um estudo sobre as causas do stress dos professores de

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um estudo sobre as causas do stress dos professores de
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UM ESTUDO SOBRE AS CAUSAS DO STRESS DOS PROFESSORES
DE EDUCAÇÃO INFANTIL, DA REDE MUNICIPAL DE LAURO DE
FREITAS, EM SALA DE AULA
Josete Maria Santos Oliveira
[email protected]
Aluna da disciplina Pesquisa e Prática Pedagógica
VI, do Curso de Pedagogia, das Faculdades
Integradas Ipitanga – UNIBAHIA, ministrada pela
Prof. a. Diana Couto Coelho
Resumo
A presente pesquisa mostra como as grandes mudanças que ocorrem na humanidade têm
proporcionado uma inquietação que atinge vários segmentos da sociedade inclusive o professor, o
que pode refletir no estado emocional gerando stress. Sendo assim, a pesquisa tem como objetivo
identificar as causas que têm proporcionado situações de stress aos professores de Educação Infantil
em sala de aula. Para realizar a pesquisa quantitativa, foi utilizado como instrumento de coleta de
dados o questionário, com uma amostra de dez professores de Educação Infantil de escolas da Rede
Municipal de Lauro de Freitas BA, que corresponde a 5% do universo. Também foram realizadas
visitas a Secretaria de Educação do Município, que contribuíram de forma significativa para o
desenvolvimento da pesquisa. A pesquisa revela como a demanda diária do professor de Educação
Infantil, que envolve tanto a sua vida pessoal, profissional como questões relacionadas à saúde
podem levá-lo a um desgaste físico e emocional, propiciando o desenvolvimento do stress no seu
exercício em sala de aula. Os dados obtidos na pesquisa mostram pontos que favorecem o
surgimento do stress, bem como identifica vários sinais e sintomas referidos por alguns professores
que são pertinentes ao quadro de stress, onde a incidência maior é de dor de cabeça, dores
lombares, insônia e cansaço constante. Vê-se então, que as causas do stress do professor de
Educação Infantil em sala de aula são oriundas de vários fatores que envolvem o dia a dia deste
profissional.
Palavras-chave: professor. stress. educação infantil. sala de aula.
Abstract
This research shows how the major changes that occur in humanity have provided a restlessness
which affects various segments of society including the teacher, which may reflect the emotional state
generating stress. Thus, the research aims to identify the causes of stress situations have provided to
teachers of kindergarten classroom. To perform quantitative research was used as an instrument for
data collection questionnaire with a sample of ten teachers of kindergarten schools of the Municipal
Lauro de Freitas BA, which corresponds to 5% of the universe. There were also visits to the city
Department of Education, which contributed significantly to the development of research. The
research reveals how the daily demand of Professor of Early Childhood Education, which involves
both his personal life, professional and health issues can lead you to a physical and emotional
exhaustion, leading to the development of stress in your exercise in the classroom . The data points in
the survey show that favor the emergence of stress as well as identifies several signs and symptoms
reported by some teachers that are relevant to the context of stress, where the incidence is higher
headache, back pain, insomnia and constant tiredness . It is seen then, that the causes of stress
kindergarten teacher in the classroom are from several factors involving the day to day of this person.
Keywords: teacher. stress. early childhood education. classroom.
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1 INTRODUÇÃO
Diante de fatos que tem gerado grandes mudanças no contexto social, como o
avanço tecnológico, o mundo e a sociedade em geral passam por um processo de
transformação contínua e muito veloz. As pessoas têm estado em uma busca
incessante de realizações tanto no âmbito familiar, social, na área de trabalho
investindo constantemente para alcançar o reconhecimento e a valorização
profissional, gerando um estado de inquietação.
Desta forma, percebe-se que essa busca constante e insatisfatória tem
proporcionado danos que tem atingido aos diversos espaços da sociedade e grupos
sociais, causando um desequilíbrio físico e emocional, e a escola é um dos espaços
que tem sentido o reflexo dessas demandas. Sendo assim, viu-se a importância de
realizar um estudo sobre as causas do stress dos professores de Educação infantil,
da Rede Municipal de Lauro de Freitas, em sala de aula, pois o stress é um distúrbio
que tem atingido um grande número de profissionais, tornando-se motivo de
afastamento do exercício das suas funções, e pesquisas tem mostrado que o
professor tem sido um desses profissionais. Por esse motivo, para desenvolver essa
pesquisa, o problema levantado foi que, sendo o Professor um profissional que
vivência experiências de desgastes emocionais e físicos, pode-se afirmar que esses
são os motivos do stress em sala de aula.
Entende-se, que são várias as causas que podem conduzir o indivíduo a uma
situação de desequilíbrio, por isso, levantou-se como hipóteses que a exposição a
diversas situações que proporcionam um desgaste físico e emocional tem culminado
em um stress aos professores, e a saúde emocional e física dos professores ficam
comprometidas pelo stress.
Desta forma, essa pesquisa tem como objetivo geral identificar as causas que têm
proporcionado situações de stress aos professores de Educação Infantil, em sala de
aula. E como objetivos específicos relacionar os sintomas do stress dos professores
de Educação Infantil, e observar a saúde emocional e física dos professores de
Educação Infantil, em sala de aula.
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A partir de observação realizada com professores de Educação Infantil da Rede
Municipal de Lauro de Freitas, percebe-se que fatores emocionais e físicos têm sido
motivos para situação de stress em sala de aula, pois são inúmeros os problemas a
que são expostos. Além das responsabilidades que o desenvolvimento das suas
atividades profissionais lhes confere, a demanda do dia a dia, pressões externas
vindas da família, os problemas sociais, dificuldades fisiológicas, meio ambientes
vêm contribuir para que a sua vida seja repleta de tensões. É evidente também que
o desrespeito pelos limites do corpo como o excesso de atividades, a má qualidade
de vida, a perda de horas de sono, alimentação inadequada e o pouco tempo para o
lazer têm sido fortes colaboradores para essa situação, sendo necessária uma
mudança de atitudes e comportamentos que possam reverter esse quadro.
Vê-se que em relação à escola, os professores vivenciam fatores estressantes
como: indisciplina dos alunos, violência, drogas, reclamações dos pais, cobranças
das atividades burocráticas que são estabelecidas dentro das instituições, falta de
recursos das escolas que obriga os professores a diversificarem e inovarem para
conseguir dar aos alunos uma aula de qualidade, a intensa jornada de trabalho e o
baixo salário, dentre outros. Desta forma, o professor é invadido por uma
insatisfação e desestímulo onde passa a ver o ambiente escolar como um fardo
pesado e torna-se “refém” de uma situação de desgaste constante.
Pesquisas revelam que o stress tem sido uma das causas que levam os professores
ao afastamento das suas atividades, pois a manifestação dos sintomas pertinentes
ao distúrbio como dores nos músculos, pescoço e ombros, dor de cabeça por
tensão, fadiga, nervosismo, irritabilidade fácil e outros sintomas proporcionam uma
redução da capacidade de trabalho ocasionada basicamente por uma desproporção
prolongada entre o grau de tensão a que o indivíduo está exposto e a capacidade de
suportar.
Desta forma, é necessário propor-se ações estratégicas que possam dirimir o stress
dos professores em sala de aula, pois os alunos têm o direito de receber uma aula
de qualidade, mas para que isto ocorra, os professores devem estar com uma boa
saúde física e mental para que tenham condições de oferecer uma aula satisfatória.
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Sendo assim, essas medidas não só favorecerão ao exercício e desempenho
profissional dos professores e beneficiará aos alunos, mas o próprio ambiente
escolar e toda comunidade.
O Projeto de pesquisa foi desenvolvido inicialmente com pesquisa bibliográfica e em
seguida com pesquisa de campo. A pesquisa bibliográfica é uma técnica de grande
relevância, pois com ela foi feito o levantamento bibliográfico referente ao assunto
pesquisado e o pesquisador teve uma noção se o assunto a ser investigado tem
conteúdo suficiente para o desenvolvimento da pesquisa. Segundo Medeiros (2000,
p.40), “a pesquisa bibliográfica constitui-se em fonte secundária, é aquela que busca
levantamento de livros e revistas de relevante interesse para a pesquisa a ser
realisada”, seguido de uma leitura bem detalhada e criteriosa, pois a leitura é muito
importante para obter o conhecimento, dinamizar o raciocínio e a interpretação.
Conforme Salvador (1980, p. 100), “ler significa distinguir os elementos mais
importantes daqueles que não o são e, depois optar pelos mais representativos e
mais sugestivos.” Também é imprescindível que se observe as oito fases distintas
para realizar uma pesquisa bibliográfica que são: escolha do tema, elaboração do
plano de trabalho, identificação, localização, compilação, fichamento, análise,
interpretação e redação.
A pesquisa de campo é uma fase que é realizada após o estudo bibliográfico, para
que o pesquisador tenha um bom conhecimento sobre o assunto, pois oportuniza a
observação
de
fatos
exatamente
como
ocorre
na
realidade,
objetivando
compreender e explicar o problema pesquisado. De acordo Marconi e Lakatos
(1996), é nesta etapa que o pesquisador vai definir os objetivos da pesquisa, as
hipóteses, definir qual é o meio de coleta de dados, tamanho da amostra e como os
dados serão tabulados e analisados.
A pesquisa foi realizada com professores de Educação Infantil da Rede Municipal de
Lauro de Freitas BA, em duas escolas de médio e grande porte que atendem a uma
comunidade de baixa renda. A pesquisa de campo com base nos seus objetivos foi
exploratória com a finalidade de desenvolver a hipótese e ter maior conhecimento
sobre o assunto. A amostra foi de 10 (dez) professores da Educação Infantil que
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corresponde a 5% do universo e para procedimentos de coleta de dados foi utilizado
o instrumento de questionário (APÊNDICE I).
A Escola Municipal do loteamento Santa Júlia tem doze anos de inaugurada. Está
localizada no lot. Santa Júlia, s/n, no bairro de Itinga em Lauro de Freitas, BA. É uma
escola de grande porte que contem cinco professores de educação Infantil.
