Demonstrações Financeiras Anuais Completas de 2014

Transcrição

Demonstrações Financeiras Anuais Completas de 2014
Demonstrações financeiras
Natura Cosméticos S.A.
31 de dezembro de 2014
Natura Cosméticos S.A.
Demonstrações financeiras
31 de dezembro de 2014
Índice
Relatório dos auditores independentes sobre as demonstrações financeiras ......................... 1
Balanços patrimoniais ........................................................................................................... 3
Demonstrações do resultado .................................................................................................. 4
Demonstrações dos resultados abrangentes ........................................................................... 5
Demonstração das mutações do patrimônio líquido .............................................................. 6
Demonstrações dos fluxos de caixa ...................................................................................... 7
Demonstrações do valor adicionado ..................................................................................... 8
Notas explicativas às demonstrações financeiras individuais e consolidadas ....................... 9
Natura Cosméticos S.A.
Relatório dos auditores independentes sobre as demonstrações financeiras
Aos Acionistas, Conselheiros e Administradores da
Natura Cosméticos S.A.
São Paulo - SP
Introdução
Examinamos as demonstrações financeiras individuais e consolidadas da Natura Cosméticos S.A.
(“Sociedade”), identificadas como Controladora e Consolidado, respectivamente, que
compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2014 e as respectivas demonstrações
do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa
para o exercício findo naquela data, assim como o resumo das principais práticas contábeis e
demais notas explicativas.
Responsabilidade da Administração sobre as demonstrações financeiras
A Administração da Sociedade é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas
demonstrações financeiras individuais e consolidadas de acordo com as práticas contábeis
adotadas no Brasil e de acordo com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS),
emitidas pelo “International Accounting Standards Board – IASB”, assim como pelos controles
internos que a Administração determinou como necessários para permitir a elaboração dessas
demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por
fraude ou erro.
Responsabilidade dos auditores independentes
Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras com
base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de
auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que a
auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as
demonstrações financeiras estão livres de distorção relevante.
Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a
respeito dos valores e divulgações apresentados nas demonstrações financeiras. Os
procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos
de distorção relevante nas demonstrações financeiras, independentemente se causada por fraude
ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a
elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras da Sociedade para planejar os
procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para fins de
expressar uma opinião sobre a eficácia desses controles internos da Sociedade. Uma auditoria
inclui, também, a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das
estimativas contábeis feitas pela Administração, bem como a avaliação da apresentação das
demonstrações financeiras tomadas em conjunto.
Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa
opinião.
1
Natura Cosméticos S.A.
Opinião
Em nossa opinião, as demonstrações financeiras individuais e consolidadas, acima referidas,
apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira,
individual e consolidada, da Natura Cosméticos S.A., em 31 de dezembro de 2014, o desempenho
individual e consolidado de suas operações e os seus respectivos fluxos de caixa para o exercício
findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e com as normas
internacionais de relatório financeiro (IFRS) emitidas pelo “International Accounting Standards
Board – IASB”.
Outros assuntos
Demonstrações do valor adicionado
Examinamos, também, as demonstrações individual e consolidada do valor adicionado (DVA),
referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2014, elaboradas sob a responsabilidade da
Administração da Sociedade, cuja apresentação é requerida pela legislação societária brasileira
para companhias abertas, e como informação suplementar pelas IFRS que não requerem a
apresentação da DVA. Essas demonstrações foram submetidas aos mesmos procedimentos de
auditoria descritos anteriormente e, em nossa opinião, estão adequadamente apresentadas, em
todos os seus aspectos relevantes, em relação às demonstrações financeiras tomadas em conjunto.
São Paulo, 11 de fevereiro de 2015.
ERNST & YOUNG
Auditores Independentes S.S.
CRC-2SP015199/O-6
Drayton Teixeira de Melo
Contador CRC-1SP236947/O-3
2
Alessandra Aur Raso
Contadora CRC-1SP248878/O-7
NATURA COSMÉTICOS S.A.
BALANÇOS PATRIMONIAIS LEVANTADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 E DE 2013
(Em milhares de reais - R$)
Nota
ATIVOS
CIRCULANTES
Caixa e equivalentes de caixa
Títulos e valores mobiliários
Contas a receber de clientes
Estoques
Impostos a recuperar
Partes relacionadas
Instrumentos financeiros derivativos
Outros ativos circulantes
Total dos ativos circulantes
explicativa
5
6
7
8
9
28.1.
4.2.
12
Controladora
2014
2013
Consolidado
2014
Nota
PASSIVOS E PATRIMÔNIO LÍQUIDO
2013
53.648
1.258.196
690.557
202.145
73.733
6.995
316.377
177.396
86.197
940.540
668.903
162.290
23.800
9.369
163.732
184.185
1.164.174
531.812
847.487
889.977
240.329
317.023
248.482
1.002.955
306.353
807.001
799.521
181.104
153.634
262.365
2.779.047
2.239.016
4.239.284
3.512.933
CIRCULANTES
Empréstimos e financiamentos
Fornecedores e outras contas a pagar
Fornecedores - partes relacionadas
Salários, participações nos resultados e encargos sociais
Obrigações tributárias
Provisão para aquisição de participação de não controladores
Outras obrigações
Total dos passivos circulantes
explicativa
15
16
28.1.
17
19.a)
Controladora
2014
Consolidado
2013
2014
2013
1.294.241
237.965
304.105
101.628
391.396
48.221
50.881
2.428.437
576.841
271.722
276.518
99.247
397.642
52.775
1.674.745
1.466.599
599.621
210.515
715.468
48.221
78.572
3.118.996
693.117
706.586
177.636
659.309
90.192
2.326.840
1.834.195
63.324
54.418
97.244
52.126
1.828.351
141.411
50.859
141.640
56.125
2.514.611
98.992
75.763
97.244
145.798
2.200.789
215.647
73.829
141.640
121.326
2.101.307
2.218.386
2.932.408
2.753.231
427.073
NÃO CIRCULANTES
NÃO CIRCULANTES
Impostos a recuperar
Imposto de renda e contribuição social diferidos
Depósitos judiciais
9
10.a)
11
Outros ativos não circulantes
12
Investimentos
Imobilizado
Intangível
19.884
6.222
182.706
147.763
Empréstimos e financiamentos
Obrigações tributárias
Provisão para riscos tributários, cíveis e trabalhistas
Provisão para aquisição de participação de não controladores
Outras provisões
15
17
18
19.a)
19.b)
218.131
24.660
56.038
321.514
263.324
175.062
193.767
412.404
60.673
19.057
85.655
37.165
13
1.631.882
1.522.921
-
-
14
14
540.933
551.696
303.866
1.672.147
609.204
1.439.704
477.286
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
396.672
Capital social
20.a)
427.073
427.073
427.073
2.874.397
2.799.752
2.960.799
2.735.388
Ações em tesouraria
20.c)
(37.851)
(83.984)
(37.851)
(83.984)
137.278
189.277
449.273
(41.350)
150.442
162.612
496.393
(6.899)
137.278
189.277
449.273
(41.350)
150.442
162.612
496.393
(6.899)
Total dos ativos não circulantes
Total dos passivos não circulantes
Reservas de capital
Reservas de lucros
Dividendo adicional proposto
Ajustes de avaliação patrimonial
Patrimônio líquido atribuído aos acionistas da sociedade
20.b)
1.123.700
1.145.637
1.123.700
1.145.637
Participação dos acionistas não controladores no
patrimônio líquido das controladas
TOTAL DOS ATIVOS
5.653.444
5.038.768
7.200.083
6.248.321
-
-
24.979
22.613
Total do patrimônio líquido
1.123.700
1.145.637
1.148.679
1.168.250
TOTAL DOS PASSIVOS E PATRIMÔNIO LÍQUIDO
5.653.444
5.038.768
7.200.083
6.248.321
* As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras
3
NATURA COSMÉTICOS S.A.
DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS
PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 E DE 2013
(Em milhares de reais - R$, exceto o lucro líquido do período por ação)
Nota
explicativa
RECEITA LÍQUIDA
Custo dos produtos vendidos
22
23
LUCRO BRUTO
(DESPESAS) RECEITAS OPERACIONAIS
Despesas com Vendas, Marketing e Logística
Despesas Administrativas, P&D, TI e Projetos
Resultado de equivalência patrimonial
Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas
23
23
13
26
LUCRO OPERACIONAL ANTES DO RESULTADO FINANCEIRO
Receitas financeiras
Despesas financeiras
LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL
Imposto de renda e contribuição social
Controladora
Consolidado
2014
2013
2014
2013
6.374.138
(2.377.727)
6.342.870
(2.379.802)
7.408.422
(2.250.120)
7.010.311
(2.111.120)
3.996.411
3.963.068
5.158.302
4.899.191
(2.076.516)
(785.107)
84.637
(12.285)
(1.946.835)
(799.194)
99.537
(17.168)
(2.680.091)
(1.133.346)
19.807
(2.449.437)
(1.042.617)
8.859
1.207.140
1.299.408
1.364.672
1.415.996
25
410.599
(626.224)
309.274
(435.194)
483.837
(752.116)
364.222
(522.472)
10.b)
991.515
(258.697)
1.173.488
(330.880)
1.096.393
(355.172)
1.257.746
(409.940)
732.818
842.608
741.221
847.806
732.818
-
842.608
-
732.818
8.403
842.608
5.198
732.818
842.608
741.221
847.806
25
LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
ATRIBUÍVEL A
Acionistas controladores da Sociedade
Não controladores
LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO POR AÇÃO - R$
Básico
27.1.
1,7064
1,9618
1,7064
1,9618
Diluído
27.2.
1,7020
1,9586
1,7020
1,9586
* As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras
4
NATURA COSMÉTICOS S.A.
DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS ABRANGENTES
PARA OS EXERCICIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 E DE 2013
(Em milhares de reais - R$)
Nota
explicativa
LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
Outros resultados abrangentes a serem reclassificados para o resultado do exercício em períodos subsequentes:
Ganho (perda) na conversão das demonstrações financeiras de controladas no exterior
Controladora
Consolidado
2014
2013
2014
2013
732.818
842.608
741.221
847.806
13
(6.013)
Ganho (perda) em operações de hedge de fluxo de caixa
4.2
(9.808)
-
(11.942)
-
Efeitos tribuários sobre o ganho (perda) em operações de hedge de fluxo de caixa
10
3.334
-
4.060
-
Equivalência sobre ganho (perda) em operação de hedge de fluxo de caixa
4.2
(2.134)
-
-
-
-
-
-
Equivalência sobre os efeitos tributários de ganho (perda) em operação de hedge de fluxo de caixa
10
726
(333)
(6.013)
(333)
Outros resultados abrangentes não reclassificados para o resultado do exercício em períodos subsequentes:
Ganho (perda) atuarial
Equivalência sobre ganho (perda) atuarial
Resultado abrangente para o exercício, líquido dos efeitos tributários
19
(1.792)
21.015
19
1.173
4.868
(619)
-
25.883
-
718.304
868.158
726.707
873.356
718.304
-
868.158
718.304
868.158
-
8.403
5.198
718.304
868.158
726.707
873.356
ATRIBUÍVEL A
Acionistas controladores da Sociedade
Não controladores
* As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras
5
NATURA COSMÉTICOS S.A.
DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 E DE 2013
(Em milhares de reais - R$, exceto os dividendos por ação)
Reservas de capital
Ágio na
incentivo fiscal
Capital
Nota
Capital
Ações em
emissão/venda
Subvenção para
adicional
explicativa
social
tesouraria
de ações
investimentos
integralizado
SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012
Lucro líquido do exercício
Outros resultados abrangentes
Total do resultado abrangente do exercício
Dividendos e juros sobre o capital próprio referentes ao exercício de 2012
Antecipação de dividendos e juros sobre o capital próprio
Aquisição de ações em tesouraria
Venda de ações em tesouraria pelo período de opções de compra de ações
Movimentação dos planos de opção de compra de ações:
Outorga de opções de compra
Exercício de opções de compra
Reserva para aquisição de participação de não controladores
Dividendos declarados em 12 de fevereiro de 2014
Ajustes de avaliação patrimonial
Resultado de
Reservas de lucros
Reserva de
Incentivos
Legal
fiscais
Patrimônio
Participação
dos acionistas
não controladores
Reserva para
aquisição de
participação de
Dividendo
operações com
Outros
líquido
no patrimônio
Patrimônio
Retenção
Lucros
adicional
acionistas
resultados
dos acionistas
líquido das
líquido
não controladores
de lucros
acumulados
proposto
não controladores
abrangentes
controladores
controladas
total
427.073
(66.105)
97.333
17.378
41.194
18.650
20.957
-
272.062
-
491.343
-
(32.449)
1.287.436
1
1.287.437
20.g)
-
-
-
-
-
-
-
-
-
842.608
-
-
-
25.550
842.608
25.550
5.198
-
847.806
25.550
20.d)
-
(60.172)
42.293
(6.753)
-
-
-
-
-
-
842.608
(364.833)
-
(491.343)
-
-
25.550
-
5.198
-
-
-
-
-
12.491
(9.624)
-
-
-
(141.640)
9.624
-
-
-
-
-
868.158
(491.343)
(364.833)
(60.172)
35.540
12.491
(141.640)
873.356
(491.343)
(364.833)
(60.172)
35.540
12.491
(141.640)
24.1.
24.1.
19.a)
Juros sobre capital próprio declarados em 12 de fevereiro de 2014
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
(474.004)
474.004
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
(22.389)
22.389
-
-
-
-
-
Reserva de retenção de lucro
-
-
-
-
-
-
-
-
(18.618)
18.618
-
-
-
-
-
-
Participação dos acionistas não controladores no patrimônio líquido das controladas
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
17.414
17.414
427.073
(83.984)
90.580
17.378
44.061
18.650
20.957
(141.640)
263.068
-
496.393
-
(6.899)
1.145.637
22.613
1.168.250
732.818
8.403
741.221
SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013
Lucro líquido do exercício
Outros resultados abrangentes
20.g)
Total do resultado abrangente do exercício
Dividendos e juros sobre o capital próprio referentes ao exercício de 2013
Antecipação de dividendos e juros sobre capital próprio
Venda de ações em tesouraria pelo período de opções de compra de ações
20.b)
20.b)
-
-
-
-
-
-
-
-
-
732.818
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
(14.514)
-
-
-
-
-
-
-
-
-
732.818
-
-
(14.514)
46.133
(12.349)
-
-
-
-
-
-
(260.143)
-
(496.393)
-
(14.514)
718.304
(496.393)
(260.143)
33.784
8.403
-
(14.514)
726.707
20.d)
-
-
-
(496.393)
(260.143)
33.784
Outorga de opções de compra
24.1.
-
-
-
-
2.448
-
-
-
-
-
-
-
-
2.448
-
Exercício de opções de compra
24.1.
-
-
-
-
(4.840)
-
-
-
4.840
-
-
-
-
-
-
-
13
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
(19.937)
-
(19.937)
-
(19.937)
-
(428.956)
428.956
-
-
-
-
-
-
-
-
-
(20.317)
20.317
-
-
-
-
-
19.a)
-
-
-
-
-
-
-
(3.825)
-
3.825
-
-
-
-
-
-
27.227
(27.227)
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
(6.037)
(6.037)
427.073
(37.851)
78.231
17.378
41.669
18.650
20.957
(145.465)
295.135
-
449.273
(19.937)
(21.413)
1.123.700
Movimentação dos planos de opção de compra de ações:
Efeito de alterações de participação em controladas
Dividendos declarados em 11 de fevereiro de 2015
-
Juros sobre o capital próprio declarados em 11 de fevereiro de 2015
Reserva para aquisição de participação de não controladores
Reserva de retenção de lucros
Participação dos acionistas não controladores no patrimônio líquido das controladas
SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
24.979
2.448
-
1.148.679
* As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras
6
NATURA COSMÉTICOS S.A.
DEMONSTRAÇÕES DO FLUXO DE CAIXA
PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 E DE 2013
(Em milhares de reais - R$)
Nota
explicativa
FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS
Lucro líquido do exercício
Ajustes para reconciliar o lucro líquido do exercício com o caixa líquido gerado pelas atividades operacionais:
Depreciações e amortizações
Reversão decorrente dos contratos de operações com derivativos "swap" e "forward"
Provisões para riscos tributários, cíveis e trabalhistas
Atualização monetária de depósitos judiciais
Imposto de renda e contribuição social
Resultado na venda e baixa de ativo imobilizado e intangível
Resultado de equivalência patrimonial
Juros e variação cambial sobre empréstimos e financiamentos
Variação cambial sobre outros ativos e passivos
Provisão para perdas com imobilizado
Provisão (Reversão) com planos de outorga de opções de compra de ações
Reversão deságio na alienação de créditos de ICMS
Provisão para créditos de liquidação duvidosa
Provisão (Reversão) para perdas nos estoques
Provisão (Reversão) com plano de assistência médica e créditos de carbono
Lucro líquido do exercício atribuível a não controladores
Reconhecimento de crédito tributário extemporâneo
Provisão para aquisição de participação de não controladores
Outros ajustes
14
18
10.b)
13
14
7
8
19.b)
19.a)
Controladora
2013
2014
2013
732.818
842.608
741.221
847.806
84.098
(48.037)
12.295
(22.405)
258.697
22.141
(84.637)
263.545
(1.363)
4.526
(816)
8.761
(1.412)
(3.459)
(3.822)
3.825
-
99.415
(73.210)
19.385
(14.614)
330.880
9.406
(99.537)
281.576
1.507
7.331
20.676
464
24.981
(2.736)
-
189.811
(53.632)
10.183
(28.616)
355.172
28.355
276.774
5.396
6.794
2.448
17.423
(13.147)
984
(8.403)
(13.454)
3.825
1.777
192.998
(100.474)
18.006
(21.264)
409.940
(2.554)
311.609
3.267
12.491
(3.323)
26.986
27.556
29.859
(5.198)
(6.769)
-
1.224.755
(AUMENTO) REDUÇÃO DOS ATIVOS
Contas a receber de clientes
Estoques
Impostos a recuperar
Outros ativos
Subtotal
Consolidado
2014
1.448.132
1.522.911
1.740.936
(30.415)
(38.443)
(41.335)
(44.395)
(154.588)
(159.546)
(4.751)
(9.355)
(32.982)
(206.634)
(57.909)
(77.309)
(53.415)
(46.548)
(235.181)
(182.571)
(126.412)
(50.265)
(100.450)
(459.698)
AUMENTO (REDUÇÃO) DOS PASSIVOS
Fornecedores nacionais e estrangeiros
Salários, participações nos resultados e encargos sociais, líquidos
Obrigações tributárias
Outros passivos
Provisão para riscos tributários, cíveis e trabalhistas
Subtotal
(32.394)
2.381
(58.969)
23.933
(8.735)
(73.784)
17.894
896
709
(2.168)
(7.014)
10.317
(105.627)
32.879
(114.382)
(11.408)
(8.249)
(206.787)
54.859
(34.178)
28.018
7.200
(7.470)
48.429
CAIXA GERADO PELAS ATIVIDADES OPERACIONAIS
996.383
1.251.815
1.080.943
1.329.667
OUTROS FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS
Pagamentos de imposto de renda e contribuição social
Levantamento (pagamento) de depósitos judiciais
Pagamentos de recursos por liquidação de operações com derivativos
Pagamento de juros sobre empréstimos e financiamentos
(235.136)
125.788
(104.607)
(93.372)
(178.703)
(39.302)
(10.251)
(74.290)
(254.229)
177.696
(109.758)
(137.194)
(239.951)
(41.603)
27.768
(96.866)
CAIXA LÍQUIDO GERADO PELAS ATIVIDADES OPERACIONAIS
689.056
949.269
757.458
979.015
FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO
Adições de imobilizado e intangível
Recebimento pela venda de ativo imobilizado e intangível
Aplicação em títulos e valores mobiliários
Resgate de títulos e valores mobiliários
Recebimento de dividendos de controladas
Investimentos em controladas
Caixa adquirido na combinação de negócios
14
13
CAIXA LÍQUIDO UTILIZADO NAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO
FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO
Amortização de empréstimos e financiamentos - principal
Captações de empréstimos e financiamentos
Aquisição adicional de ações da Emeis
Utilização de ações em tesouraria pelo exercício de opções de compra de ações
Compra de ações em tesouraria
Pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio referentes ao exercício anterior
Antecipação de dividendos e juros sobre capital próprio referentes ao exercício corrente
CAIXA LÍQUIDO GERADO PELAS (UTILIZADO NAS) ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO
Efeito de variação cambial sobre o caixa e equivalentes de caixa
AUMENTO (REDUÇÃO) NO CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA
Saldo inicial do caixa e equivalentes de caixa
Saldo final do caixa e equivalentes de caixa
AUMENTO (REDUÇÃO) NO CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA
20.b)
20.b)
(184.658)
(3.483.173)
3.165.517
17.000
(67.829)
-
(216.965)
1.913
(3.400.923)
3.628.870
96.080
(202.874)
-
(505.703)
(4.760.507)
4.535.048
-
(553.854)
21.166
(4.712.134)
4.904.453
(128.972)
(553.143)
(93.899)
(731.162)
(469.341)
(583.869)
1.138.159
33.784
(496.393)
(260.143)
(898.279)
937.147
35.540
(60.172)
(491.343)
(364.833)
(732.721)
1.620.103
(27.751)
33.784
(496.393)
(260.143)
(1.029.434)
1.257.569
35.540
(60.172)
(491.343)
(364.833)
(168.462)
(841.940)
136.879
-
-
(1.956)
(652.673)
1.564
(32.549)
13.430
161.219
(141.435)
86.197
53.648
72.767
86.197
1.002.955
1.164.174
(32.549)
13.430
161.219
(141.435)
8.150
11.942
19.937
141.640
185.851
-
83.618
11.942
19.937
141.640
185.851
-
1.144.390
1.002.955
INFORMAÇÕES ADICIONAIS ÀS DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA
Itens não caixa
Reserva para aquisição de não controladores
Capitalização de leasing financeiro
Hedge accounting
Efeito de alterações e participações em controladas
* As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras
7
NATURA COSMÉTICOS S.A.
DEMONSTRAÇÕES DO VALOR ADICIONADO
PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 E DE 2013
(Em milhares de reais - R$)
Controladora
Nota
explicativa
2014
Consolidado
2013
2014
2013
RECEITAS
8.156.761
7.890.473
9.970.670
9.392.024
Vendas de mercadorias, produtos e serviços
Constituição de provisão para créditos de liquidação duvidosa
Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas
8.333.938
(164.892)
(12.285)
8.021.958
(114.317)
(17.168)
10.116.208
(165.345)
19.807
9.518.828
(135.655)
8.851
7
26
INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS
(5.077.850)
(4.806.849)
(5.989.216)
(5.424.798)
Custo dos produtos vendidos e dos serviços prestados
Materiais, energia, serviços de terceiros e outros
(2.830.936)
(2.246.914)
(2.770.923)
(2.035.926)
(3.157.764)
(2.831.452)
(2.931.519)
(2.493.279)
3.078.911
3.083.624
3.981.454
3.967.226
VALOR ADICIONADO BRUTO
RETENÇÕES
Depreciações e amortizações
14
VALOR ADICIONADO PRODUZIDO PELA SOCIEDADE
(84.098)
(99.415)
(189.811)
(192.555)
(84.098)
(99.415)
(189.811)
(192.555)
2.994.813
2.984.209
3.791.643
3.774.671
495.236
408.811
483.387
364.222
84.637
410.599
99.537
309.274
483.387
364.222
3.490.049
3.393.020
4.275.030
4.138.893
DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO
(3.490.049)
100% (3.393.020) 100%
(4.275.030)
100% (4.138.893) 100%
Pessoal e encargos sociais
Impostos, taxas e contribuições
Despesas financeiras e aluguéis
Dividendos
Juros sobre o capital próprio
Dividendos e juros sobre o capital próprio declarados e ainda não distribuídos
Participação de acionistas não controladores
Lucros retidos
(419.314)
(1.684.302)
(653.615)
(232.321)
(27.822)
(449.273)
(23.402)
VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA
Resultado de equivalência patrimonial
Receitas financeiras - incluem variações monetárias e cambiais
13
25
VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR
20.b)
20.b)
12%
(401.323)
48% (1.688.420)
19%
(460.669)
7%
(337.305)
1%
(27.528)
13%
(496.393)
0%
1%
18.618
12%
50%
14%
10%
1%
15%
0%
-1%
(1.009.539)
(1.720.681)
(803.589)
(232.321)
(27.822)
(449.273)
(8.403)
(23.402)
24%
(916.864)
40% (1.803.781)
19%
(570.442)
5%
(337.305)
1%
(27.528)
11%
(496.393)
0%
(5.198)
1%
18.618
22%
44%
14%
8%
1%
12%
0%
0%
Informações suplementares às demonstrações do valor adicionado:
Dos valores registrados na rubrica "Impostos, taxas e contribuições" em dezembro de 2014 e 2013, os montantes de R$ 746.132 e R$ 786.705, respectivamente, referem-se ao Imposto
sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - Substituição Tributária - ICMS - ST incidente sobre a margem de lucro presumida definida pelas Secretarias das Fazendas Estaduais,
obtida nas vendas realizadas pelos(as) Consultores(as) Natura para o consumidor final.
Para a análise desse impacto tributário nas demonstrações do valor adicionado, tais valores devem ser deduzidos daqueles registrados na rubrica "Vendas de mercadorias, produtos e
serviços" e da própria rubrica "Impostos, taxas e contribuições", uma vez que os valores das receitas de vendas não incluem o lucro presumido dos(as) Consultores(as) Natura na venda
dos produtos, nos montantes de R$ 4.152.290 e R$ 4.106.558, em dezembro de 2014 e 2013, respectivamente, considerando-se a margem presumida de lucro de 30%.
* As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras
8
Natura Cosméticos S.A.
NATURA COSMÉTICOS S.A.
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
INDIVIDUAIS E CONSOLIDADAS
PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014
(Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto se de outra forma indicado)
1.
INFORMAÇÕES GERAIS
A Natura Cosméticos S.A. (“Sociedade”) é uma sociedade anônima de capital aberto listada
no segmento especial denominado Novo Mercado da BM&FBOVESPA S.A. - Bolsa de
Valores, Mercadorias e Futuros, sob o código “NATU3”, com sede no Brasil, na Cidade de
São Paulo, Estado de São Paulo, na Avenida Alexandre Colares, n°. 1188, Vila Jaguara, CEP
05106-000.
Suas atividades e as de suas controladas (doravante denominadas “Sociedades”)
compreendem o desenvolvimento, a industrialização, a distribuição e a comercialização e a
exploração de modelos de comércio de cosméticos, fragrâncias em geral e produtos de
higiene pessoal, substancialmente por meio de vendas diretas realizadas pelos(as)
Consultores(as) Natura, bem como a participação como sócia ou acionista em outras
sociedades no Brasil e no exterior.
Alterações societárias em 2014:
Em outubro de 2014, a Emeis Holding Pty Ltd (“Emeis”), efetuou a recompra de 46.009
ações ordinárias, de um sócio não controlador, as quais representavam 1,83% do capital
social da Companhia. Tais ações foram canceladas imediatamente após a aquisição. O
número total de ações da Emeis Holding Pty Ltd passou de 2.517.815 milhões de ações para
2.471.806 milhões de ações, sendo mantido o mesmo número de ações para todos os
acionistas. Sendo assim a Natura Cosméticos S.A., por meio de sua subsidiária Natura
Australia Pty Ltd (“Natura Australia”), alterou de 65% para 66,21% a sua participação no
capital social da Emeis Holding Pty Ltd.
O valor da recompra de ações foi de AU$3,409 milhões de dólares australianos sendo
reconhecido como contrapartida do caixa uma redução em seu próprio patrimônio líquido.
Como efeito reflexo a Sociedade reconheceu em seu patrimônio líquido, na rubrica “Efeitos
de alterações de participação em controladas”, o montante de AU$ 1,851 milhões de dólares
australianos ou R$ 3.969.
Em dezembro de 2014, a Sociedade, por meio da holding Natura Australia Pty Ltd. (“Natura
Australia”), adquiriu 126.731 ações ordinárias com base nas opções estabelecidas no
contrato de compra e venda, de um sócio não controlador da Emeis, as quais representavam
5,13% do capital social da Companhia. Sendo assim, a participação indireta da Natura
Cosméticos S.A. na Emeis, por meio de sua subsidiária Natura Australia Pty Ltd., alterou de
66,21% para 71,34%.
O valor da compra das ações foi de AU$ 9,391 milhões de dólares australianos, sendo
reconhecido como contrapartida do caixa um aumento no investimento em AU$ 2,054
9
Natura Cosméticos S.A.
milhões de dólares australianos e uma redução em seu patrimônio líquido em AU$7,337
milhões de dólares australianos. Como efeito reflexo a Sociedade reconheceu em seu
patrimônio líquido, na rubrica “Efeitos de alterações de participação em controladas”, o
montante de AU$ 7,337 milhões de dólares australianos ou R$ 15.968.
Alterações societárias em 2013:
Em Fevereiro de 2013 a Natura Cosméticos S.A., por meio de sua subsidiária Natura Brasil
Pty Ltd, adquiriu 65% da Emeis Holding Pty Ltd, uma fabricante australiana de cosméticos e
produtos de beleza premium que opera sob a marca de “Aesop” na Austrália, Ásia, Europa e
América do Norte, com preço final firmado entre as partes de AU$ 71,104 milhões de
dólares australianos.
2.
RESUMO DAS PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS
2.1. Declaração de conformidade e base de preparação
As demonstrações financeiras da Sociedade compreendem:
• As demonstrações financeiras consolidadas preparadas de acordo com as Normas
Internacionais de Relatório Financeiro (“IFRSs”) emitidas pelo “International
Accounting Standards Board - IASB” e as práticas contábeis adotadas no Brasil.
• As demonstrações financeiras individuais da controladora preparadas de acordo
com as práticas contábeis adotadas no Brasil e IFRS.
As práticas contábeis adotadas no Brasil compreendem aquelas incluídas na legislação
societária brasileira e os pronunciamentos técnicos e as orientações e interpretações
técnicas emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC e aprovados pela
Comissão de Valores Mobiliários - CVM.
a) Demonstrações financeiras consolidadas
• As demonstrações financeiras consolidadas da Sociedade foram elaboradas
tomando como base os padrões internacionais de contabilidade (“IFRS”) emitidos
pelo International Accounting Standards Board (“IASB”) e interpretações emitidas
pelo International Financial Reporting Interpretations Committee (“IFRIC”),
implantados no Brasil através do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (“CPC”) e
suas interpretações técnicas (“ICPC”) e orientações (“OCPC”), aprovados pela
Comissão de Valores Mobiliários (“CVM”).
b) Demonstrações financeiras individuais da controladora
• As demonstrações financeiras individuais da controladora foram preparadas
conforme as práticas contábeis adotadas no Brasil, que compreendem as disposições
da legislação societária, previstas na Lei nº 6.404/76 com alterações da Lei nº
11.638/07 e Lei nº 11.941/09, e os pronunciamentos contábeis, interpretações e
orientações emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (“CPC”),
10
Natura Cosméticos S.A.
aprovados pela Comissão de Valores Mobiliários (“CVM”). Até 31 de dezembro de
2013, essas práticas diferiam do IFRS, aplicável às demonstrações financeiras
separadas, somente no que se refere à avaliação de investimentos em controladas,
coligadas e controladas em conjunto pelo método de equivalência patrimonial,
enquanto que para fins de IFRS seria custo ou valor justo.
Com a emissão do pronunciamento IAS 27 (Separate Financial Statements)
revisado pelo IASB em 2014, as demonstrações separadas de acordo com as IFRS
passaram a permitir o uso do método da equivalência patrimonial para avaliação do
investimentos em controladas, coligadas e controladas em conjunto. Em dezembro
de 2014, a CVM emitiu a Deliberação nº 733/2014, que aprovou o Documento de
Revisão de Pronunciamentos Técnicos nº 07 referente aos Pronunciamentos CPC
18, CPC 35 e CPC 37 emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis,
recepcionando a citada revisão do IAS 27, e permitindo sua adoção a partir dos
exercícios findos em 31 de dezembro de 2014. Dessa forma, as demonstrações
financeiras individuais da controladora passaram a estar em conformidade com as
IFRS a partir desse exercício.
As demonstrações financeiras foram elaboradas com base no custo histórico, exceto
por determinados instrumentos financeiros mensurados pelos seus valores justos,
conforme descrito nas práticas contábeis a seguir. O custo histórico geralmente é
baseado no valor justo das contraprestações pagas em troca de ativos.
Determinados valores incluídos nas demonstrações financeiras de 31 de dezembro de
2013, aqui apresentados para fins de comparação, foram reclassificados para melhor
comparabilidade. Esses valores referem-se principalmente a reclassificações de
despesas da controladora relacionadas com a força de vendas que foram anteriormente
apresentadas como despesas administrativas, ambas as rubricas são classificadas no
grupo de despesas operacionais.
As principais práticas contábeis aplicadas na preparação das demonstrações financeiras
consolidadas estão definidas a seguir. Essas práticas foram aplicadas de modo
consistente no exercício anterior apresentado, salvo disposição em contrário.
2.2. Consolidação
a) Controladas e controladas em conjunto
Controladas são todas as entidades em que a Sociedade está exposta, ou tem
direito, a retornos variáveis de seu envolvimento com a investida e tem a
capacidade de afetar esses retornos através do seu poder sobre a investida e nas
quais normalmente há uma participação societária superior a 50%. Nos casos
aplicáveis, a existência e o efeito de potenciais direitos de voto, que são atualmente
exercíveis ou conversíveis, são levados em consideração ao avaliar se a Sociedade
controla ou não outra entidade. As controladas são integralmente consolidadas a
partir da data em que o controle é transferido à Sociedade e deixam de ser
consolidadas, nos casos aplicáveis, a partir da data em que o controle deixa de
existir.
11
Natura Cosméticos S.A.
b) Sociedades incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas
Participação - %
2014
2013
Participação direta:
Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda.
Natura Biosphera Comércio de Cosméticos e Serviços Ltda.
Natura Cosméticos S.A. – Chile
Natura Cosméticos C.A. - Venezuela
Natura Cosméticos S.A. – Peru
Natura Cosméticos S.A. – Argentina
Natura Inovação e Tecnologia de Produtos Ltda.
Natura Cosméticos y Servicios de Mexico, S.A. de C.V.
Natura Cosméticos de Mexico, S.A. de C.V.
Natura Distribuidora de Mexico, S.A. de C.V.
Natura Cosméticos Ltda. – Colômbia
Natura Cosméticos España S.L. – Espanha
Natura (Brasil) International B.V. – Holanda
Natura Brazil Pty Ltd – Austrália
Fundo de Investimento Sintonia
Fundo de Investimento Essencial
99,99
99,99
99,99
99,99
99,99
99,99
99,99
99,99
99,99
99,99
99,99
100,00
100,00
100,00
100,00
99,99
99,99
99,99
99,99
99,94
99,97
99,99
99,99
99,99
99,99
99,99
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
99,99
99,99
Via Natura Inovação e Tecnologia de Produtos Ltda.:
Natura Innovation et Technologie de Produits SAS –
França
100,00
100,00
Via Natura (Brasil) International B.V. - Holanda:
Natura Europa SAS - França
Natura Brasil Inc. - EUA – Delaware
100,00
100,00
100,00
100,00
Via Brasil Inc. – EUA - Delaware
Natura International Inc. - EUA - Nova York
100,00
100,00
Via Natura Brazil Pty Ltda:
Natura Cosmetics Australia Pty Ltd. - Austrália
100,00
100,00
71,34
65,00
Participação indireta:
Via Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda.:
Natura Logística e Serviços Ltda. - Brasil
Via Natura Cosmetics Australia Pty Ltd. – Austrália:
Emeis Holdings Pty Lty - Austrália
Na elaboração das demonstrações financeiras consolidadas, foram utilizadas
demonstrações encerradas na mesma data-base e consistentes com as práticas
contábeis da Sociedade. Foram eliminados os investimentos na proporção da
participação da investidora nos patrimônios líquidos e nos resultados das
controladas, os saldos ativos e passivos, as receitas e despesas e os resultados não
realizados, líquidos de imposto de renda e contribuição social, decorrentes de
12
Natura Cosméticos S.A.
operações entre as empresas. A participação de terceiros no patrimônio líquido e no
lucro líquido das controladas é apresentada como um componente do patrimônio
líquido consolidado e na demonstração consolidada do resultado, respectivamente,
na rubrica de “Participação de não controladores”.
As atividades das controladas diretas e indiretas são como segue:
• Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda.: suas atividades concentramse, preponderantemente, na industrialização e comercialização dos produtos da
marca Natura para a Natura Cosméticos S.A. - Brasil, Natura Cosméticos S.A. Chile, Natura Cosméticos S.A. - Peru, Natura Cosméticos S.A. - Argentina,
Natura Cosméticos Ltda. - Colômbia, Natura Europa SAS - França e Natura
Cosméticos de Mexico, S.A. de C.V..
• Natura Biosphera Comércio de Cosméticos e Serviços Ltda.: suas atividades
concentram-se no comércio, inclusive por meio eletrônico, dos produtos da
marca Natura.
• Natura Cosméticos S.A. - Chile, Natura Cosméticos S.A. - Peru, Natura
Cosméticos S.A. - Argentina, Natura Cosméticos Ltda. - Colômbia e Natura
Distribuidora de Mexico, S.A. de C.V.: suas atividades são semelhantes às
atividades desenvolvidas pela controladora Natura Cosméticos S.A. - Brasil.
• Natura Cosméticos Ltda. - Venezuela: encontra-se em fase de encerramento
societário e não existem investimentos ou saldos materiais mantidos em seus
registros contábeis.
• Natura Inovação e Tecnologia de Produtos Ltda.: suas atividades concentram-se
em desenvolvimento de produtos e tecnologias e pesquisa de mercado. É
controladora integral da Natura Innovation et Technologie de Produits SAS França, centro satélite de pesquisa e tecnologia inaugurado durante o ano 2007,
em Paris.
• Natura Cosméticos y Servicios de Mexico, S.A. de C.V.: suas atividades
concentram-se na prestação de serviços administrativos e logísticos às empresas
Natura Cosméticos de Mexico, S.A. de C.V. e Natura Distribuidora de Mexico,
S.A. de C.V..
• Natura Cosméticos de Mexico, S.A. de C.V.: suas atividades concentram-se na
importação e comercialização de cosméticos, fragrâncias em geral e produtos de
higiene pessoal para a Natura Distribuidora de Mexico, S.A. de C.V..
• Natura Cosméticos España S.L.: encontra-se em fase pré-operacional e suas
atividades consistirão nas mesmas atividades desenvolvidas pela controladora
Natura Cosméticos S.A. - Brasil.
• Natura (Brasil) International B.V. – Holanda: holding controladora da Natura
Europa SAS – França, Natura Brasil Inc. e Natura International Inc..
• Natura Logística e Serviços Ltda.: suas atividades concentram-se na prestação
de serviços administrativos e logísticos para as sociedades sediadas no Brasil.
• Natura Innovation et Technologie de Produits SAS - França: suas atividades
concentram-se em pesquisas nas áreas de testes “in vitro”, alternativos aos testes
13
Natura Cosméticos S.A.
em animais, para estudo da segurança e eficácia de princípios ativos, tratamento
de pele e novos materiais de embalagens.
• Natura Brasil Inc.: holding controladora da Natura International Inc.
• Natura International Inc: holding controladora da Natura Europa SAS
• Natura Europa SAS - França: suas atividades concentram-se na compra, venda,
importação, exportação e distribuição de cosméticos, fragrâncias em geral e
produtos de higiene.
• Natura Brazil Pty Ltd – holding controladora das operações da Natura
Cosmetics Austrália Pty Ltd.
• Natura Cosmetics Australia Pty Ltd – holding controladora da Emeis Holdings
Pty Ltd.
• Emeis Holdings Pty Ltda: suas atividades concentram-se no desenvolvimento e
comercialização de cosméticos premium, que opera sob a marca de “Aesop”.
• Fundo de Investimento Sintonia e Essencial – referem-se a fundos exclusivos de
renda fixa de crédito privado.
2.3. Apresentação de informações por segmentos
As informações por segmentos operacionais são apresentadas de modo consistente
com o relatório interno fornecido para o principal tomador de decisões operacionais. O
principal tomador de decisões operacionais, responsável pela alocação de recursos e
pela avaliação de desempenho dos segmentos operacionais, é representado pelo
Comitê Executivo da Sociedade.
