1 - Editora Anunaki
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1 - Editora Anunaki
André de Pierre AB ORIGINE - desde a origem - &RS\ULJKW$QGUpGH3LHUUH T714a Pierre, André de Ab Origine/André de Pierre -- São Paulo: André de Pierre, 2013. p. ISBN 978-85-69053-00-2 1. Mistério. OVNIs. Sociedade Secreta. Arqueologia. Antropologia. I Título, Autor. 821.134.3(81)-311.9 1ª Edição - 2013 2ª Edição - 2014 3ª Edição - 2015 ® Todos os direitos são reservados. Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão do HGLWRU www.anunaki.com.br À minha esposa Ediene Aos meus pais Luiz e Elizabeth Aos meus amigos Francisco Manoel de Oliveira Filho e Henrique Guilherme Alves Aos colaboradores e leitores do blog Ab Origine, que invaria-velmente ajudaram nas pesquisas que deram origem a este livro. Em memória do meu cão e companheiro Spicke. O mundo é formado pela pluralidade de espécies, de coisas. Neste mundo plural existe um sentimento que é entendido e propagado SRUWRGRVRVVHUHV3RGHPVHQWLORDWpDTXHOHVPDLVtQ¿PRVTXH parecem inanimados aos olhos menos atentos. Esse dom se pro-paga pelo universo de forma latente e involuntária, sendo aquele que nos abate e ao mesmo tempo nos dá vida; invariavelmente também pode nos machucar. Quem já sentiu sabe que estou falando do amor. O amor não é restrito. Muitas vezes um Homo sapiens, mais co-nhecido como ser humano, pode amar de forma imensa um Canis lupus familiaris, mais conhecido como cão. Dizem que não KiDPRUPDLVERQLWRH¿HOSRLVRFDFKRUURDSUHVHQWDXPFRUDomR puro e nasce com a capacidade de se submeter totalmente ao amor pelo seu dono. Algumas vezes o homo sapiens maltrata seu amigo, mas, em alguns casos, esse amor é mútuo e pleno. Pois é, falo hoje de amor, porque estou sofrendo dele. O meu cãozinho se foi, e eu daria tudo para que, enquanto estivesse escrevendo este texto, ele sentasse aqui no meu pé, embaixo da escrivaninha, para pedir um carinho. O melhor amigo que já tive e o amigo que mais amei. Spicke. Sentirei muitas saudades e guardarei você na memória, no meu coração. Obrigado por me ensinar tantas coisas. PREFÁCIO “A arte é uma mentira que revela a verdade.” (Pablo Picasso) São duas histórias diferentes, em tempos distintos. E é esplêndido como o autor André de Pierre conseguiu intercalar com primor GXDVKLVWyULDVGtVSDUHVTXHVHFRQYHUJHPVHPSHUGHUDÀXLGH]H LQVWLJDQGRDLQGDPDLVDFXULRVLGDGHGROHLWRU8PDREUDGH¿FomR FLHQWt¿FD LQVSLUDGD HP SURIXQGRV FRQKHFLPHQWRV EDVHDGRV em estudos das antigas escrituras e pesquisas arqueológicas, revelando através da arte literária a importância de uma antropologia holística para compreendermos quem somos e de onde viemos. Portanto, além de um entretenimento, esta obra traz questionamentos importantes a respeito da veracidade de como nossa história foi e continua sendo ensinada. “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” (Bíblia, João 8:32) A chave da liberdade é a verdade. Somos escravos de nossa própria ignorância. Tal ignorância é conveniente para manipuladores do nosso sistema social que não desejam que a verdade venha à tona. Nesta obra, podemos ter uma ideia do quanto o conheci- 9 mento da verdade pode ser perigoso e o quanto a coragem pode VHUJUDWL¿FDQWH Killa e Alpamanta me levaram para um passado longínquo e com eles me emocionei ao imaginar uma Vinama vinda do céu trazendo nela seus amados e temidos deuses. Com Davi, experimentei um sentimento paradoxo no descobrir de um perigoso segredo que mudaria toda a história da humanidade, que quebraria paradigmas profundamente enraizados em nossa sociedade. De todos os personagens, Samyaza foi quem mais chamou minha atenção. Apesar de não ser um dos protagonistas da trama, sua paixão e intensidade provocaram em mim um sentimento controverso de amor e ódio pelo mesmo. Ele é o elo perdido entre o passado e o presente. A personalidade metódica e perfeccionista do autor André de Pierre legou seus traços nesta sua criação, tornando-a impecável. O autor também conseguiu transferir sua ansiedade para mim enquanto eu lia Ab Origine, o que me fez ler o livro com voracidade. 