A Escola Municipal Enock Amaral, localizada na Rua dos Vereadores, s/n, Jockey
clube em Lauro de Freitas, BA. É uma escola de médio porte que contem oito
professores de educação infantil.
Ao realizar a pesquisa, não se teve como objetivo defender ou justificar a hipótese,
mas buscar fundamentos que revele, no resultado se a hipótese é verdadeira ou
não.
Atualmente, o stress é um tema que tem sido muito abordado, porém o primeiro
cientista a estudar sobre o assunto foi o médico austríaco Hans Selye, na década de
20, a partir da observação de alguns pacientes que mesmo com diagnósticos de
doenças diferentes, apresentavam sintomas comuns. De acordo Lipp e Novaes
(2000), o cientista percebeu, que os sintomas apresentados pelos pacientes não
tinham relação com as doenças que estavam acometidos, mas com a condição geral
de estar enfermo.
Então, chamou esse fenômeno de ‘síndrome de estar apenas doente’ ou ‘síndrome
de adaptação geral’, termo que ainda é usado, mas que foi mais tarde simplificado
pelo próprio cientista para stress. Essa expressão ‘stress’ é original da engenharia,
que significa o peso que uma ponte suporta até que ela se parta. Vê-se então, uma
relação com a exposição do indivíduo a momentos de grandes tensões que o leva a
um desgaste, desestruturando o seu organismo.
Segundo o cientista, o stress se divide em três fases que são: a primeira chamada
de alerta, quando o indivíduo entra em contato com o estressor, que é a sua fonte de
stress; a segunda fase é a resistência, quando o organismo tenta se recuperar do
desgaste sofrido; e a terceira fase é a de exaustão, que é onde ocorre um
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comprometimento físico em forma de doenças. Segundo Lipp e Rocha (1994, p. 66),
“exaustão é a quebra do organismo e está associado a uma série de doenças,
inclusive hipertensão arterial, psoríase, úlceras, gengivites, depressão, ansiedade,
problemas sexuais, enfarto e até morte súbita.”
Nota-se que existem muitos mitos em relação ao stress, pois algumas pessoas usam
expressões como: “stress é coisa de gente rica”, “criança não tem stress”, “o que
causa stress é muito trabalho”, porém sabe-se que idade, trabalho ou condições
sociais não são fatores determinantes para a manifestação do stress, mas esse
fenômeno ocorre quando o indivíduo encontra-se em uma situação de pleno
desgaste físico e emocional. Conforme Lipp e Novaes (2000, p. 26), “é importante
entender
que
todos somos
vulneráveis
ao
stress,
em
diferentes
graus,
independentemente das condições de vida.”
Embora exista toda uma repercussão em relação ao stress, entende-se que, em
alguns momentos, ele pode ser benéfico, pois em estado de tensão, o organismo
produz uma substância chamada adrenalina que dá força, vigor, entusiasmo e
energia. Sendo assim, o stress faz parte da vida do ser humano, pois ele não se
manifesta só em momentos de dificuldades como doenças ou acidentes graves, mas
também em momentos de prazer e grandes emoções, pois segundo Lipp e Novaes
(2000), em doses moderadas, o stress pode ser benéfico, mas se contínuo, causa
prejuízo. Deve, então, o indivíduo estar atento para perceber quando a situação de
stress está saindo dos limites normais.
Os professores de Educação Infantil têm um importante papel na formação do
educando, pois nos primeiros seis anos de vida, em que ocorre o desenvolvimento e
a aprendizagem das crianças, esses profissionais contribuem de forma significativa
para que esse processo ocorra de maneira eficaz.
Sendo assim é relevante que os professores de Educação Infantil, cientes da
importância do seu papel na formação do sujeito, busquem habilidades e
competências que os capacitem para o exercício das suas funções. De acordo
Freire (2007, p. 92), “o professor que não leve a sério sua formação, que não
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estude, que não se esforce para estar à altura da sua tarefa não tem força moral
para coordenar as atividades de sua classe.”
É competência do professor também garantir a segurança das crianças, pois na
busca do conhecimento de mundo, as crianças exercitam as suas curiosidades,
podendo se expor a situações de risco, desta forma, o profissional deve proporcionar
as crianças à exploração de espaços e manuseio de objetos de forma que
desenvolva a sua aprendizagem e autonomia, todavia sem por em risco a sua
segurança.
Vê-se também que é indispensável aos professores de Educação Infantil realizar um
planejamento, pois o profissional que elabora um planejamento coeso tem
segurança e tranquilidade. (BASSEADAS; HUGUET; SOLÉ, 2008).
Desta forma, o planejamento é essencial para que os professores possam conduzir
as suas aulas e desenvolverem paramentos claros para que os alunos também
realizem as suas atividades sem muitas dificuldades.
Porém, é importante que os planejamentos dos professores não sejam engessados,
mas de acordo as necessidades, diante das intercorrências que surgirem como um
choro excessivo e outros possam ser flexíveis fazendo as adaptações necessárias,
pois ter uma atividade planejada não significa um esquema rígido que não possa ser
incluída novas propostas. (BASSEADAS; HUGUET; SOLÉ, 2008). Então, é
necessário que o professor esteja atento para adequar a sua aula de acordo com os
imprevistos que aparecerem.
Sendo assim, para os professores exercerem as suas funções, devem ter
conhecimentos, sensibilidade e flexibilidade, pois contribuirá para o desempenho
das suas atividades e serão úteis no relacionamento com os pais, crianças e toda
comunidade escolar.
A escola é uma organização que é muito importante para a sociedade, pois sobre
ela perpassa tudo que envolve a vida do cidadão. Segundo Gandin (2010, p. 14), “a
educação, a escola em particular, direciona a sociedade porque educação é
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investimento, porque a sociedade cresce, desenvolve-se na proporção direta do
investimento em educação.”
A escola é uma das principais fontes de conhecimentos e cultura e é por meio dela
que se adquirem os primeiros saberes sobre as letras, contas, o conhecimento de si
e de mundo, onde o sujeito desenvolve a sua forma de pensar e agir.
Dessa forma, a escola permite ao indivíduo estabelecer metas que o oportuniza
alcançar os seus objetivos, pois conforme Basseadas; Huguet e Solé (2008, p. 21),
“o ser humano é o único ser vivo que pode planejar a sua ação, por um andamento
uma atividade psíquica que lhe permita realizar ações criadoras.” Porém, para tanto,
esse espaço de educação precisa ser bem estruturado, ter uma boa administração e
ser composta de profissionais competentes que desenvolvam as suas funções,
visando oferecer um serviço de qualidade.
É relevante que a escola se proponha a realizar formação continuada para que os
profissionais busquem a capacitação para que tenham um melhor desempenho no
exercício das suas funções. Porém, essa formação não se restringe somente aos
professores, mas para todo corpo escolar uma vez que se entende que todos que
trabalham na escola são responsáveis pela formação do aluno, pois o educando não
aprende só na sala de aula, mas em todo espaço escolar.
A escola também deve buscar uma interação com a família, pois é salutar que haja
essa comunicação, uma vez que, tanto a escola como a família devem ter interesses
comuns em relação à formação do educando porque “uma consequência
interessante do conhecimento compartilhado progressivo que os pais, as mães e os
professores constroem sobre a criança é a possibilidade de estabelecer critérios
educativos comuns”. (BASSEADAS; HUGUET; SOLÉ, 2008).
Sendo assim, devem-se realizar encontros com a família na escola, fazer reuniões
periódicas e se necessário um atendimento individualizado, colocar para os
responsáveis a proposta pedagógica deixando-os inteirados de tudo que ocorre com
o educando para que possam contribuir no que for necessário. “A relação entre a
família e o centro educativo devem proporcionar que os pais e as mães possam
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compreender, aceitar e valorizar a tarefa educativa da escola.” (BASSEADAS;
HUGUET; SOLÉ, 2008).
Percebe-se, que para a escola executar o seu papel e alcançar o seu objetivo como
espaço de educação, é indispensável que realize um trabalho coeso e participativo
onde todos os que fazem parte da instituição, no desenvolvimento das suas
atividades, possam contribuir para o bom andamento do trabalho.
De acordo Gandin (2010), esta prática é necessária, para que todos possam expor
as suas opiniões, seu conhecimento de realidade suas sugestões, as suas
propostas de ações, para que juntos realizem um trabalho ordenado, pois a
construção em conjunto fortalece a equipe, cada componente sente-se responsável
dentro do que se propõe a realizar, existe a coparticipação, uma vez que todos estão
envolvidos e empenhados para alcançar o mesmo objetivo.
A escola sempre teve um papel significativo na sociedade, e na atualidade, diante do
avanço tecnológico e das grandes mudanças que ocorrem, é necessária à existência
de uma escola que proponha a formação do sujeito crítico e reflexivo onde se
ofereça condições para que se estimule o pensar e desenvolver a capacidade da
tomada de decisões, pois conforme Freire (1996, p. 27), “a tarefa docente não é
apenas ensinar os conteúdos, mas também ensinar a pensar certo.” Sendo assim,
esse espaço de formação do sujeito deve estar cada vez mais coeso, buscando
desenvolver um trabalho pedagógico e administrativo competente.
2 ATRIBUIÇÕES DO PROFESSOR DO ENSINO INFANTIL
O professor de Educação Infantil é um profissional que tem um papel significativo,
pois atende a um grupo em formação que necessita de educadores que tenham um
preparo físico, emocional e intelectual para desempenharem funções que são
indispensáveis às suas práticas, como: a função social que consiste em acolher
para educar e cuidar, onde o professor valoriza os conhecimentos e as experiências
adquiridas pela criança dentro do seu contexto social, ao longo da sua trajetória de
vida para mediar novas possibilidades de conhecimentos em que possam interiorizar
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e adquirirem uma noção de si mesmo. De acordo Basseadas; Huguet e Solé (2008,
p. 45).
As experiências que as crianças vivenciam no decorrer dos anos, em todos
os contextos (família, escolas, entre amigos e amigas), fazem com que elas
interiorizem uma imagem e um conhecimento de si mesmas (“Sou uma
menina que se chama Caterina”, “Sou um menino que tem um irmão que se
chama Marc”, “Sou uma menina bonita”, “Sou um menino grande”, etc.) e,
ao mesmo tempo adquiram uma valorização do próprio conceito que é
transmitido por pessoas significativas em sua relação diária. (BASSEADAS;
HUGUET; SOLÉ, 2008, p. 45).
