MS Cooperativo
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MS Cooperativo
ANO 7 - Nº 21 IN F ORM AT I VO D O S I N D I CATO E BMS S - OC M O AS N I LE I R S A BR I VAS T A ER OOP C S A ÃO D O R G A N I Z AÇ - D E Z E M B RO 2 013 Seminário reúne cerca de 200 pessoas Página 5 E mais: Intercâmbios e missões de estudos Página 3 Brasil sedia Conferência Regional ACI Américas Página 6 Parlamentares estão por dentro do Cooperativismo Página 8 ANO 7 - Nº 21 Editorial 2014: os olhos do mundo voltados para o Brasil Esta década tem sido importante para o Brasil e para o cooperativismo, ambos ganharam destaque e atenção do mundo. Em 2012, as cooperativas foram o tema da Organização das Nações Unidas (ONU) e o Brasil, com seu destaque econômico e político, ganhou mais voz no cenário mundial. mais espaço no mercado internacional. Hoje em dia, estamos em condições de competir com qualquer cooperativa do mundo, temos produtos de qualidade, bons serviços, mão de obra qualificada e gestão competente. Resta ao mundo todo saber disso, e essa é uma grande chance. O ano que se inicia não será diferente, até será mais importante. Uma grande oportunidade para o cooperativismo brasileiro se firmar perante o mercado, tanto nacional como internacional. Em 2014, o Brasil receberá o maior evento esportivo, a Copa do Mundo, o que trará toda a atenção do planeta para nós. Uma grande oportunidade para mostrarmos que somos mais que o país do futebol e, sim, um país de ponta, com produtos de qualidade e, principalmente, que pode ser um país eficiente. Outro acontecimento importante em 2014 é o processo eleitoral, que definirá os principais cargos políticos do país. Momento de grande valor e que deve ser priorizado pelo nosso sistema. Desejamos um final de 2013 festivo, com todas as pessoas queridas reunidas e um 2014 cheio de prosperidade, saúde, trabalhos e bons negócios para todos. Nada melhor para as cooperativas brasileiras se mostrarem e ganharem Sistema OCB/MS completa 35 anos de sucesso Em 2014, o sistema OCB/MS completa 35 anos de uma história marcada por desafios, batalhas e conquistas que lhe deram orgulho do caminho que ela trilhou nesses anos. A instituição terá um ano especial, com uma campanha voltada à comemoração de seu aniversário e uma grande festividade. O Natal celebra o amor entre as pessoas e a cooperação é o melhor ato que representa isso. Pratique a cooperação durante 2014 inteiro e tenha um ano mais feliz! Expediente MS Cooperativo é uma publicação do Sindicato e Organização das Cooperativas Brasileiras no Mato Grosso do Sul – OCB/ MS. Rua Ceará, 2.245 – Campo Grande PRESIDENTE Jornalista responsável Celso Ramos Régis Gabriela Borsari - DRT/MS 510 Superintendente Redação Dalva Garcia Caramalac (67) 3389-0200 2 Gabriela Borsari - DRT/MS 510 Fotografia Gabriela Borsari, arquivo OCB/MS ANO 7 - Nº 21 MS faz intercâmbio na Espanha Com o intuito de aumentar os conhecimentos sobre o cooperativismo, a Federação das Cooperativas do Centro-Oeste e Tocantins (FECOOP CO-TO), entidade sindical de segundo grau, realizou um intercâmbio na Espanha com uma delegação de 18 membros representantes dos estados de MS, MT, GO, TO e DF – MS teve quatro representantes. Líderes sul-matogrossenses realizam missão de estudos O seminário de cooperativismo tratou da experiência do grupo MONDRAGON, e fez visitas técnicas às cooperativas do grupo, como a FAGOR ELETROMESTICOS, ALECOP, EROSKI, ERKOP, além do centro de formação OTALORA, da universidade MONDRAGON e do MIK (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento). Os representantes de MS ressaltaram a qualidade na gestão das cooperativas do grupo e como essas experiências podem auxiliar na melhoria dos empreendimentos cooperativos brasileiros. Delegação de MS em intercâmbio na Espanha Líderes conhecem experiências de sucesso Cooperativistas conhecem experiência americana Sul-mato-grossenses em cooperativas norte-americanas O mercado competitivo traz a necessidade de aprimorar as ferramentas de gestão e conhecer novas experiências. Por isso, o sistema cooperativo de MS a cada dia investe em capacitação para sempre acompanhar as novas tendências de mercado. Diante disso, uma forma de contribuir para melhorar a performance das cooperativas agropecuárias é propiciar aos seus dirigentes e líderes o acesso ao conhecimento dos métodos de governança e gestão que já foram adotados