Boletim Informativo nº2
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Boletim Informativo nº2
Boletim Informativo nº 2 Insuficiência valvular cardíaca canina A doença valvular degenerativa é a patologia cardíaca canina mais frequente (75% dos casos) em que 60% dos animais apresentam degenerescência da válvula mitral. A endocardiose afecta principalmente cães de raças pequenas, como os Cavalier King Charles Spaniel, Caniche, Yorkshire Terrier, Pinscher, Teckel, Schnauzer, Cocker Spaniel e todos os seus cruzamentos, entre outros, com ligeira prevalência em machos e cuja incidência aumenta com o avançar da idade. Das raças predispostas a que sobressai claramente é a Cavalier King Charles Spaniel, em que estudos relatam uma ocorrência de doença valvular 20 vezes mais alta, surgindo os sintomas clínicos mais cedo (aos 5 anos) e com uma progressão mais rápida. A degenerescência que ocorre nas válvulas cardíacas impede o seu correcto e total encerramento, o que permite um refluxo do sangue do ventrículo para o átrio. Este refluxo é detectado por auscultação, pela presença de um sopro cardíaco. Caso consigamos diagnosticar a doença valvular precocemente (no grau I) poderemos prolongar com maior sucesso a vida do animal. A questão é, como fazê-lo? Como diagnosticar a insuficiência valvular em fase precoce? Durante o exame físico de rotina, como por exemplo o realizado nas consultas de vacinação, uma auscultação atenta permite diagnosticar com precocidade a insuficiência cardíaca. Normalmente, ouvem-se dois sons, um "lub" e um "dub", que correspondem ao som do encerramento das válvulas cardíacas. Um ruido adicional "whooshhh" implica a presença de um sopro, associado a uma perturbação do suave fluxo do sangue através do coração. Caso ausculte um sopro, deverá encontrar o seu ponto de máxima intensidade, o que irá indicar em que válvula se situa o problema. No lado esquerdo procuramos as Sopro Características localizações PAM (P= pulmonar, A= aórtica, M= mitral) e no lado direito será mais audível um sopro na válvula tricúspide. Grau I Muito fraco, não é ouvido imediatamente Grau II Suave mas ouvido de imediato Grau III Moderado, com intensidade igualável aos batimentos cardíacos normais Grau IV Alto, difundido mas sem frémito palpável Grau V Alto e com frémito palpável Grau VI Muito alto, audível com estetoscópio afastado do tórax ou mesmo sem o utilizar A T Dto. P M Esq. Os sopros são então classificados pela altura em que ocorrem (sistólicos, diastólicos, contínuos) e pela sua intensidade em graus de 1 a 6 (ver tabela ao lado) Boletim Informativo nº 2 Como Omnicardio pode ser útil na insuficiência cardíaca de grau I? Se durante a auscultação for encontrado um sopro de intensidade variável, geralmente baixa, e o animal não apresentar sintomatologia clínica, poderemos considerar que está numa fase inicial da insuficiência cardíaca (grau I). Nesta fase, ao contrário do que se possa pensar, não está indicada introdução de IECAS, já que o sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA) não está ainda activado. Segundo Kvart (2002) não existe qualquer beneficio na introdução deste fármaco nas fases iniciais assintomáticas da insuficiência cardíaca. O Omnicardio é rico em Crataegus, uma planta medicinal com actividade inotrópica positiva e de relaxamento da vasculatura periférica, com efeitos compensatórios da regurgitação valvular, retardando assim a activação do SRAA e prolongando o período na fase I. Omicardio está então recomendado desde o grau I da insuficiência cardíaca, pelas suas características de apoio ao miocárdio (melhoria da contractilidade e da função coronária, aumentando o suporte de nutrientes e oxigénio aos cardiomiócitos) e de regulação da pressão arterial. Apresenta ainda importante papel antioxidante e de suporte nutricional cardioprotector. Desta forma é possível retardar o avanço da insuficiência cardíaca para a fase II, retardando assim o aparecimento da intolerância ao esforço e aumentando o tempo e a qualidade de vida do paciente cardíaco. Gestão da expectativa do cliente / Prolongamento da vida do animal O diagnóstico de insuficiência cardíaca, mesmo em grau I, pela natureza crónica e progressiva desta doença e pelos efeitos debilitantes e mesmo letais em fases mais avançadas, produz um estado de angústia e uma vontade de ajudar por parte do dono que deve ser atendida e satisfeita pelo seu veterinário. O medo que se instala no dono pela vida do seu companheiro, deve levar o veterinário a informar sobre a patologia, sobre a sua evolução e sobre o que se pode começar a fazer, desde esse momento, Omnicardio, e em que fase poderá acrescentar-se um IECA. Sendo que nenhum destes produtos, uma vez adicionados, deve ser retirado do esquema terapêutico, sob pena de difícil reequilíbrio. Com uma abordagem clinica e terapêutica completa, poderemos satisfazer a expectativa do dono em ajudar o seu animal o mais cedo possível e a necessidade do animal em manter a sua qualidade de vida. Posologia & Apresentação Omnicardio apresenta L-Carnitina microencapsulada, o que confere maiores garantias de eficácia e um incremento da palatibilidade, um benefício que facilita a administração bidiária do produto. Posologia: Apresentação: 60 comprimidos palatáveis e divisíveis As novas embalagens estão adaptadas à microencapsulação da L-Carnitina e contêm um dispositivo de absorção de humidade, permitindo que os comprimidos se mantenham firmes e fáceis de dividir.
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