2.4. Conversão para moeda estrangeira
a) Moeda funcional
Os itens incluídos nas demonstrações financeiras da Sociedade e de cada uma das
empresas incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas são mensurados
usando a moeda do principal ambiente econômico no qual as empresas atuam
(“moeda funcional”).
b) Transações e saldos em moeda estrangeira
As transações em moeda estrangeira são convertidas para a moeda funcional da
Sociedade (R$ - reais) utilizando as taxas de câmbio vigentes nas datas das
transações. Os saldos das contas de balanço são convertidos pela taxa de câmbio
vigente nas datas dos balanços. Os ganhos e as perdas de variação cambial
resultantes da liquidação dessas transações e da conversão de ativos e passivos
monetários denominados em moeda estrangeira são reconhecidos no resultado do
exercício, nas rubricas “Receitas financeiras” e “Despesas financeiras”.
c) Moeda de apresentação e conversão das demonstrações financeiras
As demonstrações financeiras são apresentadas em reais (R$), que correspondem à
14
Natura Cosméticos S.A.
moeda de apresentação da Sociedade.
Na elaboração das demonstrações financeiras consolidadas, as demonstrações do
resultado e dos fluxos de caixa e todas as outras movimentações de ativos e
passivos das controladas no exterior, cuja moeda funcional é a moeda local, são
convertidas para reais à taxa de câmbio média mensal, que se aproxima da taxa de
câmbio vigente na data das correspondentes transações. O balanço patrimonial é
convertido para reais às taxas de câmbio do encerramento de cada exercício.
Os efeitos das variações da taxa de câmbio resultantes dessas conversões são
apresentados sob a rubrica “Outros resultados abrangentes” nas demonstrações do
resultado abrangente e no patrimônio líquido.
2.5. Caixa e equivalentes de caixa
Os equivalentes de caixa são mantidos com a finalidade de atender a compromissos
de caixa de curto prazo, e não para investimento ou outros fins. Incluem caixa,
depósitos bancários à vista e aplicações financeiras realizáveis em até 90 dias da
data original do título ou considerados de liquidez imediata ou conversíveis em um
montante conhecido de caixa e que estão sujeitos a um risco insignificante de
mudança de valor, os quais são registrados pelos valores de custo, acrescidos dos
rendimentos auferidos até as datas dos balanços, que não excedem o seu valor de
mercado ou de realização.
2.6. Instrumentos financeiros
2.6.1. Categorias
A categoria depende da finalidade para a qual os ativos e passivos financeiros
foram adquiridos ou contratados e é determinada no reconhecimento inicial dos
instrumentos financeiros.
Os ativos financeiros mantidos pela Sociedade são classificados sob as
seguintes categorias:
Ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado
São ativos financeiros mantidos para negociação, quando são adquiridos para
esse fim, principalmente no curto prazo e são mensurados ao valor justo na data
das demonstrações financeiras, sendo as variações reconhecidas no resultado.
Os instrumentos financeiros derivativos também são classificados nessa
categoria. Os ativos dessa categoria são classificados no ativo circulante.
No caso da Sociedade, nessa categoria estão incluídos unicamente os
instrumentos financeiros derivativos. Os saldos dos instrumentos derivativos
não liquidados são mensurados ao valor justo na data das demonstrações
financeiras e classificados no ativo ou no passivo circulante, sendo as variações
no valor justo registradas, respectivamente, nas rubricas “Receitas financeiras”
ou “Despesas financeiras”.
15
Natura Cosméticos S.A.
Ativos financeiros mantidos até o vencimento
Compreendem investimentos em determinados ativos financeiros classificados
no momento inicial da contratação, para serem levados até a data de
vencimento, os quais são mensurados ao custo amortizado pelo método de taxa
de juros efetiva, menos perdas por redução do valor recuperável. A Sociedade
não possui investimentos mantidos até o vencimento durante os exercícios
findos em 31 de dezembro de 2014 e de 2013.
Ativos financeiros disponíveis para venda
Quando aplicável, são incluídos nessa classificação os ativos financeiros não
derivativos, que sejam designados como disponíveis para venda ou não sejam
classificados como: (a) empréstimos e recebíveis; (b) investimentos mantidos
até o vencimento; ou (c) ativos financeiros a valor justo por meio do resultado.
Estes ativos financeiros incluem quotas de fundos de investimento e títulos de
dívida do governo. Nesta categoria são registrados os instrumentos que são
mantidos por um período indefinido e que podem ser alienados para atender às
necessidades de liquidez ou as mudanças nas condições de mercado.
Empréstimos e recebíveis
São incluídos nessa classificação os ativos financeiros não derivativos com
recebimentos fixos ou determináveis, que não são cotados em um mercado
ativo. São registrados no ativo circulante, exceto, nos casos aplicáveis, aqueles
com prazo de vencimento superior a 12 meses após a data do balanço, os quais
são classificados como ativo não circulante. Após a mensuração inicial, esses
ativos financeiros são contabilizados ao custo amortizado, utilizando o método
de juros efetivos (taxa de juros efetiva), menos perda por redução ao valor
recuperável. O custo amortizado é calculado levando em consideração qualquer
desconto ou “prêmio” na aquisição e taxas ou custos incorridos. Em 31 de
dezembro de 2014 e de 2013 compreendem contas a receber de clientes (nota
explicativa nº 7).
Os passivos financeiros mantidos pela Sociedade são classificados sob as
seguintes categorias:
Passivos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado
São classificados ao valor justo por meio do resultado quando são mantidos
para negociação ou designados ao valor justo por meio do resultado.
Outros passivos financeiros
São mensurados ao custo amortizado utilizando o método de juros efetivos. Em
31 de dezembro de 2014 e de 2013, no caso da Sociedade, compreendem
empréstimos e financiamentos (nota explicativa nº 15) e saldos a pagar a
fornecedores nacionais e estrangeiros.
16
Natura Cosméticos S.A.
2.6.2. Mensuração
As compras e vendas regulares de ativos financeiros são reconhecidas na data
da negociação, ou seja, na data em que a Sociedade se compromete a comprar
ou vender o ativo. Os empréstimos e recebíveis e ativos financeiros mantidos
até o vencimento são mensurados ao custo amortizado.
Os ativos financeiros a valor justo por meio do resultado são, inicialmente,
reconhecidos pelo valor justo, e os custos de transação são registrados na
demonstração do resultado. Os ganhos ou as perdas decorrentes de variações no
valor justo de ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio do
resultado são registrados na demonstração do resultado nas rubricas “Receitas
financeiras” ou “Despesas financeiras”, respectivamente, no período em que
ocorrem. Para os ativos financeiros classificados como “Disponíveis para
venda”, quando aplicável, essas variações são registradas na rubrica “Outros
resultados abrangentes”, no resultado abrangente e no patrimônio líquido, até o
momento da liquidação do ativo financeiro, quando, por fim, são reclassificadas
para o resultado do exercício.
2.6.3. Compensação de instrumentos financeiros
Ativos e passivos financeiros são compensados e o valor líquido é apresentado
no balanço patrimonial quando há um direito legalmente aplicável de
compensar os valores reconhecidos e há a intenção de liquidá-los em uma base
líquida ou realizar o ativo e liquidar o passivo simultaneamente.
2.6.4. Desreconhecimento (baixa) de instrumentos financeiros
Um ativo financeiro (ou, quando for o caso, uma parte de um ativo financeiro
ou parte de um grupo de ativos financeiros semelhantes) é baixado quando os
direitos de receber fluxos de caixa do ativo expiraram;
A Sociedade transferiu os seus direitos ou riscos de receber os fluxos de caixa
do ativo ou assumiu uma obrigação de pagar integralmente os fluxos de caixa
recebidos.
2.6.5. Instrumentos financeiros derivativos
As operações com instrumentos financeiros derivativos, contratadas pela
Sociedade e por suas controladas, resumem-se em “swap” e compra a termo de
moeda (“Non Deliverable Forward - NDF”), que visam exclusivamente à
proteção contra riscos cambiais associados a posições no balanço patrimonial,
além dos fluxos de caixa dos aportes de capital nas controladas projetados em
moedas estrangeiras.
São mensurados ao seu valor justo, com as variações registradas contra o
resultado do exercício, exceto quando designados em uma contabilidade de
“hedge” de fluxo de caixa, cujas variações no valor justo são registradas na
rubrica de “Outros resultados abrangentes” no patrimônio líquido.
17
Natura Cosméticos S.A.
O valor justo dos instrumentos financeiros derivativos é calculado pela
tesouraria da Sociedade com base nas informações de cada operação contratada
e nas respectivas informações de mercado nas datas de encerramento das
demonstrações financeiras, tais como taxas de juros e câmbio. Nos casos
aplicáveis, tais informações são comparadas com as posições informadas pelas
mesas de operação de cada instituição financeira envolvida.
Operações de “hedge accounting”
A Natura possui aprovação da Administração para utilizar a prática contábil de
contabilização de “hedge accounting” para instrumentos financeiros derivativos
contratados de proteção: (i) a empréstimos contratados em moeda estrangeira,
sujeitos a taxa de juro variável, ou (ii) a empréstimos contratados na moeda
funcional (Real), sujeitos a taxa de juro pré-fixada. Os riscos protegidos são,
respectivamente, (i) risco de variação nos fluxos de caixa futuros decorrentes
das variações nas taxas de câmbio, sendo aplicável contabilidade de “hedge” de
fluxo de caixa e (ii) risco de taxa de juros, sendo aplicável contabilidade de
“hedge” de justo valor.
Hedge de fluxo de caixa:
Consiste em fornecer proteção contra a variação nos fluxos de caixa atribuível a
um risco particular associado com um ativo ou passivo reconhecido ou uma
transação prevista altamente provável e que possa afetar o resultado.
A parte efetiva das mudanças no valor justo dos derivativos que for designada e
qualificada como hedge de fluxo de caixa é reconhecida em outros resultados
abrangentes e acumulada nas rubricas “Ganho (perda) em operações de hedge
de fluxo de caixa” e “efeitos tributários sobre o ganho (perda) em operações de
hedge de fluxo de caixa”.
Em um “hedge de fluxo de caixa”, a parcela eficaz do ganho ou perda do
instrumento de hedge é reconhecida diretamente no patrimônio líquido em
outros resultados abrangentes, enquanto a parte ineficaz do hedge é reconhecida
imediatamente no resultado financeiro.
Hedge de valor justo:
Mudanças no valor justo dos derivativos designados e qualificados como hedge
de valor justo são registradas no resultado com quaisquer mudanças no valor
justo dos itens objeto de hedge atribuíveis ao risco protegido. As mudanças no
valor justo dos instrumentos de hedge e no item objeto de hedge atribuível ao
risco de hedge são reconhecidas na rubrica da demonstração do resultado
relacionada ao item objeto de hedge.
No exercício findo em 31 de dezembro de 2014 a Sociedade utilizou de
instrumentos financeiros derivativos, sendo aplicado a contabilidade de “hedge
de fluxo de caixa” conforme divulgado na nota explicativa n°4, para proteção
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Natura Cosméticos S.A.
contra risco de variação de taxas de câmbio relacionados a empréstimos
contratados em moeda estrangeira e que: (i) sejam altamente correlacionados no
que se refere às alterações no valor de mercado do item que estiver sendo
protegido, tanto no início quanto ao longo da vida do contrato (efetividade entre
80% e 125%); (ii) possuam documentação da operação, do risco objeto de
hedge, do processo de gerenciamento de risco e da metodologia utilizada na
avaliação da efetividade; e (iii) sejam considerados efetivos na redução do risco
associado à exposição a ser protegida. Sua contabilização segue o CPC 38 –
Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração, que possibilita a
aplicação da metodologia de contabilidade de proteção (“hedge accounting”)
com efeito da mensuração do seu valor justo no patrimônio líquido e sua
realização no resultado em rubrica correspondente ao item protegido.
No exercício findo em 31 de dezembro de 2014 não tivemos registro de perdas
relacionadas à parte inefetiva reconhecidas no resultado do exercício.
A contabilização de hedge é descontinuada quando a Sociedade cancela a
relação de hedge, o instrumento de hedge vence ou é vendido, rescindido ou
executado, ou não se qualifica mais como contabilização de hedge. Quaisquer
ganhos ou perdas reconhecidos em outros resultados abrangentes e acumulados
no patrimônio líquido àquela data permanecem no patrimônio líquido e são
reconhecidos quando a transação prevista for finalmente reconhecida no
resultado. Quando não se espera mais que a transação prevista ocorra, os
ganhos ou as perdas acumulados e diferidos no patrimônio líquido são
reconhecidos imediatamente no resultado do exercício.
A Sociedade verifica, ao longo de toda a duração do hedge, a efetividade de
seus instrumentos financeiros derivativos, bem como suas alterações de valor
justo.
Os valores justos dos instrumentos financeiros derivativos estão divulgados na
nota explicativa nº 4.
2.6.6. Método de juros efetivos
É utilizado para calcular o custo amortizado de um instrumento da dívida e
alocar sua receita de juros ao longo do período correspondente. A taxa de juros
efetiva desconta exatamente os recebimentos de caixa futuros estimados
(incluindo todos os honorários e pontos pagos ou recebidos que sejam parte
integrante da taxa de juros efetiva, os custos da transação e outros prêmios ou
deduções) durante a vida estimada do instrumento da dívida ou, quando
apropriado, durante um período menor, para o valor contábil líquido na data do
reconhecimento inicial.
A receita é reconhecida com base nos juros efetivos para os instrumentos de
dívida não caracterizados como ativos financeiros ao valor justo por meio do
resultado.
19
Natura Cosméticos S.A.
2.7. Contas a receber de clientes e provisão para créditos de liquidação duvidosa
As contas a receber de clientes são registradas pelo valor nominal e deduzidas da
provisão para créditos de liquidação duvidosa, a qual é constituída utilizando o
histórico de perdas por faixas de vencimento, sendo considerada suficiente pela
Administração para cobrir eventuais perdas, conforme os valores demonstrados na
nota explicativa nº 7.
2.8. Estoques
Registrados pelo custo médio de aquisição ou produção, ajustados ao valor realizável
líquido, quando este for menor que o custo. Os detalhes estão divulgados na nota
explicativa nº 8.
A Sociedade considera em sua provisão para perdas nos estoques os seguintes
componentes: produtos descontinuados, materiais com giro lento, materiais com prazo
de validade expirado e materiais fora dos parâmetros de qualidade.
2.9. Créditos de carbono - Programa Carbono Neutro
Em 2007, a Sociedade assumiu com seus colaboradores, clientes, fornecedores e
acionistas o compromisso de ser uma empresa Carbono Neutro, que consiste em
neutralizar suas emissões de Gases do Efeito Estufa - GEEs, em sua cadeia completa
de produção, desde a extração das matérias-primas até o pós-consumo. Esse
compromisso, apesar de não ser uma obrigação legal, já que o Brasil apesar de ser um
país signatário do Protocolo de Quioto não apresenta meta de redução, é considerado
uma obrigação construtiva, conforme o IAS 37 - Provisões, Passivos Contingentes e
Ativos Contingentes, que determina o reconhecimento de uma provisão nas
demonstrações financeiras se esta for passível de desembolso e mensurável.
O passivo é estimado através dos inventários auditados de emissão de carbono
realizados anualmente e valorizado com base no preço de mercado para aquisição de
certificados de neutralização. Em 31 de dezembro de 2014, o saldo registrado no
passivo na rubrica “Outras provisões” (vide nota explicativa nº 19), refere-se ao total
das emissões de carbono do período de 2007 a 2014 que ainda não foram neutralizadas
através dos projetos correspondentes, portanto, não há efetivação do certificado de
carbono.
Em linha com suas crenças e princípios, a Sociedade optou por realizar algumas
aquisições de créditos de carbono através do investimento em projetos com benefícios
socioambientais oriundos do mercado voluntário. Dessa forma, os gastos incorridos
gerarão créditos de carbono após a finalização ou maturação desses projetos.
Durante os referidos exercícios, estes gastos foram registrados a valor de mercado
como outros ativos (vide nota explicativa nº 12).
20
Natura Cosméticos S.A.
No momento em que os respectivos certificados de carbonos são efetivamente
entregues à Sociedade, a obrigação de ser Carbono Neutro é efetivamente cumprida,
portanto, os saldos de ativos são compensados com os saldos de passivos.
A diferença entre os saldos de ativo e de passivo em 31 de dezembro de 2014 refere-se
ao valor de caixa que a Sociedade ainda desembolsará para futura geração ou aquisição
de certificados.
2.10. Investimentos em controladas, coligadas e controladas em conjunto
A Sociedade possui participações apenas em controladas.
As controladas são empresas nas quais a Sociedade diretamente ou através de outras
controladas é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente,
preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos
administradores. Controle é o poder de governar as políticas financeiras e operacionais
de uma empresa, a fim de obter benefícios de suas atividades, o que em geral consiste
na capacidade de exercer a maioria dos direitos de voto. Os potenciais direitos de voto
são considerados na avaliação do controle exercido pela Sociedade sobre outra
entidade, quando puderem ser exercidos no momento de tal avaliação.
Os investimentos em controladas são contabilizados pelo método de equivalência
patrimonial. As demonstrações financeiras das controladas são elaboradas para a
mesma data-base de apresentação da controladora. Sempre que necessário, são
realizados ajustes para adequar as práticas contábeis às da Sociedade.
De acordo com o método da equivalência patrimonial, a parcela atribuível à Sociedade
sobre o lucro ou prejuízo líquido do exercício desses investimentos é registrada na
demonstração do resultado da controladora sob a rubrica “Resultado de equivalência
patrimonial”. Todos os saldos intragrupo, receitas e despesas e ganhos e perdas não
realizados, oriundos de transações intragrupo, são eliminados por completo. Os outros
resultados abrangentes de controladas são registrados diretamente no patrimônio
líquido da Sociedade sob a rubrica “Outros resultados abrangentes”.
2.11. Imobilizado
Avaliado ao custo de aquisição e/ou construção, acrescido de juros capitalizados
durante o período de construção, quando aplicável para casos de ativos qualificáveis, e
reduzido pela depreciação acumulada e pelas perdas por “impairment”, quando
aplicável.
Os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das
atividades da Sociedade e de suas controladas, originados de operações de
arrendamento mercantil do tipo financeiro, são registrados como se fosse uma compra
financiada, reconhecendo no início de cada operação um ativo imobilizado e um
passivo de financiamento, sendo os ativos também submetidos às depreciações
calculadas de acordo com as vidas úteis estimadas dos respectivos bens ou duração do
contrato, nos casos em que não há a opção de compra.
21
Natura Cosméticos S.A.
Terrenos não são depreciados. A depreciação dos demais ativos é calculada pelo
método linear, para distribuir seu valor de custo ao longo da vida útil estimada, como
segue:
Média ponderada anual (Consolidado):
Edificações
Máquinas e Acessórios
Moldes
Benfeitorias em propriedade de terceiros
Móveis e utensílios
Ferramentas e Acessórios
Instalações
Veículos
Anos
59
14
3
14
13
10
14
3
As vidas úteis são revisadas anualmente.
Os ganhos e as perdas em alienações são apurados comparando-se o valor da venda
com o valor residual contábil e são reconhecidos na demonstração do resultado.
2.12. Intangível
2.12.1. Softwares
As licenças de programas de computador (softwares) e de sistemas de gestão
empresarial adquiridas são capitalizadas e amortizadas conforme as taxas
descritas na nota explicativa nº 14 e os gastos associados à manutenção são
reconhecidos como despesas quando incorridos.
Os gastos com aquisição e implementação de sistemas de gestão empresarial são
capitalizados como ativo intangível quando há evidências de geração de
benefícios econômicos futuros, considerando sua viabilidade econômica e
tecnológica. Os gastos com desenvolvimento de software reconhecidos como
ativos são amortizados pelo método linear ao longo de sua vida útil estimada. As
despesas relacionadas à manutenção de software são reconhecidas no resultado
do exercício quando incorridas.
2.12.2. Marcas e patentes
As marcas e patentes adquiridas separadamente são demonstradas pelo custo
histórico. As marcas e patentes adquiridas em uma combinação de negócios são
reconhecidas pelo valor justo na data da aquisição. A amortização é calculada pelo
método linear, com base nas taxas demonstradas na nota explicativa nº 14.
2.12.3. Ativos intangíveis com vida útil indefinida
Não são amortizados, mas são testados anualmente em relação a perdas por
redução ao valor recuperável, individualmente ou no nível da unidade geradora de
caixa. A avaliação de vida útil indefinida é revisada anualmente para determinar se
essa avaliação continua a ser justificável. Caso contrário, a mudança na vida útil de
22
Natura Cosméticos S.A.
indefinida para definida é feita de forma prospectiva.
Ganhos e perdas resultantes da baixa de um ativo intangível são mensurados como
a diferença entre o valor líquido obtido da venda e o valor contábil do ativo, sendo
reconhecidos na demonstração do resultado no momento da baixa do ativo.
2.13. Gastos com pesquisa e desenvolvimento de produtos
Dados o alto índice de inovação e a rotatividade de produtos na carteira de vendas da
Sociedade, esta adota como prática contábil registrar como despesa do exercício,
quando incorridos, os gastos com pesquisa e desenvolvimento de seus produtos.
2.14. Arrendamento mercantil
A classificação dos contratos de arrendamento mercantil é realizada no momento da
sua contratação. Os arrendamentos nos quais uma parcela significativa dos riscos e
benefícios da propriedade é retida pelo arrendador são classificados como
arrendamentos operacionais. Os pagamentos efetuados para arrendamentos
operacionais são registrados como despesa do exercício pelo método linear, durante o
período do arrendamento.
Os arrendamentos nos quais a Sociedade e suas controladas detêm, substancialmente,
todos os riscos e as recompensas da propriedade são classificados como arrendamentos
financeiros. Estes são capitalizados no balanço patrimonial no início do arrendamento
pelo menor valor entre o valor justo do bem arrendado e o valor presente dos
pagamentos mínimos do arrendamento.
Cada parcela paga do arrendamento é alocada parte ao passivo e parte aos encargos
financeiros, para que, dessa forma, seja obtida uma taxa de juros efetiva constante
sobre o saldo da dívida em aberto. As obrigações correspondentes, líquidas dos
encargos financeiros, são classificadas nos passivos circulantes e não circulantes de
acordo com o prazo do contrato. O bem do imobilizado adquirido por meio de
arrendamentos financeiros é depreciado durante a vida útil-econômica do ativo,
conforme mencionado na nota explicativa nº 2.11, ou de acordo com o prazo do
contrato de arrendamento, quando este for menor e não houver opção de compra.
2.15. Capitalização de juros
Custos de empréstimos diretamente relacionados com a aquisição, construção ou
produção de um ativo que necessariamente requer um tempo significativo para ser
concluído para fins de uso ou venda são capitalizados como parte do custo do
correspondente ativo. Todos os demais custos de empréstimos são registrados como
despesa no período em que são incorridos. Custos de empréstimo compreendem juros e
outros custos incorridos por uma entidade relativos ao empréstimo.
2.16. Avaliação do valor recuperável dos ativos
O valor contábil líquido dos ativos são avaliados anualmente para identificar
evidências de perdas não recuperáveis, ou, ainda, sempre que eventos ou alterações
23
Natura Cosméticos S.A.
significativas nas circunstâncias indicarem que o valor contábil pode não ser
recuperável. Quando aplicável, se houver perda decorrente das situações em que o
valor contábil do ativo ultrapasse seu valor recuperável.
Para fins de avaliação do valor recuperável, os ativos são agrupados nos menores
níveis para os quais existam fluxos de caixa identificáveis separadamente (Unidades
Geradoras de Caixa - UGCs).
O valor recuperável de um ativo ou de determinada unidade geradora de caixa é
definido como sendo o maior entre o valor em uso e o valor líquido de venda. Na
estimativa do valor em uso do ativo, os fluxos de caixa futuros estimados são
descontados ao seu valor presente, utilizando uma taxa de desconto antes dos impostos
que reflita o custo médio ponderado de capital para a indústria em que opera a unidade
geradora de caixa. O valor líquido de venda é determinado, sempre que possível, com
base em contrato de venda firme em uma transação em bases comutativas, entre partes
conhecedoras e interessadas, ajustado por despesas atribuíveis à venda do ativo, ou,
quando não há contrato de venda firme, com base no preço de mercado de um mercado
ativo, ou no preço da transação mais recente com ativos semelhantes.
2.17. Contas a pagar aos fornecedores
Reconhecidas pelo valor nominal e acrescido, quando aplicável, dos correspondentes
encargos e das variações monetárias e cambiais incorridos até as datas dos balanços.
2.18. Empréstimos e financiamentos
Reconhecidos pelo valor justo, no momento do recebimento dos recursos, líquidos dos
custos de transação nos casos aplicáveis e acrescidos de encargos, juros e variações
monetárias e cambiais conforme previsto contratualmente, incorridos até as datas dos
balanços, conforme demonstrado na nota explicativa nº 15.
2.19. Provisões para riscos tributários, cíveis e trabalhistas
Reconhecidas quando a Sociedade e suas controladas têm uma obrigação presente ou
não formalizada como resultado de eventos passados, sendo provável que uma saída de
recursos seja necessária para liquidar a obrigação e o valor possa ser estimado com
segurança. As provisões são quantificadas ao valor presente do desembolso esperado
para liquidar a obrigação, sendo utilizada a taxa adequada de desconto de acordo com
os riscos relacionados ao passivo.
São atualizadas até as datas dos balanços pelo montante estimado das perdas
prováveis, observadas suas naturezas e apoiadas na opinião dos assessores legais da
Sociedade. Os fundamentos e a natureza das provisões para riscos tributários, cíveis e
trabalhistas estão descritos na nota explicativa nº 18.
2.20. Imposto de renda e contribuição social - correntes e diferidos
Reconhecidos na demonstração do resultado do exercício, exceto, nos casos aplicáveis,
na proporção em que estiverem relacionados com itens reconhecidos diretamente no
24
Natura Cosméticos S.A.
patrimônio líquido. Nesse caso, os tributos são reconhecidos também diretamente no
patrimônio líquido, em “Outros resultados abrangentes”.
Exceto pelas controladas localizadas no exterior, onde são observadas as alíquotas
fiscais válidas para cada um dos países onde se situam essas controladas, o imposto de
renda e a contribuição social da Sociedade e das controladas no Brasil são calculados
às alíquotas de 25% e 9%, respectivamente.
A despesa de imposto de renda e contribuição social - correntes é calculada com base
nas leis e nos normativos tributários promulgados na data de encerramento do
exercício, de acordo com os regulamentos tributários brasileiros. A Administração
avalia periodicamente as posições assumidas na declaração de renda com respeito a
situações em que a regulamentação tributária aplicável está sujeita à interpretação que
possa ser eventualmente divergente e constitui provisões, quando adequado, com base
nos valores que espera pagar ao Fisco.
O imposto de renda e a contribuição social - diferidos são calculados sobre as
diferenças temporárias entre as bases fiscais dos ativos e passivos e seus valores
contábeis. O imposto de renda e a contribuição social - diferidos são determinados
usando as alíquotas de imposto promulgadas nas datas dos balanços e que devem ser
aplicadas quando o respectivo imposto de renda e a contribuição social - diferidos
ativos forem realizados ou quando o imposto de renda e a contribuição social diferidos passivos forem liquidados.
O imposto de renda e a contribuição social - diferidos ativos são reconhecidos somente
na proporção da probabilidade de que o lucro real futuro esteja disponível e contra o
qual as diferenças temporárias possam ser usadas.
Os montantes de imposto de renda e contribuição social - diferidos ativos e passivos
são compensados somente quando há um direito exequível legal de compensar os
ativos fiscais circulantes contra os passivos fiscais circulantes e/ou quando o imposto
de renda e a contribuição social - diferidos ativos e passivos se relacionam com o
imposto de renda e a contribuição social incidentes pela mesma autoridade tributária
sobre a entidade tributável ou diferentes entidades tributáveis em que há intenção de
liquidar os saldos em uma base líquida. Os detalhes estão divulgados na nota
explicativa nº 10.
2.21. Plano de outorga de opções de compra de ações
A Sociedade oferece a seus executivos planos de participações com base em ações,
liquidados exclusivamente com as ações desta.
O plano de outorga de opções de compra de ações é mensurado pelo valor justo na data
da outorga. Para determinar o valor justo a Sociedade utiliza um método de
valorização apropriado cujos detalhes estão divulgados na nota explicativa nº 24.1.
O custo de transações liquidadas com títulos patrimoniais é reconhecido, em conjunto
com um correspondente aumento no patrimônio líquido à rubrica “Capital adicional
integralizado”, ao longo do período em que a performance e/ou condição de serviço
25
Natura Cosméticos S.A.
são cumpridos, com término na data em que o funcionário adquire o direito completo
ao prêmio (data de aquisição). A despesa acumulada reconhecida para as transações
liquidadas com instrumentos patrimoniais em cada data-base até a data de aquisição
reflete a extensão em que o período de aquisição tenha expirado e a melhor estimativa
da Sociedade do número de títulos patrimoniais que serão adquiridos. A despesa ou
crédito na demonstração do resultado do período é registrada na rubrica de “despesas
administrativas”.
Quando um prêmio de liquidação com instrumentos patrimoniais é cancelado, este é
tratado como se tivesse sido adquirido na data do cancelamento, e qualquer despesa
não reconhecida do prêmio é registrada imediatamente. Isto inclui qualquer prêmio em
que as condições de não aquisição dentro do controle da Sociedade ou da contraparte
não foram cumpridas. Todos os cancelamentos de transações liquidadas com títulos
patrimoniais são tratados da mesma forma.
O efeito de diluição das opções em aberto é refletido como diluição de ação adicional
no cálculo do lucro por ação diluído (nota explicativa nº 27.2).
2.22. Participação nos resultados
A Sociedade reconhece um passivo e uma despesa de participação nos resultados com
base em uma fórmula que considera o lucro atribuível aos acionistas da Sociedade
após certos ajustes, o qual é vinculado ao alcance de metas operacionais e objetivos
específicos, estabelecidos e aprovados no início de cada exercício.
2.23. Dividendos e juros sobre o capital próprio
A proposta de distribuição de dividendos e juros sobre o capital próprio efetuada pela
Administração da Sociedade que estiver dentro da parcela equivalente ao dividendo
mínimo obrigatório é registrada como passivo circulante no grupo “Outras
obrigações”, por ser considerada como uma obrigação legal prevista no estatuto social
da Sociedade; entretanto, a parcela dos dividendos superior ao dividendo mínimo
obrigatório, declarada pela Administração após o período contábil a que se referem às
demonstrações financeiras, mas antes da data de autorização para emissão das referidas
demonstrações financeiras, é registrada na rubrica “Dividendo adicional proposto” no
patrimônio líquido, sendo seus efeitos divulgados na nota explicativa nº 20.b).
Para fins societários e contábeis, os juros sobre o capital próprio estão demonstrados
como destinação do resultado diretamente no patrimônio líquido.
2.24. Ações em tesouraria
Instrumentos patrimoniais próprios que são readquiridos (ações de tesouraria) e
reconhecidos ao custo de aquisição e deduzidos do patrimônio líquido. Nenhum ganho
ou perda é reconhecido na demonstração do resultado na compra, venda, emissão ou
cancelamento dos instrumentos patrimoniais próprios da Sociedade. Qualquer
diferença entre o valor contábil e a contraprestação é reconhecida em outras reservas
de capital.
26
Natura Cosméticos S.A.
2.25. Ganhos e perdas atuariais do plano de assistência médica e outros custos
de planos de benefícios a colaboradores
A Sociedade concede também determinados benefícios de extensão de assistência
médica a colaboradores aposentados que tinham o benefício adquirido até abril de
2010. Os custos associados às contribuições efetuadas pela Sociedade e por suas
controladas aos planos são reconhecidos pelo regime de competência como outros
resultados abrangentes. O custeio dos benefícios concedidos pelos planos de benefícios
definidos é estabelecido separadamente para cada plano, utilizando o método do
crédito unitário projetado.
2.26. Apuração do resultado e reconhecimento da receita
A receita de vendas é reconhecida no resultado do exercício quando os riscos e
benefícios inerentes aos produtos são transferidos para os clientes em conformidade
com o regime contábil de competência.
A receita é reconhecida na extensão em que for provável que benefícios econômicos
serão gerados para a Sociedade e quando possa ser mensurada de forma confiável. A
receita de venda é gerada basicamente a partir das vendas efetuadas para os
Consultores (as) Natura, (nossos clientes) mensurada com base no valor justo da
contraprestação recebida/a receber, excluindo descontos, abatimentos e impostos ou
encargos sobre vendas. A receita de venda é reconhecida quando os riscos e benefícios
significativos da propriedade dos produtos forem transferidos ao cliente, o que
geralmente ocorre na sua entrega para os Consultores (as) Natura.
A receita de venda é gerada e acumulada inicialmente no razão auxiliar de vendas da
Sociedade a partir do momento em que o comprovante de despacho é emitido em
nome dos nossos clientes. Todavia, como nossas receitas são registradas contabilmente
apenas quando efetivamente ocorre à entrega final dos produtos, efetuamos provisão
para eliminar o montante de receitas relativas aos produtos despachados e não
recebidos pelos Consultores (as) Natura na data de cada fechamento das
demonstrações financeiras.
A receita decorrente de incentivos fiscais, recebida sob a forma de ativo monetário, é
reconhecida no resultado do exercício quando recebida em contraposição de custos e
investimentos incorridos pela Sociedade na localidade onde o incentivo fiscal é
concedido. Não há condições estabelecidas a serem cumpridas pela Sociedade que
pudessem afetar o reconhecimento da receita decorrente de incentivos fiscais.
A parcela dos incentivos fiscais reconhecida no resultado é destinada para a
constituição da reserva de incentivos fiscais no grupo “Reservas de lucros” no
patrimônio líquido e não é utilizado na base da distribuição de dividendos.
2.27. Combinação de negócios
Combinações de negócios são contabilizadas utilizando o método de aquisição. O custo
de uma aquisição é mensurado pela soma da contraprestação transferida, avaliada com
base no valor justo na data de aquisição, e o valor de qualquer participação de não
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Natura Cosméticos S.A.
controladores na adquirida. Para cada combinação de negócio, a adquirente deve
mensurar a participação de não controladores na adquirida pelo valor justo ou com
base na sua participação nos ativos líquidos identificados na adquirida. Custos
diretamente atribuíveis à aquisição devem ser contabilizados como despesa quando
incorridos.
Ao adquirir um negócio, a Sociedade avalia os ativos e passivos financeiros assumidos
com o objetivo de classificá-los e alocá-los de acordo com os termos contratuais, as
circunstâncias econômicas e as condições pertinentes na data de aquisição, o que inclui
a segregação, por parte da adquirida, de derivativos embutidos existentes em contratos
na adquirida.
Qualquer contraprestação contingente a ser transferida pela adquirente será
reconhecida a valor justo na data de aquisição. Alterações subsequentes no valor justo
da contraprestação contingente considerada como um ativo ou como um passivo
deverão ser reconhecidas de acordo com o CPC 38 na demonstração do resultado ou
em outros resultados abrangentes.
Quando houver excedente da contraprestação paga em relação aos ativos líquidos
adquiridos, este valor é registrado como ágio, caso contrário o valor é reconhecido
como ganho da demonstração do resultado. Após o reconhecimento inicial o ágio é
mensurado pelo custo, deduzido de quaisquer perdas acumuladas do valor recuperável.
2.28. Demonstração do valor adicionado
Esta demonstração tem por finalidade evidenciar a riqueza criada pela Sociedade e sua
distribuição durante determinado período e é apresentada pela Sociedade, conforme
requerido pela legislação societária brasileira, como parte de suas demonstrações
financeiras individuais e como informação suplementar às demonstrações financeiras
consolidadas, pois não é uma demonstração prevista nem obrigatória conforme as
IFRSs.
A demonstração do valor adicionado foi preparada com base em informações obtidas
dos registros contábeis que servem de base de preparação das demonstrações
financeiras e seguindo as disposições contidas no CPC 09 - Demonstração do Valor
Adicionado. Em sua primeira parte apresenta a riqueza criada pela Sociedade,
representada pelas receitas (receita bruta das vendas, incluindo os tributos incidentes
sobre ela, as outras receitas e os efeitos da provisão para créditos de liquidação
duvidosa), pelos insumos adquiridos de terceiros (custo das vendas e aquisições de
materiais, energia e serviços de terceiros, incluindo os tributos incluídos no momento
da aquisição, os efeitos das perdas e da recuperação de valores ativos e a depreciação e
amortização) e pelo valor adicionado recebido de terceiros (resultado de equivalência
patrimonial, receitas financeiras e outras receitas). A segunda parte da referida
demonstração apresenta a distribuição da riqueza entre pessoal, impostos, taxas e
contribuições, remuneração de capitais de terceiros e remuneração de capitais próprios.
2.29. Novas normas, alterações e interpretações de normas
a) Com adoção inicial a partir de 01 de janeiro de 2014.
28
Natura Cosméticos S.A.
• Entidades de Investimento (Revisões da IFRS 10, IFRS 12 e IAS 27): fornecem
uma exceção aos requisitos de consolidação para as entidades que cumprem com a
definição de entidade de investimento de acordo com a IFRS 10. Essa exceção
requer que as entidades de investimento registrem os investimentos em controladas
pelos seus valores justos no resultado. A Sociedade não identificou impactos em
suas demonstrações financeiras em decorrência destas revisões, uma vez que
nenhuma de suas entidades se qualifica como entidade de investimento.
• IAS 32 Compensação de Ativos e Passivos Financeiros – Revisão da IAS 32: Essas
revisões clarificam o significado de “atualmente tiver um direito legalmente
exequível de compensar os valores reconhecidos” e o critério que fariam com que
os mecanismos de liquidação não simultâneos das câmaras de compensação se
qualificassem para compensação. A Sociedade não identificou impactos em suas
demonstrações financeiras em decorrência destas revisões.
• IFRIC 21 Tributos: Clarifica quando uma entidade deve reconhecer um passivo
para um tributo quando o evento que gera o pagamento ocorre. Para um tributo que
requer que seu pagamento se origine em decorrência do atingimento de alguma
métrica, a interpretação indica que nenhum passivo deve ser reconhecido até que a
métrica seja atingida. A Sociedade não identificou impactos em suas demonstrações
financeiras em decorrência desta revisão.
• IAS 39 Renovação de Derivativos e Continuação de Contabilidade de Hedge –
Revisão da IAS 39: ameniza a descontinuidade da contabilidade de hedge quando a
renovação de um derivativo designado como hedge atinge certos critérios. A
Sociedade renovou alguns de seus derivativos durante o período da aplicação da
revisão e todas as novas designações atendem os critérios necessários para a
contabilidade de hedge.
b) Emitidas pelo IASB, mas que não estavam em vigor até a data de emissão destas
demonstrações financeiras e não adotadas antecipadamente pela Sociedade.
• IFRS 9 Instrumentos Financeiros: Em julho de 2014, o IASB emitiu a versão final
da IFRS 9 – Instrumentos Financeiros, que reflete todas as fases do projeto de
instrumentos financeiros e substitui a IAS 39 – Instrumentos Financeiros:
Reconhecimento e Mensuração e todas as versões anteriores da IFRS 9. A norma
introduz novas exigências sobre classificação e mensuração, perda por redução ao
valor recuperável e contabilização de hedge. A IFRS 9 está em vigência para
períodos anuais iniciados em 1º de janeiro de 2018 ou após essa data, não sendo
permitida a aplicação antecipada. É exigida aplicação retrospectiva, não sendo
obrigatória, no entanto, a apresentação de informações comparativas. A aplicação
antecipada de versões anteriores da IFRS 9 (2009, 2010 e 2013) é permitida se a
data de aplicação inicial for anterior a 1º de fevereiro de 2015. A adoção da IFRS 9
terá efeito sobre a classificação e mensuração dos ativos financeiros da Sociedade,
não causando, no entanto, nenhum impacto sobre a classificação e mensuração dos
passivos financeiros da Sociedade.
• IFRS 15 Receita de contrato com clientes: Estabelece um modelo de cinco etapas
que se aplicam a receita obtida a partir de um contrato com cliente,
29
Natura Cosméticos S.A.
independentemente do tipo de transação de receita ou da indústria. Aplica-se a
todos os contratos de receita e fornece um modelo para o reconhecimento e
mensuração de ganhos ou perdas com a venda de alguns ativos não financeiros que
não estão ligados as atividades ordinárias da entidade (por exemplo, as vendas de
imóveis, instalações e equipamentos ou intangíveis). Extensas divulgações são
também requeridas por esta norma. Este pronunciamento deverá ser aplicado para
períodos anuais com início em ou após 1º de janeiro de 2017, com aplicação
antecipada permitida.
