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Lição 2, A Necessidade Universal da Salvação em CRISTO
2º trimestre de 2016 - Maravilhosa Graça - O Evangelho de JESUS CRISTO Revelado Na Carta Aos Romanos
Comentarista da CPAD: Pr. José Gonçalves
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva
NÃO DEIXE DE ASSISTIR AOS VÍDEOS DA LIÇÃO ONDE TEMOS MAPAS, FIGURAS, IMAGENS E
EXPLICAÇÕES DETALHADAS DA LIÇÃO
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
AQUI VOCÊ VÊ PONTOS DIFÍCEIS DA LIÇÃO – POLÊMICOS
TEXTO ÁUREO
“Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer.” (Rm 3.10)
VERDADE PRÁTICA
O pecado manchou toda a raça humana e somente o sangue de CRISTO é suficiente para purificá-la.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Rm 3.9 Todos os homens, depois da Queda, estão debaixo do pecado
Terça - Rm 3.10 Não há um nenhum justo sob a face da Terra, judeu ou gentio
Quarta - Rm 3.23 Todos pecaram e foram afastados da presença de DEUS
Quinta - Rm 3.20 Nenhum homem pode ser justificado diante de DEUS pelas obras da lei
Sexta - Rm 6.23 O castigo ou o salário para o pecado é a morte
Sábado - Rm 3.24 Somos justificados somente pela graça e redenção de JESUS CRISTO
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Romanos 1.18-20,25-27; 2.1, 17-21
Rm 1.18 - Porque do céu se manifesta a ira de DEUS sobre toda impiedade e injustiça dos homens que detêm a
verdade em injustiça; 19 - porquanto o que de DEUS se pode conhecer neles se manifesta, porque DEUS lho
manifestou. 20 - Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder como a
sua divindade, se entendem e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem
inescusáveis;
25 - pois mudaram a verdade de DEUS em mentira e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que
é bendito eternamente. Amém! 26 - Pelo que DEUS os abandonou às paixões infames. Porque até as suas
mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza. 27 - E, semelhantemente, também os varões,
deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, varão com varão,
cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro.
Rm 2.1 - Portanto, és inescusável quando julgas, ó homem, quem quer que sejas, porque te condenas a ti mesmo
naquilo em que julgas a outro; pois tu, que julgas, fazes o mesmo.
17 - Eis que tu, que tens por sobrenome judeu, e repousas na lei, e te glorias em DEUS; 18 - e sabes a sua
vontade, e aprovas as coisas excelentes, sendo instruído por lei; 19 - e confias que és guia dos cegos, luz dos
que estão em trevas, 20 - instruidor dos néscios, mestre de crianças, que tens a forma da ciência e da verdade na
lei; 21 - tu, pois, que ensinas a outro, não te ensinas a ti mesmo? Tu, que pregas que não se deve furtar, furtas?
OBJETIVO GERAL
Mostrar que o pecado manchou toda a raça humana, por isso, todos necessitam de salvação.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Apontar a necessidade de salvação dos gentios;
Mostrar a necessidade de salvação dos judeus;
Explicar a necessidade de salvação da humanidade.
PONTO CENTRAL
O pecado afetou toda a raça humana, por isso, todos precisam de salvação.
COMENTÁRIO/INTRODUÇÃO
Na lição de hoje teremos a oportunidade de compreender que o pecado, em sua universalidade, atingiu os
gentios, os judeus e toda a raça humana. Todos ficaram debaixo do impiedoso jugo do pecado. A necessidade
de uma salvação universal, na pessoa de nosso Senhor JESUS CRISTO é um tema bastante claro na
argumentação do apóstolo Paulo em Romanos 1.18 a 3.20.
Paulo nos mostra em Romanos que tanto os pagãos, que estavam nas trevas do pecado, quanto os judeus, que se
orgulhavam de possuir a Lei divina entregue a Moisés no Sinai, estão sob o domínio do pecado. Veremos nesta
lição que somente a revelação da justiça de DEUS em CRISTO JESUS é suficiente para salvar tanto os judeus
quanto os gentios.
Resumo da Lição 2, A Necessidade Universal da Salvação em CRISTO
I - A NECESSIDADE DA SALVAÇÃO DOS GENTIOS (Rm 1.18-32)
1. A rejeição.
2. A revelação.
3. A punição.
II - A NECESSIDADE DE SALVAÇÃO DOS JUDEUS (Rm 2.1-3.8)
1.Os judeus em relação aos gentios.
2. Os judeus em relação à Lei.
3. Os judeus em relação à aliança.
III - A NECESSIDADE DA SALVAÇÃO DA HUMANIDADE (Rm 3.9-20)
1. A universalidade e o jugo do pecado.
2. Valores e comportamentos.
SÍNTESE DO TÓPICO I Os gentios necessitam de salvação, pois também foram afetados pela Queda.
SÍNTESE DO TÓPICO II Os judeus, embora fosse o povo escolhido de DEUS, também necessitam de
salvação.
SÍNTESE DO TÓPICO III Todos, judeus e gentios, pecaram e necessitam da salvação que só pode ser
encontrada em JESUS CRISTO.
PARA REFLETIR
A respeito da Carta aos Romanos, responda:
Segundo a lição em que culmina a atitude de rebelião contra DEUS?
Essa atitude de rebelião contra DEUS culmina com a adoração idólatra que põe a criatura em lugar do Criador.
A ignorância espiritual conduz a quê?
A ignorância espiritual conduz à idolatria religiosa.
Os judeus moralistas estavam em melhor situação espiritual que os gentios?
Não. A argumentação de Paulo é que tanto os gentios como os judeus sem CRISTO estão debaixo da
condenação do pecado (Rm 3.9).
O que produziu o conhecimento da Lei, sem a devida interiorização das normas e preceitos?
Apenas o conhecimento da letra da Lei, sem a devida interiorização das suas normas e preceitos, conduziu o
judaísmo a um moralismo estéril e farisaico.
Segundo Paulo, qual a vantagem de ser judeu?
Muita, em toda a maneira, porque, primeiramente, as palavras de DEUS lhe foram confiadas" (Rm 3.1,2).
CONSULTE - Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 66, p. 37.
Comentários de vários autores com alguma modificações do EV. Luiz Henrique
Pontos difíceis e polêmicos
Romanos 1.18-20,25-27; 2.1,17-21.
18 — Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda impiedade e injustiça dos homens que detêm a
verdade em injustiça; 19 — porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho
manifestou. 20 — Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder como a
sua divindade, se entendem e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem
inescusáveis; 25 — pois mudaram a verdade de Deus em mentira e honraram e serviram mais a criatura do que
o Criador, que é bendito eternamente. Amém! 26 — Pelo que Deus os abandonou às paixões infames. Porque
até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza. 27 — E, semelhantemente, também os
varões, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, varão
com varão, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro.
ANÁLISE DO Ev. LUIZ HENRIQUE - DEUS irado contra o pecado - DEUS se manifesta ao homem da
maneira que ele pode compreender - DEUS se manifesta pela Palavra escrita, pela natureza, pelos sinais da
natureza, pelos astros, pela igreja, pela pregação, pelo testemunho de um crente, pela consciência do homem,
pela lei, etc... Não há como o homem dizer que DEUS não existe ou que não sabia o que agradava a DEUS ou
O desagradava - |Devido ao desejo de pecar os homens fazem imagens controláveis para fugir de um DEUS que
tudo vê, a imagem tem pés, mas não andam, têm mãos, mas não apalpam, têm olhos, mas não vêm, têm boca,
mas não falam. Assim os homens preferem esse deus que fizeram com suas próprias mãos, esse não os acusam,
não os controlam. - Como os homens resolveram fingir que DEUS não existe e decidiram viver à sua própria
maneira, DEUS deixou de acusá-los em suas consciências, os abandonou para cometerem todo tipo de pecado. Assim, mulheres começaram a se interessarem por mulheres, pois elas se conhecem melhor, sabem como causar
prazer sexual nelas mesmas, sabem que isso é contrário ao que DEUS determinou, mas o que importa a elas é
sentirem prazer carnal. - Os homens da mesma forma se tornaram rebeldes e procuraram ter prazer na
humilhação de si mesmos, na podridão de relacionamentos homossexuais. A recompensa pelos atos
pecaminosos de ambos, mulheres e homens tem sido vista por séculos de doenças das mais diversas,
destacando-se dentre elas a AIDS.