por empresas similares e que resultaram em melhores níveis de eficiência. O Brasil é muito eficiente em questões produtivas, muitas vezes até superior, mas ainda é carente em questões de logística, gestão e burocracia. Uma delegação de 15 cooperativistas de Mato Grosso do Sul participou, com apoio da Seprotur/Fundems, de um projeto que consiste em gerar conhecimentos primordiais sobre a modernização dos processos de governança e gestão das cooperativas atuantes na cultura da soja e do milho. O resultado desse aprimoramento contribuirá para a melhoria dos níveis de eficiência e performance dessas organizações. Uma das fases desse projeto foi a missão de estudos nos EUA, no mês de outubro, que visitou cooperativas como a AGP - Central de Cooperativas de Omaha, em Nebrasca, a West Central Cooperative e a Heartland, ambas em Iowa, a Central Land O’Lake, em Meneapolis, o Agribank, o Centro de Estudos em Cooperativas da Universidade de Wisconsin, dentre outras instituições. “Esse intercâmbio de experiência é muito importante e agregador à gestão das cooperativas, pois possibilita vivenciar novas realidades, gerando conhecimento e aprimorando a governança dos empreendimentos cooperativos”, afirma Celso Régis, presidente do Sistema OCB/MS. Todos os anos, como encerramento das atividades do Programa de Desenvolvimento de Líderes do Sescoop/ MS, há uma missão de estudos por cooperativas que são destaque nacional. Este ano, o grupo partiu de Campo Grande com destino a Naviraí, para conhecer a Copasul. Lá todos foram recebido pelo gerente de Divisão Administrativa Operacional Adroaldo Taguti, e tiveram a oportunidade de conversar com o presidente da cooperativa, Sakae Kamitani. Já na terça-feira, a missão de estudos passou por Maringá, para visitar a Cocamar, onde pôde conhecer os projetos sociais, o plano de marketing da cooperativa e fazer um tour pelas indústrias de fios, sucos, molhos, óleo e café. Na Coamo, em Campo Mourão (PR), os líderes conheceram a sede da cooperativa, as indústrias de processamento de soja, refino e envase de óleo de soja, cafés e margarinas, além dos processos de fabricação da linha alimentícia com as marcas Coamo, Prime, Sollus e Anniela, Adroaldo Taguti, gerente de Divisão Administrativa Operacional da Copasul, afirmou que o grande desafio para o futuro das cooperativas brasileiras é fidelizar os associados e fazer com que se sintam donos do negócio. “As cooperativas que sobreviverão serão aquelas que melhor se adaptarem às novas demandas dos associados e do mercado”. Para Juarez Pereira, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas e coordenador da missão de estudos, essa viagem foi muito importante para mostrar, na prática, aos colaboradores do cooperativismo de MS, os bons resultados e a experiência das cooperativas de sucesso. “O Sescoop/MS tem atuado fortemente para a melhoria dos processos de gestão e profissionalização das nossas cooperativas, e com certeza essa vinda ao Paraná irá nos ajudar muito e referendar que estamos no caminho. Com esta missão, estamos tendo a oportunidade de vivenciar na prática o aprendizado adquirido ao longo dos anos em sala de aula, durante o Programa de Desenvolvimento de Líderes”, explica Pereira. Já para Ademir Pinesso, presidente da Conacentro, a cooperativa brasileira ainda depende muito do ciclo das commodities e que deveria se espelhar no modelo americano, que consiste em agregar valor a produção através da indústria e parcerias. Durante a semana de programação, também conheceram a estrutura industrial da Copacol, em Cafelândia, visitando todo o complexo de frigorífico de frango e a produção de congelados. E, por fim, na C Vale, em Palotina, puderam conhecer a sede, todo o processo de produção de amido e abate de frango. 