Clique para baixar em BAIXA resolução

Transcrição

Clique para baixar em BAIXA resolução
Edição #12 • fevereiro 2010
EDITORIAL
Roberta Borges
EHLAS, sempre EHLAS...
É,
mais um ano se foi e muitas coisas aconteceram. A crise afetou o mundo e a todos nós, de alguma forma. Mesmo assim,
o staff da revista EHLAS festeja um excelente crescimento. O que mostra estarmos indo na direção certa. Ufa!
A primeira edição de 2010 apresenta as Belas e Feras do surfe profissional Brasileiro. São elas as top 16 que disputarão mais
um título este ano – e, para descrevê-las, chamamos um especialista no assunto, Marcelo Andrade, diretor executivo da Abrasp.
Que não poupou palavras e, na lata, preto no branco, mandou a real sobre cada uma das surfistas.
Fizemos também uma blitz nas gravações do programa “Batom & Parafina”, do Multishow, que tem como protagonista nossa sócia,
Claudia Gonçalves. Pela primeira vez, a TV brasileira está retratando a vida de uma surfista em um reality show, mostrando os
dilemas que ela enfrenta sendo surfista profissional, estudante de jornalismo, editora e sócia da revista EHLAS, além de modelo.
O Skate para Meninas fez sua parte e realizou um ótimo evento no final do ano. Meninas de vários estados com seus estilos e
manobras botaram para quebrar. O skate, como sempre, aparece lançando a sua moda urbana e irreverente. Show!
No bodyboard, nossas colunistas nos contam uma ação superbacana. Um bom exemplo de que o mundo tem jeito, sim, e pode ser
melhor: há dez anos, o professor Wanderley Silva fundou a escola de bodyboarding da Rocinha e, desde então, dedica-se ao ensino
para todos que passam por lá, de suas técnicas e de muito valor humano. Pessoas como o Tio Ley fazem a diferença e nos trazem
esperança.
Mas como nem tudo são flores... O mundo pena nas mãos dos líderes mundiais e tudo fica na mesma depois da 15a Conferência
do Clima, em Copenhague. Que pena! Nossa colunista Laila Werneck conta tudo.
Dois mil e dez está aí e EHLAS vêm com todo gás!
Foto: Roberta Borges
Boas ondas, boa vida!
ÍNDICE:
Editorial
Cartas
Baterias ........................
Perfil das Top Pro do Brasil
Surf de Salto Alto ................................
Batom & Parafina
Skate ........................................................
Meninas do Skate
Longboard .......................................................
Life Style ....................................
Balanço Geral
Verão 2010, Garopaba
Bodyboarding .....................................................................
Foto: Roberta Borges
Eles por Ehlas ...........................................
Rocinha
Marcelo Trekinho
Ecologia
Essas são as surfistas
Top Pro do Brasil.
2010 promete.
www.goprocamera.com
m.br
@ehlas.co
a
rt
e
b
ro
tógrafa •
r
ditora e fo
E
•
pov.com.b
S
E
G
BOR
r • pov@
e
n
ig
s
e
ROBERTA
D
s.com.br
IO • TI
ika@ehla
n
o
m
LUIZ FLAV
•
r
ne
m.br
[email protected]
R • Desig
E
la
Y
o
A
s
M
•
s
A
to
MONIK
.br
or de tex
ehlas.com
AN • Edit
@
M
ia
G
d
R
u
A
la
L
c
r
RICARDO
Editora •
las.com.b
ÇALVES •
N
O
G
gitte@eh
IA
ri
b
•
ra
CLAUD
o
com.br
dit
AYER • E
ck@ehlas.
ri
M
•
E
T
a
IT
fi
ra
IG
g
BR
or de foto
CK • Edit
E
N
R
E
W
RICK
COLABORADORORES DE TEXTO:
FERNANDA DAICHTMAN
[email protected]
COLABORADORORES DE FOTO:
RODRIGO TINOCO
[email protected]
RICARDO RAMOS
Fotógrafo
www.ricardoramosfotografia.com
Em 2000 me formei em Educação
Física e, neste mesmo ano, durante
uma etapa da Copa do Mundo de
Triathlon - disputada na Praia de
Copacabana, no Rio de Janeiro senti despertar em mim um forte
interesse e grande paixão pelo
fotojornalismo esportivo.
TONY FLEURY
[email protected]
LIKA MAIA
[email protected]
JULIO CAVALLEIRO
www.blumar.com.br
MAURICIO VAL • MARCIO RODRIGUES
Fotocom.net
AGRADECIMENTO ESPECIAL:
ALVARO DUARTE
Fotógrafo
[email protected]
Alvinho Duarte, carioca, fotógrafo
desde 1993, começou por hobby,
como quase todos os fotógrafos e
logo partiu para fotos fora do
convencional.
MATÉRIA SKATE:
Evelyn Leine
[email protected]
Fotos: Fernando Martins
www.skateparameninas.com.br
LAILA WERNECK
Produtora e ecologista
[email protected]
SORAIA ROCHA,
ROBERTA MILAZZO E
RENATA CAVALLEIRO
Bodyboarders
www.garotasbodyboarders.com.br
MARCELO ANDRADE
Colaborador de Texto
[email protected]
Está há 7 anos a frente da ABRASP
(Associação Brasileiro de Surf
Profissional), surfa a 32 anos. Já
trabalhou 6 anos na KN Videos,
3 anos noJornal Now. Foi técnico
dos grandes surfistas Dadá
Figueredo, Eraldo Gueiros e Carlos
Burle na decada de 80, além de ter
atuado também como empresário,
foi dono de uma loja da
Quiksilver além de ter estado
na frente do marketing
da Rusty.
Leia as cartas no acesso online
PARA ANALISAR AS TOP PRO
BRASILEIRAS DE 2010, CONVIDAMOS MARCELO ANDRADE,
SURFISTA HÁ 32 ANOS. MARCELO
É DIRETOR EXECUTIVO DA
ABRASP DESDE 2003 E SE MANTÉM SEMPRE ATENTO AO QUE
ACONTECE NO SURFE NACIONAL:
UM OBSERVADOR NATO, QUE
NÃO SAI DA PRAIA ATÉ QUE A
ÚLTIMA BATERIA DO DIA TER-
Foto: Marcelo Nunes
Por Marcelo Andrade
MINE. NA ANÁLISE QUE FEZ, ELE
NÃO POUPOU PALAVRAS E NA
LATA, PRETO NO BRANCO, MANDOU A REAL SOBRE CADA UMA
DAS SURFISTAS QUE COMPÕEM A
ELITE NACIONAL.