Adicionalmente as seguintes novas normas, alterações e interpretações foram emitidas
pelo IASB, porém a Administração não espera impactos sobre as demonstrações
financeiras consolidadas da Sociedade quando de sua adoção inicial:
• IFRS 14 – Contas Regulatórias Diferidas - Aplicável para os períodos anuais
iniciados em 1º de janeiro de 2016 ou após essa data;
• Alterações na IAS 19 – Planos de Benefícios Definidos: Contribuições por parte do
Empregado - Aplicável para os períodos anuais iniciados em 1º de julho de 2014 ou
após essa data;
• Melhorias anuais – Ciclo 2010-2012 e Ciclo 2011-2013 - Aplicável para os
períodos anuais iniciados em 1º de julho de 2014 ou após essa data;
• Alterações à IFRS 11 Acordos Conjuntos: Contabilização de Aquisições de Partes
Societárias - Aplicável para os períodos anuais iniciados em 1º de janeiro de 2016 e
após essa data, não sendo permitida a adoção antecipada no Brasil;
• Alterações à IAS 16 e à IAS 38 – Esclarecimento de Métodos Aceitáveis de
Depreciação e Amortização - As alterações estão vigentes prospectivamente para
períodos anuais iniciados em 1o. de janeiro de 2016 ou após essa data;
• Alterações à IAS 16 e a IAS 41 – Agricultura: Plantas Frutíferas - As alterações
estão retrospectivamente em vigor para períodos anuais iniciados em 1º de janeiro
de 2016 ou após essa data;
• Alterações à IAS 27 – Método de Equivalência Patrimonial em Demonstrações
Financeiras Separadas - As alterações estão em vigor para períodos anuais iniciados
em 1º de janeiro de 2016 ou após essa data, sendo permitida a adoção antecipada,
que está em análise no Brasil.
A Sociedade pretende adotar tais normas quando elas entrarem em vigor divulgando e
reconhecendo os impactos nas demonstrações financeiras que possam ocorrer quando da
aplicação de tais adoções.
Considerando as atuais operações da Sociedade e de suas controladas, a Administração não
espera que estas alterações produzam efeitos relevantes sobre as demonstrações financeiras a
partir de sua adoção.
30
Natura Cosméticos S.A.
Não existem outras normas e interpretações emitidas e ainda não adotadas que possam, na
opinião da Administração, ter impacto significativo no resultado ou no patrimônio líquido
divulgado pela Sociedade.
3
ESTIMATIVAS E PREMISSAS CONTÁBEIS CRÍTICAS
A preparação das demonstrações financeiras requer o uso de certas estimativas contábeis
críticas e também o exercício de julgamento por parte da Administração da Sociedade no
processo de aplicação das políticas contábeis.
As estimativas e premissas contábeis são continuamente avaliadas e baseiam-se na
experiência histórica e em outros fatores, incluindo expectativas de eventos futuros
consideradas razoáveis para as circunstâncias. Tais estimativas e premissas podem diferir
dos resultados efetivos. Os efeitos decorrentes das revisões das estimativas contábeis são
reconhecidos no período da revisão.
As premissas e estimativas significativas para demonstrações financeiras estão relacionadas
a seguir:
a) Imposto de renda, contribuição social e outros impostos
A Sociedade reconhece ativos e passivos diferidos com base nas diferenças entre o valor
contábil apresentado nas demonstrações financeiras e a base tributária dos ativos e
passivos, utilizando as alíquotas em vigor. A Sociedade revisa regularmente os impostos
diferidos ativos em termos de possibilidade de recuperação, considerando-se o lucro
histórico gerado e o lucro tributável futuro projetado, de acordo com um estudo de
viabilidade técnica.
b) Provisões para riscos tributários, cíveis e trabalhistas
A Sociedade é parte em diversos processos judiciais e administrativos como descrito na
nota explicativa nº 18. Provisões são constituídas para os riscos tributários, cíveis e
trabalhistas referentes a processos judiciais que representam perdas prováveis e
estimadas com certo grau de segurança. A avaliação da probabilidade de perda inclui a
avaliação das evidências disponíveis, a hierarquia das leis, as jurisprudências disponíveis,
as decisões mais recentes nos tribunais e sua relevância no ordenamento jurídico, bem
como a avaliação dos assessores legais. A Administração acredita que essas provisões
para riscos tributários, cíveis e trabalhistas estão corretamente apresentadas nas
demonstrações financeiras.
c)
Plano de assistência médica de aposentados
O valor atual do plano de assistência médica depende de uma série de fatores que são
determinados com base em cálculos atuariais, que atualizam uma série de premissas,
como, por exemplo, taxa de desconto, entre outras, as quais estão divulgadas na nota
explicativa nº 19.b).
d) Plano de outorga de opções de compra de ações
31
Natura Cosméticos S.A.
O plano de outorga de opções de compra de ações é mensurado pelo valor justo na data
da outorga e a despesa é reconhecida no resultado durante o período no qual o direito é
adquirido em contrapartida à rubrica “Capital adicional integralizado” no patrimônio
líquido. Nas datas dos balanços, a Administração da Sociedade revisa as estimativas
quanto à quantidade de opções e reconhece, quando aplicável, no resultado do período
em contrapartida ao patrimônio líquido o efeito decorrente desta revisão. As premissas e
modelos utilizados para estimar o valor justo dos planos de outorga de opções de compra
de ações estão divulgados na nota explicativa nº 24.1.
e) Mensuração ao Valor Justo da Contraprestação Contingente
Contraprestação contingente, proveniente de uma combinação de negócios, é mensurada
ao valor justo na data de aquisição como parte da combinação de negócios. Se a
contraprestação contingente for classificada como um passivo financeiro, deve ser
subsequentemente remensurada ao valor justo na data do balanço. O valor justo é
baseado no fluxo de caixa descontado. As principais premissas consideram a
probabilidade de atingir cada objetivo e o fator de desconto.
f) Provisão para aquisição de participação de não controladores
Reflete o compromisso de aquisição da participação de não controladores proveniente de
combinação de negócios, mensurada ao valor justo na data de aquisição, sendo que
modificações subsequentes pela remensuração da obrigação deverão ser reconhecidas no
resultado do exercício.
4
GESTÃO DE RISCO FINANCEIRO
4.1
Considerações gerais e políticas
A administração dos riscos e a gestão dos instrumentos financeiros são realizadas por
meio de políticas, definição de estratégias e implementação de sistemas de controle,
definidos pelo Comitê de Tesouraria e aprovados pelo Conselho de Administração da
Sociedade. A aderência das posições de tesouraria em instrumentos financeiros,
incluindo os derivativos, em relação a essas políticas é apresentada e avaliada
mensalmente pelo Comitê de Tesouraria da Sociedade e posteriormente submetida à
apreciação dos Comitês de Auditoria e Executivo e do Conselho de Administração.
A gestão de riscos é realizada pela Tesouraria Central da Sociedade, que tem também a
função de aprovar todas as operações de aplicações e empréstimos realizadas pelas
controladas da Sociedade.
4.2. Fatores de risco financeiro
As atividades da Sociedade e de suas controladas as expõem a diversos riscos
financeiros: riscos de mercado (incluindo risco de moeda e de taxa de juros), de crédito
e de liquidez. O programa de gestão de risco global da Sociedade concentra-se na
imprevisibilidade dos mercados financeiros e busca minimizar potenciais efeitos
adversos no desempenho financeiro, utilizando instrumentos financeiros derivativos
32
Natura Cosméticos S.A.
para proteger certas exposições a risco.
a) Riscos de mercado
A Sociedade e as controladas estão expostas a riscos de mercado decorrentes das
atividades de seus negócios. Esses riscos de mercado envolvem principalmente a
possibilidade de flutuações na taxa de câmbio e mudanças nas taxas de juros.
i)
Risco cambial
A Sociedade e suas controladas estão expostas ao risco de câmbio resultante
de instrumentos financeiros em moedas diferentes de suas moedas funcionais.
Para a redução da referida exposição, foi implantada uma política para
proteger o risco cambial, que estabelece níveis de exposição vinculados a esse
risco (Política de Proteção Cambial).
Os procedimentos de tesouraria definidos pela política vigente incluem rotinas
mensais de projeção e avaliação da exposição cambial consolidada da
Sociedade e de suas controladas, sobre as quais se baseiam as decisões
tomadas pela Administração.
A Política de Proteção Cambial considera os valores em moeda estrangeira dos
saldos a receber e a pagar de compromissos já assumidos e registrados nas
demonstrações financeiras oriundos das operações da Sociedade e de suas
controladas, bem como fluxos de caixa futuros, com prazo médio de seis
meses, ainda não registrados no balanço patrimonial.
Em 31 de dezembro de 2014 e de 2013, a Sociedade e suas controladas estão
expostas basicamente ao risco de flutuação do dólar norte-americano. A
controlada na Argentina está exposta ao Real. Para proteger as exposições
cambiais com relação à moeda estrangeira, a Sociedade e suas controladas
contratam operações com instrumentos financeiros derivativos do tipo “swap”
e compra a termo de moeda denominada “Non Deliverable Forward - NDF”
(“forward”). Conforme a Política de Proteção Cambial os derivativos
contratados pela Sociedade ou por suas controladas deverão limitar a perda
referente à desvalorização cambial em relação ao lucro líquido projetado para
o exercício em curso, dada uma determinada estimativa de desvalorização
cambial em relação ao dólar norte-americano. Essa limitação define o teto ou a
exposição cambial máxima permitida à Sociedade e a suas controladas com
relação ao dólar norte-americano.
Em 31 de dezembro de 2014, o balanço patrimonial da controladora e
consolidado inclui contas denominadas em moeda estrangeira que, em
conjunto, representam um passivo de R$ 2.173.200 e R$ 2.309.889,
respectivamente (em 31 de dezembro de 2013, R$ 2.096.564 e R$ 2.106.255,
respectivamente). Essas contas constituídas por empréstimos e financiamentos,
na sua totalidade em 31 de dezembro de 2014 e de 2013, são protegidas com
derivativos do tipo “swap”.
33
Natura Cosméticos S.A.
Instrumentos derivativos para proteção do risco de câmbio
A Sociedade classifica os derivativos em “financeiros” e “operacionais”. Os
“financeiros” são derivativos do tipo “swap” ou “forwards” contratados para
proteger o risco cambial dos empréstimos e financiamentos denominados em
moeda estrangeira. Os “operacionais” são derivativos (geralmente “forwards”)
contratados para proteger o risco cambial dos fluxos de caixa operacionais do
negócio.
Em 31 de dezembro de 2014, os contratos em aberto de “swap” e “forward”
têm vencimentos entre janeiro de 2015 e janeiro de 2021, os quais foram
celebrados com contrapartes representadas pelos bancos Bank of America
(32%), HSBC (28%), Itaú (19%), Bradesco (7%), Citibank (5%) e Banco de
Tokyo (9%) e estão assim compostos.
Derivativos “financeiros” - controladora
Valor principal
(Notional)
2014
2013
Descrição
Valor da Curva
2014
2013
Valor justo
2014
2013
Ganho (perda) de
ajuste MTM
2014
2013
Contratos de “swap” (1):
Ponta ativa:
Posição comprada dólar
1.780.037 1.897.430
2.168.388
2.081.609 2.150.084
2.115.870
Ponta passiva:
Taxa CDI pós-fixada:
Posição vendida no CDI
1.780.037 1.897.430
1.819.985
1.920.810 1.833.707
1.952.138 (13.722) (31.328)
348.402
160.799
163.732
Total de Instrumentos
Financeiros Derivativos
líquido:
-
-
316.377
18.304 (34.261)
32.025
(2.933)
Derivativos “financeiros” - consolidado
Descrição
Valor principal
(Notional)
2014
2013
Valor da curva
2014
2013
Valor justo
2014
2013
Ganho (perda) de
ajuste MTM
2014
2013
Contratos de “swap” (1):
Ponta ativa:
Posição comprada dólar
1.893.774 1.907.095
2.298.040
2.292.853
2.276.543
2.127.095
Ponta passiva:
Taxa CDI pós-fixada:
Posição vendida no CDI
1.893.774 1.907.095
1.936.832
2.131.212
1.950.285
1.961.526 (13.453)
Total de Instrumentos
Financeiros Derivativos
líquido:
34
-
-
361.208
161.641
326.258
165.569
21.497 165.758
34.950
169.686
(3.928)
Natura Cosméticos S.A.
(1) As operações de “swap” financeiros consistem na troca da variação cambial
por uma correção relacionada a um percentual da variação do Certificado de
Depósito Interbancário - CDI pós-fixado.
Derivativos “operacionais” - consolidado
Valor principal
(Notional)
2014
2013
Descrição
Valor da curva
2014
2013
Ganho (perda)
de ajuste MTM
2014
2013
Valor justo
2014
2013
Contratos de “forward” (2):
Ponta ativa:
Posição comprada real
-
7.500
-
6.315
-
6.346
-
(31)
Ponta passiva:
Posição comprada real
-
7.500
-
7.500
-
7.500
-
-
-
-
-
(1.185)
-
(1.154)
-
(31)
Total de Instrumentos
Financeiros Derivativos
líquido:
(2) As operações de “forward” financeiros estabelecem uma paridade futura
entre a moeda nacional e a moeda estrangeira tomando-se como base a
paridade do momento da contratação corrigida por uma determinada taxa
de juros prefixada.
O valor principal representa os valores dos derivativos contratados. O valor
justo refere-se ao valor reconhecido no balanço dos derivativos contratados
ainda em aberto nas datas dos balanços.
Para os instrumentos financeiros derivativos mantidos pela Sociedade e por
suas controladas em 31 de dezembro de 2014 e de 2013, devido ao fato de os
contratos serem efetuados diretamente com instituições financeiras e não por
meio da BM&FBOVESPA, não há margens depositadas como garantia das
referidas operações.
Análise de sensibilidade
Para análise de sensibilidade dos instrumentos financeiros derivativos
“financeiros”, a Administração da Sociedade entende que há necessidade de
considerar os ativos e passivos, com exposição à flutuação das taxas de
câmbio, registrados no balanço patrimonial, conforme demonstrado no quadro
a seguir:
Controladora Consolidado
Empréstimos e financiamentos no Brasil em moeda
estrangeira (nota explicativa n°15)
Contas a receber registradas no Brasil em moeda
estrangeira
Contas a pagar registradas no Brasil em moeda
2.173.200
2.309.889
-
(7.576)
6.210
13.480
35
Natura Cosméticos S.A.
estrangeira
Provisão para aquisição de participação de não
controladores
Valor da curva dos derivativos “financeiros”
Exposição passiva líquida
145.465
145.465
(2.168.388)
156.487
(2.298.040)
163.218
A seguir estão demonstrados os ganhos (perdas) que teriam sido reconhecidos
no resultado do exercício findo em 31 de dezembro de 2014 de acordo com os
seguintes cenários:
Descrição
Exposição passiva líquida
Descrição
Exposição passiva líquida
Risco da
Sociedade
Alta do dólar
Controladora
Cenário Cenário Cenário
provável
II
III
(5.084) (39.122) (78.244)
Risco da
Sociedade
Alta do dólar
Consolidado
Cenário Cenário Cenário
provável
II
III
(5.303) (40.805) (81.609)
O cenário provável considera as taxas futuras do dólar norte-americano,
conforme cotações obtidas na BM&FBOVESPA nas datas previstas dos
vencimentos dos instrumentos financeiros com exposição ao câmbio que
variam de (R$ 2,66/US$1,00) a (R$ 3,98/US$1,00). Os cenários II e III
consideram uma alta do dólar norte-americano de 25% (R$ 3,32/US$1,00) e
de 50% (R$3,98/US$1,00), respectivamente. Os cenários provável, II e III
estão sendo apresentados em atendimento à Instrução CVM nº 475/08. A
Administração utiliza o cenário provável na avaliação das possíveis mudanças
na taxa de câmbio e apresenta o referido cenário em atendimento à IFRS 7 Instrumentos Financeiros: Divulgações.
A Sociedade e suas controladas não operam com instrumentos financeiros
derivativos com propósitos de especulação.
ii) Risco de taxa de juros
O risco de taxa de juros decorre de aplicações financeiras e de empréstimos. Os
instrumentos financeiros emitidos a taxas variáveis expõem a Sociedade e suas
controladas ao risco de fluxos de caixa associado à taxa de juros. Os
instrumentos financeiros emitidos às taxas prefixadas expõem a Sociedade e
suas controladas ao risco de valor justo associado à taxa de juros.
O risco de fluxos de caixa associado à taxa de juros da Sociedade decorre de
aplicações financeiras e empréstimos e financiamentos de curto e longo prazos
emitidos a taxas pós-fixadas. A Administração da Sociedade, por
conservadorismo, mantém na sua maioria os indexadores de suas exposições a
taxas de juros ativas e passivas atrelados a taxas pós-fixadas. As aplicações
financeiras são corrigidas pelo CDI e os empréstimos e financiamentos são
36
Natura Cosméticos S.A.
corrigidos pela Taxa de Juros de Longo Prazo - TJLP, CDI e taxas prefixadas,
conforme contratos firmados com as instituições financeiras e por meio de
negociações de valores mobiliários com investidores desse mercado.
A Administração da Sociedade entende como baixo o risco de grandes variações
no CDI e na TJLP, levando em conta a política monetária vigente conduzida
pelo Governo Federal. Dessa forma, não tem contratado derivativos para
proteger esse risco.
A Sociedade e suas controladas contratam derivativos do tipo “swap”, com o
objetivo de mitigar os riscos das operações de empréstimos e financiamentos
contratadas com indexador distinto do CDI e da TJLP, exceção feita aos
empréstimos e financiamentos contratados a taxas prefixadas em níveis abaixo
da TJLP vigente.
Em 31 de dezembro de 2014, o balanço patrimonial consolidado inclui
financiamentos emitidos a taxas prefixadas superiores a TJLP que, representam
um passivo de R$ 185.450 (em 31 de dezembro de 2013, representava um
passivo de R$ 206.131). Tais financiamentos apresentados em 31 de dezembro
de 2014 estão protegidos com derivativos do tipo “swap”.
Instrumentos derivativos para proteção do risco de taxa de juros
Em 31 de dezembro de 2014, os contratos em aberto de “swap” têm
vencimentos entre fevereiro de 2016 e agosto de 2017, foram celebrados com
contrapartes representadas pelos bancos Itaú (70%), HSBC (27%) e Santander
(3%) e estão assim compostos.
Derivativos “swap” - consolidado
Valor principal
2014
2013
Descrição
Valor da curva
2014
2013
Valor justo
2014
2013
Ganho (perda)
de ajuste MTM
2014
2013
Contratos de “swap” (3):
Ponta ativa:
Posição comprada
Taxa pré-fixada
182.500
202.500
185.536
206.244
176.904
195.107
8.632
11.137
Ponta passiva:
Taxa CDI pós-fixada:
Posição vendida no
CDI
182.500
202.500
186.613
206.672
186.139
205.888
474
784
-
-
(1.077)
(428)
(9.235)
(10.781)
8.158
10.353
Total de Instrumentos
Derivativos líquido:
(3) As operações de “swap” financeiros consistem na troca de uma taxa de juros
pré-fixada por uma correção relacionada a um percentual da variação do
Certificado de Depósito Interbancário - CDI pós-fixado.
37
Natura Cosméticos S.A.
Análise de sensibilidade
Conforme mencionado anteriormente no item “Risco cambial” e no item
“Risco de Taxa de Juros”, em 31 de dezembro de 2014 há contratos de
empréstimos e financiamentos denominados em moeda estrangeira e emitidos
a taxas prefixadas que possuem contratos de “swap” atrelados, trocando a
indexação do passivo para a variação do CDI. Dessa forma, o risco da
Sociedade passa a ser a exposição à variação do CDI. A seguir está
apresentada a exposição a risco de juros das operações vinculadas à variação
do CDI, incluindo as operações com derivativos:
Controladora
Total dos empréstimos e financiamentos - em moeda
local (nota explicativa nº 15)
Operações em moeda estrangeira com derivativos
atrelados ao CDI
Aplicações financeiras (nota explicativa nº 5 e 6)
Exposição passiva líquida
Consolidado
(955.236)
(1.671.321)
(2.173.200)
(2.309.890)
1.259.141
(1.869.295)
1.542.041
(2.439.170)
A análise de sensibilidade considera a exposição dos empréstimos e
financiamentos atrelados ao CDI e à TJLP, líquidos das aplicações financeiras,
também indexadas ao CDI (nota explicativa nº 5 e 6).
As tabelas seguintes demonstram a projeção de ganho (perda) incremental que
será reconhecida (o) no resultado do exercício subsequente, supondo estática a
exposição passiva líquida atual e os seguintes cenários:
Descrição
Passivo líquido
Risco da
Sociedade
Alta da taxa
Controladora
Cenário
Cenário
Cenário
provável
II
III
(12.337)
(54.069) (108.139)
Descrição
Passivo líquido
Risco da
Sociedade
Alta da taxa
Consolidado
Cenário
Cenário
Cenário
provável
II
III
(16.099)
(70.553) (141.106)
O cenário provável considera as taxas futuras de juros conforme cotações
obtidas na BM&FBOVESPA nas datas previstas dos vencimentos dos
instrumentos financeiros com exposição às taxas de juros. Os cenários II e III
consideram uma alta das taxas de juros em 25% (14,5% ao ano) e 50% (17,4%
ao ano), respectivamente, sobre uma taxa de CDI de 11,6% ao ano.
Instrumentos derivativos designados para contabilização de proteção (hedge
accounting)
A Sociedade efetuou a designação formal de suas operações sujeitas à
contabilização de proteção (hedge accounting) para os instrumentos
38
Natura Cosméticos S.A.
financeiros derivativos para proteção de empréstimos denominados em moeda
estrangeira, documentando:
•
•
•
•
•
•
•
•
O relacionamento do hedge;
O objetivo e estratégia de gerenciamento de risco da Sociedade em
contratar a operação de hedge;
A identificação do instrumento financeiro;
O objeto ou transação de cobertura;
A natureza do risco a ser coberto;
A descrição da relação de cobertura;
A demonstração da correlação entre o hedge e o objeto de cobertura,
quando aplicável; e
A demonstração prospectiva da efetividade do hedge.
As posições dos instrumentos financeiros derivativos designados como hedge
de fluxo de caixa em aberto em 31 de dezembro de 2014 estão demonstradas a
seguir:
Instrumento Designados como Hedge de fluxo de caixa – controladora
Swap de moeda - US$/R$
Objeto de
Proteção
Moeda de
referência
(Notional)
Valor de
referência
(Notional)
Valor
da
Curva
Moeda
BRL
364.147
27.953
Perda de
ajuste
MTM em
Valor
outros
justo
resultados
2014 (1) abrangentes
18.145
9.808
Instrumento Designados como Hedge de fluxo de caixa – consolidado
Swap de moeda - US$/R$
Objeto de
Proteção
Moeda de
referência
(Notional)
Moeda
BRL
Valor de
referência
(Notional)
464.723
Valor
da
Curva
36.772
Perda de
ajuste
MTM em
Valor
outros
resultados
justo
2014 (1) abrangentes
24.830
11.942
(1) O método de apuração do valor de mercado utilizado pela Sociedade consiste em
calcular o valor futuro com base nas condições contratadas e determinar o valor
presente com base em curvas de mercado, extraídas da BM&F.
Em 31 de dezembro de 2013 a Sociedade não possuía operações designadas
como hedge accounting.
39
Natura Cosméticos S.A.
A Sociedade designa como hedge de fluxo de caixa instrumentos financeiros
derivativos utilizados para compensar variações decorrentes de exposição de
câmbio, no valor de mercado de dívidas contratadas, diferente da moeda
funcional.
Em 31 de dezembro de 2014, os instrumentos designados como hedge de fluxo
de caixa totalizavam USD 193.333 (cento e noventa e três milhões e trezentos e
trinta e três mil dólares americanos) de valor “notional” R$ 464.723. Foi
reconhecido em outros resultados abrangentes no exercício findo em 31 de
dezembro de 2014, uma perda de R$ 11.942 (R$ 7.882 líquido dos efeitos
tributários), o qual refere-se em sua totalidade como efetivo.
b) Risco de crédito
O risco de crédito refere-se ao risco de uma contraparte não cumprir com suas
obrigações contratuais, levando a Sociedade a incorrer em perdas financeiras. As
vendas da Sociedade e de suas controladas são efetuadas para um grande número
de Consultores(as) Natura e esse risco é administrado por meio de um rigoroso
processo de concessão de crédito. O resultado dessa gestão está refletido na rubrica
“Provisão para créditos de liquidação duvidosa”, conforme demonstrado na nota
explicativa nº 7.
A Sociedade e suas controladas estão sujeitas também a riscos de crédito
relacionados aos instrumentos financeiros contratados na gestão de seus negócios,
principalmente, representados por caixa e equivalentes de caixa, aplicações
financeiras e instrumentos financeiros derivativos.
A Sociedade considera baixo o risco de crédito das operações que mantém em
instituições financeiras com as quais opera, que são consideradas pelo mercado
como de primeira linha.
A Política de Aplicações Financeiras estabelecida pela Administração da Sociedade
elege as instituições financeiras com as quais os contratos podem ser celebrados,
além de definir limites quanto aos percentuais de alocação de recursos e valores
absolutos a serem aplicados em cada uma delas.
c) Risco de liquidez
A gestão prudente do risco de liquidez implica manter caixa, títulos e valores
mobiliários suficientes, disponibilidades de captação por meio de linhas de crédito
compromissadas e capacidade de liquidar posições de mercado.
A Administração monitora o nível de liquidez consolidado da Sociedade
considerando o fluxo de caixa esperado em contrapartida às linhas de crédito não
utilizadas. O valor contábil consolidado dos passivos financeiros, mensurados pelo
método do custo amortizado, e seus correspondentes vencimentos são
demonstrados a seguir:
40
Natura Cosméticos S.A.
Controladora em
31 de dezembro de 2014
Menos
de um
ano
Entre um
e dois
anos
Entre
dois e
cinco
anos
Mais de
cinco
anos
Total
Valor
Ajuste a valor Contábil
presente/MTM
2014
Circulante:
Empréstimos e financiamentos 1.403.770
542.070
Fornecedores
348.402
Derivativos
Não circulante:
Empréstimos e financiamentos
Consolidado em
31 de dezembro de 2014
-
-
- 1.403.770
- 542.070
- 348.402
(109.529) 1.294.241
- 542.070
(32.025) 316.377
- 1.012.563
980.670
326.748 2.319.981
(485.786) 1.834.195
Entre
dois e
cinco
anos
Mais de
cinco
anos
Entre um
e dois
anos
Menos
de um
ano
Circulante:
Empréstimos e financiamentos 1.623.366
599.621
Fornecedores
360.131
Derivativos
Não circulante:
Empréstimos e financiamentos
Total
Valor
Ajuste a valor Contábil
2014
presente/MTM
-
-
- 1.623.366
- 599.621
- 360.131
(156.767) 1.466.599
- 599.621
(43.108) 317.023
- 1.375.383
1.286.220
484.944 3.146.547
(631.936) 2.514.611
4.3. Gestão de capital
Os objetivos da Sociedade ao administrar seu capital são os de salvaguardar a
capacidade de continuidade da Sociedade para oferecer retorno aos acionistas e
benefícios a outras partes interessadas, além de manter uma estrutura de capital ideal
para reduzir esse custo.
A Sociedade monitora o capital com base nos índices de alavancagem financeira. Esse
índice corresponde à dívida líquida dividida pelo patrimônio líquido. A dívida líquida,
por sua vez, corresponde ao total de empréstimos e financiamentos (incluindo
empréstimos e financiamentos de curto e longo prazos, conforme demonstrado no
balanço patrimonial consolidado) subtraído do montante de caixa e equivalentes de
caixa. A dívida líquida a seguir demonstrada considera os ajustes dos derivativos
contratados para mitigar o risco cambial.
Os índices de alavancagem financeira consolidados em 31 de dezembro de 2014 e de
2013 estão demonstrados a seguir:
41
Natura Cosméticos S.A.
Empréstimos e financiamentos de curto e longo prazos
Instrumentos Financeiros derivativos
Caixa e equivalentes de caixa e Títulos e valores mobiliários
Dívida líquida
Patrimônio líquido
Índice de alavancagem financeira
Controladora
2014
2013
Consolidado
2013
2014
3.128.436 2.405.192
(316.377) (163.732)
(1.311.844) (1.026.737)
1.500.215 1.214.723
1.123.700 1.145.637
133,51% 106,03%
3.981.210
2.893.906
(317.023)
(153.634)
(1.695.986) (1.309.308)
1.968.201 1.430.964
1.148.679 1.168.250
171,34% 122,49%
Os empréstimos e financiamentos de curto e longo prazo estão refletidos com os
valores de subvenção governamental, em 31 de dezembro de 2014, em R$ 16.715 na
controladora e R$ 82.617 no consolidado e, em 31 de dezembro de 2013, foram
reclassificados os saldos de R$ 15.495 na controladora e R$ 59.341 no consolidado,
para melhor adequação aos requerimentos do CPC 07 Subvenção e Assistências
Governamentais e a IAS 20.
4.4. Estimativa de valores justos
Os instrumentos financeiros são mensurados ao valor justo nas datas dos balanços
conforme determinado pelo CPC 40 - Instrumentos Financeiros: Evidenciação e de
acordo com a seguinte hierarquia:
• Nível 1: Avaliação com base em preços cotados (não ajustados) em mercados ativos
para ativos e passivos idênticos nas datas dos balanços. Um mercado é visto como
ativo se os preços cotados estiverem pronta e regularmente disponíveis a partir de
uma Bolsa de Mercadorias e Valores, um corretor, grupo de indústrias, serviço de
precificação ou agência reguladora e aqueles preços representam transações de
mercado reais, as quais ocorrem regularmente em bases puramente comerciais.
• Nível 2: Utilizado para instrumentos financeiros que não são negociados em
mercados ativos (por exemplo, derivativos de balcão), cuja avaliação é baseada em
técnicas que, além dos preços cotados incluídos no Nível 1, utilizam outras
informações adotadas pelo mercado para o ativo ou passivo direta (ou seja, como
preços) ou indiretamente (ou seja, derivados dos preços).
• Nível 3: Avaliação determinada em virtude de informações, para os ativos ou
passivos, que não são baseadas nos dados adotados pelo mercado (ou seja,
informações não observáveis).
Em 31 de dezembro de 2014 e de 2013, a mensuração da totalidade dos derivativos da
Sociedade e de suas controladas corresponde às características do Nível 2. O valor
justo dos derivativos de câmbio (“swap” e “forwards”) é determinado com base nas
taxas de câmbio futuras nas datas dos balanços, com o valor resultante descontado ao
valor presente.
Valores justos de instrumentos financeiros avaliados ao custo amortizado
Aplicações financeiras
Os valores contábeis das aplicações financeiras aproximam-se dos seus valores justos
em virtude de as operações serem efetuadas a juros pós-fixados e apresentarem
42
Natura Cosméticos S.A.
possibilidade de resgate imediato.
Empréstimos, financiamentos e debêntures
Os valores contábeis dos empréstimos, financiamentos e debêntures aproximam-se dos
seus valores justos, pois estão atrelados a uma taxa de juros pós-fixada, no caso, a
variação do CDI. Os valores contábeis dos financiamentos atrelados à TJLP
aproximam-se dos seus valores justos em virtude de a TJLP ter correlação com o CDI
e ser uma taxa pós-fixada.
Os valores justos dos empréstimos e financiamentos contratados com juros prefixados
correspondem a valores próximos aos saldos contábeis divulgados na nota explicativa
nº 15.
Contas a receber e fornecedores
Estima-se que os valores contábeis das contas a receber de clientes e das contas a
pagar aos fornecedores estejam próximos de seus valores justos de mercado, em
virtude do curto prazo das operações realizadas.
As Sociedades não mantêm nenhuma garantia para os títulos em atraso.
Provisão para aquisição de participação de não controladores
O valor da estimativa do compromisso de aquisição da participação de não
controladores, mensurada ao valor justo na data da aquisição, é remensurado e suas
modificações subsequentes são reconhecidas no resultado do exercício.
5.
CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA
Controladora
Caixa e bancos
Certificado de Depósitos Bancários (a)
Compromissadas (b)
Consolidado
2014
2013
2014
2013
52.703
945
53.648
85.410
787
86.197
153.945
209.754
800.475
1.164.174
240.390
332.504
430.061
1.002.955
(a) As aplicações em Certificado de Depósitos Bancários são remuneradas por taxas que
variam entre 87,4% a 112,5% do CDI.
(b) As operações compromissadas são títulos emitidos pelos bancos com o compromisso de
recompra do título por parte do banco, e de revenda pelo cliente, com taxas definidas, e
prazos predeterminados, lastreados por títulos privados ou públicos dependendo da
disponibilidade do banco e são registradas na CETIP.
43
Natura Cosméticos S.A.
6.
TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS
Controladora
2014
2013
Fundos de investimentos exclusivos
Fundos de investimentos mútuo
Certificado de Depósitos Bancários (a)
Letras financeiras
Títulos do Governo
1.235.345
22.851
1.258.196
Consolidado
2014
2013
927.202
13.338
940.540
42.447
22.851
143.556
322.958
531.812
25.254
13.338
141.514
126.247
306.353
(a) Aplicações em Certificado de Depósitos Bancários remuneradas por taxa de 98,50% do CDI e referente a
valores de vendas da linha Crer para Ver que serão repassados ao Instituto Natura.
A Sociedade concentra a maior parte de suas aplicações em um fundo de investimentos
exclusivos. Em 31 de dezembro de 2014 e de 2013 as empresas Natura Cosméticos S.A.,
Natura Inovação e Tecnologia de Produtos Ltda, Natura Logística e Serviços Ltda, e
Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda possuem participação em cotas do Fundo
de Investimento Essencial, sendo que o valor contabilizado está avaliado ao valor justo por
meio de resultado.
Os valores das cotas detidas pela Sociedade são apresentados na rubrica “Fundos de
Investimentos exclusivos”. As aplicações financeiras em Fundos de Investimentos nos quais
o grupo possui participação exclusiva (100% das cotas) foram consolidadas, sendo que os
valores de sua carteira foram segregados por tipo de aplicação e classificados como
equivalente de caixa ou títulos e valores mobiliários, tomando-se como base as práticas
contábeis adotadas pela Sociedade.
As características do fundo exclusivo são como segue:
O Fundo de Investimento Essencial é um fundo de renda fixa de crédito privado sob gestão,
administração e custódia do Itaú Unibanco. Os ativos elegíveis na composição da carteira
são: títulos da dívida pública, CDBs, Letras Financeiras e operações compromissadas. Não
há prazo de carência para resgate de quotas, que podem ser resgatadas com rendimento a
qualquer momento.
A composição dos títulos que compõem a carteira do fundo Essencial em 31 de dezembro de
2014, é como segue:
Essencial
Certificado de depósitos a prazo
Operações compromissadas
Letras financeiras
Títulos públicos (LFT)
44
205.309
800.475
143.556
322.958
1.472.298
Natura Cosméticos S.A.
7.
CONTAS A RECEBER DE CLIENTES
Controladora
2014
2013
Contas a receber de clientes
Provisão para créditos de liquidação duvidosa
778.941
(88.384)
690.557
Consolidado
2014
2013
748.526
964.757
(79.623) (117.270)
668.903
847.487
906.918
(99.917)
807.001
A seguir estão demonstrados os saldos de contas a receber de clientes por idade de
vencimento:
Controladora
2014
A vencer
Vencidos:
Até 30 dias
De 31 a 60 dias
De 61 a 90 dias
De 91 a 180 dias
Provisão para créditos de liquidação duvidosa
2013
Consolidado
2014
2013
628.994
599.649
761.930
696.840
53.710
24.081
20.273
51.883
(88.384)
690.557
66.117
22.726
16.526
43.508
(79.623)
668.903
80.220
28.759
23.884
69.964
(117.270)
847.487
100.037
27.654
20.585
61.802
(99.917)
807.001
O saldo da rubrica “Contas a receber de clientes” no consolidado está predominantemente
denominado em reais, com aproximadamente 83% do saldo em aberto em 31 de dezembro
de 2014 e de 2013, sendo o saldo remanescente denominado em moedas diversas e formado
pelas vendas das controladas do exterior.
A movimentação da provisão para créditos de liquidação duvidosa para o exercício findo em
31 de dezembro de 2014 e de 2013 está assim representada:
2013
(79.623)
2012
(58.947)
Controladora
Adições (a) Baixas (b)
(164.892)
156.131
Controladora
Adições (a) Baixas (b)
(114.317)
93.641
2014
2013
(88.384)
(99.917)
2013
2012
(79.623)
(72.931)
Consolidado
Adições (a) Baixas (b)
(165.345)
2014
147.992
(117.270)
Consolidado
Adições (a) Baixas (b)
(135.655)
2013
108.669
(99.917)
(a) Provisão constituída conforme a nota explicativa nº 2.7.
(b) Compostas por títulos vencidos há mais de 180 dias, baixados em virtude do não
recebimento.
A despesa com a constituição da provisão para créditos de liquidação duvidosa foi registrada
na rubrica “Despesas com vendas” na demonstração do resultado. Quando não existe
expectativa de recuperação de numerário adicional, os valores creditados na rubrica
45
Natura Cosméticos S.A.
“Provisão para créditos de liquidação duvidosa” são em geral revertidos contra a baixa
definitiva do título.
A exposição máxima ao risco de crédito na data das demonstrações financeiras é o valor
contábil de cada faixa de idade de vencimento líquida da provisão para créditos de
liquidação duvidosa, conforme demonstrado no quadro de saldos a receber por idade de
vencimento. A Sociedade e suas controladas não mantêm nenhuma garantia para os títulos
em atraso.
8.
ESTOQUES
Controladora
Produtos acabados
Matérias-primas e materiais de embalagem
Materiais promocionais
Produtos em elaboração
Provisão para perdas
Consolidado
2014
2013
2014
2013
192.666
27.351
(17.872)
202.145
164.835
16.739
(19.284)
162.290
729.449
145.394
77.332
23.768
(85.966)
889.977
627.433
189.742
62.883
18.576
(99.113)
799.521
A movimentação da provisão para perdas na realização dos estoques para o exercício findo
em 31 de dezembro de 2014 e de 2013 está assim representada:
2013
(19.284)
2012
(18.820)
Controladora
Adições (a) Baixas (b)
(7.939)
9.351
Controladora
Adições (a) Baixas (b)
(22.254)
21.790
2014
2013
(17.872)
(99.113)
2013
2012
(19.284)
(71.557)
Consolidado
Adições (a) Baixas (b)
(85.295)
98.442
Consolidado
Adições (a) Baixas (b)
(111.164)
83.608
2014
(85.966)
2013
(99.113)
(a) Referem-se à constituição de provisão para perdas por descontinuidade, validade e
qualidade, para cobrir as perdas esperadas na realização dos estoques, de acordo com a
política estabelecida pela Sociedade.
(b) Compostas pelas baixas de produtos descartados pela Sociedade e por suas controladas.
46
Natura Cosméticos S.A.
9.
IMPOSTOS A RECUPERAR
Controladora
2014
2013
ICMS a compensar sobre aquisição de insumos
ICMS a compensar sobre incentivo fiscal - Patrocínio
Impostos a compensar - controladas no exterior
ICMS a compensar sobre aquisição de ativo imobilizado
PIS e COFINS a compensar sobre aquisição de ativo
imobilizado
PIS e COFINS a compensar sobre aquisição de insumos
PIS e COFINS oriundo de ganho de processo judicial (a)
IRPJ e CSLL a compensar (b)
PIS, COFINS e CSLL - retidos na fonte
Outros
Provisão para deságio na alienação de créditos de ICMS
Circulante
Não circulante
Consolidado
2014
2013
171
351
4.811
4.395
6.353
243.679
351
34.212
31.401
218.058
4.395
38.187
27.497
16.664
18.943
23.653
20.166
48.793
21.269
1.558
93.617
17.678
1.004
87
48.460
48.583
7.881
27.727
2.902
2.646
423.035
24.027
7.881
3.442
1.596
11.510
(593)
356.166
73.733
19.884
23.800
24.660
240.329
182.706
181.104
175.062
(a) O montante demonstrado refere-se ao reconhecimento de crédito tributário de Programa
de Integração Social - PIS e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social COFINS oriundos do processo judicial que questiona a inconstitucionalidade e
ilegalidade da majoração da base de cálculo das contribuições citadas, instituídas pela
Lei nº 9.718/98. A Sociedade obteve autorização da Receita Federal do Brasil para
compensação dos créditos da controladora após o trânsito e julgado da causa em 2012,
todavia, os montantes referentes às suas subsidiárias se manterão até que a autorização
da mesma natureza seja obtida.
