Salmão chileno: exemplo de produção e exportação de qualidade
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| novembro-dezembro/2010 nº 022 Salmão chileno: exemplo de produção e exportação de qualidade Preparados para o futuro pág. 04 Crescimento de Telecom na Argentina pág. 08 Nossos desafios para a Copa de 2014 pág. 09 Página • conexao TÜV Rheinland | nº 22 • novembro-dezembro/2010 2 Palavra do CRO Falando de: Megatendências na gestão de pessoas Conquistas e reconhecimento N esta última edição de 2010, gostaria de comemorar alguns feitos muito significativos para o Grupo TÜV Rheinland na América do Sul. Tivemos, ao longo de 2010, um crescimento orgânico muito importante, e também a aquisição de mais uma operação. Graças a este crescimento, em conjunto com a área da China e países do Oeste Europeu, estamos hoje entre as três principais operações internacionais do Grupo. A importância e credibilidade da América do Sul neste cenário internacional se refletem em dois fatos principais: ■ ■ pela primeira vez, nos 138 anos de existência, o Conselho Executivo tem um membro de outro continente e de língua não alemã, cargo que ocupo desde março deste ano; implantaremos mais duas subsidiárias na América do Sul - no Peru e na Colômbia – ao longo de 2011. Apostamos na continuidade desse crescimento, fruto do excelente trabalho e das grandes conquistas de nossas equipes no Brasil, Chile e Argentina. Para 2011, acreditamos no crescimento profissional e pessoal de todos, e juntos continuaremos a quebrar paradigmas. Antonio Carlos Caio da Silva CRO (Chief Regional Officer) para América do Sul Esta é uma publicação de: O cenário econômico, político, social e ambiental neste início de século tem se mostrado surpreendente para a grande maioria das pessoas e organizações. Tal fato se deve a uma série de mudanças que têm se acelerado, com novos hábitos de consumo, comportamento, processos e globalização. No ano passado, participei de uma pesquisa global que resultou em uma publicação de uma das maiores consultorias de Recursos Humanos (RH) do mundo. Nela, delineamos um elenco de megatendências na economia e na área de gestão de pessoas que afetam não só as organizações, mas também a atuação da área de RH, agrupadas em quatro grupos: ■ Escassez demográfica e de talentos. Não haverá pessoas suficientes para as vagas disponíveis e teremos envelhecimento da mão de obra, causando incompatibilidade entre oferta e procura. Isso já acontece em alguns países da América do Sul e deverá se agravar, caso investimentos urgentes, principalmente em educação, não ocorram em curto prazo. ■ Deslocamento do eixo de poder. O poder deixa de ser só do empregador e passa também a ser do colaborador. Isso muda a forma pela qual as organizações atraem, retêm, motivam e desenvolvem os indivíduos. ■ Aumento da sofisticação. Os negócios demonstram mais sofisticação no gerenciamento de TÜV Rheinland do Brasil Holding Ltda http://www.tuvbrasil.com.br Tel.: 55 11 3638-5700 • Fax: 55 11 3638-5844 • Avenida Paulista, 302 - 4º andar • 01310-000 • São Paulo • SP Projeto gráfico e editorial: Art On Line Comunicação • Jornalista responsável: Milena Prado Neves - Mtb 54273, com a colaboração de Natalia Zimmermann (Argentina) e Elizabeth Navarrete Sobarzo (Chile) talentos e têm uma expectativa de retorno maior do investimento. As métricas de avaliação nos recursos humanos são fundamentais para medirmos estes resultados. ■ Revolução tecnológica. O desenvolvimento tecnológico gera indivíduos interconectados em multidimensões, provocando mudanças na forma de acesso ao conhecimento. Novas formas de atuar na difusão do conhecimento são importantes, um bom exemplo é o uso de programas de e-learning para capacitação. Essas megatendências impactarão o mundo nos próximos anos, e devem ser consideradas nas ações e programas de RH. Muitas delas já estão acontecendo em infraestrutura, em razão das mudanças de mercado, da importante presença da América do Sul no cenário