3 ANO 7 - Nº 21 crescimento do Sistema. O saldo de microcrédito, de R$ 40,9 milhões, apresentou um crescimento de 14,4% e de 43,8% referente ao período de junho de 2012 e junho de 2011 respectivamente. Sicredi divulga o primeiro balanço combinado Publicação reflete a solidez do sistema cooperativo O Sicredi lança suas Demonstrações Financeiras Combinadas, referente ao primeiro semestre de 2013. Uma conquista significativa obtida junto ao Banco Central do Brasil (Bacen) e Conselho Monetário Nacional (CMN), a partir das práticas e controles que enquadram a instituição como um combinado do sistema cooperativo. associados, crescimento de 10,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. Cabe destacar que, em 235 cidades brasileiras, o Sicredi é a única instituição financeira existente, de acordo com o último levantamento do Banco Central. O número de colaboradores da instituição chegou a 15.740 pessoas. As demonstrações financeiras combinadas dos sistemas cooperativos foram facultadas pela resolução no 4.151/12 do CMN e pela circular no 3.669/13, a partir de junho de 2013. O balancete combinado deve ser elaborado com base nas informações financeiras das instituições integrantes do sistema cooperativo ao qual se refere, como se este sistema representasse uma única entidade econômica. De acordo com Manfred Alfonso Dasenbrock, presidente do Conselho de Administração da Sicredi Participações, a atuação em sistema permite ganhos de escala e aumenta o potencial das cooperativas de crédito para exercer a atividade no mercado onde estão presentes grandes grupos financeiros, ampliando a capacidade patrimonial, operacional e técnica. Produtos e Serviços Segundo o presidente-executivo do Sicredi, Ademar Schardong, a atuação da instituição alinhada às especificações econômicas, social e cultural de cada região onde está presente tem sido fundamental para o crescimento do Sicredi. “Os resultados do Sitema, que aumentam a cada ano, são também reflexo de uma atuação focada no atendimento às necessidades financeiras dos associados, por meio de um amplo portfólio de produtos de serviços”, destaca Schardong. Os ativos totais do Sicredi registraram crescimento de 21,4% em relação ao mesmo período de 2012, totalizando R$ 35,8 bilhões. João Tavares, diretor-executivo de Administração e Finanças do Banco Cooperativo Sicredi, salienta que o patrimônio líquido da instituição teve incremento de 23,4% em comparação com o primeiro semestre do ano passado, totalizando R$ 4,8 bilhões. A carteira total de créditos aumentou 25,6% em junho de 2013, em comparação com o mesmo período do ano passado, finalizando o primeiro semestre com R$ 19,2 bilhões. A capilaridade do Sistema registrou aumento de 4,1%, atingindo 1.232 pontos de atendimento e 2,4 milhões de De acordo com Edson Nassar, diretor-executivo de Produtos e Negócios do Banco Cooperativo Sicredi, os produtos e serviços oferecidos também registraram crescimento em 2013. “No primeiro semestre do ano, o incremento em depósitos a prazo foi de R$ 1,7 bilhão, volume maior do que o verificado ao longo de 2012” destaca Nassar. Este produto teve um crescimento de 16,7% ate junho de 2013. A poupança, por sua vez, cresceu 12,8% no semestre, com aumento de mais de R$ 300 milhões. A perspectiva é de que até o final do ano ocorra um incremento de mais de R$ 1 bilhão na captação, considerando todos os produtos. Dessa forma o ano de 2013 encerraria com expansão de 22%. A múltipla rede de canais de conveniência do Sicredi (internet banking, mobile, redes de autoatendimeto e agentes credenciados) vem passando por fortes incrementos com foco em uma plataforma multicanal que permita acelerar a oferta de produtos e canais. Neste ano, o Sicredi lançou uma nova ferramenta de internet banking para pessoas físicas e jurídicas E O Sicredi Mobi, que permite transações bancarias via smartphones e tablets. Seguros registrou volumes de negócios acima da média de mercado. No período entre junho de 2012 e junho deste ano, o crescimento no Sicredi foi de 30,7% contra 18% do setor. Em volume de negócios, a instituição financeira cooperativa registrou R$ 299,2 milhões em prêmios de seguros até junho de 2013. A Administradora de Consórcios Sicredi é a maior do país ligada ao segmento cooperativo de crédito e também a maior em número de cotas administradas no segmento de serviços. O lançamento de novos grupos, com diferentes características, especialmente no segmento de imóveis (faixas de crédito de até R$ 400 mil e prazo de 180 meses sem taxa de adesão) e de pesados, incluindo caminhões, máquinas e implementos agrícolas e veículos de luxo (crédito de até R$ 400 mil e prazo de 120 meses), vem potencializando as vendas, com reflexo no aumento do crédito médio comercializado, na comparação com o mesmo período de 2012. No segmento de cartões de crédito e débito, o ano de 2013 no Sicredi tem como balizdor o Plano de Qualidade Operacional (PQ). Em junho de 2013, a base de cartões bandeira Sicredi e Visa contabilizava mais de 