(b) Refere-se substancialmente ao imposto pago nas operações do exterior (Austrália e
México), bem como imposto de renda retido na fonte sobre aplicações financeiras.
10.
IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL
a) Diferidos
Os valores de Imposto de Renda Pessoa Jurídica - IRPJ e Contribuição Social sobre o Lucro
Líquido - CSLL diferidos são provenientes de diferenças temporárias na controladora e nas
controladas. Para determinadas controladas foi também reconhecido saldo de impostos
diferidos sobre prejuízos fiscais e base negativa. Esses créditos são mantidos no ativo não
circulante. Os valores são demonstrados a seguir:
Controladora
Prejuízos fiscais e base negativa de CSLL
Provisão para perdas com crédito de liquidação duvidosa
Provisão para perdas nos estoques (nota explicativa nº 8)
Provisões para riscos tributários, cíveis e trabalhistas
(nota explicativa nº 18)
Consolidado
2014
2013
2014
2013
2.434
-
12.521
10.430
30.524
27.072
37.090
33.160
6.077
6.556
22.013
28.512
18.502
17.164
25.068
39.699
47
Natura Cosméticos S.A.
Controladora
Não inclusão do ICMS na base de cálculo do PIS e da COFINS
(nota explicativa nº 17.a)
Ganhos decorrentes das mudanças no valor justo dos instrumentos
derivativos (nota explicativa nº 4.2)
Provisão de ICMS - ST (nota explicativa nº 17)
Provisões para perdas na realização de adiantamentos a fornecedores
Provisões para obrigações contratuais
Provisão para deságio na cessão de créditos de ICMS
Provisões para repartição de benefícios e parcerias a pagar
Diferenças temporárias das operações internacionais
Provisões para participação nos resultados
Ajuste de taxa de depreciação - vida útil (Regime Tributário de
Transição - RTT)
Provisão juros liminar (Juros CN’s e juros amortização ágio)
Provisão para Crédito de Carbono
Efeitos sobre lucro não eliminado nos estoques
Provisão para perdas em imobilizado e intangível (nota explicativa
n°14)
INSS com Exigibilidade Suspensa
Outras diferenças temporárias
Consolidado
2014
2013
2014
2013
732
689
72.409
60.116
(107.568)
(55.669)
(107.788)
(52.628)
17.998
20.195
17.998
20.195
2.575
1.982
3.451
2.703
4.219
-
5.459
-
7.131
-
8.069
202
9.809
8.133
9.809
8.133
13.160
10.598
10.209
27.083
5.394
15.666
(15.339)
(287)
(39.826)
(13.653)
10.965
6.315
10.965
6.315
1.463
1.486
1.463
1.486
-
-
19.792
11.243
4.257
2.718
6.338
4.028
840
779
4.155
3.139
5.574
2.848
7.882
1.558
6.222
56.038
147.763
193.767
A Administração, com base em suas projeções de lucros tributáveis futuros, estima que
os créditos tributários registrados serão integralmente realizados em até cinco exercícios.
A expectativa da Administração para realização dos créditos tributários está apresentada
a seguir:
Controladora
2015
2016
2017
2018 em diante
903
904
923
3.492
6.222
Consolidado
49.461
20.541
52.819
24.942
147.763
As controladas com operações no exterior citadas abaixo não apresentam créditos
tributários registrados em suas demonstrações financeiras sobre prejuízos fiscais e
diferenças temporárias devido à ausência de histórico de lucros tributáveis e projeções de
lucros tributáveis para os próximos exercícios.
Em 31 de dezembro de 2014, os valores dos prejuízos fiscais nas controladas, são
demonstrados conforme segue:
48
Natura Cosméticos S.A.
Prejuízos fiscais
México
Colômbia
Austrália (Substancialmente por operações nos EUA e Japão)
França
253.691
103.235
10.216
205.412
Exceto pela controlada no México, os créditos tributários sobre os prejuízos fiscais
gerados pelas demais controladas não possuem prazo para serem compensados. Para esta
controlada, os prejuízos fiscais possuem os seguintes prazos para compensação:
México
2015
2016
2017 até 2022
26.779
15.213
211.699
253.691
b) Reconciliação do imposto de renda e da contribuição social
Controladora
2014
Lucro antes do imposto de renda e da
contribuição social
Imposto de renda e contribuição social à alíquota
de 34%
Benefício dos gastos com pesquisa e inovação tecnológica
- Lei nº 11.196/05 (a)
Incentivos fiscais
Equivalência patrimonial (nota explicativa nº 13)
Impacto fiscal gerado por controladas no exterior
Consolidado
2013
2014
2013
991.515
1.173.488
1.096.394
1.257.746
(337.115)
(398.986)
(372.774)
(427.634)
25.274
20.451
25.274
20.451
4.851
28.778
-
8.218
33.842
-
6.450
28.768
9.932
7.862
Regime Tributário de Transição - RTT (Medida
Provisória nº 449/08) - ajustes da Lei nº 11.638/07
Outras diferenças permanentes
Benefício fiscal de juros sobre o capital próprio
(1.244)
(2.521)
(2.015)
(4.276)
3.686
17.073
(8.667)
16.783
(56.904)
17.073
(33.058)
16.783
Despesa com imposto de renda e contribuição social
(258.697)
(330.880)
(355.172)
(409.940)
Imposto de renda e contribuição social - correntes
Imposto de renda e contribuição social - diferido
(205.547)
(53.150)
(306.286)
(24.594)
(305.108)
(50.064)
(408.122)
(1.818)
26,1
28,2
32,4
32,6
Taxa efetiva - %
(a) Refere-se ao benefício fiscal instituído pela Lei nº 11.196/05, que permite a dedução
diretamente na apuração do lucro real e da base de cálculo da contribuição social do
valor correspondente a 60% do total dos gastos com pesquisa e inovação tecnológica,
observadas as regras estabelecidas na referida Lei.
A movimentação do imposto de renda e da contribuição social diferido para os exercícios
findos em 31 de dezembro de 2014 e de 2013 estão assim representadas:
49
Natura Cosméticos S.A.
Controladora
(Débito)/Crédito
(Débito)/Crédito
outros resultados
no resultado
abrangentes
2013
56.038
(53.150)
2014
3.334
6.222
Controladora
(Débito)/Crédito
Débito)/Crédito
outros resultados
no resultado
abrangentes
2012
80.632
(24.594)
-
Consolidado
(Débito)/Crédito (Débito)/Crédito
outros
resultados
no resultado
abrangentes
2013
193.767
(50.064)
4.060
Consolidado
(Débito)/Crédito
(Débito)/Crédito
outros resultados
no resultado
abrangentes
2013
2012
56.038
195.585
(1.818)
-
11. DEPÓSITOS JUDICIAIS
Representam ativos restritos da Sociedade e de suas controladas e estão relacionados a
quantias depositadas e mantidas em juízo até a solução dos litígios a que estão
relacionadas.
Os depósitos judiciais mantidos pela Sociedade e por suas controladas em 31 de
dezembro de 2014 e de 2013 estão assim representados:
Controladora
ICMS - ST sem provisão (nota explicativa nº 18.(b) passivos
contingentes)
ICMS - ST exigibilidade suspensa com provisão (nota explicativa
nº 17.(b)
Outras obrigações tributárias provisionadas (i)
2014
2013
2014
2013
94.284
105.996
97.821
105.996
52.052
134.941
52.052
134.941
11.272
6.469
46.940
80.706
Outras obrigações tributárias com exigibilidade suspensa sem provisão
nº 17 (d)
Processos tributários sem provisão
14.099
11.704
14.182
11.704
26.650
43.479
28.442
54.322
Processos tributários provisionados (nota explicativa nº 18)
9.025
7.356
9.610
7.949
Processos cíveis sem provisão
1.180
32
1.555
126
Processos cíveis provisionados (nota explicativa nº 18)
2.602
2.078
2.928
2.190
Processos trabalhistas sem provisão
4.293
4.750
5.699
7.456
Processos trabalhistas provisionados (nota explicativa nº 18)
2.674
4.709
4.095
7.014
218.131
321.514
263.324
412.404
Total de depósito judicial
(i)
50
Consolidado
Os processos relacionados a estes depósitos judiciais referem-se basicamente a
somatória dos valores destacados na nota explicativa 17, item (a), (d),“Correção
da UFIR” sobre tributos federais e “INSS – Exigibilidade Suspensa”.
2014
147.763
2013
193.767
Natura Cosméticos S.A.
12. OUTROS ATIVOS CIRCULANTES E NÃO CIRCULANTES
Controladora
2014
2013
2014
Consolidado
2013
Adiantamento para propaganda e marketing
Adiantamento para fornecedores
Adiantamento para colaboradores
Adiantamento de aluguel
Seguros
Impostos de importação
Ativos destinados a venda (a)
Crédito de carbono (b)
Depósito em garantia - Contraprestação
contingente
Outros
154.690
57.833
4.341
2.883
126
4.413
7.947
151.913
23.347
6.043
2.867
781
4.413
9.317
-
-
5.836
238.069
4.561
203.242
7.413
334.137
16.677
299.530
Circulante
Não circulante
177.396
60.673
184.185
19.057
248.482
85.655
262.365
37.165
165.897
94.886
8.458
6.676
11.640
2.055
29.165
7.947
164.150
49.532
8.559
4.728
3.661
8.699
22.165
9.317
-
12.042
(a) Este saldo se refere a ativos que a Sociedade pretende vender dentre os próximos 12
meses conforme CPC 31 – ativo não circulante mantido para venda (IFRS 5). A
Sociedade classifica estes ativos nesta rubrica por considerar a venda altamente provável
e os ativos estarem disponível para venda imediata na sua condição atual. Uma vez
classificados como destinados à venda, os ativos não são depreciados ou amortizados.
(b) Programa Carbono Neutro (nota explicativa nº 2. 9).
13. INVESTIMENTOS
Controladora
2014
2013
Investimentos em controladas
1.631.882
1.522.921
51
Natura Cosméticos S.A.
Informações e movimentação dos saldos para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e de 2013
Indústria e
Comércio de
Cosméticos
Natura Ltda.
(*)
Natura
Cosméticos
S.A. - Chile
Natura
Cosméticos
S.A. - Peru
Natura
Cosméticos
S.A. Argentina
Natura
Inovação e
Tecnologia
de Produtos
Ltda. (*)
Natura
Cosméticos
C.A. Venezuela
Natura
(Brasil)
International
B.V. Holanda (*)
Natura
Natura
Cosméticos
Cosméticos de
Ltda. México S.A. (*) Colômbia
Natura
Biosphera
Franqueadora
Ltda.
Natura
Cosméticos
España S.L.
Natura
Brazil Pty
Ltd (*)
Total
Capital social
427.073
124.230
48.980
80.830
6.389
5.008
274.173
119.084
62.383
606
2.350
174.571
Percentual de participação
99,99%
99,99%
99,99%
99,99%
99,99%
99,99%
99,99%
99,99%
100,00%
100,00%
99,99%
100,00%
1.325.677
Patrimônio líquido das controladas
1.181.336
76.661
14.031
135.129
297
38.690
1.788
11.901
14.209
603
(585)
179.792
1.653.852
Participação no patrimônio líquido
1.159.394
76.653
14.030
135.115
297
38.686
1.788
11.900
14.209
603
(585)
179.792
1.631.882
40.152
15.412
(2.445)
41.611
-
20.008
(20.445)
(4.163)
(23.134)
-
(2.861)
20.512
84.647
1.101.623
36.533
5.466
80.538
334
30.801
30.213
10.862
10.283
142
89
-
1.306.884
90.883
24.887
(8.760)
30.549
-
17.456
(25.724)
(15.385)
(18.199)
-
(63)
3.893
99.537
49
1.117
(144)
(13.723)
(72)
776
3.737
362
2.174
-
-
5.391
(333)
5.160
Lucro líquido (prejuízo) do exercício das
controladas
Valor contábil dos investimentos
Saldos em 31 de dezembro de 2012
Resultado de equivalência patrimonial
Variação cambial e outros ajustes na
conversão dos investimentos das
controladas no exterior
Contribuição da controladora para planos
de opções de ações concedidos a
executivos de controladas e outras
reservas
Ganhos/perdas atuariais
Distribuição de lucros
Aumentos de capital
Saldos em 31 de dezembro de 2013
Resultado de equivalência patrimonial
3.323
-
-
-
-
1.837
-
-
-
-
-
-
4.679
-
-
-
-
200
-
-
-
-
-
-
4.879
(80.000)
-
-
-
-
(16.080)
-
-
-
-
-
-
(96.080)
-
-
19.006
2.281
-
-
-
11.210
21.348
464
-
148.565
202.874
1.120.557
62.537
15.568
99.645
262
34.990
8.226
7.049
15.606
606
26
157.849
1.522.921
40.148
15.410
(2.445)
41.607
-
20.006
(20.443)
(4.163)
(23.134)
-
(2.861)
20.512
84.637
(65)
(1.294)
907
(7.819)
35
(1)
(1.076)
(1.373)
(1.630)
(3)
-
6.306
(6.013)
Variação cambial e outros ajustes na
conversão dos investimentos das
controladas no exterior
Contribuição da controladora para planos
de opções de ações concedidos a
executivos de controladas e outras
reservas
Ganhos/perdas atuariais
2.091
-
-
-
-
1.173
-
-
-
-
-
-
3.264
(1.929)
-
-
-
-
(482)
-
-
-
-
-
-
(2.411)
(1.408)
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
(1.408)
Efeito sobre hedge accounting líquido dos
efeitos tributários
51
Natura Cosméticos S.A.
Efeito de alteração de participação em
controlada indireta (nota explicativa
n°1)
Distribuição de dividendos
Aumentos de capital
Saldos em 31 de dezembro de 2014
(*)
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
(19.937)
(19.937)
-
-
-
-
-
(17.000)
-
-
-
-
-
-
(17.000)
-
-
-
1.682
-
-
15.081
10.387
23.367
-
2.250
15.062
67.829
1.159.394
76.653
14.030
135.115
297
38.686
1.788
11.900
14.209
603
(585)
179.792
1.631.882
Informações consolidadas das seguintes empresas:
Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda.: Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda. e Natura Logística e Serviços Ltda.
Natura Cosméticos de México S.A: Natura Cosméticos y Servicios de Mexico, S.A. de C.V., Natura Cosméticos de Mexico, S.A. de C.V. e Natura Distribuidora de Mexico, S.A. de C.V.
Natura (Brasil) International B.V. - Holanda: Natura (Brasil) International B.V. (Holanda), Natura Brasil Inc. (EUA - Delaware), Natura International Inc. (EUA - Nova York), Natura Europa SAS (França)
Natura Brazil Pty. Ltd.: Natura Brazil Pty. Ltd., Natura Cosmetics Australia Pty. Ltd. e Emeis Holdings Pty. Ltd.
Natura Inovação e Tecnologia de Produtos Ltda.: Natura Inovação e Tecnologia de Produtos Ltda. e Natura Innovation et Technologie de Produits SAS. - França
52
Natura Cosméticos S.A.
[página intencionalmente deixada em branco]
53
Natura Cosméticos S.A.
14. IMOBILIZADO E INTANGÍVEL
Imobilizado
Controladora
Taxa média
ponderada
anual de
depreciação %
31 de dezembro
de 2013
Adições
Baixas
Transferências
(imobilizado e
intangível)
Outras
movimentações
31 de
Dezembro
de 2014
33
7
8
44.489
192.012
61.672
13.639
5.963
472
(12.250)
(3.535)
(7)
322
7.173
5.368
50
89
-
46.250
201.702
67.505
1,7
8
20
-
242.817
14.151
79.678
28.941
663.760
8.150
1.241
2.521
136.469
(4.526)
163.929
(1.340)
(79)
(5.536)
(22.747)
(682)
2.533
(123.262)
(7.994)
(116.542)
45
16
(1.033)
(833)
250.967
13.415
84.669
35.579
(12.520)
687.567
33
7
8
(18.061)
(30.981)
(21.212)
(14.705)
(5.250)
(3.978)
6.820
983
1
4.683
(4.095)
6.526
264
-
(20.999)
(39.343)
(18.663)
1,7
8
20
(2.537)
(3.711)
(35.562)
(112.064)
551.696
(10.181)
(541)
(14.583)
(49.238)
114.691
680
53
8.537
(14.210)
547
336
7.997
(108.545)
(2.130)
(1.866)
(2.699)
(12.718)
(3.025)
(51.886)
(146.634)
540.933
Valor de
custo:
Veículos
Máquinas e Acessórios
Benfeitorias em propriedade de
terceiros (a)
Edifícios
Móveis e utensílios
Equipamentos de informática
Projetos em andamento
Provisão para perdas
Total custo
Valor da
depreciação:
Veículos
Máquinas e Acessórios
Benfeitorias em propriedades de
terceiros
Edifícios
Móveis e utensílios
Equipamentos de informática
Total depreciação
Total Geral
Intangível
Controladora
Taxa média
ponderada
anual de
amortização
-%
Valor de custo:
Software e outros
Total custo
Valor da amortização:
Software e outros
Total amortização
Total geral
54
31 de dezembro
de 2013
Adições
Baixas
Transferências
(imobilizado e
intangível)
Outras
movimentações
31 de
dezembro
de 2014
10
395.075
395.075
24.353
24.353
(154)
(154)
108.540
108.540
(1)
(1)
527.813
527.813
10
(91.209)
(91.209)
303.866
(34.860)
(34.860)
(10.507)
14
14
(140)
5
5
108.545
(5.091)
(5.091)
(5.092)
(131.141)
(131.141)
396.672
Natura Cosméticos S.A.
Imobilizado
Consolidado
Taxa média
ponderada anual
de depreciação %
Valor de custo:
Veículos
Moldes
Ferramentas e Acessórios
Instalações
Máquinas e Acessórios
Benfeitorias em propriedades
de terceiros (a)
Edifícios
Móveis e utensílios
Terrenos
Equipamentos de informática
Projetos em andamento
Provisão para perdas
Total custo
Valor da
depreciação:
Veículos
Moldes
Ferramentas e Acessórios
Instalações
Máquinas e Acessórios
Benfeitoria em propriedades de
terceiros
Edifícios
Móveis e utensílios
Equipamentos de informática
Total depreciação
Total Geral
31 de dezembro
de 2013
Adições
Baixas
Transferências
(imobilizado e
intangível)
Outras
movimentações
incluindo
variação
cambial
31 de
Dezembro
de 2014
33
33
10
7
7
7
70.815
178.393
42.450
155.347
570.340
83.292
22.263
19.342
7.131
15.616
41.409
17.673
(19.304)
(4.775)
(491)
(3.041)
(4.914)
(1.200)
701
1.666
349
34.129
48.695
5.547
(2.566)
(28)
2.988
17
(7.313)
579
71.909
194.598
52.427
202.068
648.217
105.891
1,7
8
20
-
386.060
40.632
26.113
108.412
448.173
2.110.027
84.396
8.424
9.510
322.450
(6.794)
541.420
(3.384)
(482)
(5.500)
(43.091)
204.610
(39)
17.752
3.969
(453.551)
(29.600)
(165.772)
1.187
(17.752)
434
(10.370)
17.752
(15.072)
675.066
46.820
26.113
121.843
301.202
(18.642)
2.427.512
33
33
10
7
7
7
(25.693)
(125.657)
(18.617)
(91.772)
(210.537)
(53.713)
(20.190)
(27.184)
(5.025)
1.121
(33.668)
(9.974)
10.573
3.156
2.518
1.628
1.450
4.246
(437)
(721)
635
2.697
24.334
1.380
9
2.217
46
703
(2.746)
(29.684)
(150.113)
(22.146)
(87.452)
(239.177)
(40.649)
1,7
8
20
(70.351)
(16.822)
(57.161)
(670.323)
1.439.704
(19.974)
(1.659)
(20.807)
(137.360)
404.060
1
995
(157)
20.164
(22.927)
(1.043)
1.012
(1.032)
29.691
(136.081)
1.147
(293)
2.463
(12.609)
(91.367)
(15.327)
(79.450)
(755.365)
1.672.147
Intangível
Consolidado
Taxa média
ponderada anual
de amortização %
Valor de custo:
Software e outros
Marcas e patentes
(d)
Ágio Emeis (Brazil PTY)
(b) e (d)
Relacionamento com
clientes varejistas
Fundo de Comércio Natura
Europa SAS – França (c)
Total custo
Valor da
amortização:
Software e outros
Marcas e patentes
Relacionamento com
clientes varejistas (d)
Total amortização
Total geral
31 de
dezembro
de 2013
Adições
Baixas
Transferências
(imobilizado e
intangível)
10
4
463.998
53.640
41.107
-
(586)
-
136.166
-
(1.208)
2.111
639.477
55.751
-
74.130
-
-
-
2.917
77.047
11
866
-
-
-
33
899
-
2.939
-
-
-
1.132
4.071
595.573
41.107
(586)
136.166
4.985
777.245
(114.495)
(3.712)
(80)
(50.441)
(1.972)
(38)
18
-
(87)
2
-
3.096
(323)
(9)
(161.909)
(6.005)
(127)
(118.287)
477.286
(52.451)
(11.344)
18
(568)
(85)
136.081
2.764
7.749
(168.041)
609.204
10
4
11
Outras
movimentações
incluindo
variação cambial
31 de
dezembro
de 2014
55
Natura Cosméticos S.A.
(a) As taxas de amortização consideram os prazos de aluguel dos imóveis arrendados, os
quais variam de três a quinze anos.
(b) Ágio referente à aquisição da Emeis Holdings Pty Ltd.
(c) Saldo referente ao fundo de comércio gerado na compra da Natura Europa SAS – França,
caracterizado, por laudo de perito independente, como intangível, comercializável, sem
perda de valor. A variação ocorrida no saldo deve-se exclusivamente aos efeitos de
variação cambial.
(d) Os saldos de ativos e passivos intangíveis identificados nas combinações de negócios
relativos às entidades localizadas no exterior são expressos na moeda funcional da entidade
no exterior e, consequentemente, são convertidos, em cada data de encerramento contábil,
pela taxa de câmbio de fechamento para moeda funcional da Sociedade.
Informações adicionais sobre o imobilizado e intangível:
a) Bens dados em garantia e penhora
Em 31 de dezembro de 2014, a Sociedade e suas controladas possuíam bens do
imobilizado dados como penhora e aval em operações de empréstimos e financiamentos
bancários, bem como arrolados em defesa de processos judiciais, conforme as
quantidades demonstrados a seguir:
Veículos
Equipamentos de informática
Máquinas e equipamentos
Edifícios
Moldes
Terrenos
Total
Controladora
Consolidado
1
6
7
34
15
8
2
3
1
63
b) Arrendamentos mercantis (leasing)
A Sociedade efetuou no exercício de 2014 a operação de arrendamento mercantil financeiro
para aquisição de ativo imobilizado no valor de R$ 83.618, na rubrica “Edifícios”. Em 31 de
Dezembro de 2014, o valor registrado na rubrica “Edifícios” originados de operações de
arrendamento mercantil totaliza R$ 324.170 e o saldo à pagar dessas operações, classificado
na rubrica “Empréstimos e Financiamentos” (nota explicativa nº15), totaliza R$ 332.274 (R$
249.625 em 31 de dezembro de 2013).
56
Natura Cosméticos S.A.
c) Saldo de juros capitalizados no ativo imobilizado
Encargos financeiros incluídos na rubrica
“Edifícios”
Saldo inicial
Depreciação
Encargos capitalizados
Saldo final
2014
2013
5.588
(387)
540
5.741
1.453
(387)
4.522
5.588
15. EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS
Controladora
2013
2014
Consolidado
2013
2014
Referência
Moeda local
Financiadora de Estudos e Projetos
FINEP
Debêntures
BNDES
Capital de giro / NCE
BNDES – FINAME
Arrendamentos mercantis – financeiros
FINEP subvenção
Total em moeda local
-
-
112.385
46.421
A
623.771
74.833
2.293
254.339
955.236
59.002
249.625
308.627
623.771
217.942
256.006
19.470
332.274
647
1.562.495
203.591
206.131
17.253
249.625
1.647
724.668
B
C
D
E
F
G
Moeda estrangeira
‘
BNDES
Resolução nº 4.131/62
Operação internacional - Peru
Operação internacional - México
Operação internacional – Austrália
Total em moeda estrangeira
Total geral
20.254
2.152.946
2.173.200
3.128.436
20.057
2.076.508
2.096.565
2.405.192
44.490
2.265.399
30.752
55.000
23.074
2.418.715
3.981.210
29.747
2.076.508
10.981
40.007
11.995
2.169.238
2.893.906
H
I
J
K
L
Circulante
Não circulante
1.294.241
1.834.195
576.841
1.828.351
1.466.599
2.514.611
693.117
2.200.789
57
Natura Cosméticos S.A.
Referência Moeda
A
B
Real
Real
Vencimento
Encargos
Garantias
Maio de 2019 e
Junho 2023
Fevereiro de 2019
Juros de 5% a.a para a parcela com vencimento em 2019 e
3,5% a.a para parcela com vencimento em junho de 2023
Juros de 107% a 108% do CDI com vencimentos em
fevereiro de 2017, fevereiro de 2018 e fevereiro de 2019
Aval da controladora Natura Cosméticos S.A.
C
Real
Até Setembro de
2021
TJLP + juros de 0,5% a.a. a 3,96% a.a. e contratos com Taxa
pré de 3,5% a.a. a 5% a.a. (PSI) (d)
D
Real
Até Agosto 2017
E
Real
Até Junho de
2019
Juros de 8% a.a. (c) e Juros de 107% do CDI (c)
Juros de 4,5% a.a. + TJLP contratados até 2012 e para os
contratos firmados a partir de 2013 taxa pré de 3% a.a.
(PSI) (d); Contratos Ago/2014 a 6% a.a.
F
Real
G
Real
Dólar
H
I
Dólar
J
Novo sol
Peso
Mexicano
Dólar
Australiano
K
L
Até agosto de
2026
Julho de 2015
Outubro de 2020
Juros de 9% a.a. + IPCA
Não há
Carta de fiança bancária e Covenants financeiros para o
contrato com vencimento em 2020
Aval da controladora Natura Cosméticos S.A.
Alienação fiduciária, aval da controladora Natura Cosméticos
S.A. e notas promissórias
Alienação fiduciária dos bens objeto dos contratos de
arrendamento mercantil
Não há
Aval da Natura Cosméticos S.A. e carta de fiança bancária
Até Outubro de
2017
Janeiro de 2016
Não há
Variação cambial + juros de 1,8% a 2,3% a.a. + Resolução
nº 635 (a)
Variação cambial + Libor + Over Libor de 1,32% a.a. a 3,80%
a.a. (a)
Juros de 4,9% a.a e juros de 6,65% a.a.
Junho de 2016
Juros de 0,98% a.a. + TIIE (e)
Aval da Natura Cosméticos S.A.
Dezembro de
2017
BBSY + juros de 1% e Libor + juros de 1%.
Carta fiança bancária
Aval da controlada Indústria e Comércio de Cosméticos Natura
Ltda.
Aval da Natura Cosméticos S.A.
(a) Empréstimos e financiamentos para os quais foram contratados instrumentos financeiros do tipo “swap” com a troca da indexação da moeda
estrangeira para CDI.
(b) IPCA - Índice de preços ao consumidor ampliado.
(c) Empréstimos e financiamentos para os quais foram contratados instrumentos financeiros do tipo “swap” com a troca de taxa pré para CDI.
(d) PSI – Programa de Sustentação ao Investimento.
(e) TIIE – Taxa de juros de equilíbrio interbancário do México.
(f) BBSY - Bank Bill Swap Bid Rate
58
Natura Cosméticos S.A.
[página intencionalmente deixada em branco]
59
Natura Cosméticos S.A.
Os vencimentos da parcela registrada no passivo não circulante estão demonstrados como
segue:
Controladora
2014
2013
2015
2016
2017
2018 em diante
908.267
288.735
637.193
1.834.195
1.111.358
489.100
29.192
198.701
1.828.351
Consolidado
2014
2013
1.241.302
401.752
871.557
2.514.611
1.201.342
708.664
58.074
232.709
2.200.789
Os contratos de empréstimos bancários vigentes são como segue:
a) Descrição dos empréstimos bancários
1. Contratos de financiamento com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social)
A Sociedade e suas controladas Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda e
Natura Inovação e Tecnologia de Produtos Ltda. possuem contratos de
financiamento mediante a abertura de crédito com o BNDES para viabilizar
investimentos diretos na Sociedade e em suas controladas, como, por exemplo,
aperfeiçoamento de determinadas linhas de produtos, capacitação da área de
pesquisa e desenvolvimento, capacitação do parque industrial de Cajamar - SP e
implementação de novos centros de distribuição bem como, mais recentemente, a
implantação de uma unidade industrial em Benevides, no Pará e implantação de
um centro de distribuição no Parque Anhanguera , em São Paulo, além de projetos
associados a acessibilidade digital.
2. Contrato de financiamento com a FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos)
A controlada Natura Inovação e Tecnologia de Produtos Ltda. possui programas de
inovação que buscam o desenvolvimento e a aquisição de novas tecnologias por
meio de parcerias com universidades e centros de pesquisa no Brasil e no exterior.
Tais programas de inovação têm o apoio de programas de fomento à pesquisa e ao
desenvolvimento tecnológico com a FINEP, que viabiliza e/ou cofinancia
equipamentos, bolsas científicas e material de pesquisa para as universidades
participantes.
3.
Financiamento de Máquinas e Equipamentos - FINAME
A Sociedade é beneficiária de uma linha de crédito com o BNDES, relativa a
operações de repasse de FINAME, um empréstimo destinado a financiar a aquisição
de máquinas e equipamentos novos, de fabricação nacional, concedido pelo
BNDES. O mencionado repasse ocorre por meio da concessão de crédito à
controlada Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda., gerando direitos de
recebimento por parte da instituição financeira credenciada como agente financeiro,
usualmente Banco Itaú Unibanco S.A. e Banco do Brasil S.A., que contratam com a
controlada Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda. as referidas operações
60
Natura Cosméticos S.A.
de financiamento.
Os contratos firmados têm como garantia a transferência da propriedade fiduciária
dos bens descritos nos respectivos contratos. Figura como fiel depositário desses
bens a própria controlada Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda., sendo a
Sociedade a avalista. Adicionalmente, a Sociedade e suas controladas ficaram
obrigadas a cumprir as disposições aplicáveis aos contratos do BNDES e condições
gerais reguladoras das operações relativas ao FINAME.
4.
Resolução nº 4.131/62
A Sociedade realiza operações de Cédula de Crédito Bancário - Repasse de
Recursos Captados no Exterior em moeda estrangeira via Resolução nº 4.131/62
com Instituições Financeiras em função das taxas circunstancialmente favoráveis.
Os recursos financeiros captados nesta operação têm como objetivo incrementar o
capital de giro da Sociedade.
5.
NCE
Nota de Crédito à Exportação - Recursos destinados ao financiamento do capital de
giro de exportação.
6.
Debêntures
Em 25 de fevereiro de 2014, a Sociedade realizou a 5ª emissão de debêntures
simples, não conversíveis em ações, nominativas e escriturais, quirografárias, da
Natura Cosméticos S.A., no montante total de R$ 600 milhões. Foram emitidas
60.000 debêntures, sendo 20.000 debêntures alocadas na 1ª série, com vencimento
em 25 de fevereiro de 2017, 20.000 (vinte mil) debêntures alocadas na 2ª série, com
vencimento em 25 de fevereiro de 2018, e 20.000 (vinte mil) debêntures alocadas na
3ª série, com vencimento em 25 de fevereiro de 2019, e remuneração correspondente
a 107%, 107,5% e 108% da variação acumulada das taxas médias diárias dos
Depósitos Interfinanceiros – DI, respectivamente.
b) Obrigações de arrendamento mercantil financeiro
As obrigações financeiras são compostas como segue:
Consolidado
2014
2013
Obrigações brutas de arrendamento financeiro - pagamentos
mínimos de arrendamento:
Menos de um ano
Mais de um ano e menos de cinco anos
Mais de cinco anos
Encargos de financiamento futuros sobre os arrendamentos financeiros
45.420
262.113
439.107
746.640
(414.366)
29.012
126.223
348.064
503.299
(253.674)
Obrigações de arrendamento financeiro - saldo contábil
Saldo contábil dos ativos imobilizados
332.274
324.170
249.625
240.008
61
Natura Cosméticos S.A.
c)
Encargos financeiros capitalizados
A tabela abaixo apresenta resumo dos encargos financeiros e a parcela capitalizada no
ativo imobilizado na rubrica “Edifícios”.
Controladora
2014
Total dos encargos financeiros no
exercício
Encargos financeiros capitalizados
Despesas financeiras (Nota explicativa
n°25)
Consolidado
2013
2014
2013
120.977
67.423
173.876
104.746
-
-
(5.741)
(5.588)
120.977
67.423
168.135
99.158
Os encargos financeiros são capitalizados com base na taxa do empréstimo ao qual o
ativo qualificado está diretamente ligado.
d) Cláusulas restritivas de contratos
Em 31 de dezembro de 2014 e de 2013, a maioria dos contratos de empréstimos e
financiamentos mantidos pela Sociedade e por suas controladas não contém cláusulas
restritivas que estabelecem obrigações quanto à manutenção de índices financeiros por
parte da Sociedade e de suas controladas.
Contratos firmados com o BNDES a partir de julho de 2011 apresentam cláusulas
restritivas que estabelecem os seguintes indicadores financeiros:
- Margem EBITDA igual ou superior a 15%; e
- Dívida líquida / EBITDA igual ou inferior a 2,5 (dois inteiros e cinco décimos).
Em 31 de dezembro de 2014, a Sociedade cumpria integralmente todas essas cláusulas
restritivas.
16. FORNECEDORES E OUTRAS CONTAS A PAGAR
Controladora
Fornecedores nacionais
Fornecedores estrangeiros (a)
Fretes a pagar
2014
216.372
6.210
15.383
237.965
2013
242.289
6.428
23.005
271.722
Consolidado
2014
572.102
13.480
14.039
599.621
2013
671.761
11.396
23.429
706.586
(a) Referem-se, em sua maioria, a valores denominados em dólares norte-americanos.
62
Natura Cosméticos S.A.
17. OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS
Consolidado
2013
2014
Controladora
2014
2013
PIS e COFINS a pagar (medida judicial) (a)
2.153
2.025
212.968
176.813
ICMS ordinário a pagar
132.590
114.647
127.124
103.780
ICMS - ST a pagar (b)
IRPJ e CSLL a pagar
IRPJ e CSLL (medida liminar) (c)
INSS – Exigibilidade Suspensa
IPI - produtos isentos e com alíquota zero (e)
52.052
36.882
205.183
2.470
134.941
131.736
133.594
2.290
52.052
79.496
205.183
12.220
134.941
161.713
133.594
9.233
-
-
46.870
3.089
3.110
3.159
3.170
3.560
3.361
3.560
3.361
12.309
11.413
17.438
15.823
3.628
1.589
15.137
7.706
-
-
83.830
76.467
804
454.720
347
539.053
2.293
814.460
1.485
874.956
(63.324)
(141.411)
(98.992)
(215.647)
391.396
63.324
397.642
141.411
715.468
98.992
659.309
215.647
Correção da UFIR sobre tributos federais
Ação anulatória de débito fiscal de INSS (d)
IRRF/IPI a Recolher
PIS, COFINS e CSLL retidos na fonte a recolher
Impostos a pagar - controladas no exterior
ISS a pagar
Depósitos judiciais (nota explicativa nº 11)
Circulante
Não circulante
-
(a) A Sociedade e sua Controlada discutem judicialmente a não inclusão do ICMS na
base de cálculo das contribuições para o PIS e a COFINS. Em junho de 2007,
obtiveram autorização judicial para efetuar o pagamento das contribuições para PIS e
COFINS sem a inclusão do ICMS em suas bases de cálculo, a partir da apuração de
abril de 2007. Os saldos registrados em 31 de dezembro de 2014 referem-se aos
valores não pagos de PIS e COFINS apurados entre abril de 2007 e dezembro de
2014, cuja exigibilidade foi integralmente suspensa, acrescidos de atualização pela
taxa SELIC. Parte do saldo, no montante atualizado de R$ 32.000, encontra-se
depositado judicialmente para o Consolidado.
(b) Refere-se à soma dos valores de ICMS - ST, os quais se encontram depositados
judicialmente. O montante não recolhido está sendo discutido judicialmente pela
Sociedade, e, em alguns casos, depositado em juízo mensalmente, conforme
mencionado na nota explicativa nº 18.(b) (passivos contingentes - risco de perda
possível). Nos Estados do Paraná e Distrito Federal a Sociedade firmou termo de
acordo de tributação, não havendo, assim, depósitos judiciais desde Novembro/2011
e Agosto/2014 para os respectivos Estados.
(c) Em 4 de fevereiro de 2009, a Sociedade obteve autorização judicial que suspendeu a
exigibilidade do IRPJ e da CSLL incidentes sobre quaisquer valores recebidos a título
63
Natura Cosméticos S.A.
de juros de mora decorrentes do atraso no cumprimento de obrigações contratuais das
operações com vendas para os(as) Consultores(as) Natura. Aguarda-se o julgamento
do recurso de apelação interposto pela União Federal.
(d) Refere-se basicamente à contribuição previdenciária, decorrentes de serviços
contratados de terceiros entre novembro de 1994 e dezembro de 1998, exigida em
autos de infração lavrados pelo Instituto Nacional do Seguro. O valor depositado
judicialmente referente a parte da causa classificada como risco provável é de R$
3.560 (R$ 3.361 em 31 de dezembro de 2013). O restante foi avaliado como risco
possível e remoto pelos advogados responsáveis, totalizando o valor de R$ 12.160 (R$
11.704 em 31 de dezembro de 2013), conforme segregado dentro do saldo de
“Depósitos Judiciais” na nota explicativa nº 18 - passivos contingentes).
(e) Refere-se aos créditos de IPI sobre matérias-primas e materiais de embalagem
adquiridos com a incidência de alíquota zero, não tributados e isentos. Para o
aproveitamento dos benefícios concedidos pelo programa de parcelamento do
Governo Federal, a controlada protocolou petição desistindo do processo e, em
novembro de 2014, houve a conversão de parte do depósito judicial em pagamento
definitivo e o levantamento do saldo remanescente.
Parcelamentos de débitos tributários instituídos pela Lei nº 11.941/09
Em 27 de maio de 2009, o Governo Federal publicou a Lei nº 11.941/09, a qual, entre outras
alterações na legislação tributária, trouxe um novo parcelamento de débitos tributários
administrados pela Receita Federal do Brasil e pelo INSS e de débitos com a ProcuradoriaGeral da Fazenda Nacional – PGFN.
As entidades que optaram pelo pagamento ou parcelamento dos débitos nos termos dessa Lei
puderam liquidar, nos casos aplicáveis, os valores correspondentes à multa, de mora ou de
ofício, e a juros moratórios, inclusive relativos a débitos inscritos em dívida ativa, com a
utilização de prejuízo fiscal e de base de cálculo negativa da contribuição social próprios, e
tiveram benefícios de redução de multas, juros e encargos legais, de acordo com o prazo de
pagamento escolhido.
A seguir são demonstrados os débitos tributários que foram inscritos no parcelamento pela
Sociedade e por suas controladas, conforme a Lei nº 11.941/09:
Controladora
Atualização
Ação anulatória de débito fiscal de INSS (a)
Correção da UFIR sobre tributos federais (b)
64
2013
3.361
3.110
Monetária
199
-
Reversões
(21)
6.471
199
(21)
2014
3.560
3.089
6.649
Natura Cosméticos S.A.
Consolidado
Atualização
Correção da UFIR sobre tributos federais (b)
Ação anulatória de débito fiscal de INSS (a)
2013
3.170
3.361
Monetária
199
Reversões
(11)
-
2014
3.159
3.560
6.531
199
(11)
6.719
(a) Os detalhes desse processo estão mencionados no item (d) desta mesma nota.
(b) Os detalhes desse processo estão mencionados no item “Correção da UFIR sobre
tributos federais” desta mesma nota.
Devido à inexistência de saldos remanescentes de prejuízos fiscais e base de cálculo negativa
da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), a Sociedade não se compensará
destes para liquidação da parcela de juros dos parcelamentos.
Para a sequência das etapas do parcelamento dos débitos fiscais da Sociedade e de suas
controladas que se encontram em esfera judicial, aguarda-se a decisão sobre a consolidação
dos valores para sua quitação, por meio de conversão em renda dos valores depositados.