mundial, da competição e da atuação sustentável dos negócios. É certo que o valor estratégico e efetivo da Gestão de Pessoas é o caminho para se obterem reais vantagens competitivas nos mercados nacionais e internacionais, cada vez mais em ascensão para diversos países na região da América do Sul. Francisco Paternostro, superintendente de Recursos Humanos da TÜV Rheinland do Brasil [email protected] Sugestões e comentários: [email protected] novembro-dezembro/2010 • nº 22 | conexao TÜV Rheinland Página • Notas & Mercados A sete chaves Palavra do dia: Digital. Nos ambientes corporativos, assim como no plano de comunicação interpessoal, a tendência dominante e sempre crescente consiste na substituição do papel para armazenamento e compartilhamento de dados. Enquanto observamos o crescimento exponencial das redes sociais, como Facebook e Twitter, das compras pela rede e de trocas de mensagens via smartphones e outros dispositivos móveis, o mundo corporativo depende cada vez mais da confiabilidade e facilidade de acesso aos seus dados armazenados em servidores. Ainda mais valiosos do que os ativos tangíveis das empresas, como instalações e equipamentos, os dados fazem parte dos chamados “ativos intangíveis”. Segurança, sigilo e disponibilidade imediata das informações são foco das atenções dos profissionais de Tecnologia de Informação. S egurança dos dados Os data centers são as instalações físicas onde ficam servidores de alta capacidade que armazenam todas as informações virtuais de uma empresa, mantendo a segurança e disponibi- lidade dos dados. Sua operação é crítica e requer protocolos rigorosos, com rígidos padrões de qualidade e segurança. A TÜV Rheinland do Brasil desenvolveu uma certificação criada especificamente para a implantação e manutenção dos data centers. Baseada na norma ANSI/TIA 942, a certificação tam- bém enfatiza a aplicação da ISO 27001/27002 e requisitos específicos que atendam à legislação e características do mercado brasileiro. “Os três princípios básicos que norteiam os requisitos deste certificado são disponibilidade, segurança e eficiência”, explica Arnaldo Barbulio, gerente da certificação. Quatro níveis de certificação A TÜV Rheinland do Brasil utiliza um sistema de classificação em quatro níveis: TÜV Ranking (TR1, 2, 3 e 4), correspondentes aos Tiers I a IV da TIA 942, normas internacionais da área. Detalhamos alguns dos principais itens previstos em cada TR: Data Center TR 1: Básico Equipado com gerador, sistema de energia ininterrupto (UPS) e via única para distribuição de energia. Prevê condições controladas de temperatura e umidade (HVAC), cabeamento estruturado (com piso elevado opcional) e itens básicos quanto à segurança de acesso, monitoramento e proteção contra fogo. Data Center TR 2: Componentes redundantes Segue os padrões do TR1, com redundância para UPS e HVAC, equipamentos críticos de comunicação, provedores de acesso, roteadores, chaves, e redundâncias individuais (dupla alimentação e controle). Data Center TR 3: Sustentabilidade concomitante Cumpre os padrões previstos no TR2, além de permitir ampliações e manutenção em sua infraestrutura sem interrupção da operação. Data Center TR 4: Tolerante a falhas Atende aos padrões do TR3, permitindo funcionamento ininterrupto até mesmo em casos de falha simultânea em um mesmo ambiente, módulo, via ou sistema. Prevê dois provedores de acesso diferentes e aplicação de automação e isolabilidade/ enclausuramento em todos os sistemas. Arnaldo Barbulio [email protected] 3 Página • conexao TÜV Rheinland | nº 22 • novembro-dezembro/2010 4 Gestão de Empreendimentos Preparados para o futuro Foto: Marcelo Uchôa Campus da Universidade Federal do ABC em Santo André atenderá até 9 mil alunos O Brasil tem se destacado pelo seu crescimento econômico e volta sua atenção para garantir a oferta futura de profissionais capacitados. Nos últimos anos, o governo tem realizado investimentos em infraestrutura para educação. Em 2008, o investimento