LIVRE ARBÍTEO - ESCOLHA
Deut 30.14 Mas a palavra está mui perto de ti, na tua boca, e no teu coração, para a cumprires.
15Vê que hoje te pus diante de ti a vida e o bem, a morte e o mal. 16 Se guardares o mandamento que eu hoje te
ordeno de amar ao Senhor teu DEUS, de andar nos seus caminhos, e de guardar os seus mandamentos, os seus
estatutos e os seus preceitos, então viverás, e te multiplicarás, e o Senhor teu DEUS te abençoará na terra em
que estás entrando para a possuíres. 17 Mas se o teu coração se desviar, e não quiseres ouvir, e fores seduzido
para adorares outros deuses, e os servires, 18 declaro-te hoje que certamente perecerás; não prolongarás os dias
na terra para entrar na qual estás passando o Jordão, a fim de a possuíres.
ESCOLHA - Vê que hoje te pus diante de ti a vida e o bem, a morte e o mal.
Foi dai que Paulo tirou Romanos 10.8, 9 (O ESPÍRITO SANTO o levou a revelação da salvação no livre
arbítrio. ---- Mas que diz? A palavra está junto de ti, na tua boca e no teu coração; esta é a palavra da fé, que
pregamos, A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor JESUS, e em teu coração creres que DEUS o
ressuscitou dentre os mortos, serás salvo.
Romanos 10:8,9
Esse "SE" comanda tudo. Se confessa e crê é salvo e Se não confessa e não crê é condenado.
DEUS deu tstemunho para os de Sodoma e Gomorra Porque este justo, habitando entre eles, afligia todos os dias a sua alma justa, por isso via e ouvia sobre as suas
obras injustas);
Assim, sabe o Senhor livrar da tentação os piedosos, e reservar os injustos para o dia do juízo, para serem
castigados;
2 Pedro 2:8,9
DEUS deu testemunho para os antediluvianos
E não perdoou ao mundo antigo, mas guardou a Noé, a oitava pessoa, o pregoeiro da justiça, ao trazer o dilúvio
sobre o mundo dos ímpios; 2 Pedro 2:5
Noé pregou 100 anos.
PAULO, CIDADÃO DETARSO E ROMANO E JUDEU
"Quanto a mim, sou judeu, nascido em Tarso da Cilícia, e nesta cidade criado aos pés de Gamaliel, instruído
conforme a verdade da lei de nossos pais, zeloso de DEUS, como todos vós hoje sois." Atos 22:3 - Para você
entender melhor ainda - Nascido em Tarso (cidade- era Tarciano), Na Cilícia (região da Ásia - era Ciliciano hoje é país Turquia), Como era filho de pai e mãe Judeus e todo filho de judeu é judeu não importando em
qualquer parte do mundo nasceu, então era judeu também. Como tarso pertencia ao território dominado por
Roma e era uma colônia de Roma, então Paulo era também cidadão romano, título recebido de nascença por ter
nascido em uma colônia romana.
Libertos dos pecados de Romanos 1
Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os
ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus.
E é o que alguns têm sido; mas haveis sido lavados, mas haveis sido santificados, mas haveis sido justificados
em nome do Senhor Jesus, e pelo Espírito do nosso Deus.
1 Coríntios 6:10,11
Em Corinto tinha os GLBTS, mas foram libertos
JESUS libertou Maria Madalena de sete demônios e acredita-se que a libertou da prostituição e do adultério.
O QUE SEPARA O HOMEM DE DEUS?
Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto
de vós, para que não vos ouça. Isaías 59:2
Só o pecado que pode separar o homem do amor de Deus.
O pecado é a porta de entrada para as doenças, enfermidades, morte, condenação eterna.
JESUS é a porta de saída do pecado e consequente entrada para a saúde física, da alma e do espirito. JESUS é a
única porta possível para a salvação
Quem não ouviu e morreu, qual sua situação?
A lição 2 fala disso mesmo. DEUS se revela aos homens de várias maneiras, entre elas, por meio da natureza,
da igreja, da TV, da internet, dis livros, da bíblia, de revistas, dos astros, enfim, não existe ser humano que não
saiba da existência de DEUS. Qualquer um que se interessar por DEUS, Ele enviará alguém para pregar e lhe
dar a oportunidade de salvação. O ser humano é imperdoável por não ter ouvido o evangelho, bastava desejar e
teria ouvido e sido salvo.
Lição 2: A depravação dos gentios - 2º Trimestre de 1998 - Título: Romanos — O Evangelho da justiça de
DEUS
Comentarista: Esequias Soares da Silva “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de DEUS” (Rm 3.23).
Apesar da pecaminosidade humana, todos podem ser alcançados pela fé em CRISTO JESUS.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Romanos 1.18-32.
COMENTÁRIO - INTRODUÇÃO
O estudo de hoje é sobre a condição dos gentios diante de DEUS. Nesse texto, eles representam a raça humana.
O apóstolo discorre sobre o assunto, mostrando a pecaminosidade humana e realçando a justiça divina.
I. A MANIFESTAÇÃO DA IRA DE DEUS
1. Ira. A palavra grega traduzida por “ira” é orge, e aparece 12 vezes em Romanos (1.18; 2.5,8; 3.5; 4.15; 5.9;
9.22; 12.19; 13.4,5). Convém que se saiba que a ira de DEUS é a reação de Sua santidade diante da impiedade,
muito diferente da ira dos homens, que é egocêntrica, carregada de ódio e paixão. Esse tipo de ira não é
apropriada para a natureza divina.
2. A ira de DEUS sobre o pecado. É a reação divina sobre o pecado. A Bíblia exemplifica a ira de DEUS no
passado: Dilúvio (Gn 6.17; Mt 24.37-39), Sodoma e Gomorra (Lc 17.28-30). Fala também da ira futura (1Ts
1.10) — julgamento das nações (Mt 25.32), Juízo Final (Ap 20.1-15), etc.
3. A ira de DEUS na história. Como a graça salvadora não é manifestada na consumação dos séculos, mas na
experiência humana, assim também a ira de que fala o apóstolo, não é a futura. E a ira manifesta na vida dos
homens ao longo de sua história. Veja que três vezes o apóstolo Paulo diz que DEUS “os entregou”
(vv.24,26,28). Isso mostra a atuação da ira divina neste mundo. Como disse Friedrich Schiller: “A história do
mundo é o juízo do mundo”.
4. Impiedade e injustiça. A impiedade, aqui, diz respeito ao descaso que o homem faz de DEUS, e
a injustiça fala da conduta pecaminosa humana. Dessa maneira, a raça humana, por rejeitar a DEUS e viver na
injustiça, detém a verdade. “Deter” significa “impedir”, e isso perverte a verdade, transformando-a em mentira.