18. PROVISÕES PARA RISCOS TRIBUTÁRIOS, CÍVEIS E TRABALHISTAS
A Sociedade e suas controladas são partes em ações judiciais de natureza tributária,
trabalhista e cível e em processos administrativos de natureza tributária e ambiental. A
Administração acredita, apoiada na opinião e nas estimativas de seus assessores legais,
que as provisões para riscos tributários, cíveis e trabalhistas são suficientes para cobrir as
eventuais perdas. Essas provisões estão assim demonstradas:
Controladora
Tributários
Cíveis
Trabalhistas
Total
Depósitos judiciais (nota explicativa nº 11)
Consolidado
2014
2013
2014
2013
34.958
11.417
8.043
54.418
33.657
11.906
5.296
50.859
45.852
13.749
16.162
75.763
43.857
16.310
13.662
73.829
(14.301)
(14.143)
(16.633)
(17.153)
Riscos tributários
Os riscos tributários provisionados são compostos pelos processos a seguir relacionados:
65
Natura Cosméticos S.A.
2013
Multas moratórias sobre tributos federais
recolhidos em atraso
Honorários advocatícios (a)
Auto de infração - IRPJ 1990
Dedutibilidade da CSLL (Lei nº 9.316/96) (b)
Controladora
Reversões
Pagamentos
Adições
Atualização
monetária
2014
854
17.429
3.775
8.369
287
-
(874)
(954)
-
-
20
1.758
154
287
18.520
3.929
8.656
3.230
1.280
(970)
-
313
3.853
Risco tributário total provisionado
33.657
1.567
(2.798)
-
2.532
34.958
Depósitos judiciais (nota explicativa nº 11)
(7.356)
(1.280)
-
-
(389)
(9.025)
Outros
2013
Multas moratórias sobre tributos federais
recolhidos em atraso
Adições
Consolidado
Reversões Pagamentos
Atualização
monetária
2014
854
-
(874)
-
20
-
Honorários advocatícios (a)
Auto de infração - IRPJ 1990
Dedutibilidade da CSLL (Lei nº 9.316/96) (b)
Outros
25.435
3.775
8.369
5.424
466
-
(1.190)
-
-
2.631
154
286
27.342
3.929
8.655
1.280
(1.215)
-
437
5.926
Risco tributário total provisionado
43.857
1.746
(3.279)
-
3.528
45.852
Depósitos judiciais (nota explicativa nº 11)
(7.949)
(1.280)
-
-
(381)
(9.610)
(a) Referem-se aos honorários advocatícios para o patrocínio de processos tributários, dentre
os quais destacamos abaixo:
(i) Autos de infração lavrados contra a Sociedade, em agosto de 2003, dezembro de 2006
e dezembro de 2007, pela Receita Federal do Brasil, em que se exigem créditos
tributários de IRPJ e CSLL relativos à dedutibilidade da remuneração das debêntures
emitidas
pela
Sociedade,
nos
períodos-base 1999, 2001 e 2002, respectivamente. Os autos de infração relativos aos períodosbase 2001 e 2002 aguardam decisão definitiva do Conselho Administrativo de Recursos
Fiscais (CARF). A opinião dos assessores legais é de que a probabilidade de perda
decorrente dos referidos autos de infração é remota.
O auto de infração lavrado contra a Sociedade em agosto de 2003, relativo à
dedutibilidade no período-base 1999, teve decisão administrativa definitiva, em janeiro
de 2010, em que foi mantida, parcialmente, a cobrança do IRPJ e, integralmente, a
cobrança da CSLL. Após essa decisão, em 7 de abril de 2010, a Sociedade ingressou com
ação na esfera judicial objetivando cancelar a parcela remanescente do IRPJ e da CSLL.
A decisão de primeira instância foi favorável à Sociedade. Atualmente, aguarda-se o
julgamento do Recurso de Apelação interposto pela Sociedade. A opinião dos assessores
legais é de que a perspectiva de perda na ação judicial é remota.
(ii) Autos de infração de IRPJ e de CSLL, lavrados em 30 de junho de 2009 e 30 de
agosto de 2013, que têm como objeto o questionamento da dedutibilidade fiscal da
amortização do ágio, decorrente da incorporação de ações da Natura Empreendimentos
pela Natura Participações S.A. e posterior incorporação de ambas as empresas pela
66
Natura Cosméticos S.A.
Natura Cosméticos S.A.. Em dezembro de 2012, o processo referente ao auto de infração
de 2009 foi julgado pelo CARF que decidiu parcialmente a favor da Sociedade para
reduzir a multa agravada. No mérito, a decisão foi desfavorável, razão pela qual a
Sociedade aguarda a formalização do acórdão para recorrer à Câmara Superior de
Recursos Fiscais (CSRF). Em relação ao auto de infração de 2013, em junho de 2014, a
Sociedade foi intimada acerca da decisão que julgou a impugnação de forma
desfavorável. A Sociedade interpôs recurso ao CARF e, atualmente, aguarda julgamento.
Ressalte-se que casos semelhantes de ágio foram julgados favoravelmente no CARF,
representando importantes precedentes para a Sociedade. Na opinião dos assessores
legais da Sociedade, a operação tal como foi estruturada e seus efeitos fiscais são
defensáveis, motivo pelo qual o risco de perda é classificado como remoto.
(iii) Autos de infração de IPI, PIS e COFINS lavrados contra a Controlada, em dezembro
de 2012, referente aos fatos geradores ocorridos no ano-calendário de 2008, sob a
alegação de que a Controlada teria praticado preços incorretos nas vendas destinadas à
Controladora. Em maio e junho de 2013, os processos foram julgados pela Delegacia da
Receita Federal do Brasil de Julgamento em Ribeirão Preto/SP, que decidiu (a) a favor da
Controlada para cancelar o crédito tributário cobrado no auto de infração de PIS/COFINS
e (b) contrário à Controlada para manter o crédito tributário cobrado no auto de infração
de IPI. Ambas as decisões serão reapreciadas em fase recursal pela 2ª instância
administrativa (CARF). Na opinião dos assessores legais da Sociedade, a operação tal
como foi estruturada e seus efeitos fiscais são defensáveis, motivo pelo qual o risco de
perda é classificado como remoto.
(b) Refere-se ao mandado de segurança que discute a constitucionalidade da Lei nº 9.316/96,
que vedou a dedutibilidade da CSLL da sua própria base de cálculo e da base de cálculo
do IRPJ. O valor envolvido nesse processo encontra-se depositado judicialmente. Em 25
de agosto de 2014, para aproveitamento dos benefícios do programa de parcelamento do
Governo Federal, a Sociedade protocolou petição desistindo da respectiva ação.
Atualmente, aguarda-se a formalização da adesão e a conversão do depósito judicial em
renda em favor da União. O valor depositado judicialmente é de R$ 6.732 (R$ 6.412 em
31 de dezembro de 2013).
Riscos cíveis
Controladora
2013
Diversas ações cíveis (a)
Honorários advocatícios - ação cível
ambiental (b)
Ações cíveis e honorários advocatícios
Adições
Reversões
Pagamentos
Atualização
monetária
2014
5.510
8.871
(488)
(8.735)
97
5.255
2.290
-
-
-
150
2.440
- Nova Flora Participações Ltda.
Risco cível total provisionado
4.106
11.906
194
9.065
(790)
(1.278)
(8.735)
212
459
3.722
11.417
Depósitos judiciais (nota explicativa
nº 11)
(2.078)
(1.544)
(180)
(2.602)
1.200
-
67
Natura Cosméticos S.A.
Consolidado
Adições
Reversões
Pagamentos
Atualização
monetária
6.759
9.547
(1.569)
(8.249)
223
6.711
2.494
2.953
-
(229)
(2.275)
-
175
177
2.440
855
4.104
16.310
194
9.741
(790)
(4.863)
(8.249)
235
810
3.743
13.749
(2.190)
(1.128)
(303)
(2.928)
2013
Diversas ações cíveis (a)
Honorários advocatícios - ação cível
ambiental (b)
Honorários - processos IBAMA (c)
Ações cíveis e honorários advocatícios
- Nova Flora Participações Ltda.
Risco cível total provisionado
Depósitos judiciais (nota explicativa
nº 11)
693
-
2014
(a) A Sociedade e suas controladas, em 31 de dezembro de 2014, são partes em 2.161 ações e
procedimentos cíveis (2.106 em 31 de dezembro de 2013), entre os quais 1.961 no âmbito
da justiça cível, do juizado especial cível e do Programa de Orientação e Proteção ao
Consumidor - PROCON, movidos por Consultores(as) Natura, consumidores,
fornecedores e ex-colaboradores, sendo a maioria referente a pedidos de indenização. O
saldo depositado judicialmente para os autos acima é de R$ 2.928 (R$ 2.190 em 31 de
dezembro de 2013).
(b) Do total provisionado, o montante de R$1.754 refere-se aos honorários advocatícios para
defesa dos interesses da Sociedade nos autos da Ação Civil Pública movida pelo
Ministério Público Federal do Estado do Acre em face da Sociedade e de outras
instituições, sob a alegação de suposto acesso irregular ao conhecimento tradicional
associado ao ativo Murumuru. Foi proferida sentença nos autos da referida ação,
decidindo por excluir a Natura da demanda. No entanto, como o Ministério Público
interpôs recurso de apelação, o processo aguarda decisão final. Na opinião dos assessores
legais a probabilidade de perda é remota.
(c) Referem-se aos honorários advocatícios para a adoção das medidas judiciais consideradas
pertinentes pelos assessores legais da Sociedade, que visam anular os autos de infração
lavrados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
- IBAMA contra a Sociedade em 2010 e 2011 por acessos supostamente irregulares ao
patrimônio genético brasileiro ou ao conhecimento tradicional associado, bem como por
suposta falta de repartição de benefícios. A Sociedade recebeu até dezembro de 2014, 70
multas do IBAMA, no total de R$13.943 e apresentou defesa e recurso administrativo
para todas, sendo que três autos de infração já foram cancelados. Nos demais casos ainda
não houve decisão de mérito definitiva, razão pela qual tais multas não representam
créditos exigíveis. Diante da definição pela Sociedade que impugnará judicialmente
eventuais decisões desfavoráveis proferidas nos processos administrativos que tramitam
no IBAMA a Administração da Sociedade e seus assessores legais consideram como
remota a possibilidade de perda nos autos de infração relacionados à suposta ausência de
repartição de benefícios e como possível a perda nos autos de infração relacionados ao
suposto acesso irregular ao patrimônio genético sem autorização em virtude do
cumprimento de todos os princípios estabelecidos na Convenção da Diversidade
Biológica - CDB, tratado internacional firmado na Rio-92 e das ilegalidades e
inconstitucionalidades do atual marco legal que incorporou a CDB no sistema legal
brasileiro. Com exceção de insumos provenientes de terras da União, com quem a Natura
68
Natura Cosméticos S.A.
está negociando por meio do Comitê de Negociação, a Sociedade reparte benefícios em
100% dos acessos ao patrimônio genético da biodiversidade brasileira e aos
conhecimentos tradicionais a ela associados, sendo inclusive a pioneira na repartição de
benefícios com comunidades tradicionais e possuindo a maior parte das autorizações do
órgão regulador para acesso à biodiversidade e das autorizações já emitidas para empresas
privadas.
Riscos trabalhistas
A Sociedade e suas controladas, em 31 de dezembro de 2014, são partes em 793 reclamações
trabalhistas movidas por ex-colaboradores e terceiros (615 em 31 de dezembro de 2013),
cujos pedidos se constituem em pagamentos de verbas rescisórias, adicionais salariais, horas
extras e verbas devidas em razão da responsabilidade subsidiária. As provisões são revisadas
periodicamente com base na evolução dos processos e no histórico de perdas das
reclamações trabalhistas para refletir a melhor estimativa corrente.
Controladora
2013
Risco trabalhista total provisionado
5.296
Depósitos judiciais (nota explicativa nº 11)
(4.709)
Adições
Reversões
Atualização
monetária
5.212
(3.203)
738
8.043
(20)
(2.674)
(283)
2.338
2014
Consolidado
2013
Adições
Reversões
Atualização
monetária
(8.776)
491
16.162
(40)
(4.095)
Risco trabalhista total provisionado
13.662
10.785
Depósitos judiciais (nota explicativa nº 11)
(7.014)
(1.014)
3.973
2014
Passivos contingentes - risco de perda possível
A Sociedade e suas controladas possuem ações de natureza tributária, cível e trabalhista que
não estão provisionadas, pois envolvem risco de perda classificado pela Administração e por
seus assessores legais como possível.
Em 31 de dezembro de 2014, os passivos contingentes são representados por 531 causas
(567 em 31 de dezembro de 2013), conforme demonstramos os montantes abaixo:
Tributários
Controladora
2014
2013
749.919
599.532
Consolidado
2013
2014
859.754
619.589
Cíveis
23.438
68.063
29.922
68.505
Trabalhistas
26.700
37.517
52.603
66.602
Total de passivos contingentes não provisionados
800.057
705.112
942.279
754.696
(115.471)
(132.613)
(120.304)
(145.769)
Depósitos Judiciais (nota explicativa nº 11)
69
Natura Cosméticos S.A.
As causas tributárias são representadas pelos principais processos abaixo:
(a) Indeferimento de pedidos de compensação que pleiteiam o aproveitamento de créditos de
PIS e COFINS, apurados sobre as despesas incorridas com fretes nas vendas dos
produtos sujeitos à tributação concentrada (monofásicos). A Sociedade aguarda o
julgamento do processo na esfera administrativa. O valor total em discussão é de R$
58.507 (R$ 53.870 em 31 de dezembro de 2013).
(b) A Sociedade e sua Controlada possuem ações administrativas e judiciais que discutem a
ilegalidade de alterações nas legislações estaduais para cobrança de ICMS-ST. O valor
total em discussão atinge o montante de R$ 581.444 (R$ 405.687 em 31 de dezembro de
2013) e R$ 97.821 (R$ 105.996 em 31 de dezembro de 2013) encontra-se depositado
judicialmente.
A Sociedade possui outros valores depositados judicialmente, oriundos de processos
classificados como remotos, os quais totalizam o montante de R$ 25.025 (R$ 33.347 em 31
de dezembro de 2013) para a Controladora e R$ 27.395 (R$ 33.835 em 31 de dezembro de
2013) para o Consolidado, conforme destacados entre os processos na nota explicativa n°11
– Depósitos Judiciais.
ARBITRAGEM - A Natura Cosméticos S.A. estava em litígio de arbitragem na Câmara de
Comércio Brasil Canadá contra a empresa RB Capital Fundo de Investimento Imobiliário – FII e
Marcacel Participações S.A., referente a questões emergentes do Contrato de Locação Atípica e
Outras Avenças, firmado entre as partes em 21 de dezembro de 2010. Em 25 de novembro de
2014 as partes se compuseram com efeitos de transação para fins de encerramento do
procedimento arbitral.
Ativos contingentes
A Sociedade e suas controladas possuem os seguintes processos ativos relevantes:
A Sociedade e suas controladas Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda., Natura
Inovação e Tecnologia de Produtos Ltda. e Natura Logística e Serviços Ltda. pleiteiam a
restituição das parcelas de PIS e COFINS recolhidas com a inclusão do ICMS e do ISS
nas suas bases de cálculo no período de março 2004 a março de 2007. Os valores
envolvidos nos pedidos de restituição, atualizados até 31 de dezembro de 2014,
totalizavam R$219.338 (R$147.220 em 31 de dezembro de 2013). A opinião dos
assessores legais é que a probabilidade de perda é possível.
A Sociedade e suas controladas não reconhecem em seus ativos os ativos contingentes
listados acima, conforme o pronunciamento CPC 25 - Provisões, passivos contingentes e
ativos contingentes.
19. OUTRAS PROVISÕES
(a) Provisão para aquisição de participação de não controladores
Passivo registrado conforme obrigação firmada no contrato de compra e venda da Emeis
Holdings Pty Ltd., que define a aquisição da participação de não controladores a partir de
70
Natura Cosméticos S.A.
2015, com prazo máximo em 2025. O pagamento será realizado com base na performance da
Empresa na data do exercício da opção. O saldo em 31 de dezembro de 2014 é de R$145.465
(R$141.640 em 31 de dezembro de 2013), tendo sido reconhecido no resultado do exercício
findo em 31 de dezembro de 2014, a atualização no montante de R$ 3.825.
A provisão para aquisição de participação de não controladores da parcela remanescente de
28,66% do capital votante da Emeis Holdings Pty Ltd. em 31 de dezembro de 2014 foi
calculada tomando-se como base o EBITDA projetado, acrescido do saldo de caixa e
obrigações financeiras, para o período findo em 30 de junho de 2015 e de 2016, período no
qual, na melhor estimativa da Administração, as opções serão exercidas.
(b) Outros passivos não circulantes
Controladora
2014
Plano de assistência médica aposentados (*)
Crédito de carbono
Outras provisões
Total
23.069
9.602
19.455
52.126
Consolidado
2013
2014
2013
26.420
9.710
19.995
56.125
37.698
9.602
98.498
145.798
36.606
9.710
75.010
121.326
(*) A Sociedade e suas controladas oferecem para um grupo de funcionários e inativos
que efetuaram contribuições fixas para o plano de assistência médica, o direito de
permanência no plano de saúde após a aposentadoria pagando o prêmio médio. O
reconhecimento de ganhos e perdas atuariais é reconhecido via Outros Resultados
Abrangentes (ORA) conforme mencionado na nota explicativa n° 2.25. Em 31 de
dezembro de 2014, o tempo de duração média ponderada é de 19 anos e contava com
805 e 1.707 colaboradores na controladora e no consolidado, respectivamente.
Em 31 de dezembro de 2014, a Sociedade e suas controladas mantinham uma provisão
para o passivo atuarial referente a esse plano no montante de R$23.069 e R$37.698 na
controladora e no consolidado, respectivamente (R$26.420 e R$36.608, respectivamente,
na controladora e no consolidado em 31 de dezembro de 2013).
Durante o exercício os reflexos desse plano no resultado estão relacionados ao custo do
serviço no valor credor de R$ 4.540 e R$ 3.652 na controladora e no consolidado,
respectivamente, e no custo dos juros no valor de R$3.012 e R$4.171 na controladora e
no consolidado, respectivamente.
O passivo atuarial demonstrado foi calculado em 31 de dezembro de 2014 por atuário
independente considerando as seguintes principais premissas:
Taxa de desconto financeiro
Crescimento das despesas médicas
Inflação de longo prazo
Taxa final de inflação médica – após 10 anos
Taxa de crescimento dos custos médicos por envelhecimento - custos
Taxa de crescimento dos custos médicos por envelhecimento –
contribuições
Percentual anual
(em termos nominais)
2014
2013
11,75
11,50
11,90 a 6,40
11,40 a 6,40
5,40
5,40
6,40
6,40
3,50
3,50
0,00
1,50
71
Natura Cosméticos S.A.
Tábua de entrada invalidez
Tábua de mortalidade geral
Tábua de rotatividade
Wyatt 85 Class 1
RP2000
T-9 service table
Wyatt 85 Class 1
RP2000
T-9 service table
A movimentação do passivo atuarial para o exercício findo em 31 de dezembro de 2014 está
assim representada:
Controladora
Custo do serviço corrente da empresa
Custo dos juros
Reconhecimento (ganhos)/perdas atuariais em Outros
Resultados Abrangentes
Consolidado
2014
2013
2014
2013
(4.540)
3.012
1.790
3.938
(3.652)
4.171
2.433
5.173
1.792
(21.015)
619
(25.883)
264
(15.287)
1.138
(18.277)
20. PATRIMÔNIO LÍQUIDO
a) Capital social
Em 31 de dezembro de 2014, o capital da Sociedade era R$427.073.
No exercício findo em 31 de dezembro de 2014, não houve alteração no capital social,
sua composição é de 431.239.264 ações nominativas ordinárias subscritas e
integralizadas. A Sociedade fica autorizada a aumentar o seu capital social,
independentemente de reforma estatutária, até o limite de 441.310.125 (quatrocentas e
quarenta e um milhões, trezentas e dez mil, cento e vinte e cinco) ações ordinárias, sem
valor nominal, mediante deliberação do Conselho de Administração, o qual fixará as
condições da emissão, inclusive preço e prazo de integralização.
b) Política de distribuição de dividendos e juros sobre o capital próprio
Os acionistas têm direito a receber, em cada exercício social, a título de dividendos, um
percentual mínimo obrigatório de 30% sobre o lucro líquido, considerando,
principalmente, os seguintes ajustes:
• Acréscimo das importâncias resultantes da reversão de reservas para contingências,
anteriormente formadas.
• Decréscimo das importâncias destinadas à constituição da reserva legal e de reservas
para contingências.
O Estatuto Social faculta à Sociedade o direito de levantar balanços semestrais ou
intermediários e, com base neles, o Conselho de Administração poderá aprovar a
distribuição de dividendos intermediários.
Em 16 de abril de 2014 foram pagos dividendos no valor total de R$474.004 e juros
sobre o capital próprio no valor total bruto de R$22.389 (R$19.030, líquidos de IRRF),
conforme distribuição recomendada pelo Conselho de Administração em 12 de fevereiro
de 2014 e ratificada em Assembleia Geral Ordinária realizada em 11 de abril de 2014,
referente ao lucro líquido do exercício de 2013, que somados aos R$337.305 de
dividendos e R$27.528 de juros sobre o capital próprio pagos em agosto de 2013
72
Natura Cosméticos S.A.
correspondem a uma distribuição de aproximadamente 100% do lucro líquido auferido
no exercício de 2013.
Em 23 de julho de 2014, o Conselho de Administração aprovou o pagamento de
dividendos intermediários e juros sobre o capital próprio, referente aos resultados
auferidos no primeiro semestre de 2014, nos montantes de R$232.321 (R$0,540431190
por ação) e R$27.822, bruto de IRRF (R$ 0,064720599 bruto por ação), respectivamente.
O montante total dos dividendos intermediários e dos juros sobre o capital próprio
corresponde a 100% do lucro líquido consolidado registrado no primeiro semestre de
2014.
Adicionalmente, em 11 de fevereiro de 2015, o Conselho de Administração aprovou “ad
referendum” da Assembleia Geral Ordinária, que será realizada em 16 de abril de 2015, a
proposta para pagamento de dividendos e juros sobre o capital próprio, nos montantes de
R$428.956 e R$20.317 (R$17.269, líquidos de IRRF), respectivamente, referentes aos
resultados auferidos no exercício de 2014, que somados aos R$232.321 de dividendos e
R$27.822 de juros sobre o capital próprio pagos em agosto de 2014 correspondem a uma
distribuição de aproximadamente 100% do lucro líquido auferido no exercício de 2014.
Em novembro de 2013 foi publicada a Medida Provisória n° 627 isentando de tributação
a parcela dos dividendos calculados entre 1º de janeiro de 2008 e 31 de dezembro de
2013 em montante excedente aos valores apurados com base nos padrões contábeis
vigentes até 31 de dezembro de 2007.
Em maio de 2014, esta medida provisória foi convertida na Lei nº 12.973, com alterações
em alguns dispositivos, em especial no que se refere ao tratamento dos dividendos, dos
juros sobre o capital próprio e da avaliação de investimentos pelo valor de patrimônio
líquido. Diferentemente do que previa a medida provisória, a Lei nº 12.973 não impôs a
opção antecipada de seus efeitos para o ano-calendário de 2014 como condição para
eliminar efeitos fiscais relacionados às diferenças decorrentes da aplicação dos métodos e
critérios contábeis atuais e aqueles vigentes em 31 de dezembro de 2007 para os itens
acima, facultando às empresas a possibilidade de antecipação dos efeitos da norma de
acordo com os interesses de cada contribuinte.
A Sociedade elaborou estudos sobre os efeitos que poderiam advir da aplicação das
disposições da Lei nº 12.973 e concluiu que não há efeitos significativos nas suas
demonstrações financeiras e, portanto, optou pela não antecipação de seus efeitos para o
exercício findo em 31 de dezembro de 2014.
Para o ano de 2014 foram consideradas as medidas da alteração na legislação que trata a
Medida Provisória e calculado seu lucro para fins de dividendos com base nestes
critérios.
Os dividendos foram calculados conforme demonstrado a seguir:
73
Natura Cosméticos S.A.
Controladora
2013
2014
Lucro líquido do exercício
Ajustes para 6.404/76 e subvenção para investimentos
Base de cálculo para os dividendos mínimos
Dividendos mínimos obrigatórios
732.818
(23.402)
709.416
30%
842.608
18.618
861.226
30%
Dividendo anual mínimo
212.825
258.368
Dividendos propostos
Juros sobre o capital próprio
IRRF sobre os juros sobre o capital próprio
Total de dividendos e juros sobre o capital próprio, líquidos de
IRRF
661.277
48.139
(7.221)
811.309
49.917
(7.488)
702.195
853.738
Valor excedente ao dividendo mínimo obrigatório
489.370
595.370
1,5368
0,0951
1,6319
1,8906
0,0989
1,9895
Dividendos por ação - R$
Juros sobre o capital próprio por ação, líquidos - R$
Remuneração total por ação, líquida - R$
Conforme mencionado na nota explicativa nº 2.21, a parcela dos dividendos excedente ao
dividendo mínimo obrigatório, declarada pela Administração após o período contábil a
que se referem às demonstrações financeiras, mas antes da data de autorização para
emissão destas, não deverá ser registrada como passivo nas respectivas demonstrações
financeiras, devendo os efeitos da parcela dos dividendos complementares serem
divulgados em nota explicativa. Portanto, em 31 de dezembro de 2014 e de 2013, as
seguintes parcelas referentes ao valor excedente ao dividendo mínimo obrigatório foram
registradas no patrimônio líquido como “Dividendo adicional proposto”:
Controladora
2014
2013
Dividendos
Juros sobre o capital próprio
428.956
20.317
449.273
474.004
22.389
496.393
Devido à antecipação de dividendos, comentada anteriormente, ter sido distribuída em
valor superior ao mínimo obrigatório, não há passivo registrado em 31 de dezembro de
2014 referente a tal obrigação.
c) Ações em tesouraria
Em 31 de dezembro de 2014, a rubrica “Ações em tesouraria” possuía a seguinte
composição:
74
Natura Cosméticos S.A.
Saldo no início do exercício
Utilizadas
Saldo no fim do exercício
Quantidade
de ações
2.120.459
(1.165.875)
954.584
2014
R$
(em milhares)
83.984
(46.133)
37.851
Preço médio
por ação - R$
39,61
39,57
39,65
Em 31 de dezembro de 2013, a rubrica “Ações em tesouraria” possuía a seguinte
composição:
Saldo no início do exercício
Adquiridas
Utilizadas
Saldo no fim do exercício
Quantidade
de ações
1.941.345
1.375.500
(1.196.386)
2.120.459
2013
R$
(em milhares)
66.105
60.172
(42.293)
83.984
Preço médio
por ação - R$
34,05
43,75
35,35
39,61
d) Ágio na emissão de ações
Refere-se ao ágio gerado na emissão das 3.299 ações ordinárias, decorrente da
capitalização das debêntures no montante de R$100.000, ocorrida em 2 de março de
2004. Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2014, a utilização de 1.196.386
ações em tesouraria pelo plano de outorga de opções de ações consumiu R$12.349 de
ágio.
e) Reserva legal
Em virtude do saldo da reserva legal, somado às reservas de capital de que trata o
parágrafo 1º do artigo 182 da Lei nº 6.404/76, ter ultrapassado 30% do capital social, a
Sociedade, em conformidade com o estabelecido no artigo 193 da mesma Lei, decidiu
por não constituir a reserva legal sobre o lucro líquido auferido nos exercícios a partir de
2006.
f) Reserva de lucros
Em 31 de dezembro de 2014, a Sociedade constituiu reserva de retenção de lucros em
R$27.227 nos termos do artigo 196 da Lei nº 6.404/76.
A Assembleia Geral Ordinária que aprovará estas demonstrações financeiras efetuará
também as deliberações necessárias a fim de atender as disposições legais sobre o limite
do saldo da reserva de lucro.
g) Outros resultados abrangentes
A Sociedade reconhece nesta rubrica o efeito das variações cambiais sobre os
investimentos em controladas no exterior, os ganhos e perdas atuarias provenientes do
plano de benefício a funcionários e resultado em operações de hedge de fluxo de caixa.
Para as variações cambiais o efeito acumulado será revertido ao resultado do exercício
como ganho ou perda somente em caso de alienação ou baixa do investimento. Para
perdas e ganhos atuariais, os valores serão reconhecidos no momento da reavaliação do
75
Natura Cosméticos S.A.
passivo atuarial. As transações de hedge de fluxo de caixa serão transferidas ao resultado
do exercício se identificado parcela ineficaz e/ou quando do término da relação de hedge.
21. INFORMAÇÕES SOBRE SEGMENTOS DE NEGÓCIOS
Os segmentos operacionais são reportados de forma consistente com os relatórios gerenciais
fornecidos ao principal tomador de decisões operacionais para fins de avaliação de
desempenho de cada segmento e alocação de recursos. Conforme relatórios analisados para
tomadas de decisões da Administração, embora o principal tomador de decisões analise as
informações sobre as receitas em diversos níveis, a principal segmentação dos negócios da
Sociedade é baseada em vendas de cosméticos por regiões geográficas, as quais incluem a
seguinte segregação: Brasil (“Operação Brasil”), América Latina (“LATAM”) e demais
países (“Outros”). Além disso, a LATAM é analisada em dois grupos: (a) Argentina, Chile e
Peru (“Operações em Consolidação”); e (b) México e Colômbia (“Operações em
Implantação”). Os segmentos possuem características de negócios semelhantes e cada um
oferece produtos similares por meio da mesma metodologia de acesso aos consumidores.
A receita líquida por região está representada da seguinte forma no exercício findo em 31 de
dezembro de 2014:
• Operação Brasil: 80,9%
• Operações em Consolidação: 9,9%
• Operações em Implementação: 5,6%
• Outros: 3,6%
As práticas contábeis de cada segmento são as mesmas descritas na nota explicativa nº 2. O
desempenho dos segmentos da Sociedade foi avaliado com base nas receitas operacionais
líquidas, no lucro líquido do exercício e no ativo não circulante. Essa base de mensuração
exclui os efeitos de juros, imposto de renda e contribuição social, depreciação e amortização.
Nas tabelas a seguir há informação financeira sumariada relacionada aos segmentos da
Sociedade para 31 de dezembro de 2014 e de 2013. Os valores fornecidos ao Comitê
Executivo com relação ao resultado e ao total de ativos são consistentes com os saldos
registrados nas demonstrações financeiras, bem como com as políticas contábeis aplicadas.
Receita
Líquida
Brasil
Argentina, Chile e Peru
México e Colômbia
Outros (*)
Consolidado (atribuível a
acionistas controladores da
Sociedade)
76
2014
Lucro
Depreciação e
(Prejuízo)
Líquido
amortização
Resultado
Imposto
financeiro
de renda
5.999.479
735.351
417.927
255.665
728.459
54.578
(24.608)
(25.611)
(165.091)
(6.215)
(4.170)
(14.335)
(267.057)
7.660
(8.976)
94
(306.236)
(38.113)
1.985
(12.808)
7.408.422
732.818
(189.811)
(268.279)
(355.172)
Natura Cosméticos S.A.
Receita
Líquida
Brasil
Argentina, Chile e Peru
México e Colômbia
Outros (*)
Consolidado (atribuível a
acionistas controladores da
Sociedade)
2013
Lucro
Depreciação e
(Prejuízo)
Líquido
amortização
Resultado
Imposto
Financeiro
de renda
5.880.224
659.037
312.191
158.859
868.110
46.680
(41.114)
(31.068)
(173.072)
(6.718)
(4.108)
(9.100)
(148.372)
(11.744)
(1.035)
2.901
(383.053)
(20.056)
(4.731)
(2.100)
7.010.311
842.608
(192.998)
(158.250)
(409.940)
2014
2013
Ativo
Passivo
não circulante circulante
Brasil
Argentina, Chile e Peru
México e Colômbia
Outros (*)
Consolidado
(*)
2.649.231 2.763.771
72.552
227.865
28.235
Ativo
total
Ativo não
circulante
6.287.268
455.150
63.376
132.399
210.781
63.984
2.960.799 3.118.996
325.266
7.200.083
Passivo
circulante
2.483.488 1.998.633
41.403 168.869
17.551
Ativo
total
5.453.787
348.993
95.469
151.013
192.946
63.869
2.735.388 2.326.840
294.528
6.248.321
Inclui operações da França, Corporativo LATAM e Emeis.
A Sociedade possui apenas uma classe de produtos comercializados pelos(as)
Consultores(as) Natura denominada “Cosméticos”. Dessa forma, a divulgação da receita por
classe de produtos não é aplicável.
A Sociedade possui uma carteira de clientes pulverizada, sem nenhuma concentração de
receita.
A receita de partes externas informadas ao Comitê Executivo foi mensurada de maneira
condizente com aquela apresentada na demonstração do resultado.
22. RECEITA LÍQUIDA
Controladora
2014
2013
Receita bruta:
Mercado interno
Mercado externo
Outras vendas
Devoluções e cancelamentos
Impostos incidentes sobre as vendas
Receita líquida
8.180.748
102
8.180.850
(20.390)
(1.786.322)
6.374.138
8.039.201
182
8.039.383
(17.755)
(1.678.758)
6.342.870
Consolidado
2014
2013
8.181.652
1.767.126
1.527
9.950.305
(33.089)
(2.508.794)
7.408.422
8.037.618
1.412.804
1.281
9.451.703
(27.632)
(2.413.760)
7.010.311
77
Natura Cosméticos S.A.
23. DESPESAS OPERACIONAIS E CUSTOS DOS PRODUTOS VENDIDOS
(a) Está demonstrada a seguir a abertura por função das despesas operacionais e dos
custos dos produtos vendidos:
Controladora
2013
2014
Custo dos produtos vendidos
Despesas com vendas, marketing e logística
Despesas Administrativas, P&D, TI e Projetos
Total
Consolidado
2014
2.379.802
1.946.835
799.194
5.125.831
2.377.727
2.076.516
785.107
5.239.350
2013
2.111.120
2.449.437
1.042.617
5.603.174
2.250.120
2.680.091
1.133.346
6.063.557
(b) Está demonstrada a seguir a abertura por natureza das despesas operacionais e dos
custos dos produtos vendidos:
Controladora
Consolidado
2014
2013
2014
2013
Custo dos produtos vendidos
Matéria Prima/Material de Embalagem
Mão de Obra
Depreciação e amortização
Outros
2.377.727
2.377.727
-
2.379.802
2.379.802
-
2.250.120
1.822.473
211.861
61.151
154.635
2.111.120
1.718.757
183.456
65.689
143.218
Despesas com vendas, marketing e logística
Fretes
Marketing, força de vendas e demais despesas com
vendas
Depreciação e amortização
2.076.516
294.152
1.946.835
286.251
2.680.091
300.192
2.449.437
291.583
1.759.703
1.636.614
2.356.696
2.131.473
22.661
23.970
23.203
26.381
785.107
723.670
61.437
5.239.350
799.194
733.795
65.399
5.125.831
1.133.346
218.127
809.762
105.457
1.042.617
183.234
759.632
99.751
5.603.174
Despesas administrativas, P&D, TI e Projetos
Investimentos em Inovação
Demais despesas Administrativas
Depreciação e amortização
Total
6.063.557
24. DESPESAS DE BENEFÍCIOS A COLABORADORES
Controladora
2014
2013
Salários, participação nos resultados e bonificações
Ganhos baseados em ações (nota explicativa nº24.1)
Plano de previdência complementar
(nota explicativa nº 24.2)
Impostos e contribuições sociais
Total
Consolidado
2014
2013
342.787
3.406
308.327
3.338
808.747
4.087
741.562
5.012
(816)
7.331
2.448
12.491
110.121
455.498
106.340
425.336
194.700
1.009.982
170.836
929.901
24.1. Ganhos baseados em ações
O Conselho de Administração reúne-se anualmente para, dentro das bases do
programa, estabelecer o plano, indicando os diretores e gerentes que receberão as
opções e a quantidade total a ser distribuída.
78
Natura Cosméticos S.A.
No formato válido até o ano 2008, os planos possuem prazo de quatro anos para
elegibilidade ao exercício das opções, sendo 50% ao final do terceiro ano e 50% ao
final do quarto ano, havendo ainda um prazo máximo de dois anos para o exercício das
opções após o término do quarto ano de elegibilidade.
Em 2009, o formato do programa foi alterado, passando o prazo de elegibilidade ao
exercício de 100% das opções para o final do quarto ano após a sua outorga, com a
possibilidade de sua antecipação para três anos, mediante a condição de cancelamento
de 50% das opções outorgadas nos planos. Foi fixado o prazo máximo de quatro anos
para o exercício das opções após o término do quarto ano de elegibilidade.
Em 2014 foram outorgadas 1.517.535 opções pelo preço de exercício de R$ 38,40.
As variações na quantidade de opções de compra de ações em circulação e seus
correspondentes preços médios ponderados do exercício estão apresentados a seguir:
2014
Preço médio de
exercício por
ação - R$
Saldo no início do
Exercício
Concedidas
Canceladas
Exercidas
Saldo no fim do Exercício
43,97
38,40
48,60
29,04
47,30
Opções
(milhares)
6.461
1.518
(1.517)
(1.166)
5.296
2013
Preço médio de
exercício por
Opções
ação - R$
(milhares)
35,52
51,95
46,24
29,65
43,97
5.985
2.388
(716)
(1.196)
6.461
Das 5.296 mil opções existentes em 31 de dezembro de 2014 (6.461 mil opções em 31
de dezembro de 2013), 1.939 mil opções (2.374 mil opções em 31 de dezembro de
2013) são exercíveis. As opções exercidas em 2014 resultaram na utilização de 1.166
mil ações do saldo de ações em tesouraria (1.196 mil ações no exercício findo em 31
de dezembro de 2013).
A despesa (reversão) referente ao valor justo das opções concedidas reconhecida no
exercício findo em 31 de dezembro de 2014, de acordo com o prazo transcorrido para
aquisição do direito ao exercício das opções, foi de R$ (816) e R$2.448 na
controladora e no consolidado, respectivamente (R$7.331 e R$12.491,
respectivamente, na controladora e no consolidado em 31 de dezembro de 2013).
As opções de compra de ações em circulação no fim do exercício têm as seguintes
datas de vencimento e preços de exercício atualizados:
Em 31 de dezembro de 2014
Data da outorga
22 de abril de 2009
19 de março de 2010
23 de março de 2011
18 de março de 2013
Preço de
exercício R$
30,67
45,00
52,51
57,39
Opções
existentes
Vida
remanescente
contratual
(anos)
Opções
exercíveis
467.749
962.491
1.017.783
1.580.771
2,34
3,26
4,27
6,30
467.749
962.491
508.892
-
79
Natura Cosméticos S.A.
17 de março de 2014
38,40
1.267.684
5.296.478
7,31
1.939.132
Em 31 de dezembro de 2013
Data da outorga
22 de abril de 2008
22 de abril de 2009
19 de março de 2010
23 de março de 2011
18 de março de 2013
Preço de
exercício R$
26,42
28,82
42,49
49,35
53,93
Opções
existentes
277.856
1.355.815
1.480.171
1.251.405
2.095.861
6.461.108
Vida
remanescente
contratual
(anos)
0,31
3,36
4,28
5,28
7,32
Opções
exercíveis
277.856
1.355.815
740.086
2.373.757
Em 31 de dezembro de 2014, o preço de mercado era de R$31,85 (R$41,37 em 31 de
dezembro de 2013) por ação.
As opções foram mensuradas ao valor justo na data da outorga com base na norma
IFRS 2 - Pagamento Baseado em Ações. A média ponderada do valor justo das opções
em 31 de dezembro de 2014 é de R$11,47.
As opções foram precificadas com base no modelo “Binomial” e os dados
significativos incluídos no modelo para precificação do valor justo das opções
concedidas em 2014 foram:
24.2.
•
Volatilidade de 30,4% (30% em 18 de março de 2013);
•
Rendimento de dividendos de 5,65% (4% em 18 de março de 2013);
•
Vida esperada da opção correspondente a três e quatro anos;
•
Taxa de juros livre de risco anual de 12,9% (8,7% em 18 de março de 2013).
Plano de previdência complementar
A Sociedade e suas controladas patrocinam dois planos de benefícios a colaboradores,
sendo um de complementação de benefícios de aposentadoria, por intermédio de um
plano de previdência complementar administrado pela Brasilprev Seguros e Previdência
S.A., e um de extensão de assistência médica para ex-funcionários aposentados.
O plano de previdência complementar é estabelecido na forma de “contribuição
definida”, criado em 1º de agosto de 2004 e elegível para todos os colaboradores
admitidos a partir daquela data. Nos termos do regulamento desse plano, o custeio é
paritário, de modo que a parcela da Sociedade equivale a 60% daquela efetuada pelo
colaborador de acordo com uma escala de contribuição embasada em faixas salariais, que
variam de 1% a 5% da remuneração do colaborador.
