Clique para baixar em BAIXA resolução
Transcrição
Clique para baixar em BAIXA resolução
Edição #12 • fevereiro 2010 EDITORIAL Roberta Borges EHLAS, sempre EHLAS... É, mais um ano se foi e muitas coisas aconteceram. A crise afetou o mundo e a todos nós, de alguma forma. Mesmo assim, o staff da revista EHLAS festeja um excelente crescimento. O que mostra estarmos indo na direção certa. Ufa! A primeira edição de 2010 apresenta as Belas e Feras do surfe profissional Brasileiro. São elas as top 16 que disputarão mais um título este ano – e, para descrevê-las, chamamos um especialista no assunto, Marcelo Andrade, diretor executivo da Abrasp. Que não poupou palavras e, na lata, preto no branco, mandou a real sobre cada uma das surfistas. Fizemos também uma blitz nas gravações do programa “Batom & Parafina”, do Multishow, que tem como protagonista nossa sócia, Claudia Gonçalves. Pela primeira vez, a TV brasileira está retratando a vida de uma surfista em um reality show, mostrando os dilemas que ela enfrenta sendo surfista profissional, estudante de jornalismo, editora e sócia da revista EHLAS, além de modelo. O Skate para Meninas fez sua parte e realizou um ótimo evento no final do ano. Meninas de vários estados com seus estilos e manobras botaram para quebrar. O skate, como sempre, aparece lançando a sua moda urbana e irreverente. Show! No bodyboard, nossas colunistas nos contam uma ação superbacana. Um bom exemplo de que o mundo tem jeito, sim, e pode ser melhor: há dez anos, o professor Wanderley Silva fundou a escola de bodyboarding da Rocinha e, desde então, dedica-se ao ensino para todos que passam por lá, de suas técnicas e de muito valor humano. Pessoas como o Tio Ley fazem a diferença e nos trazem esperança. Mas como nem tudo são flores... O mundo pena nas mãos dos líderes mundiais e tudo fica na mesma depois da 15a Conferência do Clima, em Copenhague. Que pena! Nossa colunista Laila Werneck conta tudo. Dois mil e dez está aí e EHLAS vêm com todo gás! Foto: Roberta Borges Boas ondas, boa vida! ÍNDICE: Editorial Cartas Baterias ........................ Perfil das Top Pro do Brasil Surf de Salto Alto ................................ Batom & Parafina Skate ........................................................ Meninas do Skate Longboard ....................................................... Life Style .................................... Balanço Geral Verão 2010, Garopaba Bodyboarding ..................................................................... Foto: Roberta Borges Eles por Ehlas ........................................... Rocinha Marcelo Trekinho Ecologia Essas são as surfistas Top Pro do Brasil. 2010 promete. www.goprocamera.com m.br @ehlas.co a rt e b ro tógrafa • r ditora e fo E • pov.com.b S E G BOR r • pov@ e n ig s e ROBERTA D s.com.br IO • TI ika@ehla n o m LUIZ FLAV • r ne m.br [email protected] R • Desig E la Y o A s M • s A to MONIK .br or de tex ehlas.com AN • Edit @ M ia G d R u A la L c r RICARDO Editora • las.com.b ÇALVES • N O G gitte@eh IA ri b • ra CLAUD o com.br dit AYER • E ck@ehlas. ri M • E T a IT fi ra IG g BR or de foto CK • Edit E N R E W RICK COLABORADORORES DE TEXTO: FERNANDA DAICHTMAN [email protected] COLABORADORORES DE FOTO: RODRIGO TINOCO [email protected] RICARDO RAMOS Fotógrafo www.ricardoramosfotografia.com Em 2000 me formei em Educação Física e, neste mesmo ano, durante uma etapa da Copa do Mundo de Triathlon - disputada na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro senti despertar em mim um forte interesse e grande paixão pelo fotojornalismo esportivo. TONY FLEURY [email protected] LIKA MAIA [email protected] JULIO CAVALLEIRO www.blumar.com.br MAURICIO VAL • MARCIO RODRIGUES Fotocom.net AGRADECIMENTO ESPECIAL: ALVARO DUARTE Fotógrafo [email protected] Alvinho Duarte, carioca, fotógrafo desde 1993, começou por hobby, como quase todos os fotógrafos e logo partiu para fotos fora do convencional. MATÉRIA SKATE: Evelyn Leine [email protected] Fotos: Fernando Martins www.skateparameninas.com.br LAILA WERNECK Produtora e ecologista [email protected] SORAIA ROCHA, ROBERTA MILAZZO E RENATA CAVALLEIRO Bodyboarders www.garotasbodyboarders.com.br MARCELO ANDRADE Colaborador de Texto [email protected] Está há 7 anos a frente da ABRASP (Associação Brasileiro de Surf Profissional), surfa a 32 anos. Já trabalhou 6 anos na KN Videos, 3 anos noJornal Now. Foi técnico dos grandes surfistas Dadá Figueredo, Eraldo Gueiros e Carlos Burle na decada de 80, além de ter atuado também como empresário, foi dono de uma loja da Quiksilver além de ter estado na frente do marketing da Rusty. Leia as cartas no acesso online PARA ANALISAR AS TOP PRO BRASILEIRAS DE 2010, CONVIDAMOS MARCELO ANDRADE, SURFISTA HÁ 32 ANOS. MARCELO É DIRETOR EXECUTIVO DA