Projeto Adoção de Entidades - Fundação CEEE de Previdência

Transcrição

Projeto Adoção de Entidades - Fundação CEEE de Previdência
fundação solidária
Edição especial – Dezembro de 2013
Projeto Adoção
de
Entidades
Presença na comunidade
Expediente
Fundação Solidária – Especial é uma
publicação da Fundação CEEE de
Seguridade Social – ELETROCEEE
Rua dos Andradas, 702 Porto Alegre - RS
CEP 90020-004
Telefone: (51) 3027 3100
Fax: (51) 3228 5325
www.fundacaoceee.com.br
CONSELHO DELIBERATIVO
03
A parcela que faz a diferença
Palavra do Coordenador do Programa Fundação
Solidária, Claudiomar Gautério de Farias.
Titulares
Ricieri Dalla Valentina Junior
(Presidente), João Carlos Lindau, Sandro
Rocha Peres, Gerson Gonçalves da Silva,
Jorge Eduardo Saraiva Bastos, Cláudio
Grimaldi Pedron.
Suplentes
João Luis Martins Collar, Antônio Carlos
Stavie, Josiane Cunha da Costa, Jorge
Luiz da Silva Sinott, Clarita Maria
Maraschin Coutinho, João Roberto de
Azevedo.
04
CONSELHO FISCAL
Fazendo mais do que previdência
Apresentação do Programa Fundação Solidária
e do Projeto Adoção de Entidades.
Titulares
06
Antônio de Pádua Barbedo (Presidente),
Cláudio Canalis Goulart, Alessandra
Kozlowski, José Luis Ceratti.
07 Instituições adotadas
Suplentes
Evanir Júlio de Freitas, Rosmary Baldi
Marques Liska, Rui Dick, Maria Cristina
Soares Magalhães.
DIRETORIA EXECUTIVA
Presidente:
Juarez Emilio Moehlecke
Diretora Financeira:
Janice Antonia Fortes
Diretor de Seguridade:
Claudiomar Gautério de Farias
Diretor Administrativo:
Manuel Antônio Ribeiro Valente
COORDENAÇÃO DE PUBLICAÇÃO
Magdarlise Dal Fiume Germany, Gerente
de Relações Institucionais
Editor e Jornalista Responsável
Projeto adota novas entidades
08 Lar da Amizade
Uma sementinha cheia de alegria
10
Casa dos Amigos de Santo Antônio
Melhorias para atender com mais qualidade
12 Lar da Criança e do Adolescente Menino Jesus
Esperança para quem está começando a vida
14 Associação Amparo Providência – Lar das Vovozinhas
Gestão da qualidade que faz a diferença
16 Asilo de Mendigos de Pelotas
Uma história em benefício dos necessitados
18 Lar Maria Carmem
Amor e cuidado com o futuro
Carlos Salamoni (9060 DRT / RS)
Redação
Ivan Carneiro Gomes (MTB 3834)
Projeto gráfico e editoração
Jean Carlos da Silva de Oliveira
Tiragem: 16.500 exemplares.
Custo Unitário dos Exemplares: R$ 0,68.
Origem dos recursos financeiros: Plano
de Seguros - Fundo Adoção de Entidades
2
20 Parceiros Institucionais
22 Exemplo de cidadania
Palavra do presidente da Fundação CEEE, Juarez Emilio Moehlecke.
Contracapa Prêmios consquistados pelo
Programa Fundação Solidária
PALAVRA DO COORDENADOR
A parcela que faz
a DIFERENÇA
CLAUDIOMAR GAUTÉRIO DE FARIAS
Diretor de Seguridade Fundação CEEE
e Coordenador do Programa Fundação Solidária
A opção em fazer um seguro de vida através da
Fundação CEEE está mudando a vida de dezenas
de entidades que abrigam idosos e crianças
carentes no Rio Grande do Sul. Um percentual
do que cada segurado paga pelo prêmio em sua
apólice da Icatu Seguros é destinado a um fundo
que já possibilitou, em 13 anos, repasses da ordem
de R$ 2,5 milhões, beneficiando 32 entidades
filantrópicas. Denominado “Projeto Adoção de
Entidades” e gerenciado por um Comitê formado
por colaboradores e dirigentes da entidade, tornouse o principal dos 11 projetos do Programa Fundação
Solidária.
O Diretor de Seguridade da Fundação CEEE e
coordenador do Programa, Claudiomar Gautério
de Farias, salienta que “muitas pessoas pagam
sua apólice e nem se dão conta que estão ajudando
entidades filantrópicas”. Os recursos do fundo
foram possíveis graças à parceria da Fundação
como estipulante da cota de seguros junto à Icatu
Seguros e à corretora Amauri Bueno. O sonho virou
realidade. Em abril de 2000, logo após realizar um
programa de Qualidade Total inspirado no PGQP,
surgiu o primeiro projeto da diretoria denominado
Eletroparceria, embrião do Projeto Adoção de
Entidades, criado em agosto de 2000. Isso permitiu,
por dois anos, o pagamento mensal da conta de
energia elétrica da SPAAN - Sociedade Portoalegrense de Auxílio aos Necessitados e, o aluguel
de uma sala para o Instituto da Mama do Rio Grande
do Sul. Em seguida veio o auxílio para a Sociedade
Humanitária Padre Cacique de Porto Alegre e para o
Movimento Assistencial de Pelotas (MAPEL).
“Nossa maior motivação é ajudar os dirigentes
das entidades a não desistirem, pois sabemos que
as carências são muitas e as entidades dependem
de doações”, esclarece o coordenador e um dos
idealizadores do Projeto Adoção de Entidades,
na condição de Diretor de Seguridade, cargo que
ocupou, também, nos anos de 1999/2000. Ele
acompanha com orgulho o programa, e diz que o
sucesso se deve principalmente “à credibilidade da
Fundação junto aos seus participantes”.
Evolução
A meta de despertar o espírito de solidariedade,
incentivar o voluntariado e oportunizar melhores
condições às entidades assistidas, norteou os
13 anos do Projeto. Focado em ajudar asilos de
idosos carentes e abrigos de crianças em situação
de vulnerabilidade, tem como coordenadoras
operacionais as Assistentes Sociais Susana Seadi e
Jacqueline Pinto. De 2002 em diante, as entidades
foram selecionadas a cada dois anos através de
cinco processos eleitorais, deflagrados entre os
participantes da Fundação CEEE. Em 2013 houve
mudança de critérios. Das 18 entidades inscritas
nove foram escolhidas sem eleição: “percebemos
que muitas entidades sem estrutura ficavam de
fora e decidimos ajudá-las para romper um ciclo
em favor das mais necessitadas”, informou Farias.
Os resultados foram muito positivos, gerando
muita alegria para as contempladas que recebem
em média R$ 2 mil mensais, num período de até
dois anos. Poucos imaginavam que um simples
projeto de Qualidade Total, inspirado no PGQP,
pudesse trazer tantos benefícios: “o novo padrão
de qualidade despertou na diretoria da Fundação a
necessidade de fazer um trabalho de cunho social”,
diz Farias. Ele espera que os segurados se orgulhem
da ação solidária que estão fazendo ao adquirirem
um plano de seguro: “o que nos deixa felizes é saber
que, em cada entidade, existem pessoas que trazem
dentro de si o espírito da doação e da caridade,
são seres humanos iluminados que merecem todo
o amparo para continuarem ajudando aos mais
necessitados”.
3
FUNDAÇÃO SOLIDÁRIA
projeto adoção
de entidades:
fazendo mais do
que previdência
A responsabilidade social de um fundo de pensão é pagar benefícios para seus aposentados e
pensionistas, administrando recursos financeiros que proporcionam mais qualidade de vida para
seus assistidos. No entanto, uma entidade voltada para o bem-estar de seus participantes também
pode estender sua vocação para outras pessoas, contribuindo, por meio de parcerias, na construção
de um país com mais justiça social.
Com essa filosofia, a Fundação CEEE criou, há
13 anos, o Programa Fundação Solidária. Um
conjunto de ações de responsabilidade social
dirigidas para os colaboradores da entidade,
participantes e comunidade onde atua. O
objetivo desse trabalho é estimular o exercício
da cidadania por meio de ações educativas,
despertar o espírito de solidariedade e
incentivar o voluntariado.
O Projeto Adoção de Entidades, que se constitui
no expoente do Programa Fundação Solidária,
faculta que as entidades adotadas recebam
recursos financeiros por um período máximo
de dois anos. Após, são substituídas por outras
instituições escolhidas pelos participantes da
Fundação CEEE por meio de eleições.
A entidade buscou parcerias para viabilizar a
proposta, já que não poderia custear essas ações
com os recursos dos planos previdenciários.
