente dependente do investimento no
desenvolvimento da capacidade humana. Para os defensores,
a mudança deve passar simplesmente por medir a produção
económica e medir o bem-estar das pessoas. Tal mudança
move-se na direcção de um futuro mais justo, sustentável
(Centro de Estudos de Parceria, “O Estado da Sociedade:
Medir o sucesso económico e Bem-Estar Humano”, 2010).
ParaPara eliminar as desigualdades no controlo e
distribuição dos bens comuns da humanidade, somos
chamados a participar na procura de estruturas e relações
económicas internacionais mais justas e equitativas.
Pretendemos uma sociedade que garanta a todas as pessoas
e nações a oportunidade de alcançar o seu potencial máximo.
Trabalhando para esse fim, acreditamos que estes
passos são necessários:
• Sistemas económicos e estruturadosOs sistemas
económicos devem ser concebidos, desenvolvidos e
estruturados para lidarem com as necessidades dos povos do
mundo e com a procura crescente dos recursos naturais
limitados. Tais sistemas devem considerar os efeitos das
mudanças climáticas no nosso sistema ecológico e a sua
capacidade de responder à crescente procura de
desenvolvimento.
• Devem ser implementadas medidas para libertar os
povos e as nações da dependência de acordos financeiros que
os colocam num cativeiro económico. A este respeito,
devemos apoiar a criação de um Conselho Económico
Global. Este conselho foi uma das recomendações da
Comissão de Peritos do Presidente da Assembleia Geral das
Nações Unidas sobre as reformas do sistema monetário e
financeiro internacional. Tal conselho, quando criado,
tornar-se-ia o principal fórum no âmbito das Nações Unidas
para a definição da agenda de política económica e
financeira mundial.
• Devem ser desenvolvidas políticas e práticas que
estabeleçam preços justos e evitem flutuações prejudiciais
nos preços para a troca de bens e matérias-primase matériasprimas raras. As políticas devem ser desenvolvidas e
apoiadas para impedir a manipulação e comercialização de
bens e matérias-primas raras para usos ilegais, incluindo o
financiamento de guerras e conflitos, exemplificado pelos
designados “minerais de conflito.”
• O mundo industrializado, seja através dos G8 ou
dos G20, não deve dominar as agências de desenvolvimento
e instituições financeiras internacionais. O controlo de
instalações monetárias internacionais deve ser mais
equitativamente partilhado por todas as nações, incluindo os
mais necessitados e menos poderosos. Apoiamos os esforços
para tornar as instituições Bretton Woods, nomeadamente o
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Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial e outras
instituições financeiras internacionais mais representativas,
transparentes e democráticas, inclusive sendo responsáveis
no âmbito das Nações Unidas.
• Os acordos que afirmam que o princípio do
património comum dos recursos do leito do mar, o espaço, no
subsolo exterior e aqueles fora da jurisdição nacional é o
património da humanidade devem ser aceites por todas as
nações.
• Deve encorajar-se a realização de programas de
apoio multilaterais, em vez de bilaterais, para organismos
seculares e religiosos. Devemser responder ao crescente
desejo do “mundo em desenvolvimento” de se tornar autosuficiente e sustentável.
• As nações que possuem menos poder militar e
económico do que outras devem ser protegidas através de
acordos internacionais de perda de controlo dos seus
próprios recursos e meios de produção, quer para empresas
transnacionais quer para outros governos.
Estas políticas internacionais não vão reduzir o fosso
entre ricos e pobres dentro dos países a menos que os pobres
impotentespobres privados dos seus direitos estejam
habilitados para assumir o controlo dos seus próprios destinos
políticos e económicos. Apoiamos organizações populares que
permitam a descoberta de áreas locais de exploração e
desenvolvimento de métodos para aliviar esses problemas.
A turbulência política e económica em muitos países
em desenvolvimento tem sido promovida e explorada por
outras potências como uma desculpa para intervir por meio
de actividades subversivas ou força militar em prol dos seus
próprios interesses nacionais. Condenamos esta versão do
imperialismo, que muitas vezes passa como
responsabilidade internacional.
Apoiamos os esforços da Nações Unidas ONU para
desenvolver o direito internacional para governar o mar,
especialmente através do Direito do Mar e garantir que os
recursos comuns do mundo serão utilizados de forma
cooperativa e equitativa para o bem-estar da humanidade.
Apelamos às comissões e organismos apropriados da
Igreja Metodista Unida para continuarem e expandir os
esforços trazerpara trazer a paz e justiça em acção
cooperativaacção cooperativa e multilateral entre os povos e
governos de todos os países.
V. Investigação da Paz, Educação e Acção
“Ah! se tu conhecesses, ao menos neste dia, o que te
poderia trazer a paz! Mas agora isso está encoberto aos teus
olhos” (Lucas 19:42 ESV).
A Conferência Geral de 1960 estabeleceu o estudo de
referência “A fé cristã e Guerra na Idade Nuclear.” Este
estudo disse: “A Igreja Cristã e o indivíduo devem aceitar a
responsabilidade para a criação de um clima de opinião em
que podem ocorrer mudanças criativas.” Chamou a estas
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alternativas criativas o “nosso campo missionário enquanto
vivemos como discípulos do Príncipe da Paz”.
Num Um estudo mais recente, “Procurar protecção”
elaborado pelo Grupo de Trabalho do Conselho dos Bispos
sobre a Segurança e Protecção, afirmou: “O medo faz com
que acumulemos armas e utilizemos muitos dos nossos
recursos para o objectivo de dissuadir o nosso suposto
inimigo. Paradoxalmente, é a tentação especial dos fortes e
ricos para exagerar desta maneira. Isto bloqueia recursos que
poderiam ser utilizados com muito mais criatividade para o
desenvolvimento e justiça social em todo o mundo.”
Viver da paz prospera num clima de compreensão
mútua, tolerância e reconhecimento da dignidade inerente e
auto-realização de cada ser humano, na verdade, de cada
filho de Deus. A paz, segurança e direitos humanos ajudam
a concretizar o desenvolvimento sustentável e a justiça social
no mundo.
Para que a verdadeira paz e segurança se enraíze na
vida das pessoas e nas relações das nações, Nósnós
apelamos à Igreja Metodista Unida, especialmente aqueles
emenvolvidos na aprendizagem informal e formal do ensino
primário ao ensino superior, à luz dos seus ensinamentos
históricos e do seu compromisso para com a paz, direitos
humanos e auto-desenvolvimento dos povos, para:
1. Procurarem o desenvolvimento de instituições
educacionais dedicadas ao estudo da paz, direitos e
desenvolvimento de programas e currículos dedicados ao
estudo da pazà aprendizagem e vivência da paz e dos direitos
humanos;
2. Desenvolverem alternativas para as vocações que
trabalhem contra para a paz e apoiem indivíduos no seu
caminho;
3. Explorarem e aplicarem formas de resolver as
diferenças nacionais e internacionais que afirmam a
realização humana e tolerância em vez de exploração e
violência;
4. Afirmarem e empregarem métodos que construam
confiança e segurança entre os povos e países, incluindo a
formação para a compreensão multicultural e valorização
das diferenças, rejeitando toda a promoção do ódio e da
desconfiança;
5. Continuarem a desenvolver e a implementar a busca
da paz por meio de experiências educacionais, incluindo a
imersão e programas de intercâmbio educacional, aulas da
escola da igreja, as escolas da missão cristã, e outras
configurações em toda a igreja;
6. Encorajarem as igrejas locais e membros a
tomarem medidas que promovam a paz e para agirem em
conjunto com outros povos e grupos de boa vontade para a
realização de um verdadeiro mundo justo e pacífico e
7. Desenvolverem estudos e materiais de acção que
incorporem a compreensão e a prática de acções de paz que
DCA Edição Avançada
mantêm a paz através do direito e da ordem, acções de paz
que servem para a paz nas relações pessoais, institucionais e
sociais e infra-estruturas de construção da paz e que
promovam valores que protejam a paz e façam justiça.
A paz é a vocação dos discípulos de Cristo. Para a cura
das nações, devemos viver a paz nas nossas vidas e nas
nossas comunidades.
Adoptado 1984
Alterado e readoptado 2000
Alterado e readoptado 2008
Resolução n.º 338, 2004 Livro de Resoluções
Resolução n.º 318, 2000 Livro de Resoluções
Consultar Princípios Sociais, parágrafos 165B e C.
Fundamentação da petição:
A Bíblia faz da justiça a companheira inseparável da
paz, porque ambas apontam para relações sustentáveis e
justa na sociedade humana, para a vitalidade das nossas
conexões com a terra, o bem-estar e integridade da criação.
Quando a justiça e a paz faltam ou são colocadas em
oposição, precisamos de reformar os nossos caminhos.
R6117.
Número da petição: 20866-CA-R6117-G; Lewis, Dan,Pasadena, CA, EUA pela Conferência Anual da CalifórniaPacífico.
Dizer não às armas nucleares
Alterar e readoptar a actual resolução 6117 da seguinte
forma:
Em 1986, o Conselho dos Bispos Metodistas Unidos,
depois de quase dois anos do estudo orante e penitente,
adoptou uma carta pastoral e documento fundamental
intitulado Na Defesa da Criação: A Crise Nuclear e uma Paz
Justa.1
A declaração dos bispos foi profundamente enraizada
na fé bíblica. Escreveram:
No coração do Velho Testamento está o testemunho da
shalom, essa palavra Hebraica maravilhosa que significa paz.
Mas a paz, que é shalom, não é negativa ou de uma dimensão.
É muito mais do que a ausência da guerra. Shalom é paz
positiva: harmonia, plenitude, saúde e bem estar em todos os
relacionamentos humanos. É o estado natural da humanidade
conforme nascida de Deus. É harmonia entre a humanidade e
toda a criação boa de Deus. Toda a criação está
interrelacionada. Cada criatura, cada elemento, cada força da
natureza participa no todo da criação. Se a qualquer pessoa for
negada a shalom, todos estão diminuídos desse modo. . . .2 A
fé do Novo Testamento pressupõe uma ruptura radical entre as
loucuras ou o chamado senso comum, sobre o poder e a
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segurança, por um lado, e na sabedoria transcendente da
shalom, por outro. Em última análise, a fé do Novo Testamento
é uma mensagem de esperança sobre o plano de Deus e a
finalidade do destino humano. É uma visão redentora que
recusa remexer na desgraça.3
Baseado nesta fé, os
Os bispos, na sua carta pastoral, declararam
inequivocamente que “nós dizemos um claro e incondicional
Não à guerra nuclear e a qualquer uso de armas nucleares.
Concluímos que a dissuasão nuclear é uma posição que não
pode receber a bênção da igreja.”4 , , , ,
A implicação é clara. Se as armas nucleares não puderem
ser usadas legitimamente, quer para dissuasão ou combate,
nenhuma nação deve possui-las. Em conformidade, no
documento fundamental os bispos referiram:
Apoiamos a negociação o mais cedo possível da
redução faseada, mas rápida, dos arsenais nucleares,
enquanto apelamos a todos os restantes estados com armas
nucleares para concordarem em paralelo uma redução de
armas, para o objectivo de um eventual desmantelamento
mútuo e verificável de todos os armamentos nucleares.5”
Continuando este chamamento e expandindo o seu
significado na sua carta pastoral de 2010,Criação Renovada
de Deus: Apelo à Esperança e à Acção,2 o Conselho dos
Bispos lembra-nos que, embora a criação de Deus esteja em
crise e apanhada em ameaças interligadas à vida e à
esperança, Deus chama-nos e prepara-nos para responder.
Em 1988, a Conferência Geral Metodista Unida afirmou
e apoiou as declarações do Conselho dos Bispos contidos na
Defesa da Criação.6 Quatro anos mais tarde, numa resolução
intitulada “Desarmamento Nuclear: A Opção Zero”, a
Conferência Geral de 1992 declarou que “agora é o momento
de exercer a opção zero: para eliminar todas as armas nucleares
por todo o globo”,7 e a conferência proporcionou uma série de
acções concretas para atingir este objectivo.
O nosso compromisso Reafirmamos a decisão de que
as armas nucleares, quer por utilização quer por ameaça, são
um mal grosseiro e moralmente errado. Como um
instrumento de destruição maciça, as armas nucleares
chacinam os inocentes e devastam o meio ambiente. Quando
usadas como instrumentos de dissuasão, as armas nucleares
mantêm pessoas inocentes reféns dos propósitos políticos e
militares. Portanto, e assim a doutrina da dissuasão nuclear é
moralmente corrupta e espiritualmente pobre.
Regozijamo-nos na ratificação e assinatura do Tratado
START no fim de 2010, enquanto deplorámos as
recomendações políticas que se movem em sentido contrário.
Em contraste ao objectivo de desarmamento nuclear total,
a política do governo dos Estados Unidos moveu-se em sentido
contrário em anos recentes. Uma série de documentos
políticos—”Nuclear Posture Review” (Janeiro de 2002),
“National Security Strategy” (Setembro de 2002), “National
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Security Presidential Directive 17” (Setembro de 2002), e o
“National Strategy to Combat Weapons of Mass Destruction”
(Dezembro de 2002)—apelavam Apelam para o
desenvolvimento de novas armas nucleares, preparação para a
renovação dos testas nucleares, alvejar estados não-nucleares
com armas nucleares, e usar armas nucleares em resposta às
armas biológicas e químicas, . As declarações políticas
afirmaram afirmam o direito de tomar acções unilaterais,
preventivas, incluindo o uso de armas nucleares, contra
ameaças emergentes por estados e grupos terroristas antes que
estejam inteiramente formadas. Estas políticas enfraquecem a
intenção do Tratado de Não-Proliferação Nuclear e aumentam
o risco de que as armas nucleares sejam realmente usadas. Nós
deploramos estas políticas perigosas e retrógradas.
Consequentemente, nós reafirmamos o objectivo da
abolição total de todas as armas nucleares em toda a Terra e
no espaço.
Acções
Recomendadas
Porque
rejeitamos
inequivocamente o uso ou a ameaça com armas nucleares,
nós apelamos a todos os possuidores de armas nucleares a
realizarem as seguintes acções o mais cedo possível:
1. renunciarem incondicionalmente ao uso de armas
nucleares para dissuasão e propósitos de combate;
2. comprometerem-se a nunca usar armas nucleares
contra qualquer adversário em qualquer circunstância;
3. colocarem imediatamente todas as armas nucleares
fora de alerta separando as ogivas dos veículos de
lançamento e por outros meios;
42.integrarem um programa para desmontar
sistematicamente o mais cedo possível todas as ogivas e
veículos de lançamento nucleares com a protecção e
verificação adequadas, realizadas sob tratados multilaterais e
com iniciativas nacionais recíprocas;
53. ratificarem e implementarem o Comprehensive Test
Ban Treaty (tratado de abolição completa de testes nucleares);
64. cessarem toda a pesquisa, desenvolvimento, testes,
produção, e distribuição de armas nucleares novas e
conterem a modernização do arsenal nuclear existente;
75. pararem todos os esforços para desenvolver e
instalar sistemas de defesa anti-mísseis estratégicos porque
são ilusórios, desnecessários, e um desperdício de recursos;
86. respeitarem as exigências das zonas livres de armas
nucleares onde existirem;
97. participarem num processo multilateral para
desenvolver, adoptar, e levar a cabo uma convenção das
armas nucleares que proíba e abula todas as armas nucleares
sob o controle internacional estrito e eficaz; e
108. desenvolvam e executem um sistema para controle
de todo o material físsil com contabilidade, monitorização, e
protecção internacionais.
Apelamos a todas as nações que não possuem armas
nucleares:
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1. cessarem todos os esforços para desenvolver estes
instrumentos de destruição massiva e dos seus sistemas de
lançamento;
2. ratificarem e realizarem as provisões do
Comprehensive Test Ban Treaty;
3. aderirem a todas as provisões do tratado de NãoProliferação; e
4. respeitarem as exigências das zonas livres de armas
nucleares e estenderem esta abordagem a outros nações e
continentes.
Implementação Promover a realização das metas e
objectivos especificados nesta resolução:
1. Nós pedimos que o Conselho dos Bispos transmita
uma cópia desta resolução aos chefes de estado de todas as
nações possuidoras de armas nucleares.
2. Nós pedimos que a Junta Geral da Igreja e Sociedade
publicite a resolução junto dos dirigentes governamentais
apropriados, os legisladores, os meios de comunicação
social e o público em geral.
3. Apelamos ao Conselho dos Bispos, e à Junta Geral da
Igreja e Sociedade e a todos os pastores para assumirem a
liderança continuada, orientação, e material educacional de
advocacia às congregações e conferências Metodistas Unidas a
fim de as ajudar a compreender e a trabalhar para advogarem
em direcção da meta e objectivos de abolição nuclear.
4. Nós pedimos que a Junta Geral de Igreja, e
Sociedade prepare um “boletim” anual para ser incluído com
os materiais do Peace With Justice Sunday com relação a: a)
países que possuem armas nucleares e a sua conformidade
com as acções recomendadas nesta resolução, e b) países que
não possuem armas nucleares e a sua conformidade com as
acções recomendadas nesta resolução.
Conclusão
FUNDAMENTAÇÃO Nós acreditamos fervorosamente que estas Estas recomendações melhorarão
grandemente a segurança global eliminando a possibilidade de
guerra nuclear. Para além disso, os recursos do talento, da
capacidade de produção, e do dinheiro humano libertado,
podem tornar-se disponíveis para tratar dos problemas
humanos urgentes em torno do globo. A abolição nuclear
fornece a grande esperança para a paz e a prosperidade globais.
ADOPTADO EM 1996, ALTERADO E READOPTADO
EM 2000, ALTERADO E READOPTADO EM 2004
Consultar os Princípios Sociais, ¶ 164C.
1. Em defesa da criação: A Crise Nuclear e a Paz Justa,
Conselho dos Bispos Metodistas Unidos (Nashville: Graded Press
em 1986).
2. Ibid., página 24. God’s Renewed Creation: Call to Hope
and Action, Conselho dos Bispos Metodistas Unidos, Abington
Press em 2009 e 2010
3. Ibid., página 28.
4. Ibid., página 92.
5. Ibid., página 76
DCA Edição Avançada
6. Livro de Resoluções da Igreja Metodista Unida em 1988,
página 503.
7. Ibid., página 601.
Do Livro de Resoluções da Igreja Metodista Unida 2004.
Direitos de autor © 2004 pela Casa Publicadora Metodista Unida.
Utilizado mediante autorização.
R6122.
Número da petição: 20227-CA-R6122-G; Kemper,
Thomas,- Nova Iorque, NI, EUA, pela Junta Geral dos
Ministérios Globais.
Proibição da Venda e Transferências de Armas
Alterar a resolução 6122, da seguinte forma:
6122. Proibição da Venda de Armas e de Transferências
de Armas para Países Estrangeiros
para fins de Guerra
CONSIDERANDO QUE, os cinco membros
permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas
(Estados Unidos, Rússia, Reino Unido, França & China) são
responsáveis por 85% do total de vendas de armas no mundo
(consultar Instituto Internacional de Pesquisa da Paz de
Estocolmo www.sipri.org); e
CONSIDERANDO QUE, os Estados Unidos vendem
mais armamento do que qualquer outro país no mundo (22,6
mil milhões de dólares (39,3% de todos os acordos de venda
de armas) de um total mundial de 57,5 mil milhões de dólares
em 2009 – consultar Transferências de Armas Convencionais
para Nações em Desenvolvimento, 2002-2009 (Serviço de
Pesquisa do Congresso, 10 de Setembro de 2010)(18,6 mil
milhões de dólares em vendas em 2000, de 36,9 mil milhões
de dólares em todo o mundo - Frida Berrigan Instituto de
Política Mundial, 21 de Agosto de 2001); e
CONSIDERANDO QUE, estas armas são
frequentemente usadas em conflitos que afectam
profundamente os civis – sobretudo mulheres e crianças,
especialmente em nações empobrecidas e em
desenvolvimento que nós não apoiamos e foram mesmo
utilizadas contra as nossas próprias tropas em combate; e
CCONSIDERANDO QUE, as proibições contra a
revenda de tais armas têm provado serem ineficazes no
mercado mundial; e
CONSIDERANDO QUE, o comércio mundial de
armas retira recursos preciosos que vão de encontro às
necessidades das pessoas e redirecciona-os para armas
mortais o Presidente Jimmy Carter afirmou, “nós não
podemos ter ambas as coisas. Nós não podemos ser ao
mesmo tempo os líderes do mundo na paz e o líderes no
fornecimento mundial de armas”; e
CONSIDERANDO, os princípios sociais da Igreja
Metodista Unida esta afirma que “... a militarização da
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Igreja e Sociedade Comitê A
sociedade deve ser questionada e parada; a fabricação, venda
e distribuição de armamento devem ser reduzidas e
controladas; e que a produção, posse ou utilização de armas
nucleares seja condenada. Consequentemente, apoiamos o
desarmamento geral e completo sob um controlo
internacional rigoroso e eficaz.;” (¶ 165C de O Livro de
Disciplina, 2008 2000); e
CONSIDERANDO QUE, os profetas Isaías e Micael
apelam às Nações para que “transformem as suas espadas
em arados” (Isaías 2:4 & Micael 4:3); e
CONSIDERANDO QUE, Jesus ensinou-nos que
“abençoados são os pacificadores,” e estimem toda a vida
humana;
Seja, portanto, agora, deliberado que A Igreja
Metodista Unida apoia a rigorosa proibição da venda de
armas para fins de guerra para países estrangeiros a rigorosa
proibição global das vendas e transferências de armas para
países estrangeiros, e apela a todos os governos que apoiem
um Tratado de Comércio de Armas das Nações Unidas, forte
e abrangente como um passo importante para a
monitorização e redução do fluxo internacional de armas.
ADOPTADA EM 2004
RESOLUÇÃO Nº. 341, 2004 O Livro de Resoluções
Consultar os Princípios Sociais, ¶ 165B e C.
R9999.
Número da Petição: 20013-CA-R9999; Lawson, P. René, Lake Dallas, TX, EUA.
Apoio para o Clero do Exército dos EUA
CONSIDERANDO
que
os
membros
da
Reserva/Guarda Nacional estão protegidos de perder o
seu emprego se chamados a cumprir o seu dever, nos
termos da Lei dos Direitos do Trabalho e do Reemprego
dos Serviços Uniformizados (LDTRSU), Capítulo 43 do
Título 38, do Código dos Estados Unidos, aprovada pelo
Congresso dos Estados Unidos em Outubro 1994; e
CONSIDERANDO que esta lei estabelece, em parte,
que os empregadores são obrigados a reempregar, sem
perda de antiguidade, membros do serviço militar que
foram chamados a cumpriro seu dever; e,
CONSIDERANDO que os membros clericais dentro da
Igreja Metodista Unida podem servir no duplo papel de
ministros das paróquias locais e de capelães da
Reserva/Guarda Nacional no exército dos Estados Unidos; e,
CONSIDERANDO que pode haver ocasiões em que
os capelães de reserva são chamados a servir o seu país,
voluntária ou involuntariamente, por longos períodos de
tempo; e,
CONSIDERANDO que, a Resolução 5061 de O
Livro de Resoluções da Igreja Metodista Unida de 2008
afirma, em parte, “A Igreja Metodista Unida. . . honra e
239
apoia os clérigos Metodistas Unidos que sirvam como
capelães; e
CONSIDERANDO que os membros clericais,
considerados profissionais independentes e isentos da Lei
dos Direitos do Trabalho e do Reemprego dos Serviços
Uniformizados (LDTRSU), que servem a comunidade da
Reserva/Guarda Nacional, podem sentir-se em risco de
perda de emprego ou de redução da situação de emprego; e,
CONSIDERANDO que a Conferência Anual do
Norte do Texas 2007 da Igreja Metodista Unida,
reconhecendo a necessidade de resolver esta situação,
apoiou, por votação unânime, a resolução intitulada
“Resolução de Apoio ao Espírito da Lei dos Direitos do
Trabalho e do Reemprego dos Serviços Uniformizados
(LDTRSU), para os membros do clero que servem nas
comunidades de Reservas e da Guarda do Exército dos
Estados Unidos”, na Acção Legislativa 25;
Seja, portanto, decidido, que a Igreja Metodista
Unida respeita o espírito e a intenção implícita na Lei dos
Direitos do Trabalho e do Reemprego dos Serviços
Uniformizados, para os membros do seu clero;
Seja também decidido, aceitar o espírito e a intenção
implícita na Lei dos Direitos do Trabalho e do
Reemprego dos Serviços Uniformizados, em que a igreja
dará aos seus membros do clero da Reserva/Guarda
Nacional a mesma consideração disponibilizada aos
funcionários civis,
Seja ainda decidido, que essa postura demonstrará
que a igreja está ansiosa e disposta a apoiar não só os
seus capelães da Reserva/Guarda Nacional, mas também
o ministério de extensão disponibilizado a todos os
membros das forças militares.
R9999.
Número da petição: 20051-CA-R9999; Olson, Harriett
Jane,- Nova Iorque, NY, EUA para a Junta Geral dos
Ministérios Globais - Divisão de Mulheres.
Procurando a paz no Afeganistão
Não por força nem por violência, mas sim pelo meu
Espírito, diz o Senhor dos Exércitos.
—Zacarias 4:6
O envolvimento militar norte-americano no
Afeganistão representa actualmente a guerra mais longa dos
EUA em toda a história. O envolvimento das forças da
OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte, NATO
em inglês) constitui a maior operação militar de sempre fora
da Europa. Para os afegãos, esta guerra envolvendo mais de
100.000 tropas militares estrangeiras, é simplesmente a
maior numa longa história de estrangeiros procurando
impor-se pela força militar no Afeganistão.
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Enquanto generais e funcionários do governo todos
reconhecem que não há “uma solução militar” no
Afeganistão, continuam no entanto a depositar as suas
maiores esperanças nas armas. E no entanto os salmos
recordam-nos: “O cavalo de guerra é vã esperança para a
vitória; não pode livrar ninguém pela sua grande força.”
(Salmo 33:17).
Tragicamente, a situação no terreno piorou. O número de
tropas estrangeiras dos EUA/OTAN no Afeganistão triplicou
desde 2008,1 assim como triplicou também o número de
dispositivos
explosivos
improvisados
(DEI).
Consequentemente,
as
baixas
civis
escalaram
substancialmente, muitas delas nunca comunicadas. A maioria
do público nos EUA e os países membros da OTAN opõem-se
a continuar no palco de guerra e com o envolvimento de tropas.
A maior parte dos afegãos querem um fim para as décadas de
guerra e que tropas estrangeiras partam.
Desde 2006 que o aumento constante de tropas
despoletou o descontentamento popular contra as tropas
estrangeiras e contra os funcionários corruptos do governo
afegão que as apoiam. Mais tropas—estrangeiras como
afegãs—aumentaram o número de ataques violentos pelas
tropas insurgentes e pelas forças da coligação e devotaram
recursos preciosos para armas em vez de para cuidados de
saúde, educação e desenvolvimento da comunidade.
A guerra chegou também ao Paquistão. Grupos
insurgentes armados operam de ambos os lado da fronteira
afegã-paquistanesa e os Estados Unidos aumentaram os
ataques com veículos autónomos programáveis (os
chamados “drones”) não pilotados nas aldeias mais remotas
do Paquistão. Muito pouco esforço é feito relativamente às
baixas civis nestes ataques e alguns dos bombardeamentos
têm por base informações erróneas dos serviços secretos.
Esses bombardeamentos remotos—sobretudo em zonas não
de combate—criam um enorme ressentimento entre as
famílias e comunidades atingidas, tornando-as uma presa de
recrutamento fácil para os grupos armados. Estes ataques em
zonas não de combate são semelhantes aos assassinatos
deliberados ou execuções extrajudiciais, manifestamente
proibidas pela lei internacional e severamente criticadas pelo
Relator Especial das Nações Unidas a falando a propósito de
execuções extra-judiciais e inúmeros defensores dos direitos
humanos. Colocam precedentes perturbadores para os
governos poderem tomar a lei nas suas próprias mãos.
Durante mais de trinta (30) anos, governos e grupos
armados injectaram biliões de dólares em armas para o
Afeganistão com amargas consequências para o povo. A
contínua militarização da sociedade afegã há muito que se
distanciou do trabalho diplomático e de desenvolvimento
num país profundamente empobrecido e destruído pela
guerra. Os Metodistas Unidos expressaram há muito a sua
preocupação para os que mais sofrem com a guerramulheres e crianças. Na realidade, o Afeganistão tem uma
das taxas de mortalidade infantil2 e materno-infantil3 mais
altas do mundo e a esperança de vida anda nos 40 anos de
idade. Enquanto que todos os anos os Estados Unidos e
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DCA Edição Avançada
outros governos gastam mais de 100 mil milhões de dólares
em armas e soldados,4 uma em cada quatro crianças afegãs
não chegará aos cinco anos de idade.5 Por contraste, há mais
de 45 anos que os Metodistas Unidos e outras organizações
humanitárias, associando-se aos afegãos locais, têm apoiado
a prestação de cuidados de saúde e desenvolvimento da
comunidade no Afeganistão.
Os Princípios Sociais Metodistas Unidos reconhecem
que “os conflitos e a guerra empobrecem a população por
todos os lados e uma maneira importante de apoiar os mais
desfavorecidos será trabalhar a favor de soluções pacíficas”
(¶163E). Os Metodistas Unidos reconhecem ainda que as
mulheres há muito tomaram as rédeas no apelo e no trabalho
pela paz. Em Outubro de 2001, a direcção da Divisão de
Mulheres adoptou uma resolução que pedia às Mulheres
Metodistas Unidas para: “Pressionassem o presidente para
usar meios diplomáticos, a fim de trazer à justiça os
responsáveis por actos de terrorismo e que terminassem os
bombardeamentos no Afeganistão.”
Recordamos as palavras da representante norteamericana Barbara Lee (Califórnia), em Setembro de 2001,
que foi a única voz na administração norte-americana na
altura a questionar a acção militar contra o Afeganistão. A
Congressista Lee avisou num discurso na Câmara dos
Representantes em 14 de Setembro de 2001: “Se nos
apressarmos em lançar um contra-ataque, corremos um risco
demasiado grande que mulheres, crianças e outros civis
sejam apanhados no fogo cruzado. … [D]evemos ser
cautelosos e não embarcar numa guerra infindável, sem uma
estratégia de saída nem um alvo determinado.
Não
podemos repetir os erros do passado.”
Confessamos que anos de guerra e de injecção de armas
no Afeganistão, juntamente com anos de silêncio por
demasiados de nós nas igrejas, não tem servido os interesses
das pessoas—no Afeganistão ou aqui—; pelo contrário, tem
prolongado um ciclo de militarismo, violência e sofrimento.
Actualmente os Estados Unidos sendo 5% da população
mundial dedicam quase os mesmos recursos em despesas
militares do que os outros 95% do mundo todo junto.6 Há
quarenta e cinco anos atrás, o Rev. Dr. Martin Luther King Jr.
avisou que: “Uma nação que continua, ano após anos, a gastar
mais dinheiro em defesa militar do que em programas de
desenvolvimento social está à beira da morte espiritual”
(discurso “Beyond Vietnam”, no dia 4 de Abril de 1967).
Somos perseguidos pelo lamento o profeta Habacuque:
“... esses cujo próprio poder é o seu deus!” (Habacuque 1:11).
Oxalá encontremos a coragem de nos unirmos aos afegãos e
seus vizinhos paquistaneses e em conjunto tentarmos
transformar o excesso de espadas dos nossos dias em arados.
Em Novembro de 2009, 79 bispos Metodistas Unidos
subscreveram uma carta aberta ao presidente norteamericano, pedindo-lhe que desistisse da escalada militar
“para definir um plano de retirada de todas as forças da
coligação até finais de 2010.” É nossa convicção desde há
muito que “a guerra é incompatível com os ensinamentos e
o exemplo de Cristo” e o nosso apelo ao discipulado como
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Igreja e Sociedade Comitê A
instrumento da paz levaram-nos a declarar nos nossos
Princípios Sociais: “Opomo-nos a acções e estratégias de
ataques unilaterais primeiras e preventivas por parte de
qualquer governo” (O Livro de Disciplina da Igreja
Metodista Unida, 2008, ¶165C).
Agora, na guerra ininterrupta no Afeganistão, devemos
igualmente pôr em causa todos os argumentos preferenciais
para prolongar a guerra e a militarização da sociedade. O
argumento de que mais de 100 mil milhões de dólares teriam
de ser gastos anualmente para travar a guerra, na esperança
de “negar um paraíso futuro seguro para os terroristas”,
quando alguns desses fundos, se fossem gastos em cumprir
os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio em cuidados
de saúde, salvariam dezenas de milhares de vidas em todo o
globo, não é moral, nem sustentável nem realista.
Propomos os seguintes pontos para reflexão e acção, na
nossa procura de vivermos a nossa vocação Cristã como
fazedores da paz:
1. Insistir na imediata e total retirada das forças dos
EUA/OTAN, como passo necessário para a desmilitarização
da região e promover conversações entre todos os
envolvidos, lideradas por afegãos. Insistir num imediato
cessar-fogo unilateral, um fim para os raids nocturnos e um
fim para os bombeamentos, como passos iniciais de um
espírito de confiança no sentido da desmilitarização e
reconciliação. Apoiamos paz que inclua mulheres afegãs em
todas as negociações de maneira substantiva.
2. Apelamos ao fim imediato de ataques com veículos
autónomos programáveis (os chamados “drones”) não
pilotados no Afeganistão e no Paquistão, os quais
aumentaram exponencialmente desde 2008. Apoiamos
investigações totais e independentes acerca desses
bombardeamentos responsáveis pela morte de civis.
3. Fim de militarização no Afeganistão. A maior parte
da ajuda dos EUA no Afeganistão vai agora para treino,
equipamento e financiamento do Exército Nacional Afegão, a
Polícia Nacional Afegã, e agentes de segurança privados. A
ajuda externa tem ajudado a treinar várias centenas de milhares
de homens afegãos como soldados e políticas, financiando ao
mesmo tempo o treino de 2.500 parteiras afegãs.7 Isto não é
justo nem sustentável a curto e a longo prazo. A segurança
humana e a instalabilidade duradoiras no Afeganistão virá
pelas mãos da diplomacia, educação e saúde, e não mais pelas
armas, mais polícia e mais soldados. Insistimos no final de
todos os envios de armas de todas as origens.
4. Desviando recursos da despesa e treino militares
para a saúde e a educação, onde trabalham muito mais
mulheres, é uma melhores maneiras de apoiar e atribuir
poderes à liderança feminina afegã. Reconhecemos e damos
o nosso apoio às maneiras criativas como as mulheres afegãs
se estão a organizar e a trabalhar nas suas comunidades
apesar da guerra e das hostilidades.
5. A guerra no Afeganistão custa mais de 100 mil
milhões de dólares todos os anos. Custa 1 milhão de dólares
por ano cada soldado norte-americano a prestar serviço no
Afeganistão.8 Estes fundos estão a superar os arados, salas de
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aula e hospitais por armas. Professores, bombeiros e outros
funcionários públicos estão a defrontar-se com despedimentos,
em parte porque o governo dos EUA continua a redireccionar
dólares dos impostos das comunidades locais para a guerra
além fronteiras. Cada dólar gasto na guerra do Afeganistão é
retirado a mulheres e crianças e a comunidades nos EUA e em
todo o mundo. A despesa com a guerra põe em risco os civis
afegãos, paquistaneses e dos países natais das forças dos
EUA/OTAN.
6. As despesas militares deveriam ser desviadas para
trabalho humanitário que não tenha rigorosamente nada a
ver com forças militares. O trabalho humanitário deveria ser
apolítico e não estar ligado com qualquer tipo de forças
beligerantes. As organizações não governamentais reportam
que o trabalho com a saúde e a educação em áreas altamente
militarizadas é actualmente muito mais perigoso, tanto para
os afegãos como para os estrangeiros, e muitas zonas do país
não têm já acessos para as equipas de auxílio. Apelamos ao
fim das Equipas de Reconstrução Provincial e uma
separação estrita entre trabalho humanitário e operações
militares, de acordo com a Cruz Vermelha Internacional e o
Código de Conduta do Crescente Vermelho.
7. O apóstolo Paulo recorda-nos: “Não vos enganeis, de
Deus não se zomba, pois tudo o que se semear assim se
ceifará.” (Gálatas 6:7) A corrupção é melhor enfrentada
quando “se repara na trave diante dos nossos olhos”, em vez de
ver o argueiro no olho do nosso irmão (Mateus 7:3). Insistimos
no corte das fontes financeiras para actos de suborno. As
enormes quantias de dinheiro estrangeiro enviadas para o
Afeganistão são largamente desviadas pelos senhores da guerra
e contratantes privados (estrangeiros e afegãos). As forças
norte-americanas acabam por subcontratar senhores da guerra
para garantir uma linha vasta de fornecimento militar. De
acordo com o relatório do congressista John Tierney,
representante do Massachusetts, de Junho de 2010, intitulado
“Warlord, Inc.: Extortion and Corruption Along the U.S.
Suppy Chain in Afghanistan”, 400 milhões de dólares por ano
de fundos da segurança social acabam nas mãos de Talibãs —
mais do que lhes provém da venda de droga. Os contratantes
militares e as grandes empresas da defesa (i.e., Blackwater/Xe
Services LLC, Dyncorp, Halliburton, Lockheed, etc.) contamse entre os actores que menos prestam contas a quem quer que
seja no Afeganistão. Que seja cortado o financiamentos aos
contratantes privados, por mascararem o nível de despesas dos
EUA na guerra e pessoal no Afeganistão, Iraque, e outros
locais.
ACÇÕES
Insistir com todos os Metodistas Unidos no sentido de:
1. Apelar a uma abordagem de “transformar espadas em
arados” na despesa governamental e criar alianças entre a
igreja e os mediadores para a paz com os governos locais, a
fim de pressionar os governos nacionais a redireccionarem
despesas de guerra para necessidades humanitárias.
2. Muitos jovens desempregados estão a ser alvo do
chamamento para o recrutamento. Apoiar a educação para a
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paz, o aconselhamento sobre objecção de consciência
selectiva, assim como outras opções de educação alternativas
para todos os alunos do secundário, com ênfase nas
comunidades mais desfavorecidas.
3. Apoiar os veteranos, as famílias do veteranos, e os
civis afegãos sofrendo de stress pós-traumático (PTSD, do
inglês). Foi comunicado que entre 2009 e 2010 mais
veteranos norte-americanos e soldados no activo morreram
por suicídio do que por morte em combate. Sensibilizar para
a taxa elevada de suicídios, o aumento da violência
doméstica e outros comportamentos detrutivos resultantes de
traumas de guerra. Apoiar o total financiamento de cuidados
de saúde, especialmente saúde mental e trauma
cranioencefálico (TCE) para todos os afectados pela guerra.
4. A chamada guerra ao terror tem sido usada para
justificar a despesa com a guerra e o aumento de medidas
repressivas para sufocar diferenças de opinião e incitar à
discriminação racial do povo árabe e muçulmano em muitos
países (consultar outras resoluções da Conferência Geral:
“Taking Liberties: On the Stifling of Dissent” e “Prejudice
against Muslims”). Apelamos aos Metodistas Unidos para se
juntarem às comunidades que lutam contra a discriminação
e insistir com todos os governos para refrearem o uso de
medidas que aumentem a discriminação racial e a criação de
bodes expiatórios.
5. Apoiar as negociações regionais e a diplomacia em
toda a região da Ásia Sul/Central com todas as partes
fomentando a cooperação. Apoiamos e incentivamos os
nossos parceiros a entender que a liderança das mulheres é
vital nestas negociações; as mulheres devem ter um papel em
todas as negociações de paz e essa participação deve ser real
e não somente um gesto de boa vontade. A Resolução 1325
do Conselho de Segurança das Nações Unidas adoptada no
dia 31 de Outubro de 2000, apela directamente às mulheres
que participem igualmente e em plenitude em todos os níveis
dos processos de paz e das tomadas de decisão, desde a
prevenção e mitigação de conflitos até à recuperação e
transformação pós-conflito. Apela também ao fim da
impunidade contra aqueles que cometem actos de violência
contra as mulheres. Paz duradoira, segurança e reconstrução
no Afeganistão não acontecerão sem a participação directa
de todos na sociedade, incluindo as mulheres, que
representam metade de população.
(1) Elisabeth Bumiller, “Troops in Afghanistan Now
Outnumber Those in Iraq,” New York Times, 25 de maio de 2010,
disponível em: http://atwar.blogs.nytimes.com/2010/05/25/troopsin-afghanistan-now-outnumber-those-in-iraq/. O número total de
tropas da OTAN a partir de Novembro de 2010 é de 130-930 - BBC
News, “Afghan Troop Map: U.S. and NATO Deployments,” 19 de
Novembro de 2010, disponível em: www.bbc.co.uk/news/worldsouth-asia-11795066. O número total de viagens da OTAN em
2009 foi de 55.100 - International Security Assistance Force, North
American Treaty Organization, “ISAF Regional Commands and
PRT Locations,” 12 de janeiro de 2009, disponível em:
www.nato.int/isaf/docu/epub/pdf/placemat_archive/isaf_placemat_
090112.pdf.
DCA Edição Avançada
(2) Departamento de Economia e Assuntos Sociais, Divisão
População, World Population Prospects: The 2006 Revision , New
York: Nações Unidas, 2007, disponível em: www.un.org/
esa/population/publications/wpp2006/WPP2006_Highlights_rev.
pdf, ver tabela A.18.
(3) World Health Organization, Trends in Maternal Mortality:
1990 to 2008, Geneva, Switzerland: WHO, 2010, disponível em:
<http://whqlibdoc.who.int/publications/2010/9789241500265_eng
.pdf>, ver Anexo 1.
(4) Amy Belasco, The Cost of Iraq, Afghanistan, and Other
War on Terror Operations Since 9/11, Washington, DC:
Congressional Research Service, 2011, disponível em:
www.fas.org/sgp/crs/natsec/RL33110.pdf , ver tabela 1, p. 3.
(5) World Population Prospects,ver tabela A.19.
(6) Christopher Hellman e Travis Sharp, “The FY 2009
Pentagon Spending Request,” Center for Arms Control and NonProliferation, 22 de fevereiro de 2008, disponível em: http://arms
controlcenter.org/policy/securityspending/articles/fy09_dod_
request_global.
(7) Abby Sugrue, “Afghan Mothers Delivered into Good Hands,”
USAID Frontlines, janeiro de 2011, disponível em:
www.usaid.gov/press/frontlines/fl_jan11/FL_jan11_AFmothers.html.
(8) Christopher Drew, “High Costs Weigh on Troop Debate for
Afghan War,” New York Times, 14 de novembro de 2009, disponível
em: www.nytimes.com/2009/11/15/us/politics/15cost.html.)
R9999.
Número da petição: 20052-CA-R9999; Olson, Harriett
Jane,- Nova Iorque, NY, EUA para a Junta Geral dos
Ministérios Globais - Divisão de Mulheres.
Cuidando da criação de Deus
O Senhor Deus tomou o homem e colocou-o na jardim
do Éden para cultivá-lo e guardá-lo. (Génesis 2:15) A
mensagem da Bíblia, no entanto, vai para além da simples
governação sábia dos recursos naturais. Apela a que vivamos
com justiça e com compaixão junto dos nossos irmãos e
irmãs, que trabalhemos na defesa da justiça e da paz para
restaurar a relação certa com a terra e, de facto, com toda a
Criação não humana e aliviar o sofrimento dos pobres.
(Marcos 16:15, João 3:17, Romanos 8:18-21).
Vivemos numa era em que as alterações climáticas estão
a causar grande sofrimento humano em muitas partes do
mundo, incluindo, mas não se limitando a, mortes devido a
acontecimentos climáticos extremos, maior carência de
alimentos e de água, deslocação de pessoas, a extinção da
fauna e da flora e de certas culturas tradicionais, e a ameaça da
catástrofe ecológica e graves crises de direitos humanos. Na
verdade, os estudos indicam que 300.000 pessoas morrem
todos os anos devido aos efeitos do aquecimento global e quase
todas elas são “os mais necessitados entre nós”, que não
fizeram praticamente nada para contribuir para o problema.1
À luz da Bíblia e dos nossos Princípios Sociais, a Igreja
Metodista Unida, como pessoas de fé, compromete-se a
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Igreja e Sociedade Comitê A
cumprir o mandato divino e ir colmatar a carência humana
com uma preocupação responsável pela criação com o apoio
das seguintes políticas e acções:
Recomendações gerais da política de actuação
LÍDERES, IGREJAS, ORGANIZAÇÕES, DIVERSAS
ADMINISTRAÇÕES E AG NCIAS, conforme a situação,
defenderão e actuarão de acordo com estas políticas de
actuação criadas para transformar as economias nacionais e
internacionais de modo sustentável e equitativo:
• Codificar as reduções de emissões de gases do
efeito de estufa (greenhouse gas, GHG) suficientes para
reduzir os níveis atmosféricos de GHG para menos de 350
partes por milhão (ppm). Esta é a última evidência científica
do que é necessário para prevenir efeitos perigosos ou
irreversíveis das alterações climáticas.2
• Promover o diálogo internacional e a criação de
estruturas apropriadas para defender os direitos humanos e
procedimentos que defendam os direitos humanos que se
espera surjam à medida que as alterações climáticas
deslocam um grande número de pessoas e, na realidade,
nações inteiras.
• Promover e apoiar os direitos humanos dos povos
indígenas para determinar o melhor uso da sua terra e dos
seus recursos energéticos.
• Promover
o
desenvolvimento
justo
e
economicamente sustentável que combata a pobreza
energética de maneira a reforçar o envolvimento e o controlo
da comunidade, permitindo assim igualdade de acesso aos
recursos energéticos e naturais.
• Promover estratégias que maximizem as
oportunidades económicas para consumidores, trabalhadores
e comunidades de mais baixos rendimentos numa altura em
que as nações tendem a seguir economias de energia verde e
a encorajar maior preservação.
• Defender e sensibilizar as nações mais ricas a
financiar substancialmente muito para além dos
compromissos de auxílio externo existentes, aquelas
nações que são mais afectadas pelas alterações
climáticas. Defender e sensibilizar também para o apoio
provisório às comunidades mais vulneráveis nas nações
mais ricas.
• Defender e sensibilizar para o facto de que em todos
os casos, o planeamento e a implementação de mecanismos a
nível nacional e internacional devem ser transparentes,
democráticos, participativos, inclusivos, equitativos, efectivos
e responsáveis para aqueles mais afectados pelas alterações
climáticas, como sejam as mulheres, os povos indígenas e
outras comunidades marginalizadas.
• Defender e sensibilizar que os Estados Unidos se
tornem parte integrante de um acordo forte, vinculativo e
internacional para as alterações climáticas sob os auspícios
da United Nations Framework Convention in Climate
Change (UNFCCC) (Convenção-Quadro das Nações Unidas
sobre as Alterações Climáticas), para que os EUA sejam
globalmente responsabilizados pela redução das suas
243
próprias emissões de gases de estufa e insistam na
necessidade de adaptações climáticas.
• Nos Estados Unidos, apoiar a capacidade continuada
de a Agência de Protecção Ambiental implementar e fazer
cumprir o “Clean Air Act” (Lei do Ar Limpo) em toda a
autoridade que lhe assiste como um complemento às acções do
congresso sobre alterações climáticas.
ACÇÕES
O Creation Care/Climate Change Task Force (Grupo de
Trabalho do Cuidado da Criação / Alterações Climáticas)
formado pela Conferência Geral de 2008 deve ser elogiado
pelo seu trabalho e vai continuá-lo no próximo quadriénio. O
grupo de trabalho tem por missão expandir a sua associação,
de modo a incluir representantes de todas as juntas
Metodistas Unidas, agências e outros órgãos Metodistas
Unidos, apoiando no seguinte:
• Servir como núcleo de comunicações e
planeamento para os esforços conjuntos de todas as juntas e
agências para reduzir a pegada de carbono da Igreja.
• Elaborar um relatório para a Conferência Geral de
2016, avaliando até que ponto determinadas juntas e
agências reduziram as suas emissões de gases.
• Desenvolver e implementar de modo mais eficaz e
agressivo as políticas de actuação da igreja, os materiais
educativos e estratégias de sensibilização estimulando as
energias renováveis, a eficiência energética, a conservação
energética e responsabilidade corporativa, nomeadamente a
aquisição e práticas de investimento que as incentivem.
Notas de rodapé:
(1) John Vidal, “Global Warming Causes 300,000 Deaths a
Year, says Kofi Anan Thinktank,” The Guardian, 29 de maio de
2009, disponível em: www.guardian.co.uk/environment/
2009/may/29/1.
(2) Esta posição é apoiada pelo World Council of Churches
(minutas da Comissão Executiva de 23-26 de fevereiro de 2010, sobre
a reunião do UNFCCC-COP 15 em Copenhaga); por Church World
Service (2009 e reafirmada em 2010); por vários governos nacionais;
por cientistas como Dr. James Hansen (NASA), in James Hansen et al.,
“Target Atmosphere CO2: Where Should Humanity Aim?” The Open
Atmospheric Science Journal 2 (2008): 217–231; pela Committee on
Stabilization Targets for Atmospheric Greenhouse Gas Concentration
nos seus Climate Stabilization Targets: Emissions, Concentrations,
and Impacts over Decades to Millennia (Washington, DC: National
Academies Press, 2010); e por Johan Rocstrom et al., “Planetary
Boundaries: Exploring the Safe Operating Space for Humanity,”
Ecology & Society 14, nº 2 (2009); e pela World Association of Zoos
and Aquariums (declaração de posição de 2009).
R9999.
Número da petição: 20053-CA-R9999; Olson, Harriett
Jane,- Nova Iorque, NY, EUA para a Junta Geral dos
Ministérios Globais - Divisão de Mulheres.
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Criminalização das Comunidades de Cor nos EUA
Há um aumento do encarceramento em massa nos EUA
com um impacto desproporcionado nas pessoas de cor
devido ao racismo institucionalizado, discriminação racial e
condenação obrigatória. Hoje, as políticas aplicadas à
imigração dos EUA estão a repetir este modelo, aumentando
a detenção em massa de imigrantes de cor.1 A Igreja
Metodista Unida necessita de trabalhar afincadamente para
desmantelar as actuais políticas que retratam grupos inteiros
de pessoas como criminosos e que, em resposta, agem com
discriminação e com encarceramento em massa.
Crise económica e diabolização de comunidades
Globalmente e dentro de cada nação existe um fosso
cada vez maior entre ricos e pobres. Para manter esta
desigualdade de riqueza e de recursos, os governos estão a
seguir cada vez mais as políticas de dividir os trabalhadores e
explorar a mão de obra emigrante como fez o Faraó em xodo
1: “Eia, usemos de sabedoria para com eles, para que não se
multipliquem, e aconteça que, vindo guerra, eles também se
ajuntem com os nossos inimigos, e pelejem contra nós, e
subam da terra” (Êxodo 1:10). Em Génesis, capítulo 47, José
e outros vindos de outras paragens cooperaram com os
egípcios em tempo de fome para poupar recursos. Mas a
fome prolongada significou também que muitos egípcios
perderam o gado e as terras e se tornaram escravos do Faraó
apenas para poderem sobreviver. Hoje, os cidadãos e
migrantes enfrentam exploração idêntica pelos poderosos.
O medo do Faraó não era a presença da mão-de-obra
imigrante mas que os egípcios empobrecidos e esses
trabalhadores se unissem e exigissem igualdade de direitos.
Em nome da segurança nacional, os governos actuais, tal como
o Faraó naquele tempo, usam de políticas assentes no medo
para dividirem e controlarem as populações que possam
desafiar a concentração crescente de riqueza e de recursos nas
mãos de uns poucos. Hoje, isso vem na forma de
encarceramento dos mais pobres e dos mais marginalizados de
uma nação, construindo barricadas para manter os pobres
afastados da hipótese da igualdade de direitos quando
atravessam fronteiras e criando políticas que criminalizem
tanto os cidadãos como os emigrantes de cor. Embora este
fenómeno da criminalização das comunidades de cor não seja
novo, está a expandir-se no contexto da crise económica.
O conceito de criminalização refere-se ao número
crescente de políticas e práticas governamentais baseadas no
medo, com a aplicação de leis punitivas para ofensas na sua
maioria não violentas de modos raciais selectivos sobre
comunidades inteiras. Nas últimas três décadas, a “guerra à
droga” nos EUA gerou um sistema de encarceramento em masse
que afectou desproporcionadamente as comunidades afroamericanas e outras de cor mais desfavorecidas. Os EUA,
constituindo 5% do população mundial, encarceram 25% de
todos os prisioneiros do mundo. Actualmente, em nome da
chamada guerra contra a imigração “ilegal” e guerra ao terror,
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políticas punitivas idênticas estão a ser impostas às comunidades
de emigrantes e está a ser promulgada legislação mimética em
todos os estados. Com efeito, estas políticas convertem
comunidades inteiras de pessoas de cor—cidadãos e
emigrantes—em condenados até provados inocentes. Afroamericanos, árabes, muçulmanos, haitianos e latinos—todas
estas comunidades nos EUA contam-se entre esses grupos
particularmente atingidos.2 Numa altura de cada vez menos
recursos, como a fome nos dia do Faraó, os líderes políticos
podem provocar o medo numa tentativa de “de proteger o que é
nosso”, erguendo barreiras simbólicas e reais que dividem as
pessoas. Esta abordagem baseia-se numa teologia e cosmovisão
de escassez. Por outro lado, a Igreja Metodista Unida afirma: “A
visão de Deus de uma vida abundante é um mundo onde
vivemos uma teologia de “suficiente” para todos.”3
Assistimos também a tentativas de criar fronteiras quando
se fala de direitos humanos. Em vez de direitos universais,
aqueles com condenações por crime nos Estados Unidos
transformam-se em cidadãos de segunda e os emigrantes são
cada vez mais impotentes para exigir os direitos básicos. Um
empurrão nos Estados Unidos para terminar o direito de
nascença dos cidadãos, consagrado na 14ª Emenda da Carta de
Direitos no rescaldo da Guerra Civil, faz parte do esforço
actual para criar uma hierarquia de direitos. Este debate sobre
quem é ou quem não é um cidadão de pleno direito não é novo
nos Estados Unidos. Tem séculos de existência. A exclusão de
povos indígenas e de escravos estava escrita na Constituição
aquando da fundação da nação.
A consolidação da justiça criminal e aplicação dos
sistemas de aplicação da emigração
Uma consolidação da justiça criminal punitiva e cada
vez mais militarizada e dos sistemas de aplicação da
emigração espelha a progressiva criminalização de
comunidades de cidadãos de cor compostas pela mais
recente criminalização de emigrantes. As políticas públicas
reflectem medo e a diabolização do “outro” e os esforços
para responder com castigo em vez de com igualdade de
direitos e justiça reparadora.4
Hoje em dia, os emigrantes estão a ser racialmente
discriminados, criminalizados e encarcerados, frequentemente numa rede que se estende partindo de “centros
de detenção” privados ou de prisões, de maneiras
semelhantes à aplicação selectiva e sistemática há muito
praticada e ao encarceramento tendo por alvo afroamericanos, latinos e povos indígenas.5 A Igreja Metodista
Unida condenou há muito a prática da discriminação pela
polícia devido a raça, idioma, religião ou nacionalidade, o
que de modo desproporcionado canaliza as comunidades de
cor para o sistema de justiça criminal. 6
Estas tendências têm um efeito devastador tanto nos
cidadãos como nos não cidadãos de cor e suas comunidades.
Rusgas dirigidas a comunidades de cor específicas, como os
raids pelo Immigration and Customs Enforcement (ICE)
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Igreja e Sociedade Comitê A
(Serviço de Imigração e Controle de Alfândegas) ou
detenções aleatórias,7 varrem grande número de pessoas sem
causa provável, praticamente sem nenhuma dessas pessoas
ter cometido qualquer crime violento. Assistimos a
encarceramento em massa mediante políticas condenatórias
obrigatórias para ofensas não violentas (como abuso de
drogas, crimes de propriedade) e violações à imigração em
ambas as comunidades. Tanto os cidadãos presidiários como
detidos emigrantes são frequentemente detidos/presos longe
das suas famílias ou de aconselhamento jurídico,
acarretando ainda mais problemas para as famílias. As
famílias estão divididas, com anos dispendidos longe dos
filhos e com potencial perda da sua custódia. O enfoque em
“documentos” cria um impacto quer nos ex-infractores que
perderem muitos direitos de cidadania, quer nos emigrantes
em situação irregular. Em ambos os casos são usados
documentos para restringir o acesso a privilégios, direitos e
recursos do governo, muitas vezes separando as pessoas ao
longo de linhas raciais.
Desafios comuns à justiça criminal e à aplicação dos
sistemas de aplicação da emigração
Empresas privadas de fins lucrativos são com
frequência contratadas pelos governos para encarcerar
cidadãos e manter emigrantes detidos. Em 2010, empresas
privadas nos Estados Unidos operavam em mais de 250
unidades correccionais, albergando quase 99.000
prisioneiros. Detenção e deportação tornaram-se indústrias
de muitos milhões de dólares nos Estados Unidos. Estas
empresas procuram frequentemente influenciar Washington,
D.C. para mais detenções, ainda que não seja a maneira mais
eficaz de usar os dólares dos contribuintes.8 Quando prisões
privadas ganham dinheiro com base no número de presos e
na longevidade das sentenças, transformam-se em lobbies
poderosos para manter e expandir o actual sistema de
encarceramento em massa. A Igreja tem vindo a notar que
esta privatização crescente de prisões cria um incentivo
perverso de expansão das populações prisionais, mesmo
quando isso custa mais dinheiro aos contribuintes do que
alternativas ao encarceramento em massa.9
A actuação da polícia com base na identidade racial ou
étnica mina a segurança da comunidade. Durante décadas, a
aplicação de leis de combate à droga com base na raça e
militarização nas comunidades pobres de gente de cor
fomentou um clima de medo. Cada vez mais, se pede à
polícia local para aplicar políticas duras contra a imigração,
que demonizem comunidades sem recursos e, assim, minem
a segurança comunitária para todos. Quando comunidades
inteiras não confiam na polícia, não estão dispostos a chamála quando ocorrem crimes nem querem trocar informações
que ajudem a prevenir ou resolver crimes. Este facto tornou
as mulheres de cor, cidadãs e emigrantes, mais vulneráveis à
violência doméstica. Estas tácticas estão a produzir
comunidades inseguras.
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Impacto adicional sobre mulheres e famílias
Mulheres presas e detidas sofrem o assédio sexual e o
abuso sexual, e lutam por manter as famílias unidas. O número
de mulheres em prisões norte-americanas, um terço das quais
estão presas sobretudo por ofensas não violentas de droga, está a
aumentar, sendo na verdade quase o dobro do número de
homens. A maioria das mulheres que estão presas, entre elas
mães atrás das grades, foram antes disso sobreviventes a abuso e
violência sexual e física que, quantas vezes, começou em idade
prematura. As mulheres afro-americanas e latinas constituem a
população presidiária que mais rapidamente cresce nos EUA.
Criminalizar as mulheres por traumas ou dependência é um
fenómeno recente, provocado pela introdução de sentenças
obrigatórias para leis federais contra a droga em meados dos
anos oitenta, o que resultou num aumento de 400% do número
de mulheres em prisões norte-americanas.10 Mulheres que
sofreram abusos físicos ou sexuais enfrentam agora ainda mais
abusos na prisão e na cadeia, onde temem contar o que lhes passa
e não têm como fugir à violência e ao abuso. Existem casos
documentados de abuso sexual de mulheres em prisões dos EUA
e centros de detenção, pedidos de funcionários de favores
sexuais em troca de papéis ou de privilégios e a perda de custódia
de um filho. Mulheres detidas e presas foram acorrentadas e
algemadas enquanto davam à luz. Muitas emigrantes têm que
usar tornozeleira electrónica em prisão domiciliária. As
mulheres tornam-se chefes dos agregados familiares quando os
maridos vão para a cadeia, são detidos ou deportados, e a maioria
das mães encarceradas têm filhos menores para quem elas eram
as principais provedoras.
As políticas actuais de criminalização e de
encarceramento em massa dividem e devastam famílias em
comunidades de cor. Além de que a criminalização de
crianças de comunidades de cor traumatiza mais ainda e
separa as famílias. Cerca de 200.000 jovens são julgados,
sentenciados ou encarcerados como se fossem adultos todos
os anos em todos os Estados Unidos. A maioria desses
jovens condenados em tribunais de adultos são acusados de
crimes não violentos.11 Os Estados Unidos são o único país
com mais de 2.500 jovens cumprindo penas de prisão
perpétua sem liberdade condicional, considerados vida
juvenil sem liberdade condicional (“termed juvenile life
without parole - JLWOP”). Estas crianças, 60% delas
infractores estreantes, morrerão na prisão.12 O uso exagerado
da detenção juvenil é particularmente duro nos cidadãos
jovens de cor. Os jovens afro-americanos e latinos têm maior
probabilidade de serem condenados à cadeia ou à prisão,
enquanto que os jovens brancos têm mais probabilidades de
ser condenados a liberdade condicional. Em 2003, jovens
afro-americanos foram detidos a uma taxa de 4,5 vezes
superior à dos jovens brancos, e os latinos duas vezes mais
do que os brancos.13 As políticas actuais de criminalização e
de encarceramento em massa dividem e devastam famílias
em comunidades de cor.
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A resposta da Igreja Metodista Unida
Tal como as parteiras hebraicas no xodo 1 resistiram às
tentativas do governo de dividir e destruir a sua comunidade,
a Igreja Metodista Unida afirma os inalienáveis direitos
humanos de todas as pessoas, independentemente da raça,
classe ou estado nacional. Estes direitos políticos, sociais e
económicos não param junto à fronteira das nações ou nos
limites das comunidades.
A Carta para a Justiça Racial, primeiro adoptada na
Conferência Geral de 1980, apela-nos que desafiemos os
sistemas que institucionalizam o racismo e causam
resultados desiguais seja qual for a intenção. Apelamos à
igreja para trabalhar activamente para desmantelar estes
sistemas de privilégio branco e racismo institucional.
Nos Princípios Sociais da Igreja Metodista Unida,14 os
Metodistas Unidos são chamados a praticar justiça
recuperadora. Os Metodistas Unidos são chamados a
procurar alternativas à retribuição quando pessoas cometem
crimes. Na tentativa de recuperar relações correctas entre
todos os filhos de Deus, empenhamo-nos em procurar uma
distribuição global da riqueza, poder, e privilégios raciais
subjacentes à pobreza, desigualdade, políticas punitivas de
criminais e emigração global.
Apelo Metodista Unido à sensibilização
Mantendo estes princípios e à luz do impacto destrutivo
que a criminalização tem mas comunidades de pessoas de
cor e emigrante, a Igreja Metodista Unida procura mobilizar
os seus membros e agências, nomeadamente a Junta Geral
da Igreja e Sociedade, a Comissão Geral da Religião e da
Raça, e a Junta Geral dos Ministérios Globais e as Mulheres
Metodistas Unidas, na defesa e sensibilização com os
governos nacionais e locais para:
(1) Fazer vigorar e proteger da lei dos direitos humanos
internacionais, nomeadamente na justiça criminal e política
de emigração.
(2) Parar a discriminação, os raids e o encarceramento
por engano.
a. Proibir todas as formas de discriminação racial,
étnica/nacionalidade e religiosa pela força da lei a níveis
local, estatal e nacional, incluindo rusgas policiais em
determinadas comunidades; melhorar as relações políciacomunidade; terminar as políticas “tolerância-zero” que
criminalizam estudantes nas escolas; e pôr em causa e
reverter as disparidades raciais em controles policiais,
detenções, condenações e encarceramento.
b. Suspender todos os raids, detenções e deportações
de emigrantes, desviando, em vez disso, recursos para
serviços às comunidades mais desfavorecidas. Terminar o
envolvimento da polícia local na acção sobre a imigração
através de iniciativas ICE ACCESS como os programas
287(g), Secure Communities e Programa.15
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DCA Edição Avançada
(3) Terminar a condenação obrigatória, sobretudo para
delitos não violentos
a. Terminar a condenação obrigatória no contexto da
“guerra à droga” nos EUA, como as leis “three strikes and
you’re out” (três infracções a acabou). Vários estados
adoptaram já essas medidas (ver www.sentencingproject.org).
b. Terminar políticas de detenção obrigatória nas leis
de imigração e apoiar a Child Citizen Protection Act (Lei de
Protecção ao Cidadão e à Criança), que permite aos juízes
nas leis da deportação que tenham em conta as necessidades
das crianças; terminar a prática de meter pessoas na cadeia
só por causa do seu estatuto de imigração; terminar o
encarceramento de quem pede asilo enquanto os seus casos
estão em análise; e conceder asilo a mais pessoas do que
aquelas que procuram refúgio.
(4) Investigar e terminar os abusos em prisões públicas
e privadas, centros de detenção e cadeias; parar a expansão
dos centros de detenção; e trabalhar no sentido de diminuir
o número destas unidades existentes.
(5) Parar a militarização das comunidades de cor
pobres por parte da polícia, incluindo políticas de rusga;
terminar militarização das fronteiras; aceitar a
responsabilidade legal pelas mortes de emigrantes em
trânsito devido às actuais políticas fronteiriças; e
providenciar realojamento a famílias que perderam os seus
entes-queridos; e terminar as políticas transfronteiriças de
“prevenção pela dissuasão” que conduzem a mortes.