ABRASP DESDE 2003 E SE MANTÉM SEMPRE ATENTO AO QUE ACONTECE NO SURFE NACIONAL: UM OBSERVADOR NATO, QUE NÃO SAI DA PRAIA ATÉ QUE A ÚLTIMA BATERIA DO DIA TER- Foto: Marcelo Nunes Por Marcelo Andrade MINE. NA ANÁLISE QUE FEZ, ELE NÃO POUPOU PALAVRAS E NA LATA, PRETO NO BRANCO, MANDOU A REAL SOBRE CADA UMA DAS SURFISTAS QUE COMPÕEM A ELITE NACIONAL. Fotos: Roberta Borges Foto: Roberta Borges TIROU UM PESO ENORME DAS COSTAS COM O TÍTULO BRASILEIRO TÃO ESPERADO. SUAS ARMAS SÃO UM BACKSIDE FORTÍSSIMO JUNTO COM O FOCO DE UMA VENCEDORA. NO ANO QUE NÃO VENCEU EM CASA, LEVOU O TÍTULO MÁXIMO DO SURFE BRASILEIRO. O CASAMENTO FEZ MUITO BEM À NOVA CAMPEÃ. MENINA DÓCIL E BATALHADORA, MERECEU MUITO ESSE TÍTULO. A TENDÊNCIA É VIR COM TUDO PARA O BI. Foto: Rick Werneck Foto: Roberta Borges BATEU NA TRAVE DO SEU QUINTO TÍTULO BRASILEIRO PROFISSIONAL. UMA ATLETA COMPLETA E PROFISSIONAL. ANDREA FAZ IOGA, NATAÇÃO E TODA A PREPARAÇÃO CERTA PARA DISPUTAR COM QUALQUER ATLETA DA NOVA E VELHA GERAÇÕES SEU ESPAÇO NA PONTA DO RANKING. REPRESENTA MUITO BEM A IMAGEM DO SURFE NA MÍDIA E MOSTRA MUITA CLAREZA EM SUAS DECLARAÇÕES. UM EXEMPLO PARA A NOVA GERAÇÃO. VAI TER QUE LUTAR MUITO PARA ENCERRAR A CARREIRA COM O PENTA. Foto: Tony Fleury Foto: Rick Werneck UMA GRANDE NOVIDADE ENTRE AS TOP 3. ALTERNA GRANDES ATUAÇÕES COM APAGÕES, QUE PODEM SER CORRIGIDOS COM MAIS FOCO NAS COMPETIÇÕES. TEM UM POTENCIAL ENORME E, SE BEM TRABALHADA, PODE CHEGAR AO TÍTULO NACIONAL. SUAS MANOBRAS SÃO VELOZES COM FINALIZAÇÕES FORTES. TEM QUE MELHORAR SUA COMPETITIVIDADE PARA FICAR NA PONTA EM 2010. UM BOM PATROCINADOR PODE INCENTIVAR A ATLETA DE BÚZIOS. Fotos: Ricardo Ramos OUTRA NOVIDADE ENTRE AS MELHORES DE 2009. SUA VITÓRIA NA ÚLTIMA ETAPA PODE TRAZER UM ESTÍMULO A UMA ATLETA QUE PARECIA DESANIMADA. QUANDO AMADORA, ERA UMA DAS GRANDES PROMESSAS DO SURFE BRASILEIRO. SUAS MANOBRAS ERAM SUPERMODERNAS E ATÉ AÉREOS ESTAVAM EM SEU REPERTÓRIO. COMO PROFISSIONAL, AINDA NÃO USOU TODO O SEU POTENCIAL. TINHA UM PATROCINADOR FORTE E AGORA ESTÁ SEM ESTE APOIO. PRECISA VOLTAR ÀS ORIGENS E VOLTAR A RADICALIZAR. SEU FRONTSIDE É MUITO BOM E ELA TEM TUDO PARA SER ATLETA DE PONTA. FALTAM APENAS MOTIVAÇÃO E UM BOM PATROCINADOR. Fotos: Ricardo Ramos Foto: Brigitte Mayer CONSIDERADA A NOVA SILVANA LIMA, A INDIAZINHA DA PARAÍBA PERDEU O FÔLEGO EM 2009. APESAR DO TÍTULO DA DIVISÃO DE ACESSO E DO PRO JUNIOR, TININHA, COMO É CONHECIDA, DEU UMA CAÍDA COM A PERDA DO PATROCÍNIO. TEM SURFE PARA O CIRCUITO MUNDIAL E JÁ CONQUISTOU ETAPAS DO WQS. FALTA UMA PESSOA PARA CUIDAR DA SUA CARREIRA COM MUITO CARINHO, POIS É A ATLETA DE MAIOR POTENCIAL NO MOMENTO. ELA DEVE DISPUTAR O TÍTULO EM 2010. Foto: Rodrigo Tinoco Foto: Roberta Borges EM SEU PRIMEIRO ANO DE PROFISSIONAL, JÁ SE DESTACA ENTRE AS MELHORES DO BRASIL. TEM FEITO UM TRABALHO SÉRIO COMO ATLETA AO LONGO DA CARREIRA – TRABALHO ESTE PARA CHEGAR NO TOPO RAPIDAMENTE. SEU SURFE É CONSISTENTE E COMPETITIVO. MESMO SENDO MUITO NOVA, JÁ TEM BASTANTE BAGAGEM NO CURRÍCULO COM VIAGENS PARA EVENTOS INTERNACIONAIS AMADORES. VAI INCOMODAR MUITO MAIS EM NESTE ANO. PODENDO CHEGAR AO TÍTULO SE AS RIVAIS DEREM MOLE. Foto: Rodrigo Tinoco Foto: Roberta Borges OUTRO EXEMPLO DE ATLETA PROFISSIONAL SUPERPREPARADA. EM 2009, GANHOU A ETAPA DE UBATUBA E PODERIA “TER CHEGADO MAIS JUNTO”. É UMA SURFISTA COMPLETA QUE SURFA QUALQUER TIPO DE ONDA. TEM CONDIÇÕES DE CONQUISTAR O CIRCUITO EM 2010, MAS PRECISA DE UM PATROCINADOR PARA LEVAR SEU PROJETO ADIANTE. Michelle des Bouillons Fotos: Rick Werneck SURFISTA COMPLETA. PRECISA APENAS DE UM POUCO MAIS DE FOCO PARA CONQUISTAR UM TÍTULO NACIONAL. OUTRA QUE PERDEU O PATROCÍNIO EM 2009 E PARECE QUE DESANIMOU UM POUCO. SEU SURFE É DE GENTE GRANDE; ELA PRECISA DE VIAGENS E COMPETIÇÕES INTERNACIONAIS PARA MOSTRAR O SEU GRANDE POTENCIAL EM NÍVEL MUNDIAL. SURFA TÃO BEM DE BACK QUANTO DE FRONTSIDE. SE ENTRAR NO CLIMA, PODE SER CAMPEÃ EM 2010. Foto: Rodrigo Tinoco Foto: Roberta Borges ANOTEM ESTE NOME, PORQUE FOI A MAIOR EVOLUÇÃO QUE VIMOS DE 2008 PARA 2009. SE CONTINUAR NESSA CRESCENTE, VAI ATROPELAR AS ADVERSÁRIAS EM NESTE ANO. SEU SURFE ESTÁ MADURO E MOSTRA MUITA VONTADE DE GANHAR. GANHOU A ÚLTIMA ETAPA DA DIVISÃO DE ACESSO E FEZ A FINAL DO SUPERSURF EM UBATUBA. NÃO ESTÁ DEVENDO NADA A NENHUMA OUTRA DO CIRCUITO. E É A GRANDE APOSTA PARA O ANO QUE VEM. Fotos: Roberta Borges OS DOIS ÚLTIMOS ANOS FORAM ABAIXO DO ESPERADO PARA UMA ATLETA QUE VINHA CRESCENDO NO CIRCUITO. GANHOU UMA ETAPA DO WQS NA EUROPA E CAMINHAVA FIRME PARA O TOPO. DEPOIS DISSO, LUTOU MUITO EM 2008 E 2009 PARA SE MANTER NA ELITE DO CIRCUITO BRASILEIRO. COMO POUCAS, CONTA COM ESTRUTURA E SUPORTE SINGULARES, E TEM TUDO PARA VOLTAR À SUA ROTA INICIAL. DEPENDE UNICAMENTE DE FOCO. Foto: Rodrigo Tinoco Foto: Arquivo Pessoal COM MUITO