Assim, por meio de parcela dos prêmios
pagos pelos segurados da Fundação CEEE nas
apólices de seguro de vida em grupo, com
a participação da Corretora Amauri Bueno
Seguros e da Icatu Seguros, a Fundação obteve
a fonte de custeio necessária para colocar o
projeto em prática. Constitui-se, dessa forma,
um fundo específico para essa finalidade, com
4
rentabilidade própria, que não interfere nos
programas previdenciários, de investimentos
e administrativo da Fundação.
Para participar, as entidades candidatas devem
ser sediadas no Estado do Rio Grande do Sul,
devidamente registradas e reconhecidas
segundo a legislação vigente. Isso garante a
diversificação das instituições assistidas e a
ampliação do público beneficiado.
Para receber os recursos as entidades devem
apresentar projetos de alocação dos mesmos,
que serão acompanhados por equipe técnica
especializada, composta de profissionais do
Serviço Social da Fundação CEEE. O projeto
também é administrado por um comitê
formado por colaboradores da entidade.
Os projetos devem promover melhorias nas
instalações como, por exemplo, iluminação,
sistemas hidráulicos e sanitários, recursos de
acessibilidade (barras de apoio, pisos antiderrapante), ou, custear material de higiene,
remuneração de profissionais (médicos,
cuidadores, auxiliares de enfermagem), etc. O
objetivo é que as instituições adotadas também
desenvolvam programas que promovam a
autonomia e a autoestima do asilado como
Comitê Fundação Solidária: Susana Seadi, Celanira Silveira,
Suzana Nunes, Fabrício Vedoy, Eliane Alcino, Márcio Zago,
Jacqueline Pinto e Luiz Eduardo Motta
Adoção de
Entidades
em números
32 entidades
atendidas
oficinas de música, artesanato, feiras, palestras
motivacionais e programas educativos.
O valor da verba mensal a ser doada para cada
entidade é definido pelo Comitê Fundação
Solidária, de acordo com o número de assistidos
e as condições materiais da instituição. Os
recursos são liberados após a aprovação do
projeto avaliado pelo Serviço Social da Fundação
CEEE que acompanha a execução das melhorias e
atividades definidas pela entidade, conforme as
especificações do cronograma apresentado.
46 adoções
R$ 2,5 milhões
doados
O Fundo Adoção de Entidades é
constituído com recursos do Plano
de Seguros, independente dos
programas previdenciários e de
investimentos da Fundação CEEE.
5
Projeto adota
Novas Entidades
A Fundação CEEE realizou, no dia 13 de novembro, a
cerimônia de assinatura de convênio com as novas
instituições filantrópicas que participam do Projeto
Adoção de Entidades. Ao todo, nove entidades
passarão a receber os recursos do fundo, substituindo
as instituições anteriores. As novas entidades
passarão a receber, por até 24 meses, a verba de R$
2 mil para execução de projetos para melhoria de
suas instalações e cobertura de despesas. Cada uma
recebeu um certificado de adesão ao Projeto que já
beneficiou mais de 30 iniciativas ao longo dos seus 13
anos de existência.
As instituições que completaram o ciclo de dois anos,
agora em 2013, também participaram do evento.
Cada uma fez uma breve exposição sobre como foram
aplicados os recursos doados pelo Projeto Adoção
de Entidades e ressaltaram a importância deste
trabalho que contribui para melhorar as condições
de atendimento aos asilados.
Neste ano, A Fundação CEEE não realizou eleições
entre os participantes para escolher as entidades
adotadas. Por iniciativa do Diretor de Seguridade
e Coordenador do Programa Fundação Solidária,
Claudiomar Gautério de Farias, optou-se por
Assista ao vídeo deste evento, com
depoimentos dos dirigentes, no seu
smartphone ou tablet com leitor de QRCODE
ou acesse youtube.com/fundacaoceee/entidades
conceder os recursos para as instituições que
não foram eleitas no processo realizado em 2011.
Assim, entidades menos conhecidas do público e
que, geralmente, não eram selecionadas, passarão
a receber os recursos, num verdadeiro espírito de
solidariedade e de responsabilidade social. “Sintome particularmente orgulhoso de poder estender
o Adoção de Entidades às menos votadas. Elas
precisam de mais solidariedade”, afirmou, Farias.
Novas entidades (2014 - 2015)
ASSOCIAÇÃO DE AUXÍLIO AOS NECESSITADOS - SANTA CRUZ DO SUL
ASSOCIAÇÃO BENEFICIENTE CORONEL AUGUSTO CÉSAR LEVI - JAGUARÃO
ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA PRÓ AMPARO DO MENOR - SANTA CRUZ DO SUL
FUND. DE ASSISTÊNCIA À CRIANÇA E AO ADOLESCENTE - SÃO LEOPOLDO
FUNDAÇÃO GERIÁTRICA JOSÉ E AUTA GOMES - BAGÉ
LAR DA AMIZADE - PORTO ALEGRE
LAR DO IDOSO - JOSÉ E ROSALINA KOEHLER – TAPERA
VILA ITAGIBA - SANTA MARIA
INSTITUTO RECRIAR - PORTO ALEGRE
Fundação CEEE – Instrução de Trabalho nº 7.3.08.104/06 Projeto
“3.2.2. O Projeto Adoção de Entidades terá fundo identificado,
dentro do Plano de Seguros - PS, como Fundo Adoção de
Entidades, com controle e contabilização específica e sujeito às
fiscalizações e auditorias, na forma e período, que o Conselho
Deliberativo, Conselho Fiscal e Patrocinadoras entenderem
convenientes. Esse fundo será constituído pelo resultado entre
as receitas e despesas específicas, conforme origens descritas
a seguir e destinações descritas no item 3.3.3.
Origem de recursos:
a) Retorno mensal, a partir de junho de 2007, do percentual
6
de 1,46% (hum vírgula quarenta e seis por cento) dos prêmios
líquidos arrecadados de todas as apólices de seguros, divididos
em iguais proporções de 0,365% (zero vírgula trezentos e
sessenta e cinco por cento) entre:
- Segurado;
- Icatu Seguros S/A;
- Amauri Bueno Corretora de Seguros Ltda;
- Fundação CEEE, através de transferência de receita do Plano
de Seguros – PS.
A parcela da Seguradora e a parcela do Segurado, estão
Instituições
Adotadas
no período de
2000 a 2013 2002
Lar da Amizade Abrigo para Cegos e Idosos Carentes (Porto Alegre)
Asilo de Mendigos (Pelotas)
Amparo Providência Lar das Vovozinhas (Santa Maria)
Casa dos Amigos de Santo Antonio (Porto Alegre)
Lar da Velhice São Francisco de Assis (Caxias do Sul)
2006
Asilo de Mendigos (Pelotas)
Amparo Lar das Vovozinhas (Santa Maria)
Sociedade São Vicente de Paulo (Bagé)
Lar da Amizade para Cegos e Idosos (Porto Alegre)
Casa dos Amigos de Santo Antonio (Porto Alegre)
2009
2011
Clínica Esperança (Porto Alegre)
Asilo Padre Cacique (Porto Alegre)
Asilo Vila Vicentina 02 (Porto Alegre)
Asilo Luiza Catarina (Sto. Antônio da Patrulha)
Asilo de Mendigos (Pelotas)
SPAAN (Porto Alegre)
Orfanato Maria Carmem (Rio Grande)
Lar das Vovozinhas (Santa Maria)
2000
SPAAN (Porto Alegre)
Sociedade Humanitária Padre Cacique (Porto Alegre)
Instituto da Mama do Rio Grande do Sul (Porto Alegre)
Movimento Assistencial de Pelotas- MAPEL (Pelotas)
2004
Abrigo José Pithan (Santa Maria)
Asylo de Pobres (Rio Grande)
Associação de Cegos Louis Braille (Porto Alegre)
Centro de Reabilitação Vita (Porto Alegre)
SPAAN (Porto Alegre)
Asilo Nossa Senhora Medianeira (Gravataí)
Asilo Padre Cacique (Porto Alegre)
2007
Asylo de Pobres (Rio Grande)
Casa de Amparo aos Navegantes (Salto Jacuí)
Abrigo Espírito José Pithan (Santa Maria)
Associação de Cegos Louis Braille (Porto Alegre)
Lar da Criança e do Adolescente Menino Jesus- LARCAMJE (Porto Alegre)
Casa do Menino Jesus de Praga (Porto Alegre)
!
Leia as reportagens sobre as entidades
destacadas nas páginas seguintes
2013
Adoção de Entidades - Fundação Solidária Origem dos Recursos
contempladas na fração de 0,73% do pró-labore a ser
retido pela Fundação CEEE na quitação da fatura, conforme
contratos de Seguro de Vida em Grupo Apólices no
93.103.790, no 93.103.791, no 93.103.792, no 93.103.793 e
no 93.103.794 - termos aditivos no 001, datados de 10 de
julho de 2007, alteradas para as Apólices nºs 93.103.616,
93.103.617, 93.103.618, 93.103.619, 93.103.539, 93.103.707
e 93.700.759, com vigência a partir de 01/06/2012 até
31/05/2017.
