“Rosh Chodesh” - Comunidade Cristã El Shaddai

Transcrição

“Rosh Chodesh” - Comunidade Cristã El Shaddai
“Rosh Chodesh”
(Festa ou Festival da Lua Nova – Festa das Primícias)
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“Suas ofertas de bebida serão 2 litros de vinho por novilho, 1 litro por carneiro
e 1 litro por cordeiro. Esta é uma oferta queimada para todo Rosh-Hodesh todos
os meses do ano” (Números 28:14 – BJ).
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“Sempre que holocaustos fossem apresentados ao Senhor nos sábados, nas
festas da lua nova e nas festas fixas. Deviam servir regularmente diante do
Senhor, conforme o número prescrito para eles” (1 Crônicas 23:31 – NVI).
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“Agora estou para construir um templo em honra do nome do Senhor, o meu
Deus, e dedicá-lo a ele, para queimar incenso aromático diante dele, apresentar
regularmente o pão consagrado e fazer holocaustos todas as manhãs e todas as
tardes, nos sábados, nas luas novas e nas festas fixas do Senhor, o nosso Deus.
Esse é um decreto perpétuo para Israel” (2 Crônicas 2:4 – NVI).
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“A cada mês, em Rosh-Hodesh, e toda semana, no Shabbat, todos os seres
vivos virão adorar na minha presença, diz ADONAI” (Isaías 66:23 – BJ).
Introdução
A Bíblia ensina que Deus tem um plano detalhado para as nossas vidas. Esse plano inclui tempos
cruciais determinados nos quais Ele deseja realizar certas coisas para nós.
Deus tem diferentes tipos de “tempos determinados”. Alguns são eventos que acontecem uma única
vez: há apenas uma vez para nascer fisicamente e apenas uma vez para morrer. Outros são eventos repetidos:
cada novo ano traz um tempo para plantar e um novo tempo para colher.
Deus designou esses “tempos determinados”, as “festas bíblicas” (“Shabat”, “Rosh Chodesh”,
“Pessach”, “Shavuot”, “Hag Zikarou Teruah”, “Rosh Hashanah”, “Yom Kippur”, “Sukkot”) para quebrar a
opressão de Satanás e fazer com que habitemos na Sua glória.
1
Celebrar as “festas bíblicas” nos ensina os caminhos de Deus para que possamos seguir em frente e
herdar as Suas promessas.
Cada “festa” está associada à dimensão das ofertas, da adoração e da fé – atos que produzem um
cordão de três dobras que não se rompe com facilidade (Eclesiastes 4:12).
Alguns “tempos determinados” se repetem tão regularmente que eles geram um calendário.
O calendário de Deus forma “ciclos semanal, mensal e anual” destinados por Ele a quebrar a opressão
do inimigo e a nos levar a uma nova experiência das Suas bênçãos durante todo o ano.
Deus ressaltou de modo enfático a importância de estabelecer um “ciclo de vida” para o seu povo.
Aqui, nesse estudo, queremos examinar o “calendário mensal de Deus de tempos determinados”.
Então, Deus também nos deu um “ciclo mensal”, a cerca do qual a maioria dos cristãos nem sequer
está ciente: é o que os judeus chamam de “Rosh Chodesh” (é encontrado também com a escrita “Rosh
Hodesh”). Esse dia é importante para Deus, no entanto, a maioria das “igrejas” nunca fala sobre esse “ciclo”
nem o honra, como também não honra o “Shabat”, “Pessach”, “Shavuot”, “Hag Zikarou Teruah”, “Rosh
Hashanah”, “Yom Kippur” e “Sukkot”.
“Rosh Chodesh” é a expressão hebraica para “inicio do mês”. É uma celebração alegre ao Senhor, feita
no primeiro dia de cada mês (é o momento de darmos a Deus as primícias).
“Rosh Chodesh” significa em hebraico “Cabeça do Mês” ou “Início do Mês”.
“Rosh Chodesh” é um tempo para nos reunir com o objetivo de buscarmos a Deus e a Sua direção para
o mês que está diante de nós.
“Rosh Chodesh” é uma expressão do “princípio das primícias” (que é outra coisa que os cristãos não
entendem). Portanto, para entendermos o “Rosh Chodesh”, precisamos entender as primícias.
“Rosh Chodesh” é uma figura do que Yeshua (Jesus) veio fazer. Quando o “Rosh Chodesh” celebra o
início de um novo mês, ele nos lembra de que Jesus traz vida a partir da morte!