1,9 milhão de unidades. Celso Figueira, presidente Central Sicredi Brasil Central reforça que as cooperativas de crédito do Sicredi formam uma grande rede de atendimento para os associados. “Nossa central faz parte de um conjunto de entidades que se organiza e se apoia mutuamente, isso gera solidez econômica e dá segurança às cooperativas que integram o Sicredi”, conclui Figueira. O crédito manteve o crescimento verificado nos últimos anos. A expectativa para 2013 é de manter a média de expansão anual entre 20% e 25%. A carteira total, em junho de 2013, alcançou R$ 19,2 bilhões. A liberação de crédito rural e direcionados da instituição, neste ano – safra 2012/2013, atingiu o montante de R$ 6,8 bilhões em 165 mil operações de custeio, O Sicredi em números investimentos, BNDES, comercialização e FCO. Ativos Totais Comparando-se os números com as últimas duas safras, o desempenho do sistema foi R$ bilhões 53% superior à safra 2010/2011 e 21% Operações de Crédito Total superior à safra 2011/2012. Já o número de operações sofreu aumento de 11% em relação R$ bilhões à safra 2010/2011 e cresceu 5,5% em relação Operações de Crédito Rural à safra 2011/2012. 38,5 19,2 R$ O crédito comercial atingiu a marca de R$ 10,09 bilhões, desconsiderando as operações de cartões, em junho de 2013, performando 21,4% acima que no mesmo período de 2012 e 59,7% superior a 2011. As linhas de maior representatividade de crédito comercial PJ e PF (excluindo-se Crédito Fácil) apresentaram crescimento de 21,1% e 55,3% em relação aos mesmos períodos, acompanhando o 7,9 bilhões Crescimento Constante Ativos (R$ bilhões) 38,5 29,5 21,0 2011 2012 Operações de Crédito Total (R$ bilhões) 2013 19,2 15,3 11,4 Recursos Administrativos R$ 36,9 bilhões Patrimônio Líquido R$ 4,8 bilhões Associados 2,4 milhões 2011 2012 Operações de Crédito Rural (R$ bilhões) 2013 7,9 5,1 2,0 2011 2012 2013 Dia Internacional do Cooperativismo de Crédito Conhecido em todos os cantos do planeta, o Dia Internacional do Cooperativismo de Crédito (DICC) é celebrado anualmente na 3ª quinta-feira do mês de outubro. Na edição de 2013, a data caiu no dia 17 (dezessete). O dia é usado não só para relembrar o passado, mas também comemora a evolução e as conquistas que, com muito suor, cooperação e pensamento no próximo, fizeram 4 com que o cooperativismo de crédito se tornasse o que é hoje: parte da vida e dia a dia de milhares de pessoas no mundo. Além desses dois pontos, o DICC também planeja vitórias para as cooperativas e, principalmente, para os seus cooperados. O tema de 2013 foi: “Cooperativas de Crédito: unidas pelo bem, o melhor caminho”. ANO 7 - Nº 21 Seminário de Líderes reúne cerca de 200 pessoas ver que as cooperativas de Mato Grosso do Sul estão cada vez mais fortes”, declarou. A programação do seminário começou com a palestra sobre o tema “Liderança – Construindo a melhor versão do futuro” com Carlos Hilsdorf, conferencista, economista, pós-graduado em marketing pela FGV, escritor, consultor de empresas e profundo pesquisador do comportamento humano, é considerado o mais carismático palestrante e um dos mais requisitados da atualidade. Seminário reuniu cooperativas e lideranças do setor O sistema OCB/MS promoveu o Seminário de Líderes, no Auditório Germano de Barros no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo. Esse evento encerrou o calendário de atividades do sistema cooperativista de MS e teve o objetivo de ampliar o acesso das cooperativas à formação em gestão cooperativista, liderança e gestão de pessoas, alinhada as suas reais necessidades, com foco na eficiência e na competitividade. A abertura do evento contou com a presença de aproximadamente 200 pessoas, entre cooperativistas, lideranças do setor e autoridades como o senador Waldemir Moka, o deputado estadual Júnior Mochi, a secretária da Seprotur Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias e o presidente da Aprosoja, Almir Dalpasquale. Todos destacaram a importância das cooperativas para a economia estadual. O senador Moka ainda completou que o cooperativismo é um exemplo, pois é a junção de gerar e distribuir riqueza. “Fico feliz em formatura das turmas do Programa de Secretariado em Cooperativas, do Formacoop e do Programa de Líderes. Todos os oradores de turma enfatizaram a importância dos cursos e a aquisição de conhecimento para sua formação profissional e pessoal. “O