a MaIOR MONtRa De NeGÓCIOs DO PaÍs

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a MaIOR MONtRa De NeGÓCIOs DO PaÍs
Revista trimestral • Informação Geral • Distribuição gratuita • Setembro 2013 • Nº31
notícias
Destaque
SONANGOL BRILHOU NA FILDA 2013
A MAIOR MONTRA DE NEGÓCIOS DO PAÍS
SEVEN BOREALIS
DANDE Nº 1
O maior e o
mais sofisticado
navio facilitador
da indústria do
petróleo em
Angola
O primeiro furo
concessionado
em Angola para
exploração de
petróleo
À DESCOBERTA
DE ANGOLA
Uma viagem
a Catete no
comboio dos CFL
revista disponivel nos voos da:
22
03 EDITORIAL
Por um objectivo comum
Internacional
SEVEN BOREALIS,
A JÓIA DA COROA
EM ANGOLA
18
A indústria petrolífera
em Angola representa,
actualmente, a mais moderna
montra de tecnologia.
A presença do Seven
Borealis em águas angolanas
representa um passo gigante
na tecnologia petrolífera de
que Angola está a beneficiar.
Destaque
A SONANGOL
NA FILDA 2013
O espaço apresentado pela
Sonangol na FILDA 2013, em
Julho passado, representando
da melhor maneira todas as
suas actividades, mereceu
rasgados elogios de todos
os visitantes.
DESPORTO
32
DANDE Nº 1
36
O PRIMEIRO FURO
O MUNDIAL DE HÓQUEI EM PATINS
E A VITÓRIA DE ANGOLA
NO AFROBASKET FEMININO
Angola esteve ao mais alto nível na organização
do Campeonato do Mundo de Hóquei
em Patins e, no Afrobasket feminino, em
Moçambique, arrebatou novo título.
Uma breve evocação à abertura do primeiro furo
em Angola que acabou por se mostrar inútil.
34 Cultura
SETEMBRO, O MÊS DE AGOSTINHO NETO
O mês de Setembro ostenta uma forte influência
na história de Angola. Foi neste mês que nasceu o
primeiro Presidente do país, e foi neste mês que nos
deixou o seu legado para as gerações futuras.
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Guime, André Lelo e José Paiva.
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Boa Morte, Gil Miguens, Tiago Neto, Nelson Silva, Luís Alexandre e Estêvão Félix • Impressão Damer Gráficas, S. A.
• Tiragem: 5000 exemplares • Design Gráfico, Apoio Editorial e Produção:
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editorial
Por um objectivo comum
A
indústria petrolífera
nacional já atingiu um
nível de desenvolvimento digno de realce, facto para o qual
muito contribuíram a abertura
ao investimento privado e o estabelecimento de um quadro legal, regulatório e contratual “suficientemente robusto e estável”.
Apesar de alguns sinais recentes
de desaceleração do crescimento
do sector, resultante, entre outros
aspectos, da complexidade da
exploração petrolífera em águas
profundas e ultra profundas, de
acumulações de hidrocarbonetos
em quantidades inferiores às registadas na década de 90, e à sua
dispersão geográfica, a verdade
é que Angola continua a ser um
país promissor no que ao petróleo
diz respeito.
E foi para abordar questões pertinentes relativas ao sector dos petróleos em Angola, que o Conselho
de Administração da Sonangol
E.P., liderado pelo seu Presidente,
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• Setembro 2013 - Nº31
Francisco de Lemos José Maria,
manteve, em Outubro de 2013, na
Sede da concessionária nacional,
em Luanda, uma reunião com as
operadoras petrolíferas no país.
No referido encontro, de todo
oportuno, o PCA enfatizou, e fê-lo
por diversas vezes, a necessidade de uma estreita colaboração
entre a Sonangol E.P. e as suas
associadas, para a concretização
de um objectivo que se pretende
comum: contribuir para o desenvolvimento de Angola e, claro,
proporcionar o devido retorno
aos investidores. Aliás, tal como
disse Francisco Maria, todas as
associadas e empresas privadas
angolanas que queiram investir
na indústria petrolífera em Angola
serão bem-vindas. Contudo, há
que ter em consideração que o
país tem legislação sobre petróleo
e que a mesma deve ser escrupulosamente cumprida. E porque
nunca é demais recordar, a Sonangol E.P., enquanto concessionária
nacional, é a única entidade com
capacidade e autoridade legal e
contratual para efectuar “diligência corporativa e empresarial” às
suas associadas e aos investidores nas concessões petrolíferas.
Grosso modo, a reunião constituiu uma excelente oportunidade para a Sonangol E.P. partilhar,
com as associadas, a sua visão
relativa à indústria do petróleo, os
seus objectivos, metas, principais
programas e iniciativas, visando
o crescimento deste importante
sector, que em Angola representa
a mola impulsionadora dos êxitos que o país tem alcançado nas
mais variadas vertentes.
E porque foi colectivamente benéfica, o Presidente do Conselho de
Administração da Sonangol E.P.
não deixou de manifestar o desejo
da realização de mais sessões do
género, quiçá uma vez por ano. O
repto está lançado.
Até breve!
5
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
DA SONANGOL E.P. TOMOU POSSE
O Conselho de Administração da Sonangol E.P. foi empossado,
em acto presidido pelo ministro da Economia, Abraão Pio dos
Santos Gourgel. O evento decorreu numa das salas do Ministério da Economia, onde Abraão Gourgel, ladeado pelo Secretário de Estado dos Petróleos, Aníbal Teixeira da Silva, conferiu
posse ao Presidente do Conselho de Administração, Francisco
de Lemos José Maria.
Aquele membro do governo empossou também os Administradores Executivos da Sonangol E.P., Fernando Joaquim Roberto, que
terá como foco principal o Desenvolvimento do Capital Humano,
Conhecimento e Providência Social; Anabela Soares de Brito
da Fonseca, que velará essencialmente pelos Activos e Investi-
mentos Internacionais; Ana Joaquina Van-Dúnen Alves da Costa,
cuja acção principal será a Refinação, Gás Natural, Geração de
Energia e Petroquímica; Fernando Gaspar Bernardo Mateus, que
terá, entre outras responsabilidades, a de Chief Financial Officer e Desenvolvimento Corporativo; Mateus Sebastião Francisco
Neto, com principal foco para o Downstream, Desenvolvimento
Industrial e Conteúdo Local; e Paulino Fernando Carvalho Jerónimo, que assumirá, fundamentalmente, as áreas de Exploração e Produção de Hidrocarbonetos.
Tomaram igualmente posse, os Administradores não Executivos, José Gime, André Lelo, José Paiva e Albina Assis Africano,
os dois últimos ausentes.
Plano Nacional Contra Derrames Petrolíferos no Mar
em fase de implementação
O Plano Nacional de Contingência Contra Derrames Petrolíferos no
Mar está preparado para acudir todos os tipos de derrames, incluindo
os de nível três, que é o mais elevado. Embora ainda em fase de
implementação, o sector ligado ao plano tem feito o seu trabalho de monitorização e fiscalização a fim de advertir e ou penalizar.