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“As festas bíblicas são ordens sagradas do Eterno. Elas não são apenas judaicas; são, antes de
qualquer coisa, de Adonai Elohim, declaradas como estatuto perpétuo (Êxodo 12:1-14; Levítico 23:1-44;
2 Crônicas 2:4). Essas festas não são um convite para que a Igreja volte à primeira aliança, mas, para
sustentar a mensagem que elas transmitem. Elas apontam para o fim, para o Cordeiro e a sua segunda
vinda”.
Entendendo os Sinais do Céu
Por causa do predomínio da astrologia, muitos dos cristãos têm medo de ter qualquer coisa a ver com
o céu.
Muitos cristãos foram ensinados a pensar que as constelações sobre suas cabeças eram más de
alguma forma. Algo ligado ao ocultismo e, portanto, algo a ser evitado (2 Reis 23:5).
2
A Bíblia ensina que o sol, a lua e as estrelas foram estabelecidos por Deus e colocados em seu lugar
para revelar a Sua glória (Salmos 8; Salmos 19:1; Jó 9:8-9). Portanto, de acordo com a Bíblia, não há nada de
mau ou oculto no sol, na lua ou nas constelações!
É verdade que o inimigo tentou perverter o que Deus criou. O Plano de Satanás de perverter os céus é
chamado de astrologia. É uma tentativa de discernir o futuro através das estrelas, para adquirir revelação sem
ter de buscar a Deus e sem ouvir a sua voz!
A astrologia é uma forma de adivinhação, é pecado (Deuteronômio 18:10-11). Mas alguns cristãos
ficaram tão focados em evitar a astrologia que eles olham para os céus como algo mau.
Nós nos esquecemos que Deus nos deu os céus. Os céus não estão ali para nos dizer o futuro, mas
Deus quer usar os céus para nos dar revelação.
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Em Gênesis 1:14 (NVI), diz: “Disse Deus: "Haja luminares no firmamento do céu para separar o dia
da noite. Sirvam eles de sinais para marcar estações, dias e anos”.
Podemos observar que Deus usa duas palavras significativas para descrever os céus: “sinais” e
“estações”.
“Sinais” é traduzido do hebraico “oth”, que significa “um sinal”, “presságio”, “evidência”,
“advertência”. Deus dá advertências e sinais nos céus.
Os sábios viram a estrela de Jesus, um sinal de Deus de que o Messias havia vindo (Mateus 2:1-10).
A Bíblia diz que nos últimos dias haverá sinais no céu (Mateus 24:30; Atos 2:19).
A palavra “estação” é traduzida da palavra hebraica “mo’ed”, que significa “um tempo determinado”,
“um compromisso”, “um tempo ou estação fixa”. “Mo’ed” é a mesma palavra usada para uma “festa ou
festividade bíblica”.
Deus nos diz que as estrelas estão ali para marcar as nossas estações e são usadas particularmente
para nos lembrar dos tempos marcados para nos encontrarmos com Ele.
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Salmos 104:19 – NVI = “Ele fez a lua para marcar estações; o sol sabe quando deve se pôr”.
Então os céus são uma revelação dos “tempos” de Deus.
Os judeus entendiam isso, e nós precisamos entender também. Deus organizou o sol, a lua, as estrelas
nos céus para estabelecer os Seus “tempos” em nossas vidas.
O Relógio de Deus no Céu
Os judeus viam o universo como um relógio gigante destinado a revelar os tempos marcados por Deus.
Os nossos dias são marcados pelo ciclo do sol, e a hora do dia é marcado pela posição do sol no céu.
Enquanto contamos os dias que passam, entramos no “ciclo semanal de Deus”: o “Shabat”! Deus
disse: “Contem seis dias e descanse no sétimo” (Gênesis 2:2; Êxodo 23:12).
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Então, doze vezes por ano, Deus arranjou as coisas de modo que a lua passasse por um ciclo completo.
Isso dividiu o nosso ano em doze meses. A palavra “mês” vem da mesma raiz da palavra “lua”! Um mês,
originalmente, era o tempo que a lua levava para passar por um ciclo completo.
Cada novo mês começava quando a lua nova aparecia no alto, iniciando outro ciclo lunar. Então, todo
mês, os judeus esperavam a lua nova aparecer. Quando eles a viam, eles sabiam que um novo mês havia
começado (uma Lua Nova é a celebração de um novo mês).
Quando a Lua Nova era visível no céu, os judeus faziam a declaração: “o novo mês começou”! Esse era
o sinal para se iniciar uma celebração alegre ao Senhor chamada “Rosh Chodesh”. Era um tempo para reunir
os profetas e obter a revelação de Deus para o mês que começava!