II. A IDOLATRIA
1. Definição. A palavra “idolatria” vem de duas palavras gregas: eidolon, que significa “ídolo”, e latreuo, que
significa “adorar, servir, prestar serviço sagrado”. A idolatria, portanto, consiste em cultuar ao ídolo, e é
consequência da apostasia geral do ser humano. A avareza é uma forma de idolatria (Ef 5.5; Cl 3.5). Tudo
aquilo que o homem ama mais do que a DEUS, torna-se o seu deus (Fp 3.19).
2. Origem da idolatria. Essa prática era desconhecida no mundo pré-diluviano. A Bíblia fala de violência,
maldade e corrupção (Gn 6.5,11,12). Não menciona a idolatria. Esta começou com Ninrode, o construtor da
Torre de Babel (Gn 10.9-12). Foi o primeiro a ser adorado como deus. Sua mulher, Semíramis, é a mãe de
Adônis, ou Tamuz, divindade de Babilônia (Ez 8.14).
As migrações humanas partiram de Babilônia para todos os quadrantes da terra, levando consigo suas crenças e
divindades. Babilônia é, pois, o berço da idolatria.
3. Provas da existência de DEUS (vv.19,20). O Salmo 19 apresenta os três livros que provam a existência de
DEUS: o universo que DEUS criou (1-6), a Bíblia (7-10) e o testemunho do cristão (11-14). Como o apóstolo
está falando dos gentios, que não têm lei, (Rm 2.14), ele apresenta, aqui, a lei natural ou teologia natural.
As coisas invisíveis de DEUS são claramente vistas como recursos que Ele proveu para que o homem
reconheça a existência do Criador: “para que eles fiquem inescusáveis” (v.20). Por isso, ninguém pode alegar
ignorância. O mais obtuso dentre os homens é capaz de reconhecer a existência de DEUS, considerando as
coisas que Ele criou.
4. O homem rejeitou a DEUS (v.21). Todos os homens vieram de um só casal. Adão e Eva tinham acesso a
DEUS e o conheciam. A luz de Gênesis 5 e 11, a vida de Metusalém coincidiu 243 anos com a de Adão, e 600
anos com a de Noé, e a vida de Sem coincidiu mais de 50 anos com a de Abraão. Assim, o conhecimento de
DEUS passou para toda a humanidade. Aos poucos, porém, os homens foram se fechando para DEUS, e
afastando-se cada vez mais dEle. Isso levou a raça humana à idolatria.
Sim, o homem caiu na idolatria ao recusar-se a tributar honra, glória e graças ao Criador.
A expressão seus discursos denota a alta confiança dos homens em seus raciocínios e argumentos artificiais,
misturando discurso filosófico com iluminação espiritual, como o fazem hoje os adeptos da Nova Era e das
demais seitas. Por causa desse orgulho, seu coração obscureceu-se, ficando destituído de entendimento
espiritual e mergulhado em trevas medonhas.
5. Substituiu a criatura pelo Criador (vv.22,23). Os gentios recusaram-se a reconhecer a fonte de sabedoria, que
é DEUS. Os materialistas orgulham-se de seus conhecimentos, fazendo-se sábios a seus próprios olhos, mas a
Bíblia diz que eles tornaram-se loucos, pois somente “o temor do Senhor é o princípio da sabedoria” (Jó 28.28;
Sl 111.10; Pv 1.7; 9.10; 15.33).
Essa loucura levou-os à idolatria. O v.23 é uma citação do Salmo 106.20. Assim como os hebreus cultuaram a
um bezerro em lugar de DEUS, dando ao animal a glória que pertence exclusivamente a DEUS, da mesma
maneira fizeram os gentios.
III. A IMORALIDADE
1. Perversão sexual. A idolatria leva o homem à imoralidade. O que o apóstolo introduz no v.24, esclarece nos
vv.26 e 27. Inclui como consequência dessa apostasia o homossexualismo, tanto masculino como feminino. Há
sete passagens bíblicas que fazem menção do homossexualismo, e todas condenando ou mostrando tal prática
como algo degradante e abominável (Gn 19.1-11; Lv 18.22; 20.13; Jz 19.22-25; Rm 1.25-27; 1Co 6.9,10; 1Tm
1.9,10).
2. A sociedade moderna. À medida que o tempo vai passando, a sociedade vai se tornando cada vez mais
permissiva, e os homens vão se afastando cada vez mais de DEUS. Para nossa perplexidade, há pseudocrístãos
alegando tais práticas como coisa natural. O apóstolo Paulo declara que “DEUS os entregou às paixões
infames”, porque não reconheceram a DEUS. Declara, ainda, tais práticas como “torpeza”..., uso desnatural,
“contrário à natureza”. Diz em outro lugar que os tais não herdarão o reino de DEUS (1Co 6.9; Gl 5.19-21).
3. Satanismo e perversão sexual. Satanás é o principal promotor da prostituição. Desde os tempos do Antigo
Testamento que a sodomia e outras formas de prostituição estiveram ligadas ao culto pagão. Os pagãos
praticavam, nesses rituais, o que se chama “prostituição sagrada”. Essas práticas são comuns nos cultos
satânicos, pois o objetivo do Diabo é perverter a ordem das coisas. Tudo o que é perversão é uma afronta a
DEUS (Is 5.20,21).
IV. CATÁLOGO DE PECADOS
Nos vv.29-31, do capítulo 1, o apóstolo apresenta a mais longa lista de pecados encontrada em todas as suas
epístolas. A depravação dos gentios é a fotografia da humanidade corrupta, sem DEUS. Esses pecados são
inerentes à natureza pecaminosa do homem (Mc 7.21-23). Nos versículos já citados (29-31) acha-se uma lista
de 22 pecados, encabeçada pela palavra “iniquidade”, retratando a presente sociedade incrédula e distanciada de
DEUS.
CONCLUSÃO
O quadro funesto e aterrorizador em que se encontra o homem é mostrado nesta lição pelo apóstolo. Isso serve
também para mostrar de onde viemos e, dessa forma, conscientizar cada crente da graça e da bondade de
DEUS. Sejamos agradecidos a Ele por sua provisão quanto à nossa completa e eterna redenção em CRISTO
JESUS.
AUXÍLIOS SUPLEMENTARES
Subsídio Teológico
“Antes de Paulo desenvolver mais o modo pelo qual a forma de justiça de DEUS é exposta no Evangelho, ele
mostra por que é tão urgentemente necessário que se conheça o meio de ficar certo para com DEUS. Como as
coisas são, os homens estão ‘no errado’ para com DEUS, e Sua ira se revela contra eles. Na vida há uma lei
moral segundo a qual os homens são deixados entregues às consequências do curso de ação que eles mesmos
escolheram livremente. E a menos que essa tendência seja invertida pela graça divina, a situação deles irá de
mal a pior. Três vezes aí ocorrem as palavra de condenação: ‘Por isso DEUS os entregou...’ (vv.24,26,28).
O objetivo de Paulo é demonstrar que a humanidade toda está moralmente arruinada, incapaz de conseguir um
veredito favorável no tribunal do juízo de DEUS, em desesperada necessidade de Sua misericórdia e perdão.
Ele começa tratando de uma área da vida humana cuja falência moral era objeto de acordo geral entre os
moralistas da época — a grande massa do paganismo contemporâneo de Paulo. O quadro que desenha é feio
deveras. Não porém mais feio do que o quadro que disso vemos na literatura pagã contemporânea. Qual é a
causa, pergunta ele, desta pavorosa condição que se desenvolveu no mundo? Donde vêm estas vergonhosas
perversões, esta encarniçada inimizade entre homem e homem? Tudo surge, diz ele, de ideias errôneas a
respeito de DEUS. E essas ideias errôneas não surgiram inocentemente. O conhecimento do DEUS verdadeiro
era acessível aos homens, mas eles fecharam suas mentes para ele. Em vez de apreciarem a glória do Criador ao
contemplarem o universo que Ele criou, davam a coisas criadas aquela glória que pertencia somente a DEUS”
(Romanos, Introdução e Comentário. F. F. Bruce).
