Cactáceas

Transcrição

Cactáceas
CACT
CACTÁCEAS
FAMíLIA DOS CACTOS
Caclaceae'
Lindl.,
A Nat. Syst. 2a. ed. 53. 1830; Torrey & Gray, FI. North
Amer. 1: 553. 1838; Labour.,
Monogr.
oact , 1. 1853; Engelm,
& Gray, Bost , Jour.
Nat. Hist. 5: 246. 1845; Engelm.,
Amer. Jour.
Se. and Arts lI, ser. 14. 335, 1852;
Engelm.,
ibid. ser. 17. 231. 1854; Engelm.,
The Bot , Works of the Late George
Engelmann.
2 vols. 1815-1825; DC., Prodr.
3': 458, 1828; DC., Mém.
Mus. HIst.
Nat. 7: 25. 1828; Engelm.,
Proc. Amer. Acad. 3: 259. 1857; K. Schum.
In Mart.,
Flora Bras. 4 (2): 186-334, tab. 43-63. 1869-1890; K. Schum.,
Gesamtbeschr.
Kakt.
832 pp . apend.
171 pp. 1903; Br. & Rose, The Cacto 4 vols. 1919-1923; Berg, Kakt.
346 pp . 1929; Bravo, Las Cacto Mex. 755 pp. 1937; Castellanos
& Lelong
in Desc.,
Gen. Spec. PI. Argent.
(Cactaceae)
104 pp.
1943; Buxb.
in Krainz,
Die Kakt.
1956-1960; Borg , Cacti. 419 pp. 1937, 2a. ed. 1976; Backbg.,
Dle Cacto 6 vols. 19581962; L. Benson, The Cactl Ariz. 218 pp. 1969; L. Benson, The native cacti Calif.
243 pp. 1969; L. Benson, FI. Texas. 221-317. 1969; L. Benson, The Cactl U. S. and
CANADA 1044 pp. 1982; Herbel, All es ueber Kakt.
320 pp. 1978; Bravo, Las Cacto
Mex. 2a. ed . V. 1:743 pp. 1978; Haage, Kakt.
A bis Z. 751 pp. 1981.
C a c t i
Juss.
Gen.
C a c t o i d e a e
PI.
Vent.,
310. 1789.
Tabl.
Reg.
Veg. Meth.
Juss.
3: 289. 1799.
C a c t e a e DC., Prodr.
3: 457. 1829; DC., Revue Cacto 1. 1828; G. Don,
Gen. Syst. 3. 156. 1831-1838; Link, Handb.
oact . 2: 8. 1831; Pfeiff.
Enum.
Cacto
4. 1837; Meisn., PI. Vasc. Gen. 128 (92). 1836-1843; Lem., Cacto Gen. Nov. Spec.
Nov. 65. 1839; Miq., Bull. Sei. Phys. Nat. Neer!. 1. 88. 1839; End1., Gen. PI. 2:
942. 1840; SD., Cacto Hort. Dyck. Culto 266 pp., 1845; Foerst.,
Handb.
Cacto 1029
pp. 1846; Foerst.
& Ruempl.,
Handb.
Cacto 2 vols . 1886; Benth.
& Hook., Gen.
PI. 845. 1862-1883.
Gen.
Opu
n t i a c e a e .russ. ex Lernery, Dict. Se. 144 (ex part .j . 1733; HBK
Spec. Nov. 6: 65. 1815-1825; DC., Mém./Mus.
Hist.
Nat.
17: 25. 1828.
N o p a I e a J.
element.
216. 18; Mart.,
Cur. 16 (1): 322. 1832.
St. HyI., ~xpos. Fam.
2: 134. tab.
95. 1813; DC., Ther.
ín Nov . Act. Phys , Med. Acad. Caes. Leop , Caro!. Nat.
FLORES solitárias ou em inflorescências, hermafroditas, às vezes
fisiologicamente
unissexuadas,
actinomorfas,
pseudozigomorfas ou
zigomorfas, diurnas, noturnas ou noturno-matutinas,
constituídas de
3 partes: a) zona pedicelar (na base); b) pericarpelo (parte caulínar
que rodeia o ovário) e tubo floral e c) verticilos florais (períanto,
androceu e gíneceuj ; o pericarpelo e tubo geralmente estão recobertos por algumas séries de espirais de aréolas; o perianto constitui-se
de segmentos petalóides dispostos em várias séries espiraladas; estames numerosos. OVÁRIO seminífero ou ínfero, multicarpelar mas
• Provém do nome grego káktos,
em latim, segundo
Plinio cactos, cacti, em
português
cacto,
Segundo Tertullano,
espécie de cardo, alcachofra.