“Rosh Chodesh” e o Princípio das Primícias
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Êxodo 23:19 (BH) – “As primícias dos primeiros frutos da tua terra trarás à casa do SENHOR teu
Deus…”.
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Deuteronômio 18:4 (BJC) – “Também lhes serão dadas as primícias de seu trigo, do vinho novo e do
azeite de oliva, e as primícias da lã de suas ovelhas”.
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Deuteronômio 26:2 (BH) = “Então tomarás das primícias de todos os frutos do solo, que recolheres
da terra, que te dá o SENHOR teu Deus, e as porás num cesto, e irás ao lugar que escolher o SENHOR teu
Deus, para ali fazer habitar o seu nome”.
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Provérbios 3:9-10 (BKJ) – “9 Honra ao Senhor com teus bens e com as primícias de todos os teus
rendimentos; 10 e se encherão com fartura os teus celeiros, assim como transbordarão de vinho os teus
reservatórios”.
“Rosh Chodesh” é uma expressão do “princípio das primícias” (que é outra coisa que os cristãos não
entendem). Portanto, para entender o “Rosh Chodesh”, precisamos entender as “primícias”.
O capítulo 26 do livro de Deuteronômio nos diz que quando Israel entrasse na Terra Prometida e
recebesse a sua primeira colheita ali, eles deveriam colocar a “primeira porção” daquela colheita em um cesto
e levá-la ao santuário de Deus.
No santuário, as “primícias” deveriam ser ofertadas aos sacerdotes, ocasião que havia a declaração
pública da bondade e da fidelidade do Senhor!
Deus prometeu que se os israelitas O honrassem dando-Lhe as “primícias” de todas as colheitas que
eles haviam produzido, Ele os colocaria muito acima de todas as nações para louvor, fama e honra; e eles
seriam um povo santo ao Senhor. Essa é uma bênção incrível para se receber em troca de um cesto de frutos!
Vemos com isso que há algo muito importante nas primícias.
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Na verdade, as “primícias” são uma chave importante para viver no favor e na prosperidade de
Deus.
Por que as primícias eram tão importantes?
Essa oferta de primícias não era a maior oferta do ano.
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Quando Israel colhia a colheita inteira, um décimo de toda a colheita seria dado a Deus como dízimo.
As “primícias” eram muito menos que isso – em geral, apenas um pequeno feixe de trigo! Mas, as primícias
eram cruciais para uma benção significativa!
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O Primeiro é sempre especial!
Para entendermos porque as “primícias” são importantes, precisamos entender que em tudo na vida
existe algo muito especial nos primeiros! Reconhecemos que isso é verdade na maioria das coisas.
Todos nós nos lembramos de quem construiu o primeiro avião, mas poucos sabem quem construiu o
segundo avião. O primeiro é especial!
Deus diz que uma maneira importante de honrá-Lo e dando a Ele as nossas “primícias”!
Para entendermos o “princípio das primícias”, pensemos em alguma coisa que guardamos como
lembrança de algo que começou; como por exemplo, a primeira joia que um joalheiro fabricou. Ele guardou
como um troféu, pois ela é muito especial.
Então, para honrar a Deus como a fonte de toda a sua bênção, o joalheiro pega aquela joia e oferta a
Ele. Essa é uma “oferta de primícias”.
Nós podemos dar uma “oferta de primícias” de cada primeira coisa em nossas vidas!
“Oferta de Primícias” é uma grande oportunidade para honrarmos a Deus, devolvendo a Ele o
primeiro e o melhor de tudo o que Ele nos deu!
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Devemos sempre colocar Deus (Adonai Elohim) em primeiro lugar.
Deus ordenou desde o princípio trazer os primeiros produtos da terra, ou do gado (as “primícias”) ao
Senhor (Gênesis 4:4), em reconhecimento do fato de que a terra e todos os seus produtos pertenciam a Ele
(Salmos 24:1; 1 Coríntios 10:26).
“Primícias” representam os primeiros frutos de sustento, sendo consagradas a Deus.
Quando os israelitas entregavam a Deus os primeiros frutos, Deus os abençoava, e eles prosperavam
(2 Crônicas 31:5-10).
O Senhor deseja que nós também entreguemos a Ele os primeiros frutos – o melhor de tudo o que Ele
nos dá, esperando que Ele multiplique!