(6) Permitir que as pessoas trabalhem.
a. Remover as barreiras ao emprego para ex-reclusos
e investir na educação e criação de emprego que lhes permita
ter condições de vida adequadas nas comunidades de cor
mais pobres. Terminar o suspensão dos direitos do cidadão
por condenações e apoiar os programas de readmissão e
contratação de ex-reclusos. Terminar a usurpação de direitos
para todos quando saem da prisão.
b. Revogar sanções aplicáveis ao empregador que
criminalize emigrantes ilegais em busca de trabalho e
terminar o programa “e-verify”. Terminar o uso das cartas da
Segurança Social “no-match” (não coincide) e a perseguição
do chamado “ID-theft” (roubo de identidade).
(7) Instituir programas legalizados para emigrantes que
devolvam e protejam os direitos civis e laborais, mantenham
as famílias reunidas e reforcem as comunidades, e instituir
programas que coloquem todos os emigrantes a caminho da
cidadania e não apenas alguns escolhidos.
O Apelo à Acção da Igreja Metodista Unida
1. O Grupo de Trabalho Metodista Unido para a
Imigração, em representação do Conselho dos Bispos,
Agências e convenções raciais/étnicas:
a. Utilizar uma estrutura que analise as ligações entre
justiça criminal e políticas de imigração o modo como estas
influenciam as comunidades de cor.
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Igreja e Sociedade Comitê A
b. Trabalhar para pôr em causa a criminalização de
emigrantes nos EUA e globalmente, realizando conferências
anuais e centrais ao nível local, estatal/distrital, nacional e
regional. Formar alianças com grupos ecuménicos e
seculares para questionar a criminalização de emigrantes e
violação de direitos.
2. Junta Geral da Igreja e Sociedade, Comissão Geral
de Religião e Raça e Junta Geral dos Ministérios Globais e
as Mulheres Metodistas Unidas:
a. Trabalhar com as organizações, nacionais e
internacionais, de direitos civis, direitos humanos e direitos
dos emigrantes para criar recursos e materiais de
sensibilização para serem usados nas congregações locais
referindo as políticas injustas de justiça criminal e de
imigração. Trabalhar com as Conferências Centrais para
continuar e aprofundar a investigação, análise e acção sobre
políticas de emigração globalmente e como elas se podem
unir a políticas e aplicação selectiva junto dos cidadãos de
cor/marginalizados no seio das nações.
b. Mobilizar as congregações para questionar as
prisões e centros de detenção privados, apelar aos estados e
ao governo federal que pare a construção de prisões e centros
de detenção, solte os prisioneiros detidos por crimes não
violentos, assim como aqueles que não representam uma
ameaça para a sociedade; e usar os fundos para despesas
sociais necessárias na actual crise económica.
c. Trabalhar para educar e sensibilizar para os direitos
das mulheres e crianças com vulnerabilidades específicas
resultantes dos sistemas de justiça criminal e imigração.
d. Formar alianças entre os cidadãos de comunidades
de cor e comunidades de novos emigrantes, sobretudo no
que toca à discriminação racial policial, trabalhando com a
Black Alliance for Just Immigrations, conselhos
eclesiásticos, coligações clericais e grupos de direitos civis.
3. Conferências anuais e congregações locais:
a. Questionar a participação da polícia na aplicação da
imigração, incluindo os programas ICE ACCESS, como os
acordos Secure Communities e 287(g) e indicar legislação que
legalize a aplicação local da imigração e a discriminação racial.
(ver também a Resolução 3378, “Racial Profiling in the U.S.”)
b. Apelar aos Metodistas Unidos que meditem nestes
assuntos através do uso do Wesleyan Quadrilateral; os valores
dos direitos humanos, justiça racial e justiça recuperadora; e
uma lente crítica dos média (ver Resolução 8011, “Proper Use
of Information Communication Technologies.”)
c. As congregações locais devem proporcionar
ministérios de compaixão e solidariedade para com as
comunidades sujeitas a rusgas policiais, a elevadas taxas de
encarceramento, discriminação racial, raids contra
imigrantes, detenções e deportações. Isso pode incluir
serviço directo, visitas aos detidos, espaço seguro para
diálogo e organização, oferta santuário, entre outras.
247
Notas de rodapé:
(1) As Nações Unidas referem-se aos “emigrantes” como sendo
pessoas em movimento dentro e fora das fronteiras por várias razões.
Nos Estados Unidos, “emigrante” é mais frequentemente usado para
referir os trabalhadores rurais que se movimentam por causa das
colheitas, por isso “imigrante” tem uma utilização mais comum para
descrever alguém que emigra para os EUA de um outro país. Esta é a
linguagem do governo norte-americano. Aqui, usamos “emigrante” a
menos que nos refiramos aos programas do governo dos EUA.
(2) “Ver O Livro de Resoluções da Igreja Metodista Unida,
2008, Resolução 3128, “Prejudice Against Muslims and Arabs in
the USA.”
(3) Ver O Livro de Resoluções da Igreja Metodista Unida,
2008, Resolução 4056, “Greed.”
(4) Ver O Livro de Resoluções da Igreja Metodista Unida, 2008,
Resolução 6028, “Global Migration and the Quest for Justice.”
(5) Ver O Livro de Resoluções da Igreja Metodista Unida,
2008, Resolução 3042, “Alcohol and Other Drugs”; Resolução
3379, “White Privilege in the United States”; e Resolução 5033,
“Justice with Young Persons.”
(6) Ver O Livro de Disciplina da Igreja Metodista Unida,
2008, the Social Principles, ¶164 (H), “Criminal and Restorative
Justice”; O Livro de Resoluções da Igreja Metodista Unida, 2008,
Resolução 3378, “Racial Profiling in the USA”; Resolução 3379
“White Privilege in the United States”; Resolução 5001 “Taking
Liberties: On the Stifling of Dissent”; O Livro de Resoluções da
Igreja Metodista Unida, 2004,
(7) “Drift-net” refere-se às rusgas policiais numa determinada
comunidade e detenções sem causa provável a fim de procurar
potenciais criminosos.
(8) Em www.detentionwatchnetwork.org, acedido em 3 de
fevereiro de 2011.
(9) Ver O Livro de Resoluções da Igreja Metodista Unida, 2004,
Resolução 257, “Prison Industrial Complex”: “As prisões privadas são
normalmente pagas com base per-capita e per-diem. Por isso, têm um
incentivo extremamente limitado para reabilitarem prisioneiros ou
evitarem o chamado “recividism” ou reincidência. De facto, é do seu
interesse económico que haja mais crimes, mais prisões e mais
reincidências, o que leva a mais lucros.” (p. 653).
(10) The Rebecca Project for Human Rights and National
Women’s Law Center, Mothers Behind Bars: A State-By-State
Report Card and Analysis of Federal Policies on Conditions of
Confinement for Pregnant and Parenting Women and the Effect on
Their Children (Washington, DC: National Women’s Law Center,
2010), disponível em: www.nwlc.org/sites/default/files/pdfs/
mothersbehindbars2010.pdf <http://www.nwlc.org/sites/default/
files/pdfs/mothersbehindbars2010.pdf>.
(11)
De
www.campaignforyouthjustice.org/nationalstatistics.html <http://www.campaignforyouthjustice.org/nationalstatistics.html>.
(12) De www.endjlwop.org/the-issue <http://www.endjlwop.
org/the-issue>.
(13)
De
www.campaignforyouthjustice.org/nationalstatistics.html <http://www.campaignforyouthjustice.org/nationalstatistics.html>.
(14) O Livro de Disciplina da Igreja Metodista Unida, 2008,
¶ 164 (H), “Criminal and Restorative Justice.”
(15) “The use of local law enforcement as immigration agents
should be stopped.” Ver O Livro de Resoluções da Igreja Metodista
Unida, 2008, Resolução 3281, “Welcoming the Stranger to the
US.”
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Jane,- Nova Iorque, NY, EUA para a Junta Geral dos
Ministérios Globais - Divisão de Mulheres.
Compaixão
Por isso o direito se tornou atrás, e a justiça se pós de
longe; porque a verdade anda tropeçando pelas ruas, e a
equidade não pode entrar. Sim, a verdade desfalece, e quem
se desvia do mal arrisca-se a ser despojado. E o SENHOR
viu, e pareceu mal aos seus olhos que näo houvesse justiça.
E vendo (Deus) que ninguém havia, maravilhou-se de que
não houvesse um intercessor; por isso o seu próprio braço
lhe trouxe a salvação.
— Isaías 59:14-16 (JFA)
Por isso deixai a mentira, e falai a verdade cada um
com o seu próximo; porque somos membros uns dos outros.
— Efésios 4:25 (JFA)
Quando Isaías observou que “a justiça andava tropeçando
pelas ruas” e que “a verdade desfalecia”, disse: “Deus
maravilhou-se”. Numa altura em que aumenta o sarcasmo, o
racismo, o ódio e a violência no mundo, oriundos da crise
económica e de desvios globais, é hora de a Igreja dar a sua
voz. Se não o fizermos, Deus irá admirar-se muito. Sentimonos impelidos a erguer uma voz profética questionando o clima
de desconfiança, distorção da verdade, e o medo, desviando a
conversa para o nosso futuro comum. Em muitas nações, o
grau de raiva ultrapassou o limite em termos de civismo. Seja
qual for o desacordo que possa existir acerca de políticas ou
programas, tais comportamentos são inaceitáveis. Representa
uma crise espiritual que nos chama a responder, aprofundando
o nosso entendimento do chamamento de Deus e preenchendo
os nosso próprios anseios profundos de integridade espiritual,
que nos pode fortalecer e levar a amar e a mostrar compaixão
sem abandonarmos nossa responsabilidade de falar em nome
da justiça.
Muitas partes do mundo enfrentam uma profunda crise
económica. Em 25 dos países mais desfavorecidos do mundo,
50% ou mais dos que têm um emprego vivem com US$1,25 por
dia ou menos.1 Cada vez mais pessoas nos EUA estão a aprender
a dura realidade de ficarem sem emprego, verem as suas horas
de trabalho reduzidas, falências, falta de cuidados de saúde
acessíveis, arrestos, empréstimos predatórios, menores salários e
cortes orçamentais na educação e em programas sociais críticos.
Nos EUA, as taxas de desemprego em fevereiro de 2011
rondavam os 8,9%, mas eram de 11,6% e 15,3%,
respectivamente, para latinos e afro-americanos.2 Admitimos
que existe motivo para raiva entre todos os grupos sócioeconómicos. No entanto, estamos alarmados pelo clima de ódio
no discurso público nos Estados Unidos que emergiu no
despertar destas difíceis realidades económicas. Desafiamos o
direccionamento incorrecto dessa raiva contra os mais
vulneráveis, porque todos sofremos o impacto destas crises
nestas crises.
Como Cristãos, devemos ser modelos de compaixão.
Os Princípios Sociais Metodistas Unidos afirmam “Todas as
pessoas têm igual valor aos olhos de Deus. ... Apoiamos os
direitos básicos de todas as pessoas ao acesso igual a
habitação, educação, comunicação, emprego, saúde,
resolução legal de injustiças e protecção física. Deploramos
actos de ódio e de violência contra grupos ou pessoas com
base na raça, etnia, sexo, orientação sexual, filiação religiosa
ou situação económica” (O Livro de Disciplina da Igreja
Metodista Unida, ¶162) e “A força de um sistema político
depende da total e espontânea participação dos seus
cidadãos. A Igreja deveria continuar a exercer uma forte
influência ética no estado, apoiando políticas e programas
que se pretendem justos e opondo-se a políticas e programas
que são injustos” (O Livro de Disciplina da Igreja Metodista
Unida, ¶164B). A Carta de Justiça Racial refere que “Todas
as pessoas têm igual valor aos olhos de Deus... que o racismo
é uma rejeição dos ensinamentos de Jesus Cristo... que
devemos trabalhar para construir um mundo no qual o valor
de cada um seja respeitado e fomentado.”
Relembramos as nossas raízes quando se fala de justiça.
As mulheres Metodistas organizaram-se contra o linchamento
nos anos trinta. A Igreja manifestou-se ousadamente nos anos
sessenta em apoio do movimento dos direitos civis. Na África
do Sul e nos Estados Unidos, os Metodistas fizeram uma forte
oposição ao regime do apartheid. Falamos com ousadia em
defesa da paz e da reunificação da Coreia. Nos anos oitenta
apelámos ao fim do financiamento pelo administração norteamericana de grupos paramilitares na América Central. Quando
os EUA iniciaram os bombardeamentos no Afeganistão em
2003, apelamos ao fim desses bombardeamentos assim como
ao apoio a longo prazo pelas Nações Unidas e direitos humanos
internacionais. Continuamos a falar e a apelar ao apoio aos
emigrantes e imigrantes que são diabolizados e criminalizados
em muitos países.
Não queremos que Deus se admire. Confessamos que
nem sempre nos portamos bem como uma Igreja. Violamonos uns aos outros e admitimos a necessidade de reavaliar o
nosso próprio comportamento, seguindo o nosso impulso de,
antes de mais, proteger as nossas próprias necessidades e a
nossa própria segurança.
É altura de agirmos com ousadia e, com a graça de
Deus, a verdade será encontrada e conheceremos a justiça.
Apelamos à Igreja—pessoas, congregações, conferências, administrações, juntas e agências, clérigos e
leigos—a iniciarem o diálogo e a tomarem medidas, falando
em nome da compaixão e contra o ódio. Um diálogo fiel
requer a coragem de falar sem usar erradamente privilégios
e poder. Isso inclui:
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• Redefinição da compaixão como processo de
convidar e suster a fé em pleno diálogo.
• Reconhecendo a globalidade da família humana,
mantendo-nos em comunidade com aqueles com quem não
concordamos e abraçando as virtudes da paciência e da
humildade.
• Comprometendo-nos a uma jornada disciplina,
individual e colectiva, para toda a vida.
• Comprometendo-nos a escutar com atenção,
respeito e não usando nunca o diálogo como desculpa para
falar e não agir ou mascarar a desonestidade.
Apelamos à Igreja em todos os níveis para criar espaços
sagrados para o culto e a oração comuns, ao debate em
comunidade como convite à reconciliação e às conversas em
família, igrejas, comunidades e na cena política sobre as
realidades actuais, os medos e a necessidade de uma resposta
cheia de compaixão e de fé.
Apelamos às conferências, juntas e agências para
usarem os recursos ao alcance da Igreja global para partilhar
modelos e estratégias para um diálogo de fé e
intencionalmente praticar por palavras e actos o que nos
ajudará a encontrar uma plataforma comum.
Notas de rodapé:
(1) Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas,
“Human Development Report: Multidimensional Poverty Index,”
Novembro de 2010, Tabela 5, disponível em: <http://hdr.undp.
org/en/statistics/mpi>.
(2) U.S. Department of Labor, Bureau of Labor Statistics,
“The Employment Situation: Fevereiro de 2011,” News Release
USDL-11-0271, retirado de www.bls.gov.
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CONSIDERANDO que, como pessoas de fé, honramos
as diversas origens étnicas e raciais reflectidas no corpo de
Cristo e entendemos que os direitos dos imigrantes são
muitas vezes enquadrados dentro de um discurso de ódio e
hostilidade da imprensa, do governo e da igreja; e
CONSIDERANDO que, a linguagem racialmente
depreciativa usada em alguns meios de comunicação, no
discurso político e noutros ambientes institucionais, tem
promovido acções prejudiciais ao longo da história, incluindo
práticas de discriminação racial, crimes de ódio e de violência;
Fica, portanto, decidido que, como denominação, nós:
1. Pedimos aos Metodistas Unidos que assumam o
compromisso, quer escrito quer verbal, de que nenhum filho
de Deus é “ilegal”;
2. Encorajamos vivamente as igrejas locais,
conferências anuais, as agências em geral, os ministérios do
campus, e qualquer outro lugar onde a Igreja Metodista
Unida possua um testemunho, para expandir a consciência
dentro da igreja e das comunidades dos impactos raciais
negativos de apelidar as pessoas de “ilegais”;
3. Continuemos a afirmar os direitos humanos e a
dignidade de todas as pessoas, independentemente da sua
nacionalidade ou estatuto legal;
4. Pedimos aos Metodistas Unidos para denunciar
vivamente a linguagem xenófoba e racista utilizada para
descrever seres humanos;
Por isso, que seja também decidido, que as publicações
Metodistas Unidas abster-se-ão de utilizar a palavra “ilegais”
ao referir-se a pessoas e usará os termos em situação
irregular ou não-cidadãos.
R9999.
Número da Petição: 20062-CA-R9999; Hawkins, Erin M., Washington, DC, EUA, para a Comissão Geral de Religião e
Raça.
Retirar a palavra iniciada por I
R9999.
Número da Petição: 20067-CA-R9999; Hawkins, Erin M., Washington, DC, EUA, para a Comissão Geral de Religião e
Raça.
Discriminação Racial nos EUA Praticada pelas Autoridades
CONSIDERANDO que, o uso do termo “ilegais” (a
palavra iniciada por I), quando aplicado a pessoas,
desumaniza e divide as comunidades, contribuindo para
acções punitivas e discriminatórias, direccionadas
principalmente aos imigrantes e às comunidades de cor; e
CONSIDERANDO que, a palavra iniciada por I é
racialmente depreciativa e coloca em perigo os mais
elementares direitos humanos, incluindo a presunção de
inocência e o direito ao devido processo legal; e
CONSIDERANDO que, A Sagrada Escritura lembranos a dignidade e o valor inerente de todas as pessoas; e os
Princípios Sociais da Igreja Metodista Unida “desaprova
fortemente os actos de ódio ou de violência contra grupos ou
pessoas baseados na raça”, e
CONSIDERANDO que, a discriminação racial
praticada pelas autoridades é uma actividade do governo
local/federal dirigida a pessoas, baseada apenas na raça, tem
sido uma preocupação de numerosas organizações de
direitos civis e d’A Igreja Metodista Unida durante várias
décadas; e
CONSIDERANDO que, a prática insidiosa de
discriminação racial pelas autoridades policiais em todo o país
está novamente em ascensão; e o estudo mais recente da
Amnistia Internacional dos EUA (2007), aponta também para o
recurso a ameaças e à humilhação: A Discriminação Racial, a
Segurança Nacional e os Direitos Humanos nos Estados
Unidos, afirmam que “a discriminação racial pelas autoridades
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é tão profunda que afectou cerca de 32 milhões de pessoas nos
EUA” - aproximadamente a população do Canadá; e
CONSIDERANDO que, a discriminação racial pelas
autoridades é uma violação ao respeito pelos direitos
humanos, uma manifestação de racismo repugnante, e uma
violação do padrão moral dos Estados Unidos e da Igreja
Metodista Unida; e
CONSIDERANDO que, o Projecto de Lei do Senado
1070 do Arizona foi aprovado e que outra legislação do
mesmo género aguarda aprovação; e que se falharem as
tentativas de o travar no tribunal federal, este tipo de lei dará
à autoridade policial local o direito de prender qualquer um
que ache suspeito de se encontrar no país de forma ilegal, o
que viola a cláusula de protecção igualitária da Constituição
dos EUA; e
CONSIDERANDO que, a discriminação racial ameaça
a segurança de seus cidadãos e imigrantes;
Por isso, pedimos ao nosso Conselho de Bispos para que
denuncie, através de uma comunicação oficial, junto do
Presidente dos Estados Unidos da América, dos membros do
Congresso dos Estados Unidos, do Procurador-Geral dos Estados
Unidos e das nossas igrejas locais, a discriminação racial pelas
autoridades como inaceitável, injusta e uma realidade malévola,
contrária aos princípios Metodistas Unidos e que precisa ser
eliminada das práticas correntes das autoridades; e
Também solicitamos à Igreja Metodista Unida, aos seus
membros, aos conselhos e agências e ao Conselho dos
Bispos para apoiar a legislação que promulgue uma reforma
abrangente da emigração, conducente à cidadania para as
pessoas que vivam nos Estados Unidos sem documentação,
protegendo assim os mais vulneráveis na nossa sociedade, e
Nós apelamos particularmente ao Conselho dos Bispos,
às nossas conferências anuais e aos membros das igrejas
locais, para contactar os seus membros do Congresso,
pedindo que estes dêm prioridade na aprovação de legislação
que Elimine a Discriminação Racial Praticada pelas
Autoridades, com atribuição de fundos suficientes para a sua
vigorosa aplicação, de modo a que:
a. Garanta uma proibição federal contra a
discriminação racial praticada pelas autoridades,
b. Garanta a formação dos agentes de autoridade,
para parar e impedir o recurso à discriminação racial, e
c. Garanta a responsabilização das autoridades
policiais pelo uso continuado da discriminação racial.
PORTANTO, finalmente, apelamos à Igreja Metodista
Unida, através das suas conferências anuais, distritos e igrejas
locais, e sob a liderança da Junta Geral da Igreja e Sociedade
e da Comissão Geral da Religião e Raça, em coordenação com
a Junta Geral de Ministérios Globais e Divisão da Mulher, que
seja pró-activa na educação do eleitorado sobre a
discriminação racial e estabelecer redes de cooperação com a
justiça penal e com as autoridades policiais.
DCA Edição Avançada
R9999.
Número da petição: 20125-CA-R9999; Winkler, James,Washington, DC, EUA para a Junta Geral da Igreja e da
Sociedade.
Apelo ao Civismo
Um apelo ao civismo no discurso público
Não poucas vezes o discurso público sobre temas políticos
e sociais tem descambado para a má educação, palavras menos
próprias, ataques pessoais, diabolização de grupos vulneráveis e
uma desumanização generalizada em relação aos outros.
Quantas vezes estes factos provocaram actos de violência
contra indivíduos e grupos. Declarações inflamadas, muitas
vezes proferidas no calor do debate, não originaram mais do
que uma deterioração sistemática do civismo, impedindo além
do mais que se encontrem soluções aos assuntos tão complexos
que o mundo enfrenta. Como enfatizou o Conselho dos Bispos
na sua declaração “Beloved Community” (Comunidade
Amada): A retórica odiosa e a escalada da violência “diminuem
a vida das vítimas, dos infractores e de toda a comunidade em
geral. São, em último caso, ataques à santidade da vida dada por
Deus” (5 de Novembro de 2010).
Lamentavelmente, estes padrões de discurso público
encontraram-se também entre os crentes da comunidade, até
mesmo entre Metodistas Unidos. Nunca fraquejando no seu
compromisso com a verdade, Jesus modelou um amor paciente
e bem-vindo mesmo para aqueles que veemente não estão de
acordo com Ele. O apóstolo S. Paulo lembrou aos Coríntios
divididos que “o corpo [de Cristo] não é um membro, mas
muitos” (Coríntios 1, 12:14), e que o seu maior chamamento é
amar (Coríntios 1, 13). As acusações falsas e os ataques
pessoais das suas críticas não impediram que Jesus proclamasse
e vivesse o amor incondicional de Deus para o mundo. Fiel a
esta missão, o amor de Jesus transformou o mundo.
No seu apelo à moderação do tom inflamado da retórica
entre políticos e comentadores nos meios de informação,
nós, como Cristãos, devemos usar de respeito no nosso
discurso civil uns com os outros. Somos apelados a exibir
um “amor perfeito que se afasta todo o medo” (João 1, 4:18).
Seremos conhecidos como discípulos de Jesus pelo nosso
amor pelos outros (João 13:35).
O discurso público que desumaniza os outros,
especialmente os grupos mais vulneráveis, deve terminar.
Acusações infundadas, acusações enganadoras e ataques
pessoais não têm lugar nas palavras dos chefes da igreja ou
da sociedade. Os cargos de liderança implicam maior
responsabilidade. Responsabilização sem exortação é como
a instrução sem empatia, é repressiva.
O nosso apelo profético aos nossos líderes eleitos para
afastarem a retórica desumanizante deve igualmente ser
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Igreja e Sociedade Comitê A
vivido na comunidade de Cristo se for para ser autêntica e
levada a sério pelo resto da sociedade. O nosso amor pelos
outros deve ser edificado, não estropiado. Uma comunidade
de crentes empenhada em proclamar e em viver o amor
incondicional de Deus pelo mundo pode, na realidade,
contribuir para a prevalência da violência e de uma
linguagem repleta de ódio. Deixemos que todo o mundo se
transforme e dediquemo-nos a iniciar a casa de Deus.
Fundamentos da petição:
Um apelo à moderação do tom inflamado da retórica
entre políticos e comentadores nos meios de comunicação
porque nós, como Cristãos, devemos usar de respeito no
nosso discurso civil uns com os outros.
R9999.
Número da petição: 20128-CA-R9999; Winkler, James,Washington, DC, EUA para a Junta Geral da Igreja e
Sociedade.
Cuidando das Vítimas do Crime
Cuidando das Vítimas do Crime
Na parábola do Bom Samaritano (Lucas 10:25-37),
Jesus enfatiza a importância de cuidar das vítimas de crime.
A bondade e o amor pelo próximo do Samaritano mostra
especificamente as necessidades do homem roubado,
espancado e deixado a morrer: É o próprio Samaritano que
trata das feridas da vítima; partilha do seu vinho e do
unguento; partilha do seu jumento para que o ferido possa
chegar à estalagem; fica junto ao ferido e cuida dele toda a
noite; e depois paga ao estalajadeiro todas as despesas do
homem ferido prometendo regressar para ver as suas
melhoras. Jesus diz que a extraordinária misericórdia do
Samaritano para com a vítima define a nossa relação com o
próximo. Para que nos nossos dias sejamos bons vizinhos,
por outras palavras, tenhamos uma boa relação com o
próximo, devemos seguir o exemplo do Bom Samaritano.
Também nós devemos cuidar das vítimas do crime.
São muitas as vítimas do crime. Eles e as suas famílias
sofrem o choque e uma sensação de desespero impotente.
Além da perda financeira, o trauma espiritual e emocional é
muitas vezes acompanhado por falta de apoio e orientação.
Muitas vítimas se sentem frustradas porque com frequência
parece não haver disposição para as ouvir. Os seus
ferimentos não são curados, e eles nem sempre são
notificados sobre os processos legais. As vítimas devem ter
mais voz no sistema de justiça criminal.
A Igreja Metodista Unida acredita em sarar e na cura
através dos ministérios de justiça reparadora. Conforme
referido nos nossos Princípios Sociais: “A justiça reparadora
surge da autoridade bíblica, o que chama a atenção para a
relação correcta com Deus, consigo próprio e com a
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comunidade. Quando essas relações são violadas ou
interrompidas por um crime, criam-se as oportunidades para
fazer as coisas bem feitas” (¶164H, 2008 Livro de Disciplina).
O acto de restituição às pessoas vitimizadas é o cerne
da justiça reparadora. Os juízes e outros oficiais de justiça
criminal deverão ter este aspecto em consideração para
ajudarem as vítimas de crime voltarem a ficar novamente sãs
do ponto de vista financeiro, tanto quanto possível.
Existem maneiras estratégicas para as congregações
Metodistas Unidas terem efectivamente a experiência do
chamamento de Jesus e se tornarem o próximo das vítimas
do crime. Entre elas:
• orações pela cura das vítimas do crime e suas
famílias;
• assistência em funerais;
• grupos de cuidados para vítimas do crime;
• participação, suporte e utilização de grupos de
sensibilização para vítimas do crime;
• recomendação para consultores individuais e
grupos de apoio para auxílio às vítimas do crime;
• espaço para os grupos de apoio às vítimas de crime
se reunirem;
• ajudar as vítimas a compreender como funciona o
sistema da justiça criminal;
• transporte de e para o tribunal;
• assistência infantil a crianças pequenas enquanto a
vítima está no tribunal;
• ajuda de bons escritores na preparação de uma
declaração de impacto da vítima; e
• ajuda financeira para auxílio de prejuízos
financeiros ou perda de rendimentos que venham a ocorrer
devido a ausências do emprego.
As congregações podem sensibilizar para os direitos
das vítimas de crime. As vítimas de crime devem ser
informadas que estes incluem o direito de:
• participar e ser ouvido em todas as fases do
processo criminal legal;
• ser tratado com dignidade, compaixão e respeito
pelos oficiais de justiça e membros da igreja;
• ser notificado sobre as disposições do caso
criminal;
• ter acesso a informação divulgada sobre o caso; e
• solicitar indemnizações, o que inclui compensação
estatal à vítima, restituição pelos tribunais e pelas
autoridades de liberdade condicional e indemnizações na
justiça civil por danos provocados.
Por conseguinte, a Igreja Metodista apela a que:
• as suas congregações recebam e cuidem das vítimas
do crime, identificando os líderes e recursos necessários,
quer dentro da congregação, quer na comunidade local;
• os pastores e as congregações estudem as bases
bíblicas de justiça reparadora e debatam como poderiam
empenhar-se em ministérios de justiça reparadora. Os
recursos para este estudo incluem a obra “Changing Lenses:
A New Focus for Crime & Justice” de Howard Zehr,
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“Ambassadors of Reconciliation: New Testament
Reflections on Restorative Justice & Peacemaking” de
Elaine Enns e Ched Myers, “Restorative Justice: Moving
Beyond Punishment” de Peggy Hutchison e Harmon Wray,
“Redeeming the Wounded” de B. Bruce Cook, e “Criminal
Justice: Retribution vs. Restoration?” de Eleanor Hannon
Judah e o Rev. Michael Bryant;
• a Junta Geral da Igreja e Sociedade ajudem na
formulação de modelos de planos estratégicos para que as
igrejas locais cuidem e protejam as vítimas do crime;
• a Junta Geral da Igreja e Sociedade sensibilize para
o reconhecimento das necessidades e dos direitos das
vítimas do crime.
Fundamentos da petição:
A Igreja Metodista Unida acredita em sarar e na cura
através dos ministérios de justiça reparadora. Para nós,
ajudar o próximo é sinónimo de seguirmos o exemplo do
Bom Samaritano. Também nós devemos cuidar das vítimas
do crime.
R9999.
Número de petição: 20140-CA-R9999; Winkler, James,Washington, DC, EUA para a Junta Geral de Igreja e
Sociedade.
Garantir o suporte financeiro para Programas nacionais
Eliminar as actuais resoluções 4111 e 4115 substituir
pela nova resolução que se segue intitulada “Assegurar o
suporte financeiro para programas nacionais”
A Igreja Metodista Unida tem uma longa história de
defesa de causas que apoiam o bem-estar de todos, incluindo
mulheres, crianças e pessoas de todas as raças. Desde o mais
antigo dos nossos Credos sociais que temos afirmado estes
valores compartilhados. A nossa fé cristã sempre nos obrigou a
preocuparmo-nos especialmente pelas pessoas que vivem na
pobreza, desde os comandos de Deuteronómio para cuidarmos
das viúvas e órfãos até à revelação chocante de Jesus de que
estamos a cuidar dele quando nos preocupamos com “pelo
menos um desses” no nosso meio (Mateus 25).
A Igreja Metodista Unida também tem uma longa
história de ensinar e defender a paz e de resistência à
violência da guerra. Os nossos Princípios sociais esclarecem
que a guerra é “incompatível com os ensinamentos de Jesus
Cristo”, como revelado em Mateus 5:38-42 e Isaías 2:4.
Os desafios contemporâneos em todas as nossas nações
seriam servidos por gastos governamentais em áreas que
abordam necessidades humanas imediatas e a longo prazo e
investem em soluções que superam as desigualdades
actualmente baseadas nas características de divisão, como a
raça, o nível socioeconómico e a região. O desemprego —
DCA Edição Avançada
particularmente entre grupos étnicos minoritários — a falta
de acesso à educação e as desigualdades educacionais entre
os grupos raciais e étnicos e os pobres, e a falta de acesso aos
cuidados de saúde são todas consequências trágicas muito
comuns das prioridades de financiamento actuais.
Simultaneamente, porções alarmantes de recursos em
muitas das nossas nações são dedicadas a gastos militares.
Em todo o mundo, consciencializamos as nossas nações no
que diz respeito à utilização dos recursos nacionais para a
proliferação de armas e para a preparação para a guerra.
Particularmente, lamentamos a vasta dedicação de
recursos federais nos Estados Unidos para financiar guerras
em curso e intervenções em países estrangeiros, e a
dependência cada vez maior do sector industrial sobre os
gastos militares. Além disso, notamos a prática contínua do
financiamento das acções militares dos EUA com gastos
deficitários, uma política que pede emprestado das gerações
futuras e ameaça a estabilidade a longo prazo.
Pedimos aos governos que reduzam os seus gastos na
força armada. Particularmente, apelamos ao governo dos EUA
que tome medidas significativas para reduzir os gastos
militares, tanto em guerras como nas suas operações em curso.
Apelamos aos nossos governos que repartam os
rendimento nacionais desviados dos gastos militares, dando
prioridade a programas nacionais que investem nas
necessidades das pessoas de uma nação e investem no futuro,
oferecendo oportunidades e serviços a essas pessoas. Apoiamos
programas que aumentam a qualidade de ofertas educativas nos
sistemas de escolas públicas, melhoram o acesso aos cuidados
de saúde para todos, criam habitações a preços acessíveis e
apoiam a criação de oportunidades de emprego e formação. Em
particular, pedimos aos governos que apoiem esses programas
nacionais de forma a reduzir as desigualdades sociais com base
no sexo, raça, etnia, origem ou qualquer outro factor.
Fundamentação da petição:
A Igreja Metodista Unida tem uma longa história de
defesa de causas que apoiam o bem-estar de todos, incluindo
mulheres, crianças e pessoas de todas as raças. A Igreja
Metodista Unida também tem uma longa história de ensinar
e defender a paz e de resistência à violência da guerra.
R9999.
Número de petição: 20144-CA-R9999; Winkler, James,Washington, DC, EUA para a Junta Geral de Igreja e
Sociedade.
Exploração económica
Nova Resolução intitulada “Uma Preocupação fiel
sobre a Exploração no Mercado Económico“
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Igreja e Sociedade Comitê A
Fundamentação bíblica e teológica
A Bíblia é consistente no seu testemunho de que Deus
deseja que os seres humanos vivam juntos numa comunidade
autêntica: numa economia de abundância em que os vizinhos
amam e cuidam uns dos outros e ninguém vive em escassez.
Deus criou o homem para habitar a terra boa em que Deus
forneceu amplamente as necessidades de todas as criaturas
(Génesis 1). Na aliança do Sinai, Deus ordenou ao povo de
Israel que se abstivesse de usura e que cuidasse dos mais
vulneráveis entre eles ( xodo 22:25, Deuteronómio 26:12).
Isaías, Amós, Miqueias e outros profetas advertiram o povo
de Israel para honrarem a Deus, procurando a justiça para os
pobres. Jesus Cristo ensinou aos seus seguidores que
deveriam tratar os outros como gostariam de ser tratados
(Mateus 7:12) e advertiu contra medir a abundância da vida
pelas posses (Lucas 12:15). A mais antiga comunidade cristã
viveu com “todas as coisas em comum” (Actos 2:44).
Nas Regras Gerais, John Wesley advertiu os metodistas
contra fazerem o mal através de comportamentos gananciosos
ou auto-indulgentes, incluindo “dar ou levar coisas através da
usura” e “tomar por empréstimo sem probabilidade de pagar,
ou levar bens sem haver probabilidade de os pagar “(Livro de
Disciplina Metodista Unida, parágrafo 103).
Preocupações actuais
A economia global de hoje baseia-se no crédito
envolvendo indivíduos, empresas e instituições que trocam
bens e serviços com a promessa de pagamento futuro. Este
mercado de crédito tem melhorado a eficiência e trouxe
muitos benefícios para o consumidor. Estes mercados também
têm dado origem, porém, a práticas abusivas e predatórias que
desafiam a consciência dos cristãos. Entre as nossas
preocupações mais prementes estão as práticas financeiras e
modelos de negócios contemporâneos que envolvem as
pessoas em ciclos de dívida. Estas práticas são exacerbadas
pelos credores empregando tácticas para se isentarem da
regulação bancária e das leis de usura tradicionais.
Nos Estados Unidos da América, estas práticas
incluem:
• Operações que lucram através da cobrança de taxas de
juros exorbitantes, muitas vezes disfarçando os custos como
“taxas” em vez de “juros”, isentando-se assim da supervisão
financeira e extraindo efectivamente taxas de retorno muito
elevadas, em detrimento do devedor. Tais operações incluem
empréstimos Empréstimos Payday, Instalações de troca de
cheques, Negócios Rent-to-Own, Empréstimos de antecipação
de reembolso de impostos e Empréstimos de títulos de carros.
• As taxas dos bancos e das Agências de crédito que
envolvem os consumidores em programas de sanções que
cobram o equivalente das taxas de juro até 1.000% por
“serviços”, tais como empréstimos a descoberto ou planos
“Bounce Protection” nos quais os consumidores são
envolvidos sem o seu conhecimento ou consentimento. Além
disso, os consumidores estão sobrecarregados com taxas de
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transferência ocultas, taxas inapropriadamente elevadas por
atrasos e taxas de súbita elevação de juros.
• As práticas de marketing de cartões de crédito e os
acordos de contrato complicados têm falta de transparência
e clareza acerca do seu preço total, taxas e alterações aos
termos do acordo.
A nossa história de preocupação com os pobres chamanos a estar atentos a estes sistemas bancários alternativos que
são muitas vezes a forma que as pessoas que vivem mais perto
das margens económicas encontram para ter espaço para
participar da nossa economia. Apelamos às nossas
congregações para investigarem a situação actual nas suas
comunidades, estados e nações. Apelamos às nossas
congregações que exijam que os nossos sistemas sejam
regulados de forma a que não lucrem para os ricos às custas
dos pobres, que beneficiem ambas as partes envolvidas na
transacção e que tenham integridade na medida em que são
caracterizados pela sua divulgação, honestidade, igualdade de
acesso e igual poder para começar ou terminar a transacção.
Apelamos aos membros Metodistas Unidos, igrejas,
instituições e agências para aderirem e defenderem os
seguintes princípios fiéis:
• Promover a honestidade, transparência, clareza e
imparcialidade. Todos as partes devem ter a mesma
oportunidade de entender e negociar um contrato. As
propinas e taxas que desviam os incentivos do credor e do
corrector para lidarem de forma justa com os clientes devem
ser eliminadas.
• Proibir as taxas de juros exorbitantes. Devem impôrse limites mínimos de usura para evitar os empréstimos
abusivos.
• Restaurar os padrões de subscrição tradicionais. Os
credores têm a responsabilidade de avaliar se os clientes
podem pagar.
• Estabelecer a igualdade de crédito em todas as
comunidades. Deve-se acabar com as práticas que
prejudicam particularmente as comunidades de cor e de
baixos rendimentos.
• Limitar as penalizações com base nas taxa e modelos
de negócios que dependem do consumidor sobre os gastos e
endividamento recorrentes. As penalizações contra o
pagamento de dívidas precoces devem ser eliminadas.
• Exigir que os juros e taxas cobrados num empréstimo
sejam razoáveis e proporcionais aos serviços prestados.
• Assegurar que os bancos e instituições de crédito
oferecem produtos financeiros responsáveis nas suas
comunidades.
• Estabelecer instituições financeiras que adiram a estes
princípios em bairros pobres e outras comunidades carentes.
Fundamentação da petição:
O mercado de crédito de hoje tem melhorado a sua
eficiência e trouxe muitos benefícios para o consumidor, mas
também têm dado origem a práticas abusivas e predatórias que
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envolvem as pessoas em ciclos de dívida. Estas práticas são
exacerbadas pelos credores empregando tácticas para se
isentarem da regulação bancária e das leis de usura tradicionais.
R9999.
Número da petição: 20148-CA-R9999; Winkler, James Washington, DC, EUA pela Junta Geral de Igreja e
Sociedade.
Estruturas Fiscais Justas
Retirar as actuais Resoluções 4112 e 4115 e substituir
pelo seguinte:
Pedido para Estruturas Fiscais Justas
Fundamentos Bíblicos e Teológicos
A Lei de Moisés expressa a expectativa de Deus numa
sociedade que deve cuidar dos seus membros mais vulneráveis, quer abstendo-se de explorá-los, quer suprindo as
suas necessidades básicas. O profeta Amós lembra a comunidade das expectativas de Deus e repreende a sua sociedade
por oprimir, atropelar, e até mesmo esmagar os pobres e os
necessitados (Amós 2:6-8, 4:1 e 8:4-6). Amós dá voz à
exigência de Deus para uma tributação justa e equitativa ao
pregar: “Visto que pisais o pobre, e dele exigis tributo de
trigo, embora tenhais edificado casas de pedras lavradas ...
afligis o justo, aceitais peitas, e na porta negais o direito aos
necessitados.” (Amós 5:11-12) .
No mundo de hoje, reconhecemos e afirmamos o papel
fundamental dos governos na organização da sociedade e
que nos permite fazer juntos aquilo que nenhum de nós
poderia fazer sozinho. Leis fiscais são necessárias para
fornecer a receita adequada, que apoia o nosso compromisso comum de uma sociedade justa, incluindo a manutenção
de uma rede de segurança dos serviços e oportunidades para
os mais necessitados. Infelizmente, as estruturas fiscais actuais muitas vezes têm perpetuado as injustiças económicas, ao
invés de corrigi-las e não conseguiram fornecer suficientes receitas para a saúde, a segurança, a educação e as
necessidades de bem-estar das nossas comunidades.
Preocupações actuais:
A diferença entre ricos e pobres continua a aumentar
em todo o mundo. Nos Estados Unidos, de acordo com o
Departamento de Recenseamento dos EUA, a diferença de
rendimentos entre os mais ricos e os mais pobres está no seu
valor mais alto de sempre. Os 400 contribuintes mais ricos
têm um rendimento combinado que excedeu o rendimento
combinado das nações do Botswana, Nigéria, Senegal e
Uganda - um total de 161 milhões de pessoas que vivem com
um rendimento médio anual de $350.
Tal como afirma a nossa Oração do Companheiro para
o Credo Social:: “Deus chora com a enorme quantidade de
pessoas que morrem à de fome, despreza a crescente disparidade entre os ricos e os pobres ... e nós também.”
São globais os desafios para a elaboração de sistemas
fiscais transparentes e justos. Enquanto que algumas nações
oferecem fortes redes de segurança social, financiadas por
sistemas fiscais mais equitativos, em toda parte as forças do
poder e privilégio procuram mudar as estruturas em seu
benefício, muitas vezes à custa de nossos irmãos e irmãs
mais pobres e vulneráveis.
Dada a clara injustiça de muitas estruturas fiscais e a
crescente disparidade entre os ricos e os pobres, afirmamos
a necessidade de reforma destas estruturas fiscais. Os nossos
Princípios Sociais declaram o nosso apoio aos “esforços em
rever as estruturas fiscais e eliminar programas de apoio
governamental que beneficiam os ricos à custa das outras
pessoas” (¶ 163).
Princípios para a Reforma Fiscal:
A Igreja Metodista Unida apela para que se procedam a
alterações aos actuais sistemas fiscais, como forma de melhor incorporar os seguintes princípios fiéis:
Proteger os Pobres e os Vulneráveis: Todas as decisões
fiscais devem ser julgadas pelo seu impacto sobre as crianças, as famílias com baixos rendimentos, os idosos, as pessoas com deficiência e outras populações vulneráveis.
Comunidade: Os sistemas devem fortalecer e defender
os valores da nossa vida conjunta. O bem-estar de qualquer
nação está dependente de todos os seus membros. Os sistemas fiscais e de receitas permitem aos governos suprir as
necessidades do bem comum.
Justiça: Cada governo deve garantir a partilha de forma
equitativa e proporcional entre os seus cidadãos, quer dos
encargos, quer dos benefícios da vida em comum de uma
nação. As leis devem abordar as desigualdades de forma a
não institucionalizá-las.
Fundamentação da Petição:
Os governos devem garantir a partilha de forma equitativa e proporcional entre os seus cidadãos, querd os encargos, quer dos benefícios da vida em comum de uma nação,
eliminando as leis que instituicionalizam as desigualdades.
R9999.
Número da petição: 20528-CA-R9999-G; Irvin, Dianne, Peoria, AZ, EUA
Fronteiras Soberanas Israelitas
Acrescentar uma nova resolução:
Como membros do corpo de Cristo, os Metodistas
Unidos apoiam a nação soberana de Israel conforme esta
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decidir as fronteiras que devem manter de forma a assegurar
a sua própria existência.
Da mesma forma que Deus declara a sua soberania
sobre todas as nações e todos os homens;
Da mesma forma que Deus declarou que Israel se
tornasse numa grande nação com as suas fronteiras escritas
nas Sagradas Escrituras, a Bíblia;
Da mesma forma que Deus deu as terras de Israel aos
descendentes de Abraão, Isac e Jacó como a sua eterna
propriedade;
Da mesma forma que Deus irá regressar como o
Messias, a nossa sagrada esperança, para governar e reger a
partir do trono de David em Jerusalém, Israel;
Da mesma forma que Deus nos avisou para estarmos
com por toda a eternidade;
Da mesma forma que o corpo não pode ser separado
das suas origens;
Da mesma forma que a nossa herança concedida é
retirada da mesma fonte de promessa que a de Israel;
Da mesma forma que o Filho morreu, tudo deveria
existir da mesma forma para que possam vir para escolher o
seu último reino como Senhor e Rei;
Da mesma forma que nós somos os recipientes da
terceira pessoa da Trindade, o Espírito Santo;
Os Metodistas Unidos permanecem firmes com a autodeterminação de Israel em manter as fronteiras que irão
assegurar a continuação da sua existência, incluindo as
fronteiras inicialmente delineadas para quando se tornasse
num Estado independente, assim como as fronteiras
mantidas como resultado de agressão por outros, e estamos
preparados para falar por parte do direito soberano de Israel
para negociar qualquer regresso à terra ganha na defesa da
agressão por seja que for que procure destruí-la.
255
cientistas, a esperança das suas crianças…Isto não é, de
forma nenhuma, um modo de vida em qualquer sentido
verdadeiro. Sob o manto da guerra ameaçadora, está a
humanidade pendurada numa cruz de ferro”
Recordamos a profecia do Rev. Dr. Martin Luther King
Jr.: “Quando uma nação continua, ano após ano, a gastar
mais dinheiro na defesa militar do que em programas de
desenvolvimento social, está à beira da morte espiritual”.
Compreendemos o pregar desta verdade por Jesus, que
é chamado de Príncipe da Paz. “… todos os que usam a
espada morrem pela espada”. (Mateus 26: 52 b)
Portanto,
1 - Apelamos aos líderes mundiais para ordenarem uma
revisão completa dos sistemas de armas e de outros gastos
com programas militares, com o objectivo de reduzir,
aproximadamente, pelo menos 25% nas despesas financeiras
e, no número de forças armadas sem cortes que prejudiquem
os veteranos e as suas famílias.
2 - Apelamos aos líderes mundiais para reinvestirem
aqueles recursos financeiros, que derivam de impostos e de
empréstimos, em programas sociais de melhoria, tais como a
segurança alimentar, os cuidados de saúde, as energias
limpas, a habitação, a educação e, o desenvolvimento de
infraestruturas.
3 - Apelamos aos líderes das nossas congregações, tais
como os Líderes Leigos, para defenderem uma Economia de
Paz, enquanto lideram as suas congregações.
4 - Apelamos às congregações para trabalharem em
rede com os grupos de paz locais, ambientais, de cuidados de
saúde, de educadores, e outros, para fazerem lobby junto dos
seus líderes locais e nacionais para criarem uma Economia
de Paz.
5 - Pedimos que os Superintendentes de Distrito peçam
um relatório durante as suas Conferências do Cargo,
descrevendo a implementação desta resolução.
R9999.
Número da petição: 20798-CA-R9999-G; Peacock, Rich,Waterford, MI, EUA.
Economia de paz
Criação de uma economia de paz mundial
A Igreja Metodista Unida apoia uma economia de paz
para os Estados Unidos e para todos os países do planeta
terra.
Reconhecemos, como o honorável Dwight D.
Eisenhower afirmou: “Cada arma que é produzida, cada
navio de guerra lançado, cada foguete disparado, significa,
no sentido final, um roubo àqueles que passam fome e não
são alimentados, àqueles que têm frio e não são vestidos.
Este mundo de armas não está a gastar dinheiro sozinho.
Está a gastar o suor dos seus trabalhadores, o génio dos seus
R9999.
Número da petição: 20799-CA-R9999-G; Peacock, Rich,Waterford, MI, EUA.
Terminar a Guerra no Afeganistão
Terminar a Guerra no Afeganistão
Consideramos que foi cumprida a Resolução do
Congresso dos EUA, que autorizou o Presidente Bush a usar
toda a força necessária e apropriada contra aqueles que
considerou terem planeado, autorizado, cometido ou
ajudado nos ataques terroristas de 11 de Setembro de 2001
dentro dos Estados Unidos. A missão acabou.
Temos o coração partido pela morte de milhares de
pessoas de muitas nações durante os últimos dez anos no
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Afeganistão. Reconhecemos o sofrimento causado pela
morte, pelo deslocamento e, pela destruição da propriedade.
Estamos cientes da coragem das mulheres e homens de
muitas nações que serviram como diplomatas, trabalhadores
para o desenvolvimento e, soldados na crença de que
poderiam ajudar a trazer estabilidade, liberdade e,
democracia ao Afeganistão. Estamos preocupados acerca da
saúde mental e espiritual dos veteranos de guerra e
defendemos o aumento de recursos para servir os veteranos
e as suas famílias.
Aprendemos que a melhor maneira de lidar com a al
Qaeda não é fazendo a guerra, mas preferivelmente pelo uso
de informações credíveis, bom trabalho das polícias,
diplomacia sustentada e, desenvolvimento.
Reconhecemos que com a al Qaeda amplamente
deslocada do Afeganistão, não há nenhum progresso real
para um mundo mais seguro que justifique a presença de
milhares de tropas estrangeiras e do gasto de milhares de
milhões de dólares na guerra do Afeganistão. Um gasto
racional de recursos financeiros e militares apela para uma
diminuição enorme em empreender a guerra no Afeganistão.
Reconhecemos que o uso de tropas militares para
empreender a guerra no Afeganistão não é moralmente
correcto, porque a guerra não era o último recurso e, havia
alternativas viáveis. A probabilidade de um triunfo militar
era tão baixa como era moralmente errado fazer a guerra.
Estamos convencidos que a guerra está aquém da vontade
de Deus para criar paz com justiça. Testemunhamos que o
ministério, a morte, e a ressurreição de Jesus demonstram que
a guerra é incompatível com o seu estilo de vida e conselho.
Aprendemos, mais uma vez, que aqueles que fazem uso da
espada experienciarão o retorno na mesma moeda.
Sabemos que por cada dólar de impostos, podem e
devem ser criados mais empregos na construção de
infraestruturas, em energias limpas, na educação e cuidados
de saúde, do que gastos na guerra no Afeganistão.
Portanto,
1 - A Igreja Metodista Unida defende a retirada segura
e responsável das tropas de combate dos Estados Unidos e da
N.A.T.O. do Afeganistão, até ao fim de 2012.
2 - Defendemos que as Nações Unidas trabalhem para
assegurar os direitos humanos universais de todos no
Afeganistão. Os Estados Unidos devem ser o patrocinador
principal desse trabalho como um sinal de compensação.
3 - Defendemos a diplomacia e o desenvolvimento
regional no Afeganistão e na sua vizinhança.
4 - Defendemos a pesquisa para discernir os factores
que conduziram à guerra pelos EUA no Afeganistão, com o
objectivo de impedir futuras guerras injustificadas e imorais.
5 - Convidamos todos os clérigos e líderes leigos das
nossas congregações a partilharem esta resolução com as
suas congregações e efectuar lobby juntos dos respectivos
DCA Edição Avançada
governos, para sua recomendação em 2012 e nos anos
subsequentes.
R9999.
Número da petição: 20829-CA-R9999-G; Terwilliger,
Mark,- Beach Lake, PA, EUA.
Hábitos de Alimentação
Considerando que as quatro áreas de foco da Igreja
Metodista Unida para 2009-12 incluem “o compromisso
com o ministério dos pobres” e “a eliminação de doenças
mortais das camadas pobres da população, melhorando a
saúde globalmente”, e
Considerando que os empregados Metodistas Unidos
estão empenhados no programa Virgin HealthMiles, que
incentiva o exercício e uma melhor saúde, e
Considerando que muitos problemas de saúde
aparecem devido a más escolhas e hábitos alimentares, e
Considerando que uma saúde deficitária requer um
investimento maior de tempo e de dinheiro em cuidados
médicos, deixando menos horas e dinheiro para o ministério, e
Considerando que o aumento financeiro dos problemas
de saúde, relacionados com a alimentação, tem resultado
ultimamente num maior custo para as igrejas locais, e
Considerando que nós, os Metodistas Unidos,
herdamos um forte legado dos ministérios de conexão com o
alimento, a saúde, a justiça social e a justiça económica,
Seja, assim, deliberado que os Metodistas analisem
continuamente os seus hábitos de compra e alimentares, à
luz da sua própria saúde e do bem estar social e económico
dos outros.
Seja ainda deliberado que façamos mudanças positivas,
baseadas nos nossos pareceres e tornemo-nos advogados,
nas nossas igrejas locais, de compras e hábitos alimentares
benéficos, e não prejudiciais ao consumidor nem ao
produtor.
Fundamentação da petição:
Fazer melhores escolhas alimentares, que resultam em
corpos mais saudáveis, é um melhor testemunho para os
outros, que resultam em mais tempo e recursos dedicados ao
ministério, em vez de tempo dispendido no tratamento de
problemas de saúde, é uma preocupação da igreja a nível
global e tem consequências ecológicas e de justiça económica.
R9999.
Número da petição: 20865-CA-R9999-G; Lewis, Dan,Pasadena, CA, EUA pela Conferência Anual da CalifórniaPacífico.
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Advocacia Inter-religiosa no Apoio da Paz
Israel/Palestina
CONSIDERANDO QUE, é posição da Igreja
Metodista Unida que todos os Metodistas Unidos nos EUA
devem contactar com as sinagogas locais, mesquitas, e
grupos de fé Cristãos, empenhando-se no diálogo interreligioso e ecuménico em como promover a justiça e a paz
na Terra Santa (oposição aos colonatos Israelitas na Terra
Palestiniana; Livro de Resoluções de 2008, página 832, dos
Metodistas Unidos), e
CONSIDERANDO QUE, a fim de ser produtivo,
qualquer diálogo inter-religioso e ecuménico projectado para
conduzir à acção relacionada a qualquer posição específica
de defesa, deve ocorrer numa atmosfera de compreensão e
confiança mútuas, e
CONSIDERANDO QUE, estabelecer tal compreensão
e confiança mútuas pode, às vezes, parecer quase inatingível
visto que os vários constituintes, mesmo dentro da Igreja
Metodista Unida bem como dentro de outros grupos de fé,
apoiam uma vasta gama de passos de defesa específicos e
frequentemente divergentes, projectados para conseguir uma
paz justa entre Israel e a Palestina, e
CONSIDERENDO QUE, a compreensão e confiança
mútuas podem ser estabelecidas, no entanto, quando todos as
partes reconhecem que, do ponto de vista moral e ético, há
um único padrão universal dos direitos humanos que se
aplica a todas as partes interessadas em todas as situações, e
CONSIDERANDO QUE, o diálogo inter-religioso e/ou
ecuménico em como melhor promover a justiça e a paz na
Terra Santa pode ser mais produtivo quando abrange comités
particulares, grupos de trabalho, ou juntas dentro das
comunidades de fé, que estão comprometidas a este padrão
universal dos direitos humanos e que estão abertos ao
princípio de fim do apoio militar a qualquer país e/ou grupo
que cometa abusos dos direitos humanos;
SEJA, PORTANTO, DELIBERADO que, a fim de
promover a justiça e a paz na Terra Santa, a Conferência
Geral Metodista Unida de 2012 apoia os esforços das
existentes ou recém formadas Conferências-abrangentes
Metodistas Unidas e/ou de base local, e/ou comités, grupos
de trabalho, juntas ou agências inter-religiosas ou
ecuménicas que estão empenhadas a envolverem-se no
diálogo ecuménico e inter-religioso que conduza a alcançar
os objectivos comuns referentes a Israel e à Palestina. Tais
objectivos para incluir o reconhecimento de um único padrão
universal dos direitos humanos que se aplique a todas as
partes interessadas e, apoio para o fim da ajuda militar por
qualquer país, incluindo os Estados Unidos, às partes no
conflito que cometem abusos dos direitos humanos.
É a posição da Igreja Metodista Unida que todos os
Metodistas Unidos nos EUA devem contactar com as
257
sinagogas, mesquitas, e grupos de fé Cristãos locais,
empenhando-se no diálogo inter-religioso e ecuménico em
como promover a justiça e a paz na Terra Santa (oposição
aos colonatos Israelitas na Terra Palestiniana; Livro de
Resoluções de 2008, página 832, dos Metodistas Unidos). A
fim de ser produtivo, qualquer diálogo inter-religioso e
ecuménico projectado para conduzir à acção relacionada a
qualquer posição específica de defesa, deve ocorrer numa
atmosfera de compreensão e confiança mútuas.
Estabelecer tal compreensão e confiança mútuas pode,
às vezes, parecer quase inatingível visto que os vários
constituintes, mesmo dentro da Igreja Metodista Unida bem
como dentro de outros grupos de fé, apoiam uma vasta gama
de passos de defesa específicos e frequentemente
divergentes, projectados para conseguir uma paz justa entre
Israel e a Palestina.
A compreensão e confiança mútuas podem ser
estabelecidas, no entanto, quando todas as partes reconhecem
que, do ponto de vista moral e ético, há um único padrão
universal dos direitos humanos que se aplica a todas as partes
interessadas em cada situação. O diálogo inter-religioso e/ou
ecuménico em como melhor promover a justiça e a paz na
Terra Santa pode ser mais produtivo quando abrange comités,
grupos de trabalho, ou juntas específicas dentro das
comunidades de fé, que estão comprometidas a este padrão
universal dos direitos humanos e que estão abertos ao princípio
do fim do apoio militar a qualquer país e/ou grupo que cometa
abusos dos direitos humanos.
A fim de promover a justiça e a paz na Terra Santa, a
Conferência Geral de 2012 apoia os esforços dos Metodistas
Unidos existentes ou recém formados de base local e/ou
comités, grupos de trabalho, juntas ou agências inter-religiosas
ou ecuménicas, que estão empenhadas a envolverem-se no
diálogo ecuménico e inter-religioso que conduza a alcançar os
objectivos comuns referentes a Israel e à Palestina. Tais
objectivos para incluir o reconhecimento de um único padrão
universal dos direitos humanos que se aplique a todas as partes
interessadas e, apoio para o fim da ajuda militar por qualquer
país, incluindo os Estados Unidos, às partes no conflito que
cometem abusos dos direitos humanos.
R9999.
Número da petição: 20903-CA-R9999; Alegria, Raul - EUA
para Metodistas Associados para Representação da Causa
dos Hispano-americanos.
DREAM Act (Lei do Desenvolvimento, Apoio e
Educação para Menores Estrangeiros nos EUA)
Considerando que gerações de trabalhadores, com os
seus filhos pequenos, vieram para os EUA sem autorização
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para satisfazer as necessidades laborais da nossa nação,
contribuindo para o seu desenvolvimento económico,
Considerando que estas crianças estão a ser penalizadas
com o aumento das propinas universitárias e a recusa da
oportunidade de exercerem a sua profissão devido ao seu
estatuto de imigrantes, e
Considerando que o DREAM Act Federal, apresentado
ao Congresso pela primeira vez em 2001, é uma legislação
bipartidária, que inauguraria a possibilidade de acesso ao
Ensino Superior, bem como uma via condicional para a
cidadania norte-americana, a estudantes sem documentos
trazidos para os EUA em crianças (antes da data do seu 16.º
aniversário) e que se encontram actualmente numa situação
pela qual não são responsáveis. A Lei exigiria que esses
estudantes, por vezes designados como “Os Sonhadores”,
obtivessem um diploma universitário ou cumprissem dois
anos de serviço militar para que lhes fosse concedido o
estatuto de residentes temporários e se tornassem elegíveis
para obter a cidadania norte-americana.
Assim, nós, a Conferência Geral da IMU, apela ao
Congresso dos EUA que adopte o DREAM Act e proporcione
a estas crianças, que viveram a maior parte das suas vidas neste
país, acesso a oportunidades de educação e à participação total
na vida da única nação que conhecem, os EUA.
R9999.
Número da petição: 20904-CA-R9999; Alegria, Raul - EUA
para Metodistas Associados para Representação da Causa
dos Hispano-americanos.
DCA Edição Avançada
Samaritano incita-nos, enquanto Cristãos, a fazer o bem a
todos, independentemente da sua proveniência.
Queremos lançar um apelo à Igreja Metodista Unida e
a todos os restantes membros da comunidade Cristã para
renovarem o seu compromisso e reforçarem o seu empenho
na lealdade para com a resposta às necessidades dos outros,
particularmente enquanto enfrentamos leis cuja intenção
principal consiste em desmotivar os Cristãos do
cumprimento da sua Missão: amar e ajudar o próximo.
Recordamos que quando confrontados com circunstâncias
semelhantes depois de as autoridades pretenderem impedilos de cumprir a sua missão, os Apóstolos declararam com
firmeza nos Actos 5:29: “Importa mais obedecer a Deus do
que aos homens”; daí o mandato Cristão de desobediência
civil quando as leis e políticas forem consideradas injustas.
Instamos a Conferência Geral da Igreja Metodista
Unida a solicitar ao Governo Federal dos EUA que garanta a
protecção da Liberdade Religiosa nos Estados Unidos
cessando a promulgação de leis que penalizem os membros
da igreja por prestarem ajuda a imigrantes necessitados,
acção que, além de ser consistente com a fé Cristã, é um
exemplo notório do amor de Deus por todas as pessoas.
Ao mesmo tempo, solicitamos às diversas entidades
governamentais de cada comunidade que respeitem sempre
os locais de culto, bem como todas as actividades religiosas
realizadas dentro e fora dos nossos santuários ou de outra
propriedade da igreja.
Pedimos ao governo dos Estados Unidos que preste o
devido reconhecimento legislativo ao direito legal de cada
ser humano de exercer a sua fé sem temer a perseguição,
particularmente quando congregado para exprimir
publicamente a sua fé.
Lealdade para com a Resposta a Necessidades Críticas
Exprimimos a nossa grande preocupação pela
aprovação das leis anti-imigração, que afectam
adversamente o bem-estar de cidadãos e residentes deste
país na prestação de ajuda humanitária a pessoas sem
documentos em vários Estados.
A Igreja Metodista Unida é uma igreja de portas
abertas, onde cada pessoa está convidada a entrar,
aproximar-se de Deus e tornar-se parte de uma comunidade
de fé. Esta comunidade está completamente empenhada em
alcançar o bem de todos através da transformação social e
espiritual. Quaisquer políticas e leis que tentem limitar ou
restringir o trabalho da igreja na resposta às necessidades
dos outros é contrária às suas convicções mais fundamentais,
conforme indicado no Evangelho (João 3:16) “Porque Deus
amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho único para
que todo aquele que n’Ele crê [independentemente da cor da
pele ou do estatuto de imigrante ilegal] não pereça, mas
tenha a vida eterna”. De igual forma, a Parábola do Bom
R9999.
Número da petição: 21064-CA-R9999-G; Sander, Ellen
Kay,- Newburgh, IN, EUA.
Posição contra o Anti-semitismo
Considerando que os actos anti-semitas e violência
contra os judeus estão a crescer em todos o mundo,
E considerando que a “Teologia de Substituição” foi
utilizada para justificar tanto o Holocausto como o antisemitismo moderno,
Fica decidido que a Conferência Geral da Igreja
Metodista Unida:
- Apelos para que todos os Metodistas Unidos se
ergam contra todas as formas de anti-semitismo.
- Remove qualquer teologia que sustente que Deus
rejeitou o povo judeu ou que os judeus tenham sido
amaldiçoados como “assassinos de Cristo”.
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Igreja e Sociedade Comitê A
- Remove também a ideia que as promessas de
doutrinas de Deus ao povo judeu foram invalidadas ou
transferidas para a Igreja.
- Reconhece que os crentes são abençoados ao serem
enxertados na raiz da fé judia. (Romanos 11) Por este
motivo, os cristãos devem amar o povo judeu.
- Incentiva os pastores a ensinarem e a pregarem
sobre as raízes judias da nossa fé.
- Apela para que as Igrejas Metodistas Unidas
trabalhem com as congregações Judias nas suas
comunidades sobre causas comuns.
- Incentiva as Igrejas Metodistas Unidas para se
envolverem num diálogo entre fés com os seus próximos
judeus.
Fundamentação da petição:
De acordo com o relatório do Departamento de Estado
dos EUA sobre a Liberdade Religiosa Internacional
publicado a 13 de Setembro de 2011, os actos de antisemitismo e violência contra pessoas judias estão a aumentar
em todo o mundo.Os Metodistas Unidos precisam de tomar
uma posição contra o anti-semitismo sob qualquer forma.
R9999.
Número da petição: 21065-CA-R9999-G; Lomperis, John
S.A.,- Arlington, VA, EUA. 1 petição similar.