Em 31 de dezembro de 2014, não existiam passivos atuariais em nome da Sociedade e de
suas controladas decorrentes do plano de previdência complementar.
80
Natura Cosméticos S.A.
As contribuições realizadas pela Sociedade e por suas controladas totalizaram R$3.406
na controladora e R$ 4.087 no consolidado, no exercício findo em 31 de dezembro de
2014 (R$ 3.338 na controladora e R$ 5.012 no consolidado em 31 de dezembro de
2013), as quais foram registradas como despesa no resultado do exercício.
25. RECEITAS (DESPESAS) FINANCEIRAS
Controladora
2014
2013
Receitas financeiras:
Juros com aplicações financeiras
Ganhos com variações monetárias e cambiais (a)
Ganhos com operações de “swap” e “forward”(c)
Outras receitas financeiras
Despesas financeiras:
Juros com financiamentos
Perdas com variações monetárias e cambiais (b)
Perdas com operações de “swap” e “forward”(d)
Ganhos (perdas) no ajuste a valor de mercado de derivativos
“swap” e “forward”
Outras despesas financeiras
Receitas (despesas) financeiras
Consolidado
2014
2013
103.152
285.104
22.343
410.599
52.521
459
240.647
15.647
309.274
126.148
13.014
314.647
30.028
483.837
71.002
18.257
254.351
20.612
364.222
(120.977)
(238.810)
(202.145)
(25.150)
(67.423)
(200.022)
(138.536)
(8.399)
(168.135)
(255.123)
(225.914)
(24.313)
(99.158)
(211.332)
(151.381)
(18.379)
(39.142)
(626.224)
(20.814)
(435.194)
(78.631)
(752.116)
(42.222)
(522.472)
(215.625)
(125.920)
(268.279)
(158.250)
As aberturas a seguir têm o objetivo de explicar melhor os resultados das operações de
proteção cambial contratadas pela Sociedade, bem como, as respectivas contrapartidas
registradas no resultado financeiro demonstrado no quadro anterior:
Controladora
2013
2014
Ganhos com variações monetárias e cambiais:
Variações cambiais das importações
Variação cambial dos recebíveis de exportação
Variações monetárias dos financiamentos
(a)
Perdas com variações monetárias e cambiais:
Variações cambiais das contas a pagar nas controladas no exterior
Variações cambiais dos empréstimos
Variações cambiais das importações
(b)
Ganhos com operações de “swap” e “foward”:
Receita dos cupons cambiais dos “swap”
Variações cambiais dos instrumentos de “swap”
Receita da taxa pré “swap”
(c)
(238.762)
(48)
(238.810)
46.511
238.593
285.104
459
459
Consolidado
2014
2013
4.571
8.443
13.014
12.566
5.554
137
18.257
(1.222)
(200.022) (253.901)
(200.022) (255.123)
(9.881)
(201.451)
(211.332)
40.036
200.611
240.647
46.490
254.537
13.620
314.647
40.036
201.477
12.838
254.351
81
Natura Cosméticos S.A.
Controladora
2013
2014
Perdas com operações de “swap” e “foward”:
Custos financeiros instrumentos “swap”
Variação cambial do “foward”
(d)
(202.145)
(202.145)
Consolidado
2014
2013
(130.157) (224.820)
(8.379)
(1.094)
(138.536) (225.914)
(143.002)
(8.379)
(151.381)
26. OUTRAS RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS, LÍQUIDAS
Controladora
2014
Resultado na venda de imobilizado
Crédito de INSS (a)
Reversão de contraprestação contingente (b)
Créditos extemporâneos de PIS e COFINS
Subsídio BNDES, FINAME e FINEP (c)
Crer para ver (d)
Outras receitas (despesas) operacionais
Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas
(4.823)
3.822
6.806
(18.389)
299
(12.285)
2013
1.064
1.731
2.458
(16.198)
(6.223)
(17.168)
Consolidado
2014
(8.899)
7.223
6.231
6.226
26.156
(18.389)
1.259
19.807
2013
13.397
7.299
8.366
(16.198)
(4.005)
8.859
(a) Crédito de INSS sobre 1/3 de férias, reconhecido com base na evolução do julgamento no
STJ.
(b) Refere-se ao ajuste da contraprestação contingente conforme mencionado na nota explicativa
n° 29.a).
(c) Refere-se à reclassificação da despesa de juros de empréstimos subsidiados do resultado
financeiro conforme pronunciamento contábil CPC07.
(d) Destinação do resultado obtido na operação do projeto crer para ver ao Instituto Natura.
27. LUCRO POR AÇÃO
27.1. Básico
O lucro básico por ação é calculado mediante a divisão do lucro atribuível aos acionistas
da Sociedade pela quantidade média ponderada de ações ordinárias emitidas durante o
exercício, excluindo as ações ordinárias compradas pela Sociedade e mantidas como
ações em tesouraria.
2014
Lucro atribuível aos acionistas da Sociedade
2 ponderada da quantidade de ações ordinárias emitidas
Média
7 ponderada das ações em tesouraria
Média
Média
ponderada da quantidade de ações ordinárias em circulação
.
2
.
Lucro básico por ação - R$
82
732.818
431.239.264
(1.796.383)
429.442.881
1,7064
2013
842.608
431.239.264
(1.731.895)
429.507.369
1,9618
Natura Cosméticos S.A.
27.2. Diluído
O lucro por ação diluído é calculado ajustando-se a média ponderada da quantidade de
ações ordinárias em circulação supondo a conversão de todas as ações ordinárias
potenciais que provocariam diluição. A Sociedade tem apenas uma categoria de ações
ordinárias potenciais que provocariam diluição: as opções de compra de ações.
2014
Lucro atribuível aos acionistas da Sociedade
Média ponderada da quantidade de ações ordinárias em
circulação
Ajuste por opções de compra de ações
Quantidade média ponderada de ações ordinárias para o
lucro diluído por ação
Lucro diluído por ação - R$
2013
732.818
842.608
429.442.881
1.123.308
429.507.369
712.302
430.566.189
430.219.671
1,7020
1,9586
28. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS
28.1.
Os saldos a receber e a pagar por transações com partes relacionadas estão
demonstrados a seguir:
Controladora
2014
2013
Ativo circulante:
Natura Inovação e Tecnologia de Produtos Ltda. (a)
Natura Logística e Serviços Ltda. (b)
Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda. (c)
Natura Biosphera Comércio
Passivo circulante:
Fornecedores:
Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda. (c)
Natura Logística e Serviços Ltda. (d)
Natura Inovação e Tecnologia de Produtos Ltda. (e)
1.709
1.261
4.007
18
6.995
2.072
1.927
5.370
9.369
253.605
19.873
30.627
304.105
249.843
12.886
13.789
276.518
255
452
Dividendos e juros sobre o capital próprio a pagar
As transações efetuadas com partes relacionadas estão demonstradas a seguir:
Controladora
Venda de produtos
Compra de produtos
2014
2013
2014
2013
Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda.
Natura Cosméticos S.A. - Brasil
Natura Cosméticos S.A. - Peru
Natura Cosméticos S.A. - Argentina
Natura Cosméticos S.A. - Chile
Natura Cosméticos S.A. - México
Natura Cosméticos Ltda. - Colômbia
Natura Europa SAS - França
Natura Inovação e Tecnologia de Produtos Ltda.
3.225.295
-
3.096.630
-
2.929.658
47.351
84.928
61.923
59.426
38.353
2.524
1.081
2.835.721
41.424
79.748
50.667
57.956
26.051
3.651
1.114
83
Natura Cosméticos S.A.
Natura Logística e Serviços Ltda.
Natura Biosphera Franqueadora Ltda.
3.225.295
3.096.630
Venda de serviços
2014
2013
Estrutura administrativa: (f)
Natura Logística e Serviços Ltda.
Natura Cosméticos S.A. - Brasil
Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda.
Natura Inovação e Tecnologia de Produtos Ltda.
Pesquisa e desenvolvimento de produtos e
tecnologias: (g)
Natura Inovação e Tecnologia de Produtos Ltda.
Natura Cosméticos S.A. - Brasil
Pesquisas e testes “in vitro”: (h)
Natura Innovation et Technologie de Produits SAS
- França
Natura Inovação e Tecnologia de Produtos Ltda.
Locação de imóveis e encargos
comuns: (i)
Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda.
Natura Logística e Serviços Ltda.
Natura Inovação e Tecnologia de Produtos Ltda.
Natura Cosméticos S.A. - Brasil
Total da venda ou compra de produtos
e serviços
298
3.096.630
51
3.225.295
Contratação
de serviços
2014
2013
204.884
204.884
233.375
233.375
160.309
29.066
15.509
204.884
183.511
32.247
17.617
233.375
216.427
216.427
210.178
210.178
216.427
216.427
210.178
210.178
436
1.591
-
-
436
1.591
436
436
1.591
1.591
7.293
7.293
8.171
8.171
5.019
2.015
259
7.293
4.734
1.903
1.534
8.171
3.654.335
3.549.945
3.654.335
3.549.945
(a) Adiantamentos concedidos para a prestação de serviços de desenvolvimento de
produtos e tecnologias e pesquisa de mercado.
(b) Adiantamentos concedidos para a prestação de serviço de logística e
administrativos em geral.
(c) Valores a pagar pela compra de produtos.
(d) Contas a pagar pela prestação dos serviços descritos no item (f).
(e) Contas a pagar pela prestação dos serviços descritos no item (g).
(f) Prestação de serviços logísticos e administrativos em geral.
(g) Prestação de serviços de desenvolvimento de produtos e tecnologias e pesquisa de
mercado.
(h) Prestação de serviços de pesquisas e testes “in vitro”.
84
Natura Cosméticos S.A.
(i) Locação de parte do complexo industrial situado no município de Cajamar.
Os principais saldos de ativos e passivos em 31 de dezembro de 2014 e de 2013, bem
como as transações que influenciaram os resultados dos exercícios findos naquelas
datas, relativos às operações com partes relacionadas decorrem de transações entre a
Sociedade e suas controladas.
Os preços, prazos e demais condições das transações entre a Sociedade, suas
subsidiárias e as demais partes relacionadas foram acordados em contratos entre as
partes.
Devido ao modelo das operações mantido pela Sociedade e por suas controladas, bem
como ao formato do canal de distribuição dos produtos, a qual é efetuada por meio de
vendas diretas por Consultores(as) Natura, parte substancial das vendas da controlada
Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda. é realizada para a controladora
Natura Cosméticos S.A. no Brasil e para as suas controladas no exterior.
Sobre os saldos a receber entre as empresas Natura em 31 de dezembro de 2014 e de
2013 não há provisão registrada para créditos de liquidação duvidosa, devido à
ausência de títulos em atraso com risco de realização.
Conforme detalhes mencionados na nota explicativa nº 15, tem sido prática entre as
empresas Natura conceder entre si avais e garantias para suportar operações de
empréstimos e financiamentos bancários.
Em 05 de junho de 2012, foi firmado um contrato entre a Indústria e Comércio de
Cosméticos Natura Ltda. e a Bres Itupeva Empreendimentos Imobiliários Ltda, (“Bres
Itupeva”), para a construção e locação de um centro de distribuição (HUB), na cidade
de Itupeva/SP. Os Srs. Antonio Luiz da Cunha Seabra, Guilherme Peirão Leal e Pedro
Luiz Barreiros Passos, integrantes do bloco de controle da Natura Cosméticos S.A.
detêm, indiretamente, o controle da Bres Itupeva.
Em maio de 2013, a empresa Eva Filmes Produção Audiovisual Ltda. ME, da qual um
dos sócios é filho do Sr. Alessandro Carlucci, ex-presidente da Natura Cosméticos
S.A., iniciou a prestação de serviços de produção original de vídeos para a Sociedade,
especialmente para o evento “Encontro Natura” e para o canal “Adoro Maquiagem”. O
prazo estimado do contrato é de 24 meses e o valor estimado é de R$ 797.
Em 26 de março de 2012, a Radar Cinema e Televisão Ltda. celebrou um contrato com
agencia de publicidade que presta serviços para Natura Cosméticos S.A. para a
produção e pelo uso dos direitos de propriedade intelectual relacionados ao programa
“TV Natura”, o qual resultou em despesas incorridas pela Natura Cosméticos S.A., no
valor de R$1.579. Os Srs. Antonio Luiz da Cunha Seabra, Guilherme Peirão Leal e
Pedro Luiz Barreiros Passos, integrantes do bloco de controle da Natura Cosméticos
S.A., detinham, indiretamente, participação na Radar Cinema e Televisão Ltda. até
meados de 2014. O prazo de vigência do referido contrato terminou em 30 de abril de
2013.
Em setembro de 2014 a Natura Cosméticos S.A. firmou com as empresas Dédalus
Administração e Participações Ltda.(“Dédalus”) e a empresa Homagus Administração
85
Natura Cosméticos S.A.
e Participações Ltda.(“Homagus”), contrato de cessão de aeronaves, tendo como
objeto a utilização destas. Em contrato, quando da utilização pela Natura Cosméticos
S.A. das aeronaves, o valor cobrado será o valor estabelecido no Regulamento
Brasileiro de Homologação Aeronáutica. As empresas Dédalus e Homagus são de
propriedade dos Srs. Guilherme Peirão Leal e Antonio Luiz Seabra, ambos integrantes
do bloco de controle da Natura Cosméticos S.A.
28.2.
Remuneração do pessoal-chave da Administração
A remuneração total do pessoal-chave da Administração da Sociedade está assim
composta:
Fixa
2014
Remuneração
Variável
(*)
Total
Fixa
2013
Remuneração
Variável
(*)
Total
Conselho de Administração
Diretores estatutários
6.387
8.612
14.999
4.368
4.368
6.387
12.980
19.367
6.541
7.664
14.205
1.357
2.992
4.349
7.898
10.656
18.554
Diretores não estatutários
36.262
14.127
50.389
35.701
9.853
45.554
(*) Refere-se à participação nos resultados a serem apurados no exercício. Os valores
contemplam eventuais complementos e/ou reversões à provisão efetuada no
exercício anterior, em virtude da apuração final das metas estabelecidas aos
conselheiros e diretores, estatutários e não estatutários.
28.3. Ganhos baseados em ações
Os ganhos de executivos da Sociedade estão assim compostos:
2014
Outorga de opções
Preço médio
Saldo das opções
de exercício (quantidade) (a)
R$ (b)
Diretores estatutários
Diretores não
estatutários
2013
Outorga de opções
Preço médio
Saldo das opções
de exercício (quantidade) (a)
R$ (b)
384.187
47,30
1.697.035
43,97
1.871.709
47,30
2.458.019
43,97
(a) Refere-se ao saldo das opções maduras (“vested”) e não maduras (“nonvested”),
não exercidas, nas datas dos balanços.
(b) Refere-se ao preço médio ponderado de exercício da opção dos planos de outorga,
atualizado pela variação da inflação apurada pelo Índice de Preços ao Consumidor
Ampliado - IPCA, até as datas dos balanços.
86
Natura Cosméticos S.A.
29. COMBINAÇÕES DE NEGÓCIOS (FINALIZADA EM 2013)
a) Emeis Holdings Pty Ltd
Em 28 de fevereiro de 2013, a Companhia, por meio da holding Natura Austrália
Pty Ltd. (“Natura Austrália”), finalizou a aquisição de 65% do capital votante da
Emeis Holdings Pty Ltd. (“Emeis”), pelo montante final de AU$ 71.104 milhões
de dólares australianos.
A Emeis tem como atividade básica o desenvolvimento e comercialização de
cosméticos e produtos de beleza premium e opera sob a marca “Aesop” na
Austrália, Ásia, Europa e América do Norte. A Sociedade adquiriu a Emeis para
iniciar a atuação em mercado de varejo e ampliar sua atuação no mercado
internacional.
A seguir são apresentados os valores justos dos ativos e passivos identificáveis da
Emeis na data da aquisição convertidos pela taxa de câmbio vigente em 28 de
fevereiro de 2013:
Valor justo
reconhecido na
aquisição (R$)
Ativos
Caixa e equivalência de caixa
Clientes
Estoques
Outros ativos
Impostos de Renda e Contribuição Social Diferidos
Imobilizado
Intangível
Intangível identificado:
Marcas
Relacionamento com clientes varejistas
Passivo
Fornecedores
Obrigações Tributárias
Obrigações Previdenciárias e Salários
Outras Provisões
Impostos de Renda e Contribuição Social Diferidos
Outras Contas a Pagar
10.896
5.304
12.024
5.021
3.054
15.607
3.931
79.691
1.286
136.814
Total dos ativos identificáveis líquidos
(4.414)
(275)
(1.163)
(1.389)
(24.457)
(5.727)
(37.425)
99.389
Participação de não controladores mensurada a valor justo
Depósitos restritos
Contraprestação contingente
Ágio na aquisição
Total da contraprestação
(34.786)
23.775
(16.178)
71.708
143.908
A mensuração dos ativos intangíveis foi concluída em dezembro de 2013 e resultou na atribuição
de valor justo à marca (“Aesop”) e relacionamento com clientes varejistas e indicou que o valor
justo na data da aquisição, convertido pela taxa de câmbio vigente em 31 de dezembro de 2013,
era de R$ 83.856, o qual foi reduzido do ágio apurado.
87
Natura Cosméticos S.A.
Os ativos intangíveis adquiridos na combinação de negócios possuem as seguintes vidas úteis
estimadas:
Marcas
Relacionamento com clientes varejistas
Anos
25
9
O ágio apurado na data de aquisição convertido pela taxa de câmbio vigente em 31 de dezembro
de 2013 representa R$74.132 e compreende o valor dos benefícios econômicos futuros oriundos
das sinergias decorrentes da aquisição.
A alocação dos valores aos ativos intangíveis identificados na data de aquisição promoveram a
efetivação de um passivo de impostos diferidos na data de aquisição e convertidos pela taxa de
câmbio vigente em 31 de dezembro de 2013, no valor de R$16.353, a ser reconhecido no decorrer
do prazo de amortização dos referidos ativos intangíveis.
Foi reconhecido na data de aquisição valor referente à contraprestação contingente referente a
pagamento adicional com base em determinados índices de performance no valor de R$16.753, o
valor original em moeda local foi convertido pela taxa de câmbio vigente em 31 de dezembro de
2013. Em 2014 foi concluído o processo de avaliação da contraprestação contingente relacionada
à aquisição de parte da “Aesop”, gerando um ajuste de R$6.231, conforme nota explicativa
n°26.b).
O valor nominal bruto dos recebíveis adquiridos, na data da aquisição e convertidos em Reais,
considerados pelo valor justo é de R$5.304 de curto prazo, e não tem expectativa de perda.
Os custos relacionados à aquisição de R$4.200 foram reconhecidos na demonstração do resultado
como despesas administrativas.
O valor justo da contraprestação foi de R$143.908, pagos integralmente em dinheiro à vista.
Desde 28 de fevereiro de 2013, data de sua aquisição, a Emeis contribuiu para a Sociedade, em
2013, com uma receita líquida de R$ 137.866 e lucro líquido de R$ 14.846, incluindo
participação de não controladores.
Caso sua aquisição tivesse ocorrido no início do exercício de reporte anual de 2013 a Emeis teria
contribuído para a Sociedade com uma receita líquida de R$ 155.156 e lucro líquido de R$ 3.055
(não auditado).
30. COMPROMISSOS ASSUMIDOS
30.1. Contratos de fornecimento de insumos
A controlada Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda. possui compromisso
decorrente de contrato de fornecimento de energia elétrica para suprimento de suas
atividades de manufatura, vigente até 2015, devendo ser adquirido o volume mínimo
mensal de 3,6 Megawatts, equivalente a R$373. Em 31 de dezembro de 2014, a
controlada estava adimplente com o compromisso desse contrato.
88
Natura Cosméticos S.A.
Os valores estão demonstrados por meio das estimativas de consumo de energia de
acordo com o prazo de vigência do contrato, cujos preços estão baseados nos volumes,
também estimados, resultantes das operações contínuas da controlada.
Os pagamentos totais mínimos de fornecimento, mensurados a valor nominal, segundo
o contrato, são:
2014
3.460
3.460
Menos de um ano
Mais de um ano e menos de cinco anos
2013
3.583
3.205
6.788
30.2. Obrigações por arrendamentos operacionais
A Sociedade e suas controladas mantêm compromissos decorrentes de contratos de
arrendamentos operacionais de imóveis onde estão localizadas algumas de suas
controladas no exterior e imóveis onde se localizam as “Casas Natura” no exterior.
Os contratos têm prazos de arrendamento entre um e dez anos e não possuem cláusula
de opção de compra no respectivo término, porém permitem renovações tempestivas
de acordo com as condições de mercado em que eles são celebrados, sendo em média
de dois anos.
Em 31 de dezembro de 2014, o compromisso assumido com as contraprestações
futuras desses arrendamentos operacionais possuía os seguintes prazos para
pagamento:
Controladora
2014
Menos de um ano
Mais de um ano e menos de cinco anos
Mais de cinco anos
Total
13.336
12.867
26.203
Consolidado
2014
30.171
25.883
1.419
57.473
31. COBERTURA DE SEGUROS
A Sociedade e suas controladas adotam uma política de seguros que considera,
principalmente, a concentração de riscos e sua relevância, contratados por montantes
considerados suficientes pela Administração, levando em consideração a natureza de suas
atividades e a orientação de seus consultores de seguros. A cobertura dos seguros, em
valores de 31 de dezembro de 2014, é assim demonstrada:
Item
Complexo industrial
Veículos
Lucros cessantes
Tipo de cobertura
Quaisquer danos materiais a edificações, instalações, estoques e
Máquinas e Equipamentos
Incêndio, roubo e colisão para 1.049 veículos
Não realização de lucros decorrentes de danos materiais
em instalações, edificações e máquinas e
equipamentos de produção
Importância
segurada
955.000
49.760
1.047.000
89
Natura Cosméticos S.A.
32. APROVAÇÃO PARA EMISSÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
As presentes demonstrações financeiras da Sociedade foram aprovadas para divulgação pelo
Conselho de Administração em reunião realizada em 11 de fevereiro de 2015.
90
Natura
Relatório de Administração 2014
Mensagem dos Fundadores
Compromisso com a Vida
“A água de São Paulo está no fim.”
Paulo Nogueira Neto, professor de Ecologia da USP e, à época, titular da Secretaria
Especial do Meio Ambiente, em reportagem da Folha de S.Paulo de 25/5/1977.
“2015 pode ser um ponto de virada no desenvolvimento humano, se concordarmos
sobre um caminho para a resiliência por meio de fortes acordos sobre redução do risco
de desastres, financiamento do desenvolvimento, mudanças climáticas e um novo
conjunto de objetivos de desenvolvimento sustentável.”
Ban Ki-moon, secretário-geral da Organização das Nações Unidas, no Fórum
Econômico Mundial, em Davos, janeiro de 2015.
Entre a advertência do respeitado e pioneiro ambientalista, em 1977, para a crise que
agora se evidencia em todo o Sudeste brasileiro e a exortação de Ban Ki-moon para o
ano que agora vivemos, o conhecimento dos riscos crescentes que pairam sobre a vida
planetária cresceu expressivamente e impõe a necessidade de uma transição
transformadora para a construção de uma civilização sustentável. Os impactos desta
crise hídrica certamente imporão um consumo mais consciente, assim como uma
valorização, tanto filosófica e emocional quanto material, nunca vista em nossa
coletividade. Temos, a partir do fenômeno climático vivido localmente e suas
consequências, um exemplo de como o ano de 2015, assim como propõe o secretáriogeral da ONU, poderá ser transformador. Em São Paulo, no Brasil e no mundo.
Já se foram mais de 20 anos de negociações e 15 de evoluções pontuais em torno dos
oito Objetivos do Milênio das Nações Unidas, metas propostas aos países de combate
aos principais problemas sociais e ambientais. Agora, ampliada a consciência e
aprofundados os fóruns de governança, é chegada a hora de darmos passos decisivos na
direção de construirmos um mundo reconectado com a ética da vida. Esse grande
concerto de nações em torno do bem comum terá, pelo menos, três atos marcantes: em
julho, em Adis Abeba, na Etiópia, pretende-se estabelecer o adequado direcionamento
aos trilhões de dólares previstos para os investimentos em infraestrutura; dois meses
depois, na Assembleia Geral da ONU, em Nova York, o mundo decidirá os Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável, que deverão orientar os esforços pós-2015; e, em
dezembro, em Paris, a Conferência de Mudanças Climáticas selará um novo acordo
global, que, esperamos, promova os avanços e compromissos necessários.
Sabemos que dependemos de uma complexa convergência de interesses, mas
entendemos que todos – governos, empresas, organizações da sociedade civil e
indivíduos – temos uma importante parcela de contribuição neste ambiente
interconectado e desafiador, em um mundo com recursos finitos. Nos 45 anos de
trajetória da Natura, amadurecemos a percepção de que somos agentes de
transformação da sociedade a partir da genuína interação com todos aqueles que fazem
parte de nossa rede de relações.
Movidos por essa convicção, renovamos em 2014 nossos compromissos coletivos com o
futuro ao lançarmos nossa Visão de Sustentabilidade 2050. Nela, organizamos um
conjunto de diretrizes com o intuito de expandir nossa geração de valor a partir da
promoção do bem estar bem e provocar impacto econômico, social e ambiental positivo
no mundo. Ao mesmo tempo, obtivemos a certificação de Empresa B, que identifica
com parâmetros claros as companhias comprometidas com a construção de um mundo
melhor. Estamos honrados por fazer parte desse movimento global de empresas com
propósitos transformadores de nossa sociedade e assumimos o compromisso de
contribuir para que prospere e atraia novos parceiros.
Em um paralelo com o cenário externo, 2015 também se desenha como um ponto de
inferência para a própria empresa. Devemos reconhecer que, embora tenhamos muitas
conquistas a celebrar, ainda há importantes e urgentes avanços a realizar,
especialmente quando olhamos para o nosso desempenho recente no Brasil. A força da
Natura está em nossas origens. Contamos com nossos fundamentos, com a valiosa rede
de relações que tecemos ao longo do tempo e com importantes evoluções recentes, fruto
de significativos investimentos em infraestrutura, tecnologia e logística.
Acompanhamos também com grande entusiasmo a crescente aceitação de nossa
proposta de valor nos países em que operamos na América Latina.
Este novo ciclo da Natura passa a ser liderado pelo experiente executivo Roberto Lima,
que já integrava o Conselho de Administração e aceitou prontamente o convite para
assumir a posição de diretor-presidente, dando continuidade ao trabalho desenvolvido
por Alessandro Carlucci, a quem agradecemos os 25 anos dedicados à companhia, dez
deles à frente do Comitê Executivo. Estamos confiantes de que essa transição vai
representar um novo impulso para o nosso futuro. Da mesma forma, convidamos toda
a nossa rede de relações a engajar-se neste importante momento de definição dos
rumos de nossa civilização para que, acima de quaisquer ideologias, ambições,
necessidades ou lógicas de mercado, possamos buscar orientar a atividade humana no
planeta a partir da valorização da vida.
Antonio Luiz da Cunha Seabra
Guilherme Peirão Leal
Pedro Luiz Barreiros Passos
Mensagem do Comitê Executivo
Nosso contrato com a Sociedade
Ter coerência e firmeza de propósito costuma ser determinante para se alcançar
objetivos nos mais diversos campos da vida. Nos negócios, não seria diferente. Em
quase meio século, a Natura tem se mantido fiel à vocação de, a partir de sua rede de
relações, buscar gerar valor, não apenas econômico, mas também ambiental e social.
Por esta razão, nosso comportamento empresarial foi reconhecido em 2014 com a
obtenção da certificação de Empresa B, que identifica globalmente as companhias
comprometidas em proporcionar um retorno que vai além do lucro. Sabemos que o
resultado financeiro é um habilitador fundamental para que possamos ser, cada vez
mais, uma empresa melhor para o mundo, mas também temos consciência que nosso
contrato social inclui bem mais do que compromissos entre aqueles que o assinaram.
Ele é, de fato, com toda a sociedade.
Tendo isso em mente, amadurecemos nos últimos anos o entendimento de que o ciclo
estratégico que nos impulsionou à liderança do mercado de cosméticos, fragrâncias e
higiene pessoal no Brasil necessita evoluir. Nossa proposta de valor, baseada na
promoção do bem estar bem, na venda por relações e no alinhamento ao
desenvolvimento sustentável, permanece poderosa, mas sua tradução em produtos,
expressões e ações deve se ajustar à realidade do ambiente de negócios, cada vez mais
dinâmico e competitivo.
Os resultados de 2014 refletem esse cenário de transição. É importante reconhecer que
ficaram abaixo de nossas expectativas no Brasil, onde nossos negócios cresceram 1,9%
enquanto o mercado-alvo total voltou a demonstrar vigor e se ampliou em cerca de
10%. Nas operações da América Latina, mantivemos o ritmo acelerado de expansão dos
últimos três anos com destaque para o avanço de nossa rede de consultoras, que já
soma mais de 400 mil nos cinco países em que atuamos. A Aesop, adquirida em 2013,
também apresenta um desempenho vibrante e encerrou o ano com 98 lojas ao redor do
mundo. Assim, nossa receita líquida consolidada foi de R$ 7,4 bilhões, com Ebitda de
R$ 1,6 bilhão e lucro líquido de R$ 732,8 milhões.
Prosseguimos em 2014 com um relevante ciclo de investimentos, que destinou nos
últimos quatro anos cerca de R$ 2 bilhões para a mudança de patamar de nossa
infraestrutura tecnológica e de produção e logística. Inauguramos estruturas que irão
suportar nosso crescimento futuro, como o complexo industrial do Ecoparque, no Pará,
a nova fábrica em Cajamar e o novo Centro de Distribuição em São Paulo, além da
consolidação e evolução de nossa plataforma de tecnologia digital. Nas operações da
América Latina, duplicamos nossa capacidade de separação de pedidos no Chile, Peru,
Argentina e México.
Com o aumento de nossa capacidade de análise de dados e das ferramentas de
conectividade, temos a oportunidade de potencializar a venda por relações, tornando a
Natura, nossas consultoras e nossos clientes ainda mais próximos. Agora podemos
identificar as necessidades individuais e os hábitos de consumo e proporcionar um
relacionamento ainda mais personalizado, indo muito além da simples segmentação
geográfica ou social. Entendemos que a oferta, por muitos anos imbatível da Natura,
procurou levar de forma homogênea o bem estar bem para todos, sempre apoiada por
relações, produtos e compromissos que nos diferenciavam. Com a ampliação da
concorrência, seja no varejo ou na venda direta, nossa presença e nossa voz sofrem
interferência. Acreditamos que chegou o momento de, complementarmente ao bem
estar bem para todos, propor o bem estar bem para cada um, utilizando a tecnologia
como habilitadora do estreitamento dos laços com cada indivíduo, a exemplo do que já
construímos com nossa rede.
Como resultado desse novo momento, a Rede Natura, nosso canal digital a serviço das
consultoras, foi desenvolvida para acompanhar as evoluções nas formas e hábitos de
relacionamento das pessoas. Vale destacar que estamos muito focados em aproveitar as
inúmeras oportunidades do mundo digital, como já alcançamos, por exemplo, no
campo transacional, onde 98% dos nossos pedidos são feitos pela internet.
Os nossos mais de 6 mil colaboradores no Brasil e nas Operações Internacionais têm
papel imprescindível nas evoluções que queremos realizar. Para eles, desenhamos um
novo modelo de gestão de pessoas e da cultura organizacional, que atende às recentes
transformações no ambiente de trabalho e busca aproximá-los ainda mais da estratégia
do negócio.
Trabalhamos juntos para seguir inovando, seja em nossa estrutura comercial, seja na
elaboração de produtos e conceitos. Nesse sentido, entendemos que o constante avanço
na direção do desenvolvimento sustentável é um importante vetor de inovação e, por
isso, renovamos em 2014 nossas ambições e prioridades com o lançamento da Visão de
Sustentabilidade 2050. Gerar o impacto positivo em todas as frentes de interação da
Natura com as pessoas e o meio ambiente é, em essência, reafirmar nosso contrato com
a sociedade.
Inspirados na trajetória que nos credencia a assumir esse grande compromisso,
queremos convidar todos que se identificam com a Natura a engajarem-se nessa
jornada de transformação consciente e responsável da geração de valor para toda nossa
rede de relações.
Roberto Lima
Diretor-presidente
Indicadores destaque
Receita líquida (R$ bilhões)
Receita líquida 2010: 5,1
Receita líquida 2014: 7,4
Média crescimento ao ano (%): +10
Receita líquida Operações Internacionais (R$ milhões)
Receita líquida 2010: 372,1
Receita líquida 2014: 1.419,2
Média crescimento ao ano (%): +40
Dividendos (R$ por ação)
2010: 1,65
2014: 1,63
Média redução ao ano (%): - 0,3
Número de consultoras Natura (milhares)
2010: 1.221
2014: 1.743
Média crescimento ao ano (%): +9
Emissão relativa de CO2 (Kg de CO2e/kg de produto)*
2012: 3,21
2014:2,99
* redução acumulada: 6,9
Apresentação
O Relatório de Administração 2014 é a primeira publicação do processo unificado de
divulgação de resultados da Natura, que também abrange o Relatório Anual, com
informações detalhadas sobre o desempenho da companhia no ano e suas ambições
futuras. O lançamento do Relatório Anual ocorre em 14 de abril.
Damos continuidade aos esforços para atender às diretrizes do IIRC (International
Integrated Reporting Council), que busca consolidar a comunicação integrada de
resultados – financeiros e não financeiros – para expressar a gestão do negócio.
A Natura
Líder do setor de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos no Brasil, a Natura dedicase, desde a sua fundação, em 1969, a criar valor ampliado para toda a sua rede de
relações. Em 2014, a Natura tornou-se a maior companhia do mundo a alcançar a
certificação de Empresa B, que atesta seu compromisso em aliar desenvolvimento
econômico e promoção do bem-estar social e ambiental.
A partir do modelo de venda direta, oferecemos oportunidade de negócio e de geração e
complementação de renda a mais de 1,3 milhão de consultoras Natura no Brasil e 400
mil nas Operações Internacionais (Argentina, Chile, Colômbia, França, México e Peru),
além de atuar continuamente para impulsionar o lado empreendedor dessa rede por
meio de capacitações e movimentos pioneiros, que relacionam os ganhos econômicos
ao fazer bem à sociedade e ao cuidado com o meio ambiente.
Com os cerca de 6,6 mil colaboradores no Brasil e no exterior, focamos o despertar de
competências que aprimorem o negócio e busquem contribuir para o bem comum.
Dedicamos, ainda, atenção especial para desenvolver nossos fornecedores e as 33
comunidades com quem mantemos relacionamento. Elas fornecem de forma
sustentável os ativos da biodiversidade, base tecnológica de nossos produtos.
Para viabilizar esse modo de conduzir o negócio, contamos com uma base robusta de
infraestrutura, logística e tecnologia digital. Mantemos um serviço de entrega dos
pedidos cada vez mais ágil (38% são atendidos em 48 horas). Contamos com fábricas
próprias em Cajamar, nossa sede, e Benevides (PA), onde inauguramos o complexo
industrial Ecoparque, no início de 2014. Temos, ainda, oito centros de distribuição no
Brasil. Por meio de fornecedores terceirizados, produzimos localmente na Argentina,
no México e na Colômbia. Possuímos também centros de distribuição nos países da
América Latina em que atuamos.
Desempenho 2014
Em 2014, a receita líquida da Natura no Brasil chegou a R$ 6 bilhões, expansão de 1,9%
em comparação com o ano anterior. Nas Operações Internacionais, demos
continuidade à estratégia de crescimento com eficiência e lucratividade, alavancada a
partir de 2010. As OIs representaram, no ano, 19,2% da receita consolidada (16,1% em
2013). Os dados incluem a marca australiana Aesop e a operação na França. A
produção local na América Latina superou 16 milhões de unidades (10,3 milhões em
2013).
No consolidado Brasil e OIs, registramos, em 2014, aumento de 5,7% na receita líquida,
que correspondeu a R$ 7,4 bilhões. O Ebitda foi de R$ 1,6 bilhão, e o lucro líquido
totalizou R$ 732,8 milhões, retração de 13% se comparado com 2013.
A receita abaixo da estimativa inicial impactou o desempenho em emissões relativas (kg
de CO2/kg de produto faturado) da companhia, 2% mais altas que o resultado anterior.
Ainda assim, se considerarmos 2012 – ano-base para a nova meta, que prevê redução
de outros 33% até 2020 –, obtivemos redução acumulada de 6,9%.
A riqueza distribuída aos públicos de relacionamento foi de R$ 13,6 bilhões. Para as
comunidades fornecedoras, distribuímos um total de R$ 8,9 milhões – em 2013 o valor
foi de R$ 11,2 milhões. O motivo da redução foi o escoamento do volume de insumos
estocado nos últimos anos.
De janeiro a outubro de 2014, o mercado CFT obteve crescimento de 14% no Brasil,
segundo dados da Sipatesp/Abihpec, com destaque para a categoria de higiene pessoal,
especialmente sabonetes, cabelos e desodorantes. A participação de mercado da Natura
registrou retração de 1,4 p.p. até outubro, apesar do bom desempenho observado no
segmento de perfumaria.
Na América Latina superamos a marca de 400 mil consultoras no conjunto dos cinco
países que operamos e mantivemos um ritmo de crescimento acelerado, com expansão
de lucratividade e aumento de preferência de marca. No Chile, Argentina e Peru a
Natura já está entre as marcas preferidas.
Infográfico
Modelo de Negócios
Orientados por nossa Essência, trabalhamos para desenvolver produtos e
conceitos que gerem valor para todos os públicos com os quais nos
relacionamos, atuando em diversas fases da nossa cadeia.
Nossa Essência
Produtos e conceitos inovadores que promovam o bem estar bem
Rede de relações por meio da qual comercializamos nossos produtos
Comportamento empresarial pautado pelo desenvolvimento sustentável
Fase 1: Concepção de produto
Nossos recursos
_Centro global de pesquisa, Núcleo de Inovação Natura na Amazônia e
escritório de inovação em Nova York
_Rede de inovação com mais de 220 parceiros, nacionais e internacionais.
Consultoras e clientes também envolvidos
Como transformamos
_Cálculo do impacto em emissões de GEE, resíduos e sociobiodiversidade antes
da concepção do produto
216 milhões de reais investidos em inovação em 2014 (3% da receita) e recursos
de fomento
O que entregamos
_30% do portfólio renovado a cada ano
_Portfólio que contribui para o desenvolvimento de temas socioambientais
Fase 2: Insumos
Nossos recursos
_Comunidades de relacionamento (3,1 mil famílias) e outros produtores
agrícolas que fornecem insumos como pitanga, castanha e buriti
_13,3% dos insumos adquiridos são da região amazônica
Como transformamos
_Repartição de benefícios
_Manejo sustentável
_Pesquisa de fontes renováveis de insumos para fórmulas e embalagens
O que entregamos
582 milhões de reais investidos até 2014 no desenvolvimento econômico e social
da Amazônia
% das emissões totais de carbono: 43% das emissões absolutas de CO2e
Fase 3: Fornecedores
Nossos recursos
_ 190 fornecedores de matérias-primas e embalagens, como fragrâncias, álcool
orgânico e vidro
Como transformamos
_Programas de seleção e desenvolvimento de fornecedores que consideram
temas socioambientais
O que utilizamos
_Evolução da gestão socioambiental dos negócios dos parceiros
% das emissões totais de carbono: 10% das emissões absolutas de CO2e
Fase 4: Processos internos
Nossos recursos
_ 39,91% de ações em circulação no mercado de capitais
_R$ 505,7 milhões investidos em Capex
_6,6 mil colaboradores
Como transformamos
_Visão de sustentabilidade que integra o tema aos planos de negócios e aponta
as prioridades para 2020
_produção no Brasil, na América Latina e na Austrália (Aesop)
O que entregamos
_Geração de caixa próxima a 0,14 vezes o Ebitda e baixo endividamento líquido
(1,08 vezes o Ebitda)
% das emissões totais de carbono: 9% das emissões absolutas de CO2e
Fase 5: Transportes
Nossos recursos
_13 centros de distribuição no Brasil e nas OIs
_ Fornecedores de serviços de transporte
Como transformamos
_Alta capacidade tecnológica permite a separação de mais de 2,4 milhões de
itens para atender a mais de 61 mil pedidos por dia
Nossos recursos
_ 4,5 dias de prazo médio de entrega às CNs
_38% das entregas em 48 horas
_95,5% de entregas no prazo
_% das emissões totais de carbono: 15% das emissões absolutas de CO2e
Fase 6: Modelo comercial
Nossos recursos
_1,7 milhão de CNs no Brasil, na América Latina e na França e 13,3 mil CNOs
_Aesop, marca australiana com 98 lojas, em 14 países
Como transformamos
_Investimentos em marketing
_Estímulo ao desenvolvimento pessoal e ao empreendedorismo
_Treinamentos e ferramentas que potencializam a consultoria
_Expansão por meio de consultora digital
_Movimento Natura: rede de colaboração para apoio a projetos socioambientais
de CNs e outros públicos
O que entregamos
_ Movimento Natura: rede de colaboração para apoio a projetos
socioambientais de CNs e outros públicos
_Geração de desenvolvimento socioeconômico e humano das CNs
Fase 7: Consumo
Nossos recursos
_57% dos lares brasileiros têm produtos Natura pelo menos uma vez por ano¹
Como transformamos
_Garantia de qualidade e segurança dos produtos
_Transparência radical: rumo à rastreabilidade completa do portfólio
_Cocriando: iniciativa de inovação colaborativa envolvendo clientes
_Estímulo ao consumo sustentável e consciente
O que entregamos
_Promoção do bem estar bem e de experiências positivas
_ Liderança de marca no Brasil
_Crescimento consistente na preferência de marca nas OIs
__% das emissões totais de carbono: 23% das emissões absolutas de CO2e
1Kantar Worldpanel (outubro de 2013 a setembro de 2014).
