Revista Completa

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Revista Completa
Revista
VALTRA & VOCÊ
Valtra do Brasil | Edição 15 | Ano 6 | Março 2016
Alta tecnologia
impulsiona rentabilidade
Qualidade e alta tecnologia embarcada nos produtos Valtra têm
influência direta na produtividade das lavouras de soja e milho da
família Eberhard na região de Itaporã, no Mato Grosso do Sul
Tecnologias
Usina Biosev transforma
a palha em fonte
complementar para
geração de energia limpa
Produtividade em Alta
Produtores do Norte de
SC dividem esforços e
maquinário nas lavouras
de soja, feijão e milho
Sumário Expediente
04 Editorial
06 Protagonista Rural
Luiz Cambuhy aborda o cenário
do agronegócio brasileiro
Qualidade e alta tecnologia
embarcada nos produtos Valtra têm
influência direta na produtividade
das lavouras da família Eberhard na
região de Itaporã (MS)
05 Interatividade
Veja os principais posts de fãs
da Valtra no Facebook
09 Futuro do Agronegócio
Conheça a rastreabilidade de alimentos
15 Tecnologias
AgCommand 2 permite maior controle
e produtividade na performance da
colhedora BE1035
11 Tecnologias
Usina Biosev de Passa
Tempo, em Rio Brilhante
(MS), desenvolve o Projeto de
Reaproveitamento da Palha
21 Gestão no Campo
Qualidade, força, aumento da produtividade
e boas condições de aquisição tornam
os produtos importados da Valtra uma
escolha viável
28 Conservação
Cuidados com a nova plantadeira Frontier
CFS maximizam resultados e aumentam
vida útil do equipamento
17 Produtividade em Alta
30 Soluções GSI
Família Yamaguchi, de Santo Antônio do Tuá,
no Pará, usa a tecnologia da GSI há quase 20
anos na criação de frango de corte
32 Acontece
Sistema de ajuda mútua entre
agricultores do Norte catarinense
promove o deslocamento de
maquinário agrícola a cada período
de plantio e colheita
Novidades da Valtra no Brasil
34 Conhecimento
Veja dicas de documentários,
livros e aplicativos
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24 Nossa Terra
Produção catarinense
é destaque no
cenário agrícola
nacional e tem como
protagonistas os
agricultores familiares
A revista Valtra & Você é
uma publicação da Valtra
do Brasil produzida pela
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e impressa em papel
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Editorial Fevereiro de 2016
Lucratividade e crescimento
para 2016
Pertencemos ao setor que será mais aquecido neste ano
que se inicia. O agronegócio nacional deve ser o único
segmento da economia a crescer de forma expressiva em
2016, e a lucratividade da safra de grãos está garantida.
Estes dados nos trazem otimismo, porém sabemos que
teremos desafios e iremos enfrentá-los.
Estamos confiantes de que vamos seguir adiante, pois
o Brasil é extremamente competitivo na agricultura. Nós
desenvolvemos tecnologias, nos capacitamos e ensinamos produtores do mundo todo como aumentar a rentabilidade das lavouras. E, para elevar ainda mais a produtividade, máquinas maiores e com mais sistemas modernos são necessárias.
Atenta ao setor sucroalcooleiro, que está em recuperação no Centro-Sul do Brasil, com previsão de expansão
de 4,5% da produção neste ano, a Valtra segue investindo e apostando em tecnologia aliada ao pós-venda.
Nesta edição, destacamos a potência dos nossos produ-
Na seção Tecnologias, veja uma matéria sobre o Novo
tos desenvolvidos em plantas da Valtra pelo mundo e a
AgCommand, ferramenta de uso da concessionária para
nova plantadeira Frontier CFS. Também acompanhamos o
ajudar o produtor a prevenir falhas e otimizar o
trabalho da família Eberhard na região de Dourados (MS),
desempenho operacional. Esse sistema
que utiliza portfólio completo da Valtra na produção principalmente de soja e milho, e o proje-
começou a ser utilizado nas novas co-
to de biomassa realizado pela usina Biosev
lhedoras de cana BE1035.
em Passa Tempo (MS). A empresa – controlada pelo grupo francês Louis Dreyfus
Commodities – é a segunda maior processadora mundial de cana-de-açúcar.
Pensando no consumidor, a Valtra &
Você traz ainda uma matéria sobre os
QR Codes e a rastreabilidade de alimentos. Seguindo nesta linha, realizamos um
apanhado de algumas das principais produções agrícolas de Santa Catarina, como cebola e
banana, que já utilizam os QR Codes.
Boa leitura!
Luiz Cambuhy – gerente de vendas da Valtra
4 Revista Valtra & Você
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Revista Valtra & Você 5
Protagonista Rural Família Eberhard
Agronegócio no sangue,
máquinas Valtra no campo
Natacha Portal / Fotos Renan Costantin
Desbravador, o gaúcho
Eldevir Eberhard fez do
Mato Grosso do Sul sua casa
e da terra fonte de sustento
Filho de produtor rural, o gaúcho Eldevir Eberhard chegou ao
Mato Grosso do Sul na década de 70 e, assim como muitos outros conterrâneos, fez do Estado sua casa e da terra fonte de sustento. Casado e pai de três filhos, dois homens e uma mulher, Eldevir concentra sua atividade na produção de soja e milho, totalizando 900 hectares, divididos entre a sua propriedade, a Fazenda Modelo, e mais três arrendamentos, todos localizados na região de Itaporã, a 17 km de Dourados.
Adepto da técnica do plantio direto, Eldevir conta com a ajuda do
filho mais velho, Fernando Liebelt Eberhard, e mais dois funcionários fixos para tocar as atividades nas fazendas. Embora não
trabalhe com rotatividade de sementes, apenas entre os cultivos,
o produtor incorpora aos procedimentos padrões, como manejos de controle de ervas daninhas, a utilização de novos produtos, a exemplo do microgeo, e aposta na tecnologia da agricultura de precisão para obter dados precisos e alcançar maior produtividade na lavoura.
Henrique, A
lic
na Fazenda e, Eldevir e Fernando
Eb
Modelo, em
Itaporã (MS erhard
)
6 Revista Valtra & Você
Confiança na marca
Desde quando trabalhava com o pai, Eldevir
já conhecia os produtos Valtra, àquela época ainda chamada de Valmet. Atualmente, o
agricultor possui uma colheitadeira BC7500,
com plataforma para soja e milho, um trator
BT210, um BH180 e duas plantadeiras de 17
linhas da Série HiTech. “Escolhi a Valtra porque são máquinas confiáveis com as quais
gostamos de trabalhar, além disso, a marca
oferece preço atrativo no mercado e rápido
acesso ao crédito”, explica Eldevir. O relacionamento com a concessionária também é fator decisivo para escolha da marca. Todos os
equipamentos foram adquiridos por meio da
loja da Shark de Dourados.
As informações que nós obtemos
pelo sistema de agricultura de precisão
incluso na colheitadeira nos ajuda muito
durante a colheita e têm influência
direta na nossa produtividade
“As informações que nós obtemos pelo sistema de agricultura de precisão incluso na colheitadeira nos ajuda muito durante a colheita e têm influência direta na nossa produtividade. É um recurso interessante”, ressalta Eldevir. Na
safra de 2014/2015, o agricultor alcançou a média 49 sacas
por hectare de soja e 100 por hectare de milho, considerando
que no período passado foram plantados apenas 700 hectares de ambos os cultivos. “Em 2015 arrendamos mais uma fazenda e atingimos o total de 900 hectares. Nesta safra, levando em consideração todo o investimento que fizemos, incluindo
Equipada com sistema de agricultura de pre-
os trabalhos e correções, esperamos fazer 70 sacas de soja por
cisão, a BC7500 permite que o operador te-
hectare. Mas se vier 80 [sacas por hectare] nós agradecemos”,
nha acesso detalhado ao mapa de colheita,
especula o agricultor, bem-humorado. Para o milho são estima-
com indicadores de perda, área colhida e ve-
das 120 sacas por hectare.
locidade, fornecendo informações contínuas
sobre o rendimento. A cabine é silenciosa e
ergonômica, com painéis e controles dispostos para facilitar a operação e garantir que a
colheita seja conduzida de forma simples e
tranquila. A alta tecnologia embarcada combinada à facilidade de manuseio e baixo custo operacional foram critérios decisivos para
aquisição da máquina.
Em 2014, o produtor adquiriu a primeira plantadeira de 17 linhas.