TEMPO DE ESTRADA, BRIGITTE SABE QUE TEM QUE LUTAR MUITO PARA SE MANTER NA ELITE COM AS GERAÇÕES MAIS NOVAS. SE NÃO TEM CONSEGUIDO PELA DIVISÃO DE ELITE, NA DIVISÃO DE ACESSO APROVEITA AS OPORTUNIDADES PARA SE MANTER PELA SUA COMPETITIVIDADE. EM 2010, VAI TER QUE “DAR MAIS UM GÁS” PARA TENTAR SE RECLASSIFICAR. Foto: Rick Werneck Foto: Ricardo Ramos ESSA MENINA TEM QUE SER TRABALHADA PARA IR PARA O CIRCUITO MUNDIAL. MOSTRA TALENTO E MUITO POTENCIAL. SEU ESTILO É POLIDO E AS MANOBRAS SÃO MODERNAS – MAS TEM QUE AMADURECER MAIS UM POUCO PARA PODER EVOLUIR DENTRO DO CIRCUITO BRASILEIRO. S EUS RESULTADOS NÃO FORAM À ALTURA DO SEU SURFE EM 2009, POIS PRECISA DE MAIS GARRA E COMPETITIVIDADE. OUTRA QUE TEM QUE VOLTAR ÀS ORIGENS PARA VENCER NOVAMENTE. PODE TER UM ANO EXCELENTE EM 2010, MAS, PARA ISSO, TEM QUE MUDAR A POSTURA. Por Chantalla Furlanetto e Brigitte Mayer Foto: Tony Fleury Foto: Roberta Borges VAI ESTREAR EM 2010 NA ELITE DA ABRASP. JÁ PARTICIPOU DE ALGUMAS ETAPAS COMO CONVIDADA – SEM MUITO SUCESSO. PRECISA DE MAIS FORÇA NO SURFE PARA BATER AS SUAS FUTURAS ADVERSÁRIAS. ESTE ANO PODE SER O DE SUA EVOLUÇÃO. Foto: Rick Werneck Foto: Arquivo pessoal Foto: Roberta Borges VETERANA NO CIRCUITO, NÃO TEM CONSEGUIDO SE RECLASSIFICAR PELO CIRCUITO DE ELITE. MOSTRA MUITA DIFICULDADE PARA PASSAR BATERIAS, NECESSITANDO DE MAIS CALMA NA HORA DA COMPETIÇÃO. SUA MAIOR ADVERSÁRIA É SUA ANSIEDADE DENTRO D’ÁGUA. EM 2010, TERÁ QUE LUTAR MUITO PARA MANTER-SE MAIS UM ANO ENTRE AS MELHORES. Foto: Lika Maia Foto: Arquivo pessoal Foto: Roberta Borges DEPOIS DE ALGUNS ANOS FORA DO BRASIL, MICHAELA VOLTA MAIS MADURA E COM VONTADE DE RECONQUISTAR SEU ESPAÇO. OS ANOS LONGE DO CIRCUITO BRASILEIRO LHE TROUXERAM A MATERNIDADE E EXPERIÊNCIA ATRAVÉS DAS VIAGENS QUE FEZ PELO MUNDO ATRÁS DE ONDAS NOVAS. SUA VOLTA É UMA SURPRESA E, ENCARADA ASSIM, PODE-SE DIZER QUE EM 2010 ELA VAI MOSTRAR SE SERÁ COADJUVANTE OU PROTAGONISTA. Foto: Roberta Borges MONIK SANTOS OBTEVE A VAGA DE WILDCARD PARA ESSE ANO. EM 2009 TEVE QUEABANDONAR O CIRCUITO POR CONTUSÃO. MONIK É UMA QUEBRADORA DE OBSTÁCULOS. VINDA DE UMA FAMÍLIA HUMILDE DE PERNAMBUCO, ESSA GUERREIRA LUTA CONTRA DUAS CONTUSÕES NO OMBRO QUE VÊEM LHE ACOMPANHAM AO LONGO DA CARREIRA. INDEPENDENTE DISSO, SEU SURF É FORTE, COM RASGADAS INVERTENDO TUDO E TEM MUITA FIRMEZA EM SUAS MANOBRAS. DEPOIS DA OPERAÇÃO NOS DOIS OMBROS, DEVE VOLTAR NO GÁS TOTAL PARA RECUPERAR SUA VAGA ENTRE AS MELHORES DO SURF FEMININO BRASILEIRO. MAKING OF BATOM E PARAFINA em Búzios Por Brigitte Mayer; Fotos Rick Werneck P ela primeira vez a TV brasileira está retratando a vida de uma surfista em um reality show. O programa mostra a rotina e os desafios de Claudia Gonçalves, surfista profissional, estudante de jornalismo, editora e sócia da revista EHLAS, além de modelo. O canal Multishow acompanhou por quase seis meses o dia a dia da Claudinha: são 13 episódios mostrando o “lifestyle”, as competições e as viagens da atleta. A revista EHLAS, juntamente com a produção do programa, escolheu a cidade de Búzios para as gravações de um dos episódios. O balneário de Búzios está localizado na Região dos Lagos, no Rio de Janeiro, e é conhecido pelo seu charme, suas praias paradisíacas e também pelas baladas. Nos três dias que “Batom e Parafina” passou por lá, Búzios ficou pequeno! Claudia e as surfistas Barbara Muller, Tais Soares, Michelle dês Boullions, Brigitte Mayer e a kitesurfista Marcella Witt puderam curtir uma trip de “descanso” com muito surfe, kite, SUP, chuva e sol, além de risadas, diversão e charme – entre, é claro, muito batom e parafina. Claudia Goncalves Búzios recebeu as meninas para um fim de semana prolongando de muito surfe e diversão. A pousada Maravista fica praticamente na areia da praia de Geribá. Depois de checar as ondas da varanda dos quartos, as meninas correram para o surfe; depois de muitas ondas, um bom descanso no deck para segunda caída. Barbara Muller Assista ao vídeo no acesso online A noite de Búzios bomba quase todos os dias da semana. A Rua das Pedras é conhecida pelos seus bares, restaurantes e boates e pela galera que fica no vai e vem na rua. A noitada começava na van. O astral das playlist dos iPods da Claudinha e Barbara contagiava a galera na pré-night com a sonzeira a mil. Marcela Witt O Captains Bar e o Pacha foram invadidos pelas meninas, sempre com os nossos “sombras” – Marcos Salamonde, câmera, Gabriel Mellin, diretor, e Rick Werneck, fotógrafo da EHLAS – atrás. Eles não perderam um momento enquanto a galera brindava, dançava e se divertia. Teve até invasão da mesa do DJ que tocava na Pacha. Brigitte Mayer Assista ao vídeo no acesso online Depois de um surfe, nada melhor que relaxar na jacuzzi e no deck da pousada para recarregar as energias Camilla Calado Com