e saúde bucal : PDF

Transcrição

e saúde bucal : PDF
Saúde do corpo X Saúde bucal
Não ignore a sua saúde bucal:
Se você valoriza a sua saúde bucal, assim como a saúde de todo o seu corpo, uma
avaliação periodontal, com um Periodontista, é uma boa idéia.
Algumas vezes o único modo de detectar a doença periodontal é através de um
exame de avaliação periodontal.
A avaliação periodontal pode ser especialmente importante, se você:
• Suspeita de algum sintoma da doença periodontal (sangramento, mal
hálito, acúmulo de cálculo facilmente,…);
• Tem alguma doença cardíaca, diabetes, doenças respiratórias ou
osteoporose;
• Esta pensando em engravidar;
• Tem algum membro da familia com história de doenca periodontal ( a
bactéria que causa a doenca pode ser transmitida pela saliva,
colocando em risco crianças e casais em risco );
• Tem um dor de garganta ou uma irritação que não melhora dentro de
2 semanas.
Cuidado com as bactérias periodontais:
A bactéria periodontal pode entrar na corrente sanguínea e chegar a orgãos
importantes do nosso corpo e iniciar uma infecção no local.
Pesquisas tem sugerido que esse fenômeno pode contribuir para o desenvolvimento
de doenças cardiacas, pode aumentar as chances de um derrame, pode aumentar a
chance da mulher ter um parto prematuro e o nascimento de bebês de baixo peso, e
também pode significar uma grande ameaça para pessoas que jã tem a sua saúde
comprometida por causa de doenças como diabetes, doenças respiratórias e
osteoporose.
Doenças respiratórias e a saúde bucal:
Infecções respiratórias bacterianas são adquiridas através da inalação ou aspiração
de pequenas gotículas de saliva da boca e garganta para dentro dos pulmões. Essas
gotículas contém germes que se instalam e se multiplicam causando danos aos
pulmões.
Pesquisas recentes sugerem que bactérias encontradas na garganta e também
aquelas encontradas na cavidade bucal, podem ter levadas até o trato respiratório
inferior. Isso pode causar uma séria infecção ou então piorar as condicões de um
pulmão já doente ( ex: fumante ).
Pessoas com doenças respiratórias, como doença obstrutiva pulmonar crônica,
sofrem de com seus sistemas de defesa reduzidos, tornando mais difícil a eliminação
da infecção do pulmão.
Cientistas descobriram que a bactéria que cresce dentro da cavidade bucal pode ser
aspirada para dentro dos pulmões e e capaz de causar doenças respiratórias como a
pneumonia, especialmente em pessoas com a doença periodontal. Essa descoberta
guia mais pesquisadores a acreditarem que a bactéria pode passar da boca para os
pulmões, e causar uma infecção.
Fonte: American Association of Periodontology ( AAP)
Doença cardíaca e a saúde bucal:
Muitas teorias existem para explicar a relação da doença periodontal e a doença
cardíaca.
Uma das teorias diz que a bactéria que vem da doença na boca pode afetar o
coração quando ela entra na corrente sanguínea, agregando placas de gorduras nas
artérias coronárias e assim contribuem para a formação de um coágulo.
A doença da artéria coronariana é caracterizada pelo espessamento das paredes
internas das artérias, provocado por proteínas gordurosas. Os coágulos podem
obstruir um fluxo normal de sangue, restringindo a quantidade de nutrientes e
oxigênio necessários para o coração funcionar corretamente. Isso pode levar a um
ataque cardíaco.
Outra possibilidade é que a inflamação causada pela doença periodontal aumenta a
quantidade de plaquetas, o que pode contribuir para o espessamento das paredes
internas das artérias.
Pesquisadores encontraram que pessoas com a doença periodontal são 2 vezes mais
propensos a sofrerem uma doenca coronariana do que pessoas sem a doença
periodontal.
A doença periodontal pode exacerbar algumas condições cardíacas já existentes.
Pacientes com risco para endocardite bacteriana (com prolapso da válvula mitral, por
exemplo) precisam de uma dose de antibiótico antes de um procedimento
odontológico específico. No caso o Periodontista e o Cardiologista serão capazes de
determinar se a sua condição cardíaca necessita ou não desse cuidado.