Para a Ilha do Mussulo, a Restinga e outros pontos, está previsto um
plano exclusivo, por serem lugares de desovas de peixes e de espécies específicas.
A par disso, um terminal de armazenamento e tratamento de resíduos petrolíferos está a ser erguido em Luanda pela Sonangol Logística, com o objectivo de tratar, sobretudo, de resíduos de eventuais
derrames do crude que afectem principalmente o meio ambiente
marinho angolano.
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MINISTRO ANGOLANO DOS PETRÓLEOS
DISTINGUIDO NOS EUA
©Tim Fulton (Gary Barchfeld Company)
A Sociedade dos Engenheiros de Petróleos (SPE) distinguiu o ministro angolano
dos Petróleos, Botelho de Vasconcelos,
com o “Prémio Carreira - 2013”, em New
Orleans, Estados Unidos da América,
pelo seu apoio àquela organização e à
indústria em Angola. A cerimónia decorreu por ocasião do banquete anual da
Sociedade dos Engenheiros de Petróleo, um evento de destaque que acontece à margem da Conferência Técnica
Anual e Exposição da SPE, organizada
de 3 de Setembro a 2 de Outubro. O presidente da “Society of Petroleum Engineers – SPE”, Egbert Imomoh, felicitou o
ministro angolano pelo prémio internacional com as seguintes palavras: “Em
nome do Conselho de Administração e
de todos membros da SPE tenho o prazer
de informá-lo da sua eleição como beneficiário do “Distinguished Lifetime Achievement Award” (prémio de excelência ou
da carreira pelo conjunto das realizações
da SPE relativo ao ano 2013” – referiu. Em
resposta, Botelho de Vasconcelos afirmou
que “é sempre uma honra estar presente
em eventos como este que junta distintos
actores desta indústria para se abordar os
mais variados temas sobre o sector, imergindo o conhecimento de novas tecnologias para a aplicação no desenvolvimento
da indústria petrolífera. A Sonangol participou nesta Conferência Técnica, que
reuniu tecnologias emergentes, inova-
ções de arte, empresas de ponta, organizações bem como um vasto número de
engenheiros, cientistas, gestores e executivos. A Sonangol marcou a sua presença com um stand com material de
divulgação do nosso país e da empresa,
que esteve representada por engenheiros
da Pesquisa e Produção da Sonangol e
por técnicos do Gabinete de Comunição
e Imagem da Sonangol E.P..
Mais de 400 expositores de todas as
regiões do globo estiveram presentes na
reunião, cujo tema de abertura, proferido
pelo Presidente da Sociedade de Engenheiros de Petróleo, Egbert Imomoh, foi
“Os desafios associados à exploração e
desenvolvimento em águas profundas”.
actualidade
CENTRALIDADES AVANÇAM ENTREGAS
A necessidade de habitação condigna nas grandes cidades, especialmente nos arredores de
Luanda, é uma questão que, desde sempre, foi preocupação das autoridades competentes.
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O
nascimento das grandes
centralidades, estrategicamente distribuídas pelas
zonas mais adequadas, veio
colmatar grande parte do problema
da habitação. Kilamba Kiaxi, Cacuaco,
Zango são nomes que entraram na linguagem diária dos angolanos. Representam a realização dos seus sonhos
mais fortes de garantirem um futuro
condigno aos seus filhos. Ninguém
gosta de viver ao lado da vala.
A Sonangol Imobiliária e Propriedades – SONIP, atenta a estas questões
humanas e sociais, tudo tem feito para
normalizar a distribuição e entrega dos
espaços habitacionais.
Para a Centralidade do Cacuaco, está
em curso o processo de atendimento
para conclusão das entregas das unidades habitacionais adquiridas.
Na cidade do Kilamba estão em construção 15 mil novos fogos habitacionais, conforme anunciou o PCA da
Sonangol.
Francisco de Lemos Maria, assegurou
que cidadãos que têm contrato com a
SONIP para uma determinada tipologia
de habitação, mas que, nesta altura,
estão a receber propostas diferentes
do pedido inicial, tudo passa por um
acordo contratual e comercial entre as
partes.
Francisco de Lemos informou
que esta situação se deve ao facto de
não terem sido construídas as mesmas quantidades nas diversas tipologias de habitação na Centralidade
do Kilamba.
Quanto às rendas, o Presidente da
Sonangol informou oportunamente
que ficou decidido que cada cliente
deve fazer a liquidação das suas obrigações mensalmente: “Temos capacidade para fazer cobrança mensal. Por
isso, não vai continuar a haver a exigência de pagamento anual durante
o mês de Março de cada ano”, frisou.
Todos os clientes que se tenham candidatado a apartamentos T3 ou T3+1
poderão beneficiar da tipologia T5,
mediante um acordo entre as partes.
A diferença de preços ronda os sete mil
dólares, para um prazo de 12 meses.
Nas várias centralidades de Luanda
ainda há disponibilidade de 31 mil fogos
habitacionais, que estão em fase de
conclusão. No caso do Kilamba, cinco
mil T3 estão previstos serem entregues
entre Abril, Junho e Dezembro de 2014.
No Cacuaco, estão a ser construídas
300 fracções T3 cuja conclusão está
prevista para Outubro de 2014.
Extensão nacional
Mas a construção de unidades habitacionais não se resume somente à zona
da grande Luanda. Também estão previstas habitações em várias outras províncias do país. Este ano ainda, serão
iniciadas as obras para construção
de 15 mil fogos nas cidades do Soyo,
Mbanza Congo, Cabinda e na localidade da Graça, em Benguela.
“Para o primeiro semestre de 2014 esperamos iniciar a edificação de mais 23
mil fogos nas cidades do Dundo, Saurimo, Malanje, Bengo, Ndalatando,
Ongiva e Menongue”, anunciou Francisco de Lemos José Maria.
O acesso ao crédito bancário pode ficar
mais facilitado com a entrada em funcionamento, no primeiro trimestre do
próximo ano, do Banco de Poupança
e Promoção Habitacional, instituição
bancária propriedade exclusiva da
Sonangol.
Angola aumenta exportação
de petróleo
Segundo previsões internacionais, Angola deverá aumentar as suas exportações em
Dezembro para 53,4 milhões de barris
Angola vai exportar 56 cargas de crude em Dezembro, mais
três do que em Novembro, de acordo com o programa de
embarque actualizado, divulgado pela agência financeira
Bloomberg, num total de 53,4 milhões de barris.
De acordo com os dados, Angola, o segundo maior produtor
africano de petróleo, vai produzir 1,73 milhões de barris por
dia, comparado com 1,7 milhões em Novembro.
No total, o país vai exportar 53,54 milhões de barris no último
mês do ano, um aumento face aos 50,88 milhões previstos
para Novembro.
Os dados resultam do plano mensal de exportações de crude
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pelos operadores no terreno, o que permite aos compradores
e vendedores planearem as suas actividades.