A parcela da Corretora está de acordo com a correspondência
datada de 10 de julho de 2007 e a parcela da Fundação CEEE foi
definida em reunião de Diretoria Executiva, ata no 831, de 19 de
julho de 2007, quando aprovado o RDS no 032/2007, emitido
pela Gerência Financeira.
b) Doações recebidas de outras fontes de recursos definidas
especificamente para este Projeto, aprovadas previamente pela
Diretoria Executiva e Conselho Deliberativo da Fundação CEEE;
c) A remuneração do saldo financeiro do Fundo Adoção de
Entidades, proporcional a sua participação no programa de
investimentos.”
7
LAR DA AMIZADE
Assista ao vídeo desta entidade no seu smartphone
ou tablet com leitor de QRCODE
ou acesse youtube.com/fundacaoceee/entidades
Uma sementinha cheia de alegria
Alegria e entusiasmo não faltam no Lar da
Amizade de Ipanema em Porto Alegre. Fundado
em junho de 1983 por Dona Adolfina Quaresma
da Silva, 75 anos, a casa destina-se a abrigar
idosos e pessoas com deficiências leves. Uma
história de bondade, perseverança e consciência
social transformou a vida de mais de 600 pessoas
carentes nas últimas três décadas. Atualmente,
o Lar abriga 40 pessoas, incluindo uma sem
identidade. Deficiente visual desde os 19 anos
vítima de um glaucoma, dona Adolfina ouviu
histórias tristes de outros deficientes quando
lecionou Braille no Instituto Santa Luzia e decidiu
abrir sua própria casa na Avenida Eduardo Prado,
349, para abrigo temporário dos desvalidos
sociais. A ampliação do prédio em área de 810
metros quadrados recebeu ajuda da ONG alemã
Cristoffel Blinden Mission (CBM). Em 2013 Dona
Adolfina comemorou com sua equipe os 30 anos
de atividades da casa com invejável disposição
de uma adolescente: “quem faz a felicidade dos
outros, é feliz também”. Atenciosa ao extremo
com visitantes, não cansa de minimizar a
importância do seu trabalho: “não é nada,
apenas uma sementinha”. Rindo muito com seus
grandes óculos escuros agradeceu à Fundação
CEEE “por mais este terceiro apoio, que veio bem
na hora”.
Reformas
Adotada nos períodos de 2002 /2004 e
2007/2009 e de 2014/2015, os recursos
repassados contribuíram para executar mais
de 15 benfeitorias, incluindo cobertura da
passarela da frente para evitar a chuva, reforma
da sala de estar, novos utensílios para cozinha,
8
até a contratação de uma psicóloga e aumento
de carga horária da Assistente Social. Com
economias, Dona Adolfina conseguiu comprar
dois terrenos de 12X25 metros quadrados na praia
do Quintão em 2002, onde construiu uma casa
que vem ampliando para receber pensionistas
no verão. Ela lembra com gratidão da equipe dos
Engenheiros Solidários com Vinícius Galliazzi
e Pedro Bittencourt que contribuíram para
execução de projetos na casa. Sua paixão por
pedalar a levou a pedir bicicletas adaptáveis
(duas que andam fixas) para deficientes com
acompanhante que fazem a alegria da casa. “O
Lar proporciona a eles uma oportunidade de
iniciar uma nova vida”. Para quem está triste
com a vida, Adolfina aconselha: “procure um lar
para ajudar, peça forças a Deus que você ficará
mais feliz”.
Trabalho sério
Em visita de inspeção, a pedagoga Ruth
D’Amorim, 63 anos, foi a primeira a validar a
dedicação e qualidade no atendimento do Lar .
Há nove anos trabalhando como Referência do
Idoso na Proteção Social de Alta Complexidade
da FASC (Fundação de Assistência Social e
Cidadania), ela resumiu: “com a energia de uma
menina, amor e cuidado, Dona Adolfina tem
uma equipe técnica que faz um trabalho sério
de muita qualidade”. Idoso precisa de amor,
respeito, espaço limpo e organizado como exige
o Estatuto. Elogiando a parceria da Fundação nas
melhorias da instituição, Ruth mostra-se feliz
com os resultados. Lembrou que a equipe da FASC
encontrou um senhor sem nenhuma identidade,
em situação de extrema vulnerabilidade, jogado
Olinda Camargo (E) e
Adolfina Quaresma (D):
Idealismo e Dedicação
em um terreno do bairro Cruzeiro
do Sul: “aqui conseguimos um lar
para ele”, pois trata-se de uma das
cinco instituições que têm parceria
com a FASC em troca de um auxílio
mensal na folha de pagamento.
Bailes e Encontros
Uma intensa programação faz
o grande diferencial no Lar da
Amizade: bailes e animados
encontros com familiares buscam
dar o reforço psicológico para
iniciarem uma nova vida. O Lar
formou um time de futebol ‘Leão
da Zona Sul’, além de oficinas
de artesanato em madeira e
tapeçaria, incluindo um conjunto
musical “Traficantes do Som”.
Dia 29 de Junho/2013 foi realizada
uma grande festa para comemorar
os 30 anos de fundação, com
muitas fotos em exposição no
painel de entrada. Para a dedicada
administradora Olinda Camargo da
Silva, 64 anos e desde 2002 na casa,
o trabalho revigora: “aqui ninguém
deixa de veranear; fazemos rodízio
para acomodar até 15 pessoas na
praia do Quintão”. Em Ipanema,
a casa conta com internet e um
site desenvolvido em parceria
com a Procempa, o que contribuiu
inclusive para receber uma ajuda
em euros da Itália. Além da FASC,
a instituição tem parceria com o
Banco de Alimentos e a Parceiros
Voluntários. Os moradores fazem
frequentes passeios com Van,
andam em bicicleta dupla no pátio
do supermercado Big em frente e
são bem abastecidos com cestas
básicas doadas pela comunidade:
“quando há necessidade, pedimos
recursos
para
transporte,
manutenção e reforma”. Por seus
serviços, o Lar da Amizade ganhou
da Prefeitura em 2013 a “Medalha
e Diploma da cidade de Porto
Alegre”.
SERVIÇO:
Não sei se vou querer
voltar para casa, aqui é
maravilhosamente
bom”,
comentou Alvorinda da Silva
Russo, de 83 anos há poucos
meses na casa para onde veio por
indicação do seu filho. Afirmando
ser bem tratada “tudo muito bem
limpinho, são pessoas boas”
elogiou a ajuda da Fundação
porque “eles merecem”.
Geolar da Silva Castro, de 79
anos, está desde maio/2013,
trabalhou
na
indústria
de
calçados, gosta do Lar, mas não
vê a hora de retornar ao seu
ofício.
Laudi Lopes, de 84 anos
gosta de bailes e de uma boa
conversa: “acho maravilhoso
o que esta casa nos oferece,
principalmente
na
comida;
além de serem amigos, lidam
comigo como sendo um velhinho
mesmo”.
Terezinha da Silva Gomes,
78 anos diz que toda a
equipe é muito boa e atenta, dona
Adolfina “é uma mãe” e conclui:
“estou num paraíso”.
“O Lar proporciona a
eles uma oportunidade de iniciar uma nova
vida. Procure um lar
para ajudar, peça forças a Deus que você ficará mais feliz”.
Adolfina Quaresma
Presidente
LAR DA AMIZADE PARA IDOSOS E
PESSOAS COM DEFICIÊNCIAS LEVES
(PORTO ALEGRE)
Endereço: Av. Eduardo Prado, 349
/Ipanema-Porto Alegre/RS CEP
91.751-000
Fones: 51 3248 7130/ 32485294
Email: [email protected]
http://ong.portoweb.com.br/
lardaamizade/
Fundação: 29 de junho de 1983;
Doações: Banrisul Ag 0036 C/C
060084760-6.
O QUE O PROJETO
ADOÇÃO DE ENTIDADES
PROPORCIONOU
CONTRATAÇÃO
DE
PROFISSIONAIS:
uma psicóloga e aumento da carga
horária da Assistente de 12h para
20h semanais.
INTERNO: troca de piso da sala de
estar; compra de um aparelho de
surdez para um interno; compra
de utensílios de cozinha; conserto
de geladeira, máquinas de lavar e
secar; ampliação da casa na Praia
do Quintão; construção de mais
um cômodo; colocação do piso da
cozinha; adequações de armários
nos quartos; cobertura do corredor
interno primeira etapa; pagamento
de serviços de terceiros; reforma
da sede da entidade em parceira
com a ONG Engenheiros Solidários.
LAZER: transporte para passeios;
cobertura e nova sala de TV.
O QUE PRECISAM:
Uma nova
cobertura no passeio dos fundos;
máquina de lavar semi-industrial;
computador; Fisioterapeuta; serviço
de lavajato; armários; manutenção
da rede elétrica.