tantas atividades, surfe, SUP, kite, wake, nada melhor que uma comidinha gostosa. Os restaurantes Boom e Brigitta’s e a creperia Chez Michou fizeram a galera delirar Assista ao vídeo no acesso online Michelle des Bouillons Assista ao vídeo no acesso online As meninas não paravam um segundo sequer. Se não estava rolando surfe. O que não faltava eram atividades. Futebol, banana boat, brincadeiras na piscina e até mesmo umas comprinhas. O lema era muita diversão! Tais Soares CAMILLA CALLADO Um final de semana? Poderia ter sido uma eternidade! Não gostei nem um pouco: amei! Aliás, podíamos combinar mais desses! Melhor ainda foi me divertir um monte com as amigas, com direito a tudo: praia, surfe, piscina, sol e chuva, Banana Boat, boa comida, night... enfim, alto astral! Não vejo a hora de poder repetir tudo isso de novo! Muitas saudades desse final de semana e de todos! MARCELA WITT Búzios foi muito legal. Saí do Rio de Janeiro sem ter a menor ideia de como eram as meninas que eu ia viajar – a única que eu conhecia era a Brigite, e, mesmo assim, não muito bem. Me dei super bem com todas, são superanimadas sempre e topam qualquer coisa! Viajar com EHLAS foi bem diferente para mim: como não tem muitas meninas da minha idade que praticam o kite, as viagens acabam sendo só para velejar ou só para ficar com as amigas. Nessa viagem pude juntar tudo isso, o me deixou muito feliz! Amei! MICHELLE DES BOUILLONS Acho que não poderia haver um final de semana com estrutura melhor do que esse que tivemos em Búzios! Tudo muito bom e do melhor. Companhias excelentes, instalações ótimas, comida da melhor qualidade, muita bagunça e com ondas boas para fazer o que sabemos de melhor, que é surfar! Foi tudo muito agradável e divertido; não mudaria nada do que foi. Saímos à noite, surfamos, fofocamos, conheci praias novas e me diverti muito! Um beijão para toda a galera da EHLAS! AGRADECIMENTOS POUSADA MARAVISTA www.maravista.com.br 22 2623-2130 RESTAURANTE BOOM www.boombuzios.com.br 22 2623-6254 RESTAURANTE BRIGITTA’S www.brigittas.com.br 22 2623-6157 BARBARA MULLER TA I S S O A R E S Acho que a intenção da trip foi exatamente o que o programa “Batom e Parafina” estava buscando. Nosso fim de semana em Búzios resume perfeitamente o nosso “lifestyle” – dentro da água quebrando as ondas e, fora da água, mulheres lindas e arrumadas, tirando um pouco a fama de que surfista não sabe se arrumar! Até porque, na noite da baladinha, as pessoas que falavam conosco não acreditavam que estavam entre surfistas profissionais... Foi maravilhoso passar o fim de semana com todas as meninas. Rimos e nos divertimos bastante, surfamos boas ondas e nos conhecemos melhor. Foi muito legal também porque teve a Marcelinha, que faz kite, e a Camilla, que surfa de stand up; até então eu não as conhecia. Todas as meninas se deram superbem, não tinha como ser melhor. Achei maneiríssimo gravar para o programa. Nunca tive alguma experiência parecida: no começo, era meio estranho fazer tudo na frente das câmeras, mas, depois, me acostumei. Viajar com as amigas para surfar é sempre muito bom, só que dessa vez foi ainda melhor. Obrigada, meninas!” CREPERIA CHEZ MICHOU www.chezmichou.com.br 22 2623-2169 CAPTAINS BAR R. das Pedras, 252 PACHA www.pachabuzios.com 22 2633-0592 BANANA BOAT Praia da Ferrugem MELLIN VÍDEOS www.mellinvideos.com.br 21 2422-4729 Por Roberta Borges; Fotos: Fernando Martins As skatistas Ligiane Antunes, a Xuxinha, e Liza Araújo, editora da revista Check It Out nos bastidores do evento As meninas do skate fecham 2009 com chave de ouro O campeonato “Skate para Meninas Street Show” rolou no último final de semana de dezembro de 2009, em São Paulo. Além das paulistas, as cariocas apareceram em peso, mostrando um ótimo nível na competição. Letícia Bufoni veio dos Estados Unidos para passar o fim de ano com a família e aproveitou sua estada para participar do evento – e acabou levando o título de campeã. A bicampeã mundial de vertical, Karen Jonz, também esteve presente entrevistando as skatistas, distribuindo brindes e divulgando sua marca – Monstra Maçã. Karen também customizou os shapes que foram dados para as finalistas. O evento foi um show de manobras e de muito estilo no visual das meninas. Ana Paula Negrão e Giuliana Ricomini representaram o skate feminino nos anos 90 e continuam a todo vapor Jéssica Florêncio manda estilosos Ollies em sua volta. Skatista cola adesivos do Skate para Meninas em seu shape A skatista Ariane Peres, de Sorocaba, manda Bs Rockslide em sua volta Giuliana Ricomini, Alessandra Meduza e Anderson conferem as caixas grafitadas Karen Jonz não parava de twitar sobre o campeonato Zueira na hora da premiação: Letícia Bufoni arrasta Karen Jonz pelos pés Xuxinha, Letícia Bufoni e Eliana Sosco: três das melhores skatistas brasileiras Stencil nos shapes das participantes Skatistas amadoras e iniciantes juntas Bia Sodré, do Rio de Janeiro, avalia a pista para sua volta Xuxinha aproveita para retocar a maquiagem Foto: Pepe Ramo A pequena prodígio Pâmela Rosa Leite manda Ollie Set em sua volta Débora Badel Giuliana Ricomini aproveitou para dar um rolezinho Letícia Bufoni manda Fs Ollie Longboard Foto: Marcio Rodrigues/Fotocom.net LONGBOARD BALANÇO GERAL 2009 Por Fernanda Daichtman A última etapa do Circuito Brasileiro de Longboard Profissional rolou na Praia da Macumba, Rio de Janeiro. O campeonato começou com ondas muito pequenas e correu o risco de ser transferido para o canto do Recreio, mas a Macumba foi abençoada com um swell surpresa, que contrariou todas as previsões. No final de tarde da sexta-feira, o mar reagiu, aumentando no dia seguinte para cerca de seis pés. Aline Chaves comemora seu primeiro título profissional Quando as baterias foram para a água, nossas guerreiras mostraram muita atitude, e que o nível do longboard está cada vez mais alto. Parece que já foi o tempo em que as meninas pediam para adiar as baterias esperando o mar abaixar. A nova geração, com Rayane Amaral, Isadora Costa e Laura Chaja, enfrentou com raça as pesadas condições da Macumba. O título de campeã brasileira estava entre a bicampeã Mainá Thompson e a baiana Aline Chaves. Mainá, mesmo grávida de quatro meses, não se intimidou e buscou a todo custo seu terceiro título, mas foi eliminada na semifinal pela jovem Chloé Calmon, que no quintal de sua casa levou o caneco da etapa, arrancando boas notas dos juízes. E deixou, assim, o título brasileiro para a local de Itacaré. Foto: Maurício Val/Fotocom.net Aline em ação Foto: Alvaro Duarte Foto: Marcio Rodrigues/Fotocom.net Chloé Calmon caminhando rumo ao título, depois foi só comemorar Foto: Maurício Val/Fotocom.net Nossa colunista Fernanda Daitchman Ao contrário das nossas expectativas, o longboard feminino teve um saldo positivo em 2009, com quatro etapas profissionais e três amadoras. No começo do ano, especulou-se que o Petrobras Longboard Classic (PLC) e o Petrobras Feminino de Surf não iriam bancar o longboard feminino devido à crise mundial. Além disso, o Pernambuco Longboard Legends (PLL) aconteceria somente se completassem um número “x” de inscritas, pois, no ano passado, houve um baixo número de participantes, o que desagradou à organização. Mas para o bem de todas, além dos dois Petrobras e do PLL, mais um evento entrou no calendário de última hora: o Pena Bahia Longboard Classic, que rolou em Salvador. Em princípio, as duas etapas do Nordeste (Salvador/BA e Maracaípe/PE) seriam válidas para o LQS (Longboard Qualyfing Series), valendo US$ 5.000,00 cada, mas a história de 2008 se repetiu e os campeonatos foram cancelados pelo baixo número O longboard feminino, que teve o seu auge há mais ou menos três anos, agora está passando por uma fase muito delicada, sofrendo com a carência de material humano. É importante que todas entendam que, num esporte de alto rendimento, a entrega tem que ser total; é preciso conquistar seu espaço antes de qualquer coisa, já que, no começo, é difícil conseguir patrocínios. No masculino também existem dificuldades Foto: Marcio Rodrigues/Fotocom.net de inscritas – uma lástima para o esporte no Brasil. Para não perdermos essas etapas, foi feito um acordo entre as atletas e o organizador, Geraldo Cavalcanti, para transformar esses campeonatos em etapas do brasileiro, que, por incrível que pareça, teve uma maior procura, mesmo com a premiação reduzida para R$ 5.000,00. Os custos para o Nordeste são altos e a falta de patrocínios no Brasil é real, principalmente para o longboard, mas não dá para entender essa decisão por parte de algumas atletas. Angela Bauer faz parte da primeira geração do longboard profissional Foto: Maurício Val/Fotocom.net em relação a isso, mas muitos persistiram e hoje conseguem viver do esporte. Nessa última etapa foram eleitas as representantes do Conselho de Atletas na Abrasp: Thiara Mandelli e Fernanda Daichtman. Uma nova regra foi votada por todas, que diz respeito à relação entre a categoria profissional e amadora, ou seja, as quatro primeiras do ranking profissional não poderão correr etapas amadoras e as quatro primeiras do amador sobem para o profissional no ano seguinte, na tentativa de estimular novas meninas a entrar no circuito, concretizando, dessa forma, a modalidade. O nível técnico está progredindo e o longboard feminino tem tudo para se tornar uma potência – como o masculino se tornou. Um intercâmbio com as gringas é fundamental para acelerar essa evolução. Perdemos essa oportunidade no Brasil, mas com mais competidoras poderemos ter outra chance. Mainá Thompson