2 JrQHUR OLWHUiULR ¿FomR FLHQWt¿FD YHP WLPLGDPHQWH FUHVFHQGR no Brasil. Já são muitos os livros do gênero publicados por autores brasileiros, mas lamentavelmente poucos são conhecidos. Ab Origine merece ser conhecido e reconhecido como uma grande obra literária nacional que é. Melissa Tobias Naturóloga especializada em Ayurveda (Medicina milenar Indiana). Escritora e autora do livro “A realidade de Madhu”. 10 Introdução O livro Ab Origine surgiu após dez anos de estudos das antigas escrituras e da teoria dos Antigos Astronautas, popularizada pelos escritores Erich von Däniken, Zecharia Sitchin e Robert Temple. Outros livros foram agregados nas pesquisas, como estudos sobre os nativos brasileiros, as civilizações Inca e Suméria, nomes e palavras no idioma Quíchua e a situação geológica e climática GDÀRUHVWDDPD]{QLFDKiDQRV8PSURIXQGRHVWXGRVREUH sociedades secretas fechou a trama que era necessária para o surgimento deste livro. Entre as antigas escrituras pesquisadas estão: Bíblia, Alcorão, Mahabharata, Bardo Thodol, Kebra Nagast, Livro de Enoque, Evangelho de Felipe e Tomé, Tábuas de origens Mesopotâmicas, Livros Herméticos entre outros. Muitos personagens nasceram após o meu entendimento sobre antigos mitos dos povos nativos sul-americanos, que podem ser IDFLOPHQWHFRQVXOWDGRVHYHUL¿FDGRVSHORVOHLWRUHVGROLYUR Para terminar, o local onde se passa a história foi criado devido a minha crença que uma civilização perdida há muitos milênios se desenvolveu na Amazônia brasileira. Esta crença é embasada em antigas histórias e livros de respeitados historiadores. 11 Sobre o Autor ANDRÉ DE PIERRE nasceu em 1981, na cidade de São Paulo, Brasil. É pesquisador, escritor e blogueiro. Apaixonado pela vida, encontra sua inspiração na arte, na música, na natureza e principalmente nas histórias de povos antigos. &RPRSHVTXLVDGRUGHVHQYROYHHVWXGRVVREUHDLQÀXrQFLDH[WUDterrestre na aurora da humanidade de forma lúcida e imparcial. Também pesquisa mitos e escrituras de antigas civilizações, com foco especial na civilização Suméria. Em seus estudos encontrou evidências de que a história do Brasil, América e toda humanidade, comumente ensinada, está errada. Como escritor, publicou em 2013 seu primeiro livro, Ab Origine e no momento escreve seu segundo livro, O livro de Samyaza. Como blogueiro, escreve artigos para o blog Ab Origine, onde é conhecido por sua imparcialidade e livre pensamento. 12 2VGHXVHVRXH[WUDWHUUHVWUHLQÀXHQFLDUDPQR desenvolvimento da civilização humana Sempre escutamos “Deus mora no céu”. Deus (deuses) não nasceu (nasceram) na Terra, mora (moram) no céu, portanto é (são) extraterrestre (extraterrestres). Não existe nenhuma religião que ao rezar não olhe para as estrelas. De onde surgiu esse pensamento? Por que olhar tanto as estrelas? O que há no cosmos de tão importante? Outro fato que chama a atenção é a falta de adaptação dos seres humanos ao ambiente terrestre. Destruímos para sobreviver, até as tribos mais isoladas. Sempre reclamamos que está muito frio ou calor, não por falta de assunto, mas sim por incomodo a temperaturas que não estão entre os 20 e 25 graus Celsius. Todos os chamados “mitos” ou “lendas” dos povos antigos nos falam de deuses que criaram a humanidade e interagiram com ela em um passado remoto. Lendas ou mitos são aquelas ensinadas pelos *estoriadores contemporâneos, que desdenham das experiências dos nossos antepassados. *Estória, neologismo. 