Aquele (o Senhor) que nos confere todas as coisas deve ser reconhecido na vida daqueles que são
beneficiados por Ele. As “primícias” são os resultados das bênçãos concedidas pelo Senhor, em qualquer
situação (Neemias 10:35-37).
Oferecer as “primícias” ao Senhor é um ato de gratidão a Ele.
Entregar ao Senhor as “primícias” da nossa renda é dar-Lhe honra. É distingui-Lo. É demonstrar o lugar
especial que Ele ocupa em nossas vidas. Deus quer ser o Primeiro em nossas vidas.
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Romanos 11:16 (BH) = “E, se as primícias são santas, também a massa o é; se a raiz é santa, também
os ramos o são”.
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Se santificamos ao Senhor as “primícias” de nossa renda, estamos santificando o restante da renda
que ficou em nossas mãos (Números 15:17-21).
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Êxodo 34:26 (BH) = “As primícias dos primeiros frutos da tua terra trarás à casa do SENHOR teu
Deus...”.
A entrega das “primícias” é uma forma de se reconhecer a Deus em primeiro lugar (Números 18:1213; Deuteronômio 26:1-11).
Jericó era a primeira cidade a ser conquistada em Canaã; portanto, de acordo com a “Lei das
Primícias”, o despojo de guerra não era dos israelitas, e sim do Senhor (Josué 6:18-19).
No Antigo Testamento, as “primícias” envolviam a entrega dos primeiro frutos da colheita, dos
primogênitos dos animais e dos primogênitos dos homens (que deveriam ser resgatados).
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“Primícias” podem ser: o primeiro salário, o primeiro fruto de um trabalho, de um negócio, de um
serviço, o primeiro dia de trabalho no mês, o primeiro mês de trabalho do ano, etc.
Podemos calcular o valor de um dia de trabalho num mês e oferecê-lo a Deus.
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Ezequiel 44:30 (BH) = “E as primícias de todos os primeiros frutos de tudo, e toda a oblação de tudo,
de todas as vossas oblações, serão dos sacerdotes; também as primeiras das vossas massas dareis ao
sacerdote, para que faça repousar a bênção sobre a tua casa”.
As Primícias e os Dízimos
Muitas pessoas supõem que se elas dão o dízimo, elas estão dando as primícias. Não se trata disso.
Dízimos é um tipo de oferta, mas as primícias são algo muito diferente!
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Na verdade, a Bíblia descreve quatro categorias de ofertas:
1.
Primícias – Deus requeria dos israelitas os primeiros frutos. Não era opcional. Deus considerava
propriedade sua as primícias de tudo que o povo possuía. Os primeiros frutos eram os primeiros
produtos da colheita, das árvores frutíferas e dos animais. Era o melhor de sua produção (“resith” é
a palavra hebraica que significa: “as primícias”, “o princípio”, “o primeiro”, “o principal”, “o
melhor”).
2.
Dízimos – No plano divino de provisão sobrenatural para o seu povo, Deus exigiu dos israelitas
um décimo de tudo que possuíam. O dízimo fazia parte do relacionamento que os israelitas
mantinham com Deus e era sinal de que eles reconheciam a Deus como sua fonte de provisão e de
bênçãos. O dízimo ainda é um meio de honrar e adorar a Deus e o canal para as bênçãos de Deus (2
Crônicas 31:5-10) – “ma’ser” e a palavra hebraica que significa: “dízimo”, “décimo”, “décima parte”.
3.
Ofertas Alçadas, Voluntárias, de Gratidão ou de Ação de Graças
– As ofertas são
outro nível de contribuição que precisa ser entendido e praticado de acordo com os seus princípios.
Os dízimos têm o seu percentual determinado nas Escrituras; as ofertas não! Elas são algo que
fazemos além dos dízimos (Atos 20:35 – BH = “...e recordar as palavras do Senhor Jesus, que disse:
Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber”) – “n’dhabhah” é a palavra hebraica que significa:
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“oferta voluntária”, “disposição”, “presente espontâneo”. Já “t’rumah” é a palavra hebraica que
significa: “oferta”, “oferta alçada”.
4.
Esmolas – Desde o princípio de seu relacionamento com os israelitas, Deus fez provisão para os
pobres. Ordenou que dessem aos pobres parte do produto da terra (Levítico 19:9-10). Além do
dízimo, das ofertas e das primícias, era desejo do Senhor que o povo desse esmolas (Deuteronômio
15:11 – NVI = “Sempre haverá pobres na terra. Portanto, eu lhe ordeno que abra o coração para o
seu irmão israelita, tanto para o pobre como para o necessitado de sua terra”) – “eleemosyne” é a
palavra grega que significa: “esmolas”, “uma obra beneficente” (“tzdakah” é a palavra hebraica que
significa “justiça social”).