sistema OCB/MS promove este tipo de evento para incentivar a busca pelo conhecimento e apresentar novas ferramentas aos nossos cooperativistas”, afirma Celso Régis, presidente do sistema OCB/MS. Ele destacou a importância de saber usar o conhecimento, pois apenas a informação não traz resultado. “Vivemos a Era do Discernimento, na qual compartilhamos conhecimento”, disse. Outro ponto tratado foi a liderança, que nada mais é que a comunicação persuasiva, mas ela deixa de existir quando há enfrentamento pela parte do liderado. A segunda palestra do dia é “Gestão de Talentos e Valores nas Organizações”, com Homero Reis, master coach, consultor master, mestre em educação coach ontológico empresarial e coaching executivo internacional. Reis destacou que tendo em vista o modelo biológico da gestão (sistemas produtivos baseados na noção de corpo), a palestra mostrou a importância da gestão de talentos e valores em organizações, a partir do conceito sistêmico de interação humana. Considerando as tendências das organizações e suas demandas profissionais, ele apresentou processos capazes de identificar como as diferenças entre as pessoas podem contribuir para alcançar ótimos resultados. Durante o seminário ainda houve a premiação da Gincana Cooperjovem (alunos e professores) a Programa de Secretariado em Cooperativas Sistema OCB/MS lança o Censo do Cooperativismo 2012 É com grande entusiasmo e satisfação que o Sistema OCB/MS lança a segunda edição do Censo Cooperativista Sul-mato-grossense. Um trabalho pioneiro no Estado, que traz informações relevantes ao setor e possibilita desenhar o perfil do cooperativismo na região. Para promover o crescimento e o desenvolvimento, é preciso conhecer com profundidade o negócio em que atuamos, pois isso nos dá condições e conhecimento necessários para poder traçar e planejar o futuro. Confira a versão digital no site www.ocbms.org.br 5 ANO 7 - Nº 21 Brasil sedia a XVIII Conferência Regional da Aliança Cooperativa Internacional para as Américas (ACI-Américas) Os cooperativistas das Américas reafirmaram o seu compromisso com o desenvolvimento da prática cooperativista no mundo. Ficou claro, em todos os discursos proferidos durante a abertura oficial da XVIII Conferência Regional da Aliança Cooperativa Internacional para as Américas (ACI-Américas), o comprometimento das lideranças do setor com as metas da Década do Cooperativismo. O movimento quer ser o modelo de negócios líder em sustentabilidade econômica, social e ambiental, o mais conhecido e preferido das pessoas, mantendo um crescimento rápido e intenso. Falando em nome de todo o movimento cooperativista brasileiro, o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, ratificou a missão natural das cooperativas. “O cooperativismo pode mudar o mundo, e temos provado isso todos os dias, ainda mais fortemente com a comemoração de 2012, o Ano Internacional das Cooperativas. Mostramos que o cooperativismo faz e fará a diferença no mundo moderno, que é capaz de trazer equilíbrio e gerar mais felicidade às pessoas. E que, nesses próximos dez anos, especialmente, mostremos ao mundo que realmente podemos construir um mundo melhor para todos”, destacou. O presidente da ACI-Américas, Ramon Imperial, assim como Freitas, acredita que o movimento ganhou impulso a partir de 2012, contribuindo para ecoar a voz de todos os cooperativistas. “Vejo nas cooperativas uma renovação, e nós precisamos disso. Sem dúvida, o Ano 2012 marcou o renascimento do movimento cooperativista. Agora, o mais importante é viver bem o presente e consolidar o futuro”. Roberto Rodrigues: “As ações de sempre não são suficientes para vencermos os desafios da Década do Cooperativismo” 6 O embaixador especial da FAO para o cooperativismo mundial e coordenador do Centro de Agronegócios da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Roberto Rodrigues, proferiu palestra magna no último dia da Conferência Internacional da ACI-Américas. Único brasileiro a já ter presidido a Aliança Cooperativa Internacional (ACI), Rodrigues falou por cerca de uma hora, em espanhol, sobre os rumos do cooperativismo internacional. Bem humorado, falou sobre o atual cenário de transformação mundial e sobre o papel do cooperativismo para o desenvolvimento sustentável do planeta. Confira: sociedade. Nesse cenário, o cooperativismo tem a oportunidade de despontar como uma terceira via de