Em 2015, Eldevir comprou mais uma plantadeira e o BT210, equipado com piloto automático, visando uma performance mais precisa no campo. "Queria fazer um plantio mais reto, com menos emendas e arremates, por isso escolhi o piloto automático", comenta. A
ideia do agricultor é utilizar, cada vez mais, a força e a tecnologia dos
produtos Valtra na lavoura. "Tenho um Valmet 80 Id, ano 1972, que até
hoje trabalha", observa Eldevir, fazendo referência a durabilidade e a
resistência dos equipamentos da marca.
ais velho,
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Eldevir está eracionais e adminis
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as rotinas
Revista Valtra & Você 7
Protagonista Rural Família Eberhard
O sistema de agricultura de precisão
presente na BC7500 fornece informações
contínuas sobre a colheita
Trabalho em família
Logo quando chegou ao Mato Grosso do Sul, Eldevir foi
acolhido pela crescente colônia de migrantes gaúchos,
formada, prioritariamente, por agricultores dedicados ao
cultivo de soja na região Centro-Sul do Estado. Nessa
Escolhi a Valtra porque são
máquinas confiáveis com as quais
gostamos de trabalhar, além disso,
a marca oferece preço atrativo no
mercado e rápido acesso ao crédito
época conheceu sua esposa, a também gaúcha e filha
de agricultores Alice Liebelt Eberhard. “Naquele tempo, quando chegava um agricultor gaúcho na região,
a comunidade já ia incorporando o recém-chegado,
apresentando às outras famílias, participando das reuniões e frequentando a igreja”, conta Alice.
Da mesma maneira, os filhos do casal entendem a importância
do campo no sustento da família. Dos três filhos, apenas Jaqueline, a filha mais velha, mora em outro Estado e não participa da
rotina nas fazendas. Fernando, de 28 anos, é o braço direito de
Eldevir e está aprendendo como funciona não só a parte ope-
Professora de português e inglês, Alice conhece a
racional, mas administrativa do negócio da família. “O Fernan-
vida no campo desde criança e apoia o marido no
do está na fase de aprimorar mais, está pegando mais as coi-
dia a dia nas fazendas. “A gente vive em função da
sas, participando das decisões, assumindo mais responsabili-
agricultura. Se a colheita foi boa ou não, se choveu
dades. É o que eu quero que aconteça, quero que ele comece
muito, se está muito seco. É a nossa vida. Nos pri-
a assumir o meu lugar”, destaca.
vamos de algumas coisas e deixamos de ter outras em casa para poder comprar um trator novo
para a fazenda, pois a lavoura é a nossa prioridade”, comenta. O suporte e a compreensão de
Alice são alicerce para a harmonia da família
Eberhard. “É algo que está no sangue, a Alice
já vem de uma família de agricultores e compreende bem o que é a vida na lavoura. Tudo
que falamos em casa é entendido, não precisa explicar”, enfatiza Eldevir.
8 Revista Valtra & Você
O caçula, Henrique, 25 anos, segue o caminho do agronegócio, mas voltado para uma área específica. Graduando em
Gestão Ambiental pela Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), Henrique percebeu que muitos agricultores da
região ainda sofrem com a falta de informação acerca da regularização ambiental em suas propriedades. “Eu sinto que do
lado ambiental tem muita gente de fora que não conhece bem
a realidade do produtor rural, assim como, aqui na região, muitos agricultores ainda não são bem informados quanto à regularização ambiental, reservas legais e APPs”, comenta.
Futuro do Agronegócio Rastreabilidade
PRODUTOR
varejo
packing
distribuidor
Rastreabilidade
de alimentos:
nos passos da produção
Bem aplicada e utilizada, a tecnologia pode
gerar resultados positivos, segurança e elevar
a qualidade do produto final
A rastreabilidade representa a possibilidade de o consumidor conhecer “a vida pregressa” dos produtos e identificar até
Gabriela Mesquita
Guilherme Ferreira
mesmo a origem das matérias-primas e insumos utilizados no
seu cultivo. Caso ele não esteja satisfeito com sua compra,
e sabendo que poderá exigir a rastreabilidade do alimento e,
consequentemente, identificar o ponto de falha, naturalmente fará que o produtor, a empresa, o distribuidor e o varejo aumentem seus cuidados em entregar um produto de qualidade.
Thomas Eckschmidt, diretor-geral do
Instituto Capitalismo Consciente Brasil
(ICCB) e conselheiro da Associação
Brasileira de Automação (GS1 Brasil)
Os erros não ficarão mais ocultados no longo processo produtivo. Uma embalagem mal feita, uma fruta colhida estragada,
problemas durante o transporte e a armazenagem ou a validade vencida poderão ser identificados com rapidez e precisão.
“Ela traz um novo nível de profissionalização e desempenho
para uma das áreas [agrícola] que enfrenta um grande número de variáveis no processo produtivo, e muitas delas não são
de fácil controle”, afirma Thomas Eckschmidt, diretor-geral do
Instituto Capitalismo Consciente Brasil (ICCB) e conselheiro da
Associação Brasileira de Automação (GS1 Brasil).
Ela traz um novo nível de
profissionalização e desempenho para
uma das áreas [agrícola] que enfrenta
um grande número de variáveis no
processo produtivo, e muitas delas
não são de fácil controle
Revista Valtra & Você 9
Futuro do Agronegócio Rastreabilidade
De acordo com Thomas, do ponto de vista do consumidor, ainda é pouco utilizada. Estatísticas de
consulta de códigos de rastreamento têm mostrado que o interesse das pessoas pela origem
dos alimentos, mensurado através dos QR Codes (veja no quadro), ainda não supera a fidelidade em uma marca. “A rastreabilidade é considerada importante, mas não é utilizada, acessada
ou engajadora como se esperava. As consultas, em
sua maioria única, demonstram que o seu uso não ocor-
Por dentro da lei
Foi publicada no Diário Oficial da
União a resolução RDC 24/2015 que
trata do recolhimento de alimentos e a
sua comunicação a Anvisa. A medida foi
aprovada no dia 2 de junho/2015 em reunião
pública da Diretoria Colegiada da agência.
re com frequência. O consumidor busca comprar produtos de
marcas que confia. Ele não utiliza a rastreabilidade para definir sua escolha. Porém existe uma oportunidade enorme em
criar uma forma mais criativa de interagir e gerar engajamento.”
Segurança na compra e precisão no recall
Com o aumento gradativo da busca por informações sobre a
empresa, o produto e o seu processo de produção, o rastreamento é uma forma de agregar segurança, qualidade e confiança na hora da compra. “A rastreabilidade é um caminho sem volta, será uma realidade e uma prática do nosso cotidiano. A confiabilidade que este serviço traz é o maior ganho
da aplicação deste processo”, comenta Nilson Gasconi, assessor de soluções e negócios da GS1 Brasil.
Uma das inovações da norma é que todas as
empresas deverão ter um Plano de Recolhimento
de produtos disponível aos seus funcionários e à
autoridade sanitária. A resolução também determina
que as companhias tenham a rastreabilidade dos seus
produtos para garantir o recolhimento de um alimento
quando necessário. Para isso, deverão manter
registros que identifiquem as origens dos produtos
recebidos e o destino dos produtos distribuídos.
Uma distribuidora de alimentos, por exemplo, terá
de manter registros das empresas fornecedoras e
também das empresas para as quais vendeu.
Está previsto ainda que a empresa comunique
imediatamente a Anvisa e aos consumidores a
identificação de qualquer problema que represente
risco ou agravo à saúde do consumidor e a
necessidade de realização de recall. A agência
também poderá determinar a retirada, caso não seja
realizada voluntariamente pela empresa interessada.
Para Nilson, outra vantagem é a precisão no recall. “Antes de sair do ponto de venda, um produto com problemas já é detectado, até mesmo na boca
do caixa. Desta forma, temos o aumento da eficiência na rastreabilidade. A retirada do lote com problemas é pontual, específica.
Na cadeia produtiva rastreada o processo de recall é mais ágil
e eficiente, diminuindo o gasto financeiro e reduzindo os impactos de imagem em uma empresa. Além disso, o produtor, com
seus processos mapeados, ganha visibilidade em toda a cadeia produtiva e aumenta sua capacidade de entregar um pro-
Divulgação GS1 Brasil
duto de qualidade.”
Nilson Gasconi, assessor de soluções
e negócios da GS1 Brasil
10 Revista Valtra & Você
O que são os QR Codes
Os QR Codes são impressos normalmente junto das
etiquetas e rótulos que identificam e acompanham o
produto. No momento de impressão desses códigos,
os sistemas de rastreamento geram conexões dos
elos da cadeia produtiva, encadeando a origem com
um ou mais pontos de passagem. Isso fica tudo
armazenado em uma plataforma na web. No momento
que um consumidor, através de seu celular, faz a
leitura do QR Code, uma instrução vai até o sistema
de rastreabilidade com a consulta desse código e
devolve para o consumidor um histórico do produto,
da propriedade e do produtor, por meio de imagens e
textos – muitas vezes incluindo um mapa mostrando
os pontos de passagem daquele produto.