Angola pretende ser o número um na produção africana de
petróleo, destronando a Nigéria, prevendo chegar a 2015 com
uma produção diária de 2 milhões de barris/dia.
Segundo as mesmas fontes, o país tem 13 mil milhões de barris de reserva, mais 4 mil milhões que o previsto pela Organização dos Países Produtores de Petróleo (OPEC).
Nos últimos meses, Angola tem produzido cerca de 1,7 milhões
de barris por dia, estando praticamente ao nível das exportações feitas pela Nigéria.
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GALP DESCOBRIU “GRANDE JAZIDA”
DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL NO BRASIL
Um consórcio de exploração integrado pela Galp Energia anunciou que terminou a
perfuração do poço Bracuhy, no pré-sal do Brasil, onde identificou a existência uma “grande
jazida” de petróleo, gás natural e condensado.
A Galp Energia anunciou que um consórcio de
exploração de que faz parte para o pré-sal brasileiro, terminou a perfuração do poço conhecido por Bracuhy, no bloco BM-S-24, na bacia
de Santos.
A perfuração “identificou a presença de uma
grande jazida de óleo, gás (gás natural e CO2) e
condensado”, anunciou a petrolífera em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores
Mobiliários (CMVM). A iniciativa de exploração
teve lugar a 26 quilómetros do poço “descobridor” conhecido como Júpiter.
A petrolífera especifica que este é o terceiro
poço perfurado na área de Júpiter e que “permitiu comprovar a coluna de hidrocarbonetos
de 160 metros ‘gross’, a partir de 5.322 metros
de profundidade, com rochas de boas condições e permeabilidade”, lê-se no comunicado.
A Galp Energia detém 20% do consórcio de
exploração, através da subsidiária Petrogal Brasil, e em parceria com a Petrobras que detém
os restantes 80%.
Empresa mista de petróleo será criada entre
Sonangol e congénere do Vietname
O processo de criação de uma empresa mista entre Angola e o Vietname, na área de petróleos, poderá ser concluído nos próximos tempos, em função do definido no acordo bilateral de cooperação do ramo assinado em 2008.
Depois da recente visita do ministro vietnamita das Relações Exteriores ao nosso país, o assunto foi debatido ao nível do ministro angolano dos petróleos, Botelho de Vasconcelos.
Pham Binh Minh informou que na base deste protocolo, as duas partes perspectivam a criação de uma “joint venture” no ramo
dos petróleos para explorar o crude quer em Angola como no Vietname”.
Com efeito, o protocolo de cooperação entre Angola e o Vietname no domínio dos petróleos foi rubricado em 2008, ratificado
pelo governo Vietnamita em 2009, e pelo Executivo angolano, em 2011.
“É exactamente diante deste protocolo agora, que as partes vão procurar concretizar o que foi acordado naquela data, nomeadamente a criação de uma empresa mista no ramo dos petróleos”, acrescentou o ministro vietnamita.
A Petro-Vietname e a Sonangol têm mantido contactos neste sentido, a fim de se materializar, na prática, o que foi acordado
no protocolo de cooperação.
actualidade
PCA DA SONANGOL E.P. REúNE
COM OPERADORAS PETROLÍFERAS
O
Presidente do Conselho de
Administração da Sonangol E.P.,
Francisco de Lemos José Maria,
promoveu, no princípio do mês de Outubro, uma reunião com as empresas operadoras do sector petrolífero em Angola,
tendo por tema central a necessidade de
obediência ao quadro legal regulatório,
contratual e fiscal estabelecido no país.
Francisco de Lemos, em mensagem
incisiva para as empresas associadas
da concessionária nacional, asseverou
a necessidade de obediência às obrigações e compromissos vigentes, alertando
para o facto de todas as empresas se
encontrarem em igualdade legal. Particular atenção será prestada às empresas privadas angolanas, tendo estas sido
encorajadas a investir no sector petrolífero, e até a aumentar os investimentos no futuro.
O PCA deixou patente o incremento
do monitoramento e fiscalização nas
concessões mais recentes, destacou o
investimento na indústria para suporte
ao sector petrolífero, e focou a necessidade de um alinhamento estratégico,
tendo em atenção o plano nacional de
desenvolvimento 2013/2017, e a previsão de crescimento médio anual do
PIB em 7%.
De recordar que a Sonangol previu a licitação de 15 concessões em 2013, 12 em
2015 e outras 15 em 2017, nas bacias do
Congo, Kwanza e Namibe, além de seis
concessões para a exploração de gás
natural, como matéria prima para a geração de energia eléctrica e para outras unidades industriais a construir no futuro.
A Sonangol reafirma a intenção de alcançar a produção de dois milhões (2 000
000) de barris em 2015, e estabilizar estes
níveis de produção durante um período
não inferior a cinco anos.
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Internacional
ALTOS E BAIXOS
PREÇOS DO PETRÓLEO VÃO
CONTINUAR SOB PRESSÃO
Devido às actuais "tempestades geopolíticas" no mundo árabe, o petróleo deverá manter-se
sob pressão nos mercados, ainda por alguns meses, segundo se lê no relatório mensal do
mercado petrolífero da Agência Internacional de Energia (AIE).
N
esse relatório a AIE considera
que o plano alternativo para
neutralizar as armas químicas
da Síria provocou uma "pausa",
mas demonstrou que o preço do barril
continua elevado e que aquele conflito
continua a manter a pressão.
Além do conflito sírio, o afundamento
das exportações de petróleo da Líbia
para os níveis mais baixos desde o final
da guerra líbia no início do mês, não dá
sinais de mudança, refere a AIE.
As exportações de petróleo da Líbia caíram de uma média de 550.000 barris
diários em Agosto e meio milhão de barris por dia em Julho, para 150.000 barris
diários no início de Setembro, precisa o
relatório.
A agência reviu em alta ligeira as previsões da procura global de petróleo tanto
para este ano como para 2014 devido à
melhoria das expectativas macroeconómicas.
Concretamente, a AIE prevê que o consumo em 2013 será em média de 90,9
milhões de barris diários, ou seja mais
895.000 barris diários do que em 2012.
Esta estimativa pressupõe um incremento de 70 mil barris diários face à previsão feita no mês passado. Para 2014,
a AIE prevê um consumo médio de 92
milhões de barris por dia.
Segundo a AIE, estas correcções resultam
das indicações sobre os dados de Julho
e Agosto devido ao efeito do "impacto
das modestas melhorias na economia".
A agência refere que se antevê uma possível desaceleração das compras de
petróleo por alguns países emergentes,
que sofreram depreciações das respec-
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BRASIL DESCOBRIU GIGANTESCA
RESERVA DE PETRÓLEO NO MAR
tivas moedas, incluindo a Índia, Indonésia, Malásia, Peru, Filipinas e Tailândia,
que mecanicamente encarecem a factura energética.
