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(Consumidor busca financiamento que tem im\363vel como
JUROS MENORES »
Consumidor busca financiamento que tem
imóvel como compromisso de pagamento da dívida
Grandes bancos como o Bradesco, Caixa Econômica Federal, Itaú e HSBC já têm
linhas do chamado home equity, nome em inglês para as linhas de crédito sem
finalidade específica, que usam imóveis como garantia
Geórgea Choucair - Estado de Minas
O corretor de seguros Júlio César Barros Pereira está construindo uma casa no Bairro Caiçara, em Belo
Horizonte, com empréstimo que levantou de R$ 120 mil. Depois de rodar e analisar as taxas de juros
oferecidas pelas instituições financeiras, Pereira encontrou uma alternativa mais fácil e barata ao
bolso. Ele pegou o financiamento e deu como garantia outro imóvel que tem, no Bairro Jardim
América. “Comparei todas as taxas de juros e a mais barata foi a que tinha o imóvel como garantia do
empréstimo”, diz.
Pereira conta que, além de pagar taxa de juros menor, o dinheiro foi depositado em sua conta em 22
dias, sendo que outros bancos pediram prazo três vezes maior. Em troca do crédito, ele teve seu
apartamento alienado pelo BM Sua Casa. “Peguei menos de 50% do valor do imóvel de empréstimo. O
principal interessado em pagar o débito sou eu, já que eles têm a garantia do bem”, afirma.
Assim como Júlio Pereira, milhares de brasileiros estão recorrendo ao crédito com garantia de imóvel
para pagar taxa de juros mais baixas. O apelo é sedutor: as linhas cobram taxas com juros a partir de
1,09% ao mês e até 30 anos para pagar. Quem concorda em dar o imóvel quitado como garantia do
pagamento da dívida fecha com o banco acordo baseado na alienação fiduciária. Em caso de
inadimplência, o banco tem o direito, por lei, de leiloar o imóvel para receber o pagamento. A Lei
Federal 8.009/1990 estabelece que a única moradia da pessoa é impenhorável, mas há exceções. E
uma delas ocorre quando o imóvel é dado como garantia em contrato.
Grandes bancos como o Bradesco, Caixa Econômica Federal, Itaú e HSBC já têm linhas
do chamado home equity, nome em inglês para as linhas de crédito sem finalidade específica,
que usam imóveis como garantia (veja abaixo). Outras instituições, como Intermedium e BM
Sua Casa, também oferecem a modalidade de financiamento. Alguns bancos preferem não
usar o termo home equity, pois temem confusão com o subprime (empréstimos
hipotecários americanos de alto risco, que causaram a bolha imobiliária nos EUA). Os
administradores das linhas de crédito dos bancos explicam, no entanto, que não há como
associar a modalidade de financiamento brasileira à americana. Isso porque, nos EUA, houve
concessão de crédito sem lastro.
No Brasil, a finalidade do dinheiro emprestado não preocupa os bancos. Como eles têm o bem em
mãos e financiam no máximo 70% do valor do imóvel, a quantia entregue ao cliente pode ser usada
para pagamento de dívidas, viagens, educação, reforma de imóvel, entre outros fins. “O
refinanciamento com o imóvel de garantia vai ser o crédito consignado da década”, afirma João Vitor
Menin Teixeira de Souza, diretor-executivo do Intermedium. O banco emprestou R$ 25 milhões dessa
modalidade de crédito em 2010 e espera emprestar R$ 70 milhões este ano.
Taxa competitiva
“A taxa de juros dessa modalidade de crédito é competitiva se for comparada com outras como cartão
de crédito e cheque especial. Mas é um pouco perigoso usar o apartamento próprio para financiar
dívida de curto prazo. O consumidor deve, antes de mais nada, descobrir qual a razão de não
conseguir gastar menos do que ganha e por qual razão está contraindo dívidas. Se ele continuar
gastando mais do que ganha, o problema vai seguir existindo. E no caso de contrair empréstimo para
usar no capital de giro da empresa, a pessoa vai colocar todos os ovos na mesma cesta. Ou seja, se a
empresa tiver problemas, fica sem o imóvel próprio e o dinheiro do financiamento”

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