13 Livro baseado em diversas hipóteses e teorias. Qualquer semelhança com a realidade não é mera coincidência. Prólogo Em 1974, um casal de arqueólogos brasileiros encontrou vestígios de uma civilização antiga na Floresta Amazônica. Segundo reportagem da época, em um jornal local, alguns artefatos encontrados tinham características estranhas e pareciam ter sido feitos por uma civilização muito avançada. Um fóssil cha-mou atenção: um crânio que tinha milimetricamente acoplado um cristal no osso frontal. 2IyVVLOHRVDUWHIDWRVIRUDPFRQ¿VFDGRVSHORVPLOLWDUHVTXDQGR estavam sendo levados para análise em laboratório. Os arqueólogos não se conformaram com ocorrido e tentaram apoio da imprensa para divulgar os acontecimentos. Porém, o Brasil estava no período de uma forte ditadura militar que sufocou as notícias. Dias depois, na cidade de Belém, no Estado do Pará, os arqueó-logos foram mortos em um assalto... 15 1 E disse Elohim: Façamos o homem a nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra. — Gênesis 1:26 Era um dia ensolarado quando o coronel Valter Abdias Albuquerque chegou ao batalhão muito satisfeito. Valter trabalhava sem parar de modo a não pensar mais em nada, apenas papéis e mais papéis. O Exército Brasileiro passava por um período de transição, onde deixara de ser uma instituição poderosa para se tornar uma farsa a ser desprezada pelo Governo Esquerdista. A causa? Crimes cometidos durante a ditadura. Valter ingressou nas Forças Armadas no dia 03 de março de 1967, dez dias antes de começar vigorar a Lei de Segurança Nacional, que institucionalizou os crimes políticos e de subversão. A ditadura estava em seu período mais perverso. Era um homem de grande força física, tinha 1,93 metros, 100 kg e um porte atlético, 17 62 anos e uma avançada calvície. Apesar da idade, seus cabelos não eram totalmente brancos, os olhos eram castanhos e pequeQRVOHYHPHQWHSX[DGRVHDSHOHEUDQFDXPWDQWRÀiFLGDQRSHVcoço. Durante a vida não sofreu de nenhuma doença séria; mesmo participando de alguns combates durante a ditadura, nunca se machucou ou quebrou um osso, e as gripes comuns dos seres “mortais” raramente o atingiam. Tinha aspecto sisudo; sua altura e força já faziam qualquer um desistir de contrariá-lo, isso tudo VRPDGRDRSRGHUGHVHUXP2¿FLDOGRDOWRHVFDOmRH[WUHPDPHQWH respeitado por sua dedicação. O coronel sonhava em sua mesa. Sentia uma emoção, um frio na barriga, uma sensação de juventude. Era emocionante recordar os seus tempos de guerrilha no Araguaia, quando em 1970, como segundo-tenente, foi destacado para uma operação importante e secreta na cidade de Marabá. A preparação demorou dois anos, antes que os combates começassem. A guerrilha fora exterminada, e Valter destacou-se, principalmente, na crueldade na hora de fazer os interrogatórios, momento único onde se sentiu com poderes divinos sobre os prisioneiros. Ele se recordava da guerra na selva, da umidade, da mata densa, dos mosquitos e da ilusão de poder, cada vez maior. Valter estava em uma operação secreta, onde capturou um dos líderes da guerrilha, fato que culminou em grande prestígio na época. O detento foi amarrado com uma corda. Na cabeça, um capuz feito de pano velho; neste, apenas um buraco