Carbono
Emissão relativa de
GEE (kgCO2e/kg
produto faturado)¹
Emissões absolutas
de GEE (milhares
t)¹
Resíduos
% material
reciclado pósconsumo
% reciclabilidade de
produtos2
% embalagens
ecoeficientes3
Água
Consumo de água
(l/un prod.)
Indicadores
econômicos (R$
milhões)
Receita líquida
consolidada
Ebitda consolidado
Lucro líquido
consolidado
2012
3,21
2013
2,93
2014
2,99
299
328
332
2012
1,6
2013
1,4
2014
1,2
84
56
58
14
22
29
2012
0,40
2013
0,40
2014
0,45
2012
2013
2014
6.345,7
7.010,3
7.408,4
1.511,9
874,4
1.609,0
842,6
1.554,5
732,8
Geração interna de
caixa
Volume médio
diário negociado de
ações
Percentual de OIs
na receita (%)
Demais
indicadores
Número de CNs
(milhares)
Avaliação global de
pesquisa de
imagem de marca
no Brasil (%)5
Arrecadação Crer
para Ver Brasil
(Educação) – (R$
milhões)
Arrecadação Crer
para Ver OIs
(Educação) – (R$
milhões)
Negócios
acumulados na
região amazônica
(R$ milhões)
1.018,9
1.023,9
922,6
54,3
61,1
47,8
11,6
16,14
19,24
2012
2013
2014
1.573
1.657
1.743
79
78
74
12,8
17,1
18,8
4,5
4,8
6,8
122
385
582
1 Houve mudanças no fator de emissão no inventário de GEE. Os dados de 2012 e 2013 foram
recalculados para garantir comparabilidade.
2 Em 2014, o indicador passou a incorporar mais aspectos e o valor de 2013 foi recalculado para
garantir comparabilidade.
3 O indicador foi redefinido em 2014, passando a incorporar embalagens com redução de, no
mínimo, 50% em relação à embalagem regular/similar ou que apresentam 50% de sua
composição com MRPC e/ou material renovável não celulósico, desde que apresentem aumento
de massa.
4Considera a Aesop.
5 Pesquisa Brand Essence - Instituto Ipsos.
Distribuição de riqueza (R$
milhões)
2012
2013
2014
Acionistas¹
Consultoras2
Colaboradores
Fornecedores
Governo
846
3.671
803
4.837
1.743
854
4.107
917
5.425
1.804
702
4.152
1.010
5.989
1.721
1Os valores reportados equivalem a dividendos e juros sobre o capital próprio efetivamente
pagos aos acionistas, ou seja, consideram o regime de caixa.
2Em 2014, em virtude dos avanços das operações na América Latina, ajustamos a estimativa de
margem dessas CNs. Os valores anteriores foram atualizados para garantir comparabilidade.
Qualidade das relações
Pesquisa de clima – Favorabilidade
colaboradores (Brasil e OIs)¹
Lealdade fornecedores (Brasil e OIs)²
2012
2013
2014
72
78
75
24
31
26
Brasil
Lealdade CNs²
Lealdade CNOs²
Lealdade consumidores²
Operações Internacionais
Lealdade CNs²
Lealdade CNOs²
Lealdade consumidores²
1Pesquisa de clima – Hay Group.
24
40
51
23
38
52
28
30
64
38
49
49
38
47
54
39
45
64
2Pesquisa de lealdade – Instituto Ipsos.
Distribuição de dividendos
Em 11 de fevereiro de 2015, o Conselho de Administração aprovou proposta a ser
submetida à Assembleia Geral Ordinária (AGO), que será realizada em 14 de abril de
2015, para pagamento em 17 de abril de 2015, do saldo de dividendos, referentes aos
resultados auferidos no exercício de 2014, e de juros sobre capital próprio do período,
no montante de R$429,0 milhões e R$ 20,3 milhões (R$ 17,3 milhões líquidos de
imposto de renda na fonte), respectivamente.
Em 14 de agosto de 2014 foram pagos dividendos intermediários no montante de R$
232,3 milhões e juros sobre o capital próprio no valor de R$ 23,6 milhões (líquidos de
imposto de renda na fonte). Esses dividendos e juros sobre o capital próprio somados,
referentes ao resultado do exercício de 2014, representarão uma remuneração líquida
de R$ 1,6319 por ação, correspondendo a 100% do lucro líquido1 de 2014.
1Lucro líquido de acordo com a Lei das Sociedades por Ações.
Estratégia
Estratégia do negócio
O crescimento da renda da população brasileira e a consequente ampliação da oferta de
marcas no varejo e na venda direta transformaram significativamente o ambiente de
negócios do mercado de cosméticos, fragrâncias e produtos de higiene pessoal. Neste
cenário, constatamos que é necessário reforçar nossa atuação em torno dos nossos
fundamentos: oferta de produtos de qualidade que promovam o bem estar bem para a
nossa rede de relações.
Entendemos que ainda estamos capturando os benefícios do ciclo de investimentos de
cerca de R$ 2 bilhões, realizados nos últimos quatro anos, e que mudou de patamar
nossa infraestrutura tecnológica, produtiva e logística. Pretendemos, assim,
potencializar a venda por relações por meio de alta conectividade e de grande
capacidade de processamento e análise de informação. Nosso 1,7 milhão de consultoras
forma uma poderosa rede social, que deve ser apoiada por recursos tecnológicos que
reconheçam as necessidades e os comportamentos de seus clientes e, assim,
proporcionem uma oferta individualizada, com maior comodidade e satisfação na
experiência de compra.
Investimos para disponibilizar informação, aplicativos, meios de pagamento e outros
instrumentos para impulsionar a atuação de nossas consultoras. Além disso, queremos
reforçar nossa presença diante do consumidor por meio do desenvolvimento de canais
complementares – como a plataforma digital Rede Natura – que possibilitem e
alavanquem a venda direta. Pretendemos também voltar a nos diferenciar em nossa
comunicação e, assim, reaproximar a marca Natura de seus públicos, reforçando os
fortes atributos que nos unem.
Nas Operações Internacionais, vamos acelerar a transferência das inovações e dos
aprendizados, especialmente para os países nos quais já estamos mais consolidados,
como Argentina, Chile e Peru, e seguir na expansão de nosso canal de vendas e do nível
de conhecimento da marca Natura, especialmente na Colômbia e no México. Por sua
vez, a Aesop segue seu processo de crescimento nos grandes centros urbanos globais
consumidores de um segmento premium de cosméticos, chegando inclusive ao Brasil
em 2015. A aquisição da Aesop reforça nossa convicção no potencial de ampliação
futura dos nossos negócios por meio de novas marcas e categorias de produtos.
Riscos
Conectada ao planejamento estratégico, a gestão de riscos da Natura considera os
aspectos econômicos e socioambientais, dentro de dois grupos: os estratégicos, que
podem afetar a ambição de negócio e a perenidade da companhia; e os operacionais,
relacionados aos processos internos da empresa. O trabalho é monitorado pelo Comitê
Executivo e, por meio dos comitês de apoio ao Conselho de Administração, também é
acompanhado pelos conselheiros.
Nossa matriz de riscos contempla, entre outros, a capacidade de inovação, o modelo
comercial, questões comerciais (taxa de juros, variação cambial, inflação, aumento da
carga tributária etc.), segurança da informação e de qualidade do produto, além de
temas socioambientais, como biodiversidade.
Entre os riscos está, por exemplo, o cenário institucional dos países em que atuamos,
em especial, a Argentina, com recorrentes alterações nas regras de importação,
refletindo em nossa capacidade de abastecimento. Ano a ano, aumentamos nossa
produção local, que atualmente já acontece na Argentina, Colômbia e México, com
reflexos positivos também em nosso balanço de emissões de carbono.
Temos tido especial atenção também ao risco tributário, com monitoramento contínuo
das esferas federal e estadual. Nesse campo, atuamos preferencialmente por meio de
entidades de representação como a Abihpec e a ABEVD.
Visão de sustentabilidade
A nova visão de sustentabilidade, lançada em 2014, impulsiona as ambições futuras da
Natura. Alinhados à nossa estratégia de negócio, pretendemos ser uma empresa que
gera impacto positivo em todas as dimensões de nossa atividade, o que significa ir além
do atual paradigma de apenas reduzir e mitigar impactos. Dessa forma, ajudaremos o
meio ambiente e a sociedade a se tornar melhores.
Com esse propósito, estabelecemos diretrizes para orientar nossa evolução até 2050, e
ambições que queremos alcançar já em 2020. Essas metas estão estruturadas em três
pilares (Marcas e Produtos; Nossa Rede; e Gestão e Organização), cuja gestão integrada
estará incorporada à nossa cultura organizacional.
Para o aperfeiçoamento da visão de sustentabilidade, também atualizamos nossa
matriz de materialidade. Após consultas aos públicos no Brasil e nas OIs, cruzamento
das percepções com as ambições 2020 e validação pela alta liderança, identificamos os
cinco novos temas prioritários que ajudarão a nortear a gestão da empresa.
Temas prioritários
• Resíduos: desenvolvimento de embalagens de menor impacto ambiental e que
promovam o consumo consciente.
• Mudanças climáticas: redução das emissões de gases de efeito estufa em toda a
cadeia de valor e a neutralização por meio de projetos que incluam benefícios sociais.
• Valorização da sociobiodiversidade: promoção de negócios sustentáveis por
meio da utilização de produtos e serviços provenientes principalmente da região panamazônica.
• Água: redução relativa do consumo e da poluição da água em toda a cadeia de valor e
neutralização do impacto hídrico.
• Transparência e origem dos produtos: ampliação da visibilidade sobre as
nossas práticas empresariais e a origem de nossos produtos.
• Educação: desenvolvimento da rede de consultoras e dos colaboradores, incluindo
ações na educação pública.
Gestão e organização
Governança
Após 25 anos de atuação na Natura, dez dos quais como diretor-presidente, Alessandro
Carlucci deixou a companhia em 2014, encerrando um ciclo de importantes realizações.
Para sucedê-lo, o Conselho de Administração convidou Roberto Lima, que havia atuado
como conselheiro entre 2012 e 2013 e acumula uma longa trajetória como presidente
de organizações de grande porte. O executivo é o novo presidente da Natura desde
setembro de 2014.
Em outubro, Silvia Lagnado foi eleita como membro do Conselho de Administração.
Sua chegada ao conselho aporta relevantes contribuições para a Natura, com base em
sua vivência executiva internacional no mercado de cosméticos e higiene pessoal.
Também em 2014, os sócios fundadores Antônio Luiz Seabra, Guilherme Peirão Leal e
Pedro Luiz Barreiros Passos voltaram a integrar os comitês de apoio ao Conselho de
Administração, com exceção do Comitê de Auditoria, cuja participação permanece
restrita a conselheiros externos. Houve, ainda, a divulgação da Política para Transações
com Partes Relacionadas, para que decisões potencialmente geradoras de conflito
sejam tomadas com absoluta transparência e em linha com os interesses da Natura.
Comportamento ético
Entendemos a necessidade de revisitar as práticas e os processos relacionados à ética
e transparência a fim de reforçar e aprimorar nossa postura de integridade
continuamente. Em 2014, ano em que entrou em vigor a nova lei anticorrupção
brasileira, desenvolvemos iniciativas como a atualização e a disseminação a todos os
colaboradores do Código de Conduta, que destacou a Política de Integridade contra
Corrupção e Suborno da empresa, além do lançamento de um código específico para
fornecedores. A Ouvidoria e o Comitê de Ética também foram reestruturados.
Pelo quinto ano consecutivo, a Natura se adequou voluntariamente às normas da
certificação SOx, de acordo com a lei Sarbanes-Oxley (EUA), que prevê mecanismos
de auditoria e segurança para evitar a ocorrência de fraudes. Pela primeira vez, a SOx
incluiu as operações de Argentina, México e Peru.
Gestão de pessoas
A partir da estratégia de futuro da companhia e das novas tendências de
relacionamento no trabalho, a Natura revisitou seu modelo de gestão de pessoas e de
cultura organizacional. Incluindo um amplo diagnóstico interno, o resultado foi a
atualização do desenho organizacional e das formas de avaliação e reconhecimento.
Nesse processo, destaque para a criação do Fórum de Pessoas, que orientará o plano de
desenvolvimento individual (PDI) e os reconhecimentos financeiros e não financeiros
dos colaboradores.
Marcas e produtos
Inovação
Uma das alavancas de crescimento da companhia, os investimentos em inovação
somaram R$ 216 milhões (3% da receita líquida) em 2014. Com um índice de inovação
(percentual da receita obtido com a venda de produtos lançados nos últimos dois anos)
de 67,9%, a estratégia de lançamentos incluiu o desodorante aerossol Ecocompacto, os
refis Natura Ekos Frescores, os sabonetes Ekos 100% Amazônia, o perfume masculino
#urbano e a fragrância feminina Luna, entre outros.
Com um processo de inovação cada vez mais global e em rede, consolidamos, em 2014,
o Innovation Hub, nosso escritório em Nova York (EUA), dedicado a captar tendências.
Ao organizar uma maratona de inovação, reforçamos também o trabalho com o Media
Lab, do MIT (Massachusetts Institute of Technology), que agora recebe os dois
pesquisadores brasileiros selecionados na iniciativa.
No Brasil, apoiados por nossa estrutura, que inclui o Centro Global de Inovação em
Cajamar, um centro de ciência e tecnologia em Benevides e o NINA (Núcleo de
Inovação Natura Amazônia), em Manaus, mantivemos nossa atuação em rede,
envolvendo pesquisadores, universidades e fornecedores.
Aesop
Em linha com nossa estratégia de futuro, que projeta uma atuação mais robusta por
meio de novas marcas e formas de relacionamento com nossos clientes, celebramos, em
2014, a bem-sucedida integração da Aesop, marca de cosméticos premium australiana
adquirida no início de 2013.
Com crescimento expressivo nos últimos anos – desde 2012, as vendas aumentam 49%
ao ano –, a Aesop possui 98 lojas-conceito (18 delas abertas somente em 2014) em
países da Europa, Ásia e Oceania, além dos Estados Unidos. Em 2015, a marca iniciará
suas atividades no Brasil.
Impacto dos produtos
A nova visão de sustentabilidade endossa nosso compromisso em desenvolver produtos
com o menor impacto durante todo o ciclo de vida, evoluindo, nos próximos anos, em
direção ao impacto positivo. Para tanto, a inovação em tecnologias sustentáveis é
elemento-chave e está diretamente relacionada ao processo de desenvolvimento de
embalagens (redução do uso de materiais, uso de materiais reciclados pós-consumo
etc.) e de formulações, com menor número de ingredientes e o uso crescente daqueles
de origem vegetal da biodiversidade pan-amazônica.
Para 2020, a meta da Natura é que 30% dos insumos adquiridos, em valor, venham da
região. Em 2014, o índice chegou a 13,3%, em linha com o ano anterior (13,4%). Já o
percentual de material reciclado pós-consumo, que deve chegar a 10% até 2020, foi de
1,2% em 2014, representando leve redução em função da variação do mix de produtos
(venda menor de produtos com materiais reciclados pós-consumo ou venda maior de
produtos sem material reciclado). O percentual de embalagens ecoeficientes¹
aumentou 7 p.p., correspondendo a 29% do total.
1 Embalagens com redução de, no mínimo, 50% de peso em relação à embalagem
regular/similar; ou que apresentam 50% de sua composição com MRPC e/ou material renovável
não celulósico, desde que não apresentem aumento de massa.
Ganhos dos produtos
• Ecocompacto
o embalagem com volume 50% menor que o aerossol tradicional e 15%
menos alumínio
o 48% menos emissões de GEE
o ingresso da Natura no segmento de desodorantes aerossóis, que tem o
Brasil como maior mercado (22% de participação no mercado
mundial)¹
• Refis Natura Ekos Frescores
o PET 100% reciclado pós-consumo
o 72% menos emissões de GEE
o 20% de economia para os clientes com a compra do refil
• Sabonete Ekos 100% Amazônia
o ativos da biodiversidade na formulação, extraídos pelas comunidades
fornecedoras parceiras
o justa repartição de benefícios com as comunidades envolvidas
o 100% produzidos no Ecoparque (PA), gerando redução de custos para a
Natura e valor financeiro e social para a comunidade local
1 Dados de 2013 – Euromonitor.
Nossa rede
Evolução do modelo comercial
Em 2014, nossas consultoras de todo o Brasil passaram a contar com uma forma
adicional de gerar negócios: a Rede Natura, que possibilita à CN manter sua própria
página na internet para se relacionar e comercializar nossos produtos, aliando esse
formato à venda direta tradicional e ampliando sua produtividade. Após etapas de
testes e evoluções entre 2013 e 2014 no Estado de São Paulo, a plataforma online foi
expandida para todo o País no final do ano e será implantada na América Latina até
2016.
Com a venda online, a atividade de consultoria ganha um novo perfil, as chamadas
Consultoras Natura Digital. Do número atual de CNDs, cerca de 20% atuam
exclusivamente na web, especialmente CNs mais jovens e já familiarizadas com as
mídias digitais. Para o cliente, trata-se de mais uma opção para adquirir os nossos
produtos, entregues diretamente pela Natura e que podem ser pagos via cartão ou
boleto em ambiente seguro.
É também na Rede Natura que a companhia testa sua primeira experiência
multicategoria. Até o momento disponível no Estado de São Paulo, o Natura + oferece
produtos de moda e para casa, desenvolvidos por empreendedores parceiros e
comercializados exclusivamente via internet.
Hoje também já são disponibilizados diversos aplicativos, que facilitam e potencializam
o trabalho da força de vendas. Desde o início de 2015, os clientes também podem
localizar uma CN a partir de uma simples mensagem SMS.
Sociobiodiversidade amazônica
Inaugurado em março de 2014, o Ecoparque, em Benevides (PA), é o exemplo mais
recente de nosso compromisso com a estruturação de um modelo sustentável para o
uso dos ativos da biodiversidade, que promova a economia da floresta em pé. O
Ecoparque abriga a fábrica de sabonetes da Natura. Até o fim de 2014, foram fabricadas
100 milhões de barras de sabonetes e, em 2015, a produção deve atingir 200 milhões de
unidades. Também em 2015, deve se instalar uma nova fábrica no local, idealizado para
abrigar várias empresas com base no conceito de simbiose industrial.
O complexo é uma das iniciativas do Programa Amazônia, lançado pela Natura em 2011
e que deve contribuir para o alcance das ambições 2020 para a região: movimentar R$
1 bilhão em volume de negócios na Pan-Amazônia (R$ 582 milhões até 2014) e ampliar
para 10 mil o número de famílias que se relacionam com a empresa (2.106 famílias em
2014).
No final de 2014, demos início à substituição do óleo de palma utilizado na fabricação
dos sabonetes Ekos por óleos da biodiversidade, o que deve aumentar nossa demanda
pelos ativos e elevar a distribuição de recursos às comunidades.
Aderência à câmara de arbitragem do mercado
A companhia, seus acionistas, administradores e os membros do Conselho Fiscal, se
instalado, obrigam-se a resolver, por meio de arbitragem, perante a Câmara de
Arbitragem do Mercado, toda e qualquer disputa ou controvérsia que possa surgir entre
eles, relacionada ou oriunda, em especial, da aplicação, validade, eficácia,
interpretação, violação e seus efeitos das disposições contidas na Lei no 6.404/76, no
estatuto social da companhia, nas normas editadas pelo Conselho Monetário Nacional,
pelo Banco Central do Brasil e pela Comissão de Valores Mobiliários, bem como nas
demais normas aplicáveis ao funcionamento do mercado de capitais em geral, além
daquelas constantes do Regulamento de Listagem do Novo Mercado, do Regulamento
de Arbitragem da Câmara de Arbitragem do Mercado, do Regulamento de Aplicação de
Sanções Pecuniárias no Novo Mercado e do Contrato de Participação no Novo Mercado.
Relacionamento com auditores independentes
Em conformidade com a Instrução CVM no 381/03, informamos que a sociedade e suas
controladas adotam como procedimento formal consultar os auditores independentes
Ernst & Young Auditores Independentes S.S., no sentido de assegurar-se de que a
realização da prestação destes outros serviços não venha afetar sua independência e a
objetividade necessária ao desempenho dos serviços de auditoria independente, bem
como obter a devida aprovação de seu Comitê de Auditoria. A política da empresa na
contratação de serviços de auditores independentes assegura que não haja conflito de
interesses, perda de independência ou objetividade.
Para retratar com fidelidade e transparência nossos desempenhos nos planos
econômico, ambiental e social, adotamos as diretrizes da Global Reporting Initiative
(GRI-G4), cujos critérios serão extensivamente desenvolvidos em nosso Relatório
Anual 2014.
Todos os dados socioambientais contidos nos indicadores GRI passam pela verificação
da Ernst & Young Auditores Independentes S.S, nossos auditores independentes.
No caso das emissões de GEE de 2014, foi realizada uma verificação específica
(asseguração limitada) dos dados do inventário, também pela Ernst & Young.
Composição do Conselho de Administração
Plínio Villares Musetti
Presidente do conselho
Antonio Luiz da Cunha Seabra
Guilherme Peirão Leal
Pedro Luiz Barreiros Passos
Julio Moura Neto
Luiz Ernesto Gemignani
Marcos de Barros Lisboa
Raul Gabriel Beer Roth
Silvia Freire Dente da Silva Dias Lagnado
Conselheiros
Composição do Comitê Executivo
Roberto Oliveira de Lima
Diretor-presidente
Agenor Leão de Almeida Junior
Vice-presidente de Tecnologia Digital
Erasmo Toledo
Vice-presidente de Operações Internacionais
Gerson Valença Pinto
Vice-presidente de Inovação
João Paulo Brotto Gonçalves Ferreira
Vice-presidente de Redes
José Vicente Marino
Vice-presidente de Marcas e Negócios
Joselena Peressinoto Romero
Vice-presidente de Operações e Logística
Lilian Guimarães
Vice-presidente de Pessoas e Cultura
Robert Claus Chatwin
Vice-presidente de Internacionalização
Roberto Pedote
Vice-presidente de Finanças e Relações Institucionais
Diretoria Estatutária
Roberto Oliveira de Lima
Diretor-presidente
José Vicente Marino
Diretor comercial
João Paulo Brotto Gonçalves Ferreira
Diretor comercial
Roberto Pedote
Diretor financeiro e de Relações com Investidores
Responsável técnico
Enzo Raphael Russo
Gerente de Contabilidade
CRC: 1SP275298/O-4
São Paulo, 11 de fevereiro de 2015 – A
Natura Cosméticos S.A. (BM&FBOVESPA:
NATU3) anuncia hoje os resultados do
quarto trimestre de 2014 (4T14) e do
exercício
2014.
As
informações
financeiras e operacionais a seguir,
exceto onde indicado o contrário, são
apresentadas em base consolidada, de
acordo com as normas internacionais de
relatório financeiro IFRS.
Comentário de Desempenho
4T14
0
Comentário de Desempenho
4T14
Introdução
Encerramos 2014 com crescimento de receita líquida de 5,7% e retração de 3,4% do EBITDA.
No Brasil, nosso principal e mais competitivo mercado, os resultados ficaram abaixo de nossas
expectativas e aquém da capacidade da Natura. Nossa proposta de valor, baseada na
promoção do bem estar bem, na venda por relações e no alinhamento ao desenvolvimento
sustentável, permanece contemporânea e sua tradução em produtos, serviços, expressões
deve se ajustar à realidade do ambiente de negócios. Vale destacar que concluímos em 2014
um ciclo de investimentos que, nos últimos quatro anos, destinou cerca de R$ 2 bilhões para a
mudança de patamar de nossa infraestrutura tecnológica, produtiva e logística, e cujos
benefícios ainda não foram plenamente capturados.
Diante desse contexto, nossa prioridade é a retomada do crescimento no Brasil. Tendo como
base nossos fundamentos, estamos focados em construir uma organização mais simples, ágil e
próxima de nossas consultoras. Ao mesmo tempo, reforçaremos a gestão de elementos como
orçamento, capital de giro e CAPEX. Continuaremos a investir na evolução do nosso canal de
venda direta, com a adoção das melhores práticas disponíveis, que valorizem e permitam uma
maior individualização da nossa oferta. Nesse sentido, apoiaremos o crescimento da Rede
Natura, formato digital que amplia as opções de acesso dos consumidores aos nossos produtos
e às consultoras. Em paralelo, continuaremos a ampliar nossa proposta de valor por meio de
novas marcas e categorias que serão relevantes no médio prazo.
Adicionalmente, nossas Operações Internacionais se reafirmam como uma robusta plataforma
de negócios e de resultados crescentes. Na América Latina, seguiremos investindo na expansão
de nossa rede de consultoras, na construção da marca Natura e na rápida transferência das
inovações que se mostram promissoras no Brasil. Apoiaremos também o crescimento orgânico
da Aesop, com a abertura de novas lojas e início de operações em outros países.
1
Comentário de Desempenho
4T14
Resumo dos resultados do 4T14
No quarto trimestre de 2014, a receita líquida consolidada da Natura totalizou R$ 2.182
milhões, com crescimento de 0,8% frente ao 4T13 (+5,7% no ano vs. 2013) e o EBITDA
totalizou R$ 491,4 milhões, com retração de 8,8% frente ao 4T13 (-3,4% no ano vs. 2013 ).
Enquanto mantivemos o ritmo de crescimento acelerado das Operações Internacionais na
América Latina (16,9% em Reais e 21,9% em moeda local1), no Brasil, apesar dos bons
resultados dos recentes lançamentos em perfumaria, as vendas líquidas no 4T14 retraíram
3,5% frente ao mesmo período do ano anterior. A Aesop encerrou o trimestre com 98 lojas (80
no 4T13) em 14 países.
Valores em R$ milhões
Receita Bruta Brasil
4T14
4T13
2.373,9
2.454,2
-3,3
2014
2013
8.185,6
8.040,3
1,8
557,1
455,4
22,3
1.764,7
1.411,4
25,0
2.931,0
2.909,6
0,7
9.950,3
9.451,7
5,3
1.735,0
1.797,7
-3,5
5.989,2
5.880,2
1,9
447,2
367,9
21,6
1.419,2
1.130,1
25,6
2.182,3
2.165,6
0,8
7.408,4
7.010,3
5,7
20,5%
17,0%
3,5 pp
19,2%
16,1%
3,0 pp
EBITDA Brasil pró-forma
437,3
506,0
(13,6)
1.439,6
1.557,1
(7,5)
% Margem EBITDA Brasil
25,2%
28,1%
(2,9) pp
24,0%
26,5%
(2,4) pp
EBITDA Internacionais pró-forma
54,1
32,6
65,9
114,9
51,9
121,4
% Margem EBITDA Internacionais
12,1%
8,9%
3,2 pp
8,1%
4,6%
3,5 pp
EBITDA Consolidado
491,4
538,7
(8,8)
1.554,5
1.609,0
(3,4)
% Margem EBITDA Consolidada
22,5%
24,9%
(2,4) pp
21,0%
23,0%
(2,0) pp
Lucro Líquido Consolidado
225,2
294,1
(23,4)
732,8
842,6
(13,0)
% Margem Líquida Consolidada
10,3%
13,6%
(3,3) pp
9,9%
12,0%
(2,1) pp
Receita Bruta Internacionais
Receita Bruta Consolidada
Receita Líquida Brasil
Receita Líquida Internacionais*
Receita Líquida Consolidada
% Participação Receita Líquida Internacionais
Geração Interna de Caixa
271,1
337,4
(19,6)
922,6
1023,9
(9,9)
Geração de Caixa Livre
243,3
211,0
15,3
210,0
295,1
(28,8)
Dívida Líquida / EBITDA
n/a
n/a
n/a
1,08
0,77
*Crescimento em Moeda Local ex Aesop: 22,3% em 4T14 vs. 4T13 e 28,2% em 2014 vs. 2013
No Brasil, mesmo com decréscimos nominais nas despesas de logística, administrativas,
vendas e tecnologia da informação, as vendas abaixo de nossas expectativas e a
manutenção de investimentos competitivos em marketing e inovação provocaram uma
queda da margem EBITDA frente ao 4T13. Já no conjunto de nossas operações
internacionais2, incluindo Latam e Aesop, o EBITDA totalizou R$ 54,1 milhões (R$ 32,6
milhões no 4T13), com margem de 12,1% (8,9% no 4T13), fruto da diluição dos custos
fixos na Latam e manutenção do crescimento acelerado da Aesop.
A queda do lucro liquido consolidado excluindo marcação a mercado foi de 8,7% frente ao
4T13 (-12,1% no ano frente a 2013), explicada pela queda do EBITDA e maior nível de
endividamento. Ao incluirmos o impacto não-caixa e temporário da marcação a mercado de
1
24,1% de crescimento em moeda local nas operações em consolidação (Argentina, Chile e Peru) e 18,4% nas operações em implantação (México e
Colômbia).
2
Operações em consolidação, operações em implantação, França, time corporativo em Buenos Aires e Aesop.
2
Comentário de Desempenho
4T14
derivativos atrelados à dívida em moeda estrangeira, a ser explicado em detalhes mais
adiante, a queda foi de 23,4% no trimestre (-13% no ano frente a 2013).
A queda da geração de caixa livre (R$ 210 milhões em 2014 vs R$ 295,1 milhões em 2013)
deve-se à retração do lucro líquido, já explicada, e ao aumento do investimento em capital
de giro pela maior cobertura de estoques no Brasil e nas Operações Internacionais. Esses
fatores foram parcialmente compensados pela redução do Capex (R$ 505,7 milhões em
2014 vs. R$ 553,9 milhões em 2013), cujo foco em 2014 foi a conclusão de nossa malha
logística no Brasil, a ampliação de nossa capacidade produtiva em Cajamar e no Pará
(Ecoparque) e o inicio da expansão da Rede Natura.
Para 2015, o Capex será reduzido para R$ 385 milhões, queda de 24% frente aos valores
investidos em 2014, com foco agora na evolução do modelo comercial e na expansão da
tecnologia da informação (SAP) e logística nas Operações Internacionais. O capital de giro
terá seu foco na redução da cobertura de estoques, tanto no Brasil quanto na Latam.
3
Comentário de Desempenho
4T14
1. mercado de higiene pessoal, perfumaria
e cosméticos (HPPC)
Segundo os dados da SIPATESP/ABHIPEC3 disponíveis para o acumulado até outubro de
2014, o mercado alvo cresceu 14%, de forma homogênea entre preço e volume. Nesse
período, o market share da Natura foi de 19,1%, apresentando uma queda de 1,4 ponto
percentual frente ao mesmo período de 2013, principalmente nas categorias de Higiene
Pessoal.
Como relatado nos trimestres anteriores, o crescimento do mercado foi alavancado pelas
categorias de higiene pessoal, com destaque para cabelos, sabonetes e desodorantes.
Nas categorias de Cosméticos e Fragrâncias mantivemos bons resultados em perfumaria, ao
passo que nas categorias de maquiagem e rosto o crescimento ainda ficou aquém de nossas
expectativas.
Brasil
Mercado Alvo
Market Share Natura
(R$ Milhões)
(%)
10M14
10M13
Var.
10M14
10M13
Var.
Cosméticos e Fragrâncias
11.240
10.262
9,5%
30,5%
31,0%
(0,5) pp
Higiene Pessoal
13.787
11.689
17,9%
9,8%
11,4%
(1,6) pp
Total
25.027
21.951
14,0%
19,1%
20,6%
(1,4) pp
Fonte: Sipatesp
3
Sipatesp/Abihpec:Sindicato da Indústria de Perfumarias de Artigos de Toucador no Estado de São Paulo / Associação Brasileira da Indústria de
Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos.
4
Comentário de Desempenho
4T14
2. destaques socioambientais
Em dezembro de 2014 recebemos a certificação B Corp4, passando a fazer parte de um
movimento global de empresas que prezam pela integração do resultado financeiro à
geração de resultado socioambiental.
A iniciativa foi criada em 2006 nos Estados Unidos e atualmente conta com uma comunidade
de mais de 1000 empresas, em 34 países e 60 setores distintos.
Essa certificação consolida nossa trajetória em sustentabilidade e nos auxiliará na evolução
de nossa Visão de Sustentabilidade 2050, que reúne um conjunto de diretrizes para geração
de impacto positivo, com ambições e compromissos específicos e desafiadores5 até 2020.
Outra movimentação importante que reforça nossa estratégia de sustentabilidade com o
estímulo a uma nova economia a partir da sociobiodiversidade amazônica foi o lançamento
dos novos sabonetes em barra produzidos 100% na Amazônia. A partir do recém inaugurado
Ecoparque, aumentamos os óleos da sociobiodiversidade da Amazônia na massa dos
sabonetes da submarca Ekos.
Unidade
Indicador
Emissão relativa de carbono (escopo 1, 2 e 3)
% material reciclado pós consumo*
% reciclabilidade de produto**
kg CO2/kg prod
faturado
% (g mat reciclado/g
emb.)
% (g mat reciclado/g
emb.)
Resultado 2013 Resultado 2014
Ambição 2020
2,93
2,99
2,15
1,4
1,2
10,0
56,0
57,5
74,0
22,5
29,0
40,0
385,1
582,1
1.000,0
0,40
0,45
0,32
17,1
18,8
19,5
% (unid. Faturadas
Embalagens ecoeficientes***
emb. Ecoef/unid fat.
Totais)
Volume acumulado de negócios na região PAM
MM R$
Amazônica
Consumo de água
litros / unidades
Arrecadação Crer para Ver (Educação)
produzidas
MM R$
* O indicador considera o % de materiais de embalagens que provêm de reciclagem pós-consumo em relação ao total de massa de
embalagem faturada.
** O indicador considera o % de materiais de embalagens que posseum potencial para reciclagem em relação ao total de massa de
embalagem faturada.
*** Indicador de embalagems ecoeficientes são aquelas que apresentam redução de no mínimo 50% de peso em relação á embalagem
regular/similar; ou que apresentam 50% de sua composição com MRPC e/ou material renovável desde que não apresentam aumento
de massa.
4
5
Mais informações em http://www.bcorporation.net/
Mais informações em www.natura.com.br/sustentabilidade
5
Comentário de Desempenho
4T14
Emissão relativa de carbono (escopo 1, 2 e 3): o volume faturado de produtos ficou
abaixo do estimado, causando um aumento da emissão relativa de 2,1% acima do 2013.
% material reciclado pós-consumo: No mix de vendas os produtos que possuem
material reciclado pós-consumo (PET e papel reciclado) tiveram um desempenho abaixo do
esperado.
% reciclabilidade de produto: No mix de vendas os produtos que possuem maior
potencial para serem reciclados tiveram um desempenho acima do esperado.
Embalagens ecoeficientes: Aumento da participação no mix de vendas de alguns
produtos com menor massa de embalagens (refis e SOU) ou embalagens com materiais
renováveis (relançamento linha Tododia com PE verde).
Volume acumulado de negócios na região PAM Amazônica: crescimento de 50% em
relação a 2013 em função da superação de compra de matéria-prima da região e
incorporação dos custos de operação do Ecoparque.
Consumo relativo de água: a piora foi decorrente principalmente em função da diminuição
de unidades produzidas e do aumento do consumo para o início das operações do Ecoparque
(Pará).
Arrecadação Crer para Ver (Educação): Bom desempenho impulsionada por plano de
ativação eficiente e portfólio atrativo.
6
Comentário de Desempenho
4T14
3. desempenho econômico-financeiro6789
Trimestre
Pró-Forma
(R$ milhões)
Consolidado 7
Brasil
Pró-F
Consolidação
Implantação
Novos N
4T14
4T13
Var%
4T14
4T13
Var%
4T14
4T13
Var%
4T14
4T13
Var%
1.742,6
1.656,5
5,2
1.318,5
1.289,9
2,2
265,5
224,8
18,1
157,0
140,1
12,0
1.747,0
1.642,9
6,3
1.323,8
1.283,2
3,2
265,2
221,5
19,7
156,4
136,5
14,6
142,7
170,0
(16,1)
117,6
144,1
(18,4)
15,7
16,6
(5,4)
7,9
7,1
12,0
Receita Bruta
2.931,0
2.909,6
0,7
2.373,9
2.454,2
(3,3)
311,7
271,8
14,6
141,3
115,9
21,9
Receita Líquida
2.182,3
2.165,6
0,8
1.735,0
1.797,7
(3,5)
230,5
201,4
14,4
121,6
99,7
21,9
Lucro Bruto
1.510,5
1.482,2
1,9
1.188,2
1.213,2
(2,1)
158,7
144,4
9,9
84,4
69,2
22,0
Despesas com Vendas, Marketing e Logística
(749,3)
(710,4)
5,5
(576,0)
(548,5)
5,0
(94,5)
(89,5)
5,6
(66,8)
(59,8)
11,7
Despesas Adm., P&D, TI e Projetos
(303,0)
(284,7)
6,4
(201,2)
(202,1)
(0,4)
(13,1)
(12,1)
8,1
(11,2)
(9,8)
14,7
Participação dos Colaboradores nos Resultados 9
(12,7)
7,8
(263,6)
(14,5)
6,4
n/d
0,6
0,8
(23,2)
1,3
0,5
154,3
Remuneração dos Administradores
(2,2)
(1,4)
62,5
(2,2)
(1,4)
62,5
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
Outras Receitas / (Despesas) Operacionais,
2,8
(5,5)
n/d
3,1
(2,9)
n/d
(0,6)
(1,9)
n/d
0,2
0,2
n/d
(91,6)
(24,1)
n/d
(94,2)
(19,3)
n/d
4,6
(6,4)
n/d
(5,4)
(0,3)
n/d
(121,5)
(164,6)
(26,2)
(101,8)
(154,7)
(34,2)
(18,5)
(5,6)
n/d
5,1
(3,5)
(244,4)
0,0
Consultoras - final do período ('000)8
Consultoras Média do período ('000)
Unidades de produtos para revenda (milhões)
Receitas / (Despesas) Financeiras, líquidas
Imposto de Renda e Contribuição Social
Participação dos minoritários
(7,8)
(5,2)
51,4
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
Lucro Líquido
225,2
294,1
(23,4)
201,3
290,7
(30,7)
37,3
29,6
26,0
7,5
(3,6)
n/d
EBITDA*
491,4
538,7
(8,8)
437,3
506,0
(13,6)
52,5
44,7
17,3
9,0
1,6
448,8
Margem Bruta
69,2%
68,4%
0,8 pp
68,5%
67,5%
1,0 pp
68,9%
71,7%
(2,8) pp
69,4%
69,4%
0,0 pp
Despesas Vendas, Marketing e Logística/Receita Líquida
34,3%
32,8%
1,5 pp
33,2%
30,5%
2,7 pp
41,0%
44,5%
(3,4) pp
54,9%
60,0%
(5,1) pp
Despesas Adm., P&D, TI e Projetos/Receita Líquida
13,9%
13,1%
0,7 pp
11,6%
11,2%
0,4 pp
5,7%
6,0%
(0,3) pp
9,3%
9,8%
(0,6) pp
Margem Líquida
10,3%
13,6%
(3,3) pp
11,6%
16,2%
(4,6) pp
16,2%
14,7%
1,5 pp
6,2%
(3,6)%
9,8 pp
Margem EBITDA
22,5%
24,9%
(2,4) pp
25,2%
28,1%
(2,9) pp
22,8%
22,2%
0,6 pp
7,4%
1,6%
5,7 pp
(*) EBITDA = Lucro operacional antes dos efeitos financeiros, impostos, depreciação e amortização.