9
CASA DOS AMIGOS DE SANTO ANTONIO
Assista ao vídeo desta entidade no seu smartphone
ou tablet com leitor de QRCODE
ou acesse youtube.com/fundacaoceee/entidades
Melhorias para atender com mais qualidade
“Todos elogiam a mudança no visual da casa”,
comenta feliz a Irmã Inês Veronese, 62 anos e
presidente da Casa dos Amigos de Santo Antonio,
ao relatar a importância do apoio financeiro da
Fundação Solidária para mais de 20 benfeitorias
feitas de 2007 a 2009 na instituição localizada
no bairro Petrópolis, em Porto Alegre. Ligado à
Fundação do Instituto Fransiscano Alcantarino,
o pensionato fica num antigo prédio bem
conservado de três andares, tem área de 1400
metros quadrados e foi inaugurado em 1946.
A casa conta com uma estrutura exemplar de
atendimento e acomodações impecáveis. Possui
amplo refeitório, capela e pátio, abrigando 40
idosas na faixa dos 72 aos 98 anos. Instaladas em
quartos privativos elas recebem os cuidados de
duas enfermeiras e uma auxiliar de enfermagem.
Outras quatro cuidadoras integram a equipe de
14 profissionais, incluindo duas cozinheiras,
duas para a limpeza, uma nutricionista, um
para manutenção, professor de educação
física e psicóloga para atividades de grupo.
Como instituição filantrópica denominada
“Associação de Assistência Social”, desenvolve
projetos em duas categorias: o atendimento a
idosas sem recursos que contribuem com até
70% da sua aposentadoria e idosas que pagam
uma mensalidade variável. “Todas tem o mesmo
atendimento e existe até lista de espera”,
garante Irmã Inês que deixa claro não receber
nenhum recurso governamental: “recebemos
doações do SESC e do Banco de Alimentos do
RS, mas nos faltavam recursos financeiros para
manutenção e melhorias que vieram com a
10
ajuda da Fundação CEEE”.
Novo Astral
“A ajuda da Fundação foi uma coisa muito boa:
as pessoas dizem que a casa ficou bonita, muito
arrumadinha e isso levanta o astral da gente”,
reforça Irmã Inês já no terceiro mandato de
comando da casa. A recepção “era feia demais”, o
fogão antigo estava enferrujado; algumas portas
dos quartos sem poder fechar. O levantamento
de grades na passarela foi uma exigência da
equipe de Vigilância Sanitária da Prefeitura
para evitar possíveis quedas. A mesma euforia é
compartilhada por Irmã Alvina Batista de Souza,
há dez anos na Casa: “o auxílio mudou realmente
o visual e foi uma alegria: o piso do refeitório era
feio, grades da frente e passarelas precisando
pintura”. Vinda do Interior de São Paulo e tendo
residido na Bahia, o frio gaúcho foi seu maior
tormento: “sai do forno e entrei na geladeira”.
Trabalhou 30 anos em hospital e lembra que a
rotina do pensionato é muito semelhante ao de
um hospital. O prédio já funcionou como casa de
geriatria abrigando até 80 idosos, mas diante das
dificuldades foi transformado em pensionato.
Além de todos os serviços de atendimento com
refeições balanceadas por nutricionista, a Casa
conta com um professor de educação física para
os alongamentos necessários na terceira idade,
uma psicóloga e uma equipe exclusiva para o
controle da medicação: “consultas médicas e
exames ficam por conta dos familiares”. Na
parte recreativa são desenvolvidas atividades
por grupos de jovens de paróquias,
como São Manoel e Guadalupe,
além
de
brincadeiras
por
estudantes de Artes Cênicas da
Universidade Federal (UFRGS),
como Raisa Rolim, de 23 anos:
“desde 2011 nosso trabalho
inclui música, atividades com
palhaços e conversas que focam
na
memória”. Radiante com
a experiência, o que mais lhe
chama a atenção é a sinceridade
das idosas. “É uma das virtudes
mais bonitas do ser humano
que se perde depois da infância:
expressar com liberdade quando
se está feliz ou não”.
O que o Projeto Adoção de
Entidades fez pela instituição
PORTARIA: rebaixamento do teto,
pintura, luminárias e troca de
azulejos;
REFEITÓRIO: piso e pintura;
COZINHA: novo fogão industrial
inox;
SALA DE ESTAR: nova porta de
alumínio;
SEGUNDO ANDAR: toldo
policarbonato e levantamento da
grade de proteção;
ELEVADOR : troca de retentor e
pintura da Casa do elevador;
PASSARELA: piso novo e grade;
TELHADO: conserto e
manutenção;
QUARTOS: cinco novas portas de
madeira;
LAVABOS: torneiras
temporizadoras para economia de
água;
ÁREA EXTERNA: cinco bancos
externos e mesas com 8 bancos;
CERCA EXTERNA: pintura da
grade;
SÓTÃO: eletrodutos para proteção
da fiação elétrica.
A casa acolhe idosas de
72 a 98 anos
Sinto-me bem à vontade
aqui; a casa é muito
confortável,
temos
bastante
recreação e o que mais gosto é
de sentir-me protegida”, disse
radiante Valquíria Rodrigues,
de 83 anos que está há três anos
no pensionato e percebeu as
melhorias feitas.
Noeli Willke, de 74 anos
referendou as palavras da
amiga e acrescentou: “as Irmãs
são ‘mães’ em todos os sentidos,
nem podes imaginar”. Natural
de Caxias do Sul, mesmo quando
vai visitar o filho, pensa logo em
voltar ‘prá casa da gente’ pelo
entrosamento com as amigas que
tanto gosta. Na sua visão, é muito
importante que as empresas
ajudem, afirmando não ser fácil
manter um pensionato com essa
estrutura.
Para Ema Garcia, de 79 anos,
natural de Livramento, há
um ano e meio na casa, “aqui
temos ambientes muito bons e
principalmente um atendimento
à noite que não havia quando
eu morava sozinha; não tenho
o que me queixar e as melhorias
ajudam, como os corrimãos
dos
corredores,
importantes
para mim que não tenho muito
equilíbrio”.
Zaida Gonçalves, com 86
anos e Dorvalina Buttelli,
de 81 são as que apreciam
auxiliar no refeitório e na cozinha:
“é uma atividade que gosto de
fazer”, diz Zaida, enquanto
Dorvalina lembra que faz de tudo
um pouco para “ocupar a cabeça”.
O filho mais velho é Juiz e a filha
mais nova Bibliotecária, tendo
ela mesma escolhido, de livre
vontade, ir para o pensionato:
“gosto de tudo aqui”, concluiu
sorrindo.
SERVIÇO:
CASA DOS AMIGOS DE SANTO ANTÔNIO
(PORTO ALEGRE)
Nome
Oficial:
Associação
de
Assistência Social dos Amigos de
Santo Antônio. Ligada à Fundação do
Instituto Franciscano Alcantarino.
Inauguração: 1946.
Endereço: Rua Carazinho, 667 –
Petrópolis. Porto Alegre/RS. Cep.
90460-190.
Fone: 51 3330 4911. Fax: 51 330 5897.
Email: [email protected]
Site referência da congregação:
www.franciscanasalcantarinas.org.
br
Estrutura: 40 quartos – 14 atendentes
– Área de 1400 m2.
Capacidade: 40 idosos
Equipe: 14 profissionais.lazer com
equipes especializadas.
O QUE PRECISAM:
A entidade aceita doações e precisa:
1) Voluntários para serviços de
manutenção, jardinagem e passeios
com os idosos;
2) Instrutor de informática para
interessadas
em
mexer
com
computador;
3) Transporte para deslocamentos e
passeios.
4) Aparelho de som.
11
LARCAMJE
Assista ao vídeo desta entidade no seu smartphone
ou tablet com leitor de QRCODE
ou acesse youtube.com/fundacaoceee/entidades
Esperança para quem está começando a vida
Uma ação solidária casual para 26 crianças abandonadas pelos pais que estavam num casebre
da Vila Bom Jesus em Porto Alegre mudou a vida da ex-bancária Ione Floriano da Silva, 55 anos.
Chocada com a precariedade do local, onde crianças comiam no chão em situação promíscua
com adultos, investiu R$ 20 mil da sua poupança. A partir de 2001 colocou ordem no ambiente,
construiu banheiros e limpou todas as instalações: “dizer que fui fazer uma mesa de inocentes
e acabei ficando cinco anos”, comenta.
Formada em Educação Física, sua visão social
era bem diferente da ‘dona do local’. Conflitos
constantes sobre a gestão e a forma de tratar as
crianças pesaram na sua saída. Em 2006, com
coragem e reforço policial trouxe parte da turma
criando o Lar da Criança e do Adolescente Menino
Jesus (LARCAMJE) no Bairro Santa Tereza, hoje
referência para o Juizado da Infância e Juventude.