competiu grávida de 4 meses. A campeã de 2007 e 2008, desta vez, foi vice Foto: Maurício Val/Fotocom.net Shayana Avelino desfilou pelas ondas da praia da Macumba Foto: Maurício Val/Fotocom.net A nova geração está sendo bem representada por Choé Calmon A baiana Aline Chaves conquistou seu primeiro título brasileiro após ficar na segunda colocação na última etapa do Circuito Petrobras Longboard Classic 2009, que aconteceu no tradicional pico dos pranchões, a praia da Macumba, no Rio de Janeiro. Além da sua forte confiança dentro e fora d’água, Aline tem como característica um surfe agressivo; sua principal arma são as fortes batidas, provavelmente por ter vindo das competições de pranchinha. A longboarder teve excelentes resultados nas etapas do Nordeste (Salvador, Bahia, e Maracaípe, Pernambuco), onde venceu na raça as duas etapas. Assim, garantiu uma boa colocação no ranking e entrou forte na briga pelo título, já na reta final, contra a bicampeã Mainá Thompson. Ondas de seis pés rolavam na praia da Macumba quando Mainá foi eliminada na semifinal. Após ter se classificado para a decisão, Aline pode comemorar antes mesmo da final entrar na água. A conquista mostra o rumo que o longboard está seguindo, com uma tendência mais progressiva, mesclando o estilo tradicional com manobras mais modernas. Pelo que mostrou no decorrer desse ano e com a determinação que caracteriza os nordestinos, a baiana deverá vir com tudo em 2010 para defender a todo custo o seu título. Foto: Arquivo Pessoal ALINE CHAVES, CAMPEÃ no longboard 2009 Foto: Maurício Val/Fotocom.net A nova campeã brasileira Aline Chaves Verão 2010 Garopaba Fotos: Roberta Borges Garopaba é uma das capitais do surfe no Brasil. Possui lindas praias com ondas perfeitas e muita gente bonita e estilosa. Todo verão é a mesma coisa: tudo que há de novo rola por lá. As mais belas mulheres, vindas de todas as partes do Brasil e do mundo, marcam presença dentro e fora d'água. Predominam as gaúchas e as argentinas que esbanjam estilo. As baladas são tudo de bom, mas o melhor mesmo é aproveitar o sol e o mar, ou até mesmo um rolé pelo céu de paraglider.É só pagar e voar. Verão 2010 Verão 2010 Verão 2010 Verão 2010 BODYBOARDING CHARME FEMININO DO bodyboarding da Rocinha Por Renata Cavalleiro; Fotos: Julio Cavalleiro P ode-se dizer que há quase uma década algumas centenas de alunos já foram – e continuam sendo – beneficiados com os ensinamentos da Escola de Bodyboarding da Rocinha. Muito mais que uma atividade esportiva, a “Escolinha” representa para esses alunos a oportunidade de aprender valores humanos que permanecem para o resto da vida. Fundada em 2001 e comandada até hoje pelo professor Wanderley Silva – ou Tio Ley, como é carinhosamente chamado por todos –, a escola mantém o respeito e o apoio de frequentadores da praia, sejam atletas, empresários ou moradores dos arredores, que inclui a comunidade da Rocinha e o bairro de São Conrado, no Rio de Janeiro. E como a equipe EHLAS não poderia deixar de notar, a escola atualmente tem um papel muito importante na renovação da categoria feminina carioca. Várias meninas que começaram ainda muito cedo sonham em virar atletas de sucesso. Com diversos títulos na categoria iniciante, algumas delas se tornaram atletas amadoras e já arriscam manobras entre as profissionais. Vamos conhecer um pouco sobre algumas dessas meninas de ouro – que, além de pegar ondas, também trabalham e estudam. ALINE OLIVEIRA, 17 anos Amiga inseparável de Fernanda; elas quase sempre treinam juntas. O estilo de pegar ondas chega até a ser parecido, e vira e mexe as duas sobem juntas aos pódios nas competições do Rio. DAIANE SILVA, 17 anos Considerada a nova Silvana Lima, a indiazinha da Paraíba perdeu o fôlego em 2009. Apesar do título da divisão de acesso e do Pro Junior, Tininha, como é conhecida, deu uma caída com a perda do patrocínio. Tem surfe para o Circuito Mundial e já conquistou etapas do WQS. Falta uma pessoa para cuidar da sua carreira com muito carinho, pois é a atleta de maior potencial no momento. Ela deve disputar o título em 2010. FERNANDA SILVA, 17 anos Começou a aprender o esporte aos 14 anos. Hoje, assim como Daiane, Fernanda tem que dividir bem o seu tempo para conseguir manter o ritmo dos treinos. Seu forte são as ondas mais cavadas e o rolo sai sempre “na pressão”. Adora o free surf mas é apaixonada pelas competições e gostaria de poder participar mais vezes. Foto: Akemi Saito 2005 GABRIELA RODRIGUES, 15 anos Sobrinha do Tio Ley, Gabi também herdou o fascínio pelo mar e hoje divide os treinos pela manhã com estudos à tarde e trabalho em um grupo de valsa à noite. Batalhadora, Gabi foi evoluindo aos poucos e em 2009 tornou-se vice-campeã da categoria Junior da Copa Rio. Foto: Akemi Saito 2005 