nas narinas e outro na boca permitiam que o guerrilheiro respirasse e falasse. Em volta, apenas a selva, o barulho do vento ao movimentar as árvores e os passos de soldados nas folhas secas. Ele foi corajoso DWpR¿PHQmRWHPHXDPRUWH, pensou Valter. Como enfrentarei a minha? Será dolorosa? Eu sou um guerreiro e quero morrer de 18 forma digna. Valter respeitou a coragem do guerrilheiro e, após machucá-lo muito, até privá-lo de alguns sentidos, ordenou que um soldado acabasse com o sofrimento da vítima e a executasse. O coronel conseguia sentir o cheiro da pólvora, a emoção das investidas na selva e novamente a sensação divina. Eu fui um deus naquelas selvas, pensava. O olhar de terror dos prisioneiros deve WHU SDUHFLGR FRP D H[SUHVVmR GRV DPDOGLoRDGRV SRU <DKZpK DTXHOHVTXHQmRREHGHFLDPjVRUGHQVGR7RGR3RGHURVR<DKZpK. Pensou mais um pouco e se lembrou da sua brilhante carreira nas Forças Armadas, principalmente quando se tratava de assuntos especiais. Eles perceberam que eu tinha talento para resolver os assuntos mais diversos! Antes da missão no Araguaia, Valter estudara na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, na cidade do Rio de Janeiro, o que impulsionou sua carreira dentro das Forças Armadas do Brasil. Porém, o coronel sempre teve duas grandes paixões: história antiga e misticismo, o que o capacitou para participar da última missão de sua vida. Valter viajava o mundo atrás de documentos, monumentos e relíquias antigas. Hoje, quando olhava o seu acervo particular, orgulhava-se do conhecimento e patrimônio adquirido durante os anos. Ele carregava uma tristeza e um vazio muito grande em seu coUDomRQmRWLQKDXPDFRQYLYrQFLDSDFt¿FDFRPVHX¿OKR~QLFR Apesar de nunca ter sido um homem bondoso, sempre teve fortes princípios e, com seu jeito peculiar, tentou passar esses hábitos SDUD VHX SULPRJrQLWR 2 DEDQGRQR DR ¿OKR VH MXVWL¿FDYD SHOD perda de sua mulher e pela paixão que nutria pelo seu trabalho. Pensava sempre que, no futuro, o garoto iria entender seu comportamento egoísta. 19 Nos últimos dias, qualquer um poderia notar uma mudança in-crível em Valter: os olhos brilhavam e sua vida parecia novamente ter sentindo. Ele sabia que seu visto para o mundo dos mortos já estava concedido, e ele já tinha comprado passagem só de ida. Estava com os dias contados, porém, o que acabara de descobrir na última semana valia por uma vida, dava sentido a existência humana. Ele tinha uma resposta concreta de onde viemos, por que estamos aqui e para onde vamos. Sabia que o destino reservara este momento sublime de conhecimento, acima de qualquer expectativa, por isso, sentado em sua mesa de trabalho, enquanto protocolava seus últimos documentos, ele se sentia uma pessoa completa e feliz. Tomou um copo d’água que estava em cima da mesa e olhou no relógio, 18:02h: Chegou minha hora! Um soldado bateu em sua porta: — Permissão para falar, Senhor. — disse com profundo respeito. — Permissão concedida, soldado. —Tenho um recado urgente para o Senhor. — o soldado entregou um memorando ao coronel. Está na hora de partir, venha conosco! Valter levantou e percorreu o Batalhão, percebendo que já estava escurecendo. Parou, então, por alguns segundos, olhando o céu, FRPRpOLQGR*RVWDULDGHYHUPHX¿OKRTXDQGRHOHHQFRQWUDU meus arquivos saberá que eu o amei! Então caminhou até o portão, recebeu o sinal de continência do soldado que estava de guarda e andou até seu Honda Civic Preto com vidros escuros. Deu sinal com a chave para destravar o automóvel e acionou a partida sem destino certo. 6HX¿OKR'DYLWHYHXPHVWUDQKRVHQWLPHQWRQRPHVPRLQVWDQWH 20