MS Cooperativo

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MS Cooperativo
ANO 7 - Nº 21
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Seminário reúne cerca de 200 pessoas Página 5
E mais:
Intercâmbios
e missões de
estudos Página 3
Brasil sedia
Conferência Regional
ACI Américas Página 6
Parlamentares
estão por dentro do
Cooperativismo Página 8
ANO 7 - Nº 21
Editorial
2014: os olhos do mundo
voltados para o Brasil
Esta década tem sido importante para o Brasil e para o cooperativismo,
ambos ganharam destaque e atenção do mundo. Em 2012, as
cooperativas foram o tema da Organização das Nações Unidas (ONU)
e o Brasil, com seu destaque econômico e político, ganhou mais voz no
cenário mundial.
mais espaço no mercado internacional. Hoje em dia, estamos em
condições de competir com qualquer cooperativa do mundo, temos
produtos de qualidade, bons serviços, mão de obra qualificada e gestão
competente. Resta ao mundo todo saber disso, e essa é uma grande
chance.
O ano que se inicia não será diferente, até será mais importante. Uma
grande oportunidade para o cooperativismo brasileiro se firmar perante o
mercado, tanto nacional como internacional. Em 2014, o Brasil receberá
o maior evento esportivo, a Copa do Mundo, o que trará toda a atenção
do planeta para nós. Uma grande oportunidade para mostrarmos que
somos mais que o país do futebol e, sim, um país de ponta, com produtos
de qualidade e, principalmente, que pode ser um país eficiente.
Outro acontecimento importante em 2014 é o processo eleitoral, que
definirá os principais cargos políticos do país. Momento de grande valor
e que deve ser priorizado pelo nosso sistema.
Desejamos um final de 2013 festivo, com todas as pessoas queridas
reunidas e um 2014 cheio de prosperidade, saúde, trabalhos e bons
negócios para todos.
Nada melhor para as cooperativas brasileiras se mostrarem e ganharem
Sistema OCB/MS completa 35 anos de sucesso
Em 2014, o sistema OCB/MS completa 35 anos de uma história
marcada por desafios, batalhas e conquistas que lhe deram
orgulho do caminho que ela trilhou nesses anos. A instituição terá
um ano especial, com uma campanha voltada à comemoração
de seu aniversário e uma grande festividade.
O Natal celebra o amor entre as pessoas e a cooperação é o melhor
ato que representa isso. Pratique a cooperação durante 2014 inteiro
e tenha um ano mais feliz!
Expediente
MS Cooperativo é uma publicação do
Sindicato e Organização das Cooperativas
Brasileiras no Mato Grosso do Sul – OCB/
MS. Rua Ceará, 2.245 – Campo Grande
PRESIDENTE
Jornalista responsável
Celso Ramos Régis
Gabriela Borsari - DRT/MS 510
Superintendente
Redação
Dalva Garcia Caramalac
(67) 3389-0200
2
Gabriela Borsari - DRT/MS 510
Fotografia
Gabriela Borsari,
arquivo OCB/MS
ANO 7 - Nº 21
MS faz intercâmbio na Espanha
Com o intuito de aumentar os conhecimentos sobre
o cooperativismo, a Federação das Cooperativas
do Centro-Oeste e Tocantins (FECOOP CO-TO),
entidade sindical de segundo grau, realizou um
intercâmbio na Espanha com uma delegação de 18
membros representantes dos estados de MS, MT,
GO, TO e DF – MS teve quatro representantes.
Líderes sul-matogrossenses realizam
missão de estudos
O seminário de cooperativismo tratou da
experiência do grupo MONDRAGON, e fez visitas
técnicas às cooperativas do grupo, como a FAGOR
ELETROMESTICOS, ALECOP, EROSKI, ERKOP, além
do centro de formação OTALORA, da universidade
MONDRAGON e do MIK (Centro de Pesquisa e
Desenvolvimento).
Os representantes de MS ressaltaram a qualidade
na gestão das cooperativas do grupo e como
essas experiências podem auxiliar na melhoria dos
empreendimentos cooperativos brasileiros.
Delegação de MS em intercâmbio na Espanha
Líderes conhecem experiências de sucesso
Cooperativistas
conhecem experiência
americana
Sul-mato-grossenses em cooperativas norte-americanas
O mercado competitivo traz a necessidade de
aprimorar as ferramentas de gestão e conhecer
novas experiências. Por isso, o sistema
cooperativo de MS a cada dia investe em
capacitação para sempre acompanhar as novas
tendências de mercado.