público em educação foi de 4,7% em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), um crescimento de 0,2%, cerca de R$ 140 bilhões a mais que no ano anterior. Ainda assim, a recomendação de entidades como o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), é de que o valor destinado a esta área atinja 8% do PIB. A expansão do ensino superior nos últimos anos é reflexo do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), que tem como principal objetivo ampliar o acesso à educação superior. Em menos de dez anos, 14 novas universidades federais e 100 novos campi foram inaugurados no País. N ovos horizontes Em um dos principais pólos industriais do País, Região do Grande ABC, nas proximidades de São Paulo, estão sendo construídos os campi da Universidade Federal do ABC, em Santo André e em São Bernardo do Campo. A Geris, empresa do departamento de gerenciamento de projetos do Grupo TÜV Rheinland no Brasil, atua na gestão deste empreendimento, coordenando novembro-dezembro/2010 • nº 22 | conexao TÜV Rheinland os serviços da construtora Augusto Velloso e apoiando a UFABC na implantação do projeto desenvolvido pelo escritório Libeskindllovet Arquitetos. A área total construída do complexo é de 96.409,03m², dos quais já estão concluídos 77.443,90m², em um total de seis blocos: A (administrativo e acadêmico), B (acadêmico), C (centro cultural), D (restaurante universitário), E (conjunto esportivo) e F (reservatório de água superior e torre do relógio). Desde 2008 aulas já são ministradas no Bloco B e até o próximo ano todos os blocos devem ser entregues. O campus, ainda em funcionamento parcial, encerra o ano de 2010 oferecendo os cursos de Bacharelado em Ciência e Tecnologia, Bacharelado em Ciências e Humanidades, Engenharias (Ambiental e Urbana, Aeroespacial, Bioengenharia, Energia, Gestão, Materiais, Informação e Robótica) com 3.794 alunos e 1.300 vagas. A previsão de atendimento total é de 9 mil alunos. André Luis Fernandes [email protected] Foto: Marcelo Uchôa Foto: Marcelo Uchôa Página • Ao alcance de todos O projeto inovador chama atenção não somente pela arquitetura moderna e funcional, mas também por detalhes importantes. Conceitos de sustentabilidade e acessibilidade foram levados em conta em todos os prédios. A alimentação do sistema de irrigação de áreas verdes e lavagem de áreas externas da UFABC se dará por um reservatório de água de reúso. Além disso, o interior do prédio tem iluminação natural, graças às amplas janelas e claraboias distribuídas adequadamente. Os prédios também são preparados para total acessibilidade, dotados de rampas, elevadores e adequação de salas de aulas prontas para receber alunos, professores e visitantes com necessidades especiais. 5 Página • conexao TÜV Rheinland | nº 22 • novembro-dezembro/2010 6 Matéria de capa Alimento de qualidade, do Chile para o mundo Segundo maior exportador de salmão, Chile é paradigma de qualidade e segurança Foto: cortesia de SalmónChile Um dos peixes mais apreciados no mundo e utilizado nos pratos mais requintados, o salmão é hoje bastante frequente em todas as mesas graças à criação realizada em larga escala. O Chile se destaca na América do Sul, com padrões de excelência e grandes volumes de exportações, ao lado de outros grandes produtores, como a Noruega. S aúde e sustentabilidade Este alimento, além de delicioso, é também fonte de nutrientes essenciais à saúde: é rico em ácidos graxos e ômega-3, que ajudam na prevenção de câncer de mama e cólon, além de prevenir problemas cardíacos e possuir ação antiinflamatória e antioxidante. Com tantos benefícios, o salmão, presença garantida na culinária japonesa, conquistou os mais exigentes paladares das cozinhas de todas as nacionalidades! No Brasil, este peixe foi considerado durante muito tempo um alimento caro, um luxo ao qual poucos se permitiam em ocasiões especiais. Graças à criação industrial realizada pelo seu vizinho Chile, seu consumo tornou-se mais acessível. Atualmente, o