A AIE afirma que oferta de petróleo caiu
em Agosto para 91,59 milhões de barris,
menos 775.000 barris, e que esta quebra
resultou da diminuição da produção do
cartel da Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP) bem como
dos restantes produtores.
Em Agosto, a produção da OPEP diminuiu 260.000 barris diários para 30,51
milhões e a dos restantes produtores
510.000 barris diários, para 54,51 milhões.
No seio da OPEP, o aumento da extracção pela Arábia Saudita, que com 10,19
milhões de barris diários marcou um nível
máximo dos últimos 32 anos, não conseguiu compensar o descalabro da Líbia.
Fora do cartel, a diminuição sazonal nas
plataformas do Mar do Norte, as paragens
por manutenção em poços do Cazaquistão e Gana e na China devido às inundações, foi muito mais elevada que os
aumentos suplementares dos Estados
Unidos e Canadá.
Em Julho, as reservas comerciais na Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) aumentaram
muito ligeiramente, cerca de oito milhões
de barris para 2.659 milhões.
A reserva está situada perto do Estado de Sergipe e poderá ser a maior do
país fora da grande região do "pré-sal",
informou o governo estadual.
Uma campanha exploratória na costa
de Sergipe mostra que uma área controlada pela Petrobras e um parceiro
indiano possui possivelmente mais de
um bilião de barris de petróleo (1 000
000 000 000).
Esse volume é mais do que suficiente
para suprir todas as necessidades de
petróleo dos Estados Unidos, o maior
consumidor de petróleo do mundo, por
quase dois meses.
Fontes da Petrobras informaram que a
empresa planeia produzir, pelo menos,
100 mil barris por dia a partir de campos
offshore de águas profundas em Sergipe,
a partir de 2018.
A Petrobras, operadora do SEAL-11, é
dona de 60 por cento do bloco, e a indiana IBV detém o restante.
Fontes da indústria e do governo disseram anteriormente à Reuters que o
bloco SEAL-11 e as áreas adjacentes podem conter mais de 3 biliões de barris
de petróleo in situ, um termo que inclui
recursos irrecuperáveis, bem como o petróleo que pode ser economicamente
produzido.
Essa quantidade pode ser suficiente para permitir a produção de cerca de um
bilião de barris, de acordo com fontes da
indústria brasileira, com base em taxas
de recuperação da indústria local.
nacional
Clínica Girassol
assinala as suas 5 primaveras
Aberta no dia 4 de Setembro
de 2008, a Clínica Girassol
é a Subsidiária da Sonangol
E.P. que se dedica à prestação
de serviços de saúde e de
assistência médica, gestão e
construção de infra-estruturas
ligadas à saúde, podendo
comercializar e explorar
todos os produtos industriais
e farmacêuticos.
E
m hora de balanço, a Clínica
Girassol apresenta os seguintes números: 352.568 atendimentos no banco de urgência,
31.627 internamentos, 7.250 cirurgias,
439.769 consultas externas, 1.764.332
de exames complementares de Diagnóstico e Terapêutica, 2.778 partos e
810.546 refeições servidas à doentes
da referida instituição.
No que concerne aos factos mais marcantes registados nestes 5 anos da sua
existência, destacam-se os seguintes:
2008 (abertura da Clínica e início do
Internato Complementar de Especialidades Médicas); 2009 (início do Serviço de Hemodiálise); 2010 (abertura da
“Day Clinic”); 2011 (criação do Banco de
Sangue, abertura dos Serviços de Estomatologia e de Oncologia e implementação do SAP; 2012 (abertura dos Serviços
de Radioterapia e de Medicina Nuclear
e realização do 1º Congresso da Clínica
Girassol; 2013 (atingida a cifra de mil
cirurgias cardiovasculares pediátricas).
Entretanto, para assinalar as suas 5
primaveras, a Clínica Girassol realizou
diversas actividades, entre as quais um
torneio de futsal e uma exposição, nas
suas instalações, que teve como tema
“Clínica Girassol – 5 anos”.
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• Setembro 2013 - Nº31
destaque
FILDA 2013
SONANGOL DISTINGUIU-SE PELA
QUALIDADE DO SEU STAND
Alongando-se por extensa área no pavilhão dos petróleos, a Sonangol marcou a sua
presença na 30ª edição da FILDA com a qualidade dos seus espaços, numa agradável
montra das suas actividades e capacidades de intervenção tanto a nível nacional como
internacional.
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• Setembro 2013 - Nº31
19
destaque
P
ara além da sua imagem global, a Sonangol deu especial
atenção, neste certame internacional, ao mercado internacional mas também ao interno.
Na ocasião, foi afirmada a existência
da Sonangol Investimentos Industriais
– SIIND - materializada já na existência de 22 fábricas que produzem grande
variedade de artigos de qualidade, dando
assim um grande contributo no processo
de desenvolvimento do país.
A edição 2013 da Filda registou um record
de participantes – mais de mil – para o
que, para além dos seis pavilhões, foi
instalada uma grande tenda com mais
de 400 metros quadrados de superfície.
À semelhança dos três últimos anos, a
feira, que decorreu no passado mês de
Julho, encerrou com um indicador de
satisfação dos expositores na casa dos
90 porcento, segundo dados fornecidos
20
• Setembro 2013 - Nº31
21
pela organização.
Nos seis dias de intenso trabalho, o
evento foi guiado pelo lema “Os desafios da atracção de investimentos”, num
claro desafio aos investidores nacionais e estrangeiros a apostarem cada
vez mais no futuro económico do país.
Ainda na senda dos investimentos, o
quarto dia da Filda teve o seu toque
especial, tudo por causa da celebração do dia do sector petrolífero, que é
o que mais tem contribuído para o crescimento económico de Angola.
A atestar este facto está a produção
deste braço da economia angolana que
representa em média 90 % das exportações do país, 50% do Produto Interno
Bruto (PIB) e 80% dos rendimentos tributários.
A par do dia dos petróleos, que comparativamente aos outros, levou à feira
maior número de governantes, entre os
quais o secretário de Estado dos Petróleos, Aníbal Silva, a exposição celebrou,
igualmente, os dias de Portugal, do Brasil, da Alemanha, China, Turquia e da
operadora de telefonia móvel Unitel.
Na já tradicional Gala de Premiação, que
se realiza para distinguir as empresas e
expositores que mais inovam durante a
amostra, o Presidente da República, José
Eduardo dos Santos foi distinguido, como
Personalidade do Ano de 2013, devido
ao seu contributo em prol do desenvolvimento e estabilidade macroeconómica do país.
Internacional
22
SEVEN BOREALIS
Capacidade de Classe Mundial
e Versatilidade Inigualável,
ao serviço do petróleo angolano
• Junho 2013 - Nº30
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A indústria do petróleo é das que melhor reflectem a
capacidade inventiva do homem. Complexa e arriscada, esta
indústria toca todas as áreas do saber, tendo-se tornado
uma das mais sofisticadas do mundo. Extremamente
exigente, precisa de equipamentos da mais alta tecnologia.