Em 12 anos de experiência conseguiu encaminhar
40 jovens para uma vida mais digna. Perseverante,
embora confesse ‘estar quebrada’, fundou uma
instituição exemplar em casa de alvenaria alugada
por R$ 2.900, mensais que abriga 14 crianças e
adolescentes na faixa dos três aos 16 anos. Conta
com Assistente Social, Estagiária e Psicóloga,
num total de 12 profissionais entre educadores e
pessoal de serviços gerais com carteira assinada e
atendimento 24 horas. É quase uma empresa, diz
a ex-gerente administrativa do banco Itaú. A casa
só recebe crianças vítimas de abandono através
do Juizado da Infância e Juventude destacando-se
por suas impecáveis instalações e atendimento.
O cuidado integral das crianças e adolescentes
em situação de risco surpreende: elas estão
matriculadas na Escola La Salle, tem professor
particular, estudam música e devem passar por
média em 2013. Mas nem tudo é um mar de rosas:
12
quando iniciou, a casa “se desmanchava” e dona
Ione não sabia como enfrentar tantos desafios:
“até a família eu deixei no freezer para descongelar
essas crianças”, lembrando que tem uma filha
formada em Direito que casou com jogador de
futebol e foi morar em Hong-Kong. Além disso,
levou dez anos para conseguir o primeiro convênio
com a FASC, pedindo a Deus: “não me deixe na
miséria; eu quero o que há de melhor, tudo novo”.
“Cartinha“ mudou tudo
O apoio da Fundação CEEE consolidou sua fé:
“nem sei como me acharam; um dia abri a
correspondência e vi uma cartinha para me
cadastrar”. Em seguida, o Lar foi selecionado
para receber recursos mensais de R$ 2.000,00:
“não acreditei quando me disseram que podia
comprar o que fosse preciso”, diz emocionada.
Adotada no período 2010/2011, a casa passou por
transformações inimagináveis, num total de 33
novas benfeitorias: pintura externa no prédio;
banheiros reformados, lastros para cama das
crianças; novos armários; computadores para o
espaço de informática; toldos para portas e janelas,
eletrodomésticos, instrumentos musicais e um
reforço de pessoal em regime de 20 horas, incluindo
Assistente Social e Psicóloga. O maior desafio
para dona Ione foi a adaptação
estrutural
da
residência:
“ninguém faz uma casa para ter
14 filhos”. Destacou o esforço
para adaptar três dormitórios
com
armários
embutidos,
sala de jantar, área de serviço,
cozinha e uma pequena casa
para atividades recreativas.
Primeiro Mundo
“Este é um dos melhores
abrigos que temos em Porto
Alegre, com estrutura de
Primeiro Mundo”, comenta
Kênia Witechoski, de 32 anos,
Assistente Social e contratada
desde 2010 graças ao convênio
com a Fundação. Seu papel foi
organizar toda a documentação
das crianças para garantir
a busca de novos convênios
como o que conseguiram com o
FUNCRIANÇA, da Prefeitura de
Porto Alegre. Para ela, a ajuda
da Fundação “foi fundamental
para fazer o projeto que
viabilizou o convênio com a
FASC”, que se arrastava há
dez anos. O que mais chama
atenção no Lar é o cuidado da
criança como um todo – física,
emocional e espiritual. Elas
têm um professor de Música,
o que permitiu melhoria até
no rendimento escolar. Com
vivência de dez anos na área,
Kênia disse que muitas crianças
não estão mais retornando
ao lar de origem por absoluta
desestruturação familiar: “há
situações em que a mãe, o pai
e o avô estão na prisão devido
às drogas e problemas de saúde
mental”. Há casos em que o pai
abusa e é a criança quem sai de
casa. Kênia conseguiu ótimos
resultados atuando em parceria
SERVIÇO:
com a psicóloga Graciela Magda
Lemos, também contratada
via convênio e a assistente
estagiária Viviani Cruz da Silva.
Organização
O que mais chama a atenção do
visitante é a limpeza, conforto
e organização da casa. O verdelaranja do Interior combina
com os dormitórios de colchas
multicoloridas e os armários
personalizados com roupas
dobradas de fácil manuseio.
Dona Ione resume: “mostro
que é preciso ser organizado
porque sobra tempo para
aprender”. Ela lembra que
muitas pessoas se espantam
ao ver crianças famintas da
Etiópia na TV e depois vão
ao restaurante jantar e dar
risadas: “congelam nossas
crianças para dar presentes
só no Natal sem perceber
que elas têm necessidades
durante todo o ano”. Para
oferecer esses benefícios o Lar
consome recursos da ordem
de R$ 30 mil mensais com
pessoal contratado, refeições,
manutenção e atendimento
24 horas. O próximo passo é
adquirir uma Van com recursos
do FUNCRIANÇA.
LAR DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
MENINO JESUS – LARCAMJE
(PORTO ALEGRE)
ONG sem fins lucrativos.
Período: 2010/2011.
Endereço: Travessa Nadir, 11 –
Bairro Santa Tereza/Porto Alegre/
RS Cep: 90880 260;
Fone: 51 3024 7763
Email: [email protected]
Como colaborar: informar-se pelo
telefone e através do FUNCRIANÇA.
Parceiros apoiadores: Fundação
Solidária; Banco de Alimentos;
Grupo
Gerdau;
Loja
Ter-Ful
Comércio
de
Couros;
Roger
Bortoluzzi/Advogado.
O QUE O PROJETO
ADOÇÃO DE ENTIDADES
PROPORCIONOU
Pintura da casa; reforma de banheiro;
lastros de cama; uniformes para
crianças; computadores para o
espaço de informática; lavajato;
instrumentos
musicais;
toldos
para portas e janelas; computador
e impressora para sala da psicóloga
e assistente social; bancos para o
pátio; eletrodomésticos. Aquisição
de armários individuais; edredons
e cobertores; baú para guardar
brinquedos; tapetes; aspirador de
pó; cadeira para a sala da assistente
social e psicóloga; - máquina
de costura; armário para os
funcionários; bicicletas; fantasias
para as crianças; construção do
jardim; ventiladores; reforma da
entrada principal da instituição;
carrinho de bebê; restauração da
área de serviço e troca do piso
da cozinha; reforma do banheiro
feminino; readaptação do portão de
correr, entre outras.
13
LAR DAS VOVOZINHAS
Assista ao vídeo desta entidade no seu smartphone
ou tablet com leitor de QRCODE
ou acesse youtube.com/fundacaoceee/entidades
Gestão da qualidade que faz a diferença
“Somos todos anjos de uma asa só; precisamos
uns dos outros para poder voar”. Seguindo
este lema, o Lar das Vovozinhas - Associação
de Amparo Providência de Santa Maria/RS -,
fundado em outubro de 1946, em menos de
uma década vem transformando-se em modelo
de abrigo para idosos, abraçando os ideais do
seu fundador, Diácono Constantino Cordiolli,
falecido em 1992. Com capacidade para 200 idosas
carentes e uma dezena em lista de espera, a
instituição deixou para trás os precários casebres
de madeira e foi construindo novos prédios de
alvenaria que somam 10 mil metros quadrados
de área no bairro Medianeira. O Lar possui 140
quartos distribuídos em quatro alas. Conta com
enfermaria, padaria, refeitórios, capela, salão
de festas e todos os serviços indispensáveis ao
atendimento multidisciplinar de idosos. Desde
2006 tornou-se a única entidade filantrópica de
idosos no Brasil certificada sem custos com a ISO9000 pela empresa norueguesa DNV- Det Norske
Veritas. “Com o mapeamento dos processos, a
ISO-9000 mudou para melhor nossa forma de
gestão e qualificação dos serviços”, explica Sergio
Renato Severo de Medeiros, coronel da reserva,
63 anos, desde 2006 na presidência da entidade.
Ali atuam 90 profissionais, sendo 19 de nível
superior e 20 bolsistas. Só a folha de pagamento
consome R$ 115 mil de uma receita apertada de R$
200 mil advinda de aposentadorias e doações de
associados. Outros R$ 13 mil reais/mês são gastos
14
em medicamentos e R$ 10 mil em energia elétrica.
Como parceira da empresa CVI–Refrigerantes
(Coca-Cola) a entidade recebe há oito anos o
“Certificado de Qualidade Fiscal”.
Uma equipe composta por médico, dentista,
nutricionista, enfermeiros, assistente social,
farmacêuticos, psicólogo e relações públicas
completam o quadro de profissionais da casa.
Outros 30 voluntários permanentes (médicos
e dentistas) e 150 voluntários eventuais estão
envolvidos com o Lar. Mesmo com a gestão
eficiente, faltam recursos para manutenção
e melhorias, áreas que a Fundação CEEE vem
conseguindo preencher com sucesso desde
2002: “foi uma excelente surpresa a ajuda que
tivemos, pois permitiu, entre outras melhorias,
comprar uma camionete Ford Courier zero km
para transformá-la numa ambulância equipada”,
comemora o presidente, com 15 anos de trabalho
voluntário.