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Vemos essas categorias de contribuição apresentadas claramente em Neemias 12:44 (NVI) =
“Naquela ocasião foram designados alguns encarregados dos depósitos onde se recebiam as
contribuições gerais, os primeiros frutos [primícias] e os dízimos...”.
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Em Lucas 6:38 (NVI) = “Deem, e lhes será dado: uma boa medida, calcada, sacudida e transbordante
será dada a vocês. Pois a medida que usarem, também será usada para medir vocês”.
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Em 2 Corínitos 9:6-10 (BH) = “6 Mas digo isto: Aquele que semeia pouco, pouco também ceifará; e
aquele que semeia em abundância, em abundância também ceifará. 7 Cada um contribua segundo
propôs no seu coração, não com tristeza, nem por constrangimento, porque Deus ama ao que dá com
alegria. 8 E Deus é poderoso para fazer abundar em vós toda a graça, a fim de que, tendo sempre, em
tudo, toda a suficiência, abundeis em toda boa obra; 9 conforme está escrito: Espalhou, deu aos pobres;
a sua justiça permanece para sempre. 10 Ora, aquele que dá a semente ao que semeia, e pão para
comer, também dará e multiplicará a vossa sementeira, e aumentará os frutos da vossa justiça”.
O dízimo é igual a 10% da renda dada em obediência a Deus. É algo que Deus reivindicou como Seu.
Falando de forma estrita, nós não damos o dízimo; nós pagamos o dízimo. O dízimo é como um imposto que
pagamos como cidadãos do Reino de Deus.
As ofertas alçadas são qualquer coisa (principalmente dinheiro) dada como uma expressão de ações de
graças a Deus. É um ato de adoração em reconhecimento pela bênção de Deus.
Quanto as esmolas, Jesus revelou que, quando ajudamos aos pobres e os necessitados, na verdade
estamos fazendo isso para Deus e acumulando tesouros no céu (Mateus 25:31-46; Marcos 10:17-22; Lucas
12:33).
As primícias são uma maneira especial de honrar a Deus. Dando a Deus a primeira parte do que
recebemos, nós reconhecemos que Ele é o primeiro em nossas vidas e é honrado acima de tudo.
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Bênçãos específicas são prometidas para qualquer dos quatro tipos de liberalidade em dar, mas a
plenitude da bênção é liberada quando adoramos a Deus com todos os quatro tipos de contribuição.
O Significado das Primícias
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O que o ato de dar as primícias realiza?
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1. Em primeiro lugar, dar as primícias honra a Deus como a sua fonte. É uma declaração de que as suas
bênçãos vêm de Deus.
2. Em segundo lugar, dar as primícias santifica (torna santo, separado) o restante da sua renda (Romanos
11:16 – BH = “E, se as primícias são santas, também a massa o é; se a raiz é santa, também os ramos o
são”).
3. Em terceiro lugar, dar as primícias libera a plenitude da bênção de Deus (Ezequiel 44:30 – BH = “E as
primícias de todos os primeiros frutos de tudo, [...] para que faça repousar a bênção sobre a tua casa”.
4. Em quarto lugar, dar as primícias nos abre para receber a provisão abundante de Deus (Provérbios 3:910 – BKJ = “9 Honra ao Senhor com teus bens e com as primícias de todos os teus rendimentos; 10 e se
encherão com fartura os teus celeiros, assim como transbordarão de vinho os teus reservatórios”).
A Bênção Liberada pelas Primícias
Há muitos exemplos bíblicos de primícias liberando bênçãos incríveis.
Isaque era o filho da promessa, as primícias da descendência de Abraão. Mas antes que o restante da
bênção de Abraão pudesse ser liberada, Abraão foi testado.
Estaria Abraão disposto a colocar Isaque no altar, dando a Deus o seu primeiro e o seu melhor? Sim!
Quando Abraão passou nesse teste, todas as bênçãos prometidas foram liberadas para ele!
Deus prometeu a Israel todas as cidades de Canaã, sendo Jericó a primeira cidade. Deus disse que eles
poderiam ficar com os despojos de todas as outras cidades, contudo, em Jericó: “Toda a prata, todo o ouro e
todos os utensílios de bronze e de ferro são sagrados e pertencem ao Senhor e deverão ser levados para o
seu tesouro” (Josué 6:19 – NVI).