Fonte: American Association of Periodontology ( AAP)
New Study Confirms Periodontal Disease Linked to Heart Disease
Data Reveals Diseased Gums Pump High Levels of Harmful Bacterial Components Into Bloodstream
CHICAGO – February 7, 2002 – A newly published study in the Journal of Periodontology confirms
recent findings that people with periodontal disease are at a greater risk of systemic diseases such as
cardiovascular disease. Study Abstract *
Researchers found diseased gums released significantly higher levels of bacterial pro-inflammatory
components, such as endotoxins, into the bloodstream in patients with severe periodontal disease
compared to healthy patients. As a result, these harmful bacterial components in the blood could
travel to other organs in the body, such as the heart, and cause harm.
The study is in line with recent findings by the University of Buffalo where researchers suggest
periodontal disease may cause oral bacterial components to enter the bloodstream and trigger the
liver to make C-reactive proteins, which are a predictor for increased risk for cardiovascular disease.
"We found the mouth can be a major source of chronic or permanent release of toxic bacterial
components in the bloodstream during normal oral functions," said Dr. E.H. Rompen, director of the
study. "This could be the missing link explaining the abnormally high blood levels of some
inflammatory markers or endotoxemia observed in patients with periodontal disease."
Researchers studied 67 patients of whom 42 were diagnosed with moderate to severe periodontitis
and the remaining 25 patients were healthy individuals who had never received periodontal
treatment. Blood samples were taken before and after patients lightly chewed chewing gum 50 times
on each side of their jaw. Researchers found the number of patients with endotoxemia rose from six
percent before chewing to 24 percent after chewing. Additionally, those with severe periodontal
disease had approximately four times more harmful bacterial products in their blood than those with
moderate or no periodontal disease.
"While this clinical study supports earlier findings, there is still much research to be done to
understand the link between periodontal disease and systemic diseases, such as cardiovascular, and
difficult-to-control diabetes," said Kenneth Bueltmann, D.D.S., president of the American Academy
of Periodontology (AAP). "This data clearly stresses the importance of regular dental checkups to
ensure a healthy, diseased-free mouth."
Periodontal diseases are serious bacterial infections that destroy the attachment fibers and
supporting bone that hold your teeth in your mouth. When this happens, gums separate from the
teeth, forming pockets that fill with plaque and even more infection. As the disease progresses, these
pockets deepen even further, more gum tissue and bone are destroyed and the teeth eventually
become loose. Approximately 15 percent of adults between 21 and 50 years old and 30 percent of
adults over 50 have the disease.
Fonte: www.perio.org – Associação Americana de Periodontia
FOR IMMEDIATE RELEASE:
FEBRUARY 13, 2007
WHAT DOES YOUR MOUTH SAY ABOUT YOUR HEART?
Since periodontitis is a persistent bacterial infection causing chronic inflammation in periodontal
tissues, it is suggested that it may travel through the bloodstream and increase the risk of acute cardiac
syndrome.
CHICAGO – Eliminating dental plaque may be an important step in preventing
periodontitis and coronary artery disease according to a new study published in this month’s issue of
the Journal of Periodontology.
Researchers examined 20 individuals with chronic periodontitis. In 13 of the 20 patients,
bacterial pathogens most frequently found in severe chronic periodontitis were also found in
atherosclerotic plaque of coronary vessels. In 10 cases, those species of bacteria were also present in
atherosclerotic plaque and in subgingival plaque”. (Atherosclerosis is a multistage process set in
motion when cells lining the arteries are damaged as a result of high blood pressure, smoking, toxic
substances and other agents.)
“We found that patients with periodontal pathogens detected in atherosclerotic plaque had
four millimeters or greater of deep periodontal pockets and a significantly higher bleeding index,”
said study author Dr. Maciej Zaremba. “This supports the possibility that bacteria associated with
periodontitis can permeate into coronary vessels.”
“Since periodontal and cardiovascular diseases have several common risk factors, more
studies are needed to evaluate the strength of association between the two diseases,” said Preston D.
Miller, Jr., DDS and AAP president. “It is very important for people to talk to their dentist or
periodontist about their periodontal health and their at-home oral hygiene routine to prevent
periodontal disease and maybe even coronary artery disease.”
According to the American Heart Association, coronary heart disease is the number one
single cause of death in the United States. Knowledge of the risk factors and possible links to
coronary heart disease, such as periodontal disease is the first step towards preventing it. To find out
if you are at risk for periodontal disease please visit the AAP’s Web site at
http://www.perio.org/consumer/4a.html and take a free risk assessment test. For a referral to a
periodontist and a copy of the free brochures titled Periodontal Diseases: What You Need to Know and
Ask Your Periodontist about Periodontal Disease and Heart Disease please visit www.perio.org or call
toll-free 800/FLOSS-EM (800.356-7736).