Declaração sobre o Hamas
Adicionar esta nova resolução ao Livro de Resoluções:
Declaração sobre o Hamas
CONSIDERANDO QUE, o Hamas tem sido
amplamente classificado como uma organização terrorista; e
CONSIDERANDO QUE, o Hamas é responsável por
vários actos de violência injustificada e homicida contra
israelitas, rivais políticos na facção de Fatah, e palestinianos
suspeitos de colaboração com as autoridades israelitas; e
CONSIDERANDO QUE os líderes do Hamas
continuam a recusar reconhecer o direito de Israel em existir;
e
CONSIDERANDO QUE, a carta do Hamas apela à
anulação de Israel (Carta do Hamas, 1988); e
CONSIDERANDO QUE, desde 2006 que o Hamas
tem feito parte do governo palestiniano no poder
Por isso, é decidido que apelamos aos líderes do Hamas
para que reconheçam imediatamente o direito de Israel em
existir, a renunciar à violência e a reformar a sua carta (que
apela à destruição de Israel); e
É também decidido que apelamos aos líderes da
Autoridade Palestiniana para que procurem uma resolução
pacífica para o conflito através de negociações directas com
Israel; e
259
É também decidido que afirmamos o direito de existir
não discutível de Israel dentro de fronteiras seguras e em
utilizar os direitos adequados para proteger os seus cidadãos
do terrorismo; e
É ainda decidido que reafirmamos o nosso
compromisso aos direitos humanos, justiça e autodeterminação para todas as pessoas na região.
Fundamentação da petição:
A recusa do Hamas em reconhecer Israel e a renunciar
ao terrorismo é o maior impedimento à paz, justiça e direitos
humanos no Médio Oriente.
R9999.
Número da petição: 21069-CA-R9999-G; Hughes, Mary
Elizabeth,- Morganfield, KY, EUA.
Apoio a Israel
Considerando que Jerusalém foi estabelecida para
sempre para a Nação Judia (Génesis 17:7-10, Terra Génesis
15:18, 2 Samuel 7:13, Salmo 76:2, Salmo 48:8)
Considerando que Deus fez uma doutrina incondicional
e promessas a Israel (Génesis 12:1-3, 17:7-10, 15:8, 26:1,
28:10-15, 35:12, Jeremias, 31:31-34, 2 Samuel 7:16, Salmo
105:7-15).
Considerando que a promessa da doutrina de Deus em
levar os filhos de Israel de volta à sua terra foi cumprida e
está a ser cumprida (Amos 9:14-15, Isaías 11:11-12, 43:5-6,
Zacarias 8:7-8, Sofonias 3:14-20, Ezequiel 20:40-42, 37:1214, Joel 3:1-2, 6-7, 20-21).
Considerando que Israel é a única nação foi a promessa
de Deus para durar para sempre (Jeremias 30:11).
Considerando que de Sião vem a salvação (Romanos
11:25-26).
Considerando que os crentes de Gentil são enxertados
na raiz judia que é a nossa fundação (Romanos 11:16-18) e
Jesus vem para cumprir a lei, não para a destruir. (Mateus
5:17).
Considerando que Deus apela os Cristãos Gentis
demonstram amor e piedade para com judeus não salvos
(Romanos 11:31).
Considerando que no futuro Jerusalém deve estar no
centro do culto para todo o mundo (Zacarias 14:16, Isaías
60:11-12, Micaias 4:2).
Considerando que Deus apela para que todos rezem
para a paz de Jerusalém (Salmo 122:6) e que não pode existir
a paz com Jerusalém dividida entre nações que não adoram
o mesmo Deus. (O Judaísmo e o Cristianismo adoram, mas
o Islamismo não. Esta é a cruz do conflito e não será
restabelecido pela razão do homem. O amor e a oração para
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aqueles no Islamismo recebam Jesus como o seu Senhor e
Salvador como Ele que morreu por todos nós. Isto pode só
ser obtido pelo Espírito Santo).
Fica decidido que a Igreja Metodista Unida irá apoiar o
direito de Israel em existir e o direito de Israel em ter
Jerusalém como a sua capital.
DCA Edição Avançada
Fica também decidido que a Igreja Metodista Unida irá
apelar para que todos os governos façam o mesmo.
Fundamentação da petição:
Muitas Escrituras ensinam-nos a ter uma relação de
doutrina especial com Israel.
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Igreja e Sociedade Comitê B
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Alterações Propostas ao Livro da Disciplina
¶161.
Número da Petição: 20061-CB-¶161; Hawkins, Erin M., Washington, DC, EUA, para a Comissão Geral de Religião
e Raça.
Cultura e Identidade
Adicionar um novo sub-parágrafo após o ¶161. A
B) Cultura e Identidade
Acreditamos que a nossa identidade principal é sermos
filhos de Deus. Essa identidade origina construções sociais e
culturais, das quais advêm quer impactos positivos, quer negativos sobre a humanidade e sobre a Igreja. A identidade cultural tem vindo a evoluir ao longo da história, das tradições e
das experiências. A Igreja pretende abraçar em plenitude
e alimentar espiritualmente as competências e a formação cultural, como forma de ser totalmente um só corpo, expresso
de múltiplas maneiras. Cada um de nós tem múltiplas identidades de igual valor, que se cruzam para formar o nosso ser.
Afirmamos que nenhuma identidade ou cultura tem mais
legitimidade do que qualquer outra. Apelamos à
Igreja para contestar qualquer hierarquia de culturas ou de
identidades. Somos desafiados através das relações dentro e
entre as culturas e temos a responsabilidade de aprender uns
com os outros, mostrando respeito mútuo pelas nossas diferenças e semelhanças, ao mesmo tempo que experienciamos a
diversidade de perspectivas e de pontos de vista.
Fundamentação da Petição:
A diversidade humana é a assinatura de Deus.
Enquanto a nossa identidade principal é sermos filhos de
Deus, realidades múltiplas, incluindo culturais, formam a
nossa identidade. Toda a gente é uma parte de muitos grupos de identidade culturais, os quais moldam os valores, a
percepção, e o comportamento. Cada cultura que molda a
identidade de uma pessoa é importante e deve ser...
¶161.
Número da petição: 20154-CB-¶161; Winkler, James Washington, DC, EUA pela Junta Geral de Igreja e
Sociedade.
Deus, realizada em braços amorosos de Deus. As leis de
pureza do Antigo Testamento convidam à compreensão do
nosso corpo, criado à imagem de Deus, e à prestação de contas a Deus através do relacionamento correcto. As Imagens
sexuais estão presentes em todas as culturas humanas.
Algumas imagens celebram a bondade do universo criado por
Deus. Outros exploram essa criação para fins destrutivos.
Afirmamos a bondade da sexualidade humana e sua positiva representação na arte, na literatura e na educação. No
entanto, desaprovamos vivamente as imagens que distorcem
essa bondade e ferem as relações sexuais saudáveis.
A pornografia é material explícito, destinado principalmente para a excitação sexual. Frequentemente retrata a violência, o abuso, a coerção, a dominação, a humilhação ou a
degradação. Grande parte da pornografia explora sexualmente
e objectifica as mulheres e vitimiza crianças. Altera o comportamento de uma forma disfuncional. A dependência da
pornografia arruínas vidas, carreiras e relacionamentos.
Opomo-nos a todas as formas de pornografia. Além
disso, é abominável qualquer material sexualmente explícito com crianças. Recursos e estratégias para erradicar a
pornografia, especialmente a pornografia infantil, devem
ter alta prioridade.
A igreja deve ser um lugar de transformação e cura para
todas as pessoas prejudicadas pela pornografia. As igrejas
devem fornecer um lugar para o diálogo aberto, transparente
e para a educação em torno da sexualidade, vício e ética sexual. As congregações são encorajadas a adoptar políticas que
transmitam uma mensagem clara da nossa oposição à
pornografia e do nosso compromisso para com ambientes
seguros para todos. Acreditamos que as pessoas podem ser
reabilitadas e devem ter a oportunidade de receber tratamento. Assim, incentivamos a educação e promoção de recursos
que fornecem um caminho para a recuperação.
Fundamentação da Petição:
Opomo-nos a todas as formas de pornografia, pois esta
dependência arruína vidas, carreiras e relacionamentos.
Além disso, é abominável qualquer material sexualmente
explícito com crianças. Recursos e estratégias para
erradicar a pornografia, especialmente a pornografia infantil, devem ter alta prioridade.
Pornografia
Adicionar um novo § a ¶ 161, da seguinte forma:
Pornografia
Por toda a Bíblia, os temas destacam a natureza imperfeita da humanidade e a esperança de redenção como filhos de
¶161.
Número da petição: 20268-CB-¶161-G; Burton, M.
Garlinda,- Chicago, IL, EUA para a Comissão Geral sobre
o Estado e Papel da Mulher.
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Pornografia
Acrescenta um novo § ao ¶161 conforme se descreve:
Pornografia
Ao longo da Bíblia, os temas realçam a natureza imperfeita da humanidade a esperança de redenção como filhos de
Deus nos braços misericordiosos de Deus. As leis de pureza
do Velho Testamento convidam a uma compreensão do
nosso corpo criado à imagem de Deus e responsável perante
Deus através da relação correcta.
As imagens sexuais pervertem todas as culturas
humanas. Algumas imagens celebram a bondade da sexualidade humana e a sua imagem positiva na arte, literatura e
educação. Nós lamentamos, no entanto, imagens que distorcem esta bondade e prejudicam as relações sexuais
saudáveis. As sociedades são inundadas com imagens
inapropriadas, sexualizadas em anúncios, entretenimento e
em outros meios.
A pornografia é um material sexualmente explícito que
retrata a violência, abuso, coacção, domínio, humilhação ou
degradação da finalidade da excitação sexual. A maioria da
pornografia explora sexualmente a mulher, usando-a como
objecto e vitimiza crianças. Altera o comportamento de
forma disfuncional. O vício da pornografia arruína vidas,
carreiras e relações.
Opomo-nos a todas as formas de pornografia. Além
disso, todo e qualquer material sexualmente explícito que
retrate crianças é abjecto. Os recursos e estratégias que
erradiquem a pornografia, especialmente pornografia infantil, devem ter a máxima prioridade.
A igreja deve ser um local de transformação e cura para
todas as pessoas adversamente afectadas pela pornografia.
As igrejas devem providenciar locais para uma conversação
aberta e transparente e educação acerca da sexualidade, vício
e ética sexual. As congregações são incentivadas a criar
políticas que enviem uma mensagem clara da nossa oposição
à pornografia e do nosso compromisso com ambientes
seguros para todos. Acreditamos que as pessoas possam ser
reabilitadas e tenham a oportunidade de receber tratamento.
Por isso, incentivamos a educação e promoção de recursos
que providenciem um caminho para a recuperação.
Fundamentação da petição:
Isto é quase idêntico à legislação proposta pela JGIS,
excepto na utilização na definição de pornografia existente
encontrada no BOR 2008, p. 149. É notoriamente difícil
definir a pornografia, por isso devemos definir o que consideramos abjecto na pornografia: violência, abuso, coacção,
domínio, humilhação e degradação.
¶161.
Número da petição: 20531-CB-¶161-G; Van Namee, Gordon
D.,- Havana, FL, EUA.
Apoio às Mulheres Grávidas
Adicionar um novo parágrafo ao Livro de Disciplina a
seguir ao ¶161.K:
É reconhecido que a Igreja Metodista Unida entende a
necessidade de se aproximar da área de apoio às mulheres no
processo de gravidez com amor Cristão e compaixão. Para
este efeito, cada igreja local deve elaborar um plano de ministério para entrar neste campo missionário, e que este ministério seja declarado para efeitos de oferenda de amor,
verdade e a graça de Jesus Cristo para aqueles que estão a
lutar com a contemplação do aborto, para aqueles que sofreram aborto e para aqueles que estão feridos pela escolha de
um aborto passado. Isto deve ser feito dentro dos limites do
¶103 das nossas Regras Gerais dos Metodistas Unidos: “Não
fazendo nenhum mal” e “Fazendo tudo de bom“.
Fundamentação da petição:
Os Princípios Sociais declaram que os Metodistas
Unidos acreditam “na santidade da vida humana por nascer”
(¶161.J). Esta crença está de acordo com a Escritura que
afirma que tudo é criado através de Jesus Cristo e é Ele quem
tem domínio sobre o propósito dessa vida (João 1:3;
Filipenses 1:6)...
¶161.
Número da petição: 20910-CB-¶161-G; Childs, Julie Decatur, GA, EUA.
Agressão Sexual
O) A agressão sexual é um comportamento errado.
Afirmamos o direito de todas as pessoas de viverem livres
deste tipo de agressão, incentivamos os esforços de aplicação da lei na condenação destes crimes e condenamos a
violação sob qualquer forma. Não importa o lugar onde a
pessoa está, o que tem vestido, se está embriagada, se está a
ter um comportamento sedutor, o género da vítima ou qualquer outra circunstância.
Fundamentação da petição:
A agressão sexual é insidiosa. A nossa Igreja não tem
desculpa para evitar a condenação desta prática. O FBI estima
que, nos EUA, uma mulher é violada a cada dois minutos. A
violação é utilizada como uma ferramenta de manipulação
política e social pelos governos e religiões. Está na altura de
condenar inequivocamente este crime pérfido.
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Igreja e Sociedade Comitê B
¶161.
Número da petição: 20658-CB-¶161.A-G; Tooley, Mark,Fairfax, VA, EUA.
Mães e Pais
Alterar a segunda frase da Disciplina no ¶161.A, da
seguinte forma:
¶ 161 J) A Família - … Afirmamos a importância de
pais extremosos para todas as crianças, e afirmamos o papel
único de mães e pais.
Fundamentação da petição:
Mães e pais têm papéis atribuídos por Deus que são
muito importantes para as crianças e merecem a concordância da igreja.
263
B) Casamento—Afirmamos a santidade da aliança do
casamento, a qual se expressa no amor, apoio mútuo, no compromisso pessoal e na fidelidade partilhada entre um homem
e uma mulher. Acreditamos que a bênção de Deus repousa
sobre tal casamento, quer existam ou não filhos dessa união.
Rejeitamos as normas sociais que assumem padrões diferentes
para as mulheres, em relação aos homens, dentro da união.
Apoiamos as leis na sociedade civil que definem o casamento
como a união de um homem e de uma mulher.
¶161.
Número da petição: 21012-CB-¶161.B-G; Hermes, Steven
E., - Kalispell, MT, EUA pela Conferência Anual de
Yellowstone. 3 petições similares.
Eliminar Linguagem Discriminatória
¶161.
Número da petição: 21008-CB-¶161.A-G; Lomperis, John
S.A.,- Arlington, VA, EUA.
Mães e Pais
Alterar o ¶ 161.A da seguinte forma:
¶ 161. A) A Família—Acreditamos que a família é a
mais elementar comunidade humana através da qual as pessoas são alimentadas e sustentadas em amor, responsabilidade, respeito e fidelidade mútuas. Nós afirmamos a
importância de pais extremosos de mães e pais afectuosos
para todas as crianças. Nós compreendemos também…
Fundamentação da petição:
Restabelece, mais a palavra “afecto,” linguagem que foi
adoptada esmagadoramente pela Conferência Geral de 2004,
mas substituída por uma margem de voto muito mais pequena na Conferência Geral de 2008, suspeitosamente programada quando muitos delegados Africanos estavam ausentes.
É ideal para que os miúdos tenham modelos saudáveis de
casamento, de feminilidade e masculinidade.
Alterar o ¶ nº. 161B do Livro da Disciplina, da seguinte
forma:
B) Casamento—Afirmamos a santidade da aliança do
casamento, a qual se expressa no amor, apoio mútuo, no
compromisso pessoal e na fidelidade partilhada entre um
homem e uma mulher dois indivíduos. Acreditamos que a
bênção de Deus repousa sobre tal casamento, quer existam
ou não filhos dessa união. Rejeitamos as normas sociais que
assumem padrões diferentes para as mulheres, em relação
aos homens, dentro da união. Apoiamos as leis na sociedade
civil que definem o casamento como a união de um homem
e de uma mulher de dois indivíduos.
Fundamentação da petição:
A característica de Inclusividade está incorporada na
constituição da nossa igreja. A Igreja Metodista Unida
(IMU) tem historicamente recebido como membros “todas
as pessoas, sem distinção de raça, cor, nacionalidade, estado
ou condição económica” (artigo IV, da Constituição,
Disciplina). Além disso, a Conferência Geral afirma que a
“Inclusividade nega qualquer aparência de discriminação”.
[¶ 139 de 2008 Disciplina]
¶161.
¶161.
Número da petição: 21011-CB-¶161.B-G; Myers, Kevin RiceSun Prairie, WI, EUA pela Conferência Anual de Wisconsin;
Jackson, Fredric O., - White Plains, NY, EUA pela Conferência
Anual de Nova Iorque. 7 petições similares.
Igualdade no Casamento
Alterar o ¶161.B da seguinte forma:
Número da petição: 21013-CB-¶161.B-G; Bartlett, Laura
Jaquith, - Eagle Creek, OR, EUA pela Conferência Anual de
Orégão-Idaho.
Definição de Casamento
Alterar Os Princípios Sociais II. A Comunidade
Educadora B) Casamento (Parágrafo 161B) da seguinte
forma:
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Afirmamos a santidade da aliança do casamento, a qual
se expressa no amor, apoio mútuo, no compromisso pessoal
e na fidelidade partilhada. entre um homem e uma mulher.
Acreditamos que a bênção de Deus repousa sobre tal casamento, quer existam ou não filhos dessa união. Rejeitamos
as normas sociais que assumem padrões diferentes para as
mulheres, em relação aos homens, dentro da união.
Apoiamos as leis na sociedade civil que definem o casamento como a união de um homem e de uma mulher de dois
adultos que deram o seu consentimento.
Fundamentação da petição:
Esta acção dará um passo no sentido de implementar o
nosso objectivo quebrado de inclusividade. É importante
para as nossas políticas declaradas sejam inclusivas e não
discriminatórias.
Afirmamos a santidade da aliança do casamento, a qual se
expressa no amor, apoio mútuo, no compromisso pessoal e
compartilhada fidelidade entre um homem e uma mulher duas
pessoas adultas. Acreditamos que a bênção de Deus repousa
sobre tal casamento, quer existam ou não filhos dessa união.
Rejeitamos as normas sociais que assumem padrões diferentes
para as mulheres, em relação aos homens, dentro da união.
Apoiamos as leis na sociedade civil que definem o casamento
como a união de um homem e de uma mulher.
Fundamentação da petição:
O casamento é um compromisso sagrado, pois é o dom
do amor de Deus que uniu essas duas pessoas. O casamento não é um privilégio exclusivo de apenas um grupo - os
heterossexuais. Isso trata-se de discriminação. Estas alterações irão eliminar a discriminação contra casais do mesmo
sexo, a quem foi igualmente dado o dom do amor de Deus.
¶161.
Número da petição: 21014-CB-¶161.B-G; Fisher, John, South Haven, MI, EUA. 1 petição similar.
Definição de Casamento
Alterar o ¶ 161.B da seguinte forma:
¶ 161 B) Casamento—Afirmamos a santidade da
aliança do casamento, a qual se expressa no amor, apoio
mútuo, no compromisso pessoal e na fidelidade partilhada
entre um homem e uma mulher duas pessoas que se amam
e assumem o compromisso um com o outro. Acreditamos
que a bênção de Deus repousa sobre tal casamento, quer
existam ou não filhos dessa união. Rejeitamos as normas
sociais que assumem padrões diferentes para as mulheres,
em relação aos homens, dentro da união. Apoiamos as leis da
sociedade civil que definem o casamento como a união de
um homem e uma mulher duas pessoas que se amam e estão
comprometidas uma com a outra.
Fundamentação da petição:
Deus move-se no nosso meio, através dos nossos tribunais e políticas, para que saibamos que a dor e o sofrimento causados pela negação de direitos em ter cônjuges
amorosos, carinhosos e fiéis, não é moralmente nem teologicamente aceitável. Além disso, há cem anos, a igreja decidiu que o sexo não é somente…
¶161.
Número da petição: 21016-CB-¶161.B-G; Fitzgibbons,
Kevin, - Olathe, KS, EUA.
Definição de Casamento
Alterar o ¶161B da seguinte forma:
Casamento—Afirmamos a santidade da aliança do
casamento, o qual se expressa no amor, apoio mútuo, no
compromisso pessoal e compartilhada fidelidade entre um
homem e uma mulher Acreditamos que a bênção de Deus
repousa sobre tal casamento, quer existam ou não filhos
dessa união.
Rejeitamos as normas sociais que assumem padrões
diferentes para as mulheres, em relação aos homens, dentro
da união. Apoiamos as leis na sociedade civil que definem o
casamento como a união de um homem e de uma mulher.
Fundamentação da petição:
Considerando que, o casamento entre pessoas do
mesmo sexo é uma questão muito controversa na nossa igreja, assim, devemos assumir uma postura neutra em relação
ao envolvimento da nossa denominação, no que respeita o
apoio ou a oposição às leis do casamento civil que definem
o casamento como a união de um homem e de uma mulher.
Considerando que, o casamento civil é diferente do casamento religioso…
¶161.
Número da petição: 21015-CB-¶161.B-G; Shaffer, John J., Stanwood, WA, EUA pela Conferência Anual do Noroeste
do Pacífico. 10 petições similares.
Definição de Casamento
Alterar o ¶ 161.B da seguinte forma:
¶161.
Número da petição: 21028-CB-¶161.B-G; Ryder, Jack E.,LaGrange Park, IL, EUA pela Conferência Anual do Illinois
Norte.
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Igreja e Sociedade Comitê B
Definição de casamento
Emenda do parágrafo 161B
B) Casamento - Afirmamos a santidade do doutrina do
casamento que é expresso no amor, apoio mútuo, compromisso pessoal e fidelidade partilhada entre um homem e uma
mulher dois indivíduos adultos. Acreditamos que a bênção
de Deus reside nesse casamento, quer existam ou não filhos
da união. Rejeitamos as normas sociais que assumem
parâmetros diferentes para mulheres do que para homens no
casamento. Apoiamos as leis na sociedade civil que definem
o casamento como a união de um homem e uma mulher de
dois indivíduos adultos.
Fundamentação da petição:
A Conferência Geral afirma “A Integridade nega qualquer semelhança com discriminação.” [Parágrafo 139, 2008
Disciplina]. E Jesus ensinou “E qualquer que receber em
meu nome uma criança tal como esta, a mim me recebe.” Mt.
18:5. O amor evangélico deve ser amplo e íntegro. Seguimos
o exemplo de Jesus: “Tudo representa tudo”
¶161.
Número da petição: 20681-CB-¶161.C-G; Hester, John W.,Salem, SC, EUA.
Novo casamento após o divórcio
Emenda do parágrafo 161 C conforme a seguir se
descreve:
C) Divórcio - O plano de Deus é para...
Apesar do divórcio declarar publicamente ... O bemestar de cada criança é a consideração mais importante.
O divórcio não presume um novo casamento. Apelamos
a um compromisso intencional...
Fundamentação da petição:
Jesus Cristo, nosso Senhor e o Responsável da Igreja
criticou os líderes religiosos dos seus tempos pela forma
hipócrita da aplicação da Lei de Deus. Jesus nunca ensinou
contra a homossexualidade nem contra o casamento entre
indivíduos do mesmo sexo. Ensinou contra o novo casamento após o divórcio, e chamou-o o pecado do adultério.
Deixemo-nos por isso...
¶161.
Número da petição: 20814-CB-¶161.C-G; Robbins, Carol,Nova Iorque, NI, EUA.
Enfrentar a desmotivação
C) Divórcio—O plano de Deus é um casamento fiel e
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para toda a vida. A igreja deve estar na primeira linha do aconselhamento pré-matrimonial, matrimonial, e pós-matrimonial,
para criar e preservar casamentos sólidos. A palavra
“Brokenness” (desmotivação) não será mais usada como uma
razão vaga e abrangente para o divórcio. As tentativas da igreja de preservar o casamento, necessitam de ser tão sinceras
quanto a sustentação do convénio original do mesmo. A igreja
deve promover processos construtivos claros para discernir e
definir a desmotivação, que mantém em aberto a possibilidade
de recuperação e de reconciliação dentro do casamento. No
entanto, quando um par casado está afastado… frequentemente
parte dos nossos processos judiciais actuais.
Os divórcios no clero criam uma forma especial de perturbação dentro da comunidade da igreja. Por este facto, o
superintendente e o bispo devem ser envolvidos no processo
de discernimento, a fim de melhorar o cuidado para o clérigo/a e a/o sua/seu esposa/o e a comunidade da igreja.
Embora o divórcio…
Fundamentação da petição:
Esta petição propõe que a igreja ofereça um melhor
suporte para discernir e definir o que constitui a “desmotivação” num casamento. Até à data, o termo “desmotivação”
foi usado como vago e aglomerador para todas as separações
sem causa definida e sem culpas, enquanto que um compromisso aberto e construtivo, pode provar ser uma avenida…
¶161.
Número de petição: 20136-CB-¶161.D; Winkler, James,Washington, DC, EUA para a Junta Geral de Igreja e
Sociedade.
Sexualidade humana
Alterar ¶161F) Sexualidade humana, da seguinte
forma:
Defendemos que a sexualidade é um bom presente de
Deus para todas as pessoas. Apelamos a todos que façam
uma gestão responsável desse dom sagrado.
Embora todas as pessoas sejam seres sexuais quer sejam
casados ou não, as relações sexuais são confirmadas apenas
com a aliança do casamento monogâmico e heterossexual.
Lamentamos todas as formas de comercialização, abuso e
exploração sexual. Fazemos um apelo para aplicação global
rigorosa de leis que proíbam a exploração sexual de crianças e
uma protecção, orientação e aconselhamento adequados para
crianças vítimas de abuso. Todas as pessoas, independentemente da idade, sexo, estado civil ou orientação sexual, têm
direito a ter os seus direitos humanos e civis e a serem protegidos contra a violência. A Igreja deve apoiar a família no fornecimento de formação adequada à idade no que diz respeito à
sexualidade para crianças, jovens e adultos.
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Defendemos que todas as pessoas são indivíduos de
valor sagrado, criados à imagem de Deus. Todas as pessoas
precisam do ministério da Igreja nas suas lutas para a realização humana, bem como a assistência espiritual e emocional de uma comunhão que permite conciliar
relacionamentos com Deus, com os outros e consigo próprio.
A Igreja Metodista Unida não tolera a prática da homossexualidade e considera essa prática incompatível com a doutrina cristã. Defendemos que a graça de Deus está disponível
para todos. Procuraremos viver juntos em comunidade
cristã, acolhendo, perdoando e amando uns aos outros, como
Cristo nos amou e nos aceitou. Imploramos às famílias e
igrejas para não rejeitarem nem condenarem os membros e
amigos gays e lésbicas. Comprometemo-nos a pertencer ao
ministério para e com todas as pessoas. (Consultar a Decisão
do Conselho Jurídico 702.)
Como parte do Corpo de Cristo, defendemos que todas
as pessoas são indivíduos de valor sagrado, criados à
imagem de Deus. Defendemos que a sexualidade é um bom
presente de Deus para todas as pessoas. Afirmamos isso
como uma parte intrínseca da nossa personalidade, e como
um elemento rico, complexo da vida humana.
A nossa tradição de fé explicita a importância de uma
abordagem abrangente para com a sexualidade humana que
depende de um exame de princípios bíblicos, uma aplicação
dos princípios da teologia Wesleyana e um testemunho
profético para a graça de Deus num mundo fragmentado.
Acreditamos que cada um desses mandatos de origem dão as
boas-vindas ao povo de Deus na vida da igreja.
Apelamos a todas as pessoas que façam uma gestão
responsável do dom sagrado da sexualidade humana.
Rejeitamos todas as formas de abuso, comercialização e exploração de relações meramente para a gratificação sexual.
Como denominação, estamos em conflito em relação às
expressões homossexuais da sexualidade humana.
Independentemente de posições pessoais profundamente
enraizadas por pessoas fiéis, em nome da verdade das nossas
diferenças, procuramos dissolver o muro de inimizade entre
nós e ser o Corpo de Cristo juntos. O apóstolo Paulo confirma isso quando proclama: “Como é, há muitos membros,
mas um só corpo.” Embora reconhecendo as diferenças
inevitáveis de opinião, nós oramos por compaixão no meio
de perspectivas diferentes. Como discípulos de Jesus Cristo
que transformam o mundo, nós nos comprometemos a um
estudo contínuo, oração e conferência sagrada, ao mesmo
tempo que procuramos o entendimento no amor.
Comprometemos a nossa vida em conjunto para a
erradicação da homofobia e heterossexismo. Imploramos
aos membros da igreja, ao clero e às congregações para não
rejeitarem nem condenarem os membros, familiares e amigos gays e lésbicas.
Todas as pessoas, independentemente da idade, sexo,
DCA Edição Avançada
estado civil, orientação sexual ou género têm direito a ter os
seus direitos humanos e civis e a serem protegidos contra a
violência e todas as formas de discriminação. Fazemos um
apelo para aplicação global rigorosa de leis que proíbam a
exploração sexual de crianças e uma protecção, orientação e
aconselhamento eficazes para crianças vítimas de abuso.
Comprometemo-nos a pertencer ao ministério para e
com todas as pessoas. Somos chamados a criar espaços
seguros para as pessoas, jovens e velhos, para discutir
questões relacionadas com a sexualidade humana e relacionamentos humanos saudáveis. Apoiamos o fornecimento
de educação sexual abrangente e adequada à idade para crianças, jovens e adultos. Todas as pessoas precisam do ministério da Igreja nas suas lutas para a realização humana,
bem como a assistência espiritual e emocional de uma
comunhão que permite conciliar relacionamentos com Deus,
com os outros e consigo próprio.
Fundamentação da petição:
Defendemos que todas as pessoas são indivíduos de
valor sagrado, criados à imagem de Deus. Defendemos que
a sexualidade é um bom presente de Deus para todas as pessoas. Comprometemo-nos a pertencer ao ministério para e
com todas as pessoas.
¶161.
Número da petição: 20612-CB-¶161.E-G; Tooley, Mark,Fairfax, VA, EUA.
Presente de Deus de género masculino e feminino
Adicionar ao final do parágrafo 161.E: Defendemos o
presente de Deus dos géneros masculino e feminino e lamentamos a angústia que leva à confusão de género e às tentativas de mudança de género. O conselheiro sentimental e
religioso deve sublinhar a sacralidade do corpo humano.
Fundamentação da petição:
A Igreja deve ajudar as pessoas que lutam contra a confusão do género com o conselheiro religioso a afirmar a sua
personalidade plena e a sacralidade do presente de Deus dos
géneros masculino e feminino.
¶161.
Número da petição: 21009-CB-¶161.E-G; Lobacz, Steve,IL, EUA.
Inclusividade da identidade do género
Alterar o ¶161E da seguinte forma:
E) Mulheres e Homens Identidade de Género &
Orientação Sexual - Nós afirmamos com a Escritura a
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humanidade comum do masculino e feminino, tendo ambos
valor igual aos olhos de Deus. a nossa humanidade comum
não obstante a identidade do género ou a orientação sexual.
Nós somos de valor igual aos olhos de Deus. Nós rejeitamos
a noção errónea que um género é superior ao outro, que um
género deve lutar contra o outro e que os membros de um
género podem receber amor, poder e estima somente à custa
do outro. Nós rejeitamos especialmente a ideia que Deus fez
os indivíduos como fragmentos incompletos, feitos inteiros
somente na união com outro. Nós apelamos às mulheres e
igualmente aos homens a todas as pessoas para partilharem
o poder e o controle, aprenderem a dar livremente e a receber livremente, a estarem completos e respeitarem a integridade dos outros. Nós procuramos para cada individuo
oportunidades e liberdade para amar e ser amado, para
procurar e receber justiça e praticar a auto-determinação
ética. Nós compreendemos a nossa diversidade de género
como um dom de Deus, destinada a adicionar à variedade
rica da experiência e da perspectiva humana; e nós protegemo-nos contra as atitudes e as tradições que usariam este
dom bom para deixar os membros de um(a) sexo identidade
de género ou orientação sexual mais vulneráveis nos relacionamentos do que membros do outro.
Fundamentação da petição:
A característica da Inclusividade está incorporada na
constituição da nossa igreja. A Igreja Metodista Unida acolheu historicamente como membros “todas as pessoas sem
consideração à raça, cor, origem nacional, estado ou
condição económica” (Artigo IV, Constituição, Disciplina).
Além disso, a Conferência Geral afirma, “A Inclusividade
nega qualquer semelhança com discriminação.” (Parágrafo
139, Disciplina 2008)
¶161.
Número da petição: 21029-CB-¶161.E-G; Ryder, Jack E.,LaGrange Park, IL, EUA.
Integridade da Identidade do Género
Emenda do parágrafo 161E
E) Mulheres e Homens Identidade de Género Afirmamos com as Escrituras a humanidade comum de
homens e mulheres, tendo igual valor aos olhos de Deus. a
nossa humanidade independentemente da identidade do
género. Somos iguais aos olhos de Deus. Rejeitamos a
noção errada que um género é superior a outro, que um
género deve lutar contra outro, e que os membros de um
género possa receber amor, poder e estima apenas a custas
do outro. Apelamos juntamente às mulheres e aos homens a
todas as pessoas que partilhem o poder e o controlo que
267
aprendam a dar livremente e a receber livremente, para
serem completos e respeitar a integridade dos outros.
Procuramos oportunidades e liberdade para amar e serem
amados para todos os indivíduos, para procurar e terem
justiça e para praticarem a auto-determinação.
Compreendemos a nossa diversidade de género como uma
dádiva de Deus, intencionada para acrescentar à grande variedade de experiência e visão humana; e reservamo-nos contra atitudes e tradições que iriam utilizar esta boa dádiva para
tornar os membros de um sexo de uma identidade de género
mais vulneráveis do que os membros de outro.
Fundamentação da petição:
A Conferência Geral afirma “A Integridade nega qualquer semelhança com discriminação.” [Parágrafo 139, 2008
Disciplina]. E Jesus ensinou “E qualquer que receber em
meu nome uma criança tal como esta, a mim me recebe.” Mt.
18:5. O amor evangélico deve ser amplo e íntegro. Seguimos
o exemplo de Jesus: “Tudo representa tudo”
¶161.
Número da Petição: 20023-CB-¶161.F; Lyon, Louie, - AZ,
EUA pela Conferência Anual do Deserto do Sudoeste;
Jackson, Fredric O. - White Plains, NY, EUA pela
Conferência Anual do Nova Iorque.
Retirada de fraseado
Alterar: ¶ 161 (F), suprimindo a palavra heterossexual:
Alterar a Terceira frase:
Apesar de todas as pessoas serem seres sexuais,
sejam ou não casadas, as relações sexuais são afirmadas apenas com a aliança monogâmica do casamento heterossexual.
Fundamentação da Petição:
A nossa Igreja afirma a santidade da aliança do casamento. Como um compromisso essencial para a estabilidade
de todos os relacionamentos, sejam eles na forma de casamento ou uniões civis, devemos tê-lo como nosso padrão.
Os casais heterossexuais e homossexuais, dentro de relações
empenhadas podem, pela graça de Deus, satisfazer essas características do casamento fiel.
¶161.
Número da Petição: 20024-CB-¶161.F; Lyon, Louie, - AZ,
EUA pela Conferência Anual do Deserto do Sudoeste;
Ryder, Jack E - LaGrange Park, IL, EUA pela Conferência
Anual do Illinois Norte. 1 petição similar.
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Retirada de fraseado
Alterar, apagando a frase, conforme indicado no
¶ 161(F) Sexualidade Humana:
Retirar a terceira frase do parágrafo final: A Igreja
Metodista Unida não tolera a prática da homossexualidade e
considera essa prática incompatível com a doutrina cristã.
Fundamentação da Petição:
A dignidade de cada ser humano reside no amor infinito
de Deus revelado em Jesus Cristo. Com Wesley, entendemos
que a graça proveniente de Deus é concedida universalmente
a toda a humanidade. Todas as pessoas devem ser bem acolhidas como participantes na nossa igreja.
¶161.
Número da petição: 20659-CB-¶161.F-G; Tooley, Mark,Fairfax, VA, EUA.
Pornografia na Internet
Adicionar no final do terceiro parágrafo no ¶161.A:
Lamentamos a difusão da pornografia na Internet, incluindo
entre Cristãos e, especialmente o seu impacto em jovens e
nos casamentos. A Igreja deve dar prioridade a ministérios
curativos entre os seus utilizadores, enfatizando o propósito
de Deus para o sexo como expressão de amor entre marido e
mulher.
Fundamentação da petição:
A pornografia na Internet é um problema enorme em
cada sector da sociedade, e a Igreja deve apresentar uma
alternativa saudável da finalidade do sexo para Deus.
¶161.
Número da petição: 20874-CB-¶161.F-G; Naapi, Leo,Reedsport, OR, EUA; Woodie, Shirley H. - Ozark, AL, EUA
pela Conferência Anual do Alabama - West Florida. 4
petições similares.
Homossexualidade
Manter o actual ¶ 161.F sem alterações.
Fundamentação da petição:
A declaração acima na nossa DISCIPLINA está em
acordo com as escrituras de DEUS. A questão homossexual
foi deslocada de uma questão de pecado para uma questão de
discriminação. DEUS chama muito claramente a um acto
homossexual um pecado em Levítico 18:22. Outras escrituras pertinentes são Deuteronómio 4:2 e Hebreus 10:26.
Deuteronómio 4:2, “Você…
¶161.
Número da petição: 20923-CB-¶161.F-G;
Jonathan,- Arcadia, FL, EUA.
Carlsen,
Definições
Adicionar novo texto e subparágrafos ao último parágrafo do parágrafo n.º 161F (começando com “Nós afirmamos que todas as pessoas ...,” pp. 103-104) e reorganizar
conforme a seguir se descreve:
1. Emenda da secção de abertura como um parágrafo
(p. 103):
Afirmamos que todas as pessoas... cuidam de uma
comunhão que permita a reconciliação as relações com
Deus, com outros e com o próprio, com base nas sagradas
Escrituras.
2. Adicionar a próxima frase (p. 103) como um novo
sub-parágrafo:
A Igreja Metodista Unida não tolera a prática da
homossexualidade e considera essa prática incompatível
com a doutrina cristã.
3. Adicionar novos subparágrafos:
Relativamente aos termos transvestismo, bissexual,
transexual e transgénero, há demasiado tempo que a Igreja
tem estado confusa e menos atenta. Algumas destas
palavras tiveram uma alteração no significado ao longo
dos anos, aumentando a confusão. Além disso, algumas
das palavras têm ganho carga política. Por isso, para falar
a verdade no amor, devemos compreender o que estas
palavras significam.
O Transvestismo refere-se ao vestuário de roupas,
maquilhagem ou acessórios tipicamente utilizados pelo
sexo oposto. Durante milénios, tem sido presença constante no teatro, em particular na comédia. O
Transvestismo é por vezes acompanhado por ânsias
homossexuais ou actos, mas nem sempre. Os Psiquiatras
reconhecem que algum transvestismo é uma desordem
compulsiva.
Um bissexual é alguém que tem desejos sexuais por
pessoas de ambos os sexos ou que se envolver em actos sexuais com membros de ambos os sexos.
O significado de transexualidade mudou ao longo dos
anos. Antigamente, os psiquiatras descreviam-na como uma
condição em que alguém deseja negar ou alterar o sexo
biológico de alguém e tornar-se membro do sexo oposto. Os
Transexuais descrevem-se frequentemente como “aprisionados no corpo errado”. A transexualidade pode ou não ser
acompanhada por desejos ou actos homossexuais. Os
psiquiatras referem-se agora a esta condição como uma desordem de identidade do género. O seu único “tratamento”
reconhecido para esta condição é o chamado “tratamento de
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Igreja e Sociedade Comitê B
retribuição de sexo” ou “operação de mudança de sexo”,
normalmente uma combinação de injecções de hormonas e
uma cirurgia cosmética drástica para alterar a aparência corporal exterior para imitar a aparência de um corpo do sexo
oposto. Não altera o modelo genético da pessoa, por isso a
alteração na identidade do género é mais uma ilusão do que
real. Os psiquiatras reportam que estas operações, mesmo
quando tecnicamente bem sucedidas, nem sempre aliviam os
sentimentos negativos associados com a condição. Mais
recentemente, alguns restringiram a palavra transexual para
aqueles que tenham recebido o “tratamento de retribuição de
sexo” ou estejam a preparar-se para o mesmo.
O transgénero tornou-se um termo abrangente incluindo transexuais, travestis e por vezes homossexuais e bissexuais.
Como o suicídio (parágrafo 161N), tanto o desejo em
tornar-se membro do sexo oposto e a execução dos passos em
tornar-se um, representam a negação da sabedoria da criação de
Deus. Dizem que Deus errou na atribuição do sexo de uma pessoa. Além disso, a felicidade superficial que advém, por vezes,
do “tratamento de re-atribuição de sexo” pode subverter-se e
impedir que se obtenha a verdadeira felicidade apenas encontrada em Jesus Cristo. Da mesma forma, o transvestismo,
proibido nas Escrituras (Deuteronómio 22:5, uma parte da lei
moral do Velho Testamento de acordo estamos comprometidos
em obedecer, de acordo com os Artigos da Religião, art. VI),
desmente as palavras de Paulo “Não serei dominado por nada”
(1 Coríntios 6:12). A actividade sexual com mais de um parceiro, incluindo actividade bissexual, é incompatível com o
compromisso da Igreja para a fidelidade no casamento
monogâmico e o celibato quando solteiro. Por isso, a Igreja
Metodista unida não condena qualquer uma destas práticas e
considera-as contrárias aos ensinamentos Cristãos. Contudo, a
graça de Deus através do Espírito Santo é mais do que suficiente
para dar a todas as pessoas destes e de outros desejos e torná-las
a todas em discípulos de Deus, fiéis e produtivos. A Escritura (1
Coríntios 6:9-11) e a experiência escrita testemunham ambos
que essa entrega é possível e que temos a própria promessa do
Espírito Santo “A minha graça te basta, porque o meu poder se
aperfeiçoa na fraqueza.” (2 Coríntios 12:9).
4. Emenda da secção final do parágrafo (começando
com “Afirmamos que a graça de Deus...,” pp. 103-104):
Esta graça, Nós afirmamos que a graça de Deus , está
disponível para todos. Procuraremos viver juntos em comunidade cristã, acolhendo, perdoando e amando uns aos outros, como Cristo nos amou e nos aceitou. Imploramos às
famílias e igrejas que não rejeitem ou condenem os membros
da família de lésbicas e homossexuais e amigos que estejam
envolvidos nestas práticas. Comprometemo-nos a pertencer
ao ministério para e com todas as pessoas. 1
1. Consultar a Decisão do Conselho Jurídico 702.
269
Fundamentação da petição:
Uma facção ideológica co-optou “reconciliação”
destorcendo o seu significado nesta contexto. As definições
são baseadas na The Gale Encyclopedia of Medicine (3ª ed.,
2006), o Diagnostic and Statistical Manual of Mental
Disorders (4ª ed., 2000), The Gay Almanac (Berkley Books,
1996), e The Lesbian Almanac (Berkley Books, 1996).
¶161.
Número da petição: 21030-CB-¶161.F-G; Grenz, Jeanette,KS, EUA. 25 petições similares.
Sexualidade humana
Emenda do parágrafo 161.F conforme a seguir se
descreve:
161.F) Sexualidade Humana - Defendemos que a sexualidade é um bom presente de Deus para todas as pessoas.
Apelamos a todos que façam uma gestão responsável desse
dom sagrado.
Apesar de todas as pessoas serem seres sexuais quer
sejam ou não casados, as relações sexuais são apenas aceites
com a doutrina de um casamento monogâmico e heterossexual. as relações sexuais são apenas a mais clara afirmação no
laço do casamento. as relações sexuais são apenas mais evidentemente afirmadas por uma doutrina sagrada. O sexo pode
tornar-se explorador tanto dentro como fora da doutrina do
casamento. Rejeitamos todas as expressões sexuais que prejudicam ou destroem a humanidade que Deus nos deu como direito de nascimento, e afirmamos apenas essa expressão sexual
que reforça essa mesma humanidade. Acreditamos que as
relações sexuais onde um ou ambos os parceiros sejam exploradores, abusivos ou promíscuos estão além dos parâmetros do
comportamento Cristão aceitável e são, por fim, destrutivos
para indivíduos, famílias e ordem social.
Afirmamos que todas as pessoas são indivíduos de
valor sagrado, criado à imagem de Deus independentemente
da sua orientação e identidade sexual. Todas as pessoas precisam do ministério da igreja nas suas lutas para realização
humana, bem como a assistência espiritual e emocional de
uma comunhão que permite conciliar relacionamentos com
Deus, com os outros e consigo próprio. A Igreja Metodista
Unida não tolera a prática da homossexualidade e considera
essa prática incompatível com a doutrina cristã. Enquanto
Cristãos de boa fé diferem no que os ensinamentos Cristãos
revelam relativamente à identidade e orientação sexual, afirmamos que a graça de Deus está disponível a todos.
Procuraremos viver juntos em comunidade cristã, acolhendo, perdoando e amando uns aos outros, como Cristo nos
amou e nos aceitou. Pedimos às famílias e igrejas que não
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rejeitem nem condenem os membros lésbicos e homossexuais e amigos membros e amigos com base na identidade sexual ou orientação sexual. Comprometemo-nos a pertencer ao
ministério para e com todas as pessoas.
Fundamentação da petição:
A linguagem actual no parágrafo 161.F no LdD de
2008 é apreciativa e discriminatória relativamente a pessoas
lésbicas/homossexuais/bissexuais/transgénero. Essa linguagem apresenta uma falta de compreensão do conhecimento científico actual e ignora as descobertas da
Associação Psiquiátrica Americana e a Associação
Psicológica Americana.
condição económica” de acordo com o Artigo IV da
Constituição.
Todas as pessoas irão discordar que apesar de discordarmos uns com os outros, a Igreja Metodista Unida dá verdadeiramente as boas vindas independentemente do...
¶161.
Número da petição: 21032-CB-¶161.F-G; Pasion, Earlie,Cidade de Cauayan para a Convocação Global de Jovens e
Assembleia Legislativa.
Sexualidade humana
¶161.
Número da petição: 21031-CB-¶161.F-G; Ruggles, Bruce,Minneapolis, MN, EUA para a Conferência Anual de
Minnesota; Oduor, Ralph R.R.,- Lawrence, MA, EUA para a
Conferência Anual de Nova Inglaterra; Chu, William W.,Williamston, MI, EUA para a Conferência Anual de
Michigan Ocidental; LaGree, Patty,- Des Moines, IA, EUA
para a Conferência Anual de Iowa; Bartlett, Laura Jaquith,Eagle Creek, OR, EUA para a Conferência Anual de
Oregon-Idaho; Sachen, Kristin L.,- San Francisco, CA, EUA
para a Conferência Anual Califórnia-Nevada; Myers, Kevin
Rice,- Sun Prairie, WI, EUA para a Conferência Anual do
Wisconsin; Hermes, Steven E.,- Kalispell, MT, EUA para a
Conferência Anual de Yellowstone. 6 petições similares.
Sexualidade humana
Emenda do Parágrafo 161.F do Livro de Disciplina
conforme a seguir se descreve:
F) Sexualidade Humana - Afirmamos...
Embora todas as pessoas sejam seres sexuais quer
sejam casados ou não, as relações sexuais são confirmadas
apenas com a aliança do casamento monogâmico e heterossexual.
Deploramos todas as formas...
Defendemos que todas as pessoas são indivíduos de valor
sagrado, criadas à imagem de Deus. Todas as pessoas precisam
do ministério da Igreja nas suas lutas para a realização humana,
bem como a assistência espiritual e emocional de uma
comunhão que permite conciliar relacionamentos com Deus,
com os outros e consigo próprio. A Igreja Metodista Unida não
tolera a prática da homossexualidade e considera essa prática
incompatível com a doutrina cristã. Defendemos que a graça
de Deus está disponível para todos...
Fundamentação da petição:
A Igreja Metodista Unida tem historicamente dado as
boas vindas para o estado de membro de “todas as pessoas
independentemente da raça, cor, origem nacional, estado ou
Eliminar o parágrafo 161.F e substituir com o seguinte:
Defendemos que a sexualidade é uma dádiva de Deus
para todas as pessoas. Acreditamos que as pessoas possam
ser totalmente humanas quando esse dom é reconhecido e
afirmado por eles próprios, a igreja e a sociedade. Apelamos
a todas as pessoas a todos para o cumprimento disciplinado,
responsável delas próprias, outros e sociedade na representação desta dádiva sagrada. Também reconhecemos a compreensão limitada desta dádiva complexa e incentivamos as
disciplinas médicas, teológicas e ciência social para se
juntarem num esforço determinado para uma compreensão
plena da sexualidade humana. Os Metodistas Unidos, juntamente com outros Cristãos, lutaram para identificar os
princípios para aplicar nos ensinamentos tradicionais a compreensão contemporânea da sexualidade humana.
Reconhecemos que a sexualidade é parte de um mistério humano maior, a ser recebido e reconhecido na responsabilidade graciosa. Rejeitamos todas as expressões sexuais
que prejudicam ou destroem a humanidade que Deus nos
deu. Deploramos todas as formas de comercialização, abuso
e exploração das relações sexuais, com a sua banalização e
degradação da personalidade humana Fazemos um apelo
para a aplicação global rigorosa de leis que proíbam a exploração sexual de crianças por adultos e incentivamos os
esforços para responsabilizar os agressores legal e financeiramente. Apelamos à protecção adequada, orientação e
aconselhamento para crianças vítimas de abuso.
Acreditamos que a Igreja deve apoiar a família no fornecimento de formação adequada à idade no que diz respeito à
sexualidade para crianças, jovens e adultos. Desafiamos
todos os membros da nossa comunidade de fé ao compromisso, integridade e fidelidade nas suas relações sexuais.
Afirmamos que todas as pessoas são indivíduos são de
valor sagrado; porém estivemos, e permanecemos, divididos
relativamente às expressões homossexuais da sexualidade
humana. As pessoas fiéis e atenciosas que tenham enfrentado profundamente este motivo discordam com os outros;
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porém todos procuram um testemunho fiel. Continuamos a
pensar e a rezar juntos com fé e esperança que o Espírito
Santo traga brevemente a reconciliação para a nossa comunidade de fé. A paixão nos nossos desacordos aponta um
mistério humano mais profundo do que o que conhecíamos.
Acreditamos que o Espírito agitou a nossa consciência
colectiva para reconhecer este mistério de forma mais honesta, e para fazer os nossos pedidos com maior humildade
perante Deus e perante os próximos. Por isso, pedimos à
Igreja, Metodista Unida e outras, e ao mundo, que se abstenha do julgamento relativamente às pessoas e práticas homossexuais à medida que o Espírito nos conduz para uma nova
visão. Que nos deixe acolher, conhecer, perdoar e amar o
próximo como Cristo nos acolheu para que Deus possa ser
glorificado através de tudo nas nossas vidas.
Fundamentação da petição:
Honra no trabalho feito nas Conferências Gerais anteriores e considerar este relatório de maioria na revisão do
Livro de Disciplina de 2008, parágrafo 161F. Para afirmar o
relatório de maioria do relatório de maioria Igreja e
Sociedade à Conferência Geral de 2008, recomendando a
substituição da Disciplina 2004 parágrafo 161G (parágrafo
161F na Disciplina 2008).
¶161.
Número da petição: 21033-CB-¶161.F-G; Robertson,
Karen,- Topeka, KS, EUA para a Conferência Anual do
Kansas Este.
Sexualidade humana
Emenda do parágrafo 161.F conforme a seguir se
descreve:
Parágrafo 161.F) Sexualidade Humana - Defendemos que a sexualidade é um bom presente de Deus para
todas as pessoas. Apelamos a todos que façam uma gestão
responsável desse dom sagrado.
Embora todas as pessoas sejam seres sexuais quer sejam
casados ou não, as relações sexuais são confirmadas apenas com
a aliança do casamento monogâmico e heterossexual. as relações
sexuis são apenas mais claramente afirmadas no laço do casamento. as relações sexuais são apenas mais claramente afirmadas por uma doutrina sagrada. O sexo pode tornar-se
explorador tanto dentro como fora da doutrina do casamento.
Rejeitamos todas as expressões sexuais que prejudicam ou
destroem a humanidade que Deus nos deu como direito de
nascimento, e afirmamos apenas essa expressão sexual que
reforça essa mesma humanidade. Acreditamos que as relações
sexuais onde um ou ambos os parceiros sejam exploradores,
abusivos ou promíscuos estão além dos parâmetros do comportamento Cristão aceitável e são, por fim, destrutivos para
indivíduos, famílias e ordem social.
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Afirmamos que todas as pessoas são indivíduos de
valor sagrado, criado à imagem de Deus independentemente
da sua orientação e identidade sexual. Todas as pessoas precisam do ministério da Igreja nas suas lutas para a realização
humana, bem como a assistência espiritual e emocional de
uma comunhão que permite conciliar relacionamentos com
Deus, com os outros e consigo próprio. A Igreja Metodista
Unida não tolera a prática da homossexualidade e considera
essa prática incompatível com a doutrina cristã. Enquanto
Cristãos de boa fé diferem no que os ensinamentos Cristãos
revelam relativamente à identidade e orientação sexual, afirmamos que a graça de Deus está disponível a todos.
Procuraremos viver juntos em comunidade cristã, acolhendo, perdoando e amando uns aos outros, como Cristo nos
amou e nos aceitou. Pedimos às famílias e igrejas que não
rejeitem nem condenem os membros lésbicos e homossexuais e amigos membros e amigos com base na identidade sexual ou orientação sexual. Comprometemo-nos a pertencer
ao ministério para e com todas as pessoas.
Fundamentação da petição:
A linguagem actual no parágrafo 161.F no LdD de 2008
é apreciativa e discriminatória relativamente a pessoas lésbicas/homossexuais/bissexuais/transgénero. Essa linguagem
apresenta uma falta de compreensão do conhecimento científico actual e ignora as descobertas da Associação Psiquiátrica
Americana e a Associação Psicológica Americana.
¶161.
Número da petição: 21034-CB-¶161.F-G; Fitzgibbons,
Kevin,- Olathe, KS, EUA.
Sexualidade humana
Emenda do parágrafo 161F conforme a seguir se
descreve:
F) Sexualidade Humana—Afirmamos...
Embora todas as pessoas sejam seres sexuais quer
sejam casadas ou não, as relações sexuais são mais claramente afirmadas apenas com a aliança do casamento
monogâmico e heterossexual.
Lamentamos todas as formas de comercialização,
abuso e exploração sexual. Fazemos um apelo para aplicação
global rigorosa de leis que proíbam a exploração sexual de
crianças e uma protecção, orientação e aconselhamento adequados para crianças vítimas de abuso. Todas as pessoas,
independentemente da idade, sexo, estado civil ou orientação sexual, têm direito a ter os seus direitos humanos e
civis e a serem protegidos contra a violência e discriminação. A Igreja deve apoiar a família no fornecimento de formação adequada à idade no que diz respeito à sexualidade
para crianças, jovens e adultos.
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Afirmamos que todas as pessoas são indivíduos de
valor sagrado, independentemente da sua orientação sexual,
criada à imagem de Deus. Todas as pessoas precisam do
ministério da Igreja nas suas lutas para a realização humana,
bem como a assistência espiritual e emocional de uma
comunhão que permite conciliar relacionamentos com Deus,
com os outros e consigo próprio. A Igreja Metodista Unida
não tolera a prática da homossexualidade e considera essa
prática incompatível com a doutrina cristã. Os Cristãos de
boa fé discordam no que o ensinamento Cristão revela relativamente à homossexualidade. Alguns acreditam que a
prática da homossexualidade é incompatível com os ensinamentos Cristãos. Enquanto outros acreditam nesta prática
como incompatível com os ensinamentos Cristãos no contexto de uma relação monogâmica. Afirmamos a graça de
Deus...
Fundamentação da petição:
A linguagem actual não é a verdadeira expressão de
toda a consciência da igreja sobre a homossexualidade; o
que torna a linguagem divisível, por isso precisa de reflectir
a verdade que nós não estamos em acordo sobre a homossexualidade. Como igreja, precisamos de declarar que não
aceitamos a discriminação contra...
Sexualidade humana
Emenda do parágrafo 161.F conforme a seguir se
descreve:
...Defendemos que a graça de Deus está disponível para
todos. Através do culto a Jesus Cristo, o Espírito Santo oferece a todas as pessoas, independentemente da identidade
sexual, as misericórdias de cura da graça de Deus. Todos os
Cristãos são chamadas a viver vidas de castidade e de autocontrolo e devem, por isso, com a ajuda da graça de Deus,
ambicionar honestamente a perfeição Cristã. Procuramos
viver juntos na comunidade Cristã...
Fundamentação da petição:
Enquanto nos debruçamos sobre a sexualidade humana,
devemos transmitir claramente a disponibilidade a graça de
Deus a todas as pessoas. Esta petição enfatiza o poder de
cura da graça de Deus, que todas as pessoas necessitam.
Além disso, ao afirmar a chamada de Deus a todos os
Cristãos para se aproximarem da perfeição cristã, retira-nos
do cerne da herança teológica do Metodismo.
¶161.
Número da petição: 21037-CB-¶161.F-G; DiPaulo, Joseph,Radnor, PA, EUA.
¶161.
Identidade em Cristo
Número da petição: 21035-CB-¶161.F-G; Martin, A. W.,Lubbock, TX, EUA.
Substituir o termo
Emenda de uma frase no último parágrafo do parágrafo
161 F conforme a seguir se descreve:
A Igreja Metodista Unida não tolera a prática da
homossexualidade a prática sexual exploradora e considera
essa prática incompatível com o ensinamento cristão.
Fundamentação da petição:
a) O termo “prática de homossexualidade” é erradamente utilizado aqui, porque pode referir-se a muitas boas
acções de pessoas homossexuais, tais como o apoio a adolescentes vítimas de bullying. b) Não precisamos de qualquer outro termo desigual nesta frase. Deixa-nos afirmar um
princípio geral que todos possamos aceitar.
¶161.
Número da petição: 21036-CB-¶161.F-G; Loyer, Kenneth
M.,- York, PA, EUA.
Emenda ao quarto parágrafo do parágrafo 161 (F) conforme a seguir se descreve:
Defendemos que todas as pessoas são indivíduos de
valor sagrado, criados à imagem de Deus. Todas as pessoas
precisam do ministério da Igreja nas suas lutas para a realização humana, bem como a assistência espiritual e emocional de uma comunhão que permite conciliar
relacionamentos com Deus, com os outros e consigo próprio.
A Igreja Metodista Unida não tolera a prática da homossexualidade e considera essa prática incompatível com a doutrina cristã. Na continuidade com o ensinamento Cristão
histórico, e o consenso contínuo do movimento mundial
Cristão, a Igreja Metodista Unida considera a prática da
homossexualidade como incompatível ao ensinamento
Cristão. Afirmamos ainda que a identidade essencial das pessoas não é encontrada nas compreensões culturais contemporâneas da sexualidade, mas no significado do baptismo
como aqueles que morreram e cresceram com Cristo, e são,
por graça, crianças do Senhor. Afirmamos a graça de Deus...
Fundamentação da petição:
A cultura contemporânea sexualizou demasiado toda a
vida e muitos, mesmo dentro da igreja, têm sido seduzidos
para se definirem a eles próprios basicamente nos termos de
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Igreja e Sociedade Comitê B
atracção e prática sexual, em vez de pessoas feitas à imagem
de Deus e objectos na graça redentora em Cristo.
¶161.
Número da petição: 21038-CB-¶161.F-G; DiPaulo, Joseph,Radnor, PA, EUA.
Sexualidade humana
Emenda do segundo parágrafo do 161 (F) com um
acréscimo conforme a seguir se descreve:
Embora todas as pessoas sejam seres sexuais quer
sejam casados ou não, as relações sexuais são confirmadas
apenas com a aliança do casamento monogâmico e heterossexual. A concepção de Deus para a sexualidade humana é
baseada na própria criação. Isto é bem expresso no ritual de
casamento MU: “A doutrina do casamento foi estabelecida
por Deus, que criou-nos como homens e mulheres uns para
os outros”. As Escrituras também descrevem a doutrina do
casamento como representante da relação entre Cristo e a
“sua noiva”, a igreja.
Fundamentação da petição:
Estas alterações reflectem o ensinamento bíblico histórico conforme afirmado pela tradição contínua da Igreja Cristã
mundial durante 2000 anos, e dá a base bíblica nas ordens da
criação para a cláusula de “incompatibilidade” da Disciplina.
¶161.
Número da petição: 21039-CB-¶161.F-G; Young, Kevin &
Laura,- Linden, TX, EUA para a Conferência Anual do
Texas - Quebrar o Silêncio.
Sexualidade humana
Emenda do parágrafo 161F conforme a seguir se
descreve:
F) Sexualidade Humana - Defendemos que a sexualidade é um bom presente de Deus para todas as pessoas.
Acreditamos que as pessoas possam ser totalmente humanas
quando esse dom é reconhecido e afirmado por eles próprios,
a igreja e a sociedade. Apelamos a todas as pessoas a todos
para o disciplinado, responsável cumprimento responsável
delas próprias, outros e sociedade na representação desta
dádiva sagrada. Também reconhecemos a compreensão limitada desta dádiva complexa e incentivamos as disciplinas
médicas, teológicas e ciência social para se juntarem num
esforço determinado para oferecer à sociedade uma compreensão plena da sexualidade humana.
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Os Metodistas Unidos, juntamente com outros Cristãos,
lutaram para identificar os princípios para aplicar nos ensinamentos tradicionais para a compreensão contemporânea
da sexualidade humana.
Embora todas as pessoas sejam seres sexuais quer sejam
casados ou não, as relações sexuais são confirmadas apenas
com a aliança do casamento monogâmico e heterossexual.
Reconhecemos que a sexualidade é parte de um mistério humano maior, a ser recebido e reconhecido na responsabilidade graciosa. Rejeitamos todas as expressões sexuais
que prejudicam ou destroem a humanidade que Deus nos
deu. Deploramos todas as formas de comercialização, abuso
e exploração do sexo das relações sexuais, com a sua banalização e degradação da personalidade humana. Fazemos um
apelo para aplicação global rigorosa de leis que proíbam a
exploração sexual de crianças e incentivamos os esforços
para responsabilizar os agressores legal e financeiramente. e
Apelamos a uma protecção, orientação e aconselhamento
adequados para crianças vítimas de abuso. Todas as pessoas,
independentemente da idade, sexo, estado civil ou orientação sexual, têm direito a ter os seus direitos humanos e
civis e a serem protegidos contra a violência. A
Acreditamos que a Igreja deve apoiar a família família da
Igreja deve apoiar todas as famílias no fornecimento de formação adequada à idade no que diz respeito à sexualidade
para crianças, jovens e adultos. Desafiamos todos os membros da nossa comunidade de fé para o compromisso, integridade e fidelidade nas suas relações sexuais.
Afirmamos que todas as pessoas são indivíduos são
todos filhos de Deus e de valor sagrado; porém estivemos, e
permanecemos, divididos relativamente às expressões
homossexuais da sexualidade humana. As pessoas fiéis e
atenciosas que tenham enfrentado profundamente este motivo discordam com os outros; porém todos procuram um
testemunho fiel. Continuamos a pensar e a rezar juntos com
fé e esperança que o Espírito Santo traga brevemente a reconciliação para a nossa comunidade de fé. A paixão nos nossos desacordos aponta um mistério humano mais profundo
do que o que conhecíamos. Acreditamos que o Espírito agitou a nossa consciência colectiva para reconhecer este mistério de forma mais honesta, e para fazer os nossos pedidos
com maior humildade perante Deus e perante os próximos.
Por isso, pedimos à Igreja, Metodista Unida e outras, e ao
mundo, que se abstenha do julgamento relativamente às pessoas e práticas homossexuais à medida que o Espírito continua a levar-nos para uma nova visão. Que nos deixe
acolher, conhecer, perdoar e amar o próximo como Cristo
manda, que Deus possa ser glorificado através de tudo nas
nossas vidas., criado na imagem de Deus. Todas as pessoas
precisam do ministério da Igreja nas suas lutas para a realização humana, bem como a assistência espiritual e emocional de uma comunhão que permite conciliar
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relacionamentos com Deus, com os outros e consigo próprio.
A Igreja Metodista Unida não tolera a prática da homossexualidade e considera essa prática incompatível com a doutrina cristã. Defendemos que a graça de Deus está disponível
para todos. Procuraremos viver juntos em comunidade
cristã, acolhendo, perdoando e amando uns aos outros, como
Cristo nos amou e nos aceitou. Imploramos às famílias e
igrejas para não rejeitarem nem condenarem os membros e
amigos gays e lésbicas. Comprometemo-nos a pertencer ao
ministério para e com todas as pessoas.
Fundamentação da petição:
O Espírito agitou a nossa consciência colectiva para
reconhecer este mistério de forma mais honesta, e para fazer
os nossos pedidos com maior humildade perante Deus e perante os próximos. Pedimos que a IMU se abstenha do julgamento relativamente a pessoas e práticas homossexuais
conforme o Espírito nos leva a...
¶161.
Número da petição: 21040-CB-¶161.F-G; Cherry, William
T.,- Lancaster, PA, EUA.
Sexualidade humana
No parágrafo 161(f) Sexualidade Humana, emenda do
quarto parágrafo conforme a seguir se descreve:
Defendemos que todas as pessoas são indivíduos de
valor sagrado, criados à imagem de Deus. Todas as pessoas
precisam do ministério da Igreja nas suas lutas para a realização humana, bem como a assistência espiritual e emocional de
uma comunhão que permite conciliar relacionamentos com
Deus, com os outros e consigo próprio. A Igreja Metodista
Unida não tolera a prática da homossexualidade e considera
essa prática incompatível com a doutrina cristã. A Igreja
Metodista Unida reconhece que os seus membros têm crenças
diferentes relativamente à prática da homossexualidade.
Alguns Metodistas Unidos acreditam que a prática da homossexualidade é incompatível com os ensinamentos Cristãos.