Fotos: Roberta Borges
Foto: Roberta Borges
TIROU UM PESO ENORME DAS COSTAS COM O
TÍTULO BRASILEIRO TÃO ESPERADO. SUAS
ARMAS SÃO UM BACKSIDE FORTÍSSIMO JUNTO
COM O FOCO DE UMA VENCEDORA. NO ANO
QUE NÃO VENCEU EM CASA, LEVOU O TÍTULO
MÁXIMO DO SURFE BRASILEIRO. O
CASAMENTO FEZ MUITO BEM À NOVA
CAMPEÃ. MENINA DÓCIL E BATALHADORA,
MERECEU MUITO ESSE TÍTULO. A TENDÊNCIA
É VIR COM TUDO PARA O BI.
Foto: Rick Werneck
Foto: Roberta Borges
BATEU NA TRAVE DO SEU QUINTO TÍTULO
BRASILEIRO PROFISSIONAL. UMA ATLETA
COMPLETA E PROFISSIONAL. ANDREA FAZ
IOGA, NATAÇÃO E TODA A PREPARAÇÃO
CERTA PARA DISPUTAR COM QUALQUER
ATLETA DA NOVA E VELHA GERAÇÕES SEU
ESPAÇO NA PONTA DO RANKING. REPRESENTA
MUITO BEM A IMAGEM DO SURFE NA MÍDIA E
MOSTRA MUITA CLAREZA EM SUAS
DECLARAÇÕES. UM EXEMPLO PARA A NOVA
GERAÇÃO. VAI TER QUE LUTAR MUITO PARA
ENCERRAR A CARREIRA COM O PENTA.
Foto: Tony Fleury
Foto: Rick Werneck
UMA GRANDE NOVIDADE ENTRE AS TOP 3.
ALTERNA GRANDES ATUAÇÕES COM APAGÕES,
QUE PODEM SER CORRIGIDOS COM MAIS FOCO
NAS COMPETIÇÕES. TEM UM POTENCIAL
ENORME E, SE BEM TRABALHADA, PODE
CHEGAR AO TÍTULO NACIONAL. SUAS
MANOBRAS SÃO VELOZES COM FINALIZAÇÕES
FORTES. TEM QUE MELHORAR SUA
COMPETITIVIDADE PARA FICAR NA PONTA
EM 2010. UM BOM PATROCINADOR PODE
INCENTIVAR A ATLETA DE BÚZIOS.
Fotos: Ricardo Ramos
OUTRA NOVIDADE ENTRE AS MELHORES DE 2009.
SUA VITÓRIA NA ÚLTIMA ETAPA PODE TRAZER UM
ESTÍMULO A UMA ATLETA QUE PARECIA
DESANIMADA. QUANDO AMADORA, ERA UMA DAS
GRANDES PROMESSAS DO SURFE BRASILEIRO. SUAS
MANOBRAS ERAM SUPERMODERNAS E ATÉ AÉREOS
ESTAVAM EM SEU REPERTÓRIO. COMO PROFISSIONAL,
AINDA NÃO USOU TODO O SEU POTENCIAL. TINHA
UM PATROCINADOR FORTE E AGORA ESTÁ SEM ESTE
APOIO. PRECISA VOLTAR ÀS ORIGENS E VOLTAR A
RADICALIZAR. SEU FRONTSIDE É MUITO BOM E ELA
TEM TUDO PARA SER ATLETA DE PONTA. FALTAM
APENAS MOTIVAÇÃO E UM BOM PATROCINADOR.
Fotos: Ricardo Ramos
Foto: Brigitte Mayer
CONSIDERADA A NOVA SILVANA LIMA, A INDIAZINHA
DA PARAÍBA PERDEU O FÔLEGO EM 2009. APESAR DO
TÍTULO DA DIVISÃO DE ACESSO E DO PRO JUNIOR,
TININHA, COMO É CONHECIDA, DEU UMA CAÍDA COM
A PERDA DO PATROCÍNIO. TEM SURFE PARA O
CIRCUITO MUNDIAL E JÁ CONQUISTOU ETAPAS DO
WQS. FALTA UMA PESSOA PARA CUIDAR DA SUA
CARREIRA COM MUITO CARINHO, POIS É A ATLETA DE
MAIOR POTENCIAL NO MOMENTO. ELA DEVE
DISPUTAR O TÍTULO EM 2010.
Foto: Rodrigo Tinoco
Foto: Roberta Borges
EM SEU PRIMEIRO ANO DE PROFISSIONAL, JÁ SE
DESTACA ENTRE AS MELHORES DO BRASIL. TEM FEITO
UM TRABALHO SÉRIO COMO ATLETA AO LONGO DA
CARREIRA – TRABALHO ESTE PARA CHEGAR NO TOPO
RAPIDAMENTE. SEU SURFE É CONSISTENTE E
COMPETITIVO. MESMO SENDO MUITO NOVA, JÁ TEM
BASTANTE BAGAGEM NO CURRÍCULO COM VIAGENS
PARA EVENTOS INTERNACIONAIS AMADORES. VAI
INCOMODAR MUITO MAIS EM NESTE ANO. PODENDO
CHEGAR AO TÍTULO SE AS RIVAIS DEREM MOLE.
Foto: Rodrigo Tinoco
Foto: Roberta Borges
OUTRO EXEMPLO DE ATLETA PROFISSIONAL
SUPERPREPARADA. EM 2009, GANHOU A ETAPA DE
UBATUBA E PODERIA “TER CHEGADO MAIS JUNTO”. É
UMA SURFISTA COMPLETA QUE SURFA QUALQUER
TIPO DE ONDA. TEM CONDIÇÕES DE CONQUISTAR O
CIRCUITO EM 2010, MAS PRECISA DE UM
PATROCINADOR PARA LEVAR SEU PROJETO ADIANTE.