A rastreabilidade é um caminho sem
volta, será uma realidade e uma prática do
nosso cotidiano. A confiabilidade que este
serviço traz é o maior ganho da aplicação
deste processo
QR C
ode
Tecnologias Biosev
Segunda maior processadora mundial de cana-de-açúcar, a Biosev – controlada
pelo grupo francês Louis Dreyfus Commodities – avança no tocante à geração
de energia sustentável no Brasil. A empresa, que já utilizava o bagaço da cana
como biomassa, adotou, a partir do segundo semestre de 2015, a palha como
fonte complementar para geração de energia limpa
Energia
que vem da palha
Natacha Portal / Fotos Renan Costantin
Antes deixada na lavoura, a palha da cana-de-açúcar encontrou
outro destino na usina Biosev de Passa Tempo, no município de
Rio Brilhante, Mato Grosso do Sul. Embrião de uma nova área de
negócio energético da empresa, a usina – que tem capacidade
de processamento anual de 3,3 milhões de toneladas de canade-açúcar – foi a casa escolhida para receber o Projeto de Reaproveitamento da Palha, com a promessa de gerar 60 mil MWh
de energia elétrica em 2016.
Murillo Borges, coordenador do
Projeto de Reaproveitamento
da Palha da Biosev
Revista Valtra & Você 11
Tecnologias Biosev
Desde 2014, a Biosev vem trabalhando em alternativas
para ampliar a geração de energia elétrica dentro da empresa. A busca por um novo combustível, capaz de complementar a energia gerada a partir da queima do bagaço, levou os executivos a refazerem o processo da cana,
da colheita à combustão nas caldeiras, e perceberem que
não era necessário ir muito longe: a resposta estava dentro
da usina, ou melhor, em meio à matéria-prima.
“Precisávamos de mais combustível para gerar mais energia e percebemos que a melhor alternativa é aproveitar a
palha da cana-de-açúcar que fica no campo depois da colheita. A palha ficava na lavoura para apodrecer, era um
material totalmente descartado”, comenta Murillo Borges,
coordenador do projeto.
É importante frisar que as
máquinas são bastante seguras, as
mais confiáveis do mercado
e gerar mais 60 mil MWh. “Com a energia gerada somente a partir da palha nós poderíamos alimentar, por exemplo,
todo o município de Rio Brilhante e ainda nos sobraria energia”, calcula Murillo.
A plantação ao redor da usina de Passa Tempo é de 44 mil
hectares. Nas três usinas Biosev no Mato Grosso do Sul, a
área plantada chega a 100 mil hectares. Juntas, as três unidades possuem capacidade de processamento anual de 10,1
milhões de toneladas de cana-de-açúcar. “Nosso potencial é
muito grande. Para ter uma ideia nós ainda não recolhemos
O processo de reaproveitamento da palha incrementa o in-
nem a metade da palha que temos ao redor da usina de Pas-
vestimento em infraestrutura realizado na usina em 2013,
sa Tempo”, completa.
com a construção da Usina Termelétrica (UTE) para aprovei-
Parceria Valtra
tamento do bagaço – resíduo obtido após a moagem para
produção de açúcar e etanol – composta por três turbinas
A Valtra apoia o Projeto de Reaproveitamento da Palha des-
geradoras, uma de 17,8 MW e duas de 30 MW, uma caldei-
de a fase piloto, em 2014. No período de testes, a marca ce-
ra e um sistema de transmissão (linhão) de 76 quilômetros,
deu os equipamentos necessários para o recolhimento do
ligado à subestação de Sidrolândia, da Brilhante Transmis-
material na lavoura. “Ficamos por dois meses com um tra-
sora de Energia.
tor BT210 e uma enfardadora Challenger, além da equipe de
Para viabilizar a utilização da palha foi preciso reforçar o
maquinário no campo. “Investimos na aquisição de um
módulo agrícola de recolhimento de palha, que consiste em quatro tratores, duas enfardadoras, um aleirador
apoio da Shark de Maracaju nos auxiliando no serviço. Nesse período conseguimos identificar que a Valtra e as enfardadoras Challenger nos atendem integralmente e com isso validamos o projeto”, relata Murillo.
e um implemento recolhedor de fardos”, explica Murillo.
Inicialmente, a Valtra cedeu um trator BT210, uma enfardadora
Ele acrescenta que o projeto foi implantado em Passa
Challenger 2270 e um aleirador. A solução agrícola Valtra com-
Tempo devido à capacidade enérgica existente na usi-
bina a força característica da linha BT com o desempenho da
na. “É nossa usina energeticamente mais eficiente para
enfardadora 2270, embarcada com alta tecnologia e capacida-
transformar palha em energia elétrica.”
de de rendimento de mais de 60 fardos/hora. Os fardos podem
Implantado em agosto, o projeto gerou o excedente de
15 mil MWh em 2015. Foram revestidas, aproximadamente, 15 mil toneladas de palha em energia. Para este ano, a
previsão é recolher o equivalente a 14 hectares de palha
12 Revista Valtra & Você
pesar mais de 450 kg, dependendo do tamanho, umidade e tipo
do material. Na Biosev, os fardos de palha pesam entre 350 e
400 kg e têm 2 metros de comprimento.
“Temos outros fornecedores de equipamentos agrícolas,
mas optamos pelo melhor desempenho. Nossa pesquisa de mercado apontou que os produtos Valtra/Challenger
apresentam maior produtividade e confiabilidade e pudemos comprovar isso nos testes realizados em 2014”, enfatiza Murillo. Frotista Valtra, a Biosev possui mais de 120 tratores da marca, entre os modelos BT e BH. Os equipamentos
estão distribuídos nas 11 usinas da empresa, nos estados
de Mato Grosso do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Norte e Paraíba.
“É importante frisar que as máquinas são bastante seguras, as mais confiáveis do mercado. Não oferecem
risco nenhum ao operador. Do ponto de vista da segurança do trabalho, as máquinas atenderam aos rígidos
padrões da Biosev”, destaca.
Do ponto de vista
energético, é muito mais
interessante trabalhar com a palha
do que com o bagaço. A palha tem
um poder calorífico superior, chega
a ser o dobro do bagaço
Da palha ao vapor
Anteriormente, a palha era deixada na lavoura após a
em que o material é recolhido em uma leira contínua –,
colheita como matéria orgânica e cobertura do solo.
em seguida as enfardadoras compactam a palha, for-
“Mas, em excesso, a palha pode ser prejudicial e atrapa-
mando fardos com alta densidade, para serem trans-
lhar a produção, uma vez que pode atrasar o crescimen-
portados em carretas até a indústria.
to da cana – por permanecer em cima dos brotos – e ser
propícia para a propagação de pragas e doenças”, pontua Paulo Fogaça, coordenador de operação do projeto.
Na indústria, inicia-se o processo de desenfardar, desagregar e picar a palha. A palha é reduzida a fragmentos de
3 cm que são queimados em caldeiras, produzindo o va-
Com o novo sistema de reaproveitamento, a palha, ain-
por que move as turbinas e gera energia elétrica. “A ener-
da no campo, passa pelo processo de aleiramento –
gia gerada a partir da palha é disponibilizada no sistema
elétrico como um adicional da energia que já geramos proveniente do bagaço da cana-de-açúcar”, esclarece Murillo.
O enfardamento é realizado de segunda a sexta-feira
na usina de Passa Tempo. A palha é queimada junto ao
bagaço, como um só combustível. “Do ponto de vista
energético, é muito mais interessante trabalhar com a
palha do que com o bagaço. A palha tem um poder calorífico superior, chega a ser o dobro do bagaço”, ressalta.
Revista Valtra & Você 13
Tecnologias Biosev
“Na natureza nada se cria, nada se perde,
tudo se transforma”
O fato das indústrias terem identificado o potencial da
A célebre frase, cunhada há mais de 200 anos por Antoi-
que as hidroelétricas já não têm capacidade de atender
ne Lavoisier, considerado o pai da química moderna, de-
a demanda de energia do país. A palha está do lado das
fine bem a utilização da biomassa como fonte de energia
nossas usinas, temos condições de gerar energia lim-
100% renovável e sustentável.
pa de forma racional, sempre que for economicamente
No Brasil, até agosto de 2015, a oferta de energia elétrica
biomassa é um boa perspectiva para o segmento. “Não
podemos mais nos prender aos reservatórios, sabemos
viável”, argumenta Murillo.
produzida a partir da biomassa da cana-de-açúcar cresceu 9,5%. O aumento significa que até agosto do ano passado foram comercializados 3.207 GWh produzidos a partir
do aproveitamento do bagaço e da palha, conforme dados
da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
Segundo o Balanço Energético Nacional 2015, ano-base
2014, feito pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE),
a participação de renováveis na matriz elétrica nacional
manteve-se entre as mais elevadas do mundo, com 39,4%.