Melhorias visíveis
Dirigida de 1991 a 2006 pelas Irmãs da Congregação
Filhas de Santa Maria da Divina Providência, o
Lar das Vovozinhas passou por reforma nos seus
estatutos, mas manteve o vínculo religioso com as
Irmãs que atuam como coordenadoras. Também
formou parcerias com diferentes instituições,
como o Banco de Alimentos e a Parceiros
Voluntários. Das mais de dez benfeitorias feitas
com recursos da Fundação Solidária, destacam-
se ainda a compra de duas novas
máquinas para a lavanderia, troca
de pisos dos quartos, reforma
dos banheiros e construção
de um poço artesiano, que fez
reduzir a conta mensal de água
de R$ 4 mil para R$ 400,00. O
próximo desafio é construir novo
pavilhão de Enfermaria a um
custo estimado de R$ 800 mil,
com recursos que estão sendo
pleiteados junto a organismos da
Recursos do Adoção de
Alemanha.
Entidades contribuíram
para a compra
de uma
Nova
Gestão
ambulância.
Ganhar a certificação exigiu dois
anos de intensos trabalhos e o
esforço de todos para cumprir
metas: “fomos obrigados a
dispensar antigos funcionários
com altos custos indenizatórios”,
diz o presidente Sergio Medeiros,
ao explicar as novas exigências
da padronização. Os indicadores
de resultados logo apareceram
pela organização, hierarquia e
definição de rotinas. Agora tudo
é catalogado de forma a evitar
perdas tanto em alimentos
como remédios: “saímos de
um patamar amador para um
profissional, onde há formulário
para todas as rotinas”. Mudou
também a imagem da instituição
junto à comunidade. Com uma
profissional de Relações Públicas
e um novo site foram feitas
divulgações gratuitas nos meios
de comunicação mostrando a
profissionalização do antigo
Lar e o novo tratamento dado
às vovozinhas. “A Fundação
nos garantiu avanços que não
tínhamos condições de bancar
por falta de recursos”, concluiu o
presidente do Lar das Vovozinhas.
DEPOIMENTOS PROFISSIONAIS
Aurora da Silva Damm, 47
anos, responsável pelo setor
de Estoque/Almoxarifado confirma
melhoria na estrutura. O trabalho
profissional e humano é o que mais
lhe chama a atenção. Seu desafio é
conseguir bons produtos a preços
reduzidos, pois “a economia é
levada em consideração”. Sua
maior satisfação é proporcionar
bem-estar e deixar “felizes” as
vovozinhas.
Cleonilda Machado Costa,
47 anos, no Lar há 16
anos e responsável pelo setor de
lavanderia acredita que “manter as
doações é o maior desafio”. O que
mais chama a atenção é a carência
das assistidas e o carinho com que
tratam os que convivem com elas.
Disse que a profissionalização
permitiu melhor atendimento às
idosas: “minha maior gratificação
é poder ajudá-las com uma palavra
amiga e uma roupa cuidada com
carinho, limpa e cheirosa”.
DEPOIMENTOS ASILADAS
Valda da Silva, 76 anos, está
há sete anos no Lar. Gosta de
tudo o que a casa oferece “graças a
Deus”. Caminha, faz tricô e acorda
diariamente às 6 horas da manhã.
Catarina Lucielo, de 86 anos
e natural de Jaguari diz não
fazer nenhuma atividade, mas
gosta muito do Lar.
Geneci Marques de 76 anos
está há 20 anos na casa e diz
gostar de “ajudar as Irmãs na copa”
e sempre fazer alguma atividade.
SERVIÇO:
LAR DAS VOVOZINHAS - ASSOCIAÇÃO
AMPARO PROVIDÊNCIA (SANTA MARIA)
Adotada nos períodos: 2002/2004;
2007/2009 ; 2011/2013
Local: Av. Hélvio Basso, 1250. Bairro
Medianeira. Santa Maria/RS. CEP
97070-805. Fone: (55) 2103 2626 .
Capacidade: 200 idosas.
Fundação: 1946.
Estrutura: 10 mil m² construídos/ 4
prédios/90 profissionais.
Email:
[email protected]
Equipe: 14 profissionais de lazer com
equipes especializadas.
BENFEITORIAS
Construção de rampa do prédio da
enfermaria; troca de cobertura da
ala 1; troca de estrutura existente
por telhas novas; troca de piso
dos quartos; reforma geral dos
banheiros; piso no pátio central
de circulação; poço artesiano que
permitiu reduzir os gastos na conta
mensal; reforma das lavanderias
com
duas
novas
máquinas;
novo motor na câmara fria de
armazenagem de alimentos; uma
camionete Ford Courier zero km que
foi transformada em ambulância,
substituindo uma antiga Kombi.
COMO AJUDAR
As doações de alimentos e roupas
podem ser encaminhadas no
horário comercial. Doação em
dinheiro através do Banrisul,
agência 0353, conta 0600587000 ou
Banco do Brasil, agência 0126-0,
conta 6204-9.
15
ASILO DE MENDIGOS DE PELOTAS
Assista ao vídeo desta entidade no seu smartphone
ou tablet com leitor de QRCODE
ou acesse youtube.com/fundacaoceee/entidades
Uma história em benefício dos necessitados
Eram tempos de monarquia no Brasil quando
uma campanha por donativos feita pelo jornalista
Antonio Joaquim Dias no Correio Mercantil de
Pelotas trouxe alento aos mendigos da cidade.
Em 23 de setembro de 1882 foi fundado o Asilo
de Mendigos de Pelotas (AMPEL). Os recursos
arrecadados tornaram possível a compra de
um terreno que pertencia ao Barão de Santa
Tecla e construir a primeira casa para receber
11 desabrigados. Como instituição filantrópica
com 130 anos de existência, é uma dos mais
antigos asilos do país, abrigando 97 idosos em
outubro/2013. Cheia de vitalidade como primeira
mulher na presidência da casa desde 2000, dona
Beatriz Xavier, 85 anos e natural de Porto Alegre,
orgulha-se em manter a tradição e o zelo que
herdou do marido, o médico João Pacheco Xavier,
com uma vida dedicada à instituição. Construída em
área de cinco mil metros quadrados frente à praça
Don Antonio Záttera, o Asilo tem um majestoso
“Salão de Honra” com cadeiras torneadas e
dois pianos alemães. Ali, Barões, Baronesas e
Viscondes deixaram suas fotos na galeria dos
primeiros contribuintes. Seguindo tendências
da realeza, uma carruagem construída na fábrica
de Luiz Schröder fazia a coleta de donativos até a
década de 1940: “Hoje não há mais mendigos; todo
o idoso tem uma aposentadoria e pode contribuir
por Lei com 70% dos seus rendimentos”,
comemora Beatriz. Em regime de filantropia, a
casa não recebe nenhuma ajuda governamental.
No entanto, manter de pé um prédio histórico
dessas proporções exige recursos adicionais.
16
Para Beatriz, “foi uma coisa maravilhosa o que a
Fundação fez nos ajudando desde 2002”. Com os
repasses mensais, foi possível executar mais de
20 reformas e benfeitorias, com destaque para
uma central termoelétrica para a cozinha, um
novo equipamento para monitorar residentes,
um modesto elevador para o transporte de roupas
ao piso superior, três exautores, dois freezers,
pinturas internas, conserto de parte do telhado
de um pavilhão e luminárias de emergência. A
convivência com as freiras da União Franciscana
como dirigentes durou até o ano 2000: “elas
estavam muito idosas e foram para a sede da
Ordem em Santa Maria”, diz a presidente. Entre os
principais valores do Asilo, destacam-se a busca
pelo convívio alegre com ênfase na amizade, no
amor, e no respeito às crenças de cada um.
Tudo contabilizado
Com pavilhões masculinos e femininos, o Asilo
tem 20 quartos de imensas portas e janelas,
amplos corredores, salão, três refeitórios, capela,
pátio e jardim. O esforço pela manutenção é um
enorme desafio, resume José Domingues de 48
anos, responsável pelos Serviços Gerais desde
1998: “sempre aparece goteira em algum lugar
e a mão de obra está muito difícil”. O Asilo é
‘Inventariado’ pela Prefeitura, o que significa
a obrigação de manter seu estado original sem a
contrapartida de recursos. Equipes de pedreiros,
pintores e eletricistas são chamadas com
frequência para manter o casarão de pé. Felizmente
donativos em alimentação e roupas não faltam,
mas a despesa é grande: são
52 funcionários na folha de
pagamento, incluindo auxiliar
de secretaria, nutricionista,
cozinheiros, médico, técnicos
de
enfermagem
e
duas
auxiliares para o atendimento
24 horas. Paulo Xavier, de
66 anos, “parente de Beatriz
só na vontade de ajudar”
é tesoureiro e membro do
Conselho Fiscal: “tudo é
contabilizado e
o trabalho
tão gratificante que nem
vejo o tempo passar”. Fiscal
aposentado
da
Fazenda,
ele considera seu maior
desafio manter a situação
contábil sólida herdada de
administrações
anteriores.