É nome
ceciliano
dado à alcachofra
(Cynara scolymus) , planta
hortense
espinhenta,
da famílla
das compostas.
CACT
6
unilocular e só com um estilo; lóbulos estigmáticos geralmente mais
de 4; óvulos de placentação parietal, geralmente com largos funículos, às vezes concrescentes em fascículos e nos gêneros mais evoluídos com pêlos na superfície voltada para o interior do ovário.
FRUTO baga, na qual interferem outros órgãos como o pericarpelo e a zona pedicelar e que formam as suas paredes; o epicarpo,
mesocarpo e endocarpo constituem as finas paredes que circundam
os funículos; a suculência do fruto é fornecida em grande parte pelos
funículos que acumulam açúcares durante a maturação. SEMENTES
sem endosperma e com ou sem perisperma desenvolvido; testa grossa com arilo pétreo, esclerenquimatoso, formando um anel lateral ou
então, fina, com a taça do hilo lateral ou basal e com ou sem asa
tegumentar lateral que se forma a partir do funículo; tégmen muito
fino. PLÂNTULAS comumente com 2 cotilédones foliáceos e grandes
nos gêneros mais primitivos, curtos e crassos nos gêneros mais
evoluídos.
PLANTAS perenes, suculentas, terrestres, rupícolas ou epífitas, a
maioria xerófita, caule crasso, globoso, cilíndrico ou aplanado, caracterizadas pela presença de órgãos especiais chamados aréolas; as
mais primitivas desenvolvem-se como árvores ou arbustos, com folhas laminares, como as demais dicotiledôneas; nos outros gêneros
as folhas são reduzidas a escamas ou ausentes. CAULE às vezes com
tubérculos que podem ser imbricados ou coalescentes, formando gomos ou costelas e mamilas ou tubérculos, dispostos em séries espiraladas cujo número é mais ou menos constante para cada série e que
seguem a seqüência das séries de Fibonacci (3:5;5:8;8:13;13:21,
etc ... ). As aréolas são órgãos meristemáticos peculiares, equivalentes às gemas axíaís das folhas ou de seus rudimentos; produzem ramos, flores, frutos, espinhos, gloquídios, pêlos setosos, lã, feltro, cerdas ou glândulas nectariais.
ESPINHOS geralmente presentes, de
forma, consistência, cor e disposição definidas na aréola, às vezes
recobertos total ou parcialmente por uma bainha de origem epídérmica que se desprende facilmente.
Tipo
-
Cactus
L .. Sp.
PI.
114
1753 (Me locact.us
Lk
&
Otto
I.
Dispersão da família - As Cactáceas constituem uma família
quase exclusiva do Continente Americano, provavelmente originada
na América do Sul (Buxbaum, 1969), onde encontram-se os gêneros
mais primitivos, assim como: Pereskia (Rhodncactus) , Quiabentia e
Brasiliopuntia. Nas Antilhas, também encontram-se gêneros primitivos, assim como: Pereskia e Consolea. Das Antilhas, provavelmente
migraram as Cactáceas para o México, importante centro de díversidificação desta família, onde atualmente existe a maior diversidade
CACT
7
de gêneros, muitos endêmicos e evoluídos, como Mammillaria, com
perto de 300 espécies neste país, Coryphantha, Neolloydea, Thelocatus,
Strombocatus, Roseocactus, Ariocactus, Obregonia, Lophophora, etc.,
etc.
Sem nenhuma explicação lógica, encontram-se em Madagascar e
Sri Lanka, assim como em muitos países africanos, 3 espécies epífítas, muito evoluídas, do gênero Rhipsalis, das quais 2 também se encontram no Brasil e no México.
Em Ma.dagascar encontra-se a família mais primitiva e mais
semelhante às Cactáceas, também membro da série Centrospermae:
Didieriaceae.
A família das Cactáceas distribui-se no Continente Americano
entre as coordenadas de 59° de latitude norte e 52° de latitude sul,
em altitudes do nível do mar até 5.100m nos Andes peruanos.