desenvolvimento sustentável”. INCERTEZAS DESENVOLVIMENTO “Vivemos um momento de incertezas no cenário internacional. Após a crise financeira internacional de 2008/2009, os países ricos começaram a se recuperar e as nações em desenvolvimento estão tentando encontrar seu espaço. Mas ainda impera um clima de incertezas no ar. Temos a questão dos ataques químicos da Síria, o naufrágio de imigrantes na costa italiana e, agora, estamos vendo ataques de piratas no Atlântico. Nosso Papa Francisco tem contestado o império do dinheiro e vem mostrando querer mudanças na “Todo mundo sabe que, em breve, seremos mais de 9 bilhões de pessoas no mundo e teremos de dobrar a produção de alimentos para conseguir alimentar todas essas pessoas. E esse aumento de produção tem de ser feito sem impactar o meio ambiente, sem poluir as águas, sem aumentar o efeito estufa. E precisamos, sim, cuidar do meio ambiente. Mas também temos de continuar a produzir e a crescer. Não é um desafio fácil, mas o cooperativismo tem ferramentas para nos ajudar a vencer esse e outros desafios”. TERCEIRA VIA “As cooperativas são filhas da crise. Foi assim em Rochadale (berço da primeira cooperativa do mundo, na Inglaterra), foi assim após a queda do muro de Berlim. E é nesse novo momento de crise e de transformações que o cooperativismo vai se consolidar como a terceira via do desenvolvimento. Temos de abraçar essa oportunidade para crescer e ganhar visibilidade”. COMO NOS POSICIONAR? “Somos empresas, sim. Não temos de fugir disso. Mas somos empresas que trazem felicidade para as pessoas. Somos empresas com valores. E não temos de viver nesse embate sobre o que é mais importante: a preocupação social ou os resultados econômicos. Temos de fazer um balanço entre esses dois importantes atributos. Temos de assumir nossas fraquezas e transformá-la em força. Somos empresas, sim. Mas empresas baseadas em valores humanos, na justiça e na ética. E temos de fazer marketing, sim, mas com o seguinte cuidado: temos de fazer propaganda dos nossos valores, não apenas dos nossos produtos.” PRÊMIO NOBEL “Além de nos posicionar de uma forma mais forte no mercado, quero ver os cooperativistas de todo o mundo defendendo a candidatura do cooperativismo ao Prêmio Nobel da Paz. Precisamos trabalhar juntos por esse reconhecimento. Cada cooperado e cada cooperativa do mundo tem de fazer a sua parte para reconhecer e valorizar nosso trabalho pela paz.” ANO 7 - Nº 21 CNCoop estimula a capacitação de representações sindicais “O Ministério do Trabalho e Emprego reconheceu em 2013 que cooperativa é, sim, uma categoria econômica e, por isso, pode se organizar em sindicatos, federações e confederação”. Esse é o fio condutor da atualização técnica promovida pelo consultor trabalhista, Luiz Alberto Matos dos Santos, durante a 1ª Capacitação Sindical 2013, realizada pela Confederação Nacional das Cooperativas (CNCoop). Atualmente, existem 44 sindicatos, cinco federações e uma confederação, a CNCoop. O objetivo do evento foi discutir assuntos como a estrutura, os conflitos de representação e sua mediação e, por fim, os aspectos políticos da organização sindical. Segundo o consultor, o fato de o Ministério do Trabalho ter reconhecido – mesmo que somente agora – que as cooperativas constituem uma categoria econômica, possibilita o registro de novas entidades de representação trabalhista no setor cooperativista (sindicatos e federações). Dia C – Dia de Cooperar envolve cerca de duas mil pessoas em MS MS realizou o Dia C – Dia de Cooperar em três municípios O sistema Cooperativista de Mato Grosso do Sul se mobilizou para a realização do Dia C – Dia de Cooperar, que envolveu cerca de duas mil pessoas em três municípios: Campo Grande, Dourados e São Gabriel do Oeste. O Dia C consistiu na realização de diversas atividades de cunho voluntário promovidas pelas cooperativas em prol da sociedade. Ao todo, foram 350 voluntários mobilizados em 32 ações de 22 cooperativas diferentes. “O Dia de Cooperar é um dia especial, no qual as cooperativas demonstram à sociedade qual o seu 2ª edição da campanha de doação de sangue “Essas entidades são extremamente importantes para regular a relação de trabalho existente entre empregador (cooperativa) e empregado de cooperativas”, esclarece Matos dos Santos. O número de empregados de cooperativas não para de crescer, atualmente, as cooperativas geram 100 mil