Subsídio Devocional
O problema humano não é a ignorância, mas a oposição a DEUS. O problema não é que o homem não conheça
a DEUS, mas sim, que, tendo conhecido, decidiu não glorificá-lo. “Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos” (Rm
1.22). O apóstolo Paulo assegura, por sua declaração, que DEUS sempre tem oferecido evidência de sua
verdade “desde a criação do mundo”. No entanto, este não é o ponto que interessa ao apóstolo. Na verdade, o
que Paulo estabeleceu é que DEUS tem revelado sua verdade mas o homem sempre se opôs a ela. Então, Paulo
declara categoricamente que os homens, apesar de haver “conhecido a DEUS, não o glorificaram como DEUS,
nem lhe deram graças” (Rm 1.21). Só há uma esperança para os homens: voltarem-se para DEUS e à sua
verdade. Quando o homem busca estabelecer sua própria verdade independente de DEUS, o resultado inevitável
é a degradação, a destruição da maravilhosa criação de DEUS, projetada por Ele para viver em glória, mas
condenada à morte e à corrupção por causa do pecado.
Subsídio Bibliológico
O comentário da Bíblia de Estudo Pentecostal destaca no texto sagrado a ira divina em três tempos: “No
passado, a ira de DEUS e seu ódio ao pecado revelou-se através do dilúvio (Gn 6-8), da fome e da peste (Ez
6.11ss). do abrasamento da terra (Dt 29.22,23), da dispersão do seu povo (Lm 4.16) e de incêndio através da
terra (Is 9.18,19).
No presente, a ira de DEUS é vista quando Ele entrega os ímpios à imundícia e às vis paixões e leva à ruína e à
morte todos quantos persistem em lhe desobedecer (Rm 1.18-3.18; Ez 18.4; Ef 2.3).
No futuro, a ira de DEUS incluirá a Grande Tribulação para os ímpios deste mundo (Mt 24.21; Ap 6-19) e um
dia vindouro de juízo para todos os povos e nações (Ez 7.19; Dn 8.19) — ‘dia de alvoroço e de desolação, dia
de trevas e de escuridão’ (Sf 1.15), um dia de prestação de contas para os iníquos (Rm 2.5; Mt 3.7; Lc 3.17; Ef
5.6; Cl 3.6; Ap 11.18; 14.8-10; 19.15). Por fim, DEUS manifestará sua ira mediante o castigo eterno sobre os
que não se arrependerem”.
Lição 3: O fracasso espiritual dos judeus - 2º Trimestre de 1998
Título: Romanos — O Evangelho da justiça de DEUS - Comentarista: Esequias Soares da Silva
“Pois que? Somos nós mais excelentes? De maneira nenhuma! Pois já dantes demonstramos que, tanto judeus
como gregos, todos estão debaixo do pecado” (Rm 3.9).
Não obstante serem o povo eleito de DEUS, os judeus rejeitaram a graça que fora anunciada na lei e nos
profetas.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Romanos 2.1-16.
1 — Portanto, és inescusável quando julgas, ó homem, quem quer que sejas, porque te condenas a ti mesmo
naquilo em que julgas a outro; pois tu, que julgas, fazes o mesmo. 2 — E bem sabemos que o juízo de DEUS é
segundo a verdade sobre os que tais coisas fazem. 3 — E tu, ó homem, que julgas os que fazem tais coisas,
cuidas que, fazendo-as tu, escaparás ao juízo de DEUS? 4 — Ou desprezas tu as riquezas da sua benignidade, e
paciência, e longanimidade, ignorando que a benignidade de DEUS te leva ao arrependimento? 5 — Mas,
segundo a tua dureza e teu coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da manifestação do juízo
de DEUS, 6 — o qual recompensará cada um segundo as suas obras, 7 — a saber: A vida eterna aos que, com
perseverança em fazer bem, procuram glória, e honra, e incorrupção;
8 — mas indignação e ira aos que são contenciosos e desobedientes à verdade e obedientes à iniquidade; 9 —
tribulação e angústia sobre toda a alma do homem que faz o mal, primeiramente do judeu e também do grego;
10 — glória, porém, e honra e paz a qualquer que faz o bem, primeiramente ao judeu e também ao grego; 11 —
porque, para com DEUS, não há acepção de pessoas. 12 — Porque todos os que sem lei pecaram sem lei
também perecerão; e todos os que sob a lei pecaram pela lei serão julgados. 13 — Porque os que ouvem a lei
não são justos diante de DEUS, mas os que praticam a lei hão de ser justificados.
14 — Porque, quando os gentios, que não têm lei, fazem naturalmente as coisas que são da lei, não tendo eles
lei, para si mesmos são lei, 15 — os quais mostram a obra da lei escrita no seu coração, testificando juntamente
a sua consciência e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os, 16 — no dia em que DEUS há
de julgar os segredos dos homens, por JESUS CRISTO, segundo o meu evangelho.
COMENTÁRIO/INTRODUÇÃO
Na lição passada, estudamos a depravação generalizada dos gentios denunciada pelo apóstolo Paulo. Mas qual a
situação dos judeus? Embora reprovassem o pecado dos gentios, continuaram indesculpáveis diante de DEUS.
I. CONSIDERAÇÕES GERAIS
1. Os judeus. A conjunção “portanto”, no v.1, mostra a ligação com o texto anterior. O judeu é identificado,
aqui, como aquele que condena pronta e energicamente os pecados dos gentios. Todavia, o apóstolo mostra que
eles também são inescusáveis: embora acusem os gentios, praticam os mesmos pecados e iniquidades.
2. Judeus e gentios. A primeira parte do capítulo 2 (vv.1-16), diz respeito aos judeus como inescusáveis diante
de DEUS, transgressores da lei divina, tanto quanto aos gentios (ver os vv.9,10,11), já a segunda parte do
mesmo capítulo (vv.17-29) diz respeito diretamente aos judeus como inescusáveis. Paulo evidencia a partir
deste capítulo o modo de DEUS lidar com a raça humana no seu todo. Ou seja: diante de DEUS, seja gentio ou
judeu, todo mundo é escravo do pecado.
3. Caráter universal da mensagem divina. Havia entre os pagãos muitos moralistas. Isso significa que tantos os
devassos como os moralistas estão sob o pecado. Trazendo essa situação para a atualidade, vemos que tantos os
iníquos, identificados em Romanos 1.18-32, como os pecadores “respeitáveis” — religiosos e moralistas,
identificados em Romanos 2, precisam nascer de novo, necessitam de um encontro pessoal e transformador com
JESUS (Jo 3.3).
II. O JUÍZO DE DEUS
1. Juízo segundo a verdade (vv.2,3). DEUS é DEUS de justiça e de verdade. É estultícia imaginar que é possível
escapar do juízo divino por condenar os pecados dos outros. Infelizmente, há quem aponte os erros alheios
como se isso viesse a resolver seus problemas (Mt 7.1-5). Paulo apresenta, aqui, dois grupos: os gregos e os
judeus. Ambos mostram que DEUS reprova as pessoas manifestamente iníquas. O primeiro por se considerar
“melhor” ao pertencer a uma determinada raça, civilização, cultura ou educação considerada superior (2.1-16).
O segundo por se escudar em sua religião (2.17-29). Saiba-se, porém, que o juízo de DEUS independe de tudo
isso, ele é “segundo a verdade” (v.2).