Diante disso, uma forma de contribuir para
melhorar a performance das cooperativas
agropecuárias é propiciar aos seus dirigentes e
líderes o acesso ao conhecimento dos métodos
de governança e gestão que já foram adotados
por empresas similares e que resultaram em
melhores níveis de eficiência. O Brasil é muito
eficiente em questões produtivas, muitas vezes
até superior, mas ainda é carente em questões
de logística, gestão e burocracia.
Uma delegação de 15 cooperativistas de
Mato Grosso do Sul participou, com apoio da
Seprotur/Fundems, de um projeto que consiste
em gerar conhecimentos primordiais sobre a
modernização dos processos de governança
e gestão das cooperativas atuantes na
cultura da soja e do milho. O resultado desse
aprimoramento contribuirá para a melhoria
dos níveis de eficiência e performance dessas
organizações.
Uma das fases desse projeto foi a missão de
estudos nos EUA, no mês de outubro, que
visitou cooperativas como a AGP - Central de
Cooperativas de Omaha, em Nebrasca, a West
Central Cooperative e a Heartland, ambas em
Iowa, a Central Land O’Lake, em Meneapolis, o
Agribank, o Centro de Estudos em Cooperativas
da Universidade de Wisconsin, dentre outras
instituições.
“Esse intercâmbio de experiência é muito
importante e agregador à gestão das
cooperativas,
pois
possibilita
vivenciar
novas realidades, gerando conhecimento
e
aprimorando
a
governança
dos
empreendimentos cooperativos”, afirma Celso
Régis, presidente do Sistema OCB/MS.
Todos os anos, como encerramento das atividades do
Programa de Desenvolvimento de Líderes do Sescoop/
MS, há uma missão de estudos por cooperativas que
são destaque nacional. Este ano, o grupo partiu de
Campo Grande com destino a Naviraí, para conhecer
a Copasul. Lá todos foram recebido pelo gerente
de Divisão Administrativa Operacional Adroaldo
Taguti, e tiveram a oportunidade de conversar com o
presidente da cooperativa, Sakae Kamitani.
Já na terça-feira, a missão de estudos passou
por Maringá, para visitar a Cocamar, onde pôde
conhecer os projetos sociais, o plano de marketing
da cooperativa e fazer um tour pelas indústrias de
fios, sucos, molhos, óleo e café.
Na Coamo, em Campo Mourão (PR), os líderes
conheceram a sede da cooperativa, as indústrias
de processamento de soja, refino e envase de óleo
de soja, cafés e margarinas, além dos processos
de fabricação da linha alimentícia com as marcas
Coamo, Prime, Sollus e Anniela,
Adroaldo Taguti, gerente de Divisão
Administrativa Operacional da Copasul,
afirmou que o grande desafio para o futuro das
cooperativas brasileiras é fidelizar os associados
e fazer com que se sintam donos do negócio.
“As cooperativas que sobreviverão serão
aquelas que melhor se adaptarem às novas
demandas dos associados e do mercado”.
Para Juarez Pereira, gerente de Desenvolvimento de
Cooperativas e coordenador da missão de estudos,
essa viagem foi muito importante para mostrar,
na prática, aos colaboradores do cooperativismo
de MS, os bons resultados e a experiência das
cooperativas de sucesso. “O Sescoop/MS tem atuado
fortemente para a melhoria dos processos de gestão
e profissionalização das nossas cooperativas, e com
certeza essa vinda ao Paraná irá nos ajudar muito
e referendar que estamos no caminho. Com esta
missão, estamos tendo a oportunidade de vivenciar
na prática o aprendizado adquirido ao longo
dos anos em sala de aula, durante o Programa de
Desenvolvimento de Líderes”, explica Pereira.
Já para Ademir Pinesso, presidente da
Conacentro, a cooperativa brasileira ainda
depende muito do ciclo das commodities e que
deveria se espelhar no modelo americano, que
consiste em agregar valor a produção através
da indústria e parcerias.
Durante a semana de programação, também
conheceram a estrutura industrial da Copacol, em
Cafelândia, visitando todo o complexo de frigorífico
de frango e a produção de congelados. E, por fim, na
C Vale, em Palotina, puderam conhecer a sede, todo
o processo de produção de amido e abate de frango.
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ANO 7 - Nº 21
crescimento do Sistema. O saldo de microcrédito, de R$
40,9 milhões, apresentou um crescimento de 14,4% e de
43,8% referente ao período de junho de 2012 e junho de
2011 respectivamente.
Sicredi divulga o primeiro
balanço combinado
Publicação reflete a solidez
do sistema cooperativo
O Sicredi lança suas Demonstrações Financeiras
Combinadas, referente ao primeiro semestre de 2013.