Outros acreditam que a prática da homossexualidade é compatível com o ensinamento Cristão se praticado em relações
monogâmicas de compromisso e em conformidade com os
outros ensinamentos da Igreja relativamente à sexualidade
humana. Afirmamos a graça de Deus...
Fundamentação da petição:
A linguagem árdua e apreciativa da frase a ser eliminada está, em primeiro lugar, em conflito com o presente consenso da comunidade médica/psiquiátrica, nomeadamente,
que a homossexualidade não é uma doença mental ou física
mas sim uma condição normal para um pequeno segmento
da raça humana. Esta visão é agora...
¶161.
Número da petição: 21041-CB-¶161.F-G; Fisher, John,South Haven, MI, EUA.
Sexualidade humana
Emenda do parágrafo 161.F conforme a seguir se
descreve:
F) Sexualidade Humana—Afirmamos que a sexualidade...
Embora todas as pessoas sejam seres sexuais quer
sejam casados ou não, as relações sexuais são confirmadas
apenas com a aliança do casamento monogâmico e heterossexual.
Deploramos todas as formas...
Defendemos que todas as pessoas são indivíduos de
valor sagrado, criados à imagem de Deus. Todas as pessoas
precisam do ministério da Igreja nas suas lutas para a realização humana, bem como a assistência espiritual e emocional de uma comunhão que permite conciliar
relacionamentos com Deus, com os outros e consigo próprio.
A Igreja Metodista Unida não aceita a prática da homossexualidade e considera esta prática incompatível com o ensinamento Cristão reconhece agora que o ensinamento Cristão
histórico que condenou a prática da homossexualidade é
errado, e que nos arrependemos desses ensinamentos e pedimos perdão pela dor e sofrimento que esses ensinamentos
provocaram e provocam. Afirmamos a graça de Deus...
Fundamentação da petição:
Ao longo de todos os tempos, Deus procurou guiar a
humanidade na melhor forma de viver e os humanos procuraram discernir a plenitude dessa orientação.
Ocasionalmente, as pessoas escreveram a sua melhor compreensão dessa orientação como mandamentos e leis, por
outras, tornaram-na simplesmente hábitos. A Bíblia é...
¶161.
Número da petição: 21042-CB-¶161.F-G; Merrick, Tracy
R.,- Wexford, PA, EUA para a Primeira Igreja Metodista
Unida - Pittsburgh, PA.
Sexualidade humana
Emenda do parágrafo 161.F conforme a seguir se
descreve:
Parágrafo
161.F)
Sexualidade
Humana—
Defendemos que a sexualidade é um bom presente de Deus
para todas as pessoas. Apelamos a todos que façam uma
gestão responsável desse dom sagrado.
Embora todas as pessoas sejam seres sexuais quer sejam
casados ou não, as relações sexuais são confirmadas apenas
com a aliança do casamento monogâmico e heterossexual.
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Igreja e Sociedade Comitê B
Acreditamos que o casamento é uma união espiritual e
sexual abençoada por Deus. Afirmamos que Deus olha de
forma igual para os casados e solteiros assim como para
aqueles que têm filhos e aqueles que não, e as bênçãos de
Deus estão disponíveis para todos.
Deploramos todas as formas de comercialização, abuso,
violência sexual, e exploração de sexo indivíduos dentro de
relações sexuais. Fazemos um apelo para aplicação global
rigorosa de leis que proíbam a exploração sexual de crianças
e uma protecção, orientação e aconselhamento adequados
para crianças vítimas de abuso. Todas as pessoas, independentemente da idade, sexo, estado civil ou orientação sexual, ou identidade de género têm direito a ter os seus direitos
humanos e civis e a serem protegidos contra a violência. A
Igreja deve apoiar a família no fornecimento de formação
adequada à idade no que diz respeito à sexualidade ao bemestar sexual ao bem-estar sexual para crianças, jovens e
adultos.
Defendemos que todas as pessoas são indivíduos de
valor sagrado, criados à imagem de Deus. Todas as pessoas
precisam do ministério da Igreja nas suas lutas para a realização humana, bem como a assistência espiritual e emocional de uma comunhão que permite conciliar
relacionamentos com Deus, com os outros e consigo próprio.
A Igreja Metodista Unida não tolera a prática da homossexualidade e considera essa prática incompatível com a doutrina cristã. Defendemos que a graça de Deus está disponível
para todos. Procuraremos viver juntos em comunidade
cristã, acolhendo, perdoando e amando uns aos outros, como
Cristo nos amou e nos aceitou. Imploramos às famílias e
igrejas para não rejeitarem nem condenarem os membros e
amigos gays e lésbicas. Comprometemo-nos a pertencer ao
ministério para e com todas as pessoas.
Reconhecemos que os membros da Igreja Metodista
Unida têm opiniões divergentes acerca da compatibilidade
da fé Cristã com relações entre o mesmo sexo que sejam
expressas em amor, apoio mútuo, compromisso pessoal e
fidelidade partilhada. Reconhecemos que ainda não chegamos a um consenso neste assunto. Pedimos que dialoguemos com respeito acerca deste assunto e que respeitemos a
dignidade de todas as pessoas de fé honesta, reconhecendo
que a graça de Deus está prevista para todos e disponível
para todos. Imploramos às famílias e igrejas que não rejeitem ou condenem as pessoas homossexuais ou aqueles que as
apoiam. Comprometemo-nos a pertencer ao ministério para
e com todas as pessoas.
Fundamentação da petição:
A linguagem actual e condenatória está em conflito
com o presente estado do conhecimento científico e
aceitação social. Essa linguagem coloca o Metodismo Unido
em posição embaraçosa com as posições de outras denominações mais próximas relativamente ao mesmo e com o con-
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senso ecuménico emergente. E mais importante, a linguagem actual não é manifestamente cristã.
¶161.
Número da petição: 21043-CB-¶161.F-G; Lewis, Dan,Pasadena, CA, EUA para a Conferência Anual da CalifórniaPacífico.
Sexualidade humana
Emenda ao parágrafo 161. F) conforme a seguir se
descreve:
Parágrafo 161 F) Sexualidade Humana. Defendemos que a
sexualidade é um bom presente de Deus para todas as pessoas.
Acreditamos que as pessoas possam ser totalmente humanas
quando esse dom é reconhecido e afirmado por eles próprios, a
igreja e a sociedade. Apelamos a todos que façam uma gestão
responsável desse dom sagrado. Apelamos a todas as pessoas a
todos para o cumprimento disciplinado, responsável delas
próprias, outros e sociedade na representação desta dádiva sagrada. Também reconhecemos a compreensão limitada desta dádiva complexa e incentivamos as disciplinas médicas, teológicas e
ciência social para se juntarem num esforço determinado para
uma compreensão plena da sexualidade humana. Os Metodistas
Unidos, juntamente com outros Cristãos, lutaram para identificar
os princípios para aplicar nos ensinamentos tradicionais a compreensão contemporânea da sexualidade humana.
Embora todas as pessoas sejam seres sexuais quer sejam
casados ou não, as relações sexuais são confirmadas apenas
com a aliança do casamento monogâmico e heterossexual.
Reconhecemos que a sexualidade é parte de um mistério
humano maior, a ser recebido e reconhecido na responsabilidade graciosa. Rejeitamos todas as expressões sexuais que
prejudicam ou destroem a humanidade que Deus nos deu.
Deploramos todas as formas de comercialização, abuso
e exploração do sexo das relações sexuais, com a sua banalização e degradação da personalidade humana. Fazemos um
apelo para aplicação global rigorosa de leis que proíbam a
exploração sexual de crianças e a uma protecção, orientação
e aconselhamento adequados para crianças vítimas de abuso
ou utilização de crianças por adultos e incentivamos os
esforços para responsabilizar os agressores legal e financeiramente. Todas as pessoas, independentemente da idade,
sexo, estado civil ou orientação sexual, têm direito a ter os
seus direitos humanos e civis e a serem protegidos contra a
violência. Apelamos à protecção adequada, orientação e
aconselhamento para crianças vítimas de abuso. A Igreja
deve apoiar a família Acreditamos que a família da Igreja
deve apoiar todas as famílias no fornecimento de formação
adequada à idade no que diz respeito à sexualidade para crianças, jovens e adultos.
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Defendemos que todas as pessoas são indivíduos de
valor sagrado, criados à imagem de Deus. Desafiamos todos
os membros da nossa comunidade de fé para o compromisso, integridade e fidelidade nas suas relações sexuais.
Afirmamos que todas as pessoas são indivíduos são de valor
sagrado; porém estivemos, e permanecemos, divididos relativamente às expressões homossexuais da sexualidade
humana. Todas as pessoas precisam do ministério da Igreja
nas suas lutas para a realização humana, bem como a
assistência espiritual e emocional de uma comunhão que
permite conciliar relacionamentos com Deus, com os outros
e consigo próprio. A Igreja Metodista Unida não tolera a
prática da homossexualidade e considera essa prática incompatível com a doutrina cristã. As pessoas fiéis e atenciosas
que tenham enfrentado profundamente este motivo discordam com os outros; porém todos procuram um testemunho
fiel. Continuamos a pensar e a rezar juntos com fé e esperança que o Espírito Santo traga brevemente a reconciliação
para a nossa comunidade de fé. A paixão nos nossos desacordos aponta um mistério humano mais profundo do que o que
conhecíamos. Acreditamos que o Espírito agitou a nossa
consciência colectiva para reconhecer este mistério de forma
mais honesta, e para fazer os nossos pedidos com maior
humildade perante Deus e perante os próximos.
Defendemos que a graça de Deus está disponível para todos.
Procuraremos viver juntos em comunidade cristã, acolhendo, perdoando e amando uns aos outros, como Cristo nos
amou e nos aceitou. Imploramos às famílias e igrejas para
não rejeitarem nem condenarem os membros e amigos gays
e lésbicas. Comprometemo-nos a pertencer ao ministério
para e com todas as pessoas. Por isso, pedimos à Igreja
Metodista Unida e outras, e ao mundo, que se abstenha do
julgamento relativamente às pessoas e práticas homossexuais à medida que o Espírito nos conduz para uma nova visão.
Entretanto, tentemos acolher, conhecer e amar o próximo
como Cristo nos aceitou, que Deus seja glorificado através
de tudo nas nossas vidas.
Fundamentação da petição:
Várias constituições dentro da Igreja Metodista Unida
apoiam uma ampla vertente de passos de defesa específicos
e frequentemente divergentes concebidos para trazer a
justiça e o tratamento justo para todas as pessoas. É a
posição da Igreja Metodista Unida que todas as pessoas tenham um valor sagrado, e mesmo que tenhamos sido...
¶161.
Número da petição: 21044-CB-¶161.F-G; Shaffer, John J.,Stanwood, WA, EUA para a Conferência Anual do Pacífico
Nordeste. 10 petições similares.
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DCA Edição Avançada
Sexualidade humana
Eliminar o parágrafo 161.F e substituir com o seguinte:
Como parte do Corpo de Cristo, defendemos que todas
as pessoas são indivíduos de valor sagrado, criados à
imagem de Deus. Afirmamos a sexualidade humana como
uma parte intrínseca da nossa personalidade, e como um elemento rico, complexo da vida humana.
A nossa tradição de fé explicita a importância de uma
abordagem abrangente para com a sexualidade humana que
depende de um exame de princípios bíblicos, uma aplicação
dos princípios da teologia Wesleyana e um testemunho
profético para a graça de Deus num mundo fragmentado.
Acreditamos que cada um desses mandatos de origem dá as
boas-vindas ao povo de Deus dentro da vida da igreja.
Apelamos a todas as pessoas que façam uma gestão
responsável do dom sagrado da sexualidade humana.
Rejeitamos todas as formas de abuso, comercialização e
exploração de relações.
Como denominação, estamos em conflito em relação às
expressões homossexuais da sexualidade humana.
Independentemente de posições pessoais profundamente
enraizadas por pessoas fiéis, em nome da verdade das nossas
diferenças, procuramos dissolver o muro de inimizade entre
nós e ser o Corpo de Cristo juntos. O apóstolo Paulo confirma isso quando proclama: “Como é, há muitos membros,
mas um só corpo.” Embora reconhecendo as diferenças
inevitáveis de opinião, nós oramos por compaixão no meio
de perspectivas diferentes. Como discípulos de Jesus Cristo
que transformam o mundo, nós nos comprometemos a um
estudo contínuo, oração e conferência sagrada, ao mesmo
tempo que procuramos o entendimento no amor.
Comprometemos a nossa vida em conjunto para a
erradicação da homofobia e heterossexualismo. Imploramos
os membros da igreja, clérigo e líderes da igreja a não
rejeitar ou condenar os membros da igreja, famílias e amigos
com base na identidade de género ou orientação sexual.
Todas as pessoas, independentemente da idade, sexo,
estado civil, orientação sexual ou género têm direito a ter
os seus direitos humanos e civis e a serem protegidos contra a violência e todas as formas de discriminação.
Opomo-nos às leis de qualquer estado ou nação na qual a
prisão, morte ou qualquer punição seja baseado no
género, identidade de género ou orientação sexual.
Fazemos um apelo para aplicação global rigorosa de leis
que proíbam a exploração sexual de crianças e uma protecção, orientação e aconselhamento eficazes para crianças vítimas de abuso.
Fundamentação da petição:
Conforme apresentado na Conferência Geral de 1972,
esta secção dos Princípios Sociais foi uma declaração
profética até que foi alterada com a “frase incompatibili-
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Adicionar o seguinte parágrafo ao final do parágrafo
161.F:
Reconhecemos que tanto a Igreja como a Comunidade
Científica não percebe a(s) base(s) da homossexualidade e
que, para este fim, incentivamos a pesquisa e investigação
científica contínua para obter melhores perspectivas acerca
deste assunto.
Fundamentação da petição:
Esta declaração de apoio é oferecida para fortalecer a
actualizar a posição actual da Igreja sobre a sexualidade
humana. Uma série de passagens das escrituras apela-nos a
melhorar o conhecimento. Os exemplos são:
Mateus 7:7...batei, e abrir-se-vos-á.
Provérbios 4:6-7 Adquire pois a sabedoria...
Oséias 4:6 O meu povo é...
mente com outros Cristãos, lutaram para identificar os
princípios para aplicar nos ensinamentos tradicionais a compreensão contemporânea da sexualidade humana.
Reconhecemos que a sexualidade é parte de um mistério
humano maior, a ser recebido e reconhecido na responsabilidade graciosa. Rejeitamos todas as expressões sexuais que prejudicam ou destroem a humanidade que Deus nos deu.
Deploramos todas as formas de comercialização, abuso e exploração das relações sexuais, com a sua banalização e degradação
da personalidade humana. Fazemos um apelo para aplicação
global rigorosa de leis que proíbam a exploração sexual de crianças por adultos e incentivamos os esforços para responsabilizar os agressores legal e financeiramente. Apelamos à
protecção adequada, orientação e aconselhamento para crianças
vítimas de abuso. A Igreja deve apoiar a família no fornecimento de formação adequada à idade no que diz respeito à sexualidade para crianças, jovens e adultos. Desafiamos todos os
membros da nossa comunidade de fé para o compromisso, integridade e fidelidade nas suas relações sexuais.
Afirmamos que todas as pessoas são indivíduos são de
valor sagrado; e lamentamos que a nossa igreja esteja dividida relativamente às expressões homossexuais da sexualidade
humana. Reconhecemos que as pessoas fiéis e atenciosas
que tenham enfrentado profundamente este motivo discordam com os outro e acreditamos que a maioria dos
Metodistas Unidos procura um testemunho fiel.
Continuamos a pensar e a rezar juntos com fé e esperança
que o Espírito Santo traga brevemente a reconciliação para a
nossa comunidade de fé.
¶161.
¶161.
Número da petição: 21062-CB-¶161.F-G; Oduor, Ralph
R.R.,- Lawrence, MA, EUA para a Conferência Anual de
Nova Inglaterra.
Número da petição: 21063-CB-¶161.F-G; Sutton, Brian,Wichita, KS, EUA.
dade”. Foram adicionadas várias alterações desde 1972. Esta
nova composição produz uma declaração mais coesa; adicionalmente, elimina a “frase incompatibilidade”, a fonte de
discriminação contínua.
¶161.
Número da petição: 21045-CB-¶161.F-G; Heaberlin,
Charles,- Decatur, TX, EUA para o Grupo de Estudo Primeira IMU (Decatur, TX).
Sexualidade humana
Sexualidade humana
Sexualidade humana
Eliminar o parágrafo 161.F e substituir com o
seguinte:
Defendemos que a sexualidade é uma dádiva de Deus
para todas as pessoas. Acreditamos que as pessoas possam
ser totalmente humanas quando esse dom é reconhecido e
afirmado por eles próprios, a igreja e a sociedade. Apelamos
a todas as pessoas a todos para o cumprimento disciplinado,
responsável delas próprias, outros e sociedade na representação desta dádiva sagrada. Também reconhecemos a compreensão limitada desta dádiva complexa e incentivamos as
disciplinas médicas, teológicas e ciência social para se
juntarem num esforço determinado para uma compreensão
plena da sexualidade humana. Os Metodistas Unidos, junta-
Emenda do parágrafo 161F conforme a seguir se
descreve:
F) Sexualidade Humana—Defendemos que a sexualidade é uma dádiva de Deus para todas as pessoas. Apelamos
a todos que façam uma gestão responsável desse dom sagrado. Embora todas as pessoas sejam seres sexuais quer sejam
casados ou não, as relações sexuais são confirmadas apenas
com a aliança do casamento monogâmico e heterossexual.
Lamentamos todas as formas de comercialização, abuso e
exploração sexual. Defendemos Apelamos para aplicação
global rigorosa de leis que proíbam a exploração sexual de
crianças e a uma protecção, orientação e aconselhamento
adequados para crianças vítimas de abuso. responsabilizando
os agressores legal e financeiramente. Todas as pessoas,
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independentemente da idade, sexo, estado civil ou orientação
sexual, têm direito a ter os seus direitos humanos e civis e a
serem protegidos contra a violência. A Igreja deve apoiar a
família no fornecimento dar apoio a todas as famílias ao
providenciar educação adequada para a idade no que diz
respeito à sexualidade para crianças, jovens e adultos.
Defendemos que todas as pessoas são indivíduos de valor
sagrado, criados à imagem de Deus. Desafiamos todos os
membros da nossa comunidade de fé para o compromisso,
integridade e fidelidade nas suas relações sexuais. Apesar de
afirmarmos que todas as pessoas são indivíduos são de valor
sagrado, continuamos divididos relativamente às expressões
homossexuais da sexualidade humana. Todas as pessoas precisam do ministério da Igreja nas suas lutas para a realização
humana, bem como a assistência espiritual e emocional de
uma comunhão que permite conciliar relacionamentos com
Deus, com os outros e consigo próprio. A Igreja Metodista
Unida não tolera a prática da homossexualidade e considera
essa prática incompatível com a doutrina cristã.
Defendemos que a graça de Deus está disponível para
todos. Procuraremos viver juntos em comunidade cristã,
acolhendo, perdoando e amando uns aos outros, como Cristo
nos amou e nos aceitou. Pedimos às famílias e igrejas que
não rejeitem ou condenem as pessoas lésbicas, homossexuais, bissexuais e transgéneros, membros e amigos.
Comprometemo-nos a pertencer ao ministério para e com
todas as pessoas.
Fundamentação da petição:
A linguagem actual e condenatória está em conflito
com o presente estado do conhecimento científico e
aceitação social. Essa linguagem coloca o Metodismo Unido
em posição embaraçosa com as posições de outras denominações mais próximas relativamente ao mesmo e com o consenso ecuménico emergente. E mais importante, esta
linguagem é manifestamente não cristã.
¶161.
Número da petição: 21101-CB-¶161.F-G; Vines, Darrell L.,Lubbock, TX, EUA pela IMU de St. John - Lubbock, TX.
Sexualidade humana
Eliminar o segundo parágrafo do ¶ 161 F da seguinte
forma:
Embora todas as pessoas sejam seres sexuais quer
sejam casadas ou não, as relações sexuais são confirmadas
apenas com a aliança do casamento monogâmico e heterossexual.
Fundamentação da petição:
Esta frase é vaga, mal definida e ambígua.
¶161.
Número de petição: 20135-CB-¶161.J; Winkler, James,Washington, DC, EUA para a Junta Geral de Igreja e
Sociedade.
Aborto
Alterar ¶161 J) Aborto, da seguinte forma:
O início da vida e o fim da vida são os limites dados por
Deus da existência humanada existência de uma pessoa na
terra. Apesar de os indivíduos sempre terem tido algum grau
de controlo sobre quando morrem, agora têm o incrível
poder de determinar quando e até mesmo se novos indivíduos nascerão. A nossa crença na santidade da vida humana em
gestação torna-nos relutantes em aprovar o aborto.
Mas somos igualmente obrigados a respeitar o carácter
sagrado da vida e do bem-estar da mãe e do feto.
Reconhecemos conflitos trágicos da vida com a vida
que pode justificar o aborto e, nesses casos, apoiamos a
opção legal do aborto através de procedimentos médicos
adequados. Chamamos todos os cristãos a um inquérito minucioso e oração para os tipos de condições que podem leválos a considerar o aborto. Confiamos em Deus para fornecer
orientação, sabedoria e discernimento para aqueles que
enfrentam uma gravidez indesejada. Chamamos todos os
cristãos a um inquérito minucioso e oração para os tipos de
condições que podem levá-los a considerar o aborto.
A Igreja deve oferecer ministérios para reduzir as
gravidezes indesejadas, como a educação sexual abrangente
e apropriada à idade, a defesa para garantir o acesso à contracepção e o apoio de iniciativas que melhorem a qualidade
de vida de todas as mulheres e jovens em todo o mundo.
Apoiamos a notificação dos pais, tutores ou outros adultos
responsáveis e o seu consentimento antes de o aborto poder
ser realizado em jovens que ainda não tenham atingido a
idade da maioridade legal. Não podemos defender o aborto
como um meio aceitável de contracepçãoquando uma pessoa
utiliza conscientemente esta prática como um método de
contracepção e rejeitamos incondicionalmente o aborto
como meio de selecção de géneros.
Opomo-nos à utilização do aborto tardio, conhecido
como dilatação e extracção (aborto por nascimento parcial)
e defendemos o fim desta prática, excepto quando a vida da
mãe está em perigo e não está disponível nenhum outro procedimento médico ou em caso de anomalias graves do feto
incompatíveis com a vida. Antes de fornecerem os seus
serviços, os prestadores de serviços de aborto devem ser
obrigados a oferecer às mulheres a opção de anestesia. Este
procedimento só deve ser realizado por prestadores de
serviços médicos certificados.
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Igreja e Sociedade Comitê B
Chamamos todos os cristãos a um inquérito minucioso
e oração para os tipos de condições que podem levá-los a
considerar o aborto.
A Igreja deve oferecer ministérios para reduzir as
gravidezes indesejadas. Comprometemo-nos na nossa Igreja
a continuar a fornecer os ministérios de carinho para aqueles
que interromperem a gravidez, para aqueles no meio de uma
gravidez de risco e para aqueles que dão à luz. Defendemos
e encorajamos a Igreja a defender centros de gravidezes de
risco que compassivamente ajudam as mulheres a explorar
todas as opções relacionadas com a gravidez não planeada.
Encorajamos particularmente a Igreja, o governo e as
agências de serviços sociais a apoiarem e facilitarem a opção
da adopção. (Consultar o parágrafo 161L) Defendemos e
encorajamos a Igreja a auxiliar o ministério de centros de
gravidezes de risco e centros de recursos de gravidez que
compassivamente ajudam as mulheres a encontrar alternativas viáveis para o aborto.
As leis e regulamentos governamentais não fornecem
toda a orientação exigida pela consciência cristã informada.
Assim, uma decisão sobre um aborto deve ser feita somente
após uma cuidadosa consideração e oração das partes envolvidas, com aconselhamento médico, familiar, pastoral e outro.
Fundamentação da petição:
Somos igualmente obrigados a respeitar o carácter
sagrado da vida e do bem-estar da mãe e do nascituro e a
reconhecer os conflitos trágicos da vida com a vida que pode
justificar o aborto. Nestes casos, apoiamos a opção legal do
aborto através de procedimentos médicos adequados.
¶161.
Número da petição: 20436-CB-¶161.J-G; Pasion, Earlie,Cidade de Cauayan pela Assembleia Global Legislativa e de
Convocação dos Jovens.
Lamentar as Altas Taxas de Aborto
Alterar o sexto parágrafo do ¶ 161.J, adicionando uma
frase da seguinte forma:
Lamentamos e estamos empenhados em promover a
diminuição das elevadas taxas de aborto. A Igreja deve oferecer ministérios...
Fundamentação da petição:
Os nossos Princípios Sociais não declaram explicitamente, directamente e sem ambiguidade que gostaríamos de
ver taxas de aborto mais baixas, apesar do acordo generalizado sobre este objectivo por pessoas auto-proclamadas
de “pró-vida” e “pró-escolha”. Adicionar isto, mover-nos-ia
no sentido de promover soluções de base comuns, em vez de
mais confusão em batalhas ideológicas divisórias.
279
¶161.
Número da petição: 20522-CB-¶161.J-G; Statzer, Jondra,McKinney, TX, EUA.
Oposição ao Aborto por Eugenia
Emendar ¶ 161.J conforme a seguir se descreve:
¶ 161 J) Aborto— … Não podemos aceitar o aborto
como um meio aceitável de controlo de natalidade e rejeitamos, incondicionalmente, o aborto como forma de selecção
de género ou eugenia.
Fundamentação da petição:
À medida que a tecnologia pré-natal torna cada vez
mais possível tornar alvos letais bebés com características
indesejáveis, a nossa igreja deve pronunciar-secom uma
clara voz moral a favor de toda a humanidade. Para mais
informação sobre a eugenia e a triste história dos Metodistas
Americanos sobre a mesma, consulte a Resolução 3185:
Arrependimento pelo Apoio à Eugenia.
¶161.
Número da petição: 20523-CB-¶161.J-G; Statzer, Jondra,McKinney, TX, EUA.
Bebés com Deficiências
Emenda ¶ 161.J conforme a seguir se descreve:
¶ 161 J) Aborto— … Não podemos aceitar o aborto
como um meio aceitável de controlo de natalidade e rejeitamos, incondicionalmente, o aborto como forma de selecção
de género. Censuramos o transformar em alvo crianças não
nascidas com deficiências para o aborto. ….
Fundamentação da petição:
Os avanços nos exames pré-natais têm o efeito
secundário trágico de tornar os bebés com deficiências mais
claramente visíveis. A população com incapacidades tem
sido violentamente reduzida através do aborto, com a dignidade e valor das restantes pessoas com deficiências a
serem consequentemente denegridas. Este acréscimo iria,
valiosamente, afirmar o valor sagrado de TODAS as pessoas.
¶161.
Número da petição: 20611-CB-¶161.J-G; Tooley, Mark,Fairfax, VA, EUA.
Protecção legal dos nascituros
Adicionar ao final do primeiro parágrafo 161J:
Defendemos a protecção legal dos nascituros.
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¶161.
Número da petição: 20924-CB-¶161.J-G;
Jonathan,- Arcadia, FL, EUA.
Carlsen,
Aborto
Emenda ao parágrafo 161J:
J) Aborto—O início da vida e o fim da vida são os limites dados por Deus da existência humana. Apesar de os indivíduos sempre terem tido algum grau de controlo sobre
quando morrem, agora têm o incrível poder de determinar
quando e até mesmo se novos indivíduos nascerão. A Igreja
confrontou o aborto desde os seus primórdios. Os Romanos
antigos praticaram-no sem restrições, mas cedo uma crença
no manual da igreja e a conduta que o equacionou com
assassínio e o descreveu em conjunto com crime, roubo,
feitiçaria e outros pecados como actividades que os Cristão
não deveriam praticar (Didache, 2:2). John Wesley, durante
o seu ministério na Geórgia, ouviu rumores de uma prática
alargada de aborto em zonas da América do Norte, acreditou
neles, e ficou indignado (Wesley, Diário, 2 de Dezembro de
1737). Esta tradição e a nossa A nossa crença na santidade
de não-nascidos toda a vida humana como dom de Deus, nas
vidas dos não nascidos assim como das suas mães, torna
torna-nos relutantes em aprovar o aborto.
Mas somos igualmente obrigados a respeitar o carácter
sagrado da vida e do bem-estar da mãe e do feto.
Reconhecemos os conflitos trágicos de vida com vida
trágicos e raros conflitos onde a vida da criança não nascida
directa e imediatamente ameaça a vida física da mãe, o que
pode parece justificar o aborto, e nesses casos, incentivamos
o clero e as congregações a rezarem e apoiarem essas mães
e as suas famílias. apoie a opção legal de aborto segundo os
procedimentos médicos adequados. Apoiamos a notificação
dos pais, tutores ou outros adultos responsáveis e o seu consentimento antes de o aborto poder ser realizado em jovens
que ainda não tenham atingido a idade da maioridade legal.
Acreditamos que as mulheres que considerem o aborto
devam ser totalmente informadas acerca dos riscos de saúde
envolvidos, tanto médicos como psicológicos. Opomo-nos
incondicionalmente a qualquer forma de aborto coercivo,
quer coercivo através da pressão de membros da família,
amigos, empregadores, por decreto governamental ou pedido com a promessa de recompensa. Não podemos aceitar o
aborto como um meio aceitável de controlo de natalidade e
rejeitamos, incondicionalmente, o aborto como forma de
selecção de género.
Opomo-nos à utilização do aborto tardio, conhecido
como dilatação e extracção (aborto por nascimento parcial)
e defendemos o fim desta prática. excepto quando a vida da
mãe está em perigo e não está disponível nenhum outro pro-
cedimento médico ou em caso de anomalias graves do feto
incompatíveis com a vida.
Deploramos a corrupção da linguagem através da multiplicação de eufemismos para trivializar a decisão de tomar
intencionalmente a vida humana pelo aborto (por exemplo,
chamar à criança em desenvolvimento no útero num “tecido”, um “invasor estranho” ou um “parasita”; representando
que o “feto”, durante séculos um sinónimo exacto para “criança não nascida”, representando algo não humano;
referindo-se ao aborto como uma mera “interrupção da
gravidez” ou “procedimento médico”, ou chamando-o uma
“escolha” quando tantas mulheres “escolhem” fazê-lo
porque pensam que a sua situação não permite outra escolha). Deploramos também que o aborto se tenha transformado de uma necessidade clínica rara (agora virtualmente
desnecessária devido à tecnologia médica actual) para uma
indústria de lucros em expansão, oferecendo os seus “produtos”: bebés mortos para mulheres confusas e magoadas, tecido fetal para investigação médica, e partes do corpo e outros
órgãos para os já nascidos. Por estes motivos, rejeitamos o
rótulo “pro-escolha” que representa apoio incondicional
para todos e quaisquer abortos por qualquer motivo.
Também deploramos quaisquer ameaças ou violência,
incluindo assassínio, infligidos naqueles que protestam o
aborto, e aqueles que fazem abortos e aqueles que assistem
à execução de aborto; tais acções violam os ensinamentos
Cristão.
Chamamos todos os cristãos a um inquérito minucioso
e oração para os tipos de condições que podem levá-los a
considerar o aborto.
A Igreja deve oferecer ministérios para reduzir as
gravidezes indesejadas através do incentivo à castidade e
celibato entre solteiros e a utilização dos devidos meios de
controlo de natalidade entre os casais casados.
Comprometemos a Igreja a fornecer os ministérios de carinho para aquelas que interromperem a gravidez, para aquelas
no meio de um gravidez difícil e indesejada de uma gravidez
de risco e para aquelas que dão à luz.
Encorajamos particularmente a Igreja, o governo e as
agências de serviços sociais a apoiarem e facilitarem a opção
da adopção. (Consultar o parágrafo 161L) Defendemos e
encorajamos a Igreja a auxiliar o ministério de centros de
gravidezes de risco e centros de recursos de gravidez que
compassivamente ajudam as mulheres a encontrar alternativas viáveis para o aborto.
Reconhecemos que as leis Governamentaisas leis governamentais, regulações e decisões judiciais não dão toda a
orientação necessária aos Cristãos. pela consciência Cristã
informada. Assim, uma decisão sobre um aborto deve ser
feita somente após uma cuidadosa consideração e oração das
partes envolvidas, com aconselhamento médico, pastoral e
outro. Essas pronunciações não devem permitir ou avançar
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Igreja e Sociedade Comitê B
uma desconsideração casual pela vida humana não nascida.
Numa cultura que desvaloriza a vida humana, a Igreja deve
oferecer amor e compaixão o culto de doação de vida e
transformador de vida de Jesus Cristo.
Fundamentação da petição:
A presente declaração implica, afirma e assume
erroneamente que o aborto é um problema novo, que não
existe vida depois da morte, que o aborto não prejudica as
mulheres física e psicologicamente, que o aborto de nascimento parcial é por vezes necessário, que os indivíduos que
fazem abortos são altruístas e que todo o conselho de abortos é divino e útil.
281
que protegem o direito dos profissionais de saúde em não
participar nos abortos.
Apelamos a todos os Cristãos….
Fundamentação da petição:
Isto é fundamentalmente sobre o apoio à liberdade de
consciência. Ao adoptar essa posição, é uma declaração
importante sobre a boa vontade ecuménica e inter-religiosa,
apoiando a liberdade religiosa básica de todas as pessoas.
Tais protecções devem também abranger os nossos vizinhos,
os quais se sentem desconfortáveis com o aborto, mesmo
sem quaisquer objecções especificamente religiosas.
¶161.
¶161.
Número da petição: 21017-CB-¶161.J-G; Brewster, Dixie, Milton, KS, EUA. 1 petição similar.
Número da petição: 21019-CB-¶161.J-G; Garner, Sara, - VA,
EUA. 1 petição similar.
Aborto
Aborto
Alterar o ¶161.J da seguinte forma:
¶ 161 J) Aborto— … Antes de fornecerem os seus
serviços, os prestadores de serviços de aborto devem ser
obrigados a oferecer às mulheres a opção de anestesia. Às
mulheres que procuram efectuar um aborto deve-lhes ser
dada informação precisa e completa sobre alternativas ao
aborto, os potenciais riscos do aborto e desenvolvimento
fetal, incluindo, sempre que a tecnologia esteja disponível, a
oportunidade de ver imagens da ecografia do seu feto.
Apelamos a todos os cristãos para uma indagação minuciosa e de oração, sobre as condições que podem levá-los a
considerar o aborto. ….
Fundamentação da petição:
Isto demonstraria o nosso apoio às mulheres grávidas,
habilitando-as na sua tomada de decisão. As pessoas devem
estar plenamente informadas, quando tomam decisões
sérias, como as que são respeitantes ao aborto.
Alterar o ¶161.J da seguinte forma:
¶ 161 J) Aborto— … ou no caso de graves anomalias
no feto, incompatíveis com a vida. Sempre que o feto possa
ser capaz de sobreviver fora do ventre da sua mãe, devem ser
feitos todos os esforços razoáveis para preservar ambas as
vidas. Antes de fornecerem os seus serviços, os prestadores
de serviços de aborto devem ser obrigados a oferecer às mulheres a opção de anestesia...
Fundamentação da petição:
Embora seja importante abordar a questão específica do
aborto de nascimento parcial, isto é apenas um dos vários
métodos de aborto tardio. A nossa igreja deve, pelo menos,
ser amplamente desencorajadora de abortos tardios, reconhecendo que as gravidezes em fase avançada envolvem
DUAS vidas humanas bem desenvolvidas (a mãe e o bebé
próximo do nascimento), dignas de cuidado e de preservação.
¶161.
¶161.
Número da petição: 21018-CB-¶161.J-G; Sikes, Marget, Varnell, GA, EUA.
Número da petição: 21020-CB-¶161.J-G; Adams, Linda W.,
- Poplar Bluff, MO, EUA. 2 petições similares.
Aborto
Opção dos Profissionais de Cuidados de Saúde
Alterar o ¶ 161J da seguinte forma:
¶ 161 J) Aborto— … Antes de fornecerem os seus
serviços, os prestadores de serviços de aborto devem ser
obrigados a oferecer às mulheres a opção de anestesia.
Apoiamos a aplicação vigorosa das leis na sociedade civil,
Alterar o ¶161.J da seguinte forma:
¶ 161 J) Aborto—O início da vida e o fim da vida são
os limites dados por Deus à existência humana. Apesar de os
indivíduos sempre terem tido algum grau de controlo sobre
quando morrem, agora têm o incrível poder de determinar
quando e até mesmo se novos indivíduos nascerão. A nossa
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crença na santidade da vida humana em gestação torna-nos
relutantes em aprovar o aborto. Reconhecemos o facto de
que os ensinamentos históricos do Cristianismo, includindo
os ensinamentos do primeiro milénio após o nascimento de
Cristo, os do próprio John Wesley, e os da maioria da liderança da organização Cristã actual, têm sido esmagadoramente desencorajadores do aborto.
Mas estamos igualmente limitados...
Fundamentação da petição:
Acrescenta importante contexto histórico e ecuménico à nossa declaração sobre o aborto. Ensinamentos fundamentais dos primórdios do Cristianismo, tais como o
Didaqué, opõem-se fortemente ao aborto, tal como o fizeram os Reformadores Protestantes. A posição de Wesley
está claramente apresentada no seu jornal e no elogio a um
texto, o qual ensina que o aborto viola o sexto mandamento.
¶161.
Número da petição: 21021-CB-¶161.J-G; Mason, Rich, Tarpon Springs, FL, EUA pelo Conselho da Primeira IMU
(Tarpon Springs, FL)
Aborto
Retirar o actual ¶161.J e substituir pelo seguinte:
O início da vida e o fim da vida são os limites dados por
Deus à existência humana (Ezequias 18:4). A Bíblia demonstra que a vida inicia-se na concepção. Deus forma-nos
quando estamos no ventre da nossa mãe (Salmo 139). O profeta Jeremias foi chamado por Deus ainda antes de ter nascido (Jeremias 1:5). João Baptista saltou no ventre da sua mãe
quando ouviu a voz de Maria, a mãe do Senhor (Lucas 1:44).
De acordo com as Escrituras, as crianças no ventre
materno têm identidade espiritual e grande valor. A santidade da vida humana dos nascituros torna impossível à
Igreja Metodista Unida apoiar a prática do aborto ou qualquer organização que o pratique.
A Igreja deve oferecer ministérios para reduzir as
gravidezes indesejadas. A igreja oferecerá também aconselhamento às mulheres que se encontrem na situação de
uma gravidez indesejada, de uma gravidez decorrente de
abuso, ou de uma gravidez onde a vida da mãe está em
risco.
Embora todos nós pequemos e não cumpramos a glória
de Deus, é nosso chamado como Igreja oferecer ministérios
de cura para as mulheres e homens que estiveram envolvidos
na prática do aborto. É nossa responsabilidade dar as boasvindas e envolver estes indivíduos com o amor e o carinho
de Cristo. A igreja tem de aceitar esta responsabilidade e tra-
balhar diligentemente para trazer cura a uma sociedade,
assim como aos indivíduos, onde exista o aborto. A igreja
tem de preservar até às últimas consequências a santidade de
toda a vida humana, incluindo a dos nascituros e a dos mais
idosos.
Fundamentação da petição:
Pedido para substituir o texto do 161J-Aborto, LdD, por
uma redação mais bíblica.
¶161.
Número da petição: 21022-CB-¶161.J-G; Wilson, John R., PA, EUA pela Conferência Anual de Pensilvânia Ocidental.
Aborto
Alterar o ¶161.J da seguinte forma:
O início da vida e o fim da vida são os limites dados por
Deus da existência humana. Apesar de os indivíduos sempre
terem tido algum grau de controlo sobre quando morrem,
agora têm o incrível poder de determinar quando e até
mesmo se novos indivíduos nascerão. A nossa crença na santidade da vida humana em gestação torna-nos relutantes em
aprovar o aborto....
Fundamentação da petição:
A frase acima excluída é remanescente da posição original de 1972 sobre o aborto, elaborada num ambiente orientado especialmente para a agenda social norte-americana da
altura - a revolta social do final dos anos 60 e um período de
rápido desenvolvimento da tecnologia médica no nosso país.
O feminismo nascente…
¶161.
Número da petição: 21023-CB-¶161.J-G; Stallsworth, Paul
T., - Morehead City, NC, EUA.
Aborto
Alterar o ¶161.J da seguinte forma:
¶ 161.J) Aborto—O início da vida...
Reconhecemos conflitos trágicos da vida com a vida
que podem justificar o aborto e, nesses casos, apoiamos a
opção legal do aborto através de procedimentos médicos
adequados. Apoiamos parental…
Fundamentação da petição:
O parágrafo actual 161J é moralmente inconsistente.
Embora assinalando “a criança por nascer”, o 161J também
“apoia a opção legal do aborto” dessa mesma criança.
Consequentemente, o 161J incentiva agora as instituições
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Igreja e Sociedade Comitê B
denominacionais a apoiar políticas da pro-escolha. Esta
petição, se adoptada, moveria a igreja para o silêncio, sobre
toda a política do aborto.
283
mento potencial de um nascituro em desenvolvimento.
Quando ocorre o aborto, caminha…
¶161.
¶161.
Número da petição: 21024-CB-¶161.J-G; Knight, Jan,Bowling Green, FL, EUA. 15 petições similares.
Número da petição: 21026-CB-¶161.J-G; Puhr, Roger,Moss Point, MS, EUA para a Conferência Anual do
Mississippi.
Aborto
Aborto
Alterar o ¶161.J da seguinte forma:
¶ 161 J) Aborto— … Reconhecemos os conflitos trágicos da vida com a vida da vida física com a vida física que
possam justificar o aborto e, nesses casos...
Fundamentação da petição:
Algumas agências IMU têm utilizado esta frase para
defender amplamente o apoio político ao aborto. Esta alteração coloca-nos do lado da vida, em linha com os princípios
bíblicos claros e com dois milénios de ensino da Igreja.
Jesus disse para dar as boas-vindas às criancinhas, não para
cortá-las em pedaços ou para afogá-las em veneno.
¶161.
Número da petição: 21025-CB-¶161.J-G; Puhr, Roger,Moss Point, MS, EUA pela Conferência Anual do
Mississipi.
Aborto
Alterar o ¶161.J da seguinte forma:
...Opomo-nos à utilização do aborto tardio, conhecido
como dilatação e extracção (aborto por nascimento parcial)
e defendemos o fim desta prática, excepto quando a vida da
mãe está em perigo e não está disponível nenhum outro procedimento médico, ou em caso de anomalias graves do feto
incompatíveis com a vida. Antes de fornecer seus serviços,
prestadores da prática do aborto devem ser obrigados a oferecer às mulheres a opção de anestesia, para si e para os seus
filhos nascituros em desenvolvimento, quando a criança
nascitura possa estar suficientemente desenvolvida para sentir dor.
Apelamos…
Fundamentação da petição:
Ao reconhecer que as mulheres que praticam abortos
possam querer anestesia para a dor, e tendo em conta que
grande parte do mundo está sob a jurisdição de fortes leis
que protegem os animais do sofrimento extremo, é inadmissível não haver preocupação semelhante para com o sofri-
Emenda ao parágrafo 161.J conforme a seguir se
descreve:
J) Aborto—O princípio da vida...
Reconhecemos conflitos trágicos da vida com a vida
que pode justificar o aborto e, nesses casos, apoiamos a
opção legal do aborto através de procedimentos médicos
adequados. Apoiamos a notificação dos pais, tutores ou outros adultos responsáveis e o seu consentimento antes de o
aborto poder ser realizado em jovens que ainda não tenham
atingido a idade da maioridade legal. Não podemos aceitar
Não aceitamos o aborto como um meio aceitável de controlo de natalidade e rejeitamos, incondicionalmente, o aborto
como forma de selecção de género.
Opomo-nos à utilização do aborto numa gestação
avançada além das 20 semanas de gestação conhecido como
dilação ou extracção (aborto de nascimento parcial) e
apelamos ao fim desta prática bárbara excepto quando a vida
física da mãe estiver em perigo e nenhum outro procedimento médico estiver medicamente indicado ou disponível, ou
no caso de graves anomalias fetais serem incompatíveis com
a vida conforme considerado por um consenso de opiniões
médicas. Antes de fornecerem os seus serviços, os prestadores de serviços de aborto deveriam devem ser obrigados a
oferecer às mulheres a opção de anestesia.
Encorajamos particularmente a Igreja, o governo e as
agências de serviço social a apoiarem e facilitarem a opção
da adopção. (Ver parágrafo 161L.) Defendemos e encorajamos a Igreja a auxiliar o ministério de centros de
gravidezes de risco e centros de recursos de gravidez que
compassivamente ajudam as mulheres a encontrar alternativas viáveis para o aborto.
As leis e regulamentos governamentais não fornecem
toda a orientação exigida pela consciência cristã informada.
Por isso, uma decisão...
Fundamentação da petição:
A Igreja universal, ao longo dos tempos, tem testemunhado e ministrado consistentemente dentro da Igreja e
para a sociedade, para proteger a mãe e a criança não nascida do aborto. O testemunho universal da Igreja na vida e no
aborto é representado pela crença da Igreja Metodista Unida
na “santidade da vida humana não nascida” e...
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DCA Edição Avançada
¶161.
Número da petição: 21027-CB-¶161.J-G; White, Deborah,Arlington, VA, EUA.
Aborto
Emenda ao parágrafo 161.J conforme a seguir se
descreve:
Parágrafo 161 J) Aborto— ...Antes de fornecerem os
seus serviços, os prestadores de serviços de aborto devem ser
obrigados a oferecer às mulheres a opção de anestesia. Os
programas de cuidados de saúde governamentais deveriam
ser concebidos para que todos os contribuintes não sejam
automaticamente forçados a subsidiar abortos medicamente
desnecessários.
Apelamos todos os Cristãos a uma procura...
Fundamentação da petição:
É fundamentalmente incoerente reclamar apoiar a
“escolha” no aborto enquanto não se permite se se deseja ou
não pagar pelo aborto. “As propostas... para providenciar
fundos de impostos para abortos são mal orientadas. O que
irá financiar com dinheiros de impostos irá aumentar”. Bispo Scott Jones, Sermão de Vigília da Vida de 2010.
¶161.
Número da petição: 20613-CB-¶161.L-G; Tooley, Mark,Fairfax, VA, EUA.
Protecção das agências de adopção religiosas
Adicionar ao final do parágrafo 161.L: Defendemos
protecções legais para as agências de adopção religiosas que
defendem estruturas familiares tradicionais, incluindo mães
e pais casados entre si.
Fundamentação da petição:
Alguns governos estão a forçar o encerramento de
agências de adopção religiosas que não comprometem as
suas crenças tradicionais acerca de crianças que necessitam
de mães e pais casados entre si. As agências de adopção religiosas devem ter o direito de praticar a sua fé sem a interferência despropositada do governo.
Saúde Mental
A Organização Mundial de Saúde define a saúde mental como “um estado de bem-estar no qual o indivíduo compreende as sua próprias capacidades, consegue lidar com o
stress normal da vida, consegue trabalhar de forma produtiva e frutífera, e é capaz de dar o seu contributo à sua comunidade.” Infelizmente, no nosso mundo muitas pessoas
perdem a sua saúde mental, resultando em considerável
sofrimento, estigma e isolamento. A doença mental atormenta os nossos relacionamentos, pois pode afectar a forma
como processamos as informações, como nos relacionamos
com os outros e como escolhemos as nossas acções.
Consequentemente, as doenças mentais, são muitas vezes
mais temidas do que outras doenças. No entanto, sabemos
que, independentemente da nossa doença continuamos criados à imagem de Deus (Gênese 1:27) e que nada nos pode
separar do amor de Deus (Romanos 8:38-39).
Nenhuma pessoa merece ser estigmatizada por causa de
doença mental. Aquelas pessoas que possuem uma doença
mental não são mais violentas que as outras. Pelo contrário,
têm mais propensão a serem vítimas de violência ou
perseguidas por outros. Quando o estigma acontece dentro
da igreja, as pessoas mentalmente doentes e as suas famílias
são ainda mais vitimizadas. As pessoas com doenças mentais
e as suas famílias têm o direito a serem tratadas com
respeito, baseado na humanidade comum e em informações
exactas. Elas têm também o direito e a responsabilidade de
obter os cuidados apropriados ao seu estado. A Igreja
Metodista Unida compromete-se a adoptar políticas que promovam a compaixão, advoguem o acesso aos cuidados e
erradiquem o estigma dentro da igreja e nas comunidades.
Fundamentação da Petição:
Nenhuma pessoa merece ser estigmatizada devido à sua
doença mental, por isso as pessoas com doenças mentais e as
suas famílias têm o direito a serem tratadas com respeito,
baseado na humanidade comum e em informações exactas.
¶162.
Número da petição: 20534-CB-¶162-G. Case, Riley B.,Kokomo, IN, EUA.
Direitos dos Nascituros
¶162.
Número da petição: 20153-CB-¶162; Winkler, James Washington, DC, EUA pela Junta Geral de Igreja e
Sociedade.
Saúde Mental
Adicionar um novo § ao ¶162, da seguinte forma:
ADICIONAR UM NOVO ¶ 162.D E RENUMERAR
OS PARÁGRAFOS SEGUINTES:
D. DIREITOS DOS NASCITUROS - ENQUANTO
SENSÍVEIS AOS DIREITOS DAS MULHERES
GRÁVIDAS, PODEMOS AFIRMAR QUE O DESENVOLVIMENTO DO FETO TAMBÉM TEM O DIREITO DE SER
VISTO COMO DESENVOLVIMENTO DE VIDA, E POR-
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Igreja e Sociedade Comitê B
TANTO, MERECEDOR DE TRATAMENTO QUE É DEVIDO ÀQUELES QUE SÃO FEITOS À IMAGEM DE DEUS.
Fundamentação da petição:
O NOVO FRASEIO FALA POR SÍ PRÓPRIO
¶162.
Número da petição: 20670-CB-¶162-G; Light, W. Greg, Greensboro, NC, EUA.
Comunidade Social
¶ 162. III. A COMUNIDADE SOCIAL
Direitos e privilégios ...
A) Direitos das Pessoas Étnicas e de Raça - Racismo é
a combinação ... a auto-consciência de todos os grupos raciais e étnicos e dos povos oprimidos, que os leva a exigir os
seus direitos justos e iguais, como membros da sociedade de
pleno direito. Afirmamos a obrigação da sociedade, e dos
grupos dentro da sociedade, em implementar programas
compensatórios para reparação da privação sistémica social,
ao longo de muitos anos, das pessoas de etnias. Afirmamos
ainda o direito dos membros de grupos raciais e étnicos às
oportunidades igualitárias e equitativas no emprego e na promoção; à educação e à formação de alta qualidade, à não-discriminação no voto, no acesso a locais públicos, e na compra
de habitação ou arrendamento; crédito para empréstimos
financeiros, capital de risco e apólices de seguro; e para
posições de liderança e poder e em todos os elementos de
nossa vida conjunta. Apoiamos a acção afirmativa como um
método de abordar as desigualdades e as práticas discriminatórias dentro da nossa Igreja e da sociedade.
B) Direitos das Minorias Religiosas - Perseguição
Religiosa ...
F) Direitos das Mulheres - Afirmamos que mulheres e
homens ... por meio de políticas de emprego e de recrutamento. Apoiamos a acção afirmativa como um método de
abordar as desigualdades e as práticas discriminatórias dentro da nossa Igreja e da sociedade. Instamos os empregadores de pessoas ...
N) Experimentação Médica - A saúde física e mental
tem vindo a ser grandemente melhorada através de descobertas da ciência médica. No entanto, é imperativo que os governos e a classe médica cuidadosamente ...
P) Vida Rural - Apoiamos o direito das pessoas ... Além
disso, incentivamos a preservação das terras adequadas para
a agricultura e a utilização de espaços abertos, através de
programas ponderados de uso da terra. Apoiamos programas
governamentais e privados programas privados destinados a
beneficiar o agricultor residente ...
T) Tecnologia da Informação e da Comunicação Porque pessoal efectivo ... e muitas vezes fornece uma visão
285
distorcida dos valores humanos. Por isso, apoiamos a regulamentação das tecnologias dos meios de comunicação,
como garantia de uma variedade de fontes e de prestação de
informação independentes para o bem público.
Tecnologias de comunicação pessoais…
V) Direito aos Cuidados de Saúde - Saúde é uma condição
de ... Os cuidados de saúde são um direito humano básico.
Fornecer os cuidados necessários para a manutenção da
saúde, prevenir doenças e restaurar a saúde após a lesão ou
doença é uma responsabilidade que cada pessoa deve aos
outros e que o governo deve a todos, uma responsabilidade
que o governo ignora por sua conta e risco. Em Ezequiel
34:4a, Deus aponta as falhas da liderança de Israel em cuidar
dos fracos: “Vocês não fortaleceram o fraco nem curaram o
doente nem enfaixaram o ferido.” Como resultado, todos
sofrem. Tal como a polícia e a protecção contra incêndios, os
cuidados de saúde são melhor financiados através da capacidade do governo em tributar cada pessoa de uma forma equitativa, e de financiar directamente as entidades provedoras
de cuidados de saúde. Os países que enfrentam uma crise de
saúde pública, tal como o VIH/SIDA, devem ter acesso a
medicamentos genéricos e a medicamentos patenteados.
Afirmamos o direito de homens e mulheres ao acesso à
informação abrangente sobre planeamento de saúde reprodutiva / familiar e a serviços que sirvam como um meio para
evitar uma gravidez não planeada, reduzir os abortos, e evitar a propagação do VIH/SIDA. O direito à saúde inclui os
cuidados dispensados a pessoas com doenças cerebrais,
doenças neurológicas, ou deficiências físicas, a quem deve
ser concedido o mesmo acesso aos cuidados de saúde, como
a todas as outras pessoas das nossas comunidades. É injusto
construir ou perpetuar as barreiras para a integridade física
ou mental ou a plena participação na comunidade.
Acreditamos que é uma responsabilidade governamental proporcionar a todos os cidadãos os cuidados de saúde.
W) Transplante de Órgãos e Doação-Acreditamos que ...
Fundamentação da petição:
No terceiro parágrafo do Prefácio dos Princípios
Sociais indica que “Os Princípios Sociais, quando não considerados lei da igreja, são um esforço de oração e de
atenção por parte da Conferência Geral, para abordar os
problemas humanos no mundo contemporâneo, de uma perspectiva bíblica.....
¶162.
Número da petição: 21047-CB-¶162-G; Ryder, Jack E.,LaGrange Park, IL, EUA para a Conferência Anual do
Illinois Norte; Hermes, Steven E.,- Kalispell, MT, EUA para
a Conferência Anual de Yellowstone. 2 petições similares.
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DCA Edição Avançada
Direitos de Igualdade de Identidade de Género
Adicionar um novo sub-parágrafo (K) e ordenar as
letras do seguinte:
K) Direitos de igualdade independentemente da
Identidade do Género - Reconhecemos e afirmamos a total
humanidade e personalidade de todos os indivíduos, independentemente da identidade do género. Afirmarmos a responsabilidade da Igreja e da sociedade para estar em ministério com
as pessoas de todas as identidades do género. Apelamos à
Igreja e à sociedade que reconheçam as dádivas, contribuições
e lutas daqueles que são transgéneros e advogam pela justiça
para todos. Afirmamos o direito de pessoas transgéneros para
que recebam cuidados médicos, acesso à educação, acesso ao
emprego e seguro devido. Afirmamos o direito das pessoas
transgéneros para que vivam sem violência e abuso e apelamos a que os governos façam políticas que protejam as pessoas
transgéneros contra todas as formas de violência e discriminação em qualquer sector da sociedade.
Fundamentação da petição:
A Conferência Geral afirma “A Integridade nega qualquer semelhança com discriminação.” [Parágrafo139, 2008
Disciplina]. E Jesus ensinou “E qualquer que receber em
meu nome uma criança tal como esta, a mim me recebe.” Mt.
18:5. O amor evangélico deve ser amplo e íntegro. Seguimos
o exemplo de Jesus: “Tudo representa tudo”
¶162.
Número da petição: 21051-CB-¶162-G; Merrick, Tracy R.,Wexford, PA, EUA para a Primeira Igreja Metodista Unida
- Pittsburgh, PA.
Alargando o Círculo
Emenda ao parágrafo 162 conforme a seguir se
descreve:
Parágrafo 162 Princípios Sociais - A Comunidade
Social
Os direitos e privilégios que a sociedade concede ou
retira daqueles que os detêm indicam a estima relativa que a
sociedade tem por determinadas pessoas e grupos de pessoas. Defendemos que todas as pessoas são igualmente
valiosas aos olhos de Deus. Consequentemente, trabalhamos
em direcção a sociedades em que o valor de cada pessoa é
reconhecido, mantido e reforçado. Apoiamos os direitos
básicos de todas as pessoas ao acesso igual a habitação, educação, comunicação, emprego, saúde, resolução legal de
injustiças e protecção física. Deploramos actos de ódio ou
violência contra grupos ou pessoas com base na raça, cor,
origem nacional, etnia, idade, género, incapacidade, estado,
condição económica, orientação sexual, identidade de
género ou afiliação religiosa. raça, etnia, género, orientação
sexual, afiliação religiosa ou estado económico. O nosso
respeito pela dignidade inerente de todas as pessoas leva-nos
a apelar ao reconhecimento, protecção e implementação dos
princípios da Declaração Universal de Direitos Humanos
para que as comunidades e indivíduos possam ter acesso e
apreciar os seus direitos universais, indivisíveis e
inalienáveis.
Fundamentação da petição:
Estão a ser entregues séries de petições para alargar e
dar consistência ao Livro de Disciplina entre várias listas das
constituições incluídas. Se esta e quaisquer outras alterações
forem adoptadas, os seguintes parágrafos seriam consistentes, excepto em diferenças contextuais: Parágrafos 4, 162,
330, e 335.
¶162.
Número da Petição: 20063-CB-¶162.A; Hawkins, Erin M., Washington, DC, EUA, para a Comissão Geral de Religião e
Raça.
Equidade
Alterar o ¶ 162 A Comunidade Social e inserir o
seguinte:
A.) Direitos das Pessoas de Etnias: O racismo é a combinação do poder de uma raça para dominar sobre outras
raças e um sistema de valores que assume que a raça dominante é naturalmente superior às demais. O racismo inclui
tanto o racismo pessoal como o institucional. O racismo pessoal manifesta-se através das expressões individuais, atitudes
e/ou comportamentos que aceitam as premissas de um sistema de valores racistas e que mantêm os benefícios desse
mesmo sistema. O racismo institucional é o padrão social
estabelecido que suporta, implícita ou explicitamente, o sistema de valores racistas. O racismo manifesta-se como um
pecado, que atormenta e estropia o nosso crescimento a nossa
relação com em Cristo, na medida em que é contrário ao
próprio evangelho. São injustamente concedidos privilégios e
benefícios às pessoas brancas, que são negados às pessoas de
cor. O racismo gera discriminação racial. Nós definimos a
discriminação racial como o tratamento desigual e a falta de
acesso total e equidade aos recursos e às oportunidades dentro da igreja e na sociedade, baseada na raça ou na etnia.
Portanto, reconhecemos o racismo como um pecado e
afirmamos o valor supremo e temporal de todas as pessoas.
Alegramo-nos com os dons que determinadas histórias e culturas étnicas trazem para a nossa vida plena.
Comprometemo-nos como Igreja a ir além das expressões
simbólicas e dos modelos representativos que não desafiam os sistemas injustos de poder e de acesso.
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Igreja e Sociedade Comitê B
Louvamos e incentivamos a auto-consciência de todos os
grupos raciais e étnicos e dos povos oprimidos, que os leva a
exigir os seus direitos justos e igualitários como membros da
sociedade. Afirmamos a obrigação da sociedade, e dos grupos
dentro da sociedade, de implementar programas compensatórios para reparação da privação sistémica social, ao longo
de muitos anos, das pessoas de etnias. Afirmamos ainda o direito dos membros de grupos raciais e étnicos às
oportunidades igualitárias e equitativas no emprego e na promoção; à educação e à formação de alta qualidade, à não-discriminação no voto, no acesso a locais públicos, e na compra de
habitação ou arrendamento; ao crédito, empréstimos financeiros, capital de risco, e apólices de seguro, e a posições de liderança e poder e em todos os elementos de nossa vida conjunta.
Apoiamos a acção afirmativa como um método de abordar as
desigualdades e as práticas discriminatórias dentro da nossa
Igreja e da sociedade.
Fundamentação da Petição:
Embora tenham ocorrido avanços significativos nas
áreas da justiça racial, dentro da Igreja e da sociedade, barreiras sistémicas ainda existem. O racismo estrutural está
inserido nas políticas e práticas, as quais contribuem para as
consequências da desigualdade racial, legitimando as disparidades raciais, e comprometendo o progresso, no sentido
da equidade racial.
¶162.
Número da petição: 20701-CB-¶162.A-G; Dunaway,
Robert, - Owaneco, IL, EUA. 1 petição similar.
287
as pessoas. Alegramo-nos com os dons que determinadas
histórias e culturas étnicas trazem para a nossa vida plena.
Louvamos e incentivamos a auto-consciência de todos os
grupos raciais e étnicos e povos oprimidos, que os leva a exigir os seus direitos justos e iguais como membros da
sociedade. Afirmamos a obrigação da sociedade, e dos grupos dentro da sociedade, em implementar programas compensatórios para reparação da privação sistémica social, ao
longo de muitos anos, das pessoas de etnias. Afirmamos,
ainda, o direito dos membros de grupos raciais e étnicos às
oportunidades igualitárias e equitativas no emprego e na promoção; à educação e à formação de alta qualidade, à não-discriminação no voto, no acesso a locais públicos, e na compra
de habitação ou arrendamento; crédito para empréstimos
financeiros, capital de risco, e apólices de seguro; e para
posições de liderança e em todos os elementos de nossa vida
conjunta. Apoiamos a acção afirmativa como um método de
abordar as desigualdades e as práticas discriminatórias dentro da nossa Igreja e da sociedade.
Fundamentação da petição:
Perfil Racial:
Neste texto, os brancos são apontados como sendo
aqueles injustamente favorecidos, enquanto permitem o negligenciamento de outras raças. Mas será possível que não
haja alguns brancos, a quem sejam negados privilégios e
benefícios também? O preconceito não pertence unicamente
à discriminação racial mas também pode…
¶162.
Eliminar Referência
Número da petição: 20610-CB-¶162.B-G; Tooley, Mark,Fairfax, VA, EUA.
Alterar o ¶162. A), Os Direitos da Pessoa de Raça e
Étnica, conforme se segue:
O racismo é a combinação do poder de uma raça para
dominar sobre outras raças e um sistema de valores que
assume que a raça dominante é naturalmente superior às
demais. O racismo inclui tanto o racismo pessoal como
o institucional. O racismo pessoal manifesta-se através das
expressões individuais, atitudes e / ou comportamentos que
aceitam as premissas de um sistema de valores racistas e que
mantêm os benefícios desse mesmo sistema. O racismo atormenta e estropia o nosso crescimento em Cristo, na medida
em que é contrária ao próprio evangelho. São injustamente
concedidos privilégios e benefícios às pessoas brancas, os
quais são negados às pessoas de cor. O racismo gera discriminação racial. Definimos a discriminação racial como o
tratamento desigual e a falta de acesso integral aos recursos
e às oportunidades dentro da igreja e na sociedade, baseado
na raça ou na etnia. Portanto, reconhecemos o racismo como
um pecado e afirmamos o valor supremo e temporal de todas
Cristãos perseguidos
Adicionar ao final do parágrafo 162B: A Igreja tem o
dever especial de amor de ser solidário na oração com outros
crentes perseguidos a nível mundial. Quando um membro
do Corpo de Cristo sofre, todos sofrem.
¶162.
Número da petição: 20657-CB-¶162.B-G; Tooley, Mark,Fairfax, VA, EUA.
Direitos Legais
Adicionar no final do ¶ 162.B: Afirmamos, também, os
direitos legais dos crentes religiosos e das comunidades, com
outros na sociedade, a abraçarem o casamento tradicional e
a castidade.
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¶162.
Número da petição: 20791-CB-¶162.G-G; Kenaston, Judith
M.,- Charleston, WV, EUA pela Conferência Anual da
Virgínia Ocidental.
Homens como vítimas de violência doméstica
¶ 162.
G) Direitos dos Homens—Porque afirmamos que as mulheres e os homens são iguais em todos os aspectos comuns das
suas vidas, afirmamos também os direitos dos homens.
Afirmamos oportunidades iguais no emprego, responsabilidade, e promoções. Os homens não devem ser ignorados ou
perderem oportunidades ou influência porque são homens.
Reconhecemos que os homens também são vítimas de
violência e abuso doméstico. Incentivamos as comunidades
a oferecerem as mesmas políticas e protecção, que é fornecida para as mulheres em situações similares. Afirmamos o
direito dos homens de viverem livres da violência e abusos e
incitamos os governos a decretarem políticas que protejam
os homens contra todas as formas de violência e discriminação em todos os sectores da sociedade.
Reconhecemos que os homens…
Fundamentação da petição:
A violência doméstica é “uma pessoa num relacionamento íntimo ou casamento tentar dominar ou controlar a
outra pessoa” (http://www.helpguide.org). Aproximadamente 850.000 homens nos EUA são vítimas de violência
doméstica por ano ([email protected]). Tal abuso está
sob relatado devido à pressão para que os homens sejam “o
chefe de família,” etc. (www.mensactivism.org)…
¶162.