Brasil ocupa o segundo lugar no ranking dos países importado- res do salmão chileno, seguido pelos Estados Unidos e ficando atrás apenas do Japão. Diariamente, seis milhões de pessoas consomem o produto chileno. Mais da metade do salmão consumido no mundo provém de viveiros de criação, o que classifica esta atividade como sustentável, já que substitui a pesca de cardumes selvagens, e não produz gases que contribuem para o aumento do efeito estufa. U ma história de sucesso A produção deste peixe em larga escala na América do Sul, distante das gélidas águas do hemisfério norte, seu habitat natural, foi um desafio e tanto para os chilenos. Após anos de investimentos e pesquisas realizadas pelo governo do Chile, o sonho tornou-se realidade. Posteriormente, o setor privado assumiu a iniciativa e o país desenvolveu expertise própria, novembro-dezembro/2010 • nº 22 | conexao TÜV Rheinland Loreto Chandía [email protected] Foto: cortesia de SalmónChile ganhando destaque no setor. Em 2009, a produção enfrentou dificuldades com o ataque de um vírus causador da Anemia Infecciosa do Salmão (ISA). No entanto, os chilenos se recuperaram e saem deste momento fortalecidos, continuando a focar seus esforços em qualidade e segurança, para manter o alto padrão de seus produtos reconhecidos mundialmente. As exportações do salmão chileno representam hoje 52% do setor pesqueiro e a expectativa para 2012 é manter o crescimento dos resultados. Em agosto de 2010 foi registrado um aumento de 133% nos cardumes em comparação ao mesmo período de 2009 e os níveis de pesca para os próximos dois anos serão superiores aos atuais, que chegam a 53 mil toneladas. Ponto para o Chile e para as técnicas sustentáveis de produção de alimentos: mais qualidade à mesa e segurança para o meio ambiente. Página • Marcas de qualidade e segurança Em janeiro próximo, em Roma, durante o Comitê de Pesca realizado pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (Food and Agriculture Organization of the United Nations – FAO), serão apresentadas as primeiras diretrizes globais para a certificação da aquicultura, que abrangem temas como segurança alimentar, aspectos ambientais e socioeconômicos. Já existem no mercado algumas certificações que demonstram o nível de qualidade do setor, como a norma chilena HACCP NCh 2861Of. 2004, voltada para o mercado nacional, e a HACCP, desenvolvida pelo Serviço Nacional de Pesca (Sernapesca), com foco nas exigências do mercado europeu e americano. Outros selos são de ampla aceitação no mercado global, sinalizando práticas focadas em qualidade e segurança: ■ ■ GlobalGAP Boas Práticas na Aquicultura (Aquaculture Alliance) ■ Aquaculture Stewardship Council ■ Friend of the Sea ■ ISO 14001 ■ IFS ■ BRC ■ SQF 2000 ■ Dutch HACCP 7 Página • conexao TÜV Rheinland | nº 22 • novembro-dezembro/2010 8 Notas & Mercados Mercado de telecom aquecido TÜV Rheinland Argentina inaugura laboratório de telecomunicações A importânca dos serviços de telecomunicações é crescente em nosso dia a dia e estudos mostram que o setor está em franca expansão. Na Argentina, serviços de telefonia celular e internet configuram um novo mapa na utilização das telecomunicações. No país, há mais de 50,4 milhões de celulares, mais de uma unidade por habitante, considerando uma população de 40 milhões de pessoas, segundo o Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (INDEC). A receita cresceu 41% em banda larga, 22% em telefonia móvel e 40% em mensagens por celular e download de dados. Ainda segundo estudo elaborado pela empresa de consultoria Prince & Cooke, os setores de tec- nologia e de telecomunicações na Argentina irão faturar entre 20% e 22% a mais este ano comparado a 2009. Segundo o relatório, os principais consumidores de tecnologia e telecomunicações continuarão sendo as famílias, profissionais e as pequenas e médias empresas, impulsionados pelo dólar estável e parcelamento sem juros oferecidos por algumas cadeias de varejo e bancos. F uturo