Também se destaca a função política do professor de contribuir para que os
educandos usufruam de seus direitos sociais e políticos e exerçam seu direito de
participação, tendo em vista a sua formação na cidadania, pois esse é um beneficio
para toda criança independente de gênero, cor, etnia, proveniência social, credo
político ou religioso, com ou sem necessidades especiais, porque a Educação
Infantil “tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até 6 anos de
idade em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a
ação da família e da comunidade.” (art. 29 da LDB).
Pertence também ao professor de Educação Infantil, a função pedagógica que
requer desse profissional a busca de formação para que tenha o domínio em sua
prática.
De acordo Freire (2007), é fundamental para o professor conhecer o conhecimento
existente e estar aberto à produção de novos conhecimentos, o que culminará na
valorização do seu desenvolvimento profissional, para que possa elaborar e
desenvolver atividades adequadas para atender a esse grupo específico,
observando o tempo suficiente para manter a atenção das crianças, o espaço
organizado que facilite a movimentação, o uso de materiais diversificados que
estejam ao seu alcance e que não ofereçam riscos, como objetos muito pequenos
que não são adequados a essa faixa etária.
O professor deve ter o cuidado para não interferir em atividades que devem ser
realizadas pelas crianças para sua construção de identidade e autonomia, pois
segundo Freire (2007), deve-se respeitar a autonomia do indivíduo, como um
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imperativo ético e não como um favor que se pode conceder de acordo a vontade
dele.
Sendo assim, o professor deve oportunizar ao aluno a liberdade de pensar e expor
as suas ideias para construir os conceitos e ter a condição de dizer o que pensa.
2.1 Segurança das Crianças na Instituição
Nos dias atuais, a segurança é algo almejado por todas as pessoas, e isso tem se
configurado em temas de palestras em diversos grupos. Desta forma, vê-se falar em
segurança empresarial, pública, pessoal e outros onde se busca desenvolver meios
e técnicas para garantir a segurança dos patrimônios e indivíduos.
A segurança é então uma necessidade e um direito de todas as pessoas, em
qualquer espaço, entre esses, a escola. Sendo assim, é imprescindível que se
promovam condições favoráveis para que os discentes possam permanecer no
ambiente escolar desenvolvendo as suas atividades sem qualquer risco. De acordo
Basseadas; Huguet e Solé (2008), o espaço escolar deve ser organizado de forma
que fique amplo, acolhedor e seguro.
Para isso, as instituições escolares devem promover ações de segurança como: ter
um porteiro atento nos horários de entrada e saída dos alunos; os vigias devem ser
organizados em sistemas de ronda para que passem regularmente em áreas
externas e instalações de câmeras, desde que fiquem expostos e toda comunidade
escolar tenha ciência do seu uso. Essas medidas dificultarão a saída de alunos sem
o conhecimento dos responsáveis pela instituição, como também impedirão o
acesso ou permanência de pessoas não autorizadas.
Vê-se também a necessidade de uma boa infraestrutura porque a escola deve ser
um espaço acessível a todos os indivíduos. Sendo assim, é importante criar um
ambiente adequado para cada faixa etária, no caso dos menores, por exemplo, as
cadeiras e as pias devem ter a altura adequada para garantir que as crianças se
movimentem com autonomia e segurança; os pisos dos parquinhos e das quadras
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esportivas devem ser de areia fofa, grama ou emborrachado para absorver o
impacto e o mesmo cuidado deve ser observado com os pisos nas salas de aula ou
em qualquer outro espaço que a criança tenha acesso (ABNT, 1999).
Destaca-se a relevância do cuidado prestado por pessoas que estão mais próximas
das crianças, como os professores. Por isso, na sala de aula ou na área de lazer é
indispensável um olhar atento e preventivo para evitar qualquer intercorrência que
venha causar danos às crianças.
Sendo assim, os professores devem observar de forma prudente, nos momentos
das atividades, para que as crianças menores não levem objetos à boca e não se
sufoquem, na disputa de um brinquedo entre colegas realizar a mediação evitando
que se machuquem. De acordo Luckesi (1994, p. 118), “o educando é um sujeito
que necessita da mediação do educador [...]” na área de lazer, permitindo que
corram, pulem, subam em superfícies, promovendo assim, a autonomia, pois
segundo (FREIRE, 1996), o educador deve respeitar a autonomia do educando, mas
sempre deve haver a presença do adulto para garantir a segurança.
Desta forma, promover a segurança na instituição escolar constitui-se em um grande
benefício, uma vez que todos que têm acesso a esse estabelecimento desfrutarão
desse espaço com mais tranquilidade.
2.2 Planejamento e desempenho do trabalho docente
Diante de uma sociedade em constante transformação, onde o tempo é algo muito
concorrido e se busca aproveitá-lo da melhor forma possível, faz-se necessário um
planejamento para que se possa ter uma orientação e a realização das metas sejam
alcançadas em tempo oportuno. De acordo Gandin (2010, p. 29), “o planejamento
[...] estuda e indica processos para se chegar a resultados.”
O planejamento é algo que faz parte do cotidiano da maioria das pessoas. Desde as
suas primeiras ações ao acordar, o indivíduo começa a esquematizar o seu dia, e
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tudo que realiza passa por um planejamento, exceto aqueles que vivem de
improviso.
Na área profissional, para se lograr êxito em toda e qualquer atividade que se deseja
desempenhar de forma eficaz, é necessário que haja um planejamento, e para
algumas funções essa prática se faz mais necessária.
O professor é um profissional que para desenvolver o seu papel de forma
organizada, precisa planejar, porque o planejamento se constitui em uma ferramenta
para o exercício das suas atividades. Segundo (BASSEADAS; HUGUET; SOLÉ,
2008, p.100).
Desde que chega a escola, acompanhada de seu pai e sua mãe, até voltar
a companhia deles, ao final do período, os profissionais da escola precisam
organizar a sua intervenção para ajudar a criança a sentir-se à vontade e
para favorecer o seu desenvolvimento e a sua aprendizagem.
(BASSEADAS; HUGUET; SOLÉ, 2008, p. 100).
Desta forma, o planejamento é importante para o desenvolvimento das atividades do
professor porque proporciona organização e evita o improviso, promovendo um
ensino de qualidade e permite a contextualização do assunto de acordo às
necessidades dos alunos. Para Gandin (2010), é necessário que nos planejamentos
se preocupem mais com as pessoas porque elas são o mais importante em um
grupo ou uma instituição, também facilita a preparação das aulas, pois o professor
seleciona o material didático em tempo hábil, define os temas que serão abordados,
os recurso que irá utilizar e se for necessário replaneja as aulas diante de novas
situações que surgirem, pois o planejamento é utilizado como um processo para
organizar a prática. GANDIN (2010).
Porém, algumas considerações devem ser feitas na elaboração do planejamento
porque esse programa deve ser um guia de orientação, apresentar ordem
sequencial, ter objetividade, ter coerência e apresentar flexibilidade. Desta forma, o
professor administrará as suas funções de maneira dinâmica que culminará no
envolvimento dos alunos, pois o planejamento será como uma linha guia que
conduzirá todas suas atividades de forma eficaz.
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2.3 Males que acometem os professores da educação infantil
Acredita-se que a opção por desempenhar a função de educador é uma escolha que
tem como princípio o prazer de ensinar e contribuir com a construção do
conhecimento de indivíduos, conduzindo-os a ampliar a sua ciência do mundo. De
acordo Werneck (1996, p. 10), “a tarefa da educação é exatamente promover o
crescimento, ajudar o indivíduo a tornar-se pessoa, ampliando o seu valor e
fazendo-o consciente dele.” Sendo assim, porque o exercício profissional que deve
ser uma fonte de prazer pode causar sofrimento e enfermidades?
Pesquisas revelam que existe uma porcentagem elevada de afastamento dos
docentes de suas atividades por conta de doenças físicas e emocionais. A NOVA
ESCOLA (2007) revelou que de 500 professores da rede pública das capitais, mais
da metade dos entrevistados, sofrem de stress, o que culmina no afastamento do
seu exercício profissional.
São diversas as doenças que agridem os professores de Educação Infantil, segundo
a Dra. Maria Cristina Capo Bianco, psicóloga e coordenadora do programa
Qualidade de Vida da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), as principais
doenças que acometem os professores são: disfunção músculo esquelética; bursite;
epicondilite; LER/DORT (lesões causadas por esforços repetitivos ou traumas no
sistema musculoesquelético, envolvem tenossinovite, tendinite, bursite e outras
doenças); as relacionadas à voz; lombares e os transtornos mentais e de
comportamento, desta forma o stress torna-se crônico, os professores cada vez mais
cansados, com irritabilidade fácil, sintomas próprios de burnout, doença que afeta
principalmente os profissionais que têm como atividade o cuidar, como os de saúde
e educação.
As dores de forma geral são muito frequentes, como: cefaleia (dor de cabeça),
dores musculares e isso traz um grande abalo para o sistema nervoso do professor,
deixando-o muito irritado, o que propicia uma dificuldade para o desenvolvimento
das suas atividades.
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Identifica-se também, como agravante a saúde do professor, os problemas vocais,
porque a voz é um dos instrumentos fundamentais usados por esse profissional para
executar o seu trabalho, e devido a diversos fatores como a intensa jornada de
trabalho, esforço excessivo para falar, muitas vezes com a voz em tom elevado para
tentar obter a atenção dos alunos, o uso insuficiente de água e alimentos
necessários para hidratar o corpo e outras prevenções, contribuem para serias
complicações. (REVISTA TEXTUAL, 2004).
Porém, todos esses males podem ser evitados se, quando identificadas as primeiras
manifestações, o professor buscar, em tempo oportuno, orientação de especialistas
que possam ajudá-lo a reverter o quadro.