Uma conquista significativa obtida junto ao Banco
Central do Brasil (Bacen) e Conselho Monetário Nacional
(CMN), a partir das práticas e controles que enquadram a
instituição como um combinado do sistema cooperativo.
associados, crescimento de 10,2% em relação ao mesmo
período do ano anterior. Cabe destacar que, em 235 cidades
brasileiras, o Sicredi é a única instituição financeira existente,
de acordo com o último levantamento do Banco Central. O
número de colaboradores da instituição chegou a 15.740
pessoas.
As demonstrações financeiras combinadas dos sistemas
cooperativos foram facultadas pela resolução no 4.151/12
do CMN e pela circular no 3.669/13, a partir de junho
de 2013. O balancete combinado deve ser elaborado
com base nas informações financeiras das instituições
integrantes do sistema cooperativo ao qual se refere,
como se este sistema representasse uma única entidade
econômica. De acordo com Manfred Alfonso Dasenbrock,
presidente do Conselho de Administração da Sicredi
Participações, a atuação em sistema permite ganhos de
escala e aumenta o potencial das cooperativas de crédito
para exercer a atividade no mercado onde estão presentes
grandes grupos financeiros, ampliando a capacidade
patrimonial, operacional e técnica.
Produtos e Serviços
Segundo o presidente-executivo do Sicredi, Ademar
Schardong, a atuação da instituição alinhada às
especificações econômicas, social e cultural de cada
região onde está presente tem sido fundamental para o
crescimento do Sicredi.
“Os resultados do Sitema, que aumentam a cada ano, são
também reflexo de uma atuação focada no atendimento
às necessidades financeiras dos associados, por meio de
um amplo portfólio de produtos de serviços”, destaca
Schardong.
Os ativos totais do Sicredi registraram crescimento de
21,4% em relação ao mesmo período de 2012, totalizando
R$ 35,8 bilhões. João Tavares, diretor-executivo de
Administração e Finanças do Banco Cooperativo Sicredi,
salienta que o patrimônio líquido da instituição teve
incremento de 23,4% em comparação com o primeiro
semestre do ano passado, totalizando R$ 4,8 bilhões.
A carteira total de créditos aumentou 25,6% em junho
de 2013, em comparação com o mesmo período do ano
passado, finalizando o primeiro semestre com R$ 19,2
bilhões.
A capilaridade do Sistema registrou aumento de 4,1%,
atingindo 1.232 pontos de atendimento e 2,4 milhões de
De acordo com Edson Nassar, diretor-executivo de Produtos
e Negócios do Banco Cooperativo Sicredi, os produtos e
serviços oferecidos também registraram crescimento em
2013. “No primeiro semestre do ano, o incremento em
depósitos a prazo foi de R$ 1,7 bilhão, volume maior do
que o verificado ao longo de 2012” destaca Nassar. Este
produto teve um crescimento de 16,7% ate junho de 2013.
A poupança, por sua vez, cresceu 12,8% no semestre, com
aumento de mais de R$ 300 milhões. A perspectiva é de
que até o final do ano ocorra um incremento de mais de
R$ 1 bilhão na captação, considerando todos os produtos.
Dessa forma o ano de 2013 encerraria com expansão de
22%.
A múltipla rede de canais de conveniência do Sicredi
(internet banking, mobile, redes de autoatendimeto
e agentes credenciados) vem passando por fortes
incrementos com foco em uma plataforma multicanal
que permita acelerar a oferta de produtos e canais. Neste
ano, o Sicredi lançou uma nova ferramenta de internet
banking para pessoas físicas e jurídicas E O Sicredi Mobi,
que permite transações bancarias via smartphones e
tablets.
Seguros registrou volumes de negócios acima da média
de mercado. No período entre junho de 2012 e junho
deste ano, o crescimento no Sicredi foi de 30,7% contra
18% do setor. Em volume de negócios, a instituição
financeira cooperativa registrou R$ 299,2 milhões em
prêmios de seguros até junho de 2013.
A Administradora de Consórcios Sicredi é a maior do país
ligada ao segmento cooperativo de crédito e também a
maior em número de cotas administradas no segmento
de serviços. O lançamento de novos grupos, com
diferentes características, especialmente no segmento
de imóveis (faixas de crédito de até R$ 400 mil e prazo de
180 meses sem taxa de adesão) e de pesados, incluindo
caminhões, máquinas e implementos agrícolas e veículos
de luxo (crédito de até R$ 400 mil e prazo de 120 meses),
vem potencializando as vendas, com reflexo no aumento
do crédito médio comercializado, na comparação com o
mesmo período de 2012.
No segmento de cartões de crédito e débito, o ano de
2013 no Sicredi tem como balizdor o Plano de Qualidade
Operacional (PQ). Em junho de 2013, a base de cartões
bandeira Sicredi e Visa contabilizava mais de 1,9 milhão
de unidades.