Michelle des Bouillons
Fotos: Rick Werneck
SURFISTA COMPLETA. PRECISA APENAS DE UM POUCO
MAIS DE FOCO PARA CONQUISTAR UM TÍTULO
NACIONAL. OUTRA QUE PERDEU O PATROCÍNIO EM
2009 E PARECE QUE DESANIMOU UM POUCO. SEU
SURFE É DE GENTE GRANDE; ELA PRECISA DE VIAGENS
E COMPETIÇÕES INTERNACIONAIS PARA MOSTRAR O
SEU GRANDE POTENCIAL EM NÍVEL MUNDIAL. SURFA
TÃO BEM DE BACK QUANTO DE FRONTSIDE. SE
ENTRAR NO CLIMA, PODE SER CAMPEÃ EM 2010.
Foto: Rodrigo Tinoco
Foto: Roberta Borges
ANOTEM ESTE NOME, PORQUE FOI A MAIOR
EVOLUÇÃO QUE VIMOS DE 2008 PARA 2009. SE
CONTINUAR NESSA CRESCENTE, VAI ATROPELAR AS
ADVERSÁRIAS EM NESTE ANO. SEU SURFE ESTÁ
MADURO E MOSTRA MUITA VONTADE DE GANHAR.
GANHOU A ÚLTIMA ETAPA DA DIVISÃO DE ACESSO E
FEZ A FINAL DO SUPERSURF EM UBATUBA. NÃO ESTÁ
DEVENDO NADA A NENHUMA OUTRA DO CIRCUITO. E
É A GRANDE APOSTA PARA O ANO QUE VEM.
Fotos: Roberta Borges
OS DOIS ÚLTIMOS ANOS FORAM ABAIXO DO
ESPERADO PARA UMA ATLETA QUE VINHA
CRESCENDO NO CIRCUITO. GANHOU UMA ETAPA DO
WQS NA EUROPA E CAMINHAVA FIRME PARA O TOPO.
DEPOIS DISSO, LUTOU MUITO EM 2008 E 2009 PARA SE
MANTER NA ELITE DO CIRCUITO BRASILEIRO. COMO
POUCAS, CONTA COM ESTRUTURA E SUPORTE
SINGULARES, E TEM TUDO PARA VOLTAR À SUA ROTA
INICIAL. DEPENDE UNICAMENTE DE FOCO.
Foto: Rodrigo Tinoco
Foto: Arquivo Pessoal
COM MUITO TEMPO DE ESTRADA, BRIGITTE SABE QUE
TEM QUE LUTAR MUITO PARA SE MANTER NA ELITE
COM AS GERAÇÕES MAIS NOVAS. SE NÃO TEM
CONSEGUIDO PELA DIVISÃO DE ELITE, NA DIVISÃO
DE ACESSO APROVEITA AS OPORTUNIDADES PARA
SE MANTER PELA SUA COMPETITIVIDADE. EM 2010,
VAI TER QUE “DAR MAIS UM GÁS” PARA TENTAR
SE RECLASSIFICAR.
Foto: Rick Werneck
Foto: Ricardo Ramos
ESSA MENINA TEM QUE SER TRABALHADA PARA
IR PARA O CIRCUITO MUNDIAL. MOSTRA TALENTO
E MUITO POTENCIAL. SEU ESTILO É POLIDO E AS
MANOBRAS SÃO MODERNAS – MAS TEM QUE
AMADURECER MAIS UM POUCO PARA PODER
EVOLUIR DENTRO DO CIRCUITO BRASILEIRO. S
EUS RESULTADOS NÃO FORAM À ALTURA DO SEU
SURFE EM 2009, POIS PRECISA DE MAIS GARRA
E COMPETITIVIDADE. OUTRA QUE TEM QUE VOLTAR
ÀS ORIGENS PARA VENCER NOVAMENTE. PODE
TER UM ANO EXCELENTE EM 2010, MAS, PARA ISSO,
TEM QUE MUDAR A POSTURA.
Por Chantalla Furlanetto e Brigitte Mayer
Foto: Tony Fleury
Foto: Roberta Borges
VAI ESTREAR EM 2010 NA ELITE DA ABRASP.
JÁ PARTICIPOU DE ALGUMAS ETAPAS COMO
CONVIDADA – SEM MUITO SUCESSO. PRECISA DE
MAIS FORÇA NO SURFE PARA BATER AS SUAS
FUTURAS ADVERSÁRIAS. ESTE ANO PODE SER
O DE SUA EVOLUÇÃO.
Foto: Rick Werneck
Foto: Arquivo pessoal
Foto: Roberta Borges
VETERANA NO CIRCUITO, NÃO TEM CONSEGUIDO
SE RECLASSIFICAR PELO CIRCUITO DE ELITE.
MOSTRA MUITA DIFICULDADE PARA PASSAR
BATERIAS, NECESSITANDO DE MAIS CALMA NA
HORA DA COMPETIÇÃO. SUA MAIOR ADVERSÁRIA
É SUA ANSIEDADE DENTRO D’ÁGUA. EM 2010,
TERÁ QUE LUTAR MUITO PARA MANTER-SE MAIS
UM ANO ENTRE AS MELHORES.
Foto: Lika Maia
Foto: Arquivo pessoal
Foto: Roberta Borges
DEPOIS DE ALGUNS ANOS FORA DO BRASIL,
MICHAELA VOLTA MAIS MADURA E COM VONTADE
DE RECONQUISTAR SEU ESPAÇO. OS ANOS LONGE
DO CIRCUITO BRASILEIRO LHE TROUXERAM A
MATERNIDADE E EXPERIÊNCIA ATRAVÉS DAS VIAGENS
QUE FEZ PELO MUNDO ATRÁS DE ONDAS NOVAS.
SUA VOLTA É UMA SURPRESA E, ENCARADA ASSIM,
PODE-SE DIZER QUE EM 2010 ELA VAI MOSTRAR
SE SERÁ COADJUVANTE OU PROTAGONISTA.