Diabetes e Problemas de Saúde Bucal
As pesquisas mais recentes sugerem que há uma ligação entre a gengivite e o
diabetes. Embora já se saiba que os diabéticos têm maior chance de desenvolver
doença periodontal, novos estudos indicam que a gengivite crônica pode ser um fator
de risco para a diabetes.
A gengivite pode fazer com que as bactérias entrem na corrente sangüínea e ativem
as células que produzem os sinais biológicos da inflamação, e que têm um efeito
destrutivo no organismo. No pâncreas, as células responsáveis pela insulina podem
ser danificadas ou destruídas. Com isso, pode surgir a diabete Tipo 2, mesmo em
pessoas que não têm outros fatores de risco com relação ao diabetes.
O relatório do Ministério da Saúde sobre saúde bucal afirma que ela é
parte integrante da saúde geral. Por isso, escove os dentes, use fio
dental e consulte o dentista regularmente.
Por ser diabético há um risco maior de ter problemas com os dentes?
Se os níveis de glicose no sangue não forem bem controlados, haverá maior chance
de desenvolver gengivite e de perder dentes quando comparado as pessoas que não
têm o diabetes.
Como todas as infecções, a gengivite pode ser um fator que eleva o açúcar do
sangue e torna a diabetes mais difícil de ser controlado.
Outros problemas bucais relacionados com o diabetes são: candidíase (sapinho- uma
infecção causada por um fungo que cresce na boca), boca seca que pode causar
aftas, úlceras, infecções e cáries.
Fonte: American Association of Periodontology ( AAP)
Diabete e Problemas de Saúde Bucal
Existe uma ligação entre a gengivite e a diabete?
As pesquisas mais recentes sugerem que há uma ligação entre a gengivite e a
diabete. Embora já se saiba que os diabéticos têm maior chance de desenvolver
doença periodontal, novos estudos indicam que a gengivite crônica pode ser um fator
de risco para a diabete.
De que maneira? Bem, a gengivite pode fazer com que as bactérias entrem na
corrente sangüínea e ativem as células que produzem os sinais biológicos da
inflamação, e que têm um efeito destrutivo no organismo. No pâncreas, as células
responsáveis pela insulina podem ser danificadas ou destruídas. Com isso, pode
surgir a diabete Tipo 2, mesmo em pessoas que não têm outros fatores de risco com
relação à diabete.
O relatório do Ministério da Saúde sobre saúde bucal afirma que a saúde bucal é
parte integrante da saúde geral. Por isso, escove os dentes, use fio dental e consulte
o dentista regularmente.
Por ser diabético corro um risco maior de ter problemas com os dentes?
Se seus níveis de glicose no sangue não forem bem controlados, você tem maior
chance de desenvolver gengivite e de perder dentes quando comparado a pessoas
que não têm diabete. Como todas as infecções, a gengivite pode ser um fator que
eleva o açúcar do sangue e torna a diabete mais difícil de ser controlada.
Outros problemas bucais relacionados com a diabete são: candidíase (sapinho- uma
infecção causada por um fungo que cresce na boca), boca seca que pode causar
aftas, úlceras, infecções e cáries.
Como evitar problemas dentários associados com a diabete?
Em primeiro lugar, o mais importante é você controlar o nível de glicose no sangue.
Em seguida, cuide bem dos seus dentes e gengiva e faça exames minuciosos a cada
seis meses. Para controlar as infecções por fungo, controle bem sua diabete, procure
não fumar e, se usar dentadura, remova-a e limpe-a diariamente. O controle
adequado da glicose do sangue também ajuda a evitar ou aliviar a boca seca
causada pela diabete.
Que posso esperar das minhas consultas com o dentista?
Devo contar a ele que tenho diabete? As pessoas que têm diabete necessitam
cuidados especiais e seu dentista está preparado para ajudá-lo. Mantenha seu
dentista informado sobre qualquer alteração em seu estado de saúde e sobre os
medicamentos que estiver tomando. Exceto em caso de emergência, não se submeta
a qualquer procedimento dentário se o açúcar no sangue não estiver bem
controlado.