Dentro deste número, a biomassa da cana-de-açúcar responde por 15,7% do total.
A utilização da biomassa para produção de energia só tende a crescer. De acordo com relatório da Energy Outlook,
produzido pela Bloomberg New Energy Finance (BNEF),
com filial em São Paulo, o setor deve receber 26 milhões de
dólares em investimentos até 2040.
Paulo Fogaça (à esquerda), coordenador de operação do
Projeto de Reaproveitamento da Palha, em cima de um
dos fardos gerados pela enfardadora Challenger 2270
14 Revista Valtra & Você
Indicadores Biosev
•2 ª maior processadora global de cana-de-açúcar,
produz açúcar, etanol, ração animal, levedura,
melaço em pó e energia elétrica.
•36,4 milhões de toneladas processadas por ano.
•3 40 mil hectares de terras gerenciados
em 120 municípios.
•1.346 GWh de capacidade de cogeração de
energia.
•11 unidades distribuídas em cinco estados
e um terminal no porto de Santos (SP).
•15 mil colaboradores.
•D esde 2013, a empresa abriu seu capital e
suas ações são negociadas no segmento Novo
Mercado da BM&FBOVESPA.
Tecnologias Novo AgCommand
A nova plataforma do AgCommand
permite maior controle e produtividade
na performance da colhedora BE 1035e
Precisão e desempenho na
produção de cana
Guilherme Ferreira / Fotos Nilson Konrad
A produção de cana possui características específicas
nando-os mais eficazes, pois entregam tudo o que o produ-
para o seu cultivo. Sabendo disso e alinhada com as ne-
tor realmente busca: alta produtividade e economia.
cessidades do homem do campo, a Valtra busca não
só atender suas expectativas, mas ir além e desenvol-
A partir desse sistema de monitoramento são gerados re-
ver soluções diferenciadas para o segmento agrícola.
latórios periódicos com dados da saúde e evolução do
Para tanto, junto da inovadora colhedora BE1035e, de
equipamento. “Neste primeiro momento, nosso foco será
alto desempenho, a marca lança o Novo AgCommand –
trabalhar em parceria com as concessionárias fazendo o
segunda versão do sistema de telemetria da AGCO usa-
acompanhamento das máquinas dentro da fábrica e, pos-
do para gerenciamento de frotas, que registra informa-
teriormente, treiná-las para que façam todos os procedi-
ções de posicionamento e funcionamento da máquina.
De uso da concessionária, a novidade irá ajudar o agricultor a prevenir falhas, aperfeiçoar o desempenho operacional, aumentar sua rentabilidade e agilizar a programação de manutenções.
mentos e diagnósticos internamente”, explica Gerson Filippini Filho, coordenador de marketing de produto Fuse da
Valtra. Por meio desta tecnologia, o concessionário terá
informações em tempo real do desempenho da colhedora. Além disso, com os dados gerados pelo Novo Ag-
Todas as informações são acessadas online, garantindo
Command, o produtor poderá contar com um programa de
agilidade nos processos e melhor planejamento das ações.
manutenção preventiva de forma ativa e precisa, garantin-
Estas soluções vão mudar os processos de colheita, tor-
do uma vida útil mais longa para o seu maquinário.
Novo AgCommand permite
a observação da colhedora
em tempo real pela fábrica
Revista Valtra & Você 15
Tecnologias Novo AgCommand
De uso da concessionária, a novidade
irá ajudar o agricultor a prevenir falhas,
aperfeiçoar o desempenho operacional,
aumentar sua rentabilidade e agilizar a
programação de manutenções
Economia e funcionalidade
“O sistema permite avaliar o rendimento operacional visando redução nos índices de consumo de combustível e
uma melhor eficiência de trabalho da colhedora. Os parâmetros de segurança monitorados, aliados com o planejamento das manutenções de rotina, visam aumentar a sua
disponibilidade e gerar um histórico de intervenções realizadas. Com todos estes dados em mãos, o cliente pode
comprovar a alta eficiência aliada ao baixo consumo de
combustível”, destaca Gerson.
Tela inicial do site, onde se pode verificar informações
básicas das colhedoras como: número de ocorrências
dos parâmetros de monitoramento classificadas pela
prioridade nas cores Vermelho (alta), Laranja (média) e
Amarelo (baixa) e horímetro atual do motor
O Novo AgCommand permite a observação da colhedora em tempo real pela fábrica, concessionária ou até
mesmo pelo cliente. “Por meio do sinal de celular e da
tecnologia Novo AgCommand, são emitidas em tempo
real suas condições de funcionamento, o que permite
que ela seja monitorada constantemente. Então, da fábrica é possível saber se ela teve ou terá alguma necessidade de ajuste. É possível identificar até se o operador está fazendo alguma coisa errada como, por exemplo, colher com a velocidade acima da recomendada.
Assim, é possível orientar os clientes a extrair o melhor
rendimento em campo”, explica Marco Antônio Gobesso, gerente de marketing de equipamentos de cana-de
-açúcar AGCO.
16 Revista Valtra & Você
Gráfico de análise de dois parâmetros
monitorados, no caso rotação e carga do motor
“Unidos
venceremos“
Produtividade em Alta Norte de Santa Catarina
Natacha Portal / Fotos Renan Costantin
Valdecir Pedro Schneider
e Nivaldo Muller
Sistema de ajuda mútua entre agricultores
do Norte catarinense promove o
deslocamento de maquinário agrícola a
cada período de plantio e colheita
O jargão pode ser velho, mas a consciência de que “a
união faz a força” é uma constante na vida dos agricultores Valdecir Pedro Schneider e Nivaldo Muller. Cunhados,
Eu tenho o caminhão e o trator
mais leve, o Valdecir tem a colheitadeira
e o trator pesado, então a gente reúne
as máquinas e faz tudo junto
os produtores de Mafra e Itaiópolis, municípios localizados na região Norte de Santa Catarina, dividem esforços e
maquinário agrícola nas lavouras de soja, feijão e milho de
ambas as famílias, que somadas totalizam 155 hectares.
As fortes chuvas que assolaram muitos municípios do Estado, causando alagamentos e prejuízos para muitos agricultores, foram a causa do atraso no plantio de 40 hectares de soja, na propriedade de Nivaldo, em Itaiópolis. Previsto para o início de novembro, só foi possível realizar o
plantio na segunda semana de dezembro, quando a chuva deu uma trégua e o sol, finalmente, apareceu na região.
“Quando ouvimos que iria abrir uma janela e fazer sol, logo
chamamos o Valdecir e reunimos as máquinas para plantar”, conta Nivaldo.
Plantadeira da Série HiTech Compact BP905L
Revista Valtra & Você 17
Produtividade em Alta Norte de Santa Catarina
alcançou a marca de 75 sacos por hectare. Apesar
do atraso no plantio 2015/2016, o produtor acredita
que atingirá, se o tempo ajudar, a produção esperada. “Se não chover tanto teremos uma produção
normal. Já plantei por perto do Natal e saiu tudo
dentro do padrão. Mas agora, por causa da umidade, eu sinto que não vai ser igual, mas nossa expectativa é sempre para melhor”, confessa. Antes
da soja, o produtor já havia plantado 20 hectares
de milho, que espera substituir pela cultura de feijão, entre janeiro e fevereiro.
O trabalho em conjunto acontece há mais de 15 anos.
A cada período de plantio e colheita, as máquinas
percorrem os 60 km que ligam os dois municípios.
“Eu tenho o caminhão e o trator mais leve, o Valdecir
tem a colheitadeira e o trator pesado, então a gente
O produtor Nivaldo Muller, ladeado pelos filhos
Júnior, de 12 anos, e Evandro, 16 anos
O time, formado por Nivaldo, seu filho Evandro Muller e o cunhado Valdecir, conhecido como “Pitão”, en-
reúne as máquinas e faz tudo junto”, explica Nivaldo.
Segundo Valdecir, o sistema de ajuda recíproca fortalece o trabalho de ambos. “Um ajuda o outro e unidos
venceremos”, destaca.
tra em campo com um trator BT170, um trator A950 e
duas plantadeiras da Série HiTech Compact BP905L,
de nove linhas. O trator da linha pesada BT170 pertence a Valdecir, o A950 linha leve e uma das plantadeiras são de Nivaldo. “A outra plantadeira é de um amigo
nosso que não pôde vir ajudar, mas emprestou o equipamento”, comenta o produtor.