Celso Figueira, presidente Central Sicredi Brasil Central
reforça que as cooperativas de crédito do Sicredi formam
uma grande rede de atendimento para os associados.
“Nossa central faz parte de um conjunto de entidades
que se organiza e se apoia mutuamente, isso gera
solidez econômica e dá segurança às cooperativas que
integram o Sicredi”, conclui Figueira.
O crédito manteve o crescimento verificado nos últimos
anos. A expectativa para 2013 é de manter a média de
expansão anual entre 20% e 25%. A carteira total, em
junho de 2013, alcançou R$ 19,2 bilhões. A liberação de
crédito rural e direcionados da instituição, neste ano – safra
2012/2013, atingiu o montante de R$ 6,8
bilhões em 165 mil operações de custeio,
O Sicredi em números
investimentos, BNDES, comercialização e FCO.
Ativos Totais
Comparando-se os números com as últimas
duas safras, o desempenho do sistema foi
R$
bilhões
53% superior à safra 2010/2011 e 21%
Operações de Crédito Total
superior à safra 2011/2012. Já o número de
operações sofreu aumento de 11% em relação
R$
bilhões
à safra 2010/2011 e cresceu 5,5% em relação
Operações de Crédito Rural
à safra 2011/2012.
38,5
19,2
R$
O crédito comercial atingiu a marca de R$
10,09 bilhões, desconsiderando as operações
de cartões, em junho de 2013, performando
21,4% acima que no mesmo período de 2012
e 59,7% superior a 2011. As linhas de maior
representatividade de crédito comercial PJ e
PF (excluindo-se Crédito Fácil) apresentaram
crescimento de 21,1% e 55,3% em relação
aos mesmos períodos, acompanhando o
7,9
bilhões
Crescimento Constante
Ativos
(R$ bilhões)
38,5
29,5
21,0
2011
2012
Operações
de Crédito Total
(R$ bilhões)
2013
19,2
15,3
11,4
Recursos Administrativos
R$
36,9 bilhões
Patrimônio Líquido
R$
4,8 bilhões
Associados
2,4
milhões
2011
2012
Operações
de Crédito Rural
(R$ bilhões)
2013
7,9
5,1
2,0
2011
2012
2013
Dia Internacional do Cooperativismo de Crédito
Conhecido em todos os cantos do planeta, o Dia Internacional do Cooperativismo de Crédito (DICC) é celebrado
anualmente na 3ª quinta-feira do mês de outubro. Na edição de 2013, a data caiu no dia 17 (dezessete).
O dia é usado não só para relembrar o passado, mas também comemora a evolução e as conquistas que, com muito suor, cooperação e pensamento no próximo, fizeram
4
com que o cooperativismo de crédito se tornasse o que
é hoje: parte da vida e dia a dia de milhares de pessoas
no mundo. Além desses dois pontos, o DICC também
planeja vitórias para as cooperativas e, principalmente,
para os seus cooperados.
O tema de 2013 foi: “Cooperativas de Crédito: unidas
pelo bem, o melhor caminho”.
ANO 7 - Nº 21
Seminário de Líderes reúne cerca
de 200 pessoas
ver que as cooperativas de Mato Grosso do Sul estão
cada vez mais fortes”, declarou.
A programação do seminário começou com a palestra
sobre o tema “Liderança – Construindo a melhor
versão do futuro” com Carlos Hilsdorf, conferencista,
economista, pós-graduado em marketing pela FGV,
escritor, consultor de empresas e profundo pesquisador
do comportamento humano, é considerado o mais
carismático palestrante e um dos mais requisitados da
atualidade.
Seminário reuniu cooperativas e lideranças do setor
O sistema OCB/MS promoveu o Seminário de
Líderes, no Auditório Germano de Barros no Centro
de Convenções Rubens Gil de Camillo. Esse evento
encerrou o calendário de atividades do sistema
cooperativista de MS e teve o objetivo de ampliar
o acesso das cooperativas à formação em gestão
cooperativista, liderança e gestão de pessoas,
alinhada as suas reais necessidades, com foco na
eficiência e na competitividade.
A abertura do evento contou com a presença de
aproximadamente 200 pessoas, entre cooperativistas,
lideranças do setor e autoridades como o senador
Waldemir Moka, o deputado estadual Júnior Mochi, a
secretária da Seprotur Tereza Cristina Corrêa da Costa
Dias e o presidente da Aprosoja, Almir Dalpasquale.
Todos destacaram a importância das cooperativas
para a economia estadual. O senador Moka ainda
completou que o cooperativismo é um exemplo, pois
é a junção de gerar e distribuir riqueza. “Fico feliz em
formatura das turmas do Programa de Secretariado
em Cooperativas, do Formacoop e do Programa de
Líderes.