Nem doações de roupas
ou alimentos estão mais
recebendo: “até abastecemos
outros brechós com roupas,
pois temos lavanderia e
costureira que cuida de
tudo”, informa Paulo. Festas
de Natal, Páscoa e Carnaval
são frequentes no Asilo,
atraindo apoio da comunidade
pelotense, com direito a
desfiles de fantasia. Grupos
tradicionalistas
e
Corais
também fazem apresentações.
O Asilo recebe acadêmicos
de Fisioterapia e conta com
auxílio do Banco de Alimentos,
Mesa Brasil e Parceiros
Voluntários. “Vamos atacando
as necessidades na medida
em que aparecem”, resume
Beatriz. Ela alimenta o sonho
de instalar um elevador para
encaminhar idosos ao andar
superior. A rotina da casa
se resume em café as 7h30,
almoço às 11h e jantar às
17h30.
Asilo tem 130 anos
de história e abriga
97 idosos
Luciane Pinho, de 46 anos
é auxiliar da secretaria
há oito anos e diz que “adora
trabalhar com idosos”. Natural
de Porto Alegre e formada em
Relações Públicas, o que lhe atrai
ali é o bom relacionamento com a
presidente e funcionários da casa.
Para ela, “é gratificante conviver
e trocar de experiências com os
mais velhos”.
Carla Helen de 36 anos,
Técnica de Enfermagem,
trabalha com idosos desde os 16.
Orientada pela Atendente Geral
Anna Casalinho trata de cada
idosa com carinho e paciência:
“eles
sempre
precisam
de
cuidados que é próprio da idade”.
A
moradora
Heloisa
Vieira
não
lembra
a
idade. Diz gostar de viver na
casa e do tratamento recebido.
Recentemente ‘casou’ com outro
residente idoso, mas “cada um
vive no seu quarto”.
José Veira Peter, de 72 anos e
natural de Porto Alegre está
há 20 anos no Asilo: “acompanho
desde o tempo das freiras, mas
agora melhorou muito”.
Ataltiba da Rocha, 74 anos,
há dois anos na casa, faz
trova de improviso ‘em mi maior’
e venceu concurso acompanhado
do conjunto “Os Serranos”.
Conseguiu até gravar um CD com
ajuda de um amigo.
“Foi uma coisa
maravilhosa o que
a Fundação fez nos
ajudando desde 2002”.
Beatriz Xavier
Presidente
SERVIÇO:
ASILO DE MENDIGOS DE PELOTAS
(AMPEL).
Adotado nos períodos: (2002/2004 2007/2009 e 2011/2013).
Fundação: setembro de 1882
Abrigados: 97.
Local: Praça D Antônio Zattera, 338
Pelotas/ RS 96015-180
Fone: (53) 3222-4762
Email: [email protected] .
Estrutura: 20 quartos em área de 5
mil m².
O QUE O PROJETO ADOÇÃO
DE ENTIDADES FEZ PELA
INSTITUIÇÃO
Central termoelétrica para a cozinha;
equipamento
para
monitorar
residentes; Elevador para transporte
de roupas para o andar superior;
aquecimento central para a cozinha.
Dois coletores para roupas sujas;
pintura em três enfermarias; 150
cadeiras e seis mesas em PVC;
Portão de ferro e 12 grades nas
janelas externas; Três exaustores
para cozinha; 20 cubas – Rin para
enfermaria; Reforma da área de
lazer; Melhorias nos banheiros;
dois freezers horizontais; corrimão
nos corredores; carrinho para
limpeza; revestimento de banheiro
com cerâmica; piso de cerâmica
nos quartos e pintura na parede;
conserto do telhado de um pavilhão
e luminárias de emergência.
O QUE PRECISAM
Recursos financeiros e humanos
para dar continuidade à manutenção
do prédio; elevador para o primeiro
andar; máquina de costura.
17
LAR MARIA CARMEM
Assista ao vídeo desta entidade no seu smartphone
ou tablet com leitor de QRCODE
ou acesse youtube.com/fundacaoceee/entidades
Amor e cuidado com o futuro
“Conseguimos fazer muita coisa que teria sido
impossível sem os recursos da Fundação”,
comemora Michelle Arrieche, de 33 anos,
coordenadora do Lar Maria Carmem, entidade
filantrópica situada em Rio Grande. Fundada em
1950 como Orfanato pela freira espanhola Maria
Carmem González - falecida em 1976 - a casa
construída em área de 500 metros quadrados
possui dois pisos e mais de dez cômodos. Tem
capacidade para acolher 30 crianças e jovens
vítimas de abandono, violência doméstica e
abuso sexual, principalmente pelo uso do crack.
A maioria está na faixa dos zero aos cinco anos
e muitas chegam com problemas respiratórios
pelo vício da mãe. Junto com o presidente
Marcel Arruda, de 30 anos e eleito em 2012, os
dois dirigentes travam uma batalha diária para
coordenar as atividades do Lar com uma equipe
enxuta. Em outubro/2013 o Lar oferecia plena
assistência e afeto a 14 bebês, seis crianças
e quatro adolescentes em situação de risco.
O maior desafio é fazer com que as crianças
encaminhadas pelo Juizado por medida de
proteção entendam que ali é um lar e não uma
prisão. Muitos acreditavam que ser livre é viver
na rua. Só em Rio Grande, aproximadamente 25
mil famílias vivem em situação de risco social
segundo dados da Conferência Municipal de
Assistência Social. Solteiro, Marcel Arruda
trabalha na Polícia Federal, estuda Direito e
aproveita suas tardes de folga para responder às
demandas junto com 20 funcionárias, incluindo
assistente social e psicóloga: “criar dois filhos já
é complicado, imagina cuidar de 30”. Só a folha
18
de pagamento consome R$ 27 mil em recursos
repassados pela Prefeitura de Rio Grande.
Embora o Lar que funciona 24 horas tenha apoio
do Mesa Brasil (alimentos), além de Projetos
junto ao Conselho Municipal de Assistência
Social e a Parceiros Voluntários, não há verbas
para manutenção e reformas. Para Michelle
“foi uma surpresa” ter sido selecionada pela
Fundação para receber ajuda financeira.
Isso permitiu o impossível: ampliar a área
dos berçários, reformar banheiros, comprar
máquina de lavar/secar, duas TVs de Plasma,
um refrigerador, duas camas e até comprar
equipamentos para a prevenção de incêndios.
Nunca desistir
Concluindo Pedagogia na FURG, a professora
Michelle é casada e, apesar de não ter
filhos, entende que cuidar de adolescentes
indisciplinados exige um esforço incomum:
“mostrar que o normal é ter horário e regras é
o nosso trabalho diário”. A plena assistência
pode durar até dois anos, com a criança e o
jovem retornando à família original ou sendo
encaminhados para adoção. Há dois anos,
o investimento judicial é focado para que o
bebê ou jovem possa retornar a um familiar
responsável. Só em último caso é encaminhado
para adoção. A motivação de Marcel e Michelle
vem dos resultados já alcançados com diálogo
franco e muito afeto: “eles representam para
nós um livro que estudamos diariamente”, diz
Michelle, para quem o importante é “nunca
desistir”.
Recursos
proporcionaram a
troca de mobiliário
Assistente Social do Lar
desde Abril/2013, Raquel
Ramires, de 32 anos já
tinha afinidade com as crianças
graças a um estágio realizado
antes de formada. Considerando
“bem interessante” o trabalho
ali realizado, ela lembra a
importância do olhar: “as pessoas
deveriam ver as crianças com o
olhar de igualdade e não de pena”.
Muitos se esquecem de oferecer
“mãos, braços e olhos”.
Marcel e Michelle
coordenam a
entidade que
acolhe 30 crianças
Tamires Martins, 20 anos
começou como monitora
e desde dezembro/2012 é
responsável pelo RH e organização
da secretaria. Entusiasta pela
organização do Lar ela terminou
o ensino médio e conseguiu a
vaga por um anúncio de jornal.
“Comecei a cuidar de um bebê
e fui me envolvendo com as
crianças”, conclui animada com a
nova função.
“Conseguimos fazer muita coisa que teria sido
impossível sem os recursos da Fundação”
Michelle Arrieche
Coordenadora
SERVIÇO:
LAR MARIA CARMEM (RIO GRANDE)
Fundação: 1950. Adotada no período
de 2011 a 2013
Endereço: Rua Dr. Nascimento, 157
Rio Grande/RS. Cep. 96200-300
Presidente: Marcel Arruda
Coordenadora: Michelle Ariecche.