Número da petição: 21046-CB-¶162.J-G; Myers, Kevin RiceSun Prairie, WI, EUA para a Conferência Anual do Wisconsin;
Bartlett, Laura Jaquith,- Eagle Creek, OR, EUA para a
Conferência Anual de Oregon-Idaho. Jackson, Fredric O.White Plains, NY, EUA para a Conferência Anual de Nova
Iorque. Oduor, Ralph R.R.- Lawrence, MA, EUA para a
Conferência Anual de Nova Inglaterra. 12 petições similares.
reivindicações justas onde as pessoas partilharam recursos
materiais, pensões, relações de protecção, poderes mútuos
de defesa, casamento civil, uniões civis, e outras reivindicações civis tipicamente inerentes Às relações contratuais
que envolvem contribuições partilhadas, responsabilidades e
obrigações e protecção igual perante a lei. Além disso,
apoiamos esforços para parar a violência e quaisquer outras
formas de coerção contra todas as pessoas, independentemente da orientação sexual.
¶162.
Número da petição: 21048-CB-¶162.J-G; Fitzgibbons,
Kevin,- Olathe, KS, EUA.
Actualizar os Direitos de Igualdade
Emenda do parágrafo 162J conforme a seguir se
descreve:
Direitos de Igualdade independentemente da
Orientação Sexual - Alguns direitos humanos básicos e liberdades civis são devidos a todas as pessoas. Estamos comprometidos no apoio a esses direitos e liberdades para todas
as pessoas, independentemente da orientação sexual. Vemos
uma questão de justiça simples na protecção das reivindicações justas onde as pessoas partilharam recursos materiais,
pensões, relações de protecção, poderes mútuos de defesa, e
outras reivindicações civis tipicamente inerentes às relações
contratuais que envolvem contribuições partilhadas, responsabilidades e obrigações e protecção igual perante a lei.
Além disso, apoiamos esforços para parar a violência, discriminação no emprego, alojamento e alojamento público e
quaisquer outras formas de coerção contra todas as pessoas,
independentemente da orientação sexual.
Fundamentação da petição:
A discriminação no emprego, alojamento e alojamento
público é uma realidade dura para muitos homossexuais, por
isso como Metodistas Unidos, precisamos de declarar o
nosso apoio a leis e políticas que proíbem a discriminação no
emprego, alojamento e alojamentos públicos.
Actualizar os Direitos de Igualdade Civil.
Emenda do parágrafo 162J conforme a seguir se
descreve:
J) Direitos de Igualdade independentemente da
Orientação Sexual - Alguns direitos humanos básicos e
liberdades civis são devidos a todas as pessoas. Estamos
comprometidos no apoio a esses direitos e liberdades para
todas as pessoas, independentemente da orientação sexual.
Vamos uma questão de justiça simples na protecção das
¶162.
Número da petição: 21049-CB-¶162.J-G; DiPaulo, Joseph,Radnor, PA, EUA.
Alteração aos Direitos Civis
Emenda ao parágrafo 162 (J) conforme a seguir se
descreve:
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Igreja e Sociedade Comitê B
Alguns direitos humanos básicos e liberdades civis são
devidos a todas as pessoas. Estamos comprometidos no
apoio a esses direitos e liberdades para todas as pessoas,
independentemente da orientação sexual.
Vemos uma questão de justiça simples na protecção das
reivindicações justas onde as pessoas partilharam recursos
materiais, pensões, relações de protecção, poderes mútuos de
defesa, e outras reivindicações civis tipicamente inerentes às
relações contratuais que envolvem contribuições partilhadas,
responsabilidades e obrigações e protecção igual perante a lei.
Acreditamos que esses direitos legais e liberdades podem ser
contratualmente protegidos e não requerem alterações à
definição legal do casamento como um ser entre um homem e
uma mulher. Além disso, apoiamos esforços para parar a violência e quaisquer outras formas de coerção contra todas as
pessoas, independentemente da orientação sexual.
Fundamentação da petição:
A necessidade para endereçar os assuntos de justiça
básicos relativamente a propriedade, poderes de defesa, etc.
não requerem a alteração da definição legal do casamento.
¶162.
Número da petição: 21050-CB-¶162.J-G; Shaffer, John J.,Stanwood, WA, EUA para a Conferência Anual do Pacífico
Nordoeste.
Direitos de Igualdade de Identidade de Género
Emenda do parágrafo 162J conforme a seguir se
descreve:
Direitos de Igualdade independentemente da
Orientação Sexual e Identidade de género
Alguns direitos humanos básicos e liberdades civis são
devidos a todas as pessoas. Estamos comprometidos no
apoio a esses direitos e liberdades para todas as pessoas,
independentemente da orientação sexual e identidade do
género. Vemos uma questão de justiça simples na protecção
das reivindicações justas onde as pessoas partilharam recursos materiais, pensões, relações de protecção, poderes mútuos de defesa, casamento civil, uniões civis, e outras
reivindicações civis tipicamente inerentes às relações contratuais que envolvem contribuições partilhadas, responsabilidades e obrigações e protecção igual perante a lei. Além
disso, apoiamos esforços para parar a violência e quaisquer
outras formas de coerção contra todas as pessoas, independentemente da orientação sexual e identidade do género.
Fundamentação da petição:
Num número crescente de estados, a linguagem legal
inclui vários direitos humanos contratuais e responsabilidades ao abrigo das categorias do casamento civil e uniões
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civis. Esta emenda esclarece o nosso compromisso para com
os direitos de igualdade. Ao adicionar “identidade do
género” assegura que outro grupo marginalizado, os transgéneros, estão totalmente incluídos na igreja e na sociedade.
¶162.
Número da petição: 20609-CB-¶162.K-G; Tooley, Mark,Fairfax, VA, EUA.
Defender as crianças
Adicionar ao final do parágrafo 162K: As crianças são
um dom e uma benção de Deus. Estamos também preocupados com o crescente número de países que lutam contra o
declínio da taxa de natalidade. As sociedades saudáveis
devem incentivar as famílias fortes e uma parentalidade
responsável.
Fundamentação da petição:
Um crescente número de países, especialmente na
Europa, mas incluindo também um crescente número de países em rápido desenvolvimento, estão a tentar inverter a taxa de
natalidade em declínio, que está a criar problemas sociais e
económicos. Entre outras questões, menos jovens precisam de
se preocupar com a expansão das populações idosas.
¶162.
Número da petição: 20629-CB-¶162.N-G; Lomperis, John
S.A.,- Arlington, VA, EUA. 1 petição similar.
Destruição de Embriões Humanos
ALTERAR a Disciplina ¶ 162N da seguinte forma:
¶ 162 N) Experimentação Médica—A saúde física e
mental progrediu bastante através das descobertas feitas
pela ciência médica. É imperativo, contudo, que os governos
e a classe médica reforcem cuidadosamente as exigências
dos critérios vigentes de pesquisa médica, mantendo controlos rígidos em testar novas tecnologias e drogas que utilizem
seres humanos. Os critérios requerem que aqueles envolvidos na pesquisa, devem usar seres humanos como sujeitos de
pesquisa somente após obterem um consentimento completo, racional e, não coercivo. Não podemos apoiar as práticas
médicas ou científicas que tratam os embriões humanos
como meros produtos que são categoricamente indignos de
todo o respeito ou protecção.
Fundamentação da petição:
Definir QUALQUER vida humana como completamente
para além do âmbito da imagem e do cuidado de Deus é con-
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trário ao exemplo de Cristo de empurrar os limites para estender o seu amor à humanidade marginalizada. Partilhamos do
objectivo de avanço da ciência, mas como Cristãos nunca devemos “fazer o mal, que pode resultar em bem ” (Romanos 3:8).
¶162.
Número da petição: 20448-CA-¶162.0-G; Wenner,
Rosemarie,- Frankfurt para o Comité Executivo da
Conferência Central da Alemanha. 1 petição similar.
acompanhados por medidas de análise, aprovação e controlo
independentes e eticamente orientadas.
Fundamentação da petição:
Não podemos aprovar a tecnologia genética para a
produção de alimentos. Ninguém pode prever as alterações
que são provocadas no genoma do receptor ao adicionar
genes que são estranhos às espécies e quais as consequências
que comportam para os humanos e para o ambiente. A
engenharia genética não resolve o problema da fome.
Tecnologia Genética
Emendar o ¶162.O) conforme a seguir se descreve:
A responsabilidade da humanidade pela criação de Deus
desafia-nos a lidar cuidadosamente com a examinar as
possibilidades de investigação genética e tecnologia de uma
forma consciente, cuidadosa e responsável. Os impactos
negativos nas pessoas e no ambiente devem ser
categoricamente evitados. Nós saudamos a utilização de
tecnologia genética para ir ao encontro de necessidades
humanas fundamentais para a saúde e um ambiente seguro, e
um fornecimento adequado de alimentos. Opomo-nos ao
clonamento de humanos e à manipulação genética do género
de uma criança não nascida.
Devido aos efeitos das tecnologias genéticas em todas as
formas de vida, apelamos a directrizes eficazes e à
responsabilidade pública para salvaguardar contra quaisquer
acções que possam levar ao abuso destas tecnologias, incluindo
para fins políticos ou militares. Reconhecemos que a utilização
cautelosa e bem intencionada de tecnologias genéticas pode, por
vezes, levar a consequências perigosas imprevistas. Os riscos da
tecnologia genética são dificilmente calculados quando se criam
animais e plantas e os impactos negativos ecológicos e sociais na
agricultura fazem com que a utilização desta tecnologia seja
duvidosa. Aprovamos os métodos modernos de criação que
respeitem a existência de limites naturais das espécies.
As terapias genéticas humanas que produzem
alterações que não podem passar para os descendentes
(terapia somática) devem ser limitadas ao alívio do
sofrimento provocado por doenças. As terapias genéticas
para selecções de eugenia ou que produzem embriões para
descarte são deploradas. Os dados genéticos dos indivíduos
e das suas famílias devem ser mantidos em segredo e seguros
em confidência estrita a menos que a confidencialidade seja
renunciada pelo indivíduo ou pela sua família, ou a menos
que a recolha e a utilização de dados de identificação
genética seja suportada por uma ordem judicial adequada.
Porque os seus efeitos a longo prazo são incertos,
opomo-nos ao tratamento genético que provoque alterações
que possam passar para os descendentes (terapia de linha
germinal). Todos os procedimentos genéticos devem ser
¶162.
Número da petição: 20449-CA-¶162.S-G; Wenner,
Rosemarie,- Frankfurt para o Comité Executivo da
Conferência Central da Alemanha. 1 petição similar.
Violência nos Meios de Comunicação
Emendar o primeiro parágrafo, eliminar o segundo
parágrafo e substituir o novo texto:
O impacto sem precedentes que os meios de comunicação (principalmente na televisão e em filmes) estão a ter
nos valores Cristãos e humanos dentro da nossa sociedade
torna-se aparente a cada dia. Na nossa sociedade, os meios
de comunicação desempenham um papel importante.
Influenciam as pessoas de todo o mundo. O conteúdo, representações, imagens, cenas, entre outros, contrastam frequentemente com os valores humanísticos e Cristãos.
Expressamos desdém relativamente à preocupação actual
dos meios de comunicação em representações desumanizantes, mediatizadas como “entretenimento” e “notícias”
pelos meios de comunicação. Estas práticas degradam a
humanidade e violam os ensinamentos de Cristo e da Bíblia.
Os Metodistas Unidos, juntamente com outros grupos
de fé, devem estar conscientes que os meios de comunicação
debilitam frequentemente as verdades da Cristandade ao
promover estilos de vida permissivos e ao detalhar actos de
violência gráfica. Em vez de incentivar, motivar e inspirar as
suas audiências a adoptar estilos de vida com base na santidade da vida, a indústria de entretenimento defende frequentemente o contrário, pintando uma imagem cínica de
violência, abuso, ganância, profanidade e uma constante
depreciação da família. Os meios de comunicação devem ser
responsáveis pelo papel que desempenham no declínio de
valores que observamos na sociedade de hoje em dia. Muitos
dos meios de comunicação distanciam-se do assunto, alegando reflectir em vez de influenciar a sociedade. Para o
bem da nossa família humana, os Cristãos devem trabalhar
em conjunto para parar este declínio de valores morais e éticos na comunidade mundial. Opomo-nos a qualquer tipo de
imagens sexistas assim como aquelas que glorificam a violência. Rejeitamos a mensagem implícita que os conflitos
podem ser resolvidos e a paz justa podem ser estabelecidos
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Igreja e Sociedade Comitê B
por meio da violência. Dentro dos limites da liberdade de
expressão e da liberdade de imprensa, os meios de informação são responsáveis por respeitar os direitos humanos.
Para apoiar estes assuntos, trabalhamos em conjunto com
todas as pessoas de boa vontade.
Fundamentação da petição:
O presente artigo nem sempre exprime princípios. Os
meios de comunicação de massas desempenharam uma revolução no nosso tempo. O impacto positivo na rede social
global não pode ser posto em dúvida. Simultaneamente, a
propagação de cenas que denigrem a humanidade e glorificam a violência está a tornar-se numa prática comum, que
contradiz os ensinamentos da Bíblia.
¶162.
Número da petição: 20605-CB-¶162.V-G; Tooley, Mark,Fairfax, VA, EUA.
291
tempo que reconhecemos a urgência de esforços mais significativos para proporcionar cuidados de saúde de qualidade a
todas as pessoas. Na maioria das sociedades, os cuidados de
saúde de qualidade envolvem, normalmente, a cooperação
entre governos, prestadores de cuidados de saúde privados,
seguradoras, instituições religiosas, instituições de caridade e
particulares. Defendemos o maior menu de escolhas possíveis
de médicos disponíveis para os pacientes e suas famílias.
Defendemos também a dignidade e o direito a cuidados de
saúde dos doentes em fase terminal e dos doentes que necessitam de cuidados paliativos. A Igreja deve defender uma vida
saudável e mobilizar esforços contra o flagelo da pandemia
global de doenças, incluindo a Malária, Tuberculose e SIDA.
Oramos também pelos avanços contínuos contra o Cancro.
¶162.
Número da petição: 20732-CB-¶162.V-G; Dunaway, Robert,
- Owaneco, IL, EUA.
Direito a bons cuidados de saúde
Cuidados de Saúde, uma Responsabilidade Individual
Eliminar o segundo, o terceiro e o quarto parágrafos de
162V: Fornecer os cuidados necessários para manter a
saúde, prevenir doenças e restaurar a saúde após uma lesão
ou doença é uma responsabilidade que cada pessoa tem para
com os outros e que o governo tem para com todos, uma
responsabilidade que o governo ignora por sua conta e risco.
Em Ezequiel 34:4a, Deus aponta as falhas de liderança de
Israel para cuidar dos fracos: “A fraca não fortalecestes, a
doente não curastes, a quebrada não ligastes.” Como resultado, todos sofreram. À semelhança da polícia e da protecção
contra incêndios, os cuidados de saúde são melhor financiados através da capacidade do governo de exigir impostos a
cada pessoa, de forma equitativa, e financiar directamente as
entidades de prestação de serviços.
Os países que enfrentam uma crise de saúde pública,
como o VIH/SIDA devem ter acesso a medicamentos genéricos e a medicamentos patenteados. Defendemos o direito de
homens e mulheres terem acesso a informações abrangentes
sobre planeamento familiar/saúde reprodutora e a serviços, que
servirão como meio para evitar uma gravidez não planeada,
reduzir os abortos e evitar a propagação do VIH/SIDA. O direito à saúde inclui a prestação de cuidados a pessoas com
doenças cerebrais, doenças neurológicas ou incapacidades físicas, que devem ter o mesmo acesso aos cuidados de saúde que
todas as outras pessoas nas nossas comunidades. É injusto construir ou perpetuar barreiras para a integridade física ou mental
ou para a plena participação na comunidade.
Acreditamos que é uma responsabilidade governamental disponibilizar a todos os cidadãos cuidados de saúde.
E substituir por: As sociedades justas devem esforçar-se
por manter a saúde, prevenir doenças e restaurar a saúde após
uma lesão ou doença em relação a todas as pessoas.
Celebramos os aumentos da esperança média de vida e a melhoria dos cuidados de saúde em todo o mundo, ao mesmo
Alterar o ¶162.V), da seguinte forma:
A saúde é uma condição do bem-estar físico, mental,
social e espiritual. João 10:10b disse: “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.” Ezequiel 34:16a disse:
“A perdida buscarei e a desgarrada tornarei a trazer; a quebrada ligarei e a enferma fortalecerei...”, A gestão da saúde
é da responsabilidade de cada pessoa, a quem a saúde foi
confiada. Criar as condições pessoais, ambientais e sociais,
nas quais a saúde possa prosperar é uma responsabilidade
comum pública e particular. Incentivamos os indivíduos a
seguir um estilo de vida saudável e afirmamos a importância
dos cuidados de saúde preventivos, educação para a saúde,
segurança ambiental e ocupacional, boa nutrição e instalações habitacionais seguras, para alcançar a saúde. Os
cuidados de saúde são um direito básico humano.
Fornecer os cuidados necessários para a manutenção da
saúde, prevenir doenças e restaurar a saúde após a lesão ou
doença é a responsabilidade que cada pessoa deve aos outros
e que o governo deve a todos, uma responsabilidade que o
governo ignora por sua conta e risco. Em Ezequiel 34:4,
Deus aponta as falhas da liderança de Israel em cuidar dos
fracos: “Vocês não fortaleceram o fraco nem curaram o
doente nem enfaixaram o ferido.” Como resultado, todos
sofrem. Tal como a polícia e a protecção contra incêndios, os
cuidados de saúde são melhor financiados através da capacidade do governo em tributar cada pessoa de uma forma equitativa, e de financiar directamente as entidades provedoras
de cuidados de saúde.
Os países que enfrentam uma crise de saúde pública, tal
como o VIH/SIDA, devem ter acesso a medicamentos
genéricos e a medicamentos patenteados— sem infringir os
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direitos de patentes / licenças das companhias farmacêuticas.
Afirmamos o direito de homens e mulheres ao acesso a
informação abrangente sobre planeamento de saúde reprodutiva / familiar e a serviços que sirvam como um meio para
evitar uma gravidez não planeada, reduzir os abortos, e evitar a propagação do VIH/SIDA. O direito à A responsabilidade pela saúde inclui o cuidado de pessoas com doenças
cerebrais, doenças neurológicas, ou deficiências físicas, a
quem deve ser concedido o mesmo acesso aos cuidados de
saúde, como a todas as outras pessoas das nossas comunidades. É injusto construir ou perpetuar as barreiras para a
integridade física ou mental ou a plena participação na
comunidade. Acreditamos que é uma responsabilidade governamental proporcionar a todos os cidadãos os cuidados de
saúde. Reconhecemos também o papel dos governos em
assegurar que cada indivíduo tenha acesso a esses elementos
necessários para uma boa saúde.
Fundamentação da petição:
Os cuidados de saúde não são um direito básico
humano, conforme afirmado no Livro de Disciplina de 2008,
mas sim uma responsabilidade. Responsabilidade pela
prestação de cuidados de saúde depende do que a autoridade
lhe concedeu e não é um dever inerente do governo. Os direitos têm de ser concedidos por uma autoridade superior,…
¶162.
Número da petição: 20765-CB-¶162.V-G; Miles, Rebekah,Fort Worth, TX, EUA. 1 petição similar.
Acesso aos Cuidados de Saúde Básicos para todos
Emenda do parágrafo 162V por acréscimo
Seguindo as palavras:
“. . . Acreditamos que é da responsabilidade governamental providenciar cuidados de saúde a todos os cidadãos.”
Adicionar o seguinte como um novo sub-parágrafo dentro do parágrafo 162V
Incentivamos os hospitais, médicos, clínicas médicas a
providenciarem acesso aos cuidados de saúde básicos a
todas as pessoas independentemente da sua cobertura de
seguro de saúde ou capacidade para pagar o tratamento.
Fundamentação da petição:
O direito aos cuidados de saúde básicos está dependente da cooperação de instituições médicas. Na ausência de
cuidados de saúde totalmente financiados, muitos não têm
acesso aos cuidados básicos. Mesmo aqueles com cobertura
de seguro de saúde vêm negados os tratamentos básicos. A
morte da nossa mãe, JoAnn Miles, foi precipitada devido à
ausência de cuidados básicos...
DCA Edição Avançada
¶162.
Número da petição: 20805-CB-¶162.V-G; Davis, Thomas
E.,- Bossier City, LA, EUA.
Cuidados de saúde
Eliminar o ¶ 162.V no Livro da Disciplina.
Fundamentação da petição:
Este parágrafo defende que a Igreja Metodista Unida
subscreve inteiramente e sem qualquer dúvida, a filosofia da
Medicina Socializada nos Estados Unidos. Infelizmente, a
Medicina Socializada será o primeiro passo que nos leva em
direcção a uma armadilha devastadora no futuro, que, mais
tarde ou mais cedo, destruirá o Cristianismo na América,…
◊
◊
◊
◊
◊
Legislação Non-Disciplinare Proposta
Número da petição: 20599-CB-NonDis-G; Eckert, Jerry,Port Charlotte, FL, EUA.
Homossexualidade
A Conferência Geral da Igreja Metodista Unida
defende que a homossexualidade é um continuum da sexualidade com a heterossexualidade e, consequentemente, deve
ser vista de uma forma natural da vida humana criada por
Deus.
A Conferência Geral também defende que algumas pessoas, algures ao longo desse continuum de comportamento
sexual, podem desviar-se para comportamentos que não são
verdadeiros como indivíduos e, portanto, precisam de ajuda
e paciência para encontrarem a sua verdadeira natureza sexual.
Em vez de sermos contra um tipo de sexualidade natural, em oposição a outro tipo de sexualidade natural, concentramo-nos em desafiar aqueles comportamentos que não
são verdadeiros para o indivíduo, ou de exploração ou violência, ou que causam danos a outros indivíduos.
Fundamentação da petição:
Considerando que o debate na Igreja sobre a homossexualidade deriva principalmente do uso das Escrituras para
apoiar uma preferência pessoal ou um preconceito em ambos
os “lados” do debate;
Considerando que o conhecimento humano e a experiência mostram que todos nós temos elementos heterossexuais e homossexuais, mais ou menos, no nosso...
Número da petição: 20899-CB-NonDis-G; Brandly, Dale Bellbrook, OH, EUA.
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Igreja e Sociedade Comitê B
Corrija o Índice do LdD
Emendar o índice do Livro de Disciplina, homossexualidade/indivíduos homossexuais, página 821; princípios
sociais, ¶161.F ¶161H, 162F
Número da petição: 20989-CB-NonDis-G; Puhr, Roger,Moss Point, MS, EUA pela Conferência Anual do
Mississípi. Woodie, Shirley H.- Ozark, AL, EUA pela
Conferência Anual de Alabama - Florida Oeste. 9 petições
similares.
Retirar a IMU da CRER (Coligação Religiosa para a
Escolha Reprodutiva)
A Conferência Geral de 2012 pela presente, ordena a
Junta Geral da Igreja e Sociedade e a Junta Geral dos
Ministérios Globais/Divisão das Mulheres a retirarem-se
imediatamente de membros da Religious Coalition for
Reproductive Choice (RCRC) (Coligação Religiosa para a
Escolha Reprodutiva, CRER).
Fundamentação da petição:
A “RCRC [Religious Coalition for Reproductive
Choice (Coligação Religiosa para a Escolha Reprodutiva,
CRER), originalmente chamada de Religious Coalition for
Abortion Rights (Coligação Religiosa para os Direitos do
Aborto)] foi fundada em 1973 para proteger o direito consti-
293
tucional recentemente conquistado de aborto” nos Estados
Unidos, de acordo com o Reverendo Carlton W. Veazey,
presidente e director executivo da CRER (www.rcrc.org/
about/index.cfm); A CRER faz “lobbies” para defender e
expandir…
Número da petição: 20991-CB-NonDis-G; Van Havel, Carol
J.,- Morenci, MI, EUA.
Abandonar a CRER (Coligação Religiosa para a
Escolha Reprodutiva)
A Conferência Geral de 2012 retirará todas as agências
da IMU da CRER, e proíbe todo o apoio futuro dos seus
membros às organizações dedicadas à educação, pesquisa ou
defesa da pró-escolha, porque a missão e os objectivos são
incompatíveis com ensinamentos Metodistas Unidos.
Fundamentação da petição:
A Junta Geral da Igreja e Sociedade e a Junta Geral dos
Ministérios Globais/Divisão das Mulheres, são actualmente
membros da Religious Coalition for Reproductive Choice
(RCRC) (Coligação Religiosa para a Escolha Reprodutiva,
CRER). A Coligação Religiosa para a Escolha Reprodutiva
aborda os direitos do aborto em quaisquer e em todas as circunstâncias sem excepção, e promove (1) uma absoluta sexual e reprodutiva...
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DCA Edição Avançada
Resoluções Propostas
R2022.
R2026.
Número da petição: 20124-CB-R2022; Winkler, James,Washington, DC, EUA para a Junta Geral da Igreja e
Sociedade.
Número da petição: 20781-CB-R2026-G; Evans, Cynthia
M.,- O’Fallon, MO, EUA. 1 petição similar.
Aborto apenas quando apropriado
Adopção
Emendar a Resolução 2022 como segue:
Os Princípios Sociais da Igreja Metodista Unida, na
secção... Uma dessas opções é a família que inclui crianças
adoptadas.
Nos textos bíblicos existem referências à importância
da criação de filhos. Podemos encontrar inúmeras histórias
no Velho Testamento de como Deus expressa o seu amor e
carinho pelas crianças, incluindo as crianças órfãs. A vida
de Jesus reflecte o mesmo nível de compromisso: Tem uma
palavra para os viúvos ou órfãos, os pobres e os oprimidos.
Afirmamos que Deus é o nosso Pai e aqueles que escolhem
criar uma família são chamados a ser pais amantes, quer
tenham dado à luz uma criança, quer a tenham adoptado.
Agências clínicas e de serviço social...
Estudos feitos por uma variedade de...
Alguns dos mais recentes...
Os activos externos englobam...
Os activos internos englobam...
Observou-se que, quanto mais esses activos são vividos e experimentados, maior é a estabilidade e o crescimento demonstrados por crianças e famílias, sejam ou não
as crianças filhos naturais ou adoptados. Por isso, a Igreja
Metodista Unida apoia e incentiva a adopção para todos
aqueles que demonstrem esse tipo de atitudes, comportamentos e activos. A Igreja Metodista Unida rejeita, por
outro lado, qualquer forma de coerção, engano ou exploração ilegal associada à adopção e reitera o uso de agências
certificadas e idóneas sempre que se entre num processo de
adopção.
ADOPTADA EM 2004
Resolução #21, 2004 Livro de resoluções
Ver Princípios Sociais, ¶ 161L.
Fundamentos da petição:
Acreditamos que a família é a mais elementar comunidade humana através da qual as pessoas se alimentam e
fortificam em amor, responsabilidade, respeito e fidelidade
mútuas. O sentido de família abrange uma vasta gama de
opções, entre elas a adopção de crianças.
Alterar Resolução n.º 2026: Parentalidade responsável
conforme a seguir se descreve:
Afirmamos o princípio da parentalidade responsável...
7. salvaguardar a opção legal de aborto, quando apropriado, sob os parâmetros fiáveis da prática médica;
8. …
Fundamentação da petição:
Porque acreditamos na santidade da vida humana não
nascida, e porque estamos relutantes em aprovar o aborto
(parágrafo 161J), os Metodistas Unidos não devem providenciar uma aprovação desqualificada do aborto como solução
para todas as gravidezes inesperadas ou indesejadas.
R2026.
Número da petição: 20811-CB-R2026-G; Adams, Linda
W.,- Poplar Bluff, MO, EUA. 1 petição similar.
Aborto
2026. Paternidade Responsável
Nós afirmamos…
Quando ocorre uma gravidez inaceitável, nós acreditamos que uma consideração profunda pela a vida humana do
ser ainda não nascido, deve ser pesada ao lado de uma consideração igualmente profunda pela individualidade inteiramente desenvolvida, particularmente quando a saúde física,
mental, e emocional a vida física da mulher grávida e da
sua família mostra apresenta razões para estar seriamente
ameaçada pela vida nova que apenas se está a formar. Nós
rejeitamos…
Quando ocorre uma gravidez inaceitável, a família - e
sobretudo, a mulher grávida - é confrontada com a necessidade de tomar uma decisão difícil. Quando ocorre uma
gravidez, que aparenta causar sofrimento a um ou aos dois
pais, nós na igreja, devemos trazer todos os nossos recursos
de compaixão e de apoio em seu auxílio, incluindo a oração
e o encorajamento. Nós acreditamos que a continuação de
uma gravidez que ponha em perigo a vida ou a saúde da
mãe…
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R2026.
Número da petição: 20862-CB-R2026-G; Sikes, Marget,Varnell, GA, EUA.
Paternidade Responsável
2026. Paternidade Responsável
Nós afirmamos o princípio…
Quando ocorre uma gravidez indesejada, a família - e
sobretudo, a mulher grávida - é confrontada com a necessidade de tomar uma decisão difícil. Quando ocorre uma
gravidez, que aparenta causar sofrimento a um ou aos dois
pais, nós na igreja, devemos trazer todos os nossos recursos
de compaixão e de apoio em seu auxílio, incluindo a oração
e o encorajamento. Acreditamos que a continuação de uma
gravidez que ponha em perigo a vida ou a saúde da mãe, ou
coloque outros problemas sérios com respeito à vida, saúde,
ou a capacidade mental da criança a ser, não é uma necessidade moral. Nesses casos, acreditamos…
Fundamentação da petição:
Uma igreja Cristã não deve apoiar a possibilidade de
uma criança ter uma deficiência mental ou outra incapacidade para serem usadas como uma razão para o aborto. Isto
é completamente inconsistente com a nossa igreja defender
a igual humanidade do deficiente, que não é menos “digno”
de nascer do que qualquer outra pessoa.
R2026.
Número da petição: 20945-CB-R2026-G;
Jonathan,- Arcadia, FL, EUA.
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Carlsen,
Paternidade Responsável
2026. Paternidade Responsável
Nós afirmamos o princípio…
Apoiar as dimensões sagradas…
Quando ocorre uma gravidez indesejável, nós acreditamos que uma consideração profunda pela vida humana do
ainda não nascido, deve ser pesada ao lado de uma consideração igualmente profunda pela individualidade inteiramente
desenvolvida, particularmente quando a saúde física, mental,
e emocional da mulher grávida e da sua família apresenta
razões para estar seriamente ameaçada pela vida nova que
apenas se está a formar. Nós rejeitamos as respostas simplistas ao problema do aborto que, por um lado, consideram todos
os abortos como assassínios, ou, por outro, consideram os
abortos como procedimentos médicos sem significado moral.
Quando ocorre uma gravidez indesejável, uma família e sobretudo, a mulher grαvida, a mulher grαvida é con-
frontada com a necessidade de tomar uma decisão difícil.
Quando ocorre uma gravidez, que aparenta causar sofrimento emocional ou económico a um ou aos dois genitores, nós
na igreja, devemos trazer todos os nossos recursos de compaixão e de apoio em seu auxílio, incluindo. Isto inclui
oração, e incentivo., conselhos Cristãos Escriturais, informação sobre adopção e outras possibilidades para ajudar
aqueles que estão a fazer face a gravidezes difíceis, ajuda
económica, e, quando necessário, formação profissional.
Estes ministérios devem continuar ao longo de toda a
gravidez e além desta. Nós só podemos apoiar o aborto em
trágicas e raras ocorrências, onde a vida da criança por nascer
ameaça directa e imediatamente a vida da mãe Nós acreditamos que a continuação… questão do aborto (ver o ¶ 161J).
Nós incentivamos consequentemente…
6. tomar disposições em…
7. estabelecer e apoiar ministérios para as mulheres e as
famílias que lidam com gravidezes difíceis, e por vezes não
planeadas e indesejáveis. Cada igreja deve estar familiarizada com as crises das gravidezes e com as instituições de
adopção na sua área e apoiá-las com ajudas materiais e
serviço de voluntariado; salvaguardar a opção legal de aborto sob padrões de prática médica sadia;
8. tornar os abortos disponíveis às mulheres sem ter em
consideração os padrões económicos da prática médica
sadia, e tornar os abortos disponíveis às mulheres sem ter em
consideração o seu estado económico; monitorizar atentamente o crescimento da pesquisa genética e biomédica, e
estar preparada para prestar conselhos éticos são àqueles que
aguardam as decisões do nascimento planeado, afectados
por tal pesquisa;
910. assistir os estados para fazerem disposições abordar
cautelosamentea qualquer proposta na lei ou na prática para o
tratamento de menores como adultos que têm, ou que pensem ter,
doenças venéreas, ou menores femininas que estão, ou que
pensem estar, grávidas, eliminando assim a necessidade legal de
notificar os pais ou tutores antes dos cuidados ou tratamentos
médicos. O apoio parental é crucialmente importante e mais que
desejável nestas ocasiões, mas e não deve ser uma barreira ao
recebimento do tratamento necessário. mas não devem ser dependentes desse apoio. Esta declaração não deve usada para afirmar
ou sugerir que Com raras excepções que envolvem questões
claras de segurança, a Igreja Metodista Unida opõe-se a qualquer
exigência, com ou sem excepções, apoia a notificação parental
para os procedimentos de aborto sobre os abortos feitos em meninas que ainda não alcançaram a idade adulta legal menores;
10. …
Fundamentação da petição:
Uma vez que a declaração da EUB sobre educação
infantil e controle de natalidade, a “Paternidade
Responsável” foi pervertida para legitimar o aborto sem
restrições. “Nós apoiamos o direito legal ao aborto conforme
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estabelecido pela decisão do Supremo Tribunal de 1973”, é
sem sentido. O tribunal emitiu duas decisões sobre o aborto
em 1973. A Conferência Geral nunca chegou a especificar
qual a decisão que é referenciada (¶ 509.1).
R2026.
Número da petição: 21010-CB-R2026-G; Evans, Cynthia
M.,- O’Fallon, MO, EUA.
Eliminar o Supremo Tribunal
Alterar a Resolução #2026: Paternidade Responsável
da seguinte forma:
Nós afirmamos o princípio da paternidade responsável…
Quando ocorre uma gravidez indesejável, a família - e
sobretudo, a mulher grávida - é confrontada com a necessidade de tomar uma decisão difícil. Nós acreditamos que a
continuação de uma gravidez que ponha em perigo a vida ou
a saúde da mãe, ou coloque outros problemas sérios com
respeito à vida, saúde, ou capacidade mental da criança a
nascer, não é uma necessidade moral. Nesses casos, nós
acreditamos que o caminho do julgamento Cristão maduro
pode indicar a pertinência do aborto. Nós apoiamos o direito
legal ao aborto como estabelecido pela decisão de 1973 do
Supremo Tribunal. Nós incentivamos as mulheres em aconselhamento com os maridos, médicos e pastores a tomarem
as suas próprias decisões responsáveis a respeito das
questões pessoais e morais em torno da questão do aborto
(ver o ¶161J).
Fundamentação da petição:
Como os Americanos em geral, os Metodistas Unidos
fiéis não são de uma só opinião sobre a decisão do Supremo
Tribunal. Esta realidade não deve ser negada. Mesmo alguns
estudiosos legais da pró-escolha opõem-se ao raciocínio
jurídico da decisão. Em segundo lugar, a ênfase na lei dos
EU não pertence numa declaração de princípios universais.
R2029.
Número da petição: 20489-CB-R2029-G; Lewis, Dan,Pasadena, CA, EUA para a Conferência Anual da Califórnia
e Pacífico.
Nutrir relações
Substituir a actual Resolução 2029 pelo seguinte:
A Conferência Geral de 2012 da Igreja Metodista Unida
suporta os esforços de nutrir todas as pessoas na sua relação
umas com as outras.
1. Convidamos todos os pastores a levarem a sério a
importância do aconselhamento de relações para todas as
pessoas solteiras, assim como para os casais que procuram
viver numa relação de casamento ou compromisso.
2. Convidamos as congregações a oferecerem aulas e
programas que lidem com competências de comunicação,
gestão de conflitos e confronto com situações relacionadas
com viver-se sozinho, paternidade/maternidade, preparação
de parceria e enriquecimento.
3. Convidamos os pastores e congregações a oferecerem suporte e recursos para aqueles que vivem solteiros,
bem como para os casais que vivem em relações de casamento ou compromisso.
4. Convidamos as conferências anuais a ajudar as congregações no desenvolvimento, identificação e promoção de
programas e recursos para as pessoas que vivem sozinhas,
bem como para os casais que estão casados ou vivem em
relações de compromisso.
5. Convidamos a Junta Geral de Educação Superior e
Ministério a oferecer recursos para os clérigos nas áreas de
preparação de relações, enriquecimento e no desenvolvimento de relações saudáveis nas suas casas.
6. Convidamos os seminários a formar os clérigos em
assuntos relacionados com viver como solteiros, assim como
para a preparação de casamento, aconselhamento e enriquecimento.
7. Convidamos a Junta Geral da Igreja e da Sociedade
a estudar a legislação estatal e federal (proposta e já em
vigor) relacionada com pessoas solteiras, relações, uniões
civis, casamentos e famílias e a efectuar recomendações às
conferências anuais relativamente ao possível impacto dessa
legislação.
8. Convidamos a Casa Publicadora Metodista Unida a
continuar com a publicação de materiais sobre o apoio a pessoas
solteiras,
casais,
namorados,
casamento,
paternidade/maternidade e vida em família.
9. Convidamos a Junta Geral do Discipulado para continuar a desenvolver, identificar e promover recursos e materiais relacionados com relações de compromisso, casamento
e ministérios familiares.
Fundamentação da petição:
As relações são a comunidade humana básica através
da qual as pessoas são acarinhadas e mantidas. As relações
saudáveis em todas as suas configurações têm um impacto
positivo em todas as pessoas envolvidas. O apoio de uma
comunidade de fiéis pode ajudar todas as pessoas a promover mais eficientemente uma segurança, crescimento com
carinho e manutenção de relações saudáveis.
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Igreja e Sociedade Comitê B
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R2042.
R2043.
Número da petição: 21104-CB-R2042-!-G; Vines, Darrell
L.,- Lubbock, TX, EUA pela IMU de St. John - Lubbock,
TX.
Número da petição: 20946-CB-R2043-G;
Jonathan,- Arcadia, FL, EUA.
Carlsen,
Eliminar a Resolução
Homossexualidade e a Unidade da Igreja
Eliminar a actual resolução 2042 e substituir pela
seguinte:
CONSIDERANDO QUE, a Conferência Geral de 2000
orientou a Comissão Geral de Unidade Cristã e Assuntos
Inter-religiosos (CGUCAI) para informar sobre o diálogo
relacionado com as questões da homossexualidade e a
unidade da igreja (Resolução Número 29, Livro de
Resoluções de 2000, página 134), e
CONSIDERANDO QUE, a CGUCAI seguiu essa orientação com trabalho para criar oportunidades cheias de
graça, para as pessoas com pontos de vista divergentes
aprenderem a conhecerem-se umas às outras verdadeiramente, a explorarem o entendimento divergente através do
diálogo de oração e cívico e, sempre que possível, experimentarem a cura e a reconciliação, e
CONSIDERANDO QUE, a CGUCAI desenvolveu
modelos que promoveram o diálogo cheio de graça e cívico
com o qual o Conselho dos Bispos, o Conselho Geral dos
Ministérios, e outros grupos Metodistas Unidos de juventude, jovens adultos e raciais/étnicos, foram envolvidos produtivamente, e
CONSIDERANDO QUE, a CGUCAI desenvolveu
recursos para o diálogo nas igrejas locais, distritos e conferências anuais, e
CONSIDERANDO QUE, a Conferência Geral de 2004
recebeu e elogiou o relatório do grupo de trabalho da CGUCAI sobre a Homossexualidade e a Unidade da Igreja, e
aconselhou a continuação do diálogo em toda a Igreja
Metodista Unida, com o culto como núcleo, e
CONSIDERANDO QUE, muitas igrejas locais ainda
não receberam nem usaram, e não estão cientes dos recursos
desenvolvidos pela CGUCAI e dos recursos similares desenvolvidos pelas juntas Metodistas Unidas; muitas conferências distritais e anuais não os usaram; e os objectivos de
maior compreensão, amor e cuidado de uns pelos outros, e
um maior carácter cívico por estas preocupações, não foram
ainda alcançados,
Portanto, seja deliberado que
• A Conferência Geral de 2012 orientará para que seja
elaborado um plano específico para incentivar o uso e a distribuição dos recursos previamente desenvolvidos pelo
Grupo de Trabalho da CGUCAI e dos recursos similares
desenvolvidos por outras juntas Metodistas Unidas para as
igrejas locais, distritos e conferências anuais.
Eliminar a Resolução Nº 2043. Oposição à Homofobia
e ao Heterossexismo.
Fundamentação da petição:
Os aspectos positivos da resolução já estão declarados
nos Princípios Sociais. Negativamente, deixa de fazer a distinção entre a homofobia e o afirmar do testemunho Bíblico
de que a prática homossexual está proibida por Deus e é contrária aos ensinamentos Cristãos.
R2044.
Número da petição: 20118-CB-R2044; Burton, M.
Garlinda,- Chicago, IL, EUA, para a Comissão Geral sobre
o Estado e Papel da Mulher.
Definição
Emenda 2044 (Definição). Conduta sexual imprópria
nas relações ministeriais (Livro de Resoluções 2008, p. 134):
“A conduta sexual imprópria nas relações ministeriais é uma
traição à confiança sagrada. É uma continuidade de comportamentos não desejados orientados para o sexo ou género por
parte de clérigos ou leigos da igreja numa relação ministerial (paga ou não paga).”
Fundamentos da petição:
Existe uma falta de consentimento significativo no contexto de uma relação ministerial, levando a que a qualificação “não desejado” seja confusa e enganadora. Esta
definição inclui comportamentos sexuais não desejados
assim como alegadamente “consensuais” nas relações ministeriais. Estas alterações trazem também maior consistência
ao resto do texto da Resolução Nº 2044.
R2046.
Número de petição: 20132-CB-R2046; Winkler, James,Washington, DC, EUA para a Junta Geral de Igreja e
Sociedade.
Direitos de todas as pessoas
Alterar Resolução n.º 2046 Direitos de todas as pessoas, da seguinte forma:
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Uma parte da população mundial é gay, lésbica, bissexual
e transgénero (GLBT). Em todo o mundo, as instituições políticas e religiosas não conseguiram proteger a plena dignidade
humana dessas pessoas. Algumas das pessoas GLBT têm sido
alvo de discriminações no que diz respeito à habitação,
emprego, estatutos criminais, cuidados de saúde e acesso à
justiça para essa tal discriminação. Alguns retratam falsamente
as leis básicas de direitos humanos que protegem as pessoas
GLBT de crimes de ódio como “preferência legal” injusta.
É particularmente perturbador quando valores
religiososOs valores religiosos têm sido frequentemente utilizados inapropriadamente são para justificar a perseguição de certos grupos. Os cristãos proclamam que todas as pessoas são
filhos de Deus que merecem a protecção dos seus direitos
humanos e civisfilhos de Deus que merecem a dignidade
humana integral, bem como igual protecção civil e legal.
Os nossos Princípios Sociais dão-nos uma direcção
clara nesta matéria:
Insistimos que todas as pessoas, independentemente da
idade, sexo, estado civil ou orientação sexual, têm direito a
ter os seus direitos humanos e civis assegurados (¶161F).
Os direitos e privilégios que a sociedade concede ou retira daqueles que os detêm indicam a estima relativa que a
sociedade tem por determinadas pessoas e grupos de pessoasque detém indicam a estima relativa tida para com determinadas pessoas e grupos. Defendemos que todas as pessoas
são igualmente valiosas aos olhos de Deus. Consequentemente,
trabalhamos em direcção a sociedades em que o valor de cada
pessoa é reconhecido, mantido e reforçado (¶162).
Assim, todos os Metodistas Unidos são chamados a:
1. abster-se da assinatura de petições e de votar contra
medidas que defendam a negação dos direitos humanos fundamentais e civis a qualquer pessoa;
2. votar contra ou defender a revogação de qualquer
lei penal que penaliza as pessoas com base na sua identidade
de género ou orientação sexual;
23. educar a congregação e a comunidade sobre a
posição da Disciplina Metodista Unida sobre os direitos
civis e as suas aplicações abrangentes, e
34. ficar contra quaisquer actos políticos ou físicos que
neguem os direitos humanos e civis e o valor sagrado de
todas as pessoas.
45. defender iniciativas que proíbam a discriminação
de emprego e habitação baseada na orientação sexual e identidade de género em todo o mundo, e
56. defender iniciativas que prevêem sanções extra
para crimes que são expressamente autorizados para o
propósito de prejudicar alguém com base unicamente na sua
raça, cor, origem nacional, religião, orientação sexual, identidade de género, sexo ou incapacidade.
Portanto, seja resolvido, que a Junta Geral de Igreja e
Sociedade desenvolva ferramentas de ensino concebidas
DCA Edição Avançada
para proporcionar um diálogo aberto e saudável e uma compreensão da sexualidade e do mundo, com o objectivo
específico de proteger os direitos humanos e civis dos gays,
lésbicas, bissexuais e transgéneros.
Fazemos isso como parte do nosso testemunho cristão e
ministério. Não deixe nunca dizer que os Metodistas Unidos
não conseguiram falar pela “minoria destes”. permaneceram
em silêncio durante este ataque aos direitos de todos.
ADOPTADO 1996
alterado e readoptado 2000 e 2004
Fundamentação da petição:
Defendemos que todas as pessoas são igualmente valiosas
aos olhos de Deus, nunca deixe dizer que os Metodistas Unidos
não conseguiram falar pela “minoria destes”.
R2046.
Número da petição: 20693-CB-R2046-G; Fitzgibbons,
Kevin,- Olathe, KS, EUA.
Direitos de todas as pessoas
Emendar a Resolução N.º 2046 como se segue:
Uma parte da população mundial é gay, lésbica, bissexual e transgénero (GLBT). Em todo o mundo, as instituições
políticas e religiosas atingiram as pessoas GLBT na discriminação de alojamento, emprego, crédito, educação, arrendamentos públicos, adopção, cuidados de saúde, e acesso à
denúncia de tal discriminação. Alguns retratam falsamente
as leis básicas de direitos humanos que protegem as pessoas
GLBT de crimes de ódio e discriminação como “preferência
legal” injusta.
É particularmente perturbador quando valores religiosos têm sido frequentemente utilizados para justificar a
perseguição de certos grupos. Os Cristãos proclamam que
todas as pessoas são filhos de Deus que merecem a protecção dos seus direitos humanos e civis. Os nossos
Princípios Sociais dão-nos uma direcção clara nesta matéria:
Insistimos que todas as pessoas, independentemente da
idade, sexo, estado civil ou orientação sexual, têm direito a ter
os seus direitos humanos e civis assegurados (parágrafo 161F).
Os direitos e privilégios que a sociedade concede ou
retira daqueles que os detêm indicam a estima relativa que a
sociedade tem por determinadas pessoas e grupos de pessoas. Defendemos que todas as pessoas são igualmente
valiosas aos olhos de Deus. Consequentemente, trabalhamos
em direcção a sociedades em que o valor de cada pessoa é
reconhecido, mantido e reforçado (parágrafo 162).
Assim, todos os Metodistas Unidos são chamados a:
1. abster-se da assinatura de petições e de votar contra
medidas que defendam a negação dos direitos humanos fundamentais e civis a qualquer pessoa;
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2 educar a congregação e a comunidade sobre a
posição da Disciplina Metodista Unida sobre os direitos
civis e as suas aplicações abrangentes; e
3 ficar contra quaisquer actos políticos ou físicos que
neguem os direitos humanos e civis e o valor sagrado de
todas as pessoas.
4 defender iniciativas que proíbam a discriminação de
emprego ee discriminação de arrendamento público baseada na
orientação sexual e identidade de género em todo o mundo; e
5 defender iniciativas que prevêem sanções extra
para crimes que são expressamente autorizados para o
propósito de prejudicar alguém com base unicamente na sua
raça, cor, origem nacional, religião, orientação sexual, identidade de género, sexo ou incapacidade.
Portanto, seja resolvido, que a Junta Geral de Igreja e
Sociedade desenvolva ferramentas de ensino concebidas
para proporcionar um diálogo aberto e saudável e uma compreensão da sexualidade e do mundo, com o objectivo
específico de proteger os direitos humanos e civis dos gays,
lésbicas, bissexuais e transgéneros. Chamamos a Junta Geral
e Juntas de Conferência da Igreja e Sociedade para que apoie
as leis federais, estatais e locais que proíbam a discriminação
no emprego, habitação e arrendamentos público com base na
orientação sexual e identidade de género.
Fazemos isso como parte do nosso testemunho cristão e
ministério. Não deixe nunca dizer que os Metodistas Unidos
permaneceram em silêncio durante este ataque aos direitos
de todos.
Fundamentação da petição:
A Igreja Metodista Unida acredita nos direitos de todas
as pessoas, por isso a igreja deve lutar contra todas as formas
de discriminação contra as pessoas com base na sua orientação sexual e identidade de género, incluindo arrendamentos públicos.
R2046.
Número da petição: 20947-CB-R2046-G;
Jonathan,- Arcadia, FL, EUA.
Carlsen,
Eliminar a Resolução
Eliminar a Resolução Nº 2046. Direitos de todas as pessoas.
Fundamentação da petição:
Apesar do seu título bastante sonoro, esta resolução
procura legitimar as práticas homossexuais, bissexuais e de
transsexualidade/transgénero, práticas contrárias às
Escrituras e aos ensinamentos Cristãos. Os Princípios
Sociais já abordam os direitos básicos de todas as pessoas.
R2081.
Número da petição: 20155-CB-R2081; Winkler, James Washington, DC, EUA pela Junta Geral de Igreja e Sociedade.
Pornografia e Violência Sexual
Alterar a Resolução nº. 2081, Pornografia e Violência
sexual, da seguinte forma:
Por toda a Bíblia...
No meio do nosso mundo imperfeito...
A questão da pornografia...
O Entendimento comum sobre a pornografia já está
desactualizado. Alguns de nós podem acreditar acreditam
que a pornografia é um mal social, porque é sexual, enquanto que outros podem defender a pornografia como um direito universal à liberdade de expressão, porque é sexual. No
entanto, a verdade é que a pornografia não é só sobre sexualidadesexo; é frequentemente sobre a violência, a
degradação, a exploração e a coerção.
Enquanto não há um acordo generalizado sobre as
definições, como base para o diálogo, são sugeridas as
seguintes:
A pornografia é material sexualmente explícito que
retrata a violência, o abuso, a coerção, a dominação, a humilhação ou a degradação, fundamentalmente com a finalidade
da excitação. A pornografia é material sexualmente explícito, destinado principalmente à obtenção da excitação sexual.
Para além disso, qualquer material sexualmente explícito
com crianças é pornográfico.
É difícil de mensurar o impacto da pornografia sobre o
comportamento. Não há grande evidência de que a
pornografia leve um indivíduo consumidor a cometer um
acto específico de agressão sexual, no entanto, vários estudos sugerem que tal consumo é viciante e pode predispor um
indivíduo a cometer crimes sexuais, e que esta apoia e incentiva os agressores sexuais a continuar e a aumentar o seu
comportamento violento e abusivo. Poucos questionam o
facto de que uma sociedade que apoia as indústrias multibilionárias a promover a violência sexual como entretenimento
e a retratar o abuso e a tortura de mulheres e crianças num
contexto sexual é uma sociedade em apuros.
“A pornografia, pela sua própria natureza, é uma toxina
da igualdade de oportunidades. Ela danifica o espectador, o
artista, e os cônjuges e os filhos dos espectadores e os dos
artistas. É uma distorção do poder e promove um entendimento doentio sobre o sexo e os relacionamentos. Torna-se
mais tóxica quanto mais é consumida, o “mais difícil” a variedade consumida e quanto mais jovem e mais vulnerável é
o consumidor. O dano revela-se tanto na área das crenças,
como na área dos comportamentos. Os danos na área das
crenças podem incluir a Distorção causada pela Pornografia,
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afectar as Crenças de Permissão-Dádiva e as atitudes sobre
o que constitui um relacionamento sexual saudável e emocional. O dano comportamental inclui comportamentos psicologicamente doentios, comportamentos socialmente
inadequados e comportamentos ilegais “.
A pornografiaGrande parte da pornografia está indissociavelmente ligada à opressão das mulheres. A atracção pela
pornografia continuará enquanto a excitação sexual for
estimulada por imagens de poder e dominação de uma pessoa sobre outra, na maioria das vezes do sexo masculino
sobre o feminino. A pornografia está também fundamentalmente ligada ao racismo; as mulheres de cor são sempre
retratados das formas mais violentas e degradantes. O poder
destrutivo da pornografia reside na sua capacidade em assegurar que as atitudes em relação à sexualidade continuarão a
ser influenciadas por imagens que negam a dignidade
humana, a igualdade e a reciprocidade. Pornografia contribui
para a alienação nas relações humanas e distorce a integridade sexual de homens e mulheres.
A expansão da pornografia...
Materiais pornográficos...
A nossa posição sobre a pornografia é clara: Opomonos a todas as formas de pornografia. Apoiamos as leis que
protegem as mulheres e as crianças e que encarceram aqueles que são fornecedores da “indústria”, que instigam e
expandem actividades pornográficas com crianças e adultos.
Dependência da pornografia para adultos...
A dependência da pornografia infantil é um comportamento desviante e criminal que deve ser abordado através de meios
de reabilitação e legais. Nós deploramos o uso do sistema de
justiça criminal como único meio para tratar esta dependência,
no entanto, quando o viciado em pornografia recorre a comportamentos criminosos que prejudicam ou ferem outras pessoas,
especialmente crianças, ou caso a reabilitação não obtenha
sucesso, apoiamos os meios legais pelos quais o viciadoa pessoa
viciada é responsabilizada e monitorizada pelo sistema legal, de
modo a proteger este e as suas vítimas de danos futuros.
A Igreja Metodista Unida...
Compreensão da pornografia...
Apelamos à Igreja Metodista Unida, às suas agências
gerais, às conferências anuais e às igrejas locais, para:
1. educar as congregações sobre a questão da
pornografia, especialmente a pornografia pela Internet, e
promulgar rigorosa políticas severas que garantam vigilância aos computadores propriedade da igreja e a educação
e formação sobre ética sexual;
2. procurar estratégias para reduzir a proliferação da
pornografia;
3. trabalhar no sentido de quebrar o vínculo entre o sexo
e a violência, encorajando relações humanas saudáveis;
4. monitorizar e impedir limitar o acesso de crianças e
jovens à pornografia e a material sexualmente explícito;
DCA Edição Avançada
5. participar dos esforços para banir a pornografia
infantil e proteger as crianças vítimas;
6. promover a utilização de materiais dos Metodistas
Unidos e outros materiais de qualidade sobre a educação sexual,
que ajudem as crianças e os jovens a obter uma compreensão
sobre o assunto e respeito de afirmação mútua da sexualidade;
7. realizar sessões educativas para os pais sobre como minimizar o risco para as crianças, relativamente à utilização da
Internet. Encorajar os pais a estabelecer regras para os adolescentes e crianças; encorajar os pais a utilizar técnicas de rastreio;
8. apelar para a responsabilidade social de todos os meios
de comunicação, incluindo a Internet e todas as bibliotecas
públicas e trabalhar com grupos locais, nacionais e internacionais que defendam a monitorização de imagens de mulheres,
homens e crianças nos meios de comunicação globais; e
9. participar nos esforços ecumênicos e/ou da comunidade que estuda e aborda a questão da pornografia.
ADOPTADA EM 1988
REVISTA E ADOPTADA EM 2000
REVISTA E READOPTADA EM 2008
RESOLUÇÃO nº. 42, 2004 Livro de Resoluções
RESOLUÇÃO nº. 36, 2004 Livro de Resoluções
Ver os Princípios Sociais, ¶ 161G.
(R.2081, Livro de Resoluções dos Metodistas Unidos,
pp. 148-153)
Fundamentação da Petição:
A nossa posição sobre a pornografia é clara: Opomonos a todas as formas de pornografia. Apoiamos as leis
que protegem as mulheres e as crianças e que encarceram
aqueles que são fornecedores da “indústria”, que instigam
e expandem actividades pornográficas com crianças e
adultos.
R2121.
Número da petição: 20156-CB-R2121; Winkler, James Washington, DC, EUA pela Junta Geral de Igreja e
Sociedade.
Suicídio
Alterar a Resolução nº. 2121, Suicídio: Um Desafio
para o Ministério, da seguinte forma:
Suicídio: Um Desafio para o Ministério
A Organização Mundial de Saúde (OMS) relata que todos
os dias quase 3.000 pessoas cometem suicídio. Por cada pessoa
que comete suicídio, 20 ou mais tentam acabar com suas vidas.
Em 2020, a OMS estima que uma pessoa irá cometer suicídio a
cada 20 segundos e será efectuada uma tentativa a cada 1-2
segundos. “Nos últimos 45 anos as taxas de suicídio aumentaram 60% em todo o mundo. Em alguns países, o suicídio está
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entre as três principais causas de morte, entre aqueles com idades
compreendidas entre os 15-44 anos, e é a segunda causa principal de morte na faixa etária entre os 10-24 anos” (OMS). Nos
Estados Unidos, os Centros de Controlo de Doenças relataram
34.598 suicídios em 2007, ou 11,5 por 100.000, com pouco mais
de metade a recorrer ao uso das armas de fogo. Nos Estados
Unidos, de entre os grupos étnicos, os nativos americanos e latinos possuem as maiores taxas.
As taxas de suicídio variam por idade, género e etnia,
mas afectam todos os povos pessoas em toda parte, independentemente da escolaridade ou do nível socioeconómico. “É
geralmente aceite que nem todas as mortes que são relatadas
como suicídios são classificadas como tal. As mortes podem
ser erradamente classificadas como homicídios ou acidentes,
em que os indivíduos têm intenção de suicídio, colocando-se
em perigo, mas a falta de provas não permite classificar a
morte como suicídio. Outros suicídios podem ser indevidamente classificadas como mortes acidentais, ou de causas
desconhecidas, em deferência à comunidade da família “
(Estratégia Nacional de Prevenção ao Suicídio, 2001; p. 32).
O apóstolo Paulo, enraizado na sua experiência de Cristo
ressuscitado, afirma o poder do amor divino para superar as realidades divisoras da vida humana, inclusive o suicídio:
“Porque estou convencido de que nem morte, nem vida,
nem anjos, nem os governantes, nem coisas presentes, nem
coisas por vir, nem poderes, nem altura, nem profundidade,
nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de
Deus em Cristo Jesus, nosso Senhor. “(Romanos 8:38-39)
As palavras de Paulo são na verdade fontes de esperança e de renovação para as pessoas que contemplam o
suicídio, bem como para aqueles que choram a morte de
amigos e familiares que tenham posto fim às suas próprias
vidas. Cometido suicídio. Estas palavras afirmam que, nesses momentos humanos, quando tudo parece perdido, tudo
pode ainda ser encontrado por meio da fé total.
Uma perspectiva Cristã sobre o suicídio começa, assim,
com uma afirmação de fé: “Porque estou convencido de que
nem morte, nem vida, nem anjos, nem os governantes, nem
coisas presentes, nem coisas por vir, nem poderes, nem
altura, nem profundidade, nem qualquer outra criatura
poderá separar-nos do amor de Deus em Cristo Jesus, nosso
Senhor. “(Romanos 8:38-39)
Pôr termo à própria vida O suicídio não nos separa do
amor de Deus. As palavras de Paulo são na verdade fontes de
esperança e de renovação para todas as pessoas, que contemplam o suicídio, bem como, especialmente para aquelas que
choram a morte de amigos e familiares que tenham posto fim
às suas próprias vidas. Estas palavras afirmam que, nesses
momentos humanos, quando tudo parece perdido, tudo pode
ainda ser encontrado por meio da fé total. Enquanto a Bíblia vê
o corpo humano como criação de Deus (Génesis 1:27) e até
mesmo como o templo do Espírito Santo (I Coríntios 6:19),
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não apresenta nenhuma condenação específica para o suicídio.
Toda a essência da compaixão da Bíblia para com os feridos, e
para com a natureza pecadora do ser humano, implica que
Deus ame e esteja de coração ferido quando alguém se sente
tão desesperado a ponto de pôr termo à sua própria vida. Não
encorajamos ou apoiamos de forma alguma o suicídio.
Afirmamos que as possibilidades de esperança e de renovação
existem para aqueles que tenham colocado a hipótese ou tentado o suicídio.
Infelizmente, a igreja durante a maior parte da sua
história tem ensinado que o suicídio é um pecado imperdoável. Como resultado, os cristãos, agindo a partir de uma
preocupação sincera em prevenir o suicídio, muitas
vezes têm contradito o apelo de Cristo à compaixão.
Por exemplo, as vítimas têm sido denunciadas e presume-se que estejam no inferno, e as famílias têm sido
estigmatizadas com a culpa e suportam as sanções económicas e sociais que lhes são infligidas.
O objectivo desta declaração é desafiar e orientar os
nossos ministérios cuidadores em todo o mundo, para
reduzir o número de suicídios e de compartilhar a graça de
Deus, para que as vidas daqueles que são tocados, possam
ser enriquecidas, dignificadas e capacitadas para o ministério de outros.
Demografia do Suicídio
O suicídio é a décima primeira causa de morte, reivindicando 30 mil vidas a cada ano, ou uma a cada 18 minutos. Mais
de 4.000 das pessoas que cometem suicídio anualmente são
menores de 25 anos. Porque o suicídio ocorre em todas as
idades, é a quinta principal causa de perda de vida em potencial,
de acordo com o Centro de Controlo da Doença e Prevenção
dos EUA (CCD). Além disso, estima-se que, a cada dia, entre
500 e 1.500 pessoas procuram atendimento em centros de
emergência, devido a tentativas de suicídio. A pesquisa indica
que, todos os anos, 20 por cento dos estudantes do ensino médio
considera seriamente a hipótese do suicídio.
As taxas de suicídio variam por idade, género e etnia,
mas afectam todos os povos, independentemente da escolaridade ou do nível sócio-económico. A maior taxa de suicídio ocorre geralmente entre os homens brancos, numa
fase mais avançada da vida. No entanto, entre alguns
Nativos Americanos e grupos nativos do Alasca, as taxas
entre os jovens são várias vezes superiores aos da população
dos EUA como um todo. Assim, cerca de 80 por cento dos
que cometem suicídio são do sexo masculino, mas o sexo
feminino é muito mais propenso à tentativa de suicídio.
“É geralmente aceite que nem todas as mortes que
são relatadas como suicídios são classificadas como tal. As
mortes podem ser erradamente classificadas como homicídios ou acidentes, em que os indivíduos têm intenção de
suicídio, colocando-se em perigo, mas a falta de provas não
permite classificar a morte como suicídio. Outros suicídios
podem ser indevidamente classificados como mortes aciden-
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tais, ou de causas desconhecidas, em deferência à comunidade da família” (Estratégia Nacional de Prevenção ao
Suicídio, 2001; p. 32)
Factores de Risco e de Protecção contra o Suicídio
Grupos específicos na sociedade parecem ser mais vulneráveis ao suicídio do que outros, especialmente se experienciam certos precipitantes (acontecimentos nas suas vidas,
tais como doenças, perda de familiares, amigos, trabalho,
trauma grave, ou outros factores stressantes) e têm fácil
acesso a um método para pôr termo às suas vidas. Iisto
se eles se encontram um ambiente propício. Estudos demonstram que 90% dos que morrem por suicídio sofrem de
doença mental diagnosticável, abuso de substâncias, ou
ambos.Um estudo internacional realizado em 2004 indica
que 87% dos que morrem por suicídio sofrem de uma
doença mental diagnosticável. (Psychiatric diagnoses in
3,275 suicides: a meta-analysis, Geneviève ArsenaultLapierre, Caroline Kim e Gustavo Turecki, Grupo McGill de
Estudo sobre o Suicídio, em Montreal, Canadá, BMC
Psychiatry 2004, Publicado em: 4 de Novembro de 2004).
Estes factores—vulnerabilidade, acontecimentos precipitantes, ambiente propício—devem ser reconhecidos e tratados para que haja uma redução na taxa de suicídio.
A experiência de alienação juvenil e a rejeição pela
sociedade, pela família e pela igreja quando se lida com
questões de identidade sexual, incluindo a homossexualidade.
Para muitos jovens, o suicídio é entendido como a única saída.
As interligações sociais, o apoio social e as aptidões de
vida são vistas como uma protecção contra o suicídio. Estes
métodos podem ser aprendidos e a formação juvenil, como a
que é ensinada anualmente pela Comissão de Prevenção do
Suicídio Juvenil do Arkansas, é uma grande força de intervenção e de prevenção do suicídio.
Atitudes Sociais
As atitudes predominantes da sociedade, tanto seculares como religiosas, têm sido de condenação da vítima e de
negligenciamento da família da vítima e amigos.
“Na morte, há sempre duas partes, a pessoa que morre e
os sobreviventes que estão em luto ... o aguilhão da morte é
menos nítido para a pessoa que morre do que para os sobrevivente enlutados. Isto, a meu ver, é o factor capital da relação
entre os vivos e os mortos. Há duas partes no sofrimento
infligido pela morte e na repartição do sofrimento o sobrevivente suporta o impacto.“ - (Arnold Toynbee, da Man’s
Concern with Death [preocupação do homem com a Morte]).
As igrejas negaram funerais e serviços fúnebres às
famílias enlutadas. Os restos mortais das vítimas foram banidos dos cemitérios. Os médicos legistas falsificaram registos
para que as famílias pudessem receber ajuda económica.