Todos os oradores de turma enfatizaram a importância
dos cursos e a aquisição de conhecimento para sua
formação profissional e pessoal.
“O sistema OCB/MS promove este tipo de evento para
incentivar a busca pelo conhecimento e apresentar
novas ferramentas aos nossos cooperativistas”, afirma
Celso Régis, presidente do sistema OCB/MS.
Ele destacou a importância de saber usar o
conhecimento, pois apenas a informação não traz
resultado. “Vivemos a Era do Discernimento, na
qual compartilhamos conhecimento”, disse. Outro
ponto tratado foi a liderança, que nada mais é que
a comunicação persuasiva, mas ela deixa de existir
quando há enfrentamento pela parte do liderado.
A segunda palestra do dia é “Gestão de Talentos
e Valores nas Organizações”, com Homero Reis,
master coach, consultor master, mestre em educação
coach ontológico empresarial e coaching executivo
internacional. Reis destacou que tendo em vista o
modelo biológico da gestão (sistemas produtivos
baseados na noção de corpo), a palestra mostrou
a importância da gestão de talentos e valores em
organizações, a partir do conceito sistêmico de
interação humana. Considerando as tendências das
organizações e suas demandas profissionais, ele
apresentou processos capazes de identificar como
as diferenças entre as pessoas podem contribuir para
alcançar ótimos resultados.
Durante o seminário ainda houve a premiação da
Gincana Cooperjovem (alunos e professores) a
Programa de Secretariado em Cooperativas
Sistema OCB/MS
lança o Censo do
Cooperativismo 2012
É com grande entusiasmo e satisfação que o Sistema OCB/MS lança a segunda edição do Censo
Cooperativista Sul-mato-grossense. Um trabalho pioneiro no Estado, que traz informações relevantes ao setor e possibilita desenhar o perfil
do cooperativismo na região.
Para promover o crescimento e o desenvolvimento, é preciso conhecer com profundidade o
negócio em que atuamos, pois isso nos dá condições e conhecimento necessários para poder
traçar e planejar o futuro. Confira a versão digital no site www.ocbms.org.br
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ANO 7 - Nº 21
Brasil sedia a XVIII
Conferência Regional
da Aliança Cooperativa
Internacional para as
Américas (ACI-Américas)
Os cooperativistas das Américas reafirmaram o seu
compromisso com o desenvolvimento da prática
cooperativista no mundo. Ficou claro, em todos os
discursos proferidos durante a abertura oficial da
XVIII Conferência Regional da Aliança Cooperativa
Internacional para as Américas (ACI-Américas), o
comprometimento das lideranças do setor com as
metas da Década do Cooperativismo.
O movimento quer ser o modelo de negócios líder
em sustentabilidade econômica, social e ambiental,
o mais conhecido e preferido das pessoas, mantendo
um crescimento rápido e intenso.
Falando em nome de todo o movimento
cooperativista brasileiro, o presidente do Sistema
OCB, Márcio Lopes de Freitas, ratificou a missão
natural das cooperativas. “O cooperativismo pode
mudar o mundo, e temos provado isso todos os dias,
ainda mais fortemente com a comemoração de 2012,
o Ano Internacional das Cooperativas. Mostramos que
o cooperativismo faz e fará a diferença no mundo
moderno, que é capaz de trazer equilíbrio e gerar mais
felicidade às pessoas. E que, nesses próximos dez anos,
especialmente, mostremos ao mundo que realmente
podemos construir um mundo melhor para todos”,
destacou.
O presidente da ACI-Américas, Ramon Imperial, assim
como Freitas, acredita que o movimento ganhou
impulso a partir de 2012, contribuindo para ecoar a
voz de todos os cooperativistas. “Vejo nas cooperativas
uma renovação, e nós precisamos disso. Sem dúvida,
o Ano 2012 marcou o renascimento do movimento
cooperativista. Agora, o mais importante é viver bem o
presente e consolidar o futuro”.
Roberto Rodrigues:
“As ações de sempre não são suficientes para vencermos os
desafios da Década do Cooperativismo”
6
O embaixador especial da FAO para o
cooperativismo mundial e coordenador do
Centro de Agronegócios da Fundação Getúlio
Vargas (FGV), Roberto Rodrigues, proferiu
palestra magna no último dia da Conferência
Internacional da ACI-Américas. Único brasileiro
a já ter presidido a Aliança Cooperativa
Internacional (ACI), Rodrigues falou por cerca
de uma hora, em espanhol, sobre os rumos do
cooperativismo internacional. Bem humorado,
falou sobre o atual cenário de transformação
mundial e sobre o papel do cooperativismo
para o desenvolvimento sustentável do planeta.