2. Juízo segundo a culpa acumulada (v.5). Os judeus achavam que, por conhecerem a misericórdia de DEUS,
não seriam julgados como os gentios. Não se deram conta de que a bondade de DEUS era para levá-los ao
arrependimento (v.4). Eles falharam em não aproveitar a benignidade divina e, com isso, acumularam, como
tesouro, a ira de DEUS. “Dia da ira e da manifestação do juízo de DEUS” apresenta seus indícios na atualidade,
conforme estudamos na lição passada (Sl 7.11), mas a manifestação plena do juízo está reservada para o dia da
ira (Tg 5.3).
3. Conforme as obras (vv.6,7). E verdade que as obras não salvam, mas elas dão a evidência pública que servem
como instrumento para DEUS julgar (Pv 24.12). O juízo, segundo a obra de cada um, é um princípio divino
baseado na justiça, e não podia ser diferente. É outra maneira da expressão da lei da sementeira (Gl 6.7).
Não confundir, portanto, a doutrina paulina da salvação pela fé. O apóstolo não está ensinando a salvação pelas
obras, mas salientando a imparcialidade do julgamento divino sobre gentios e judeus. Caso contrário, o apóstolo
estaria numa contradição insuperável (Rm 1.17; Gl 3.11; Ef 2.8,9; Tt 3.5). Devemos entender “vida eterna aos
que, com perseverança em fazer bem, procuram glória, honra e incorrupção” (v.7) como resultado da vida cristã
— fruto do ESPÍRITO (Gl 5.22).
III. O JUDEU
1. O que é um judeu? Responde o rabino Morris Kertzer: “É muito difícil encontrar uma simples definição do
que é um judeu. Judeu é todo aquele que aceita a fé judaica. Esta é a definição religiosa. Judeu é aquele que, não
tendo afiliação religiosa formal, considera os ensinamentos do Judaísmo — sua ética, seus costumes, sua
literatura — como propriedade sua. Esta é a definição cultural. Judeu é aquele que se considera judeu ou que
assim é considerado pela sua comunidade. Esta é a definição prática”.
No Novo Testamento, o termo “judeus” indica todo o povo de Israel que tem Abraão como pai (Jo 8.56,57).
2. Judaísmo. E uma religião que veio de DEUS, através de Moisés no monte Sinai. Em nenhum momento
JESUS e Paulo desrespeitaram essa religião. O conceito que os rabinos tinham do Judaísmo era calcado no
Talmude, que era em si um fardo insuportável (Gl 1.13,14).
Paulo conhecia profundamente o Judaísmo. JESUS disse que não se pode costurar remendo novo em vestido
velho, nem colocar vinho novo em odres velhos (Mt 9.16,17; Mc 2.21,22). Na visão do apóstolo, o judeu
precisava despir-se do velho homem, e aceitar a justiça de DEUS pela fé em CRISTO. Os judeus rejeitaram essa
provisão divina para a salvação, por isso Paulo critica a hipocrisia dos judeus.
3. O orgulho do judeu (vv.8-10). A responsabilidade dos judeus é maior do que a dos gentios por causa de seus
pendores religiosos e das bênçãos espirituais que DEUS lhes conferiu (Rm 9.4,5). Como as bênçãos divinas
foram dirigidas primeiramente aos judeus, o julgamento há de vir na mesma proporção (vv.9,10).
IV. OS GENTIOS
1. O Juiz. Antes de tudo, convém salientar que o justo Juiz de toda a terra saberá fazer justiça (Gn 18.25).
“Porque, para com DEUS não há acepção de pessoas” (Rm 2.11; Dt 10.17; At 10.34). Seu juízo é segundo a
verdade, e independe de condições externas como posição social, riqueza, nacionalidade, etc. Por isso, os judeus
não devem esperar nenhum tratamento especial no dia do juízo. O apóstolo não está enfatizando a culpa do
judeu, mas defendendo a equidade do juízo divino.
2. A obra de cada um (vv.12-14). JESUS disse: “Haverá menos rigor para os de Sodoma, no Dia do Juízo, do
que para ti” (Mt 11.24). Isso mostra que há graus de castigo no juízo divino. Assim como há escalonamento no
galardão dos salvos (Ap 22.12), da mesma forma haverá também graus de punição para os condenados.
Os judeus incrédulos serão condenados pela própria lei, pois foram agraciados por DEUS pela lei escrita — a
luz maior. Os gentios, por outro lado, terão um julgamento proporcional à luz natural — luz menor. Como não
tiveram acesso à lei, serão julgados pela luz de sua consciência.
3. A consciência (vv.15,16). É a faculdade inata no ser humano capaz de discernir entre o bem e o mal. É a lei
de DEUS nos corações. Se nos incrédulos é o testemunho capaz de convencer o homem natural entre o certo e o
errado, quanto mais nos crentes! Temos a consciência iluminada pelo ESPÍRITO SANTO e gravada pela graça!
(Jr 31.33). Todo o conteúdo a partir do v.6, é resumido no v.16. JESUS CRISTO é o Juiz de todos os homens
(At 17.31; 2Co 5.10) e conhece o mais profundo do coração dos homens.
CONCLUSÃO
Os judeus servem de aviso para todos nós. Muitas vezes nos orgulhamos por motivos infundados (por exemplo:
orgulharmo-nos do pentecostalismo), quando deveríamos cuidar sempre da obra da evangelização e de
buscarmos o poder do ESPÍRITO SANTO, e, assim, não corremos o risco de perder as bênçãos de DEUS.
AUXÍLIOS SUPLEMENTARES
Subsídio Teológico - O v.11 diz: “porque, para com DEUS, não há acepção de pessoas”. O julgamento divino
para com os homens é de acordo com a sua resposta à revelação divina. A verdade de DEUS se manifesta em
diferentes maneiras. No entanto, esta diferença não causa nenhuma mudança na justiça de DEUS. O que
interessa é que DEUS manifesta a sua verdade aos homens e Ele espera deles uma resposta positiva: aceitar a
verdade, obedecer a DEUS. glorificá-Lo é dar-Lhe graças.
O v.13 emprega dois verbos chaves para a compreensão do ensino de Paulo quanto à relação judeu — lei: ouvir
e praticar. A justiça de DEUS não era para os que apenas escutaram a lei, mas para os que se arrependeram
(“praticam”). Praticar significa dar resposta com fé à oferta divina de justificação. E impossível para todos os
homens, tanto judeus quanto os gentios, cumprirem integralmente a lei, mas crer em DEUS que c capaz de
conceder a justificação é possível. Por isso. DEUS não faz acepção de pessoas. Ele justifica os que são
“praticantes”, seja dentro (judeus) ou fora (gentios) da lei. Praticantes da lei, aqui, não é praticar os ritos e sinais
externos, mas viver a verdade revelada na lei — “mostram a obra da lei no seu coração, testificando juntamente
a sua consciência e os seus pensamentos...” (v.15).
Subsídio Doutrinário - “‘Portanto és indesculpável quando julgas, ó homem, quem quer que sejas
Quando o apóstolo Paulo fez esta declaração, estava na verdade, acusando os judeus que se consideravam
inculpáveis. Paulo coloca o judeu e o gentio na mesma condição espiritual diante de DEUS: Culpados! O
escritor condena os moralistas que julgavam os erros dos gentios, pois julgavam erros que eram cometidos por
eles mesmos. Os judeus julgavam que pelo fato de DEUS ter mostrado graça e favor especial à sua raça, os
livraria da condenação. Imaginavam que, pelo simples fato de serem israelitas de sangue, estariam salvos.
Entretanto, era um conceito comodista e falso. Lucas escreveu a mensagem de João Batista que colocava cada
judeu na mesma condição dos demais seres humanos. Se não se arrependessem, de nada valeria serem filhos de
Abraão, pois dizia: ‘Porque eu os afirmo que mesmo destas pedras DEUS pode Suscitar filhos a Abraão’ — (Lc
3.3-9) (Compare João 8.31-47: Romanos 9.1-13).