As respostas Federal e estatal ao suicídio abarcaabrange desde
a resistência, à negação e ao medo, até ao amplo apoio na prevenção do suicídio. O estigma social e religioso está general-
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izado. Um relato conta-nos sobre uma professora de jovens da
igreja, que já leccionava há muitos anos, a qual perdeu seu
filho devido a suicídio. Quando voltou para sua classe, algumas semanas mais tarde, foi informada que, devido ao filho ter
posto termo à vida, ela não podia mais ensinar. Em oposição,
várias denominações têm adoptado nos últimos anos declarações mais informadas e mais compassivas sobre o suicídio
dos seus membros. É frequentemente mencionada a necessidade de eliminar estigmas sociais, que desencorajam jovens e
outras pessoas a procurarem ajuda de que necessitam e a proporcionar oportunidades de saúde mental para aqueles que
sofrem de depressão e ideação suicida. O apoio compreensivo
de familiares e amigos, como um factor importante na
prestação de apoio eficaz, é, presentemente, de uma forma
ampla, mais apreciada.
A Resposta da Igreja
“A Igreja é chamada a proclamar o evangelho da graça
e, em sua própria vida, a encarnar o evangelho. Ela encarna
o evangelho quando é particularmente solícita com os que,
de entre os seus, têm mais problemas, e quando vai além dos
seus próprios membros, prestar apoio a quem está só” (Dr.
Philip Wogaman, como professor de Ética Social Cristã,
Seminário Teológico de Wesley).
Ao reconhecer que a resposta histórica da Igreja ao suicídio inclui medidas punitivas destinadas a impedir o suicídio e
que não há nenhuma posição clara da bíblia sobre o suicídio, a
Conferência Geral da Igreja Metodista Unida encoraja veementemente o emprego de iniciativas de larga escala para prevenir o suicídio, seguindo as directrizes da Estratégia Nacional
de Prevenção ao Suicídio, emitidas pelo Departamento dos
EUA de Saúde e Serviços Humanos. Além disso, a Conferência
Geral recomenda aos conselhos, às agências, às instituições e às
igrejas locais da Igreja Metodista Unida para que o ministério
da prevenção do suicídio receba uma atenção urgente. Os sobreviventes à perda por suicídio e as tentativas de suicídio devem
receber preocupação prioritária no ministério global da Igreja.
As medidas duras e punitivas (tais como a recusa do funeral ou
dos serviços fúnebres, ou visitas ministeriais) impostas às
famílias das vítimas de suicídio devem ser não só devem ser
abandonadas, como também devem ser denunciadas e abandonadas. A igreja deverá participar e encorajar os outros a participar de um esforço total, baseado na comunidade, para
atender às necessidades das pessoas em situação de risco e as
suas famílias. Cada conferência anual e igreja local deve
responder aos problemas do ministério, relacionados com a prevenção do suicídio e aos serviços de apoio à família.
Deve ser enfatizado que o suicídio aumenta num ambiente ou numa sociedade que não demonstram uma atitude
solidária para com todas as pessoas. A igreja tem um papel
especial na mudança de atitudes da sociedade e no ambiente
social dos indivíduos e das famílias. Para promover este
esforço, a igreja deve fazer o seguinte apelamos:
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1. às Congregações Metodistas Unidas para
A) abraçar todas as pessoas afectadas por suicídio,
incluindo crianças, ao amar a comunidade através de grupos
de apoio e de instituições sociais receptivas, apelar à
sociedade através dos meios de comunicação para reforçar
(seguindo as directrizes publicadas para o relato do suicídio
e assuntos com ele relacionados) a importância da vida
humana e defender políticas públicas que incluam o bemestar de todas as pessoas, e trabalhar contra as políticas que
desvalorizam a vida humana e perpetuem os factores de
risco cultural (ou seja, armamentos nucleares, a guerra, preconceito racial e étnico);
b) Aafirmar que podemos destruir os nossos corpos
físicos, mas não o nosso ser em Deus, e afirmar que cada
pessoa está em relação com os outros, mas nos nossos
esforços em sermos mais compassivos e humanitários, evitar
glamorizar a morte dos que põem termo às suas vidas, especialmente as dos jovens. A perda de cada pessoa é uma perda
da comunidade;
c) apoiar as instituições de acolhimento de crianças
Metodistas Unidos, que fornecem tratamento a crianças
emocionalmente desequilibradas, jovens e suas famílias e
comunidades de reformados, que são o lar para aqueles onde
as taxas de suicídio são mais elevados; e
d) fortalecer os ministérios juvenis da igreja local, ajudando os jovens a experienciar a graça salvadora de Jesus
Cristo e a participar na irmandade humanitária da igreja.
2. à Junta Geral da Igreja e da Sociedade deverá
para continuar a apoiar políticas públicas internacionais e
nacionais que: (A) promovam o acesso aos serviços de saúde
mental a todas as pessoas, independentemente da idade, (b)
removam o estigma associado à doença mental, e (c) incentivem comportamentos de “procura de ajuda”;
3. à Junta Geral de Discipulado deverá continuar
para desenvolver um currículo sobre estudos bíblicos e
teológicos do suicídio e problemas relacionados com a saúde
mental e ambiental e promover os programas recomendados
pela Associação Americana de Aconselhamento Pastoral e
utilização da pesquisa científica da Organização Mundial de
Saúde, dos Centros de Controlo e Prevenção de
Doenças dos Estados Unidos, dos Institutos Nacionais para
a Saúde dos Estados Unidos e outras instituições credíveis
do sector privado, como as organizações no âmbito do
Conselho Nacional de Prevenção do Suicídio;
4. à Junta Geral de Educação Superior e
Ministério deverá para desenvolver materiais relacionados
com os seminários Metodistas Unidos de formação dos
profissionais da igreja, para reconhecer as doenças mentais
tratáveis associadas ao suicídio (por exemplo, a depressão) e
perceber quando e como encaminhar as pessoas para tratamento; deverá para garantir que todos os programas de aconselhamento pastoral incluam essa formação e estratégias
303
para o ministério, para os sobreviventes à perda por suicídio
e tentativas de suicídio; e para procurar chamar a atenção
para o suicídio em cursos de Bíblia, de Ética Cristã,
Pregação e Educação Religiosa, bem como Pastoral.
Conclusão
“A igreja é chamada a proclamar o evangelho da graça
e, em sua própria vida, a encarnar o evangelho. Ela encarna
o evangelho quando é particularmente solícita com os que,
de entre os seus, têm mais problemas, e quando vai além dos
seus próprios membros, prestar apoio a quem está só” (Dr.
Philip Wogaman, como professor de Ética Social Cristã,
Seminário Teológico de Wesley).
ADOPTADA EM 1988
ALTERADA e READOPTADA EM 1996
ALTERADA E READOPTADA EM 2004
Ver os Princípios Sociais, ¶161N
Fundamentação da Petição:
Pôr termo à própria vida não nos separa do amor de
Deus, mas a igreja, durante a maior parte da história, tem
ensinado que o suicídio é um pecado imperdoável.
Precisamos de eliminar estigmas sociais que desencorajam a
procura de ajuda e proporcionar oportunidades de saúde
mental para aqueles que sofrem de depressão e ideação suicida.
R3002.
Número da petição: 20200-CB-R3002; Kemper, Thomas, Nova Iorque, NY, EUA para a Junta Geral de Ministérios
Globais.
Eliminação
Eliminar a Resolução 3002.
Fundamentação da petição:
São propostas provisões relevantes desta resolução para
serem incorporadas na nova resolução, “Implementação
Metodista Unida dos padrões delineados nas Regras Padrões
das Nações Unidas e a Americans with Disabilities Act,” tornando a R3002 redundante.
R3003.
Número da petição: 20201-CB-R3003; Kemper, Thomas, Nova Iorque, NY, EUA para a Junta Geral de Ministérios
Globais.
Eliminação
Eliminar a Resolução 3003.
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DCA Edição Avançada
Fundamentação da petição:
São propostas disposições relevantes desta resolução
para incorporação na nova resolução, “Implementação
Metodista Unida dos padrões delineados nas Regras Padrões
das Nações Unidas e a Americans with Disabilities Act,” tornando a R3003 redundante.
Fundamentação da petição:
São propostas disposições relevantes desta resolução
para incorporação na nova resolução, “Implementação
Metodista Unida dos padrões delineados nas Regras Padrões
das Nações Unidas e a Americans with Disabilities Act,” tornando a R3007 redundante.
R3005.
R3008.
Número da petição: 20202-CB-R3005; Kemper, Thomas, Nova Iorque, NY, EUA para a Junta Geral de Ministérios
Globais.
Número da petição: 20205-CB-R3008; Kemper, Thomas, Nova Iorque, NY, EUA para a Junta Geral de Ministérios
Globais.
Eliminação
Eliminação
Eliminar a Resolução 3005.
Fundamentação da petição:
São propostas disposições relevantes desta resolução
para incorporação na nova resolução, “Implementação
Metodista Unida dos padrões delineados nas Regras Padrões
das Nações Unidas e a Americans with Disabilities Act,” tornando a R3005 redundante.
Eliminar a Resolução 3008.
Fundamentação da petição:
São propostas disposições relevantes desta resolução
para incorporação na nova resolução, “Implementação
Metodista Unida dos padrões delineados nas Regras Padrões
das Nações Unidas e a Americans with Disabilities Act,” tornando a R3008 redundante.
R3041.
R3006.
Número da petição: 20203-CB-R3006; Kemper, Thomas, Nova Iorque, NY, EUA para a Junta Geral de Ministérios
Globais.
Eliminação
Eliminar a Resolução 3006.
Fundamentação da petição:
São propostas disposições relevantes desta resolução
para incorporação na nova resolução, “Implementação
Metodista Unida dos padrões delineados nas Regras Padrões
das Nações Unidas e a Americans with Disabilities Act,” tornando a R3006 redundante.
R3007.
Número da petição: 20204-CB-R3007; Kemper, Thomas, Nova Iorque, NY, EUA para a Junta Geral de Ministérios
Globais.
Eliminação
Eliminar a Resolução 3007.
Número da petição: 20150-CB-R3041; Winkler, James Washington, DC, EUA pela Junta Geral de Igreja e
Sociedade.
Publicidade a Bebidas Alcoólicas
Alterar a Resolução nº. 3041 Publicidade a Bebidas
Alcoólicas durante as Olimpíadas, da seguinte forma:
3041. Publicidade a Bebidas Alcoólicas durante as
Olimpíadas
CONSIDERANDO que, a Bíblia lembra-nos que nossos corpos são “templos do Deus vivo” (1 Coríntios 6:13-20)
e uma vez que somos criados à imagem de Deus, somos
chamados por Deus para aperfeiçoar o nosso corpo à Sua
imagem;
CONSIDERANDO que, os fundadores do Metodismo
Unido fornecem pilares históricos para o nosso forte testemunho sobre a abstinência do álcool; Susanna Wesley numa
carta a John Wesley influenciou e pediu piedade com estas
palavras: “Segue esta regra: o que enfraquece a tua razão,
prejudica a ternura de tua consciência, obscurece o teu sentido de Deus, ou te tira o apreço pelas coisas espirituais,
enfim, qualquer coisa que aumente a força e a autoridade do
teu corpo sobre tua mente, essa coisa é pecado para ti, por
mais inocente que possa ser só por si”, e
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CONSIDERANDO que, John Wesley, no seu sermão
sobre a utilização do dinheiro exorta: “Nem podemos obter
lucro por ferir o nosso próximo em seu corpo. Portanto, não
podemos vender qualquer coisa que tende a prejudicar a saúde.
Tal é, eminentemente, todo esse fogo líquido a que habitualmente apelidam de “tragos” ou bebidas espirituosas”; e
CONSIDERANDO que, nos eventos desportivos se
exibe a capacidade atlética, e as Olimpíadas são uma
exposição dos maiores feitos da capacidade atlética, e
CONSIDERANDO que, o consumo de bebidas alcoólicas inibe a capacidade atlética, em vez de aumentá-la: e
CONSIDERANDO que o consumo de bebidas alcoólicas contribui para muitos problemas na sociedade, tais como
acidentes automobilísticos, agressões a mulheres e crianças,
suicídio e afogamento, apenas para mencionar alguns; e
CONSIDERANDO que, a publicidade a bebidas alcoólicas vai associá-las na mente do público com os maiores feitos
da capacidade atlética, o que é uma mensagem falsa;
Seja, portanto, decidido, que a Igreja Metodista Unida
protesta vivamente contra a publicidade a cerveja ou qualquer bebida alcoólica, nos locais onde decorrem os Jogos
Olímpicos, ou qualquer outro evento esportivo, ou nas suas
vizinhanças,
E, seja ainda decidido, que consideramos escandaloso
qualquer bebida alcoólica ser considerada como um dos
patrocinadores do evento das Olimpíadas, ou de qualquer
outra organização nacional ou internacional de desporto,
E, seja ainda decidido, que o secretário da Conferência
Geral será instruído a enviar uma cópia desta resolução aos
Comités Olímpicos Organizadores.
Publicidade a Bebidas Alcoólicas em Eventos
Desportivos
A Igreja Metodista Unida protesta vivamente contra a publicidade a cerveja ou qualquer outra bebida alcoólica, nos locais
onde decorrem os Jogos Olímpicos ou qualquer outro evento
desportivo, ou nas suas imediações. Consideramos escandaloso
qualquer bebida alcoólica ser considerada como um dos
patrocinadores do evento das Olimpíadas, ou de qualquer outra
organização nacional ou internacional de desporto,
A Bíblia diz-nos que os nossos corpos são “templos do
Deus vivo” (1 Coríntios 6:13-20). Porque somos criados à
imagem de Deus, devemo-nos esforçar para aperfeiçoar o nosso
corpo à imagem de Deus. O Metodismo Unido tem uma longa
história de acção obstinada e apaixonada contra o uso e abuso
de álcool, e incentivando as pessoas a não beber álcool.
Susannah Wesley numa carta a John Wesley pediu piedade com
as seguintes palavras: “Segue esta regra: O que enfraquece a tua
razão, prejudica a ternura de tua consciência, obscurece o teu
sentido de Deus, ou te tira o apreço pelas coisas espirituais,
enfim, qualquer coisa que aumente a força e a autoridade do teu
corpo sobre tua mente, essa coisa é pecado para ti, por mais
inocente que possa ser só por si” John Wesley, no seu sermão
sobre a utilização do dinheiro aconselhou: “Nem podemos
obter lucro por ferir o nosso próximo no seu corpo. Portanto,
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não podemos vender nada que tende a prejudicar a saúde. Tal é,
eminentemente, todo esse fogo líquido a que habitualmente
apelidam de “tragos” ou bebidas espirituosas”.
Os eventos desportivos recebem grande atenção por
parte do público e atraem milhares de fãs que assistem ao
vivo ou pela televisão. A publicidade a bebidas alcoólicas
nesses eventos é uma tentativa de aumentar a venda e o consumo de álcool na audiência, sendo muitos deles menores de
idade. O abuso de bebidas alcoólicas contribui para muitos
problemas na sociedade, tais como acidentes automobilísticos, violência, especialmente contra mulheres e crianças;
comportamentos de risco e mortes trágicas.
Conferência Geral solicita que sejam tomadas as
seguintes acções:
1. A Junta Geral da Igreja e Sociedade deve oferecer
sensibilização, educação e recursos sobre os efeitos nocivos
das práticas de marketing em relação ao álcool e envolver os
Metodistas Unidos em campanhas de acção, priorizando a
saúde pública. Além disso, a Junta Geral da Igreja e
Sociedade comunicará com líderes do governo, organizações de saúde pública, funcionários eleitos, e as organizações desportivas para conseguir políticas eficazes que
protejam a saúde pública e defendam-na contra as práticas
predatórias da indústria do álcool.
2. A Junta Geral de Pensões e Benefícios de Saúde mantém, há já bastante tempo, a posição de excluir os produtores
de álcool da sua carteira de investimentos e pede ao conselho que desafie os meios de comunicação públicos, que
fazem parte da sua carteira de investimentos, a não promover os produtos alcoólicos;
3. Todas as agências Metodistas Unidas, e instituições
relacionadas, devem tomar em consideração os Princípios
Sociais e as preocupações relativas ao álcool e, especialmente, considerar o papel dos fabricantes de bebidas alcoólicas e as suas práticas de publicidade e marketing, como um
factor a ter em conta em qualquer decisão sobre a compra de
produtos alimentares, fabricados por estas empresas;
4. Todas as agências gerais Metodistas Unidas devem
comunicar, interpretar e advogar esta preocupação com as
suas instituições afiliadas;
ADOPTADA EM 2000
ALTERADA e READOPTADA EM 2004
Ver os Princípios Sociais, ¶ 162JL.
Fundamentação da Petição:
A Igreja Metodista Unida protesta vivamente contra a
publicidade a cerveja ou qualquer outra bebida alcoólica,
nos locais onde decorrem os Jogos Olímpicos, ou qualquer
outro evento desportivo ou nas suas imediações,
R3042.
Número da petição: 20149-CB-R3042; Winkler, James Washington, DC, EUA pela Junta Geral de Igreja e
Sociedade.
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Álcool e Outras Drogas
Alterar a Resolução nº. 3042 Álcool e Outras Drogas,
da seguinte forma:
Como filhos de Deus e participantes do dom da vida
abundante, reconhecemos a necessidade de responder àqueles que conhecem a divisão criada pelo abuso generalizado
do álcool e de outras drogas no nosso mundo. A experiência
da graça salvadora de Deus oferece a totalidade a cada indivíduo. À luz da realidade do abuso do álcool e de outras drogas, a igreja tem a responsabilidade de reconhecer essa
divisão e ser um instrumento de educação, cura e restauração. Em primeiro lugar, devemos estar comprometidos
com a confrontação da negação dentro de nós mesmos, a
qual impede os indivíduos e as nações de superar a sua luta
contra o álcool e as outras drogas. Segundo, o problema do
álcool e de outras drogas deve ser entendido como um problema social, económico, espiritual e de saúde. Terceiro, a
igreja tem um papel fundamental na reorientação do debate
público sobre o álcool e outras drogas, deslocando o foco da
punição para a prevenção e tratamento. Este, está enraizado
na crença Cristã sobre possibilidades em curso de transformação na vida de cada indivíduo e no nosso mundo.
A crise do álcool e de outras drogas alcançou proporções globais. Produz-se e consome-se álcool e as outras
drogas mais do que nunca. Nos países consumidores, com os
seus problemas concomitantes de pobreza, do racismo, da
violência doméstica, de desesperança e de desespero material, o abuso de álcool e de outras drogas faz parte de um ciclo
contínuo de turbulência económica e espiritual.
O abuso das drogas legais (álcool, tabaco e medicamentos) continua a ser uma das principais causas de doença
e morte em todo o mundo. Enquanto que o uso recreativo de
drogas ilegais nos Estados Unidos diminuiu, o uso de drogas
socialmente aceitáveis continua a subir, ao nível da
dependência e do abuso.
Há um número crescente de cidades, pequenas cidades e
áreas rurais à volta do mundo, que estão presos numa teia de
escalada de violência relacionada com o álcool e outras drogas.
Como os resultados das audiências regionais nos Estados
Unidos sublinharam: “A dependência das drogas atravessa
todas as origens étnicas, culturais e económicas.” Os sistemas
sociais estão perigosamente tensos sob o peso pesado dos
problemas de saúde e sociais, relacionados com o álcool e outras drogas. Entretanto, o fornecimento de medicamentos, vindos dos países em desenvolvimento, continua a crescer, em
resposta à elevada procura dos países desenvolvidos.
A política de resposta dos Estados Unidos à crise das drogas tem-se centrado quase exclusivamente na aplicação da lei
e de soluções militares. Esta política, em alguns casos, levou à
erosão da preciosa liberdade civil e dos direitos humanos,
especialmente para as comunidades pobres e minoritárias.
As estratégias internacionais devem reflectir a necessidade
de equilíbrio, de crescimento económico equitativo e de governos democráticos estáveis nos países em desenvolvimento produtores de drogas. Mais importante, qualquer estratégia
alternativa deve estar enraizadas nas comunidades locais. As
abordagens mais criativas e eficazes para a presente crise
começam ao nível local. Os governos devem procurar trabalhar
em cooperação através das fronteiras, iniciando eficazes abordagens sistémicas de erradicação do comércio ilegal de drogas,
o qual tem profundo impacto nas taxas de dependência. Por
exemplo, os produtores de papoilas de ópio no Afeganistão promoveram a fácil acessibilidade à heroína e o explosivo crescimento das taxas de dependência de heroína na Rússia.
A política de resposta à crise das drogas por parte dos
EUA tem-se centrado quase exclusivamente na aplicação da
lei e de soluções militares. Esta política, em alguns casos,
levou à erosão da preciosa liberdade civil e dos direitos
humanos, especialmente para as comunidades pobres e
minoritárias.
A Igreja Metodista Unida há muito que se opõe ao
abuso do álcool e outras drogas. Já em 1916, a Conferência
Geral, deu o aval à criação da Junta de Temperança,
Proibição e Moral Pública “para tornar mais eficaz os
esforços da igreja na sensibilização do sentimento público e
cristalizar o mesmo para uma oposição bem sucedida ao tráfico organizado de bebidas alcoólicas.”
Durante o quadriénio 1988-1992, a Igreja Metodista
Unida lançou uma abrangente Iniciativa de Bispos sobre as
Drogas e a Violência, a qual, através de audiências regionais
por todos os Estados Unidos, se aprofundou a consciência da
denominação sobre o álcool e outros problemas de droga. O
relatório destas audiências concluiu: “Portanto, a Igreja
Metodista Unida deve desempenhar um papel fundamental
no confronto da dependência de drogas e do álcool... . “Hoje,
a Igreja Metodista Unida continua empenhada em coibir o
tráfico de drogas e o abuso do álcool e outras drogas.
Em resposta à crise do álcool e de outras drogas, a
Igreja Metodista Unida compromete-se a uma abordagem
holística, que enfatiza a prevenção, a intervenção, o tratamento, a organização comunitária, a sensibilização pública
e a abstinência. Por amor a Deus e aos nossos vizinhos, no
que diz respeito a esta crise, a igreja deve ter um papel positivo ao oferecer uma perspectiva espiritual renovada.
Recomendamos às congregações locais, às conferências
anuais, e às agências gerais e aos seminários que tomem
medidas nas áreas do álcool, tabaco e outras drogas.
I. Álcool
Álcool é uma droga, que representa problemas especiais devido à sua ampla aceitação social. Nós afirmamos a
nossa convicção e recomendação de longa data de que a
abstinência de bebidas alcoólicas é um testemunho fiel ao
amor libertador e redentor de Deus.
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Este testemunho é especialmente relevante, uma vez
que os padrões de consumo excessivo, prejudicial e perigoso
são acriticamente aceites e praticados. A sociedade glamoriza a bebida, o que propicia a exploração para lucro pessoal
da imaturidade juvenil. Os custos associados ao uso de
álcool/abuso são mais do que os custos associados com todas
as drogas ilegais combinadas. Em todo o mundo, milhões de
indivíduos e as suas famílias sofrem em consequência do
alcoolismo. As consequências médicas do abuso de álcool
incluem a síndrome do alcoolismo fetal—o qual é uma causa
evitável da deficiência mental, problemas cardíacos congénitos e atraso do crescimento pré e pós-natal. Consumo
crónico do álcool pode ter um efeito prejudicial sobre todos
os órgãos do corpo, incluindo o cérebro, o fígado, o coração,
o estômago, os intestinos e a boca. O álcool é um factor
associado a outros problemas sociais como o crime, a
pobreza e a desordem familiar. Os custos sociais do abuso de
álcool incluem a perda de produtividade, o aumento dos custos da saúde, a perda de vidas em acidentes com veículos, e
actividades criminosas.
Assim, a Igreja Metodista Unida baseia a sua recomendação de abstinência na avaliação crítica dos custos pessoais
e sociais ligados uso do álcool. A igreja reconhece a liberdade
do Cristão para tomar decisões responsáveis e convida cada
membro a considerar seriamente e em oração o testemunho
da abstinência como parte de seu compromisso Cristão. As
pessoas que praticam a abstinência devem evitar as atitudes
de auto-rectidão, que expressam superioridade moral e atitudes condenatórias para com aqueles que não optam por se
abster. Porque o principal nas relações humanas é o amor
Cristão, a abstinência é um instrumento de amor e sacrifício
e sempre submetido aos requisitos de amor.
O nosso amor pelo nosso próximo obriga-nos a procurar a cura, a justiça e o combate das condições sociais que
criam e perpetuam o abuso do álcool.
Assim:
1. Encorajamos os indivíduos e as congregações locais
a demonstrar preocupação activa para com os consumidores
abusivos de álcool e das suas famílias. Encorajamos as igrejas a apoiar os cuidados, o tratamento e a reabilitação dos
consumidores abusivos de álcool.
2. Encorajamos as igrejas a incluir os problemas de
álcool e o valor da abstinência como uma parte da educação
Cristã.
3. Encorajamos as pessoas e as congregações locais a
desenvolver uma educação preventiva para a família, a igreja e a comunidade. Incentivamos a pesquisa empírica sobre
os efeitos sociais do álcool.
4. Encorajamos fortemente as conferências anuais a
desenvolver oportunidades de formação de liderança e recursos para pastores e leigos das igrejas locais para ajudar no
aconselhamento de indivíduos e famílias que têm problemas
relacionados com o álcool; aconselhar os familiares das vítimas, cujas mortes estejam relacionadas ao álcool e à violência;
e ensinar a gestão do stresse para os trabalhadores da igreja em
comunidades com histórico de abuso de álcool elevado.
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5. Recomendamos a todas as igrejas Metodistas Unidas
que trabalhem no sentido de ser imposto um limite de idade
legal mínimo, fixado nos 21 anos, para o consumo de
bebidas alcoólicas nos seus respectivos estados/nações.
46. Opomo-nos à venda e consumo de bebidas alcoólicas dentro dos limites das instalações da Igreja Metodista
Unida e recomendamos que estes sejam proibidos.
57. Pedimos aos indivíduos e às congregações locais
que estudem e discutam o problema da condução sob o
efeito do álcool ou de outras drogas, e apoiamos a legislação
que reduza tal actividade.
68. Damos orientações à Junta Geral do Discipulado e
à Casa Publicadora Metodista Unida para que incorporem
material educativo sobre o álcool e outros problemas de drogas, incluindo o material de prevenção, intervenção, tratamento, e o valor da abstinência, por toda a sua literatura
académica.
79. Esperamos que os hospitais ligados aos Metodistas
Unidos tratem o dependente alcoólico com a atenção e a
consideração que todos os pacientes merecem.
Recomendamos o sistema mundial de prestação de cuidados
de saúde a seguir este exemplo.
810. Recomendamos a todos os órgãos legislativos e
aos sistemas e processos de saúde que se concentrem neste
tema e implementem medidas para ajudar a satisfazer as
necessidades especiais daqueles que são desproporcionalmente afectados pelo consumo do álcool.
911. Somos a favor de leis que eliminem toda a publicidade e promoção de bebidas alcoólicas. Recomendamos à
Junta Geral da Igreja e da Sociedade e às igrejas locais a congregar esforços para retirar toda a publicidade de bebidas
alcoólicas a partir dos meios de comunicação. Pedimos uma
atenção especial para proibir as promoções a bebidas
alcoólicas nos campus universitários, bem como nas comunidades raciais minoritárias.
1012. Pedimos à Comissão Federal do Comércio dos
EUA e às agências de outros governos, para continuar a
desenvolver melhores declarações sobre as advertências de
perigo, respeitantes ao uso de álcool.
1113. Pedimos ao governo dos Estados Unidos para
melhorar a coordenação de esforços entre as agências de
combate à droga e ao álcool, para que haja políticas regulamentos uniformes e nós pedimos a colaboração de todos os
governos nestas áreas.
II. Tabaco
Embora seja legal, o consumo do tabaco é uma outra
forma de abuso de drogas. Há provas contundentes que
ligam o fumo do tabaco com cancro do pulmão, doenças cardiovasculares, enfisema, bronquite crónica, e outras doenças
relacionadas. Além disso, o fumo do cigarro pode afectar
negativamente o feto em desenvolvimento e o fumo
secundário é um conhecido agente cancerígeno. A Igreja
Metodista Unida desencoraja todas as pessoas, particularmente as crianças, os jovens e os jovens adultos, de utilizar
qualquer forma de tabaco.
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Recomendamos a suspensão da publicidade dos cigarros, quer no rádio, quer na televisão. Estamos preocupados
com outros anúncios que associam o tabagismo à maturidade
física e social, à atractividade e ao sucesso, especialmente
aqueles destinados aos jovens, às minorias raciais, e às mulheres. Apoiamos as regras da Comissão Federal do
Comércio dos EUA e das agências de outros governos que
exigem declarações de aviso de saúde nas embalagens de
cigarros. Estamos também preocupados com o marketing ao
tabaco nos países em desenvolvimento, levado a cabo pela
que a indústria do tabaco.
Assim:
1. Recomendamos a proibição do consumo de tabaco em todas as instalações da igreja.
2. Recomendamos um ambiente livre de tabaco em
todas as áreas públicas.
3. Recomendamos a proibição de toda a publicidade
comercial de produtos do tabaco.
4. Apoiamos a expansão da investigação, para descobrir
os mecanismos específicos da dependência à nicotina.
Recomendamos o desenvolvimento de métodos de ensino, que
efectivamente desencorajem o consumo do tabaco e métodos
para ajudar aqueles que desejem parar de consumir tabaco.
5. Pedimos ao Departamento de Agricultura e a outras
agências governamentais para planear e facilitar a transição
económica ordenada da indústria do tabaco—produtores de
tabaco, processadores e distribuidores—em indústrias mais
compatíveis com o bem-estar geral do povo.
6. Apoiamos as políticas abrangentes de controlo do
tabaco e a legislação que contém disposições para: a)
apoio ao Quadro da Convenção sobre o Controlo do Tabaco
(QCC T), ao Tratado Global do Tabaco e as suas disposições; b) reduzir a taxa de tabagismo entre os jovens,
aumentando o preço de cigarros; c) proteger os agricultores
de tabaco, ajudando-os passar do tabaco para outras culturas;
d) dar à Administração Federal de Alimentos e
Medicamentos total autoridade para regular a nicotina como
uma droga nos Estados Unidos; e e) desbloquear fundos para
a pesquisa e publicidade anti-tabagista, bem como campanhas de educação e prevenção.
III. Outras Drogas
Farmacologicamente, uma droga é qualquer substância
que, pela sua natureza química, altera a estrutura ou a função
de qualquer organismo vivo. Esta ampla definição abrange
uma vasta gama de substâncias, muitas das quais são psicoactivas e potencialmente causadoras de dependência.
Nestas, incluem-se a marijuana, os narcóticos, os sedativos e
os estimulantes, as drogas psicadélicas e alucinógenas. Além
destes, produtos de uso comum, tais como cola, solventes,
Spice, K2, incenso, sais de banho e gasolina, como inalantes,
têm o potencial para causar dependência. A Igreja Metodista
Unida entristece-se com a utilização indiscriminada de
medicamentos e de outros produtos de uso comum que alteram o humor, a percepção, a consciência e o comportamento
dos indivíduos de todas as idades, classes e segmentos da
nossa sociedade.
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O consumo de drogas aumentou dramaticamente nos
últimos anos. Algumas dessas drogas são legais e outras não.
Várias drogas têm um uso medicinal. Numerosos medicamentos, quer de venda por prescrição, quer de venda livre e
legal (over-the-counter - OTC)(OTC) o seu único atractivo é
meramente o seu valor medicinal. Outros, no entanto,
nomeadamente os analgésicos, os estimulantes e os tranquilizantes, são conhecidos por proporcionar uma sensação
agradável, e são, portanto, passíveis de causar dependência.
Outras drogas, devido às suas qualidades psicoactivas são
principalmente usadas pelas suas qualidades de alteração do
estado da mente. O valor medicinal desta drogas, se é que
existe, é meramente secundário.
O consumo abusivo de drogas de prescrição médica
aumentou dramaticamente nos últimos anos. Tomar medicação que não nos é destinada, ou tomá-la por razões ou em
doses não prescritas podem produzir efeitos graves para a
saúde, incluindo a dependência. As classes de medicamentos
de prescrição médica, habitualmente, com historial de utilização abusiva incluem os opióides para dor, os depressores
do sistema nervoso para transtornos de ansiedade e do sono,
e estimulantes para o Distúrbio do Défice da Atenção e para
a narcolepsia. A utilização indevida de drogas legais possui
tanto o componente da procura, como o da oferta, os quais
precisam de ser rigorosamente regulados.
A. Marijuana
Tal como o álcool e o tabaco, a marijuana é frequentemente um precursor para o consumo de outras drogas. Á substância activa é o THC, o qual afecta
temporariamente o consumidor, produzindo sentimentos
de euforia ou de relaxamento. São habitualmente relatadas
sensações de alteração da imagem corporal e ataques de
riso exagerado. No entanto, estudos revelam que a marijuana prejudica a memória de curto prazo, alterando o sentido do tempo e reduzindo a capacidade de executar tarefas
que exigem concentração, reações rápidas, e coordenação.
Alguns países permitem a utilização da marijuana em
medicamentos. Recentemente, alguns estados dos Estados
Unidos aprovaram uma lei, permitindo o uso medicinal da
marijuana. Alguns estudos indicam certas circunstâncias
em que a marijuana pode ter um importante efeito medicinal paliativo não disponível através de outros meios. O
uso medicinal de qualquer droga, no entanto, não deve ser
visto como um incentivo ao uso recreativo da mesma.
Pedimos a todas as pessoas que se abstenham de todo o
uso da marijuana, a menos que tenha sido legalmente prescrita de forma adequada para o tratamento de uma específica doença clínica.
B. Sedativos e Estimulantes
Os sedativos, onde estão incluídos os barbitúricos e tranquilizantes, são prescritos de forma adequada para o tratamento da ansiedade. Estas drogas legalmente prescritas devem ser
tomadas somente sob apropriada supervisão médica. O uso
desta classe de drogas pode resultar em dependência.
A dependência física grave com barbitúricos pode
desenvolver-se com doses superiores à dose terapêutica e o
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tratamento de desintoxicação é grave e perigoso. A combinação do álcool com barbitúricos é potencialmente letal.
As anfetaminas estimulantes vão desde a metanfetamina (“crystal meth”) até aos estimulantes leves, como cafeína
e a nicotina. Prescritos para o combate à obesidade, distúrbios do sono, hiperatividade, fadiga e depressão, os estimulantes produzem uma sensação temporária de vitalidade,
vigilância e energia.
Ao contrário de outros estimulantes, a cocaína possui
limitadas utilizações medicinais. Quando inalada na forma
de pó, a cocaína é um estimulante do sistema nervoso central altamente viciante, que aumenta a resposta natural do
corpo ao prazer e cria uma elevada sensação de euforia, e
possui o potencial para ser extremamente letal. O “crack”,
uma forma cristalizada da cocaína, está facilmente disponível, devido ao seu custo inferior. A dependência, frequentemente, advém de uma única utilização da substância.
C. Psicadélicas ou Alucinógenas
As drogas psicadélicas ou alucinógenas, onde se inclui
a LSD, a psilocibina, a mescalina, a fenciclidina, e a dimetiltriptamina, produzem mudanças na percepção e estados
alterados da consciência. Não só existe uso medicinal
limitadoNão só a utilização medicinal das substâncias psicoadélicas ou alucinógenas é bastante limitada, se até
mesmo inexistente como o uso destas drogas pode resultar
em problemas psiquiátricos permanentes. Nós recomendamos a abstinência completa de tais drogas.
Pedimos a todas as pessoas que se abstenham de todo o
uso de sedativos e estimulantes, a menos que legalmente
prescritos de forma adequada, para o tratamento de uma
específica doença clínica, ou legalmente disponíveis ao balcão (venda livre) e utilizados com moderação, de acordo
com finalidade a que se destina.
D. Narcóticos
Os narcóticos são prescritos para o alívio da dor, mas o
risco de dependência física e psicológica está bem documentado. Derivados da planta do ópio - a papoila, os narcóticos naturais incluem a heroína, a morfina, a codeína e
percodan, enquanto que os narcóticos sintéticos incluem a
oxicodona, a metadona e a meperidina.
E. Uso Abusivo de Fármacos
Mais do que as formas de abuso descritas anteriormente, é obrigatório falar sobre a “cultura médica” que vê a
solução dos problemas principalmente numa perspectiva farmacológica. Isto pode ser expresso em casa, quando os filhos desviam os medicamentos dos pais à procura de alguma
sensação agradável, ou compram medicamentos de venda
livre para a gripe, para isolar um componente psicoactivo.
Também pode ser expresso através dos médicos que preferem medicar um paciente, para o entorpecer da experiência
do parto ou do luto, ou que prescrevem medicamentos, quando a necessidade real do paciente é abordar os desafios da
vida. Em última instância, isso reflete uma filosofia subjacente de que os desafios existenciais e espirituais mais profundos têm uma solução química.
Assim, como Igreja dos Metodistas Unidos:
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1. Opomo-nos à utilização de todas as drogas, excepto
em casos de supervisão médica apropriada.
2. Encorajamos a igreja a desenvolver uma
educação sobre as drogas, factual, objectiva, honesta, dirigida às crianças, jovens e adultos, como parte de um programa
educativo abrangente de prevenção.
3. Recomendamos à igreja que coordene os seus esforços
com grupos ecuménicos, inter-religiosos, e de comunidade, na
prevenção, reabilitação e declarações políticas.
4. Encorajamos as conferências anuais a reconhecer o
impacto inconfundível das drogas e da violência relacionada
com o consumo, sobre as áreas urbanas e rurais e a oferecer
ministérios e recursos adequados.
5. Encorajamos fortemente as conferências anuais a
desenvolver oportunidades de formação de liderança e recursos para pastores e leigos das igrejas locais, para ajudá-los
no aconselhamento de indivíduos e famílias que têm problemas relacionados com o álcool e outras drogasproblemas
relacionados com drogas; aconselhar os enlutados,
devido a morte e violência relacionadas com o consumo do
álcool e outras drogasa morte e violência relacionadas com
drogas; e ensinar a gestão do stress para os trabalhadores da
igreja em comunidades com elevado índice de consumo de
álcool e outras drogaselevado índice de consumo de drogas.
6. Apoiamos as políticas abrangentes de controlo do
tabaco e a legislação que contém disposições para: a)
apoio ao Quadro da Convenção sobre o Controlo do Tabaco
(QCC T), ao Tratado Global do Tabaco e as suas disposições; b) reduzir a taxa de tabagismo entre os jovens,
aumentando o preço de cigarros; c) proteger os agricultores
de tabaco, ajudando-os passar do tabaco para outras culturas;
d) dar à Administração Federal de Alimentos e
Medicamentos total autoridade para regular o tabaco e a
nicotina como uma droga nos Estados Unidos; e e) desbloquear fundos para a pesquisa e publicidade anti-tabagista,
bem como campanhas de educação e prevenção.
76. Recomendamos o redesenvolvimento de métodos
mais eficazes no tratamento do consumo e dependência de
drogas.
87. Apoiamos as políticas governamentais que
restringem o acesso a fármacos de venda livre, como os
derivados da efedrina, a qual pode ser convertida em drogas
ilegais e viciantes, como por exemplo, o “crystal meth”.
98. Apoiamos as políticas governamentais em matéria
de droga que são compatíveis com nossas crenças Cristãs
sobre o potencial de transformação de todos os indivíduos.
10. Recomendamos a todas as igrejas Metodistas
Unidas que trabalhem no sentido de ser imposto um limite
de idade legal mínimo, fixado nos 21 anos, para o consumo
de bebidas alcoólicas nos seus respectivos estados/nações.
119. Apoiamos vivamente, os esforços para a aplicação
da lei, dentro das regras de humanidade, contra a venda ilegal de todas as drogas, e nós pedimos que os detidos por
posse e uso de drogas ilegais sejam sujeitos a programas de
educação e de reabilitação.
1210. Observamos com profunda preocupação que a
aplicação da lei dos EUA contra a posse e uso de drogas ile-
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galmente adquiridas resultou num aumento dramático da
população prisional, muitas vezes desproporcionalmente
constituída por pobres, minorias, e por jovens, frequentemente muitas vezes devido a disparidades enormes de penas.
entre a posse de “crack” de cocaína (a forma mais barata,
mais utilizada por minorias pobres, onde a posse de apenas
5 gramas está sujeito a uma sentença mínima obrigatória de
cinco anos) e posse de cocaína em pó (a forma mais cara e
mais pura, onde posse de 500 gramas ou mais é a quantidade
necessária para invocar uma sentença mínima obrigatória de
cinco anos), embora as duas formas são farmacologicamente
idênticas, eportanto, Portanto, apelamos por sistemas justo
na aplicação das penas, através da reforma das directrizes
que regem as leis sobre as drogas a posse e consumo do pó
da cocaína e o crack. Em particular, apoiamos o sistema judicial de drogas que, de forma mais justa e abrangente, aborde
os problemas da toxicodependência com políticas e sentenças que transmitam esperança, transformação e compaixão para com a pessoa toxicodependente.
ADOPTADA EM 1996
REVISTA E ADOPTADA EM 2000
ALTERADA e READOPTADA EM 2004
ALTERADA e READOPTADA EM 2008
resolução nº. 83, 2004 Livro de Resoluções
resolução nº. 189, 2000 Livro de Resoluções
Fundamentação da Petição:
Opomo-nos à utilização de todas as drogas, excepto sob
supervisão médica apropriada, e precisamos responder àqueles que conhecem a divisão criada pelo abuso generalizado
do álcool e de outras drogas. Encorajamos a igreja a desenvolver uma educação objectiva, factual, dirigida às crianças,
jovens e adultos sobre as drogas,.
R3067.
Número da petição: 20215-CB-R3067; Kemper, Thomas,Nova Iorque, NI, EUA, para a Junta Geral dos Ministérios
Globais
Readopção
Readoptar a resolução 3067.
Fundamentação da petição:
Esta resolução expirará ainda que várias das medidas
permaneçam por cumprir, reforçando a necessidade da Igreja
Metodista Unida continuar a falar sobre as compensações e
os danos causados aos Afro-americanos durante a história
dos Estados Unidos.
R3087.
Número da petição: 20129-CB-R3087; Winkler, James,Washington, DC, EUA para a Junta Geral da Igreja e
Sociedade.
Proibição de castigos corporais
Emendar a Resolução 3087 para re-adopção:
Proibição dos castigos corporais em escolas e unidades
de cuidados infantis
Considerando que, Algumas escolas e unidades de
cuidados infantis são as únicas instituições na América onde
bater noutra pessoa para lhe infringir dor física. é legal, por
todo o mundo deixar que alguém bata em outrem para lhe
infringir dor física. Considerando que os castigos corporais
Os castigos corporais são humilhantes e degradantes para as
crianças, e por vezes causam lesões físicas, provocando
lesões emocionais e às vezes físicas. Considerando que, éÉ
difícil imaginar Jesus de Nazaré Cristo apoiando qualquer
acção cuja intenção seja maltratar as crianças física e psicologicamente., Os ensinamentos de Jesus em amar o próximo
e viver em paz uns com os outros são fundamentais para
combater os castigos corporais em instituições em ministério
com e para crianças. Considerando que, os castigos
corporaisOs castigos corporais enviam a mensagem de que
bater nos mais pequenos e nos mais fracos é aceitável.,
Enquanto que os castigos corporais são aplicados com mais
frequência em crianças carenciadas, minorias, crianças com
deficiências, e rapazes,
Considerando que, háComo pessoas de fé que valorizam as crianças e que se dedicam à resolução de conflitos
não violentos, somos chamados a encontrar alternativas eficazes aos castigos corporais que ensinem as crianças a ser
auto-disciplinadas em vez de se submeterem ao medo .,
Considerando que as escolasAs escolas e unidades de cuidados infantis deveriam incentivar as crianças a gostar de
aprender, e as pessoas que a todos os níveis lidam com crianças deverão ter a capacidade de encorajar um comportamento positivo sem contudo lhes baterem,
Por esse motivo, que fique decidido, que a Igreja
Metodista Unida apela a todos os estados governos e instituições de ensinoa promulgarem leis que proíbam os castigos
corporais em escolas e em unidades de cuidados infantis, de
dia e residenciais.
ADOPTADA EM 2004
Resolução #69, 2004 Livro de Resoluções
Ver Princípios Sociais, ¶162.
Fundamentos da petição:
Os castigos corporais são humilhantes e degradantes
para as crianças, provocando lesões emocionais e às vezes
físicas.
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R3087.
Número da petição: 20703-CB-R3087; Sprague, C. Joseph,Columbus, OH, EUA. 3 petições similares.
Renovação
Renovar a Resolução Actual n.º 3087 - Proibir as punições
físicas em Escolas e instituições de cuidados de crianças.
R3088.
Número da petição: 20704-CB-R3088-G; Sprague, C.
Joseph,- Columbus, OH, EUA. 4 petições similares.
Renovação
Renovar a petição actual n.º 3088 - Disciplinar Crianças
sem Punição física.
R3184.
Número da petição: 20147-CB-R3184; Winkler, James Washington, DC, EUA pela Junta Geral de Igreja e
Sociedade.
Organismos Geneticamente Modificados
Alterar a Resolução nº. 3184 Directrizes para a
Supervisão do Desenvolvimento de Organismos
Geneticamente Modificados, da seguinte forma:
“No princípio ...
Toda a criação...
Comunidades humanas ...
Refletindo sobre esta diversidade ...
Nós exploramos ...
Os Seres Humanos ...
Dado este contexto ...
Modificações genéticas ...
Entre as preocupações específicas que merecem nosso
estudo e acção, estão:
• A distribuição de grãos geneticamente modificados a
povos famintos, pobres e devastados pela guerra, onde o
grão não pode ser usado mais tarde em culturas, para serem
vendidas nos mercados mundiais. A distribuição de ajuda
alimentar, a qual inclui grãos geneticamente modificados
para os países pobres ou devastados pela guerra, que podem
restringir ou inibir a sua capacidade de participar nos mercados mundiais e minar a sua própria agricultura sustentável;
Muitos países Africanos que possam receber grãos geneticamente modificados a partir dos EUA, não seriam capazes de
exportar mais tarde esse grão para a Europa ou Japão, onde
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as importações de grãos geneticamente modificados são
restringidas. Podem também não serem capazes de exportar
o grão se as variedades foram patenteadas.
• O fracasso dos a recusa pelos países dadores de alimentos em moer grãos geneticamente modificados antes da
distribuição para que os grãos de sementes “não contaminem
geneticamente modificados, organismo livre de ecossistemas é um problema adicional para evitar a contaminação
dos países beneficiários “ecossistemas;.
• o O fracasso dos exportadores de grão em perceber a
a natureza do grão geneticamente modificado a ser distribuído;
• A tecnologia A produção de produtos farmacêuticos
utilizando plantas e animais geneticamente modificados
(GM) levanta preocupações sobre o seu uso seguro, o
impacto nos processos de produção nos animais e a possibilidade destas plantas e animais entrarem na cadeia alimentar;
para produzir produtos farmacêuticos.
• Incluindo os aspectos morais desses procedimentos
particularmente nos animais
• Incluindo os perigos de tais animais e plantas
entrarem na cadeia alimentar
• O lançamento de sementes e colheitas geneticamente
modificadas (GM)O lançamento de sementes geneticamente
modificadas, peixes e outros animais e colheitas GM sem
testes adequados do seu impacto ambiental, incluindo o seu
efeitos sobre as espécies selvagens; sem segurança adequada e testes de impacto ecológico
• O papel dos interesses corporativos, focados nos
lucros, levanta preocupações sobre a responsabilidade legal
e os direitos de propriedade intelectual;
• Incluindo o papel dos interesses corporativos no
processo, focados nos lucros,
• Incluindo a falta de provas científicas que apoiem
uma declaração de “equivalência substancial entre os alimentos GM e os não-transgénicos”
• Incluindo a falta de conhecimento dos efeitos a longo
prazo sobre a saúde, provocados pelo consumo de organismos geneticamente modificados.
• Incluindo a contaminação genética de espécies e variedades não modificadas geneticamente e o impacto sobre os
agricultores orgânicos
• Incluindo questões da responsabilidade legal e da
propriedade intelectual
• Incluindo o problema das exportações contaminantes
que impedem as normas da agricultura biológica
• Os efeitos das características geneticamente modificadas no sistema alimentar global de uma região, o seu
potencial para aumentar as tendências para a monocultura
das colheitas e reduzir ainda mais os animais de produção e
a diversidade de peixes;.
• Tendência crescente para a monocultura das colheitas
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• Aumento da eliminação de animais de produção e
da diversidade de peixes.
• A engenharia da modificação genética de organismos
para permitir um maior uso de pesticidas específicos e o
desenvolvimento não intencional de ervas daninhas geneticamente modificadas, que requerem herbicidas cada vez
mais forte para as combater;.
• Incluindo a necessidade de usar mais pesticidas, em
oposição ao anunciado
Incluindo o desenvolvimento acidental e não intencional de ervas daninhas geneticamente modificadas que
precisam de herbicidas cada vez mais fortes para serem
eliminadas.
• Os impactos económicos adversos sobre os agricultores que utilizam plantas geneticamente modificadas
• A modificação das toxinas em colheitas alimentares,
nomeadamente dos inseticidas, e a expansão concomitante da
resistência criada pelos insectos a essas toxinas. Estas toxinas
modificadas podem ter impactos particularmente adversos
sobre os agricultores orgânicos e levar à disseminação de
doenças através de insectos resistentes aos pesticidas;.
• Incluindo o impacto negativo sobre os agricultores
orgânicos, cuja único pesticida tem sido as toxinas orgânicas
para insectos
• Incluindo o impacto de insectos resistentes aos pesticidas responsáveis pela propagação de doenças
• A falta de marcação dos campos que contêm transgénicos, o que pode ter consequências adversas para os
agricultores ao redor que procuram utilizar produtos não
transgénicos;.
• A falta de regulamentação e etiquetagem universal
dos alimentos geneticamente modificados, o que deveria
trazer uma maior clareza à distinção dos produtos
• Incluindo a etiquetagem clara para distinguir os verdadeiros alimentos e produtos orgânicos que vêm da
envolvência de organismos geneticamente modificadosverdadeiros alimentos orgânicos e produtos daqueles que contêm organismos geneticamente modificados;
• A produção e comercialização de produtos agrícolas
que foram modificados para não produzir semente, ou
sementes estéreis, para que os agricultores não possam plantar as sementes das colheitas que cultivaram;
• A promoção pelas instituições multinacionais financeiras e comerciais do GM como uma solução para os problemas globais da fome os organismos geneticamente
modificados;A promoção de alimentos geneticamente modificados por instituições financeiras multinacionais e de
comércio como uma solução para os problemas globais da
fome e a interpretação e aplicação das regras comerciais,
impedindo o controlo local sobre a utilização de organismos
geneticamente modificados;
• Incluindo a interpretação das regras do Comércio
Mundial para evitar que os governos locais determinem as
suas próprias regras relativas a organismos geneticamente
modificados
• Incluindo a imposição do uso de variedades trans-
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DCA Edição Avançada
gênicas como uma condição para receber assistência internacional
• É uma preocupação, a perda de diversidade genética,
incluindo as consequências da perda de sementes nativas e
variedades de animais.
• Incluindo o impacto da “agricultura industrial” no
ímpeto de criação de monoculturas
• E, em particular, Aas preocupações básicas teológicas
e éticas levantadas pela modificação genética de plantas e
animais e a patenteação de genes, microorganismos, plantas
e animais levanta grandes preocupações teológicas e éticas,,
a qual pode dar origem à falsa noção de que os dons da boa
criação de Deus e da própria vida podem ser restringidos
para a “utilização” de uma única parte ou entidade.,a “utilização” de qualquer forma de vida por uma única parte ou
entidade, quando vemos toda a criação como um dom.
• as questões morais e éticas em torno da limitante
proibição da “utilização” de qualquer forma de vida a uma
única parte ou entidade em face da criação como um dom
• Incluindo as questões morais e éticas em torno da
proibição do acesso ao conhecimento, que pode ajudar a
diagnosticar ou tratar doenças
QuatroTrês Directrizes Éticas
É possível mudar a direcção traçada pela tecnologia da
agricultura e do desenvolvimento rural para uma direcção
mais respeitosa, e apreciativa da criação como um dom de
Deus, que reflita as nossas responsabilidades como administradores e estabeleça relações correctas de sustentabilidade
para com a criação. Mas precisamos de directrizes. A agricultura sustentável deve ter três quatro atributos:
1. Tem de ser justa. Uma sociedade justa e uma agricultura
justa fornece os meios pelos quais as pessoas podem participar
da herança da terra, para que toda a vida possa ser mantida completamente em liberdade e em comunidade. O propósito de uma
agricultura justa tem de passar pela manutenção e renovação
dos recursos necessários para a alimentação, vestuário e abrigo,
no presente e no futuro, reconhecendo as necessidades de
espaço e de sustento para todas as criaturas de Deus. É uma
agricultura que é humana tanto para os animais criados como
para os animais selvagens perto da terra cultivada.
2. Tem de ser participativa. Para uma agricultura ser
justa, todos têm o direito a ser consultados e consideradas as
necessidade de desenvolvimento de todas as espécies. A participação na sociedade humana e no processo contínuo de
criação é a condição necessária para que haja justiça. A participação ética humana exige o reconhecimento do direito a
todos de serem consultados e compreendidos, independentemente do estatuto económico, político ou social da pessoa. A
participação não é possível sem o poder. Em tal decisão,
todos têm o direito a serem consultados sobre questões como
gastos com armamentos, poder nuclear, e as formas de
emprego, serviços sociais, e assim por diante. No entanto, o
poder de participação na tomada de decisão deve ser ponderada na participação local, em vez de o ser nos centros
económicos e políticos do poder, devido às relações da
comunidade local e os riscos locais.
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3. Tem de ser adequada. Agricultura adequada é adequada à região, ao contexto e às condições da área. É aquela em
que é mantida a ideia de capacidade de carga permanente, onde
o sucesso (agricultura, produção de energia, produção florestal,
uso da água, a actividade industrial) é medido pela sustentação
do solo e dos ecossistemas necessários para assegurar o
abastecimento contínuo de alimentos saudáveis. Em detrimento dos critérios de rendimento por acre ou lucros, a agricultura
adequada garante que os resíduos podem ser reabsorvidos pelo
ecossistema sem causar danos.
4. Tem de ser ecologicamente correcta. A agricultura
ecologicamente correcta não destrói a própria base do ecossistema em que a agricultura funciona. Respeita a diversidade natural do lugar e tenta preservar o espaço para que as
formas de vida nativas possam sobreviver no ar, na água e no
solo em torno do desenvolvimento agrícola. Olha para os
efeitos que diferentes tipos de agricultura e aquicultura
podem ter sobre a saúde de todo o planeta, através da
mudança do clima ou da desflorestação.
A agricultura sustentável—justa, participativa, adequada, e ecologicamente correcta — iria ao encontro das necessidades básicas humanas de alimentos e fibras, regeneraria e
protegeria os ecossistemas, seria economicamente viável,
melhoraria a qualidade de vida das famílias dos agricultores,
seria solidária das comunidades rurais, seria socialmente
justa, e seria compatível com os ensinamentos espirituais ao
reconhecer a terra, incluindo as outras criaturas, como
património e responsabilidade comuns. Para os Cristãos, a
ideia de sustentabilidade decorre directamente da bíblia que
apela aos seres humanos que sejam zeladores dasejam
administradores da Criação de Deus.
Seja decidido que:
A Junta Geral de Igreja e Sociedade continuará a acompanhar os desenvolvimentos nesta área, mas sobretudo
defender o seguinte:
1. O direito das nações em definir as suas próprias normas, relacionadas com organismos geneticamente modificados e a sua importação.
2. Etiquetagem dos organismos geneticamente modificados.Rotulagem de plantas, animais e microrganismos
geneticamente modificados, que sejam utilizados para a alimentação humana, medicamentos e bio-combustíveis.
3. Aplicação de tTestes adequados sobre os organismos
geneticamente modificados, para garantir a sua segurança
em relação à saúde humana e ao meio ambiente.
4. Regulamentações nacionais e internacionais para a
supervisão de organismos geneticamente modificados e
daqueles que estão em desenvolvimento, através de técnicas
da biologia sintética.
5. Nos países onde haja a presença dos Metodistas
Unidos, ratificar a Convenção das Nações Unidas sobre
Diversidade Biológica e seu Protocolo sobre Biossegurança,
313
os quais regulam o lançamento internacional de organismos
geneticamente modificados.
Que as outras agências da igreja trabalhem para educar
sobre as questões levantadas na presente resolução.
ADOPTADA EM 2004
Resolução nº. 104, 2004 Livro de Resoluções
Ver os Princípios Sociais, ¶ 162O.
Fundamentação da Petição:
Devemos enfrentar as ameaças à diversidade biológica
e agrícola, colocadas pela modificação genética de plantas e
animais que estão a surgir no contexto de um historial de uso
excessivo da terra, a homogeneização da agricultura e da
exploração brutal da vida animal não humana, em busca de
lucros cada vez maiores.
R3201.
Número da petição: 20806-CB-R3201; Davis, Thomas E.,Bossier City, LA, EUA.
Cuidados de saúde nos EUA
Eliminar a Resolução 3201.
Fundamentação da petição:
Esta resolução defende que a Igreja Metodista Unida
subscreve, inteiramente e sem dúvida, a filosofia da
Medicina Socializada nos Estados Unidos. Infelizmente, a
Medicina Socializada será o primeiro passo que nos leva em
direcção a uma armadilha devastadora no futuro, que, mais
tarde ou mais cedo destruirá o Cristianismo na América,…
R3203.
Número da petição: 20151-CB-R3203; Winkler, James Washington, DC, EUA pela Junta Geral de Igreja e Sociedade.
Domingos de Justiça nos Cuidados de Saúde
Alterar a Resolução nº. 3203 Observância dos Domingos
de Justiça nos Cuidados de Saúde, da seguinte forma:
Os Domingos de Justiça nos Cuidados de Saúde têm
sido celebrados pelos Metodistas Unidos e outras congregações desde a sua inauguração em 1994, pela Campanha
Inter-religiosa de Acesso aos Cuidados de Saúde.
As observâncias dos Domingos de Justiça nos
Cuidados de Saúde incentivam permitem àsas pessoas de fé
a demonstrar a sua fidelidade ao objectivo do cuidado de
saúde para todos, de acordo com o ministério de cura de
Jesus Cristo e no reconhecimento da restauração da saúde
como sinal da presença do Reino de Deus. Em vez de especi-
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ficar uma data concreta para esta observância, a campanha
incentivou comunhões e congregaçõesas congregações são
encorajadas a seleccionar um Domingo onde reflectiramssem o seu compromisso individual para questões de
saúde e de integridade. Em apoio a este esforço inter-religioso e no testemunho fiel às crenças articuladas no
Princípio Social Metodista Unido sobre Saúde, a . A Igreja
Metodista Unida apela às congregações que designem um
Domingo, durante o ano civil, para observância de um
Domingo de Justiça nos Cuidados de Saúde.
O Domingo de Justiça nos Cuidados de Saúde deve
ser é um dia de alegria e reflexão. Deve ser é um momento de
agradecimento pela saúde e o bem-estar desfrutado por
muitos na congregação e na nossa comunidade mundial, bem
como e um agradecimento pelos diversos prestadores de cuidados que ministram as nossas necessidades. É um tempo de
reflexão sobre aqueles que estão doentes, que lutam com
doenças crónicas, que não têm acesso aos serviços de saúde de
que necessitam, e a quem são negados os elementos básicos
essenciais para alcançar a saúde. É um tempo de reflexão sobre
os actos de misericórdia nos cuidados de saúde e actos de
justiça nos cuidados de saúde e como cada um apoia o outro.
É um tempo para concentrarmo-nos na nossa crença de que os
cuidados de saúde são um direito e uma responsabilidade
pública e privada. É um momento de desafio às nossas comunidades de fé para que encontrem o seu papel, e tornem numa
realidade a “Saúde para Todos”.
Auxiliar as congregações na sua observância de um
Domingo de Justiça nos Cuidados de Saúde, os recursos serão
disponibilizados pela Junta Geral de Igreja e Sociedade.
Ver os Princípios Sociais, ¶162T.
Fundamentação da Petição:
Os Domingos de Justiça nos Cuidados de Saúde incentivam as pessoas de fé a demonstrar a sua fidelidade ao objectivo do cuidado de saúde para todos, ao manter com o ministério
de cura de Jesus Cristo e no reconhecimento da restauração da
saúde como símbolo da presença do Reino de Deus.
R3204.
Número da petição: 20988-CB-R3204-G; Puhr, Roger,- Moss
Point, MS, EUA pela Conferência Anual do Mississípi.
Eliminar a Resolução
Eliminar a actual Resolução 3204. Apoio à Religious
Coalition for Reproductive Choice (Coligação Religiosa
para a Escolha Reprodutiva) do Livro de Resoluções da
Igreja Metodista Unida (2008).
Fundamentação da petição:
A Religious Coalition for Reproductive Choice
(RCRC) (Coligação Religiosa para a Escolha Reprodutiva,
CRER) pressiona para defender e expandir os direitos do
aborto—isto é, os direitos legais para todos os tipos de aborto, quaisquer que sejam as circunstâncias, sem excepção—
na lei Americana; “A CRER foi fundada em 1973 para sal-
vaguardar o direito constitucional recentemente conquistado
do aborto”, de acordo com o Reverendo Carlton…
R3204.
Número da petição: 20990-CB-R3204-G; Lomperis, John
S.A.,- Arlington, VA, EUA. 14 petições similares.
Abandonar a CRER
(Coligação Religiosa para a Escolha Reprodutiva)
Eliminar a actual Resolução 3204 e substituir pela
seguinte:
3204. Desaprovação da Religious Coalition for
Reproductive Choice (Coligação Religiosa para a
Escolha Reprodutiva)
CONSIDERANDO QUE, a “RCRC [Religious
Coalition for Reproductive Choice (Coligação Religiosa
para a Escolha Reprodutiva, CRER), originalmente chamada de Religious Coalition for Abortion Rights (Coligação
Religiosa para os Direitos do Aborto)] foi fundada em 1973
para proteger o direito constitucional recentemente conquistado de aborto” nos Estados Unidos, de acordo com o
Reverendo Carlton W. Veazey, presidente e director executivo da CRER (www.rcrc.org/about/index.cfm);
CONSIDERANDO QUE, a CRER pressiona para
defender e expandir o direito absoluto de aborto—isto é, o
direito a todos os abortos, quaisquer que sejam as circunstâncias, sem excepção—na lei Americana;
CONSIDERANDO QUE, uma publicação da CRER
descreve o aborto das crianças por nascer como “trabalho de
Deus” ou “trabalho santo”, serviço prestado por pessoas de
Deus a favor de pessoas de Deus (RCRC (CRER),
“Prayerfully Pro-Choice: Resources for Worship” (Oração
pró-escolha: Recursos para a adoração), p. 101,
www.rcrc.org/pdf/Prayerfully.pdf).
CONSIDERANDO QUE, a CRER, na sua “Words of
Choice: Countering Anti-Choice Rhetoric” (Palavras de escolha: Oposição à Retórica Anti-Escolha) (www.rcrc.org/pdf/
Words_of_Choice.pdf), argumenta contra as seguintes
palavras, frases e afirmações morais instituidas no ensino central de Igreja Metodista Unida sobre o aborto (O Livro de
Disciplina [2008], parágrafo 161J): “aborto como… controle
de natalidade”, “[aborto] como… selecção de género”,
“adopção”, “centros de crise da gravidez”, “mãe”, “notificação
e consentimento”, “aborto de nascimento parcial (aborto de
fim de gravidez)”, “sacralidade...da vida”, “santidade
da...vida”, e “criança ainda não nascida”;
CONSIDERANDO QUE, a CRER trabalha pelos direitos do aborto em quaisquer e em todas as circunstâncias,
enquanto a Igreja Metodista Unida ensina o discernimento
moral nas matérias relacionadas ao aborto, é essencial;
porque a igreja está “vinculada igualmente a respeitar a
sacralidade da vida e o bem estar da mãe e da criança por
nascer”, “não pode aceitar o aborto como um meio aceitável
para o controle de natalidade”, e “rejeita incondicionalmente
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[aborto] com um meio de selecção de género” (O Livro de
Disciplina [2008], parágrafo 161J);
CONSIDERANDO QUE, a CRER pressiona consistentemente o governo pela preservação dos direitos do aborto
de nascimento parcial, enquanto a Igreja Metodista Unida
tem-se desde o ano de 2000 “oposto ao uso do aborto de término-tardio conhecido como dilatação e extracção (aborto
de nascimento parcial) e apela para o fim desta prática” com
raras excepções (parágrafo 161J);
CONSIDERANDO QUE, a CRER apoiou a Freedom
of Choice Act (Lei da liberdade de escolha) (FOCA (LLDE),
que se adoptada transformaria todas as leis federais, estatais
e locais que restringem o aborto), enquanto que a Junta Geral
da Igreja e Sociedade da Igreja Metodista Unida retirou o
seu apoio à LLDE em 2008, porque a posição da Igreja
Metodista Unida quanto ao aborto (parágrafo 161J do Livro
de Disciplina [2008]) é incompatível com a LLDE (“Living
in the Truth”, (Viver na verdade) Lifewatch [03/01/09], p. 6,
www.lifewatch.org/pdf/lifewatch_newsletter_03-09.pdf);
CONSIDERANDO QUE, o presidente e director executivo da CRER, durante o debate nacional da reforma do sistema de saúde, chamou ao aborto financiado pelos
contribuintes: “Cuidado de saúde reprodutivo, incluindo os
serviços de aborto, como um componente essencial da saúde
das mulheres…” (Rev. Carlton W. Veazey, www.streetprophets.com/story/2009/7/7/15472/95013, 07/07/09);
CONSIDERANDO QUE, o Bispo Scott Jones, da Área
do Kansas da Igreja Metodista Unida, representou a posição
de muitos Metodistas Unidos quando declarou: “Enquanto
nós Metodistas Unidos acreditamos que as pessoas têm direito a cuidados de saúde, o aborto não é normalmente uma
questão de cuidados de saúde. Antes, é comportamento
pecaminoso. Propostas no debate recente de cuidados de
saúde para proporcionar impostos para financiar abortos, são
muito mal orientadas. O que se financia com dólares de
imposto aumentará”. (“The Once and Future Church” (A
Igreja de outrora e do futuro), Lifewatch [03/01/10], p. 4,
www.lifewatch.org/pdf/lifewatch_newsletter_03-10.pdf);
CONSIDERANDO QUE, o Bispo Timothy W. Whitaker,
da Área da Florida da Igreja Metodista Unida, declarou: “Na
Conferência Geral de 2004, a igreja aprovou a participação
contínua das nossas agências [Metodistas Unidas] na
Coligação Religiosa para a Escolha Reprodutiva sem grande
debate sobre como a participação nesta coligação compromete
o nosso testemunho público contra o aborto” (“Do No Harm!”