Confira:
sociedade. Nesse cenário, o cooperativismo tem a
oportunidade de despontar como uma terceira via
de desenvolvimento sustentável”.
INCERTEZAS
DESENVOLVIMENTO
“Vivemos um momento de incertezas no cenário
internacional. Após a crise financeira internacional
de 2008/2009, os países ricos começaram a se
recuperar e as nações em desenvolvimento estão
tentando encontrar seu espaço. Mas ainda impera
um clima de incertezas no ar. Temos a questão
dos ataques químicos da Síria, o naufrágio de
imigrantes na costa italiana e, agora, estamos
vendo ataques de piratas no Atlântico. Nosso
Papa Francisco tem contestado o império do
dinheiro e vem mostrando querer mudanças na
“Todo mundo sabe que, em breve, seremos mais de
9 bilhões de pessoas no mundo e teremos de dobrar
a produção de alimentos para conseguir alimentar
todas essas pessoas. E esse aumento de produção
tem de ser feito sem impactar o meio ambiente,
sem poluir as águas, sem aumentar o efeito estufa.
E precisamos, sim, cuidar do meio ambiente. Mas
também temos de continuar a produzir e a crescer.
Não é um desafio fácil, mas o cooperativismo tem
ferramentas para nos ajudar a vencer esse e outros
desafios”.
TERCEIRA VIA
“As cooperativas são filhas da crise. Foi assim
em Rochadale (berço da primeira cooperativa do
mundo, na Inglaterra), foi assim após a queda do
muro de Berlim. E é nesse novo momento de crise
e de transformações que o cooperativismo vai se
consolidar como a terceira via do desenvolvimento.
Temos de abraçar essa oportunidade para crescer e
ganhar visibilidade”.
COMO NOS POSICIONAR?
“Somos empresas, sim. Não temos de fugir disso.
Mas somos empresas que trazem felicidade para
as pessoas. Somos empresas com valores. E não
temos de viver nesse embate sobre o que é mais
importante: a preocupação social ou os resultados
econômicos. Temos de fazer um balanço entre
esses dois importantes atributos. Temos de assumir
nossas fraquezas e transformá-la em força. Somos
empresas, sim. Mas empresas baseadas em valores
humanos, na justiça e na ética. E temos de fazer
marketing, sim, mas com o seguinte cuidado:
temos de fazer propaganda dos nossos valores,
não apenas dos nossos produtos.”
PRÊMIO NOBEL
“Além de nos posicionar de uma forma mais
forte no mercado, quero ver os cooperativistas
de todo o mundo defendendo a candidatura do
cooperativismo ao Prêmio Nobel da Paz. Precisamos
trabalhar juntos por esse reconhecimento. Cada
cooperado e cada cooperativa do mundo tem de
fazer a sua parte para reconhecer e valorizar nosso
trabalho pela paz.”
ANO 7 - Nº 21
CNCoop estimula
a capacitação de
representações
sindicais
“O Ministério do Trabalho e Emprego reconheceu
em 2013 que cooperativa é, sim, uma categoria
econômica e, por isso, pode se organizar em
sindicatos, federações e confederação”. Esse é o
fio condutor da atualização técnica promovida
pelo consultor trabalhista, Luiz Alberto Matos
dos Santos, durante a 1ª Capacitação Sindical
2013, realizada pela Confederação Nacional
das Cooperativas (CNCoop). Atualmente,
existem 44 sindicatos, cinco federações e uma
confederação, a CNCoop.
O objetivo do evento foi discutir assuntos como
a estrutura, os conflitos de representação e sua
mediação e, por fim, os aspectos políticos da
organização sindical.
Segundo o consultor, o fato de o Ministério do
Trabalho ter reconhecido – mesmo que somente
agora – que as cooperativas constituem uma
categoria econômica, possibilita o registro de
novas entidades de representação trabalhista no
setor cooperativista (sindicatos e federações).
Dia C – Dia de Cooperar
envolve cerca de duas mil
pessoas em MS
MS realizou o Dia C – Dia de Cooperar em três municípios
O sistema Cooperativista de Mato Grosso do Sul se
mobilizou para a realização do Dia C – Dia de Cooperar,
que envolveu cerca de duas mil pessoas em três
municípios: Campo Grande, Dourados e São Gabriel
do Oeste. O Dia C consistiu na realização de diversas
atividades de cunho voluntário promovidas pelas
cooperativas em prol da sociedade. Ao todo, foram 350
voluntários mobilizados em 32 ações de 22 cooperativas
diferentes.