3 STRESS: CAUSAS
Nos dias atuais, alguns fatores têm contribuído para que os indivíduos tenham uma
vida de constante stress. E o que se percebe é que a má qualidade de vida na área
social, afetiva, profissional e de saúde são fatores determinantes para o
desenvolvimento desse estado doentio, segundo Rocha e Lipp (1994, p. 13), “por
qualidade de vida entendemos o viver que é bom e compensador em pelo menos
quatro áreas: social, afetiva, profissional e a que se refere à saúde.”
Desta forma, mesmo as pessoas mais bem sucedidas que tenham uma boa
condição financeira, um bom emprego, um bom relacionamento com familiares
podem desenvolver o stress.
Existem alguns problemas sociais que favorecem ao stress e um deles é a solidão,
em caso de afastamento dos filhos que já se casaram, mudança para uma cidade
distante, longe dos familiares, divórcio e outros. De acordo Lipp e Novaes (2000, p.
27), “as vezes o stress é criado por um evento muito sério, muito perturbador, como
a morte de alguém na família, doenças graves, perda de emprego e separação.”
Outro fator social são os problemas financeiros pois, muitas pessoas não
conseguem lidar com esse tipo de situação chegando ao extremo de tirar a própria
vida. Segundo Rocha e Lipp (1994, p. 63), “o stress é uma reação desencadeada
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por
qualquer
evento
que
confunda,
amedronte
ou
emocione
a
pessoa
profundamente.”
Identifica-se alguns desencadeadores de stress nas áreas afetivas como a
separação do cônjuge, traição de uma amizade, assim como o nascimento de um
filho pois, segundo Rocha e Lipp (1994), tanto o sentimento de tristeza como o de
alegria podem desencadear o stress. Sendo assim, é necessário controlar as
emoções quando perceber que está afetando a saúde.
As questões relacionadas à profissão também é um forte estressor, já que para o
bom exercício profissional, requer-se uma atuação de qualidade em todos os
campos profissionais, sendo que em algumas áreas a cobrança é bem maior, como
na educação, que existe uma grande exigência para que se possa oferecer um
ensino de qualidade nas escolas, e nessa busca incessante é o professor o mais
sobrecarregado. (NOVA ESCOLA, 2007).
Destaca-se também o fator saúde, porque o profissional que não se organiza de
forma que possa ter um tempo dedicado para cuidar do seu bem-estar, futuramente
pode ter sérios problemas. De acordo Lipp e Novaes (2000, p. 9), “muitas pessoas
não sabem administrar o seu dia a dia de modo adequado, visando uma vida
saudável.” Desta forma, para que se tenha uma boa saúde, é necessário que o
indivíduo esteja atento a práticas que ofereçam boa qualidade de vida.
3.1 Definição
O stress é um estado de tensão que causa um desequilíbrio no organismo. Quando
ele não é identificado e quando não há a busca de orientação de especialistas, os
efeitos gerados podem causar sérios danos à saúde.
O termo stress define tanto uma situação de muita tensão como a reação que se
tem a determinada situação. Segundo Lipp e Rocha (1999), todo e qualquer motivo
que leve o indivíduo a vivenciar um estado de muita tensão, sendo ele bom ou não,
pode desencadear o stress.
17
Pesquisas mostram que o Brasil está entre os países com mais pessoas
estressadas, perdendo apenas para o Japão, e cerca de 30% da população
brasileira economicamente ativa sofre de stress onde as principais causas são a
sobrecarga de trabalho e o medo de demissão. (TVTEM, 2010).
São três as fases do processo de stress: alerta, resistência e exaustão onde cada
fase tem o seus tipos de reações e complicações para o organismo. A primeira fase
de alerta ocorre quando o estressor é identificado pela pessoa.
Esta fase é comum para o indivíduo frente às atividades que desenvolve no dia a
dia, é caracterizada pela hiperventilação (respiração ofegante), taquicardia e
aumento de pressão arterial, porém é imprescindível está atento aos sinais e
sintomas para que quando identificado, possa se afastar do estressor que está
causando os danos a saúde.
De acordo com Lippe e Rocha (1994, p. 65), “é fundamental saber reconhecer
quando o stress está se tornando excessivo a fim de se tentar mudar ou fugir daquilo
que nos está estressando no momento.”
Da fase de alerta o indivíduo pode evoluir para a de resistência, que é a segunda
fase. Esta ocorre quando o estressor permanece por um tempo mais demorado ou a
sua intensidade é bem maior.
Nesta fase, a vulnerabilidade do sujeito é intensa, o que o torna predisposto a
contrair e desenvolver várias doenças como, por exemplo: resfriados constantes,
infecções,
cansaço,
problemas
estomacais,
dificuldade
de
concentração,
hipersensibilidade emotiva, e outros. Segundo Lipp e Rocha (1994, p. 65), “pode-se
passar da fase de alerta para de resistência em questão de minutos.”
A evolução do stress pode atingir a terceira fase que é a de exaustão. Nesse caso, o
indivíduo já está bastante afetado e acometido por várias doenças graves que pode
conduzi-lo a morte. Para sair do estado de exaustão, é necessária a ajuda de um
especialista, e este processo de reversão demanda muito tempo.
18
O indivíduo acometido por stress, na fase de exaustão, necessita de um tratamento
especializado de no mínimo seis meses e a ajuda médica é indispensável. (LIPP e
ROCHA, 1994).
3.2 Causas do excesso de trabalho
Atualmente, as empresas têm investido em programas de qualidade de vida do
trabalhador, por perceber que é essencial para o bom desempenho profissional e
consequentemente o desenvolvimento da empresa. De acordo com Dejours (1992,
p. 96), “toda doença física só pode ser prejudicial a produtividade e a rentabilidade
da empresa” pois, para produzir mais e melhor, o profissional necessita de energia
física e equilíbrio mental, conforme a Revista Profissional e Negócios (2006).
Está mais do que provado que quando o profissional não está bem consigo
mesmo o trabalho não rende. Há desinteresse, falta de motivação e falta de
comprometimento. O bem-estar está diretamente ligado ao desempenho
dos funcionários das empresas. (REVISTA PROFISSIONAL E NEGÓCIOS,
2006).
Sendo assim, são muitas as causas que tem impelido os profissionais a viverem em
constante excesso de trabalho prejudicando a sua qualidade de vida, entre elas a
imposição de atividades que superam a capacidade do indivíduo e que resulta em
uma sobrecarga de trabalho. Segundo Dejours (1992, p. 120), “o aumento da
cadência, a aceleração dos tempos e a exigência de desempenhos produtivos de
rendimento
crescente
conduzem
a
descompensações
rápidas,
que
se
desencadeiam como epidemias.”
Outro motivo muito frequente são os baixos salários que obrigam os profissionais a
cumprirem carga horária dupla ou fazer hora extra para suprirem as suas
necessidades. Em depoimento, uma Professora que cumpria uma carga horária
intensa dando 70 aulas semanais, em até três turnos para ter um aumento na sua
renda mensal, relata que teve grandes consequências pelo excesso de trabalho
(REVISTA NOVA ESCOLA, 2008, 42).
Destaca-se também a falta de apoio na prática dos profissionais, pois o
trabalhador muitas vezes sente-se sozinho, sem orientação e suporte para
19
desenvolver a sua dinâmica de trabalho. A presença de coordenadores que deem
suporte efetivo à equipe é fator de aprimoramento das condições profissionais.
(REVISTA NOVA ESCOLA, 2008, p. 40).
3.3 Stress do profissional da área de ensino
O avanço tecnológico que está em constante evolução e mudanças tem
transformado a sociedade, e isso tem refletido nos espaços escolares, pois existe
uma exigência para que as escolas acompanhem essas modificações, que refletem
diretamente na atuação do professor, pois requer do profissional uma atualização
constante em busca de um aperfeiçoamento para conseguir acompanhar o ritmo
acelerado, que vive a sociedade, conforme Amanda Piloto.
Os conhecimentos sobre didática avançam; a necessidade de se manter
atualizado com relação aos conteúdos é constante; as salas de aula estão
se tornando inclusivas; a sociedade exige cada vez mais da escola; [...]. A
pressão para se adequar a tudo isso muitas vezes dão origem a doenças,
mal-estar e tensão. (Revista Nova Escola, 2008, p. 41).
Outra causa para o stress do profissional da área de ensino é a falta de disciplina
dos alunos, que muitas vezes se manifesta com atitudes agressivas, e às vezes até
ameaçadora contra a vida do profissional.
De acordo pesquisas, a dificuldade de relacionamento com crianças e jovens em
classe é a maior queixa dos professores. (REVISTA NOVA ESCOLA, 2008, p. 43).
A inclusão de alunos deficientes também é um fator determinante para o stress do
profissional de educação, uma vez que não se sentem preparados para atender a
esses educandos porque não recebem uma orientação de um profissional
especializado e as estruturas escolares não oferecem condições para receber esse
público.
A proposta da inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais nas
classes regulares de ensino tem reforçado o quadro, pois os professores sentem-se
despreparados para lidar com esse aluno. Como consequência, encontra-se um
20
profissional cada vez mais propenso ao processo de stress [...] (REVISTA DO
CENTRO DE EDUCAÇÃO, 2002).
4 ESCOLAS DA REDE MUNICIPAL DE LAURO DE FREITAS
4.1 Informações Gerais
As Escolas da Rede Municipal de Lauro de Freitas prestam atendimento educacional
aos três segmentos da educação: Infantil, Fundamental e EJA (Educação de Jovens
e Adultos), são 128 escolas, sendo 92 da Rede Municipal e 36 escolas conveniadas
que atendem a 28 mil alunos. Na educação infantil, são 200 Professores lotados em
52 unidades entre escolas e creches que prestam serviço a este grupo.
4.2 Escola Municipal Enock Amaral
A Escola Municipal Enock Amaral, localizada na Rua dos Vereadores, s/n, Jockey
clube em Lauro de Freitas, BA é uma escola de médio porte que tem em seu quadro
funcional um Diretor Gestor, Vice-Diretor, Coordenador Pedagógico e 18
professores. A escola atende a 560 alunos, onde 200 frequentam as salas de
educação infantil entre os turnos matutino e vespertino.