Catarinense de Mafra, Nivaldo possui 70 hectares em
Itaiópolis, local em que reside há 15 anos. Na safra passada, o agricultor investiu somente no cultivo da soja e
am do
ltra participar
da Valfértil e Va ultores
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famílias dos ag
plantio junto às
18 Revista Valtra & Você
Tratores e plantadeiras Valtra durante
o plantio de soja, em Itaiópolis (SC)
O trabalho em conjunto acontece
há mais de 15 anos. A cada período
de plantio e colheita, as máquinas
percorrem os 60 km que ligam
Mafra e Itaiópolis
“O meu primeiro trator foi um Valmet 885, que comprei
logo quando vim para Santa Catarina”, lembra o produtor. Natural de Chapada, no Rio Grande do Sul, Valde-
Qualidade, confiança e credibilidade
Valdecir foi o primeiro produtor de Santa Catarina a adquirir a colheitadeira BC4500, em 2008. Satisfeito com o desempenho da máquina, que combina facilidade de operação, baixo consumo de combustível e alta produtividade,
cir está há 36 anos na região de Mafra. “Tenho familiares que trabalham com outra marca, teria facilidade para
comprar os equipamentos, mas prefiro trabalhar com a
Valtra porque confio no produto e sou atendido na hora
que precisar pelo pessoal da concessionária”, declara.
o agricultor trocou o produto, três anos depois, pelo mesmo modelo, mas na versão tracionada, uma BC4500 híbrida 4x4. Com a colheitadeira, Valdecir consegue fazer
16 hectares por dia, com o consumo de 16 litros por hora,
contabilizando 8 litros de combustível por hectare.
Com área própria de 85 hectares, o produtor também investiu apenas no cultivo da soja na safra anterior e atingiu
a média de 65 sacos por hectare. Em 2015 diversificou
os cultivos e destinou 33 hectares para plantio de feijão.
“Já plantei feijão outras vezes, é uma cultura muito difícil.
Fazemos para tentar, ver se o tempo ajuda, mas o nosso
carro-chefe é a soja mesmo”, esclarece.
Entusiasta Valtra, Valdecir possui, além da colheitadeira, um trator BT170, com transmissão HiSix, Powershift
de 24 velocidades para frente e para ré – que, entre as
vantagens, permite fazer a programação de operações
e realizar trocas de marcha de forma simplificada, sem
auxílio da embreagem –, e um trator da linha leve A850
Geração II, cabinado, com potência de 85 cv, que alia
máximo desempenho com baixo custo.
Valdecir Schneider levou o filho Alan, de 12 anos, para
acompanhar o plantio na propriedade do tio Nivaldo Muller
Revista Valtra & Você 19
Produtividade em Alta Norte de Santa Catarina
O BT170 do produtor registra o consumo de 10 litros por
hora. Com o conjunto trator e uma plantadeira de nove
linhas, Valdecir faz a média de dois hectares plantados
por hora. “Em um terreno plano, poderíamos puxar [com
o BT170] as duas plantadeiras de nove linhas, em tandem”, comenta Valdecir.
Valdecir e Niva
ldo
a cada período costumam deslocar os equi
pamentos
de plantio e co
lheita há mais
de 15 anos
“Cliente-argumento”
A credibilidade da marca é, em boa parte, devido ao
atendimento e à competência do serviço oferecido
pela revenda Valtra. Cliente da Valfértil de Mafra há
mais de 10 anos, Valdecir é reconhecido pela prefe-
A força da linha BT170 foi um dos motivos para a esco-
rência Valtra. “Ele é um dos nossos principais clien-
lha do trator. Equipado com o motor AGCO Power tur-
tes. Como é bastante conhecido na região, ele acaba
bo de seis cilindros, o BT com potência de 170 cv enca-
influenciando muitos outros agricultores a compra-
ra qualquer trabalho. “Outro dia nós puxamos um cami-
rem produtos Valtra. Em muitos casos, nós utilizamos
nhão com meia carga de ração, algo em torno de 17 to-
a confiança que ele deposita na marca como argu-
neladas, em uma subida e o trator aguentou tudo tranqui-
mento para venda”, revela Pedro Acácio, sócio-ge-
lo. Estou muito satisfeito com o desempenho”, ressalta.
rente da loja. Acácio comenta que produtores de outras localidades costumam visitar a fazenda do cliente e acompanham a operação das máquinas em cam-
Estou muito satisfeito
com o desempenho do BT170
20 Revista Valtra & Você
po. “Ele é um incentivador da marca, muitos clientes
já vieram ver os produtos e ele foi, praticamente, responsável por efetuar a venda.”
Gestão no Campo Importados
Presença Global
na sua lavoura
Guilherme Ferreira / Fotos Nilson Konrad
Os especialistas das
concessionárias estão aptos a oferecer
orientações e serviços para garantir o
correto emprego dessas máquinas
Máquinas desenvolvidas em outras plantas da Valtra podem
Condições atrativas tornam os
produtos desenvolvidos em outras
plantas da marca acessíveis ao
produtor brasileiro
ser adquiridas nas concessionárias da marca no Brasil com
condições atrativas de taxas de juros e crédito tanto para a
compra em reais ou em dólar. O produtor interessado poderá,
por meio do AGCO Finance, encontrar a melhor forma de adquirir esses equipamentos diferenciados.
Revista Valtra & Você 21
Gestão no Campo Importados
Atenta às demandas mais exigentes dos produtores rurais,
clientes que buscam estes equipamentos são bem estru-
a Valtra oferece opções de máquinas e implementos que
turados e priorizam a qualidade do equipamento, a tecno-
potencializam as mais variadas culturas. Com fábricas es-
logia e o impacto que trará para o aumento da produtivi-
palhadas por diversos países, entre eles Finlândia, Fran-
dade de suas lavouras. “Eles valorizam o custo-benefício
ça, Alemanha e Estados Unidos, a marca disponibiliza os
do investimento e não apenas o preço. Aqueles que op-
tratores da Série S, as enfardadoras Challenger modelos
tam pelo financiamento em dólar possuem um perfil ainda
2270XD, RB452 e SB34 e o enleirador 5130.
mais específico, pois, além da boa estruturação de seu negócio, trabalham com culturas exportáveis. Por estes mo-
Eles são indicados para configurações específicas da pro-
tivos, possuem uma proteção natural em relação à varia-
priedade, como cultura e solo, que exigem um tipo de tec-
ção cambial e estão confortáveis com essa modalidade, já
nologia, componentes, potência de motor ou uma deman-
que tanto os insumos quanto a produção são cotados em
da hidráulica diferenciada. “Os especialistas das conces-
dólar.” Simone também ressalta: “As opções de crédito se
sionárias estão aptos a oferecer orientações e serviços
estendem para todos os modelos de importados, porém a
para garantir o correto emprego dessas máquinas. Em al-
Série S de tratores é a mais procurada”.
guns casos, os colaboradores da fábrica também auxiliam
em possíveis dúvidas de funcionamento e aplicação correta”, explica Winston Chester Quintas, supervisor de marketing do produto tratores da AGCO.
Os serviços de pós-venda e assistência técnica fluem da
Já percebi o desempenho
diferenciado, economia satisfatória
e um bom suporte técnico
mesma forma que nos equipamentos convencionais. “Funciona igualmente aos processos nacionais, pois no plano
de introdução de produto novo só é autorizado o início da
produção se tudo estiver de acordo, como ocorre no Brasil. Além disso, peças com grande saída possuem estoque
compatível com a demanda”, destaca Winston.
Condições acessíveis
As opções de financiamento e crédito, por meio do AGCO
Finance, único banco a financiar equipamentos importados da Valtra, abrangem toda a linha da marca. Conforme
Simone Scherer, gerente comercial do AGCO Finance, os
22 Revista Valtra & Você
Marcos Acco, cliente da concessionária Pampa, de Campo Novo do Parecis (MT)
Tecnologia e produtividade do Série S
•A melhor transmissão do mercado: AVT
•Capacidade de levante: 12.000 kg
•Economia de combustível
•Excelente visibilidade
•Tecnologia, robustez e economia
•Mais eficiência
Vantagens na hora da compra
•Agilidade, flexibilidade e atendimento
diferenciado
Série S: maior procura
Conhecida pela tecnologia e força de suas máquinas,
•Crédito direto ao Consumidor (CDC)
e o CDC em dólar
a Valtra foi buscar na Europa um novo conceito para
•CDC com taxas a partir de 0,79% a.m.
e prazo de até 60 meses, dólar com taxa
a partir de 7% a.a. + variação cambial
um trator. Com características diferenciadas e mode-
•Processo rápido. Após recebimento da
documentação, incluindo a NF e o contrato,
o prazo para desembolso é de
aproximadamente dois dias úteis
tra, tem maior procura. São máquinas destinadas ao
atender os clientes que buscam a potência máxima de
los que se encaixam de acordo com a necessidade de
cada produção, a Série S, dentre os importados da Valtrabalho pesado no campo, que exige alta produtividade em áreas extensas, com baixo consumo e grande
conforto ao operador. Apesar do tamanho, cor e design
exclusivos serem itens que chamam a atenção, as características destes tratores vão muito além do visual.