O navio que apresentamos nesta edição, o Seven Borealis,
é um dos mais interessantes exemplos da evolução das
técnicas de extracção e tratamento de petróleo, em
qualquer parte do mundo. Angola, a passos de se tornar o
primeiro produtor africano de petróleo, está no caminho da
modernidade e da utilização das mais avançadas técnicas.
O
Seven Borealis é descrito como
um facilitador a nível global, destinado a operar no projecto CLOV
da Total. Representa o futuro dos navios
de construção para cargas pesadas e
instalação de condutas.
Concebido para suportar as condições
mais adversas do mundo e satisfazer
as exigências cada vez mais complexas dos dias de hoje e os desenvolvimentos de campo futuros das águas
ultraprofundas, o Seven Borealis combina capacidades nunca antes vistas de
construção submarina/risers e instalação de condutas em águas profundas.
“Quando se olha para as significativas
alterações e actualizações na construção e modificação de navios ao longo dos
últimos 40 anos, parece-nos evidente
que o design dos navios não antecipou
a tendência das exigências de cargas
pesadas e instalação de condutas da
indústria offshore. É difícil prever esta
tendência para o futuro, mas é possível
antecipá-la até um certo ponto” diz Frédéric Bost, Chefe da Equipa de Apoio, de
Instalação de Condutas e Cargas Pesadas do Navio da Subsea 7.
O Seven Borealis é um navio que não só
cumpre com as exigências da indústria
actual, mas que também é suficientemente versátil para satisfazer as suas
necessidades nas próximas décadas e
que já tem incorporado no seu design
a possibilidade de actualizar as capacidades actuais de forma significativa.
Com um acentuado sistema S-Lay de
600 toneladas de última geração, uma
torre J-Lay de 1.000 toneladas de capacidade e o maior guindaste de mastro
offshore do mundo – testado com 5.500
toneladas durante operações estáticas
– o navio representa um avanço gigantesco nas capacidades de construção
em águas profundas. As operações J-Lay
são realizadas com uma torre J-Lay em
cardan, criando uma plataforma rígida
de instalação de condutas que permite
ao navio ajustar a sua direcção, dependendo das condições meteorológicas
predominantes. Capaz de suportar diâmetros de conduta entre 4 e 36 polegadas, a torre J-Lay possui duas estações
de soldadura, um sistema de grampos
de fricção e um sistema de manipulação de PLETs de 100 toneladas.
A sua versatilidade é representada no
design de um novo sistema S-Lay. Capaz
de lidar com condutas de articulação
simples ou dupla com diâmetro de 4,5
internacional
24
• Setembro 2013 - Nº31
25
a 46 polegadas, o sistema estabelece
uma nova referência na capacidade.
Contrariamente às tradicionais linhas
de ancoragem S-Lay, nas quais as estações de trabalho são fixas, o sistema do
Seven Borealis é montado sobre carris,
o que significa que pode ser reconfigurado para se adaptar a qualquer comprimento de conduta ou a um requisito
específico de um projecto. Esta flexibilidade incorporada também permite à
equipa do projecto adicionar ou remover estações de trabalho, consoante seja
necessário, num curto espaço de tempo.
“Todas as lições operacionais que foram
aprendidas a partir dos acentuados
ferrões S-Lay existentes, foram incorporadas no novo e personalizado sistema Borealis”, acrescenta Frédéric. “O
resultado significa que conjugamos os
benefícios do J-Lay com a rapidez do
tradicional S-Lay”.
Um sistema de abandono e recuperação
em águas profundas de afundamento
integralmente compensado reforça
ainda mais este facilitador estratégico.
O sistema será capaz de manipular
cargas de 1.200 toneladas e de atingir
profundidades de até 6.000m, o que
significa que o Seven Borealis poderá
oferecer uma capacidade de deslocação marítima inigualável, em qualquer
parte do mundo.
São fornecidos meios de intervenção
marítimos através de dois sistemas
ROV de águas ultraprofundas a bordo,
completos com uma plena capacidade
de pesquisa marítima.
Além disso, o Seven Borealis está equipado com um sistema de monitorização e previsão de última geração para
apoiar as tomadas de decisão durante
operações com condições atmosféricas
delicadas, e reduzir significativamente
o tempo de espera.
entrevista
Fernando Amaral, Sevenseas na Filda
26
O NOSSO PAÍS DESTACA-SE CADA
VEZ MAIS NA INDÚSTRIA
PETROLÍFERA MUNDIAL
• Setembro 2013 - Nº31
27
A
firmação de Fernando Amaral,
director de vendas e de marketing da Seven Seas, que acedeu
amavelmente a esclarecer um pouco
mais a importância da presença do
navio Seven Borealis em Angola.
Para além das suas funções técnicas
e de ser uma obra de arte da mais alta
tecnologia, que contributo pode facultar o navio do ponto de vista social e
formativo para os angolanos?
Fernando Amaral- Antes de tudo
gostaria de poder partilhar o orgulho em constatar que o nosso país
cada vez mais se destaca na indústria petrolífera mundial pelo tipo de
tecnologias, meios e investimento
disponibilizados na exploração de
hidrocarbonetos. Antigamente era
norma tomarmos conhecimento de
investimentos e meios tecnológicos
desta envergadura somente através
da comunicação especializada e
notícias de projectos existentes em
outras áreas do globo. Hoje em dia
este cenário alterou-se e em Angola
onde cada vez mais se testemunha a
presença de meios de engenharia de
ponta, nas quais se enquadra o Seven
Borealis, como o expoente máximo
actual nesta indústria.
O navio Seven Borealis está a operar
há nove meses em águas angolanas
e desde então foram várias as visitas
guiadas realizadas por forma a promover, entre um público restrito de profissionais do sector, o conhecimento
possível daquilo que é o navio, sua
tripulação e as operações em que está
envolvido. Menciono público restrito,
porque é sempre difícil proporcionar
a todos os interessados este tipo de
oportunidades uma vez que, o navio
esteve permanentemente em operações no campo. Acredito no entanto
que o contributo tem sido positivo do
ponto de vista social e formativo.
Há mais navios da vossa empresa a
operar em Angola?
FA - Além do Seven Borealis aqui referido, encontram-se também a colaborar
em operações no offshore angolano,
mais 20 navios dos quais se destacam
o Seven Eagle, o Seven Pacific e o navio Simar Esperança, pertencente à
empresa angolana Simar - Sociedade
Angolana de Inspecção, Manutenção
e Reparação Marítima, Lda..
Como é obrigatório em operações
de grande envergadura em offshore,
é requerida uma grande diversidade
de meios marítimos de apoio sem os
quais seria difícil prestar convenientemente os nossos serviços e cumprir com os objectivos dos nossos
clientes.
Nacional
28
História do petróleo em Angola
CEM ANOS DE SUCESSO
• Setembro 2013 - Nº31
29
A primeira exportação de
petróleo (óleo e breu) de
Angola remonta ao ano de
1749, altura em que foram
embarcados 49 barris de
crude para Lisboa.