RAFAELA ALVES, 17 anos Rafaela começou na escola com 13 anos e é uma das alunas mais disciplinadas. Hoje, já atua como monitora, ajudando o Tio Ley com alunos mais novos dentro e fora d’água. Em 2009, foi campeã iniciante carioca, vice-campeã mirim capixaba e 3ª do ranking Junior na Copa Rio. No final do ano passado, Rafa surpreendeu ao vencer a categoria open em um campeonato com ondas fortes e adversárias da categoria amadora e até profissionais. SAMANTHA EVANGELISTA, 14 anos Começou aos 11 anos. Aluna dedicada, inspira-se nas amigas que têm mais tempo na escola Renata Cavalleiro – e já está conquistando seu espaço em algumas competições. Além dessas que destacamos, várias outras alunas já passaram pela escolinha ou estão lá, dia a dia, aprendendo. Ana Caroline, Andressa, Aline Ribeiro, Samantha e por aí vai. O importante é que as meninas estão mostrando seu valor, conquistando seu espaço dentro d’água e levando para casa não apenas troféus, mas saúde, aprendizado e muito orgulho para toda a família. CAROLINE MATOS, 17 anos Carol é uma das que começou há mais tempo, quando tinha pouco mais de 12 anos. É uma das poucas que gosta mais de pegar direitas, e faz isso com muita beleza e fluidez. Hoje em dia não está mais competindo; além de trabalhar na parte da manhã, acaba de passar no vestibular para Direito. LUCIANA SOUZA “BIBI”, 16 anos Começou com 12 anos e, em 2009, aos 15, começou a entrar nas competições. Muito disciplinada, ouve atentamente aos conselhos do professor e já começa a encarar mares maiores. 1 Pódio 100% de alunas da Escola 2 Gabriela, Luana, Rafaela e Bibi 1 2 3 4 3 Daiane, Rafaela, Carol e Gabi, ao lado de Jade Duarte (de Rio das Ostras) em mais um pódio feliz para as alunas 4 Quatro alunas entrando na bateria final para mais uma disputa 100% Rocinha 1 Aline, Gabi, Fernanda, Rafaela e Daiane (abaixo) em campeonato da própria escola, em São Conrado 1 2 2 Aline, Fernanda e Rafaela prontas para mais uma bateria 3 Orgulhosas de seus troféus no Circuito Kpaloa Musas de 2007 3 ELES POR EHLAS Marcelo Trekinho Carioca, 26 anos Foto: Roberta Borges Marcelo Ribeiro Pessoa, ou simplesmente Trekinho, como é conhecido, é um dos principais expoentes do surfe progressivo no Brasil. O carioca tem um vasto repertório de manobras aéreas e muita força no pé na hora de atacar os lips. COLUNA ECO-LÓGICA COP-15 15ª Conferência do Clima Por Laila Werneck E m 2009, o evento ambiental mais esperado pelo mundo foi a 15ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas, em Copenhague, mais conhecida como COP-15. O encontro, considerado o mais importante da história dos acordos globais ambientais, tinha como objetivo estabelecer o tratado que substituirá o Protocolo de Quioto, vigente de 2008 a 2012. Havia uma grande expectativa por diversos governos, ONGs, empresas e pessoas interessadas em saber como resolver a ameaça do aquecimento global. A esperança era de que fosse criado um acordo climático global com metas quantitativas para os países ricos e compromissos de redução de emissões que pudessem ser mensurados, reportados e verificados, para os países em desenvolvimento. Isso significa que os países industrializados – que começaram a emitir mais cedo e lançam uma quantidade maior de CO2 e outros gases de efeito estufa na atmosfera em função de seu modelo de crescimento econômico – deveriam arcar com um corte maior de carbono, assumindo metas de redução de 25% a 40% de seus níveis de emissão em relação ao ano de 1990, até 2020. Por outro lado, os países em desenvolvimento deveriam optar por um modelo econômico mais verde, desenvolvendo-se sem impactar o clima. Tudo isso porque a concentração global de carbono precisa ser estabilizada até 2017, quando deve começar a cair, chegando a ser 80% menor do que em 1990. O encontro, que durou 12 dias, teve como principal resultado o “Acordo de Copenhague”. Sem aprovação unânime dos mais de 190 países participantes, o acordo terá como anexo uma lista de países contrários a ele. Esse acordo tem 12 parágrafos e três características essenciais: 1) não é um tratado; 2) não foi universalmente acordado; 3) seu conteúdo não atende às expectativas anteriores ao evento. Embora reconheça a necessidade de limitar a elevação da temperatura média global a 2º C em comparação aos níveis préindustriais, o acordo não traz as tão esperadas metas de emissão de carbono para os países e, embora fale em US$ 100 bilhões por ano até 2020 para ajudar os países pobres a resolver seus problemas, de forma a limitar suas emissões de CO2 sem tantos prejuízos em seu desenvolvimento, não se detalhou a composição do fundo. Foram feitos avanços em algumas áreas, mas as divergências em relação às metas de emissões e ao monitoramento dos países comprometidos em respeitar