4.3 Escola Municipal do Loteamento Santa Júlia
A Escola Municipal do Loteamento Santa Júlia tem doze anos de inaugurada. Está
localizada no lot. Santa Júlia, s/n, no bairro de Itinga, em Lauro de Freitas, BA. É
uma escola de grande porte, que funciona em dois turnos (matutino e vespertino)
com os segmentos infantil, fundamental I e fundamental II e tem em seu quadro
funcional um Diretor Gestor; três Vice-Diretores, um para cada segmento;
Coordenador Pedagógico; Coordenador de ciências avançada (laboratório);
Coordenador do ‘Mais educação’; 46 professores sendo 5 da educação infantil; 15
do ensino fundamental I e 26 do ensino fundamental II, todos com formação
superior, alguns com pós-graduação e mestrado, e 60 funcionários entre secretários
e pessoal de apoio. A escola atende a 1168 alunos, onde 17 são especiais, que
21
recebem atendimentos especializados três vezes por semana em turno oposto a
aula, e em sala de recursos multifuncionais.
4.4. Pesquisa
A pesquisa realizada é bibliográfica e quantitativa segundo Medeiros (2000, p. 41) “A
pesquisa bibliográfica é passo decisivo em qualquer pesquisa científica, uma vez
que elimina a possibilidade de se trabalhar em vão, de se despender tempo com o
que já foi solucionado.”
Foram realizadas duas visitas a Secretaria de Educação do Município de Lauro de
Freitas com o objetivo de coletar informações, dados esses que foram importantes
para a pesquisa.
A pesquisa foi realizada em duas escolas de grande e médio porte da Rede
Municipal de Lauro de Freitas. Para o procedimento de coleta de dados foi utilizado
como instrumento um questionário contendo 35 questões, sendo 30 questões
fechadas e 5 questões abertas com uma amostra de 10 professores de educação
infantil que corresponde a 5% do universo. De acordo Gil (1996, p. 90), “[...] o
questionário constitui o meio mais rápido e barato de obtenção de informações, além
de não exigir o treinamento de pessoal e garantir o anonimato.” As perguntas foram
elaboradas de maneira clara, concreta, precisa e ética para facilitar as respostas e
obter um resultado mais fiel possível.
4.4.1 Análise dos Resultados da Pesquisa
Idade:
01 professora com 25 anos
03 professoras com 31 anos
01 professora com 33 anos
01 professora com 42 anos
01 professora com 43 anos
02 professoras com 44 anos
22
01 professora com 46 anos
Sexo:
Feminino
Fonte: Pesquisa de campo 2012
Do grupo de professores pesquisados, 100% são do sexo feminino. Historicamente,
a função do professor é associada a características geralmente consideradas
femininas como atenção, delicadeza, meiguice. Vê-se que o trabalho desenvolvido
em educação infantil está muito relacionado ao cuidar. Desta forma, a maioria dos
profissionais que exerce função de professor em educação infantil são mulheres.
23
Vida pessoal:
1. Qual o seu estado civil?
Fonte: Pesquisa de Campo 2012
Das professoras pesquisadas, 50% são casadas, 30% são solteiras, 10% são
divorciadas e 10% são separadas.
24
2. Quantos filhos você tem?
Fonte: Pesquisa de Campo 2012
Os dados da pesquisa revelam que 40% das professoras têm 1 filho, 30% têm dois
filhos, 20% não têm filhos e 10% têm 3 filhos.
A demanda do dia a dia tem levado muitos profissionais a optarem por ter um
número reduzido de filhos. As responsabilidades domésticas e a necessidade da
busca pela formação, visando um melhor aperfeiçoamento profissional são alguns
dos fatores determinantes para essa decisão.
25
3. Qual o nível de formação?
Fonte: Pesquisa de Campo 2012
A pesquisa mostra que 50% dos professores têm ensino superior completo, 40%
têm especialização e 10% ensino superior incompleto.
Atualmente, os profissionais de educação têm se dedicado na busca da formação e
a qualificação profissional. A qualificação profissional é relevante para todo e
qualquer trabalhador e para o professor que é um profissional formador do sujeito é
indispensável, pois ele precisa estar informado acompanhando o desenvolvimento e
atualizações que acontecem dentro da sua área de atuação.
Desta forma, o nível de formação desses profissionais tem crescido o que é um
ganho para a educação porque as escolas tendo profissionais qualificados, propicia
um ensino de melhor qualidade.
26
4. Você se locomove para a escola em condução
Fonte: Pesquisa de Campo 2012
Os dados revelam que 80% dos professores pesquisados se locomovem de casa
para a escola em que trabalham em condução coletiva e 20% em condução
particular.
Grande parte dos trabalhadores necessita de um meio de locomoção para realizar o
percurso da residência para o trabalho e vice versa e durante esse deslocamento
muitas dificuldades são encontradas.
O profissional que faz uso diário de transporte coletivo enfrentando as dificuldades
de lotação excessiva, falta de conforto, falta de cumprimento no horário podem
sofrer mudanças no comportamento ocasionando alterações no desempenho
profissional.
27
Vida profissional:
5. Você trabalha com educação infantil por
Fonte: Pesquisa de Campo 2012
A pesquisa revela 90% dos professores trabalham com educação infantil por
vocação e 10% por necessidade.
A vocação pode ser definida como Inclinação ou talento especial para o exercício de
certa profissão ou atividade. A vocação profissional faz com que o indivíduo se sinta
realizado no exercício das suas funções. Nos dias atuais, a descoberta da vocação
profissional tem se tornado essencial, uma vez que é necessário direcionar a
carreira para não correr o risco de perder tempo e dinheiro se dedicando por algo
que não tenham interesse.
Ter vocação foi indicado pelas professoras como fator determinante para trabalhar
com educação infantil, nem todos os professores se identificam com essa faixa
etária. O prazer de trabalhar com este grupo é decorrente de acreditarem na
importância do trabalho que realizam e está diretamente vinculado a ter afinidade
com a faixa etária e amor às crianças. Dessa maneira, sobressai a concepção de
que o seu trabalho é um dom, uma vocação inata.
28
6. Há quanto tempo atua como Professor de Educação Infantil?
Fonte: Pesquisa de Campo 2012
Dos professores pesquisados, 60% atuam com educação infantil a mais de cinco
anos, 20% atuam com educação infantil de um a dois anos e 20% atuam em
educação infantil a menos de um ano.
Trabalhar com o grupo de educação infantil requer além do conhecimento, muita
paciência e dedicação.
O trabalho docente requer primeiro e prioritariamente, o amor às crianças e à
profissão, o qual seria o principal motivador de outras atitudes profissionais como:
abertura a mudanças, compromisso, responsabilidade, busca de aperfeiçoamento.
Dentre as principais características que deve ter o professor de educação infantil
destaca-se simpatia, carinho, paciência, criatividade, tranquilidade e capacidade de
acolhimento das crianças.
29
7. Quantos alunos você tem?
Fonte: Pesquisa de Campo 2012
Entre os professores pesquisados, 70% informam que tem de 16 a 20 alunos e 30%
tem mais de 21 alunos.
É importante que o professor tenha uma relação próxima ao educando para fazer
um diagnóstico, pois a proximidade permite o diálogo onde o professor identifica o
conhecimento prévio do aluno, reconhece as habilidades e pode perceber a melhor
forma de trabalhar com o educando e envolvê-lo no processo de aprendizagem.
O número de alunos em sala de aula é relevante no que se refere ao atendimento do
educando, pois a superlotação não permite ao professor um olhar mais
individualizado, o que pode fragilizar o atendimento. Desta forma, é necessário um
número adequado na relação professor aluno em sala de aula para que a
aprendizagem seja eficaz.
30
8. Qual a sua carga horária de trabalho durante a semana?
Fonte: Pesquisa de Campo 2012
A pesquisa revelou que 90% dos professores trabalham durante a semana com uma
carga horária de 40 horas e 10% trabalha por semana uma carga horária de 20
horas.
Sabe-se que a maioria dos professores tem uma dupla ou tripla jornada de trabalho
para obter maior renda salarial, mas o excesso de carga horária tem sido um dos
maiores motivos do desenvolvimento do stress.
O excesso de trabalho prejudica a qualidade de ensino e a satisfação profissional
por isso, é recomendado que o professor busque uma melhor distribuição do seu
tempo entre trabalho, descanso e lazer para que possa viver melhor e oferecer um
atendimento educacional de qualidade.
31
9. A escola que trabalha é muito distante da sua residência?
Fonte: Pesquisa de Campo 2012
Entre os professores pesquisados, 70% informaram que a escola em que trabalham
não fica distante da sua residência e 30% informaram que a escola que trabalha fica
distante da sua residência.
Os profissionais que trabalham próximo as suas residências são beneficiados
porque ganham tempo, dificilmente ficam presos no trânsito, o que proporciona
menos desgaste físico e emocional, e isso vai refletir no melhor atendimento escolar
porque não vão chegar atrasados e estressados e desenvolverá o trabalho com
maior disposição.
32
10. Você investe na sua formação?
Fonte: Pesquisa de Campo 2012
A pesquisa revelou que 100% dos professores investem na formação profissional.
Para o melhor desempenho de suas funções todo e qualquer trabalhador deve
buscar a formação contínua, e para o professor, essa é uma necessidade básica,
uma vez que este profissional é um formador do sujeito e transformador social.
Sendo assim atitudes, competências, habilidades e conhecimentos devem ser
desenvolvidos pelo profissional de educação infantil, e para tanto, é necessário um
investimento contínuo na sua formação.
33
11. Você participa de encontros Pedagógicos?
Fonte: Pesquisa de Campo 2012
A pesquisa revela que 100% dos professores participam de encontros pedagógicos.
A capacitação é imprescindível para a formação do professor. Nos dias atuais, a
participação em encontros pedagógicos é indispensável para atualização dos
profissionais para que tenham melhor desempenho e haja uma qualidade na sua
dinâmica de trabalho.
O professor que se atualiza adquire experiências para ser inovador, criativo e fazer
com que a sua aula seja interessante e desperte no aluno o interesse em participar
das atividades.