C
om Angola a caminho de se tornar o primeiro produtor de petróleo em África, é interessante saber
que a actividade de prospecção de hidrocarbonetos em Angola foi iniciada em
1910 após a atribuição de uma licença à
empresa Canha &Formigal, para explorar uma área superior a 100 mil quilómetros quadrados, no offshore do Congo e
na Bacia do Kuanza.
O primeiro poço foi perfurado em 1915.
Mas só nos anos 50 e 60 do século passado foram realizadas as descobertas de
hidrocarbonetos no onshore do Kuanza
e no offshore de Cabinda, que resultaram no arranque da exploração comercial do petróleo de Angola.
O primeiro salto significativo aconteceu em 1968, com a entrada em produção do campo de Malongo, ao largo de
Cabinda. Mais tarde, foi aberto o grande
campo Takula, já em 1982.
Pós-independência
As bases para a exploração petrolífera
foram lançadas nos anos 70, final do
período colonial português. Após a independência de Angola, em 1975, foram feitas algumas correcções com a criação
da companhia estatal Sonangol. No final
dessa década estava concluído o quadro
legal e institucional do sector que, com
várias alterações, se mantém até hoje.
Dos contratos de exploração do período
colonial, dois ficaram após a indepen-
nacional
dência, os da concessão da Cabinda Gulf
Oil Company (CABGOC), em Cabinda,
e o onshore operado pela Fina.
A exploração em larga escala arrancou
a partir de 1980, primeiro onshore mas
sobretudo offshore (no mar), com a concessão dos blocos em águas profundas
e, mais tarde, ultra profundas.
Na última década, Angola tem vivido
uma época intensa de prosperidade,
obtida com a paz em 2002. Consolidou
o seu lugar entre os grandes produto-
30
• Setembro 2013 - Nº31
res do Atlântico Sul, a Nigéria e o Brasil,
e eclipsou as curvas de crescimento de
produção do Golfo do México.
O futuro já começou
No centro deste salto qualitativo estão
os quatro blocos milionários atribuídos
em 1993: 14 (Chevron), 15 (ExxonMobil),
17 (Total) e 15 (BP), onde as “majors” provaram até hoje reservas superiores a 10
mil milhões de barris. Nos últimos anos,
novas descobertas e novos investimentos permitiram atingir em vários blocos
uma rotina de produção de mais de 200
mil barris por dia. O passo seguinte foi
dado com entrada do campo Pazflor. E,
já neste ano, foi dado o arranque para
a comercialização do gás natural angolano e a abertura da primeira fábrica de
liquefacção do país.
Na análise da Wood Mackenzie, Angola
possui reservas recuperáveis de 20,2 mil
milhões de barris.
nacional
31
DANDE Nº 1, O PRIMEIRO FURO EM 1915
Atingiu 602 metros
mas não deu resultados positivos
Localidades
do Rio Dande
U I GE
N
BARRA do CUANZA
u
Muando
Bengo
CaxicaneCalombolaca
Luis Miguel
BOM
JESUS
Cabala
Ceia
Quindembele
C
A
CE
O
Cabo S. Brás
• Setembro 2013 - Nº31
Luinha
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ITOMBE
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Salão
MUXIMA
Cabo Ledo
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CATETE
Cassolala
MASSANGANO
Demba
Guila
Oje
Mucolo
Gunza
Demba
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Quiage
Outras Estradas
+ + + + + Limites de Países
Limites de Províncias
anz a
Cu
Rios
Lagos ou Albufeiras
C
Z
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784
LUCALA
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Gunza QUIXINGE
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Longa
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Bengo
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ALUQUEM CAZUA
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QUIBAXE
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Cua
A
CACUACO
Estradas Pavimentadas
Estradas Terraplanadas
QUICUNZO
UCUA
CAXITO
Baía do Bengo
ALDEIA
VIÇOSA
CAMBAMBA
de
D an
BARRA do DANDE
Palmeirinhas
DANGE
MUXIMA
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Quicabo
LUANDA
32
Mifuma Hinda
CANACASSALA
TABI
Capitais de Províncias
Sedes Municipais
Sedes Comunais
Outras Povoações
Caminhos de Ferro
NAMBUANGONGO
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Capitais de Países
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ZALA
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Quimbunde
Coutada
LEGENDA
A
AMBRIZ
Vila Pimpa
B E N G O
ANTICO
L
T
OA
BELA VISTA
UIGE
33
D
esde os tempos mais recuados que o homem começou a
descobrir petróleo e a dar-lhe
utilização. Relatos apontam para os
recuados anos de 347 da Era Cristã
como a primeira perfuração, que foi
realizada na China. Os chineses dessa
época usavam canas de bambu para
a exploração. Conseguiram atingir 244
metros de profundidade.
Mas, oficialmente, a verdadeira primeira
perfuração industrial foi realizada em
1859, no estado da Pensilvânia, Estados Unidos.
Cedo a humanidade se apercebeu dos
benefícios do precioso produto que
começou a ser procurado por todo o
mundo. Em África, a exploração começou no século 19, ainda nos tempos da
colonização.
A exploração pioneira do petróleo na Pensilvânia em 1859
EM ANGOLA
Bacia do Rio Kwanza
A primeira licença de concessão para
a prospecção e pesquisa de hidrocarbonetos em Angola data de 1910. Foi
concedida à firma Canha & Formigal,
tendo como operadora a companhia
Pesquisas Mineiras de Angola (PEMA).
Esta concessão cobria uma área de
114. km2 e compreendia a totalidade
da parte terrestre das zonas sedimentares do Congo e do Kwanza, localizadas entre as actuais cidades do Soyo,
a Norte, e do Sumbe, a Sul.
O primeiro poço perfurado nesta concessão foi o Dande n.º1, situado na
margem esquerda do rio com o mesmo
nome, e teve início a 25 de Março de 1915.
Atingiu a profundidade de 602 metros
sem quaisquer resultados positivos.
O jazigo de Benfica
Foz do Rio Dande
A primeira descoberta comercial de
petróleo veio a ocorrer 40 anos mais
tarde (1955), embora com proporções
relativamente modestas, denominadas
na altura, “Jazigo de Benfica” e efectuada em 1955, na Bacia do Kwanza,
nas proximidades da cidade de Luanda,
pela Missão de Pesquisas de Petróleo, uma subsidiária do Grupo Belga
Petrofina, ou Purfina.
Em Julho de 1961, no prosseguimento
dos trabalhos iniciados pela Missão
de Pesquisas, a então companhia
operadora Petrangol descobriu o primeiro jazigo de dimensão importante, o
“Campo de Tobias”, na região de Cabo
nacional
Ledo, que não só garantiu a auto-suficiência de Angola, em termos de petróleo bruto como também conseguiu
vencer definitivamente o cepticismo
de muitos relativamente à existência
do precioso “ouro negro” no subsolo
angolano.