Foto: Roberta Borges
MONIK SANTOS OBTEVE A VAGA DE WILDCARD PARA
ESSE ANO. EM 2009 TEVE QUEABANDONAR O
CIRCUITO POR CONTUSÃO. MONIK É UMA
QUEBRADORA DE OBSTÁCULOS. VINDA DE UMA
FAMÍLIA HUMILDE DE PERNAMBUCO, ESSA GUERREIRA
LUTA CONTRA DUAS CONTUSÕES NO OMBRO QUE
VÊEM LHE ACOMPANHAM AO LONGO DA CARREIRA.
INDEPENDENTE DISSO, SEU SURF É FORTE, COM
RASGADAS INVERTENDO TUDO E TEM MUITA FIRMEZA
EM SUAS MANOBRAS. DEPOIS DA OPERAÇÃO NOS
DOIS OMBROS, DEVE VOLTAR NO GÁS TOTAL PARA
RECUPERAR SUA VAGA ENTRE AS MELHORES DO SURF
FEMININO BRASILEIRO.
MAKING
OF
BATOM E PARAFINA
em Búzios
Por Brigitte Mayer; Fotos Rick Werneck
P
ela primeira vez a TV
brasileira está retratando a
vida de uma surfista em um
reality show. O programa mostra
a rotina e os desafios de Claudia
Gonçalves, surfista profissional,
estudante de jornalismo, editora
e sócia da revista EHLAS, além
de modelo. O canal Multishow
acompanhou por quase seis
meses o dia a dia da Claudinha:
são 13 episódios mostrando o
“lifestyle”, as competições e
as viagens da atleta.
A revista EHLAS, juntamente
com a produção do programa,
escolheu a cidade de Búzios para
as gravações de um dos
episódios. O balneário de Búzios
está localizado na Região dos
Lagos, no Rio de Janeiro, e é
conhecido pelo seu charme,
suas praias paradisíacas e
também pelas baladas.
Nos três dias que “Batom e
Parafina” passou por lá, Búzios
ficou pequeno! Claudia e as
surfistas Barbara Muller, Tais
Soares, Michelle dês Boullions,
Brigitte Mayer e a kitesurfista
Marcella Witt puderam curtir
uma trip de “descanso” com
muito surfe, kite, SUP, chuva e
sol, além de risadas, diversão
e charme – entre, é claro,
muito batom e parafina.
Claudia Goncalves
Búzios recebeu as meninas para um
fim de semana prolongando de
muito surfe e diversão. A pousada
Maravista fica praticamente na
areia da praia de Geribá. Depois
de checar as ondas da varanda dos
quartos, as meninas correram para
o surfe; depois de muitas ondas,
um bom descanso no deck para
segunda caída.
Barbara Muller
Assista ao vídeo no acesso online
A noite de Búzios bomba quase todos os dias da
semana. A Rua das Pedras é conhecida pelos seus
bares, restaurantes e boates e pela galera que fica
no vai e vem na rua. A noitada começava na van.
O astral das playlist dos iPods da Claudinha e
Barbara contagiava a galera na pré-night com
a sonzeira a mil.
Marcela Witt
O Captains Bar e o
Pacha foram invadidos
pelas meninas, sempre
com os nossos
“sombras” – Marcos
Salamonde, câmera,
Gabriel Mellin, diretor, e
Rick Werneck, fotógrafo
da EHLAS – atrás. Eles
não perderam um
momento enquanto a
galera brindava,
dançava e se divertia.
Teve até invasão da
mesa do DJ que tocava
na Pacha.
Brigitte Mayer
Assista ao vídeo no acesso online
Depois de um surfe, nada melhor que relaxar na jacuzzi
e no deck da pousada para recarregar as energias
Camilla Calado
Com tantas
atividades, surfe,
SUP, kite, wake,
nada melhor que
uma comidinha
gostosa. Os
restaurantes Boom
e Brigitta’s e a
creperia Chez
Michou fizeram a
galera delirar
Assista ao vídeo no acesso online
Michelle des Bouillons
Assista ao vídeo no acesso online
As meninas não paravam
um segundo sequer. Se
não estava rolando surfe.
O que não faltava eram
atividades. Futebol,
banana boat, brincadeiras
na piscina e até mesmo
umas comprinhas. O lema
era muita diversão!
Tais Soares
CAMILLA CALLADO
Um final de semana? Poderia ter sido
uma eternidade! Não gostei nem um
pouco: amei! Aliás, podíamos
combinar mais desses! Melhor ainda
foi me divertir um monte com as
amigas, com direito a tudo: praia,
surfe, piscina, sol e chuva, Banana
Boat, boa comida, night... enfim,
alto astral! Não vejo a hora de
poder repetir tudo isso de novo!
Muitas saudades desse final de
semana e de todos!
MARCELA WITT
Búzios foi muito legal. Saí do Rio de
Janeiro sem ter a menor ideia de como
eram as meninas que eu ia viajar – a
única que eu conhecia era a Brigite, e,
mesmo assim, não muito bem. Me dei
super bem com todas, são superanimadas
sempre e topam qualquer coisa! Viajar
com EHLAS foi bem diferente para mim:
como não tem muitas meninas da minha
idade que praticam o kite, as viagens
acabam sendo só para velejar ou só para
ficar com as amigas. Nessa viagem pude
juntar tudo isso, o me deixou muito
feliz! Amei!
MICHELLE
DES
BOUILLONS
Acho que não poderia haver um final
de semana com estrutura melhor do
que esse que tivemos em Búzios! Tudo
muito bom e do melhor. Companhias
excelentes, instalações ótimas, comida
da melhor qualidade, muita bagunça
e com ondas boas para fazer o que
sabemos de melhor, que é surfar!
Foi tudo muito agradável e divertido;
não mudaria nada do que foi. Saímos
à noite, surfamos, fofocamos, conheci
praias novas e me diverti muito! Um
beijão para toda a galera da EHLAS!
AGRADECIMENTOS
POUSADA MARAVISTA
www.maravista.com.br
22 2623-2130
RESTAURANTE BOOM
www.boombuzios.com.br
22 2623-6254
RESTAURANTE BRIGITTA’S
www.brigittas.com.br
22 2623-6157
BARBARA MULLER
TA I S S O A R E S
Acho que a intenção da trip foi
exatamente o que o programa “Batom e
Parafina” estava buscando. Nosso fim de
semana em Búzios resume perfeitamente
o nosso “lifestyle” – dentro da água
quebrando as ondas e, fora da água,
mulheres lindas e arrumadas, tirando um
pouco a fama de que surfista não sabe
se arrumar! Até porque, na noite da
baladinha, as pessoas que falavam conosco
não acreditavam que estavam entre
surfistas profissionais...