Cliente há mais de 10 anos da filial da concessionária
Destacam ainda mais estas máquinas o motor AGCO
Pampa de Campo Novo do Parecis (MT), o produtor ru-
Power, o Sistema de Gerenciamento Easy-to-Use, Ca-
ral Marcos Acco comprou um trator S353, da Série S por
bine AutoComfort com suspenção a ar que proporcio-
meio do AGCO Finance. “Adquiri esta máquina em julho
na um excelente conforto para o condutor, visibilida-
de 2015 e percebi o desempenho diferenciado, a econo-
de e amplo espaço, eixo dianteiro com suspensão hi-
mia satisfatória e um bom suporte técnico da conces-
dráulica e transmissão variável AVT, com quatro mo-
sionária. Além disso, as condições de aquisição dadas
dos de operação disponíveis e um avançado sistema
pelo Banco foram atrativas, trazendo vantagens e segu-
de gestão de velocidade que proporcionam um arran-
rança para a compra do produto”, comenta Acco. Ele usa
que e uma condução suave e sem escalonamentos. A
o S353 nos cultivos de milho e soja na propriedade loca-
Série S possui os seguintes modelos: trator S293 (325
lizada em Brasnorte.
cv) e trator S353 (375 cv).
Revista Valtra & Você 23
Nossa Terrra Santa Catarina
Santa Catarina
Produção catarinense é destaque no cenário
agrícola nacional e tem como protagonistas
os agricultores familiares
no pódio
Natacha Portal / Fotos Renan Costantin
A atividade agrícola em Santa Catarina é ampla e diversi-
to Möglich Júnior, e da esposa, Raquel Zappelini Möglich.
ficada. Líder na produção de cebola no país, o Estado é o
Atualmente, com 8 hectares destinados ao plantio de ba-
segundo maior produtor de arroz, o terceiro de palmito e
nana-caturra, popularmente chamada de banana-nanica,
o quarto de banana. Boa parte da produção é advinda da
Lauro, mais conhecido como Beto, afirma que a dedicação
agricultura familiar, correspondente a 20% do PIB esta-
de toda a família faz a diferença na lavoura.
dual. Uma característica do agricultor local é o fato de ser,
majoritariamente, dono da terra. O trabalho familiar em pe-
“Sempre fui de cuidar muito bem da plantação, eu cos-
quenas propriedades corresponde a cerca 70% da produ-
tumo dizer que é um ‘dom de berço’ em que fazemos as
ção agrícola de Santa Catarina.
coisas bem certinhas", comenta. Plantando desde 1989,
De colono para empresário
Beto costuma renovar o bananal a cada 10 ou 15 anos.
“No máximo a cada 15 anos derrubo tudo e faço um bananal novo, porque quando fica muito velho já não responde
Dono de 14 hectares na região de Guaramirim, Norte do
bem", afirma. O sistema de renovação é feito em áreas in-
Estado, o produtor Lauro Noberto Möglich, de 54 anos,
tercaladas, “cada vez faço uma parte, de ano em ano. As-
mantém seu bananal com a ajuda do filho, Lauro Nober-
sim não tenho bananal velho”.
Lauro foi o primeiro ag
ricultor
do Sul do Brasil a adqu
irir o BM125i GII
Agricultura na era digital
Na região de Corupá, no Norte de Santa Catarina,
27 famílias associadas à Cooper Rio Novo
incorporaram a tecnologia na produção de
bananas. As frutas produzidas pela cooperativa
são registradas com QR Code – código que
permite rastrear a localização e o produtor
responsável por cada banana. A novidade,
adotada em 2015, é uma forma de valorizar tanto
a produção quanto o profissional da agricultura
familiar. A funcionalidade integrada ao produto
catarinense tornou-se uma exigência para os
produtos agrícolas em outros Estados.
24 Revista Valtra & Você
Júnior, Raquel e Lauro
planejam embalar a produção
por conta própria em 2016
Além da banana-caturra, o produtor começou, em 2015,
o cultivo de outra variedade da fruta. Em 2 hectares estão plantados 2.400 pés de banana-prata. “A produção
de banana-caturra é maior. A banana-prata tem um preço sempre melhor, mas tem produção inferior”, destaca. Beto comenta que o restante da área, antes utilizada
para cultivo de arroz irrigado, está sendo preparada para
receber mais pés de banana-prata. A última colheita do
Hoje me coloco no mercado
como empresário da minha terra.
E como qualquer empresa temos o
gerenciamento completo da nossa área
cereal foi realizada em 2015, com rendimento de 292 sacos por hectare, contando com a ressoca.
bilizando 70,5 toneladas de banana por hectare. Para o
A banana é colhida toda a semana e encaminhada para
futuro, o produtor planeja embalar a produção por conta
uma empresa de Sapucaia do Sul (RS), encarregada da
própria. “Seria uma maneira de agregar valor ao produ-
climatização e distribuição para o mercado. A média
to. Em vez de pagarmos, pretendemos começar a emba-
da colheita em 2014 foi de 70 toneladas por hectare.
lar aqui, temos pessoal para isso”, planeja.
Ao total, a família contabiliza cerca de 9 mil pés de banana-caturra. “Fazemos a contagem a partir da quanti-
Valtra no bananal
dade de adubo utilizado em cada pé, que é de 300 gramas”, acrescenta Júnior.
Embora 90% da atividade no bananal seja feita manualmente, o produtor realiza o trabalho de carga com um
Para avaliar a evolução do negócio, Raquel mantém a
BM125i Geração II – trator de quatro cilindros Turbo-In-
contabilidade em dia, controlando os gastos e regis-
tercooler de 132 cv. Beto foi o primeiro agricultor do Sul
trando a produção ano após ano. "Hoje me coloco no
do Brasil a adquirir o equipamento, em julho de 2015.
mercado como empresário da minha terra. E como
qualquer empresa temos o gerenciamento completo
“O trator agora está fazendo o trabalho de preparação
da nossa área”, ressalta o produtor.
do solo que utilizava com arroz para plantio de banana”, conta. Ele explica que o BM125i é usado para pas-
A caderneta de controle contém anotações sobre a la-
sar o gancho – arado subsolador – e a rotativa para des-
voura desde os anos 90. Em 98, por exemplo, foi re-
compactar o solo. No bananal o BM125i Geração II é
gistrada a produção de 17.036 mil caixas de 22 kg de
mais utilizado para roçar caminho, transportar adubo e
banana, sendo 53,5 toneladas da fruta por hectare
banana. “Escolhi o BM125i porque tínhamos um Valmet
– àquela época a plantação ocupava 7 hectares. Em
985, ano 92, e não queríamos sair da marca. Poderia ter
2014, já com 8 hectares de área plantada, a família al-
sido um trator menor, mas preferimos um maior porque
cançou a marca de 51.272 mil caixas de 11 kg, conta-
a gente nunca ‘pensa para trás’”, justifica.
Revista Valtra & Você 25
Nossa Terrra Santa Catarina
Arroz e palmito catarinense
Em Santa Catarina, a produção de arroz é realizada 100%
no sistema pré-germinado e tem registrado crescente destaque para a região Norte do Estado, terceira no ranking
nacional – atrás apenas do Sul do Estado e do Rio Grande
do Sul –, responsável por 22% da produção catarinense,
conforme dados da Empresa de Pesquisa Agropecuária e
Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri).
Estabelecido na região de Poço Grande, também no município de Guaramirim, Alfredo Möglich, 57 anos, irmão de
Beto, divide suas atividades nos cultivos de arroz, palmeira real e na criação de peixes. Com uma área produtiva de
750 morgos – equivalente a 187,5 hectares – o produtor
conta que está há 45 anos trabalhando na lavoura. “Estou
O excesso de chuva danificou 32 hectares do produtor. Alfredo contabiliza um gasto de cerca de R$ 70 mil para a
nova semeadura. “Se tivesse dado certo, teríamos colhido
e esperado a ressoca, que pode chegar a 60% do primeiro
plantio, o que é muito vantajoso, já que não tem despesa”,
esclarece. O agricultor acrescenta que teria o rendimento
de R$ 4.156 por hectare, considerando o preço de R$ 38
para a saca de arroz.
“Poderia ser pior. Eu faço custeio, tenho seguro na área
perdida. Um perito já veio olhar o estrago e fez o laudo.
Ainda não estou certo do valor que receberei, mas com
certeza cobrirá a nova semeadura”, destaca. O produtor
realiza o custeio pelo Banco do Brasil, através do Progra-
nesta fazenda desde 1980, mas trabalho com plantio de
ma Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp).
arroz desde que tinha 12 anos”, conta.