Entendemos então que, diante de DEUS, tanto judeus como gentios são pecadores e estão debaixo da ira divina.
São dois tipos de pecadores, que se protegem atrás de sua ‘própria moralidade’ para se justificarem diante de
DEUS. O judeu justificava-se na sua ‘religião’ e o gentio na sua moralidade. Porém, a Bíblia responde a ambos
e diz: ‘O que encobre as suas transgressões, jamais prosperará’ (Pv 28.13). ‘És indesculpável quando julgas, ó
homem’ (2.1). Esta expressão anula a pretensão do pecador de querer julgar. Na verdade, ele não está em
condições de julgar, porque DEUS é quem julga. Ele é o Supremo Juiz! Quando Ele sentencia, não há apelação,
pois seu julgamento é justo e nele não há possibilidade de erro” (Carta aos Romanos, CPAD).
Subsídio Devocional
JESUS disse em Mt 5.20: “Se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis
no Reino dos Céus”. O que JESUS pretendia dizer com essas palavras é respondido em Mt 5.21-48. A verdade é
que o pecado está no coração dos homens e que as suas intenções são más. A natureza humana é má, ainda que
o homem não cometa o ato de pecado. Esta verdade pode ser exemplificada na vida dos próprios judeus. Eles
não matavam, mas muitas vezes estavam cheios de ódio; não cometiam adultério, mas permitiam que um
homem olhasse para uma mulher com desejos lascivos; exigiam justiça (“olho por olho”), mas não se
dispunham a perdoar uns aos outros; amavam aos que os amavam, mas odiavam os inimigos. Que nenhum
crente tenha o mesmo pensamento que os judeus, principalmente, os escribas e fariseus — achavam que a sua
religiosidade exterior os tomariam salvos diante de DEUS. Mas tinham coração cheio de ira, de lascívia, de
mentira, de vingança, e de preconceito.
Romanos - Serie Cultura Biblica - ROMANOS - INTRODUÇÃO E COMENTÁRIO
F. F. Bruce. M.A., D.D. - SOCIEDADE RELIGIOSA EDIÇÕES VIDA NOVA, Caixa Postal 21486, São
Paulo-SP 04602-970
Pecado e Retribuição: Diagnóstico da Necessidade Universal (1:8-3:20).
a. O mundo pagão (1:18-32).
Antes de Paulo desenvolver mais o modo pelo qual a forma de justiça de DEUS é exposta no Evangelho, ele
mostra por que é tão urgentemente necessário que se conheça o meio de ficar certo para com DEUS. Como as
coisas são, os homens estão "no errado" para com DEUS, e Sua ira se revela contra eles. Na vida há uma lei
moral segundo a qual os homens são deixados entregues às conseqüências do curso de ação que eles mesmos
escolheram livremente. E a menos que essa tendência seja invertida pela graça divina, a situação deles irá de
mal a pior. Três vezes aí ocorrem as palavras de condenação: "Por isso DEUS os entregou..." (vs. 24, 26,28).
O objetivo de Paulo é demonstrar que a humanidade toda está moralmente arruinada, incapaz de conseguir um
veredito favorável no tribunal do juízo de DEUS, em desesperada necessidade de Sua misericórdia e perdão.
Ele começa tratando de uma área da vida humana cuja falência moral era objeto de acordo geral entre os
moralistas da época — a grande massa do paganismo contemporâneo de Paulo. O quadro que desenha é feio
deveras. Não porém mais feio do que o quadro que disso vemos na literatura paga contemporânea. Qual é a
causa, pergunta ele, desta pavorosa condição que se desenvolveu no mundo? Donde vêm estas vergonhosas
perversões, esta encarniçada inimizade entre homem e homem? Tudo surge, diz ele, de idéias errôneas a
respeito de DEUS. E essas idéias errôneas acerca de DEUS não surgiram inocentemente. O conhecimento do
DEUS verdadeiro era acessível aos homens, mas eles fecharam suas mentes para ele. Em vez de apreciarem a
glória do Criador ao contemplarem o universo que Ele criou, davam a coisas criadas aquela glória que pertencia
somonte a DEUS. A idolatria é fonte de imoralidade. Assim o autor de Sabedoria já tinha dito: "Porque a idéia
de fazer ídolos foi o princípio da fornicação, e a sua invenção foi a corrupção da vida." (Livro da Sabedoria
14:12.)
Podemos comparar a linguagem de Paulo sobre a criação visível como fonte de conhecimento concernente à
natureza do seu Criador invisível (vs. 19, 20) com o discurso que fez em Listra (At 14:15-17) e principalmente
com o que fez em Atenas (At 17:22-31). Há diferença de ênfase entre o discurso em Atenas e a argumentação
neste passo, mas não há nenhuma contradição: Paulo estava tentando conseguir ali um auditório de pagàos, ao
passo que aqui está escrevendo a cristãos formados. No discurso em Atenas, a apresentação da criação divina do
mundo e de Sua disposição providencial das estações do ano e das regiões habitaveis da terra para o bem-estar
do homem visava a levar os homens a "buscarem a DEUS" e a achá-lo (At 17:27). Todavia, se eles reconheciam
que Ele é um "DEUS desconhecido" deles, sua ignorância confessa não recebe indulto como venial, embora
DEUS, em Sua misericórdia, não tenha levado "em conta os tempos de ignorância" anteriores à vinda de
CRISTO.
O caráter culposo da ignorância em que o homem está de DEUS é salientado ainda mais aqui: é ignorância
deliberada. Os homens tinham o conhecimento de DEUS ao alcance deles, mas desprezaram o conhecimento de
DEUS (vs. 28). A verdade era-lhes acessível, mas preferiram abraçar a "mentira". Portanto, "DEUS os
entregou" às conseqüências da escolha que fizeram. E precisamente aí Ele manifestou Sua "ira" — aquele
princípio de retribuição que deve operar num universo moral.
Para um homem tão convicto de que o mundo foi criado e é dirigido por um DEUS de justiça e misericórdia,
esta retribuição não podia ser um princípio impessoal. Era a própria ira de DEUS. Se se pensa que a palavra
"ira" não é muito apropriada para usar-se com relação a DEUS, é provavelmente porque a ira, como a
conhecemos na vida humana, constantemente envolve paixão egocêntrica, pecaminosa. Com DEUS não é
assim. Sua "ira" é a reação da santidade divina face à impiedade e rebelião. Paulo decerto concordaria com
Isaías ao descrever esta ira de DEUS como "sua obra estranha" (Is 28:21), à qual Ele se aplica lentamente e com
relutância. De fato,,Paulo expõe aqui a revelação da ira de DEUS como o cenário de fundo da "obra" de
misericórdia de DEUS, obra que Lhe é apropriada, com tanta afinidade com o Seu caráter que Ele se apressa
com jubilosa rapidez a prodigalizá-la a penitentes destituídos de merecimento.
Mas mesmo tendo em vista que o quadro da retribuição divina, agindo como um severo princípio na vida
humana, fornece um pano de fundo para a misericórdia eterna, trata-se de um cenário real e terrível, que deve
ser considerado com seriedade.