Foi maravilhoso passar o fim de semana com
todas as meninas. Rimos e nos divertimos
bastante, surfamos boas ondas e nos
conhecemos melhor. Foi muito legal também
porque teve a Marcelinha, que faz kite, e a
Camilla, que surfa de stand up; até então eu
não as conhecia. Todas as meninas se deram
superbem, não tinha como ser melhor. Achei
maneiríssimo gravar para o programa. Nunca
tive alguma experiência parecida: no começo,
era meio estranho fazer tudo na frente das
câmeras, mas, depois, me acostumei. Viajar
com as amigas para surfar é sempre muito
bom, só que dessa vez foi ainda melhor.
Obrigada, meninas!”
CREPERIA CHEZ MICHOU
www.chezmichou.com.br
22 2623-2169
CAPTAINS BAR
R. das Pedras, 252
PACHA
www.pachabuzios.com
22 2633-0592
BANANA BOAT
Praia da Ferrugem
MELLIN VÍDEOS
www.mellinvideos.com.br
21 2422-4729
Por Roberta Borges; Fotos: Fernando Martins
As skatistas
Ligiane Antunes,
a Xuxinha, e Liza
Araújo, editora
da revista Check
It Out nos
bastidores do
evento
As meninas do skate
fecham 2009 com
chave de ouro
O
campeonato
“Skate para
Meninas Street Show”
rolou no último final
de semana de dezembro
de 2009, em São Paulo.
Além das paulistas, as
cariocas apareceram em
peso, mostrando um
ótimo nível na competição.
Letícia Bufoni veio dos
Estados Unidos para passar
o fim de ano com a família
e aproveitou sua estada para participar
do evento – e acabou levando o título
de campeã.
A bicampeã mundial de vertical,
Karen Jonz, também esteve presente
entrevistando as skatistas, distribuindo
brindes e divulgando sua marca –
Monstra Maçã. Karen também
customizou os shapes que foram
dados para as finalistas.
O evento foi um show de manobras e
de muito estilo no visual das meninas.
Ana Paula Negrão e Giuliana Ricomini
representaram o skate feminino nos
anos 90 e continuam a todo vapor
Jéssica Florêncio manda
estilosos Ollies em sua volta.
Skatista cola
adesivos do
Skate para
Meninas em
seu shape
A skatista Ariane Peres,
de Sorocaba, manda Bs
Rockslide em sua volta
Giuliana Ricomini,
Alessandra Meduza
e Anderson
conferem as caixas
grafitadas
Karen Jonz não parava
de twitar sobre o
campeonato
Zueira na hora da
premiação: Letícia
Bufoni arrasta Karen
Jonz pelos pés
Xuxinha, Letícia Bufoni
e Eliana Sosco: três das
melhores skatistas
brasileiras
Stencil nos shapes
das participantes
Skatistas
amadoras e
iniciantes juntas
Bia Sodré, do Rio de Janeiro,
avalia a pista para sua volta
Xuxinha aproveita para
retocar a maquiagem
Foto: Pepe Ramo
A pequena prodígio Pâmela Rosa Leite
manda Ollie Set em sua volta
Débora Badel
Giuliana Ricomini
aproveitou para dar
um rolezinho
Letícia Bufoni manda Fs Ollie
Longboard
Foto: Marcio Rodrigues/Fotocom.net
LONGBOARD
BALANÇO GERAL
2009
Por Fernanda Daichtman
A
última etapa do Circuito
Brasileiro de Longboard
Profissional rolou na Praia da
Macumba, Rio de Janeiro.
O campeonato começou com
ondas muito pequenas e correu
o risco de ser transferido para
o canto do Recreio, mas a
Macumba foi abençoada com
um swell surpresa, que contrariou
todas as previsões. No final de
tarde da sexta-feira, o mar
reagiu, aumentando no dia
seguinte para cerca de seis pés.
Aline Chaves comemora seu primeiro título profissional
Quando as baterias foram para a
água, nossas guerreiras
mostraram muita atitude, e que
o nível do longboard está cada
vez mais alto. Parece que já foi o
tempo em que as meninas
pediam para adiar as baterias
esperando o mar abaixar. A nova
geração, com Rayane Amaral,
Isadora Costa e Laura Chaja,
enfrentou com raça as pesadas
condições da Macumba.
O título de campeã brasileira
estava entre a bicampeã Mainá
Thompson e a baiana Aline
Chaves. Mainá, mesmo grávida
de quatro meses, não se
intimidou e buscou a todo custo
seu terceiro título, mas foi
eliminada na semifinal pela
jovem Chloé Calmon, que no
quintal de sua casa levou o
caneco da etapa, arrancando
boas notas dos juízes. E deixou,
assim, o título brasileiro para a
local de Itacaré.
Foto: Maurício Val/Fotocom.net
Aline em ação
Foto: Alvaro Duarte
Foto: Marcio Rodrigues/Fotocom.net
Chloé Calmon caminhando
rumo ao título, depois foi
só comemorar
Foto: Maurício Val/Fotocom.net
Nossa colunista Fernanda Daitchman
Ao contrário das nossas
expectativas, o longboard
feminino teve um saldo positivo
em 2009, com quatro etapas
profissionais e três amadoras.
No começo do ano, especulou-se
que o Petrobras Longboard
Classic (PLC) e o Petrobras
Feminino de Surf não iriam
bancar o longboard feminino
devido à crise mundial. Além
disso, o Pernambuco Longboard
Legends (PLL) aconteceria
somente se completassem um
número “x” de inscritas, pois,
no ano passado, houve um baixo
número de participantes, o que
desagradou à organização. Mas
para o bem de todas, além dos
dois Petrobras e do PLL, mais
um evento entrou no calendário
de última hora: o Pena Bahia
Longboard Classic, que rolou
em Salvador.