PALMEIRA
Atualmente, Alfredo destina cerca de 80 hectares da sua
propriedade para a produção de arroz. Na safra 2014/2015,
o produtor alcançou a média de 132 sacas por hectare. Em
2015, porém, contabilizou a perda de 3.500 sacas do cereal. “Já estava tudo pronto para colher, praticamente maduro. Mas a chuva veio antes. Na nossa região já foram
perdidos, aproximadamente, 20 mil sacas”, calcula.
Alfredo explica que, hoje em dia, a palmeira está “lado a
lado” com a arroz na propriedade. O produtor contabiliza 1,5 milhão de palmeiras distribuídas em mais de 100
hectares. A produção é controlada desde os tubetes –
com as mudas de palmeira – até o corte e distribuição
para a fábrica de palmito.
O gasto com cada palmeira é de R$ 1,50. O agricultor
O transporte da carga de
cabeças de palmeira é um dos
motivos pelo qual escolhi trabalhar
com o BM125i, um trator pesado
Alfredo possui 3 tratores
BM125i utilizados nas
lavouras de arroz
e palmeira
26 Revista Valtra & Você
relata que consegue lucrar aproximadamente R$ 2,50
em cada cabeça – como é chamado o corte do caule.
“Cada carga de cabeças equivale a 6 mil vidros de palmito em conserva, sendo que são cerca de 3.800 a 4 mil
cabeças por carga.”
A robustez e a melho
r divisão de peso do BM
125
transporte de cargas
de até 600 kg de cabe i fazem a diferença no
ças de palmito
Do plantio ao corte, cada palmeira leva em torno de três
anos para estar pronta. As remessas de cabeças são en-
daria tanto, mas também perderíamos força. Por isso co-
caminhadas semanalmente para a fábrica. Para não estan-
locamos rodado duplo no trator, para não compactar tan-
car a produção, o agricultor mantém o ciclo de plantio e co-
to o solo”, explica Alfredo. A linha BM apresenta a melhor
lheita em áreas intercaladas. “A palmeira tem a facilidade de
divisão de peso da categoria, com eixo fixado embaixo do
não ser tão suscetível à mudança de tempo. Se chover mui-
motor, aproveitando ao máximo a tração dianteira.
to não faz mal e se fizer seca só acontece de demorar mais
para ficar no ponto para colher”, esclarece.
Aproveitamento de áreas
O produtor recebe R$ 3,30 por vidro de tolete de palmito
Em seis tanques espalhados pela propriedade, Alfredo
e R$ 0,90 por vidro de palmito picado. “Para o mercado,
quanto mais mole o palmito é melhor. As partes moles são
as mais baixas ou as superiores, então tem que saber cortar bem para não danificar a cabeça”, destaca. Para o trabalho nas lavouras de arroz e palmito, Alfredo conta com a
mantém a criação de tilápias de até 1 kg. São três tanques
de 2.500 m², dois tanques de 3 mil m² e um de 7.500 m².
São retirados, aproximadamente, 65 mil quilos de peixes
de todos os tanques a cada 10 meses. “Fizemos os tanques em áreas alagadas que não utilizávamos para nada.
ajuda do filho Adrenir Möglich e de mais nove funcionários.
São cerca de 12 mil alevinos nos tanques de 2.500 m². O
Força e potência Valtra
neladas de peixe”, comenta Alfredo.
tanque maior, de 7.500 m², conseguimos tirar até 20 mil to-
Três BM125i são usados diariamente nas lavouras de arroz
e palmeira. Encarregado do transporte das mudas, adubo
e cabeças de palmeira, um dos tratores, ano 2014, é equipado com uma plataforma hidráulica de três pontos. A plataforma comporta pallets para organização das cabeças
recolhidas na lavoura. Cada carga trazida pelo trator contém 500 cabeças e pesa 600 kg.
“O transporte da carga de cabeças é um dos motivos
Rainha da cebola
Na safra 2013/2014, Santa Catarina foi responsável pela
produção de, aproximadamente, 500 mil toneladas de cebola,
boa parte – 120 mil – foi produzida na cidade de Ituporanga,
localizada no Alto Vale do Itajaí, reconhecida como a Capital
Nacional da Cebola. Com pouco mais de 22 mil habitantes, o
município concentra 80% dos 20 mil hectares destinados ao
plantio do vegetal no Estado. A cebola movimenta cerca de
R$ 350 milhões na economia de Santa Catarina. De 1,5 milhão
de toneladas produzidas no Brasil, 33% são catarinenses.
pelo qual escolhi trabalhar com o BM125i, um trator pesado. Poderíamos utilizar um trator de porte menor, mas
não aguentaria o peso de um carga, ainda mais subindo e
descendo morros”, ressalta Alfredo, que também é cliente da Valfértil de Guaramirim.
Os três tratores são equipados com pneu arrozeiro, mas,
no serviço de alisamento e nivelamento do solo inundado, o BM125i é equipado com rodão amassador de ferro.
“Para o trabalho com o arroz um trator mais leve não afun-
Revista Valtra & Você 27
Conservação Plantadeira Frontier CFS
Nova plantadeira Frontier CFS:
maior autonomia e precisão
Guilherme Ferreira
Cuidados para a conservação
farão a diferença na
rentabilidade da máquina
A Valtra inova mais uma vez e apresenta a nova plantadeira Frontier CFS. Indicada para agricultura de larga escala, permite que produtores de grande e médio porte tenham maior autonomia e precisão durante o plantio. Aliando robustez, para enfrentar as condições mais adversas
do campo, à excelente relação de adubo e sementes, permite longas jornadas de trabalho sem paradas e mais agilidade no abastecimento.
28 Revista Valtra & Você
A taxa variável é utilizada em agricultura de precisão, pois
a taxa de sementes e adubo é ajustada quase que insPorém é preciso estar atento aos cuidados de manutenção para aperfeiçoar recursos e maximizar os resultados. Seguindo à risca as indicações de fábrica e mantendo os períodos de reparo e ajustes em dia, essa máquina poderá ter uma vida útil estendida. O manual do
operador e as orientações das concessionárias são fundamentais para uma melhor otimização dos recursos
técnicos do equipamento. “Com a correta regulagem teremos um desempenho melhor, entregando mais benefícios e lucratividade para a produção. Além disso, o operador terá ciência de todos os recursos a serem utilizados em seu favor”, ressalta Diego Funghetti Pezzini, gerente de produto implementos e pulverização da AGCO
América do Sul.
tantaneamente conforme o mapa de aplicação, sem que
o operador precise parar e descer do trator para alterar a
dosagem. Todo esse sistema pode ser integrado ao piloto automático da Valtra, garantindo, assim, a conectividade entre trator e plantadeira. Além disso, o produtor pode
optar por trabalhar com taxa fixa, utilizando o benefício
da transmissão hidráulica para regular as dosagens de
adubo e sementes sem sair da cabine do trator.
AUMENTO DE PRODUTIVIDADE
Na percepção do produtor Dino Rômulo Faccioni, proprietário da Fazenda GBC, de 10.000 hectares, de Correntina (BA), a máquina tem mostrado suas qualidades na
prática. “Utilizamos a plantadeira nas culturas de milho
e soja e percebemos um aumento de produtividade alia-
O intervalo entre as safras é o melhor período para bus-
do à economia. A tecnologia e os recursos que ela ofere-
car orientações de ajustes nas concessionárias da Valtra.
ce também facilitam a operação e o manuseio do equipa-
A manutenção deve ser feita principalmente após término
mento”, destaca Dino, cliente da concessionária Lavro-
da safra, ou seja, entre janeiro e fevereiro, se estenden-
brás de Luís Eduardo Magalhães (BA). “Trabalhamos com
do até junho, caso tenha sido realizada a safrinha. Tam-
a Valtra há sete anos e possuímos uma frota bem robus-
bém é recomendada se o produtor tenha plantado dife-
ta da marca.”
rentes culturas.
Solução inovadora para grandes plantios
de diferentes culturas
A nova linha Frontier CFS tem como sua principal característica a caixa central de sementes, entregando 1.400 litros, sendo a maior da sua categoria. Além disso, a família dispõe de configurações que atendem a todas as regiões e culturas, tais como limitadores, compactadores,
elementos rompedores de solo, sistema pantográfico total em disco de corte, fertilização e linha de semente.
DICAS PARA UMA VIDA LONGA DE TRABALHO
• Tenha atenção especial com os dosadores de
semente e adubo, elementos rompedores de
solo (sulcador, disco duplo), disco de corte,
limitadores de profundidade e compactadores
na linha de semente.
• N ormalmente uma plantadeira dura dez
anos. Se bem calibrada e cuidada pode
passar desta média.
“Uma das principais características do produto é a caixa
• Proteja o implemento sempre do sol
e da chuva usando uma lona.
central de sementes, que agiliza o abastecimento. Outro
• Use somente peças originais.
atrativo da nova Frontier CFS é o sistema a taxa variável. A
tecnologia permite fazer uma programação específica para
determinar a distribuição de sementes e fertilizantes, de
acordo com um mapa de recomendação planejado pelo
• Cuide com lubrificações e reapertos.