“O Dia de Cooperar é um dia especial, no qual as
cooperativas demonstram à sociedade qual o seu
2ª edição da
campanha de doação
de sangue
“Essas entidades são extremamente importantes
para regular a relação de trabalho existente
entre empregador (cooperativa) e empregado
de cooperativas”, esclarece Matos dos Santos.
O número de empregados de cooperativas não
para de crescer, atualmente, as cooperativas
geram 100 mil empregos diretos.
“A concessão do registro marcou o
reconhecimento da categoria econômica
das cooperativas em área de abrangência e
base territorial nacional que veio fortalecer
e consolidar o Sistema Confederativo de
Representação Sindical das Cooperativas. Esta
é, com certeza, uma grande vitória.” (Márcio
Lopes de Freitas, presidente da CNCoop e do
Sistema OCB).
Sescoop/MS abre
inscrições para cursos
e programas de
capacitação
Sob o sol brilhante de MS, as três cidades desenvolveram
diversas atividades, como palestras de conscientização
ambiental, financeira e autoestima, coleta de materiais
recicláveis para produção de brinquedos, plantio de
árvores, aferição de pressão e orientações necessárias,
demonstração sobre reci-clagem de banners para
produção de bolsas e como produzir sabão eco¬lógico,
orientação sobre saúde bucal, dentre outros.
Um grupo de cooperativistas se reuniu para doar sangue
no Hemosul de Campo Grande, esta ação faz parte da
campanha que o sistema OCB/MS está realizando, que é
fundamentada no 7º princípio cooperativista “Interesse
pela comunidade”. Para mostrar que o cooperativismo,
além de uma alternativa para o desenvolvimento
econômico, também possui o seu ideal solidário de respeito
e zelo pela vida assumidos como responsabilidade social
voltada à qualidade de vida e saúde da nossa sociedade.
Celso Régis, presidente do Sistema OCB/MS, ressalta a
mobilização das pessoas para essas ações. “Precisamos
do apoio das pessoas para conseguirmos o maior número
de doações possível, a vontade de ajudar o próximo é que
faz nossa campanha ter sucesso”, afirma Régis.
Três anos de CNCoop
Em novembro, a Confederação Nacional das
Cooperativas (CNCoop) comemorou aniversário
de concessão de seu registro sindical. Há três
anos, foi publicado no Diário Oficial o registro
que trouxe personalidade sindical à entidade.
Parabéns à CNCoop, que em poucos anos já
possui mais de 50 entidades sindicais (entre
sindicatos e federações) vinculadas e filiadas.
verdadeiro diferencial, que buscam algo além do resultado
financeiro, que buscam um resultado social para todos”,
declara o presidente do Sistema OCB/MS, Celso Régis.
Cooperativistas fazem doação de sangue no
Hemosul da capital
A edição passada atingiu sucesso, aproximadamente 370
doações.
Cooperativas de MS arrecadam brinquedos para o
Natal da Cooperação
Todos os anos, as cooperativas de Mato Grosso do
Sul promovem a campanha Natal da Cooperação, que
está em sua 5ª edição. A campanha visa arrecadar
brinquedos e incentivar a prática da responsabilidade
social nas cooperativas, destacando a importância da
cooperação entre dirigentes, cooperados, funcionários
e comunidade em geral onde as cooperativas estão
inseridas.
Milhares de crianças já foram beneficiadas pelo Natal
da Cooperação durante todos esses anos. Em 2013
foram arrecadados mais de 2000 brinquedos.
A campanha foi realizada pelo Sistema OCB/MS em
parceria com 13 cooperativas de Campo Grande:
Sicredi, Unimed CG, Federação das Unimeds de MS,
Coop-Grande, Camda, Uniprime, Camva, Uniodonto
CG, Coorlms, Unipsico MS, Conacentro, Cooper-MSVans e Sicoob Cocresul.
Um novo ano começa e novos projetos também, isso inclui investir em capacitação profissional, tanto por parte
da cooperativa, como do colaborador.
atendimento, segurança no trabalho, programa de secretariado, até formação de líderes e MBA em Gestão
Estratégica de Cooperativas.
Em 2014, o Sescoop/MS oferecerá diversos cursos e
programas de capacitação, que vão desde qualidade no
As inscrições já começaram e podem ser feitas no Sescoop/MS.
7
RPS
ANO
ANO73- -Nº
Nº21
8
Deputados e senadores
estão por dentro do
cooperativismo
superior à porcentagem de cooperados na população
brasileira (5,5%).
IMAGEM POSITIVA – Do total de parlamentares, 90%
possuem uma imagem positiva do cooperativismo. De
maneira geral, os deputados entrevistados associam
a palavra “cooperativismo” a: união, associativismo,
solidariedade e cooperação.
Um em cada quatro deputados federais é
associado a pelo menos uma cooperativa. Essa
é uma das constatações da pesquisa realizada
pelo Sistema OCB, em agosto deste ano, no
Congresso Nacional.