Em princípio, as duas etapas
do Nordeste (Salvador/BA e
Maracaípe/PE) seriam válidas
para o LQS (Longboard
Qualyfing Series), valendo
US$ 5.000,00 cada, mas a
história de 2008 se repetiu
e os campeonatos foram
cancelados pelo baixo número
O longboard feminino, que teve
o seu auge há mais ou menos
três anos, agora está passando
por uma fase muito delicada,
sofrendo com a carência de
material humano. É importante
que todas entendam que, num
esporte de alto rendimento,
a entrega tem que ser total;
é preciso conquistar seu espaço
antes de qualquer coisa, já que,
no começo, é difícil conseguir
patrocínios. No masculino
também existem dificuldades
Foto: Marcio Rodrigues/Fotocom.net
de inscritas – uma lástima para o
esporte no Brasil. Para não
perdermos essas etapas, foi feito
um acordo entre as atletas e o
organizador, Geraldo Cavalcanti,
para transformar esses
campeonatos em etapas do
brasileiro, que, por incrível que
pareça, teve uma maior procura,
mesmo
com a premiação reduzida
para R$ 5.000,00. Os custos para
o Nordeste são altos e a falta
de patrocínios no Brasil é real,
principalmente para o
longboard, mas não dá para
entender essa decisão por parte
de algumas atletas.
Angela Bauer faz parte da primeira
geração do longboard profissional
Foto: Maurício Val/Fotocom.net
em relação a isso, mas muitos
persistiram e hoje conseguem
viver do esporte.
Nessa última etapa foram eleitas
as representantes do Conselho
de Atletas na Abrasp: Thiara
Mandelli e Fernanda Daichtman.
Uma nova regra foi votada por
todas, que diz respeito à relação
entre a categoria profissional e
amadora, ou seja, as quatro
primeiras do ranking profissional
não poderão correr etapas
amadoras e as quatro primeiras
do amador sobem para o
profissional no ano seguinte,
na tentativa de estimular novas
meninas a entrar no circuito,
concretizando, dessa forma,
a modalidade.
O nível técnico está progredindo
e o longboard feminino tem
tudo para se tornar uma
potência – como o masculino
se tornou. Um intercâmbio
com as gringas é fundamental
para acelerar essa evolução.
Perdemos essa oportunidade
no Brasil, mas com mais
competidoras poderemos ter
outra chance.
Mainá Thompson competiu grávida de 4 meses.
A campeã de 2007 e 2008, desta vez, foi vice
Foto: Maurício Val/Fotocom.net
Shayana Avelino desfilou pelas
ondas da praia da Macumba
Foto: Maurício Val/Fotocom.net
A nova geração está sendo bem
representada por Choé Calmon
A baiana Aline Chaves
conquistou seu primeiro título
brasileiro após ficar na segunda
colocação na última etapa do
Circuito Petrobras Longboard
Classic 2009, que aconteceu no
tradicional pico dos pranchões, a
praia da Macumba, no Rio de
Janeiro. Além da sua forte
confiança dentro e fora d’água,
Aline tem como característica
um surfe agressivo; sua principal
arma são as fortes batidas,
provavelmente por ter vindo das
competições de pranchinha.
A longboarder teve excelentes
resultados nas etapas do
Nordeste (Salvador, Bahia, e
Maracaípe, Pernambuco), onde
venceu na raça as duas etapas.
Assim, garantiu uma boa
colocação no ranking e entrou
forte na briga pelo título,
já na reta final, contra a
bicampeã Mainá Thompson.
Ondas de seis pés rolavam na
praia da Macumba quando
Mainá foi eliminada na
semifinal. Após ter se
classificado para a decisão,
Aline pode comemorar antes
mesmo da final entrar na água.
A conquista mostra o rumo que
o longboard está seguindo, com
uma tendência mais progressiva,
mesclando o estilo tradicional
com manobras mais modernas.
Pelo que mostrou no decorrer
desse ano e com a determinação
que caracteriza os nordestinos, a
baiana deverá vir com tudo em
2010 para defender a todo custo
o seu título.
Foto: Arquivo Pessoal
ALINE CHAVES, CAMPEÃ
no longboard 2009
Foto: Maurício Val/Fotocom.net
A nova campeã brasileira Aline Chaves
Verão
2010
Garopaba
Fotos: Roberta Borges
Garopaba é uma
das capitais do
surfe no Brasil.
Possui lindas
praias com ondas
perfeitas e muita
gente bonita e estilosa.
Todo verão é a mesma
coisa: tudo que há de novo rola
por lá. As mais belas mulheres,
vindas de todas as partes do Brasil e
do mundo, marcam presença dentro
e fora d'água. Predominam as
gaúchas e as argentinas que
esbanjam estilo. As baladas são
tudo de bom, mas o melhor mesmo
é aproveitar o sol e o mar, ou até
mesmo um rolé pelo céu de
paraglider.É só pagar e voar.
Verão
2010
Verão
2010
Verão
2010
Verão
2010
BODYBOARDING
CHARME FEMININO DO
bodyboarding da Rocinha
Por Renata Cavalleiro; Fotos: Julio Cavalleiro
P
ode-se dizer que há quase
uma década algumas
centenas de alunos já foram – e
continuam sendo – beneficiados
com os ensinamentos da Escola
de Bodyboarding da Rocinha.
Muito mais que uma atividade
esportiva, a “Escolinha”
representa para esses alunos
a oportunidade de aprender
valores humanos que
permanecem para o
resto da vida.
Fundada em 2001 e comandada
até hoje pelo professor
Wanderley Silva – ou Tio Ley,
como é carinhosamente
chamado por todos –, a escola
mantém o respeito e o apoio de
frequentadores da praia, sejam
atletas, empresários ou
moradores dos arredores, que
inclui a comunidade da Rocinha
e o bairro de São Conrado,
no Rio de Janeiro.
E como a equipe EHLAS não
poderia deixar de notar, a escola
atualmente tem um papel muito
importante na renovação da
categoria feminina carioca.
Várias meninas que começaram
ainda muito cedo sonham em
virar atletas de sucesso. Com
diversos títulos na categoria
iniciante, algumas delas se
tornaram atletas amadoras e
já arriscam manobras entre as
profissionais. Vamos conhecer
um pouco sobre algumas dessas
meninas de ouro – que, além de
pegar ondas, também trabalham
e estudam.
ALINE OLIVEIRA, 17 anos
Amiga inseparável de
Fernanda; elas quase
sempre treinam juntas.