Jericó representava as primícias da Terra Prometida. Quando os despojos de Jericó foram dados ao
Senhor, toda a terra foi santificada, e o restante dos despojos era de Israel, para que eles os desfrutassem.
Quando Ana entregou o seu primeiro filho, Samuel, ao Senhor, Deus a abençoou com mais filhos, além
de toda a nação ter sido transformada.
Quando Deus entregou o Seu Filho primogênito, Jesus, o resultado foi trazer filhos à glória (“Ao levar
muitos filhos à glória, convinha que Deus, por causa de quem e por meio de quem tudo existe, tornasse
perfeito, mediante o sofrimento, o autor da salvação deles” – Hebreus 2:10 – NVI).
As Primícias e o “Rosh Chodesh”
Deus quer que desenvolvamos uma mentalidade de primícias em todas as áreas da vida, e isso inclui
dar a Deus as primícias do nosso tempo.
Mais uma vez, lembremo-nos de que dar a Deus as primícias é sempre uma chave para liberar a Sua
bênção.
Assim como dar a Deus as primícias do nosso dinheiro libera Sua bênção sobre as nossas finanças, dar
a Deus as primícias do nosso tempo libera a Sua bênção sobre o nosso tempo.
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Uma expressão fundamental das primícias é o “Rosh Chodesh”, que é a razão pela qual os judeus
celebravam uma festa especial no começo do mês. Eles buscavam o favor de Deus dedicando as primícias do
mês a Ele!
Os judeus se reuniam no Templo para ver a lua nova, e quando ela aparecia, eles faziam uma
celebração de louvor especial pelo inicio do mês.
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Fazendo essa celebração do novo mês, os judeus estavam declarando que a primeira coisa que eles
fariam com o seu tempo naquele mês seria celebrar alegremente o Senhor.
Este princípio das primícias ainda se aplica ao dia de hoje.
À medida que honramos a Deus com a primeira parte do nosso tempo, todo o nosso tempo é separado
(torna-se especial ou santo), e nós nos posicionamos para andar na bênção durante o mês inteiro!
O “Rosh Chodesh” no Antigo Testamento
A Primeira Aliança (Antigo Testamento) menciona pessoas que observavam especificamente o “Rosh
Chodesh”.
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Eis alguns exemplos:
1. Davi (1 Samuel 20:5 – BJ = “Davi respondeu a Y’honatan: Veja. Amanhã é Rosh-Hodesh, e eu devo jantar
com o rei; em vez disso, deixe-me ir e me esconder no campo até a noite do terceiro dia”).
2. Salomão (2 Crônicas 2:4 – NVI = “Agora estou para construir um templo em honra do nome do Senhor, o
meu Deus, e dedicá-lo a ele, para queimar incenso aromático diante dele, apresentar regularmente o
pão consagrado e fazer holocaustos todas as manhãs e todas as tardes, nos sábados, nas luas novas e
nas festas fixas do Senhor, o nosso Deus. Esse é um decreto perpétuo para Israel”).
3. Neemias (Neemias 10:33 – NVI = “Para os pães consagrados, para as ofertas regulares de cereal e para
os holocaustos, para as ofertas dos sábados, das festas de lua nova e para as festas fixas, para as
ofertas sagradas, para as ofertas pelo pecado para fazer propiciação por Israel, e para as necessidades
do templo de nosso Deus”).
4. A Mulher Sunamita (2 Reis 4:23 – BJ = “Ele perguntou: Por que você está indo a ele hoje? Não é RoshHodesh e não é shabbat! Ela disse: Está tudo bem”).
5. Zorobabel e os Sacerdotes da Reconstrução do Templo (Esdras 3:5 – NVI = “Depois disso, apresentaram
os holocaustos regulares, os sacrifícios da lua nova e os sacrifícios requeridos para todas as festas
sagradas determinadas pelo Senhor, bem como os que foram trazidos como ofertas voluntárias ao
Senhor”).
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À medida que lemos o Antigo Testamento, descobrimos que a celebração do “Rosh Chodesh” se
caracterizava por algumas coisas específicas:
1. Devia ser uma celebração cheia de alegria (Salmos 81:3 – BJ = “Soem o shofar em Rosh-Hodesh e na lua
cheia na festa das peregrinações”; Oséias 2:11 – NVI = “Acabarei com a sua alegria: suas festas anuais,
suas luas novas, seus dias de sábado e todas as suas festas fixas”).