34
12. Você viaja ou já viajou para participar de congressos com temas sobre
Educação Infantil?
Fonte: Pesquisa de Campo 2012
Dos professores pesquisados, 80% responderam que não viajam ou viajaram para
participarem de congressos com temas sobre Educação Infantil.
A participação em congressos por professores é importante, pois além de capacitálos para o seu desempenho em sala de aula, também oportuniza o contato com
outras pessoas, ampliando as suas relações, o que pode proporcionar novas
experiências em outros espaços.
35
13. Você tem alunos especiais?
Fonte: Pesquisa de Campo 2012
A pesquisa revela que do grupo pesquisado, 60% dos professores têm alunos
especiais e 40% dos professores não têm alunos especiais.
Ter alunos especiais se constitui em um grande desafio para os professores, uma
vez que, os profissionais terão que desenvolver um trabalho onde será necessária
uma flexibilização da dinâmica de sala de aula para atender as especificidades de
cada aluno e nem sempre o professor tem um suporte ou orientação de um
especialista.
Desta forma, terá que buscar competências e habilidades para realizar um trabalho
eficiente que qualifique a sua atuação como professor.
36
Se sim alunos especiais quantos são?
Fonte: Pesquisa de Campo 2012
Dos professores pesquisados, 100% informaram que ensinam em sala de aula, a
menos de três alunos especiais.
Atualmente, o número de alunos especiais estudando em escolas regulares tem
crescido e um dos motivos é a conscientização dos responsáveis por esses alunos,
do direito que lhes são atribuídos por lei que determina que alunos especiais
estudem em classes regulares.
Existem leis que também asseguram o direito ao professor de ter o número reduzido
de alunos em sala de aula, quando se tem de dois ou mais alunos especiais.
37
14. Na escola onde ensina, tem sala de recursos multifuncionais?
Fonte: Pesquisa de Campo 2012
A pesquisa mostra que 70% dos professores pesquisados ensinam em escola com
sala de recursos multifuncionais e 30% não ensinam em escola com sala de
recursos multifuncionais.
A sala de recursos multifuncionais é frequentada pelo aluno especial em horário
oposto às aulas em sala comum. Ela é um grande auxílio para o professor de classe,
pois tem um professor especialista que oferece os recursos necessários como
materiais adaptados e dá orientações para que o professor de classe possa atuar
com cada aluno dentro das suas especificidades.
38
15.Você tem algum suporte para ajudar na sua atuação em sala de aula como
outros profissionais ou orientação?
Fonte: Pesquisa de Campo 2012
A pesquisa mostra que 80% dos professores pesquisados têm um suporte, como:
outros profissionais ou orientação para ajudá-los na sua atuação em sala de aula, e
20% dos professores pesquisados não têm esse suporte.
Para que ocorra um processo de inclusão eficaz é imprescindível a presença de um
professor especialista para ajudar tanto ao aluno especial, como ao professor de
classe comum para que a inclusão não ocorra de forma deficiente, trazendo danos
para os alunos especiais.
O professor de classe comum não tem uma formação para atender ao aluno
especial, sendo necessária essa orientação de um profissional especialista para que
o aluno especial seja verdadeiramente incluído e não inserido.
39
16.Você está satisfeito (a) com o seu salário?
Fonte: Pesquisa de Campo 2012
A pesquisa revela que dos professores pesquisados 70%, não estão satisfeitos
com o seu salário, 20% estão satisfeitos com o salário que ganham e 10% não
respondeu.
O salário é a remuneração que um trabalhador recebe pelos seus serviços
prestados. Sendo assim, todo e qualquer profissional deseja receber um
benefício que seja satisfatório para atender as suas necessidades, mas um
grande número de profissionais vive insatisfeito com os salários que recebem e
essa insatisfação, muitas vezes, influencia na qualidade do serviço prestado.
O professor é um profissional que tem grande responsabilidade na sua atuação
como formador do sujeito, desta forma, deve estar bem consciente da sua
escolha profissional para que, em nenhum momento, a sua qualidade profissional
seja mensurada pelo seu salário.
40
17. Há quanto tempo trabalha em órgão público?
Fonte: Pesquisa de Campo 2012
Do grupo de professores pesquisados, 90% têm mais de cinco anos que trabalham
em órgão público e 10% têm de dois a três anos.
No serviço público é onde se concentra um grande número de profissionais.
Trabalhar em uma rede pública é o anseio de muitas pessoas, pois existe um mito
em relação ao serviço público onde as pessoas acreditam que o serviço não precisa
ser de qualidade por ser público, porém o profissional consciente presta um serviço
de qualidade em qualquer lugar que exerça a sua profissão sendo pública ou
privada.
O professor responsável e que ama o que faz não se influencia por esta cultura do
oferecimento de um serviço deficiente por ser público, pois ele sabe a importância
que tem diante da sociedade e procura fazer a diferença no espaço em que atua.
41
18. Qual o vínculo com a Instituição em que ensina?
Fonte: Pesquisa de Campo 2012
Dos professores pesquisados, 70% têm vínculo efetivo na instituição em que ensina
e 30% tem vínculo temporário.
O trabalho temporário é prestado por profissionais a instituições privadas ou órgãos
públicos com o propósito de substituir férias, afastamento por licença de um
funcionário efetivo, acréscimo de serviços extraordinário ou mesmo pelo número
reduzido do quadro de funcionários, tendo contrato de duração de três meses sendo
renovado de acordo a necessidade da empresa.
O trabalho efetivo é prestado por profissionais em instituições privadas através de
um contrato que dure até que termine o interesse de uma das partes e em órgãos
públicos mediante a prestação de concurso público.
Alguns profissionais de vínculo temporário na busca do vínculo efetivo prestam
serviços excelentes até serem contratados, mas independente do vínculo do
profissional com a empresa, se temporário ou efetivo o serviço prestado deve ser de
qualidade.
42
Saúde:
19. Você faz exercício físico?
Fonte: Pesquisa de Campo 2012
Dos dez professores pesquisados, 70% informam que não fazem exercício físico, e
30% informam que fazem exercício físico.
O exercício físico é benéfico para a saúde física e mental do indivíduo, uma vez que
proporciona uma sensação de bem estar, porém a maioria das pessoas não se
dedica a esta prática.
Muitos trabalhadores justificam que não praticam exercícios físicos por conta da falta
de tempo. É notório que a demanda do dia a dia dificulta a realização de ações que
são indispensáveis para o indivíduo, sendo necessário que haja uma organização no
tempo e uma priorização das necessidades uma vez que a prática do exercício físico
proporcionará benefícios não só a saúde física, mas também o controle das
emoções, elevação da autoestima e reflete até mesmo na sua vida profissional.
Se sim, qual?
“Pilates”
“Ginástica”
“Caminhada”
43
20. Você fuma?
Fonte: Pesquisa de Campo 2012
De acordo com a pesquisa, 100% dos professores afirmam que não fumam.
O fumo é um dos maiores vilões contra a saúde, pois são muitas as doenças que
podem advir proveniente dessa prática como: comprometimento cardíaco, AVC
(acidente vascular cerebral), enfisema pulmonar, câncer, aneurisma e outras
complicações.
Para o profissional de educação, a prática do fumo é muito prejudicial, pois danifica
a memória, o aprendizado e o raciocínio lógico. O fumo também é causador de
danos nas relações, pois existem pessoas que prejudicam amizades, relações
conjugais e até um bom emprego por conta de uma dependência.
É necessária uma conscientização dos riscos que o fumo causa tanto a própria
saúde como a saúde dos seus semelhantes e buque uma orientação profissional
para fazer um tratamento.
44
21. Você faz uso de bebida alcoólica?
Fonte: Pesquisa de Campo 2012
Dos professores pesquisados, 70% não fazem uso de bebida alcoólica e 30% fazem
uso de bebida alcoólica.
O uso da bebida alcoólica é praticado por um grande número de indivíduos e muitos
usam a bebida sem nenhum controle, colocando a própria vida e dos seus
semelhantes em risco. Além das doenças que podem surgir por conta do consumo
descontrolado de bebida alcoólica, existem as consequências de acidentes que
muitas vezes culminam em mortes.
Nesta pesquisa, o número de consumidores de bebida alcoólica é inferior ao número
dos que não consomem, certamente por ser um grupo feminino já que essa é uma
prática que se concentra mais entre o sexo masculino.
45
22. Você tem uma alimentação saudável?
Fonte: Pesquisa de Campo 2012
A pesquisa mostra que 90% dos professores fazem uso de uma alimentação
saudável e 10% não faz uso de uma alimentação saudável.
O consumo de uma alimentação saudável é muito recomendado pelos especialistas,
uma vez que é um dos fatores determinantes para que se esteja com a saúde
equilibrada.
Uma boa alimentação evita doenças, mantém o peso equilibrado, é importante para
fatores como disposição, agilidade e raciocínio, bem como é responsável pelo bom
humor e proporciona um bem estar de forma geral.
A demanda do dia a dia, muitas vezes, impede que o indivíduo tenha uma disciplina
na sua alimentação, porém é necessário um esforço para que haja uma organização
alimentar, pois será um benefício para sua vida física, emocional o que contribuirá
com o desempenho de todas as suas funções.
46
23. Você bebe água regularmente?
Fonte: Pesquisa de Campo 2012
A pesquisa mostra que 90% dos professores bebem água regularmente e 10% dos
professores não faz uso de água regularmente.
O consumo de água é indispensável para o bem estar físico, órgãos vitais do corpo
humano como rins, coração, pulmão que tem em sua composição o maior número
de água. Entre os muitos benefícios, a água hidrata o corpo, facilita a digestão, tem
fundamental participação na atividade cerebral e no funcionamento do sistema
nervoso.
Sendo assim, o uso de água é importante para todo e qualquer indivíduo, e para os
profissionais da voz, como é o caso do professor, o que se torna elemento
indispensável para o exercício da sua função, pois o professor usa a sua voz como
ferramenta para exercer a sua prática docente e é imprescindível que a voz do
professor esteja sempre pronta, limpa, sem pigarro para facilitar a sua comunicação
com os alunos.