Não se sabe exatamente quando se originou esta família, pois
até hoje não se encontraram fósseis nem grãos de pólen fossilizados,
mas calcula-se que foi há uns 80 milhões de anos, enquanto que a
separação dos Continentes Americano e Africano foi há uns 100 milhões de anos. L. Gonzalez-Quintero
(1976) coletou em Tehuacan,
Puebla, México, restos de Cactáceas semifossilizadas de mais ou
menos a 10.000 anos.
Com relacão ao número de gêneros e espécies na família das
cactáceas há muita e ampla discrepância entre os cactólogos que se
dedicaram a estudar a família como um todo. Assim, em ordem cronológica, os cactólogos mais prominentes indicam:
-
K. Schumann
-
Bitton
-
Backeberg
-
Haage (1981): 200 gêneros com 3.000 espécies.
&
(1898): 21 gêneros com 760 espécies;
Rose (1919-1923): 122 gêneros com 1.226 espécies;
(1958-1962): 235 gêneros com 3.000 espécies;
Quan to aos gêneros e espécies brasileiros:
-- K. Schumann
r op , cít.}:
20 gêneros e 117 espécies;
-
Bri tton & Rose (op . cit. ): 28 gêneros e 146 espécies;
-
Backeberg
-
Haage (op . cít
-
Ritter 0979 v. 1): 40 gêneros e 250 espécies e variedades.
(op . cít
.»: 40 gêneros e 183 espécies;
.»: 27 gêneros e 131 espécies com 15 variedades.
CACT
8
Entretanto, para Santa Catarina,
referidas 3 espécies.
na literatura
só se encontram
Santa Catarina é um Estado brasileiro que apresenta grande
riqueza na sua flora em geral e em cactáceas em particular. Uma
das causas, sem dúvida, é que aí há presença de espécies neárticas e
neotropicais.
Também é uma regiao onde há muito endemismo em diversas
famílias de fanerógamas, tanto a nível de gêneros como de espécies.
Ao realizar o presente estudo encontramos neste Estado 18 gêneros de cactáceas e 1 híbrido intergenérico, com 57 espécies e 1 variedade, das quais 15 são cultivadas e 43 nativas.
De acordo com Klein (970), a vegetação primáría
em Santa
Catarina pode ser' dividida em 6 formações: 1 - vegetação litorânea;
2 - floresta pluvial atlântica; 3 - floresta de neblina; 4
floresta
de araucárias ou pinhais ("mata preta"); 5 - campos e 6 - floresta
subtropical da Bacia do Rio Uruguai ("mata branca").
Cactáceas são encontradas
em todas estas
terrestres, como rupícolas e a maioria, epífitas.
Página com visualização parcial.
formações,
tanto
CACT
377
Página com visualização parcial.
CONSPECTO GERAL DAS CACTÁCEAS
GBNERO(S)
I
Plantas descritas na
FIC
Esr.1 Ssp, var.1 For.
3
2. BrasilicaclUs
2
3. Nolomlus
3
4. Brasilopunlia
I
5.0punlia
4
-
E.Mopalea
-
I
-
2
-
B.Selenicereus
1
-
9. Hvlocereus
1
1
-
11. Hocalxochia
1
-
12. lpiphvllum
4
13.leplsmium
1
14. Haliora
1
15. Rhipsalis
25
16. Rhipsalidopsis
2
11. Aporocaclus
1
18.Schlumberuera
3
10m: 18
GtNlROS
51
-
Esp·1 ssp.1 Var.
I For.
-
1
Plantas cultivadas em
Santa Catarina
Híbr.
Esp.
-
2
I
-
-
- - -
-
-
-
-
1
3
-
I
-
-
15
-
1
-
43
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
I
3
1
1
1
2
-
Ssp.
var.1 For.
I Híbr.
-
-
2
'.(ereus
10. Heliocereus
I Híbr.
I -
I.Pereskia
I
Plantas nativas ou espon\.
em Santa Catarina
!
-
-
I
-
-
I
-
-
2
-
-
-
-
-
-
-
-
1
-
1
-
1
-
-
-
1
-
-
-
-
1
-
-
2
-
-
1
1
1
15
-
-
-
-
-
-
-
-
- -
-
-
-
-
-
-
-
-