Fonte: www.colgate.com.br
Periodontal Therapy May Help Diabetic Patients Improve Sugar Control
Studies have demonstrated an association between periodontal therapy and improved metabolic
control in diabetic patients. This study supports findings related to this association.
CHICAGO – April 11, 2006 – Results of a new study support the hypothesis that periodontal therapy
may improve metabolic control (lower HbA1c) in diabetic patients. This study appears in April’s
issue of the Journal of Periodontology. Study Abstract *
The results suggest that periodontal therapy may reduce a diabetic patient’s HbA1c count by as
much as 20 percent at three and six months following treatment. According to the American Diabetes
Association, HbA1c provides patients with a picture of their average blood sugar changes in the past
two to three months and gives them a good idea of how well their diabetes treatment plan is working.
A healthy HbA1c count is between the ranges of 4.0 to 6.0.
“We found that conventional treatment for chronic moderate generalized periodontitis, which
included a simple, non-surgical procedure called Scaling and Root Planing (SRP) lowered the study
group’s HbA1c count from 7.2 to 5.7,” said study authors Prof. Antonio Bascones and Dr. Ricardo
Faria-Almeida from Department of Medicine and Buccofacial Surgery of the Complutense
University in Madrid Spain. “This could significantly put diabetic patients who are just above the
normal HbA1c range into the healthy range and reduce their risk of serious complications from
diabetes.”
Bascones cautioned that these findings should not be considered definitive or universally
generalizable because of the study sample size. In addition, this study compared the response to
conventional periodontal treatment between type 2 diabetic and non-diabetic patients with chronic
moderate generalized periodontitis and did not include a group of diabetics that was not undergoing
periodontal treatment. The absence of this information is a limitation because it is not known how
diabetic patients who were not undergoing periodontal treatment would have progressed.
“For a long time we’ve know that diabetic patients have a higher risk of developing periodontal
disease compared to non-diabetics,” said Kenneth A. Krebs, DMD and AAP president. “The results
of this study provide additional evidence about the other side of the equation: that periodontal
treatment may affect metabolic control in diabetic patients who have periodontal disease. While we
can’t say periodontal treatment will definitively help, to date no reports indicate a harmful effect of
periodontal treatment on a diabetic patient’s metabolic control.”
A referral to a periodontist in your area and free brochure samples including one titled Diabetes &
Periodontal Diseases are available by calling 800-FLOSS-EM or visiting the AAP's Web site at
www.perio.org
Fonte: www.perio.org – Associação Americana de Periodontia
Odontologia sistêmica cuida dos dentes e dos males de outras partes do organismo
Na infância, o policial civil Sávio Glória Pontes, hoje com 22 anos, vivia no médico por causa de uma
rinite alérgica. Com a chegada da adolescência, vieram os problemas de estômago. E, há cerca de três
anos, começaram os estalos na boca. O rapaz foi a vários ortodontistas, mas, como eles só se
preocupavam com a questão estética, o policial acabava deixando de lado os tratamentos propostos.
Foi quando um colega sugeriu a Sávio procurar um profissional de odontologia sistêmica - ramo que
considera o corpo em sua totalidade e não cuida da boca como se ela fosse isolada do resto do organismo.
Mesmo com um pé atrás, o jovem decidiu dar um voto de confiança e usou os aparelhos ortodônticos
recomendados pelo especialista. Hoje, livre dos estalos na boca, com uma postura melhor e mais bem
disposto, o policial dá o braço a torcer. ''Foi uma surpresa: o tratamento trouxe alívio até para os
problemas respiratórios e digestivos'', admira-se.
Sávio viu na prática que cuidar da saúde da boca traz benefícios para o organismo todo. E isso não deve
causar espanto. Afinal, nosso corpo é um sistema, um conjunto de elementos integrados entre si. Essa
integração é especialmente nítida no sistema músculo-esquelético. ''Quando o encontro da arcada superior
com a inferior não ocorre da forma correta, nervos e músculos sofrem compressões que podem dar origem
a dores de cabeça e nas costas'', explica o cirurgião-dentista Newton Nogueira de Sá, especialista em
ortodontia e em ortopedia dentofacial.