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2. Devia ser um dia de descanso – o comércio era fechado (Amós 8:5-6 – NVI = “5 Vocês dizem: Quando o
Rosh-Hodesh tiver passado, poderemos comercializar nossos grãos? E ao passar o shabbat, poderemos
vender farinha? Vocês pesam os grãos com 1 eifah pequeno, mas a prata, com shekalim pesados,
ajeitando a balança para trapacear, 6 comprando os necessitados com dinheiro e os pobres por um par
de sapatos e varrendo o refugo do trigo para vender!”).
3. Era um dia para fazer ofertas especiais a Deus (Números 28:11-15 – NVI = “11 No primeiro dia de cada
mês, apresentem ao Senhor um holocausto de dois novilhos, um carneiro e sete cordeiros de um ano,
todos sem defeito. 12 Com cada novilho deverá haver uma oferta de cereal de três jarros da melhor
farinha amassada com óleo; com o carneiro, uma oferta de cereal de dois jarros da melhor farinha
amassada com óleo; 13 e com cada cordeiro, uma oferta de cereal de um jarro da melhor farinha
amassada com óleo. É um holocausto, de aroma agradável, uma oferta dedicada ao Senhor, preparada
no fogo. 14 Com cada novilho deverá haver uma oferta derramada de meio galão de vinho; com o
carneiro, um litro; e com cada cordeiro, um litro. É o holocausto mensal que deve ser oferecido cada lua
nova durante o ano. 15 Além do holocausto diário com a oferta derramada, um bode será oferecido ao
Senhor como sacrifício pelo pecado”).
4. Era um dia de adoração (Números 10:10 – NVI = “Também em seus dias festivos, nas festas fixas e no
primeiro dia de cada mês, vocês deverão tocar as cornetas por ocasião dos seus holocaustos e das suas
ofertas de comunhão, e elas serão um memorial em favor de vocês perante o seu Deus. Eu sou o Senhor,
o Deus de vocês”; Isaías 66:23 – NVI = “De uma lua nova a outra e de um sábado a outro, toda a
humanidade virá e se inclinará diante de mim", diz o Senhor”).
5. Era um dia de celebração e festa – não era permitido jejuar (1 Samuel 20:5 – NVI = “Então disse Davi:
Amanhã é a festa da lua nova, e devo jantar com o rei; mas deixe-me ir esconder-me no campo até o
final da tarde de depois de amanhã”).
6. Era um dia para buscar o profeta, para ter revelação para o mês que começava (2 Reis 4:22-23 – NVI =
“22 Ela chamou o marido e disse: Preciso de um servo e uma jumenta para ir falar com o homem de
Deus. Vou e volto depressa. 23 Ele perguntou: Mas, por que hoje? Não é lua nova nem sábado! Ela
respondeu: Não se preocupe”).
O “Rosh Chodesh” nos Dias de Yeshua
Nos dias de Yeshua HaMashiach (Jesus, o Messias), o “Rosh Chodesh” havia se tornado uma das
celebrações mais importantes para o povo de Deus.
A celebração começava quando se avistava a lua nova. Refeições suntuosas eram preparadas nos
átrios do Templo, e as pessoas lotavam o lugar. Todos procuravam ansiosamente no céu o primeiro vislumbre
da lua nova.
Quando duas testemunhas confirmavam que podiam ver a lua nova, os líderes do Sinédrio se
levantavam e declaravam: “A lua nova é santificada!” e uma celebração jubilosa diante do Senhor tinha inicio
(hoje é feito através de cálculos matemáticos).
Os fariseus haviam tentado transformar a celebração alegre do “Rosh Chodesh” em um fardo legalista
e haviam desenvolvido todo tipo de regras sobre o que devia e o que não devia ser feito.
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Os fariseus se sentavam para julgar a todos para ter certeza de que tudo fosse feito de maneira
“correta”.
Em Colossenses 2:16 (“Por isso, não permitam que ninguém os julgue em relação ao que comem e
bebem, ou com relação a um festival judaico, ao Rosh-Hodesh ou shabbat” – BJ) Paulo está advertindo a
“Igreja” para não cair nessa armadilha! Esse versículo é uma advertência acerca do legalismo farisaico. Paulo
está dizendo: “Não julguem uns aos outros pela maneira como vocês comemoram esta festa. O Rosh
Chodesh não é um ritual legalista no qual alguém precisa julgá-los para dizer se vocês estão fazendo as
coisas direito”.
A celebração mensal das primícias deve ser um tempo cheio de alegria para termos uma experiência
com o Senhor. Ele se destina a servir como a figura, a representação de uma realidade espiritual maravilhosa.
Ele se destina a servir como a figura, a representação de uma realidade espiritual maravilhosa.