18. A ira de DEUS se revela.
Não no Evangelho (no qual a salvadora "justiça de DEUS" é revelada), mas nos fatos da experiência humana: "a
história do mundo é o juízo do mundo" (Schiller). A revelação da "ira vindoura" nos tempos finais (1 Ts 1:10) é
antecipada pela revelação do mesmo princípio na vida corrente do mundo. "A idéia de que DEUS é ira não é
mais antropopática (tradiçinal) do que o pensamento de que DEUS é amor. A razão pela qual a idéia da ira
divina está sempre sujeita a mal-entendidos é que a ira entre os homens é eticamente errada. E contudo, mesmo
entre os homens não falamos da 'ira justa'?'" A exposição da idolatria e imoralidade paga nestes versículos
segue linhas fixadas em obras de apologética judaica tais como o Livro da Sabedoria citado acima (ver
especialmente Sabedoria 12-14), e a Epístola de Aristeas. Reaparece nos apologetas cristãos do segundo século
A. D. (e. g. o autor da Epístola a Diogneto, Aristides, Taciano, Atenágoras, e a Pregação de Pedro mencionada
por Clemente de Alexandria-Stromata vi. 5).
Que detêm a verdade pela injustiça. Melhor: "Que retêm firmemente a verdade na injustiça" (RV), ou: "Em sua
impiedade, eles estão sufocando a verdade" (NEB). "A verdade" é mais precisamente definida no versículo 25
como "a verdade de DEUS".
20. Desde o princípio do mundo.
"Desde" no sentido de"desde então" (RSV).
Claramente se reconhecem (...) sendo percebidos. Grego: nooumena kathnratai, onde o primeiro verbo se refere
estritamente à inteligência e o segundo à visão física. "Os dois verbos (...) descrevem como, na contemplação
das obras de DEUS, o homem pode captar o suficiente, de Sua natureza, para impedir-lhe o erro de identificar
qualquer das coisas criadas com o Criador, capacitando-o a manter seu conceito de DEUS livre da idolatria.
22. Tornaram-se loucos.
Como na literatura veterotestamentária da Sabedoria, loucura (ver "o coração insensato" deles, no versículo 21),
implica em embotamento moral antes que mera deficiência da inteligência.
23. E mudaram a glória do DEUS incorruptível em semelhança da imagem de (...) quadrúpedes...
Ver o Salmo 106:20: "E assim trocaram a glória de DEUS pelo simulacro de um novilho que come erva"
(referência ao culto ao bezerro de ouro). Aqui a linguagem é generalizada. A tríplice classificação dos animais
(ver Gn 1:20-25) e os termos "glória", "imagem" e "semelhança" (ver Gn 1:26) sugerem que "a descrição que
Paulo faz da impiedade do homem foi posta deliberadamente em termos da narrativa bíblica da queda de Adão".
24. 26, 28, DEUS os entregou.
Atos 7:42 onde, devido às tendências idolátricas dos israelitas, "DEUS (...) os entregou ao culto da milícia
celestial." Uma impressionante afirmação moderna deste princípio de retribuição divina é-nos oferecida por C.
S. Lewis em The Problem of Pain (1940), p. 115s. Os perdidos, diz ele, "gozam para sempre da horrível
liberdade que sempre pediram, e portanto estão escravizados por si mesmos".
27. Recebendo em si mesmos a merecida punição do seu erro.
NEB traduz acertadamente: "o justo salário por tal perversão". No inglês moderno "error" (erro) é um
substantivo fraco demais para traduzir plane num contexto como este. Ver Judas 11, ondeo"erro (p/a«ê) de
Balaão" é a idolatria e fornicação de Baal-Peor a que os israelitas foram seduzidos por seu conselho (Nm
25:lss., 31:16).
b. O moralista (2:l-16).
O estilo de Paulo é próprio para a forma de composição que os antigos chamavam de diatribe. Nesta, questões e
objeções eram postas na boca de um crítico imaginário, para serem respondidas ou destruídas.
Quase podemos vê-lo, enquanto dita a carta a Tércio, pegar o indivíduo complacente que está saboreando a
exposição daqueles pecados que "não apelam para ele", e dizer-lhe que não é melhor do que ninguém. Paulo
imagina uma interrupção feita por algum opositor, e se volta para refutar à objeção, primeiro admoestando-o
com "DEUS não o permita!" ("Nem pense nisso!"), e depois dando-lhe ponderada réplica. Inicia uma nova fase
da sua argumentação com esta indagação retórica: "Que diremos?"
E o tempo todo o seu pensamento vai célere na frente de suas palavras de modo que as palavras têm de saltar
valas para alcançar o pensamento. Mal podemos tentar imaginar como a pena de Tércio mantinha o ritmo das
palavras do apóstolo. Não admira que, principalmente nos momentos mais ardentes, seu grego esteja cheio de
falhas na construção, e de sentenças inacabadas.
Sabemos que existia outro lado do mundo pagâo do primeiro século além do que Paulo retratou nos parágrafos
anteriores. Que dizer de homens como o ilustre contemporâneo de Paulo — Sêneca — o moralista estóico, o
tutor de Nero? Sêneca podia ter ouvido a acusação feita por Paulo e ter dito: "Sim, isso é perfeitamente
verdadeiro quanto às grandes massas da humanidade, e dou meu apoio ao juízo que você emitiu sobre elas —
mas naturalmente há outros que, como eu, deploram estas tendências tanto como você as deplora."
Paulo imagina alguém interferindo em termos como esses, e se dirige ao suposto opositor: "Meu bom senhor,
julgando outros, você está se julgando a si próprio, seja você quem for, pois em princípio você faz as mesmas
coisas que condena neles." E quão pertinente teria sido esta réplica a um homem como Sêneca! Pois Sêneca
pôde escrever com tanta eficiência sobre o bom modo de viver, que houve cristãos posteriores que se
orgulhavam de chamar-lhe "o nosso Sêneca". Não se restringia a exaltar as grandes virtudes morais. Ele
desmascarava a hipocrisia, apregoava a igualdade de todos os homens, reconhecia a penetrante natureza do mal
("todos os defeitos morais existem em todos os homens, embora não aconteça que todos os defeitos sejam
proeminentes em cada homem), praticava e procurava inculcar o auto-exame diário, ridicularizava a idolatria
vulgar, assumia o papel de guia moral. Muitas vezes, porém, tolerava em si mesmo defeitos não muito
diferentes daqueles que condenava em outros — sendo que o exemplo mais flagrante disto é sua conivência
com Nero no assassinato de sua mãe Agripina.
Mesmo nesta seção do capítulo 2, e mais explicitamente do versículo 17 em diante, Paulo está pensando
principalmente num crítico judeu. Denúncia da idolatria pagã como a que encontramos no capítulo 1 era uma
forma comum de propaganda judaica. Os judeus religiosos achavam amplo campo de ação para lançar juízo
moral adverso sobre os seus vizinhos gentios.
c. O judeu (2:17-3:8)
(1) Privilégio traz responsabilidade (2:17-29).
Em 2:17 Paulo se dirige ao moralista definindo-o explicitamente como judeu. "Você tem o honroso nome de
judeu", diz ele, "sua posse da lei dá-lhe confiança, gloria-se de que é ao DEUS verdadeiro que você cultua e de
que conhece a vontade dele." Talvez haja aqui mais um eco de Sabedoria:
"Pois mesmo se pecamos, somos teus, conhecendo o teu poder; mas não haveremos de pecar, porque sabemos
que somos considerados teus. Pois conhecer-te é a justiça completa, e conhecer o teu poder é a raiz da
imortalidade." (Sabedoria 15:2, 3).
"Você aprova o caminho mais excelente", continua Paulo, "pois o aprendeu da lei. Considera-se mais instruído
do que aqueles que são inferiores por não terem a lei. Considera-se guia de cegos e instrutor de tolos. "Mas por
que não dar uma sincera olhada em você mesmo? Você não tem defeitos? Você conhece a lei, mas a guarda?