empregos diretos. “A concessão do registro marcou o reconhecimento da categoria econômica das cooperativas em área de abrangência e base territorial nacional que veio fortalecer e consolidar o Sistema Confederativo de Representação Sindical das Cooperativas. Esta é, com certeza, uma grande vitória.” (Márcio Lopes de Freitas, presidente da CNCoop e do Sistema OCB). Sescoop/MS abre inscrições para cursos e programas de capacitação Sob o sol brilhante de MS, as três cidades desenvolveram diversas atividades, como palestras de conscientização ambiental, financeira e autoestima, coleta de materiais recicláveis para produção de brinquedos, plantio de árvores, aferição de pressão e orientações necessárias, demonstração sobre reci-clagem de banners para produção de bolsas e como produzir sabão eco¬lógico, orientação sobre saúde bucal, dentre outros. Um grupo de cooperativistas se reuniu para doar sangue no Hemosul de Campo Grande, esta ação faz parte da campanha que o sistema OCB/MS está realizando, que é fundamentada no 7º princípio cooperativista “Interesse pela comunidade”. Para mostrar que o cooperativismo, além de uma alternativa para o desenvolvimento econômico, também possui o seu ideal solidário de respeito e zelo pela vida assumidos como responsabilidade social voltada à qualidade de vida e saúde da nossa sociedade. Celso Régis, presidente do Sistema OCB/MS, ressalta a mobilização das pessoas para essas ações. “Precisamos do apoio das pessoas para conseguirmos o maior número de doações possível, a vontade de ajudar o próximo é que faz nossa campanha ter sucesso”, afirma Régis. Três anos de CNCoop Em novembro, a Confederação Nacional das Cooperativas (CNCoop) comemorou aniversário de concessão de seu registro sindical. Há três anos, foi publicado no Diário Oficial o registro que trouxe personalidade sindical à entidade. Parabéns à CNCoop, que em poucos anos já possui mais de 50 entidades sindicais (entre sindicatos e federações) vinculadas e filiadas. verdadeiro diferencial, que buscam algo além do resultado financeiro, que buscam um resultado social para todos”, declara o presidente do Sistema OCB/MS, Celso Régis. Cooperativistas fazem doação de sangue no Hemosul da capital A edição passada atingiu sucesso, aproximadamente 370 doações. Cooperativas de MS arrecadam brinquedos para o Natal da Cooperação Todos os anos, as cooperativas de Mato Grosso do Sul promovem a campanha Natal da Cooperação, que está em sua 5ª edição. A campanha visa arrecadar brinquedos e incentivar a prática da responsabilidade social nas cooperativas, destacando a importância da cooperação entre dirigentes, cooperados, funcionários e comunidade em geral onde as cooperativas estão inseridas. Milhares de crianças já foram beneficiadas pelo Natal da Cooperação durante todos esses anos. Em 2013 foram arrecadados mais de 2000 brinquedos. A campanha foi realizada pelo Sistema OCB/MS em parceria com 13 cooperativas de Campo Grande: Sicredi, Unimed CG, Federação das Unimeds de MS, Coop-Grande, Camda, Uniprime, Camva, Uniodonto CG, Coorlms, Unipsico MS, Conacentro, Cooper-MSVans e Sicoob Cocresul. Um novo ano começa e novos projetos também, isso inclui investir em capacitação profissional, tanto por parte da cooperativa, como do colaborador. atendimento, segurança no trabalho, programa de secretariado, até formação de líderes e MBA em Gestão Estratégica de Cooperativas. Em 2014, o Sescoop/MS oferecerá diversos cursos e programas de capacitação, que vão desde qualidade no As inscrições já começaram e podem ser feitas no Sescoop/MS. 7 RPS ANO ANO73- -Nº Nº21 8 Deputados e senadores estão por dentro do cooperativismo superior à porcentagem de cooperados na população brasileira (5,5%). IMAGEM POSITIVA – Do total de parlamentares, 90% possuem uma imagem positiva do cooperativismo. De maneira geral, os deputados entrevistados associam a palavra “cooperativismo” a: união, associativismo, solidariedade e cooperação. Um em cada quatro deputados federais é associado a pelo menos uma cooperativa. Essa é uma das constatações da pesquisa realizada pelo Sistema OCB, em agosto deste ano, no Congresso Nacional. O estudo ouviu 223 deputados federais e 25 senadores, do total de 513 deputados e 81 senadores. Alguns dos destaques da pesquisa são: REPRESENTATIVIDADE – A representatividade do cooperativismo nas duas casas legislativas é de 23% do total de deputados