Problemas no posicionamento da mandíbula podem gerar desequilíbrios na articulação têmporomandibular - que fica perto da orelha, onde as arcadas dentárias se encontram. Isso modifica a posição da
cabeça e produz alterações evidentes na coluna cervical. Mas, às vezes, a reação se estende por toda a
coluna vertebral, que fica com desvios. ''Até o comprimento das pernas pode ser alterado'', afirma Roseli
Luppino Peres, presidente da Sociedade Brasileira de Odontologia Sistêmica em São Paulo.
A funcionária pública Célia Maria de Souza, de 52 anos, confirma as teorias da odontologia sistêmica.
Afinal, foi através delas que Célia corrigiu sua mordida e se viu livre das terríveis dores na face que
acabavam com sua concentração no trabalho. O alívio foi quase imediato: após 15 dias usando um
aparelho móvel, as dores já não a incomodavam tanto. Hoje, dois anos depois, a funcionária pública não
sente mais nenhum incômodo na face e, de quebra, as de dores de cabeça e nas costas diminuíram
consideravelmente. E os resultados não pararam por aí. ''Acertei as arcadas e ganhei de brinde uma
fisionomia muito mais jovial. Todo mundo pergunta se fiz plástica'', diverte-se. A história de Célia
demonstra que a estética anda de mãos dadas com a parte funcional dos dentes. ''Se a estética não for
considerada, o paciente pode se tornar inseguro e introvertido'', diz a odontóloga TelmaRocha.
Já no caso de Sávio, o maior benefício foi o aumento da parte interna da boca. Os dois aparelhos
ortodônticos que usou ampliaram sua cavidade bucal, garantindo melhor oxigenação do organismo todo.
Não é balela. Quando falta espaço na boca, a língua pode ser posicionada mais para trás, estreitando o
espaço por onde passa o ar vindo do nariz. Resultado: o volume de oxigênio que entra no organismo fica
menor.
Para compensar esta alteração, a pessoa vai respirar de forma acelerada, e é comum passar a inspirar
também pela boca. Tal estratégia de adaptação faz com que as vias respiratórias fiquem ressecadas e com
fissuras, uma das causas da rinite alérgica. Por outro lado, pode acontecer de o aparelho respiratório
produzir grande quantidade de muco para se proteger: haverá coriza, entupimento do nariz e até
repercussões mais graves que estariam entre as causas da asma. ''Além disso, quando a respiração
acelera, a freqüência cardíaca pode aumentar e gerar problemas circulatórios'', comenta o cirurgiãodentista Agné Cervo Peres, especialista em ortopedia funcional dos maxilares.
A falta de espaço na cavidade bucal também interfere na digestão - que, vale lembrar, começa na boca. Se
não tiver espaço suficiente, as glândulas salivares ficam comprimidas e deixam a saliva mais ácida, o que
compromete todo o processo digestivo. A alteração do pH da saliva também agrava a placa bacteriana e
pode provocar doenças no periodonto, que compreende as gengivas, os ossos e fibras e tecidos ligados aos
dentes.
A relação entre a boca e a saúde do resto do organismo é uma via de mão-dupla: distúrbios pelo corpo
também se manifestam na cavidade bucal. Bactérias que causam inflamações no periodonto, por exemplo,
podem cair na corrente sangüínea ou lançar no sangue substâncias tóxicas. ''Tanto os microrganismos
quanto suas toxinas podem contribuir para a formação de placas gordurosas nos vasos, abrindo portas
para doenças no coração e no cérebro'', diz o periodontista Luiz Fernando de Araújo. Já distúrbios como
diabetes podem trazer prejuízos para a boca. A taxa de glicose alta, por exemplo, pode afetar a irrigação
sangüínea da gengiva e reduzir a capacidade de defesa contra microrganismos. Desta forma, o paciente
fica vulnerável a doenças na boca. E diversos estudos têm mostrado que, se essas enfermidades na boca
não forem devidamente tratadas, o paciente terá dificuldade para controlar o nível de açúcar no sangue.
Não é à toa que hoje existe uma tendência de trabalho conjunto entre dentistas, médicos e outros
profissionais de saúde. ''Prova disso é o fato de haver um gabinete dentário totalmente equipado dentro da
enfermaria de clínica médica do hospital da Universidade Federal de São Paulo'', exemplifica o médico
Antônio Carlos Lopes, presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica. O dentista Paulo Murilo da
Fontoura, presidente da Associação Brasileira de Odontologia no Rio, faz coro: ''parece ter chegado a
hora de unirmos os avanços científicos das diversas especialidades médicas e odontológicas''.
JB Online