conectado De acordo com estudo realizado pela Ericsson, em dez anos haverá, em todo o mundo, 50 bilhões de dispositivos conectados à internet, e 400 milhões deles estarão na Argentina. Esta quantidade de acessos demandará também a transição gradual da versão 4 do protocolo IP (que atribui um número único para cada dispositivo que se conecta à internet) para a versão 6, que suporta um número muito maior de combinações. O protocolo IPv6 já está disponível na Argentina desde 2006. Para que as previsões se concretizem e que todos estejam conectados com acesso à telefonia e internet de qualidade é preciso constante aprimoramento da infraestrutura e da indústria. L aboratório credenciado A TÜV Rheinland Argentina dispõe de um laboratório creden- ciado pelo Ministério das Comunicações, apto a realizar ensaios de equipamentos de telecomunicações para homologações na Comissão Nacional de Comunicações (CNC), conforme as seguintes normas: ■ CNC-St2-V02.1.1 44,01: terminais telefônicos; equipamentos que se conectam à linha de telefone público, exceto PABXs; telefones fixos; telefones públicos e semi-públicos; equipamentos de tarifação; fax; modem e telefones privados com acesso à rede pública. ■ CNC-Q2-63,01: equipamentos para sistema de Spread Spectrum, incluindo as resoluções SC 226/2008, 288/2002, 261/2005 e 213/2004. Esta norma também abrange aparelhos de rádio Spread Spectrum (IMG Direct Spread Spectrum), salto de frequência (Frequency Hopping), equipamentos Bluetooth, WLAN, Wi-Fi, ZigBee e enquadrados nos protocolos 802.11a, 802.11b, 802.11ge 802.11n e suas combinações. Os processos de ensaios são assim agilizados, fornecendo todo o suporte aos fabricantes e importadores para que cumpram as regulamentações nacionais. Juan Pablo Di Pietro [email protected] novembro-dezembro/2010 • nº 22 | conexao TÜV Rheinland Página • Gestão de Empreendimentos Goleada de infraestrutura Copa do Mundo de 2014 traz importantes desafios e oportunidades para crescimento da infraestrutura no Brasil Em menos de quatro anos, o Brasil será palco de um dos principais eventos esportivos do mundo: a Copa do Mundo Fifa de 2014. Nos próximos anos, o País irá se preparar para receber milhões de fãs de futebol vindos do mundo todo. Serão feitos investimentos em reformas e construção de novos estádios, na rede hoteleira, na insfraestrutura de transporte para deslocar os torcedores para as 12 capitais-sede: Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. O desafio de adequar a infraestrutura do país no curto espaço de tempo assemelha-se à história vivida pela África do Sul, que sediou a Copa de 2010, e aproveitou a oportunidade para apresentar ao mundo a relevância de um evento esportivo dessa magnitude para o estímulo ao desenvolvimento. I nvestimentos Em janeiro de 2010, o Governo Federal, juntamente com os Governos Estaduais e Municipais dos estados e cidades-sede, anunciou o “Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Copa 2014”, que prevê investimentos de R$ 1 bilhão em aeroportos e uma linha de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de R$ 1 bilhão para o setor hoteleiro. Os gastos com a mobilidade urbana no país para receber a Copa do Mundo 2014 deverão alcançar R$ 11,461 bilhões. Já as ações que abrangem a reforma ou construção de estádios somam, até o momento, R$ 5,463 bilhões, segundo o Ministério do Esporte. D esenvolvimento que chega para ficar Estes empreendimentos se configuram como excelentes oportunidades de investimento em benfeitorias permanentes em transportes, telecomunicações, hospitais, segurança, energia e estrutura hoteleira. É preciso manter foco e investir em qualidade e segurança, para que a bola continue rolando por muitos anos após o final da Copa! Wallace Fernandes Menezes [email protected] 9 Página • conexao TÜV Rheinland | nº 22 • novembro-dezembro/2010 10 Notas & Mercados Água par Programa Metropolitano de Água beneficiará 20 milhões de habitantes da Região Metropolitana de São Paulo