Desta forma, é necessário que, entre outros cuidados, o professor esteja sempre
atento ao consumo ideal de água.
47
24. Você está acima do peso?
Fonte: Pesquisa de Campo 2012
Dos professores pesquisados, 50% informaram que estão acima do peso e 50%
informaram não estar acima do peso.
A obesidade tem sido uma dos temas mais discutidos entre os especialistas e
sociedade em geral. Ela é causada pelo sedentarismo e a alimentação
inadequada, é responsável pelo aparecimento de várias doenças como:
problemas vasculares, na coluna, cardiovasculares, hipertensão, diabetes
podendo chegar a um câncer e até a morte.
Para o professor de educação infantil, a obesidade em um grau muito elevado se
constitui uma barreira para a sua dinâmica em sala de aula, pois esse grupo
explora bastante os movimentos e exige do adulto muita disposição, e a
obesidade proporciona grandes limitações ao indivíduo.
48
25. Você sofre de rouquidão?
Fonte: Pesquisa de Campo 2012
Se sim, há quanto tempo?
“Sempre”
“Há 1 semana”
“Há 2 anos”
A pesquisa revela que 70% dos professores não sofrem de rouquidão e 30% dos
professores sofrem de rouquidão.
A rouquidão é um mal que acomete muitos indivíduos, é um problema que ocorre no
aparelho fonador e resulta na falta de clareza do som. Ela pode ser classificada
como aguda quando é de curta duração ou crônica quando dura mais de quinze
dias. Quanto às causas a rouquidão, pode ser funcional ou orgânica. Um dos
motivos da rouquidão funcional ocorre por causa do mau uso da voz, enquanto a
orgânica é uma alteração anatômica nas cordas vocais, como, por exemplo, cistos,
nódulos e outros. Sendo os professores profissionais da voz, que faz uso constante
desse instrumento e muitas vezes de forma inadequada, não proporcionando o
repouso necessário, tornam-se fortes candidatos a apresentarem rouquidão. Desta
forma, é necessário ao perceber qualquer alteração na voz, que dure mais de quinze
dias procurar um especialista para a devida orientação.
49
26. Você sofre de:
Fonte: Pesquisa de Campo 2012
Dos professores pesquisados, 100% informam não sofrerem de hipertenção ou
diabetes.
A hipertenção e a diabetes são doenças graves, caracterizadas respectivamente
pela elevação da pressão arterial e a taxa de açúcar no sangue. Os cuidados
corretos são indispensáveis para evitar o aparecimento de complicações. Muitos
indivíduos são portadores dessas doenças, mas não sabem, uma vez que a
frequência ao médico não é regular e os sintomas das doenças, muitas vezes
passam impercebíveis.
50
27. Você dorme bem?
Fonte: Pesquisa de Campo 2012
A pesquisa mostra que 90% dos professores dormem bem e 10% não dorme bem.
O sono de qualidade é importante para recuperação das energias. O indivíduo que
não dorme bem tem a qualidade de vida prejudicada, pois a insônia constante
provoca indisposição, sensação de cansaço constante, irritabilidade, dificuldade de
manter a atenção e um mal estar geral.
O sono é uma necessidade humana básica, pois é imprescindível para a mente e o
corpo funcionarem normalmente. A privação do sono está relacionada com acidente
de trabalho, stress, depressão e outros males, diminuindo a qualidade de vida do
indivíduo. Sendo assim, a identificação dos motivos que têm levado a perda do
sono é importante, pois uma simples mudança de comportamento pode fazer uma
grande diferença.
51
28. Quantas horas de sono você dorme por noite?
Fonte: Pesquisa de Campo 2012
Dos professores pesquisados, 90% informaram que dormem de cinco a oito horas
por noite, e 10% dorme mais de oito horas por noite.
Dormir em um período muito longo nem sempre representa qualidade de sono. O
sono satisfatório é imprescindível para recuperação das energias, o individuo que
constantemente não dorme bem, ao longo do tempo é afetado com algumas
consequências, pois o organismo fica fragilizado. O desanimo, indisposição,
improdutividade, irritabilidade, nervosismo são uns dos males que acometem as
pessoas que têm o sono prejudicado.
O professor de educação infantil é um dos profissionais que precisa zelar pela
qualidade do sono, pois ele deve estar disposto e bem atento para o seu grupo de
trabalho que são crianças pequenas, também precisa ter as suas emoções
controladas para não perder a paciência com os menores. Sendo assim, dormir bem
é um dos indicadores para ter uma vida de qualidade.
52
29. Você já se afastou do trabalho por problemas de saúde?
Fonte: Pesquisa de Campo 2012
A pesquisa mostra que 70% dos professores não se afastaram do trabalho por
problemas de saúde, e 30% dos professores já se afastaram do trabalho por
problemas de saúde.
O trabalho, quando realizado em condições favoráveis é prazeroso para todo
profissional, e entre essas condições favoráveis estão boas condições físicas e
emocionais, pois a saúde é um dos fatores determinante para o desenvolvimento de
um trabalho de qualidade.
A demanda do dia a dia tem proporcionado em algumas pessoas um desgaste físico
e emocional, que reflete no organismo trazendo consequências para a saúde dos
indivíduos, que resulta no afastamento das atividades profissionais.
53
30. Quantos afastamentos das atividades escolares já teve no último ano?
Fonte: Pesquisa de Campo 2012
Do grupo de professores pesquisados, 80% não teve afastamento das atividades
escolares no último ano, 20% tiveram de 1 a 5 afastamentos.
O afastamento constante das atividades profissionais é prejudicial, embora algumas
vezes seja necessário o professor afastar-se da sala de aula por motivos pessoais
como tratamento de saúde. Esta situação quando se torna repetitiva, constitui-se em
um grande prejuízo, pois altera a dinâmica do trabalho.
Dependendo do grupo que o professor esteja desenvolvendo as suas atividades,
como o de educação infantil, pode refletir até emocionalmente para a criança que
terá sempre a mudança de professor, quebrando os vínculos construídos.
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31. Identifique os sinais e sintomas que já apresentou:
Dor De Cabeça: 6 pessoas
Dores Lombares: 5 pessoas
Insônia: 3 pessoas
Hipertensão: nenhuma
Taquicardia: 1 pessoa
Infecções: 1 pessoa
Resfriados Constantes: 1 pessoa
Herpes: 1 pessoa
Psoríase: nenhuma
Úlceras: nenhuma
Apatia: nenhuma
Gengivites: nenhuma
Depressão: 1 pessoa
Enfarto: nenhuma
Boca Seca: 2 pessoas
Tontura: 1 pessoa
Irritabilidade: 1 pessoa
Cansaço Constante: 4 pessoas
Desânimo: 2 pessoas
Urticária: nenhuma
Inabilidade De Trabalhar: nenhuma
Entre os professores que foram pesquisados, os sinais e sintomas que mais afetam
a saúde física dos docentes estão presentes a dor de cabeça, as dores lombares, o
cansaço constante, e a insônia.
Esses sinais e sintomas são muito característicos dos indivíduos que apresentam
stress. Para exercer as suas funções eficazmente, o professor deve gozar de
perfeita saúde, uma vez que se identificam alguns sintomas, deve-se buscar
orientação de um especialista para dirimir ou anular o problema.
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Relações Interpessoais:
32. Você tem uma boa relação com os seus superiores?
Fonte: Pesquisa de Campo 2012
As pesquisas mostram que 100% dos professores têm uma boa relação com seus
superiores.
A hierarquia está presente em todas as relações, seja conjugal, familiar ou
profissional, porém muitas pessoas têm dificuldade para se relacionar com os
superiores, pois são resistentes para receber orientações. O bom relacionamento
com os superiores é imprescindível, pois torna o ambiente de trabalho agradável,
facilita o desempenho profissional e favorece a dinâmica de trabalho. Sendo assim,
o respeito, a afetividade e a empatia devem estar presente nesta relação.
56
33. Você tem um bom relacionamento com todos os seus alunos?
Fonte: Pesquisa de Campo 2012
Dos professores pesquisados 100% revelam que tem um bom relacionamento com
todos os alunos.
O bom relacionamento entre professor e aluno é significativo para o processo de
aprendizagem, mas no cotidiano escolar nem sempre esse bom relacionamento se
faz presente, alguns fatores como excesso de autoridade do professor, indisciplina
do aluno e a falta de interesse pela matéria contribuem para que essa relação fique
prejudicada.
Desta forma. é necessário que o coordenador ou orientador da escola busque, por
meio de intervenções, sensibilizar tanto professores quanto alunos, para que
repensem suas ações no ambiente escolar, otimizando o processo ensino
aprendizagem.
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34. A sua relação com a equipe de trabalho é saudável?
Fonte: Pesquisa de Campo 2012
Dos professores pesquisados, 100% informam que as sua relação com a equipe de
trabalho é saudável.
Todo indivíduo deve cuidar bem dos seus relacionamentos tanto entre familiares
como amigos, mas é importante que se cuide também das relações no ambiente de
trabalho, uma vez que é o local que se passa uma boa parte do tempo.
Nos dias atuais, a competitividade está muito presente no ambiente de trabalho,
sendo assim, deixa-se de desenvolver valores como amizade, solidariedade,
cooperação, humildade fragilizando muito as relações entre a equipe, que pode
refletir na qualidade do serviço. Desta forma, uma das maneiras de manter as boas
relações no trabalho é cultivar o respeito pelas opiniões, pelas diferenças e pelo
próximo.
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35. Você tem um bom relacionamento com os pais dos alunos?
Fonte: Pesquisa de Campo 2012
A pesquisa mostra que 100% dos professores têm um bom relacionamento com os
pais dos alunos.
O bom relacionamento entre professores e os pais de alunos é importante para
favorecer o processo de aprendizagem do educando, uma vez que o professor tendo
os pais como parceiros e cooperadores, facilita a colaboração no desenvolvimento
de projetos e outras atividades, pois os pais incentivarão os seus filhos na realização
das propostas solicitadas pelos professores, o que beneficiará todos.