O estilo de pegar ondas
chega até a ser
parecido, e vira e mexe
as duas sobem juntas
aos pódios nas
competições do Rio.
DAIANE SILVA, 17 anos
Considerada a nova Silvana Lima, a indiazinha da Paraíba perdeu o fôlego em 2009.
Apesar do título da divisão de acesso e do Pro Junior, Tininha, como é conhecida, deu
uma caída com a perda do patrocínio. Tem surfe para o Circuito Mundial e já conquistou
etapas do WQS. Falta uma pessoa para cuidar da sua carreira com muito carinho, pois é
a atleta de maior potencial no momento. Ela deve disputar o título em 2010.
FERNANDA SILVA, 17 anos
Começou a aprender o
esporte aos 14 anos.
Hoje, assim como Daiane,
Fernanda tem que dividir
bem o seu tempo para
conseguir manter o ritmo
dos treinos. Seu forte são
as ondas mais cavadas e
o rolo sai sempre “na
pressão”. Adora o free surf
mas é apaixonada pelas
competições e gostaria de
poder participar mais vezes.
Foto: Akemi Saito
2005
GABRIELA RODRIGUES, 15 anos
Sobrinha do Tio Ley, Gabi
também herdou o fascínio pelo
mar e hoje divide os treinos pela
manhã com estudos à tarde e
trabalho em um grupo de valsa
à noite. Batalhadora, Gabi foi
evoluindo aos poucos e em 2009
tornou-se vice-campeã da
categoria Junior da Copa Rio.
Foto: Akemi Saito
2005
RAFAELA ALVES, 17 anos
Rafaela começou na escola com
13 anos e é uma das alunas mais
disciplinadas. Hoje, já atua como
monitora, ajudando o Tio Ley
com alunos mais novos dentro
e fora d’água. Em 2009, foi
campeã iniciante carioca,
vice-campeã mirim capixaba e
3ª do ranking Junior na Copa
Rio. No final do ano passado,
Rafa surpreendeu ao vencer
a categoria open em um
campeonato com ondas fortes
e adversárias da categoria
amadora e até profissionais.
SAMANTHA EVANGELISTA, 14 anos
Começou aos 11 anos. Aluna
dedicada, inspira-se nas amigas
que têm mais tempo na escola
Renata
Cavalleiro
– e já está
conquistando seu
espaço em algumas competições.
Além dessas que
destacamos, várias
outras alunas já
passaram pela
escolinha ou estão lá,
dia a dia, aprendendo.
Ana Caroline, Andressa,
Aline Ribeiro,
Samantha e por aí vai.
O importante é que
as meninas estão
mostrando seu valor,
conquistando seu
espaço dentro d’água e
levando para casa não
apenas troféus, mas
saúde, aprendizado e
muito orgulho para
toda a família.
CAROLINE MATOS, 17 anos
Carol é uma das que começou
há mais tempo, quando tinha
pouco mais de 12 anos. É uma
das poucas que gosta mais de
pegar direitas, e faz isso com
muita beleza e fluidez. Hoje em
dia não está mais competindo;
além de trabalhar na parte da
manhã, acaba de passar no
vestibular para Direito.
LUCIANA SOUZA “BIBI”, 16 anos
Começou com 12 anos e, em 2009,
aos 15, começou a entrar nas
competições. Muito disciplinada,
ouve atentamente aos conselhos
do professor e já começa a encarar
mares maiores.
1 Pódio 100% de alunas da Escola
2 Gabriela, Luana, Rafaela e Bibi
1
2
3
4
3 Daiane, Rafaela, Carol e Gabi,
ao lado de Jade Duarte (de Rio
das Ostras) em mais um pódio
feliz para as alunas
4 Quatro alunas entrando na
bateria final para mais uma
disputa 100% Rocinha
1 Aline, Gabi, Fernanda, Rafaela e
Daiane (abaixo) em campeonato
da própria escola, em São
Conrado
1
2
2 Aline, Fernanda e Rafaela prontas
para mais uma bateria
3 Orgulhosas de seus troféus no
Circuito Kpaloa Musas de 2007
3
ELES
POR
EHLAS
Marcelo Trekinho
Carioca, 26 anos
Foto: Roberta Borges
Marcelo Ribeiro Pessoa, ou
simplesmente Trekinho, como é
conhecido, é um dos principais
expoentes do surfe progressivo
no Brasil. O carioca tem um
vasto repertório de manobras
aéreas e muita força no pé na
hora de atacar os lips.
COLUNA ECO-LÓGICA
COP-15
15ª Conferência do Clima
Por Laila Werneck
E
m 2009, o evento ambiental
mais esperado pelo mundo
foi a 15ª Conferência do Clima
da Organização das Nações
Unidas, em Copenhague, mais
conhecida como COP-15. O
encontro, considerado o mais
importante da história dos
acordos globais ambientais,
tinha como objetivo estabelecer
o tratado que substituirá o
Protocolo de Quioto, vigente
de 2008 a 2012. Havia uma
grande expectativa por diversos
governos, ONGs, empresas e
pessoas interessadas em saber
como resolver a ameaça do
aquecimento global.
A esperança era de que fosse
criado um acordo climático
global com metas quantitativas
para os países ricos e
compromissos de redução de
emissões que pudessem ser
mensurados, reportados e
verificados, para os países em
desenvolvimento. Isso significa
que os países industrializados –
que começaram a emitir mais
cedo e lançam uma quantidade
maior de CO2 e outros gases de
efeito estufa na atmosfera em
função de seu modelo de
crescimento econômico –
deveriam arcar com um corte
maior de carbono, assumindo
metas de redução de 25% a 40%
de seus níveis de emissão em
relação ao ano de 1990, até
2020.
Por outro lado, os países em
desenvolvimento deveriam optar
por um modelo econômico mais
verde, desenvolvendo-se sem
impactar o clima. Tudo isso
porque a concentração global de
carbono precisa ser estabilizada
até 2017, quando deve começar
a cair, chegando a ser 80%
menor do que em 1990.
O encontro, que durou 12 dias,
teve como principal resultado o
“Acordo de Copenhague”. Sem
aprovação unânime dos mais de
190 países participantes, o
acordo terá como anexo uma
lista de países contrários a ele.