A Terra é também chamada de Planeta Água, pois cerca de 70% de sua superfície está coberta por mares, rios e lagos. Porém, a água salgada dos oceanos representa 97% de toda reserva do precioso líquido do planeta. Ou seja, menos de 3% está disponível para utilização, na forma de água doce. As previsões para os próximos anos são de que este recurso natural torne-se progres- sivamente mais valioso, devido à sua escassez e uso irracional. A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), empresa responsável pelo fornecimento de água, coleta e tratamento de esgotos de 365 municípios do Estado, tem investido em serviços de qualidade para melhor atender a população. Em 2007, a empresa deu início ao Programa Metropolitano de Água (PMA), conjunto de ações que visa garantir a continuidade do fornecimento regular de água tratada aos municípios da Região Metropolitana de São Paulo, o maior centro urbano na América do Sul, beneficiando cerca de 20 milhões de pessoas. O Programa O PMA é um dos principais projetos estratégicos da Sabesp no período de 2007 a 2011. Dentre seus principais objetivos estão a universalização do abastecimento de água na Região e atendimento à crescente demanda. “O Programa prevê investimentos da ordem de R$ 2,7 bilhões, ao longo de oito anos (2006-2014), com recursos financiados pela Caixa Econômica Federal, BNDES e recursos próprios da Sabesp, além de uma parceria públicoprivada”, ressalta Edison Airoldi, superintendente de Planejamento Integrado da Sabesp. Obras de qualidade Os investimentos do Programa abrangem todo o ciclo do abastecimento público de água da Região Metropolitana, compreendendo os processos de produção, reserva e distribuição de água tratada. “Com as obras do Alto Tietê, previstas para o próximo semestre, devemos aumentar a capacidade nominal desse sistema novembro-dezembro/2010 • nº 22 | conexao TÜV Rheinland Página • a todos de 10 para 15 m³/s, beneficiando 1,5 milhões de pessoas”, destaca Edison. As benfeitorias implantadas nos cinco anos do Programa significam melhoria na qualidade de vida da população, com água tratada em suas torneiras, 24 horas por dia, sete dias por semana! Lado a lado O departamento de gerenciamento de projetos do Grupo TÜV Rheinland no Brasil participa deste Programa. “Executamos serviços técnicos de engenharia consultiva de gerenciamento e fiscalização de obras de sistemas de abastecimento de água e de esgotamento sanitário”, explica o engenheiro João Formica, coordenador para o consórcio GSS, no qual a TÜV Rheinland do Brasil é empresa líder. Dentre as atividades, destacamse o desenvolvimento, análise e Usando bem, sempre tem Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), cada pessoa necessita de 3,3 mil litros de água por mês (cerca de 110 litros por dia) para atender às necessidades de consumo e higiene. No entanto, no Brasil, o consumo por pessoa pode chegar a mais de 200 litros/dia, no Chile, a 140 litros/dia e na Argentina, a 500 litros/dia. Reduzir o nível de utilização pode parecer difícil, mas com pequenas atitudes no dia a dia você já reduz sua conta e faz a diferença em favor da preservação da água no planeta. Veja algumas dicas: ■ ■ ■ ■ ■ tome banhos rápidos, cinco minutos são mais do que suficientes ao escovar os dentes mantenha a torneira fechada, abra-a somente para molhar a escova e bochechar para lavar a louça, abra a torneira apenas para molhar a esponja e realize o enxágue de todas as peças de uma só vez junte várias peças de roupa ao utilizar a máquina de lavar varra as calçadas e utilize baldes com água de reúso (da máquina de lavar roupa, por exemplo) para lavar áreas externas e veículos controle do planejamento dos empreendimentos, obtenções de liberações e autorizações junto a entidades ambientais e municipais, fiscalização de serviços, adaptações e apoio à execução de projetos. João Carlos Formica [email protected] 11 Um Grupo formado por pessoas e ideias.
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