O estudo ouviu 223 deputados federais e 25
senadores, do total de 513 deputados e 81
senadores. Alguns dos destaques da pesquisa
são:
REPRESENTATIVIDADE – A representatividade
do cooperativismo nas duas casas legislativas
é de 23% do total de deputados e senadores.
Esse percentual é maior do que o de cadeiras do
maior partido da Câmara (17,1%) e é, também,
Tendências do
cooperativismo
agropecuário no mundo
e os desafios para o Brasil
Novos desafios são colocados para as cooperativas
agroindustriais. Algumas cooperativas europeias,
como a Arla Foods, que mantêm atividades
em vários e diferentes países, ou a Glanbia, que
mantém prioridades e negócios internacionais,
optaram pela internacionalização de seus negócios
em função de mudanças de parâmetros comerciais,
e da necessidade de crescimento em escala global
de atividades.
Mas, quando se analisam essas estratégias de
internacionalização, não se pode esquecer que as
cooperativas agropecuárias são organizações que
encontram desafios ao longo de seu processo de
crescimento.
O mais importante é o desafio da governança, tanto
de plantas industriais em diferentes países como
a governança de membros em outros países, sem
que a cooperativa perca sua origem. Essa estratégia
pode implicar em um afastamento da cooperativa
de seus sócios originais, de seu local geográfico, e
do espaço de competência de sua gestão, processo
esse chamado de “deslocalização”.
O outro desafio é o de encontrar formas de
capitalização viáveis para permitir a continuidade
do processo de crescimento, internacionalização e
ganhos de eficiência.
8
O Prof. M. Cook, dos EUA, argumentou nas discussões
que esse processo ocorre em função de um ciclo de
vida específico das cooperativas, e em determinado
momento a “desmutualização” ocorreria como
forma estratégica para manter a continuidade do
crescimento, proporcionar uma capitalização mais
ágil e permitir uma governança mais flexível capaz de
internacionalizar as atividades da empresa.
Outra explicação plausível foi discutida pelo Prof.
Fulton, do Canadá: a presença de um superintendente/
gerente CEO objetivo, com autonomia, e preparo
apenas para a gestão de empresas não cooperativas
indicaria a “desmutualização” como um caminho
viável de tornar a sua gestão de CEO independente da
intervenção de diretores e conselheiros, para permitir
a presença de investidores e capital, como para
melhorar a sua própria remuneração.
O fato é que, nessas análises, não há explicação para
compreender as cooperativas que crescem, que se
internacionalizam e profissionalizam a gestão, mas
que continuam sob a mesma forma de governança
cooperativa.
Isso pode ser explicado no Brasil, uma vez que as altas
taxas de juros, ainda em parte praticadas, impedem
um processo de abertura de capital ou de emissão de
títulos de forma eficiente, pois o custo de oportunidade
do capital do investidor ainda é alto no Brasil. Ainda
as vantagens tributárias das cooperativas impedem
qualquer processo de “desmutualização” que não
tenha um ganho adicional significativo. Por último,
pelo fato de que a gestão nas cooperativas é efetuada
no Brasil diretamente pelos produtores associados,
não tomadores de risco, e sem a presença de um
profissional CEO com autonomia, o que impediria
que essa alternativa de “desmutualização” fosse
uma estratégia de vigor e exequível.
Por outro no lado, em um futuro próximo, temos
no Brasil alguns grandes desafios. A redução das
taxas de juros criará dia após dia um menor custo
de oportunidade para o capital de investidores, e
assim, permitirá um mercado financeiro cada vez
mais eficiente. Essa tendência implicará que, para
as cooperativas agropecuárias, a capitalização
através de títulos ou do mercado financeiro na
forma de capital aberto poderá ser uma alternativa
importante. Se nesse momento a legislação brasileira
não permitir que isso ocorra na forma cooperativa,
possivelmente a alternativa de “desmutualização”
poderá passar a ser viável.
Fato é que, esses novos desafios são colocados aqui
no Brasil em médio prazo, mas nesse momento,
provavelmente, algumas cooperativas europeias
discutem a sua transformação em empresas de
capital, com capital aberto, investidores e uma
forma flexível de gestão.
Texto adaptado do Prof. Dr. Sigismundo Bialoskorski Neto.
Prof. Titular e vice-diretor da Faculdade de Economia, Administração
e Contabilidade de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo.
Coordenador do Observatório Socioeconômico do Cooperativismo
– convênio OCB-USP, e do – Programa de Estudos e Pesquisas em
Cooperativismo (E-Coop). www.fearp.usp.br/cooperativismo
*National Cooperative Business Association

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