Produção e comercialização
Durante 1972/1973, a Refinaria de
Luanda foi substancialmente ampliada
para 1,5 milhões de toneladas/ano (30
0 bbl/d). Trata-se de uma refinaria convencional do tipo "Hidro Skimming",
cuja actividade está essencialmente
vocacionada para a produção de LPG,
Gasolina, Jet Fuel e Gasóleo para o
mercado interno angolano. A venda
de produtos derivados do petróleo,
no país, até 1976, era efectuada pelas
subsidiárias angolanas Shell, Texaco,
Mobil e Petrofina, bem como pela Angol
(subsidiária da companhia portuguesa
SACOR). Estes produtos provinham, na
sua maioria, da Refinaria de Luanda,
sendo a parte restante resultante de
importações directas que chegavam
aos Terminais Marítimos. A Shell e
Mobil operavam igualmente as instalações de formulação de óleos lubrificantes em Luanda, importando óleos
básicos e aditivos.
34
• Setembro 2013 - Nº31
desporto
36
MUNDIAL DE HÓQUEI EM PATINS
Uma vitória para Angola
• Setembro 2013 - Nº31
37
A
o escolherem Angola para organizar a 41ª edição do Campeonato do Mundo de Hóquei em
Patins, a Federação Internacional da modalidade e o Comité International de Hóquei em Patins sabiam o
que faziam. Angola cumpria os requisitos impostos pela exigente organização
de um Campeonato com a dimensão do
Mundial de Hóquei em Patins e só teve
que accionar os mecanismos para que
tudo corresse bem. A Espanha garantiu o
feito inédito de conquistar o quinto título
mundial consecutivo, depois de vencer a
Argentina, por 4-3, na final realizada na
belíssima Arena de Luanda e ultrapassou
também Portugal no número de títulos.
Os espanhóis têm agora 16, mais um do
que Portugal.
O gigantesco esforço de
acabar dentro dos prazos, nada menos
do que três pavilhões multiusos, com
as 16 equipas distribuídas por Namibe
e Luanda, com o de Malanje a servir de
preparação de rodagem da organização, foi devidamente realçado por todos
os intervenientes no evento, que teve o
mérito de contar com a presença do Presidente da República, José Eduardo dos
Santos, na festa da inauguração e na do
encerramento, uma semana depois.
desporto
CLASSIFICAÇÃO FINAL
SÉRIE A
SELECÇÃO
1
ESPANHA
9
ANGOLA
2
ARGENTINA
10
SUIÇA
3
PORTUGAL
11
ALEMANHA
4
CHILE
12
COLÔMBIA
5
ITÁLIA
13
ESTADOS UNIDOS
6
BRASIL
14
ÁFRICA DO SUL
7
MOÇAMBIQUE
15
ÁUSTRIA
8
FRANÇA
16
URUGUAI
38
SÉRIE B
• Setembro 2013 - Nº31
SELECÇÃO
39
MELHORES JOGADORES
PRÉMIO
NOME
Nº
PAÍS
MELHOR JOGADOR
PEDRO GIL
9
ESPANHA
MELHOR MARCADOR
CLÁUDIO FILHO “CACAU”
5
BRASIL
MELHOR GUARDA-REDES
CARLOS GRAU
69
ESPANHA
desporto
40
afrobasket
mais um título para nossa
equipa feminina
• Setembro 2013 - Nº31
41
A
vitória da selecção angolana
no Campeonato Africano de
Basquetebol sénior feminino,
na capital moçambicana,
colocou Angola no topo da modalidade ao conquistar o título africano
pela segunda vez consecutiva.
Este título, obtido logo a seguir ao título
masculino, demonstra a grande qualidade do basquetebol no nosso país.
Responsáveis consideram, contudo,
que é necessário criar melhores condições para alargar as modalidades
desportivas, especialmente o basquetebol, ao máximo de praticantes na procura de novos talentos que
possam dar continuidade às vitórias.
HISTÓRICO DAS PARTICIPAÇÕES DE
ANGOLA
Angola estreou-se na fase final de
um Afrobasket femininos em 1981 em
Dakar (Senegal) e logo nessa primeira
presença subiu ao pódio. Terminou na
terceira posição, numa prova ganha
pelos anfitriões.
Dois anos depois em 1983, os angolanos receberam o evento, mas pioraram a classificação. Ficaram na quinta
posição, numa competição em que se
apresentaram somente seis selecções.
Venceu o Zaire, actual RD Congo.
Em 1984, novamente em Dakar, a selecção nacional baixou mais dois lugares, ocupando o sétimo posto, numa
edição ganha pelos anfitriões.
Maputo (Moçambique) albergou a 10ª
edição em 1986, onde as angolanas
conseguiram a terceira posição, com
o Zaire a reconquistar o título.
Em 1990, em Tunis (Tunísia), o Senegal confirmou o seu poderio e ficou
mais uma vez com o troféu. Angola
ficou em terceiro.
Três anos depois, 1993, a prova regressou a Dakar e a taça ficou com os anfitriões. As angolanas terminaram no
modesto sexto posto.
Na África do Sul, em 1994, mais uma
medalha de bronze para a selecção
nacional e título para o Zaire (RD
Congo).
O Senegal conquistou o seu oitavo
troféu em 1997 em Nairobi (Quénia) e
Angola baixou para o quinto lugar na
sua oitava presença em Afrobaskets.
A 17ª edição do Afrobasket decorreu
na capital da Tunísia, Tunis, em 2000.
O Senegal foi o primeiro classificado
e a selecção nacional ficou mais uma
vez na quinta posição.
Na edição seguinte, em Maputo2003
(Moçambique), a Nigéria inscreveu,
pela primeira vez, o seu nome na lista
dos campeões com as angolanas no
quarto posto.
Angola competiu pela 11ª vez num
africano em 2005 em Abuja (Nigéria)
e ficou com o sexto lugar, enquanto os
anfitriões revalidavam o título.
A 20ª Edição do Afrobasket Feminino disputou-se em Dakar, em 2007,
e o Mali conquistou o primeiro título.
Mais uma vez as angolanas subiram
ao último lugar do pódio com a medalha de bronze. Em 2009, o “cinco” nacional voltou a
um lugar que estava a tornar-se habitual, o terceiro, na prova disputada
em Antananarivo (Madagáscar). Na
ocasião, o todo-poderoso Senegal
conquistava o seu décimo troféu de
campeão. Em 2011 Bamako (Mali) entrou para
história do basquetebol angolano,
como sendo o local onde Angola conquistou África pela primeira vez. Mais
Angol a candidata-se a
organizar campeonatos
em 2015
Angola apresentou a candidatura
à organização das próximas edições dos Campeonatos Africanos
de basquetebol masculino e feminino, cujas fases finais se realizam
em 2015.
A informação foi avançada pelo
presidente da Federação Angolana de Basquetebol, Paulo Madeira, não adiantando, porém, mais
pormenores.
do que um título continental, garantiu
também a qualificação, pela primeira
vez, nos Jogos Olímpicos de Londres.