Esse acordo tem 12 parágrafos
e três características essenciais:
1) não é um tratado;
2) não foi universalmente
acordado;
3) seu conteúdo não atende
às expectativas anteriores ao
evento.
Embora reconheça a necessidade
de limitar a elevação da
temperatura média global a 2º C
em comparação aos níveis préindustriais, o acordo não traz as
tão esperadas metas de emissão
de carbono para os países e,
embora fale em US$ 100 bilhões
por ano até 2020 para ajudar os
países pobres a resolver seus
problemas, de forma a limitar
suas emissões de CO2 sem tantos
prejuízos em seu
desenvolvimento, não se
detalhou a composição do
fundo.
Foram feitos avanços em
algumas áreas, mas as
divergências em relação às
metas de emissões e ao
monitoramento dos países
comprometidos em respeitar
os limites dessas emissões não
chega a um senso comum.
O Brasil apresentou metas claras,
o que muitos países
desenvolvidos não fizeram:
reduzir as emissões de dióxido
de carbono entre 36,1% e 38,9%
até 2020. Para cumprir a
promessa, planeja reduzir o
desmatamento da Região
Amazônica em até 80%, com
base num crescimento de 5%
do Produto Interno Bruto (PIB).
A iniciativa deve custar ao país
US$ 160 bilhões. Também se
espera ver cumprido o
compromisso dos países
ricos em fornecer apoio
tecnológico e financeiro para
os países em desenvolvimento,
ajudando-os a contribuir com
a luta contra o aquecimento
global. De qualquer maneira,
foi um passo importante para
um país que, pela primeira vez,
comprometeu-se com a redução
das emissões, ainda que os
números apresentados sejam
muito ambiciosos e, de acordo
com alguns setores, a análise
tenha sido superestimada.
Como para os países em
desenvolvimento desacelerar é
praticamente impossível, o ideal
para tais Estados – segundo
Carolina Dubeux, do Instituto
Coppe da Universidade Federal
do Rio de Janeiro (UFRJ), que
coordenou um estudo sobre o
impacto financeiro das emissões
de dióxido de carbono – é
continuar crescendo, porém
optando por práticas agrícolas
mais racionais, energia limpa e
outras medidas unindo
crescimento e meio ambiente.
Já os Estados Unidos ficaram
bem aquém das expectativas
do mundo: o presidente Obama
defendeu a meta de reduzir as
emissões de gases-estufa dos
EUA em 17% até 2020 em
relação aos níveis de 2005.
Mas isso representa uma
redução real de apenas
3 a 4 % em relação a 1990.
O premiê chinês, Wen
Jiabao, reiterou as metas
existentes e afirmou poder
ultrapassá-las. No entanto,
o fato da China se opor ao
monitoramento dessas metas
é um obstáculo sério.
Ao invés de fixar as metas de
reduções, os países parecem
ter se preocupado mais em
discutir de quem foi a culpa
do fracasso da COP15: Lula
culpou os Estados Unidos
por induzir a Europa e
Japão a tentarem eliminar
o Protocolo de Quioto.
O Reino Unido acusou
China de impedir o acordo.
E a África do Sul culpou a
Dinamarca por tentar impor
sua posição aos outros
países.
Diminuir a emissão de gases
de efeito estufa implica
modificações profundas no
modelo de desenvolvimento
econômico e social de cada
país. E tem um custo:
Muitos líderes mundiais
não se comprometeram
a mudar de atitude.
E você, está fazndo
a sua parte?
atualmente, estima-se que
seria necessário algo entre
100 e 200 milhões de dólares
por ano em financiamento
de iniciativas e transferência
de tecnologia para que os
países em desenvolvimento
pudessem oferecer uma
contribuição adequada
ao enfrentamento do
fenômeno. Por isso, até
agora, os governos têm
se mostrado bem menos
dispostos a reduzir suas
emissões de carbono do
que deveriam.
Contudo, se os países não se
comprometerem a mudar de
atitude, correremos um sério
risco de ver a floresta
amazônica transformada
em savana, rios com menor
vazão e sem peixes, uma
redução global drástica da
produção de alimentos
(o que já está ocorrendo),
o derretimento irreversível
de geleiras, o aumento da
elevação do nível do mar
(que faria desaparecer
cidades costeiras), a
migração em massa de
populações em regiões
destruídas pelos eventos
climáticos e o aumento
de doenças tropicais como
dengue e malária.
E você? O que está fazendo
para reduzir suas emissões
de gases de efeito estufa?
Escreva para a gente
([email protected]) dando
suas dicas e contribua para
que nosso país cumpra suas
metas de redução.
Até a próxima edição!
Laila Werneck
Acesse o link
http://unfccc.int/files/meetin
gs/cop_15/application/pdf/co
p15_cph_auv.pdf
e leia o acordo
de Copenhague
em inglês.
SAIDEIRA
Todos que desembarcaram no aeroporto de Copenhague durante a COP15 observaram cartazes com a frase:
“I’M SORRY. WE COULD HAVE STOPPED CATASTROPHIC CLIMATE CHANGE… WE DIDN’T”.
“Desculpem-nos. Poderíamos ter evitado mudanças climáticas catastróficas... Mas não o fizemos”
O cartaz é ilustrada com fotos dos atuais líderes mundiais envelhecidos e finaliza com um apelo para que seja feito hoje algo para um
futuro melhor. A frase, que já é bem impactante, parece que não surtiu efeito na grande maioria dos líderes mundiais. Em 2009, quem
teve a chance de mudar alguma coisas, não o fez. O Brasil teve posição de destaque durante a conferência. Fica aqui a nossa torcida
para que o discurso do nosso presidente não tenha sido em vão.
Foto: Monika Mayer
Escreva para Ehlas.
Seja uma dEhlas,
conte suas aventuras,
mande suas fotos e experiências.

Documentos relacionados

Clique para baixar em BAIXA resolução

Clique para baixar em BAIXA resolução mais agitados, sempre querendo mais. Com mais cautela, vinham as garotas, Stephanie e Katrin, que aguardavam as ondas na segunda sessão.O Micki, eu e o Krebs sempre ali, com os agitados do grupo, m...

Leia mais