Fones: (53) 3232 8821 e 3204 1189
Email: lar.mariacarmem@gmail.
com
Horário de atendimento: De
segunda a sexta, das 8h às 12h e das
14h às 18h.
Estrutura: Área de 500 m², 20
funcionárias.
Doações: (53) 3232 8821 e 3204 1189.
O QUE O PROJETO
ADOÇÃO DE ENTIDADES
PROPORCIONOU À ENTIDADE
Plano de Prevenção de Incêndios
(lâmpadas de emergência, fitas de
alerta, 10 extintores), reforma dos
banheiros, refrigerador, máquina de
lavar/secar; seis berços; poltrona,
letreiro da entrada, duas TVs de
plasma de 42 e 21 polegadas; pintura
do berçário.
O que precisam: Reestruturação
da parte elétrica e hidráulica e um
sistema de monitoramento; doação
de fraldas.
19
20
PALAVRA DOS PARCEIROS
magazine template
Seguridade e
Inclusão SOCIAL
Seguro de vida é, conceitualmente, um processo de mutualismo organizado. É a sociedade se organizando para proteger a
própria sociedade. O processo do seguro cria um caminho para
que a sociedade inteira contribua para a defesa de um indivíduo em caso de infortúnio. Mas ao olhar para o lado vemos que
existem pessoas que não podem se engajar nesse processo,
pois simplesmente não estão inclusas socialmente. Mas aqueles que estão se defendendo através do seguro podem alcançar
essas outras pessoas.
Fazer parte do Projeto Adoção de Entidades é um privilégio
para a Icatu Seguros, pois, da mesma forma que a Fundação
CEEE e a Amauri Bueno Corretora de Seguros, ela não é origem, mas o meio. As três partes citadas admitem ser menos
remuneradas pela sua atividade para que parte dos recursos
seja destinada às entidades de ação social.
Um fato importante é que a gestão da Fundação é brilhante,
pois ela não arbitra, ela faculta aos próprios participantes escolherem quais entidades deverão ser agraciadas. O projeto,
como um todo, em termos econômico-financeiros, é muito
racional e, socialmente perfeito. Esse é o estado da graça,
além da sociedade estar se protegendo, está resguardando
aqueles mais desprovidos. Com isso foi criado um ambiente em que o participante tem exatamente o mesmo custo e,
ainda, consegue ser o grande provedor de uma ação tão importante.
Quando as pessoas aderem a projetos que tenham uma conotação social, acabam automaticamente se engajando. Além
disso, quando falamos em contribuição social existem dois
ativos que podem ser alocados: dinheiro e tempo. Qual deles
é mais importante? Impossível dizer, pois os dois têm valores equânimes e, a falta de qualquer um inviabiliza que o outro tenha a devida potencialidade. Por isso é fantástico o que
a Fundação CEEE consegue através da conjunção entre ela,
a corretora, a seguradora e o participante. O mérito está em
todos, já que cada um tem seu papel.
CÉSAR SAUT
Vice-Presidente Sul Icatu Seguros
PALAVRA DOS PARCEIROS
Responsabilidade
social das
EMPRESAS
Numa análise fria, poderíamos dizer que essa
responsabilidade não seria das Empresas, que todos os
cidadãos merecem viver com dignidade e, que o papel de
proporcionar-lhes esse status é do poder público, que retira
parcela significativa da renda das Empresas, a título de
impostos, com essa finalidade.
conhecer as necessidades e fiscalizar os recursos a elas
destinados. Mas não param por aí, fazem algo muito
mais importante, levam palavras de carinho para esses
abrigados, tão carentes de afeto e amor, completando,
assim, o objetivo do maravilhoso e bem sucedido Projeto
Fundação Solidária.
Mas essa análise fria não se sustenta no momento que
pensamos em fraternidade, em solidariedade, não podemos
ficar de braços cruzados achando que as pessoas merecem
uma condição de vida melhor, mas que isso não é da nossa
competência e, sim, do Estado.
O seguro de vida, em nossa opinião, é um instrumento
de proteção social que com uma pequena parcela mensal
o contratante protege o que lhe é mais caro, que é a sua
família, e, se esse seguro for gerido por pessoas fraternas,
que se preocupem com o bem estar daqueles que por
quaisquer razões não tiveram oportunidades ou não foram
previdentes, ainda podem estar contribuindo para a criação
de mais projetos da magnitude do Fundação Solidária”.
É justamente por essa razão que quando fomos convidados
a participar, de pronto aceitamos, não poderíamos ficar de
fora de um projeto tão eficiente e inteligente, que arrecada
recursos, entrega para as entidades e fiscaliza a sua
utilização, além do belo e competente trabalho desenvolvido
pelas assistentes sociais que visitam essas entidades para
AMAURI FLORES BUENO
Presidente Amauri Bueno Corretora de Seguros
PALAVRA DO PRESIDENTE
Exemplo de
CIDADANIA
JUAREZ EMILIO MOEHLECKE
Presidente Fundação CEEE
Administrando com sua equipe o que
denomina como “um programa vencedor de
Responsabilidade Social”, o presidente da
Fundação CEEE, Juarez Emilio Moehlecke,
considera “importante para a alma das pessoas”
saber que a instituição promove ações efetivas
de solidariedade em todo o Rio Grande do Sul
através do Programa “Fundação Solidária”.
Em 13 anos de atuação o “Projeto Adoção de
Entidades”, um dos 11 projetos do Programa,
beneficiou
32
entidades
filantrópicas,
totalizando 46 adoções, considerando as
entidades que foram adotadas mais de uma
vez, sendo 20 adoções em Porto Alegre e 26
no Interior. Com duração de dois anos, cada
entidade selecionada recebe R$ 48 mil ao longo
de 24 meses para aplicar em melhorias em
suas bases. Desde o ano 2000, cerca de R$ 2,5
milhões foram aplicados em asilos, orfanatos e
lares de idosos, com a Fundação CEEE atuando
como gestora do Fundo Adoção de Entidades
especialmente criado para esse fim: “é
importante destacar que os recursos não saem
do fundo previdenciário das aposentadorias”,
frisou o presidente da Fundação que detém um
patrimônio de R$ 5,47 bilhões. “A ideia genial”,
segundo Moehlecke, veio com a fórmula de
captação desses recursos ao ser criado o Fundo
Adoção de Entidades, atualmente com R$ 400
mil em caixa para o biênio 2014/2015. Parte
dos recursos vem de um percentual repassado
pela Icatu Seguros, outro da Amauri Bueno
Corretora, uma terceira parte vem do prêmio
que os segurados pagam pelo seu seguro de vida
e, a quarta parte, do percentual que a Fundação
22
CEEE recebe na condição de “estipulante” pela
gestão desses seguros. Por isso, quanto maior o
número de participantes nos prêmios de seguro,
maior será a cota do Fundo Adoção de Entidades
para repasse de recursos às entidades.
Melhoria da imagem – Para o presidente
Juarez Moehlecke, o “Fundação Solidária”
também impacta na imagem da Fundação
CEEE: “percebemos que os dirigentes das
entidades beneficiadas são muito agradecidos
pelos recursos que recebem e isso traz reflexos
positivos para a imagem da Fundação e, até para
o Grupo CEEE”. Como a Fundação leva o mesmo
nome da histórica Companhia Estadual de
Energia Elétrica, os ganhos de imagem seguem
nas duas direções. O processo deste final de ano
para adoção de mais nove instituições do biênio
2014/2015, conteve uma outra surpresa que
encantou o presidente: foram selecionadas nove
entidades que não tinham sido eleitas no biênio
anterior: “foi sensacional a ideia de suspender
a eleição e acolher entidades que precisam de
ajuda até para colocar a documentação em dia”,
comemorou Moehlecke. Neste sétimo ciclo do
“Projeto Adoção de Entidades” que começa em
2014, o presidente da Fundação CEEE acredita
no avanço do programa: “um dos aspectos
que mais chama a atenção das entidades é que
honramos com o que nos comprometemos”.
Saber que as entidades podem contar com
recursos de R$ 2 mil reais num período de
24 meses e que serão acompanhados na sua
aplicação, faz uma grande diferença. Para o
presidente, “auxiliar entidades necessitadas é
praticar a verdadeira cidadania”.
Prêmios conquistados pelo
Programa Fundação Solidária
Troféu Voluntário do Ano
2001 - Pessoa Jurídica,
concedido pelo Instituto da
Mama do Rio Grande do Sul.
Prêmio Top Cidadania,
ABRH-RS, em 2002 e 2003.
Certificado de
Responsabilidade Social,
Assembleia Legislativa, nos
anos de 2003, 2004 e 2005.
Troféu de Responsabilidade
Social, Assembleia Legislativa,
em 2006.
Prêmio Top de Marketing
- Responsabilidade Social –
ADVB/RS – 2011.