No cabeçalho da plantadeira há um manual
para estas ações.
• Em caso de dúvidas busque a sua
concessionária Valtra.
produtor ou pelo agrônomo responsável”, explica Diego.
Revista Valtra & Você 29
Soluções GSI Produtividade
Investir
em qualidade
Fernanda Tatsch e Rafaela Amaral
Família Yamaguchi, de Santo
Antônio do Tuá, no Pará, usa a
tecnologia da GSI há quase
20 anos na criação de frango
de corte
O processo adequado de produção e armazenamento de um produto contribui para que ele se torne referência em qualidade no
mercado. Automatizar o procedimento reflete diretamente nisso
e no aumento da produtividade na fazenda. Foi o que
percebeu a família Yamaguchi, de Santo Antônio do Tauá, no Pará, ao investir na modernização dos equipamentos utilizados.
O proprietário, Kazunori Yamaguchi,
conta com o apoio de 150 funcionários para manter a produção de ração e a criação de frango de corte
que já completa 25 anos. A família
produz, em média, mil toneladas
de carne. Aos 67 anos, Yamaguchi
afirma que usa a tecnologia da GSI
há quase 20 anos para manter a qualidade do produto ofertado. “Eu uso os
equipamentos para melhorar o ambiente do galpão para as aves”, diz. Segundo
ele, a região passa por um verão quente e seco,
o que amplia a necessidade de investir em soluções
para melhorar a climatização das instalações onde
ficam as aves.
Além disso, conforme Yamaguchi, o controle da
iluminação do espaço contribui para o processo.
“Já estamos na era do Dark House, que é a iluminação artificial. As aves, após certa idade, gostam de estar mais no escuro. Claridade muito intensa só é boa para elas nos primeiros 10 dias de
vida, aproximadamente”, aponta. A GSI possui sistemas de controle de luminosidade, como os Dimmers automáticos e manuais, que são desenvolvidos
para gerenciar a iluminação fornecida aos animais em
sistemas como o Dark House. Ao mesmo tempo, oferece
a tecnologia Light Trap, que constitui em molduras em chapas de aço com camada de tinta preta que, além de controlar a
entrada de luz, gerencia a passagem do ar.
“A gente vai pela marca, pelo nome e pela experiência”, ressalta Yamaguchi, que investe em equipamentos de maior qualidade
para prevenir perdas. “Comprar um produto bom para não ter dor
de cabeça, esse é o método que estou usando agora.”
30 Revista Valtra & Você
Acontece Ações e eventos do período
Casamento com Valtra
Um casamento inusitado aconteceu na cidade de Santa
Cruz do Rio Pardo, interior de São Paulo. No dia 8 de
janeiro, os noivos Murilo Terezan e Amanda Aparecida
Zaneti Terezan chegaram à Igreja Santo Antônio para
selar a união a bordo de tratores Valtra. Murilo conduziu
um trator BT125 GIII e a futura esposa, Amanda, foi
guiada pelo gerente comercial da concessionária
Mercadão de Tratores de Ourinhos, Aluizio Deruza,
conhecido como Branco, em um trator BT190.
Murilo é cliente da Mercadão há 12 anos e possui
uma colheitadeira BC4500, dois tratores BM110,
plantadora HiTech BP 905L e um Valmet 88 que
auxiliam no cultivo de soja e milho. “Esse cliente é
apaixonado por tratores e tinha o sonho de chegar à
igreja a bordo dessas máquinas”, afirmou Branco.
Concessionária Planalto Tratores
recebe Top of Mind
Promoção
Torcida Valtra & Shell
A concessionária Planalto Tratores recebeu o Prêmio Top
A promoção Torcida Valtra & Shell presenteou
of Mind na categoria Máquinas e Implementos Agrícolas.
Alessandro Rufato e seus quatro irmãos com um
A empresa liderou a pesquisa Pop List Rural realizada
trator da Valtra modelo Série A750. Ao adquirirem
pelo jornal O Popular, que buscava observar o grau de
400 reais em peças genuínas ou duas bombonas
fixação na mente do consumidor de marcas e empresas
do Dual Brand, os participantes recebiam
em Goiânia (GO).
cupons para cadastrar no hotsite promocional. A
concessionária Kato de Umuarama, no Paraná, foi
a responsável por entregar o prêmio.
32 Revista Valtra & Você
Clientes do setor florestal uruguaio
visitam fábrica de Mogi das Cruzes
Valtra recebe Prêmio
Visão Agro Brasil
Um grupo de 10 clientes do setor florestal uruguaio
A Valtra foi agraciada na categoria Trator de Pneus com o
visitou a fábrica da Valtra de Mogi das Cruzes (SP).
Prêmio Visão Agro Brasil 2015, que homenageia empresas
Acompanhados de seis representantes da CUM,
que mais se destacaram em áreas de transformação e
distribuidora da marca no país vizinho, conheceram
produção no setor sucroenergético. O diretor de marketing
a linha de tratores destinada a esse segmento
da AGCO América do Sul, Alfredo Jobke, recebeu o
econômico, bastante significativo no Uruguai. Os
prêmio. Para ele, o reconhecimento indica que a Valtra
clientes também puderam tirar dúvidas e receberam
tem deixado seu consumidor satisfeito e este é um dos
apoio da equipe técnica da Valtra.
principais objetivos da marca. “A Valtra tem como foco
o cliente, por isso, acompanha de perto o trabalho dos
produtores rurais brasileiros”, ressaltou.
Portas + Abertas reúne mais de
5 mil pessoas em 51 eventos
Valtra em Movimento demonstrou
colheitadeiras em quatro estados
A Valtra realizou 51 edições em 2015 do Portas + Abertas,
O Valtra em Movimento, evento para demonstração de
dias de negócios para que os agricultores conheçam as
colheitadeiras da Valtra, teve quatro edições em 2015. Mais
novidades da marca. Mais de 5 mil pessoas prestigiaram
de 50 pessoas participaram da iniciativa que aconteceu
os 51 eventos que ocorreram ao longo do ano, incluindo
em Goiás, Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul. Os
uma edição especial na fábrica de colheitadeiras da
agricultores puderam conferir na prática o trabalho da
Valtra em Santa Rosa (RS).
colheitadeira axial BC8800, nova classe VIII da marca.
Revista Valtra & Você 33
Conhecimento Livros, sites e aplicativos
Os 100 Anos
da Soja no Brasil
O documentário Os 100 Anos da Soja no Brasil, produzido pelo
Canal Rural, traz, do ponto de vista das famílias dos primeiros
agricultores, a história da produção desde o início, no Rio Grande do Sul,
até os tempos atuais, mostrando sua importância para a economia do
país ao longo de um século. Para assistir ao documentário, acesse:
www.canalrural.com.br/videos/sites-e-especiais/100-anos-soja-brasil-46427
Agronegócio no Brasil –
Uma Perspectiva Financeira
O livro Agronegócio no Brasil – Uma Perspectiva Financeira aborda fatores
importantes da agropecuária, que a diferenciam dos demais ramos de atividade.
A obra destaca elementos que permitiram a expansão da área plantada no
Brasil e o aumento da produção agrícola nos últimos anos. Neste livro, o autor
José Roberto Ferreira Savoia fala das principais modalidades utilizadas para
o financiamento agropecuário e apresenta os principais conceitos sobre o
mercado e os instrumentos para avaliação e gestão de risco.
TankMix
O aplicativo para dispositivos móveis fornece informações sobre misturas
de produtos que serão utilizados para pulverização na lavoura. Ao entrar no
TankMix, o agricultor seleciona o seu país e acessa uma série de produtos,
podendo escolher o mais adequado para sua cultura. O aplicativo possui um
banco de dados com milhares de testes de combinações de água, pesticidas,
herbicidas ou ingredientes ativos. O usuário também pode pedir um teste para
duas ou mais misturas. Desenvolvido pela empresa Yara Fertilizantes, está
disponível gratuitamente para iOS, Android, e plataforma web.
www.tankmix.com
PARTICIPE
DA SEÇÃO CONHECIMENTO
DA REVISTA VALTRA & VOCÊ.
34 Revista Valtra & Você
Envie suas sugestões de sites, livros, filmes,
blogs e perfis em redes sociais que tratem sobre
o mundo do agronegócio para o e-mail:
[email protected]
valtraglobal
valtravideos
Pulverizador
bs 3020H
Robustez e alta tecnologia
cuidando da sua lavoura.
CHaSSI FLEX-FRaME
Tração e durabilidade incomparáveis
TECNOLOgIa
Precisão e confiabilidade na aplicação de defensivos
ECONOMIa
Menor consumo de combustível da categoria
sua
máquina.
de trabalHo.

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