(Não causar dano!), Lifewatch [03/01/05], p. 3, www.lifewatch.org/pdf/lifewatch_newsletter_03-05.pdf);
CONSIDERANDO QUE, a Conferência Geral de 2008
aprovou por pouco, quando muitos delegados Africanos não
estavam presentes na conferência, para continuar a participação na CRER;
CONSIDERANDO QUE, “os membros de nossa denom-
315
inação não são da mesma opinião sobre as circunstâncias precisas em que o aborto pode ser apoiado (#2027, O Livro de
Resoluções [2008], p. 123), e consequentemente às agências da
Igreja Metodista Unida não lhes deve ser permitido juntaremse a um “lobby” político para o aborto, tal como a CRER; e
CONSIDERANDO QUE, outras denominações principais, com posições similares com as da Igreja Metodista
Unida, que nunca escolheram ser membros da CRER (p.e., a
Evangelical Lutheran Church in America (Igreja Evangélica
Luterana na América) e a Disciples of Christ (Discípulos de
Cristo) ou cortaram ligações antigas com a CRER
(American Baptist Churches USA (Igreja Baptista
Americana nos EUA) e a Northern Province of the Moravian
Church (Província Norte da Igreja da Morávia).
CONSEQUENTEMENTE SEJA DELIBERADO, que
a Conferência Geral de 2012 da Igreja Metodista Unida, retira pela presente, a Junta Geral da Igreja e Sociedade e a
Junta Geral dos Ministérios Globais/Divisão das Mulheres
de membros organizacionais da Religious Coalition for
Reproductive Choice (RCRC) (Coligação Religiosa para a
Escolha Reprodutiva, CRER).
Fundamentação da petição:
Sobre o aborto, A Igreja Metodista Unida e a CRER têm
objectivos completamente diferentes. A igreja ensina o discernimento moral, enquanto a CRER pressiona por políticas
de pró-escolha (incluindo o aborto de nascimento parcial).
Infelizmente, a participação como membro da Metodista
Unida na CRER não redireccionou ou reformou o trabalho
da CRER. Consequentemente, as nossas instituições da
igreja devem retirar-se da CRER.
R3243.
Número da petição: 20219-CB-R3243; Kemper, Thomas,Nova Iorque, NI, EUA para a Junta Geral dos Ministérios
Globais.
Pandemia do HIV/SIDA
Alterar Resolução 3243, da seguinte forma:
nº. 3243 A Igreja e a Pandemia Global do HIV/SIDA
Em resposta à Pandemia Global do HIV/SIDA, em
cada região, a Igreja Metodista Unida trabalhará em cooperação com outras igrejas. A Bíblia está repleta de apelos às
nações, aos líderes religiosos e aos fiéis, para que atendam
às necessidades daqueles que sofrem, que estão doentes e em
perigo. Jesus Cristo estendeu a mão e curou aqueles que
vieram até ele, incluindo as pessoas que eram desprezadas e
rejeitadas por causa das suas doenças e aflições. A Sua identificação com as pessoas que sofrem ficou bem patente quando disse “tudo o que fizerdes, mesmo ao mais pequeno, a
mim o fazeis também” (Mateus 25:40, parafraseado). O Seu
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mandamento para “fazer aos outros aquilo que gostaríamos
que fizessem a nós” (Mateus 7:12) é um alicerce da igreja,
para a plena participação e resposta compassiva.
O Impacto Global do HIV/SIDA
As estatísticas globais são sombrias. No final de
20062007, 39,533milhões de adultos e crianças no mundo
viviam com o HIV/SIDA; destes 37,2 31 milhões eram adultos e 2,3 2 milhões eram crianças.
Presentemente, não existe cura para o HIV/SIDA. É
transmitido principalmente através do contacto íntimo sexual com uma pessoa infectada, através da partilha de agulhas
entre os consumidores de drogas injectáveis, e, mais raramente, através de transfusões de sangue infectado ou de factores de coagulação do sangue. Também é possível contrair
o HIV se agulhas não esterilizadas que tenham estado em
contacto com sangue infectado, forem utilizadas pelos
profissionais de saúde, tatuadores e acupunturistas. Outras
vias de transmissão ocorrem através do transplante de órgãos
de pessoas infectadas, da doação de sémen e de piercings
corporais, utilizados na cosmética e em práticas tradicionais
e cerimoniais. A SIDA não é causada por bruxaria, por picada de mosquito, nem por contactos não-sexuais, tais como
apertos de mão e abraços.
A pandemia do HIV/SIDA agrava a pressão sobre as
instituições e os recursos, ao mesmo tempo que mina os sistemas sociais que permitem às pessoas lidar com a adversidade. Nas nações seriamente afectadas, o HIV/SIDA
compromete a educação e os sistemas de saúde, diminui a produção económica e mina a estabilidade sociopolítica. Com a
esperança de vida a decair e a força de trabalho dizimada,
muitos países enfrentam uma baixa taxa de crescimento
económico. Em zonas do sul da África, a escassez de alimentos engrossou a lista de desgraças. A produtividade agrícola
entra em declínio, à medida que o número de mulheres e
jovens infectados aumenta e estes ficam impossibilitados de
trabalhar nos campos. As ramificações do HIV/SIDA são particularmente graves nas sociedades em que a família alargada
funciona como um sistema de segurança social, no cuidado aos
mais idosos, aos doentes e órfãos.
Mulheres e Crianças
As mulheres e crianças têm sido afectadas em números
crescentes.
As mortes causadas pela SIDA
deixaram1315milhões de crianças órfãs em África; esperase que este número cresça até aos 25 milhões até 2010. Estas
crianças ficam ao cuidado da família alargada, de irmãos
mais velhos em famílias chefiadas por crianças, e em instituições para órfãos. Os parentes mais velhos, particularmente as mulheres, são obrigados a carregar o enorme peso
de tomar conta dos órfãos. Nos países afectados também
pela guerra e conflitos civis, as crianças e jovens têm maior
probabilidade de serem infectados com HIV, pois correm
maior risco de abuso sexual, recrutamento militar forçado e
prostituição.
Este peso é ainda maior quando as mulheres também
enfrentam o estigma e a discriminação e as dificuldades dos
conflitos civis, da guerra e da fome. Frequentemente, as
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mulheres têm um estatuto inferior e menor acesso à educação, aos cuidados de saúde e à segurança económica, comparativamente com os homens, o que, por seu turno, afecta a
capacidade de se protegerem contra a infecção. Muitas delas
não podem dizer “não”, ou negociar o uso de preservativos,
pois receiam o divórcio, ou que o seu marido ou companheiro as espanque. As mulheres grávidas, que sejam seropositivas, poderão ser sujeitas a esterilizações forçadas ou a
abortos. A utilização da violação e da violência sexual como
instrumento de guerra, acrescenta mais uma dimensão grave
ao problema. Desde 2006 2008, de acordo com a UNAIDS,
17,7 16 milhões, dos 39,5 33 milhões de pessoas infectadas
com SIDA são mulheres.
Nos países que têm de cuidar do número crescente de
cidadãos infectados pelo HIV/SIDA, os orçamentos e recursos para a saúde estão a ser adversamente afectados. Por
exemplo, custa aproximadamente 300 dólares 200 dólares
para tratar uma pessoa durante um ano, utilizando o medicamento genérico anti-retroviral mais barato, mas, na África
subsariana, poucos podem pagar esse medicamento. Os
medicamentos anti-retrovirais e outros fármacos têm de ser
disponibilizados a preços acessíveis, especialmente na
África subsariana. Enquanto não forem implementadas
estratégias de prevenção efectiva, disponibilizados universalmente os medicamentos necessários, e introduzida uma
vacina eficaz, o futuro apresenta-se sombrio para suster a
propagação do HIV/SIDA.
O sofrimento suportado pelos indivíduos, famílias e
comunidades e a pressão colocada nos centros de saúde e nas
economias nacionais, requerem a intensificação de esforços
de cooperação, por todos os sectores da sociedade, incluindo
a igreja, para retardar e impedir a propagação do HIV, dar o
devido atendimento médico às pessoas já doentes e acelerar
o desenvolvimento de uma vacina eficaz e acessível.
Aqueles que cuidam dos doentes com SIDA também precisam de apoio. As comunidades, os profissionais de saúde,
e os programas de cuidados domiciliários têm de estar
equipados para fazer face a este desafio.
Drogas e SIDA
Dos 40 33 milhões de pessoas que sofrem de HIV, dois
a três milhões um milhão é consumidor de drogas injectáveis. Muitos deles consumiram ou continuam a consumir
álcool e outras drogas.
O tráfico internacional de droga não conhece fronteiras
e não possui uma identidade nacional específica. O seu valor
anual estimado, é, neste momento, de 400 milhares de milhões de dólares e está organizado como uma empresa multinacional. Todo o género de drogas é produzido em todas as
regiões do mundo. Apesar da sua ilegalidade, para muitos
países, a produção e distribuição de droga tornou-se na
maior fonte de rendimentos. Os mercados mais lucrativos
permanecem nos Estados Unidos e na Europa de Leste, mas
o consumo está a alastrar-se rapidamente pela Europa
Ocidental, pelo Sudeste Asiático e por toda a África.
Nos Estados Unidos, estima-se que um terço dos casos
de HIV/SIDA está relacionado com o consumo de drogas
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injectáveis. Entre as mulheres, o consumo de substâncias
ilícitas está directamente ligado ao aumento do HIV/SIDA.
As mulheres são principalmente infectadas com o HIV,
através de drogas injectáveis (48 porcento), ou através da
transmissão heterossexual com um parceiro infectado, o qual
é, frequentemente, um consumidor de drogas (54 porcento).
As pesquisas demonstraram, por várias vezes, que o
consumo de drogas, injectáveis ou não, pode afectar a tomada de decisões, especialmente ao ter relações sexuais desprotegidas, o que, por sua vez, promove a propagação da SIDA.
Um estudo conduzido pelo Centro Nacional sobre a
Dependência e Consumo de Substâncias revelou que, dos
jovens pesquisados, com idades compreendidas entre os 15
e os 24 anos:
· 50 porcento disse que “pessoas da idade deles” misturavam “muito” álcool ou drogas e sexo;
· Uma percentagem acreditava que os seus colegas
frequentemente não utilizavam preservativos quando consumiam álcool e drogas;
· Uma percentagem queria ter mais informação de
como o álcool ou as drogas poderiam afectar as suas
decisões sobre as relações sexuais.
O Papel dos Metodistas Unidos
A pandemia global da SIDA, proporciona uma oportunidade quase única para o testemunho ao evangelho, através
do serviço, da defesa e de outros ministérios de cura. Os
Metodistas Unidos especialistas em saúde pública, profissionais de saúde, assistentes sociais, professores, missionários, clérigos, e leigos, vivem e trabalham em áreas
onde a pandemia do SIDA está a propagar-se. As congregações Metodistas Unidas, as escolas, os centros de saúde,
os grupos de mulheres, de homens e de jovens, poderão ter
um papel vital, na consciencialização, no apoio, na educação
e nos cuidados aos afectados pelo HIV/SIDA.
Recomendações:
Em resposta à crise mundial do HIV/SIDA, a Igreja
Metodista Unida, compromete-se com uma abordagem
holística, quanto à consciencialização, à educação, à prevenção, ao tratamento, à organização comunitária e à defesa
pública. Tendo em conta o nosso amor e preocupação pelos
nossos irmãos, irmãs e crianças das comunidades locais e
globais, recomendamos vivamente as seguintes acções.
A. Que as congregações locais, espalhadas pelo
mundo:
1. sejam locais abertos, onde as pessoas cujas vidas
foram afectadas pelo HIV/SIDA possam dar voz à sua dor e
obter compaixão, compreensão e aceitação, na presença de
pessoas que carregam o nome de Cristo;
2. providenciem cuidados e apoio aos indivíduos e
famílias, cujas vidas foram afectadas pelo HIV/SIDA;
3. sejam centros de educação e proporcionem grupos de
apoio e de encorajamento, ajudando homens, mulheres e
jovens a absterem-se de actividades e comportamentos associados à transmissão da infecção do HIV;
4. advoguem o aumento dos fundos para o HIV/SIDA.
Nos Estados Unidos, as pessoas deverão contactar os seus
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Congressistas nacionais e apelar ao desbloqueamento de verbas adequadas para o Fundo Global para a SIDA,
Tuberculose e Malária, assim como, para as iniciativas bilaterais dos Estados Unidos contra a SIDA. Adicionalmente, os
Estados Unidos têm de garantir verbas, todos os anos, para o
Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA). O
UNFPA trabalha diligentemente para proporcionar recursos
de saúde reprodutiva a mulheres e raparigas, asssim como,
para prevenção do HIV/SIDA;
5. celebrem todos os anos o Dia Mundial da SIDA, no dia
1 de Dezembro, ou por volta dessa data. Materiais para o Dia
Mundial da SIDA estão disponíveis nos sites da UNAIDS
(http:/www.unAIDS.org), da Junta Geral dos Ministérios
Gloabis (http:/gbgm-umc.org/health/), e da Junta Geral de
Igreja e Sociedade (http:/www.umc-gbcs.org);
6. incluam os problemas do álcool, do consumo de drogas e do sexo desprotegido e o valor da abstinência como
parte da educação Cristã;
7. proporcionem apoio, conforto e cuidados aos que
sofrem com problemas relacionados com o álcool,
dependência das drogas e do HIV/SIDA, dentro das suas
atribuições e trabalhem para implementar localmente programas de trocas de seringas, como forma de reduzir a disseminação da SIDA;
8. disponibilizem programas e actividades criativos
para crianças e jovens em idade escolar, e jovens adultos,
para os manter longe do consumo do álcool e das drogas; e
9. promovam e disponibilizem modelos de educação
entre colegas, baseados no empoderamento e na auto-determinação.
B. Que os programas gerais das agências:
1. dêm assistência às instituições de saúde na obtenção
de produtos e equipamento para triagem do sangue doado e
forneçam testes de despiste voluntário do HIV;
2. apoiem os esforços das igrejas, projectos e pessoal de
missão nas regiões, para promover a prevenção da doença e
responder às necessidades dos prestadores de cuidados às
famílias e às famílias alargadas;
3. facilitem as relações de parceria entre as instituições
e entre trabalhadores de região para região, conforme adequado, para partilha de modelos e formas de prevenção, educação, cuidado e apoio, para indivíduos e famílias com o
HIV/SIDA;
4. dêm assistência aos profissionais de saúde na
obtenção atempada de actualizações de diagnóstico, tratamento e prevenção para o HIV/SIDA;
5. facilitem a partilha de recursos e materiais de cuidados pastorais, destinados às pessoas e famílias, cujas vidas
foram afectadas pelo HIV;
6. respondam a pedidos das regiões, para desenvolvimento de seminários de formação e workshops, para trabalhadores da igreja, em cooperação com os esforços
ecumenicais, organizações privadas de voluntariado e programas já existentes nas regiões;
7. advoguem a cooperação, nacional, regional e internacional no desenvolvimento, disponibilidade e transporte
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de equipamento adequado/importante e produtos para o controlo da infecção, prevenção da doença e tratamento;
8. apoiem programas centrados nas melhorias das
condições das mulheres, através da justiça económica e
educativa, assim como programas que proporcionem vastos
serviços de saúde reprodutiva, planeamento familiar e informação sobre a prevenção do HIV/SIDA;
9. trabalhem em conjunto com o Gabinete do Programa
Especial sobre o Abuso de Substâncias e Violência
Associada (SPSARV), da Junta Geral dos Ministérios
Globais em questões relacionadas com as drogas e a SIDA;
e
10. apelem ao governo federal para melhorar a cooperação entre agências e a coordenação no combate ao duplo
flagelo das drogas e SIDA. (Junta Geral da Igreja e
Sociedade e Junta Geral dos Ministérios Globais).
C. Que as conferências anuais:
1. explorem a prevenção do HIV e as necessidades de
cuidados dentro das suas áreas e desenvolvam planos extensivos a toda a conferência, para respostas efectivas e adequadas;
2. promovam junto das pessoas com o HIV/SIDA
respostas pastorais, que afirmem a presença do amor, da
graça e da misericórdia curativa de Deus;
3. encorajem cada igreja local a estender-se através da
proclamação e da educação, ajudando a prevenir a disseminação da infecção por HIV e utilizando e reforçando os
esforços e potenciais de lideranças de homens, mulheres e
grupos de jovens.
D. Que os líderes Episcopais:
1. escrevam cartas pastorais, apelando para ministérios
compassivos e ao desenvolvimento de programas educacionais, que reconhecem a epidemia do HIV/SIDA como uma
ameaça pública de importância global e regional elevada; e
2. proporcionem um nível de liderança semelhante ao
sofrimento e desespero que indivíduos, famílias e comunidades estão a vivenciar.
3. Efectuem parceria com o Fundo Global para a SIDA
da IMU, na mobilização de fundos para projectos de combate à SIDA, por todo o mundo e nas conferências anuais
O Amor Incondicional de Deus e o Ministério Curativo
de Cristo
O amor incondicional de Deus, testemunhado e manifestado através do ministério curativo de Cristo, dá um sinal
permanente de presença e chamada da igreja e de todas as
pessoas de fé, para que unam esforços no sentido de impedir
a propagação do HIV, proporcionar assistência e tratamento
para aqueles que já estão infectados e doentes, defender a
preciosidade da criação de Deus através da proclamação e
afirmação, e serem portadores de esperança, misericórdia,
bondade, perdão e reconciliação no mundo.
A Igreja Metodista Unida condena inequivocamente a
estigmatização e a discriminação de pessoas com o
HIV/SIDA e a violência perpetrada contra pessoas que estejam, ou que se presumam estar, infectadas com o HIV. A
Igreja Metodista Unida defende a plena participação da
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Igreja, a todos os níveis, para estar no ministério com as pessoas, famílias e comunidades cujas vidas foram afectadas
pelo HIV/SIDA e para responder plenamente às suas necessidades. De acordo com nossa fé em Cristo ressuscitado,
confessamos a nossa crença de que Deus recebeu os que
morreram, de que as feridas dos entes queridos vivos serão
curadas, e que Cristo, através do Espírito Santo, está presente entre nós, ao mesmo tempo que nos esforçamos para
exemplificar o que significa sermos portadores do nome de
Cristo no meio da pandemia global do HIV/SIDA.
R3304.
Número da petição: 20221-CB-R3304-G; Kemper, Thomas,
- Nova Iorque, NI, EUA, pela Junta Geral dos Ministérios
Globais
A Igreja e as Pessoas Portadoras de Deficiências
Alterar a Resolução 3304, da seguinte forma:
3304. A Igreja e as pessoas portadoras de deficiências Mentais Intelectuais, Físicas e/ou Psicológicas e/ou
Neurológicas
deficiências
Intelectuais,
Físicas,
Psicológicas ou Neurológicas.
Apelamos aos Metodistas Unidos para um novo nascimento de consciencialização, para a necessidade de aceitar,
incluir, receber os dons e responder às preocupações das pessoas com deficiências mentais, físicas e/ou psicológicas
deficiências intelectuais, físicas, psicológicas e/ou neurológicas, incluindo as suas famílias.
Porque a experiência da deficiência é abrangente a
todos os grupos raciais, sociais, sexuais e etários e essa
experiência é comum a todas as famílias e, nalgum momento, na vida de cada um;
E porque uma grande parte do Ministério de nosso
Senhor se focou nas pessoas com problemas de saúde, como
as deficiências mentais, físicas, psicológicas, e/ou neurológicas deficiências, intelectuais, físicas, psicológicas, e/ou
neurológicas;
E porque o corpo de Cristo não está completo sem as
pessoas de todas as áreas da vida, incluindo as portadoras de
todos os tipos de deficiências;
E porque não podemos permitir negar a nós próprios a
comunhão com essas pessoas e devemos desenvolver intencionalmente mais atitudes saudáveis e respostas comportamentais para as pessoas portadoras de necessidades
especiais;
E porque existem insuficiências na igreja e na
sociedade, em relação às preocupações sobre os direitos das
pessoas portadoras de deficiência, a utilização de talentos e
a sua plena participação na vida da Igreja e na sociedade;
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E por causa de mais sofrimento e exclusão da
comunhão da igreja de pessoas com deficiências mentais,
físicas e/ou psicológicas;
E acreditando que a igreja é mais fiel aos ensinamentos
e exemplos vindos de Jesus quando exprime o amor de formas concretas num ministério mútuo com aqueles que são
rejeitados marginalizados, negligenciados, evitados ou
perseguidos pela sociedade;
E acreditando no legado de John Wesley, Phillip
Otterbein e Jacob Albright, que canalizaram esse fluxo de
piedade vital para o ministério compassivo;
E sabendo que as normas sociais predominantes glorificam indevidamente as condições da beleza jovial, agilidade mental e riqueza material, excluindo e evitando as
pessoas cujas deficiências as coloca fora destas normas,
Portanto, comprometemo-nos:
Acessibilidade:
1. A renovar e a incrementar os nossos compromissos
como igreja, para o desenvolvimento de uma sociedade sem
barreiras, especialmente em muitas instalações da igreja e de
presbitérios. Para indicar a seriedade de nossa intenção,
devemos definir limites de tempo, para garantir a maior
acessibilidade física no menor espaço de tempo viável, e
estender a nossa política de não providenciar financiamento,
através de ou por aprovação das agências Metodistas
Unidas, se não forem cumpridas as directrizes mínimas, que
incluem, mas não estão limitadas a:
a. fornecer acesso adequado aos bancos do santuário,
altares, áreas da capela-mor e púlpito, salas de aula e casas
de banho;
b. proporcionar rampas de acesso, com uma inclinação
de pelo menos 1:12 ou plataformas elevatórias; e
c. proporcionar instalações, com equipamentos e materiais que satisfaçam as necessidades das pessoas com deficiências visíveis e não visíveis, incluindo pessoas com
deficiências de visão e/ou auditivas deficiências perceptíveis
ou não perceptíveis, incluindo pessoas com problemas de
visão e/ou auditivos.
2. Todas as reuniões da Igreja Metodista Unida, devem
ser acolhedoras e acessíveis a pessoas com deficiência para
além da igreja local, devem ser acessíveis a pessoas com deficiência. Dado que, as agências das igrejas gerais, jurisdições,
conferências anuais e distritos nomeiam As agências das igrejas gerais, jurisdições, conferências anuais e distritos devem
nomear pessoas portadoras de deficiência para os seus conselhos e comités e permitir a sua participação plena., é necessário
que esses conselhos e comités acomodem estas pessoas.
3. Todas as igrejas Metodistas Unidas são convidadas a
realizar uma auditoria às suas instalações para descobrir
quais as barreiras que impedem as barreiras que impedem a
plena participação das pessoas portadoras de deficiências.
(Consultar parágrafo 2532.6, 2008, do Livro de Disciplina)
Os degraus que devem então ser retirados para remover
essas barreiras. A auditoria de acessibilidade para as igrejas
é um recurso recomendado e disponibilizado pela Junta
Geral de Ministérios Globais.
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Consciencialização:
1. Sensibilizar e formar os pastores das igrejas locais
para as necessidades e as oportunidades para aqueles que
possuem uma deficiência do ministério com pessoas portadoras de deficiência uma deficiência e as suas famílias para
melhor ministeriar para e com eles.
2. Liderar as igrejas locais na mudança com estudos de atitude, para que o povo apelidado de Metodistas Unidos esteja
sensibilizado para os dons, as necessidades e os interesses das
pessoas portadoras de deficiência, incluindo as suas famílias.
3. Tirar partido das grandes oportunidades de a nossa
igreja trabalhar cooperativa e ecumenicamente com outras
denominações que também abordam com outras pessoas que
abordam estas questões e endereçar um convite activo para
trabalhar em conjunto, sempre que possível.
4. Sugerir um Domingo de cada ano, como o Domingo
da Acessibilidade como o Domingo da Consciencialização
para a Deficiência, para sensibilizar as pessoas para as nossas preocupações da acessibilidade. (Consultar parágrafo
265.4, 2008 Livro de Disciplina)
Recursos Adequados:
1. Fornecer recursos, a todos os níveis, através da igreja,
incluindo currículos para pessoas com deficiências diversas,
como aqueles que são cegos, surdos, paraplégicos ou tetraplégicos, deficientes mentais, psicologicamente ou neurologicamente deficientes e assim por diante, para que cada indivíduo
tenha plenas possibilidades de crescimento e auto-realização
com a comunidade de fé e com a sociedade em geral.
2. Recomendamos vivamente que todos as matérias
curriculares sejam concebidas de modo a que possam ser
adaptadas, para satisfazer as necessidades das pessoas portadoras de deficiência; que as matérias curriculares retratem as
pessoas com deficiência em papéis de liderança na igreja e
na sociedade; essas matérias curriculares reflectem as directrizes para a Eliminação da Linguagem Segregadora das
Pessoas Portadoras de Deficiência, conforme decidido pelo
Conselho Geral de Ministérios.
Acção Afirmativa:
1. Incluir em todos os nossos esforços de acção afirmativa as preocupações e interesses das pessoas com deficiência, nomeadamente o activo recrutamento e encorajamento
dessas pessoas das pessoas portadoras de deficiência para
papéis de liderança, quer clérigos quer leigos, dentro da
Igreja e das suas agências, em práticas de contratação, segurança do trabalho, habitação e transporte.
2. Solicitar à Junta Geral de Educação Superior e
Ministério para monitorizar os conselhos das conferências
anuais do ministério ordenado, para que as pessoas portadoras de deficiência recebam tratamento igual nas etapas para
o ministério ordenado.
3. Solicitamos encarecidamente às nossas escolas de
educação superior e formação teológica que ofereçam cursos
especializados para professores e alunos, na consciência e
apreciação dos dons, necessidades e interesses das pessoas
portadoras de deficiência. Isso deve incluir Isto inclui o
ênfase nas acessibilidades e igualdades nestas instituições,
bem como na sociedade alargada. A acreditação pelo Senado
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da Universidade deve ser retirada às instituições onde às
instituições onde as pessoas portadoras de deficiência sejam
excluídas, quer da participação nas aulas, quer dos serviços,
ou do emprego.
4. Apelamos vivamente às igrejas locais para realizar
pesquisas de avaliação de necessidades. Tal pesquisa deveria
sugerir à igreja local que acções específicas devem ser
tomadas para incluir plenamente pessoas com deficiência na
vida da igreja.
A Defesa dentro da Igreja:
Implementar dentro de cada conferência anual métodos de
recrutamento, de sensibilização e de formação para pessoas que
actuem como defensores, para trabalhar com e em nome de pessoas portadoras de deficiência, numa base individual, e para que
estas possam alcançar os seus direitos humanos e civis, bem
como assumir o lugar a que têm direito na vida da igreja e da
comunidade. Cada conferência anual deve também desenvolver
uma maior preocupação na defesa das pessoas portadoras de
deficiência, para que possam obter habitação adequada,
emprego, transporte, educação e tempo de lazer.
A Defesa dentro da Sociedade:
Se, por um lado, muito há a ser feito dentro da Igreja para
tornar real o evangelho da inclusão, relativamente às pessoas
com deficiência, existe, por outro, uma sociedade mundial que
também deve ser informada sobre as preocupações e as necessidades destas pessoas. Advertimos a Apelamos à igreja e ao
seu povo para estar do lado das pessoas portadoras de deficiência e para defender os seus direitos na sociedade. Tais direitos incluem o acesso ao emprego, ao transporte público e
outras formas confiáveis de transporte, alojamento adequado e
educação. Somos pessoas que seguem as ordens para ministrar
para e com todos os filhos de Deus. Somos todos um povo em
peregrinação! Esquecemo-nos muitas vezes dos filhos de Deus
que experienciam a vida de maneiras diferentes da nossa.
Comprometemo-nos numa resposta inclusiva, compassiva e
criativa para com as necessidades e os dons das pessoas portadoras de deficiências mentais, físicas e/ou psicológicas deficiências.
Construção Sem Barreiras Arquitetónicas para Pessoas
com Deficiência:
Seja deliberado, que as verbas da igreja, provenientes
das agências da Igreja Metodista Unida, para além da igreja
local, sejam apenas concedidas, emprestadas ou por outros
meios disponbilizadas, para a construção de santuários da
igreja, edifícios educacionais, presbitérios, acampamentos,
faculdades ou outras agências ou instalações relacionadas
com a igreja, cujos planos de construção atendam às directrizes mínimas para a construção sem barreiras arquitetónicas;
Que as igrejas locais, utilizando os seus próprios fundos, ou fundos garantidos através de empréstimos de agências e instituições fora da jurisdição da Igreja Metodista
Unida, sejam instadas a fazer adequada disposição nos seus
planos, para garantir que todos os edifícios novos da Igreja
todos os edifícios da igreja novos e remodelados sejam livres
de barreiras arquitetónicas;
DCA Edição Avançada
Que as igrejas locais sejam instadas a adaptar as instalações existentes, por meio de programas como o alargamento de portas, instalação de rampas e elevadores,
eliminanção de escadas sempre que possível, fornecendo
corrimãos, estacionamento adequado e salas de descanso,
para que as pessoas portadoras de deficiência possam tomar
o seu lugar adequado na comunhão da igreja; e
Que as agências nacionais apropriadas forneçam informações técnicas para as igrejas locais poderem proporcionar
instalações sem barreiras arquitetónicas.
R3305.
Número da petição: 20152-CB-R3305; Winkler, James Washington, DC, EUA pela Junta Geral de Igreja e
Sociedade.
Ministérios na Doença Mental
Retirar as actuais resoluções 3302, Comunidades
Prestadoras de Cuidados, e 3303, Doença Mental, Tribunais
de Saúde Mental e Comunidade Cristã, e incorporá-las na
actual resolução 3305, Ministérios na Doença Mental, da
seguinte forma:
Declaração Teológica
Acreditamos que os Cristãos fiéis são chamados a estar
no ministério para os indivíduos e as suas famílias desafiadas por doenças que causam distúrbios do pensar, sentir e
agir, categorizados como “doença mental.” Reconhecemos
que ao longo da história, e ainda hoje, os nossos ministérios
nesta área têm sido dificultados pela falta de conhecimento,
medo e equívocos. Ainda assim, acreditamos que esses que
são tão desafiados, as suas famílias e as suas comunidades,
devem ser abraçados pela Igreja no seu ministério de compaixão e amor.
Nosso modelo é Jesus, que nos apela a uma ética de
amor para com todos. Conforme Jesus proclamou o Reino de
Deus, as suas palavras e proclamações foram acompanhadas
pela “cura de todas as doenças e enfermidades entre o povo”
(Mateus 9:35). À medida que prosseguiu, o seu ministério
incluiu, entre aqueles pelos quais Jesus teve compaixão e
para quem estendeu a sua cura, os que eram sitiados por sofrerem de doenças mentais. Jesus teve compaixão e curou os
sitiados pela doença mental, muitos dos quais tinham sido
desprezados, rejeitados, perseguidos e temidos pela sua
comunidade.
John Wesley e os fundadores da Igreja Metodista Unida
praticaram uma fé fundamentada no ministério redentor de
Jesus Cristo, focada na cura da pessoa como um todo: físico,
espiritual, emocional e mental. A preocupação com a saúde
das pessoas dentro do ministério da igreja levou ao estab-
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elecimento de serviços médicos para os necessitados, sem
olhar a meios financeiros, não recusando ninguém por qualquer motivo. Esse espírito de amor e de compaixão que a
todos abrange serve como um legado e um modelo para nós,
à medida que procuramos responder aos que são desafiados
pela doença mental.
Hoje, devido às conquistas alcançadas pelas comunidades científicas e médicas, sabemos mais sobre as causas
e tratamento dos vários distúrbios considerados “doenças
mentais”. Mais importante, sabemos que o dom da cura é um
dos dons espirituais recebidos de Deus . ; e que aA chamada
dosaqueles baptizados em Cristo inclui um mandato para
exercer o dom da cura pela igreja, como prova do amor de
Deus, um precursor para o reino de Deus, e um sinal da presença de Deus Espírito Santo através da comunidade da igreja.
Portanto, comprometemo-nos com o seguinte: 1) aprender mais sobre as causas das doenças mentais, 2) defender a
compaixão e a generosidade no tratamento das doenças mentais, e 3) eencaminhar em oração as nossas congregações a
estar no ministérioo, demonstrando que a nossa igreja, assim
como o corpo de Cristo, pode trabalhar para fornecer os
meios de graça que leva a plenitude e a cura para todos.
Desafios Enfrentados pelas Pessoas com Doença
Mental e as suas Congregações e Comunidades.
A doença mental é um grupo de distúrbios cerebrais que
causam perturbações na forma de pensar, sentir e agir.
Pesquisas publicadas desde 1987 têm enfatizado a base física e genética para as doenças mentais mais graves, como a
esquizofrenia, a psicose maníaco-depressiva, e outros
transtornos afectivos. O tratamento deve reconhecer a
importância de um ambiente não stressante, uma boa
nutrição e uma comunidade disposta a aceitar. O tratamento
deve também reconhecer a importância dos cuidados médicos, psiquiátricos, emocionais e espirituais, a psicoterapia ou
a psicoterapia pastoral profissional - na recuperação e na
manutenção da saúde. As igrejas em cada comunidade são
chamadas a participar activamente na expansão dos cuidados
para os doentes mentais, as suas famílias e as comunidades.
Todos os aspectos da saúde - física, mental e espiritual
- foram motivo de igual preocupação para Jesus Cristo, cujo
toque curador ajudou a sarar os corpos, as mentes e os espíritos doentes, com uma finalidade comum: a restauração do
bem-estar e a renovada comunhão com Deus e com o próximo ... Mas aqueles cuja doença trouxe o estigma e o isolamento social, como o homem de Gadara, cujo conturbado
espírito causava um comportamento temível e auto-destrutivo, foram abraçados e curados com compaixão especial
(Marcos 5:1-34). Quando o homem de Gadara disse que seu
nome era “Legião, porque somos muitos” (v. 9), o seu
comentário foi sugestivo de inúmeros indivíduos, no nosso
tempo, bem como no seu, cuja disfunção mental -, quer
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geneticamente, ambientalmente, quimicamente, socialmente, ou psicologicamente induzida - provoca medo,
rejeição ou vergonha, e para a qual tendemos a responder
com as mesmas poucas medidas, completamente desadequadas para o nosso tempo do que para o seu: a estigmatização, o isolamento, o confinamento e a contenção.
O ministério de John Wesley foi fundamentado no ministério redentor de Cristo, focado na cura que envolveu
aspectos espirituais, mentais, emocionais e físicos. A sua
preocupação com a saúde daqueles a quem ele ministrava
levou-o a criar serviços médicos a custo zero, para os que
eram pobres e em profunda necessidade, não recusando
ninguém por qualquer motivo. Ele via a saúde como algo
para além do simples bem-estar biológico, o que abrangia o
bem-estar integral da pessoa. O seu testemunho de amor
para com os necessitados de cura, é o nosso modelo para o
ministério, para com os que sofrem de doença mental.
Reafirmamos a nossa confiança de que o amor incondicional de Deus para com todas as pessoas nos apela a chegar
e a aceitar amar a todos, mas particularmente aqueles com
incapacidade de se relacionar com eles ou com outras pessoas, devido a doença mental.
Confessamos que os nossos conceitos Cristãos de pecado e do perdão, na raiz da nossa compreensão da condição
humana e da graça divina, às vezes são inadequadamente
aplicados, de formas que aumentam a paranóia ou a
depressão clínica. Deve-se utilizar de grande cuidado ao
ministrar para aqueles cujos distúrbios cerebrais resultam em
exagerada auto-negação, porque apesar de todas as pessoas
necessitarem de perdão e reconciliação, o amor de Deus não
pode ser comunicado por meio do perdão, por pecados não
cometidos ou delirantes.
Desafios Enfrentados pelas Pessoas com Doença
Mental e as suas Congregações e Comunidades.
Precisamente porque a doença mental afecta a forma
como pensamos, sentimos ou agimos, esta tem um impacto
na nossa capacidade de funcionar em comunidade com os
outros.
Entendemos aqueles que o fazem muitas vezes por
várias razões. Eles podem ter experimentado o mesmo. Eles
podem ter vivido. Algumas pessoas com uma doença mental
que exibem comportamentos de representação ou difíceis
podem fazê-lo por terem sido muitas vezes mal compreendidas, por se sentirem impotentes, ou por não se sentirem
felizes nas vidas. Existem muitas razões que explicam
porque pessoas com diagnóstico de doença mental exibem
comportamentos difíceis ou perturbadores. As razões
incluem eventos traumáticos, como abuso ou violência
doméstica; uma vida de pobreza física ou emocional; privação de experiências sociais e falta de capacidades sociais;
e comportamentos devido à solidão, ser mal interpretado,
sentir-se impotente, ou a ausência de alegria nas suas vidas.
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Portanto, ao contrário das doenças físicas, a doença
mental desafia o nosso compromisso para com a comunidade. nósNós experimentamos esse desafio de maneiraschave diversas:
1. Estigma
O estigma tem estado connosco desde há milénios e continua a ser um grande problema nos dias de hoje. Quando o
homem de Gadara disse que o seu nome era “Legião, porque
somos muitos”, o seu comentário sugere os inúmeros indivíduos de todas as idades, cuja disfunção mental provoca medo,
rejeição ou vergonha, e para a qual tendemos a responder com
as mesmas poucas medidas, completamente desadequadas
para o nosso tempo do que para o seu: a estigmatização, o isolamento, o confinamento e a contenção. Jesus abraçou e curou
essas pessoas com especial compaixão (Marcos 5:1-34).
2. Encarceramento
, Acreditamos que todas as pessoas com um diagnóstico
de doença mental deve ter acesso às mesmas liberdades fundamentais e aos direitos humanos como as outras pessoas numa
sociedade livre. Existe uma linha ténue de distinção entre a
violação criminal da lei e o comportamento que é criminalizado, porque as instituições de aplicação da lei não tiveram outro
recurso para lidar com as pessoas, cujas acções resultaram de
sintomas de doença mental que afecta o pensamento, as percepções e o comportamento. Nós opomo-nos ao uso de cadeias
e prisões para o encarceramento de pessoas que têm graves e
persistentes doenças mentais, para quem o tratamento em
ambiente hospitalar seguro é muito mais apropriado. Além
disso, muitas pessoas encarceradas com doença mental necessitam de medicamentos psiquiátricos. É inaceitável justificar
com razões económicas o fracasso em fornecer medicamentos
para uma pessoa que precisa deles, assim como o é impor a
observância da medicação como condição para a liberação ou
o acesso ao tratamento e a outros serviços.
3. Desinstitucionalização
Expressamos preocupação particular que, enquanto que
oO processo seguido nos Estados Unidos e outras nações, nos últimos anos com a deinstitucionalização de doentes mentais, corrigiu
um problema de longa data de “armazenamento” de pessoas mentalmente doentes;, isso criou novos problemas. Sem, no entanto,
programas de cuidados de saúde mental adequados e baseados nas
comunidades para muitos dos desospitalizados, as ruas, para
muitos,para aqueles que são desospitalizados, as ruas ou as
prisões tornaram-se um substituto para a ala hospitalar para muitas
pessoas. Consequentemente, muitas vezes a responsabilidade,
incluindo os custos com os cuidados de saúde mental, têm tem sido
simplesmente transferida para os indivíduos e as famílias ou para
os albergues dos sem-abrigo que já estão sobrecarregados e mal
equipados para fornecer mais do que os cuidados primários. Além
disso, a pressão para desinstitucionalizar os doentes rapidamente
fez com que alguns sistemas de saúde mental confiassem indevidamente a curto prazo na terapia química para controle de
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pacientes, em vez de empregar programas mais complexos que
requerem hospitalização a longo prazo ou outras formas de tratamentos que a pesquisa demonstrou onde a pesquisa fornece serem
bem sucedidos. resultados alcançados. Este tipo de tratamento
paliativo, leva a repetidas, mas contudo ineficazes e dispendiosas
hospitalizações de curto prazo, que produzem pouca ou nenhuma
melhoria a longo prazo na capacidade da pessoa funcionar.
4. Equívoco da Fé
MesmoPor vezes, os nossos conceitos Cristãos de pecado e de perdão, na raiz da nossa compreensão da condição
humana e da graça divina, são às vezes inadequadamente
aplicados, de formas que aumentam a paranóia ou a
depressão clínica. Assim Deve-se utilizar de grande cuidado
ao ministrar para aqueles cuja perturbação cerebral doença
mental resulta em exagerada auto-negação., porque
apesarApesar de todas as pessoas necessitarem de perdão e
reconciliação, o amor de Deus não pode ser comunicado por
meio do perdão, por pecados não cometidos ou delirantes.
A Resposta que Necessitamos
O ministério de John Wesley foi fundamentado no ministério de Cristo redentor, focado na cura envolvida por aspectos espirituais, mentais, emocionais e físicos. A sua
preocupação com a saúde daqueles a quem ele ministrava
levou-o a criar serviços médicos a custo zero, para os que eram
pobres e em profunda necessidade, não recusando ninguém por
qualquer motivo. Ele via a saúde como algo muito para além
do simples bem-estar biológico, o que abrangia o bem-estar
integral da pessoa. O seu testemunho de amor para com os
necessitados de cura, é o nosso modelo para o ministério, para
com os que sofrem de doença mental.
1. Cura
O tratamento efectivo reconhece a importância dos
cuidados médicos, psiquiátricos, emocionais e espirituais, a
psicoterapia ou a psicoterapia pastoral profissional, na recuperação e na manutenção da saúde. As congregações em
cada comunidade são chamadas a participar activamente na
expansão dos cuidados das pessoas que são doentes mentais
e das suas famílias como uma expressão da sua natureza
como Corpo de Cristo.
O tratamento para a doença mental reconhece a
importância de um ambiente não stressante, uma boa
nutrição e uma comunidade disposta a aceitar.
2. Congregações
A igreja, como Ccorpo de Cristo, é chamado a umao ministério da salvação, no seu mais amplo entendimento, o que
inclui tanto a cura e a reconciliação, restaurando a integridade, tanto a nível individual como da comunidadecurando e
salvando, o que se considera uno. Apelamos à igreja que peça
aos ministérios relacionados com a doença mental, que
abracem o papel da comunidade, da família e das profissões
prestadoras de serviços de saúde, na cura dos problemas físicos, sociais, ambientais e espirituais, para com os que sofrem
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de distúrbios cerebrais e as suas famílias.
1. Comunidades Prestadoras de Cuidados. Apelamos a
todas as igrejas locais, distritos e conferências anuaisApelamos
à congregação Metodista Unida local, aos distritos e às conferências anuais ou centrais que promovam as congregações
Metodistas Unidas como “Comunidades Prestadoras de
Cuidados.” A missão de trazer todas as pessoas para a comunidade de amor é primordial para os ensinamentos de Cristo.
Como congregações, reunimo-nos em testemunho com essa
missão, acolhendo e acarinhando aqueles que se reúnem
connosco. No entanto, confessamos que na nossa humanidade,
falhamos, por vezes, em ministrar no amor às pessoas e
famílias com a doença mental. Permitimos que barreiras da
ignorância, medo e orgulho nos separassem daqueles que mais
precisam do nosso amor e do carinhoso apoio da comunidade.
As congregações Metodistas Unidas em todo o mundo
são chamadas a participar do programa Comunidades
Prestadoras de Cuidados, congregações e comunidades em
relação de aliança com pessoas com doenças mentais e as
suas famílias. As Comunidades Prestadoras de Cuidados
comprometem-se intencionalmente:
è necessária uma discussão pública e educação sobre
a doença mental, para que as pessoas que sofrem de distúrbios cerebrais, e suas famílias, possam sentir liberdade
em pedir ajuda. Isto inclui libertação do estigma associado
à doença mental que deriva de uma falsa compreensão, de
que se trata principalmente de um problema de ajuste causado por famílias psicologicamente disfuncionais. •
Educação. As Congregações envolvem-se em discussão
pública, bem como na educação responsável e abrangente
sobre a natureza da doença mental e como isso afecta a
sociedade actual. Essa educação não só ajuda as suas congregações a expressar a sua prestação de cuidados de
forma mais eficaz, mas reduz o estigma da doença mental
para com as pessoas que sofrem de distúrbios mentais, e as
suas famílias podem pedir ajuda mais facilmente. Tal educação também contorna a falsa compreensão, de que se
trata principalmente de um problema de ajuste causado por
famílias psicologicamente disfuncionais.
• Aliança. As congregações, através dos conselhos da
sua igreja, entram numa relação de aliança de compreensão
e amor para com os doentes mentais e as suas famílias para
os ajudar. A aliança de entendimento pode muito bem estender-se à comunidade e à participação congregacional com
pacientes em hospitais psiquiátricos e outras instalações de
cuidados de saúde mental.
• Bem-vindo. As congregações dirigem as boas-vindas
a pessoas com doenças mentais bem como as suas famílias.
• Apoio. As congregações idealizam e implementam as
melhores formas de ser solidário para com os doentes mentais e para com os indivíduos e famílias que cuidam deles.
• Defesa. As congregações não só defendem indivíduos
específicos, envolvidos em dificuldades burocráticas, mas
identificam e esclarecem sobre questões que afectam as pessoas com doença mental e as suas famílias, que sejam
passíveis de solução legal.
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3. Comunidades
Apelamos às comunidades onde estão localizadas as
nossas congregações a As comunidades necessitam
de desenvolver programas mais adequados para atender às
necessidades de seus membros doentes mentaisàs necessidades dos seus membros que têm doença mental e das suas
famílias. Isso inclui a necessidade de implementar programas governamentais a todos os níveis programas estatais e
locais que monitorizem e evitem abusos a pessoas mentalmente doentesa pessoas que têm doença mental, bem como
os programas destinados a substituir a longo prazo o internamento com serviços baseados na comunidade.
Tribunais de Doença Mental. Os tribunais de doença
mental, devidamente estabelecidos, regulamentados e administrados podem e devem ser mantidos para lidar com casos que
envolvem pessoas com doenças mentais graves. Tais tribunais
podem garantir um tratamento ético e de compaixão. Estes tribunais são capazes de evitar a criminalização de comportamentos que resultam de sintomas que afectam o pensamento,
as percepções e o comportamento. Quando os corpos governamentais instituem tais tribunais, devem:,
• entender e abraçar uma compreensão ética da intenção
compassiva da lei no estabelecimento de tribunais de saúde
mental, quando a doença mental é um factor na aplicação da
lei.
• respeitar todos os direitos humanos das pessoas confinadas, com a finalidade de tratamento do doente mental
numa unidade psiquiátrica credenciada, pública ou privada,
incluindo o seu direito legal a ter acesso aos dados do seu
plano de tratamento, medicamentos e acesso a apoio religioso, conforme permitido pelas leis estatais.
Responsabilizamos todas as instalações de tratamento,
públicas e privadas, pela protecção desses direitos.
Apoio Comunitário.Dependendo das circunstâncias
específicas de cada comunidade, as congregações poderão
ser capazes de
• aconselhamento de apoio extensivo e serviços de
intervenção de crise;
• realizar e apoiar workshops e campanhas de consciencialização públicas de combate aos estigmas;
• facilitar os esforços para fornecer habitação e
emprego às pessoas desinstitucionalizadas;
• advogar para uma melhor formação dos juízes,
agentes policiais e oficiais da comunidade ao lidar com outras pessoas com doença mental e as suas famílias;
• promover uma maior interacção efectiva entre os diferentes sistemas envolvidos, no cuidado de pessoas com doença
mental, incluindo tribunais, polícias, emprego, habitação,
assistência social, sistemas religiosos e familiares;
• incentivar a instalações de tratamento de saúde mental;
públicas e privadas, incluindo os programas de tratamento
ambulatório, para levar a sério as necessidades religiosas e
espirituais das pessoas com uma doença mental; e
• ajudar as comunidades a atender às necessidades
preventivas e terapêuticas, relacionadas com a doença
mental.
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4. Suporte Clerical
Problemas de Saúde Mental no Clero. Apelamos à
Junta Geral de Educação Superior e Ministério para:
• dar atenção a questões que surjam quando um clérigo
Metodista Unido experiencia uma enfermidade mental; e
• promover o desenvolvimento de capacidades de liderança pastoral para entender a doença mental e ser capaz de
mediar as pessoas nas suas congregações e nas suas comunidades sobre os problemas e necessidades das pessoas que
possuem uma doença mental.
5. Legislação
Apelamos à Junta Geral de Igreja e Sociedade e a outros Metodistas Unidos agências gerais com responsabilidades de advocacia para:
(a) advogar a reforma sistémica dos do sistemas de
saúde, para assegurar de forma mais adequada às pessoas e
famílias confrontados com despesas catastróficas e a dor de
cuidar de membros da família com doença mental; membros
da família doentes mentais;
(b) apoiar acesso universalo acesso global e universal aos cuidados de saúde, insistindo que os mecanismos de
financiamento público e privado sejam desenvolvidos para
garantir a disponibilidade de serviços a todos os necessitados, incluindo uma cobertura adequada de serviços de saúde
mental em todas os programas de saúde;
(c) defender que os sistemas de saúde mental comunitários, incluindo as clínicas públicas, os hospitais e outras
instalações suportadas pelo pagamento de impostos,
sendosejam especialmente sensíveis às necessidades de
saúde mental de grupos da população culturalmente ou
racialmente diversos;
(d) apoiar a investigação adequada por parte das instituições públicas e privadas sobre as causas da doença mental, incluindo, como alta prioridade, o desenvolvimento de
aplicações terapêuticas, referentes às informações sobre as
mais recentes descobertas respeitantes à causalidade genética para vários tipos dos distúrbios cerebrais graves;
(e) apoiar o financiamento público adequado, que permita aos sistemas de cuidados de saúde mental fornecer a
terapêutica adequada; e apoiar os seguintes programas
comunitários e congressionais:
(a) financiamento público adequado, que permita aos
sistemas de cuidados de saúde mental fornecer a terapêutica
adequada; e
(fb) aconselhamento de apoio extensivo e serviços de
intervenção de crise;
(c) workshops e campanhas de consciencialização
públicas de combate aos estigmas;
(d) habitação e emprego às pessoas desinstitucionalizadas;
(e) melhor formação dos juízes, agentes policiais e oficiais da comunidade ao lidar com pessoas com doença mental;
(f) envolvimento comunitário e congregacional com
pacientes em hospitais psiquiátricos e outras instalações de
cuidados de saúde mental.
(g) apoio comunitário, pastoral, e congregacional aos
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indivíduos e famílias que cuidam de membros familares com
doença mental;
1. (h) maior interacção efectiva entre os diferentes sistemas envolvidos, no cuidado de pessoas com doença mental, incluindo tribunais, polícias, emprego, habitação,
assistência social, sistemas religiosos e familiares;
(I) educação dos seus membros de forma responsável e
abrangente sobre a natureza dos problemas de doença mental que a sociedade enfrenta hoje, ea defesa de políticas
públicas necessárias para mudar as políticas e manter os
níveis de financiamento de altura;
(j) participação activa na ajuda às suas comunidades a
atender às necessidades preventivas e terapêuticas, relacionadas com a doença mental;
(fk) colaborar com o trabalho de entidades como a
Aliança Nacional da Doença Mental para os Doentes
Mentais (NAMI), Washington, DC, uma organização de
auto-ajuda dos EUA de pessoas mentalmente doentespessoas com doença mental, das suas famílias e amigos, proporcionando apoio mútuo, educação e defesa para as pessoas
com doença mental grave, e exortando as igrejas a ligaremse com a rede NAMI de alcance religioso. Também
recomendamos às igrejas Pathways igrejas to Promise
(Caminhos para a Promessa)às nossas igrejas globalmente
Pathways to Promise (Caminhos para a Promessa): Os
Ministérios Inter-religioso e Doenças Mentais Prolongadas,
St. Louis, Missouri Doença Mental, St. Louis, Mo, como um
elo necessário no nosso ministério sobre esta questão importante;
(gf) construir uma rede da doença mental da Igreja
Metodista Unidauma rede da doença mental da Igreja
Metodista Unida na Junta Geral da Igreja e da Sociedade
para coordenar os ministérios da doença mental na Igreja
Metodista Unida.
46. Seminários
Apelamos aos seminários Metodistas Unidos por todo
o mundo para fornecer: (a) formação técnica, incluindo
experiência em unidades de saúde mental, como uma parte
regular da preparação para o ministério, como forma de ajudar os líderes e as congregações a ficarem mais bem informados e envolvidos nas necessidades da saúde mental das
suas comunidades.
ADOPTADA EM 1992
ALTERADA e READOPTADA EM 2004
Ver os Princípios Sociais ¶162T.
Fundamentação da Petição:
Efectuamos o compromisso de aprender mais sobre as
causas das doenças mentais, de defender a compaixão e a
generosidade no tratamento das doenças mentais, e encaminhar em oração as nossas congregações a estar no ministério, para fornecer os meios de graça que leva a plenitude
e a cura para todos.
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R3305.
Número da petição: 20848-CB-R3305-G; Lightner-Morris,
Tina,- MD, EUA.
Rever o Ensinamento das Escrituras
para a Doença Mental
3305. Ministérios na Doença Mental
Doença mental ...
Todos os aspectos da saúde - física, mental e espiritual tiveram a mesma atenção de Jesus Cristo, para os quais o toque
de cura alcançou os corpos, mentes e espíritos quebrantados
com um objectivo comum: a restauração do bem-estar e
comunhão renovada com Deus e com o próximo. Mas a estes,
cuja doença trouxe estigmas sociais e isolamento, tal como o
homem de Geraseno, cujo espírito turbulento provocou comportamento temível e auto-destrutivo, foram abraçados e curados com especial compaixão (Marcos 5:1-34). Quando o
homem de Geraseno disse que o seu nome era “Legião; porque
somos muitos” (verso 9), o seu comentário foi sugestivo para
os inúmeros indivíduos, tanto no nosso tempo como no seu,
cuja disfunção mental Estamos cegos no que concerne as
necessidades destes indivíduos e das famílias que vivem com
doença mental e por muito tempo, o Corpo de Cristo associou
a doença mental com a história do homem de Geraseno, um
homem possuído por espíritos malignos. Em vez disso, o
Corpo de Cristo pode considerar a parábola, [Jesus] tomou o
homem cego pela mão e levou-o para fora da aldeia... perguntou-lhe, “Vês alguma coisa?” E o homem olhou para cima e
disse, [“Não está claro”]. Depois Jesus pousou novamente as
mãos nos seus olhos; e... a sua visão foi recuperada e via tudo
claramente”. Depois [Jesus] mandou-o para casa...” (Marcos
8:22-26). Este homem sugere os inúmeros indivíduos, tanto no
nosso tempo como no seu, cuja disfunção mental o torna cego
acerca do seu valor na sociedade, mas também nos torna cegos
pela estigmatização dolorosa, isolamento, encarceramento e
restrições das pessoas que vivem com o peso da doença mental. Mas como o homem de Betsaida, Jesus ajuda-nos, tanto a
ele como a nós, a sarar. Muitas intervenções são necessárias
para curar as condições frequentemente crónicas do cérebro e
do sistema nervoso, conhecidas como doença mental. O Corpo
de Cristo precisa de cura mais profunda na compreensão, educação, compaixão e formas adequadas para apoiar as famílias
e indivíduos que vivem com doenças mentais. Os que sofrem
com o impacto da doença mental também têm de ser apoiados
no seu percurso para a cura, sabendo que Jesus cura frequentemente pelo tempo, utilizando uma série de modalidades de
cura. - quer seja induzido por motivos genéticos, ambientais,
químicos, sociais ou psicológicos, causa medo, rejeição ou vergonha e pelos quais tendemos a responder com as mesmas parcas medidas que não são mais adequadas para o nosso tempo
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do que foram no seu: estigmatização, isolamento, encarceramento e restrições.
Confessamos que os nossos conceitos cristãos...
Fundamentação da petição:
Como mãe de um filho adulto que lutou com o desequilíbrio bioquímico da doença mental desde a infância e
como profissional licenciada de doença mental. Considero a
associação com um homem que é possuído pelo demónio,
fora do seu juízo, amarrado, preso e isolado profundamente
ofensiva. O meu filho e o...
R3306.
Número da petição: 20838-CB-R3306-G; Knight, Jan,Bowling Green, FL, EUA. 2 petições similares.
Cura de Stress Pós-Aborto
Rever e readoptar a Resolução n.º 3306 conforme
emendada.
CONSIDERANDO QUE, reconhecemos que existe o
direito legal ao aborto em muitos países, também reconhecemos alguns se arrependem desse evento posteriormente,
CONSIDERANDO QUE, a igreja deve consistir na
oferta de ministérios de cura para todos os tipos de mágoas,
Por isso, fica decidido que a Conferência Geral de 2004
2012 da Igreja Metodista Unida apela a que os pastores
sejam mais informados acerca dos sintomas e comportamentos associados com o stress pós-aborto; e
Fica também decidido que a Conferência Geral de 2004
2012 da Igreja Metodista Unida incentive as igrejas locais a
disponibilizarem informações de contacto para agências de
aconselhamento que ofereçam programas relativos ao stress
pós-aborto para todas as que procuram ajuda.
R3329.
Número da Petição: 20066-CB-R3329; Hawkins, Erin M., Washington, DC, EUA, para a Comissão Geral de Religião e
Raça.
Lei da Liberdade Religiosa do Nativo Americano
Readoptar a Resolução 3329.
Fundamentação da Petição:
Presentemente, não há nenhuma protecção para a prática de religiões tradicionais indígenas no âmbito do direito
constitucional ou legal americano. A única lei existente que
aborda directamente esta questão, a Lei da Liberdade
Religiosa do Nativo Americano, é simplesmente uma políti-
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ca que proporciona um alívio legal limitado aos tão lesados praticantes religiosos Índios Americanos.
R3331.
Número da Petição: 20065-CB-R3331; Hawkins, Erin M., Washington, DC, EUA, para a Comissão Geral de Religião e
Raça.
Cultura e Tradições dos Nativos Americanos
Readoptar a Resolução 3331 (Adoptada em 2004).
Fundamentação da Petição:
A Presença criadora de Deus fala através das línguas e
das culturas. Muitas tradições nativas são erroneamente
temidas, em vez de serem entendidas como veículos para a
graça de Deus. Tais temores têm resultado na perseguição
dos povos indígenas tradicionais e dos cristãos nativos e
muitas tradições foram mal interpretadas.
R3361.
Número de petição: 20133-CB-R3361; Winkler, James,Washington, DC, EUA para a Junta Geral de Igreja e
Sociedade.
População mundial
Alterar Resolução: n.º 3361 População mundial e a
Resposta da Igreja, da seguinte forma:
Declaração histórica e teológica
A população mundial era de aproximadamente 300 milhões na época de Cristo e mudou muito pouco nos mil anos
seguintes. A população do mundo atingiu um bilião em
1804, três biliões em 1960, e subiu para cerca de 6,8 biliões
em 2010. Espera-se atingir cerca de 9,2 biliões até 2050
(Agência de Recenseamento dos EUA, Divisão da
População). De um mundo finito, cada ser humano consome
ar, água, abrigo, comida e energia, e deixa para trás resíduos. Embora não haja acordo sobre qual a capacidade da
Terra, pura matemática diz que em algum momento uma
população em crescimento deve atingir a capacidade desse
mundo finito.
As nossas escrituras contêm ambos os mandamentos
contínuos e limitados no tempo. O Grande Mandamento de
amar a Deus e ao próximo como a nós mesmos (Lucas
25:27) é contínuo; persiste para sempre e a sua validade não
tem começo nem fim. Pelo contrário, o mandamento de
Deus para o homem e mulher recém-criados, “Frutificai e
multiplicai-vos; enchei a terra...” (Génesis 1:28) é um man-
damento de tempo limitado que termina quando tiver sido
cumprido. Pela primeira vez na história da humanidade, a
humanidade é confrontada com o desafio de determinar se o
mandamento foi cumprido, e se tiver sido, se a fecundidade
humana e a multiplicação já não é obrigatória da mesma
forma.
Em Génese 1:28, Deus ordena ao homem e à mulher
para “dominarem”, o que significa exercer a responsabilidade de gestão em nome de Deus, criador e proprietário do
mundo. Como gestores da terra, agora temos a responsabilidade de identificar de que forma a nossa gestão da reprodução humana está a cumprir a vontade de Deus e de que
forma pode ser frustrante. Para nos ajudar nessa gestão,
Deus forneceu ao homem métodos de contracepção até então
desconhecidos. Numa clara distinção de crenças que
rejeitam a utilização de tais métodos, a Igreja Metodista
Unida acredita que uma contracepção eficaz e segura é de
facto uma administração responsável.
A criação do mundo a partir do caos para a ordem é o
primeiro testemunho bíblico. Neste testemunho é a afirmação da liberdade e da responsabilidade da humanidade.
Defendemos que Deus é o Criador, aquele que nos concede
a liberdade e aquele a quem nós somos responsáveis.
A nossa responsabilidade de intendência da reprodução
humana no contexto dos desafios da população mundial está
ao serviço da preocupação criativa permanente de Deus para
o universo foi expressa através de Jesus Cristo, que nos
chamou a encontrar o sentido da nossa vida no amor duplo
de Deus e ao próximo. No nosso exercício de gestãocontexto, vivemos responsáveis perante Deus, escrevendo a
história através das acções das nossas vidas. O imperativo
para o cristão individual e comunidade cristã é procurar
padrões de vida, moldar as estruturas da sociedade, e promover os valores que dignificam a vida humana para todos
num mundo no qual o amor de Deus é infinito, mas os recursos da Terra são finitos.
Questões acerca do impacto do crescimento da população
Uma revisão dos principais problemas de hoje, como
Estamos a viver numa era de possibilidades em que somos
chamados por Deus a servir o futuro com esperança e confiança. Os cristãos não têm alternativa para o envolvimento na
procura de soluções para o conjunto grande e complexo de
problemas que o mundo enfrenta hoje. Estas questões estão
intimamente relacionadas: fome, pobreza, doença, falta de
água potável, negação dos direitos humanos, exploração
económica e ambiental, consumo excessivo, tecnologias que
são insuficientes ou inadequadas, e esgotamento rápido dos
recursos, sugere que todos são afectados pelo e crescimento
contínuo da população, que se estima atingir 9,2 biliões de
pessoas até 2050. Ninguém pode ser tratado isoladamente.
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Igreja e Sociedade Comitê B
• Crescimento e recursos da população. Enquanto Nem
a a fome, pobreza, doença, injustiça e violência no mundo não
podem ser simplesmente responsáveis apenas pelo crescimento da população., cada um destes aspectos é exacerbado à
medida que a população aumenta e . O o número rapidamente
crescente de pessoas, no entanto, torna a abordagem destas
questões mais difícil. Estima-se que população mundial
alcance 9,2 biliões em 2050, com os países menos desenvolvidos com a mais alta fertilidade e crescimento populacional. As
populações dessas nações devem triplicar nos próximos 50
anos, de 600 para 1.8 biliões. A cada dia que passa descobrimos mais e mais conexões entre a população e com o desenvolvimento sustentável. À medida que a população cresce,O
crescimento da população tem um impacto óbvio na utilização
da terra, consumo da água e qualidade do ar. As comunidades
são chamadas a serem gestores responsáveis de todos estes
recursos. Como podemos proteger o dom de Deus do ambiente
natural e, ao mesmo tempo, proporcionar um local de sustentabilidade para os humanos?
• Crescimento populacional e Alterações climáticas.
Inúmeros organismos mundiais,—incluindo a Conferência
Internacional sobre População e Desenvolvimento e a
Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento, conforme expresso na Declaração do
Milénio e no Documento resultante da Cimeira Mundial de
2005—têm afirmado a inter-relação do crescimento populacional e as alterações climáticas. A degradação ambiental, o
esgotamento dos recursos e as alterações climáticas resultam
da pobreza e da falta de acesso aos recursos, e também do consumo excessivo e padrões de produção e de desperdício. A
remoção dos cumes das montanhas para as minas de carvão na
Appalachia, a destruição da floresta tropical no Brasil ou os
incêndios para limpar a terra em Bornéu resultaram de
pressões da população, degradam o meio ambiente e afectam o
clima global. A desaceleração do crescimento da população
pode dar aos países mais tempo para atender às necessidades
humanas ao mesmo tempo que protegem o meio ambiente.