Maputo (Moçambique), seria o berço
da segunda medalha de ouro da selecção nacional. Angola entrou no restrito
clube das grandes potências desportivas africanas.
Cultura
AGOSTINHO NETO
Setembro de 1922/Setembro de 1979
O
O mês de Setembro assinala
o nascimento e o falecimento
do Dr. Agostinho Neto, primeiro
Presidente da República de Angola.
Médico formado nas universidades de
Coimbra e Lisboa – Portugal, Agostinho Neto desde cedo se afirmou como
um dos grandes lutadores pela independência de Angola, tendo sofrido
as agruras da prisão por várias vezes.
Da sua vasta obra literária, assume
real importância a poética, de que
deixou algumas das melhores páginas da literatura angolana.
Assinalando a efeméride, aqui fica um
dos seus poemas.
42
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AMANHECER
Há um sussurro morno
sobre a terra;
digladiam-se
luz e trevas pela posse
do Universo;
sente-se a existência
a penetrar-nos
nas veias
vinda lá de fora
através da janela;
cresce a alegria na alma
a Vida murmura-nos doces fantasias.
Tangem sinos na madrugada
vai nascer o sol.
turismo
À DESCOBERTA DE ANGOLA
CATETE É JÁ ALI
Há boas razões para deixar o carro no parque e ir até Catete no comboio dos CFL
44
• Setembro 2013 - Nº31
45
45
turismo
Editora Visão (Texto)
Malocha (Foto)
I
r até Catete pela via férrea tem
várias vantagens, desde o conforto das carruagens com climatização, TV e excelente ambiente,
ao clima de sossego que permite aos
viajantes usufruírem calmamente da
paisagem.
Comodamente sentados nas excelentes poltronas, os viajantes do CFL
podem olhar com alguma indiferença
o caos do trânsito na estrada ao lado
da linha. Entre Luanda, a partir da
estação do Bungo, até Viana, nos poucos mais de vinte quilómetros de percurso, o comboio atravessa a cidade
pela parte baixa mais perto do mar,
para nos desvendar segredos que
não vemos quando circulamos com
o coração nas mãos, pela estrada
engarrafada.
Os novos cais, os parques de contentores numa manifestação de pujança
económica do país, os imensos armazéns, qual o maior, são vistas que os
olhos percebem e o coração agradece.
E as pessoas, sempre presentes ao
46
• Setembro 2013 - Nº31
47
turismo
longo da linha, nas suas mais diversas
actividades comerciais. A linha atravessa intensa actividade económica,
mas não a interrompe. Só a buzina da
máquina quebra o ritmo trepidante a
cada metro que a locomotiva avança
e só as 13 passagens de nível, guardadas, abrandam a velocidade. O tempo,
aqui, tem outra dimensão. Rola ao
ritmo da locomotiva.
De Viana para a frente, o viajante
saboreia a paisagem deslumbrante
de uma Angola ansiosa de desenvolvimento. O tempo como que encurta,
com o aumento da velocidade e, para
lá da última curva, surge a bela e
moderna estação de Catete, onde o
chefe Andrade zela pelo bem-estar
de tudo e de todos.
Catete é um daqueles lugares que
merece ser destino do comboio. Foi
lá perto que nasceu o primeiro presidente do país, Dr. Agostinho Neto e
é lá que a bela Fundação Agostinho
Neto anima os espíritos na busca das
nossa origens e da nossa história.
Catete não é o “fim da linha” – essa
fica a umas centenas de quilómetros
mais à frente, em Malanje
48
• Setembro 2013 - Nº31
OPINIÃO
49
SER CIDADÃO ACTIVO E RESPONSÁVEL
Ser cidadão é saber viver em sociedade, estando ciente dos anseios comuns. É participar
activamente das decisões da sua comunidade, influenciar modos de vida de maneira positiva
ao seu redor, exercer os direitos constitucionais adquiridos e lutar pelos que virão. É preservar
o meio ambiente, a natureza, os animais, os seus semelhantes, opostos. É ser solidário, é ser
politico, é ser flexível, decidido e, sobretudo, estar consciente de todas as atitudes tomadas
em prol da sociedade.
Carlos Guerreiro (Texto)
Arquivo (Foto)
O
Governo Angolano tem estado a
investir bilhões de Kwanzas para
o desenvolvimento e modernização das nossas cidades, com o objetivo
de melhorar cada vez mais a qualidade
de vida das nossas populações. É assim
que, durante os 11 anos de Paz são vários
os empreendimentos e infraestruturas que
têm nascido um pouco por todo País com
a finalidade de formar o homem novo nas
várias vertentes da vida, criando desta
forma melhores recursos humanos, com
excelentes condições e assim garantir um
futuro cada vez mais e melhor sustentado.
A formação de recursos humanos através da implementação de sistemas educativos de qualidade, pode ser geradora
de desenvolvimento ao criar cidadãos
sociais e politicamente activos, responsáveis e capazes de serem os obreiros da
manutenção destas infraestruturas com
a criação de pequenas empresas especializadas.
Hoje, temos constatado que grande parte
das avenidas que foram reabilitadas ou
construídas de raiz num curto espaço de
tempo, com todas as condições criadas,
desde iluminação, jardins, passeios, contentores do lixo, paragens de autocarro
devidamente sinalizadas, que foram edificadas com a contribuição de centenas
de jovens angolanos, a serem vandalizadas durante a madrugada pelos assassinos do asfalto e não só. Este é só um dos
muitos exemplos que descrevo, mas existem muitos outros que não importa aqui
fazer referência.
Pergunto: para quando a responsabilização destes indivíduos que se sentem os
super-homens, que depois de ingerirem
alguns muitos litros de álcool, aproveitam
a madrugada para testarem os seus auto-
50
• Setembro 2013 - Nº31
móveis de última geração e assim contribuírem de forma negativa para a alta
percentagem de acidentes rodoviários e
consequente morte de pessoas inocentes e destruição de bens públicos?
Os cidadãos que vivem numa sociedade
democrática jovem como a nossa, devem
reconhecer que não têm apenas direitos,
têm também deveres. Devem reconhecer que a democracia e o surgimento de
melhores infraestruturas requer investimento de tempo e muito trabalho — um
governo do povo exige vigilância constante e apoio do povo para a preservação
das obras que custaram muito dinheiro
aos cofres do estado, em que cada um de
nós, faz parte desta contribuição.
A cidadania numa democracia exige participação, civismo e mesmo paciência. É
chegada a hora de cada um sentir-se responsável pelos seus actos e ser responsabilizado civil e criminalmente.
Com um pequeno gesto, conseguimos
demonstrar responsabilidade nesse contexto social, fazendo a nossa parte, contribuindo intensamente para o crescimento
colectivo.
“Uma longa caminhada começa sempre
com o primeiro passo “, diz um provérbio
chinês. Por isso, devemos fazer das pequenas acções o ponto de partida para uma
firme caminhada em direcção à responsabilidade social, como factor fundamental na transformação da sociedade.
CARLOS GUERREIRO
Técnico de Comunicação - GCI
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