e senadores. Esse percentual é maior do que o de cadeiras do maior partido da Câmara (17,1%) e é, também, Tendências do cooperativismo agropecuário no mundo e os desafios para o Brasil Novos desafios são colocados para as cooperativas agroindustriais. Algumas cooperativas europeias, como a Arla Foods, que mantêm atividades em vários e diferentes países, ou a Glanbia, que mantém prioridades e negócios internacionais, optaram pela internacionalização de seus negócios em função de mudanças de parâmetros comerciais, e da necessidade de crescimento em escala global de atividades. Mas, quando se analisam essas estratégias de internacionalização, não se pode esquecer que as cooperativas agropecuárias são organizações que encontram desafios ao longo de seu processo de crescimento. O mais importante é o desafio da governança, tanto de plantas industriais em diferentes países como a governança de membros em outros países, sem que a cooperativa perca sua origem. Essa estratégia pode implicar em um afastamento da cooperativa de seus sócios originais, de seu local geográfico, e do espaço de competência de sua gestão, processo esse chamado de “deslocalização”. O outro desafio é o de encontrar formas de capitalização viáveis para permitir a continuidade do processo de crescimento, internacionalização e ganhos de eficiência. 8 O Prof. M. Cook, dos EUA, argumentou nas discussões que esse processo ocorre em função de um ciclo de vida específico das cooperativas, e em determinado momento a “desmutualização” ocorreria como forma estratégica para manter a continuidade do crescimento, proporcionar uma capitalização mais ágil e permitir uma governança mais flexível capaz de internacionalizar as atividades da empresa. Outra explicação plausível foi discutida pelo Prof. Fulton, do Canadá: a presença de um superintendente/ gerente CEO objetivo, com autonomia, e preparo apenas para a gestão de empresas não cooperativas indicaria a “desmutualização” como um caminho viável de tornar a sua gestão de CEO independente da intervenção de diretores e conselheiros, para permitir a presença de investidores e capital, como para melhorar a sua própria remuneração. O fato é que, nessas análises, não há explicação para compreender as cooperativas que crescem, que se internacionalizam e profissionalizam a gestão, mas que continuam sob a mesma forma de governança cooperativa. Isso pode ser explicado no Brasil, uma vez que as altas taxas de juros, ainda em parte praticadas, impedem um processo de abertura de capital ou de emissão de títulos de forma eficiente, pois o custo de oportunidade do capital do investidor ainda é alto no Brasil. Ainda as vantagens tributárias das cooperativas impedem qualquer processo de “desmutualização” que não tenha um ganho adicional significativo. Por último, pelo fato de que a gestão nas cooperativas é efetuada no Brasil diretamente pelos produtores associados, não tomadores de risco, e sem a presença de um profissional CEO com autonomia, o que impediria que essa alternativa de “desmutualização” fosse uma estratégia de vigor e exequível. Por outro no lado, em um futuro próximo, temos no Brasil alguns grandes desafios. A redução das taxas de juros criará dia após dia um menor custo de oportunidade para o capital de investidores, e assim, permitirá um mercado financeiro cada vez mais eficiente. Essa tendência implicará que, para as cooperativas agropecuárias, a capitalização através de títulos ou do mercado financeiro na forma de capital aberto poderá ser uma alternativa importante. Se nesse momento a legislação brasileira não permitir que isso ocorra na forma cooperativa, possivelmente a alternativa de “desmutualização” poderá passar a ser viável. Fato é que, esses novos desafios são colocados aqui no Brasil em médio prazo, mas nesse momento, provavelmente, algumas cooperativas europeias discutem a sua transformação em empresas de capital, com capital aberto, investidores e uma forma flexível de gestão. Texto adaptado do Prof. Dr. Sigismundo Bialoskorski Neto. Prof. Titular e vice-diretor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo. Coordenador do Observatório Socioeconômico do Cooperativismo – convênio OCB-USP, e do – Programa de Estudos e Pesquisas em Cooperativismo (E-Coop). www.fearp.usp.br/cooperativismo *National Cooperative Business Association
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