O “Rosh Chodesh” é uma figura do que Yeshua (Jesus) veio fazer. Ele destina-se a nos ensinar sobre
Yeshua ao retratar a realidade do novo começo que encontramos Nele. Quando o “Rosh Chodesh” celebra o
inicio de um novo mês, ele nos lembra de que Jesus traz vida a partir da morte!
Motivos para Celebrar o “Rosh Chodesh”

Por que os crentes em Jesus iriam querer celebrar o “Rosh Chodesh”?

Eis três motivos:
1. Ele nos dá uma oportunidade de honrar, louvar e agradecer a Deus pelo que Ele fez por nós no mês
anterior.
2. É um tempo para adorar a Deus, para perguntar a Ele sobre o mês que se inicia e para festejar com Ele.
3. Dando a Deus a primeira parte de tudo, santificamos o nosso mês por inteiro e nos posicionamos para
receber as Suas bênçãos durante todo o mês.

“Rosh Chodesh” é uma oportunidade de nós nos reunirmos no inicio de cada mês para um tempo de
louvor e adoração, para dar ofertas de primícias, para ter comunhão e para receber uma perspectiva
sobre o mês que se inicia.
“Rosh Chodesh” deve ser um momento espiritual, profético, alegre, para que as bênçãos sejam
liberadas. À medida que as pessoas verem as bênçãos sendo liberadas em suas vidas no “Rosh Chodesh”, elas
irão querer voltar e celebrar todos os meses.
Todas as pessoas que participarem do “Rosh Chodesh”, se possível, devem levar suas primícias (não
devem participar de mãos vazias), visando honrar ao Senhor e prestigiar o Seu Reino.
Quando as pessoas verem que ao honrarem a Deus dando a Ele a primeira parte e o melhor de sua
renda, do seu tempo e das suas habilidades, o resultado é um grande derramamento das Suas bênçãos.
 Quando uma pessoa adquire uma mentalidade voltada para as primícias, essa pessoa realmente tem
uma mentalidade de prosperidade.
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Conclusão
Muitos de nós nunca avançamos completamente para as promessas de Deus porque paramos de nos
mover à frente.
A não ser que renovemos continuamente as nossas mentes e abracemos uma mentalidade de
prosperidade, poderemos ficar presos na velha forma de pensamento e deixar de avançar no ciclo das bênçãos
de Deus.
Há muitos elementos e circunstâncias que influenciam os nossos tempos e estações na terra. As
circunstâncias adversas podem entrar em nossas vidas, barreiras podem surgir no nosso caminho ou a nossa
visão pode ser bloqueada.
Nunca devemos nos esquecer de que aquilo que vemos na dimensão natural deve ser processado na
dimensão espiritual.
Precisamos continuar crescendo e amadurecendo espiritualmente. Precisamos continuar avançando!
Jesus chamou todos os Seus discípulos e aqueles a quem estava ensinando para segui-Lo. No processo
do tempo, se mantivermos o nosso rosto firme como uma rocha – assim como Jesus nos demonstrou quando
andou na dimensão da terra – chegaremos ao nosso destino.
Foi durante um período de três anos que Jesus ensinou aos Seus seguidores o que eles precisavam
saber para que a História fosse afetada e o Reino de Deus avançasse.
Deus saiu da dimensão do tempo e veio à terra para nos salvar. Jesus era a imagem perfeita de Deus
Pai, e Ele nos ensinou a andar “no tempo” de Deus para nós.

Apenas uma observação – O dia do nascimento da Lua (primeiro dia de Lua Nova) marca o começo
de mês judaico: “Rosh Chodesh”. O ato de anunciar e fixar o primeiro dia do mês é chamado “Kidush
Hachodesh” (Santificação do Mês).
 Números 10:10 (NVI) = “Também em seus dias festivos, nas festas fixas e no primeiro dia de cada mês,
vocês deverão tocar as cornetas por ocasião dos seus holocaustos e das suas ofertas de comunhão, e
elas serão um memorial em favor de vocês perante o seu Deus. Eu sou o Senhor, o Deus de vocês”. Deus
considerava o dia da lua nova importante o suficiente a ponto de requerer ofertas especiais e o toque
do shofar!
Ap. Wallace Lucena
Este estudo foi produzido conforme a obra literária “É Tempo de Prosperar – Como Encontrar a Dimensão das Bênçãos de Deus e Viver
Nela”, de Chuck D. Pierce & Robert Heidler – Editora Se7e Montes – Primeira Edição – Julho de 2013.
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