Você diz: 'Não roubarás.' Mas não rouba nunca? Você diz: "Não adulterarás." Mas será que cumpre sempre esse
mandamento? Você detesta ídolos, mas nunca rouba templos? Você se gloria na lei mas, de fato, sua
desobediência à lei dá má fama entre os pagãos, a você e ao DEUS que cultua.
"Ser judeu aproveitará ao homem diante de DEUS, somente se cumprir a lei. O judeu que quebra a lei não é
melhor do que o gentio. E inversamente, o gentio que cumpre as exigências da lei é tão bom à vista de DEUS
como qualquer judeu que permanece na lei. Na verdade, o gentio que guarda a lei de DEUS condenará o judeu
que a quebra, não importa quão versado nas Escrituras esse judeu seja, não importa quão canonicamente se
tenha processado a sua circuncisão. Você vê, não é questão de descendência natural e de sinal externo como a
circuncisão. A palavra 'judeu' significa 'louvor', e o verdadeiro judeu é o homem cuja vida é digna de louvor
pelos padrões de DEUS, cujo coração é puro à vista de DEUS, cuja circuncisão é a circuncisão interna, do
coração. Este é judeu de verdade, digo eu — homem verdadeiramente digno de louvor — e seu louvor não é
matéria de aplauso humano, mas da aprovação divina."
17. Se, porém tu que tens por sobrenome judeu.
AV: "Vê, tu és chamado judeu." Porém o texto mais bem credenciado diz: "mas se" (ei de), como AA, e não
"vê" (ide). Ver RV, RSV.
18. Que conheces a sua vontade.
Lit. "conheces a vontade"; a vontade de DEUS é "a vontade" par excellence. Ver 1 Macabeus 3:60, RV: "seja
qual for a vontade no céu, assim ele fará".
Aprovas as causas excelentes. A palavra diapheronta significa primariamente "coisas que diferem" e
secundariamente "coisas que diferem de outras, sobrepujando-as", i. e., "coisas excelentes". AV, RV e RSV —
como também AA — aceitam para esta passagem o último sentido. NEB prefere o primeiro sentido ("você está
ciente das distinções morais"). A mesma frase aparece em Fp 1:10 (AV e AA: "para aprovardes as cousas
excelentes". NEB; "assim lhe dê o dom da discriminação correta").
20. A forma da sabedoria e da verdade.
AV: "A forma do conhecimento e da verdade." Ou seja, a formulação ou sistematização orgânica do
conhecimento e da verdade.
22. Lhes roubas os templos?
AV: "Cometes sacrilégio?" Lit. "roubas templos". O verbo grego é hierosulêo. É difícil dizer o que Paulo tem
em mente. Talvez se refira a algum incidente escandaloso, como o do ano 19 A. D., registrado por
Josefo(Antigüidades 18:81ss.), quando quatro judeus de Roma, guiados por um que dizia ensinar a fé judaica a
gentios interessados, persuadiram uma dama da nobreza romana, convertida ao judaísmo, a fazer uma generosa
contribuição em favor do templo de Jerusalém, mas se apropriaram da oferta para seu próprio uso. Quando o
fato veio à luz, o imperador Tibério expulsou de Roma todos os judeus ali residentes (ver p. 15). Um incidente
como este dava má reputação ao nome de "judeu" entre os gentios.
24. Pois, como está escrito, o nome de DEUS é blasfemado entre os gentios por vossa causa, (Ou "... por meio
de vós", AV.) A referência é a Is 52:5: "o meu nome é blasfemado incessantemente todo dia" ("menosprezado",
RSV). A triste situação dos judeus no exílio levava os gentios a falarem levianamente do seu DEUS,
imaginando-O incapaz de socorrer Seu povo. Agora não se trata de desventura do povo de DEUS, mas é o seu
mau comportamento que leva os gentios a concluírem que o DEUS de tal povo não pode ser de muita valia. Os
membros da comunidade de Qumran eram exortados a serem cuidadosos no trato com os gentios, "para que eles
não blasfemem".
25. A circuncisão tem valor se praticares a lei.
Ver Gálatas 5:3: "todo homem que se deixa circuncidar (...) está obrigado a guardar toda a lei." A circuncisão,
realizada como exigência legal, coloca sobre o homem a responsabilidade de guardar o restante da lei, quer seja
aceita mais tarde na vida, como no caso dos prosélitos (que é o que Pauio tem em vista em Gálatas), quer seja
ministrada às crianças judaicas (que é o que tem em mente aqui). Visto como nenhuma classe de pessoas
circuncidadas pode guardar completamente a lei, mas inevitavelmente, acaba falhando no cumprimento de sua
responsabilidade, Paulo acrescenta: Se é, porém, transgressor da lei, a tua circuncisão já se tornou incircuncisão.
Esta lição já fora ensinada em parte por Jeremias: "Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que castigarei a todos os
circuncidados mas ainda incircuncisos — o Egito, Judá, Edom, os filhos de Amom, Moabe — pois todas estas
nações são incircuncisas, e toda a casa de Israel é incircuncisa de coração" (Jr 9:25s., RSV). Os vizinhos de
Israel na maior parte praticavam a circuncisão (os filisteus eram uma notória exceção). Mas a circuncisão dos
vizinhos de Israel não era sinal da aliança de DEUS, como a circuncisão israelita pretendia ser. Todavia, se
Israel e Judá se apartavam de DEUS no coração, sua circuncisão física não era melhor do que a dos seus
vizinhos, à vista de DEUS: na medida em que houvesse qualquer interesse religioso, não era circuncisão
nenhuma. Ver Deuteronômio 10:16: "circuncidai, pois, o vosso coração, e não mais endureçais a vossa cerviz."
Mas Paulo vai mais longe que Jeremias. Não somente reconhece a circuncisão como incircuncisão, se
desacompanhada da devoção de coração; como também reconhece a incircuncisão como circuncisão espiritual,
se apesar disso se presta obediência a DEUS.
27. E se aquele que é incircunciso por natureza, cumpre a lei, certamente ele te julgará a ti.
Quer dizer, as faltas de um judeu indigno serão realçadas pelo exemplo de um gentio que, não tendo nenhum
dos privilégios característicos dos judeus, não obstante agrada a DEUS.
29. Cujo louvor não procede dos homens, mas de DEUS.
Os judeus derivaram seu nome de Judá, seu antepassado (heb. Yehudah) cujo nome no Velho Testamento se
associa ao verbo yadah, "louvar". Ver as palavras de sua mãe quando ele nasceu: "Esta vez louvarei o Senhor"
(Gn 29:35), e a bênção pronunciada por seu pai no leito de morte: "Judá, teus irmãos te louvarão" (Gn 49:8).
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Paulo-SP 04602-970
Referências Bibliográficas (outras estão acima)
Dicionário Bíblico Wycliffe. 4.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009.
Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal.
Bíblia de Estudo Almeida. Revista e Atualizada. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2006.
Bíblia de Estudo Palavras-Chave Hebraico e Grego. Texto bíblico Almeida Revista e Corrigida.
Bíblia de Estudo Pentecostal. Traduzida em português por João Ferreira de Almeida, com referências e algumas
variantes. Revista e Corrigida, Edição de 1995, Flórida- EUA: CPAD, 1999.
BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.
CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos
Pentecostal.
VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
www.ebdweb.com.br - www.escoladominical.net - www.gospelbook.net - www.portalebd.org.br/
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/alianca.htm
Dicionário Vine antigo e novo testamentos - CPAD
Manual Bíblico Entendendo a Bíblia, CPAD
Dicionário de Referências Bíblicas, CPAD
As Disciplinas da Vida Cristã; CPAD
Hermenêutica Fácil e descomplicada, CPAD
Revistas antigas - CPAD
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COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL – EV. LUIZ HENRIQUE DE ALMEIDA
SILVA

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