Acumulado
Pró-Forma
Consolidado 7
(R$ milhões)
Brasil
Pró-
Consolidação
Implantação
Novos
2014
2013
Var%
2014
2013
Var%
2014
2013
Var%
2014
2013
Var%
1.742,6
1.656,5
5,2
1.318,5
1.289,9
2,2
265,5
224,8
18,1
157,0
140,1
12,0
1.700,8
1.596,2
6,6
1.299,6
1.264,8
2,8
248,8
207,0
20,2
150,9
122,4
23,3
533,3
556,3
(4,1)
446,9
479,9
(6,9)
54,6
50,5
8,1
27,6
23,0
19,8
Receita Bruta
9.950,3
9.451,7
5,3
8.185,6
8.040,3
1,8
992,1
886,8
11,9
485,6
363,1
33,7
Receita Líquida
7.408,4
7.010,3
5,7
5.989,2
5.880,2
1,9
735,4
659,0
11,6
417,9
312,2
33,9
Lucro Bruto
5.158,3
4.899,2
5,3
4.126,1
4.081,9
1,1
516,2
472,0
9,4
291,2
214,7
35,6
Despesas com Vendas, Marketing e Logística
(2.651,3)
(2.434,2)
8,9
(2.050,7)
(1.934,4)
6,0
(327,1)
(291,0)
12,4
(232,0)
(176,6)
31,4
Despesas Adm., P&D, TI e Projetos
(1.052,8)
(978,3)
7,6
(713,1)
(702,7)
1,5
(45,3)
(43,3)
4,6
(37,4)
(31,9)
17,2
Participação dos Colaboradores nos Resultados 9
(90,0)
(61,0)
n/d
(82,8)
(54,0)
n/d
(4,4)
(3,9)
n/d
(2,4)
(2,5)
n/d
Remuneração dos Administradores
(19,4)
(18,6)
4,4
(19,4)
(18,6)
4,4
0,0
0,0
n/d
0,0
0,0
n/d
Outras Receitas / (Despesas) Operacionais,
19,8
8,9
123,3
14,4
11,6
23,9
(1,8)
(1,5)
n/d
1,0
0,6
n/d
Receitas / (Despesas) Financeiras, líquidas
(268,3)
(158,3)
n/d
(267,1)
(148,3)
n/d
7,7
(11,7)
n/d
(9,0)
(1,0)
n/d
Imposto de Renda e Contribuição Social
(355,2)
(409,9)
(13,4)
(306,2)
(383,6)
(20,2)
(38,1)
(20,1)
90,0
2,0
(4,7)
(142,0)
0,0
Consultoras - final do período ('000)8
Consultoras Média do período ('000)
Unidades de produtos para revenda (milhões)
Participação dos minoritários
(8,4)
(5,2)
61,6
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
732,8
842,6
(13,0)
701,2
852,1
(17,7)
107,2
100,5
6,7
13,4
(1,5)
n/d
1.554,5
1.609,0
(3,4)
1.439,6
1.557,1
(7,5)
143,6
139,0
3,3
24,6
8,4
193,4
Margem Bruta
69,6%
69,9%
(0,3) pp
68,9%
69,4%
(0,5) pp
70,2%
71,6%
(1,4) pp
69,7%
68,8%
0,9 pp
Despesas Vendas, Marketing e Logística/Receita Líquida
35,8%
34,7%
1,1 pp
34,2%
32,9%
1,3 pp
44,5%
44,2%
0,3 pp
55,5%
56,6%
(1,1) pp
Despesas Adm., P&D, TI e Projetos/Receita Líquida
Lucro Líquido
EBITDA*
14,2%
14,0%
0,3 pp
11,9%
11,9%
(0,0) pp
6,2%
6,6%
(0,4) pp
8,9%
10,2%
(1,3) pp
Margem Líquida
9,9%
12,0%
(2,1) pp
11,7%
14,5%
(2,8) pp
14,6%
15,2%
(0,7) pp
3,2%
(0,5)%
3,7 pp
Margem EBITDA
21,0%
23,0%
(2,0) pp
24,0%
26,5%
(2,4) pp
19,5%
21,1%
(1,6) pp
5,9%
2,7%
3,2 pp
(*) EBITDA = Lucro operacional antes dos efeitos financeiros, impostos, depreciação e amortização.
6
Nos resultados pró-formas, a margem de lucro alcançada nas exportações do Brasil para as Operações Internacionais foi subtraída do CPV das
respectivas operações, demonstrando o real impacto dessas subsidiárias no resultado consolidado da empresa. Desta forma, a Demonstração de
Resultados pró-forma Brasil apresenta somente o resultado das vendas realizadas no mercado interno. As despesas e Custo de Mercadoria Vendida
do 1T13 Brasil e Consolidado foram reapresentados por dois motivos: (1) reclassificação para o Custo de Mercadoria Vendida de despesas de
provisão de participação nos lucros de colaboradores que estavam erroneamente alocadas em despesas administrativas, P&D, TI e projetos; e (2)
reclassificação para despesas com inovação (de despesas com vendas) para refletir como o negócio é acompanhado pela administração da
Companhia.
7
Consolidado inclui Brasil, Operações em Consolidação, Operações em Implantação e outros Investimentos Internacionais, incluindo impacto de
aquisições.
8
Posição ao final do Ciclo 18 no Brasil e Ciclo 17 nas Operações em Consolidação e em Implantação.
9
Nos resultados pró-formas a Remuneração dos Administradores (detalhes disponíveis na nota explicativa número 28.2 das Demonstrações de
Resultados Financeiros) foi expurgada das Despesas Administrativas, P&D, TI e Projetos, e a Participação dos Colaboradores nos Resultados foi
expurgada das Despesas com Vendas, Marketing e Logística, e das Despesas Administrativas, P&D, TI e Projetos, para uma melhor comparação.
7
Comentário de Desempenho
3.1.
4T14
receita líquida
No Brasil, nossa receita líquida retraiu
3,5% frente ao 4T13, a base de
consultoras
cresceu
3,2%
e
a
produtividade retraiu 6,2%. Embora os
recentes lançamentos em perfumaria
apresentaram resultados favoráveis,
não foram suficientes para alavancar o
crescimento da produtividade de nossas
consultoras. No período, a diferença de
mix entre os anos, especialmente pelo
lançamento de SOU no 2S13, provocou
a queda de 18,4% do volume (unidade de produtos para revenda), que foi parcialmente
compensada pelo aumento do preço médio.
No 4T14, as Operações Internacionais10 cresceram 21,6% em Reais, representando 20,5%
da receita líquida consolidada (19,2% no acumulado). Na Latam, as Operações em
Consolidação cresceram 24,1% em moeda local (27,3% no acumulado), fruto do
crescimento de 19,7% do número de consultoras (20,2% no acumulado), enquanto que o
crescimento em Reais foi negativamente impactado pela desvalorização do Peso Argentino e
do Peso Chileno em relação ao Real. As Operações em Implantação cresceram 18,4% em
moeda local (29,5% no acumulado). A operação sob a marca Aesop, consolidada nos
resultados da Natura desde março de 2013, manteve um crescimento acelerado, encerrando
o trimestre com 98 lojas conceito em 14 países11.
10
11
Operações Internacionais inclui Operações em Consolidação, Operações em Implantação, França e Aesop.
Alemanha, Austrália, Cingapura, Estados Unidos, França, Hong Kong, Japão, Koreia do Sul, Malásia, Noruega, Reino Unido, Suécia, Suíça, Taiwan.
8
Comentário de Desempenho
3.2.
4T14
inovação & produtos
O índice de inovação12, com base nos
últimos 12 meses findos em dezembro
de 2014, foi de 67,9% frente a 63,4%
do mesmo período do ano anterior,
dentro do patamar esperado (entre
60% e 70%). A evolução no índice
deve-se principalmente aos recentes
lançamento em perfumaria (#Urbano,
Biografia,
Essencial,
Luna,
Kaiak
Extremo) e ao relançamento da linha Tododia.
3.3.
margem bruta
No Brasil, os ajustes de preços realizados ao longo do ano e uma inflação no custo inferior a
de mercado foram os fatores que compensaram os efeitos negativos da desvalorização do
Real, permitindo que encerrássemos o 4T14 com um ganho de 1,0pp na margem bruta
frente ao mesmo período do ano anterior.
Nas Operações Internacionais a queda de margem bruta foi resultado do impacto
desfavorável do câmbio.
O quadro abaixo exibe o custo aberto em seus principais componentes:
4T14
4T13
2014
2013
MP / ME / PA*
83,0
85,0
81,0
81,4
Mão de Obra
8,6
6,8
9,4
8,7
Depreciação
2,5
2,7
2,7
3,1
Outros
6,0
5,6
6,9
6,8
Total
100,0
100,0
100,0
100,0
*Matéria - Prima, Material de Embalagem e Produto Acabado
12
Índice de Inovação: participação nos últimos 12 meses da venda dos produtos lançados nos últimos 24 meses.
9
Comentário de Desempenho
3.4.
4T14
despesas operacionais
No Brasil, o aumento relativo (%RL) das
despesas com vendas, marketing e
logística no trimestre e no ano deve-se
à
continuidade
dos
investimentos
competitivos em marketing de forma a
manter a preferência da marca Natura,
além
de
um
patamar
maior
de
inadimplência.
Os
custos
logísticos
apresentam uma melhora no 4T14 em
virtude da captura dos benefícios dos
investimentos recentes. Nas Operações
Internacionais, a redução relativa (%RL) das despesas operacionais deve-se à diluição dos
custos fixos pela manutenção do crescimento da receita.
As despesas administrativas, P&D, TI
e projetos no Brasil apresentaram uma
redução nominal no trimestre, com
maiores investimentos em inovação e
maior
produtividade
em
despesas
administrativas, pela continuidade dos
ganhos de eficiência e otimização da
estrutura realizada durante o 1S14. Nas
operações
internacionais,
a
redução
relativa (%RL) deve-se à maior diluição
dos custos fixos.
3.5.
outras despesas e receitas operacionais
Em 2014, no resultado consolidado tivemos receitas de R$ 19,8 milhões (R$ 8,9 milhões em
2013), fruto de créditos de impostos e da reclassificação da despesa de juros de
empréstimos subsidiados do resultado financeiro conforme pronunciamento contábil CPC07.
3.6.
outros investimentos internacionais
Os outros investimentos internacionais, que dizem respeito à operação na França, à
estrutura corporativa internacional baseada em Buenos Aires e à AESOP, registraram
prejuízo (EBITDA) de R$ 7,3 milhões no 4T14 (prejuízo de R$ 13,7 milhões no 4T13) e no
10
Comentário de Desempenho
4T14
acumulado o prejuízo foi de R$ 53,3 milhões (prejuízo de R$ 95,5 milhões em 2013). A
redução do prejuízo deve-se à evolução favorável dos resultados da Aesop13 e à
desvalorização do Peso Argentino frente ao Real, que gera um impacto favorável nas
despesas corporativas em Buenos Aires quando traduzidas para Reais.
3.7.
EBITDA
No 4T14, o EBITDA consolidado totalizou R$ 491,4 milhões (R$ 538,7 milhões no 4T13) com
margem de 22,5% (24,9% no 4T13). No acumulado, o EBITDA consolidado totalizou R$
1.554,5 milhão com margem de 21% (23% em 2013). No Brasil, mesmo com a melhora na
margem bruta e decréscimos nominais nas despesas de logística, administrativas, vendas e
tecnologia da informação, a retração das vendas e a manutenção de investimentos
competitivos em marketing e inovação provocaram uma queda da margem EBITDA frente ao
4T13.
EBITDA (R$ milhões)
Dados contemplam operação e custo de transação da AESOP
4T14
4T13
Var %
2014
2013
Var %
7.408,4
7.010,3
5,7
Receita Líquida
2.182,3
2.165,6
0,8
(-) Custos e Despesas
1.736,2
1.677,7
3,5
6.043,7
5.594,3
8,0
446,0
487,9
(8,6)
1.364,7
1.416,0
(3,6)
45,4
50,7
(10,5)
189,8
193,0
(1,7)
491,4
538,7
(8,8)
1.554,5
1.609,0
(3,4)
EBIT
(+) Depreciação / amortização
EBITDA
Já no conjunto de nossas operações internacionais14, incluindo Latam e Aesop, o EBITDA do
4T14 totalizou R$ 54,1 milhões (R$ 32,6 milhões no 4T13), com margem de 12,1% (8,9%
no 4T13), fruto da diluição dos custos fixos na Latam e manutenção do crescimento
acelerado da Aesop.
EBITDA pró-forma por bloco de operações (R$ milhões)
Dados contemplam operação e custo de transação da AESOP
4T14
4T13
Var %
2014
2013
Var %
437,3
506,0
(13,6)
1.439,6
1.557,1
(7,5)
Argentina, Chile e Peru
52,5
44,7
17,3
143,6
139,0
3,3
México, Colômbia
9,0
1,6
448,8
24,6
8,4
193,4
Outros Investimentos
(7,3)
(13,7)
n/d
(53,3)
(95,5)
n/d
491,4
538,7
(8,8)
1.554,5
1.609,0
(3,4)
Brasil
EBITDA
13
No 1T13 registramos apenas o resultado de março de 2013, já que a conclusão da aquisição ocorreu em 28 de fevereiro de 2013. Adicionalmente,
naquele mesmo trimestre também incorremos em custos de aquisição que contribuíram negativamente para o resultado dos “outros investimentos
internacionais”.
14
Operações em consolidação, operações em implantação, França, time corporativo em Buenos Aires e Aesop.
11
Comentário de Desempenho
3.8.
4T14
lucro líquido
A queda do lucro liquido consolidado
excluindo marcação a mercado foi de
8,7% frente ao 4T13 (-12,1% no ano
frente a 2013), explicada pela queda do
EBITDA
e
maior
nível
de
endividamento.
Ao
incluirmos
os
impactos não-caixa e temporário da
marcação a mercado, a queda foi de
23,4% no trimestre (-13% no ano
frente a 2013).
Temos como política proteger toda nossa dívida em moeda estrangeira e levar tanto a dívida
quanto seu hedge a termo. Por isso, contratamos operações de “swap” financeiros15 que
anulam impactos cambiais da dívida e transformam seu custo em uma taxa pós-fixada
atrelada ao CDI, resultando, nesses casos, em taxas mais competitivas do que as captadas
no mercado brasileiro. Seguindo as normas contábeis do IFRS, marcamos a mercado
somente os instrumentos derivativos, e não a dívida financeira. Isto traz impactos
temporários a cada trimestre sem efeito caixa e que serão anulados no vencimento de cada
operação. Este ajuste de marcação a mercado no 4T14 foi desfavorável em R$ 28,9 milhões
frente a um resultado favorável de R$ 15,9 milhões no mesmo período do ano anterior.
Vale destacar que a marcação a mercado não é base de cálculo para o lucro distribuível via
dividendos, segundo a instrução normativa 1.397, e nem para o imposto de renda.
Valores em R$ milhões
4T14
4T13
Var. R$
2014
2013
Var. R$
Receitas / (Despesas) Financeiras, líquidas
(91,6)
(24,1)
(67,5)
(268,3)
(158,3)
(110,0)
(28,9)
15,9
(44,8)
(24,3)
(18,4)
(5,9)
(62,7)
(40,0)
(22,7)
(244,0)
(139,9)
(104,1)
Ajuste de Marcação ao Mercado
Receitas / (Despesas) Financeiras ex. Marcação a
Mercado, líquidas
15
As operações de “swap” financeiros consistem na troca de variação cambial por uma correção relacionada a um percentual da variação do
Certificado de Depósito Interbancário – CDI pós-fixado.
12
Comentário de Desempenho
3.9.
4T14
fluxo de caixa16
R$ milhões
4T14
4T13
Var. R$
Var. %
2014
2013
Var. R$
Var. %
Lucro líquido do período
225,2
294,1
(68,9)
(23,4)
732,8
842,6
(109,8)
(13,0)
Depreciações e amortizações
45,4
50,7
(5,3)
(10,5)
189,8
193,0
(3,2)
(1,7)
0,6
(7,4)
8,0
(107,7)
0,0
(11,7)
11,7
(100,0)
Geração interna de caixa
271,1
337,4
(66,3)
(19,6)
922,6
1.023,9
(101,3)
(9,9)
(Aumento) / Redução do Capital de Giro
139,4
59,2
80,2
135,4
(206,9)
(175,0)
(31,9)
18,2
Geração operacional de caixa
410,6
396,7
13,9
3,5
715,7
849,0
(133,2)
(15,7)
Adições do imobilizado e intangível
(167,2)
(185,7)
18,4
(9,9)
(505,7)
(553,9)
48,2
(8,7)
Geração de caixa livre**
243,3
211,0
32,3
15,3
210,0
295,1
(85,1)
(28,8)
Itens não caixa / Outros*
Favorável / (desfavorável)
(*) Para efeito de melhor divulgação e comparação, alguns saldos de 2013 foram reclassificados
(**) (Geração interna de caixa) +/- (variações no capital de giro e realizável a longo prazo) - (aquisições de ativo imobilizado).
A queda da geração de caixa livre (R$ 210,0 milhões em 2014 vs R$ 295,1 milhões em
2013) deve-se à retração do lucro líquido, já explicada, e ao aumento do investimento em
capital de giro pela maior cobertura de estoques no Brasil e nas Operações Internacionais,
além de uma redução pontual no saldo do contas a pagar devido a uma readequação da
produção no final do ano. Esses fatores foram parcialmente compensados pela redução do
Capex (R$ 505,7 milhões em 2014 vs. R$ 553,9 milhões em 2013), cujo foco em 2014 foi a
conclusão de nossa malha logística no Brasil, a ampliação de nossa capacidade produtiva em
Cajamar e no Pará (Ecoparque) e o inicio da expansão da Rede Natura.
Para 2015, o Capex será reduzido para R$ 385 milhões, queda de 24% frente aos valores
investidos em 2014, com foco agora na evolução do modelo comercial e na expansão da
tecnologia da informação (SAP) e logística nas Operações Internacionais. O capital de giro
terá seu foco na redução da cobertura de estoques, tanto no Brasil quanto na Latam e na
recuperação de impostos.
3.10. endividamento
A maior alavancagem atual (1,08 dívida líquida / EBITDA) reflete principalmente os
investimentos em CAPEX (logística, manufatura e TI) e a maior necessidade de capital de
giro.
O aumento de 32,6% do total da dívida deve-se sobretudo à menor geração de caixa, já
explicada, e à manutenção dos investimentos em CAPEX (R$ 505,7 milhões em 2014).
Mesmo que de forma antecipada, aproveitamos algumas oportunidades de captação ao
longo do ano para futuros movimentos de rolagem de dívida, o que explica o aumento de
29,5% de “caixa e aplicações financeiras”.
16
No fluxo de caixa pró-forma alguns valores de 2013 foram reclassificados para itens não caixa para uma melhor comparação com 2T14 e 1S14.
Além disso, com a reclassificação de alguns saldos do balanço de 2012 (conforme notas explicativas número 4.3 das Demonstrações Financeiras do
4T13) a variação de capital de giro até jun/13 foi recalculada e reapresentada.
13
Comentário de Desempenho
Endividamento R$ Mil
dez/14
Part (%)
Curto Prazo
1.466,6
Longo Prazo
2.514,6
Instrumentos financeiros derivativos*
Arrendamentos Mercantis - Financeiros / Outros**
Total da Dívida
(-) Caixa e Aplicações Financeiras
dez/13
Part (%)
Var. (%)
43,5
693,1
27,3
111,6
74,6
2.200,8
86,5
14,3
(360,1)
(10,7)
(160,5)
(6,3)
124,4
(249,7)
(7,4)
(190,3)
(7,5)
31,2
3.371,4
100,0
2.543,1
100,0
32,6
1.696,0
1.309,3
29,5
1.675,4
1.233,8
35,8
Dívida Líquida / Ebitda
1,08
0,77
Total Dívida / Ebitda
2,17
1,58
(=) Endividamento Líquido - Caixa Líquido
4T14
*excluindo os impactos temporários e não-caixa da marcação a mercado de derivativos atrelados à dívida em moeda estrangeira
**Outros: reclassificação das despesas de juros de empréstimos subsidiados do resultado financeiro conforme pronunciamento contábil CPC07
4. dividendos
Em 11 de fevereiro de 2015, o Conselho de Administração aprovou proposta a ser submetida
à Assembleia Geral Ordinária (AGO), que será realizada em 14 de abril de 2015, para
pagamento em 17 de abril de 2015, do saldo de dividendos, referentes aos resultados
auferidos no exercício de 2014, e de juros sobre capital próprio do período, no montante de
R$ 429,0 milhões e R$ 20,3 milhões (R$ 17,3 milhões líquidos de imposto de renda na
fonte), respectivamente.
Em 14 de agosto de 2014 foram pagos dividendos intermediários no montante de R$ 232,3
milhões e juros sobre o capital próprio no valor de R$ 23,6 milhões (líquidos de imposto de
renda na fonte).
Esses dividendos e juros sobre o capital próprio somados, referentes ao resultado do
exercício de 2014, representarão uma remuneração líquida de R$ 1,6319 por ação,
correspondendo a 100% do lucro líquido17 de 2014.
5. desempenho NATU3
Em 2014, as ações da Natura tiveram uma desvalorização de 19,1% frente a 31 de
dezembro de 2013, enquanto o Ibovespa desvalorizou-se 1,3%. O volume médio diário
negociado no 4T14 foi de R$ 40,8 milhões frente a R$ 48,2 milhões no mesmo período do
ano anterior.
No mesmo período, nossa posição média no Índice de Negociabilidade da BOVESPA foi 36º.
O gráfico abaixo demonstra o desempenho das ações Natura desde o seu lançamento (IPO):
17
Lucro líquido de acordo com a Lei das Sociedades por Ações.
14
Comentário de Desempenho
4T14
15
Comentário de Desempenho
4T14
teleconferência
& webcast
PORTUGUÊS:
Sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015
10h00 – horário de Brasília
INGLÊS:
Sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015
12h00 – horário de Brasília
Participantes do Brasil: +55 11 3193 1001 /+55 11 2820 4001
Participantes dos EUA: Toll Free + 1 888 700 0802
Participantes de outros países: +1 786 924 6977
Senha para os participantes: Natura
Transmissão ao vivo pela internet:
www.natura.net/investidor
relações
com investidores
Telefone: (11) 4571-7786
Fabio Cefaly, [email protected]
Tatiana Carvalho, [email protected]
Francisco Petroni, [email protected]
Julia Villas Bôas, [email protected]
16
Comentário de Desempenho
4T14
balanços
patrimoniais
em dezembro de 2014 e dezembro de 2013
(em milhões de reais - R$)
ATIVO
dez-14
dez-13
dez-14
dez-13
Caixa e equivalentes de caixa
1.164,2
1.003,0
Títulos e valores mobiliários
531,8
306,4
Fornecedores e outras contas a pagar
1.466,6
693,1
599,6
Contas a receber de clientes
847,5
807,0
706,6
Salários, participações nos resultados e encargos sociais
210,5
Estoques
890,0
177,6
799,5
Obrigações tributárias
715,5
Impostos a recuperar
659,3
240,3
181,1
Provisão para aquisição de participação de não controladores
48,2
Instrumentos financeiros derivativos
0,0
317,0
153,6
Outras obrigações
78,6
90,2
248,5
262,4
Total do passivo circulante
3.119,0
2.326,8
4.239,3
3.512,9
CIRCULANTE
Outros ativos circulantes
Total do ativo circulante
PASSIVO
CIRCULANTE
NÃO CIRCULANTE
Empréstimos e financiamentos
NÃO CIRCULANTE
Realizável a longo prazo:
2.514,6
2.200,8
Impostos a recuperar
182,7
175,1
Obrigações tributárias
99,0
215,6
Imposto de renda e contribuição social diferidos
147,8
193,8
Provisão para riscos tributários, cíveis e trabalhistas
75,8
73,8
Depósitos judiciais
263,3
412,4
Provisão para aquisição de participação de não controladores
97,2
141,6
Outros ativos não circulantes
Imobilizado
Intangível
Total do ativo não circulante
Empréstimos e financiamentos
85,7
37,2
1.672,1
1.439,7
609,2
477,3
2.960,8
2.735,4
Outras provisões
145,8
121,3
2.932,4
2.753,2
Capital social
427,1
427,1
Reservas de capital
137,3
150,4
Reservas de lucros
189,3
162,6
Ações em tesouraria
(37,9)
(84,0)
Dividendo adicional proposto
449,3
496,4
Ajustes de avaliação patrimonial
(41,4)
(6,9)
1.123,7
1.145,6
25,0
22,6
Total do patrimônio líquido
1.148,7
1.168,3
TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO
7.200,1
6.248,3
Total do passivo não circulante
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Total do patrimônio líquido - acionistas controladores
Participação dos acionistas não controladores no patrimônio
líquido das controladas
TOTAL DO ATIVO
7.200,1
6.248,3
17
Comentário de Desempenho
4T14
demonstrações
dos resultados
para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e de 2013
(R$ milhões)
2014
2013
7.408,4
7.010,3
(2.250,1)
(2.111,1)
5.158,3
4.899,2
Despesas com Vendas, Marketing e Logística
(2.680,1)
(2.449,4)
Despesas Administrativas, P&D, TI e Projetos
(1.133,3)
(1.042,6)
19,8
8,9
1.364,7
1.416,0
Receitas financeiras
483,8
364,2
Despesas financeiras
(752,1)
(522,5)
1.096,4
1.257,7
(355,2)
(409,9)
741,2
847,8
732,8
842,6
8,4
5,2
741,2
847,8
RECEITA LÍQUIDA
Custo dos produtos vendidos
LUCRO BRUTO
(DESPESAS) RECEITAS OPERACIONAIS
Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas
LUCRO OPERACIONAL ANTES DO RESULTADO
FINANCEIRO
LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL
Imposto de renda e contribuição social
LUCRO ANTES DA PARTICIPAÇÃO
DE NÃO CONTROLADORES
ATRIBUÍVEL A
Acionistas da Sociedade
Não controladores
18
Comentário de Desempenho
4T14
demonstrações
dos fluxos de caixa
para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e de 2013
(R$ milhões)
2014
2013
741,2
847,8
Depreciações e amortizações
189,8
193,0
Reversão decorrente dos contratos de operações com derivativos "swap" e "forward"
(53,6)
(100,5)
Provisões para riscos tributários, cíveis e trabalhistas
10,2
18,0
FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS
Lucro líquido do período
Ajustes para reconciliar o lucro líquido do exercício com o caixa líquido gerado pelas atividades operacionais:
Atualização monetária de depósitos judiciais
(28,6)
(21,3)
Imposto de renda e contribuição social
355,2
409,9
28,4
(2,6)
Resultado na venda e baixa de ativo imobilizado e intangível
0,0
(3,3)
276,8
311,6
Variação cambial sobre outros ativos e passivos
5,4
3,3
Provisão (Reversão) com planos de outorga de opções de compra de ações
2,4
12,5
Provisão para perdas com imobilizado
6,8
0,0
Provisão para créditos de liquidação duvidosa
17,4
27,0
Provisão (Reversão) para perdas nos estoques
(13,1)
27,6
Lucro líquido do exercício atribuível a não controladores
(8,4)
(5,2)
Reversão deságio na alienação de créditos de ICMS
Juros e variação cambial sobre empréstimos e financiamentos
1,0
29,9
(13,5)
(6,8)
Provisão para aquisição de participação de não controladores
3,8
0,0
Outros ajustes
1,8
0,0
1.522,9
1.740,9
Contas a receber de clientes
(57,9)
(182,6)
Estoques
(77,3)
(126,4)
Impostos a recuperar
(53,4)
(50,3)
Outros ativos
(46,5)
(100,5)
(235,2)
(459,7)
Provisão (Reversão) com plano de assistência médica e créditos de carbono
Reconhecimento de crédito tributário extemporâneo
(AUMENTO) REDUÇÃO DOS ATIVOS
Subtotal
AUMENTO (REDUÇÃO) DOS PASSIVOS
Fornecedores nacionais e estrangeiros
Salários, participações nos resultados e encargos sociais, líquidos
Obrigações tributárias
Outros passivos
Provisão para riscos tributários, cíveis e trabalhistas
Subtotal
CAIXA GERADO PELAS ATIVIDADES OPERACIONAIS
(105,6)
54,9
32,9
(34,2)
(114,4)
28,0
(11,4)
7,2
(8,2)
(7,5)
(206,8)
48,4
1.080,9
1.329,7
19
Comentário de Desempenho
4T14
OUTROS FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS
(254,2)
(240,0)
Levantamento (pagamento) de depósitos judiciais
177,7
(41,6)
Pagamentos de recursos por liquidação de operações com derivativos
(109,8)
27,8
Pagamento de juros sobre empréstimos e financiamentos
(137,2)
(96,9)
757,5
979,0
(505,7)
(553,9)
Pagamentos de imposto de renda e contribuição social
CAIXA LÍQUIDO GERADO PELAS ATIVIDADES OPERACIONAIS
FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO
Adições de imobilizado e intangível
0,0
21,2
Aplicação em títulos e valores mobiliários
(4.760,5)
(4.712,1)
Resgate de títulos e valores mobiliários
4.535,0
4.904,5
0,0
(129,0)
(731,2)
(469,3)
Amortização de empréstimos e financiamentos - principal
(732,7)
(1.029,4)
Captações de empréstimos e financiamentos
1.620,1
1.257,6
Recebimento pela venda de ativo imobilizado e intangível
Caixa adquirido na combinação de negócios
CAIXA LÍQUIDO UTILIZADO NAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO
FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO
33,8
35,5
(496,4)
(491,3)
(27,8)
0,0
(260,1)
(364,8)
0,0
(60,2)
136,9
(652,7)
(2,0)
1,6
161,2
(141,4)
Saldo inicial do caixa e equivalentes de caixa
1.003,0
1.144,4
Saldo final do caixa e equivalentes de caixa
1.164,2
1.003,0
161,2
(141,4)
117,9
0,0
Reserva para aquisição de não controladores
0,0
141,6
Capitalização de leasing financeiro
83,6
185,9
Hedge accounting
11,9
0,0
Efeito de alterações e participações em controladas
19,9
0,0
Utilização de ações em tesouraria pelo exercício de opções de compra de ações
Pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio referentes ao exercício anterior
Aquisição adicional de ações da Emeis
Antecipação de dividendos e juros sobre capital próprio referentes ao exercício corrente
Compra de ações em tesouraria
CAIXA LÍQUIDO GERADO (UTILIZADO) NAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO
Efeito de variação cambial sobre o caixa e equivalentes de caixa
AUMENTO (REDUÇÃO) NO CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA
AUMENTO (REDUÇÃO) NO CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA
Informações adicionais às demonstrações dos fluxos de caixa:
Limites de contas garantidas sem utilização
Itens não caixa
20
Comentário de Desempenho
4T14
glossário
_CDI: Certificado de depósito interbancário.
_CN: Revendedoras autônomas, que não têm relação de emprego com a Natura, também chamadas Consultoras Natura.
_CNO: Revendedoras autônomas, que não têm relação de emprego conosco, e apoiam as Gerentes de Relacionamento em
suas atividades, também chamadas de Consultoras Natura Orientadoras.
_Comunidades Fornecedoras: Comunidades de agricultores familiares e extrativistas de diversas localidades do Brasil –
majoritariamente da Região Amazônica que extraem de forma sustentável insumos da sociobiodiversidade utilizados em nossos
produtos. Estabelecemos com essas comunidades cadeias produtivas que se pautam pelo preço justo, repartição de benefícios
pelo acesso ao patrimônio genético e aos conhecimentos tradicionais associados e apoio a projetos de desenvolvimento
sustentável local. Esse modelo de negócio tem se mostrado efetivo na geração de valor social, econômico e ambiental para a
Natura e para as comunidades.
_GEE: Gases de Efeito Estufa.
_Índice de Inovação: Participação nos últimos 12 meses da venda dos produtos lançados nos últimos 24 meses.
_Instituto Natura: é uma organização sem fins lucrativos criada em 2010 para fortalecer e ampliar nossas iniciativas de
Investimento Social Privado. Sua criação nos permitiu potencializar os esforços e investimentos em ações que contribuam para
a melhoria da qualidade do ensino público.
_Mercado Alvo: Referente aos dados de mercado alvo da SIPATESP/Abihpec. Considera somente os segmentos nos quais a
Natura opera. Exclui fraldas, itens de higiene oral, tintura para cabelo, esmaltes, absorventes dentre outros.
_Operações em Consolidação: Agrupamento das operações: Argentina, Chile e Peru.
_Operações em Implantação: Agrupamento das Operações: Colômbia e México.
_PLR: Participação nos Lucros e Resultados.
_Programa Natura Crer Para Ver: Linha especial de produtos não cosméticos, cujo lucro é revertido para o Instituto Natura,
no Brasil, e investido pela Natura em ações sociais nos demais países onde operamos. Nossas consultoras e consultores se
engajam nas vendas em prol de seu benefício social, sem obter ganhos.
_Rede de Relações Sustentáveis: Modelo Comercial adotado no México que contempla oito etapas de avanço da consultora:
Consultora Natura, Consultora Natura Empreendedora, Formadora Natura 1 e 2, Transformadora Natura 1 e 2, Inspiradora
Natura e Associada Natura. Para ascender na atividade, é preciso atender a critérios de volume de vendas, atração de novas
consultoras e – como diferencial dos demais modelos existentes no país – desenvolvimento pessoal e de relações
socioambientais na comunidade.
_Repartição de Benefícios: Com base na Política Natura de Uso Sustentável da Biodiversidade e do Conhecimento
Tradicional Associado, é utilizada a premissa de repartir benefícios sempre que percebermos diferentes formas de valor nos
acessos que realizamos. Sendo assim, uma das práticas que definem a forma como esses recursos serão divididos é associar
pagamentos ao número de matérias-primas produzidas a partir de cada planta e ao sucesso comercial dos produtos para os
quais essas matérias-primas servem de insumo.
_Sipatesp/Abihpec: Sindicato da Indústria de Perfumarias de Artigos de Toucador do Estado de São Paulo / Associação
Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos.
reapresentações
_Demonstrativo de Resultados pró-forma do 4T13 e 2013 contempla três reclassificações no Brasil, e consequentemente
no Consolidado, para uma melhor comparação com o 3T14. Estes ajustes não impactam os valores de EBITDA e Lucro Líquido
anteriormente divulgados. Estas reclassificações entre linhas são: (1) reclassificação para o “Custo de Mercadoria Vendida” das
despesas de provisão de participação nos lucros de colaboradores que estavam alocadas em “despesas administrativas, P&D, TI
e projetos”; (2) reclassificação de parte das “despesas com vendas, marketing e logística” para “despesas administrativas,
P&D, TI e projetos” para melhor refletir a nossa nova organização alinhada ao plano estratégico; e (3) “Despesas
Administrativas, P&D, TI e Projetos” consolidando a antiga linha de “Remuneração dos Administradores”, cujos detalhes estão
disponíveis na nota explicativa número 28.2 das Demonstrações de Resultados Financeiros. Nos próximos trimestres, esses
mesmos ajustes serão feitos nos valores de 2013.
_Composição do Custo 4T13 e 2013: Reapresentação dos valores para refletir o ajuste (1) descrito acima.
_Itens não caixa: reapresentação dos valores do 4T13 e 2013 para melhor comparação com os critérios de 2014.
21
Comentário de Desempenho
4T14
_Capital de Giro 4T13 e 2013: Com a reclassificação de alguns saldos do balanço de 2012 (conforme notas explicativas
número 4.3 das Demonstrações Financeiras de 4T13), a variação do capital de giro do 4T13 e 2013 foi recalculada e
reapresentada.
O EBITDA não é uma medida utilizada nas práticas contábeis adotadas no Brasil, não representando o
fluxo de caixa para os períodos apresentados. Também não deve ser considerado como uma
alternativa ao lucro líquido na qualidade de indicador do desempenho operacional ou uma alternativa
ao fluxo de caixa na qualidade de indicador de liquidez. O EBITDA não tem um significado
padronizado e sua definição na Sociedade, eventualmente, pode não ser comparável ao LAJIDA ou
EBITDA definido por outras companhias. Ainda que o EBITDA não forneça, de acordo com as práticas
contábeis adotadas no Brasil, uma medida do fluxo de caixa, a Administração o utiliza para mensurar
o desempenho operacional da Sociedade. Adicionalmente, entendemos que determinados investidores
e analistas financeiros utilizam o EBITDA como indicador do desempenho operacional de uma
companhia e/ou de seu fluxo de caixa.
Este relatório contém informações futuras. Tais informações não são apenas fatos históricos, mas
refletem os desejos e as expectativas da direção da Natura. As palavras “antecipa”, “deseja”,
“espera”, “prevê”, “pretende”, “planeja”, “prediz”, “projeta”, “almeja” e similares, pretendem
identificar afirmações que, necessariamente, envolvem riscos conhecidos e desconhecidos. Riscos
conhecidos incluem incertezas, que não são limitadas ao impacto da competitividade dos preços e
produtos, aceitação dos produtos no mercado, transições de produto da Companhia e seus
competidores, aprovação regulamentar, moeda, flutuação da moeda, dificuldades de fornecimento e
produção e mudanças na venda de produtos, dentre outros riscos. Este relatório também contém
algumas informações “pró-forma”, elaboradas pela Companhia a título exclusivo de informação e
referência, portanto, são grandezas não auditadas. Este relatório está atualizado até a presente data
e a Natura não se obriga a atualizá-lo mediante novas informações e/ou acontecimentos futuros.
22
DECLARAÇÃO DA DIRETORIA SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS
Em conformidade com o artigo 25, § 1º, inciso VI da Instrução CVM 480, de 7 de
dezembro de 2009, a Diretoria declara que revisou, discutiu e concordou com as
Demonstrações Financeiras da Companhia referentes ao exercício de 2014.
São Paulo, 11 de fevereiro de 2015
ROBERTO OLIVEIRA DE LIMA
Diretor Presidente
ROBERTO PEDOTE
Diretor Financeiro e de Relações com
Investidores
JOSÉ VICENTE MARINO
Diretor Comercial
JOÃO PAULO BROTTO GONÇALVES
Diretor Comercial
DECLARAÇÃO DA DIRETORIA SOBRE O PARECER DOS AUDITORES
Em conformidade com o artigo 25, § 1º, inciso VI da Instrução CVM 480, de 7 de
dezembro de 2009, a Diretoria declara que revisou, discutiu e concordou com as
Demonstrações Financeiras da Companhia referentes ao exercício de 2014.
São Paulo, 11 de fevereiro de 2015
ROBERTO OLIVEIRA DE LIMA
Diretor Presidente
ROBERTO PEDOTE
Diretor Financeiro e de Relações com
Investidores
JOSÉ VICENTE MARINO
Diretor Comercial
JOÃO PAULO BROTTO GONÇALVES
Diretor Comercial
NATURA COSMÉTICOS S.A.
CNPJ/MF nº 71.673.990/0001-77
Companhia Aberta
NIRE 35.300.143.183
ATA DE REUNIÃO DO COMITÊ DE AUDITORIA, DE GESTÃO DE RISCOS
E DE FINANÇAS, REALIZADA EM 09 DE FEVEREIRO DE 2015
Em 09 de fevereiro de 2015, às 10 horas, na sede social da Companhia localizada na
cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Avenida Alexandre Colares, n°. 1188,
Vila Jaguara, CEP 05106-000, reuniu-se, sob a presidência do Sr. Marcos de Barros
Lisboa que convidou a mim, Mercedes Stinco, para secretariar os trabalhos, e com a
presença do Sr. Luiz Ernesto Gemignani, membro do Comitê, do Sr. Raul Gabriel Beer
Roth, convidado fixo, e do Sr. Gilberto Mifano e Sra. Lucilene Silva Prado, consultores
externos, o Comitê de Auditoria, de Gestão de Riscos e de Finanças da NATURA
COSMÉTICOS S.A. Por unanimidade de votos e sem ressalvas, os membros do
Comitê revisaram e manifestaram-se favoravelmente às demonstrações financeiras da
Companhia relativas ao exercício social de 2014.
Nada mais havendo a tratar, esta ata foi lida, aprovada e assinada pelos presentes.
Assinaturas: Marcos de Barros Lisboa, Presidente da Reunião; Luiz Ernesto Gemignani,
membro do Comitê e Mercedes Stinco, Secretária da Reunião.
Certifico ser a presente extrato da ata lavrada no livro próprio.
São Paulo, 09 de fevereiro de 2015
MERCEDES STINCO
Secretária da Reunião

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