Desta forma, é imprescindível que os professores estando cientes do benefício que
uma relação de qualidade com os pais de alunos favorece a sua dinâmica de
trabalho e o processo de aprendizagem dos educandos, busque sempre manter
essa relação saudável.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O stress é o resultado de tensões causadas por uma gama de fatores que
proporcionam um desgaste físico e emocional, desencadeando sinais e sintomas de
59
diversos tipos de enfermidades, e que tem afetado um grande número de brasileiros,
já que o Brasil está entre os países com mais pessoas estressadas.
Dessa forma, sendo o professor de Educação Infantil um profissional que além das
dificuldades enfrentadas no dia a dia na vida pessoal, com questões familiares,
problemas com a saúde, e a responsabilidade de exercer uma função que requer
muita atenção devido ao grupo com que trabalha que é de crianças pequenas,
revela-se um forte candidato a desenvolver o stress.
Sendo assim, de acordo com a pesquisa realizada, as causas de stress que afetam
alguns professores de Educação Infantil em sala de aula em escolas da Rede
Municipal de Lauro de Freitas é fruto das demandas vivenciadas no cotidiano por
estes profissionais.
Com isso, atingiu-se o objetivo deste trabalho ao identificar as causas que têm
proporcionado situações de stress aos professores de Educação Infantil, em sala de
aula. Bem como, relacionou-se os sintomas do stress dos professores de Educação
Infantil, e observou-se a saúde emocional e física dos professores de Educação
Infantil, em sala de aula.
A hipótese foi confirmada, pois se percebeu que a exposição a diversas situações
que proporcionam um desgaste físico e emocional tem culminado em um stress,
comprometendo assim, a saúde emocional e física dos professores.
Diante do exposto, recomenda-se um estudo apurado de como este stress pode ser
minimizado, visando gerar uma qualidade de vida melhor para estes profissionais
que desempenham um papel de suma importância na sociedade brasileira, pois a
sua saúde física e emocional está diretamente ligada a qualidade de serviço
prestado ao público infantil.
60
REFERÊNCIAS
BASSEADAS, Eulália; HUGUET, Teresa; SOLÉ, Isabel. Aprender e ensinar na
educação infantil. 1. ed. Porto Alegre: Artmed, 1999.
BRUM, Débora Meurer. A voz do professor merece cuidado. Revista Textual, Porto
Alegre: p.14-18, maio. 2004. Disponível em: <http://www.saudeetrabalho.com.br/dow
nload/voz-do-professor.pdf.html. Acesso em: 24. set. 2012.
DEK, Joanna. Desafios e oportunidades em qualidade de vida. Revista Profissional
e Negócios, [s.l.]: Nov. 2006. Não paginado. Disponível em: <http://www.via6.com
/topico/30456/qualidade-de-vida-no-trabalho. html>. Acesso em 29. set. 2012.
DEJOURS, Cristophe. A loucura do trabalho: estudo da psicopatologia do
trabalho. Tradução de Ana Isabel Paraguai e Lucia Leal Ferreira. 5. ed. São Paulo:
Cortez, 1992.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessário à prática
educativa. 36. Ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
GANDIN, Danilo. A prática do planejamento participativo: na educação e em
outras instituições, grupos e movimentos dos campos cultural, social, político
e religioso e governamental. 17. ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2010.
GUIMARÃES, Arthur; FARIA, Fabiana. Uma profissão, várias realidades. Revista
Nova Escola, Brasília: n. 201, p. 28-29, abr. 2007.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 3. ed. São Paulo: Atlas,
1996.
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos da
metodologia cientifica. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1991.
LUCKESI, C. Carlos. Filosofia da educação. 18. ed. São Paulo: Cortez, 1994.
MEDEIROS, J. B. Redação científica: a prática de fichamentos, resumos,
resenhas. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2000.
NAUJORKS, Maria Inês. Stress e inclusão: Indicadores de stress em Professores
frente à inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais. Revista do
Centro de Educação, Rio Grande do Sul: n. 20. 2002. Disponível em: <http://coralx.
ufsm.br/revce/ceesp/2002/02/editorial. html>. Acesso em 02. out. 2012.
Playgrounds podem ocultar perigos. Revista sindico, [s.l]: n. 196 jul. ago. set. 2012.
Disponível em: <htpp://www.auxiliadora predial.com. br.html>. acesso em 07 nov.
2012.
61
TV Tem. Brasil é o segundo país com mais pessoas estressadas. Disponível em:
<http://tn.temmais.com/noticia/7/16799/brasil e o segundo pais com mais pessoas
estressadas.htm>. acesso em 08 out. 2012.
WERNECK, Vera Rudge. Educação e sensibilidades: um estudo sobre a teoria
dos valores. 1. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1996.
62
APÊNDICE I
QUESTIONÁRIO APLICADO AOS PROFESSORES
UNIDADE BAIANA DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO
FACULDADES INTEGRADAS IPITANGA
CURSO DE PEDAGOGIA
Prezado (a),
As questões contidas abaixo compõem uma pesquisa, com fins acadêmicos, que objetiva colher
informações para realização de um estudo que tem como tema “Estudo sobre as causas do
stress dos Professores de Educação infantil, da Rede Municipal de Lauro de Freitas, em sala de
aula”, da disciplina Pesquisa e Prática Pedagógica IV, do curso de Pedagogia, ministrado na
Unibahia.
A sua colaboração é muito importante para o desenvolvimento deste trabalho. Obrigada!
Josete Oliveira - Tel.: (71) 9233-2327
Idade: __________________________
Sexo
( ) Feminino
( ) Masculino
Vida pessoal:
2. Qual o seu estado civil?
( ) Solteiro (a)
( ) Casado (a)
( ) Separado (a)
( ) Viúvo (a)
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( ) Divorciado (a)
3. Quantos filhos você tem? _________________________
4. Qual o seu nível de formação?
( ) Ensino médio completo
( ) Ensino superior incompleto
( ) Ensino superior completo
( ) Especialização
( ) Mestrado
( ) Doutorado
( ) Outro _____________________
5. Você se locomove para a escola em condução
( ) Coletiva
( ) Particular
( ) A pé
Vida profissional:
6. Você trabalha com educação infantil por
( ) Vocação
( ) Necessidade
7. Há quanto tempo atua como Professor de Educação Infantil?
( ) Menos de 1 ano
( ) De 1 a 2 anos
( ) De 2 a 3 anos
( ) De 3 a 4 anos
( ) De 4 a 5 anos
( ) Mais de 5 anos
8. Quantos alunos você tem?
( ) Menos de 10 alunos
( ) De 10 a 15 alunos
64
( ) De 15 a 20 alunos
( ) Mais de 20 alunos
9. Qual a sua carga horária de trabalho durante a semana?
( ) 20 horas
( ) 30 horas
( ) 40 horas
10.
A escola que trabalha é muito distante da sua residência?
( ) Sim
( ) Não
11. Você investe na sua formação?
( ) Sim
( ) Não
12. Você participa de encontros Pedagógicos?
( ) Sim
( ) Não
13. Você viaja ou já viajou para participar de congressos com temas sobre
Educação Infantil?
( ) Sim
( ) Não
14. Você tem alunos especiais?
( ) Sim
( ) Não
Se sim alunos especiais quantos são?
( ) Menos de 3 alunos
( ) De 3 a 5 alunos
( ) Mais de 5 alunos
15. Na escola onde ensina, tem sala de recursos multifuncionais?
( ) Sim
( ) Não
16. Você tem algum suporte para ajudar na sua atuação em sala de aula como
outros profissionais ou orientação?
65
( ) Sim
( ) Não
17. Você está satisfeita com o seu salário?
( ) Sim
( ) Não
18. Há quanto tempo trabalha em órgão público?
( ) Menos de 1 ano
( ) De 1 a 2 anos
( ) De 2 a 3 anos
( ) De 3 a 4 anos
( ) De 4 a 5 anos
( ) Mais de 5 anos
19. Qual o vínculo com a Instituição em que ensina?
( ) Efetivo
( ) Temporário
Saúde:
20. Você faz exercício físico?
( ) Sim
( ) Não
Se sim, qual? _______________________________________
21. Você fuma?
( ) Sim
( ) Não
Se sim, quantos cigarros por dia? ___________________________
22. Você faz uso de bebida alcoólica?
( ) Sim
( ) Não
23. Você tem uma alimentação saudável?
( ) Sim
( ) Não
66
24. Você bebe água regularmente?
( ) Sim
( ) Não
25. Você está acima do peso? Sim ( ) Não ( )
( ) Sim
( ) Não
26. Você sofre de rouquidão?
( ) Sim
( ) Não
Se sim, há quanto tempo? ____________________________________
27. Você sofre de
( ) Hipertenção
( ) Diabetes
( ) Não sofro de nenhuma das doenças acima
28. Você dorme bem?
( ) Sim
( ) Não
29. Quantas horas de sono você dorme por noite?
( ) Menos de 5 horas
( ) De 5 a 8 horas
( ) Mais de 8 horas
30. Você já se afastou do trabalho por problemas de saúde?
( ) Sim
( ) Não
31. Quantos afastamentos das atividades escolares já teve no último ano?
( ) Nenhum
( ) De 1 a 5 afastamentos
( ) De 6 a 10 afastamentos
( ) Mais de 10 afastamentos
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32. Identifique os sinais e sintomas que já apresentou:
( ) Dor De Cabeça ( ) Dores Lombares ( ) Insônia ( ) Hipertensão
( ) Taquicardia ( ) Infecções ( ) Resfriados Constantes ( ) Herpes ( ) Psoríase
( ) Úlceras ( ) Apatia ( ) Gengivites ( ) Depressão ( ) Enfarto ( ) Boca Seca
( ) Tontura ( ) Irritabilidade ( ) Cansaço Constante ( ) Desânimo ( ) Urticária
( ) Inabilidade De Trabalhar
Relações Interpessoais:
33. Você tem uma boa relação com os seus superiores?
( ) Sim
( ) Não
34. Você tem um bom relacionamento com todos os seus alunos?
( ) Sim
( ) Não
35. A sua relação com a equipe de trabalho é saudável?
( ) Sim
( ) Não
36. Você tem um bom relacionamento com os pais dos alunos?
( ) Sim
( ) Não