os limites dessas emissões não chega a um senso comum. O Brasil apresentou metas claras, o que muitos países desenvolvidos não fizeram: reduzir as emissões de dióxido de carbono entre 36,1% e 38,9% até 2020. Para cumprir a promessa, planeja reduzir o desmatamento da Região Amazônica em até 80%, com base num crescimento de 5% do Produto Interno Bruto (PIB). A iniciativa deve custar ao país US$ 160 bilhões. Também se espera ver cumprido o compromisso dos países ricos em fornecer apoio tecnológico e financeiro para os países em desenvolvimento, ajudando-os a contribuir com a luta contra o aquecimento global. De qualquer maneira, foi um passo importante para um país que, pela primeira vez, comprometeu-se com a redução das emissões, ainda que os números apresentados sejam muito ambiciosos e, de acordo com alguns setores, a análise tenha sido superestimada. Como para os países em desenvolvimento desacelerar é praticamente impossível, o ideal para tais Estados – segundo Carolina Dubeux, do Instituto Coppe da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que coordenou um estudo sobre o impacto financeiro das emissões de dióxido de carbono – é continuar crescendo, porém optando por práticas agrícolas mais racionais, energia limpa e outras medidas unindo crescimento e meio ambiente. Já os Estados Unidos ficaram bem aquém das expectativas do mundo: o presidente Obama defendeu a meta de reduzir as emissões de gases-estufa dos EUA em 17% até 2020 em relação aos níveis de 2005. Mas isso representa uma redução real de apenas 3 a 4 % em relação a 1990. O premiê chinês, Wen Jiabao, reiterou as metas existentes e afirmou poder ultrapassá-las. No entanto, o fato da China se opor ao monitoramento dessas metas é um obstáculo sério. Ao invés de fixar as metas de reduções, os países parecem ter se preocupado mais em discutir de quem foi a culpa do fracasso da COP15: Lula culpou os Estados Unidos por induzir a Europa e Japão a tentarem eliminar o Protocolo de Quioto. O Reino Unido acusou China de impedir o acordo. E a África do Sul culpou a Dinamarca por tentar impor sua posição aos outros países. Diminuir a emissão de gases de efeito estufa implica modificações profundas no modelo de desenvolvimento econômico e social de cada país. E tem um custo: Muitos líderes mundiais não se comprometeram a mudar de atitude. E você, está fazndo a sua parte? atualmente, estima-se que seria necessário algo entre 100 e 200 milhões de dólares por ano em financiamento de iniciativas e transferência de tecnologia para que os países em desenvolvimento pudessem oferecer uma contribuição adequada ao enfrentamento do fenômeno. Por isso, até agora, os governos têm se mostrado bem menos dispostos a reduzir suas emissões de carbono do que deveriam. Contudo, se os países não se comprometerem a mudar de atitude, correremos um sério risco de ver a floresta amazônica transformada em savana, rios com menor vazão e sem peixes, uma redução global drástica da produção de alimentos (o que já está ocorrendo), o derretimento irreversível de geleiras, o aumento da elevação do nível do mar (que faria desaparecer cidades costeiras), a migração em massa de populações em regiões destruídas pelos eventos climáticos e o aumento de doenças tropicais como dengue e malária. E você? O que está fazendo para reduzir suas emissões de gases de efeito estufa? Escreva para a gente ([email protected]) dando suas dicas e contribua para que nosso país cumpra suas metas de redução. Até a próxima edição! Laila Werneck Acesse o link http://unfccc.int/files/meetin gs/cop_15/application/pdf/co p15_cph_auv.pdf e leia o acordo de Copenhague em inglês. SAIDEIRA Todos que desembarcaram no aeroporto de Copenhague durante a COP15 observaram cartazes com a frase: “I’M SORRY. WE COULD HAVE STOPPED CATASTROPHIC CLIMATE CHANGE… WE DIDN’T”. “Desculpem-nos. Poderíamos ter evitado mudanças climáticas catastróficas... Mas não o fizemos” O cartaz é ilustrada com fotos dos atuais líderes mundiais envelhecidos e finaliza com um apelo para que seja feito hoje algo para um futuro melhor. A frase, que já é bem impactante, parece que não surtiu efeito na grande maioria dos líderes mundiais. Em 2009, quem teve a chance de mudar alguma coisas, não o fez. O Brasil teve posição de destaque durante a conferência. Fica aqui a nossa torcida para que o discurso do nosso presidente não tenha sido em vão. Foto: Monika Mayer Escreva para Ehlas. Seja uma dEhlas, conte suas aventuras, mande suas fotos e experiências.
Documentos relacionados
Clique para baixar em BAIXA resolução
mais agitados, sempre querendo mais. Com mais cautela, vinham as garotas, Stephanie e Katrin, que aguardavam as ondas na segunda sessão.O Micki, eu e o Krebs sempre ali, com os agitados do grupo, m...
Leia mais