Os elevados índices de malária e VIH/SIDA diminuem
a vida de muitos filhos de Deus. Segundo a ONUSIDA,
prevê-se que até 2010 mais de 80 milhões de pessoas terão
contraído o vírus da SIDA. E actualmente a malária é encontrada em todas as regiões tropicais e sub-tropicais do mundo
e causa mais de 300 milhões de doenças agudas e, pelo
menos, um milhão de mortes anualmente. (Organização
Mundial de Saúde, 2001-2010 Década das Nações Unidas
para Fazer Recuar o Paludismo)
A desigualdade de géneros em algumas partes do
mundo exacerba estas questões complexas. Sabemos que em
muitos países, as mulheres são consideradas propriedade e
não têm direitos humanos fundamentais como a protecção
sob a lei e acesso à educação, habitação e empregos. As mulheres representam 70 por cento dos pobres do mundo e
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muitas são cativas (consciente ou inconscientemente) das
estruturas patriarcais, políticas e práticas.
• População e envelhecimento. O crescimento populacional combinado com melhores resultados de saúde
Também reconhecemos nos números crescentes de idosos,
muitos na população mundial. Muitos deles entre os mais
pobres do mundo. De acordo com o Fundo de População das
Nações Unidas, existem quase 400 milhões de pessoas com
idade acima de 60 anos no mundo em desenvolvimento, e a
maioria são mulheres. Enquanto apenas 8 por cento das pessoas nos países em desenvolvimento actualmente têm mais
de 60 anos, a proporção saltará para 20 por cento nos próximos 50 anos. Estima-se que o número de pessoas com mais
de 60 anos irá superar o número de crianças em 2040, pela
primeira vez na história. À medida que as comunidades se
envolvem no desenvolvimento sustentável, será importante
considerar as necessidades do envelhecimento, tais como o
sustento económico, saúde, habitação e nutrição. Devemos
também garantir a eliminação da violência contra pessoas
mais velhas e o apoio e cuidado para com os mais velhos que
tomam conta dos seus filhos e netos, incluindo os afectos
pela pandemia do VIH/SIDA. Estas preocupações para os
desafios enfrentados por pessoas de diferentes idades lembram-nos que na nossa gestão da reprodução humana, os
pais devem preocupar-se não apenas com a sua capacidade
de nutrir uma criança, mas com a capacidade do mundo para
sustentar vidas frutíferas e plenas cada vez mais longas.
Contributos da injustiça para o Crescimento populacional
• A opressão das mulheres é um importante impulsionador do crescimento da população. A desigualdade de géneros
em algumas partes do mundo exacerba estas questões complexas.
Sabemos que em muitos países, as mulheres são consideradas
propriedade e não têm direitos humanos fundamentais como a
protecção sob a lei e acesso à educação, habitação e empregos. As
mulheres representam 70 por cento dos pobres do mundo e
muitas são cativas (consciente ou inconscientemente) das estruturas patriarcais, políticas e práticas. Numerosos estudos têm
demonstrado que quando o estatuto das mulheres é melhorado
pelos blocos de construção da igualdade de direitos—acesso a
cuidados básicos de saúde, nutrição adequada, saneamento básico, aumento das oportunidades educacionais—a fertilidade
diminui de forma dramática (Consultar Nafis Sadik, Políticas de
População e Programas: Lições aprendidas de duas décadas de
experiência, [Nova Iorque: UN Family Planning Association,
New York University Press, 1991] pp. 247, 267, 384). Um dos
blocos mais importantes da igualdade de direitos é a parceria
plena das mulheres na tomada de decisões civis, incluindo as
expressões da sexualidade. Ir ao encontro da necessidade não
respondida das mulheres terem planeamento familiar resultaria
em menos 150 mil mortes por ano (Singh, Susheela, Jacqueline
E. Darroch, Lori S. Ashford e Michael Vlassoff [2009]. Adding It
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Up: The Costs and Benefits of Investing in Family Planning and
Maternal and Newborn Health. Nova Iorque: Guttmacher
Institute e UNFPA). A mortalidade infantil cairia em 13 por cento
se todas as mulheres pudessem adiar a sua próxima gravidez por
pelo menos 24 meses. O crescimento seria de 25 por cento se as
mulheres pudessem adiar a sua próxima gravidez 36 meses
(Nações Unidas [2009]. Monitorização da população mundial,
com ênfase na contribuição do Programa de Acção da
Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento
para os objectivos de desenvolvimento acordados internacionalmente, incluindo os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio.
Relatório do Secretário-geral. E/CN.9/2009/3).
Uma Convocação para Agir
Como pessoas de fé, somos chamados a nos educarmos
acerca da interligação das preocupações críticas da vida e
vivermos como gestores responsáveis. A igreja pode resolver
estas questões complexas relacionadas com a população em
várias frentes.
Apelamos a todos os Metodistas Unidos para:
1. a todos os Metodistas Unidos para acederem às
oportunidades educativas que se focalizam na questão da
população e na sua inter-relação com outras questões críticas
como a pobreza, doenças, fome, meio ambiente, injustiça e a
violência e promovem estas oportunidades na igreja local;
2. para as instalações e programas missionários e
médicos Metodistas Unidas para forneceremàs instalações
médicas Metodistas Unidas em todo o mundo para
fornecerem uma variada gama de informações e serviços
sobre a saúde reprodutora e planeamento familiarplaneamento familiar;
3. à Junta Geral de Igreja e Sociedade e à Divisão das
Mulheres da Junta Geral dos Ministérios Globais para
defenderem a legislação em todo o mundo que possa ajudar
a tomar a liderança a actualizar o estatutoestatuto social das
mulheres nas sociedades e a incluir as mulheres em todos os
processos e planeamento de desenvolvimentoe que inclui as
mulheres no planeamento e processos de desenvolvimento.
Especificamente, apelamos para que continuem a Uma
dessas acções seria a defender a ratificação por parte dos
Estados Unidos da Convenção das Nações Unidas para a
Eliminação da Discriminação contra as Mulheres (CEDAW)
e adoptar as Emendas de Direitos Iguais e encorajar todos os
países a tomar medidas para garantir direitos iguais para
mulheres;
4. à Junta Geral do Discipulado e à Junta Geral dos
Ministérios Globais para desenvolverem e implementarem
programas dentro da Igreja Metodista Unida que forneçam
e/ou aumentem as oportunidades educacionais para jovens e
mulheres, tornando possível para estas atingir níveis de autosuficiência e bem-estar;
5. apelar aos aos governos em todo o mundo para
darem prioridade à resolução da crise de malária e VIH/
SIDA e exortamos o financiamento adequado para erradicar
e prevenir essas doenças;
DCA Edição Avançada
6. apelar ao Congresso dos EUA aos órgãos legislativos dos países desenvolvidos para reconhecerem a natureza
crucial do crescimento da população e dar o máximo financiamento possível para os programas da população, meio
ambiente, saúde, agricultura, e outros programas de assistência tecnológica, para as nações em desenvolvimento. Os programas de assistência internacional devem ser baseados na
cooperação mútua, devem reconhecer as diversidades da
cultura, devem incentivar o auto-desenvolvimento e não a
dependência, e não necessitam de “programas efectivos de
população” como um pré-requisito para outros apoios ao
desenvolvimento;
7. apelar aos aos governos e organizações privadas
para darem alta prioridade a pesquisas destinadas a desenvolver uma gama de métodos contraceptivos seguros e de
baixo custo que podem ser usado numa variedade de
sociedades e situações médicas. Promover uma maior compreensão das atitudes, motivações e factores sociais e
económicos que afectam a fertilidade, e
8. apelar aos aos governos para implementarem sistemas de segurança social e apoio às pessoas mais velhas
para garantir o sustento económico adequado e habitação e
cuidados de saúde de qualidade e nutrição.
ADOPTADO 2004
RESOLUÇÃO N.º 159, 2004 Livro de Resoluções
Consultar Princípios Sociais, ¶ 162K
Fundamentação da petição:
Somos chamados a viver como gestores responsáveis
na procura de padrões de vida, moldar as estruturas da
sociedade e promover os valores que dignificam a vida
humana para todos num mundo no qual o amor de Deus é
infinito, mas os recursos da Terra são finitos.
R3425.
Número de petição: 20134-CB-R3425; Winkler, James,Washington, DC, EUA para a Junta Geral de Igreja e
Sociedade.
Proibição de Bullying
Alterar Resolução n.º 3425 Proibição de Bullying, da
seguinte forma:
Bullying é uma expressão comportamental de agressividade que tenta promover o poder sobre outra pessoa.
Pode ser expresso por meios físicos ou psicológicos.
Bullying pode resultar na morte da vítima. Temos apenas de
olhar para as Escrituras à procura de provas. O Livro de
Ester é sobre o assédio de um homem e a graça de Deus
expressa através de pessoas de Deus. O questionamento, o
bater e a posterior morte na cruz de Jesus Cristo é o exemplo máximo da expressão do abuso de poder sobre uma pessoa, mesmo que sobre o Filho de Deus. Estevão e uma série
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Igreja e Sociedade Comitê B
de mártires cristãos sofreram semelhantes ataques pessoais
que levaram à morte pela causa de Cristo. Há pessoas que
hoje sofrem e morrem porque outra pessoa procura oprimilos através de um comportamento agressivo.
Fica resolvido que
Num esforço de reduzir o Bullying na sociedade, a
Igreja Metodista Unida a todos os níveis as Congregações
Metodistas Unidas irão:
• categoricamente se opor à prática de bullying de
adultos, crianças e jovens, mobbing (também conhecido
como bode expiatório)
• trabalhar diligentemente para aumentar a consciência social desses comportamentos destrutivos; e
• validar, esclarecer, apoiar e capacitar intencionalmente as pessoas que estão a ser feridas por tais comportamentos nos locais de trabalho, nas escolas e em todos os
ambientes.;
• apoiar os adolescentes e oferecer locais seguros
para os adolescentes se reunirem;
• publicar e amplamente distribuir materiais, incluindo contactos para linhas directas e outros recursos locais e
nacionais;
• incorporar o tema do bullying adolescente em sermões, deixando clara a posição da Igreja;
• utilizar linguagem de responsabilidade e de cura,
em vez de culpa e punição;
• incentivar os familiares, vizinhos e amigos que suspeitam ou sabem de abusos a denunciarem esses mesmos
abusos;
• fornecer educação e formação para o clero e leigos
sobre prevenção do abuso, detecção e intervenção;
• criar e nutrir grupos de pares para adolescentes para
aumentar a consciência das tensões nas suas próprias
famílias e problemas que são factores de risco para o abuso.
• aumentar a consciencialização sobre o bullying na
Internet e a pressão dos pares;
• organizar fóruns, convidando palestrantes de fora,
incluindo os sobreviventes, os abusadores e representantes
de organizações locais e nacionais para facilitar as discussões e incentivar os fiéis a falarem sobre o seu próprio
estado de risco, e
• incentivar voluntários das congregações para organizarem e dinamizarem grupos de apoio e fóruns.
ADOPTADO 2004
Resolução n.º 188, 2004 Livro de Resoluções
Consultar Princípios Sociais, parágrafo 162
Fundamentação da petição:
As congregações Metodistas Unidas irão opor-se categoricamente à prática de bullying em jovens, adultos e crianças e trabalhar diligentemente para aumentar a
consciência social para com esses comportamentos destrutivos.
329
R3425.
Número da petição: 20442-CB-R3425-G; Ingram, Kimberly
T., Charlotte, NC, EUA para a Conferência Anual de
Carolina do Norte Ocidental; Ryder, Jack E. - LaGrange
Park, IL, EUA para a Conferência Anual de Alaska. 2
petições similares.
Proibição de Bullying
Eliminar a Resolução n.º 3425 substituindo o seguinte:
A Conferência Geral da Igreja Metodista Unida decide
que não iremos ficar mais em silêncio acerca do valor de
cada uma e de todas as vidas. Por isso, opomo-nos categoricamente às práticas de bullying (comportamento habitualmente cruel ou prepotente).
Pedimos a todas as instituições relacionadas com o
Metodismo Unido, ministérios e entidades, criem espaços
seguros para cada e todas as crianças de Deus, independentemente da religião, raça, etnia, cultura, cidadania, estatuto
sócio-económico, identidade de género, capacidade física ou
mental, orientação sexual, aparência física e discurso.
Além disso, com o espírito de defendermos um santuário seguro, chamamos todos os Metodistas Unidos a reagirem a actos de bullying com actos de compaixão. Iremos
tomar uma posição pública relativamente a discursos de
ódio, assédio e actos de violência repletos de preconceitos
antigos contra todas as pessoas. Como uma forte testemunha
contra o bullying, o Conselho dos Bispos irá dedicar uma
parte de uma reunião no próximo quadriénio para estudar a
realidade e os efeitos do bullying.
Além disso, chamamos a Igreja e a sociedade a validar
intencionalmente, bem como apoiar e empoderar as pessoas
que são prejudicadas por comportamentos de bullying em
locais de trabalho, escolas e em todos os ambientes.
Fundamentação da petição:
As pessoas sofrem pelos efeitos do bullying nas formas
de agressão física e verbal, opressão e exclusão; e o comportamento saudável das pessoas pode ser prejudicado, quer
social, quer emocional ou espiritualmente. O bullying conduz os jovens ao isolamento e restringe-os de criarem
relações de amizade saudáveis. O isolamento pode levar a
comportamentos de alto risco.
R3425.
Número da petição: 20488-CB-R3425-G; Lewis, Dan,Pasadena, CA, EUA para a Conferência Anual da Califórnia
e Pacífico.
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DCA Edição Avançada
Bullying
Substituir a actual Resolução 3425 pelo seguinte:
No seguimento do aumento de relatos de bullying
(intimidação) nas nossas escolas, na nossa vizinhança e até
mesmo nas nossas casas através do ciberespaço, os
Metodistas Unidos devem enfrentar esta aparente epidemia
como uma forma grave de violência.
Todas as agências gerais, juntas, organismos jurisdicionais, conferências anuais, igrejas locais Metodistas
Unidos e indivíduos são convidados a:
• tomar uma posição séria contra o bullying,
• implementar uma atitude de tolerância zero na sua
esfera de influência de qualquer forma de bullying,
• publicitar esta posição através da utilização de websites, e-mails, materiais impressos e anúncios verbais,
• estar junto de alguém ou algum grupo que é intimidado ou considerado bode expiatório.
Especificamente, a Junta Geral da Igreja e da Sociedade
é convidada a utilizar os seus recursos disponíveis e ligações
para iniciar uma campanha e desenvolver guias de estudo
actualizados a serem utilizados para educar acerca do bullying como sendo uma forma grave de violência que pode ter
consequência de vida e morte para as vítimas, assim como
prejudicar as pessoas envolvidas.
Fundamentação da petição:
No seguimento do aumento de relatos de bullying nas nossas escolas, na nossa vizinhança e até mesmo nas nossas casas
através do ciberespaço, os Metodistas Unidos devem enfrentar
esta aparente epidemia como uma forma grave de violência. A
Resolução do parágrafo 3425 intitulada “Proibição do bullying”
encontrada na página 512 do Livro de Resoluções de...
R3444.
Número da petição: 20122-CB-R3444; Burton, M.
Garlinda,- Chicago, IL, EUA, para a Comissão Geral sobre
o Estado e Papel da Mulher.
Erradicação do sexismo na igreja
Considerando que o sexismo continua a ser uma força
insistente e sistemática dentro da nossa igreja e na nossa
sociedade; e
Considerando que, o sexismo priva a igreja e a
sociedade da oportunidade de usar as competências e os talentos que as mulheres possuem; e
Considerando que um inquérito de 2007 da Comissão
Geral sobre o Estado e Papel da Mulher das igrejas locais
nos EUA concluiu que só 55% das igrejas pequenas e 62%
das igrejas com maior número de membros têm políticas de
combate ao assédio sexual; os estudos de uma linguagem
inclusiva são raros nas congregações locais com apenas 4%
dos leigos e 31% do clero indicando que usam essa linguagem inclusiva quando se referem a Deus; e as congregações urbanas têm esse tipo de estudos com maior
frequência, assim como políticas contra o assédio e o
emprego diversificado de mulheres leigas (na Junta de
Curadores e Protocolos, por exemplo) e
Considerando que este inquérito concluiu também que
os bispos que são mulheres nomearam mais superintendentes distritais mulheres e as suas conferências tiveram
mais congregações locais com políticas de combate ao assédio sexual do que as conferências com os Bispos homens; e
Considerando que a Igreja continua empenhada na
erradicação do assédio sexual contra crianças, empregados,
voluntários, clérigos e suas famílias e membros da congregação. Ainda assim, a má conduta sexual continua a ser um
problema sério nas nossas conferências com 1 em cada 33
mulheres a passarem por experiências de assédio sexual em
reuniões de igrejas locais e oração e um número alarmante
de congregações locais não têm políticas, procedimentos ou
formação para leigos ou clérigos pararem ou prevenirem
actos de assédio e má conduta sexual; e
CONSIDERANDO QUE as mulheres perfazem 58% dos
membros da denominação, embora detenham apenas um quinto das posições de chefia nas conferências anuais nos EUA e,
como chefias, são frequentemente relegadas para comissões
sem grande capacidade financeira como os ministérios das
mulheres e de sensibilização, problemas raciais e étnicos e
ministérios de juventude em vez de comissões onde exerçam
influência e controlo sobre dinheiros, bem como na atribuição
de verbas aos ministérios das conferências anuais, e que mulheres empregadas pelas agências gerais da igreja detêm 77%
dos cargos administrativos e de apoio clerical (dados do
Conselho Geral de Finanças e Administração de 2009; Women
by the Number: edições de Novembro de 2010; Dezembro de
2010; Janeiro e Março de 2011; THE FLYER); e
Considerando que a Igreja continua a perder membros
clericais mulheres do ministério local da igreja para formas
mais atractivas de ministério, indicando um sexismo persistente, subtil e frequentemente não combatido que nega às
mulheres na Igreja Metodista Unida a oportunidade de participar completa e igualmente em todas as áreas da Igreja;
Seja, por conseguinte, decidido que a Conferência
Geral continue a empenhar-se na erradicação do sexismo na
igreja e que afirme o trabalho e tarefas assim como a necessidade de prosseguir com os trabalhos e as tarefas da
Comissão Geral Comissão Geral sobre o Estado e Papel da
Mulher e das respectivas comissões e contrapartes da conferência anual; e
Seja decidido ainda que cada comissão de conferência
anual ou contraparte receba o apoio financeiro que lhe permita continuar os projectos destinados à educação dos seus
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membros nas igrejas locais sobre os problemas do sexismo e
a patrocinar eventos de liderança que lhes permitam melhor
defender os que procuram igualdade e inclusão; e
Seja decidido ainda que cada conferência anual, seminário Metodista Unido e todas as instituições relacionadas
criem políticas de combate ao assédio sexual e à oportunidade igual; e
Seja decidido ainda que cada conferência anual e congregação local possua políticas, procedimentos e oportunidades de formação para leigos e clero, a fim de parar e
prevenir o assédio e má conduta sexual; e que sejam comunicados em devido tempo os progressos obtidos através do
Gabinete Episcopal à Comissão Geral sobre o Estado e Papel
da Mulher a pedido da Comissão. A Comissão será responsável por comunicar à Conferência Geral 2016; e
Seja decidido ainda que a Conferência Geral apoie a
Comissão Geral sobre o Estado e Papel da Mulher, como
agência de sensibilização e monitorização dos problemas das
mulheres para que as mulheres tenham mais oportunidades
de cargos de chefia, promovendo a igualdade no preenchimento de cargos de tomada de decisão e fomentando a
inclusão em todos os aspectos da Igreja Metodista Unida.
ADOTADA EM 1996
EMENDADA E READOTADA EM 2004
RESOLUÇÃO #48, 2004 Livro de Resoluções
RESOLUÇÃO #40, 2000 Livro de Resoluções
Ver Princípios Sociais, ¶ 162.F.
R9999.
Número da Petição: 20014-CB-R9999; Rogers, Timothy J.,
- Columbia, SC, EUA pela Conferência Anual da Carolina
do Sul; Robertson, Karen - Topeka, KS; EUA pela
Conferência Anual do Kansas Este.
Endossar “20/20: Visionar um Mundo Livre da SIDA”
Resolução de Endossamento “20/20: Visionar um
Mundo Livre da SIDA”
CONSIDERANDO que a Igreja Metodista Unida
tem estado empenhada em criar um mundo livre da SIDA
e com início em 2005 lançou o Fundo Global Metodista
Unido de Combate à SIDA, como uma iniciativa de saúde
global para angariar fundos de apoio aos ministérios HIV
e SIDA orientados para a igreja e centrados em Cristo, e
CONSIDERANDO que este Fundo angariou com
sucesso fundos para a distribuição por mais de 175 projectos em mais de 37 países (incluindo os Estados
Unidos), e a necessidade de financiamento contínuo e
crescente de programas de HIV e de educação sobre
a SIDA, prevenção, cuidados e tratamento é evidente em
toda parte, e
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CONSIDERANDO que, no mundo, mais de 30 milhões de pessoas estão infectadas, quase 50% das quais
são mulheres, e mais de 15 milhões de órfãos da SIDA
lutam para sobreviver, somos recordados uma vez mais
que “onde não há visão, o povo perece. . . “(Provérbios
29:18) e que Jesus chamou os seus discípulos para” curar
todas as doenças e enfermidades “(Mateus 10:1), e
CONSIDERANDO que, o nosso líder fundador,
John Wesley praticou medicina e chamou os seus
seguidores para cuidar dos doentes e sofredores, para
dessa forma evitar a estigmatização e a discriminação; e
CONSIDERANDO que uma dádiva mesmo de apenas $20 pode parar a transmissão do HIV de várias mães
aos seus bebés recém-nascidos, fornecer nutrientes para
20 crianças seropositivas, que sofrem de desidratação,
assegurar os cuidados de enfermagem para um recémnascido com SIDA, ensinar jovens e adultos como prevenir o contágio pelo HIV, alimentar uma pessoa
seropositiva por um mês, de forma a que eles possa
tomar medicamentos potentes, e fornecer gratuitamente
leituras bíblicas e orações para as pessoas infectadas e
afectadas. Seja, portanto, agora
DECIDIDO, que a Conferência Geral 2012 aprova a
nova camapanha “20/20: Visionar um Mundo Livre da
SIDA” do Comité para o Fundo Global de Combate à
SIDA Metodista Unido, e
1. Incentiva cada Metodista Unido a contribuir
anualmente com $20, $200 ou mais para o Adiantamento
de Fundo Global Metodista Unido de Combate à SIDA
nº. 982345 e convida outras pessoas a participar nesta
missão de misericórdia. 25 por cento do que a conferência anual angariar deverá ser utilizado dentro da conferência para o trabalho de combate à SIDA , seja
localmente ou em projectos globais.
2. Pede que cada igreja e Conferência Anual eduque
os seus membros sobre a crise do HIV e da SIDA e que
atribua pelo menos uma contribuição significativa
da conferência anual durante o quadriénio.
3. Convida as congregações locais e indivíduos a
associarem-se ao clube de 2020, composto por aqueles
que conseguirem doar $2.020 até 2020 para o Fundo
Global de Combate à SIDA Metodista Unida.
4. Pede aos Metodistas Unidos para orar por um
mundo livre dez SIDA, lembrando as palavras dos
Gálatas 6:9: “E não nos cansemos de fazer o bem, pois na
época ceifaremos, se não houvermos desfalecido.” E que
seja ainda
DECIDIDO, que a Conferência Geral 2012 solicitará aos estrategas das Conferências Gerais de 2016 e
2020 que reservem um tempo do plenário para analisar o
progresso desta campanha “20/20: Visionar um
Mundo sem SIDA “, avaliar e destacar as contribuições
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DCA Edição Avançada
que os Metodistas Unidos fizeram nesta iniciativa de
saúde global.
R9999.
Número da petição: 20127-CB-R9999; Winkler, James,Washington, DC, EUA para a Junta Geral da Igreja e
Sociedade; Robertson, Karen - Topeka, KS; EUA pela
Conferência Anual do Kansas Este; Ryder, Jack E. - LaGrange
Park, IL, EUA pela Confência Anual do Illinois Norte.
Saúde Materna
Saúde Materna: O papel da igreja
“Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (João 10:10).
A maternidade é sagrada. As mulheres que são mães
são confiadas por Deus para levar uma nova vida dentro de
si e trazê-la ao mundo. As mães são figuras importantes na
nossa tradição bíblica. Mulheres como Eva, Hagar, Elizabeth
e Maria, a mãe de Jesus, são recordadas pelo seu papel como
portadoras de nova vida. Mas nos textos sagrados, as
histórias também nos contam da tragédia maternal e da sua
perda. Tanto Raquel (Génesis 35:16-20) como a mulher de
Finéias (Samuel 1, 4:19-20) morreram após partos difíceis e
prolongados.
Tragicamente, histórias de morte materna são comuns
hoje em dia. Para muitas mulheres, especialmente aquelas
que vivem em pobreza e nos países em desenvolvimento, dar
à luz é um acto perigoso e que põe em risco a própria vida.
Em todo o mundo da mortalidade maternal é uma das principais causas de morte para as mulheres com idade fértil. Em
cada 90 segundos morre uma mulher algures no planeta devido a complicações durante a gravidez ou durante o parto;
por cada mulher que morre, outras 20 sofrem incapacidade.
Entre as principais causas de mortalidade maternal
estão infecções, hemorragias, tensões altas e parto obstruído.
São, na maioria das vezes, evitáveis.
No Evangelho segundo S. João, conta Jesus aos discípulos que veio para dar vida abundante aos seus
seguidores. Deus deseja que todas as mães, todas as crianças
e todas as famílias não só sobrevivam como floresçam.
Tragicamente, a sobrevivência é muitas vezes uma luta
diária para os que não têm acesso aos serviços e cuidados
mais básicos. Deus chama a que respondamos ao sofrimento no mundo, amemos o próximo em todo o mundo. Como
seguidores de Cristo, somos membros do mesmo corpo. A
perda de um membro é a perda de todos.
A comunidade global está a procurar abordar a tragédia
da mortalidade maternal. Membros das Nações Unidas estabeleceram em 2000 os oito Objectivos de Desenvolvimento
do Milénio (ODM), que definem metas para melhorar a
saúde, reduzir a doença e a pobreza e garantir os direitos
humanos a todas as pessoas. O quinto ODM, melhorar a
saúde materna, define um objectivo que é reduzir a mortalidade materna em cerca de 75% até 2015.
As mortes maternas tiveram uma quebra de um terço
desde 1990. Embora isso seja um enorme progresso, devem
ser desenvolvidos mais esforços ainda e de forma global
para chegar em 2015 à redução pretendida de 75%. As
mortes maternas existem tanto nos países desenvolvidos
como em desenvolvimento. Um exemplo nos países mais
desenvolvidos é que a mortalidade materna nos EUA está a
aumentar. As mortes maternas nos EUA duplicaram desde
1987.
A mortalidade materna é uma tragédia moral. Quase
todas as mais de 350.000 mortes maternais anuais ocorrem
nos países em desenvolvimento. São muitos os factores que
contribuem para esta vasta desigualdade na saúde.
Barreiras da saúde
No mundo em vias de desenvolvimento, muitas mulheres em idade fértil não têm acesso a serviços de saúde
reprodutiva, como serviços pré-natais, pós-natais e planeamento familiar. O que é particularmente perigoso para grávidas. Sem ter um hospital, clínica ou centro de saúde perto, é
habitual as mulheres grávidas darem à luz em casa sem
condições de higiene. Isso põe em risco de infecção quer
para a mãe quer para o bebé. Se a mulher passar por uma
complicação que lhe ameace a vida durante o parto em casa,
não consegue chegar a um centro de emergência a tempo.
Situações assim podem ser evitadas se as mulheres tiverem
acesso a informações de saúde e cuidados médicos.
A gravidez indesejada é também uma preocupação de
saúde. De modo global, mais de 200 milhões de mulheres
gostariam de evitar ou atrasar a gravidez, mas não têm acesso
a contraceptivos modernos. O que, por consequência, origina
milhões de gravidezes indesejáveis todos os anos. Escassez de
oferta, falta de educação, informações deficientes ou inexistentes e barreiras culturais, todas contribuem para esta necessidade insatisfeita. Sem acesso a contraceptivos, as mulheres
não conseguem gerir a a melhor altura e o espaçamento entre
os filhos. Facto muito preocupante para as mulheres que deram
à luz nos dois últimos anos e as mulheres VIH-positivas. Os
corpos das primeiras podem nunca ser recuperados e a imunidade das últimas fica comprometida.
O espaçamento entre nascimentos é uma intervenção de
saúde vital para diminuir tanto a mortalidade maternal como
a infantil. Quando uma mulher pode programar as suas
gravidezes com pelo menos três anos de diferença, tem
maiores probabilidades de ter um parto saudável e os bebés
têm mais probabilidades de sobreviver à infância. Se uma
mulher ficar grávida demasiado cedo após um parto, o corpo
não tem tempo suficiente para recuperar e o risco de complicações aumenta. Para poder espaçar as gravidezes de uma
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maneira saudável, uma mulher precisa de ter acesso a
serviços seguros e a um planeamento familiar moderno.
Prestar serviços de planeamento familiar não é dispendioso, rondando os 2 dólares/ano. Os benefícios directos
e indirectos, no entanto, de uma mulher poder planear a sua
família não têm preço e são inúmeros; famílias mais pequenas, melhores cuidados de saúde para a criança e para a mãe,
menor fardo económico para o agregado familiar e uma contribuição económica continuada da mulher perante uma
comunidade maior. Indo ao encontro de todas as necessidades insatisfeitas de planeamento familiar, a taxa de mortalidade materna cairiam em cerca de um terço, enquanto a
necessidade de recorrer ao aborto baixaria exponencialmente. Por outro lado, o uso de preservativos reduz o risco
de infecção pelo vírus do VIH e outras doenças sexualmente
transmissíveis. Em particular, o acesso a preservativos femininos é crucial para dar às mulheres o poder de iniciarem a
sua própria protecção contra estas infecções.
Barreiras culturais
Muitas diferenças culturais vêm complicar ainda mais. Ter
uma família grande é um sinal de honra em muitas partes do
mundo. Ter muitos filhos, sobretudo rapazes, é demonstrar a
virilidade de um homem. Os homens que esperam que as mulheres tenham muitos filhos não podem considerar ou apoiar o
espaçamento de nascimentos ou o planeamento familiar.
A expectativa de dar à luz muitos filhos vem não só
do marido, mas também dos outros membros da família,
em particular as sogras. Em algumas zonas do mundo em
desenvolvimento, são as sogras que decidem o uso do contraceptivo. Tais pressões sociais e familiares entram
muitas vezes em conflito com os desejos da própria mulher quanto à sua fertilidade e podem ser bastante adversas
para a sua saúde.
A idade de casar é outro factor que afecta a saúde
materna. O casamento infantil prevalece em muitas culturas. As raparigas casam e começam a ter filhos no início
da adolescência. Se estas jovens não estiverem integradas
num planeamento familiar, poderão ter vários filhos antes
dos 20 anos de idade. Jovens que não estão ainda completamente desenvolvidas fisicamente quando casam correm
maiores riscos de complicações, como fístula obstétrica,
uma lesão de parto que as deixa incontinentes.
O Apelo
As mulheres estão a apelar não só para a sua própria
sobrevivência como para a sobrevivência das suas famílias e
comunidades. Merecem ter acesso a serviços e cuidados de
saúde que lhes permitam ser elas a decidir. Como igreja
global, somos chamados a erradicar sistemas opressivos e
marginalizantes que inibam o bem-estar da mulher.
Recomendações
Apelamos a todas as congregações que:
1. Apoiem os projectos Metodistas Unidos em todo o
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mundo que estão a trabalhar em saúde materna e planeamento familiar;
2. Sensibilizem junto dos tomadores de decisões a
todos os níveis, a fim de melhorar e aumentar o acesso a
saúde materna e planeamento familiar; e
3. Apoiem as iniciativas de saúde locais que aumentam
o acesso à informação e os serviços para a saúde da mulher.
Apelamos à Junta Geral da Igreja e da Sociedade que
continue a salientar a importância programática no campo da
educação e da sensibilização no próximo quadriénio no que
se refere a saúde materna.
Fundamentos da petição:
As mulheres apelam à sobrevivência das suas famílias
e comunidades. Merecem ter acesso a serviços e cuidados de
saúde que lhes permitam ser elas a decidir. Como igreja
global, somos chamados a erradicar sistemas opressivos e
marginalizantes que inibam o bem-estar da mulher.
R9999.
Número da petição: 20213-CB-R9999; Kemper, Thomas, Nova Iorque, NI, EUA, para a Junta Geral dos Ministérios
Globais.
Pessoas Portadoras de Deficiência
Adoptar a nova resolução, da seguinte forma (Esta
Resolução substitui as Resoluções 3002, 3003, 3005, 3006,
3007, 3008):
A implementação pelos Metodistas Unidos das
“Normas sobre a Igualdade de Oportunidades para Pessoas
com Deficiência” das Nações Unidas e da Lei dos
Americanos Portadores de Deficiência
CONSIDERANDO que, há três décadas atrás a Junta
Geral dos Ministérios Globais apelou aos “Metodistas
Unidos para um novo nascimento da consciência, resultante
da necessidade de incluir, assimilar, receber os dons e
responder às necessidades, das pessoas com deficiência intelectual, física, psicológica e/ou neurológica, e das suas
famílias “; e
CONSIDERANDO que, em 1980 a Conferência Geral
decidiu dar passos importantes na adaptação das estruturas,
novas e já existentes, tais como “santuários da igreja, edifícios
educacionais, presbitérios, acampamentos, faculdades, ou outras agências ou instalações ligadas”, para que elas se
enquadrem nas directivas mínimas para “a construção sem barreiras” (ver “Construção Sem Barreiras para Pessoas Portadoras
de Deficiência”, 2008 Livro de Resoluções nº. 3304); e
CONSIDERANDO que, a Lei dos Americanos
Portadores de Deficiência (ADA - Americans with
Disabilities Act) já existe há mais de 20 anos; e
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CONSIDERANDO que, em 1993 as Nações Unidas
adoptaram as Normas sobre a Igualdade de Oportunidades
para Pessoas com Deficiência (Regras Padrão); e
CONSIDERANDO que, o objectivo primordial da Lei
ADA e das Regras Padrão é promover o acesso a todos os
aspectos de interacção social, incluindo a educação, o
emprego, o comércio, o lazer, o governo e o transporte; e
CONSIDERANDO que, o Senhor Jesus Cristo deu o
exemplo ao ministrar para as pessoas com deficiência, como
uma prioridade do Seu ministério terreno, e
CONSIDERANDO que, nós, como Metodistas Unidos
temos uma política de “Corações Abertos, Mentes Abertas e
Portas Abertas”; e
CONSIDERANDO que, pessoas em todo o mundo são
afectadas por deficiências causadas por minas terrestres,
guerras, desastres e causas naturais, e que um em cada cinco
americanos tem uma ou mais deficiências;
Seja, portanto, deliberado, que os delegados reunidos
nesta Conferência Geral da Igreja Metodista Unida 2012,
afirmam o nosso apoio à aplicação integral das disposições
das Normas Uniformizadas das Nações Unidas e da Lei dos
Americans Portadores de Deficiência, de 1990, incluindo o
Título I, que afirma que os empregadores “não podem discriminar pela sua deficiência os indivíduos qualificados” e
“devem acomodar razoavelmente os candidatos qualificados
ou empregados portadores de deficiência, excepto se daí
advenham dificuldades desproporcionadas.”
Seja ainda deliberado, que a Conferência Geral da Igreja
Metodista Unida de 2012 exorta todas as nossas congregações
e agências a implementar e fazer cumprir as disposições das
Normas Uniformizadas, da Lei ADA e de todos os programas
relacionados com a deficiência, dentro de cada área de residência dos membros da Igreja Metodista Unida, com o mesmo
vigor e interesse como o fariam com qualquer outra lei que
afectasse o eleitorado não portador de deficiência. Isto inclui,
mas não se limita, a disponibilização de edifícios com acessibilidade facilitada, casas de banhos e estacionamentos, acessos
a telefones; livros de hinos e literatura em letras grandes e outros formatos alternativos; legendas de todos os meios áudiovisuais; amplificação, dispositivos auxiliares de audição e/ou
através de interpretação profissional da linguagem gestual
americana e legendas em tempo real, quando necessário.
Seja ainda deliberado, que a Conferência Geral da
Igreja Metodista Unida irá mostrar a sua adesão às Normas
Uniformizadas e à Lei ADA, ao efectuar o encontro num
local com acessibilidades facilitadas e na orçamentação da
acomodação necessária aos delegados e não-delegados,
incluindo mas não limitado a: fornecimento de materiais
impressos em grande formato e outros materiais alternativos
para delegados e não-delegados deficientes visuais; e proporcionando interpretação profissional da linguagem gestual
americana e legendas em tempo real, para delegados e não-
DCA Edição Avançada
delegados à Conferência Geral. Isto deverá ser coordenado
pela Junta Geral dos Ministérios Globais.
R9999.
Número da petição: 20403-CB-R9999-G; Pasion, Earlie, Cidade de Cauayan para a Convocação Global de Jovens e
Assembleia Legislativa.
Alternativas ao aborto
Adicionar a nova resolução ao Livro de Resoluções
conforme a seguir se descreve:
CONSIDERANDO QUE, na questão difícil e divisora
do aborto, os nossos Princípios Sociais descrevem “a nossa
crença na santidade de vida humana por nascer” e “reconhece os trágicos conflitos com a vida que podem justificar o
aborto” (Livro de Disciplina ¶ 161J);
CONSIDERANDO QUE, a Conferência Geral de 2008
da Igreja Metodista Unida adicionou à nossa declaração
matizada sobre o aborto, a frase: “Afirmamos e incentivamos a Igreja a assistir o ministério de centros de gravidez de
risco e centros de recursos de gravidez que compassivamente ajudam as mulheres a encontrar alternativas exequíveis ao aborto” (Livro de Disciplina ¶161J); e
CONSIDERANDO QUE, as mulheres jovens adultas
desproporcionalmente enfrentam situações nas quais elas
não iriam preferir o aborto mas sentem que não têm escolha
devido a circunstâncias financeiras, educativas, relacionais
ou outras fora do seu controlo; portanto
SEJA DECIDIDO que como líderes jovens e jovens
adultos da Igreja Metodista Unida, com o presente
chamamos as congregações Metodistas Unidas locais e ministérios de campus para que estejam na frente do apoio de
ministérios existentes e em desenvolvimento que compassivamente ajudam as mulheres nas suas comunidades a encontrar alternativas exequíveis ao aborto.
Fundamentação da petição:
Promover a aplicação da linguagem recentemente adicionada aos Princípios Sociais.
R9999.
Número da petição: 20702-CB-R9999-G; Swan, Rita,Bronson, IA, EUA.
Cuidados médicos para Crianças
Enquanto a fé cristã apela aos pais e à sociedade que
providenciem as necessidades de vida às crianças, que cuidem delas e as protejam dos perigos,
Enquanto o Supremo Tribunal dos EUA promulgou o
Princípio v. Massachusetts, 321 U.S. 158 (1944), que a
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Primeira Emenda de direitos de liberdade religiosa não
inclue o direito de abusar ou negligenciar uma criança,
Enquanto que muitos estados têm leis que parecem permitir que os pais recusem cuidados terapêuticos médicos a
crianças com fundamentos religiosos e que cinco estados
(Idaho, Arkansas, West Virginia, Ohio e Iowa) têm defesas
religiosas estatutárias para o homicídio negligente em
mortes de crianças devido a negligência médica,
Por isso, fica decidido que a Igreja Metodista Unida
apela aos estados para que requeiram que todos os pais providenciem as necessidades de vida a crianças, independentemente das suas crenças religiosas.
Fundamentação da petição:
Os estados não devem ter leis que discriminem contra
uma classe de crianças, privando-as das protecções que o
estado concede a outras crianças. A liberdade inclui um equilíbrio de direitos e responsabilidades. O direito da criança à
saúde deve ter prevalência sobre o direito dos pais em
praticar a religião.
R9999.
Número da petição: 20774-CB-R9999-G; Fields, Lynette,Winter Garden, FL, EUA. 1 petição similar.
Impacto FDA sobre a Doação de Sangue
Considerando que, de acordo com o parágrafo 162, em
particular a subsecção V dos Princípios Sociais, reconhecemos que, como Metodistas, somos chamados para estar no
ministério com e para todas as pessoas, e;
Considerando que, de tempos a tempos, isto significa
que temos de tentar modificar uma política de governo que
limitada a nossa chamada para o ministério, e;
Considerando que, a Igreja Metodistas tem sido sempre
um parceiro forte na doação de sangue e comunidade de
recolha, e;
Considerando que, reconhecemos a realidade médica
de escassez de sangue, e;
Considerando que reconhecemos que mais de 50% do
país não é qualificado para a doação de sangue por vários
tempos, e;
Considerando que uma parte desta percentagem é
desnecessariamente impedida de doar este recurso vital
importante, e;
Considerando que os testes de rastreio sanguíneos facilitaram ainda mais a detecção de doenças transmissíveis por
via sanguínea, tal como VIH, com um período de janela
imunológica de apenas algumas semanas, e;
Considerando que reconhecemos que a política actual
de exclusão de doador de sangue devido a grupos de risco
elevado de VIH foi descrita como subaproveitada pela
Comissão de Aconselhamento de Segurança e
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Disponibilidade Sanguínea (ACBSA do inglês Advisory
Committee on Blood Safety and Availability) na sua
recomendação ao Departamento de Saúde e Serviços
Humanos (DHHS do inglês Department of Health and
Human Services), e;
Considerando que reconhecemos que esta política subaproveitada afecta, em particular, os homossexuais,
africanos de determinados países e indivíduos em relação
marital com estas pessoas, estando todas presentes nas nossas igrejas, e;
Considerando que reconhecemos que a Associação de
Bancos de Sangue Americana (ABSA), a Cruz Vermelha
Americana (CVA), os Centros Sanguíneos Americanos
(CSA), um grupo de trabalho especial por 18 Senadores dos
EUA, inúmeros médicos, a Associação Médica Americana
(AMA) e estudiosos médicos apoiaram no seu conjunto uma
alteração na política actual na exclusão de doação de sangue,
e;
Considerando que um período de exclusão de um ano
para todos os grupos de risco HIV é mais do que suficiente
dado os avanços médicos, e;
Considerando que nós reconhecemos que tal alteração
possa ser no ministério com mais pessoas, reduzir a quantidade de pessoas não qualificadas para dar e aliviar alguma
pressão na escassez de sangue;
Por isso, é decidido que a Conferência Geral da Igreja
Metodista Unida irá entregar uma carta aberta à Food and
Drug Administration dos EUA, o Departamento de Saúde e
Serviços Humanos e ao Congresso, apoiando uma alteração
na Política de Exclusão de Doação de Sangue da FDA que
reflicta um padrão de igualdade, em união com a
Comunidade Médica e outros na preferência de uma política
de exclusão de um ano para todos os grupos em riscos variados de infecção VIH.
Fundamentação da petição:
A política da FDA relativamente à proibição perpétua
de doações de sangue para homossexuais e africanos de certos países não é mais necessária devido aos testes e tecnologia melhorados. Esta lei exclui muitos Metodistas Unidos da
participação neste ministério e limita desnecessariamente o
fornecimento de sangue nos EUA.
R9999.
Número da petição: 20864-CB-R9999-G; Lewis, Dan,Pasadena, CA, EUA pela Conferência Anual da CalifórniaPacífico.
Morte com dignidade
CONSIDERANDO QUE, aos indivíduos que
enfrentam a morte está a ser oferecida cada vez mais uma
oportunidade de reflectir sobre uma importante pergunta
final da vida, “Qual é o significado da minha vida”, e
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CONSIDERANDO QUE, para muitos, esta é uma pergunta profundamente espiritual e as respostas vêm, não
quando estão consumidos por uma agitação de consultas
médicas, tratamentos ou testes mas antes, no conforto da
solidão ou na companhia da família e dos amigos, quando se
sentem em paz consigo próprios, a sua comunidade, e o seu
Deus, e
CONSIDERANDO QUE, a enfermidade e a doença
terminal representam, presentemente, menos mistério e
estão mais associadas com o resolver do problema científico
e tecnológico, e
CONSIDERANDO QUE, enquanto muitas tradições de
fé aderem às tradições e aos conhecimentos antigos da
viagem final da vida física, esta tecnologia médica moderna
forneceu informação nova que abre a porta para os líderes de
fé reconsiderarem activamente algumas crenças mantidas
anteriormente, e
CONSIDERANDO QUE, um dos maiores dons que
Deus nos concedeu enquanto humanos é a liberdade de
vivermos em dignidade de acordo com as nossas próprias
crenças e fé, e
CONSIDERANDO QUE, o crescente movimento da
morte com dignidade procura proporcionar àquelas pessoas
à beira da morte com a mesma liberdade para controlar o seu
próprio cuidado de fim de vida, e
CONSIDERANDO QUE, a morte com dignidade não é
somente uma questão legal que permita - entre outras coisas
- para que um paciente com uma doença terminal antecipe
uma morte inevitável e incontornável quando uma doença
subjacente começa a ser demais ou a qualidade de vida
demasiado degradada, mas uma questão cultural e espiritual
também, e
CONSIDERANDO QUE, não há nenhuma postura
bíblica clara sobre as questões do fim da vida e algumas
tradições de fé abraçaram o conceito de permitirem a morte
com dignidade como o acto final de compaixão enquanto
outros a rejeitaram;
SEJA, PORTANTO, DELIBERADO, que a
Conferência Geral Metodista Unida de 2012 apoia os
esforços existentes e recentemente organizados para educar
os seus membros e a comunidade em geral sobre o movimento da morte com dignidade.
Num número crescente, aos indivíduos que enfrentam a
morte está a ser oferecida uma oportunidade de reflectir
sobre uma importante pergunta final da vida, “Qual é o significado da minha vida?”, e Para muitos, esta é uma pergunta profundamente espiritual e as respostas vêm, não quando
estão consumidos por uma agitação de consultas médicas,
tratamentos ou testes mas antes, no conforto da solidão ou na
companhia da família e dos amigos, quando se sentem em
paz com eles próprios, a sua comunidade, e o seu Deus.
A enfermidade e a doença terminal representam, presentemente, menos mistério e estão mais associadas com o
resolver do problema científico e tecnológico. Enquanto
muitas tradições de fé aderem às tradições e aos conhecimentos antigos da viagem final da vida física, esta tecnolo-
DCA Edição Avançada
gia médica moderna forneceu informação nova que abre a
porta para os líderes de fé reconsiderarem activamente algumas crenças mantidas anteriormente.
Um dos maiores dons que Deus nos concedeu enquanto humanos é a liberdade de vivermos em dignidade de acordo com as nossas próprias crenças e fé. O crescente
movimento da morte com dignidade procura proporcionar
àquelas pessoas à beira da morte com a mesma liberdade
para controlar o seu próprio cuidado de fim de vida.
A morte com dignidade não é somente uma questão
legal que permita - entre outras coisas - para que um paciente
com uma doença terminal antecipe uma morte inevitável e
incontornável quando uma doença subjacente começa a ser
demais ou a qualidade de vida demasiado degradada, mas
uma questão cultural e espiritual também.
Reconhecer que não há nenhuma postura bíblica clara
nas questões do fim da vida e que algumas tradições de fé
abraçaram o conceito de permitir a morte com dignidade,
como o acto final de compaixão quando outras a rejeitaram,
a Conferência Geral da Igreja Metodista Unida apoia os
esforços existentes e recentemente organizados para educar
os seus membros e a comunidade em geral sobre o movimento da morte com dignidade.
R9999.
Número da petição: 20987-CB-R9999-G; Vines, Darrell L.,Lubbock, TX, EUA pela IMU de St. John - Lubbock, TX.
Apreciação para “Uma declaração de conselho”
Considerando que, “o papel do bispo é ser uma voz
profética para a justiça num mundo em sofrimento e em conflito através da tradição da santidade social” (Disciplina,
2008, ¶ 403.1d), e
Considerando que, uma disciplina requerida dos bispos
é “[um] compromisso profético para a transformação da
Igreja e do mundo” (¶ 403.1d), e
Considerando que, uma tarefa dos superintendentes da
Igreja é “garantir que todas as matérias, temporais e espirituais, são administradas de uma forma que reconhece criticamente e com compreensão os caminhos e as perspectivas
do mundo, enquanto se mantêm cientes e fiéis ao mandato da
Igreja (¶ 401), e
Considerando que, a Conferência Geral de 2004 (a)
“reafirma[ou] o compromisso que cada conferência anual,
liderada pelo bispo e pelo gabinete, desenvolva programas
detalhados que colocam um novo ênfase na inclusão cultural, racial, de língua, e género, durante toda a vida e ministério da Igreja Metodista Unida” e (b) instruiu que os
bispos e os gabinetes projectem estratégias específicas com
prazos, para fazerem das nomeações inter-raciais e intercul-
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turais a norma em vez da excepção (Resolução 8012,
“Inclusiveness in All Dimensions of the Church”
(“Inclusividade em todas as dimensões da Igreja”), Livro de
Resoluções de 2008, 938, 939), e
Considerando que, no passado, os bispos Metodistas
Unidos lideraram a Igreja corajosamente e profeticamente
enfrentado questões de grande importância social e moral,
como testemunhado em Search of Security (Em busca da
segurança), In Defense of Creation (Em defesa da criação),
e sua Episcopal Initiative on Children and Poverty
(Iniciativa Episcopal sobre as crianças e a pobreza), e
Considerando que, em 2011 umas três dezenas de bispos aposentados da Igreja emitiram a “A Statement of
Counsel to the Church” (“Uma declaração de conselho à
igreja”), que diz o seguinte:
Com preocupação pelo bem-estar de todas as pessoas de
Deus, e, com especial preocupação pelas pessoas da Igreja
Metodista Unida, nós, Bispos Metodistas Unidos, aposentados,
acreditamos que a Igreja Metodista Unida deve remover a
seguinte declaração do Livro de Disciplina (2008):
“…A prática da homossexualidade é incompatível com
os ensinamentos Cristãos. Consequentemente, os homossexuais praticantes assumidos não poderão ser certificados
como candidatos, ordenados como ministros, ou nomeados
para servirem na Igreja Metodista Unida”. ¶304.3
As nossas vidas e ministérios ao longo dos anos
incluíram a consideração piedosa e ponderada da nossa
Bíblia Sagrada, da nossa herança wesleyana, a reflexão da
nossa experiência da igreja e do mundo, e a nossa convicção
da intenção de Deus para um mundo transformado.
Com esta declaração de convicção e de conselho nós
procuramos:
• Afirmar que os testes históricos dos “dons e evidência da graça de Deus” para o ministério ordenado, anulam
quaisquer restrições temporais passadas ou presentes tais
como a raça, género, etnicidade ou orientação sexual.
• Incitar a Igreja, ecuménica e denominacional, a
mudar a maneira como se relaciona com as pessoas gays,
lésbicas e transsexuais nas declarações oficiais, procedimentos judiciais e na vida congregacional.
• Declarar a nossa convicção que a posição disciplinar actual da Igreja Metodista Unida, uma parte do nosso
desenvolvimento histórico, não necessita e, não deve, ser
aceite como a posição fiel para o futuro.
• Tornar conhecidos os nossos nomes e as convicções pessoais partilhadas nesta matéria e, incentivar outras igrejas e líderes Episcopais a fazerem o mesmo.
Com crescente frequência, nós observamos e experimentamos as seguintes realidades perturbantes e sabêmo-las
serem prejudiciais à missão de uma Igreja de Jesus Cristo:
• Leigos e clérigos, homossexuais e heterossexuais, a
retirarem a sua condição de membros ou ausentando-se por
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si próprios do apoio da vida congregacional e denominacional da Igreja, a fim de manterem a integridade pessoal.
• Adultos jovens, especialmente, envergonhados em
convidarem amigos e, expressando decepção na indisponibilidade da nossa Igreja Metodista Unida para alterar a
postura de exclusão de 39 anos.
• Pastores não assumidos, actualmente nomeados e
ordenados na nossa igreja, a viverem vidas divididas
enquanto prestam ministério eficaz apreciado.
• Bispos com a sua força esgotada por manterem a
Disciplina da Igreja, enquanto a consideram como sendo
contrária às suas convicções.
• Os Bispos presos entre o cuidado para com a Igreja
ao renomearem um pastor eficaz homossexual ou uma lésbica e, cuidado para com a Disciplina ao acusá-los nos termos da legislação actual.
• Os Líderes dos seminários que desejam maior flexibilização e abertura da igreja a fim de avançarem na sua
missão de identificar, recrutar, inscrever, educar e formar
espiritualmente líderes Cristãos.
• Homens e mulheres Cristãs homossexuais, que se
sentem chamados por Deus para procurarem oportunidades
de ministério dentro da sua Igreja local da família Metodista
Unida, mas têm que decidir entre:
o saírem para irem para denominações que os aceitem, ou
o permanecem e orarem pela mudança, ou
o desafiarem a lei da igreja e aceitarem as acções
punitivas.
A nossa Igreja Metodista Unida, envergonhada e
arrependida no passado, acabou com as restrições oficiais e
não oficiais nas candidaturas, ordenações e nomeações pelas
razões de raça, género e etnicidade. Nós acreditamos que o
Deus que nós conhecemos em Jesus, nos está a conduzir para
emitir este conselho e a apelar - um apelo para transformar a
nossa vida da igreja e o nosso mundo.
Consequentemente, seja deliberado, reconhecer e
respeitar a tensão que os nossos líderes episcopais enfrentam
entre as suas responsabilidades “para ordenarem a vida da
Igreja” (¶ 401) e por outro lado serem “uma voz profética”,
como descrito acima, e por outro, que os membros da
Conferência Geral de 2012
• Expressem o nosso profundo apreço aos nossos bispos aposentados, pelo seu desafio à nossa denominação com
a sua declaração perspicaz e corajosa.
• Comprometermo-nos a trabalhar para a criação de
uma Igreja que permita que a prova de dons e graças “substitua quaisquer restrições temporais passadas ou presentes”,
na nossa aceitação e aprovação dos candidatos ministeriais.
• Empenharmo-nos para aceitar o “apelo para transformar a nossa vida da igreja e o nosso mundo” feito pelos
bispos, à medida que nos esforçamos para movermo-nos
para uma “posição mais fiel pelo futuro”.
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R9999.
Número da petição: 21006-CB-R9999-G; Harpold, George,Frostburg, MD, EUA.
Proibir a Promoção das Uniões Homossexuais
CONSIDERANDO QUE, a Palavra Santa de Deus, As
Escrituras, como contidas na Bíblia Sagrada, no Velho e
Novo Testamento, são nos dadas para que vivamos,
ensinemos e preguemos; e
CONSIDERANDO QUE, na Escritura, como encontrado em Levítico 18:22, em que se lê “Não te deitarás com um
homem, como quem se deita com uma mulher; é uma abominação” E em múltiplos lugares das Escrituras a homossexualidade é referida como um comportamento pecaminoso; E,
CONSIDERANDO QUE, em nenhuma parte na
Escritura de Deus, Deus declara que Ele não quis dizer o que
declarou a Moisés, e em nenhuma parte da Escritura é a
prática da homossexualidade confirmada como santa ou
justa, e
CONSIDERANDO QUE, na Escritura o casamento é
estritamente definido como a união do marido à esposa, e
CONSIDERANDO QUE, Jesus Cristo declara, como
gravado na Escritura Sagrada de Deus, Mateus 5:17-18 “Não
pensem de que eu vim para abolir a lei, ou os profetas: Eu
não vim para abolir mas cumprir. Pois verdadeiramente eu
vos digo, até que o céu e a terra desapareçam, nem a mais
pequena letra ou risco passará da lei, até que tudo esteja realizado.” E,
CONSIDERANDO QUE, ao juntarem-se à Igreja
Metodista Unida, os candidatos declaram “Nós recebemos e
professamos a fé Cristã como contida nas Escrituras do
Antigo e Novo Testamento.” E,
CONSIDERANDO QUE, todos clérigos na Fé
Metodista Unida professaram a mesma Fé, e,
CONSIDERANDO QUE, O Livro de Disciplina da
Igreja Metodista Unida, no parágrafo 161F declara que a
Igreja Metodista Unida não tolera a homossexualidade, e “A
prática da homossexualidade é incompatível com os ensinamentos Cristãos.” E
CONSIDERANDO QUE, O Livro de Disciplina, no
parágrafo 341.6 declara, as “Cerimónias que celebram
uniões homossexuais não serão conduzidas por nossos ministros e não serão conduzidos nas nossas igrejas” e,
CONSIDERANDO QUE, A Igreja Metodista Unida
pelo Livro de Disciplina no parágrafo 806.9 está proibida de
apoiar financeira ou de outra maneira, grupos ou ministérios
que apoiam o estilo de vida homossexual, e
CONSIDERANDO QUE, uma das nossas igrejas em
Washington, D.C. foi usada recentemente com a finalidade
de uma manifestação promovendo as uniões homossexuais
em Washington, D.C. e o pastor falou a favor de tais uniões,
incitando a Câmara Municipal da cidade de Washington,
D.C. a aprovar uma lei permitindo e reconhecendo tais
uniões. E,
CONSIDERANDO QUE, tais acções contradizem as
Escrituras como contidas no Velho e Novo Testamento, e o
espírito e intenção do Livro de Disciplina da Igreja
Metodista Unida
Agora, seja CONSEQUENTEMENTE, deliberado que
nenhuma Igreja Metodista Unida, Edifício da Igreja ou
Propriedade da Igreja, sejam usados de qualquer forma para
promover uniões homossexuais, e que nenhum Clérigo dentro da Igreja Metodista Unida promoverá uniões homossexuais dentro da propriedade da igreja ou em outra parte.
Fundamentação da petição:
Perceber que a homossexualidade era o principal pecado mencionado em relação a Sodoma e Gomorra, e que Deus
não destruiu essa cidade, mas sim o pecado. Deus apenas
executou o julgamento nessa cidade.
Não desejando destruir a Igreja Metodista Unida pelo
pecado instalado, como tantas outras denominações estão a
experimentar agora…
R9999.
Número da petição: 21105-CB-R9999-G; Vines, Darrell L.,Lubbock, TX, EUA pela IMU de St. John - Lubbock, TX.
Respeito pela Pesquisa Médica e Científica
Considerando que, a Igreja Metodista Unida reconhece
como parte da “Nossa Tarefa Teológica” o uso da razão para
“relacionar o nosso testemunho ao conjunto total do conhecimento, experiência e serviço humano (Disciplina, 2008, ¶
104, página 82); e
Considerando que, “A Igreja Metodista Unida proclama
o valor de cada pessoa como um filho único de Deus e compromete-se com a cura e a integridade de todas as pessoas”
(Disciplina, 2008, ¶ 5); e
Considerando que, a nossa denominação vê os avanços
do conhecimento médico de uma forma positiva, regozijando-se de que a “ciência médica irá continue a descobrir
novos métodos de cura para a humanidade” (Resolução
3183, “Stem Cell Research” (“Pesquisa das Células
Estaminais”), Livro de Resoluções, 2008, 334); e
Considerando que, a nossa Igreja aceita que os “desenvolvimentos na ciência genética obrigam à nossa reavaliação
das questões teológicas/éticas aceites, incluindo... ...o significado de personalidade” (Resolução 3181, “New
Developments
in
Genetic
Science”
(“Novos
Desenvolvimentos na Ciência Genética”), Livro de
Resoluções, 2008, 325); e
Considerando que, os Metodistas Unidos fornecem
cuidados médicos em todo o mundo, apoiando um grande
número de hospitais, clínicas, centros médicos e projectos
relacionados com a saúde como visto, por exemplo, na lista
da Comissão Metodista Unida de Auxílio com mais de 300
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Igreja e Sociedade Comitê B
“Projectos para a Saúde Global” (<http://new.gbgmumc.org/advance/projects/ministrytype/details/index.cfm?al
l=0&lv=0&ri=203&rc=0002 >); e
Considerando que, a Igreja Metodista Unida “formalmente pediu desculpas” pela cumplicidade dos “líderes e
organismos Metodistas” no abuso trágico do conhecimento
médico quando “apoiou o eugenismo como ciência e teologia sã” e aprovou a “esterilização das pessoas julgadas
menos dignas” (Resolução 3185, “Repentance for Support
of Eugenics” (“Penitência pelo Apoio ao Eugenismo”), Livro
de Resoluções, 2008, 346); e
Considerando que, a nossa Igreja procede com cuidado
nos casos em que a dimensão ética de possíveis avanços
médicos necessita de um maior debate, como no caso dos
“padrões éticos” para a pesquisa das células estaminais
(Resolução 3183, “Stem Cell Research” (“Pesquisa das
Células Estaminais”), Livro de Resoluções, 2008, 335); e
Considerando que, numa questão médica particular a
nossa denominação apela por uma moratória sobre a
pesquisa médica, até que possa haver um debate amplo
“tanto pelo público em geral, incluindo uma participação
significativa das comunidades de fé, como pelos peritos da
ciência agrícola e biológica, política pública, ética, teologia,
leis e medicina, incluindo a genética e o aconselhamento
genético (Resolução 3182, “Human Cloning” (“Clonagem
Humana”), Livro de Resoluções, 2008, 334); e
Considerando que, embora os estudos neurológicos a
respeito da orientação sexual estejam ainda em estágios relativamente iniciais, está já claro que o cérebro humano
mostra um grau elevado de variação no que diz respeito a
orientação (Dick F, Swaab, “Sexual orientation and its basis
in brain structure and function” (“Orientação sexual e a sua
base na estrutura e função do cérebro”), Proceedings of the
National Academy of Science (Trabalhos da Academia
Nacional de Ciências) de 2008 105:30 [2008], 10273-74); e
Considerando que, não existe nenhuma evidência de
que o ambiente social inicial tem um papel chave na determinação da orientação sexual (Ai-Min Bao e Dick F. Swaab,
“Sexual differentiation of the human brain (“Diferenciação
sexual do cérebro humano”): Relation to gender identity,
sexual orientation and neuropsychiatric disorders” (Relação
com a identidade do género, orientação sexual e perturbações
neuropsiquiátricas),
Frontiers
in
Neuroendocrinology (Fronteiras da Neuroendocrinologia)
32:2 [edição especial, 2011], sinopse); e
Considerando que, a American Psychiatric Association
(Associação Americana de Psiquiatria) retirou a homossexualidade da lista oficial das perturbações mentais da associação em 1973, e não incluiu a homossexualidade
ego-distónica no Diagnostic and Statistical Manual of
Mental Disorders (Manual de Diagnóstico e Estatístico das
Perturbações Mentais) em 1987 (APA, “Psychiatric
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Treatment and Sexual Orientation (AAP, “Tratamento
Psiquiátrico e Orientação Sexual): Position Statement”
1998) (Declaração de Posição”, 1998); e
Considerando que, a World Health Organization
(Organização Mundial da Saúde) determinou também que a
orientação sexual não deve ser vista como uma perturbação
(World Health Organization, The ICD-10 Classification of
Mental and Behavioural Disorders (A Classificação ICD-10
de Perturbações Mentais e Comportamentais): Clinical discriptions and diagnostic guidelines (Descrições clínicas e
orientações de diagnóstico) [1992]; e
Considerando que, a American Psychiatric Association
em 1997 não encontrou nenhuma evidência científica que
apoiasse a “terapia reparadora” que tenta mudar a orientação
sexual, e concluiu que esta terapia poderia conduzir à
depressão e mesmo ao comportamento auto-destrutivo
((“Psychiatric Treatment and Sexual Orientation: Position
Statement” 1998); e
CONSIDERANDO QUE, a American Academy of
Pediatrics (Academia Americana de Pediatria) defende que a
terapia projectada para mudar a orientação sexual tem
pouca, ou nenhuma possibilidade de sucesso (American
Academy of Pediatrics, “Policy Statement, Homosexuality
and Adolescence”) (Academia Americana de Pediatria
Homossexualidade e Adolescência), 1993); e
Considerando que, a American Academy of Pediatrics
regista, igualmente, que a presença de SIDA e do suicídio
entre adolescentes sublinha a importância de se ajudar os
jovens homossexuais e lésbicas a crescer, tanto fisica como
mentalmente, para se tornarem adultos saudáveis
(Declaração de Política, 1993); e
Considerando que, a nossa denominação “reconhece
que os adolescentes que lidam com dúvidas sobre a orientação sexual, estão em maior risco de suicídio (Resolução
2041, “Church to Be in Ministry to Persons of All Sexual
Orientations” (“Igreja para estar em Ministério com as
Pessoas de todas as Orientações Sexuais”), Livro de
Resoluções, 2008, 130);
PORTANTO, SEJA DELIBERADO, que a Igreja
Metodista Unida
Afirma os avanços na pesquisa médica científica, quando a experiência mostra que servem para promover o bemestar, integridade e a qualidade de vida humana;
Incentiva e apoia vivamente a continuação de uma pesquisa
médica científica cuidadosa sobre os factores que definem a
orientação sexual; e
Apela a todos os pastores, ministros da juventude, orientadores profissionais e patrocinadores de grupos de jovens da
igreja que evitem, dada a evidência médica actual, defender
directa ou indirectamente, as terapias reparativa ou transformadora para as pessoas jovens que se debatem para compreender a sua identidade sexual.
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